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COLÉGIO ESTADUAL TEÓFILA NASSAR JANGADA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO RUA AUGUSTO ROSAS, 513 – JOSÉ LACERDA – RESERVA – PARANÁ FONE: 42-3241-1106 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO RESERVA 2010

COLÉGIO ESTADUAL TEÓFILA NASSAR JANGADA – ENSINO ... · Leandra B. Justus Professora 40 - QPM Matemática ... acreditando na visão de que só ... possui 8 salas de aula, 1 sala

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COLÉGIO ESTADUAL TEÓFILA NASSAR JANGADA ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO

RUA AUGUSTO ROSAS, 513 – JOSÉ LACERDA – RESERVA – PARANÁ

FONE: 42-3241-1106

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

RESERVA

2010

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APRESENTAÇÃO

Elaborar um Projeto Político Pedagógico não é uma tarefa

qualquer, é, antes de tudo um trabalho árduo, de profunda reflexão e

análise que envolve todos os segmentos da escola. Envolve direção,

equipe-pedagógica, professores, funcionários, pais, alunos e

comunidade.

É um trabalho que precisa ser pensado, repensado, discutido,

elaborado e realimentado e para isso necessita de um envolvimento

coletivo.

O Projeto Político Pedagógico é um novo olhar para a realidade

escolar, um olhar crítico que aponta problemas, mas que também indica

soluções.

Este Projeto é um relato da realidade do Colégio Estadual Teófila

Nassar Jangada - Ensino Fundamental e Médio, que como qualquer outra

escola, enfrenta dificuldades e problemas, mas que também está

buscando soluções e lutando para oferecer um ensino de qualidade a

seus educandos, além de traçar um perfil da entidade escolar, com sua

forma de organização, sua filosofia e princípios didático-pedagógicos, os

conteúdos, e seus respectivos encaminhamentos metodológicos,

estabelecendo atividades e projetos a serem desenvolvidos. Explicita

sua matriz curricular e os processos de avaliação e promoção, o regime

escolar, o calendário, condições físicas e materiais, a relação do corpo

docente, técnico-administrativo, prevê ainda um plano de formação

continuada para professores e a metodologia de avaliação do projeto.

Todos esses aspectos são importantíssimos para que possamos

conhecer nosso ambiente de ação para tornarmo-nos aptos a modifi-

cá-lo, caso necessário.

INTRODUÇÃO

O presente Projeto Politico Pedagógico do Colégio Estadual Teófila

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Nassar Jangada foi elaborado com a participação de toda a comunidade

escolar para nortear as ações pedagógicas realizadas no âmbito escolar,

enfocando nossa realidade que tem características de Escola do Campo,

pois esta localizada no distrito de José Lacerda e a maioria dos

educandos são filhos de agricultores e até tocam sua própria lavoura o

que muitas vezes requer um cuidado especial do ensino com a

aprendizagem, pois nas épocas de pico da safra faltam para trabalhar

nas lavouras, necessitando ser feito recuperação de conteúdos

perdidos, pois o que plantam é perecível e necessita colher no dia que

ficou bom.

Através da descrição de nossa realidade torna-se fácil ao

professor realizar sua Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de

Trabalho Docente com maior facilidade embasando-se no relato da

realidade que irá encontrar.

Por ser de estrema importância é fundamental a participação de

toda a comunidade escolar o qual relata a nossa situação no Colégio

Teófila.

O Colégio Teófila Nassar Jangada oferece o Enino Fundamental

das séries finais e o Ensino Médio nos turnos matutino, vespertino e

noturno, sendo distribuída a nossa clientela nos turnos afins.

Marco Situacional

Identificação do Estabelecimento

1.Nome:

Colégio Estadual Teófila Nassar Jangada - Ensino Fundamental e Médio.

1.1.Localização

Rua: Augusto Rosas, nº 513.

Distrito: José Lacerda

Reserva - PR

CEP: 84.320-000

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1.2.Fone: (42)3241-1106

Distância do Estabelecimento ao NRE: 40 K

Quadro Funcional de Professores do Quadro Próprio do Magistério

NOME FUNÇÃO ÁREA DE

ATUAÇÃO

C/H - SIT.

FUNÇÃO

HABILITAÇÃO

Suzane Aparecida

Mendes

Diretora Administrati

va

40 - QPM Letras- Inglês

Suzelaine Alves

Porsse

Vice-

Diretora

Administrati

va

20 - QPM Letras

Emerci Carvalho

Szeremeta

Professora

Pedagoga

40- QPM Pedagogia

Sirlene Pendiuk

Pereira

Agente

Educacional

II

Secretária 40-

QFEBE

Técnico em

Gestão

EscolarVilmar Jonatas Jensen

dos Santos

Agente

Educacional

II

Administrati

va

40 -

QFEBE

Técnico em

Gestão

EscolarItamar Batista de

Oliveira

Agente

Educacional

II

Administrati

va

40 -

QFEBE

Técnico em

Multimeios

DidáticosMaria Lúcia Batista

de Oliveira

Auxiliar

Serv. Gerais

Serviços

Gerais

40 - QG Ensino Médio

Neuza Maria Gurski

dos Santos

Agente

Educacional

I

Serviços

Gerais

40 -

QFEBE

Ensino

Fundamental

Luiz Aderson G. da

Luz

Professor 40 – QPM História

Mauro J. J. dos Santos Professor 40 - QPM Ed. Física Ananery L. Ribeiro Professora 20 – QPM Letras Antonio M.

Bergamasco

Professor 40 – QPM Geografia

Leandra B. Justus Professora 40 - QPM MatemáticaJaninha Apª. Pereira Professora 18 -QPM Física Valdemar F. da

Cunha

Professor 20 - QPM Ciências

Suzelaine Alves Porse Professora 20 - QPM LetrasJocelha Salkoski Professora 23- PSS Matemática

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HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO

O Colégio Estadual Teófila Nassar Jangada – Ensino Fundamental e

Médio, foi criado com o objetivo de atender a uma demanda cada vez

maior de alunos deste segmento, no Distrito de José Lacerda, o qual

está a 21 km da Sede do Município de Reserva – Paraná, e localidades

vizinhas.

A escola foi criada e autorizada a funcionar pela Resolução

2.666/92 de 11/08/92, na gestão do governador Roberto Requião.

Reconhecida pela Resolução 4.324/94 de 31/08/94. Seu Plano Curricular

foi aprovado pela Resolução 2.428/94 de 09/05/94. Pela Resolução

2.739/93 foi reconhecida como de difícil acesso, e o seu Regimento

Escolar foi aprovado pelo Parecer 11/95 de 15/11/95.

Anterior ao ano de 1992, a Escola era Municipal, com o nome de

Escola Municipal Elvira Rosas- Ensino de 1º grau e oferecia matrículas

para a 5ª série do Ensino Fundamental desde o ano de 1984. Com a

estadualização das séries finais do Ensino Fundamental, a Escola

Municipal Elvira Rosas passou a oferecer apenas Educação Infantil e as

séries iniciais do Ensino Fundamental.

Seu nome, Teófila Nassar Jangada, é uma homenagem da

comunidade de José Lacerda e região a uma pessoa que dedicou sua

vida a ajudar seus semelhantes, primeiro como professora primária e

depois como parteira.

A primeira diretora da Escola foi a professora Rejane Aparecida

Czekalski, habilitada nas disciplinas de História e Geografia, que já

atuava na então Escola Municipal Elvira Rosas como professora, foi

designada diretora pela Resolução 1.232/92 e em seguida pela

Resolução 04.451/93.

Como a escola não comportava eleição, por não haver número

suficiente de professores QPM, em reunião a comunidade, pais de

alunos, APM, Conselho Escolar e professores, decidiram pela sua

permanência na direção – o que foi ratificado pelo NRE e designada

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pelo Secretário da Educação através da Resolução 4.626/95.

No ano de 1997 a professora Rejane Aparecida Czekalski foi

eleita a ocupar, novamente , o cargo de Diretora, designada pela

Resolução 4301/97.

Seu ideal era oferecer educação de qualidade, tentando

“transformar sonhos em realidade, acreditando na visão de que só

através do conhecimento surgirão homens críticos e criativos, capazes

de transformações políticas, sociais e econômicas”.

A professora Rejane Aparecida Czekalski permaneceu na direção

da escola até o início do ano 2000, ano em que decidiu afastar-se,

sendo substituída pelo Diretor, professor Iris Roque Carneiro Vaz Junior.

O professor Iris Roque Carneiro Vaz Junior, licenciado em

Educação Física e pós – graduado em Educação Física Adaptada, atuava

na Escola como professor e foi designado para a direção pela Resolução

340/00 de 09/05/00. No ano 2001 foram realizadas eleições para

diretores, na qual o professor Íris Roque Junior foi eleito pela

comunidade escolar designado pela Resolução 3069/01- DOE 31/01/02.

Seu ideal era “fazer da escola um espaço vivo, de profunda

socialização de ideias. Criar condições para manter o vínculo dos alunos

com a escola, os quais muitas vezes dela se afastam para trabalhar,

precocemente, no “mundo do trabalho. Ter uma escola comprometida

com os direitos dos que nela trabalham e estudam, garantindo

inclusive, o direito de Educação para todos”.

No ano de 2009 por eleições diretas com a comunidade escolar, e

pais de alunos foi eleita com a maioria dos votos a direção do colégio a

professora Suzane Aparecida Mendes e a vice diretora Suzelaine Alves

Porsse, ambas professoras do colégio formadas em letras.

No ano de 2001 passou a oferecer o Ensino Médio, facilitando a

vida de muitos alunos que precisavam se locomover até a sede da

cidade de Reserva para terminar seus estudos.

A escola atende aproximadamente 426 alunos, distribuídos em

quinze turmas de Ensino Regular e duas turmas de CELEM ( ), sendo

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que a maioria deles depende de transporte escolar por morarem em

localidades vizinhas a José Lacerda, como: Leonardo, Erval de Cima,

Faxinal Fino, São Wenceslau, Coqueiros, Barrinha, Pinhal Chato, Espigão

Preto, Barreirinho, Palmeirinha, Rio Novo, Sertãozinho e Santa Cruz.

A maior dificuldade da escola é o transporte e em função dele é

que se organizam os horários de entrada e saída, e outras

programações da Escola.

Desde sua fundação até 09 de setembro de 2006 , o colégio

dividiu o prédio com a Escola Municipal Elvira Rosas, por não ter sede

própria. Hoje a Escola Euvira Rosas mudou para outro prédio cedido

pelo município, mas ainda enfrentamos problemas de espaço físico,

falta de reforma geral, e mobiliário para cozinha, sala de professores, de

direção e coordenação, desde a gestão passada que lutamos mas não

conseguimos devido o prédio pertencer à prefeitura. No mês de outubro

de 2009 a Prefeitura Municipal de Reserva doou ao estado o terreno e o

prédio, agora esperamos ansiosos pelas reformas e ampliação do

mesmo.

Organização do espaço físico:

O Colégio Estadual Teófila Nassar Jangada - Ensino Fundamental e

Médio, possui 8 salas de aula, 1 sala dos professores, secretaria

conjugada a direção e coordenação, 1 cozinha, 3 banheiros em

péssimo estado (masculino, feminino e para os professores), possui

saguão coberto e uma dependência a parte, usada como almoxarifado

em péssimo estado.

Como salientado anteriormente, o Colégio tem algumas

dificuldades por falta de espaço físico e necessita ser ampliado.

Necessita da construção de uma sala para instalar o laboratório

de ciências e biologia pois contamos com alguns materiais e não temos

o espaço para monta-los e logo utiliza-los nas aulas para enriquecer a

aprendizagem , refeitório, sala de direção, sala de coordenação,

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biblioteca, cobertura na quadra de esportes, cobertura no patio para

hora do recreio e outras atividades recreativas, construção de salas de

aulas e bloco administrativo, sala para professores, mecanografia,

espaço para Sala de Recursos.

A Escola tem uma área de 11.151m², dos quais 689,49 m² é área

construída. Tem uma horta com 1.700 m².

NOSSA HOMENAGEM

HOMENAGEADA

Teófila Nassar Jangada (D. Santinha)

Teófila Nassar Jangada nasceu em José Lacerda, na cidade de Reserva.

Filha caçula de José Nassar, sírio, e Messias Nassar, africana. Teve uma

infância provavelmente difícil, pois ficou órfã de pai com apenas dois

anos de idade.

Estudou com uma professora, vinda de Curitiba, até o quarto ano

primário. Quando esta foi embora convidou Teófila para ir com ela

terminar seus estudos, mas sua mãe não permitiu, ela chorou por quase

um mês.

Mais ou menos aos dezenove anos começou a lecionar. Primeiro

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em José Lacerda, depois nas localidades do Imbu e Rio Novo. Teria

continuado como professora, mas por motivos políticos, ao pedir

transferência para Leonardo, saiu sua exoneração.

