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1 Grupo de Comunicação e Marketing CLIPPING 23 de abril de 2019 Dia Mundial do Livro Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas. Mário Quintana

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Grupo de Comunicação e Marketing

CLIPPING 23 de abril de 2019

Dia Mundial do Livro

Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas.

Os livros só mudam as pessoas. Mário Quintana

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Grupo de Comunicação e Marketing

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 3

MEIO AMBIENTE ............................................................................................................................ 4

Moradores reclamam de água suja nas torneiras no ABC .................................................................... 4

Prefeitura notifica Sabesp sobre qualidade da água ........................................................................... 5

Tietê depende da natureza para voltar a ter água limpa ..................................................................... 6

Moradores protestam contra Sabesp por causa da qualidade da água .................................................. 7

Diadema prevê regularização de mais 4 áreas neste semestre ............................................................ 9

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 10

Militar da Aeronáutica cuidará de Secretaria de Biodiversidade .......................................................... 10

Pesquisa mostra como falta de saneamento afeta a vida dos brasileiros ............................................. 11

Falta de acesso a saneamento básico resulta em baixa renda e gasto com internações, diz estudo ........ 12

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 14

PAINEL....................................................................................................................................... 14

Mônica Bergamo: Congresso segue STF e deve criar CPI para investigar ataques ao parlamento ........... 16

Petrobras muda modelo de divulgação de preços dos combustíveis .................................................... 18

Aterros no limite e baixa coleta de recicláveis desafiam limpeza de São Paulo ..................................... 19

Catador vira agente ambiental e reclama da falta de educação para reciclar lixo ................................. 21

ESTADÃO ................................................................................................................................... 22

A estagnação nas fábricas - Opinião – Estadão ................................................................................ 22

Após quase quatro horas de reunião com Infraestrutura, caminhoneiros descartam ameaça de greve .... 23

Caminhoneiros descartam greve, após governo ceder ...................................................................... 25

Oportunidades e desafios no setor de energia ................................................................................. 26

Náufragos do protecionismo americano .......................................................................................... 28

Na esteira climática, indústria nuclear retoma crescimento ............................................................... 30

Venda de refinarias atrai estrangeiros em cenário de incertezas ........................................................ 32

Petróleo puxa ganho do setor de energia em Nova York ................................................................... 34

Sustentabilidade: o novo normal nos investimentos ......................................................................... 35

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Data: 23/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

ENTREVISTAS

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SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E M

IO AMBIENTE Veículo: Agora São Paulo

Data: 23/04/2019

Moradores reclamam de água suja nas

torneiras no ABC

São Bernardo do Campo e Diadema têm recebido em casa a água amarelada e com cheiro forte

Elaine Granconato

A água fornecida pela Sabesp (Companhia de

Saneamento Básico do Estado de São Paulo)

para os municípios de Diadema e São

Bernardo do Campo (ABC) tem chegado às

torneiras com a cor amarelada, em alguns

casos até barrenta, mas principalmente com

forte cheiro de podre.

O problema teria começado há, pelo menos,

um mês. No entanto, teria se agravado nos

últimos dias com relação ao odor da água. O

número de reclamações também se

multiplicou nas redes sociais e levou grupo de

moradores a protestar ontem à tarde também

no posto da Sabesp, que funciona dentro do

Poupatempo em Diadema.

“Os copos ficaram com cheiro de ovo podre,

assim que lavei com essa água no fim de

semana”, afirma a dona de casa Gislaine Silva

Santos, 34 anos, moradora na Vila Nogueira,

em Diadema, que administra um dos grupos

de reclamação criados via Whatsapp.

No quinto mês de uma gestação de alto risco,

Gislaine reclama que a qualidade da água não

melhora nem quando o líquido é fervido. “Eu

coloco álcool, mas o cheiro não desaparece,

além da cor amarelada”, diz. Ela foi obrigada a

comprar água mineral para consumo e

preparo da comida.

A mesma situação vive a técnica de

enfermagem Naubiana Assis, 38, moradora do

Condomínio Residencial Villa Victória, no

centro de Diadema, que tem filtrado e fervido

a água para dar banho na filha Luisa, 8

meses. “Só percebi a cor mais escura e o odor

forte no domingo. O jeito foi sair pra comprar

água mineral”, diz.

No residencial onde Naubiana mora, são 70

apartamentos e uma população que reúne

cerca de 300 pessoas, entre crianças e

adultos. “As reclamações se multiplicaram nos

últimos dias”, afirma o síndico Roberto Rayu,

75, também morador e contador aposentado.

Em São Bernardo, a vigilante Simony Rivarolli,

34, residente no Jardim Calux, afirma que as

roupas brancas saem amareladas, manchadas

e com cheiro, depois de realizada a lavagem.

“Não dá para lavar roupa, principalmente as

brancas. Nem com água sanitária resolve”,

reclama a massagista autônoma Patricia Dias,

43, que mora no bairro Alves Dias, em São

Bernardo.

Comércio aumenta vendas

A água amarelada e com forte odor coletada,

tratada e distribuída pela Sabesp

(Companhia de Abastecimento do Estado

de São Paulo) em Diadema e São Bernardo

(ABC) fez com que os comércios de água

mineral aumentassem em até 50% as vendas.

Os galões de água mineral, com 20 litros,

podem ser encontrados entre R$ 10 e R$ 20,

dependendo da marca.

“Tem muita gente que liga para cotar o preço

e acaba comprando”, afirma a atendente

Daiane Lucas Teixeira, 27 anos, de uma

distribuidora no Jardim Canhema, em

Diadema.

Sabesp diz que houve problemas

A Sabesp (Companhia de Abastecimento

do Estado de São Paulo), gestão João Doria

(PSDB), diz, em nota, que, devido às chuvas

ocorridas em março e abril e com inundações

nos municípios do ABC, houve o

extravasamento da represa do Rio Grande

para a represa Billings. Tal situação não

ocorria desde março de 2013, o que aumentou

a velocidade do fluxo de água da represa do

Rio Grande.

Segundo a companhia, isso provocou

alteração brusca e substancial na

característica da água do manancial utilizado

para tratamento, principalmente a quantidade

de ferro e manganês. “O nível de cor da água

bruta atingiu valores inéditos na história do

manancial”. A previsão é que a questão esteja

resolvida nos próximos dias.

A Sabesp afirma ainda que “não há risco de

contaminação”, mas recomenda “o descarte

da água que estiver com cor até que a

questão seja solucionada”.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=21529868&e=577

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Data: 23/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Diário Regional Diadema

Data: 23/04/2019

Prefeitura notifica Sabesp sobre

qualidade da água

A Prefeitura de Diadema notificou, nesta

segunda-feira (22), a Sabesp para que

solucione o mais rápido possível os problemas

que afetam a qualidade da água distribuída no

município. Durante o fim de semana, os

moradores notaram mudança na coloração da

água, o que levou a diversas postagens com

queixas nas redes sodais e a protesto em

frente ao Poupatempo da cidade. Nas redes

sodais surgiu o boato de que a água estaria

contaminada por problemas ocorridos no

Cemitério Vale da Paz, o que, segundo a

Sabesp, são informações inverídicas.

A Prefeitura de Diadema informou por meio de

nota que “após ter acesso às primeiras

reclamações de munícipes sobre eventuais

problemas no abastecimento de água neste

final de semana (dias 20 e 21), entrou em

contato com a Sabesp, responsável pelo

abastecimento de água no município, para

informar o ocorrido. Os relatos fazem

referência ao aspecto e à coloração da água,

fazendo com que a mesma seja imprópria não

só para consumo humano como para lavagem

de roupas, louças e demais atividades

cotidianas.

Nesta segunda-feira (22), a prefeitura

notificou a Sabesp a atender as solidtações da

população com urgência, identificando o que

ocorreu e garantindo a qualidade de prestação

de serviços, bem como posicionar a Prefeitura

sobre os fatos que causaram o problema e as

ações tomadas para sanar a irregularidade”.

Questionada, a Sabesp informou por meio de

nota que “devido às últimas chuvas intensas e

recorrentes, ocorridas nos meses de março e

abril, e que também provocaram inundações

nos municípios do ABC, houve o

extravasamento da Represa do Rio Grande

para a Billings, algo que não ocorria desde

março de 2013, aumentando a velocidade do

fluxo de água da Represa do Rio Grande. Isso

provocou alteração brusca e substancial na

característica da água do manancial utilizado

para tratamento. Principalmente a quantidade

de ferro, manganês e o nível de cor da água

bruta atingiram valores inéditos na história do

manancial”.

Segundo a companhia, esse problema tem

impedido que se realize o tratamento

adequado para retirada de toda a cor da água.

Informou, ainda, “que está trabalhando para

readequação do processo de tratamento, a fim

de adaptar-se a essa qualidade de água

bruta”. (Angélica Richter)

http://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=0081

2955D0A5FF01A9915D2EEB9B0BF502000000

032DC62D7D2ACD1231A77448E2087AC12EC

D207BC7EBA9DE4B3204A5E17E21BF4B2FCD4

5B7E04BAEFBE7A2CDBAD73EE7CA9EC806133

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Data: 23/04/2019

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Veículo: Folha da Região Araçatuba

Data: 23/04/2019

Tietê depende da natureza para voltar a

ter água limpa

Trecho do rio Tietê onde fica a prainha, em

Araçatuba, está com as águas contaminadas

por algas. Autoridades de saúde e meio

ambiente soltaram um alerta para que a

população não entre no rio e também não

pesque. A contaminação já foi detectada na

quarta-feira como uma grande quantidade de

algas, mas agora, também há mortandade de

peixes no local.

Segundo comunicado feito na quarta-feira

(17) pelas secretarias municipais de Meio

Ambiente e Sustentabilidade ede Turismo em

“vários trechos do rio Tietê está ocorrendo

uma superpopulação de algas que prejudicam

a quaJidade da água bruta do rio.”

O comunicado também trazia a informação de

que a Cetesb (Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo) recomendou que a

população evite contato com a água. “Fica

portanto proibida temporariamente a pesca,

banho ou mesmo beber a água do rio sem

tratamento prévio”. Devido ao problema, a

prefeitura, por recomendação da Cetesb,

instalou placas na Prainha Municipal

informando à população de que é

recomendado que não entre na água neste

período.

O secretário de Meio Ambiente Lucas Proto

explica que as algas e cianobactérias estão

presentes nos trechos intermitentes, que são

braços do Tietê, considerados como parte

morta do rio. “Elas se alidamentam de

matérias orgânicas. O problema das algas no

leito do rio será resolvido quando deixarem de

jogar esgoto não tratado e produtos químicos

na água”, afirma. Ele diz que não é possível

saber quando a água vai estar novamente

própria para uso e pesca. “Vai depender da

natureza, do regime hídrico e das soluções

que precisam ser tomadas em municípios que

estão despejando esgoto não tratado no rio e

também indústrias que estão descartando lixo

nas águas de córregos ou do próprio Tietê",

diz o secretário.

A Folha da Região entrou em contato com a

Cetesb e perguntou sobre o problema da água

em Araçatuba que se limitou a dizer que

vistoriou o local na última semana e verificou

a presença de algas (macrófitas) que se

proliferam ao longo do rio Tietê e causam

alteração na cor da água e mau cheiro quando

estão em decomposição. Neste momento está

mantida a recomendação às prefeituras para

que orientem a população a evitar o contato

direto com água do rio nestas condições.

http://cloud.boxnet.com.br/y4cb9kyo

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Data: 23/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Repórter Diário

Data: 23/04/2019

Moradores protestam contra Sabesp por

causa da qualidade da água

George Garcia

Moradores de diversos bairros de Diadema que

sofrem com água suja há pelo menos uma

semana fizeram um protesto na tarde desta

segunda-feira (22/04) em frente ao

Poupatempo, no Centro da cidade.

A situação não é nova, mas o último sábado

(20/4), a situação piorou, e a coloração da

água ficou ainda mais amarelada, em alguns

locais até barrenta. Cerca de 50 pessoas

participaram do protesto que foi pacífico.

Policiais militares e guardas civis

acompanharam o movimento sem intervir. As

reclamações vem também de bairros de Santo

André e São Bernardo. Os prefeitos das três

cidades cobraram explicações da estatal que

trata e distribui a água. Especialista em

recursos hídricos, Marta Marcondes, não

recomenda o uso da água nem para banho,

escovar os dentes e muito menos para

cozinhar.

Os manifestantes chegaram ao Poupatempo

munidos de cartazes, garrafas com água turva

recolhida das torneiras e roupas manchadas.

Gislaine Silva Santos, moradora da Vila

Nogueira, trouxe contas de água, uma no

valor de R$ 400 e outra no valor de R$ 1,3

mil, as quais parcelou para não ter a água

cortada. Além do Centro, foram registradas

queixas de moradores do Eldorado, Serraria,

Vila Conceição, Parque Real, Campanário e

Vila Nogueira. Gislaine se recusa fazer o

pagamento enquanto a situação não for

normalizada. “Tenho quatro filhos em casa,

não tem como continuar nessa situação, com

essa água suja. A nossa sorte é que fomos dar

banho no cachorro e sentimos o cheiro

horrível. E o perigo se um de nossos filhos

fosse contaminado?”, indaga a moradora. Em

nota a Sabesp informou que Gislaine deve

procurar os postos de atendimento para

análise das contas. “A Sabesp orienta que ela

entre em contato direto com a empresa para

que o caso seja analisado. Ela pode pedir

revisão do valor, isso é uma possibilidade

disponível na Sabesp. Aliás, todos os clientes

da Sabesp que se sentirem lesados devem

entrar em contato com a empresa”.

