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Colégio Estadual José de Anchieta – Ensino Fundamental e MédioRua Santos Dumont, 515, Água-Boa, Paiçandu-PR
Fone-fax: 44-3240-1023 e-mail: [email protected] POLÍTICO PEDAGÓGICO
Sumário
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................2
2 IDENTIFICAÇÃO........................................................................................................3
3 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA INSTITUIÇÃO..........................................................4
4 CURSOS OFERTADOS.............................................................................................5
5 MARCO SITUACIONAL.............................................................................................8
6 ORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR........................................................9
7 ÓRGÃOS COLEGIADOS.........................................................................................13
8 CARACTERIZAÇÃO SÓCIO - ECONÔMICA E CULTURAL DA COMUNIDADE
ESCOLAR...................................................................................................................14
9 PLANO DE TRABALHO...........................................................................................18
10 MARCO CONCEITUAL..........................................................................................24
11 PROCESSO DE AVALIAÇÃO...............................................................................32
12 MATRIZ CURRICULAR ........................................................................................32
13 OBJETIVOS DA UNIDADE ESCOLAR.................................................................33
14 OBJETIVOS DO ENSINO......................................................................................35
15 PROPOSTAS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL..........................37
16 PROPOSTAS CURRICULARES DO ENSINO MÉDIO.......................................139
17 ANEXOS...............................................................................................................245
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1 INTRODUÇÃO
O presente projeto tem por objetivo, enfatizar a linha de trabalho, isto é, a
identidade da escola estadual José de Anchieta, mostrando assim toda a
organização da mesma, como um todo desde o pedagógico até o físico, para atingir
os fins do processo educacional.
O Projeto Político Pedagógico é um processo permanente, flexível e
democrático de decisões e reflexões, elaborado coletivamente por todos os
segmentos da comunidade escolar.
Sabemos que nos dias atuais, a escola pública de maneira geral passa por
uma crise no sentido de diretriz de trabalho tendo em vista que a sociedade de
Consumo tem se transformado e a escola não tem formado cidadãos críticos e
atuantes.
O Projeto Político Pedagógico vem justamente para suprir essa necessidade
em que abre espaço para as escolas se adequarem à sua realidade, que a
transmissão social dos conhecimentos historicamente acumulados.
Baseado na fala de Gadotti, todo o projeto pressupõe rupturas com o
presente e promessas para o futuro, é possível fazer uma leitura melhor do Projeto
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Político Pedagógico entendendo que essa ruptura ocorra de maneira gradual
retomando algumas atitudes passadas que obtiveram sucesso e propor ideias para
que sejam implantadas num futuro não muito distante.
Abrindo discussões, o Projeto Político Pedagógico além de propor o seu papel
original acaba tendo a finalidade de integração entre os agentes da escola,
desenvolvendo dessa maneira, um sentimento de responsabilidade com o ensino.
O Projeto Político Pedagógico expressa as formas metodológicas a cerca do
entendimento dos professores na escola, da atuação democrática das instâncias
colegiadas, do processo de ensinar e de aprender, da sociedade participativa, e da
concepção de homem que se quer para viver nesta sociedade.
O objetivo do Projeto Político Pedagógico é ser a identidade da escola,
expressando uma dinâmica curricular significativa que dê conta de mobilizar as
pessoas (alunos, professores, pais e funcionários), para a construção do
conhecimento e socializar os processos de produção deste conhecimento, de modo
a garantir a todos a participação efetiva, cumprindo assim, o papel de instituição
laica e democrática, formadora de cidadãos conscientes de sua realidade social e
conhecedores dos seus direitos e deveres.
2 IDENTIFICAÇÃO
Denominação: Colégio Estadual José de Anchieta – Ensino Fundamental e
Médio.
Código: 1770
Endereço: Rua Bom Sucesso, 55. Distrito de Água Boa CEP: 87.145-000.
Município: Paiçandu – PR
FONE/FAX: (44) 3240 – 1023.
E-mail: [email protected]
NRE: Maringá.
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná.
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3 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA INSTITUIÇÃO
O presente Projeto Político Pedagógico Reflete a identidade do Colégio
Estadual José de Anchieta – Ensino Fundamental e Médio, localizado a Rua Bom
Sucesso, 515, no distrito de Água Boa – município de Paiçandu, mantido pelo poder
Público, administrado pelo órgão da Secretaria de Educação (SEED), do Estado do
Paraná, oferta o Ensino de 5ª a 8ª série do Ensino fundamental, com autorização de
funcionamento do Estabelecimento N.º 39/81 de 13/01/82, ato de Reconhecimento
do Estabelecimento resolução N.º 4324/83 de 16/01/84, Reconhecimento do Curso à
Resolução N.º 4.324/83, em 16/01/84-Renovação de Reconhecimento do curso
Ensino Fundamental, Resolução nº 3371/03 Diário Oficial de 22/01/2004, e sendo
implantado o Ensino Médio em 2008, recebeu autorização para funcionamento
através do parecer 484/08 CEF/SEED, protocolo 9759571-9. Atualmente o ensino
Médio esta em processo de reconhecimento, sendo enviada documentação em
2009.
