11
SÃO PAULO, 25 DE JUNHO DE 2013

clipping 25 junho - São Paulo · 2013. 6. 25. · Selo Platinum O Estádio Nacional Mané Garrincha, que sediará jogos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, pode ser o

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • SÃO PAULO, 25 DE JUNHO DE 2013

  • Florestas urbanas reduzem efeito da poluição e salvam vidas, diz estudo

    A cada ano, árvores em áreas urbanizadas salvam uma vida por cidade. Elas reduzem a quantia de partículas contaminadas do ar e evitam doenças.

    Estudo mostra que árvores urbanas ajudam na redução da poluição da cidade e evitam mortes por doenças (Foto: Matheus Giffoni / G1)

    As árvores urbanas e florestas salvam, em média, uma vida por cidade a cada ano ao

    ajudar a retirar do ar partículas finas de poluição. As informações são de um estudo

    feito pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos em parceria com o Instituto Davey.

    Os pesquisadores ressaltaram que em Nova York, por exemplo, as árvores chegam a

    "economizar" uma média de oito vidas a cada ano. A pesquisa tem o objetivo de

    estimar e se aprofundar no impacto global que as florestas urbanas têm sobre as

    concentrações de partículas finas de poluição.

    Em uma pesquisa publicada no periódico "Environmental Pollution", os cientistas

    estimaram quanto de material particulado fino é removido por árvores em dez

  • cidades, seu impacto sobre as concentrações de PM2.5 (que mede partículas com um

    diâmetro de 2,5 micrômetros) e valores associados aos impactos sobre a saúde

    humana.

    Essas partículas têm efeitos graves para a saúde e podem causar mortes prematuras,

    inflamações pulmonares, além de alterações cardíacas.

    As cidades incluídas no estudo foram Atlanta, Baltimore, Boston, Chicago, Los Angeles,

    Minneapolis, Nova York, Filadélfia, San Francisco e Nova York.

    "As árvores podem tornar as cidades mais saudáveis. Enquanto nós precisamos de

    mais pesquisas para gerar melhores estimativas, este estudo sugere que as árvores são

    uma ferramenta eficaz na redução da poluição do ar e criação de ambientes urbanos

    saudáveis", ressaltou David Nowak, um dos autores da investigação científica.

  • O que fazer com as áreas contaminadas de São Paulo?

    Mapa mostra as áreas contaminadas (em laranja), as em processo de investigação (vermelho), em processo de

    reabilitação (azul) e reabilitadas (verde) no Estado de São Paulo. Dados são de 2012. Clique aqui para ver o mapa

    original, ampliado.

    Os números impressionam. Apenas no Estado de São Paulo há mais de 4 mil áreas definidas pela Cetesb como contaminadas, em suspeita de contaminação ou em processo de descontaminação. A grande maioria dessa áreas são postos de gasolina, mas há também atividades agrícolas envolvendo agrotóxicos e setores industriais e de resíduos. Algumas dessas áreas podem ser recuperadas, mas em outras, simplesmente não há tecnologia o suficiente para reparar o dano – infelizmente, ainda seguimos o padrão de primeiro sujar para depois descobrir como limpar.

    >> Brasil é o segundo maior poluidor da América Latina

    Para tentar lidar com o problema, São Paulo aprovou no dia do meio ambiente uma nova legislação sobre o assunto. O novo decreto regulamenta uma lei que já existia desde 2009, mas como não estava regulamentada, ainda causava confusão com o setor produtivo. O Blog do Planeta conversou com duas especialistas em direito ambiental que explicam como essas novas regras vão funcionar, as advogadas Renata Amaral e Camila Steinhoff, do escritório

  • Trench, Rossi e Watanabe Advogados. “O decreto determina como vai funcionar o dia a dia do empreendedor, quando e como ele deve comunicar às autoridades uma suspeita de contaminação”, diz Renata.