No ano de 1935 casou-se com Diogenes Joaquim Jangada, e foi

morar na localidade de Cascudos. Durante algum tempo pensou que

não poderia ter filhos, então adotou uma menina chamada Nevica.

Tempos depois descobriu que se enganara, pois teve duas filhas: Olga e

Simpriciana. Alguns anos depois venderam a fazenda e compraram uma

casa no Distrito de José Lacerda na qual viveram até seus últimos dias.

D.Santinha, apelido que trouxe da infância, foi uma pessoa muito

querida pela comunidade, era uma pessoa muito alegre, gostava de

festas e de movimento. Gostava de política e tinha muita influência,

chegou até a ser convidada a ser candidata a vereadora, mas não

aceitou. Além de ser professora, desenvolveu muitas outras atividades ,

entre elas: foi tricoteira e crocheteira, costureira (também ensinou corte

e costura) e principalmente parteira, ofício que lhe deu maior

popularidade. Era uma mulher muito simples que adorava andar

descalço e conversar com as pessoas.

Por ser muito popular, teve muitos afilhados, cogita-se que foram mais

de duzentos, sua casa vivia sempre cheia de pessoas, algumas vinham

para visitá-la, outras em busca de sua ajuda de parteira. D.Santinha,

como tinha uma casa grande, ofereceu espaço para que se fizesse

atendimento odontológico à população, pois não havia no local lugar

apropriado para isso.

D.Santinha faleceu nos seus aposentos, na Quinta-feira Santa de

23 de março do ano de 1989, entre alguns parentes, e deixou muita

saudade entre aqueles que a conheceram.

BANDEIRA

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A Bandeira do Colégio Estadual Teófila Nassar Jangada – Ensino

Fundamental e Médio, foi criada através de concurso realizado por

ocasião da “ I Mostra Cultural ’’, quando foram expostos os trabalhos

dos alunos nos dias 28, 29 e 30 de Novembro de 1994.

Participaram do concurso apenas alunos da Escola, orientados

pela professora de Educação Artística, Rosângela Olímpio Hansem.

Os trabalhos foram julgados pelos professores da Escola, os quais,

elegeram o trabalho do aluno Michel Fernando Hansem, que cursava a

7ª série do Ensino fundamental, nesse Estabelecimento. Nascido em

11/08/81, em Ribeirão do Pinhal, filho de Celso do Carmo Hansem e

Rosângela Olímpio Hansem.

Os significados são:

CAMPO BRANCO - significando a paz.

O AZUL - o céu, esperança de um futuro melhor.

AS ESTRELAS - representando as 4 séries finais do Ensino fundamental.

O LIVRO = símbolo do Ensino e da Educação.

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ESTRUTURA DO CURSO

O Colégio Estadual Teófila Nassar Jangada – Ensino Fundamental e

Médio está organizado conforme as Matrizes Curriculares, o Colégio

oferta as séries finais do Ensino Fundamental e o Ensino Médio. E no

ano de 2010 ofertará como segunda opção de Língua Estrangeira

Moderna o CELEM, que será em ministrado em contra turno de forma

opcional aos alunos que tiverem interesse em se apropriar da Língua. O

Colégio oferta o Inglês na sua Matriz Curricular. Também em andamento

estamos aguardando a aprovação para o funcionamento da Sala de

Recursos, o qual ajudará os alunos com dificuldades de aprendizagem.

O Colégio situado no Distrito de José Lacerda é considerado Escola do

Campo, pois atende as peculiaridades dos alunos que necessitam do

transporte escolar para chegar até o Colégio, alguns saem cedo de casa

e retornam tarde para suas casas. Trabalham na agricultura e ajudando

seus pais nos afazeres nos sítios, pequenas propriedades ou fazendas

onde trabalham de diaristas, nas lavouras de tomate ou de frutas.

Organização Curricular, Estrutura e Funcionamento:

A organização do trabalho pedagógico em todos os níveis e

modalidades de ensino segue as orientações expressas nas Diretrizes

Curriculares Nacionais e Estaduais.

Os conteúdos e componentes curriculares estão organizados na

Proposta Pedagógica Curricular, inclusa neste Projeto, em conformidade

com as Diretrizes Nacionais e Estaduais.

Matricula:

A matricula é o ato formal que vincula o aluno ao estabelecimento

de ensino, conferindo-lhe a condição de aluno.

A matrícula deve ser requerida pelo interessado ou seu

responsável, quando menor de 18 (dezoito anos), sendo necessária a

apresentação dos seguintes documentos:

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-Certidão de Nascimento ou Carteira de Identidade – RG, para alunos

maiores de 16 (dezesseis) anos, cópia e original;

-Comprovante de residência, prioritariamente a fatura de energia

elétrica, cópia e original;

-Carteira de vacinação;

-Histórico Escolar ou Declaração de escolaridade da escola de origem,

esta com o Código Geral de Matricula- CGM, quando aluno oriundo da

rede estadual.

Os alunos com Necessidades Educacionais Especiais serão

matriculados em todos os níveis e modalidades de ensino, respeitando o

seu direito a atendimento adequado pelos serviços e apoios

especializados.

Regime Escolar:

Processo de Classificação:

A Classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento

que o estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na

etapa de estudo compatível com a idade, experiência e

desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais, podendo

ser realizada:

-Por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série

ou fase anterior, na própria escola;

-Por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do

país ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem;

Processo de Reclassificação:

A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de

ensino avalia o grau de experiência do aluno matriculado,

preferencialmente no início do ano, levando em conta as normas

curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos

compatíveis com sua experiência e desenvolvimento, independente do

que registre o seu Histórico Escolar.

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MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 26 - TELÊMACO BORBA MUNICIPIO: 2190 - RESERVA

ESTABELECIMENTO: 01240 – TEÓFILA NASSAR JANGADA, C E – E FUND MED

ENT.MANTENEDORA GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: MANHÃ / TARDE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2007 MÓDULO: 40 SEMANAS

B

A

S

E

N

A

C

I

O

N

A

L

DISCIPLINAS

SERIE 1 2 3

EDUCAÇÃO ARTÍSTICA

CIÊNCIAS

EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO RELIGIOSO

GEOGRAFIA

HISTORIA

LINGUA PORTUGUESA

MATEMATICA

2

3

3

1

3

3

4

4

2

3

3

1

3

3

4

4

2

3

3

4

3

4

4

2

3

3

3

4

4

4

C

O

M

U

M

SUB- TOTAL 22 22 23 23

P

D

L.E.M. – INGLÊS * 2 2 2 2

SUB- TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 24 24 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96

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• O IDIOMA SERÁ DEFINIDO PELO ESTABELECIDO PELO ESTABELECIMENTO DE

ENSINO.

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 26 - TELÊMACO BORBA MUNICIPIO: 2190 - RESERVA

ESTABELECIMENTO: 01240 – TEÓFILA NASSAR JANGADA, C E – E FUND MED

ENT.MANTENEDORA GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: TARDE / NOITE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2007 MÓDULO: 40 SEMANAS

B

A

S

E

N

A

C

I

O

N

A

L

DISCIPLINAS / SERIE 1 2 3

ARTE

BIOLOGIA

EDUCAÇÃO FÍSICA

FISICA

GEOGRAFIA

HISTORIA

LINGUA PORTUGUESA

MATEMATICA

QUIMICA

2

2

2

2

2

2

4

3

2

-

2

2

2

2

2

4

3

2

2

2

2

2

2

2

4

3

2

C

O

M

U

M

SUB- TOTAL 21 19 21

P

D

FILOSOFIA

L.E.M. – INGLÊS *

SOCIOLOGIA

-

2

2

2

2

2

2

2

-

SUB- TOTAL 4 6 4

TOTAL GERAL 25 25 25

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NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96

O IDIOMA SERÁ DEFINIDO PELO ESTABELECIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

OBS: SERÃO MINISTRADAS 03 AULAS DE 50 MINUTOS E 02 AULAS DE 45 MINUTOS.

CARACTERIZAÇÃO DO MUNICIPIO:

O Distrito de José Lacerda pertence ao Município de Reserva e

está localizado ao norte do município e ao Centro Sul do Estado do

Paraná, tem área de 17.000 hectares e 800m de altitude. Está a 21 km

da sede do município de Reserva, ligado por via compactada.

Apresenta topografia ondulada e clima subtropical úmido,

mesotérmico com verões quentes e concentração de chuvas nesta

estação, ocorrendo fortes geadas no período de inverno.

Entre os primeiros habitantes da região, podem ser encontrados

descendentes de italianos, alemães, poloneses e, principalmente,

indígenas. A religião predominante é a Católica.

A sede do distrito e adjacências sempre viveu em função da

agricultura, principalmente, de milho, feijão, tomate, verduras e frutas.

Hoje, porém, grande parte dos agricultores dedica-se à cultura do

tomate e de frutas, empregando considerável parcela de trabalhadores.

São aproximadamente 350 pequenas propriedades rurais com

áreas inferiores a 100 hectares. A tecnologia agrícola utilizada é

rudimentar, necessitando de um maior apoio técnico para a melhoria da

produção. A infra-estrutura de serviços da localidade é totalmente

deficiente.

A sede do Distrito dispõe de duas escolas: o Colégio Estadual

Teófila Nassar Jangada – Ensino Fundamental e Médio e a Escola

Municipal Elvira Rosas – Educação Infantil e Fundamental. O Distrito

conta com energia elétrica, água tratada, telefone público, posto de

saúde, cartório de registro civil, posto de gasolina e quatro igrejas:

Católica, Deus é Amor, Congregação Cristã do Brasil e Assembleia de

Deus.

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Marco Situacional

ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA

PRÁTICA PEDAGÓGICA

Tabela de Dados de Aproveitamento Escolar de 2008 e 2009

2

0

0

8

disciplina Matrícula inicial Nº aprovados Nº reprovados

Arte 370 342 10

Biologia 176 167 07

Ciências 245 222 20

Educação Física 421 389 04

Ensino Religioso 132 132 02

Filosofia 105 105 03

Física 176 176 07

Geografia 421 389 19

História 421 389 19

Língua Portuguesa 421 389 31

Matemática 421 389 26

Química 176 176 03

Sociologia 122 122 04

LEM- Inglês 421 389 18

2

0

0

9

Arte 389 389 08

Biologia 215 175 02

Ciências 244 389 13

Educação Física 459 389 03

Ensino Religioso 151 127 03

Filosofia 115 100 01

Física 215 175 02

Geografia 459 385 15

História 459 385 17

Língua Portuguesa 459 385 19

Matemática 459 385 18

Química 215 175 01

Sociologia 134 132 03

LEM- Inglês 459 385 15

Ano de

referencia

série Matricula

inicial

Nº aprovados Nº reprovados Nº aprovados. C.

Classe

M T N M T N M T N M

5ª 34 40 27 36 07 04 01

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2008 6ª 26 32 22 28 04 04 03

7ª 19 28 16 28 03 - 03

8ª 16 50 16 49 - 01 01

1º 36 35 34 34 02 01 -

2º 25 26 24 23 01 03 -

3º - 54 - 52 - 02 -

2009 5ª 38 42 32 34 02 05 06

6ª 33 38 26 35 04 03 03

7ª 24 29 16 28 06 02 01

8ª 14 26 12 27 - - 02

1º 53 47 - 49 26 - 01 01 -

2º 30 40 - 27 30 - - 03 -

3º 21 24 - 20 23 - - - -

Resultados do IDEB (Índice de Desenvolvimento) , no Colégio:

2007=3,8

2009=3,8 meta era 3,9

2011=?? meta será 4,1

Por fim, considerando que todo Projeto Político Pedagógico deve

integrar-se ao contexto histórico social, torna-se imprescindível

considerar a realidade da Comunidade de José Lacerda, onde o Colégio

está inserido. Assim as necessidades sociais, econômicas e culturais

são bem distintas, sendo que as maiores dificuldades encontradas são

no ensino fundamental em que alunos e alunas casam ou engravidam

muito jovens e param de estudar, já no ensino médio desistem de

estudar para trabalhar. Desta forma, a escola vem investindo em

orientação para que esse índice diminua, para que possamos formar

cidadãos críticos e participativos conhecedores de seus direitos e

deveres, responsáveis por seus atos e determinados a conquistar sua

autonomia. Para isso é fundamental que trabalhemos com os alunos as

diferenças, a inclusão social, as discriminações bem como a valorização

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da formação cultural e social.

Observa-se relação de respeito ao próximo na convivência entre

aluno/aluno e aluno/professor, quase não existindo situações

constrangedoras no convívio entre os mesmos, a questão da violência é

trabalhado através de palestras com profissionais convidados pelos

professores responsáveis pela turma, e em sala de aula através de

seminário onde os educandos têm a oportunidade de expor suas ideias

e contradições.

