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Brasília, Distrito Federal Ago/Set de 2016 ANO 2 - Nº 10 www.sindilegis.org.br CâmaraemPauta NÃO AO PLP 257 Sindilegis e entidades acompanham o andamento do projeto de lei complementar que desmonta o serviço público e provoca uma série de prejuízos aos servi- dores. Página 5 AMBIENTAÇÃO Mais de 40 novos servidores da Câmara dos Deputados foram recepcionados pelo secretário- -geral do Sindilegis, Márcio Costa, e convocados a fortalecer a luta sindical. Página 19 Lei 13.323: reajuste para servidores da Câmara dos Deputados é sancionado Efeitos na folha de pagamento serão sentidos 45 dias corridos após a sanção, que ocorreu dia 28 de julho A pós intensa mobilização e negociação com parla- mentes e governo, a nova Lei 13.323/16, referente ao reajuste dos servidores da Câmara dos Deputados até 2019, foi sancionada em 28 de julho e publicada no Diário Oficial da União no dia seguinte (29). O reajuste será escalonado em quatro anos: 5,5%, sobre impacto na folha de setembro; 5%, a partir de 1º de janeiro de 2017, aplicados sobre as remunerações vigentes em 31 de dezembro de 2016; 4,8%, a partir de 1º de janeiro de 2018, aplicados sobre as remunerações vigentes em 31 de dezembro de 2017; e 4,5%, a partir de 1º de janeiro de 2019, aplicados sobre as remunerações vigentes em 31 de dezembro de 2018. “É uma vitória, especialmente se considerarmos o turbulento momento político-econômico que vivenciamos”, pontuou Nilton Paixão, presidente do Sindilegis. Saiba mais detalhes na página 3. Presidente Nilton Paixão (centro), vice-presidente do Sindilegis para a Câmara, Paulo Cezar Alves (à esq.) e diretor de benefícios, Helder Azevedo (à dir.), atuaram incansavelmente para garantir o reajuste. MARCOS FRANÇA - ASCOM SINDILEGIS

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Brasília, Distrito Federal • Ago/Set de 2016 • ANO 2 - Nº 10 • www.sindilegis.org.br

CâmaraemPauta

NÃO AO PLP 257Sindilegis e entidades acompanham o andamento do projeto de lei complementar que desmonta o serviço público e provoca uma série de prejuízos aos servi-dores. Página 5

AMBIENTAÇÃOMais de 40 novos servidores da Câmara dos Deputados foram recepcionados pelo secretário--geral do Sindilegis, Márcio Costa, e convocados a fortalecer a luta sindical. Página 19

Lei 13.323: reajuste para servidores da Câmara dos Deputados é sancionado

Efeitos na folha de pagamento serão sentidos 45 dias corridos após a sanção, que ocorreu dia 28 de julho

Após intensa mobilização e negociação com parla-mentes e governo, a nova Lei 13.323/16, referente ao reajuste dos servidores da Câmara dos Deputados

até 2019, foi sancionada em 28 de julho e publicada no Diário Oficial da União no dia seguinte (29). O reajuste será escalonado em quatro anos: 5,5%, sobre impacto na folha de setembro; 5%, a partir de 1º de janeiro de 2017, aplicados sobre as remunerações vigentes em 31 de dezembro de

2016; 4,8%, a partir de 1º de janeiro de 2018, aplicados sobre as remunerações vigentes em 31 de dezembro de 2017; e 4,5%, a partir de 1º de janeiro de 2019, aplicados sobre as remunerações vigentes em 31 de dezembro de 2018. “É uma vitória, especialmente se considerarmos o turbulento momento político-econômico que vivenciamos”, pontuou Nilton Paixão, presidente do Sindilegis. Saiba mais detalhes na página 3.

Presidente Nilton Paixão (centro), vice-presidente do Sindilegis para a Câmara, Paulo Cezar Alves (à esq.) e diretor de benefícios, Helder Azevedo (à dir.), atuaram incansavelmente para garantir o reajuste.M

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Presidente:Nilton Rodrigues da Paixão Júnior

Vice-Presidente Executivo para a Câmara dos Deputados:Paulo Cezar Alves

Vice-Presidente Executivo para o Senado Federal:Petrus Elesbão Lima da Silva

Vice-Presidente Executivo para o TCU:Eduardo Dodd Gueiros

Diretor Jurídico:José Carlos de Matos

Diretor de Marketing, Propaganda, Publicidade e Comunicação Social:Márcio Hudson de Arruda Figueiredo

Diretor de Aposentados e Pensionistas:Ogib Teixeira de Carvalho Filho

Diretor Administrativo, de Finanças e Patrimônio:Dario Fava Corsatto

Secretário-Geral:José Márcio Ribeiro da Costa

Diretor Social e Esportivo:Alison Aparecido Martins de Souza

Diretora de Educação Continuada, Cultura, Igualdade de Gênero e Meio Ambiente:Giovana Dal Bianco Perlin

Diretor Interinstitucional:Olavo de Souza Ribeiro Filho

Diretora de Integração Regional:Simone Maria Barbosa Ferreira

Diretor de Benefícios, Serviços, Produtos e Vantagens:Helder Pinto Azevedo

Diretora de Comissionados:Mathildes Pereira Ribeiro Castilho

Diretor de Observação Política, Acompanhamentos de Proposições e Assessoramento Parlamentar:Fernando Moutinho Ramalho Bittencourt

DIRETORIA EDITORIAL

Energia de sobra

EXPEDIENTE

PUBLICAÇÃO ESPECIAL DO SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER LEGISLATIVO FEDERAL E DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO BRASÍLIA, DISTRITO FEDERAL - Nº. 10 - AGO/SET DE 2016. Editor(a) responsável: Carolina Augusta. Redação e revisão: Lanier Rosa, Luísa Dantas e Marcos França. Fotografia: Assessoria de Comunicação do Sindilegis. Coordenador Setorial de Comunicação Social na Câmara: Luiz Paulo Pieri. Projeto gráfico e direção de arte: Mídia Futura Comunicação e Marketing. Tiragem: 5.000 exemplares.

Certa vez um homem sábio me disse: “Ande logo e peça. O não você já tem”. O homem realmente estava certo: não custa nada pedir, mas também é necessário trabalhar muito, construir argumentos e se preparar para convencer quem quer que seja para que o ‘não’ vire ‘sim’.

Seguindo este conselho, fizemos exatamente isso: trabalhamos para converter o fami-gerado ‘não’ em um amistoso ‘sim’. Estou me referindo à luta que viemos travando desde meados de agosto do ano passado, em 2015, quando os primeiros burburinhos sobre a recomposição salarial dos servidores começaram a ser levantados em reuniões, nos corre-dores das Casas e nos ambientes sindicais.

Desde o início tínhamos conhecimento da pedreira que viria pela frente. Afinal, em um momento histórico e conturbado como o que o Brasil vivencia atualmente, apenas incer-tezas e intempéries estão garantidas. À beira de um colapso econômico, político e social no País, nos unimos para que os nossos filiados e os servidores do Legislativo e do TCU pudessem ser protegidos de uma série de efeitos rebotes que começaram a desencadear no Brasil, afetando tudo e todos, como um trem descarrilhado.

As batalhas foram diárias. Percorremos gabinetes, líderes partidários, deputados e senadores, um por um, com a premissa de defender um reajuste condizente com o que o País poderia dar e que fosse justo para com os servidores que tanto trabalham e lutam pelo desenvolvimento dessas terras tupiniquins. Comissão atrás de comissão, plenários, parlamentares com tentativas de veto ao projeto, ligações intempestivas para argumentar o contrário: nessa corrida, teve de tudo. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para o ‘não’ virar o ‘sim’.

Conseguimos! Depois de muito lutar, um acordo foi estabelecido com o Governo e pudemos comemorar, não da forma como gostaríamos, mas como foi proposto na Lei nº 13.323/16, que garante a recomposição salarial para os servidores da Câmara dos Deputados. Um aumento que, para muitos pode ser pouco, mas que mostra ainda a força que temos na defesa intransigente dos direitos de nossos filiados. Faça chuva, faça sol, nos manteremos a postos, prontos para o diálogo e preparados para trabalharmos diuturna-mente para garantir que os servidores da Câmara, do Senado e do TCU sejam respeitados.

