COFFEE NEWSLETTER Ano 12 - No. 137 - 17 de Dezembro, 2018

EDIÇÕES Nº1 A 136 PODEM SER ENCONTRADAS NO SITE: www.peamarketing.com.br 1

A SUA MELHOR FONTE DE INFORMAÇÕES SOBRE O AGRONEGÓCIO CAFÉS DO BRASIL. NESTA EDIÇÃO:- CRESCIMENTO DO CONSUMO BRASILEIRO E A VIABILIDADE ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DE CAFÉ (pág 3)- O PAPEL DO PROCESSAMENTO DE CAFÉ NA VIABILIDADE ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DE CAFÉ (pág 4)

SEMANA INTERNACIONAL DO CAFÉ QUEBRA NOVOS RECORDES

PREÇO RECORDE DE US$ 18.916 POR SACA PARA O GANHADOR DO COE

A 6ª edição da Semana Internacional do Café que aconteceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, de 7 a 9 de Novembro de 2018 foi um grande

sucesso e quebrou recordes! O evento recebeu 20 mil visitantes e um total de US$ 11 milhões em negócios foram iniciados, o que representa

um aumento de 20% em comparação com 2017. Mais de 50 mil cafés foram provados por mais de 250 compradores internacionais de 60 países

diferentes e a feira contou com mais de 160 expositores. O programa incluiu 190 horas de apresentações e workshops, mais de 200 sessões de

prova, eventos técnicos como a Conferência Global de Sustentabilidade do Café da Plataforma Global do Café, o Seminário Internacional DNA

Café, o Fórum da Cafeicultura Sustentável, o Encontro Educampo e a Cafeteria Modelo. Fonte: Semana Internacional do Café

CONFERÊNCIA GLOBAL DA SUSTENTABILIDADE DO CAFÉ DA GCP E O FUTURO DA SUSTENTABILIDADE DO CAFÉMais de 340 participantes de 15 países, incluindo representantes dos 9 países onde a Plataforma

Global do Café (GCP) está ativa, participaram da Conferência Global de Sustentabilidade do Café

(GCSC2018) que aconteceu durante a Semana Internacional do Café em Belo Horizonte, Brasil,

de 8 a 9 de novembro de 2018. A palestra de abertura foi muito bem recebida e a escolha dos

assuntos cobertos foram muito apreciados. Na ocasião, a Iniciativa de Membros brasileira sobre

o Uso Responsável de Agroquímicos foi lançada oficialmente. As apresentações dos países no

fórum de ação local no segundo dia mostrou um grande progresso e resultados mais tangíveis.

A Assembleia de Membros, que também aconteceu no segundo dia, incluiu a apresentação de abertura do presidente da Better Cotton Initiative

(BCI) e uma apresentação sobre como criar Iniciativas de Membros, além do relatório de 2018 e as perspectivas para 2019. O evento terminou

com uma Visita a Campo, com 46 participantes, a maioria do exterior, nos dias 11 e 12 de novembro. Os participantes tiveram a oportunidade

de não apenas visitar fazendas mineiras grande e pequena que produzem café sustentável, mas também puderam ver como o App para monitorar os Indicadores de Sustentabilidade do Café realmente funciona. A visita ao pequeno produtor mostrou muito de perto que a

O lote de café vencedor da categoria Cereja Descascado do Cup of Excellence 2018, produzido na Fazenda Primavera, na região Chapada de

Minas, foi leiloado por US$ 143,00/lb, o que corresponde a US$ 18,916 por saca de 60kg. Este é o maior valor já pago por um café cultivado no

Brasil. Todos os lotes de café leiloados foram vendidos com uma movimentação recorde de US$ 271.418,59. O lance médio foi de US$ 9,37/lb

que corresponde a US$ 1.239,46 por saca. De acordo com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), os valores pagos aos cafés

vencedores mostram que o trabalho com educação e promoção que a Associação realiza com seus parceiros vem gerando bons resultados.