Moradores levaram roupas manchadas,

garrafas com água turva e contas. (Foto:

George Garcia)

No Centro de Diadema, um prédio com pelo

menos 70 apartamentos foi afetado com a

situação. Segundo o síndico Roberto Rayu (o

Gringo), as famílias são obrigadas a comprar

água mineral para consumir, lavar louças,

roupas e demais atividades cotidianas.

“Mesmo com os filtros do condomínio a água

chega com coloração amarelada, não tem

jeito, todos estão comprando água mineral

para tentar sanar a situação”, conta. O síndico

disse ainda que desde o final de semana tem

tentado, sem sucesso, falar com a Sabesp.

“Só dá ocupado”.

Moradora do Jardim União, Ana Lúcia Gabriel

Nizara, de 49 anos, precisa comprar água

mineral há pelo menos 15 dias. “Não faço

ideia do gasto que as compras causaram no

bolso, mas a conta de água no fim do mês

continua alta”, afirma. Na casa de sua nora,

localizada abaixo da sua, a situação é ainda

pior. “Tenho um neto de 7 meses, e até para

que ele consiga tomar banho precisamos

comprar água no supermercado”, acrescenta.

Segundo a Sabesp a culpa é das chuvas do

mês de março. Em nota a companhia disse

que não está conseguindo retirar todas as

substâncias presentes na água. “Devido às

últimas chuvas intensas e recorrentes,

ocorridas nos meses de março e abril, e que

também provocaram inundações nos

municípios do ABC, houve o extravasamento

da Represa do Rio Grande para a Represa

Billings, algo que não ocorria desde março de

2013, aumentando a velocidade do fluxo de

água da Represa do Rio Grande. Isto provocou

uma alteração brusca e substancial na

característica da água do manancial utilizado

para tratamento. Principalmente a quantidade

de ferro, manganês e o nível de cor da água

bruta atingiram valores inéditos na história do

manancial. Esta condição tem impedido que a

Sabesp realize o tratamento adequado para

retirada de toda a cor da água, mas a

empresa está trabalhando para readequação

do processo de tratamento para adaptar-se a

esta qualidade de água bruta. Manteremos

informados os clientes da região sobre

quaisquer alterações no processo de

abastecimento. A Sabesp pede desculpa pelos

transtornos”.

Em nota, a Prefeitura de Diadema informou

que teve acesso às primeiras reclamações no

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Data: 23/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

último fim de semana (20 e 21 de abril), e

entrou em contato com a Sabesp, responsável

pelo fornecimento de água na cidade, para

informar o ocorrido. Nesta segunda-feira

(22/04) a prefeitura fez notificação de

urgência e acompanha o trabalho da Sabesp

para solução do problema.

Em São Bernardo a situação não é diferente,

Denise Minami, moradora do bairro Baeta

Neves, disse que há uma semana a água que

chega até sua casa tem tom amarelado. “Na

quarta-feira (17) ficou pior, veio barrenta. Eu

percebo que a água está ruim quando vejo na

pia ou no vaso sanitário. Minha filha ontem

(21), quando foi encher a banheira para dar

banho no meu netinho de 10 meses viu a água

amarela”, disse. Ainda segundo Denise em sua

casa, onde moram quatro adultos e o bebê, a

água para beber e cozinhar vem de um filtro

instalado na torneira. “Tenho que ir trocando o

filtro interno direto, quando percebo um gosto

diferente já troco”, declarou.

Outro morador do Baeta, Edinho Marquesi,

disse que passa a água que vai ser usada para

cozinhar por dois filtros, um que está acoplado

à torneira da cozinha e um filtro de barro, mas

diz que mesmo assim o gosto é ruim. “Quando

tira o filtro sai um barro. Aqui estamos

comprando água para beber, a do filtro

usamos para cozinhar e outras atividades”.

Marquesi disse também que na rua dos

Vianas, onde moram seus pais, durante todo o

final de semana a água que saia das torneiras

vinha num tom amarelado. “Parecia um chá”,

relatou.

Danos À Saúde

A bióloga, especialista em recursos hídricos e

professora da USCS (Universidade Municipal

de São Caetano do Sul), Marta Marcondes

interpretou a nota encaminhada pela Sabesp e

diz que essa água não deve ser usada nem

para banho, escovar os dentes ou cozinhar. A

especialista comparou a descrição das

substâncias presentes na água, segundo a

nota da companhia, à água encontrada nos

rios mineiros da região de Brumadinho, onde o

estouro de uma barragem de rejeito de

minérios contaminando a água e o solo. “Se a

Sabesp não consegue nem retirar partículas

de ferro e manganês da água, isso me traz

muita preocupação. Esses metais, se ingeridos

em grande quantidade, podem causar desde

um desarranjo intestinal até problemas mais

sérios como problemas de pele, distúrbios

neurológicos e distúrbios nos hormônios de

reprodução”.

Marta esteve no braço do Rio Grande no final

de semana e percebeu realmente que o nível

da água subiu cerca de dois metros. “A

preocupação é quando o fundo da represa,

que é repleto de metais pesados que estão lá

há muitos anos, é revolvido, isso é preocupa

porque a Sabesp não informa o que vai fazer,

não tem um plano alternativo”, aponta.

Segundo a professora da USCS, o uso de

filtros pode ajudar a retirar as partículas da

água, mesmo assim ela não recomenda o

consumo. “Eu não recomendaria, porque

pessoas mais sensíveis podem ter problemas,

mesmo com a água passando por filtros”,

finaliza. (Colaborou Amanda Lemos)

Confira as notas das prefeituras:

São Bernardo

A Prefeitura de São Bernardo torna público

nesta segunda-feira (22/04) que, desde

quinta-feira (18/04), vem notificando a

Sabesp com questionamentos sobre a

qualidade da água distribuída no município. A

medida foi tomada pela Prefeitura após

receber as primeiras denúncias, em torno da

coloração da água distribuída, uma vez que a

Sabesp é a responsável pela coleta,

tratamento e distribuição da água em toda a

cidade. Em paralelo, a Prefeitura também

notificou oficialmente a Agência Reguladora de

Saneamento e Energia do Estado de São

Paulo, com o objetivo de que todos os

esclarecimentos sejam feitos da maneira mais

ágil possível. A Prefeitura seguirá

acompanhando de perto até que não seja mais

registrado nenhum problema deste tipo na

cidade.

Santo André

Desde março, a água entregue para a

distribuição em Santo André pela Sabesp tem

chegado à cidade com coloração avermelhada.

Para minimizar o problema e evitar que a água

chegue aos usuários, o Semasa faz

frequentemente descargas de rede. O Semasa

já notificou a companhia estadual sobre as

ocorrências. Caso o morador tenha interesse,

pode solicitar uma análise da qualidade da

água pelo telefone 115.

https://www.reporterdiario.com.br/noticia/266

1514/moradores-protestam-contra-sabesp-

por-causa-da-qualidade-da-agua/

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Data: 23/04/2019

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Veículo1: Diário Regional SP

Veículo2: Diário Regional SP (online)

Data: 23/04/2019

Diadema prevê regularização de mais 4

áreas neste semestre

Mais de 12 mil pessoas já foram beneficiadas

com a regularização de 2,7 mil lotes

A Prefeitura de Diadema tem priorizado a

regularização fundiária, e prevê que ainda

neste semestre estará concluído o processo

nos núcleos habitacionais Vilinha e 15 de

Julho, além dos loteamentos Vila Nova

Esperança e Vila São Vicente.

'Há dois anos decidimos como prioridade a

regularização fundiária. Queremos que cada

família tenha o direito ao acesso da escritura

ou posse de seu imóvel de forma definitiva e

estamos trabalhando para que isso aconteça',

destacou o prefeito Lauro Michels (PV).

O verde tem como meta, até o final de 2020,

atingir 60% de regularização no município,

beneficiando mais de 128 mil pessoas que

vivem em loteamentos irregulares, núcleos

habitacionais e em empreendimentos

habitacionais de interesse social.

Desde 2017 já foram regularizados 2760 lotes

do Parque Real 'A', Jardim Santa Dirce, Vila

Conceição Quadra 30 A; Jardim Rey, Jardim

Maria Claudia, Vila Santa Maria; Santa

Elizabeth, Jardim de Léo, Jardim Santa

Cândida; Subdivisão dos Lotes 15 e 16 da

Quadra 29 - Vila Conceição, Vila Andreia e

Elbio Camilo, além dos núcleos habitacionais

Três Mosqueteiros, Águia de Ouro, Vera Lúcia;

Morro do Samba e Canheminha, beneficiando

diretamente mais de 12 mil pessoas.

'Estamos fazendo um trabalho pioneiro de

regularização fundiária na cidade e hoje somos

referência na dinâmica adotada neste

processo. Nosso objetivo é preparar o

município para novos tempos, deixando o

legado de uma cidade regularizada', disse a

secretária de Habitação e Desenvolvimento

Urbano, Regina Gonçalves.

Parceria

A secretária destacou, ainda, a parceria com o

Cartório de Registro de Imóveis, por meio da

oficiala Patrícia André de Camargo Ferraz. 'A

parceria que adotamos junto ao Cartório de

Registro de Imóveis de Diadema para o

processo de regularização fundiária tem sido

essencial na dinâmica do nosso trabalho',

pontuou.

O município também tem uma atenção

especial com os assentamentos em área de

manancial, por isso foi um dos primeiros a

aderir ao Programa de Recuperação de

Interesse Social nas Áreas de Proteção e

Recuperação de Mananciais (PRIS) da Cetesb

(Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo). Os núcleos Joaninha, Caviúna,

Iguassú, Vila Antonio Tadeu, Amuhadi II,

Cação/ Calango/ Cachole, Cangati, Cidade de

Deus, Carapicu, União II, Carapeba, Jóquei e

Santo Antonio são áreas que integram o PRIS

e estão em fase de conclusão de regularização

fundiária. (Reportagem Local)

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=21530507&e=577

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=21527060&e=577

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Data: 23/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

VEÍCULOS DIVERSOS

Veículo: O Globo

Data: 23/04/2019

Militar da Aeronáutica cuidará de

Secretaria de Biodiversidade

Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles

exalta importância de setor que cuida do

tema, mas que estava sem titular e sem

gerentes de projetos

Em mais um passo rumo à militarização do

Ministério do Meio Ambiente (MMA), o ministro

Ricardo Salles anunciou, em um vídeo

divulgado no Twitter, a nomeação do

brigadeiro médico Eduardo Camerini para a

Secretaria de Biodiversidade da pasta.

Camerini é conselheiro do Conselho de Gestão

do Patrimônio Genético do MMA. Sua adjunta

na secretaria será a tenente Mirella Vargas.

- Gostaria de anunciar o início, já na próxima

semana, do brigadeiro Camerini e da tenente

Mirella na Secretaria de Biodiversidade do

MMA. Um importante tema confiado a quem

conhece – disse Salles.

O cargo de secretário de Biodiversidade, assim

como as gerências de projetos subordinados a

ele, estavam vagos.

Camerini ocupava, até agora, a direção do

Departamento de Saúde e Assistência Social

do Ministério da Defesa. Além de lidar com

patrimônio genético, seu currículo lista

experiências profissionais ligadas a áreas

como medicina e fisiologia aeroespacial e

instrução de resgate.

Entre as funções do brigadeiro no MMA estará

a conclusão de um relatório sobre a

biodiversidade brasileira, que deveria ter sido

enviado ainda no ano passado à Convenção

sobre Diversidade Biológica da ONU.

Nele, o país precisa enumerar os

compromissos que serão assumidos para

assegurar a diversidade de espécies no

território nacional até 2020.

Na semana passada, Salles nomeou o coronel

Homero Cerqueira para a presidência do

Instituto Chico Mendes de Conservação da

Biodiversidade (ICMBio). Cerqueira, até então,

comandava a PM Ambiental de São Paulo.

Alguns dos principais assessores do ministro

também vieram das Forças Armadas.

MUDANÇAS NO IBAMA Em fevereiro, Salles

exonerou 21 dos 27 superintendentes

regionais do Ibama, denunciando um suposto

aparelhamento ideológico do órgão. Especula-

se que, a pedido do presidente Jair Bolsonaro,

os postos sejam ocupados por militares.

Na última sexta-feira, o MMA publicou, em sua

conta no Instagram, uma homenagem ao Dia

do Exército, mas não dedicou outra postagem

ou menção de que, na mesma data,

comemora-se também o Dia do índio. Dezenas

de internautas protestaram contra a falta de

um tributo no site aos indígenas.

OPINIÃO DO GLOBO

Alerta

O AQUECIMENTO global, que provoca a

elevação da temperatura do mar, se soma à

incúria de governantes fluminenses e

transforma a Baía de Guanabara numa "sopa

tóxica" de bactérias, segundo a UFRJ.

A INCOMPETÊNCIA e a má-fé na gestão de

projetos de despoluição da Baía deram nisso.

A degradação das águas da Baía é conhecida.