Agora, nossos esforços estão voltados para a Vantagem Pecuniária Individual (VPI), bem como o aperfeiçoamento de benefícios oferecidos pelo Sindilegis: novas parcerias, melhores convênios e serviços atualizados, que visem o bem-estar de nossa categoria e seus dependentes.

Quanto ao atual cenário político-econômico do Brasil, continuamos mantendo o otimismo. “Quando os sabres estão enferrujados e as enxadas polidas; quando as prisões estão vazias e os celeiros cheios; quando os degraus dos templos estão gastos pelo cami-nhar dos fiéis e as entradas dos tribunais cobertas de ervas; quando os médicos andam a pé e os pedreiros a cavalo, o Império é bem governado”. Será que um dia poderemos corroborar com essa célebre frase de Júlio Verne e vê-la ganhar vida nos corações verde--amarelos? Aguardemos os próximos capítulos.

Nilton PaixãoPresidente do Sindilegis

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MATÉRIA DE CAPA

Câmara em Pauta • www.sindilegis.org.br • 3

Agora é lei: reajuste salarial para servidores da Câmara é sancionadoApesar de rejeitar o artigo que garantia a retroatividade dos valores, o presidente em exercício, Michel Temer, aprovou a Lei que vigora a partir de 12 de setembro

PLC 30/16 é aprovado na CAE, após intensa articulação e mobilização do Sindilegis.

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O presidente em exercício, Michel Temer, sancionou o projeto de reajuste salarial em 28 de julho, como consta

na publicação do dia seguinte (29) no Diário Oficial da União (DOU). Agora, o projeto vem sob Lei de nº 13.323/16. O texto, porém, foi sancionado com um veto referente aos efeitos retroativos da lei, que passariam a vigorar na data da sua publicação, com efeitos a partir de 1º de janeiro deste ano, o que sig-nificaria a concessão de reajuste com aplicações financeiras antes da data de sanção – similar ao que ocorreu para os servidores do Senado Federal.

De acordo com o novo dispositivo,

o reajuste será escalonado em quatro anos: 5,5%, a partir de 12 de setembro de 2016; 5%, a partir de 1º de janeiro de 2017, aplicados sobre as remune-rações vigentes em 31 de dezembro de 2016; 4,8%, a partir de 1º de janeiro de 2018, aplicados sobre as remunerações vigentes em 31 de dezembro de 2017; e 4,5%, a partir de 1º de janeiro de 2019, aplicados sobre as remunerações vigentes em 31 de dezembro de 2018.

Os efeitos serão sentidos na folha de pagamento dos servidores apenas 45 dias após a sanção, ou seja, em 12 de setembro. Portanto, a recomposição salarial incidirá somente na remu-neração do referido mês, de forma

proporcional. O aumento também será aplicado aos proventos de aposenta-doria e às pensões sujeitos a reajustes com base na remuneração do servidor ativo. As despesas decorrentes da lei correrão à conta das dotações orça-mentárias da Câmara dos Deputados.

O Sindilegis comemorou a decisão do Palácio do Planalto e registrou agradecimentos aos parlamentares do Congresso Nacional envolvidos no processo; à Mesa Diretora da Câmara; ao Diretor-Geral da Câmara, Rômulo Mesquita; aos representantes das entidades parceiras; e a todos os ser-vidores que compareceram em peso às sessões, especialmente à servidora Magda Helena Tavares Chaves.

“O que vemos hoje é o reconheci-mento dos nossos direitos. Agora, o Sindicato buscará analisar as medidas cabíveis para recorrer da questão do veto conferido à Lei nº 13.323/16, pois podemos questionar a interpretação

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dos requerimentos de urgência dos projetos de reajuste salarial do Legislativo Federal e do TCU, e a todos os integrantes de seu gabinete. Todos sempre nos recepcionaram muito bem e desde o início compreenderam a importância da valorização da carreira dos servidores da Câmara, do Senado e TCU. Ratifico também o empenho dos Senadores Vicentinho Alves (PR/TO), José Maranhão (PMDB/PB), Lindbergh Farias (PT/RJ), Romero Jucá (PMDB/RR), Hélio José (PMDB/DF) e Gleisi Hoffmann (PT/PR) na aprovação da proposta junto ao Senado Federal”, frisou Paulo Cezar Alves, vice-presidente do Sindilegis para a Câmara.

A Lei foi publicada no DOU e pode se conferida no site do Sindilegis (www.sindilegis.org.br).

aplicada a Lei juridicamente, da forma como ela foi sancionada”, pontuou Nilton Paixão, presidente do Sindilegis.

AGRADECIMENTOSO vice-presidente do Sindilegis

para a Câmara, Paulo Cezar Alves, o secretário-geral, Márcio Costa, e os diretores Helder Azevedo, Ogib Teixeira e Giovana Perlin demons-traram gratidão aos parlamentares que atuaram firmemente na apro-vação da proposta, tendo em vista que os diretores do Sindicato fizeram uma intensa campanha nos gabinetes e lideranças partidárias a fim de garan-tirem a vitória do projeto.

“Diante do cenário político-e-conômico, queremos muito agra-decer ao Líder do Governo, André Moura (PSC/CE), que foi o relator

20/08/2015 - Apresentação do PL 2742/2015 pela Mesa Diretora da Câmara.

26/08/2015 - Mesa Diretora despacha o projeto para análise das Comissões do Trabalho, de Administração e Serviço Público; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania, em regime de Prioridade.

27/08/2015 - Inicia-se a discussão em torno do PL 2742 na CTASP.

03/09/2015 - O Deputado Áureo (SD-RJ) é designado relator da matéria.

27/11/2015 - O relator apresenta parecer na CTASP a favor da apro-vação com emendas.

09/12/2015 - Deputado Luiz Carlos Busato pede vista da proposta na CTASP.

16/12/2015 - O PL 2742 é aprovado por unanimidade, com complementação de voto.

23/03/2016 - De acordo com a tramitação, a proposta é recebida pela Comissão de Finanças e Tributação.

06/04/2016 - Deputado André Moura apresenta requerimento de urgência para apreciação da matéria em Plenário.

31/05/2016 - Sindilegis articula apoio de Líderes Partidários e Requerimento de Urgência é aprovado, sendo escolhido o

REAJUSTE SALARIAL DOS SERVIDORES DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF) como relator.

01/06/2016 - Deputado Ronaldo Fonseca apresenta parecer em Plenário favorável ao projeto e PL 2742/2015 e é aprovado pela Câmara dos Deputados.

07/06/2016 - A Câmara dos Deputados envia o PL 2742 para o Senado Federal.

09/06/2016 - Sob o número 30, a Presidência do Senado despacha o projeto às Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ); e de Assuntos Econômicos (CAE).

15/06/2016 - O presidente da CCJ, Senador José Maranhão (PMDB/PB), designa relator da matéria o Senador Vicentinho Alves (PR/TO).

16/06/2016 - O PLC 30 recebe voto favorável do relator e está pronto para votação na CCJ.

22/06/2016 - A presidência da CCJ con-cede vista coletiva aos senadores nos termos regimentais e aprovação é adiada para a próxima sessão.

29/06/2016 - Devido a uma longa dis-cussão de um item da pauta, a análise do PLC 30 é adiada para a sessão seguinte.

06/07/2016 - PLC 30/2016 é aprovado pela CCJ do Senado e encaminhado para a CAE.

07/07/2016 - CAE confirma recebimento do projeto 30/2016 na Comissão.

08/07/2016 - Senador Hélio José (PMDB-DF) é designado relator do PLC 30 na Comissão de Assuntos Econômicos.

12/07/2016 - Comissão de Assuntos Econômicos aprova o PLC 30, com votos favoráveis por parte do relator da matéria do TCU, Senador Hélio José (PMDB-DF), e matéria segue para Plenário do Senado.

12/07/2016 - No mesmo dia da votação da CAE, PLC 30/16 é aprovado por unanimidade pelo Plenário do Senado Federal, seguindo para sanção presi-dencial de Michel Temer. O presidente em exercício teve 15 dias corridos para analisar a matéria.