O Colégio situado no Distrito de José Lacerda, interior da cidade de

Reserva em uma comunidade tranquila onde os alunos têm a

oportunidade de chegar ao colégio com segurança alguns utilizam o

transporte escolar.

Agentes Educacionais I e II

A Lei 123/08 a qual trata sobre Plano de Carreira e Vencimentos

do Quadro dos Funcionários da Educação Básica da Rede Pública

Estadual do Paraná.

Dentro desta concepção de que todos do meio escolar são

educadores a função do agente educacional I e II é auxiliar no

andamento funcional da escola, para que tudo ocorra de maneira

harmoniosa, proporcionando ao aluno um ambiente ideal para o ensino-

aprendizagem, pois assim como o professor tem seu papel importante,

o funcionário se torna um condutor de conhecimento, visto que tem

contato diário com os alunos. Vale ressaltar ainda que a maioria dos

Agentes Educacionais I e II estão em fase de formação, buscando

apropriar-se de mais conhecimento.

A instituição do Plano de Carreira proporcionará uma maior

motivação para os funcionários buscarem aperfeiçoamento no

desenvolvimento do trabalho, capacitar cada dia mais no desempenho

de função e também estar sempre cientes do que está ocorrendo dentro

da Educação, buscando entender o processo de ensino-aprendizagem,

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cumprindo sempre o que é proposto, pois são considerados educadores

e devem ter seu valor e reconhecimento, sendo respeitados como um

todo.

Todos os envolvidos na educação têm um papel a cumprir, desde

o serviço mais simples ao mais complexo, pois interagem no ambiente

escolar participando na construção do conhecimento dos educandos,

pois a educação não se restringe apenas à sala de aula, mas em todos

os espaços da escola, superando o preconceito histórico que se criou ao

longo dos anos.

MARCO CONCEITUAL

Hoje nossa sociedade anda um tanto desorientada, parece que as

pessoas estão perdendo as perspectivas, sonhos, ideais de vida. E

exclamam diante das dificuldades “O que posso fazer!”, esquecendo-se

de que sozinhos, realmente, nada podemos fazer, mas que juntos

podemos mudar o mundo.

Temos ainda aqueles que detêm o poder mas que não sabem o

que fazer com ele, ou então preferem mascarar os problemas e olhar

para seu próprio mundo, fechando os olhos para as injustiças que hoje

acontecem.

Sabemos que a sociedade atual tem tentado, até certo ponto,

conquistar sua liberdade, porém, nem todos sabem o que significa essa

palavra, e muitas vezes acabam tendo atitudes que prejudicam outras

pessoas, pois ter liberdade é poder tomar decisões, consciente de suas

limitações, afinal, dentro de uma sociedade a liberdade tem fronteira

demarcada. Sabemos também, que fatores adversos tem nos impedido

de participar e promover mudanças reais, contudo acreditamos que

ainda podemos fazer muitas coisas, traçando objetivos claros e lutando

por nosso ideal de uma sociedade mais justa.

Percebemos que os integrantes da nossa sociedade estão cada

dia mais individualistas, a maior preocupação é estar bem

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financeiramente e manter-se em um padrão social elevado para que se

possa ser bem aceito e valorizado. Os interesses individuais sobrepõem

sobre os coletivos, busca-se o ter e depois o ser, deixando de lado os

valores humanos.

Há muita desigualdade entre as pessoas na sociedade em que

vivemos, alguns têm muito, enquanto outros não têm nem o básico para

viver. Na escola ainda percebemos alguns casos isolados de

discriminação entre os alunos, onde fatores como beleza, cor, origem e

modo de vestir são tidos como valores inestimáveis. Na sociedade essa

discriminação é ainda maior. O “Ter”, “Ser” e “Poder” são os verbos que

mais comprometem a igualdade. Se houvesse igualdade teríamos um

mundo mais fraterno. Direta ou indiretamente o cidadão de menor

poder aquisitivo é desrespeitado em seus direito. Se for pobre, continua

pobre porque é cômodo para os poderosos, para que possam continuar

dominando.

A realização pessoal é de extrema importância, mas é preciso que

essa realização esteja colocada à disposição da coletividade.

Campanhas de incentivo à cooperação e à participação não resolverão o

problema, se as pessoas que nela vivem não tomarem para si os

problemas coletivos.

As pessoas precisam assumir responsabilidades coletivas e sair do

individualismo para realização de grandes projetos. Somente com a

solidariedade e a participação é que se pode construir um mundo de

liberdade, igualdade e democracia. A responsabilidade de saber que

cada ser tem um papel na sociedade é que faz com que ainda muitos se

preocupem em praticar gestos de solidariedade.

Liberdade e democracia estão em pauta nas discussões mundiais.

Em diferentes partes do mundo debates sobre a real influência que elas

exercem sobre o desenvolvimento da sociedade.

Para viver democraticamente em uma sociedade é preciso que

haja liberdade e respeito aos direitos humanos, valorizando a

pluralidade cultural.

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Ao longo da história da humanidade, a sociedade foi conseguindo

espaço para tomar decisões e lutar por novas conquistas, mas ainda

falta muito, precisamos lutar muito mais para conquistar, e reconquistar

direitos que tornarão a vida muito melhor, para todos.

O Brasil, depois de anos de autoritarismo e de regimes onde

predominava a força e o mando dos dirigentes, está entrando em um

processo de maior participação da sociedade e de aprendizado da

prática democrática. Esse exercício da democracia está intimamente

ligado a organização da sociedade. Organização que deve acontecer em

todos os níveis, setores e classes, pois sem ela e a participação da

sociedade, a democracia não será exercida em sua plenitude. No caso

do Brasil , a constituição é bem clara quando fala que “o poder emana

do povo e por ele será exercido”. Exercido diretamente (emendas

populares) ou através de seus representantes eleitos.

Estamos caminhando e aprendendo a democracia e participação

como única forma de se viver em sociedade, ainda elegemos dirigentes

que representam apenas seus próprios interesses e fomentam o

analfabetismo e a ignorância, instrumentos de sua sobrevivência.

Entretanto, à medida que nos organizarmos e participarmos, iremos

realmente viver a plenitude da democracia.

A construção de uma sociedade que atenda aos anseios de todos,

passa pelo exercício da participação e da democracia. A sociedade seria

bem diferente, se os seus integrantes, além de se dedicarem aos seus

ideais individuais, voltassem suas energias para a realização de ideais

coletivos. Diante de um sistema que nos priva de muitas coisas, é

necessário que os membros de cada comunidade reservem um tempo,

para que juntos, questionem, reflitam e busquem possíveis soluções

para os problemas ou, até mesmo melhorias e realizações para

sociedade.

A verdadeira cidadania é o compromisso do indivíduo com os

interesses de sua comunidade, o homem torna-se pouco a pouco

cidadão, lutando pela conquista de liberdade e democracia, buscando o

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respeito da sua cultura, seus costumes, sua raça, participando

ativamente da vida cultural do seu país. Para se aprender democracia,

não basta somente ler textos, sobretudo é preciso praticar desde a

infância. Se a criança cresce em um ambiente dominado pelo

autoritarismo inquestionável, nunca saberá o que é democracia,

portanto, quando adulta, não poderá ter comportamento democrático.

O homem deve ser participativo, atuante, objetivo, responsável e

crítico, pois assim ele poderá transformar e melhorar o meio onde vive.

Deve lutar por sua liberdade, pelo direito de trabalho e acesso aos

conhecimentos cientificamente elaborados.

Numa sociedade marcada pelo processo de globalização e, em

oposição, a fragmentação do conhecimento, os cidadãos precisam

aprender a questionar a democracia, onde existem tantas diferenças

econômicas e sociais que devem ser revistas e analisadas atentamente.

Partindo do ser humano como base da sociedade, é necessário

promover a organização das diferentes classes e setores da nossa

sociedade numa profunda discussão e reflexão do que somos e para

onde queremos ir. Há necessidade de tomada de decisões e de

consciência crítica. A criação de organizações não governamentais

permitiria a real participação do cidadão na administração de sua

sociedade, daria apoio e subsídios aos dirigentes eleitos e

proporcionaria a construção conjunta de uma sociedade mais justa e

equitativa e de real democracia.

A educação é a base da estrutura de um país, as pessoas

precisam se educar diariamente e a escola é uma das peças

fundamentais nessa educação, que deverá estar voltada aos aspectos

humanos e sociais. Nesse sentido, cabe às instituições educacionais

privilegiar conteúdos que despertem no cidadão o senso crítico e o

desejo de participação da vida em sociedade. A sociedade democrática

só será construída a partir de uma formação, como pontua Frigotto

(1998) omnilateral, que se oponha à lógica do mercado e considere o

indivíduo. Partindo deste pressuposto, a educação básica tem papel

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fundamental, uma vez que proporcionará os instrumentos necessários

para a realização dos objetivos sonhados, possibilitando criar uma base

sólida, onde o homem, consciente da sua cidadania terá a possibilidade

de, realmente, participar da construção de uma sociedade mais justa.

A sociedade compreende vários aspectos, relacionados às formas

de pensamento sobre a vida econômica, política, social, cultural,

artística e inclusive pessoal, a qual refere a "sociedade da globalização".

Desta forma, o Colégio Estadual Teófila Nassar Jangada pretende

formar um cidadão que seja capaz de refletir, transformando a

sociedade em que se encontra inserido, utilizando-se do conhecimento,

pois acreditamos que o educando é um ser único, complexo,

competente e valioso, e portanto, deve aprender o respeito e a

tolerância entre as pessoas.

O professor nesta abordagem, busca superar a fragmentação do

ensino, levando em consideração a teoria de Vygotsky, auxiliando o

educando a ultrapassar a Zona de Desenvolvimento Real para chegar a

Zona Desenvolvimento Proximal (ZDP), que é o intervalo entre o

conhecimento já adquirido pelo educando e as possibilidades de

aprendizagem do mesmo, sendo o educador, o mediador do processo

ensino-aprendizagem, numa relação horizontal, propiciando o diálogo

com os educandos para que os mesmos apropriem do conhecimento.

O Colégio Teófila Nassar Jangada se preocupa essencialmente

com a formação do ser humano, para que possa enfrentar os desafios

que encontrará ao longo da vida.

Nosso objetivo, portanto, é educar para a vida, fazendo com que o

aluno cresça em todos os sentidos. A escola não é colocada apenas

como um espaço formal de aprendizagem, mas sim onde se adquire o

conhecimento por meio de experiências vividas.

Os educadores se empenham tanto em socializar os

conhecimentos, quanto em ensinar valores que são a base para que, no

futuro, o aluno seja um adulto feliz, capacitado e consciente de seu

papel na sociedade.

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Para atingir esta proposta, o estudo das diversas áreas do

conhecimento tem como significado último: criar, refletir, construir,

aprender, participar, expressar, conversar e, acima de tudo, entender o

mundo e seus problemas; a liberdade e seus limites; ser solidário, amar

e respeitar o próximo; fazer a relação destes conceitos com os

conteúdos que "ganham vida" quando o aluno coloca significado no que

aprende, ou seja, faz relação da teoria com o mundo real; além de

entender, respeitar e educar o próprio corpo.

AVALIAÇÃO

A avaliação do processo ensino-aprendizagem deve ser

processual, participativa, transformadora, cumulativa e contínua, a

partir do desenvolvimento diário do aluno, contemplando momentos de

autoavaliação e de avaliação global, considerando as características

individuais preponderando os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos.

A avaliação deve ser diagnóstica, não devendo nunca ser usada

como instrumento classificatório. Dessa forma a escola torna-se mais

atrativa ao aluno, despertando neste a vontade de aprender, pesquisar

e ir além da sala de aula, incluindo assuntos da própria comunidade.

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo

ensino e aprendizagem, com função de diagnosticar o nível de

apropriação do conhecimento pelo aluno.

O professor deverá criar processos educativos que auxiliem o

educando a construir o conhecimento e não apenas acumular

conteúdos, que em muitas situações não respeitam suas características

sociais e culturais.

RECUPERAÇÃO

De acordo com Vasconcellos (2003) a Recuperação de Estudos

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consiste na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e

aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham oportunidades

de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio

de metodologias diversificadas e participativas.

A Recuperação de estudos, será concomitante ao processo letivo,

tendo por lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados,

que deverão ser retomados no processo de recuperação de estudos

com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos

instrumentos de avaliação e a reavaliação do conteúdo já retomado em

sala .

GESTÃO DEMOCRÁTICA

A Gestão Democrática parte do princípio de colaboração entre a

comunidade escolar (pais, professores, funcionários, estudantes, etc)

tendo em vista que a mesma é um ato político e por isso deve envolver

o coletivo na tomada de decisões, a partir de práticas participativas tais

como: construção coletiva do Projeto Político Pedagógico da escola de

maneira responsável e comprometida; interação entre a escola e a

comunidade escolar; escolha coerente dos participantes dos órgãos

colegiados entre outros.