Mas que as ameaças da poluição à saúde

pública são potencializadas pelas mudanças

climáticas, isso deveria fazer com que as

autoridades afinal se mexessem.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=21522711&e=577

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Data: 23/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Bom Dia Brasil

Data: 23/04/2019

Pesquisa mostra como falta de

saneamento afeta a vida dos brasileiros

https://globoplay.globo.com/v/7560810/

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Data: 23/04/2019

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Veículo: G1 Economia

Data: 23/04/2019

Falta de acesso a saneamento básico

resulta em baixa renda e gasto com

internações, diz estudo

Moradores de locais sem acesso a saneamento

básico ganham salários menores do que a

população com acesso a água, coleta e

tratamento de esgotos. Também estão mais

vulneráveis a doenças comuns em áreas em

que essa infraestrutura inexiste ou é precária

– e o efeito direto disso é uma elevação nas

despesas com saúde pública.

As conclusões fazem parte de um

levantamento do Instituto Trata Brasil e

constam de um portal lançado pela

organização nesta terça-feira (23). Chamada

Painel Saneamento Brasil, a plataforma

mostra dados sobre saneamento e seus

impactos socioeconômicos nas 200 maiores

cidades do país.

"Não cabe mais, em pleno século 21,

termos indicadores de saneamento básico

típicos de século 19. Isso é inadmissível",

avalia, em entrevista ao G1, o presidente do

Trata Brasil, Édison Carlos. De acordo com ele,

os investimentos no setor estão muito abaixo

do necessário.

Para traçar o comparativo, o Trata Brasil

analisou índices de quatro regiões

metropolitanas: Belém, Porto Alegre, Rio de

Janeiro e São Paulo. De acordo com o

presidente do instituto, elas foram escolhidas

aleatoriamente, mas permitem traçar um

panorama do país como um todo.

"Qualquer cidade do Norte ou do Nordeste vai

ter números provavelmente muito piores do

que do Sudeste, por causa das condições

históricas", explica Édison Carlos. "Na região

Norte, por exemplo, só 10% das pessoas têm

coleta de esgoto."

A partir do cruzamento de dados, o estudo

traçou as relações entre saneamento básico e

os seguintes tópicos:

renda – quem não tem acesso à água e

esgoto ganha menos.

saúde pública – falta de saneamento

provoca gastos com internações.

emprego – obras de infraestrutura geram

postos de trabalho.

Investimento abaixo do esperado

Os números do Brasil com relação ao

saneamento básico são:

35 milhões de brasileiros sem acesso à rede

de água potável;

95 milhões de brasileiros sem coleta de

esgotos;

e 46% dos esgotos são tratados.

Como signatário dos Objetivos do

Desenvolvimento Sustentável (ODS) da

Organização das Nações Unidas (ONU), o país

tem prazo até 2030 para oferecer água e

esgoto a todos os moradores.

"Um estudo recente diz que, se continuar

investindo como investiu nos últimos dez

anos, estamos mais para 2060 do que para

2030", diz Édison Carlos, presidente do Trata

Brasil. "E também estamos longe da meta do

Plano Nacional de Saneamento Básico, que

prevê a universalização de serviços de água e

esgotos até 2033."

De acordo com o levantamento do Trata

Brasil, para cumprir este último objetivo é

necessário investir ainda R$ 357 bilhões –

uma média anual de R$ 24 bilhões. Ocorre

que, entre 2010 e 2017, os valores variaram

de R$ 10,7 bilhões a R$ 14,9 bilhões.

Investimentos em água e esgoto no Brasil

"É o que costumo falar: exportamos aviões

e tecnologia agrícola, mas não conseguimos

levar água às pessoas e coletar esgoto",

compara Édison Carlos. "O investimento em

saneamento é muito baixo,

proporcionalmente. Em energia elétrica, que já

está universalizada, eles investem R$ 50

bilhões por ano."

Em média, quem mora em área com

abastecimento de água e coleta e tratamento

de esgoto ganha salário 85% maior do que

quem mora em regiões sem acesso a esses

serviços, aponta o Instituto Trata Brasil.

"Esta distinção salarial se dá sobretudo nas

áreas mais precárias, em que o cidadão

convive muito próximo aos esgotos, além de

outros problemas socioeconômicos", cita o

estudo.

Édison Carlos explica: "Quando a pessoa

morou e mora numa área sem saneamento, a

tendência é que ela se desenvolva menos,

tanto na escola quanto na formação

profissional. Ela tende a faltar mais à escola,

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faltar mais ao trabalho... Tem impacto na

formação profissional".

De acordo com ele, aumenta neste caso a

chance de ter um emprego de menor

qualificação e com menor salário.

"O salário é consequência de uma vida toda

com uma condição sanitária ruim. A pessoa

não ganha menos só porque mora ali. Ganha

menos porque foi submetida, ao longo da

vida, a condições de saneamento ruins, o que

faz com que ela tenha mais doenças."

Gastos com internações e despesas de saúde

Doenças como diarreias, verminoses, hepatite

A, leptospirose e esquistossomose, dentre

outras, estão entre as mais comuns que

afetam moradores de áreas sem saneamento

ou com serviço precário de água e esgoto.

O Instituto Trata Brasil cita que, apenas com

essas enfermidades, o Brasil gastou R$ 1,1

bilhão com internações entre 2010 e 2017 –

isso dá uma média anual de R$ 140 milhões.

"A falta de saneamento é sempre impactante

na saúde, porque são essas doenças de

veiculação hídrica que representam gastos

para as prefeituras", diz Édison Carlos.

"Muitas vezes, o prefeito não quer investir

em saneamento porque acha que é uma obra

pouco atrativa, que quebra a cidade, e então

ele não consegue vender aquilo

eleitoralmente. Só que, por outro lado, a

cidade gasta muito na saúde. O prefeito não

percebe que muito desse gasto de saúde

poderia ser coberto pelo investimento em

saneamento."

O presidente do Trata Brasil observa, ainda,

que não entram nessa conta doenças do

mosquito Aedes aegypti, como dengue,

chikungunya e zika. "Enquanto não

resolvermos o problema do saneamento, não

resolveremos os problemas de doenças

transmitidas por inseto, de forma geral, como

febre amarela também."

Consultor do Painel Saneamento Brasil, o

professor Fernando Garcia de Freitas, da

consultoria EXANTE, comenta em nota:

"Geralmente, jovens que moram em

residências sem acesso à água e ao serviço de

coleta de esgotos sofrem com doenças e se

afastam de suas atividades escolares. Isso

afeta o tempo livre em que eles poderiam

estar estudando e os indicadores mostram que

acabam tendo baixo rendimento em provas

como o ENEM".

O estudo defende que o investimento em

saneamento básico cria empregos não apenas

pela necessidade de mão de obra para as

construções. O operação posterior do sistema

também asseguraria mais postos de trabalho.

"Ao selecionar as principais regiões

metropolitanas no Painel, fica evidente que os

investimentos em saneamento básico, no

período de 2010 a 2017, mesmo baixos, já

foram suficientes para gerar milhares de

empregos", diz o levantamento.

Nesse período, contando o Brasil todo, foram

gerados 216,5 mil empregos.

O Painel Saneamento Brasil traz indicadores

de cidades com mais de 50 mil habitantes.

Inicialmente, estão contemplados os 200

maiores municípios do Brasil – juntos, eles

têm 104 milhões de brasileiros (ou 50% da

população do país). A meta é chegar, até

2020, a 839 cidades, nas quais vivem 145,4

milhões de habitantes (ou 70% da população

do país).

"Queremos que o cidadão comum tenha

acesso, saiba a realidade do município dele. A

ideia é facilitar a vida de quem quer ir atrás. A

partir do momento em que ele tem a

informação, facilita cobrar localmente",

defende o presidente do Trata Brasil.

"Saneamento é direito, às vezes as pessoas

esquecem. O cidadão não está lutando por

tecnologia 8G no celular, mas por um direito."

De acordo com o professor Fernando Garcia de

Feiras, um dos consultores do Painel, a

plataforma torna facilita a visualização de

"ganhos em termos patrimoniais da população

que ocorre quando o saneamento chega à sua

comunidade".

"Essa é a chamada valorização ambiental

associada ao saneamento das cidades."

https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/

04/23/falta-de-acesso-a-saneamento-basico-

resulta-em-baixa-renda-e-gasto-com-

internacoes-diz-estudo.ghtml

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FOLHA DE S. PAULO PAINEL

Ataque de Olavo a militares faz aliados de

Bolsonaro falarem em 'situação limite' e pedirem

'pragmatismo'

Perto do ponto sem retorno O uso de um canal

do presidente para a divulgação de ataques de

Olavo de Carvalho a militares –só no primeiro

escalão há oito fardados– fez aliados moderados

de Jair Bolsonaro no Congresso e no Planalto

reconhecerem que as intervenções do guru

chegaram a uma situação limite. Para eles, não

há solução de curto prazo para a disputa entre

olavistas e integrantes das Forças. Mas o tom é

de apelo por pacificação e pragmatismo, sob

risco de contaminação total da agenda do

governo.

Ferro em seda Os mais próximos de Bolsonaro

evitam tomar lado na disputa, vista como

especialmente delicada para o presidente por

opor ministros muito leais, como os generais

Santos Cruz (Secretaria de Governo) e Augusto

Heleno (GSI), e o filho Carlos Bolsonaro, que tem

enviado recados a militares e afagos a Olavo

desde a transição.

Palavra tem poder Aliados de Carlos dizem que

os militares cobraram já no domingo (21) uma

declaração de Bolsonaro contra o vídeo postado

em seu canal no YouTube. Na polêmica peça,

Olavo dizia que as Forças só fizeram “cagada” e

que o presidente está cercado “de filhos da

puta”.

Morno Bolsonaro optou por tirar o vídeo

discretamente e tentou se equilibrar entre os

ministros, a família e o guru, condenando nesta

segunda (22), em nota, os termos usados por

Olavo, mas salientado o patriotismo do escritor.

Pisando em ovos A questão entre o presidente e

seu vice, Hamilton Mourão, é diferente. Há, de

fato, um desconforto com o protagonismo que o

contraponto a falas de Bolsonaro deu ao general.

O problema é tão evidente que se tornou alvo de

preocupação entre o time e amigos do militar.

Incendiário Olavo de Carvalho divide o PSL. Os

mais próximos ao escritor, se recolheram. Os

críticos foram à forra. O líder do partido na

Câmara, Delegado Waldir (GO), o chamou de

“Nero do Brasil”.

Faz parte do show A ala do governo ligada ao

escritor diz que, além do receio de uma tutela

excessiva dos militares, há preocupação com o

que olavistas chamam de falta de traquejo

político dos generais, que se esquivam de

apontar “diferenças entre esquerda e direita”,

tipo de discussão que agradaria à base de

Bolsonaro.

Tranquilo e favorável? Líderes de partidos de

centro e centro-direita dizem que, mantidos os

termos já firmados com a equipe econômica, a

votação da reforma da Previdência na Comissão

de Constituição e Justiça, nesta terça (23), deve

ocorrer em relativa tranquilidade. O governo

prevê cerca de 40 votos.

Sem descanso O secretário do Ministério da

Economia que toca a reforma, Rogério Marinho,

enviou no fim de semana a líderes do Congresso

uma minuta com as modificações que deve

acatar. A tentativa de rever a idade de

aposentadoria compulsória –que poderia inclusive

afetar a composição do STF– estará entre os

trechos suprimidos.

Sem descanso 2 Apesar dos acenos do centro à

equipe econômica, a oposição vai trabalhar duro

para ganhar tempo, dentro e fora do Congresso.

O PSOL vai apresentar requerimentos solicitando

já os estudos que dão base à reforma. Haverá

ainda um mandado de segurança conjunto a ser

remetido ao Supremo.

Nova chance O Tribunal de Justiça de SP analisa

nesta quarta (24) recurso em que o ex-

presidente Lula busca reparação de Delcídio do

Amaral por danos morais. No primeiro grau, a

ação foi julgada improcedente. De lá para cá,

Lula foi absolvido de acusações feitas pelo ex-

petista.

Visita à Folha Marcelo Felipe Kheirallah,

presidente voluntário do Conselho de

Administração da AACD, visitou a Folha nesta

segunda-feira (22). Estava acompanhado de

Valdesir Galvan, superintendente-geral; Alice

Rosa Ramos, superintendente clínica; Edson

Brito, superintendente de Marketing e Relações

Institucionais; Rafael Vergueiro, coordenador de

Marketing; e Everton Vasconcelos, assessor de

imprensa.

TIROTEIO

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A reforma anterior previa R$ 600 bi em 10

anos. Pela lógica, a atual, semelhante, não

alcançaria R$ 1,1 tri. Tem conta errada

De Arthur Maia (DEM-BA), sobre a economia

prevista pela equipe do ministro Paulo Guedes

com as novas regras de aposentadoria

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/04/23/a

taque-de-olavo-a-militares-faz-aliados-de-

bolsonaro-falarem-em-situacao-limite-e-pedirem-

pragmatismo/

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Data: 23/04/2019

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Mônica Bergamo: Congresso segue STF e

deve criar CPI para investigar ataques ao

parlamento

O Congresso discute a criação de uma nova CPI

de crimes cibernéticos que, a exemplo do

inquérito do STF (Supremo Tribunal Federal),

investigaria, entre outras coisas, ataques tanto

ao tribunal quanto ao parlamento.

Mesmo Barco

A ideia é que a comissão, se vingar, seja mista,

com deputados e senadores.