28/07/2016 - Presidente em exercício, Michel Temer, sanciona com um veto o projeto de reajuste dos servidores da Câmara, se tornando Lei nº 13.323/16.

MATÉRIA DE CAPA

Intensa mobilização na CCJ. MAR

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Diretores do Sindilegis e entidades parceiras se unem para votação do projeto na CAE.

MARCOS FRANÇA - ASCOM SINDILEGIS

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substitutiva oferecida pelo relator, Deputado Esperidião Amin (PP-SC).

Outros destaques da matéria ainda precisam ser analisados pelo Plenário, alguns deles polêmicos, como o que pretende retirar do texto a limitação do crescimento anual das despesas primárias correntes à variação do IPCA do ano anterior.

Para os representantes de classe, esse limite implicaria dificuldades na con-cessão de reajustes devido ao aumento de outras despesas acima desse índice inflacionário, o que também dificultaria a manutenção de serviços públicos para a população nos níveis demandados.

RESTRIÇÕESVárias outras restrições constantes

da primeira versão do texto enviada pelo Executivo foram retiradas do texto, seja na nova versão proposta pelo governo, seja na aprovada. A maior parte delas é relacionada ao controle de gastos com pessoal e a medidas de contenção nas leis de

diretrizes orçamentárias (LDO) e no plano plurianual (PPA).

Entre as medidas excluídas, constavam elevação das alíquotas de contribuição previdenciária dos ser-vidores, limite em reais da despesa primária total na LDO, contingencia-mento para alcance de metas de supe-rávit primário e redução de despesas com cargos de livre provimento.

O Sindilegis e demais entidades estão acompanhando a tramitação da proposta, que, após a análise dos des-taques, seguirá para o Senado Federal.

Foram incansáveis as visitas dos dirigentes de inúmeras entidades representativas de servidores de todo o País aos gabinetes

de deputados e líderes em Brasília, na tentativa de apresentar emendas ao texto do projeto de lei complementar (PLP) 257/2016. A proposta legisla sobre a renegociação da dívida dos estados e do Distrito Federal e estabelece contra-partidas como congelamento salarial, corte de até 30% em benefícios pagos, restrição a novas contratações, além do aumento da contribuição previdenciária dos servidores.

Negociações anteriores à votação levaram o Governo a concordar com a retirada do texto da exigência de os estados congelarem por dois anos as remunerações dos servidores, entre outros prejuízos às carreiras, além da precarização do trabalho e a piora na qualidade dos serviços públicos.

No dia 10 de agosto, o Plenário da Câmara aprovou o PLP 257/2016, por 282 votos a 140, na forma de uma emenda

DEMANDAS

Categorias de todo o País se mobilizaram para convencer os parlamentares quanto à gravidade da proposta, que ataca duramente os direitos dos servidores

Após pressão de servidores, PLP 257 passa por mudanças e é aprovado na Câmara

Diversas entidades , entre sindicatos, associações, federações, confederações e centrais se uniram para evitar os prejuízos do projeto de lei aos servidores públicos de todo o País.

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PREVIDÊNCIA

Sindilegis participa de debate sobre fundos de pensão na Câmara dos Deputados

A Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar) e a Associação Brasileira das

Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) pro-moveram, no dia 3 de agosto, o Seminário “Alteração nas Leis Complementares 108 e 109: Projeto de Lei Complementar 268 de 2016”, que ocorreu no Auditório Freitas Nobre, no Anexo IV da Câmara dos Deputados. O evento contou com a parceria de entidades representa-tivas de trabalhadores vinculados aos fundos de pensão, sendo o Sindilegis uma delas.

Em resumo, o PLP 268 altera a Lei Complementar nº 108, eliminando

a eleição de diretores das entidades que são patrocinadas por empresas e órgãos públicos e reduz a um terço a representação dos participantes nos Conselhos Deliberativo e Fiscal. De acordo com o texto, as vagas tiradas dos verdadeiros donos dos fundos de pensão serão entregues a conselheiros “independentes” e a diretores contratados no mercado por “empresas especializadas”.

Na ocasião, o secretário-geral do Sindilegis, Márcio Costa, que também representou a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp-Exe), explica de que maneira o PL 268 representa um retrocesso aos servidores que sempre lutaram para

Secretário-geral do Sindicato e conselheiro fiscal da Funpresp, Márcio Costa, apresentou pontos sobre o projeto de lei complementar 268/216 que poderá prejudicar os servidores

LUÍSA DANTAS - ASCOM SINDILEGIS

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absurdo for aprovado pelos depu-tados, os participantes perderão a capacidade de interferir na gestão de seus próprios recursos. Essa mudança só interessa às empresas patroci-nadoras, que no caso da Funcef é a Caixa, que terão mais poder para mudar planos de benefícios, direitos e estatutos”, revelou o presidente da Anapar, Antonio Braulio de Carvalho.

A Deputada Erika Kokay (PT/DF) mostrou-se solidária aos servidores e afirmou que está à disposição no combate ao PLP 268. “Sei que lutamos muito para conquistar a gestão pari-tária nos fundos de pensão e, por isso, não podemos permitir nenhum retrocesso”, apontou.

Compuseram a mesa de abertura o secretário-geral do Sindilegis, Márcio Costa; a Deputada Erika Kokay (PT-DF); o diretor-executivo de gestão nas áreas de assuntos jurídicos da Abrapp, Luís Ricardo Marcondes; o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Jair Pedro; o presidente da Federação Nacional dos Portuários, Eduardo Guerra; e o presidente da Anapar, Antonio Braulio de Carvalho.

SAIBA MAIS SOBRE O PLP 268Os fundos de pensão, como a Funcef

(Caixa), a Previ (Banco do Brasil), a Petros (Petrobras), o Portus (Coesp) e a Fundação Banrisul (Banrisul) possuem recursos poupados ao longo dos anos pelos trabalhadores para garantir uma complementação de aposentadoria. Caso a representação dos participantes seja reduzida, o direito dos maiores interessados em gerir bem e fiscalizar essas entidades será entregue a quem pretende usar esse dinheiro na retomada das priva-tizações do patrimônio público.

“Diferentemente das empresas públicas, nós contribuímos parita-riamente com as patrocinadoras, por isso, nada mais justo do que ter representação igual na gestão dos fundos de pensão”, analisou Eduardo Guterra, presidente da Federação Nacional dos Portuários.

Ao final da mesa de abertura, o Seminário foi aberto para palestra ministrada pelo professor João Sicsú e o advogado e especialista em Previdência Complementar, Ricardo Só de Castro.

conquistar um espaço democrático dentro dos fundos de pensão.

“Só com intensa mobilização e pressão poderemos bloquear essa tentativa de impedir a participação dos servidores e trabalhadores na gestão dos recursos que lhes per-tencem. Precisamos defender os direitos dos participantes dos fundos de pensão, já que somos nós que o utilizaremos”, afirmou.

O projeto tramita em regime de urgência na Câmara e pode ser votado a qualquer momento. “Essa é mais uma prova de que temos hoje o Congresso Nacional mais conser-vador dos últimos tempos. Se esse

Discussão ocorreu das 9h às 13h, no Anexo IV da Câmara dos Deputados.

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A Coordenação de Pós-Graduação da Câmara dos Deputados realizou, entre os dias 16 e 17 de junho, o Seminário Internacional “30 anos de Presidencialismo de Coalizão”. O evento gratuito reuniu cerca de 300 pessoas que participaram de várias discussões voltadas para o panorama da atual crise política, a ressurreição do debate sobre a reforma das insti-tuições e a funcionalidade do modelo político adotado pela Constituição de 1988, a fim de apontar novos cami-nhos interpretativos e perspectivas para o futuro.

O servidor do Senado Federal Florian Madruga esteve no evento e destacou a importância dos temas abordados para o trabalho que desen-volve na Secretaria de Transparência: “É fundamental ter uma compreensão ampla do sistema político brasileiro para exercer uma atividade parla-mentar, seja ela no processo legisla-tivo, seja na parte administrativa”.

