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COLETÂNEA DE TEXTOS LÍNGUA PORTUGUESA 4 o ANO

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COLETÂNEA DE TEXTOS LÍNGUA PORTUGUESA

4o ANO

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3o BIMESTRE

COLETÂNEA DE TEXTOSLÍNGUA PORTUGUESA

4o ANO

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GovernadorCid Ferreira Gomes

Vice-GovernadorDomingos Gomes de Aguiar Filho

Secretária da EducaçãoMaria Izolda Cela de Arruda Coelho

Secretário AdjuntoMaurício Holanda Maia

Coordenadora de Cooperação com os MunicípiosMárcia Oliveira Cavalcante Campos

Orientadora da Célula de Programas e Projetos EstaduaisLucidalva Pereira Bacelar

Equipe Eixo AlfabetizaçãoAparecida Tavares de Figueirêdo (coordenadora) Rosalynny da Cruz MesquitaMaria Valdenice de SousaMaria Esmelinda Capistrano de SousaMirtes Moreira da CostaGleisiane Ferreira de Oliveira

Instituição Parceira:Escola de Formação Permanente do Magistério – ESFAPEMAna Rosa de Andrade Parente – DireçãoCristiane Coelho Ferreira Gomes – Coordenação dos Programas de FormaçãoArtais Pinheiro de Andrade Cunha – Acompanhamento dos Programas de FormaçãoSamara Mesquita Lucas – Acompanhamento dos Programas de FormaçãoMaria Wanderliza Dias Angelim – Assistente Técnica Wilson Linhares – Assistente Técnico

Colaboradores:Professores formadores de Língua Portuguesa:- Ana Fábia Cruz Barbosa- Francisca Elizabeth de Andrade Lima- Francisco Jackson Moreira de Sampaio- Francisca Lucélia Pereira Saldanha- Iana Mamede Accioly- Kátia Cristina Gomes Lino- Luidmila Tomaz de Sá- Marieta Parente Sobreira

Projeto e Coordenação Gráfi ca Daniel Diaz

Diagramacão Jozias Rodrigues

IlustraçõesAlexandre de Souza, Cris Soares, LEOBDSS

Revisão Escola de Formação Permanente do Magistério – ESFAPEM

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Apresentação

Caro(a) educando(a),

Este material didático foi elaborado para contribuir com a sua

aprendizagem. Nele você encontrará uma diversidade de textos e de

atividades de Língua Portuguesa e Matemática que o(a) ajudará na

consolidação dos conhecimentos necessários ao seu bom desempenho

escolar e à sua vida.

Terá também a possibilidade de produzir textos usando a sua

criatividade e verá que, quando juntamos esta experiência com o

hábito da leitura, tudo fi ca mais fácil e vem a sensação gratifi cante

de perceber que suas ideias foram passadas para o papel, de forma

compreensiva.

Esperamos que você o utilize de forma responsável e prazerosa,

pois, somente assim, ele atingirá os objetivos aos quais se propõe.

Bom proveito!

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COLETÂNEA DE TEXTOS – 4O ANOLÍNGUA PORTUGUESA

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SUMÁRIO

3o BimestreTexto 01 .............................................................................................................................................. 9

Texto 02 ............................................................................................................................................10

Texto 03 ............................................................................................................................................ 11

Texto 04 ............................................................................................................................................12

Texto 05 ............................................................................................................................................13

Texto 06 ............................................................................................................................................14

Texto 07 ............................................................................................................................................15

Texto 08 ............................................................................................................................................16

Texto 09 ............................................................................................................................................17

Texto 10 ............................................................................................................................................18

Texto 11 ............................................................................................................................................19

Texto 12 ............................................................................................................................................20

Texto 13 ............................................................................................................................................21

Texto 14 ............................................................................................................................................22

Texto 15 ............................................................................................................................................32

Texto 16 ............................................................................................................................................24

Texto 17 ............................................................................................................................................25

Texto 18 ............................................................................................................................................26

Texto 19 ...........................................................................................................................................27

Texto 20 ............................................................................................................................................28

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TEXTO 1

Os brinquedos do menino1

O cãozinho de madeira, coberto de poeira,Ainda está de pé, fi rme e forte.Com o azul embolorado, o coitado do soldadoNão teve a mesma sorte.O cãozinho já foi novo, um dia,E até mesmo o soldadinho reluzia:Era quando o menino os beijava,E na estante do quarto os guardava.

“Não se mexam até eu voltar;E não quero saber de folguedos!”E deitava na caminha de armar,A sonhar com seus lindos brinquedos. Mas enquanto dormia, uma música lindaDos céus vinda, o fez despertar –

Os brinquedos, amigos, o esperam ainda;E tudo foi tanto tempo atrás! Fiéis ao menino, com muita esperança,Cada qual no local em que foi posto, Sonham com a maciez de sua mão de criançaE com o sorriso a iluminar rosto.E na poeira, enquanto passam os anos, Perguntam, de si para si,Por onde andará o menino risonhoDesde o dia em que os guardou ali.

1 TEXTO 1: Poesia. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 157. Bennett, William J. O livro das virtudes para crianças. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1997, p.98.

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TEXTO 2

Peixe vivo2

Como pode o peixe vivoViver fora da água fria?Como pode o peixe vivo Viver fora da água fria?

Como poderei viverComo poderei viverSem a tua, sem a tua,Sem a tua companhia?

Os pastores desta aldeiaJá me fazem zombariaPor viver e andar chorandoPor viver e andar chorandoSem a tua, sem a tua,Sem a tua companhia.

O rio de São FranciscoCorre de noite e de dia. Só o tempo é que não correSó o tempo é que não correSem a tua, sem a tua,Sem a tua companhia.

2 TEXTO 2 - Gênero: Letra de canção. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 99.

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TEXTO 3

Cadê o toucinho3

Da tradição popular

Cadê o toucinho que estava aqui?O gato comeu.Cadê o gato?Foi pro mato.Cadê o mato?O fogo queimou.Cadê o fogo? A água apagou.Cadê a água?O boi bebeu.Cadê o boi?Está amassando o trigo.Cadê o trigo?A Vera espalhou.Cadê a Vera?Tá em casa.

3 TEXTO 3 - Gênero: Parlenda. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 52.

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TEXTO 4

História em quadrinhos4

4 TEXTO 4 - Gênero: História em quadrinhos. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 13.

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TEXTO 5

Diário5

Quarta-feira

Hoje, na aula de Geografi a, tínhamos uma prova oral, e tenho que dizer que eu estava esperando por isso fazia um bom tempo.

A prova era sobre as capitais dos Estados Unidos, e eu sento no fundo da classe, do lado de um mapa gigante. Todas as capitais estão escritas em letras grandes e vermelhas, então eu sabia que essa estava no papo.

Mas logo antes de começar a prova, a Patty Farrell gritou lá da frente da sala.

Ela falou para o sr. Ira que ele devia cobrir o mapa dos Estados Unidos antes de começar.

Assim, graças à Patty, acabei indo mal na prova.Com certeza, eu vou arranjar algum jeito de

“agradecer” a ela por essa.

5 TEXTO 5 - Gênero: Diário. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 120. Kinney, Jeff. Diário de um banana.São Paulo: Veragara & Riba Editoras, 2008, p. 93 e 94.

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TEXTO 6

Flores6

Muitas pessoas acham as fl ores bonitas e gostam de olhar para elas em jardins ou vasos.

