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ITA: 18/09/07 (AC) COESÃO TEXTUAL Frente: 02 Aula: 21 Fale conosco www.portalimpacto.com.br Profª.: ÉRICA SANTOS AFINAL, O QUE É COESÃO? Segundo KOCH, é “o fenômeno que diz respeito ao modo como os elementos lingüísticos presentes na superfície textual se encontram interligados, por meio de recursos também lingüísticos, formando seqüências veiculadoras de sentidos”. A respeito do conceito de coesão, autores como Halliday e Hasan (1976), afirmam que a coesão é condição necessária, mas não suficiente, para que se crie um texto. Na verdade, para que um conjunto de vocábulos, expressões, frases seja considerado um texto, é preciso haver relações de sentido entra essas unidades (coerência) e um encadeamento linear das unidades lingüísticas presentes no texto (coesão). Mas essa afirmativa não é categórica nem definitiva, por algumas razões. Uma delas é que podemos ter conjuntos lingüísticos destituídos de elos coesivos que, no entanto, são considerados textos porque são coerentes, isto é, apresentam uma continuidade semântica,um bom exemplo da possibilidade de haver texto, porque coerência, sem elos coesivos explicitados lingüisticamente, é o texto do escritor cearense Mino, em que só existem verbos. Por outro lado, elos coesivos não são suficientes para garantir a coerência de um texto. É o caso do exemplo a seguir: As janelas da casa foram pintadas de azul, mas os pedreiros estão almoçando. A água da piscina parece limpa, entretanto foi tratada com cloro. A vista que tenho da casa é muito agradável. Finalizando, vale dizer que, embora a coesão não seja condição suficiente para que enunciados se constituam em textos, são os elementos coesivos que dão a eles maior legibilidade e evidenciam as relações entre seus diversos componentes. A coerência em textos didáticos, expositivos, jornalísticos depende da utilização explícita de elementos coesores. MECANISMOS DE COESÃO Os instrumentos de coesão se organizam da seguinte forma: Coesão Gramatical Faz-se por meio das concordâncias nominais e verbais, da ordem dos vocábulos, dos conectores, dos pronomes pessoais de terceira pessoa (retos e oblíquos), pronomes possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos, relativos, diversos tipos de numerais, advérbios (aqui, ali, lá, aí), artigos definidos, de expressões de valor temporal. Tipos de Coesão Gramatical Coesão Frásica - este tipo de coesão estabelece uma ligação significativa entre os componentes da frase, com base na concordância entre o nome e seus determinantes, entre o sujeito e o verbo, entre o sujeito e seus predicadores, na ordem dos vocábulos na oração, na regência nominal e verbal. Coesão Interfrásica - designa os variados tipos de interdependência semântica existente entre as frases na superfície textual. Essas relações são expressas pelos conectores ou operadores discursivos. É necessário, portanto, usar o conector adequado à relação que queremos expressar. Seguem exemplos dos diferentes tipos de conectores que podemos empregar: As baleias que acabam de chegar ao Brasil saíram da Antártida há pouco mais de um mês. No banco de Abrolhos, uma faixa com cerca de 500 quilômetros de água rasa e cálida, entre o Espírito Santo e a Bahia, as baleias encontram as condições ideais para acasalar, parir e amamentar. As primeiras a chegar são as mães, que ainda amamentam os filhotes nascidos há um ano. (Revista VEJA, no 30, julho/97) Ainda dentro da coesão interfrásica, existe o processo de justaposição, em que a coesão se dá em função da seqüência do texto, da ordem em que as informações, as proposições, os argumentos vão sendo apresentados. Quando isto acontece, ainda que os operadores não tenham sido explicitados, eles são depreendidos da relação que está implícita entre as partes da frase. O trecho abaixo é um exemplo de justaposição. Foi em cabarés e mesas de bar que Di Cavalcanti fez amigos, conquistou mulheres, foi apresentado a medalhões das artes e da política. Nos anos 20, trocou o Rio por longas temporadas em São Paulo; em seguida foi para Paris. Acabou conhecendo Picasso, Matisse e Braque nos cafés de Montparnasse. Di Cavalcanti era irreverente demais e calculista de menos em relação aos famosos e poderosos. Quando se irritava com alguém, não media palavras. Teve um inimigo na vida. O também pintor Cândido Portinari. A briga entre ambos começou nos anos 40. Jamais se reconciliaram. Portinari não tocava publicamente no nome de Di. (Revista VEJA, no 37,setembro/97) Coesão Temporal - uma seqüência só se apresenta coesa e coerente quando a ordem dos enunciados estiver de acordo com aquilo que sabemos ser possível de ocorrer no universo a que o texto se refere, ou no qual o texto se insere. Se essa ordenação temporal não satisfizer essas condições, o texto apresentará problemas no seu sentido. A coesão temporal é assegurada pelo emprego adequado dos tempos verbais, obedecendo a uma seqüência plausível, ao uso de advérbios que ajudam a situar o leitor no tempo (são, de certa forma, os conectores temporais). Exemplos: A dita Era da Televisão é, relativamente, nova. Embora os princípios técnicos de base sobre os quais repousa a transmissão televisual já estivessem em experimentação entre 1908 e 1914, nos Estados Unidos, no decorrer de pesquisas sobre a amplificação eletrônica, somente na década de vinte chegou-se ao tubo catódico, principal peça do aparelho de tevê. Após várias experiências por sociedades eletrônicas, tiveram início, em 1939, as transmissões regulares entre Nova Iorque e Chicago - mas quase não havia aparelhos particulares. A guerra impôs um hiato às experiências. (Muniz Sodré, A comunicação do grotesco) Coesão Referencial - neste tipo de coesão, um componente da superfície textual faz referência a outro componente, que, é claro, já ocorreu antes. Para esta referência são largamente empregados os. Exemplos: Como se conjuga um empresário Acordou. Levantou-se. Aprontou-se. Lavou-se. Barbeou-se. Enxugou-se. Perfumou-se. Lanchou. Escovou. Abraçou. Beijou. Saiu. Entrou. Cumprimentou. Orientou. Controlou. Advertiu. Chegou. Desceu. Subiu. Entrou. Cumprimentou. Assentou-se. Preparou-se. Examinou. Leu. Convocou. Leu. Comentou. Interrompeu. Leu. Despachou. Conferiu. Vendeu. Vendeu. Ganhou. Ganhou. Ganhou. Lucrou. Lucrou. Lucrou. Lesou. Explorou. Escondeu. Burlou. Safou- se. Comprou. Vendeu. Assinou. Sacou. Depositou. Depositou. Depositou. Associou-se. Vendeu-se. Entregou.