A diretora de Educação Continuada, Cultural, Igualdade de Gênero e Meio Ambiente do Sindilegis, Giovana Perlin, mediou a Mesa Redonda sobre o tema “Perspectivas para o presiden-cialismo de coalizão: crise de governo

Seminário Internacional sobre Presidencialismo na Câmara discutiu futuro político do Brasil

Sindilegis apoiou o evento que reuniu mais de 300 pessoas, além de convidados de diversas instituições de renome no País e no cenário internacional da Ciência Política

ou crise sistêmica?”, com a partici-pação de Fernando Rodrigos (Folha de S. Paulo) e Murilo Aragão (Arko).

Perlin ressaltou que eventos como estes são apoiados pelo Sindilegis, pois contribuem de forma significativa para a compre-ensão dos fenômenos inerentes ao Congresso Nacional. “Com o debate altamente qualificado, tanto em relação aos convidados à discussão quanto aos participantes, obser-vou-se a importância do compar-tilhamento de informações e de problematizações para se pensar em formas de manejar os desafios futuros, assim como de repensar as formulações teóricas atuais acerca da organização do País. Certamente quem participou saiu daqui não apenas melhor informado, mas com mais motivação para seguir no estudo desse sistema complexo que é a política brasileira”, opinou.

Além disso, outros convidados de renome também compareceram, como: Sérgio Abranches (Ecopolítica), Eduardo Alemán (University of Houston), Mercedes García Montero (Universidade de Salamanca), Felix Lopez (IPEA), André Borges (UnB),

Fernando Rodrigues (Folha de S. Paulo), dentre outros.

Para Sérgio Praça (FGV-RJ), que também palestrou na mesa sobre o “Poder Executivo, gabinetes presi-denciais e burocracia”, essa análise externa do parlamento e as relações agregam um tipo de vocabulário e narrativa diferentes daqueles usados no mundo da política: “Esse semi-nário é, em si, importante por ter uma amostragem muito significativa e boa da qualidade da política brasileira, em como ela avançou, sobretudo com a relação do executivo e legislativo”.

Praça também destacou que a reforma política tem um longo caminho pela frente, onde será necessário um consenso entre a sociedade e o mundo político. Ele também afirma ser fundamental dar mais independência a municípios e Estados, para que esses possam crescer e assumirem a responsabili-dade pela própria receita.

A servidora da Câmara dos Deputados, Patrícia Maria Nogueira, também participou do Seminário e elogiou a iniciativa dos organizadores e do Sindilegis - ao qual é filiada. “Para nós o evento esclarece muitos pontos que ao longo do processo legislativo não somos capazes de perceber. Pensar o parlamento, fora daquele momento de trabalho, pro-porciona maior clareza e até ajuda a desenvolver um trabalho melhor”.

DEBATE

Diretora de igualdade de gênero do Sindilegis, Giovana Perlin, compôs mesa e discursou sobre o futuro político do Brasil.

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Com apoio do Sindilegis, Senado inaugura a primeira Feira OrgânicaIniciativa fez parte das comemorações do mês do Meio Ambiente e terá venda de frutas e ver-duras orgânicas todas as terças-feiras. Servidores da Câmara também podem usufruir da Feira

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Imagine ter a oportunidade de comprar produtos frescos, sabo-rosos e nutritivos sem sair do trabalho? Isso acaba de se tornar

realidade no Senado Federal. O Programa Senado Verde inaugurou a 1ª Feira Orgânica, que acontece todas as terças-feiras, das 8h30 às 13h, em frente ao Espaço do Servidor da Casa. Colegas da Câmara dos Deputados também podem usufruir da Feira.

O Sindilegis apoia a iniciativa e colaborou com a compra de sacolas recicláveis – ecobags –, para auxiliar os servidores no momento das com-pras de hortaliças, legumes e frutas livres de agrotóxicos, que estarão à venda e à disposição por preços acessíveis e com o acompanhamento de uma nutricionista. A Feira fez parte das programações do Mês do Meio Ambiente e foi proposta como

uma das ações do Plano de Gestão de Logística Sustentável da Casa.

O coordenador do Programa, Pérsio Henrique Barroso, está empolgado com o resultado: “Temos inúmeros motivos para incentivar o consumo de produtos orgânicos, entre eles, oferecer opções de escolhas mais saudáveis de alimentação aos servi-dores e gerar economia a pequenos produtores rurais. Além disso, essa iniciativa não seria possível sem a participação da Diretoria-Adjunta do Senado, do Programa de Qualidade de Vida e, claro, do Sindilegis, grande parceiro das nossas ideias”.

O vice-presidente do Sindilegis para o Senado Federal, Petrus Elesbão, comentou sobre o patrocínio da enti-dade em programas dessa natureza, salientando que o Sindicato sempre apoiará atividades que visem o

bem-estar do servidor. “São iniciativas assim que transformam o nosso dia a dia para melhor e tenho certeza de que a Feira Orgânica agradará bastante a todos os servidores”, observou.

NATURAIS E SABOROSOSOs produtos são ofertados pela

Associação Brasileira para Agricultura Orgânica (Agro-orgânica), vencedora da licitação. As sacolas ecobags são confeccionadas por mães de alunos de baixa renda do Distrito Federal que par-ticipam do Instituto Amigos do Vôlei, pelo Programa Modelando a Vida.

O diretor financeiro da Agro-orgânica, Manoel Rosa, é um dos produtores mais antigos de orgânicos e faz a produção na própria chácara, desde 1999. “A nossa filosofia é vender para os clientes produtos que sejam, ao mesmo tempo, saborosos,

Servidores podem comprar hortaliças, legumes e frutas livres de agrotóxicos e com precinhos acessíveis.

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saudáveis e acessíveis. A Câmara quer que nós façamos a Feira lá também, mas iremos, primeiro, estruturar a do Senado, para podermos expandi-la aos outros órgãos”.

Gisélia Ferreira, que trabalha há 15 anos no Senado, adorou a iniciativa da Feira e a qualidade dos produtos. “Achei muito bacana a criação desta Feira, principalmente pelo fato dela se tornar algo permanente por aqui. Comprei algumas caixas de morango e fiquei impressionada com o sabor e o preço delas”, elogiou.

O QUE É O PRODUTO ORGÂNICO?Todo produto, animal ou vegetal,

livres de produtos químicos ou de hormônios sintéticos que favoreçam o seu crescimento de forma não natural é considerado orgânico. O solo é a base do trabalho orgânico.

No caso do vegetal, o solo deixa de ser um mero suporte para a planta, tornando-se sua fonte de nutrição – livre de produtos agrotóxicos, pes-ticidas, adubos químicos ou sementes transgênicas. No caso dos animais, sua criação é feita sem o uso de hormônios

de crescimento, anabolizantes ou outras drogas como os antibióticos.

A grande vantagem disso, além da produção de alimentos mais saudáveis e naturais, é que, com a preservação do solo, que fica mais fértil e livre de toxicidades, a produção orgânica permite um manejo sustentável do meio ambiente de forma equilibrada, facilitando a preservação e a har-monia de todos os elementos da natureza entre si e garantindo a saúde do homem.

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Em show de talento e simpatia, dupla de cantadores anima filiados ao Sindilegis

Geraldo Amancio e Moacir Laurentino vieram do Nordeste para Brasília animar a “Noite do Cantador”, que reuniu servidores das três Casas no CAS da 610 sul

Filiados ao Sindilegis puderam desfrutar, na noite do dia 23 de junho, de uma explosão de talento, improviso e simpatia

dos famosos repentistas Geraldo Amancio e Moacir Laurentino, que abrilhantaram a “Noite dos Cantadores”, em uma iniciativa da Coordenadoria de Aposentados do Senado para o Sindilegis, que contou com o apoio do Espaço Musical Roberto Baez.

O evento, que faz parte das festivi-dades nordestinas da capital, ocorreu no CAS da 610 sul, reuniu filiados das três Casas Legislativas e diretores do Sindilegis, que ficaram encantados com os versos de improviso e a animação dos cantadores do Nordeste. Os artistas encantam plateias do Brasil há 40 anos, com eletrizantes repentes e colecionam muitos prêmios na carteira.