Mesmo Barco 2

Os parlamentares, alinhados com magistrados do

STF, argumentam que haveria no Brasil um

ataque planejado e sistemático às instituições.

Ele precisaria ser investigado e contido.

Talher

E um grupo de advogados está organizando um

jantar, em maio, em desagravo ao presidente do

STF, Dias Toffoli.

Talher 2

O encontro está sendo organizado pelo

tributarista Marco Aurélio de Carvalho e pelos

criminalistas Alberto Toron e Roberto Podval,

além do jurista Lenio Streck.

O Fim

Antes disso, eles vão lançar um manifesto que

afirma que o STF vem sendo vítima de ataques e

injúrias que tentam “intimidar” ministros do STF

e também do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Por trás deles estariam concepções que “flertam,

de forma escancarada, com o fascismo”.

Escudo

A ABJD (Associação Brasileira de Juristas pela

Democracia) também lançará manifesto

conclamando à defesa “intransigente da

democracia” e do STF.

O Dobro

O ex-presidente do BNDES, Paulo Rabello de

Castro, deve depor na CPI que investiga os

investimentos feitos pelo banco. Com a subida

das ações da JBS, ele vai dizer que o banco, se

as vendesse, teria ganho de cerca de 100%

sobre o capital.

Pente Fino

Rabello de Castro lançou, em 2017, o chamado

Livro Verde, uma espécie de auditoria dos

investimentos do banco.

Agenda

O calendário turístico de SP ganhou a Festa do

Pimentão de Itápolis, o Encontro Paulista de Hip-

Hop e o Passeio Turístico da Revolução de 1932

de Mogi Mirim.

Cheia

As datas foram oficializadas em projetos de lei

sancionados por João Doria.

Troca De Experiências

As cantoras Ana Cañas (à esq.) e Tulipa Ruiz

foram a um encontro de 11 mulheres para

debater a participação feminina na música; o

evento foi promovido pela União Brasileira dos

Compositores, que afirma ter 30 mil associados,

dos quais só 14% são mulheres Cristina Granato

Carimbo

O presidente Jair Bolsonaro deve assinar nesta

semana a chamada MP da liberdade econômica.

Carimbo 2

O objetivo do Ministério da Economia é

desburocratizar e diminuir os custos de

atividades chamadas de baixo risco em

propriedade privada, como padarias, tabacarias e

pequenas lojas de departamentos.

Carimbo 3

Pelas novas regras, essas pequenas empresas de

baixo risco não precisarão mais, por exemplo, de

alvará de funcionamento nem de alvará sanitário.

Foco

Com isso, o Estado poderá se concentrar em

fiscalizar empresas de alto risco.

Tiros

O Instituto de Medicina Social e de Criminologia

de SP entrega na quinta (25) à Defensoria

Pública de SP laudos periciais dos adolescentes

feridos no massacre de Suzano.

Sem

O presidente da Câmara Municipal de SP,

Eduardo Tuma (PSDB), aboliu o uso de placas

pretas pelos veículos usados por vereadores da

capital.

Mordomia

O Conselho Nacional de Trânsito libera placas

especiais para os chefes do legislativos

municipal. Outros vereadores, porém, também

usavam o benefício. Como elas escondem a placa

original do veículo, é possível burlar multas.

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Data: 23/04/2019

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Mentira

O ator Carlos Vereza diz que é falsa a acusação

de que a Globo estaria boicotando o filme “O

Trampo”, dirigido e produzido por ele. “A Globo

jamais me censurou. Fizeram isso para criar uma

discórdia”, afirma.

Anônimo

Nas redes sociais, circula uma publicação que

afirma que o longa estaria sendo boicotado

porque Vereza declarou voto em Bolsonaro. “Um

anônimo criou isso para gerar ruído entre mim e

a TV Globo.”

Páscoa musical

O governador João Doria, o prefeito Bruno Covas

e o secretário de Cultura e Economia Criativa de

SP, Sérgio Sá Leitão, foram ao concerto em

homenagem ao ex-governador Mário Covas na

Sala São Paulo, no domingo (21). O diretor

artístico da Fundação Osesp, Arthur Nestrovski, a

secretária de Desenvolvimento Social, Célia

Parnes, e seu marido, Bernardo, também

estiveram lá, assim como o museólogo Fábio

Magalhães e o diretor do Museu Afro Brasil,

Emanoel Araújo.

Curto-circuito

O ministro do STF Luiz Fux abre um seminário do

Sindifisco sobre a reforma da Previdência. Nesta

terça (23), em Brasília.

O filósofo Gilles Lipovetsky debate sobre cultura

e educação no Sesc 24 de Maio.

O humorista Fabio Porchat participa do projeto

The Live Show, apresentado por Rafael Cortez na

internet.

A Casa do Saber faz nesta terça (23) debate

sobre militares e política com Pedro Paulo de

Sena Madureira. Às 20h.

A Record lança a novela “Jezabel”. Hoje, em São

Paulo.

A Câmara Portuguesa promove evento para

debater investimentos em Portugal. Nesta terça

(23), às 9h, em sua sede, em São Paulo.

com Bruna Narcizo, Bruno B. Soraggi E Victoria

Azevedo

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/04/congresso-discute-criar-cpi-

para-investigar-ataques-virtuais-ao-

parlamento.shtml

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Data: 23/04/2019

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Petrobras muda modelo de divulgação de

preços dos combustíveis

Nicola Pamplona

Após a polêmica gerada por intervenção do

governo no preço do diesel, a Petrobras alterou o

modelo de divulgação dos valores de venda de

gasolina e diesel em suas refinarias. A companhia

alega que o objetivo é dar maior transparência

ao mercado.

A partir desta segunda (22), a estatal passou a

publicar em seu site os preços de venda dos dois

combustíveis por ponto de entrega —são 35

espalhados pelo país. Antes, publicava

diariamente o preço médio de cada produto no

país.

A mudança vem em linha com esforço da ANP

(Agência Nacional do Petróleo, Gás e

Biocombustíveis) para oferecer mais informações

sobre os preços dos combustíveis por região —

como ocorre, por exemplo, nos Estados Unidos.

Em uma rede social, o diretor-geral da ANP,

Décio Oddone, elogiou a medida. "É ótimo para a

Petrobras e para a sociedade, pois inibe a prática

de preços muito diferentes dos internacionais,

como tivemos nos últimos anos", escreveu.

A mudança foi feita no início da tarde. Abaixo da

nova tabela, a empresa escreveu como

observação: "sem reajuste nos preços da

gasolina e do diesel". Este último foi reajustado

em 4,8% na última quarta (17), quase uma

semana após recuo em aumento de 5,7% que

derrubou as ações da companhia nas bolsas.

O recuo foi decidido após telefonema do

presidente Jair Bolsonaro ao presidente da

Petrobras, Roberto Castello Branco, alertando

sobre os riscos de greve dos caminhoneiros,

levantando críticas sobre interferência do

governo na gestão da empresa.

Em entrevista para anunciar o reajuste na

quarta, Castello Branco disse que a decisão de

suspender o aumento anterior foi interna e que

Bolsonaro lhe garantiu independência para definir

os preços.

O valor de venda da gasolina nas refinaras

permanece inalterado desde o dia 4 de abril,

apesar da alta das cotações internacionais do

petróleo, que atingiram nesta segunda o maior

valor de 2019 diante de incertezas com relação

ao suprimento depois que os Estados Unidos

apertaram o cerco contra exportações do Irã.

Segundo cálculos do mercado, a defasagem no

preço da gasolina nas refinarias da Petrobras em

relação a cotações internacionais chega a R$

0,17 por litro no porto de Itaqui, na Bahia. A

política de preços da estatal prevê períodos

máximos de 15 dias sem reajustes.

Em comunicado ao mercado para anunciar o

novo modelo de divulgação dos preços, a

Petrobras disse que que "está fortemente

comprometida com a transparência e repudia

práticas monopolistas".

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/04

/petrobras-muda-modelo-de-divulgacao-de-

precos-dos-combustiveis.shtml

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Data: 23/04/2019

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Aterros no limite e baixa coleta de

recicláveis desafiam limpeza de São Paulo

Ricardo Kotscho

Numa sala no segundo andar da sede da Amlurb

(Autoridade Municipal de Limpeza Urbana), no

Canindé, região central de São Paulo, o

economista Edson Tomaz de Lima Filho, 67,

comanda um exército de 14 mil homens e

mulheres, com 600 caminhões e orçamento

anual de R$ 143 milhões, incluindo o serviço de

varrição.

A cada dia, a cidade produz 20 mil toneladas de

lixo. São 12.000 de resíduos domiciliares e 8.000

da varrição. Daria para cobrir toda a extensão da

avenida Paulista a uma altura de 53 metros.

Além disso, há mais de 104 mil lixeiras

espalhadas pela cidade, mas muita gente ainda

prefere jogar o lixo nas ruas e nos rios.

“A sensação que eu tenho é de estar numa casa

de dez cômodos, cada um com seis pessoas, uma

senhorinha só cuidando da limpeza e os outros

sujando”, desabafa o “xerife do lixo”, responsável

pelo funcionamento de toda a máquina, que

opera 24 horas por dia, de domingo a domingo.

Com os atuais aterros sanitários já no limite e

sem espaço para abrir novos, Lima só vê uma

solução para o problema: estimular os 12

milhões de paulistanos a separar o lixo domiciliar

e aumentar a capacidade da coleta seletiva.

A coleta de recicláveis corresponde atualmente a

apenas 7% do total. Quase metade dos resíduos

coletados diariamente poderia ser reciclada.

Para conscientizar a população de que cada um

precisa fazer a sua parte, a Amlurb lançou em

fevereiro o Movimento Recicla Sampa, uma

plataforma online que tem como objetivo reduzir,

em quatro anos, 500 mil toneladas de resíduos

atualmente despejados nos aterros municipais.

“É impossível, numa cidade como São Paulo, só o

poder público zelar pela limpeza, sem a

colaboração de todos, a começar pela separação

do lixo comum e reciclável nas residências”.

Lima sabe do que está falando. Ele está no

serviço público há 34 anos. Começou como

administrador regional de São Mateus, quando

era prefeito Mario Covas. Depois, trabalhou com

ele em diferentes cargos no governo do Estado.

“Sou um cara de partido”, gosta de dizer o

tucano histórico, de cabelos brancos e fala

mansa. Pós-graduado em administração pública

pela FGV, já passou por mais de dez cargos

públicos e foi membro da Fundação Mario Covas.

“Comecei com o avô e agora estou trabalhando

com o neto.”

Quando João Doria assumiu a prefeitura, em

2017, o então vice Bruno Covas chamou o amigo

da família para assumir a Amlurb. “Fiquei

preocupadíssimo, era muita responsabilidade. Na

primeira vez, recusei, mas ele insistiu muito, e

acabei aceitando. Achava que nessa altura da

vida era um cargo muito pesado”.

Bruno, na época, era também secretário das

prefeituras regionais, à qual a Amlurb é

subordinada. Foi criticado na imprensa porque

sua família era sócia da de Lima numa pousada

em Ubatuba.

“Nossas famílias são amigas há 40 anos, os filhos

foram criados juntos. Qual é o problema?”. No

momento, a pousada encontra-se arrendada.

O nome do presidente da Amlurb também seria

envolvido numa denúncia anônima contra o

então presidente do Tribunal de Contas do

Município, João Antonio da Silva Filho, em maio

do ano passado, durante processo de licitações

de empresas de varrição. Nada ficou provado.

“Isso foi uma guerra de empresas que

disputavam o serviço, mas, no fim, serviu para

acabar com a cartelização, e nós acabamos

economizando recursos para a prefeitura,

pagando menos.”

Após várias renegociações dos contratos, a

despesa anual com a varrição, que era de R$ 90

milhões, no início da gestão, caiu para R$ 76

milhões, em junho de 2018.

Agora, são seis as empresas que cuidam do

serviço, com 12 mil empregados (salário médio

de R$ 1.231,95) responsáveis pela limpeza das

ruas. Nos novos contratos, recém-assinados, o

total deste ano ficou em R$ 67 milhões.

Duas empresas são responsáveis pela coleta de

lixo domiciliar na cidade: Ecourbis e Loga, que

empregam 6.000 funcionários (salário médio de

R$ 1.465,28) e recebem R$ 76 milhões por ano.

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Data: 23/04/2019

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Ambas contam com centrais mecanizadas de

triagem capazes de processar 250 toneladas de

recicláveis por dia.

A baixa adesão da população à coleta seletiva,

além dos problemas ambientais causados,

também prejudica a geração de emprego e renda

para as 1.200 famílias que trabalham na

reciclagem, 24 cooperativas habilitadas na

capital.

Das 1.500 escolas municipais, 300 terão cursos

sobre reciclagem de lixo já neste ano, numa

parceria da Amlurb com as empresas contratadas

e a Secretaria de Educação.

“Nós temos capacidade para reciclar muito mais

resíduos, mas falta matéria-prima para a

operação. Precisamos da ajuda de todos. É só

separar o lixo úmido do seco e a gente faz o

resto. A megaoperação do gerenciamento do lixo

e sua destinação final dependem da mudança de

hábitos das pessoas”, diz Lima.

O “xerife do lixo” não quer mais se sentir como

aquela senhorinha do início deste texto, limpando

a casa de dez cômodos que os outros sujam.

