COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY E.M.P. TERRA BOA - … · A diversidade da vida – pág.10 •Em nosso Planeta, já foram descritos e no-meados cerca de 2 milhões de espécies de

COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY – E.M.P.

TERRA BOA - PARANÁ

UNIDADE 1

Professora Leonilda Brandão da Silva

E-mail: [email protected]

http://professoraleonilda.wordpress.com/

mailto:[email protected]

A diversidade da vida – pág.10 • Em nosso Planeta, já foram descritos e no-

meados cerca de 2 milhões de espécies de seres vivos, mas ainda não se sabe o no total, que pode variar de 10 a 100 milhões de espécies.

• Todos os organismos dependem uns dos outros para sobreviver.

• Por isso, a exploração dos recursos naturais deve ser feita de modo a preservar a imensa biodiversi-dade de nosso Planeta.

Classificação dos seres vivos – p.11

Você reconhece esse animal? Reconstituição feita com base em estudos fósseis, eles tinham penas o que prova que eles são parentes evolutivos das aves atuais , o único grupo de animais atual que possui penas.

Dinossauro velociraptor

CAPÍTULO 1

PROBLEMATIZAÇÃO

• Por que os cientistas classificam os seres vivos?

• O que eles levam em consideração quando vão classificar um ser vivo?

• O que é uma espécie? Um reino?

• Por que a mula e o burro são sempre estéreis?

• Como deve ser escrito o nome de um ser vivo? Existem normas? Quais?

Como você formaria grupos com

esses animais?

Vamos classificar seres vivos

Você sabe que os cientistas agrupam os ani-mais acima em 2 grupos: aves e mamíferos. - Que critérios eles usam? - Será que aves são os que voam? - Mas o avestruz não voa e é ave? - O morcego voa e é mamífero?

- Você não acha que o cão é mais parecido com o lobo do que com os outro animais?

- Ou que o gato doméstico é + parecido com o gato selvagem do que com os outros animais? Por que será isso acontece?

• A área da Biologia que identifica, nomeia e classifica os seres vivos é a TAXONOMIA.

• O precursor da Taxonomia científica foi o médico sueco Carl von Linné CARLOS LINEU (1707 -1778).

• Ele também propôs a nomenclatura binomial para as espécies, um sistema utilizado até hoje. Ele também agrupava as ssp de maneira hierárquica em grupos cada vez mais abrangentes: gêneros, ordens, classes e reinos.

Objetivos da classificação 1

• No entanto, Lineu não agrupava as ssp de acordo com o parentesco evolutivo, mas sim pelas semelhanças anatômicas, de acordo com a teoria fixista (FIXISMO), isto é, que acreditava que as ssp eram imutáveis e não evoluíam.

• O desenvolvimento da teoria evolucionista (EVOLUCIONISMO), porém, permitiu a elaboração de diagramas que representam a possível sequên-cia de origem dos diversos seres vivos.

• Esses diagramas que desenham a história evolutiva dos seres vivos são conhecidos como árvores filogenéticas e representam uma hipótese de filogenia, que é a história evolutiva suposta de cada grupo.

• A área da Biologia que estuda as relações evolutivas entre os seres vivos e seus padrões de parentesco e de evolução é a Sistemática.

• Ao estudar os seres vivos, os biólogos reúnem informações que permitem compreender o grau de parentesco evolutivo entre os diversos grupos de organismos.

Árvore filogenética dos animais

Agrupados de acordo com o desenvolvimento

embrionário

Da espécie ao reino – p. 13

• A categoria taxonômica básica é a ESPÉCIE, formada por um grupo de populações capazes de se cruzar e originar filhos férteis, mas que não são capazes de cruzar com outros grupos. Ex. todos os cães pertencem mesma espécie.

Obs.: Essa definição não pode ser usada para fós-seis e nem para seres de reprodução assexuada.

• Nesses casos, podemos identificar uma espécie por semelhanças na anatomia, na fisiologia ou no DNA de seus indivíduos.

Jumento, asno ou jegue (Equus asinus)

Égua (Equus caballus)

Mula Burro

Cruzamento entre espécies diferentes

• Algumas espécies podem cruzar entre si, mas os filhos são quase sempre estéreis. (Texto p. 16)

Cavalo

Bardoto

Jumenta

• As ESPÉCIES que são parentes bem próximos formam um segundo grupo taxonômico, o GÊNERO.

• Gêneros aparentados evolutivamente for-mam FAMÍLIAS.