O organizador do evento e coorde-nador setorial de aposentados e pensio-nistas do Sindilegis no Senado Federal, Nonato Freitas, revelou ser um apaixo-nado pela literatura e cultura e explicou que foi daí que surgiu o incentivo para promover a “Noite dos Cantadores”, uma iniciativa inédita do Sindicato.

“Para mim, a crítica literária não

dá a devida importância à cantoria e, infelizmente, ainda existe um viés de preconceito com os cantadores, prin-cipalmente quando há um distancia-mento do Nordeste, local em que esta modalidade é muito popular. Este trabalho é justamente para enaltecer a cantoria e foi por isso que decidimos realizar este evento: para que todos pudessem comparecer e ver de perto

esses dois gênios do repente que, generosamente, aceitaram o nosso convite. Estou muito contente com o resultado, foi um evento para não ser esquecido”, afirmou.

O vice-presidente do Sindilegis para a Câmara, Paulo Cezar Alves, também prestigiou o evento e parabenizou os cantadores pelo trabalho. “É uma iniciativa louvável

Na foto, Geraldo Amancio e Moacir Laurentino, dois grandes poetas do repente que já trilharam caminhos no Brasil e em outros países para mostrar o talento.

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Servidores compareceram à grande noite que trouxe a Brasília a cultura nordestina do improviso.

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Na arte do improviso, repentistas nordestinos animam noite no Centro de Atividades Sociais da 610 sul.

porque aproxima Brasília da cultura nordestina, que é belíssima e muito rica. Espero que este seja o pontapé para que o Sindicato organize e realize mais eventos desta mag-nitude cultural, proporcionando momentos de lazer e bem-estar aos servidores”, observou.

CANTADORES FAMOSOSGeraldo Amancio tornou-se refe-

rência no meio do repente sendo um dos mais laureados e respeitados, angariando um grande público que aprecia sua cantoria. Pertence à Academia Brasileira do Cordel, sendo membro também da “Casa do Cantador”, em Fortaleza, que tem mais de 50 anos de existência.

Amancio explica que eles não levam nada previamente pensado para o show: são o clima, as pessoas e os sentimentos que guiam a can-toria e os repentes: “A nossa apre-sentação conta com diversas moda-lidades e estilos de cantorias. Fiquei surpreso com o público na Noite do Cantador, porque esta modalidade não é muito popular, então, ficamos muito contente com a participação do público do Legislativo, que veio prestigiar a intelectualidade nor-destina. O Nonato [Freitas] é um

grande amigo, poeta e amante da cantoria, e foi um imenso prazer fazer parte deste evento”.

Nos últimos anos, Geraldo ministrou palestras para diversas Universidades e Academias de letras dos Estados, assim como em colé-gios dos interiores mais distantes e até numa Universidade de Coimbra, Portugal. Participante de vários Festivais de Repentistas, possui mais de 150 troféus de primeiro lugar.

Já o cantador de viola e repentista Moacir Laurentino traz o talento no sangue. Filho do poeta Avelino Laurentino da Silva, é da família do poeta Belarmino de França e canta desde junho de 1963, mas profissio-nalmente a partir de 1966.

“É gratificante estar em Brasília. Acho que nossa capital deve ser uma vitrine para qualquer trabalho cultural, principalmente a cantoria do Nordeste, já que aqui residem tantas pessoas de lá e outras que são filhos e netos de nordestinos. Vir a Brasília é sempre muito bom porque a gente encontra, reencontra, ouve e faz alguém ouvir cantoria e é algo muito gratificante, enobrece a alma e espero que todos os que compa-receram tenham gostado do que apresentamos”, analisou.

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A noite intimista fez com que os poetas desenvolvessem um repente para cada um dos presentes, o que alegrou a todos.

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ARTE DA NOVA BERLIMEntre os dias 27 de julho a 12 de outubro, os brasilienses

amantes de belas artes poderão desfrutar da exposição Zeitgeist: Arte da Nova Berlim, que apresenta um pano-rama consistente da respeitada comunidade artística de Berlim, traduzindo o espírito de uma época marcada por contradições e reinvenções. A mostra, que ocorre no CCBB, reúne pintura, fotografia, videoarte, performance, instalação e a cultura dos clubs berlinenses, na visão de 29 renomados artistas. A entrada é franca e a retirada de senhas na bilheteria será a partir das 19h. O horário para visitar a exposição será das 9h às 21h.

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CRISE E SEUS EFEITOS Com autoria de Manuel Castells, João Caraça e Gustavo

Cardoso, o livro "A crise e seus efeitos: as culturas econômicas da mudança", da editora Paz e Terra, revela a profundidade da crise que assola o mundo desde 2008. As refinadas análises apre-sentadas mostram que muita mais que um colapso econômico, a própria democracia como modelo político está em colapso. Resultado de um projeto de reflexão partilhado por um grupo de sociólogos e cientistas sociais internacionais, esta coletânea de ensaios mostra que para enfrentar a vida para além da crise é preciso uma completa transformação da mentalidade para não chegar à falência, ao desespero e a economias e sociedades baseadas num modelo insustentável de especulação financeira e irresponsabilidade política. O livro está disponível em todas as livrarias e tem um custo médio de aproximadamente R$ 30.

OS CAVALEIROS BRANCOSNem só de Hollywood vive o cinema. Prova disso é a copro-

dução entre França e Bélgica que resultou no longa-metragem "Os Cavaleiros Brancos", previsto para estrear no Brasil em 28 de julho. O filme conta a história de Jacques Arnault, presidente de uma ONG que auxilia crianças em dificuldade. Sua próxima e ambiciosa ação consiste em resgatar 300 órfãos, vítimas da guerra civil em um país africano. A ideia é trazer um avião fre-tado da França, receber as crianças e levá-las ao país europeu, onde pais adotivos aguardam-nas. Jacques conta com a ajuda de sua esposa, de uma jornalista e de uma equipe de assistentes da ONG. Mas na hora de executar o plano, nada acontece como o planejado e a tensão começa a aumentar. A direção é de Joachim Lafosse e o elenco conta com Vincent Lindon e Louise Bourgoin.

DICAS CULTURAISEX

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de qualidade em serviços odonto-lógicos. Com padrão de excelência, a Odontolegis segue rigorosa-mente todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde, como também os protocolos exigidos pela legislação brasileira, quanto aos cui-dados com a biossegurança.

Todos os materiais utilizados durante o tratamento são descartá-veis ou selados individualmente e esterilizados. Além disso, barreiras são colocadas para evitar a conta-minação entre pacientes, seguindo rigorosamente as normas que visam o controle de infecção na clínica. Para marcar uma consulta, é só ligar no número 3246.2410. Mais informações podem ser obtidas por meio do e-mail [email protected].

Saúde que começa na bocaMuito além de um sorriso bonito, os dentes precisam constantemente de cuidados e acompanhamento para não ocasionarem doenças que podem se espalhar por todo o corpo

Pense rápido: qual foi a última vez que você foi ao dentista? Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 55,6% dos brasileiros não se consultam anualmente. Os dados assustam principalmente devido a recomendação dos dentistas, que afirmam ser imprescindível ir ao menos uma vez ao consultório a cada seis meses.

Quando se fala em ‘saúde bucal’, é natural vir à cabeça uma série de doenças ligadas diretamente à boca, como cárie, gengivite e mau hálito. Porém, essa lista vai muito além, afetando, inclusive, outras partes do corpo. Doenças cardiovasculares, partos prematuros e descontrole da diabete são algumas das enfermi-dades que podem ser associadas à saúde bucal.

PERIGOS SILENCIOSOSA endocardite, por exemplo, é

uma infecção no endocárdio, ou seja, no revestimento interno do coração. Normalmente a doença acontece quando uma bactéria ou germes de outra parte do corpo, como os da boca, se espalham pelo sistema sanguíneo se ligando a áreas afetadas do coração. Quando o sangue passa dos átrios para os ventrículos, as válvulas impedem a volta do sangue, mantendo o fluxo sempre na mesma direção. São estas válvulas que podem ser infectadas por bactérias, fungos, vírus, ou outros microrganismos. Se não for tratada, a doença pode danificar ou destruir as válvulas do coração trazendo complica-ções para o resto da vida.

