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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS UFG Coeficiente de partição 10/05/2012

Coeficiente de partição

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Page 1: Coeficiente de partição

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS UFG

Coeficiente de partição 10/05/2012

Farmácia – 2˚ PeríodoDocente: Dr. Denílson RabeloDiscentes: Andressa Caroline Silva

Edilson Ribeiro Junior Mayrha Gonçalves Pedro Paulo Campos Sabryne Souza

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01) Introdução

A lei de partição ou lei de distribuição de Nernst está relacionada à distribuição de um soluto entre dois solventes imiscíveis. A lei estudou a distribuição de numerosos solutos em diversos solventes. O seu enunciado mais geral afirma que quando se reparte uma quantidade determinada de soluto entre dois solventes imiscíveis, se alcança um estado de equilíbrio no qual tanto o potencial químico como a fugacidade do soluto é o mesmo nas duas fases.

Quando se junta um terceiro componente a duas fases líquidas, ele tende a se distribuir nas duas fases até que atinja o equilíbrio. Porém, essa lei só é valida para soluções muito diluídas. Através da concentração e da solubilidade do terceiro componente é possível, por exemplo, fazer experimentos para saber se tal fármaco é ou não solubilizado pelo organismo humano usando os líquidos encontrados nele.

02) Objetivo

Este experimento teve como foco verificar a distribuição de um soluto entre dois líquidos imiscíveis.

03) Parte Experimental

Utilizando béquers de 100mL, foram preparados cinco soluções de água destilada, clorofórmio e ácido acético glacial, cada uma com diferentes proporções de cada solvente. O clorofórmio e a água destilada foram coletadas através de uma proveta enquanto o ácido acético glacial foi coletado com o auxílio de uma bureta. As proporções são apresentadas na tabela a seguir:

Tabela 01: Volume dos reagentes utilizados para o preparo das soluções Mistura Vágua / mL Vclorofórmio / mL Vácido acético / mL 01 15 15 0,3 02 15 15 0,5 03 15 15 0,8 04 15 15 1,0 05 15 15 1,2

Cada solução foi colocada em um funil de separação e agitada fortemente por aproximadamente 10 minutos. Posteriormente, o funil de separação foi colocado em repouso por cerca de 15 minutos até ocorrer total separação de fases. Quando ocorreu a formação de fases, foi retirado uma alíquota de 5 mL com o auxílio de uma pipeta graduada de cada fase formada, uma orgânica e a outra aquosa. Daí em diante, cada alíquota foi diluída em 40mL de água destilada e iniciou-se uma titulação utilizando uma solução de NaOH e fenolftaleína como indicador afim de se descobrir a quantidade de ácido acético que foi distribuída para cada fase. Para a fase orgânica (fase com clorofórmio), foi utilizado o NaOH 0,02 mol/L e para a fase aquosa, o NaOH 0,02948 mol/L.

04) Resultados e Discussões

Na titulação das alíquotas, foi gasto o volume de 13,3mL de NaOH para a fase aquosa e 21,0mL para a fase orgânica.

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Fase Aquosa:Sendo conhecido a concentração da solução de NaOH e o volume,

descobrimos o número de mols de NaOH na solução, que foi 0,00548mols. O número de mols de NaOH é o mesmo número de mols de ácido acético,

pois a proporção estequiométrica é de 1:1. Tendo o número de mols de ácido acético e seu volume, achamos sua concentração, que resultou em 1,0967mol/L.

Fase Orgânica: Na fase orgânica, o número de mols encontrado foi de 0,00062mols. A

concentração encontrada foi 0,1238mol/L.Coeficiente de Partição:

O valor obtido para o K foi de 8,86, para a adição de 1,2mL de ácido acético a solução.

GrupoFase aquosa Fase orgânica Fase aquosa Fase orgânica

1 5.20 7.20 0.416 0.0288 14.44

2 6.4 8.3 0.5278 0.0312 16.92

3 9.1 9.4 0.750 0.0554 13.53

4

5 13.3 21 1.0967 0.1238 8.86

A partir dos valores obtidos de cada grupo, obtém-se os seguintes gráficos:

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Observando os gráficos e os resultados obtidos, percebemos então que, como o K (Coeficiente de Partição) foi maior que 1, a afinidade pela fase orgânica é maior que pela fase aquosa. Percebe-se também que, aumentando o volume adicionado de ácido, o K diminui, revelando uma tendência do ácido, quando mais concentrado, a ter afinidade com a fase aquosa.

05) Conclusão

Por definição, o coeficiente de partição será sempre definido como a razão entre a concentração da fase orgânica pela concentração fase aquosa no denominador; desta maneira então valores menores que 1, implicam maior afinidade pela fase aquosa, e valores maiores que 1, implicam maior afinidade com a fase orgânica e valor igual a 1 significa igual afinidade tanto pela fase aquosa, quanto pela a orgânica.

A relevância do procedimento experimental aqui descrito se torna visível para a determinação empírica do coeficiente de partição de substâncias orgânicas, para sistema água-clorofórmio.

06) Referências

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_da_parti%C3%A7%C3%A3o_de_Nernst#Aplica.C3.A7.C3.B5es [ acessado em 19 de Maio de 2012 ]- Manual de Laboratório Físico-Química Experimental I, Edição 2012. Pág. 60 e 61