Fonte: BSCA

NOVA TECNOLOGIA USA CAFÉ TORRADO E MOÍDO PARA AVALIAR QUALIDADE NA XÍCARAA Embrapa desenvolveu um sistema de inteligência artificial que usa o café torrado e moído para determinar sua qualidade na xícara. A

Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) assinou um contrato de cooperação com a Embrapa para melhorar e disseminar esta tecnologia

entre as empresas que são membros do Programa de Qualidade do Café da ABIC, durante a Conferência Global de Sustentabilidade do Café da

GCP, realizada em Belo Horizonte em novembro último. O sistema digital reconhece a qualidade do produto com base na composição química e

física do café. Esta nova ferramenta permitirá que os produtores determinem rapidamente a qualidade do café produzido, os provadores de café

terão uma ferramenta adicional e os consumidores terão certeza que o produto comprado é realmente da qualidade oferecida.Fonte: G1

Launching of the Responsible Use of Agrochemicals Member Initiative

COFFEE NEWSLETTER

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COOXUPÉ COMERCIALIZA 275.000 SACAS EM UM ÚNICO DIAA Cooxupé receberá um volume recorde de café na safra de 2018. O objetivo inicial da maior cooperativa do país era receber 5,75 milhões de

sacas mas o volume agora esperado é de 6,4 milhões. A bienalidade positiva da produção, o aumento no número de membros da cooperativa e

a falta de liquidez de alguns “players” do mesmo segmento explicam o resultado. A Cooxupé recebeu apenas 4,6 milhões de sacas na safra

passada devido a bienalidade negativa e dos problemas climáticos que afetaram muitas regiões produtoras de café. A situação do mercado

cambial ajudou a cooperativa a bater outro recorde e comercializar um total de 275 mil sacas em um único dia quando o dólar atingiu R$ 3,73

no dia 15 de outubro.Fonte: Valor Econômico

EXPORTAÇÃO DE CAFÉ BRASILEIRA EM 2018 DEVE AUMENTAR 15% PUXADA PELO CONILON

PRÓXIMA SAFRA DE CAFÉ ESTIMADA EM 55 MILHÕES DE SACASÉ esperado que o Brasil produza de 55 a 56 milhões de sacas de café na próxima safra, de acordo com a Rabobank. A produção de Arábica deve

atingir 37 a 38 milhões de sacas em 2019/20, uma queda de aproximadamente 10% em relação à safra atual. A produção de Conilon, por sua

vez, deve recuperar e atingir 17 a 18 milhões de sacas em 2019/20, um aumento de 10% em comparação com a safra atual. A produção de

Conilon deve ser, no entanto, monitorada de perto devido à indicação de uma grande possibilidade de ocorrência do fenômeno El Niño. A

estimativa de produção da Conab e USDA é de 60 e 64 milhões de sacas respectivamente para a safra atual a ser comparada com a da Rabobank

de 56,8 milhões.Fonte: Valor Econômico

Ano 12 - No. 137 - 17 de Dezembro, 2018

É esperado que o Brasil exporte um total de 34,5 milhões de sacas em 2018 (incluindo café verde, solúvel e T&M), de acordo com o CeCafé. Se

esta estimativa se confirmar, o volume será quase 13% maior que em 2017 (30,7 milhões). A participação brasileira nas exportações mundiais,

que foi de 25,8% em 2017, deve alcançar 30% em 2018, ainda abaixo dos 32% em 2015. As exportações brasileiras já totalizaram 27,5 milhões

de sacas entre janeiro e outubro de 2018, um aumento de 10,3% comparado com o mesmo período de 2017. As exportações de Arábica

cresceram 2,6% e as de Conilon impressionantes 874,5%, no mesmo período. Fonte: Valor Econômico

Preços BrasileirosPrincipais Regiões Produtoras / Porteira da Fazenda 30 de Novembro de 2018

Fonte: www.qualicafex.com.br

Arabica Natural (R$/saca de 60 kg)

Arabica Cereja Descascado (R$/saca de 60 kg)

Cerrado MG

Conilon / Robusta (R$/saca de 60kg)