Tendo este estabelecimento como origem e fundação em 1970, com o nome
de Ginásio Presidente Costa e Silva e seu funcionamento se deu em 1.971 de
acordo com o Decreto Estadual N.º 722122 de 30 de dezembro de 1.970, publicado
no Diário Oficial de 30/12/1. 970, tendo como Entidade Mantenedora a Campanha
Nacional de Educandários da Comunidade C.N.E.C, denominado Ginásio Estadual
de Paiçandu – Extensão Água Boa no ano de 1975, que hoje tornou o atual Colégio
José de Anchieta – Ensino Fundamental e Médio. Contando com dois turnos de
aula. No período da manhã, tendo horário de entrada às 07h30min horas e saída às
11h50min horas, com 04 turmas e com 110 alunos; no período noturno tendo horário
de entrada às 19h00min e saída às 11h00min horas, com 03 turmas e com 84
alunos.
O Colégio Estadual José de Anchieta recebeu este nome em homenagem ao
grande apóstolo do Brasil JOSÉ DE ANCHIETA. Nascido em São Cristóvão da
Laguna, na Ilha de Tenerife, Arquipélago das Canárias, em 19 de março de 1534 e
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foi batizado a 07 de abril seguinte. Seu pai, João de Anchieta, natural de Guipúzcoa,
na Espanha, descendia da nobre família dos Anchietas. A mãe Dona Mencia Diaz de
Clavijo Llarena, era filha de Sebastião de Llarena, sobrinho do capitão D. Fernando
de Llarena, um dos primeiros conquistadores de Tenerife.
Em sua infância, teve grande amor a seus estudos, correspondendo aos
desvelos de seus pais que o educavam no Santo temor de Deus. Cresceu
estabelecendo um regulamento de vida exemplar. Celebrou sua primeira missa no
dia da conversão de São Paulo, em um pequeno altar, pois ainda não havia igreja.
Por esta causa se dedicou aquela casa a São Paulo, que leva o seu nome.
José de Anchieta, de origem católica, sofreu muito em sua trajetória de
missionário, passou fome e frio, mas não se deixou abater por isso. Catequizou os
índios, onde os ensinou a ler e a escrever, propagando assim, a fé Cristã.
José de Anchieta foi um precursor da paz e do amor para com o próximo.
Nunca mediu esforços para trabalhar em virtude do Senhor. Em vida, foi um
exemplo de pessoa carismática.
4 CURSOS OFERTADOS
4.1 Ensino Fundamental
O Colégio Estadual José de Anchieta oferta o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª
séries, conforme o artigo 32 da LDB:
Art.32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e
gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I - O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos
o pleno domínio da oralidade, da leitura, da escrita e do cálculo.
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II - A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade,
III – O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores,
IV – O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social,
§ 1º é facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em
duas;
§ 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular, podem adotar no
ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação
do processo de ensino e de aprendizagem, observadas as normas do respectivo
sistema de ensino.
§ 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa,
asseguradas às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e
processos próprios de aprendizagem.
§ 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância
utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais.
O curso ofertado tem por finalidade dar suporte de conhecimento para que o
para discente tenha condição de ingressar no ensino médio.
É relevante ressaltar que o ensino fundamental necessita de recursos
didáticos tendo em vista que o público alvo é infanto juvenil, e o ensino ser de
qualidade deve vir de encontro com aos anseios deste público.
4.2 Ensino Médio
O Colégio Estadual José de Anchieta também oferta o Ensino Médio, 1º, 2º e
3º séries, conforme o artigo 35 da LDB:
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Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima
de três anos, terá como finalidades:
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas
condições de ocupação ou aperfeiçoamentos posteriores;
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento
crítico;
IV - a compreensão dos fundamentos científicos tecnológicos dos processos
produtivos,relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
O curso de Ensino Médio ofertado também tem por finalidade dar suporte de
conhecimento para que o discente tenha condições de ingressar na Universidade.
É relevante ressaltar que o ensino médio necessita de recursos didáticos
tendo em vista que o público alvo é juvenil, e o ensino ser de qualidade deve vir de
encontro com aos anseios deste público, formando cidadãos críticos e pensantes da
sua realidade social.