Nesta perspectiva, nossa escola vem passando por mudanças ao

longo dos anos para adequar-se a este princípio de gestão em que se

valoriza a participação do “todo” da escola, na tentativa de contribuir

para a construção de uma sociedade mais justa.

Instancias Colegiadas

APMF- Associação de Pais, Mestres e Funcionários, pessoa jurídica

de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e

Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político

partidário, religioso, racial e sem fins lucrativos, não sendo

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remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo constituída por

prazo indeterminado. É regida por Estatuto próprio, aprovado e

homologado em Assembleia Geral.

Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos

estudantes do estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender

os interesses individuais e coletivos dos alunos, incentivando a cultura

literária, artística e desportiva de seus membros. É regido por Estatuto

próprio, aprovado e homologado em Assembleia Geral.

Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didáticos-pedagógicos, fundamentado no

Projeto Político Pedagógico do colégio e no Regimento Escolar, com a

responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando

alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino e

aprendizagem. A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após

analisar as informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo

hábil no processo ensino aprendizagem, oportunizando ao aluno formas

diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos.

Conselho de Classe é um órgão colegiado, representativo da

Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e

fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho pedagógico

e administrativo da instituição escolar em conformidade com as

políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição,

a LDB, o ECA, o Projeto Político Pedagógico e o Regimento do Colégio,

para o cumprimento da função social e específica da escola.

INCLUSÃO EDUCACIONAL

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

As bases legais brasileiras e internacionais consoantes à demanda

humana e social pela inclusão de todos os indivíduos, nas diferentes

instâncias, preconizam a inclusão educacional para alunos com NEE

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(Necessidades Educacionais Especiais) em escola regular, nos

documentos oficiais citados a seguir.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela III

Assembleia Geral Ordinária da Organização das Nações Unidas (ONU),

em 1948, em seu Artigo 26, garante que todo homem tem direito à

educação, ressalvando-se sua gratuidade, pelo menos no Ensino

Fundamental (PARANÁ, 2000).

A Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988

(BRASIL, 1988), no Artigo 6º, descreve a educação como um direito

social de todo brasileiro; no Artigo 206, inciso I, defende a igualdade de

condições para o acesso e permanência na escola. O Artigo 208

garante, no inciso I, o Ensino Fundamental obrigatório e gratuito a todos

independentes da idade; o inciso III refere-se ao atendimento

especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede

regular de ensino; e o inciso VII faz menção aos programas

suplementares, ao material didático, entre outras necessidades de

apoio. Em seu Artigo 203, inciso IV, enumera dentre os objetivos da

Assistência Social, a habilitação e a reabilitação das pessoas com

deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária. O Artigo

213 garante que os recursos públicos serão destinados às escolas

públicas, podendo também ser destinados às escolas comunitárias,

confessionais ou filantrópicas.

Além da Carta Magna, outros documentos brasileiros também

garantem a igualdade de direitos de todos aos bens e serviços

historicamente acumulados e disponíveis na sociedade como os

descritos a seguir.

O Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990 (BRASIL, 1990),

em seu Artigo 5º, garante os direitos constitucionais fundamentais da

criança e do adolescente. O Artigo 53, incisos I, II e III, assegura

igualdade de condições, acesso e permanência na escola, pública e

gratuita, próxima à sua residência; o Artigo 54, inciso III, afirma que é

dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente atendimento

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especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede

regular de ensino.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9.394/96

(BRASIL, 1996), em seu Capítulo V, refere-se à educação especial como

modalidade da educação, que deverá ser ofertada, preferencialmente,

na rede regular de ensino, particularmente aos educandos com

necessidades educacionais especiais (NEE), havendo, quando

necessário, serviços de apoio especializado. A lei delibera, ainda, sobre

sistemas de ensino que deverão assegurar aos educandos com NEE

currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização

diferenciada para atender às suas especificidades.

A Resolução CNE/CEB 02, de 11/09/01 (BRASIL, 2001), do

Conselho Nacional de Educação, instituiu as Diretrizes Nacionais para

Educação Especial na Educação Básica, em todas as etapas e

modalidades. Em seu Artigo 5º, consideram-se educandos com

necessidades educacionais especiais os que, durante o processo

educacional, apresentam:

I – dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações para

acompanhar as atividades curriculares, compreendidas em dois grupos:

a) aquelas não vinculadas a uma causa específica;

b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou

deficiências;

II – condições de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais

alunos, demandando a utilização de códigos aplicáveis;

III – altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem

que o leve a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes.

A Declaração Mundial de Educação para Todos (EDUCAÇÃO,

1992), firmada em Jomtien, Tailândia, em 1990, propõe a constituição

de um sistema educacional inclusivo, pelo qual o Brasil fez opção.

Chefes de Estado e Ministros da educação do mundo assumiram o

compromisso público de atingir uma educação para todos em 2000. Tal

compromisso foi o ponto alto da conferência organizada pelo Fundo

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Internacional de Emergência em Prol da Infância (UNICEF), pela

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

(UNESCO), pelo Programa de Desenvolvimento da Organização das

Nações Unidas e pelo Banco Mundial.

Cabe citar, também, a Declaração de Cochabamba, Bolívia,

redigida em março de 2001, em reunião dos Ministros de Educação da

América Latina e Caribe, convocados pela UNESCO para avaliação dos

20 anos do Projeto Principal de Educação, lançado em 1980.

(CARVALHO, 2003)

A Declaração de Cochabamba contém recomendações mais

próprias da nossa realidade, das quais se salientam quatro:

a) Os eixos prioritários das políticas inclusivas deve ser a aprendizagem

de qualidade e a atenção à diversidade;

b) O papel dos docentes deve ser ressignificado;

c) O processo de gestão deve estar a serviço das aprendizagens e da

participação de toda a comunidade educativa;

d) Os financiamentos devem garantir ações que permitam melhorar a

oferta educacional para todos.

Com a análise efetuada na fundamentação legal da educação

inclusiva, em âmbito nacional e internacional, descortina-se um amplo

panorama de ações e propostas para que as escolas transformem-se e

abram-se às diferenças. Nesse sentido, pretende-se lembrar que a

inclusão não se restringe à inserção de alunos com deficiências e/ou

necessidades educacionais especiais nas escolas regulares. Uma das

condições para que essas instituições educacionais sejam inclusivas é a

flexibilização dos critérios de admissão e de permanência nos

ambientes escolares.

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

A teoria defendida por Vygostski (1997), no século XX, foi

difundida ao longo da década de 90, enfatizando mudanças de caráter

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paradigmático passado do nível clínico médico para o social-

antropológico. Como resultado desse processo, a Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional, 9.394/96 (BRASIL, 1996), no Capítulo V,

definiu como prioridade o atendimento educacional de alunos PNE no

sistema regular de ensino.

A contribuição de Vygotski, através de sua crítica, refere-se ao

fato de que as abordagens anteriores excluíam o entorno social e

cultural do indivíduo. A originalidade do seu trabalho consiste em

afirmar que o comportamento humano somente poderia ser

adequadamente compreendido se as dimensões biológica e cultural

fossem incluídas. Assim sendo, a forma mais apropriada de se

dimensionar o seu pensamento relacionado à educação inclusiva é a

partir do pensamento social.

Vygotski aponta que os PNE não se diferenciam qualitativamente dos

indivíduos ditos “normais”, mas configuram uma forma diversa de se

desenvolver, aprender ou referenciar-se culturalmente. Dessa forma, os

significados permaneciam como referências comuns para todos os

sujeitos sociais; contudo, decisivas seriam as formas de acesso e

apropriação dos significados culturais em semânticas individuais ou

sentidos particulares.

Segundo Vygotski, não haveria diferença essencial na estrutura

psíquica e na forma de aprendizagem entre pessoas cegas ou surdas e

as ditas “normais”. O deficiente visual teria condição de alfabetização e,

consequentemente, domínio da leitura e da escrita como pessoas

videntes, apenas usando outro recurso da escrita, representado pelo

código de Braille.

TRÊS CLASSIFICAÇÕES DAS NEE

Na visão de Brennan, citado por Correia (1999, p. 48), estão os

subsídios para se lidar com as NEE, dando-se ênfase ao tipo e grau de

problemas de aprendizagem, classificando-os de ligeiros e temporários

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até severos e permanentes.

As necessidades temporárias manifestam-se como problemas

ligeiros de leitura, escrita ou cálculo ou pequenos problemas, atrasos ou

perturbações no âmbito do desenvolvimento motor, perceptivo,

linguístico e sócio-emocional. São aquelas que demandam a adaptação

curricular parcial realizada de acordo com as características do

educando, num determinado momento de seu percurso escolar.

As necessidades permanentes abrangem problemas de caráter

sensorial, intelectual, processo lógico, físico, emocional ou qualquer

outro ligado à saúde da pessoa, demandando a adaptação ou mudança

curricular generalizada, com avaliação sistemática, de acordo com o

progresso do educando no seu percurso escolar.

Tais conceitos referem-se ao educando com aprendizagens

atípicas, isto é, aquele que não acompanha o currículo normal, sendo

necessário proceder a adaptações curriculares, mais ou menos

generalizadas, de acordo com as características das NEE.

Portanto, a escola deve estar preparada para dar uma resposta à

problemática do aluno com NEE, de acordo com suas características.

Durante o seu percurso escolar, esses alunos necessitam de uma

atenção mais específica e de recursos educativos diferentes dos

utilizados para seus companheiros da mesma idade.

Na verdade, existem pontos de aproximação entre as posturas

relativas ao estudo da etiologia e das suas consequências na

aprendizagem dos educandos com NEE, que servem de fundamentos

para a classificação das NEE.

A seguir, procede-se à classificação dos tipos de NEE

permanentes.

QUADRO 1 – TIPOS DE NECESSIDADES EDUCACIONAIS

PERMANENTES

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Autismo De caráter intelectual:

Deficiência mental:

ligeira; moderada;

severa; profunda.

Altas habilidades e

superdotação.

De caráter sensorial:

Cegos e amblíopes;

surdos e

hipoacúsicos.

De caráter processo

lógico:

Dificuldades de

aprendizagem.De caráter emocional:

Psicoses; outros

comportamentos

graves.

NEE

PERMANENTESTraumatismo

craniano

De caráter motor:

Paralísia cerebral;

spina bífida; distrofia

muscular; outros

problemas motores.

Outros problemas de saúde:

AIDS; diabetes; asma; hemofilia; problemas

cardiovasculares, câncer, epilepsia etc.

FONTE: Correia (1999, p. 50).

A figura mostrada aponta os tipos de desordens que as NEE

permanentes englobam. Consta dessa classificação um conjunto de

categorias específicas, todas relacionadas com o insucesso educacional

apresentado pelos alunos com NEE.

NEE de Caráter Intelectual – Encontram-se os educandos com

déficit cognitivo que apresentam problemas acentuados no

funcionamento intelectual e comportamento adaptativo, os quais lhes

propiciam problemas globais na aprendizagem, relacionados aos

aspectos acadêmicos ou sociais.

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A American Association of Mental Retardation define: A deficiência

mental refere-se a um estado de funcionamento atípico no seio da

comunidade, manifestado logo na infância, em que as limitações do

funcionamento intelectual coexistem com as limitações no

comportamento adaptativo. Para qualquer pessoa com deficiência

mental, a descrição deste estado de funcionamento exige o

conhecimento das suas capacidades e uma compreensão da estrutura e

expectativas do meio social e pessoal do indivíduo. (CORREIA, 1999, p.

55)

As causas para a deficiência mental são múltiplas: algumas têm

origem genética, outras têm origem adquirida, podendo ocorrer em

diferentes períodos: pré-natal, péri-natal e pós-natal.

Nessa classificação, também estão englobados os indivíduos com

altas habilidades, ou superdotados, cujo funcionamento intelectual é

superior à média.

A superdotação ou altas habilidades é a característica de

educandos identificados devido a um conjunto de aptidões

excepcionais. Eles são capazes de desenvolver um alto rendimento

educativo, diferente do proporcionado pelos programas escolares

normais, e possuem uma potencialidade elevada em uma ou mais das

seguintes áreas:

a) capacidade intelectual geral;

b) aptidão acadêmica específica;

c) pensamento criativo e produtivo;

d) capacidade de liderança;

e) capacidade psicomotora;

f) artes visuais ou representativas.

Desse modo, para se diagnosticar a superdotação, a criança deve

conciliar, no mínimo, três elementos essenciais:

a) uma capacidade mental superior à média;

b) uma grande força de vontade, traduzida por um superior

envolvimento na tarefa;

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c) uma capacidade criativa elevada, que lhe permita produzir, visualizar,

dramatizar ou ilustrar superiormente uma ideia.