Colatina-ES qualidade média

MogianaSul de Minas

Cerrado MGSul de Minas

321,00

BM&F (US$/saco de 60kg Arabica) Real R$ / Dolar US$

Dez 2018 30 Nov 2018Mar 2019

Jul 2019

3,85+ 5,8%

415,00

410,00

410,00

445,00

440,00

121,40127,10

129,45

PRIMEIRA CAFETERIA DULCERRADO EM SÃO PAULOA cafeteria Dulcerrado da Expocaccer abrirá sua primeira loja em São Paulo no Shopping Jardim Sul. A cafeteria Dulcerrado, hoje presente apenas

em Patrocínio, centro do Cerrado, une dois importantes elos na cadeia do café: produção e consumo. A cafeteria da região do Cerrado

acompanhará o mesmo modelo de negócio da cafeteria original Dulcerrado em Patrocínio, onde a equipe de São Paulo será treinada para

adquirir conhecimento profundo sobre o produto, a região e seus produtores. Fonte: Expocaccer

EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DE CAFÉ SOLÚVEL AUMENTA 5%O Brasil exportou 3 milhões de sacas de café solúvel nos dez primeiros meses de 2018. O resultado é 5,1% maior comparado com o mesmo

período em 2017 quando 2,86 milhões de sacas foram exportadas. Os embarques de café solúvel brasileiro geraram receitas de US% 493,9

milhões este ano, uma queda de 6,4% comparado com o ano anterior. Fonte: Estadão Conteúdo

viabilidade econômica da cafeicultura requer aumentos de produtividade e uma cadeia de suprimento eficiente com altos níveis de participação

do produtor no preço FOB de exportação. A visita a Cooperativa de Paraguaçu (Coomap) completou a apresentação em escala real do que a GCP

Brasil está fazendo para promover a sustentabilidade. Fontes: ADS e P&A

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OPINIÃO

CRESCIMENTO DO CONSUMO BRASILEIRO E A VIABILIDADE ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DE CAFÉ

por Carlos H. J. Brando

Ano 12 - No. 137 - 17 de Dezembro, 2018

Números divulgados pela Euromonitor International no 26º ENCAFÉ, a conferência anual da Associação Brasileira da Indústria de Café

(ABIC), indicam que o Brasil é hoje o maior consumidor de café do mundo, à frente dos EUA. Esses números, que não incluem bebidas

prontas, contradizem os números da Organização Internacional do Café (OIC), do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) e da ABIC,

que usam diferentes metodologias que ainda mostram os EUA como os principal consumidor de café do mundo, seguido pelo Brasil.

Apesar da crise econômica, que já dura vários anos, e da incerteza política típica de um ano marcado por eleições presidenciais, o consumo

de café deve crescer entre 3 e 3,5% em 2018 em relação ao ano anterior, somando 22,9 milhões de sacas de acordo com o mesmo estudo

da Euromonitor. De acordo com seu palestrante no evento, esse crescimento na demanda não está associado a uma mudança nas

tendências do PIB nem aos preços praticados, mas sim à capacidade do setor de se adaptar às mudanças nas condições de mercado com

o lançamento de novos produtos e a diversificação dos canais de marketing.

O estudo da Euromonitor também mostra que o café torrado e moído está perdendo participação de mercado para café em grão, com

proporções atuais de 80% e 20%. O consumo de solúvel é estimado em menos de 5% e cápsulas em cerca de 2%, mas ambos com taxas

de crescimento mais elevadas do que a média, especialmente as cápsulas.

O consumo de café em cápsulas deve se expandir na faixa de 5 a 7% ao ano, dependendo da região brasileira, crescimento ainda alto, mas

muito menor do que os 10 a 15% de alguns anos atrás. Este crescimento será sustentado pelas marcas líderes – Nespresso, Dolce Gusto e

3 Corações – e pela entrada de outras empresas como a Melitta. Segundo a Euromonitor, 8% dos lares brasileiros têm máquinas de cápsula

hoje em comparação com 5% em 2015 e 15% são esperados em cinco anos.

A história de sucesso do crescimento do consumo de café no Brasil tem impactos positivos para a Viabilidade Econômica de Produzir Café

(EVoF, por suas iniciais em inglês) no país. Existe uma demanda cativa dentro do Brasil para cerca de 40% de sua produção de café, o que

diminui a dependência dos produtores dos mercados internacionais e das flutuações cambiais. Mas as vantagens não param por aqui.