Cuide do seu lixo

O que pode ser reciclado

Plástico

Garrafas pet, embalagens, pratos, copos e

talheres de plástico, canudos

Vidro

Garrafas, copos, potes, frascos

Papel

Jornais, revistas, panfletos, papelão, papéis que

não estejam sujos

Metal

Latas, ferragens, arames, panelas, tampas de

iogurte

Atenção

Alguns materiais não podem ser jogados no lixo

reciclável, como lixo eletrônico, lâmpadas e latas

de tinta, e devem ser levados a postos

específicos

Consulte os horários dos caminhões de lixo na

sua região pelo telefone 156

Série aborda aspectos da zeladoria da cidade

Este texto estreia série sobre os problemas e

dificuldades de cuidar de uma metrópole com 12

milhões de habitantes. Os desafios e as maneiras

encontradas pela administração municipal para

lidar com questões como buracos de rua estarão

em pauta na série, que também trará dicas sobre

como o cidadão pode ajudar.

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0

4/aterros-no-limite-e-baixa-coleta-de-reciclaveis-

desafiam-limpeza-de-sao-paulo.shtml

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Data: 23/04/2019

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Catador vira agente ambiental e reclama da

falta de educação para reciclar lixo

Thiago Amâncio

Tartatuga, preá, gato, colchão, tênis, abacaxi.

Telines Basílio, 54, já encontrou “tudo isso e mais

um pouco”, diz, em sacos de lixo supostamente

reciclável nas mais de três décadas que trabalha

como catador —ou agente ambiental, como são

chamados esses profissionais hoje.

Se apenas 7% do lixo coletado é reciclado,

segundo dados da prefeitura, o número seria

ainda mais baixo não fossem as pessoas que,

autonomamente ou em grupos, transformam em

dinheiro o que muitos chamam de lixo: recolhem,

separam e vendem o que seria descartado.

Mas o trabalho poderia ser mais fácil se as

pessoas soubessem descartar o lixo da maneira

correta, reclamam os catadores. “Falta

informação e educação”, resume Basílio,

conhecido como Carioca na Coopercaps,

cooperativa de catadores da Capela do Socorro,

na zona sul, da qual é presidente.

“O lixo me proporcionou muitas coisas”, diz ele,

que morou na rua, trabalhou por 12 anos como

carroceiro, mobiliou um barraco num ferro-velho

com eletrodomésticos que encontrou por aí (TV,

geladeira, fogão, micro-ondas), fez faculdade de

gestão ambiental e viajou ao Japão

representando catadores.

Na sua cooperativa, trabalham 202 pessoas, que

têm renda fixa e benefícios, em condições bem

diferentes de outros tempos, diz ele, quando “a

necessidade fazia o sapo pular, e a gente saía na

rua rasgando lixo para procurar coisa para

vender, demorava dois meses pra juntar R$ 50”.

Na verdade, o processo começa bem antes, na

casa de cada paulistano. O primeiro passo,

fundamental, é separar lixo comum de lixo

reciclável.

O resíduo comum é retirado pela coleta domiciliar

(os dias e horários de cada região podem ser

consultados no site da prefeitura ou pelo telefone

156) e levados a aterros sanitários —colocar o

lixo para fora de casa fora do horário pode causar

multa.

Num horário diferente, passa o caminhão de

coleta de lixo reciclável, que leva os resíduos a

galpões onde trabalham cooperativas de

catadores cadastradas na prefeitura.

Lá, os agentes ambientais espalham o material

sobre uma grande bancada e separam o que

pode e o que não pode ser reciclado.

O processo, porém, pode ser completamente

diferente. Na zona sul, a Central Mecanizada de

Triagem Carolina Maria de Jesus, batizada em

homenagem à catadora que se tornou escritora,

automatizou o processo. “É uma coisa mais

europeia”, explica Carioca.

A separação lembra mais uma fábrica, com

esteiras e som de maquinário. Depois que os

caminhões despejam o que foi coletado em um

depósito, tem máquina para tudo.

A primeira é o rasga-sacos, cujo nome é

autoexplicativo. Numa esteira, o material vai

para uma grande peneira giratória chamada

trommel, que separa os objetos de acordo com

seu tamanho.

Um separador balístico discrimina o lixo por seu

volume. Depois, sensores óticos separam por tipo

(papel branco, papel colorido, papelão, plástico

transparente, plástico colorido, embalagens etc.).

Isso tudo vai numa esteira onde, finalmente, tem

gente trabalhando: agentes ambientais fazem

uma última triagem do que chegou. Depois,

materiais do mesmo tipo são unidos, prensados e

estão prontos para serem vendidos.

A central de triagem tem capacidade para reciclar

250 toneladas de lixo por dia, mas a quantidade

não chega a metade disso; a média é de 100

toneladas diárias, porque não chega material

suficiente.

“O principal problema é a falta de informação”,

resume Carioca. “Basta saber como descartar, o

que pode e o que não pode, onde colocar cada

coisa, e a cidade melhora muito”, conclui o

agente.

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0

4/catador-vira-agente-ambiental-e-reclama-da-

falta-de-educacao-para-reciclar-lixo.shtml

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Page 22: CLIPPING - .NET Framework

Data: 23/04/2019

22

Grupo de Comunicação e Marketing

ESTADÃO A estagnação nas fábricas - Opinião –

Estadão

Com fábricas produzindo muito abaixo da

capacidade e pessoal muito reduzido,

empresários da indústria continuam à espera de

um sinal de Brasília para pisar no acelerador e

entrar em recuperação mais firme. Passados

quase seis meses da apuração do segundo turno,

a economia continua travada e a maior parte da

indústria de transformação opera em nível

inferior ao de antes da crise. Que os negócios

continuam muito fracos é um fato bem

conhecido, mas o quadro pode ser bem mais feio

quando se examinam os detalhes. Exemplo: só

três de quinze segmentos da indústria de

transformação avaliados pela Fundação Getúlio

Vargas (FGV) funcionam em nível pelo menos

igual à média histórica do período de 2001 a

2018. O levantamento foi feito por solicitação do

Estado.

Já no terceiro ano depois de encerrada a

recessão, a maior parte das fábricas mantém um

baixo grau de utilização das máquinas,

equipamentos e instalações. Na média dos 15

segmentos analisados, só houve uso de 74,6%

da capacidade instalada no primeiro trimestre

deste ano. Na série histórica examinada no

estudo da FGV, houve uso médio de 81,1% da

capacidade produtiva. Entre janeiro e março

deste ano, só os segmentos farmacêutico e de

papel e celulose superaram sua média histórica.

Um terceiro, o de vestuário, funcionou dentro de

seu padrão normal. Todos os demais

continuaram com ociosidade maior que a

observada antes da crise.

A estagnação da indústria de transformação é

atribuível, em primeiro lugar, ao baixo consumo

das famílias. A moderação nas compras está

claramente associada à insegurança, num

ambiente de alto desemprego. Nem todas as

famílias perderam renda, mas a maioria tem

excelentes motivos para ser muito cautelosa nas

despesas.

Diante do consumo retraído, os dirigentes de

indústrias são levados a limitar severamente a

formação de estoques. Nem acumulam estoques

de produtos prontos, porque as vendas são

incertas, nem compram matérias-primas e bens

intermediários além do volume necessário numa

situação de negócios fracos. Ao restringir as

compras de matérias-primas e bens

intermediários, transmitem a crise aos elos

anteriores da cadeia de produção.

Com baixo uso de máquinas, equipamentos e

instalações, há pouco ou nenhum motivo para

investir na capacidade produtiva. Não teria

sentido acumular bens de capital ou ampliar

galpões, quando o parque produtivo ainda está

largamente subutilizado.

Tem havido, apesar disso, algum investimento,

porque parte das empresas deve estar sendo

forçada a substituir máquinas e equipamentos

muito velhos. Em algumas, pode estar ocorrendo

uma substituição de bens de capital por outros

mais modernos, mas, de modo geral, faltam

estímulos para investir. Isso se reflete na

indústria de máquinas. No primeiro trimestre, o

segmento usou 69,9% da capacidade instalada,

ficando muito abaixo da média histórica de

80,3%. A diferença entre o uso atual da

capacidade e a média de utilização nesse

segmento é a maior encontrada em todo o

levantamento.

A eleição e a posse de um novo presidente da

República poderiam ter clareado o horizonte e

contribuído para a intensificação da atividade,

mas quem acreditou nisso acabou frustrado.

Superada a incerteza eleitoral e instalado o novo

governo, permaneceu a insegurança em relação

à política e às perspectivas da economia. O

escasso envolvimento do presidente na condução

dos assuntos mais urgentes, como a reforma da

Previdência, foi certamente um dos fatores

negativos. A desorientação evidente e as

trapalhadas mais ostensivas do governo, com

muitas trombadas no primeiro escalão e enorme

dificuldade na relação com o Legislativo,

dificilmente poderiam ter melhorado as

expectativas de quem olha os fatos a partir da

planície do dia a dia dos negócios.

O exame dos 15 segmentos industriais

enriquece, enfim, o quadro geral já apontado

pela FGV: entre o trimestre móvel encerrado em

novembro e aquele terminado em fevereiro o

aumento do Produto Interno Bruto (PIB) foi zero.

Nulos são ainda os sinais de melhora.

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-

informacoes,a-estagnacao-nas-

fabricas,70002800281

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Data: 23/04/2019

23

Grupo de Comunicação e Marketing

Após quase quatro horas de reunião com

Infraestrutura, caminhoneiros descartam

ameaça de greve

BRASÍLIA - Com a promessa de que o governo

vai fiscalizar o cumprimento da tabela de preços

mínimos para o frete rodoviário, caminhoneiros

descartaram nesta segunda-feira a ameaça de

uma nova paralisação. Cerca de 30

representantes da categoria estiveram reunidos

por quase quatro horas com o ministro da

Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, na

sede da pasta em Brasília. Ao deixar o encontro,

eles afirmaram que as bases “foram acalmadas”.

“Não houve um acordo, mas sim um

compromisso de uma agenda positiva”, disse o

presidente da Confederação Nacional dos

Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar

Bueno. Ele disse que os representantes levaram

ao governo algumas questões que não eram de

conhecimento das autoridades e que em troca

receberam o compromisso de que a tabela será

de fato fiscalizada. “Esse compromisso deve

acalmar as bases e não deve haver paralisação

nesse momento”, disse.

Outra questão que, segundo os representantes,

teria sido fechada pelo governo é a promessa de

que a tabela será reajustada de acordo com as

mudanças do preço do diesel. O primeiro reajuste

seria feito até o dia 29, de acordo com as

alterações que o valor do combustível sofreu

desde o início do ano. Segundo Bueno, o governo

ficou de calcular de quanto será essa mudança.

“A categoria está confiante nesse governo”,

disse.

Um dos líderes da categoria, Wanderlei Alves,

conhecido como Dedeco, afirmou que os próprios

caminhoneiros deverão serem agentes de

fiscalização, levando denúncias de empresas que

não estão cumprindo a tabela à CNTA, que por

sua vez repassará à Agência Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT) e governo. O

ministério teria se comprometido também a

retirar multas a motoristas que fizerem as

denúncias.

Dedeco que participou da convocação de uma

nova paralisação para o dia 29 de abril pediu que

os caminhoneiros “se acalmem e esperem”.

Confiante

Mais cedo, o porta-voz da Presidência da

República, general Otávio Rêgo Barros, afirmou

que o presidente Jair Bolsonaro não vê risco de

uma nova greve geral de caminhoneiros. “Ele (o

presidente) está confiante de que não haverá

uma parada por parte dos caminhoneiros”, disse.

Na semana passada, líderes dos caminhoneiros

autônomos, insatisfeitos com o pacote anunciado

pelo governo e com o aumento de 10 centavos

no preço do diesel, agendaram uma paralisação

para o dia 29 de abril. "A expectativa do governo

do presidente Jair Bolsonaro, que mantém

diuturnamente canal de ligação aberto com a

categoria, é de que não há motivos para essa

paralisação", disse Rêgo Barros.

A avaliação do governo é que o principal

problema dos caminhoneiros é a falta de fretes,

já que empresas começaram a montar a própria

frota para burlar a exigência de pagar o preço

mínimo do frete, uma das medidas adotadas pelo

ex-presidente Michel Temer para colocar fim à

greve de maio do ano passado, que provocou

uma crise de abastecimento no País.

Segundo o porta-voz, o Gabinete de Segurança

Institucional (GSI) faz acompanhamento cerrado

e análises de risco e há convicção do presidente

do “espírito patriótico” dos caminhoneiros. "Com

base nesse espírito patriótico que o presidente,

somando-se ao acompanhemento realizado por

outros órgãos do governo, entende que no

momento as condições para estabelecimento

dessa parada não se fazem presentes", relatou o

porta-voz.

Lideranças de diversas regiões do País estiveram

reunidas por mais de três horas com o ministro

da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. A

intenção dos representantes era cobrar do

governo o cumprimento da tabela de preço

mínimo do frete, a fiscalização do dispositivo e

também a adoção de um gatilho que atrele

reajustes do diesel ao piso do transporte.

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Data: 23/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

O risco de uma paralisação fez com que

Bolsonaro ligasse ao presidente da Petrobras,

Roberto Castello Branco, e pedisse que

suspendesse o reajuste no preço do diesel. No

dia, a petroleira teve perda de R$ 32 bilhões no

seu valor de mercado porque o mercado reagiu

mal ao que considerou uma intervenção. Na

semana passada, Castelo Branco anunciou

aumento de 0,10 centavos no litro do diesel.