Quando o conteúdo programático não estiver adequado às suas

características, os educandos podem experimentar insucesso na

aprendizagem.

NEE de Caráter Processológico – De acordo com Correia (1999, p.

51), são problemas relacionados com a recepção, organização e

expressão de informações.

Tendo em vista a abordagem etiológica, há dificuldade em

encontrar-se um consenso entre os autores para essa definição, embora

cada vez mais se relacionem tais problemas de aprendizagem com uma

disfunção no sistema nervoso central (NATIONAL; HYND; MARSHALL;

GONZÁLEZ citados por CORREIA, 1999, p. 51).

Esses distúrbios de aprendizagem referem-se a disfunções

neurológicas, nas quais centros nervosos ou pequenos grupos de

neurônios não acompanham o ritmo normal de outras áreas, e o

comportamento que controlavam torna-se ausente ou incompleto.

Dificuldade de aprendizagem específica significa uma perturbação

num ou mais processos psicológicos básicos envolvidos na

compreensão ou utilização da linguagem falada ou escrita, que pode se

manifestar por uma aptidão imperfeita de escutar, pensar, ler, escrever,

soletrar ou fazer cálculos matemáticos. O termo inclui condições como

deficiências perceptivas, lesão cerebral, disfunção cerebral mínima,

dislexia, afasia de desenvolvimento.

Ela ocorre quando uma criança é identificada como inapta para a

aprendizagem normal, apresentando os seguintes sintomas:

a) não alcança resultados proporcionais aos seus níveis de idade e

capacidade numa ou em mais áreas, quando lhe são proporcionadas

experiências adequadas;

b) apresenta discrepância entre a realização escolar e a capacidade

intelectual.

A leitura exige integridade de muitas áreas cerebrais, tais como os

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lobos occipitais, temporais, frontais e parietais. Os transtornos na leitura

são denominados Dislexia.

A escrita depende da leitura, pois os desvios encontrados nos

disléxicos interferem na escrita, propiciando uma série de problemas:

transtorno na composição dos textos escritos, omissão de palavras, de

sílabas e pontuação, confusão de letras parecidas quanto a sua forma

ou fonética, palavras cortadas, aumentadas, caligrafia ilegível e

espelhamento na escrita, bem como erro nos ditados e nas formas.

A dislexia é uma dificuldade duradoura na aquisição da leitura. O

distúrbio se encontra no âmbito das funções: percepção, memória,

análise visual e audição. A dislexia pode ser classificada de acordo com

o aspecto funcional: visual, auditiva ou mista. As áreas do cérebro

responsáveis por essas disfunções encontram-se nos lobos occipital e

parietal, no que se refere à decodificação visual, e no lobo temporal,

quando relacionada à decodificação auditiva.

Ao analisar o conceito de dislexia, suas características e os fatores

que contribuem para o seu aparecimento e as dificuldades que

ocasionam na aprendizagem da leitura, sabe-se que a linguagem é o

ponto central no desenvolvimento da criança. Contudo, não se pode

maximizá-la, dizendo que ela seja sempre o mais importante fator no

processo educativo.

Sabe-se que as dificuldades de aprendizagem relacionadas à fala,

à leitura e, como consequência, à escrita, fazem parte de um processo

linguístico complexo, percorrido desde o nascimento, em etapas

interdependentes e hierarquizadas. Portanto, tais inabilidades, no falar,

no ler e no escrever, são oriundas de disfunções cerebrais

determinantes de dislexias visuais e auditivas.

A disgrafia é a dificuldade de escrita de uma língua. O grau de

comprometimento é variável. Os casos que apresentam distúrbio

importante da integração viso-espacial e motricidade significam

disfunção dos lobos parietais e frontais. Quando há dificuldade apenas

na produção de uma letra proporcional e legível, a disfunção ocorre,

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predominantemente, no lobo frontal ou no cerebelo. Alguns autores

chamam este quadro de discaligrafia ou disgrafia motora. Os

indicadores mais comuns de discaligrafia são:

a) micrografia;

b) macrografia;

c) combinação de ambas;

d) dificuldades nos enlaces;

e) deformações;

f) traçados reforçados, tremidos, filiformes;

g) inclinação inadequada;

h) aglomeração.

A disortografia é a impossibilidade de visualizar de forma correta a

escrita das palavras. Ela pode ser observada na realização de um

ditado, quando aparecem trocas relacionadas à percepção auditiva

(faca/vaca). Tal disfunção ocorre no lobo temporal. Na escrita

espontânea (redação, interpretação de texto), há envolvimento dos

lobos occipital e parietal. Os indicadores que se consideram para a

disortografia são os mesmos apontados para a dislexia, só que os

primeiros ocorrem na escrita e o segundo, na leitura:

a) inversão: areonauta/aeronauta;

b) substituição: jogar/gogar;

c) omissão: também/tabém;

d) agregação: passado/passassado.

Na disfasia, a criança pode ter dificuldade de expressão (disfasia

expressiva) ou de compreensão (disfasia compreensiva). Há disfunção

no lobo frontal (área de Broca) e do lobo temporal (área de Wernicke).

São crianças que não elaboram frases; aos 3 ou 4 anos, só expressam

as partes finais das palavras (dizem “eta” para significar borboleta). O

risco de a criança apresentar dislexia ou disortografia na idade escolar é

muito grande. Deve-se esclarecer a diferença básica entre “disfasia”,

que são quadros preocupantes e graves, e “dislalia” ou “atraso simples

da linguagem”, nos quais ocorrem trocas simples relacionadas à

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maturidade e aos fatores ambientais.

Os problemas de comunicação, segundo Correia (1999, p. 56),

referem-se ainda a perturbações de comunicação, tais como: gagueira,

problemas de articulação de voz ou de linguagem que afetam,

negativamente, a realização escolar da criança.

Tais problemas podem estar relacionados a problemas específicos

de linguagem, associados à perturbação do sistema nervoso central, e

problemas de fala e da linguagem, associados às deficiências sensoriais

e motoras.

Os transtornos no domínio da Matemática são oriundos de

disfunções das áreas terciárias parieto-temporo-occipitais.

Caracterizam-se por disfunções na apropriação dos conceitos

matemáticos, das quatro operações, na passagem da unidade simples

para as maiores e na solução de problemas, não permitindo ao aluno

organizar a sequencia lógica dos dados. A discalculia é um caso raro e

quase só acontece acompanhado de síndromes.

NEE de Caráter Emocional – Esta categoria engloba educando

cujas perturbações são grave, colocando em risco a sua segurança e

daqueles que os rodeiam, bem como causando o seu insucesso escolar.

Incluem nela as psicoses e outros problemas graves que prejudicam a

criança como um todo, causando dificuldade em várias áreas e

ocasionando sérios problemas comportamentais ou emocionais, bem

como na aprendizagem.

Os distúrbios de caráter emocional são oriundos de lesão cerebral

que afeta a criança como um todo, podendo provocar ainda distúrbios

de natureza sensorial e mental.

O termo perturbação emocional significa uma condição que

envolva uma ou mais das características seguintes, durante um longo

período e de tal forma acentuada que venha a afetar significativamente

a realização escolar.

- incapacidade inexplicável para a aprendizagem, que não é causada

por fatores intelectuais, sensoriais ou problemas de saúde;

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- incapacidade para se comportar a um nível adequado ao seu

desenvolvimento, sobretudo no que diz respeito à sua interação com os

companheiros e professores;

- incapacidade para demonstrar comportamentos ou sentimentos

adequados em circunstâncias normais;

- incapacidade para demonstrar segurança e confiança em si mesmo ou

para superar sentimentos de tristeza;

- incapacidade para se confrontar com situações pessoais ou escolares

tensas, tendendo a desenvolver reações de fobia, medo ou reações

psicossomáticas. (CORREIA, 1999, p. 55)

NEE de Caráter Motor – Segundo Correia (1999, p. 56), em termos

genéricos, definem-se tais problemas como sendo uma perda de

capacidade em nível motor, que afeta diretamente a postura e/ou o

movimento, devido a uma lesão congênita ou adquirida nas estruturas

do sistema nervoso.

A definição desse termo é muito complexa, tendo em vista a

diversidade de problemas e doenças que enfoca, bem como a

terminologia variável que tem sido utilizada para designar uma

limitação física.

NEE de Caráter Sensorial – Segundo Antoniuk (2000), as causas

das NEE de natureza sensorial podem ser oriundas de lesão cerebral,

que afeta o educando como um todo, podendo gerar problema auditivo,

visual, auditivo-visual e mutideficiência; contudo, a criança pode ser

incluída em classe regular, mas necessita de um acompanhamento

paralelo.

A deficiência auditiva refere-se a uma incapacidade severa, que

impede o processamento da fala através do ouvido (surdez), com ou

sem o uso de um aparelho auditivo, afetando-lhe a realização escolar.

(Frisina citado por CORREIA, 1999, p. 57)

A hipoacusia caracteriza-se pela audição reduzida, que dificulta a

compreensão da fala através do ouvido.

A deficiência visual caracteriza-se pela sensibilidade visual muito

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baixa ou inexistente que, mesmo depois de corrigida, afeta

negativamente a realização escolar do educando. O termo inclui dois

grupos de crianças: as amblíopes, portadoras de visão parcial ou

reduzida, e as cegas. (CORREIA, 1999, p. 57)

A cegueira-surdez é relacionada a uma incapacidade

concomitante, visual e auditiva, ocasionando problemas severos de

comunicação e problemas desenvolvimentais e educativos graves. As

crianças necessitam de uma atenção que extrapola a requerida pelo

surdo ou cego. (CORREIA, 1999, p. 57-8)

A multideficiência refere-se a um conjunto de deficiências que se

apresentam numa mesma criança, tais como: cegueira, paralisia

cerebral, déficit cognitivo. Essas características são causadoras de

problemas educacionais severos, exigindo intervenção específica, de

acordo com a concomitância da problemática. (CORREIA, 1999, p. 58)

Outros Problemas de Saúde – Em face das categorias

apresentadas serem consideradas tradicionais, há ainda um conjunto de

problemas de aprendizagem que, a partir de 1990, começaram a

receber uma atenção especial dos especialistas de educação. São as

necessidades especiais relacionadas à saúde podendo originar

insucesso na aprendizagem, incluindo-se nessa categoria: diabetes,

asma, câncer, epilepsia, hemofilia, problemas cardiovasculares e AIDS.

Traumatismo craniano – É um dano cerebral provocado por uma

força exterior ou não, de natureza degenerativa ou congênita, e pode

alterar o estado de consciência, resultando numa diminuição das

capacidades intelectuais ou físicas, podendo ainda perturbar o

funcionamento comportamental ou emocional do educando, bem como

a aprendizagem.

Esse dano pode ser de caráter temporário ou prolongado e causar

disfunções parciais ou totais, bem como problemas de ajustamento

psicossocial. (SAVAGE, citado por CORREIA, 1999, p. 57)

Autismo – Problema neurológico que afeta a percepção, o

pensamento e a atenção, traduzindo-se numa desordem

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desenvolvimental vitalícia, que se manifesta nos três primeiros anos de

vida.

Pode vir acompanhado de outras problemáticas, como a

deficiência mental, auditiva, visual e epilepsia. Acrescentam-se

características que, pela sua magnitude, devem ser apontadas:

a) incapacidades severas de interação social;

b) limitações na imaginação lúdica;

c) resistência a mudanças, dependência de rotinas;

d) comportamentos anormais no que tange ao seu relacionamento com

pessoas, objetos e eventos;

e) níveis de atividades invulgares (muito altos ou muito baixos);

f)movimentos repetitivos, tais como: rotação e balanço constante do

corpo e batimentos persistentes com a cabeça. (CORREIA, 1999, p. 57)

Cabe, ainda, realçar a existência de um outro grupo de

características no âmbito das NEE, chamado Transtorno do Déficit de

Atenção/Hiperatividade (TDAH).

Segundo Goldstein (2003), o TDAH é um distúrbio biopsicossocial,

que interfere na habilidade de manter atenção, de controlar

adequadamente as emoções e o nível de atividades, de enfrentar

consequências conscientemente e, talvez o mais importante, que

interfere na habilidade de controlar a inibição. Inibição refere-se à

capacidade de evitar a expressão de forças poderosas que levam o

sujeito a agir sob o domínio do impulso. As pessoas com TDAH podem

saber o que deve ser feito, mas não conseguem fazer aquilo que sabem

devido à inabilidade de poder parar e pensar antes de reagir.