coesão textual

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ITA: 18/09/07(AC)

COESÃO TEXTUAL

Frente: 02 Aula: 21

Fale conosco www.portalimpacto.com.br

Profª.: ÉRICA SANTOS

AFINAL, O QUE É COESÃO? Segundo KOCH, é “o fenômeno que diz respeito ao

modo como os elementos lingüísticos presentes na superfície textual se encontram interligados, por meio de recursos também lingüísticos, formando seqüências veiculadoras de sentidos”.

A respeito do conceito de coesão, autores como Halliday e Hasan (1976), afirmam que a coesão é condição necessária, mas não suficiente, para que se crie um texto. Na verdade, para que um conjunto de vocábulos, expressões, frases seja considerado um texto, é preciso haver relações de sentido entra essas unidades (coerência) e um encadeamento linear das unidades lingüísticas presentes no texto (coesão). Mas essa afirmativa não é categórica nem definitiva, por algumas razões. Uma delas é que podemos ter conjuntos lingüísticos destituídos de elos coesivos que, no entanto, são considerados textos porque são coerentes, isto é, apresentam uma continuidade semântica,um bom exemplo da possibilidade de haver texto, porque há coerência, sem elos coesivos explicitados lingüisticamente, é o texto do escritor cearense Mino, em que só existem verbos.

Por outro lado, elos coesivos não são suficientes para

garantir a coerência de um texto. É o caso do exemplo a seguir: As janelas da casa foram pintadas de azul, mas

os pedreiros estão almoçando. A água da piscina parece limpa, entretanto foi tratada com cloro. A vista que tenho da casa é muito agradável.

Finalizando, vale dizer que, embora a coesão não seja condição suficiente para que enunciados se constituam em textos, são os elementos coesivos que dão a eles maior legibilidade e evidenciam as relações entre seus diversos componentes. A coerência em textos didáticos, expositivos, jornalísticos depende da utilização explícita de elementos coesores.

MECANISMOS DE COESÃO Os instrumentos de coesão se organizam da seguinte forma:

Coesão Gramatical Faz-se por meio das concordâncias nominais e verbais,

da ordem dos vocábulos, dos conectores, dos pronomes pessoais de terceira pessoa (retos e oblíquos), pronomes possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos, relativos, diversos tipos de numerais, advérbios (aqui, ali, lá, aí), artigos definidos, de expressões de valor temporal.

Tipos de Coesão Gramatical Coesão Frásica - este tipo de coesão estabelece uma ligação significativa entre os componentes da frase, com base na concordância entre o nome e seus determinantes, entre o sujeito e o verbo, entre o sujeito e seus predicadores, na ordem dos vocábulos na oração, na regência nominal e verbal.