Alguns artistas, como a pintora brasileira Tarsila do Amaral, pintaram quadros representando fl ores.

Outra razão pela qual as pessoas gostam das fl ores é que elas são perfumadas. Muitos perfumes são feitos com substâncias extraídas de fl ores.

Flores como alimentoAs fl ores estão presentes até mesmo na hora das refei-

ções. É isso mesmo!Brócolis, couve-fl or e alcachofra são exemplos de fl ores

comestíveis.

As fl ores na vida das plantasExistem muitas razões para gostarmos de fl ores. Elas têm função na vida das plantas, assim como

as raízes, o caule e as folhas.É por meio das fl ores que a maior parte das plantas se reproduz.As fl ores têm partes femininas e partes masculinas.Em algumas plantas, as duas partes estão na mesma fl or, como no caso da açucena e do feijoeiro.

Em outras plantas, as fl ores são apenas femininas ou apenas masculinas.

Plantas sem fl oresNem todas as plantas têm fl ores. Algumas, como as samambaias e os musgos, não têm fl ores,

nem sementes. Essas plantas se reproduzem de outras formas.

6 TEXTO 6 - Gênero: Texto explicativo. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 184. Obra elaborada pela Equipe de Pesquisa e Desenvolvimento da Sangari do Brasil, 2006, p.78, 80 e 81.

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TEXTO 7

Flor de mamulengo7

Bia Bedran

- Era uma vez uma boneca de teatro. Uma boneca de teatro de mamulengos. Ela era apaixonada pelo seu colega de trabalho, um boneco da mesma companhia. Só que ele não era apaixonado por ela...

Eu sou a Flor do MamulengoMe apaixonei por um bonecoE ele neco de se apaixonarNeco de se apaixonarNeco de se apaixonarE ele neco... - Ai, meu coração apaixonado!Já estou com os nervos à fl or do panoDe desenganos, vou ter um treco, ai, ai, cruz credoE ele neco de se apaixonarNeco de se apaixonarNeco de se apaixonarE ele neco...Se no teatro eu não te atar,Boneco, eu juro, vou me esfarrapar!Eu não consigo viver sem teu dengo,Meu mamulengo!- A boneca não conseguiu o amor do boneco. Ele, por sua vez, está até hoje procurando seu gran-

de amor... Ah, as histórias são assim mesmo, acontecem assim, como muitas vezes na vida.E ele neco de se apaixonarNeco de se apaixonarNeco de se apaixonarE ele neco...Se no teatro eu não te atar, Boneco, eu juro, vou me esfarrapar!Eu não consigo viver sem teu dengo,Meu mamulengo!

7 TEXTO 7 - Gênero: Letra de canção. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 177.

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TEXTO 8 Bilboquê8

Material• 1 copo de plástico• 1 pedaço de barbante de 60 centímetros • Meia folha de jornal• Fita crepe

Modo de fazer• 1. Faça um pequeno buraco no fundo do copo.• 2. Passe o barbante pelo furo e dê um nó na ponta que fi cou dentro do copo.• 3. Faça uma bolinha de jornal do tamanho de uma bola de pingue-pongue.• 4. Coloque fi ta crepe em volta da bolinha.• 5. Prenda a bolinha na ponta livre do barbante.

Como brincar• Enceste a bolinha dentro do copo sem a ajuda da outra mão.• Faça movimentos rápidos.• Ganha quem encestar mais vezes.

8 TEXTO 8: Regras de Jogo. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 99. Leite, Márcia, Morelli, Bia e Guimarães, Luciana.Promeiros Textos: alfabetização. São Paulo. FTD, 2001, p.108 e 109.

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TEXTO 9

O leão e as outras feras9

Certo dia o leão saiu para caçar junto com outras três feras, e os quatro pegaram um veado. Com a permissão dos outros, o leão se encarregou de repartir a presa e dividiu o veado em quatro partes iguais. Porém, quando os outros foram pegar seus pedaços, o leão falou:

- Calma, meus amigos. Este primeiro pedaço é meu, porque é o meu pedaço. O segundo também é meu, porque eu sou o rei dos animais. O terceiro vocês vão me dar de presente para homenagear minha coragem e o sujeito maravilhoso que eu sou. O quarto... Bom, se alguém quiser disputar esse pedaço comigo na luta, pode vir que estou pronto. Logo, logo a gente fi ca sabendo quem é o vencedor!

Moral: Nunca forme uma sociedade sem primeiro saber como será a divisão dos lucros.

9 TEXTO 9: Fábula. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 136. Fábula de Esopo. Compilação de Russell Ash e Bernad Higton. São Paulo.Companhia das letrinhas, 1994, p.32.

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TEXTO 10

A princesa e o sapo10

Era uma vez uma bondosa princesa muito bo-nita, de cabelos longos e louros que vivia num reino muito distante.

Um dia, sem querer, a princesa deixou cair uma bola dentro de um lago. Pensando que a bola esti-vesse perdida, começou a chorar.

- Princesa, não chore. Vou devolver a bola para você. – disse o sapo.

- Pode fazer isso? – perguntou a princesa.- Claro, mas só farei em troca de um beijo.A princesa concordou. Então, o sapo apanhou a

bola, levou-a até os pés da princesa e fi cou esperan-do o beijo. Mas, a princesa pegou a bola e correu para o castelo. O sapo gritou:

- Princesa, deve cumprir a sua palavra!O sapo passou a perseguir a princesa em todo lugar. Quando ia comer, lá estava o sapo pedindo

comida. O rei vendo a fi lha emagrecer, ordenou que pegassem o sapo e o levassem de volta ao lago.Antes que o pegassem, o sapo disse ao rei:- Ó, rei, só estou cobrando uma promessa.- do que está falando, sapo?Disse o rei bravo.- A princesa prometeu dar-me um beijo depois que eu recuperasse uma bola perdida no lago.O rei, então, mandou chamar a fi lha.O rei falou à fi lha que uma promessa real deveria ser cumprida. Arrependida, aprincesa começou

a chorar e disse que ia cumprir a palavra dada ao sapo.A princesa fechou os olhos e deu um beijo no sapo, que logo pulou no chão.Diante dos olhos de todos, o sapo transformou em um belo rapaz com roupas de príncipe.Ele contou que uma bruxa o havia transformado em sapo e somente o beijo de uma donzela

acabaria com o feitiço.Assim, ele se apaixonou pela princesa e a pediu em casamento. A princesa aceitou.Fizeram uma grande festa de casamento, que durou uma semana inteira.A princesa e o príncipe juntaram dois reinos e foram felizes para sempre.

10 TEXTO 10 - Gênero: Conto de fadas. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 318. Mini Clássicos Ilustrados. Editora BrasiLeitura.

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TEXTO 11

Havia uma menininha11

Havia uma menininha Com um cacho enroladinhoQue caía bem no meio da sua testa. Quando queria ser educadaEra muito bem comportada,Mas quando era má. Era uma peste.

Um dia subiu as escadas Enquanto seus pais, ocupados, Na cozinha preparavam canapés,E se pôs a plantar bananeiraNa mesa de cabeceira,Batendo palma com os pés.

Sua mãe, ouvindo a algazarra,Pensou: “São os meninos de farra,A brincar de guerra com os amigos”.Mas quando chegou lá em cima E viu as artes da Carolina,Deu-lhe um pito e a pôs de castigo.