Horas antes do anúncio, o Planalto anunciou uma

série de medidas para a categoria, como linha de

crédito do BNDES para manutenção dos veículos

e R$ 2 bilhões para manutenção das estradas.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

governo-nao-ve-risco-de-greve-de-

caminhoneiros,70002800332

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Data: 23/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Caminhoneiros descartam greve, após

governo ceder

Por Rafael Bitencourt, Carla Araújo e Fabio

Murakawa | De Brasília

O presidente da Confederação Nacional dos

Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar

Bueno, disse na noite de ontem que não deve

acontecer paralisação de caminhoneiros no

próximo dia 29, conforme a categoria vinha

ameaçando nos últimos dias.

A avaliação foi feita após o ministro da

Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ter

assumido novos compromissos com as lideranças

do setor, depois de uma reunião que durou mais

de quatro horas.

"Acho que nós conseguimos administrar essa

situação de momento. Não deve ter paralisação

de caminhoneiros", disse Bueno, ao deixar

reunião no ministério.

Segundo ele, o ministro garantiu que será

acionado o gatilho de reajuste da tabela de frete

para refletir o aumento do diesel superior a 10%,

desde a última do início do ano. Os novos valores

devem ser calculados nesta semana e entrar em

vigor já a partir da próxima segunda-feira,

quando estava programada a nova greve.

Além disso, os caminhoneiros deixarão de ser

penalizados ao denunciar o descumprimento do

piso do frete pelos embarcadores. Aliás, será

adotada uma medida em sentido contrário, pois

os próprios profissionais do transporte

rodoviários de carga poderão levar os casos de

descumprimento da tabela aos sindicatos, que,

por sua vez, vão submetê-los à apuração da

Agência Nacional de Transportes Terrestres

(ANTT).

Em nota, o Freitas afirmou que "a construção

dessa agenda vai amortecer o efeito do diesel,

vai fazer com que o dinheiro sobre na

contratação de cada frete e vai fazer com que a

referência de preço seja praticada".

"Estamos com uma agenda sólida, que está

sendo construída com base numa conversa e nos

pleitos dos caminhoneiros", disse Freitas, em

uma lista de promessas que inclui "estudar a

eliminação de multas desnecessárias aos

caminhoneiros".

"Agora, o governo assumiu compromisso, com a

representação legítima da categoria, inclusive de

fazer uma fiscalização mais efetiva do piso

mínimo do frete", afirmou Bueno.

O representante dos caminhoneiros autônomos,

Wanderlei Alves, o Dedeco, também apoiou a

iniciativa de permitir que a fiscalização seja

realizada pela própria categoria. "O ministro se

comprometeu que o próprio caminhoneiro será

um órgão fiscalizador de seus sindicatos, que irá

passar para o CNTA e logo irá trazer direto para

o governo a relação das empresas e dos

embarcadores que não estiverem cumprindo o

piso mínimo. No prazo de 30 dias eles serão

autuados."

Dedeco disse que também não vê mais razão

para dar início a uma nova greve diante do

compromisso assumido pelo governo. "Da minha

parte, eu peço aos caminhoneiros que se

acalmem e esperem sim [que as promessas

sejam cumpridas]", afirmou.

O encontro em Brasília ocorreu depois que

lideranças do movimento dos caminhoneiros

disseram que foram atrás de explicações "mais

convincentes" do governo sobre o apoio

prometido à categoria. A fragmentação na

liderança do movimento continua sendo um dos

maiores desafios para o governo em manter a

interlocução com os caminhoneiros.

Para lidar com a liderança difusa, o governo

trabalha com ministros em diferentes frentes de

articulação para monitorar o risco de paralisação,

atender às demandas das categorias e minimizar

problemas para o país. Freitas tem sido o

principal articulador do governo, mas conta com

o reforço principalmente dos ministros Carlos

Alberto Santos Cruz (Secretaria de Governo),

Onyx Lorenzoni e Floriano Peixoto (Secretaria-

Geral).

Principal conselheiro do presidente, o ministro do

Gabinete de Segurança Institucional (GSI),

Augusto Heleno, não tem se envolvido

diretamente nas negociações, mas é sua pasta

que cuida do monitoramento de riscos eventuais

de uma greve.

Um militar de alta patente que auxilia o

presidente afirmou que atualmente o

monitoramento aponta para "baixa adesão" e o

dia 29 - que tem sido apontado por algumas

lideranças como possível dia de greve - ainda

não é considerado como um risco.

https://www.valor.com.br/brasil/6221799/camin

honeiros-descartam-greve-apos-governo-ceder

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Page 26: CLIPPING - .NET Framework

Data: 23/04/2019

26

Grupo de Comunicação e Marketing

Oportunidades e desafios no setor de

energia

Por Paulo Ferreira

Na área de energia, desafios e oportunidades

andam lado a lado no Brasil. A abundância de

recursos naturais do país, com previsão de forte

aumento da oferta de petróleo e gás natural,

representa muitas oportunidades. Porém, o

excesso de intervenção governamental, os

problemas regulatórios, os monopólios e a

insegurança jurídica têm limitado o

aproveitamento desse potencial. Uma ação

estratégica e coordenada entre governo e

Congresso Nacional é necessária para que as

boas perspectivas no setor não sejam frustradas.

O custo de energia, que, no passado, estimulou a

competitividade da indústria brasileira, é visto,

hoje, como uma barreira para a sua expansão

por estar muito alto. O caso do gás natural,

importante insumo para vários segmentos

industriais, é emblemático. Aumentos nas tarifas,

que recentemente chegaram a ser anunciados na

ordem de 36%, em média, produzem efeitos

devastadores, com a perda da competitividade

dos produtos nacionais.

Além dos prejuízos impostos pelo alto custo em

si, esses aumentos expõem outro desafio do

mercado de gás natural: a falta de transparência

na formação de preços e nos seus índices de

correção. Nesse e em outros campos da

economia, a transparência é um requisito

indispensável para a promoção de um ambiente

competitivo.

No mercado internacional, o forte aumento na

disponibilidade de gás natural propiciou uma

significativa queda dos preços, apoiada por

mudanças regulatórias que impulsionaram a

liberalização do setor em diversos países. O

Brasil tem grandes chances de acompanhar essa

tendência, já que a oferta de gás natural deverá

dobrar até 2027. O governo sinaliza que os

preços podem cair pela metade, caso sejam

tomadas as medidas adequadas, que incluem

desconcentração do mercado, novo arcabouço

regulatório, ações para a promoção da

concorrência e quebra de monopólios.

O Ministério de Minas e Energia lançou, em 2016,

o programa Gás para Crescer, criado a partir do

plano de desinvestimento da Petrobras. O

objetivo é aprimorar o arcabouço regulatório do

setor. Essa iniciativa inaugurou um importante

debate com os principais agentes, culminando na

apresentação de propostas para o Projeto de Lei

nº 6.407/2013. O projeto foi amplamente

discutido em 2018, mas divergências,

principalmente com as distribuidoras estaduais

de gás, impediram seu avanço. Existe a

expectativa de que seja votado e aprovado neste

ano.

O caso do setor elétrico também merece atenção.

O sistema brasileiro já foi considerado um dos

mais eficientes do mundo, mas a dependência

em relação às grandes hidrelétricas tem

levantado questões sobre a segurança do

abastecimento. Adicionalmente, os altos custos

dos impostos e dos encargos setoriais

representam cerca de 47% do total - quase a

metade da conta de energia. Outro problema é o

risco hidrológico (GSF), um passivo bilionário,

com liminares na Justiça, que já soma quase R$

7 bilhões.

Remover ineficiências na área energética é gerar

empregos, obter investimentos e crescimento

sustentado

O atual modelo do setor elétrico apresenta claros

sinais de desgaste e precisa de transformações

estruturais, incluindo privatizações, redução de

encargos cobrados ao consumidor e adequações

em nossa matriz de geração, que são

fundamentais para a redução sustentável do

preço da eletricidade. A consulta pública nº

33/2017, coordenada pelo Ministério de Minas e

Energia, avançou na direção de um ambiente

mais competitivo e eficiente para o setor, que

caminha para menor participação hídrica, maior

complementação térmica e crescente importância

das novas energias renováveis.

No entanto, a ampliação da geração térmica é

dificultada pela metodologia de contratação, que

impõe riscos elevados aos projetos. É preciso

promover mudanças regulatórias para a entrada

de térmicas na base, redução dos riscos dos

empreendimentos, e integração dos

planejamentos elétrico e de gás natural. A

tendência de térmicas na base, mais do que

associada a questões simplesmente estruturais,

se apoia na perspectiva de maior disponibilidade

de gás natural doméstico.

As restrições existentes nos orçamentos públicos,

diante de um quadro fiscal deficitário, reforçam a

necessidade de aumento da participação privada

nos investimentos e na prestação dos serviços de

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Data: 23/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

infraestrutura energética. É essencial que o setor

público aperfeiçoe os marcos legais, regulatórios

e tributários para uma promoção da competição

e de investimentos na área. Essas iniciativas

coordenadas têm o potencial de solucionar

alguns dos entraves estruturais ao bom

funcionamento da indústria nacional, como a

redução do intervencionismo governamental e o

elevado preço da energia.

Propostas para viabilizar importantes

transformações no setor de energia já estão na

mesa. É indispensável que se trabalhe por sua

aprovação, a fim de adequar o setor às

exigências de uma economia moderna,

competitiva e inovadora. No segmento elétrico,

temas como o risco hidrológico, considerado

prioridade para o governo, e a privatização da

Eletrobras avançam ainda a passos lentos e com

muitas incertezas. É preciso destravar esses

itens.

Este ano será de grandes desafios com a

expectativa da aprovação do novo marco legal do

gás natural, avanços no âmbito do programa de

desinvestimento da Petrobras, conclusões de

importantes obras de infraestrutura para o

mercado de gás natural, e definições de regras

regulatórias e de contratos. No setor elétrico,

novas diretrizes discutidas no âmbito do Projeto

de Lei nº 232/2016 propõem importantes

mudanças, como ampliação do mercado livre,

novas regras no segmento de geração de energia

e melhorias na comercialização.

O gás natural e a energia elétrica são insumos

fundamentais da indústria brasileira. Sua

disponibilidade e custos são determinantes para

que os produtos nacionais possam competir, em

melhores condições, tanto no mercado externo

como na disputa com os importados no mercado

interno.

Diversos problemas enfrentados nos últimos anos

evidenciam a necessidade de reformas

abrangentes. Remover ineficiências na área

energética é caminhar na direção da geração de

emprego, de aumento de investimentos e de

crescimento sustentado da economia. O

momento é de muito trabalho para evitar que,

mais uma vez, preciosas oportunidades sejam

perdidas. É preciso enfrentar os desafios postos

com coragem e determinação para criar um

mercado de energia mais aberto, diversificado,

competitivo e eficiente.

Paulo Afonso Ferreira é empresário e presidente

da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em

exercício.

https://www.valor.com.br/opiniao/6221643/opor

tunidades-e-desafios-no-setor-de-energia

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Page 28: CLIPPING - .NET Framework

Data: 23/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Náufragos do protecionismo americano

Por Anne Krueger

Quando você tenta algo por 99 anos e a situação

continua piorando, é hora de tentar algo

diferente. O Congresso dos Estados Unidos

aprovou a Lei da Marinha Mercante em 1920

(também conhecida como Lei Jones) para tentar

proteger as empresas de navegação americana e

fortalecer a segurança nacional. A lei, no

entanto, quase destruiu o setor e impôs custos

enormes às empresas, aos consumidores e ao

ambiente dos EUA. Ela precisa ser afundada.

A Lei Jones determina que toda carga

transportada entre portos americanos deve ser

carregada em navios com bandeira americana,

que tenham sido montados inteiramente nos EUA

e tenham parte de seus principais componentes

fabricados nos EUA. Além disso, esses navios

precisam pertencer em pelo menos 75% a

americanos e ter 75% da tripulação formada por

americanos. E se o navio com bandeira

americana precisar ser reparado no exterior, os

EUA cobram um imposto de 50% sobre o preço.

O envio de mercadorias entre dois portos no

mesmo país denomina-se navegação de

"cabotagem". O Fórum Econômico Mundial

considera a Lei Jones a mais restritiva lei de

cabotagem do mundo, enquanto a Organização

para Cooperação e Desenvolvimento Econômico

(OCDE) coloca o EUA atrás apenas da China e da

Indonésia no grau de restrição imposto por suas

regras de serviços marítimos.

As exigências da Lei Jones há muito são um

obstáculo protecionista à economia dos EUA e

são cada vez mais prejudiciais à segurança

nacional - como Coling Grabow, Inu Manak e

Daniel Ikenson, do Cato Institute, destacaram

em importante ensaio em 2018. (Este artigo

apoia-se no trabalho deles).

Vejamos a segurança nacional. Desde 2000, o

número de navios americanos com pelo menos

mil toneladas que estão em conformidade com a

Lei Jones caiu de 193 para 99. Quando as Forças

Armadas dos EUA enviaram material para o Golfo

Pérsico em 2002 e 2003, os navios comerciais

americanos transportaram apenas 6,3% do total

e os estrangeiros, 16%. (As Forças Armadas dos

EUA levaram o restante).