• Estas, são agrupadas em ORDENS, que são reunidas em CLASSES.

• As classes, por sua vez, são agrupadas em FILOS e estes, formam os REINOS.

7 CATEGORIAS TAXONÔMICAS

• Devido a complexidade de certos grupos, foi necessário estabelecer grupos interme-diários sub e supergêneros, sub e super-família, etc.

• Reino – Sub-reino

• Filo – Subfilo

• Classe – Superclasse, Subclasse

• Ordem – Superordem, Subordem

• Família – Superfamília e Subfamília

• Gênero – Subgênero

• Espécie – Subespécie

CATEGORIAS TAXONÔMICAS (TÁXON)

A medida que se afasta da espécie em direção ao reino, o grau de parentesco evolutivo entre os organismos diminui. Um grupo de organismos, exemplo: mamíferos, é chamado de TÁXON.

Classificação da onça pintada

Espécie Homo sapiens

Gênero Homo

Família Hominidae

Ordem Primatas

Classe Mammalia

Filo Chordata

Reino Metazoa

Classificação do homem

Nomenclatura – p.14

• Existem no mundo atual entre 2800 e 4 mil idiomas.

• Em cada língua, os seres vivos receberam nomes que se popularizaram, formando milhares de denominações.

• Este fato demonstra a necessidade de se padronizar os nomes dos seres vivos.

• Para que a classificação fosse uniforme, foi convencionada uma série de REGRAS que todos devem usar. Para

• Todos os nomes científicos devem ser escri-tos em LATIM ou latinizados.

• Os termos que indicam gênero até reino de-vem ter inicial maiúscula.

• O gênero deve ser escrito em itálico em texto impresso e sublinhado quando escrito à mão. Ex.

Ordem: Carnívora

Família: Felídae

Gênero: Panthera

Espécie: Panthera onca.

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Mammalia

•O nome da espécie é formado de duas palavras (binomial): a 1ª indica o gênero, e a 2ª, o termo específico (epíteto), escrita com inicial minúscula. Ex. Trypanosoma cruzi ou Trypanossoma Cruzi.

•Deve ser escrito em itálico, quando em texto impresso e sublinhado quando escrito à mão. Ex. Homo sapiens ou Homo sapiens.

•Em um texto, a partir de 2ª ocorrência, o no-me da sp pode ser abreviado. Ex. H. sapiens

exemplos

Felis catus

Felis catus F. catus

Felis tigris

Felis tigris F. tigres

Nome da espécie

Gênero epíteto Gênero epíteto

• A nomenclatura de uma subespécie é trinomial. Ex.

• Crotalus durisses terrificu

• A designação do subgênero aparece entre o gênero e o epíteto, entre pa-rênteses, com inicial maiúscula. Ex.

• Aedes (Stegomya ) aegypti

Gênero epíteto subespécie

Gênero subgênero epíteto

• Se o autor da descrição de uma sp for

mencionado, seu nome (abreviado ou

por extenso) deve aparecer em seguida

ao epíteto sem pontuação; a data em

que ele descreveu vem após seu nome,

precedida de vírgula ou entre parênte-

ses.

Ex. Trypanossoma cruzi Chagas, 1909

• Tem prioridade os nomes apresentados em primeiro lugar. Se um pesquisador descre-ver um ser vivo já classificado, prevalecerá o nome inicial, LEI DA PRIORIDADE

Ex.: Pinheiro-do-paraná

Araucária angustifolia; é mais antiga, portanto é a que prevalece.

Araucária brasiliensis

PROBLEMATIZAÇÃO FINAL

• Por que os cientistas classificam os seres vivos?

• O que eles levam em consideração quando vão classificar um ser vivo?

• O que é uma espécie? Um reino?

• Por que a mula e o burro são sempre estéreis?

• Como deve ser escrito o nome de um ser vivo? Existem normas? Quais?

ATIVIDADES - p. 12 a 14

1. A que se refere cada um dos termos (gênero, epíteto, subgênero, subespécie) dos nomes científicos abaixo?

a. Anopheles (Nissorhyncus) darlingi (1)

b.Leishamania brasiliensis (1):

c. Rhea americana grisea (1):

2. Do cruzamento de um jumento com uma égua origina-se a mula, que é estéril. Por que isso ocorre?(2)

3. Por que os cientistas criaram os sistemas de classificação dos seres vivos? (3)

4. Quem propôs a nomenclatura binomial para as espécies e agrupou as espécies de maneira hierárquica? (1)

5. Relacione em ordem hierárquica a as categorias taxonômicas de classifi-cação dos seres vivos. (2)

6. Explique (2 linhas cada):

a) Árvore filogenética:

b) Taxonomia:

c) Sistemática:

d) Espécie:

7.Escreva dentro das regras de nomen-

clatura o nome científico dos seres

vivos abaixo:

a) CANIS FAMILIARIS:.....................

b) HOMO SAPIENS:..........................

c) ZEA MAYS:...................................

d) CANIS LUPUS:.............................

e) FELIS CATUS:...............................