11 TEXTO 11: Poema. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 96. Bennett, William J. O livro das virtudes para crianças. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1997, p.32.

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TEXTO 12

Berço de dinossauros12

Há 190 milhões de anos, papais dinos escolhiam o melhor

local para cuidar de seus fi lhotes.Eles reinaram soberanos na Terra em sua época,

mas depois sumiram completamente. Embora haja muitos registros fósseis ao redor do mundo, os dinossauros ainda representam um grande ponto de interrogação no passado da vida no planeta. Agora, uma descoberta pode nos ajudar a saber um pouco mais sobre o comportamento desses bichos enormes: uma escavação na África do Sul revelou vários ninhos de ovos de dinossauros com mais de 190 milhões de anos.

Os ovos pertencem a dinossauros do gênero Massospondylus, que eram herbívoros e andavam sobre duas patas. Foram encontrados 10 ninhos, todos em excelente estado de preservação. “Os sedimentos do solo penetraram nos ovos e se petrifi -caram ao longo do tempo, preservando os esqueletos dos embriões que estavam ali dentro”, conta o paleontólogo Robert Reisz, da Universidade de Toronto Mississauga, responsável pelo estudo.

Os ninhos estavam bem próximos uns dos outros e foram construídos em diferentes períodos. Isso indica que os dinossauros retornavam sempre ao mesmo local para por os seus ovos, geração após geração. A região foi eleita pelos grandalhões provavelmente por ser próxima a um lago e por causa do solo macio, que permitia aos dinos enterrar seus ovos mais facilmente.

Além dos ovos, foram encontradas pegadas de pequenos dinossauros ao redor dos ninhos. Como os fósseis de fi lhotes encontrados não apresentam dentes, os pesquisadores acreditam que as mamães dinossauros cuidavam de seus fi lhotes no começo da vida fora do ovo, levando-lhes alimento.

Que uma mãe cuide de seu fi lhote pode parecer normal para nós, seres humanos. Mas, na natu-reza, esse tipo de comportamento não é regra e, até agora, só havia sido observado em dinossauros mais evoluídos, que viveram há cerca de 70 milhões de anos.

12 TEXTO 12 - Gênero: Notícia. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 320. Revista Ciência Hoje das crianças - http://chc.cienciahoje.uol.com.br/bercario-de-dinossauros/

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TEXTO 13

Biscoitos amanteigados13

Ingredientes• 2 colheres de sopa de açúcar• 1 xícara de manteiga • 2 xícaras de farinha de trigo

Modo de fazer

• Misture tudo numa tigela com as pontas dos dedos, sem apertar muito, até conseguir uma bola meio esfarinhenta. Lave as mãos, seque bem e passe margarina nelas. Separe pequenas quantida-des da massa e achate com delicadeza na palma da mão, formando os biscoitos. Ponha em uma assadeira e leve ao forno fraco. Com uma faca, solte com cuidado, passe no açúcar e arrume num prato. Espere esfriar e é só comer. Pode guardar num pote ou numa lata. Bom apetite!

13 TEXTO 13 - Gênero: Receita. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 102. Azevedo, Ricardo. Você diz que sabe muito, borboleta sabe mais. São Paulo: Moderna, 2007 p. 33.

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TEXTO 14

Simbah o marujo14

Era uma vez, um rapaz chamado Simbad. Ele gostava de aventuras e resolveu ir para a Índia.

Depois de navegar pelos mares, Simbad desembarcou numa pequena ilha. E eis que a ilha se moveu! Aí perceberam que a ilha era uma grande baleia e jogaram-se ao mar.

Simbad nadou muito para se salvar, até que chegou a uma praia deserta. Então, viu um ovo de uma enorme ave marinha e teve a ideia de amarrar-se às patas da ave quando ela viesse chocá-lo.

A ave apareceu, chocou o ovo e depois voou. Simbad, num instante viu-se num vale cheio de diamantes, e conseguiu até pegar alguns. Depois, a ave voou para o litoral e ele se soltou.

Quando pousou perto de algumas casas, os pescadores, então, arranjaram outro barco para outras aventuras de Simbad. Mas, veio uma tempestade e o capitão decidiu aportar no outro lado da ilha. Enquanto descansavam na antiga casa de piratas, um gigante ia devorar a todos, mas Simbad usou um tronco de madeira e jogou-o direto no olho do gigante, que fi cou cego. O gigante fugiu tateando nas árvores.

Simbad e os marinheiros seguiram o gigante até sua casa. Lá, encontraram muitos tesouros deixados pelos piratas. Com o tesouro, Simbad voltou para sua casa e viveu feliz durante muitos anos.

14 TEXTO 14 - Gênero: Conto maravilhoso. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 205.Retirado de: http://pt.shvoong.com/books/1932235-simbad-marujo/

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TEXTO 15

Parlenda15

Da tradição popular

MEIO DIAMeio-dia, macaca Sofi a,panela no fogo,barriga vazia.

Meio-dia macaca assobia, fazendo careta pra dona Maria.

SOL E CHUVASol e chuva,casamento de viúva.chuva e sol,casamento de espanhol.

15 TEXTO 15 - Gênero: Parlenda. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 33.

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TEXTO 16

Carta16

Maringá, 15 de julho de 2006.Querido vô Artur,Muuuiiiito obrigado!Brigado!Brigado!Que presentaço! A molecada babou...Vou contar: pra comemorar meu aniversário de 8 anos, mãe fez uns cachorros-quentes, enco-

mendou aquele bolo gostoso da dona Antônia (o melhor bolo de Maringá), etc., e deixou eu convidar meus amigos pra festa.

A turma chegou lá pelas quatro da tarde. Ganhei vários presentes. Lembra da Marcinha, fi lha de seu Argemiro? Ganhei dela uma camisa do meu time que é dez! Depois, brincamos muito, nos empan-turramos de sandubas, bebemos um montão de refri e então mãe chamou pra cortar o bolo. Já tava na hora ( acho que mãe num aguentava mais aquela molecada suada correndo pra todo lado). Aí, fi cou aquele “bolo” de gente em volta do bolo (de aniversário ). Cantaram “parabéns pra você”, cantaram aquelas baboseiras “com quem será...”, recitaram o “pique”, apaguei as velas... e aí mãe disse que tinha uma surpresa para mim. Todo mundo fi cou curioso. Eu, então... nem se fala. Aí, ela me entregou uma caixa do correio e disse: “Teu avô te mandou”. Vô, juro, meu coração disparou. Sei lá, eu esperava uma camiseta ou umas meias... mas uma BOLA... De couro... e ainda da seleção!!!! Demais! Demais! Todo mundo queria ver e a bola passou de mão em mão. Quem quer bolo?, mãe perguntava. Bolo? Que bolo? Eu e molecada já estávamos lá fora discutindo as posições, formando os times, armando o jogo, organizando a torcida. E aí, vô, minha festa de aniversário fi nalmente começou...

Vô, você é o maior vô do mundo! Eu tô morrendo de saudades! Quando é que o senhor e a vovó vão poder visitar a gente? Não vejo a hora te dar um abraço bem apertado!

Beijo da sua neta,Julinha

16 TEXTO 16: Carta. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 292. Cereja, William Roberto e Magalhães, Thereza Cochar. Portugês Linguagens 3º ano. São Paulo. Atual, 2006, p.23 e 24.

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TEXTO 17

Adivinha17

O que é, o que é,Que quando entra na casaFica do lado de fora?