O Projeto Político Pedagógico vem de encontro aos anseios da comunidade
pela renovação do ensino através de uma participação democrática com o propósito
de construir um ensino público gratuito e de qualidade.
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5 MARCO SITUACIONAL
5.1 BIBLIOTECA, LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA, SECRETARIA E SALA
DE APOIO PEDAGÓGICO
A biblioteca do Colégio Estadual José de Anchieta - Ensino Fundamental e
Médio é o espaço organizado para realização de pesquisas e leituras do corpo
docente e discente. Dispõe de um acervo bibliográfico representativo, tais como;
literatura infantil, literatura infanto-juvenil, clássicos da literatura, material de apoio
pedagógico, entre outros.
Além de não possuir espaço próprio, não há também um profissional
disponível para o atendimento, o que inviabiliza a sua eficiência. Até o presente
momento, seu funcionamento ocorre somente no período matutino e noturno em um
espaço compartilhado com o Laboratório de Informática, Sala de apoio Pedagógico
e Secretaria do Colégio, bem como sala do Diretor.
5.2 QUADRA POLIESPORTIVA
A quadra esportiva é o espaço utilizado para atividades esportivas, bem como
atividades extraclasses, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de ensino.
Nesse espaço também são desenvolvidos projetos em contra-turno escolar (Viva
Escola) e pequenos campeonatos organizados pelo grêmio estudantil.
A quadra esportiva do Colégio Estadual José de Anchieta, foi construída esse
ano de 2010 pelo Governo do Estado do Paraná e possui cobertura, onde facilita a
realização das atividades de modo geral tanto em dias chuvosos como ensolarados.
Anteriormente a quadra não era coberta e não tinha estrutura para realização de
eventos.
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6 ORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
6.1 Modalidades de Ensino
Ensino Fundamental (5 ª a 8ª série) atualmente com 4 salas em
funcionamento no total de 86 alunos no horário matutino.
Ensino Médio atualmente com 3 salas em funcionamento no total de 84
alunos no horário noturno.
5.2 Regime Escolar:
O regime escolar é anual, dividido em dois semestres, contemplando os
processos de promoção do aluno seja por meio de classificação ou
reclassificação conforme a e Deliberação nº 09/2001 e instrução de 02/2009
SEED/SUD/CDE. Intrução especial de .reclassificação 020/2008 SUED/SEED.
O regime escolar é anual, dividido em dois semestres, contemplando os processos
de promoção do aluno seja por meio de classificação ou reclassificação conforme a
e Deliberação nº 09/2001 e instrução de 02/2009 SEED/SUD/CDE. Intrução especial
de .reclassificação 020/2008 SUED/SEED.
5.3 Equipe Elaboradora
Direção:
José Ivan Loiola Silva
Professores Pedagogos:
Helena Maria Cardoso Costa
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Marli Maria Quintanilha
Agente Educacional II:
Giovani Hinselmann
Vanessa Franco Oliveira
Agente Educacional I:
Cleide Maria Frugerio Verga
Idalina Martinez da Silva
Dejanira Dias dos Santos
Corpo Docente:
Aparecida Jesualdo Frugerio
Odete Candido Alves
Marina Massako Tamura
Gerusa Rocha de Oliveira
Valéria Giacometti
Jaime Barossi
Laurita de Freitas Arcine
Janete Aparecida Franzin
Ana Paula Bordin Fernandes dos Reis
Ivete Passareli Ribeiro
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Solange Farina Messias
Romeu Vieira da Silva
Renata Sara Alves
Mariana Letícia Furlaneto
Selma Andruskvicus Leal
Isabel Uliana
Ivanda Burin
Sheyla Fernanda Pengo
Conselho Escolar:
Presidente:
José Ivan Loiola Silva
Conselheiros:
Helena Maria Cardoso Costa
Marli Maria Silva Quintanilha
Antonio Amancia Batista
José Roberto Ribeiro
Representante de Pais:
Francisco José Frimmel
Cristina de Jesus Benatte
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Representante do Corpo Docente:
Aparecida Jesualdo Frugerio
Gerusa Rocha de Oliveira
Representante da APMF:
Francisco José Frimmel
Sidinei Alves
Representante do Administrativo:
Giovani Hinselmann
Vanessa Franco Oliveira
Representante dos Serviços Gerais:
Cleide Maria Frugerio Verga
Idalina Martinez da Silva
Representante do Grêmio Estudantil:
André Eduardo Rodrigues da Silva
APMF:
Francisco José Frimmel (Presidente)
Luzia de Fátima Braz de Oliveira (Vice-Presidente)
Solange Farina Messias Batista (1ª Secretária)
Cleide Maria Frugerio Verga (2ª Secretária)
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Sidinei Alves (1ª tesoureiro)
Mara Lisandra de Carvalho Andreassa (2ª Tesoureiro)
Idalina Martinez da Silva (1ª Diretor Socio-Esportivo)
Maria Aparecida Delongui Baldin (2ª Diretor Sócio Cultural-Esportivo)
Aparecida Jesualdo Frugério (Conselheiro Deliberativo Fiscal)
Gerusa Rocha de Oliveira (Conselheiro Deliberativo Fiscal)
Dejanira Dias dos Santos (Representante dos Funcionários)
Giovani Hinselmann (Representante dos Funcionários)
Gilmara Rigon Rossi (Representante dos Pais)
Aparecida de Lima (Representante de Pais)
Maria Ines Alves Ribeiro (Representante de Pais)
Marinalva Marinho Rodrigues dos Santos (Representante de Pais)
Enio Zulai Ramos (Representante de Pais)
7 ÓRGÃOS COLEGIADOS
7.1 APMF
É uma Associação de Pais, Mestres e Funcionários da Escola, que atua
dando apoio às questões administrativas da escola. Tem por finalidade, colaborar no
aprimoramento da educação e na integração família/comunidade exercendo a
função sustentadora jurídica das verbas públicas recebidas e aplicadas pela escola.