Coesão Interfrásica - designa os variados tipos de interdependência semântica existente entre as frases na superfície textual. Essas relações são expressas pelos conectores ou operadores discursivos. É necessário, portanto, usar o conector adequado à relação que queremos expressar. Seguem exemplos dos diferentes tipos de conectores que podemos empregar:

As baleias que acabam de chegar ao Brasil saíram da Antártida há pouco mais de um mês. No banco de Abrolhos, uma faixa com cerca de 500 quilômetros de água rasa e cálida, entre o Espírito Santo e a Bahia, as baleias encontram as condições ideais para acasalar, parir e amamentar. As primeiras a chegar são as mães, que ainda amamentam os filhotes nascidos há um ano.

(Revista VEJA, no 30, julho/97) Ainda dentro da coesão interfrásica, existe o processo de

justaposição, em que a coesão se dá em função da seqüência do texto, da ordem em que as informações, as proposições, os argumentos vão sendo apresentados. Quando isto acontece, ainda que os operadores não tenham sido explicitados, eles são depreendidos da relação que está implícita entre as partes da frase. O trecho abaixo é um exemplo de justaposição.

Foi em cabarés e mesas de bar que Di Cavalcanti fez amigos, conquistou mulheres, foi apresentado a medalhões das artes e da política. Nos anos 20, trocou o Rio por longas temporadas em São Paulo; em seguida foi para Paris. Acabou conhecendo Picasso, Matisse e Braque nos cafés de Montparnasse. Di Cavalcanti era irreverente demais e calculista de menos em relação aos famosos e poderosos. Quando se irritava com alguém, não media palavras. Teve um inimigo na vida. O também pintor Cândido Portinari. A briga entre ambos começou nos anos 40. Jamais se reconciliaram. Portinari não tocava publicamente no nome de Di. (Revista VEJA, no 37,setembro/97)

Coesão Temporal - uma seqüência só se apresenta coesa e coerente quando a ordem dos enunciados estiver de acordo com aquilo que sabemos ser possível de ocorrer no universo a que o texto se refere, ou no qual o texto se insere. Se essa ordenação temporal não satisfizer essas condições, o texto apresentará problemas no seu sentido. A coesão temporal é assegurada pelo emprego adequado dos tempos verbais, obedecendo a uma seqüência plausível, ao uso de advérbios que ajudam a situar o leitor no tempo (são, de certa forma, os conectores temporais). Exemplos:

A dita Era da Televisão é, relativamente, nova. Embora os princípios técnicos de base sobre os quais repousa a transmissão televisual já estivessem em experimentação entre 1908 e 1914, nos Estados Unidos, no decorrer de pesquisas sobre a amplificação eletrônica, somente na década de vinte chegou-se ao tubo catódico, principal peça do aparelho de tevê. Após várias experiências por sociedades eletrônicas, tiveram início, em 1939, as transmissões regulares entre Nova Iorque e Chicago - mas quase não havia aparelhos particulares. A guerra impôs um hiato às experiências. (Muniz Sodré, A comunicação do grotesco)

Coesão Referencial - neste tipo de coesão, um componente da superfície textual faz referência a outro componente, que, é claro, já ocorreu antes. Para esta referência são largamente empregados os. Exemplos:

Como se conjuga um empresário Acordou. Levantou-se. Aprontou-se. Lavou-se. Barbeou-se. Enxugou-se. Perfumou-se. Lanchou. Escovou. Abraçou. Beijou. Saiu. Entrou. Cumprimentou. Orientou. Controlou. Advertiu. Chegou. Desceu. Subiu. Entrou. Cumprimentou. Assentou-se. Preparou-se. Examinou. Leu. Convocou. Leu. Comentou. Interrompeu. Leu. Despachou. Conferiu. Vendeu. Vendeu. Ganhou. Ganhou. Ganhou. Lucrou. Lucrou. Lucrou. Lesou. Explorou. Escondeu. Burlou. Safou-se. Comprou. Vendeu. Assinou. Sacou. Depositou. Depositou. Depositou. Associou-se. Vendeu-se. Entregou.

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Em Abrolhos, as jubartes fazem a maior esbórnia. Elas se reúnem em grupos de três a oito animais, sempre com uma única fêmea no comando. É ela, por exemplo, que determina a velocidade e a direção a seguir. Os machos vão atrás, na expectativa de ver se a fêmea cai na rede, com o perdão do trocadilho,e aceita copular. Como há mais machos que fêmeas, elas copulam com vários deles para ter certeza de que engravidarão.

(Revista VEJA, no 30, julho/97) Neste exemplo, ocorre um tipo bastante comum de

referência - a anafórica. Ele foi o único sobrevivente do acidente que matou a

princesa, mas o guarda-costas não se lembra de nada. (Revista VEJA, no 37, setembro/97)

Elas estão divididas entre a criação dos filhos e o desenvolvimento profissional, por isso, muitas vezes, as mulheres precisam fazer escolhas difíceis.

(Revista VEJA, no 30, julho/97) Temos o que se chama uma referência catafórica.