Está no meio do começo,Está no começo do meio; Estando em ambos assim,Está na ponta do fi m.

O que é, o que éQue todo diaVai pro céu?

17 TEXTO 17 - Gênero: Adivinha. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 47. Furnari, Eva. Adivinhe se puder. São Paulo: Editora Moderna, 2002, p. 8, 9, 10.Respostas: 1. Botão, 2. Letra M, 3. Língua.

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TEXTO 18

Diário18

18 TEXTO 18 - Gênero: Diário. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 122. Benton, Jim. Querido diário otário: os adultos podem virar gente? São Paulo: Fundamento educacional, 2009, p. 67.

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TEXTO 19 Trava-línguas19

Da tradição popular

TEMPO

O tempo perguntou ao tempo, Quanto tempo o tempo tem,O tempo respondeu ao tempoQue não tinha tempo,De ver quanto tempo,O tempo tem.

SEU TATÁ

O seu Tatá tá?Não, o seu Tatá não tá,Mas a mulher do seu Tatá tá.E quando a mulher do seu Tatá tá,É a mesma coisa que o seu Tatá tá, tá?

19 TEXTO 19 - Gênero: Trava-línguas. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 64.

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TEXTO 20

História em quadrinhos20

20 TEXTO 20 - ZIGG, Ivan. Gênero: História em quadrinhos. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 35.

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4o BIMESTRE

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4o ANO

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SUMÁRIO

4o BimestreTexto 01 ............................................................................................................................................33

Texto 02 ............................................................................................................................................34

Texto 03 ............................................................................................................................................35

Texto 04 ............................................................................................................................................36

Texto 05 ............................................................................................................................................38

Texto 06 ............................................................................................................................................39

Texto 07 ............................................................................................................................................40

Texto 08 ............................................................................................................................................41

Texto 09 ............................................................................................................................................42

Texto 10 ............................................................................................................................................44

Texto 11 ............................................................................................................................................45

Texto 12 ............................................................................................................................................47

Texto 13 ............................................................................................................................................48

Texto 14 ............................................................................................................................................49

Texto 15 ............................................................................................................................................50

Texto 16 ............................................................................................................................................51

Texto 17 ............................................................................................................................................52

Texto 18 ............................................................................................................................................53

Texto 19 ...........................................................................................................................................55

Texto 20 ............................................................................................................................................56

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TEXTO 01

Ali Babá e os 40 ladrões1

Era uma vez um jovem chamado Ali Babá. Ele viaja-va pelo reino da Pérsia levando e trazendo notícias para o rei.

Numa das viagens, enquanto descansava, ouviu vo-zes. Subiu numa árvore e viu quarenta ladrões diante de uma enorme pedra. Um deles adiantou-se e gritou: ‘’Abre-te Sésamo!’’

A enorme pedra se moveu, mostrando a entrada de uma caverna, os ladrões entraram e a pedra fechou-se.

Quando os ladrões saíram, Ali Babá resolveu experi-mentar e gritou para a pedra: ‘’Abre-te Sésamo!’’

A enorme pedra se abriu e Ali Babá entrou na ca-verna. Viu um imenso tesouro e carregou o que pôde no seu cavalo e partiu direto em direção ao palácio para pedir a fi lha do sultão, por quem estava apaixonado há muito tempo, em casamento. Quando o sultão viu o dote, aceitou imediatamente.

Ali Babá fi cou muito feliz e resolveu contar para todos que ia se casar. Mas para isso precisava comprar um palácio para a sua princesa. Voltou à pedra e falou: ‘’Abre-te Sésamo!’’

Um dos ladrões estava escondido e viu Ali Babá sair da caverna carregando o tesouro. O ladrão foi contar aos outros o que viu e decidiram pegá-lo. Com as joias, Ali Babá comprou um palácio para sua amada e avisou a todos que daria uma festa no dia do seu casamento.

Os ladrões, sabendo da festa, enfi aram-se em tonéis de vinho vazios para atacar Ali Babá à meia--noite, quando estivesse dormindo. A festa foi tão alegre que o vinho acabou. Ali Babá então, foi à adega verifi car se havia mais e, sem querer, escutou um susurro: ‘’Já deu meia noite?’’ perguntou um dos ladrões.

‘’Já, mas esperem a festa acabar! Aí vamos pegar aquele que está usando o nosso tesouro.’’Voltando à festa, Ali Babá disse: ‘’O vinho estragou e preciso de ajuda para levá-lo daqui.’’Alguns guardas ajudaram a levar os tonéis até um despenhadeiro. ‘’Vamos jogá-los lá embaixo’’,

disse Ali Babá.Ao perceber que seriam jogados, os quarenta ladrões entregaram-se aos guardas. Com os ladrões

presos, Ali Babá fi cou com o tesouro. E a princesa e ele viveram felizes para sempre com a fortuna encontrada.

1 TEXTO 1 - Gênero: Conto maravilhoso. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 371.

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TEXTO 02

O espelho e o dinheiro2

Um dia, um menino perguntou ao seu pai:- Pai, o que é dinheiro?O homem refl etiu um momento, e depois pegou um pedaço de vidro comum e colocou diante dos

olhos da criança.- Olhe através do vidro!Através do vidro, o menino podia ver seu pai, as pessoas que passavam na rua, o vai e vem dos

carros.Depois o pai pegou uma tinta prateada e cobriu uma parte do vidro, para lhe dar a superfície de

um espelho.- Agora, olhe! – Disse ele.Mas nesse vidro o menino só podia ver o seu próprio rosto.- Aí está o perigo do dinheiro. – Acrescentou seu pai. – Ele o leva a enxergar somente você

mesmo.

Moral:

A riqueza leva ao egoísmo.

2 TEXTO 2 - Gênero: Fábula. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 153. Piquemal, Michel e Lagautrière, Phillipe. Fábulas fi losófi cas. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009, p. 70 e 71.

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TEXTO 03

A moça lua3 Naquele tempo não existiam estrelas ou lua. E a noite era tão escura que todos se encolhiam

dentro de casa com medo dela. Na tribo, só uma índia não tinha medo. Ela era uma índia clara e muito bonita, mas era diferente

das outras. E por ser diferente, nenhum índio queria namorar com ela, e as índias não conversavam com ela. Sentindo-se só, começou a andar pelas noites.

Todos fi cavam surpresos com aquilo, e quando ela voltava, dizia a todos que não havia perigo. Mas havia outra índia, feia e escura, que fi cou com inveja da índia clara. E por isso, tentou sair uma noite também. Mas não conseguiu enxergar na escuridão e tropeçou nas pedras, cortou os pés nos gravetos e se assustou com os morcegos. Cheia de raiva, foi conversar com a cascavel.

- Cascavel, quero que morda o calcanhar da índia branca para que ela fi que escura, feia e velha, e que ninguém mais goste dela.