Já diabéticos podem apresentar, entre outros sinais, hálito de “acetona”, inflamações das gengivas e perda óssea ao redor dos dentes, feridas bucais e boca seca. Falando em números, os portadores da doença têm, aproxima-damente, quatro vezes mais chances de ter inflamações das gengivas e perdas do suporte ósseo dos dentes.

Um estudo realizado pela Unicamp com 180 pacientes cardíacos constatou

que pessoas com cardiopatia tinham de duas a três vezes mais problemas periodontais do que o grupo que não tinha doença coronariana. Os pes-quisadores analisaram fragmentos arteriais desses pacientes e fizeram a detecção do DNA bacteriano.

Segundo uma pesquisa feita pela Faculdade de Saúde Pública da USP com 1.475 pacientes, 72% dos casos de câncer de cabeça e pescoço apresentou o vírus HPV do tipo 16 – o mais relacio-nado ao desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço.

PREVINA-SE!Filiados ao Sindilegis têm à dis-

posição os serviços da Odontolegis, clínica odontológica do Sindicato com criada para oferecer alto padrão

DICAS VALIOSAS PARA TER A SAÚDE (E UM SORRISO) DE OURO:

• Não espere sentir dores para procurar um dentista. Faça uma visita ao espe-cialista pelo menos duas vezes ao ano. Prevenção é sempre a melhor opção!

• Os dentes devem ser escovados sempre após as refeições e antes de dormir. Restos de comida alimentam as bactérias causadoras de cáries e placa.

• Não deixe de lado o fio dental, ele é essencial para uma limpeza completa. Pode-se ainda complementar a limpeza realizada mecanicamente pela escova e pelo fio ou fita dental pelo uso de antissépticos e enxaguantes bucais.

• Troque a escova dental a cada três meses.

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Os profissionais da Odontolegis estão à disposição para cuidar dos filiados ao Sindicato.

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ESPORTE

As meninas do vôleiPatrocinados pelo Sindilegis, dois times - da Câmara dos Deputados e do TCU - treinam semanalmente numa atividade que inspira saúde, amizades e bem-estar

Tatiana Martins começou a praticar vôlei aos 9 anos. Desde então, tem aprovei-tado as vantagens que o

esporte proporciona. A assessora parlamentar um dia leu neste mesmo informativo que o Sindilegis patrocinava um time de vôlei femi-nino, com o intuito de fomentar o bem-estar, a saúde e integrar as servidoras. Há cinco anos, Tatiana se tornou integrante e, há cerca de um ano, coordenadora do projeto.

As jogadoras participam de campeonatos e já trouxeram alguns troféus para casa, mas, no final, o que vale mesmo são os outros bene-fícios alcançados, como explica a coordenadora, Tatiana Martins: “A maioria das servidoras busca parti-cipar dos treinos, porque temos uma carga de trabalho tão grande que o esporte se torna como um momento para brincar, interagir e esquecer um pouco dos problemas”.

Com uma média de 50 partici-pantes assíduas, dentre servidoras da Câmara, do Senado e do TCU, os times participam de competições e sempre orgulham os impulsiona-dores. As meninas do vôlei, como são nomeadas não oficialmente, recentemente participaram da Liga Brasília e garantem comparecer mais uma vez na competição em Mar Del Plato (Argentina), tendo ficado em 7º lugar na última edição. Além disso, trouxe para casa o 1º lugar no campeonato do Alcio, motivo de celebração entre apoiadores, fami-liares e jogadoras.

O projeto que torna real a possi-bilidade de reunir servidoras em um time de voleibol surgiu há 10 anos e desde então o Sindilegis tem custeado os uniformes, os materiais esportivos, o ginásio para treinamentos e torneio, o técnico e as demais necessidades. Não há nenhum custo para as filiadas que participam. “Todo o custeio é do Sindilegis. Sem o nosso Sindicato, não

A família de vôlei feminino do Sindilegis está aberta a novas jogadoras.

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COMO PARTICIPAR

Basta comparecer aos treinos nos seguintes horários:

Iniciantes ou quem estiver retornando ao esporte:Segundas-feiras (18h30 às 20h30) e sextas-feiras (18h30 às 20h)

Experientes:Segundas-feiras (20h30 às 22h) e quintas-feiras (19h30 às 21h30)

Local: Clube de Associados da Aeronáutica de Brasília (Cassab)

Mais informações: Tatiana Guimarães (61) 99964-0105

ESPORTE

teríamos os times de vôlei”, destaca a assessora parlamentar.

Ela também fala que o time já rendeu boas amizades e algumas festas, inclusive juninas. “Além da questão da saúde, me ajuda muito na questão psicológica, pois é o momento onde eu esqueço de tudo mesmo”.

No último ano, o Sindicato também realizou o IV Torneio Sindilegis de Vôlei Feminino, que reuniu as três casas e entidades par-ceiras na competição.

O time participa de vários campeonatos e garante o bem-estar das servidoras. À direita, na fileira de cima, a coordenadora do projeto, Tatiana Guimarães, ao

lado da Diretora de Integração Regional do Sindilegis, Simone Barbosa.

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Policial legislativo há sete anos, Kassius Guimarães tem uma longa e positiva história com alvos. Na última década, começou a levar o empunhar de armas para o lado do esporte. O ponto alto dessa trajetória chegou junto ao convite para ser árbitro das competições em tiros esportivos das Olimpíadas e Paralimpíadas Rio 2016. Essa modalidade foi a primeira a entregar as medalhas deste grande evento, vista em todo o mundo.

Numa longa história relacionada ao esporte, ele conta que resolveu mesmo se dedicar à prática após se tornar policial legislativo da Câmara dos Deputados, em 2009. “Foi somente depois do meu curso de formação que passei a levar o esporte mais a sério”.

O Câmara em Pauta entrevistou o servidor sobre a participação dele nesses dois eventos grandiosos do mundo dos esportes. Confira!

Policial Legislativo arbitrou as competições de tiro esportivo das Olimpíadas 2016Servidor Kassius Guimarães esteve no Rio de Janeiro para acompanhar e arbitrar as partidas de tiro esportivo em estandes de 10 metros

O policial legislativo é instrutor de tiro do Depol, praticante de tiro esportivo e árbitro internacional de tiro.

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No que se refere ao esporte, o que te impulsionou a começar a prática do tiro esportivo?

No tiro o mais importante não é ser forte, rápido ou alto, e sim ter disciplina e autocontrole. Além disso, o atleta tem uma “vida longa” no esporte, podendo atirar e ser

competitivo durante muitos anos. Isso tudo faz do tiro um esporte alta-mente empolgante.

Há quanto tempo você pratica tiro esportivo?

Informalmente, desde criança. Mas foi somente depois do meu curso

Como foi receber a notícia de que participaria como árbitro dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio2016?

Por ser fruto de um longo trabalho no esporte, de ser algo sonhado e desejado, recebi com muita emoção essa convocação do Comitê Organizador dos Jogos Rio2016.

ENTREVISTA

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sem preço. Como servidor da Câmara dos Deputados, tenho que agradecer à Administração pelo apoio prestado.

Em quantas competições você foi árbitro?

Estive em todas as competições do estande de 10 metros, sendo que a primeira medalha do Rio2016 saiu na linha de tiro em que estive atu-ando. No total, foram duas provas de carabina (masculina e feminina) e duas provas de pistola (masculina e feminina). No mês de setembro teremos essas mesmas provas, mas nos Jogos Paralímpicos.

Você acredita no tiro esportivo como uma forma de redirecionar algo que carrega uma imagem de violência, como as armas, transformando-a em uma ação positiva?

Foi no tiro esportivo que o Brasil conquistou a primeira medalha de

ouro em olímpiadas, com o tenente Guilherme Paraense, em 1920, nos Jogos da Antuérpia. Infelizmente, hoje o tiro esportivo, pela falta de informação a respeito do esporte, é confundido muitas vezes com vio-lência e criminalidade, pelo simples fato da utilização de armas. Espero que os Jogos ajudem a mostrar que o tiro é um esporte seguro, que exige muita disciplina e que pode contribuir para a formação de nossos jovens.

Você acredita na importância de uma entidade representativa, como o Sindilegis, contribuir para os servido-res-atletas e praticantes de esportes a exemplo do que já acontece em modali-dades como o vôlei?