A expedição de Vasco da Gama reunia o melhor que Portugal podia oferecer em tecnologia náutica. Dispunha das mais avançadas cartas de navegação e levava pilotos experientes.

(Revista VEJA, no 27, julho/97) Temos neste período uma referência por elipse .

1. Coesão Lexical Neste tipo de coesão, usamos termos que retomam

vocábulos ou expressões que já ocorreram, porque existem entre eles traços semânticos semelhantes, até mesmo opostos. Dentro da coesão lexical, podemos distinguir a reiteração e a substituição.

Por reiteração entendemos a repetição de expressões lingüísticas; neste caso, existe identidade de traços semânticos. Este recurso é, em geral, bastante usado nas propagandas, com o objetivo de fazer o ouvinte/leitor reter o nome e as qualidades do que é anunciado. A substituição é mais ampla, pois pode se efetuar por meio da sinonímia, da antonímia, da hiperonímia, da hiponímia. Vamos ilustrar cada um desses mecanismos por meio de exemplos. Sinonímia

Pelo jeito, só Clinton insiste no isolamento de Cuba. João Paulo II decidiu visitar em janeiro a ilha da Fantasia.

(Revista VEJA, nº 39, outubro/97)

Antonímia

Gelada no inverno, a praia de Garopaba oferece no verão uma das mais belas paisagens catarinenses.

(JB, Caderno Viagem, 25/08/93)

Hiperonímia e Hiponímia Tão grande quanto as baleias é a sua discrição. Nunca

um ser humano presenciou uma cópula de jubartes, mas sabe-se que seu intercurso é muito rápido, dura apenas alguns segundos.(Revista VEJA, no 30, julho/97)

Em Abrolhos, as jubartes fazem a maior esbórnia. Elas

se reúnem em grupos de três a oito animais, sempre com uma única fêmea no comando. É ela, por exemplo, que determina a velocidade e a direção a seguir.

Neste momento, é bom que você repense alguns estudos gramaticais: o emprego das conjunções, dos pronomes, a estrutura dos períodos compostos, a concordância verbal e nominal, a pontuação, itens fundamentais na escrita de suas idéias.

1. Julgue as afirmações sobre os elementos de coesão seqüencial no texto abaixo. Com o objetivo de lutar para que o ensino do português escrito fique mais fácil, esta coluna vem publicando alguns artificialismos da gramática tradicional que continuam sendo ensinados nas escolas, numa dissociação gritante entre escola e realidade lingüística. A distância entre a língua falada e a escrita sempre existirá, porque esta é mais conservadora, enquanto aquela é o motor das mudanças. Mas não é mais possível tolerar essa distância quilométrica no português, que dificulta sobremaneira o trabalho do professor em sala de aula no processo de alfabetização, fazendo que sejamos bilíngües, conquanto falemos e escrevamos uma só língua.

Fonte: Hélio Consolaro (com adaptações)

a) No primeiro parágrafo, pode-se dizer que é expressa uma relação de finalidade da luta que o colunista afirma empreender no contexto de ensino da língua portuguesa.

b) No segundo parágrafo, são explicitados motivos para as diferenças existentes entre a língua falada e a escrita.

c) No segundo parágrafo, a conjunção “Mas” (l. 5) poderia ser substituído por “Todavia”, seguido de vírgula, ressaltando o posicionamento favorável do autor à distância entre o português falado e o escrito

d) Na linha 6, a forma nominal do verbo “fazendo” permite inferir-se uma relação de conseqüência para a dificuldade do processo de alfabetização. e) Na linha 7, “conquanto” poderia ser substituído por enquanto sem alteração do sentido original. 2. Escreva elementos de coesão, unindo as orações a seguir: a) Os homens não ficam deslumbrados na frente de uma vitrine. b) Eles não compram por impulso. Não têm paciência para a burocracia do crediário. c) O público feminino sente uma atração irresistível pelas ofertas e liquidações do mercado consumidor. d) As propagandas normalmente são direcionadas às mulheres. e) As mulheres têm papel importante na decisão de compra do homem. f) Eles dizem que as mulheres têm bom gosto, conhecem marcas e sabem se um produto é bom, caro ou barato. 3. O uso dos elementos de ligação (elementos de coesão) inadequados nas sentenças abaixo provoca um efeito de incoerência. Reescreva-os, fazendo as alterações necessárias para garantir o estabelecimento das relações se sentido corretas. a. O livro é muito interessante porque tem 570 páginas. b. Carmem mora no Rio há cinco anos, portanto não conhece ainda o Corcovado. c. Acordei às 7 horas, uma vez que tinha ido deitar às 2 horas, dormi pouco mais de cinco horas. d. O livro que a professora de literatura mandou comprar já está esgotado, já que foi publicado há menos de três semanas. e. João, o pintor, foi despedido, mesmo que tenha se negado a pintar a casa, apesar de estar chovendo.