PROBLEMATIZAÇÃO

• O que é evolução? E especiação?

• Como surgiu o grande no de espécies diferentes de seres vivos em nosso Planeta?

• Ainda hoje pode surgir novas espécies? Como?

• Uma pessoa é + aparentada com seu irmão do que com o primo. Por quê?

• Quais os dois tipos de células que existem?

• O que difere o reino Monera dos demais reinos?

• O que difere os seres do reino Animalia dos seres do reino Fungi?

• O que significa Autotrófico e Heterotrófico?

PROBLEMATIZAÇÃO








• Atualmente acredita-se que a diversidade de seres vivos é resultante de processos evolu-tivos que levam a formação de novas espécies.

• Chama-se CLADOGÊNESE o conjunto de processos que promovem a ESPECIAÇÃO (separação de uma espécie em duas – barreiras geográficas) e subsequente formação de novas espécies.

Como surgiu o grande no de espécies diferentes?

Classificação e Evolução – p. 14 2

Uma população se divide em duas e origina duas novas espécies que não cruzam mais entre si.

CLADOGÊNESE

Corresponde ao acúmulo de mudanças que uma população sofre ao longo do tempo originando uma espécie com característi-cas diferentes, sem que haja separação de popula-ções.

ANAGÊNESE

Um exemplo bem documentado pelo registro fóssil de especiação por ana-gênese é o cavalo.

Desenhos dos vários gêneros de cavalo que aparecem no registro fóssil, até chegar ao gênero atual (Equus).

• Desde que a vida surgiu na Terra, o nº de ESPÉCIES DIFERENTES aumentou muito.

• Isso é um sinal de que grande parte das espécies surgiu por cladogênese, já que, na anagênese, uma espécie é substituída por outra, enquanto que, na cladogênese, uma espécie se diversifica originando mais de uma nova espécie.

• O objetivo da classificação é identificar grupos de organismos que descendem por evolução de um mesmo ancestral mais recente, exclusivo do grupo.

• Cães e lobos, por exemplo, são parentes próximos que eles evoluíram dos mesmos antepassados, por esse motivo, ambos pertencem ao gênero Canis.

• Para determinar o grau de parentesco evolutivo entre os grupos são usadas as características anatô-micas, fisiológicas, comportamentais e moleculares.

• Dois grupos (táxon) são tão mais aparenta-dos filogeneticamente quanto mais recente for o último ancestral comum.

COMPARANDO:

• Quem é seu parente mais próximo: seu irmão ou seu primo?

• Uma pessoa é + aparentada com seu irmão do que com o primo porque ela tem um an-cestral mais recente com seu irmão (o pai ou mãe) do que com seu primo, cujo ancestral comum + recente são os avós.

ancestral de todos

chacal coiote cão lobo

O esquema mostra o grau de parentesco dos canídeos

Canis aureus Canis ........ Canis lupus Canis familiaris

Qual é o + aparentado com o cão? Por que?

ancestral comum ao lobo e cão

1as classificações: de Aristóteles até meados do séc. XX considerava-se apenas dois reinos: Reino Animal e Reino Vegetal

REINOS e seus representantes – pág.15

• Em 1969, o cientista Robert Whittaker (1924-1980) agru-pou os seres vivos em 5 reinos, com base na:

– organização celular (procarionte e eucarionte)

– no tipo de nutrição (absorção e ingestão)

Monera: (do grego Moneres = único, solitário). Forma o Domínio Bacteria

• Unicelulares procariontes (sem envoltório nuclear);

• Maioria heterotróficos, alguns autotróficos.

• Representantes: bactérias e cianobactérias.

• Não é um grupo monofilético.

1. REINO MONERA

Protista: Do grego Protos = primeiro

• Unicelulares eucariontes (com envoltório nuclear).

• Heterotróficos (protozoários) e Autotróficos (algas).