Na mesma hora, a cascavel se pôs a esperar a índia clara. Quando ela passou, deu o bote. Mas a índia tinha os pés calçados com duas conchas e os dentes da cobra se quebraram. A cobra começou a amaldiçoá-la e a índia perguntou porque ia fazer aquilo com ela. A cascavel respondeu:

- Porque a índia escura mandou. Ela não gosta de você e quer que você fi que escura, feia e velha. A índia branca fi cou muito triste com tudo aquilo. Não poderia viver com pessoas que não gos-

tassem dela. E não agüentava mais ser diferente dos outros índios, tão branca e sem medo do escuro. Então, fez uma linda escada de cipós e pediu para que sua amiga coruja a amarrasse no céu. Subiu tanto, que ao chegar ao céu estava exausta. Então dormiu numa nuvem e se transformou num belís-simo astro redondo e iluminado. Era a lua. A índia escura olhou para ela e fi cou cega. Foi se esconder com a cascavel em um buraco. E os índios adoraram a lua, que iluminava suas noites, e sonharam em construir outra escada para poder ir ao céu encontrar a bela índia.

3 TEXTO 3 - Gênero:Fábula. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 371. Retirado de: http://www.f9.felipex.com.br/f9/le_a_moca_lua.htm

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TEXTO 04

Vincent Van Gogh4

Vincent Van Gogh foi um dos artistas mais trágicos que já viveram. Nada parecia dar certo em sua vida, e ele não era muito feliz. Em seus autorretratos, ele nunca aparece sorrindo.

Van Gogh nasceu na Holanda, em 1853, e morreu na França, em 1890. Ao contrário de muitos artistas, Van Gogh decidiu torna-se pintor somente depois de adulto. Antes disso, ele tentou fazer uma porção de coisas.

Ele vendeu quadros em uma galeria de arte. Depois, experimentou dar aulas, trabalhou em uma livraria e também foi pastor, seguindo os passos de seu pai. Nenhuma dessas atividades o satisfez. Então, um dia ele decidiu tornar-se um artista.

Como Van Gogh sempre dava o melhor de si nas coisas que fazia, passou por várias escolas para aprender tudo o que fosse possível sobre desenho e pintura. Seus primeiros desenhos retratam as pes-soas pobres que ele conheceu no tempo em que pregava.

Em suas primeiras telas, Van Gogh pintou as pessoas humildes que ele ajudava. Na obra acima, a família é tão pobre que tem apenas algumas batatas para o jantar. Todos têm a aparência cansada e infeliz. As cores nas primeiras pinturas de Van Gogh são tristes e sombrias. Ele queria mostrar a todo mundo como era dura a vida dos pobres.

Van Gogh continuou usando tons escuros até o dia em que descobriu a riqueza cromática da arte japonesa. Ele se apaixonou pelas cores brilhantes e pelas fortes linhas que viu. Em pouco tempo, as pinturas de Van Gogh passaram a ser muito mais coloridas.

Sabe-se muita coisa sobre o que Van Gogh pensava e fazia porque ele sempre escreveu muitas cartas para seu irmão mais novo, Theo. Theo ajudou bastante o irmão. Encorajou-o a pintar e enviava-lhe dinheiro sempre que podia. Como Van Gogh estava o tempo todo mandando e recebendo cartas, acabou fi cando amigo do homem que lhe entregava a correspondência. Fez diversos retratos desse carteiro e usou a mulher dele como modelo em muitas pinturas.

Em 1886, Vincent mudou-se para Paris, na França, para viver com Theo. Na época, Paris era o centro mundial das artes. Como o negócio de Theo era compra e venda de pinturas, e Vincent queria tornar-se um artista, aquele parecia ser o melhor lugar para ele. Theo apresentou seu irmão a vários pintores enquanto viveram em Paris. Embora naquela época pouca gente os conhecesse, muitos desses pintores se tornaram artistas de renome mundial. Alguns anos depois, Vincent van Gogh decidiu sair de Paris e se mudar para uma pequena cidade no campo, chamada Arles.

Ele achava que Arles seria um ótimo lugar para os artistas conviverem e conversarem sobre suas diferentes ideias. Por isso fez um enorme esforço para convencer diversos pintores a juntar-se a ele, mas o único que aceitou foi Paul Gauguin, embora não estivesse completamente convencido da ideia.

4 TEXTO 4 - Gênero:Biografi a. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 952. Venezia, Mike.Vincent Van Gogh. Coleção Mestres das artes. São Paulo: Moderna, 1996.

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E aconteceu que nada deu certo. Gauguin parecia não apreciar nada do que Van Gogh fazia em Arles. Eles discutiam muito.

Um dia, depois de uma acalorada discussão, Gauguin fi nalmente decidiu deixar Van Gogh e retornar a Paris. Van Gogh fi cou desesperado. Ele desejava sinceramente que as coisas dessem certo entre eles. Van Gogh sempre tivera problemas para lidar com os próprios sentimentos. Algumas vezes ele fi cava tão nervoso e perturbado que ninguém conseguia acalmá-lo. Dessa vez, ele fi cou tão furioso que cortou um pedaço de sua orelha. Depois disso, Van Gogh ainda pintou alguns retratos de si mes-mo. Ele parece ter se arrependido de ter feito aquilo. Vincent Van Gogh piorou muito após a partida de Gauguin. Às vezes, ele estava nervoso demais para pintar, outras vezes estava triste demais. Quando se sentia bem, Van Gogh pintava melhor que nunca.

Van Gogh normalmente aplicava a tinta de modo grosseiro. Às vezes pintava tão rápido que nem misturava as cores: usava as tintas direto do tubo. Van Gogh usava tanta tinta que estava sempre precisando de mais. Ele preferia fi car sem comer a fi car sem pintar. Assim, para comprar mais tintas, ele passava fome a maior parte do tempo, e sua saúde era ruim.

Quase ninguém se interessou pelo trabalho de Van Gogh enquanto ele era vivo. Ele vendeu ape-nas alguns esboços e talvez uma ou duas pinturas. Nas duas últimas décadas do século XIX (1880 a 1889), as pessoas ainda não estavam acostumadas com os vibrantes “movimentos” de suas pinturas. Mas hoje as são diferentes. O mundo aprendeu a apreciar a beleza de sua arte.

Hoje em dia, as pinturas de Van Gogh estão dentre as mais populares do mundo. Van Gogh deu vida às suas pinturas com o uso da cor.

Seus tons são tão vibrantes e belos que quase podemos sentir o cheiro das fl ores que ele pintou, ou ainda nos ofuscar com o brilho do sol. Suas pinceladas dão o tudo uma aparência de movimento. Árvores, estrelas e pessoas adquirem vida.

Talvez muito mais do que em qualquer outro pintor, os sentimentos vêm à tona nos quadros de Van Gogh. É por isso que ele é considerado um dos maiores artistas do todos os tempos.

É muito melhor apreciar pessoalmente os quadros de Van Gogh do que ver as reproduções que apresentamos aqui. A quantidade de tinta que ele usava, o vigor de suas pinceladas e o brilho de suas cores são de uma beleza indescritível. As obras reproduzidas neste livro encontram-se nos museus relacionados abaixo. Eles fi cam na Europa e nos Estados Unidos.

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TEXTO 05

A química da amizade5

Que ter amigos é bom, todo mundo sabe! Mas será que isso mexe com a química de nosso corpo?

Brincar é uma delícia. Com um amigo para aumentar a bagunça, então, nem se fala! Por outro lado, quem não acha mais fácil passar por uma situação triste quando se tem um amigo do peito para enfrentar junto os problemas?

Isso parece óbvio, aposto que todo mundo vai concordar. Mas alguns cientistas do Canadá estão tentando desvendar a química por trás do ombro amigo nas horas difíceis. Um estudo recém-divul-gado aponta que a presença de um melhor amigo suaviza o efeito que as experiências negativas têm sobre nós.