    Com o decreto, todas as empresas passam a ser obrigadas a comunicar não apenas casos de contaminação, como também indícios e suspeitas de que uma área pode estar contaminada. Além disso, o texto aumenta o valor das multas ambientais. Pela legislação anterior, o valor máximo da multa era de 10 mil UFESPs (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo). Pela cotação atual, essa multa seria de cerca de R$ 190 mil. Agora, a multa máxima pode chegar até o máximo previsto pela legislação federal, de R$ 50 milhões.

    Outra inovação do decreto é exigir que das empresas a contratação de um seguro ambiental obrigatório. Quando o empreendedor tem uma área contaminada ou com suspeita de contaminação, ele deve contratar um seguro no valor de 125% do valor da processo de descontaminação. “Esse seguro foi criado para garantir recursos para a recuperação. Para evitar que a empresa fique sem recursos para reabilitar a área”, diz Camila.

    Entre as áreas poluídas de São Paulo, a Cetesb lista dez áreas contaminadas críticas. Oito dessas áreas ficam na região metropolitana da cidade de São Paulo, entre elas o Shopping Center Norte.

  • Casal cria comunidade sustentável com várias casas na árvore

    Na Finca Bellavista, na Costa Rica, as casas dividem espaço com árvores, cachoeiras, trilhas e montanhas em uma densa floresta tropical

    Quando o casal norte-americano Erica e Matt Hogan foi à Costa Rica, em 2006, comprar um terreno para morar, eles não imaginaram que seriam donos de uma vila sustentável embrenhada no meio de árvores, cachoeiras, piscinas naturais e trilhas em plena floresta tropical.

    A Finca Bellavista é a comunidade criada pelo casal. São 25 construções, todas feita de madeira e em cima das árvores. As casas contam com recursos tecnológicos, como wi-fi, mas também com captação de água da chuva e biodigestores.

    A intenção não é o isolamento, mas sim a criação de uma comunidade integrada e vivendo em harmonia com o ambiente. No momento, existem sete casas na árvore e uma série de outras casas na árvore para alugar. Existem parcelas de terra disponíveis para venda e toda a Finca Bellavista está aberta à ideia de construir mais treehouses.

  • Brasil quer ser o 3° país em construções sustentáveis ainda em 2013

    O Estádio Nacional Mané Garrincha pode ser o primeiro do mundo a ter a certificação máxima de edificações

    sustentáveis Foto: Elza Fiúza/ABr

    O mercado brasileiro busca mais um degrau no ranking mundial de construções sustentáveis. Hoje, o Brasil ocupa o quarto lugar entre os países que mais concentram edificações feitas a partir de critérios ambientalmente adequados. Os Estados Unidos reúnem o maior número de empreendimentos em análise, seguidos pela China e pelos Emirados Árabes Unidos.

    Mais de 720 projetos brasileiros aguardavam a certificação internacional, conferida pela organização não governamental internacional chamada Green Building Council (GBC), responsável por estimular as construções verdes no mundo. Pelo menos 99 edificações no país detêm o selo. A expectativa do governo e da indústria de construção é chegar a 900 projetos para análise da organização até o final de 2013.

    Caso consiga atingir a meta, o Brasil ocupará a terceira posição na lista dos países com mais edificações ambientalmente projetadas. A construção civil é responsável por alto consumo de recursos naturais e utiliza energia em larga escala, de acordo com números do Conselho Internacional da Construção. Mais de 50% dos resíduos sólidos gerados por atividades humanas são oriundos do setor.

    A construção civil é responsável por alto consumo de recursos naturais e utiliza energia em larga escala.

    "O conceito de construção sustentável está amadurecendo e se consolidando dentro da cadeia produtiva da construção civil”, avaliou à Agência Brasil Wagner Soares, gerente de meio ambiente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

  • Para alcançar esse status, engenheiros e arquitetos precisam observar uma série de pré-requisitos e medidas, como a redução do consumo de energia e a prioridade às condições de luminosidade natural e de lâmpadas de baixo consumo, além do uso de aparelhos eletrodomésticos mais econômicos (indicados pelo selo Procel).