A construção de navios e o transporte naval nos

EUA também se tornaram excessivamente caros.

Estima-se que os navios de contêineres de

tamanho usado em águas costeiras construídos

nos EUA custam entre US$ 190 milhões e US$

250 milhões, em comparação aos equivalentes

estrangeiros, que custam cerca de US$ 30

milhões.

Como os navios em conformidade com a Lei

Jones são tão caros, seus donos não os

substituem. A vida útil econômica de um navio é

estimada geralmente em cerca de 20 anos, mas

mais de 65% da "frota Jones" tem mais de 30

anos, o que a torna ineficiente e até perigosa. E

enquanto os EUA construíram navios com, no

total, menos de 1 milhão de toneladas entre

2014 e 2016, Coreia do Sul e China produziram,

somadas, navios com 140 milhões de toneladas.

Ao empurrar as empresas para o transporte por

terra, a Lei Jones aumenta o custo para as firmas

americanas, eleva os preços aos consumidores,

provoca mais congestionamentos nas estradas e

amplia muito as emissões de dióxido de carbono

De acordo com algumas estimativas, o custo

diário de operação dos navios de bandeira

americana é quase o triplo dos estrangeiros. Há

informações de que o custo com a tripulação dos

navios americanos é cerca de cinco vezes maior.

O custo para transportar petróleo do Golfo do

México para o Nordeste dos EUA em um navio

em conformidade com a Lei Jones é de US$ 5 a

US$ 6 por barril, enquanto um navio de bandeira

estrangeira cobra apenas US$ 2 por barril para

transportar petróleo do Golfo do México para o

leste do Canadá.

Em razão do alto custo do transporte naval nas

costas americanas e nos Grandes Lagos, o

volume de mercadorias americanas

transportadas nessas rotas caiu em cerca de

50% desde 1960. No mesmo período, o

transporte ferroviário de cargas nos EUA subiu

50% e o rodoviário intermunicipal por

caminhões, mais de 200%. Hoje, apenas 2% do

transporte de carga doméstico nos EUA são

carregados por água, em comparação aos 40%

na Europa.

Se a Lei Jones fosse substituída, muitas

mercadorias seriam transportadas dentro dos

EUA de forma mais barata por água do que por

terra. De forma reveladora, o transporte por

água dos EUA para o México e Canadá e dos dois

para os EUA, que não está sujeito à lei,

aumentou 300% desde 1960.

Ao empurrar as empresas para o transporte por

terra, a Lei Jones aumenta o custo para as firmas

Page 29: CLIPPING - .NET Framework

Data: 23/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

americanas, eleva os preços aos consumidores,

provoca mais congestionamentos nas estradas do

país. Além disso, o transporte aéreo, ferroviário e

rodoviário produz até 145 vezes mais emissões

de dióxido de carbono do que o naval.

Os efeitos negativos da lei não param por aí.

Porto Rico, que não tem rota terrestre para o

resto dos EUA, paga um preço particularmente

alto, porque apenas um punhado de navios em

conformidade com a Lei Jones atende

regularmente a ilha. Enquanto a vizinha

República Dominicana compra petróleo do EUA,

Porto Rico vê mais conveniência financeira em

importar remessas da Venezuela e de outros

países (mesmo com o petróleo americano sendo

mais barato). E quando o furacão Maria devastou

a ilha em 2017, o presidente dos EUA, Donald

Trump, autorizou uma exceção de apenas dez

dias na Lei Jones - insuficiente para alguns

navios estrangeiros levarem os tão necessários

carregamentos de ajuda humanitária.

Sujeitar Porto Rico e outros territórios e Estados

dos EUA a cobranças mais altas pelo transporte

naval não tem propósito útil e é discriminatório

contra os próprios americanos. E com navios e

tripulações estrangeiros entrando nos portos

americanos todos os dias, não faz sentido

argumentar que os marinheiros comerciais

deveriam ser americanos por motivos de

segurança nacional. Os ambientalistas também

devem sentir-se indignados, dado o custo e os

danos desnecessários resultantes das maiores

emissões de dióxido de carbono.

Depois de ter destruído a navegação mercante

dos EUA nos últimos 99 anos, a Lei Jones precisa

ser revogada. Os navios em águas americanas

deveriam ser obtidos onde quer que sejam mais

baratos. E sem leis protecionistas, a indústria de

construção de navios dos EUA poderia muito bem

começar a racionalizar-se e tornar-se mais

competitiva.

Quanto mais tempo a Lei Jones permanecer

vigente, mais cara a navegação comercial dos

EUA vai se tornar e maior vai ser seu declínio.

Em vez de celebrar o centenário de uma lei

protecionista prejudicial, o que as autoridades

deveriam fazer é jogá-la ao mar. (Tradução de

Sabino Ahumada).

Anne O. Krueger, ex-economista-chefe do Banco

Mundial e ex-primeira diretora-gerente adjunta

do Fundo Monetário Internacional, é professora

sênior de pesquisas de economia internacional na

Escola de Estudos Internacionais Avançados, da

John Hopkins University. Copyright: Project

Syndicate, 2019.

www.project-syndicate.org

https://www.valor.com.br/opiniao/6221639/nauf

ragos-do-protecionismo-americano

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Data: 23/04/2019

30

Grupo de Comunicação e Marketing

Na esteira climática, indústria nuclear

retoma crescimento

Por Rodrigo Polito | De Sochi (Rússia)

Com uma agenda vinculada à redução das

emissões de gases do efeito estufa, a indústria

mundial de energia nuclear pavimenta uma

retomada oito anos após o acidente ocorrido na

central nuclear de Fukushima, no Japão, atingida

por um terremoto seguido por um tsunami.

Somente no ano passado, entraram em operação

nove reatores nucleares no mundo, sendo dois

na Rússia e sete na China, totalizando 10,4

gigawatts (GW) de capacidade. Também foi

reiniciada a operação de usinas nucleares no

Japão somando outros 5 GW.

A crescente demanda por energia no planeta,

principalmente em países emergentes,

combinada com a pressão da sociedade por um

menor uso de carbono, sobretudo pelos países

desenvolvidos, foi o mote da AtomExpo, um dos

maiores congressos da indústria nuclear mundial,

realizado na última semana em Sochi, na Rússia.

Com participantes de 74 países, incluindo o

Brasil, o evento também discutiu aplicações

nucleares para medicina, transporte e

agricultura, entre outras atividades.

"[2018] foi um dos melhores anos da história do

setor", afirmou a diretora geral da Associação

Nuclear Mundial (WNA, na sigla em inglês), a

sueca Agneta Rising, que transitava sorridente

pelos corredores com paredes verdes, decoradas

com enfeites de natureza, no "Main Media

Centre", instalação construída durante os jogos

olímpicos de inverno de 2014 e que abrigou o

congresso. Para efeito de comparação, em 2017,

apenas quatro novos reatores foram adicionados

ao sistema elétrico no mundo, com um total de

3,4 GW.

Hoje, há 55 reatores em construção no mundo,

incluindo Angra 3, no Brasil. Ao todo, estão em

operação 450 reatores (397 GW).

A avaliação geral do evento é que os aspectos de

segurança implementados após o acidente em

Fukushima (foram revisadas e aperfeiçoadas

medidas de segurança em mais de 140 reatores

no mundo após o incidente) e a visão da energia

nuclear como uma fonte limpa têm possibilitado

uma maior aceitação da tecnologia pela opinião

pública e, inclusive, por ambientalistas.

Na Finlândia, por exemplo, onde há quatro

reatores em operação e um quinto previsto para

dar a partida em 2020, o partido verde local

mudou sua visão com relação à fonte nuclear no

ano passado. Antes contrário à tecnologia, o

partido passou a não criticar mais a fonte, devido

a uma visão aberta a todas as tecnologias de

baixa emissão de gases do efeito estufa.

Outros "verdes" vão além e passaram a apoiar

abertamente a energia nuclear. De acordo com o

ambientalista Michael Shellenberger, que

coordena a organização não-governamental

(ONG) californiana Environmental Progress e

assumiu posição favorável à energia nuclear, o

apoio à fonte tem crescido rapidamente devido à

constatação de que as energias renováveis não

conseguirão sozinhas descarbonizar

significativamente a matriz energética global.

Grandes ONGs ambientalistas, como o

Greenpeace e a WWF, porém, mantêm suas

posições contrárias à energia nuclear. Para a

WWF, a energia nuclear tem custo elevado e os

governos deveriam estimular investimentos em

projetos de fontes eólica e solar.

Com o apelo climático, a fonte nuclear tem

buscado aumentar a penetração na matriz

energética global, atualmente inferior a 10%. No

Brasil, em tese, esse caminho seria mais

complicado, já que as fontes renováveis ocupam

parcela considerável da matriz energética (45%)

e do parque gerador de energia elétrica (80%).

Para Shellenberger, porém, o governo brasileiro

está dando passos positivos para a expansão da

oferta de energia nuclear e a descarbonização de

sua matriz, assim como França e Suécia fizeram

no passado. Na França, a fonte nuclear responde

por 75% da matriz elétrica, enquanto no país

escandinavo, ela ocupa 50%, a outra metade é

preenchida por renováveis.

"Não é preciso acreditar na mudança climática ou

se preocupar com ela para saber que a energia

nuclear, particularmente combinada com a

hidreletricidade, cria energia elétrica barata para

impulsionar o crescimento econômico", disse o

ambientalista. "França e Suécia são nações ricas

em parte pela expansão da energia nuclear",

completou.

Com relação à Alemanha, que mantém firme a

posição de não apenas não construir novas

usinas, mas desativar todas as que possui até

2023, Shellenberger destaca que o país terá que

gastar US$ 580 bilhões em solar e eólica e em

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Data: 23/04/2019

31

Grupo de Comunicação e Marketing

infraestrutura de energia até 2025, enquanto

assiste o custo da eletricidade crescer 50%.

Não é de caráter econômico, no entanto, o maior

obstáculo para a energia nuclear. O principal

tabu para a indústria ainda é a destinação dos

resíduos e o risco de acidentes em usinas.

Para encarar esses temas em fóruns variados, a

WNA elaborou uma cartilha. "Queremos iniciar

uma discussão séria sobre como a energia

nuclear pode contribuir para vida das pessoas",

disse Kirill Komarov, primeiro vice-diretor geral

da Rosatom para Desenvolvimento Corporativo e

Negócios Internacionais e presidente do conselho

de administração da WNA.

No caso dos resíduos, por exemplo, a entidade

explica que existem instalações para a deposição

de resíduos de nível de radiação baixo e

intermediário. Para resíduos de alto nível

radioativo, são necessários repositórios

geológicos profundos. Mas a maioria dos resíduos

de alto nível, segundo a WNA, são de

combustível usado no reator nuclear e que pode

ser reciclado e aproveitado nas usinas atuais,

reduzindo a quantidade de material que precisa

ser armazenada.

No caso de Fukushima, o gerente geral da Tokyo

Electric Power Company (Tepco), Masumi

Ishikawa, contou que a última etapa para a

retirada do combustível nuclear do local começou

neste mês. O trabalho de remoção do

combustível nuclear está previsto para ser

completamente concluído em 2020.

Sobre a utilização do combustível nuclear para

fins não-pacíficos, a WNA defende não haver

relação direta entre a geração de energia e a

proliferação de armas nucleares. A Coreia do

Norte, por exemplo, desenvolveu armas

nucleares, mas não possui geração a partir da

fonte nuclear, ressaltou a entidade.

A WNA acrescentou que um eventual

encerramento de programas nucleares civis não

impediria, por exemplo, a disseminação de

armamento do tipo. Além disso, salvaguardas da

Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)

e da Organização das Nações Unidas (ONU)

fiscalizam constantemente instalações de

enriquecimento e reprocessamento de urânio

para evitar que elas sejam utilizadas para a

produção de armas nucleares.

O evento em Sochi teve ainda outra importância

para o Brasil. Projeto desenvolvido pelo Instituto

de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e a

Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)

ganhou o prêmio AtomExpo na categoria

"Nuclear technologies for better life" (tecnologias

nucleares para uma vida melhor). A iniciativa

estudou a irradiação de uso contínuo do Cobalto-

60 e um acelerador de feixe de elétricos para

tratamento de efluentes industriais.

O repórter viajou a convite da Rosatom

https://www.valor.com.br/empresas/6221857/na

-esteira-climatica-industria-nuclear-retoma-

crescimento

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Page 32: CLIPPING - .NET Framework

Data: 23/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Venda de refinarias atrai estrangeiros em

cenário de incertezas

Por André Ramalho e Rodrigo Polito | Do Rio

As petroleiras com participação no pré-sal,

interessadas numa estratégia de verticalização

no Brasil, e as empresas especializadas em

importação e exportação de derivados

despontam como candidatas naturais à compra

das refinarias da Petrobras. O plano da estatal de

vender seus ativos acontece em meio à retomada

dos investimentos estrangeiros no mercado

brasileiro de combustíveis. O cenário de

mudanças estruturais no setor e as incertezas

levantadas sobre a interferência do governo nos

preços do diesel, porém, lançam desafios à

missão da empresa de se desfazer de parte de

seu parque de refino, segundo especialistas.

A venda das refinarias é o principal trunfo dos

desinvestimentos da Petrobras. A companhia

possui 13 unidades e o presidente da estatal,

Roberto Castello Branco, já afirmou que vê

espaço para que a empresa reduza sua fatia na

capacidade de refino nacional dos atuais 98%

para cerca de 50%.