Os resultados foram obtidos a partir da análise de amostras de saliva – eca! – e também de ques-tionários preenchidos por crianças.

Funcionava assim: as crianças participavam do estudo durante quatro dias escolares seguidos. Várias vezes por dia eram recolhidas amostras de saliva e cada um dos participantes preenchia um questionário sobre os acontecimentos do dia e como estavam se sentindo no momento.

Com isso, os pesquisadores pretendiam avaliar a autoestima dos participantes e também a pre-sença, na saliva, de uma substância chamada cortisol – um hormônio liberado pelo nosso corpo quan-do passamos por uma situação de estresse.

Eles observaram que, quando as crianças tinham uma experiência negativa, como serem provo-cadas por colegas, a produção de cortisol aumentava. Porém, se o melhor amigo ou amiga estivesse por perto, ela não era tão grande.

“Quando as crianças passam por uma experiência negativa e não têm um amigo por perto, seu corpo precisa estimular mais o funcionamento dos mecanismos de produção do cortisol para lidar com o estresse”, explica William Bukowski, da Universidade de Concordia, que participou do estudo.

A química por trás disso tudo pode parecer complicada, mas um amigo de verdade é muito sim-ples de entender: está aí para todas as horas!

5 TEXTO 5 - Gênero: Notícia. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 327.Revista Ciências hoje das crianças - http://chc.cienciahoje.uol.com.br/a-quimica-da-amizade/

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TEXTO 06

Diário6

Quinta-feira

Esta noite, a mamãe veio até o meu quarto com um folheto na mão. Assim que eu vi, sabia EXA-TAMENTE o que era aquilo.

Era um anuncio dizendo que a escola está escalando os atores para uma peça. Cara, eu devia ter jogado aquela coisa fora quando eu a vi na mesa da cozinha.

Eu IMPLOREI para não ter que me inscrever. Essas peças da escola são sempre musicais, e a última coisa que eu preciso é ter que cantar um solo na frente da escola inteira.

Mas todos os meus pedidos só fi zeram a mamãe ter mais certeza de que eu devia atuar.Ela disse que o único jeito de eu fi car “bem preparado” era tentando coisas diferentes.O papai entrou no quarto para ver o que estava acontecendo. Falei para ele que a mamãe queria

que eu me inscrevesse nessa peça da escola e que, se eu tivesse que começar a ensaiar, iria bagunçar totalmente o meu programa de levantamento de peso.

Eu sabia que isso iria fazer o papai fi car do meu lado. Ele e a mamãe discutiram por alguns mi-nutos, mas o papai não era páreo para ela.

Isso quer dizer que amanhã tenho que fazer a audição para a peça da escola.

6 TEXTO 6 - Gênero: Diário. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 239. Kinney, Jeff. Diário de um banana.São Paulo: Veragara & Riba Editoras, 2008, p. 95 e 96.

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TEXTO 07

Ou isto ou aquilo7

Cecília Meireles

Ou se tem chuva e não se tem sol, Ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,Ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fi ca no chão,Quem fi ca no chão sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possaestar ao mesmo tempo nos dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,se saio correndo ou fi co tranquilo.

Mas não consegui entender aindaqual é melhor: se é isto ou aquilo.

7 TEXTO 7: Poesia. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 164. MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo. 6 ed. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1990, p. 38 e 38.

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TEXTO 08

Reciclagem: respeito à vida8

Depois de criar tantas invenções, o homem teve que pensar em como iria garantir a vida no pla-neta para as gerações futuras.

A necessidade de preservar o meio ambiente se transformou em preocupação mundial.Com isso, por volta de 1970, a palavra reciclagem passou a ser mais usada. Reciclar é reutilizar

materiais como papel, vidro latas e plástico. Todos eles podem ser coletados e processados para servi-rem na fabricação de novos produtos.

A reciclagem diminui o desperdício e ajuda a evitar que os recursos da natureza se esgotem.Você sabia que 50 quilos de papel reciclado evita que uma árvore seja cortada? Que 50 quilos de alumínio reciclado evita a extração de cerca de 5 mil quilos de bauxita, um

minério muito importante para a preservação do solo do nosso planeta?Separar o lixo que produzimos em casa é uma maneira de impedir que materiais recicláveis se

misturem aos restos de alimentos e deixem de ser reaproveitados.Por isso, nada de jogar fora plástico, papel, vidro ou alumínio. Esses materiais não são lixo e de-

vem ir para a reciclagem.

8 TEXTO 8:Texto explicativo. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 204. Tulchinski, Lúcia.Invenções geniais.São Paulo: Globo, 2004, p.24 e 25.

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TEXTO 09

Acredito na rapaziada9

Gonzaguinha

Eu acredito é na rapaziadaQue segue em frente e segura o rojãoEu ponho fé é na fé da moçadaQue não foge da fera e enfrenta o leãoEu vou à luta com essa juventudeQue não corre da raia a troco de nadaEu vou no bloco dessa mocidadeQue não tá na saudade e constróiA manhã desejadaAquele que sabe que é negroo coro da genteE segura a batida da vida o ano inteiroAquele que sabe o sufoco de um jogo tão duroE apesar dos pesares ainda se orgulha de ser brasileiroAquele que sai da batalhaEntra no botequim, pede uma cerva geladaE agita na mesa logo uma batucadaAquele que manda o pagodeE sacode a poeira suada da luta e faz a brincadeiraPois o resto é besteiraE nós estamos pelaí...Eu acredito é na rapaziadaQue segue em frente e segura o rojãoEu ponho fé é na fé da moçadaQue não foge da fera e enfrenta o leãoEu vou á luta com essa juventudeQue não corre da raia a troco de nadaEu vou no bloco dessa mocidadeQue não tá na saudade e constróiA manhã desejada

9 TEXTO 9- Gênero: Letra de canção. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 314.

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Aquele que sabe que é negroo coro da genteE segura a batida da vida o ano inteiroAquele que sabe o sufoco de um jogo tão duroE apesar dos pesares ainda se orgulha de ser brasileiroAquele que sai da batalhaEntra no botequim, pede uma cerva geladaE agita na mesa logo uma batucadaAquele que manda o pagodeE sacode a poeira suada da luta e faz a brincadeiraPois o resto é besteiraE nós estamos pelaí...Eu acredito é na rapaziada.

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TEXTO 10

Piada10

O viajante

O Joãozinho perguntou para a professora:- Professora, você sabe a piada do viajante? A professora respondeu:- Não. E o Joãozinho retrucou:-Ah! Quando ele voltar ele te conta!

Eca!

No restaurante, o freguês chama o garçom:- Tem uma mosca no meu prato!- É o desenho do prato, meu senhor.- Mas tá se mexendo!- Oh! É desenho animado!

10 TEXTO 10 - Gênero: Piada. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 79

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TEXTO 11

Ano bissexto11

Está chegando o dia 29 de fevereiro, coisa que não acontece todo ano! Mas porque não?Outro dia alguém perguntou por que o ano bissexto se chama assim, se só acontece de quatro em

quatro anos. Fiquei pasma de nunca ter pensado nisso! Por que ano bissexto, e não ano quarto, ano quadrado ou coisa parecida? Fui investigar.

A primeira coisa a considerar é que o ano bissexto existe para corrigir a diferença entre o ano solar e o ano do nosso calendário: a Terra leva 365 dias e 6 horas para girar em torno do sol, mas nosso calendário só tem 365 dias. Ao longo de vários anos, essas horas fazem diferença!