Ter uma entidade de classe que incentiva os filiados à prática de esportes é muito importante. Isso promove inte-gração entre colegas, o bem-estar dos servidores e o desenvolvimento social.

de formação como policial legislativo da Câmara dos Deputados (2009) que passei a levar o esporte mais a sério.

Quais elementos foram avaliados nessa competição? O que você destaca como principais habilidades?

No caso das provas de carabina 10 metros, o centro do alvo tem 0,5mm de diâmetro e o atirador deve realizar 60 disparos visando acertar esse minúsculo ponto em todos os tiros. Ou seja, é uma prova que exige pre-cisão máxima do atirador. Nesse tipo de prova, a concentração e o autocon-trole é que determinam o campeão.

Como servidor e policial legislativo, qual o seu sentimento em ter contri-buído para um evento dessa grandeza?

O sentimento é de muita emoção e responsabilidade. Participar e con-tribuir para a realização do evento máximo do esporte mundial é algo

Na foto, Kassius visita o estande de competição do tiro esportivo, onde a primeira medalha de prata do Brasil foi conquistada pelo atleta Felipe Wu.

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AMBIENTAÇÃO

Sindilegis participa de ambientação de 41 novos servidores da Câmara dos Deputados

No mesmo dia em que a entidade comemorou a sanção da Lei que reajusta os salários dos servidores da Casa, o Sindicato teve a oportunidade de recepcionar e apresentar os convênios e benefícios de tornar-se um filiado

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Poder Judiciário, além de apresentar conquistas obtidas com esses trabalhos.

O reajuste salarial dos servidores da Câmara dos Deputados, publicado na mesma data da ambientação no Diário Oficial da União, foi uma das questões apresentadas pelo represen-tante do Sindilegis. Ele contextualizou os servidores sobre as diversidades enfrentadas pela Diretoria e as barreiras políticas e econômicas impostas pelo Governo. “Estamos nos reunindo com o Ministério do Planejamento desde 2015 e com muito empenho celebramos esse reajuste, pois nós que fazemos parte da atividade sindical sabemos o quanto esta conquista foi suada e complexa. Diante do panorama foi necessário conversar

e negociar muito, já que este é, clara-mente, um momento complicado para fazer esse tipo de negociação”, explica o secretário-geral do Sindicato.

O vice-presidente do Sindilegis para a Câmara dos Deputados, Paulo Cezar Alves, concedeu as boas-vindas aos novos colegas e apresentou o foco do trabalho desenvolvido pela entidade há 27 anos. “Lutamos muito pela nomeação de cada um de vocês, e vamos continuar, tendo em vista que corremos um grande perigo de ter nossos setores prejudicados diante da não reposição dos cargos de aposen-tados”, enfatizou.

Na ocasião, os servidores conhe-ceram melhor alguns benefícios con-cedidos pela entidade e esclareceram algumas dúvidas como, por exemplo, a porcentagem de contribuição para a filiação, que é de 0,8% (indepen-dente do número de dependentes ou utilização dos benefícios), sendo no mínimo R$40 e no máximo R$140 para a filiação. Márcio lembra que o valor é irrisório diante dos benefícios. “Para quem não conhece a Odontolegis, aquela estrutura primorosa, eu os convido a conhecer. Só o que vocês gastariam com dentistas, advogados e o que recebem em descontos nas empresas conveniadas ultrapassa e muito o valor da contribuição. Além disso, e eu diria que o mais importante é filiar-se e tornar forte a categoria e quem a representa, os que lutam por ela”, destaca.

A nova analista legislativa da Câmara dos Deputados, Karla Juliana, concorda com a visão do diretor. Ela, que já sabia que o Sindilegis represen-tava os servidores do Legislativo e do TCU, não perdeu tempo em filiar-se: “Eu já tenho isso comigo. Faz parte de mim. Acredito que o trabalhador necessita de uma representação sin-dical forte e atuante”, ressalta.

PARA FILIAR-SEPara ter acesso aos benefícios,

como Legis Club Brasil, Odontolegis, Consulegis e outros pleitos que o Sindilegis vem buscando atender diante das necessidades dos servi-dores públicos, basta preencher a ficha de filiação disponível em nosso site e entregar em um dos postos de atendimento do Sindicato localizados nas Casas (Câmara, Senado e TCU). Mais informações: (61) 3214-7300.

Os novos servidores da Câmara dos Deputados foram recep-cionados pelo Sindilegis, no dia 29 de julho, durante

a ambientação que aconteceu no Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento (Cefor) da Câmara dos Deputados. O evento acontece para que os servidores conheçam as vantagens de filiação, além de todo o trabalho desenvolvido pelo Sindicato que representa a categoria. Os 41 novos servidores da Câmara ouviram do secre-tário-geral do Sindilegis, Márcio Costa, questões relacionadas à aposentadoria, a benefícios como a Odontolegis e a Consulegis, alguns pleitos de luta do Sindicato no Congresso Nacional e no

O secretário-geral do Sindilegis, Márcio Costa, apresentou os benefícios e convidou os novos servidores a se juntarem à luta sindical.

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Deputados Vinicius Henrique Mariano também usufrui dos bene-fícios que o Sindicato oferece. Ele assegura que além do Consultório Jurídico gratuito e da Clínica Odontológica ainda é possível adquirir descontos para aperfeiçoa-mento e educação.

“Para aqueles que usam frequen-temente os benefícios, especial-mente os descontos nas escolas dos filhos, imagino que tenham sim um retorno financeiro superior à contri-buição mensal que é descontado em folha”, comentou o sindicalizado.

Vinicius Mariano também reconhece os ganhos insti-

tucionais que o Sindicato propiciou ao longo dos

anos. “Historicamente, o Legislativo Federal sempre esteve como referência em relação a salários, benefícios e jornadas de trabalho para as demais carreiras do

serviço público. Acredito que essa realidade é mérito

do Sindilegis. Atualmente, enfrentamos um momento

delicadíssimo e precisamos, ainda mais, da atuação coletiva

do nosso Sindicato”, ressaltou o servidor da Câmara dos Deputados.

CONHEÇA OS BENEFÍCIOSO Sindilegis possui uma vasta

gama de benefícios à disposição dos filiados. Além da Odontolegis e da Consulegis, que são serviços gratuitos e alguns a preços dife-renciados, a entidade ainda possui descontos significativos em aca-demias, escolas de natação, cursos de idiomas, escolas e muito mais. Acompanhe o site do Sindicato e continue sabendo tudo que o Sindilegis pode oferecer.

Servidores falam das vantagens de se filiar ao Sindilegis

Além da garantia da luta pelos seus direitos trabalhistas, os filiados também asseguram uma infinidade de benefícios ofertada pelo Sindicato

Quem nunca precisou recorrer a um advogado para con-quistar uma causa impor-tante? Ou, ainda, necessitou

buscar uma clínica odontológica para um tratamento dentário de emer-gência? Esses são cenários comuns na vida de muitos brasileiros, mas são justamente essas despesas ines-peradas, inicialmente pequenas, que acabam por onerar o orçamento no

final do mês, transformando algo que seria simples em uma verdadeira dor de cabeça.

Foi o que aconteceu com a servi-dora do Tribunal de Contas da União Maria das Graças Benigno. Ciente dos seus direitos e se sentindo pre-judicada, a servidora decidiu recorrer à justiça, mas não estava disposta a pagar caro por advogados. Foi aí que ela, que é filiada ao Sindilegis, des-cobriu que a entidade oferece uma equipe jurídica gratuita para casos

SERVIÇO

como o que ela estava vivenciando. Ao utilizar o benefício, Maria

das Graças economizou aproxima-damente R$ 5 mil com honorários advocatícios, de acordo com tabela de valores definida pela Ordem dos Advogados do Brasil. “Utilizei o advogado e vou utilizar mais, com certeza, pois quando estou nos meus direitos entro mesmo na justiça. O atendimento foi satisfatório, pois

o advogado foi comigo a uma audiência e não precisei falar nada com o promotor, ele agiu

por mim”, declarou a servidora. Além da economia, a filiada atesta

a qualidade dos profissionais que estão à disposição dos servidores. A qualificação do profissional, inclusive, garantiu ganho de causa para a servidora. “Foi uma forma de obter lucro, pois advogado é caro e, no Sindicato, marcarmos a hora e pronto, tudo será resolvido. Eles são muito responsáveis. Gostei!”, elogiou a servidora do TCU.