O modelo de negócios para o refino ainda está

sendo discutido internamente pela empresa, mas

já sofreu um primeiro revés, após o episódio de

intervenção do presidente Jair Bolsonaro na

suspensão do reajuste do diesel da Petrobras, há

duas semanas. O caso alimentou a desconfiança

do mercado sobre a liberdade de preços no

Brasil, dando um sinal com potencial, segundo o

UBS, para reduzir as chances de venda dos

ativos.

Para o ex-diretor da Agência Nacional de Petróleo

(ANP), Hélder Queiroz, a venda das refinarias é

um passo importante da Petrobras na abertura

do mercado brasileiro, mas não será uma tarefa

"trivial". Segundo ele, a compra dos ativos da

estatal faz sentido para as companhias que

tenham interesse em vender, para um grande

mercado consumidor, como o Brasil, parte de

suas produções no pré-sal.

"Mas esse negócio pode ser mais difícil do que o

esperado. O refino está se tornando um negócio

arriscado para as empresas, porque a

eletrificação da frota e as mudanças globais para

novos padrões de mobilidade começam a se

traduzir num novo perfil de consumo de

combustíveis. Com isso, as 'majors' [grandes

petroleiras globais] não parecem muito

estimuladas a aumentar investimentos no refino.

Vale destacar que o parque de refino brasileiro é

antigo e demandará investimentos adicionais

para revitalização", afirma Queiroz.

Enquanto as empresas aumentam a presença na

petroquímica, de olho no crescimento da

demanda de petróleo para uso não energético, a

britânica BP estima que a demanda global por

combustíveis líquidos no transporte deve

começar a cair entre 2035 e 2040.

Para Queiroz, faz sentido para a Petrobras buscar

ampliar o leque de empresas habilitadas a

comprar seus ativos. Castello Branco, por

exemplo, já declarou que pretende mudar o

modelo atual para aumentar o número de

potenciais compradores.

Quatro empresas estrangeiras entraram no

mercado nacional de distribuição de combustíveis

em 2018

O projeto original de desinvestimentos no refino

vetava a participação de empresas que tenham

como principal atividade a comercialização global

de petróleo e derivados de terceiros, conhecidas

como tradings. "Não queremos excluir ninguém",

afirmou o executivo, em fevereiro.

Para o diretor da consultoria Bain & Company no

Rio de Janeiro, José de Sá, apesar do cenário de

transição energética, o mercado brasileiro possui

"algumas características interessantes" que

podem atrair investidores interessados em

garantir, de imediato, uma fatia do mercado no

Brasil.

"Continuamos a ser um país com potencial de

crescimento da demanda [por combustíveis]

bastante razoável, se conseguirmos recolocar a

economia no trilho. Ter uma refinaria, com

logística e tancagem na mão, permite [à

empresa] jogar no mercado brasileiro com

condição muito interessante. A empresa compra

uma posição de mercado com condições de

acesso muito boas", opina Sá.

O plano decenal de energia, da Empresa de

Pesquisa Energética (EPE), estima que a

demanda nacional por diesel, por exemplo, deve

crescer 24,8% entre 2017 e 2027.

Sá não acredita, contudo, que a abertura do

mercado brasileiro desencadeará num ciclo de

novas refinarias. Investimentos desse tipo,

segundo ele, devem se concentrar somente na

Ásia.

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Data: 23/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

"Diante do cenário de abundância de gasolina e

diesel [na região do] Atlântico, é difícil justificar a

construção de novas refinarias. Se olharmos o

movimento dos líderes globais, eles vendem

refinarias marginais e investem nas melhores.

São expansões em cima dos ativos mais

competitivos", explica.

Dentro da estratégia de se verticalizar, no Brasil,

uma das candidatas a entrar no mercado de

refino brasileiro é a chinesa CNPC, que entrou em

2018 no setor de distribuição e logística, ao

comprar 30% da TT Work (controladora da

distribuidora Petronac) e iniciou negociações com

a Petrobras para investir na refinaria do Comperj,

em Itaboraí (RJ). Movimento semelhante foi dado

pela francesa Total, uma das principais

operadoras do pré-sal e que adquiriu a

distribuidora Zema Petróleo.

O plano de desinvestimentos da Petrobras, no

refino, acontece justamente num momento de

retomada do investimento estrangeiros no

mercado brasileiro de combustíveis. Depois de

um movimento de saída das companhias

estrangeiras do setor, no fim da última década,

as multinacionais começam a voltar para o Brasil.

Ao todo, quatro empresas estrangeiras entraram

no mercado nacional de distribuição em 2018,

por meio de aquisições: além da CNPC e Total, a

suíça Glencore comprou 78% da AleSat, quarta

maior distribuidora do país, enquanto a

holandesa Vitol adquiriu 50% a Rodoil.

https://www.valor.com.br/empresas/6221851/ve

nda-de-refinarias-atrai-estrangeiros-em-cenario-

de-incertezas

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Data: 23/04/2019

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Petróleo puxa ganho do setor de energia em

Nova York

Por André Mizutani | De São Paulo

A forte alta dos preços do petróleo foi o destaque

da sessão, com ambos os benchmarks da

commodity disparando depois que o governo

americano confirmou que suspenderá as isenções

a países que compram petróleo do Irã. Com a

notícia, o petróleo WTI para maio fechou em alta

de 2,65%, a US$ 65,70, enquanto o Brent para

junho avançou 2,87%, a US$ 74,04 por barril na

ICE, em Londres.

Os ganhos do petróleo impulsionaram as ações

do setor de energia, que fechou a sessão na

ponta positiva do S&P 500, em alta de 2,05%. As

ações de energia também estiveram entre as

melhores performances do índice Dow Jones,

com as ações da Exxon Mobil avançando 2,19% e

as da Chevron subindo 1,65%. A ação líder no

Dow Jones, no entanto, foi a da United Health,

que subiu 2,44%, devolvendo parte das fortes

perdas sofridas na semana passada.

O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,18%, a

26.511,05 pontos, o S&P 500 avançou 0,10%, a

2.907,97 pontos, e o Nasdaq subiu 0,22%, a

8.015,26 pontos.

Os dados divulgados ontem também não

ajudaram as ações: mais cedo, o PMI industrial

de abril nos EUA apontou estabilidade em relação

à leitura de março, a 52,4 pontos, enquanto o

PMI de serviços caiu a 52,9 pontos, de 55,3 da

leitura anterior. O índice de atividade nacional do

Fed de Chicago, por sua vez, subiu em março,

mas seguiu negativo a - 0,15 pontos, ante - 0,31

em fevereiro, de acordo com dados divulgados

pela instituição.

Os investidores aguardam agora os balanços das

principais empresas americanas de tecnologia.

Nesta terça, o Twitter divulga os seus resultados

para o primeiro trimestre antes da abertura em

Nova York.

https://www.valor.com.br/financas/6221515/petr

oleo-puxa-ganho-do-setor-de-energia-em-nova-

york

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Data: 23/04/2019

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Sustentabilidade: o novo normal nos

investimentos

Por Daniel Celano

Cada vez mais, a sustentabilidade está presente

vida das pessoas. Já está ficando no passado a

percepção direcionada à preservação do

ambiente, uma vez que a sociedade tem se

habituado a compreendê-la em seu conceito mais

amplo, contemplando as necessidades de

equilíbrio entre as áreas econômica, social e

ambiental, na busca de desenvolvimento

saudável para todos.

Dentro do conceito de sustentabilidade, o

mercado utiliza o termo ESG (Enviromental,

Social and Governance) para tratar dos fatores

que tendem a agregar valor a ativos financeiros.

São empresas que demonstram evolução na

valorização de princípios éticos e na adoção de

medidas e recursos que indiquem cuidados com

ambiente, interação equilibrada com a sociedade

e boa governança na gestão de negócios. Os

ganhos podem ser tangíveis ("valuation equity e

debt"), ou intangíveis (em relação à percepção

de marca).

Nesse sentido, está inserido também o modelo

de desenvolvimento sustentável, em que as

empresas buscam conciliar suas necessidades

econômicas com as responsabilidades sociais e

ambientais, buscando equilíbrio com o social,

incluindo a percepção da sociedade, a

sustentabilidade de longo prazo nos retornos

econômicos e a preservação dos recursos

naturais.

O modo como as organizações lidam com cada

uma das dimensões ESG irá influenciar a

percepção de valor potencial vinculado à

sustentabilidade do negócio. Hoje, há uma

tendência crescente de que investidores apliquem

os mesmos conceitos que adotam como

princípios em atividades pessoais quando

escolhem um ativo para fazer parte de seu

portfólio de investimentos e sua propensão a

consumo.

E essa tendência de comportamento não se limita

à ação do investidor pessoa física. O

investimento sustentável tem ganhando destaque

entre os investidores institucionais. De acordo

com o Schroders Institutional Investor Study

2018, cerca de 75% desses investidores

acreditam que os investimentos sustentáveis

devem ganhar importância nos próximos cinco

anos, um avanço de 8 pontos percentuais em

relação a 2017. Millennials (idade entre 18 e 36

anos) já estão alocando em média 41% dos seus

portfólios em investimentos sustentáveis.

Investidores podem se perguntar o que ganham

com isso, além de melhoria social e ambiental.

Na verdade, existem dois pontos a serem

apresentados.

O primeiro é a análise da sustentabilidade dos

retornos de determinada empresa: o crescimento

de lucros é sustentável quando se pesam as

eventuais pressões ambientais, regulatórias e

sociais? A empresa que gera uma desconfiança

na sociedade sobre a sua integridade e boas

práticas, inclusive sobre o cuidado ou falta dele

nas informações de seus usuários, continuará

sendo utilizada pela sociedade de maneira

continuada? A história mostra que não.

Sendo assim, o segundo ponto seria a mitigação

do chamado "tail risk" (risco de cauda, sendo a

baixa probabilidade de ocorrência, mas com

potencial de perdas elevadas), que pode ser

significativamente danoso à reputação, ao valor

para os acionistas e à continuidade dos negócios.

Empresas que levam essas questões realmente a

sério tendem a reduzir a possibilidade de eventos

não desejados/esperados, tais como acidentes

ambientais, vazamentos de informações, falha na

observância do ambiente regulatório, impactando

os valores para seus acionistas.

O segmento de gestão de investimentos

profissional precisa estar atento à valorização da

governança e boas práticas no processo decisório

de investimentos. Identificar, atribuir pesos e

probabilidades para decidir por ativos ou

alternativas de investimento de empresas com

altos padrões de governança corporativa é uma

maneira de reduzir a exposição aos "tail risks".

Gestores de recursos, que possuem escala, tais

como time dedicado e ferramentas proprietárias

de análise, bem como tecnologia para avaliar

uma quantidade cada vez maior de dados (big

data), devem ter uma vantagem competitiva

nesse aspecto.

Um exemplo: A PG&E, empresa de transmissão e

distribuição de energia elétrica da Califórnia, está

exposta a incêndios florestais e foi identificada

como detentora de um risco significativo das

mudanças climáticas (a cláusula de condenação

inversa de acordo com a Lei da Califórnia

determina que as empresas de serviços públicos

são responsáveis se seus equipamento

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contribuírem para um incêndio, mesmo sem

negligência). Os títulos da companhia foram

vendidos em agosto de 2018 e em 2019 a PG&E

entrou com pedido de concordata, citando pelo

menos US$ 30 bilhões ou mais em possíveis

passivos por incêndios em 2017 e 2018.

Aspectos ESG também podem ser vistos como

um fator de alinhamento entre risco e retorno

para tomada de decisão de investimentos, em

que além de atributos como cenários de stress e

metodologias de V@R ("value at risk"), os

aspectos quantitativos e qualitativos da análise

ESG ajudam a dar o desconto/prêmio mais

apropriado para determinado ativo/empresa,

como também na decisão do tamanho das

posições no portfólio como melhores prática s na

gestão de risco.

De acordo com o Schroders Global Study 2018,

42% dos 650 entrevistados com alto

conhecimento em investimentos possuem ativos

sustentáveis, enquanto entre os "intermediários"

o percentual é de 36%. Até mesmo entre os

iniciantes observamos uma parcela significativa

nesse tipo de investimento: 32%.

Os números ficam ainda mais interessantes se

levarmos em conta o percentual médio nesses

grupos do retorno anual médio esperado: 10,9%

entre os experientes, 9,7% entre os

intermediários e 8,8% entre os iniciantes.

Segundo a pesquisa, isso é bastante perceptível

principalmente nos Estados Unidos.

Sendo assim, investidores que possuem um alto

grau de conhecimento compreendem o potencial

de retornos no longo prazo e de mitigação de

riscos oriundos de investimentos ESG para

entregar consistência de rentabilidades e gerar

impactos positivos.

O peso atribuído aos investimentos sustentáveis

é uma tendência em evolução. Apesar dos

desafios, parece ser irreversível o aumento da

valorização da sustentabilidade na decisão por

investimentos pelos agentes do mercado. Esse

deve ser o novo modelo em alguns anos, e o ESG

será o novo padrão.

Daniel Celano é diretor responsável pela gestão

de recursos de terceiros da Schroders Brasil

E-mail: [email protected]

https://www.valor.com.br/financas/6221521/sust

entabilidade-o-novo-normal-nos-investimentos

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