Na Antiguidade, imagine você, já aconteceu de o calendário “ofi cial” e o ano solar contarem mais de três meses de diferença – o que, é claro, gera uma confusão danada na hora de contar as estações do ano e as épocas de plantio e colheita, por exemplo. Por isso, o imperador romano Júlio César decidiu dar um basta e arrumar, com a ajuda de um astrônomo, um calendário que não se distanciasse tanto dos anos solares – assim surgiu o primeiro calendário com ano bissexto.

Após as modifi cações feitas por Júlio César no ano 46 antes da nossa era, durante um bom tem-po, ninguém conseguiu contabilizar os anos bissextos direito. Só no ano 8 da nossa era é que as contas foram acertadas.

César fez tantas modifi cações no calendário que ele até passou a se chamar juliano, em homena-gem ao próprio imperador. O ano passaria a ter início no dia 1 de janeiro – antes, começava em março – e, para corrigir os desvios passados, decretou-se que o ano 46 antes da nossa era teria 445 dias. As mudanças foram tantas que este fi cou conhecido como o “Ano da Confusão”.

Júlio César também estabeleceu que, a partir do ano seguinte, haveria um ano bissexto a cada 4 anos. Em vez de criar um novo dia, a ordem era duplicar o dia 24 de fevereiro, o que nos ajuda a explicar a confusão do nome “bissexto”.

Naquela época, os nomes dos dias eram baseados no ciclo lunar. Cada mês tinha três dias fi xos: Calendas (lua nova), Nonas (quarto crescente) e Idus (lua cheia). Os outros dias eram chamados em relação a estes. Assim, 24 de fevereiro era chamado de “antediem sextum Calendas Martii”, ou “sexto dia antes da Calendas de Março”. Com a duplicação deste dia nos anos bissextos, ele passou a ser chamado de “antediem bis-sextum Calendas Martii”!

O dia extra foi incluído em fevereiro porque, na época de César, este era o último mês do ano, considerado ao mesmo tempo o mês da purifi cação e do azar.

Parecia que o problema do calendário tinha sido defi nitivamente resolvido, mas ainda não foi desta vez. Tempos depois, novos cálculos mostraram que o ano solar não tem 365 dias e 6 horas, e sim 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Com isso, simplesmente a soma de um dia a cada quatro anos não resolvia o problema, porque, depois de muitos anos, estes 11 minutos e 14 segundos também iam fazer diferença.

11 TEXTO 11- Gênero: Texto explicativo. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 717Retirado de: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/ano-bissexto-ano-da-confusao/

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Quem fez a mudança desta vez foi o papa Gregório XIII, em 1582 – e o calendário passou a ser chamado de gregoriano, como é até hoje. Na época, a diferença entre o ano do calendário e o ano solar já era de mais de 10 dias. Para acertar a diferença, Gregório estabeleceu que, naquele ano, depois do dia 4 de outubro viria o dia 15. Pobre de quem fazia aniversário neste intervalo!

O papa Gregório XIII, ao reformular o calendário, incluiu o dia 29 de fevereiro nos anos bissextos, acabando com a duplicação do dia 24 de fevereiro, proposta por Júlio César.

Para que a diferença entre os dias do ano não voltasse a aparecer, Gregório fez as contas e criou uma fórmula que praticamente resolveu a questão: os anos bissextos agora são os múltiplos de quatro, à exceção dos múltiplos de 100. A exceção à esta exceção é o ano múltiplo de 400, que também é bissexto. Não vai me dizer que achou confuso!

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TEXTO 12

Esquisitices12

Eu hoje acordeiMuito esquisito.

Já comi o pé da mesaE bebi café com mosquito,Fui à praia e no mar,Pesquei um peixe frito.

Eu hoje acordei Muito esquisito.

Dei bom dia pra cavaloE relinchei pro cabrito,Me pendurei no varal:Logo que estiver seco, grito!

Eu hoje acordeiMuito esquisito.

Cuspi fogo na toalhaE engoli um periquito.Eu tô que tô: eu hoje,Muito esquisito!

12 TEXTO 12 – Gênero: Poema. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 92. Capparelli, Sérgio.111 poemas para crianças. Porto Alegre: L&PM, 2006, p.86.

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TEXTO 13

História em quadrinhos13

13 TEXTO 13- Gênero: História em quadrinhos. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 58.

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TEXTO 14

Entrevista14

Ao longo da carreira, Beatriz Martini Bedran já fez de tudo. Foi artista, cantora, compositora, escritora e apresentadora de pro-grama de televisão.

FLU Revista - Você começou a estudar música ainda criança. Seus pais a incentivaram?

Bia Bedran - Com seis anos fi z minha primeira música. Como ainda não escrevia direito, mamãe anotou a letra. E fi cou na dúvida se a canção era realmente minha, pois era toda certinha, rimava senhor, amor e salvador... Eu inventava versinhos toda hora. Acabei fazendo um arquivo de músicas. Meus pais sempre me apoiavam.

FLU Revista - A maioria de suas composições tem caráter educativo. Até que ponto o artista pode contribuir para melhorar o mundo?

Bia Bedran - O artista infl uencia muito a vida das pessoas, o bom artista marca para sempre. O artista não pode mudar o mundo, mas muda uma pessoa. E as pessoas mudam o mundo.

FLU Revista - Pretende voltar as participar de programas na TV?Bia Bedran - Tenho vontade de voltar a trabalhar na televisão. O problema é que eu tenho muitas

dúvidas sobre o que eu poderia fazer a não ser contar histórias e tocar meu violão.

14 TEXTO 14- Gênero: Entrevista. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 234. Albuquerque, Amélia Maria Brito de, Carvalho, Célia Maria Bernardo e Accioly, Iana Mamede.Aprender Construindo: Letra-mento e alfabetização linguística. Fortaleza: IMEPH, 2009, p.267 e 268. (Revista O Fluminense)

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TEXTO 15

Adivinha15

À meia noite, acorda vocês,Sabe da hora, não sabe do mês.Tem esporas sem ser cavaleiro, cava no chão e não acha dinheiro

Não me queira possuir,Não me permita crescer,Porque se não me matar,A você eu matarei.

O que é, o que é:Que quanto maior, menos se vê,Quanto menor mais se vê?

15 TEXTO 15 - Gênero: Adivinha. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 93. Furnari, Eva. Adivinhe se puder. São Paulo: Editora Moderna, 2002, p. 15, 17, 19.Respostas: 1. Galo, 2. Peru, 3.Fome

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TEXTO 16

Reportagem16

16 TEXTO 16- Gênero: Reportagem. Revista Veja – 16/02/2011.

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AULA 17

Passa anel17

Como jogar

1. Os jogadores sentam-se em roda.2. Uma criança é escolhida para passar o anel.3. Os participantes deixam as palmas das mãos unidas.4. O passador esconde um anel entre as mãos.5. Depois passa suas mãos no meio das mãos de cada um dos participantes.6. O passador deixa cair o anel, sem que ninguém perceba, nas mãos de um dos participantes.7. O passador pergunta a uma das crianças: “com quem está o anel?”8. Se a criança acertar com quem está o anel, será o novo passador.

17 TEXTO 17: Regras de Jogo. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 124. Leite, Márcia, Morelli, Bia e Guimarães, Luciana.Promeiros Textos: alfabetização. São Paulo. FTD, 2001, p.120 e 121.