    Sustentabilidade e custo

    “A reforma ainda é um tanto complicada e o custo ainda não é muito baixo. Você tem um aumento de 15%, em média, do custo da construção quando trabalha com sustentabilidade e isso coloca em risco o valor do investimento”, destacou Soares. Pelas contas do GBC Brasil, esse gasto, que já foi 30% superior ao de obras convencionais, pode significar uma diferença de até 5%.

    Eldorado Business Tower, referência de sustentabilidade na construção em São Paulo

    Foto: smartcontrolbsb

    Wagner Soares destacou que existe uma tendência de diminuição dos gastos ao longo do tempo. A expectativa é que as pessoas adotem, cada vez mais, sistemas ambientalmente sustentáveis. Soares ponderou que o maior investimento ainda impede que esses projetos representem uma realidade frequente no país.

    Selo Platinum

    O Estádio Nacional Mané Garrincha, que sediará jogos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, pode ser o primeiro do mundo a ter a certificação máxima de edificações sustentáveis. O selo Platinum depende apenas da avaliação de técnicos do GBC.

    Os custos para construções sustentáveis já foram até 30% mais alto do que o das obras comuns. Hoje, gasta-se apenas 5% a mais com equipamentos e técnicas sustentáveis.

    A expectativa é que a aprovação do selo seja divulgada até o final de 2013, projetou Marcos Casado, diretor técnico e educacional do GBC no Brasil. Ele destacou que os demais estádios cumprem requisitos para o selo Básico ou selo Ouro. Assim que a obra do Mané Garrincha estiver totalmente concluída e a documentação de auditoria for entregue, a certificação poderá ser feita entre quatro e seis meses.

  • Iniciativas do governo

    O governo federal, por sua vez, desenvolve ações para estimular programas ambientalmente sustentáveis. O Ministério do Meio Ambiente disponibiliza cursos pela internet sobre procedimentos que podem ser adotados para adequar prédios públicos a esses sistemas de sustentabilidade.

    O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida começou há dois anos com a obrigatoriedade do uso de energia solar em todos os novos empreendimentos destinados às famílias com renda máxima de três salários mínimos. A etapa incluiu 2 milhões de residências, das quais 1,2 milhão para famílias com renda máxima de três salários mínimos.

    Técnicos do governo informaram que existem diversas linhas de financiamento para beneficiar esses projetos. Procuradas pela Agência Brasil, as principais instituições financeiras públicas (Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) não apontaram qualquer crédito criado especificamente para essa finalidade. Os projetos podem ser beneficiados por linhas de crédito que já existiam. A Caixa Econômica Federal não deu informações sobre o assunto.

  • Satélite da Nasa consegue captar vegetação existente em todo o planeta

    Imagem feita ao longo de um ano mostra diferenças existentes na Terra. O verde representa área de vegetação presente no planeta.

    Imagem feita por equipamento operado pela Nasa/Noaa mostra toda a vegetação que cobria a Terra entre abril de 2012 e abril de 2013 (Foto: Divulgação/Nasa)

    A agência espacial americana (Nasa) divulgou esta semana uma imagem feita pelo satélite Suomi NPP que descreve a vegetação existente atualmente no mundo. As imagens representam o período de abril de 2012 a abril de 2013.

    O equipamento é operado graças a uma parceria da Nasa com o órgão americano responsável pelos mares e pela atmosfera, o NOAA. As imagens mostram a diferença entre as áreas verdes e áridas da Terra e são captadas com um equipamento que detecta alterações a partir da luz visível e do infravermelho refletido na vegetação. Com isso, é possível verificar por imagens de satélite o crescimento de plantas, a cobertura vegetal e a produção de biomassa.

    Tais dados são incorporados aos índices de monitoramento ambiental, modelos numéricos de previsão do tempo e monitoramento da seca nos Estados Unidos.

  • Área de vegetação existente no Brasil entre abril de 2012 e abril de 2013 (Foto: Divulgação/Nasa)