• Representantes: protozoários, como a ameba, e as algas unicelulares, como as diatomáceas, e algas pluricelulares, como as algas verdes.

OBS.: Este grupo não é monofilético, e atualmente seus representantes estão distribuídos em vários novos reinos.

2. REINO PROTISTA

.

Fungi: inclui os fungos.

• Eucariontes;

• Unicelulares e Pluricelulares;

• Heterotróficos por absorção.

• A maioria vive da decomposição da matéria orgânica do ambien-te.

• Representantes: bolores, cogu-melos, orelhas de pau, etc.

3. REINO FUNGI

4. REINO ANIMAL - Animalia ou Metazoa

• Eucariontes;

• Pluricelulares;

• Heterotróficos por ingestão.

• Ingerem moléculas orgânicas complexas retiradas do corpo de outros seres vivos.

• Representantes: Poríferos, Cnidários, Platelmintos, Nema-tódeos, Moluscos, Anelídeos, Equinodermas e Cordados.

Metazoa: do grego meta = além de; zoon = animal)

5. REINO VEGETAL - Plantae ou Metaphyta

• Eucariontes;

• Pluricelulares;

• Autotróficos;

Representantes: Plantas terrestres: Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas.

OBS.: Alguns autores incluem também as algas verdes, que possuem um ancestral comum exclusivo com as plantas.

Metaphyta (do grego meta = além de; phyton = planta)

OS TRÊS DOMÍNIOS – p. 15

Os seres vivos têm sido agrupados, mais recentemente, em três domínios:

Archaea (arqueas),

Bacteria (bactérias) e

Eukarya (eucariontes).

Cada um desses domínios tem um nível hierárquico maior que o dos reinos.

DOMÍNIO ARCHAEA: Arquaeas

•O domínio Archaea (do grego arkhe = primitivo) reúne unicelulares PROCARIONTES que já fizeram parte do domínio das bactérias (eram chamados arqueobactérias).

•Porém, em razão da composição da parede celular e de outras características bioquímicas exclusivas desse grupo, atualmente eles são classificados em domínio próprio.

•Muitos arqueas são encontrados em condições de temperatura, salinidade ou pH desfavoráveis à sobrevivência dos outros organismos.

Neste domínio estão as bactérias e cianobactérias

• Procariontes;

• Unicelulares;

• Heterotróficos;

• Autotróficos.

DOMÍNIO BACTERIA: Bactérias

• No domínio Eukarya estão as plantas, os animais, os fungos e os organismos que já foram classificados como protistas e que, por esse sistema, estão divididos em vários reinos, uma vez que o reino Protista não forma um grupo monofilético, isto é, não inclui todos os descendentes de um ancestral comum exclusivo.

• Para simplificar, e por falta de um consenso na divisão em reinos, vamos incluir os protozoários e as algas no grupo protista – um grupo sem valor taxonômico.

DOMÍNIO EUKARIA: Eucaria

PROBLEMATIZAÇÃO








PESQUISA: Classificando os seres vivos nas 7 categorias hierárquicas.

• Pesquisar o nome científico e as catego-rias hierárquicas a que pertencem cinco espécies de seres vivos (um de cada Reino: Monera, Protista, Fungi, Animal, Vegetal).

Exemplo de Classificação

1. Como surgiu o grande no de espécies dife-rentes de seres vivos em nosso Planeta? (3)

2. Apresente os 5 reinos em que estão organi-zados os seres vivos de acordo com Whitta-ker?(1)

3. Qual dos 5 reinos apresenta apenas seres procariontes?(1)

4. O que difere os seres do reino Animalia dos seres do reino Fungi?(2)

ATIVIDADES – pág. 14 a 16

5. Explique: (3 linhas cada) a) Especiação: b) Cladogênese: c) Anagênese: d) Autotrófico: e) Heterotrófico: f) Procarionte: g) Eucarionte:

6. Responder as questões do livro:

1, 2, 3, 6, 7 e 8 – p. 16 e 17

ATIVIDADE: Classificando os Seres Vivos

• Utilizando imagens das + variadas spp de seres vivos, a turma será ÷ em pequenos grupos e cada grupo deverá separar as imagens de acordo com a proposta de classificação atual (5 reinos de Whittaker) e montar um cartaz.

• Por fim poderão apresentar aos colegas.

REFERÊNCIA

LINHARES, S.; GEWANDSZNADER, F.

Biologia Hoje - Os seres vivos. 3ª ed.

São Paulo: Ática, v.2, 2017.

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