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TEXTO 18

Severino faz chover18

Era uma vez um menino chamado Severino. O menino Severino não tinha nada demais, era um menino como muitos outros.

Magrinho, levado, moreno e cabeludo.A mãe dele brincava que ele também era “zoiúdo”, por causa dos olhos pretos de Severino, gran-

des e arregalados.Severino era mesmo muito parecido com uma porção de outros meninos que a gente conhece.A terra de Severino é que não era muito parecida com uma porção de outros lugares que a gente

conhece.Sabe por quê? É que lá quase nunca chovia. Por isso a terra era seca, cheia de poeira, tudo

era amarelo. Muitas árvores não tinham mais folhas. Nem fl ores. Nem frutas gostosas para a gente comer. Tudo estava seco, até o riozinho. E as pessoas iam fi cando tristes. Mas Severino não fi cava triste. Ele era muito alegre e cheio de ideias.

Um dia, resolveu fazer uma surpresa para todo mundo. Cismou que ia fazer chover. E perguntou:- Papai, como é que chove?O pai disse que as nuvens guardam uma espécie de aguinha, que um dia cai e é chuva, mas não

sabia como é que isso acontece. Então Severino viu umas nuvens lá no céu e teve a ideia de falar com elas para chover. Começou a cantar:

- Chove, chuva, chove sem parar... Mas não choveu. Severino achou que era porque as nuvens estavam tão altas que não ouviram.

Chamou todas as crianças. E cantaram:- Tomara que chova três dias sem parar, oi!Mas não choveu. Aí Severino resolveu mandar uma carta para as nuvens.Mas ele não sabia escrever. Nem os amigos dele. Fizeram então uma porção de desenhos para

mandar. Desenharam a terra seca, desenharam a chuva, desenharam a terra molhada, bonita, com plantas e os bichos bem felizes.

Agora, que os desenhos já estavam prontos era preciso entregar. As crianças começaram a jogar papéis para cima, mas o vento não deixava que eles subissem e todos caíam logo.

Um menino enrolou o desenho dele e fez uma bolinha. A bola foi mais alto, mas não chegou ao céu. E até parecia que as nuvens queriam saber o que era aquilo, porque elas começaram a aparecer aos montes, bem em cima da terra deles. Mas Severino logo pensou outra coisa.

Apanhou um galho que tinha uma forquilha e amarrou um elástico. Fez uma coisa que muitos meninos conhecem. Uns chamam de bodoque, outros chamam de atiradeira outros chamam de esti-lingue, outros chamam de seta.

Mas todos sabem que serve para jogar bolinhas de papel bem longe... E as crianças começaram a jogar os desenhos para as nuvens. Estavam todos muitos contentes com a idéia. Só que não choveu.

18 TEXTO 18 - Gênero: Narrativa. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 794. Machado, Ana Maria.Severino faz chover.São Paulo: Editora Moderna, 2006.

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Severino pensou outra coisa. Dobrou os desenhos de um jeito especial e fez gaivotas e aviõezi-nhos de papel, que voavam bem alto, iam até perto das nuvens. Mas não choveu. Então ele teve uma idéia melhor. Resolveu fazer uma pipa, com taquara, e papel de seda. Uma pipa é um brinquedo lindo, que muitos meninos conhecem. Uns chamam de arraia, outros chamam de papagaio, outros chamam de pandorga. Mas todos sabem que ela vai alto no céu. E o menino dono dela fi ca aqui embaixo, se-gurando uma linha comprida amarrada na pipa, que sobe e brinca no céu.

Quando a pipa fi cou pronta, os meninos enfi aram os desenhos na linha.Os desenhos foram subindo, subindo, mas não chegaram até as nuvens...Então Severino teve uma idéia: amarrou os desenhos na perninha de um pombo-correio. O pom-

bo subiu e sumiu lá em cima, nas nuvens. Depois ele desceu sem os desenhos dos meninos. As nuvens devem ter gostado, porque, de repente, começou a chover...

No começo foi devagarinho. Um pingo aqui, outro ali. Tip-top-tip-top-tip-top-tip-top...Todo mundo sentia um cheirinho bom de terra molhada. Depois foi aumentando. Caía água que era uma beleza. A água formou poças e riozinhos, onde os meninos soltavam barquinhos de papel.

As crianças fi caram molhadas e foram para dentro de casa. As árvores sem folhas fi caram molha-das. A chuva durou uma porção de dias.

Quando passou a chuva e as coisas foram secando um pouco, estava tudo tão bonito!...Os passarinhos e as borboletas vieram de longe brincar com as fl ores e as frutas gostosas que

estavam nascendo. O rio fi cou cheio de água e de peixinhos. Todo mundo fi cou muito contente. Mas ninguém estava tão contente como Severino. Porque ele sabia que a chuva era uma surpresa dele, um presente das crianças para todo mundo. Quando ele dizia isso, a gente grande ria e não acreditava.

Mas todas as crianças acham que foi Severino quem fez chover. Eu também acho. E talvez até você.

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TEXTO 19

A velha contrabandista19

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambre-ta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lam-breta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfi ar da velhinha.

Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fi scal perguntou assim para ela:

– Escuta aqui vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?

A velhinha sorri com os poucos dentes que ainda lhe restavam e mais os outros que adquirira no odontólogo, e responde:

– É areia!Aí quem sorriu foi o fi scal. Acho que não era areia coisa nenhuma e mandou a velhinha saltar da

lambreta para examinar: lá dentro só tinha areia.Muito encabulado, ordenou a velinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora,

com o saco de areia atrás.Mas o fi scal fi cou desconfi ado ainda. Talvez a velinha passasse um dia com areia e no outro com

muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fi scal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fi scal examinou e era mesmo.

Durante um mês seguido o fi scal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

Diz que aí o fi scal se chateou:– Olha aqui vovozinha, eu sou fi scal da alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de

contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.– Mas no saco só tem areia! Insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fi scal propôs:– Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apresento queixa, não

conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?

– O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha.– Juro – respondeu o fi scal.– É lambreta!

19 TEXTO 19: Texto narrativo. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 384. Alves, Jamila e Luiz, João. Caminhos do letramento. Fortaleza: Livro Técnico, 2002, p.213 e 214.

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TEXTO 20

Jogo de boliche20

Material

• 10 garrafas plásticas de refrigerante do mesmo tamanho.• Jornal.• Fita crepe.• Pedaços de tecido ou de papel colorido.

Como fazer

• Amasse algumas folhas de jornal até formar uma bola. Passe bastante fi ta crepe envolvendo a bola para deixá-la fi rme e pesada.

• Lave as garrafas e coloque pedaços de tecido ou de papel colorido em seu interior para en-feitar.

Como jogar

• Arrume as garrafas como se fossem os pinos do boliche: uma fi leira com 4 garrafas, uma com 3 garrafas, uma com 2 garrafas e a última com uma garrafa só, bem na frente.

• Agora vamos ver quantas garrafas você consegue derrubar! Jogue a bola na direção das garrafas.

20 TEXTO 20: Regras de jogo. Total de palavras para prática de fl uência leitora: 156. Albuquerque, Amélia Maria Brito de, Carvalho, Célia Maria Bernardo e Accioly, Iana Mamede.Aprender Construindo: Letra-mento e alfabetização linguística. Fortaleza: IMEPH, 2009, p.191.

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