Segundo Löhr Júnior (2003), o TDAH é uma condição

neurobiológica que pode estar presente nas crianças, nos adolescentes

e nos adultos de ambos os sexos, prevalecendo no sexo masculino na

razão de 4,1 na população em geral. Basicamente, é um transtorno

sustentado pela tríade: desatenção, impulsividade e hiperatividade,

podendo se fazer acompanhar de desordens de conduta, linguagem e

aprendizagem e/ou algumas comorbidades. Na prática pediátrica ou

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neuropediátrica, de acordo com Löhr Júnior (2003), frequentemente o

TDAH se manifesta de forma isolada, podendo estar associado a outras

doenças neurológicas, ou seja, transtornos neurológicos que se fazem

acompanhar dos sintomas do TDAH:

a) distúrbios clínicos;

b) distúrbios neurológicos;

c) distúrbios genéticos;

d) distúrbios do desenvolvimento;

e) distúrbios psiquiátricos;

f) doenças degenerativas do sistema nervoso.

Pode-se, ainda, mencionar os alunos denominados de “em risco

educacional”, que são aqueles que, devido a um conjunto de fatores,

tais como: álcool, drogas, gravidez na adolescência, negligência, abuso

e ambientes socioeconômicos e emocionais desfavoráveis, podem

experimentar insucesso escolar. Caso não haja uma intervenção

adequada, esses fatores poderão se constituir em sério risco para o

educando.

Acresce frisar que a classificação é relevante à medida que se

possa elaborar um programa de intervenção apropriado à NEE do

educando, isto é, propiciar a procura da etiologia ou causa e a

formulação de um prognóstico, bem como a seleção de uma terapia.

Para que as categorias sejam precisas, faz-se mister uma comunicação

adequada entre o investigador, o educador e outros técnicos que lidem

com as NEE do educando.

METODOLOGIA DE ACOMPANHAMENTO DO EDUCANDO COM

NEE

Avaliação

No decorrer do processo educativo, é imprescindível que seja

realizada uma avaliação pedagógica dos alunos NEE, objetivando

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identificar as barreiras que estejam impedindo ou dificultando o

processo de aprendizagem em suas múltiplas dimensões. Para que seja

efetuada tal avaliação, a escola contará com uma equipe

multidisciplinar que deverá ser constituída por um conjunto de técnicos

capacitados para proceder a avaliação das necessidades educativas

especiais.

A equipe multidisciplinar constituir-se-á como resposta global para

os problemas educativos, sociais, psicológicos e médicos.

Na composição da equipe, contar-se-á com uma pluralidade de

formações e, consequentemente, de funções, em que cada membro

assume uma responsabilidade claramente definida e reconhece a

importância das interações com outros elementos da equipe na

avaliação da criança e planificação da intervenção, a fim de anular as

barreiras de aprendizagem dos NEE. Constituir-se-á um processo

sistematizado, o mais exaustivo possível, de recolhimento de

informações, por cada elemento da equipe, e de cruzamento dos dados

obtidos, planejando-se as intervenções pertinentes.

Os componentes da equipe multidisciplinar prestam serviços e

informações importantes, a saber: a Família fornece dados

comportamentais de desenvolvimento e dados clínicos do aluno; a

Escola lida com dados referentes aos aspectos intelectual, emocional,

acadêmico, social e de comportamento adaptativo do educando; o

Serviço social aborda aspectos vocacionais, sociais, capacidades e

aptidões relativas à especialização profissional; o Serviço de saúde

cuida dos aspectos do estado físico em geral.

A avaliação processar-se-á em diferentes estágios, iniciando-se

com o nível preliminar: o professor de ensino regular, que irá avaliar os

problemas de aprendizagem. Tendo em vista sua posição em sala de

aula, ele terá perspectiva para observar a dimensão total de aptidões e

capacidades das crianças. Utilizará técnicas informais e formais, a fim

de avaliar aspectos comportamentais e de realização. Deverá ser capaz

de interpretar os dados recolhidos, por si e pelos outros especialistas

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componentes da equipe multidisciplinar, e convertê-los em atividades

diárias que vão ao encontro às NEE da criança. O professor também

investigará aspectos indicadores de problemas de visão e de audição.

Na avaliação acadêmica, a análise da produção do aluno pode

ajudar o professor na elaboração das intervenções educativas

específicas nas seguintes áreas: aprendizagem, sócio-emocional e física.

É mister que se enfatize: as práticas avaliativas preliminares

podem suprimir ou minorar os problemas de muitas crianças que

poderiam ser encaminhadas indevidamente para a Educação Especial,

acarretando sérios transtornos.

Nos casos de alunos que, após uma multiplicidade de

intervenções consideradas na avaliação preliminar, continuam com

problemas, cabe ao professor relatar à equipe multidisciplinar as

mudanças curriculares e ambientais efetuadas com o intuito de

superação de sua problemática, levantar informações sobre o passado

do aluno, em termos familiares, desenvolvimentais, clínicos e

educacionais, que comporão a História Compreensiva do educando.

Nessa avaliação, serão incluídas todas as áreas ligadas aos problemas

do educando, cabendo mencionar as seguintes: acadêmica, intelectual,

emocional, motora, linguagem oral, escrita e cálculos.

Cabe à equipe multidisciplinar a elaboração da listagem dos

objetivos, gerais e específicos, a serem atingidos anualmente, bem

como a avaliação das áreas fortes e fracas e a adequação dos

instrumentos que serão utilizados com os NEE nessa fase.

Adaptações Curriculares:

O currículo a ser observado para os NEE emana da Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9.394/96 (BRASIL, 1996), e

poderá ser complementado quando necessário com atividades que

possibilitem aos alunos que apresentam NEE ter acesso ao ensino, à

cultura, ao exercício da cidadania e à inserção social produtiva.

As dificuldades de aprendizagem apresentam em situações mais

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simples e ou transitórias, bem como em situações mais complexas e ou

prolongadas, que se referem ao uso de recursos ou técnicas especiais

para que se viabilize o acesso ao currículo por parte do educando.

Atender a esse leque de dificuldades requer respostas educativas

adequadas, as quais abrangem graduais e progressivas adaptações de

acesso ao currículo, bem como adaptações de seus elementos.

Em casos muito singulares, quando o educando com graves

comprometimentos mentais e ou múltiplos não puder se beneficiar do

currículo de base nacional comum, deverá ser proporcionado um

currículo funcional para atender às suas necessidades práticas. O

currículo funcional distingue pelo caráter pragmático das atividades e

pelas adaptações muito significativas.

Tanto o currículo, como a avaliação deve ser funcional, buscando-

se meios úteis e práticos para favorecer o desenvolvimento das

competências sociais, o acesso ao conhecimento, à cultura e às formas

de trabalho valorizadas pela comunidade e à inclusão do educando na

sociedade.

Tendo em vista as avaliações das NEE dos educandos, faz-se

oportuno acrescentar as considerações de Correia e Rodrigues (1999),

que fazem referências aos níveis de concretização das adaptações

curriculares em face da heterogeneidade das turmas, pois as mesmas

apresentam um universo próprio, com dinâmicas e interações

diferenciadas.

O planejamento deverá ocorrer em duas fases: numa primeira,

reúne-se o Conselho de Professores de Turma que traça o perfil geral da

mesma, as metas transversais e as normas e exigências comuns; numa

segunda fase, parte-se para a integração das decisões desse Conselho

com o Grupo Disciplinar, elaborando-se os planejamentos de longo

prazo, tais como bimestrais e anuais. É imprescindível que, no momento

da concretização das adaptações curriculares, seja possível contar com

a colaboração dos especialistas em educação e de outros técnicos

especializados.

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Após análise das adaptações curriculares, dos currículos regular e

especial, conclui-se que a escola deve se organizar de tal forma que

todos os alunos possam aprender com eficiência os conteúdos

programáticos preconizados no currículo. Entretanto, é necessário que

se lance mão de todas as prerrogativas para se conseguir o sucesso nas

aprendizagens, em face das NEE do educando, mesmo se for necessário

alterar meios, condições, tempo, conteúdos, atividades, formas de

avaliação.

DESAFIOS SOCIAIS CONTEMPORÂNEOS-HISTÓRIA E

CULTURA AFRO-BRASILEIRA AFRICANA LEI 10.639/03 E

INDIGENA LEI 11.645/08

A Educação das Relações Étnico-Raciais tem por objetivo a

divulgação e produção de conhecimentos, assim como de atitudes,

posturas e valores que preparem os cidadãos para uma vida de

fraternidade e partilha entre todos, sem as barreiras estabelecidas por

séculos de preconceitos, estereótipos e discriminações que fecundaram

o terreno para a dominação de um grupo racial sobre outro, de um povo

sobre outro.

O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por

objetivo o reconhecimento e valorização da identidade, história e

cultura dos afro-brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e

igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao

lado das indígenas, europeias e asiáticas.

Educação Ambiental Lei 9.795/99

A Educação Ambiental é um tema que requer necessidade de se

trabalhar nas escolas onde seja feito uma conscientização sobre os

cuidados e a preservação do meio ambiente, necessitamos cuidar do

meio em que vivemos para não sofrer as consequências futuras e é na

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escola desde cedo que a criança aprende os cuidados com o meio

ambiente. O tema é trabalhado em todas as disciplinas e enfocado com

mais enfase nas de ciência e geografia, sendo sua forma de trabalho

previstas nos Planos de Trabalho Docentes.

Enfrentamento à violência

O Colégio está situado em uma localidade tranquila onde os

educandos não sofrem nenhum tipo de ameaças, o tema foi trabalhado

pela professora de Língua Estrangeira Moderna Inglês, através de

ações como “Stop Bullying” com atividades em sala de aula, palestras

com os alunos e com seus responsáveis na Semana Cultura e nas

reuniões de pais e nas escolas vizinhas ao colégio, a convivência entre

nossos alunos é considerada muito boa. Os casos de desentendimento

são raros os quais são resolvidos da melhor forma possível no colégio, e

raramente é necessário chamar os pais.

Prevenção ao uso indevido de drogas

O tema é trabalhado pelos professores de todas as disciplinas

sempre que for oportuno e necessário, de forma direta ou indireta estão

prevenindo quanto ao uso e suas consequências. O tema é mais

enfocado nas disciplinas de Ciência, Biologia e Educação Física.

Também na forma de palestras ministrada pelo Conselho Tutelar de

nossa cidade.

Educação para o trânsito

Trata de assuntos referentes a segurança dos cidadãos no

transito, com devem se comportar e os cuidados para prevenir e evitar

acidentes de transito.

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A prevenção é feita através de uma parceria de um trabalhado

bem elaborado da empresa Plantar localizada na cidade de Reserva,

onde envia seus funcionários capacitados para ministrarem palestras

nas escolas do município, os quais fazem um trabalho de prevenção e

esclarecimentos sobre o transito aos nossos educandos o conhecimento

sobre o assunto e sensibilizaram para os riscos corridos em manobras

indevidas de automóveis e motos, notamos após o trabalho uma certa

mudança de atitudes nos alunos quanto a seus hábitos costumeiros.

Educação do Campo

O Colégio como citado anteriormente no seu histórico está

localizado no Distrito de José Lacerda, na área rural do município de

Reserva, atendendo alunos da localidade e do interior vizinho, filhos de

agricultores, diarista de fazenda e de hortas de verduras, e muitos de

nossos alunos trabalham para ajudar em casa e terem seu próprio

ganho por esse motivo o colégio é considerado “Escola do Campo” e

deve ter características peculiares no seu atendimento com os

educandos, atendendo as possíveis situações que venham ocorrer no

período letivo pois muitas vezes os alunos precisam faltar para colher

as lavouras, até em dias de avaliações e necessitam da compreensão e

disposição dos professores em estar pensando outra data para entrega

de trabalho, avaliações atrasadas e recuperação de conteúdos.

Assim como os professores os demais funcionários, equipe

pedagógica e direção dispõem de um atendimento especial aos alunos,

cada um no seu departamento procura facilitar o desempenho do

educando para que ele tenha a sua aprendizagem garantida e de

qualidade.

A Educação do campo não é mais educação rural. Campo é

espaço de vida digna, que legitima a luta por políticas públicas

específicas e por um projeto educativo próprio para seus sujeitos. Dessa

forma houve a aprovação das “Diretrizes Operacionais para a Educação

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Básica nas Escolas do Campo” ( Parecer nº 36/2001, e Resolução/ 2002

do Conselho Nacional de Educação).

Inicialmente era denominado por uma Educação Básica do Campo.

Em 2002, foi alterado para por uma Educação do Campo, pois o homem

do Campo não quer uma educação só na Escola formal, tem direito ao

conjunto de processos formativos já constituídos pela humanidade e

ainda o direito à escola pública do campo que compreende desde a

educação Infantil à Universidade.

O desafio teórico atual da Educação do campo é produzir teorias,

construir, consolidar, colocar as teorias em práticas e se abstrair das

experiências, debates, conjunto de ideias que possam orientar o pensar,

planejar e projetar outras práticas e políticas de educação.