O servidor da Câmara dos

Sindilegis

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30/

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016.

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Em meio ao clima competitivo e movido pelo esporte que todo o País vem absorvendo no período dos Jogos Olímpicos

e Paralímpicos Rio 2016, a Ascade foi palco da final do I Torneio de Seleções de Futebol Masters “Servidores Unidos Contra a Corrupção”, dis-putado entre as seleções da Polícia Federal e da Câmara dos Deputados (Ascade) no dia 11 de agosto.

Cerca de 120 servidores acima de 40 anos da Câmara dos Deputados, do Tribunal de Contas da União, do Senado Federal e da Polícia Federal em conjunto com a Militar participaram da competição esportiva, que contou com o mote de combate a fraudes e desvios de recursos públicos.

Um dos organizadores do evento, Alison Souza, que é diretor esportivo e social do Sindilegis e vice-presi-dente da ASTCU, explica o porquê da realização desse torneio: “A ideia é antiga e finalmente conse-guimos reunir quatro fortes equipes. Estamos num momento apropriado para falar de combate à corrupção, de mais justiça social, transparência, igualdade e unir esporte a esta causa, com destaque ao trabalho da Polícia Federal nesse processo, além do TCU, da Câmara e do Senado”.

O campeonato é uma realização da Seleção do TCU, que contou com o apoio do Sindilegis, da ASTCU, da Assefe, da Ascade e da Associação dos Servidores da Polícia Federal do Distrito Federal (Diref). Ao todo, foram disputados 13 jogos em duas etapas, nos campos da Ascade e da Diref, entre os meses de julho e

Torneio de Futebol reúne servidores contra a corrupçãoA final do campeonato foi disputada com a seleção da Câmara dos Deputados (Ascade), fechando evento patrocinado pelo Sindilegis e entidades parceiras com chave de ouro

agosto, sempre às quintas-feiras à noite e aos sábados pela manhã.

O vice-presidente do Sindilegis para o Senado, Petrus Elesbão, explicou de que maneira iniciativas como o I Torneio visam melhorias para a população e o país como um todo: “Esse é um evento de vital importância, primeiro pelo mote, que é anticorrupção, aonde todos os servidores precisam estar envol-vidos para que possamos exterminar esse câncer que afeta o nosso País e, segundo, é que conseguimos divulgar por meio do esporte e nos unirmos para conseguirmos alcançar esse objetivo em comum, de acabar com a corrupção no Brasil”.

Apesar de ter sido uma partida acirrada, o time da Polícia acabou levando a melhor, com um placar de 4x2. A grande final foi disputada em dois tempos de 40 minutos cada, e contou com narração e locução profis-sional durante todo o jogo. Os atletas perfilaram pelo campo society antes de decidirem no cara e coroa quem daria início à partida.

JOGADORES EMPENHADOSPara o capitão e técnico do time

da Câmara dos Deputados, Marcos Mariano, que ocupa o cargo de poli-cial legislativo federal na Casa há 21 anos, o campeonato cumpriu com o objetivo de reunir servidores em prol de uma causa tão em voga no momento. “Nós fomos campeões invictos no primeiro turno e garan-timos antecipadamente a vaga na final. No segundo turno, ganhamos dois jogos e perdemos um por W.O.

O time da Polícia é muito entrosado, jogam juntos há dez anos. Acho que o mais importante nesse torneio é justamente a união, o espírito espor-tivo saudável e o bem-estar que as partidas trazem para nós”, observa.

Autor dos dois gols da seleção da Câmara, o atacante Piva agradeceu todo o empenho dos jogadores e reforça que continuarão treinando para os próximos desafios: “A equipe está de parabéns, lutamos até o final, corremos muito, demos o nosso melhor. Saímos com a derrota, mas eu queria agradecer todos os jogadores pela partida, não desis-timos em nenhum momento e agora é pensar lá na frente”.

Ricardo Barbosa Campos, cen-troavante e autor do primeiro gol do time da Polícia Federal, explicou que, como a equipe já havia enfren-tado a seleção da Câmara no pri-meiro turno, foi possível traçar uma estratégia para a grande final. “Nós já havíamos jogado com esse grupo da Câmara, no primeiro turno, e é um time muito bom e bem treinado. O cabeça de aro deles é bom de bola, ex-profissional, então o jogo ficou duro”, explica.

“Foi uma final difícil porque o nosso adversário é bastante qua-lificado. É importante esse tipo de iniciativa das associações, comba-tendo algo que todo mundo no Brasil é contrário, mas o mais importante que vejo é a integração de todas essas instituições, que têm muitas ativi-dades em comum”, contou Cléber Lacerda, coronel da Polícia Militar e técnico da equipe.

ESPORTE

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Time da Câmara dos Deputados se reúne momentos antes da final do I Torneio de Seleções

de Futebol Masters Servidores Unidos Contra a Corrupção.

Partida acirrada entre time da Câmara dos Deputados e time da Polícia Federal ficou

em 4x2 para a Polícia.

Time da Polícia Federal celebra vitória no Torneio.

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Sindilegis participa de lançamento da Frente Parlamentar Mista pela Auditoria da Dívida Pública com Participação PopularEvento reuniu servidores, parlamentares e associações de várias partes do País para discussão do tema

O Sindilegis se uniu à Frente Parlamentar Mista pela Auditoria da Dívida Pública com Participação Popular,

lançada no dia 9 de agosto, para participar das ações desenvolvidas pela Frente, que tem como organi-zadora a Auditoria Cidadã da Dívida. Isso porque a dívida pública tem sido a justificativa para a adoção das medidas de ajuste fiscal, cortes de direitos sociais e desmonte do Estado inseridos em diversos projetos em andamento no Congresso Nacional,

como o PLP 257/16, a PEC 241/16, a PEC 143/15, dentre outras.

O objetivo da Frente é justamente promover o debate sobre o tema e buscar apoio para a realização de auditoria da dívida pública para que, só após a real análise da saúde financeira da máquina pública, sejam adotadas medidas de ajuste fiscal, sem que haja cortes de direitos sociais e desmonte do serviço público e do Estado, por meio dos projetos que tramitam no Congresso Nacional.

O diretor de aposentados e

pensionistas do Sindilegis, Ogib Teixeira, esteve no lançamento, repre-sentando as entidades. Para ele, o serviço público não pode pagar a conta pela má gestão e corrupção existentes. “O pagamento de juros da dívida vem assombrando o crescimento do Brasil na medida em que impõe uma agenda econômica que sacrifica a população e impede investimentos urgentes e necessários para o avanço do País. É importante promover um profundo debate junto à sociedade e aos parla-mentares sobre a urgência de auditar essa dívida. A sociedade não pode continuar arcando com uma conta impagável e em grande parte desco-nhecida”, revela.

Atualmente, a dívida pública con-some mais de 40% do orçamento federal. O Brasil gasta mais de R$ 2 bilhões por dia apenas com o pagamento de juros e amortizações. A auditoria estava no Plano Plurianual (PPA 2016-2019), incluída por meio de emenda pelo Deputado Edmilson Rodrigues (PSOL/PA) e acatada pela Comissão de Finanças e Tributação na Câmara dos Deputados, mas acabou vetada.

Para o secretário-geral da Pública- Central do Servidor, Antônio Carlos Fernandes Júnior, a sociedade não pode abrir mão de debater as origens e alocação de quase um trilhão de reais que são destinados ao pagamento dessa dívida: “Este é um recurso público que poderia estar sendo destinado a melho-rias de serviços prestados à população e também assegurados pela Constituição como direito. Portanto, é dever do Estado dar maior transparência a esse processo e a auditoria seria um passo fundamental em direção a uma melhor gestão de nosso orçamento”.

AUDITORIA

Diretores do Sindilegis de entidades parceiras participaram do lançamento da Frente Parlamentar Mista pela Auditoria da Dívida Pública com Participação Popular.

ASCOM SINDILEGIS