Os cafeicultores brasileiros têm um mercado local considerável para cafés de qualidade mais baixa que resultam da colheita manual ou

mecânica não seletiva, que reduz substancialmente os custos da colheita de café mesmo com as exigências muito rigorosas das leis

trabalhistas. Especialmente em épocas de preços baixos mas também em outras ocasiões, os cafeicultores brasileiros se beneficiam da

possibilidade de agregar valor ao seu produto torrando café e vendendo em suas cidades e regiões. Essa possibilidade de adição de valor

se aplica não apenas a café de qualidade comum, mas também a cafés especiais cujos produtores tendem a ter estratégias de mais longo

prazo e ocupam uma parte considerável de espaço nas prateleiras das redes de supermercados / varejo e lojas independentes. Há um

número surpreendente de produtores que hoje oferecem seus cafés em cápsulas compatíveis com máquinas Nespresso.

Outros países produtores de café devem examinar mais de perto os benefícios do consumo local e seus impactos positivos sobre a EVoF -

Viabilidade Econômica de Produzir Café - neste momento em que este assunto é tão mencionado. Se o consumo per capita de café

aumentar em um quilo nos dez maiores produtores de café do mundo, exceto Brasil e Etiópia, – Vietnã, Colômbia, Indonésia, Honduras,

Índia, Uganda, Peru e México –, a demanda mundial total de café aumentará em cerca de 20% afetando não apenas os preços

internacionais, mas também criando um mercado local muito importante nesses oito países, com todos os benefícios potenciais listados

acima. O Brasil e a Etiópia foram excluídos porque já têm um consumo per capita relativamente alto, de 6 e 2 kg, respectivamente. Esses

números de consumo mostram que um aumento de 1 kg por pessoa nos oito países mencionados acima pode não ser tão ambicioso

assim, exceto, talvez, na Índia.

Está mais que na hora de enfatizar a promoção do consumo interno de café na agendas de EVoF, não apenas para estes mas para todos os

outros países produtores de café.

4Mais informações sobre equipamentos da Pinhalense no site: www.pinhalense.com.br

MÁQUINA DO MÊS

Ano 12 - No. 137 - 17 de Dezembro, 2018

O PAPEL DO PROCESSAMENTO DE CAFÉ NA VIABILIDADE ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DE CAFÉ

Benefício úmido pequeno no Brasil Benefício úmido, secagem e benefício seco para micro lotes na Guatemala

Benefício seco para micro lotes com torrador na Índia

LSC ECO SUPER

O processamento de café desempenha muitos papéis que ajudam a viabilizar sua produção de maneira lucrativa , a saber:

- processamento úmido na fazenda para vender pergaminho em vez de comercializar cereja, que é prática comum em vários países,

- separação de cerejas misturadas para processamento separado de diferentes qualidades, e

- benefício e rebenefício na fazenda para vender café verde em vez de pergaminho ou cereja,

com adição de valor em todos os casos. A torra pode ser adicionada no último caso para transformar café verde em um produto de consumo.

O processamento na fazenda também pode ter impactos positivos na lucratividade com o uso de subprodutos como polpa de café e casca como

fertilizante ou combustível para secagem, respectivamente.

A Pinhalense apoia os cafeicultores com sua tecnologia e seus equipamentos de processamento nos três casos acima.

Os lavadores LSC e os despolpadores com separadores de verdes ECO SUPER permitem a separação das cerejas em diferentes graus de

maturação, para que diferentes qualidades possam ser processadas separadamente e fornecidas a diferentes mercados tanto localmente como

no exterior.

Os benefícios úmidos ecológicos e secadores Pinhalense podem ser usados pelos próprios cafeicultores ou por grupos de micro e pequenos

produtores em benefícios centrais para fornecer diferentes tipos e qualidades de pergaminho com valor agregado processados de maneira

sustentável.

Por último mas não menos importante, os benefícios/rebenefícios compactos Pinhalense e suas unidades de micro lote podem ser usados para

agregar valor processando pergaminho ou cereja secos para obter café verde que pode ser vendido localmente, exportado ou até torrado pelos

próprios produtores.