A Educação do Campo não precisa e nem deve ser um projeto de

educação apenas dos camponeses, nem apenas de quem participa de

lutas pessoais, mas este vínculo lhe confere um traço de identidade.

O povo do campo tem direito a ser educado no lugar onde vive. A

educação do campo tem se desenvolvido através de programas, de

práticas comunitárias, e de experiências pontuais. A perspectiva da

educação no campo é exatamente a de educar as pessoas que

trabalham no campo , para que se encontrem, se organizem e assumam

a condição de sujeito de seu destino.

A educação do campo precisa pensar a educação do conjunto da

população do campo, pois é um traço de nossa identidade a ser

cultivado. O projeto da educação do campo precisa de alternativas de

trabalho e opções de projetos de desenvolvimentos locais e regionais

que podem desenvolver dignidade para as famílias e as comunidades

camponesas.

A educação do campo também se identifica pela valorização da

tarefa específica dos educadores, com a formação para atuar em

diferentes espaços educativos, levando em conta o perfil dos

profissionais.

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Para construir referências comuns às escolas vinculadas ao

projeto de educação no campo, é preciso pensar em alguns aspectos

principais do trabalho específico da escola, como: Socialização ou

vivências de relações sociais; construção de uma visão de mundo;

cultivo de identidades, socialização e produção de diferentes saberes.

A educação do campo exige ações pedagógicas específicas, as

quais não devem objetivar a modernização da sociedade rural, mas sim

pensar na dinâmica social do campo, acelerado pela presença de

movimentos sociais. Há necessidades de políticas de formação para

definir e complementar a educação do campo, porém a escola do

campo não deve fechar-se nela mesma, e sim vincular-se com outros

espaços educativos, havendo uma inovação na área rural. Por isso, é

muito importante a experiência cultural da escola, pois é socializando a

partir de práticas que se desenvolve a participação coletiva, num

processo de conservação e criação de culturas, afim de construir o ideal

que oriente a vida das pessoas, enraizando-as na história. Assim

estaremos exercendo o papel de escola que é o processo de percepção

e formação de identidade dos alunos que vivenciam a realidade.

Campo e cidade devem ser vistos como princípio de igualdade social e

de diversidade cultural.

Enfim, na educação do campo deve-se trabalhar de forma

diversificada para aumentar a auto-estima dos educandos, valorizando

e resgatando os valores culturais e memórias que existem em cada

pessoa. Com isso, tentamos formar cidadãos que valorizem e tenham

orgulho de suas origens.

Estágio não obrigatório

A partir da legislação vigente Lei 11.788/08 que trata da inserção

do “Estagio Curricular não-obrigatório” o Colégio está adequando-se a

nova legislação, o qual visa a preparação para o trabalho produtivo, e

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vai além da formação articulada para para o mercado de trabalho,

constitui-se em atividade complementar à formação acadêmica ou

profissional realizada por livre escolha do educando.

Estágio é ato educativo escolar orientado e supervisionado,

desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o

trabalho de educandos que estejam frequentando o ensino médio, e as

séries finais do ensino fundamental.

O estágio de natureza obrigatória ou não, concebido como

procedimento didático-pedagógico e como Ato Educativo intencional, é

atividade curricular de competência do estabelecimento de ensino e

será planejado, executado e avaliado em conformidade com os

objetivos propostos para a formação profissional dos alunos.

MARCO OPERACIONAL

Para que a educação se efetive de maneira satisfatória, faz-se

necessário o envolvimento de todos os segmentos da comunidade

escolar, tendo em vista que neste ambiente, “todos somos educadores”,

pois nas mais diversas funções trabalhamos diretamente com

educando, contribuindo em sua vivência diária, através da transposição

de valores, pois acredita-se que o educando que é tratado com respeito,

agirá da mesma forma.

Diante da realidade local, é preciso aceitar as diferenças culturais,

étnicas, sociais, de cunho religioso, além dos educandos com

necessidades educacionais especiais, respeitando as diferentes formas

de comunicação, o que de acordo com CANDAU 2002, só é possível

acontecer, a partir do momento em que o professor tiver uma “postura

intercultural”, a qual estará estabelecendo um diálogo entre os

“diferentes” e valorizando a nossa rica diversidade cultural.

O Colégio Estadual Teófila Nassar jangada – Ensino Fundamental e

Médio, além de trabalhar os conteúdos básicos, procura ir além do

currículo, desenvolvendo ações que envolvam assuntos pertinentes à

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realidade, tais como: meio ambiente, sexualidade, cidadania, drogas,

artísticos, dificuldade aprendizagem e evasão.

Vale salientar, que faz parte das atribuições do professor

desenvolver ações, visando completar o estudo teórico, envolvendo

além da escola, a comunidade.

Queremos uma educação com práticas que sejam democráticas,

em que todas as pessoas envolvidas participem das decisões, atuando

conjuntamente. Desta forma visamos oportunizar ações coletivas que

poderão influir na transformação da sociedade.

Buscamos uma educação que considere o educando, não como

efeito da ação do educador, mas sim, como agente do processo

educativo, senhor de suas ideias, capaz de ter iniciativa própria,

conhecedor de seus direitos e deveres, na realidade que o cerca, capaz

de ampliar sempre mais sua visão de sociedade e de mundo.

Assumimos uma educação que emancipe os sujeitos, que de

condições de escolha ao educando. Em que os conteúdos apreendidos

sejam apresentados de forma interdisciplinar e que tenham relação

concreta com o cotidiano.

Defendemos uma educação que se construa sobre a contribuição

das várias ciências, em contínuo desenvolvimento, que deverão ser

criticadas e aperfeiçoadas a cada dia. Neste sentido é renovadora, pois

faz diferente a construção do novo.

Priorizamos uma metodologia que através das atividades

propostas ao educando, vise construir uma sociedade democrática,

justa e forte o suficiente para se manter livre. Que seja ativa e

participativa, e que torne possível a articulação dos interesses

individuais que possam ir ao encontro dos anseios coletivos. Aberta à

discussão de temas sócio-econômico-políticos e culturais e que permita

aos educadores e educandos, uma análise constante da realidade

circundante e nela interferir.

Consideramos como ideal profissionais que:

•Tenham competência técnica;

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•Sejam comprometidos com os ideais e a Filosofia do Colégio Estadual

Teófila Nassar Jangada;

•Estejam em constante processo de formação do conhecimento dentro e

fora da escola;

•Vivenciem valores éticos;

•Favoreçam harmonia no âmbito escolar;

•Mantenham autonomia em sala de aula sem autoritarismo;

•Sejam humildes, criativos, pontuais, assíduos, responsáveis,

comunicativos em todas as suas ações;

•Participem das atividades realizadas na escola;

•Tenham postura de educador em todos os momentos de sua vida;

•Respeitem e se façam respeitar pela comunidade escolar;

•Sejam conhecedores de seus direitos e deveres, bem como de toda a

estrutura organizacional do colégio;

•Sejam cidadãos honestos, preocupados com a coletividade, capazes de

interagir no grupo e no meio em que vive.

FORMAÇÃO CONTINUADA

A formação continuada é condição indispensável a todos os

membros da comunidade escolar, para que possam atuar de maneira

compromissada e competente nos deveres e responsabilidades

específicas de sua prática.

A educação continuada se faz necessária pela própria natureza do

saber e do fazer humano como prática que se transformam

constantemente. A realidade muda e o saber que construímos sobre ela

precisam ser revistos e ampliados (Christov, 1998, apud, Libâneo, 2001,

p. 67).

De acordo com o autor, a realidade não é uma constante, mas se

transforma continuamente, por isso, em nossa escola propiciamos

frequentemente momentos de estudo, reflexão e discussão de textos

referentes à educação, durante a hora atividade dos professores para

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uma práxis compromissada com a transformação social, partindo do

contexto escolar.

Outros momentos como as capacitações de fevereiro e julho são

oferecidos a todos os professores e agentes educacionais I e II a

oportunidade de participar das formações continuadas.

PLANO DE AÇÃO PARA GESTÃO 2009/2011

Diretora – Suzane Aparecida Mendes

Vice-Diretora Suzelaine Alves Porsse

I - Justificativa

Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, por

não poder ser neutra, minha prática exige de mim uma definição. Uma

tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de mim que escolha entre

isso e aquilo. Não posso ser professor a favor de quem quer que seja e a

favor de não importa o quê. Não posso ser professor a favor

simplesmente do homem e da humanidade, frase de uma vaguidade

demasiada contrastando com a concretude da prática educativa. Sou

professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade

contra o autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da

democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda. Sou professor a

favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra

a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais. Sou

professor contra a ordem capitalista que inventou esta aberração: a

miséria na fartura. Sou professor a favor da esperança que me anima

apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e

imobiliza. Sou professor a favor da boniteza da minha própria prática,

boniteza que dela some se não cuido do saber que devo ensinar, se não

brigo por este saber, se não luto pelas condições materiais necessárias

sem as quais meu corpo , descuidado, corre o risco de se amofinar e de

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já não ser o testemunho que deve ser de lutador pertinaz, que cansa

mas não desiste.

Boniteza que se esvai da minha prática se, cheio de mim mesmo,

arrogante e desdenhoso dos meus alunos, não canso de me admirar

(FREIRE, 1996, p. 103)

Como Paulo Freire, acreditamos que o professor, estando em

conflito, preocupado com os problemas encontrados no ambiente

escolar, deve articular ações de enfrentamento dessas situações.

Pensamos que o professor ao buscar novas possibilidades de trabalho

pode abrir caminhos para que as mudanças aconteçam. Com esse

olhar queremos construir uma escola solidária, inquieta, desafiadora,

crítica e fraterna, uma escola para todos. Somos candidatas a direção

do Colégio Estadual Teófila Nassar Jangada porque acreditamos que a

mudança precisa acontecer, com um novo pensamento sobre a gestão

escolar que garanta a transparência, a responsabilidade, a ética e o

engajamento com todos os segmentos do espaço educativo na

construção da escola que sonhamos.

II -Objetivos:

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III – Propostas

1 - GESTÃO DEMOCRÁTICA:

Ações Responsável Prazos previstos

1a. Promover articulações com todas as

instâncias da escola, com o objetivo de

construir um plano de trabalho que

contemple a participação de todos.

Direção,

equipe

pedagógica

Contínuo

Responsável Prazos previstos1b. Enfatizar a importância da participação Direção, Contínuo

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dos segmentos da comunidade na

formação do Conselho Escolar com o

objetivo de levantar propostas para o

enfrentamento dos problemas encontrados

no ambiente escolar

equipe

pedagógica,

professores e

funcionários

1c. Desenvolver ações compartilhadas

com a APMF com o intuito de promover

atividades pedagógicas, lúdicas e de lazer,

fortalecendo a participação de todos.

Responsável

Direção

Prazos previstos

Contínuo

1d. Valorizar a participação dos alunos a

partir da criação do Grêmio Estudantil com

o objetivo de ouvir seus anseios e

angústias e promover sua integração com

o coletivo da escola

Responsável

Direção

Representante

s de turma

Prazos previstos

Primeiro semestre

1e. Organizar o Conselho de Classe

bimestral com o objetivo de levantar e

resolver os problemas pedagógicos e

disciplinares

Responsável

Direção

Professores

Equipe

pedagógica

Funcionários

Alunos e Pais

Prazos previstos

Bimestral

1f. Realizar reuniões de pais

bimestralmente com o objetivo de discutir

os problemas e avanços do processo

ensino aprendizagem

Responsável

Direção

Equipe

pedagógica

Prazos previstos

Continuo

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2 – PROPOSTA PEDAGÓGICA -

Ações

2a. Organizar reuniões com todos os

segmentos da escola com o objetivo de

realimentar o Projeto Político Pedagógico

Responsável

Professores

Equipe

pedagógica

Funcionários

Alunos e Pais

Prazos previstos

Contínuo

2b. Promover reuniões entre disciplinas

afins para discutir o entrelaçamento dos

conteúdos entre as mesmas bem como as

metodologias utilizadas

Responsável

Equipe

pedagógica

Professores

Prazos previstos

bimestral

2c. Orientar os professores na construção

do Plano de Trabalho Docente, dando

condições que facilitem esse trabalho

Responsável

Equipe

pedagógica

Prazos previstos

Semestral

2d. Oportunizar encontros entre

professores de séries iniciais/anos finais do

Ensino Fundamental e Ensino Médio com o

objetivo de elaborar o planejamento

participativo

Responsável

Direção

Prazos previstos

Contínuo

2e. Incentivar o corpo docente a acessar o

Portal Dia-a-dia Educação com o objetivo

de buscar novas metodologias que são

aplicadas pelos professores de todo o

Estado

Responsável

Direção

Equipe

pedagógica

Professores

Prazos previstos

Contínuo

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2f. Dar condições materiais que

possibilitem aos professores

diversificarem suas metodologias em sala

de aula

Responsável

direção

Prazos previstos

Contínuo

2g. Organizar com o coletivo da escola

encontros para avaliação das ações

pedagógicas desenvolvidas, com o objetivo

de levantar os pontos positivos e negativos

dessas ações

Responsável

Comunidade

escolar

Prazos previstos

Continuo

3 – FORMAÇÃO CONTINUADA -

Ações

3a. Organizar grupos de estudos

envolvendo todos os professores do

município com objetivo de trocar

experiências que deram certo em cada

escola

Responsável

Direção

Equipe

pedagógica

Professores e

Funcionários

Prazos previstos

semestral

3b. Incentivar os professores a produzirem

material pedagógico tais como: Folhas,

OAC ou

Caderno pedagógico

Responsável

Professores

Prazos previstos

continuo

3c. Buscar parcerias com a prefeitura e

empresas para organizar oficinas,

seminários e palestras com o objetivo de

oportunizar melhorias na qualidade do

ensino

Responsável

Comunidade

escolar

Prazos previstos

semestral

3e. Incentivar a comunidade escolar a Responsável Prazos previstos

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participarem das capacitações organizadas

pela SEED

Direção e

equipe

pedagógica

Contínuo

4 – QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS –

Ações

4a. Buscar parcerias para construção de

uma pista de atletismo,aquisição de uma

tabela de basquete e ampliação da sala

dos e professores e saguão

Responsável

Direção

APMF

Prazos previstos

Segundo semestre

de 2009

4b. Buscar junto aos órgãos competentes

melhorias na estrutura física do Colégio

Responsável

Direção

APMF

Prazos previstos

Primeiro semestre

de 2009

4c. Aquisição de um data-show

Responsável

Direção

APMF

Prazos previstos

Segundo semestre

de 2010

4e. Disponibilizar material expediente

para uso da secretaria e professores

sempre que solicitado

Responsável

direção

Prazos previstos

Continuo

4f. Prestar conta de toda movimentação

financeira escolar

Responsável

direção

Prazos previstos

Continuo

4g. Atender o transporte escolar para que

o calendário escolar seja respeitado

Responsável

direção

Prazos previstos

Continuo

Responsável Prazos previstos

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4h. Cumprir o calendário escolar (horário)

não só dos professores mas também da

direção do colégio

direção Continuo

5 – ESPECIFICIDADES LOCAIS -

Ações

5a. Organizar Mostra Pedagógica para

exposição de trabalhos

Responsável

Direção

Equipe

pedagógica

Professores

Alunos

Prazos previstos

Segundo semestre

5b. Realizar promoções com o objetivo de

aproximar a comunidade com a escola

Responsável

Direção

APMF

Prazos previstos

Contínuo

5c. Possibilitar o desenvolvimento de

atividades pedagógicas, tais como:

Oficinas teclado ,dança; produção de jornal

escolar, etc

Responsável

Comunidade

escolar

Prazos previstos

Continuo

5d. Fazer uma horta escolar, visando a

melhoria na merenda

Responsável

direção

Prazos previstos

Continuo

PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

-Organizar atividades de formação constante para os educadores do

Colégio a fim de que possam preencher os requisitos estabelecidos no

Marco Operacional;

-Intensificar a participação de todos os segmentos nas atividades

realizadas pelo colégio para que haja articulação e integração da

comunidade escolar;

-Oportunizar a Participação e a Formação integral do educando,

preparando-o efetivamente para o cumprimento de seu papel sócio-

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cultural;

-Divulgar e orientar os alunos quanto à filosofia do Colégio e o

Regimento Escolar;

-Tomar decisões conjuntas, tendo pelo menos um representante de

cada segmento da comunidade escolar;

- Fazer acontecer sistematicamente o Conselho de Classe;

-Promover gincanas, encontros de formação, reuniões de pais,

palestras, comemorações sociais ao longo do ano letivo;

-Promover estudo sistemático da Proposta Pedagógica Curriculares e

operacionalizá-la através de ações;

-Mediar a formação do educador para que esta seja uma prática

constante, abordando temas sobre relações interpessoais nos encontros

de formação;

-Mediar o ensino e a aprendizagem do Colégio;

-Priorizar a formação integral do educando para que esta seja prioridade

na elaboração dos conteúdos específicos e condizentes com as

diferentes faixas etárias, interesses e realidades dos alunos, permitindo

a troca de experiências;

-Orientar a seleção dos conteúdos baseados na realidade local;

-Divulgar os eventos culturais e sociais para toda a comunidade escolar;

-Orientar a realização de planejamentos que envolva as áreas e

conteúdos afins;

-Promover a integração escola-família através de reuniões de pais e

mestres;

-Acompanhar o aproveitamento escolar dos alunos;

-Garantir a permanência do educando no Colégio;

-Reduzir os índices de evasão e reprovação escolar.

PLANO DE AÇÃO DO CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é o órgão máximo da escola; agrega

representantes dos pais, alunos, funcionários, professores e direção da

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escola, construindo-se como meio permanente da prática democrática e

participativa nos aspectos consultivos, deliberativos e fiscalizador. É o

órgão gestor que cria mecanismos de participação efetiva e

democrática da comunidade escolar, desde a definição da programação

e aplicação de recursos financeiros, do projeto político-pedagógico, da

elaboração e alteração do regimento escolar, da definição do calendário

escolar, observando a legislação vigente. Realizada a cada dois anos, a

eleição para Conselhos Escolares nas Escolas Públicas, busca a

comunidade escolar para junto à direção garantir uma gestão

efetivamente democrática.

MEMBROS DO CONSELHO ESCOLAR

NOME FUNÇÃOSuzane Aparecida Mendes DiretoraEmerci Carvalho Szeremeta Professora PedagogaLeandra Beatriz Justus Professora – Ensino FundamentalAntonio Mateus Bergamasco Professor – Ensino MédioVilmar Jonatas Jensen dos Santos Agente Educacional IINeusa Mª Gurski dos Santos Agente Educacional I Evelyn R.N. De Souza Betim Aluno – Ensino FundamentalViviane T. Dos Santos Aluno – Ensino MédioIndianara R. C. Da Cunha Repres. Pais de alunos – Ens. Fund.Leila Apª F. Dos Santos Repres. Pais de alunos – Ens. MédioRoseli I. De Oliveira Rocha Repres. Movimentos da Comunidade

Desta forma, cabe ao Conselho Escolar:

-Analisar e aprovar o Plano Anual do estabelecimento;

-Analisar e dar parecer ao Projeto Político Pedagógico da escola;

-Decidir sobre a aplicação dos recursos financeiros, prestando contas do

mesmo;

-Propor melhorias no Pedagógico da escola, visando uma aprendizagem

de qualidade;

-Deliberar sobre outros assuntos encaminhados pela direção,

pertinentes ao âmbito escolar.

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PLANO DE AÇÃO – CORPO DOCENTE

-Elaborar e implementar juntamente com a Equipe Pedagógica e demais

membros da comunidade escolar, o Projeto Político Pedagógico do

Estabelecimento de Ensino;

-Elaborar a Proposta Pedagógica Curricular e Plano de Trabalho

Docente;

-Participar da escolha de livros e materiais didáticos;

-Promover e participar de reuniões, cursos de capacitação e outros

eventos, visando uma formação continuada;

-Elaborar planos de recuperação paralela para os alunos que não

atingiram resultados satisfatórios, sendo obrigatório aos que não

alcançaram a média e opcional aos que atingiram a média;

-Assegurar o respeito aos educandos em suas diversidades, visando um

“diálogo” entre os diferentes no âmbito escolar;

-Considerar as datas de entrega de documentos solicitados pelo

estabelecimento ou pelo NRE.

-Mediar o conhecimento no processo de aprendizagem.

AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A Avaliação do Projeto Político Pedagógico será realizada

semestralmente, envolvendo representantes de toda a comunidade

escolar, considerando sempre os aspectos positivos e negativos do

processo, para que os pontos negativos sejam discutidos e superados

de forma coletiva. Tornando assim a aprendizagem de qualidade para

nossos educandos,com trabalho voltado para atingirmos nosso objetivo

que é a aprendizagem e a formação do educando como um todo.

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Política de educação

inclusiva para o Estado do Paraná. Curitiba: Governo do Estado do

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Paraná, 2000.

Revista Gestão em Rede – Setembro, 2004, 3ª parte, página 4.

Revista Gestão em Rede – Maio, 2006, página 5.

RODRIGUES, A. Adaptações curriculares para alunos com necessidades

educativas especiais. In: CORREIA, L. de M. Alunos com necessidades

educativas especiais nas classes regulares. Porto, Portugal: Porto

Editora - 1999. p. 103-42.

SEBASTIANA, Márcia Teixeira. Fundamentos teóricos e metodológicos da

Educação Infantil/Curitiba: IESDE, Brasil S.A., 2003.

UNESCO, Declaração de Salamanca. São Paulo: Biblioteca Virtual de

Direitos Humanos. USP, 2003.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. (org.), Projeto Político Pedagógico da

Escola: Uma construção coletiva. São Paulo: Editora Papirus, 1995, p.

11-35.

VYGOTSKY, Lev S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins

Fontes, 1998.

VYGOSTSKI, L. S. Obras escogiadas. V – Fundamentos de defectología.

Madrid, España: Visor, 1997.

Anexos

1-Número de alunos matriculados no Estabelecimento no ano de 2009.

Ensino Fundamental

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a) Por série:

5ª série - 74 alunos

6ª série – 68 alunos

7ª série – 54 alunos

8ª série – 38 alunos

b) Por turma

5ª série A - 34 alunos

5ª série B - 39 alunos

6ª série A – 30 alunos

6ª série B -38 alunos

7ª série A- 24 alunos

7ª série B - 30 alunos

8ª série A - 12 alunos

8ª série B - 26 alunos

Ensino Médio

-por série

1ª série – 85 alunos

2ª série - 63 alunos

3ª série – 46 alunos

-Por turma

1ª série A - 29 alunos

1ª série B - 31 alunos

1ª série C - 25 alunos

2ª série A - 28 alunos

2ª série B – 35 alunos

3ª série A - 22 alunos

3ª série B – 24 alunos

Quadro Funcional de Contratados pelo Regime PSS.

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NOME FUNÇÃO ÁREA DE

ATUAÇÃO

C/H - SIT.

FUNÇÃO

HABILITAÇÃO

Jaqueline Eidam

Szeremeta Sass

Prof.

Pedagoga

Equipe

Pedagogica

20 - QPM Pedagogia

Edilene de Fátima

Kubliski

Téc.

Administra-

tivo

Administrativ

a

40 - PSS Ensino Médio

Dircélia de Paula

Medeiros

Aux. Serv.

Gerais

Serviços

Gerais

40 - CLAD Ensino Médio

Maria de Lurdes Talevi

Mendes

Aux. Serv.

Gerais

Serviços

Gerais

40 - PEAD Ensino Médio

Florinda Apª Rodrigues Aux. Serv.

Gerais

Serviços

Gerais

40 - PEAD Ensino

FundamentalNeliane Sperafico

Guimarães

Aux. Serv.

Gerais

Serviços

Gerais

40 - PSS Ensino Médio

Aparecida Rosinety

Pototoski

Professora L.Portuguesa/

Arte

18 - PSS Letras

Adriano da Rocha

Barros

Professor Química/Biolo

gia

20-PSS Química

Marcela de Fátima Villa Professora Biologia 14-PSS Biologia Cristina Hornung Professora Arte 16 - PSS Arte Cristiane Aparecida

Torquato

Professora Língua

Portuguesa

2 - PSS Letras

Adriano Koltun de

Oliveira

Professor História 24 - PSS História

Herminio Rosa C.

Junior

Professor Geografia 10 - PSS Geografia

Fernanda Martins

Rocha

Professora Filosofia/

Sociologia

8 - PSS Pedagogia

Juliana Vosniak de

Souza

Professora LEM-Inglês 16 - PSS Letras

Roseli Waurick Equipe

Pedagógica

Coordenação 20- PSS Pedagogia

Rita de Cassia Penha

Kurscheidt

Professora História 29-PSS História

Bruno Souza Diniz Professor História/Ens.

Religioso

08-PSS História

Rui Nery Szeremeta Professor Geografia/

Ens.Religioso

08-PSS Pedagogia/

Geografia

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Cristiane de Souza

Parra

Professora Arte 18-PSS Arte

Luiz Fernando Professor Biologia 02-PSS CiênciasVanessa Bora Professora Ed. Física 06-PSS Ed.FísicaLidia Humenchuk Professora Sociologia 04-PSS PedagogiaJanice Campos Bigom Professora L.Portuguesa

CELEM

08-PSS

08-PSS

L.Portuguesa

/Espanhol

Daniely Maria Carlesse

Professora Ciências/

Biologia

05-PSS Ciências

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