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7.2 GRÊMIO
O grêmio é a organização dos estudantes na escola. Ele é formado apenas
por alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e esportivas,
produzindo jornais, organizando debates sobre assuntos de interesse dos
estudantes, que não fazem parte do Currículo Escolar, e também organizando
reivindicações, tais como; compras de livros para biblioteca, transporte gratuito para
estudantes, e muitas outras coisas.
O grêmio é um órgão reconhecido de apoio à Direção Escolar, e não possui
caráter político partidário, religioso, racial e sem fins lucrativos.
A organização, o funcionamento e as atividades do grêmio serão
estabelecidas em seu Estatuto, aprovado em Assembléia Geral do corpo discente do
Estabelecimento de Ensino, convocada para este fim obedecendo a Legislação
pertinente. A aprovação do Estatuto e escolha dos Dirigentes e dos Representantes
do grêmio foi realizada pelo voto direto e secreto de cada estudante. São associados
do grêmio todos os alunos matriculados e com frequência regular.
7.3 CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é o órgão máximo de decisões no interior da escola,
onde procura defender uma nova visão de trabalho. É concebido como local de
debate e tomada de decisões, onde professores, pais, alunos e funcionários
explicitem seus interesses e reivindicações.
8 CARACTERIZAÇÃO SÓCIO - ECONÔMICA E CULTURAL DA COMUNIDADE
ESCOLAR
De acordo com a Pesquisa realizada, os dados coletados sobre as famílias
são:
a) Escolaridade dos pais (150 pais pesquisados)
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Analfabetos: 3,92 %
1ª a 4ª série: 21,75%
1ª a 4ª série incompleto: 23,5%
5ª a 8ª séries: 8,96%
5ª a 8ª série incompleto: 16,96%
2º Grau: 9,57%
2º Grau incompleto: 2,01%
Superior: 0,01%
Superior incompleto: 0,87%
Não quiseram responder: 12,45%
b) Escolaridade das mães (174 mães pesquisadas)
Analfabetas: 4.40 %
1ª a 4ª série: 17.26%
1ª a 4ª série incompleto: 20.34%
5ª a 8ª séries: 16.58%
5ª a 8ª série incompleto: 23.76%
2º Grau: 5.64 %
2º Grau incompleto: 2,69%
Superior: 3,70%
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Superior incompleto: 0%
Não quiseram responder: 5,63%
c) Religião do Pai:
Católica: 47,86%
Evangélica: 36,96 %
Outros: 15,18%
d) Religião da Mãe:
Católica: 45,20%
Evangélica: 39,40 %
Outros: 15,40%
e) Emprego do Pai:
Autônomo: 26,88%
Proprietário: 25,10%
Empregado: 30,84%
Desempregado: 17,18%
f) Emprego da Mãe:
Autônoma: 18,34%
Proprietária: 21,92%
Empregada: 33,42%
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Desempregada: 26,32%
g) Salários do Pai:
1 salário mínimo: 32,95%
1 a 3 salários mínimos: 36,97%
3 salários mínimos: 18,20%
mais de 5 salários mínimos: 11,88%
h) Salários da Mãe:
1 salário mínimo: 62,10%
1 a 3 salários mínimos: 11,18%
3 salários mínimos: 16,35%
mais de 5 salários mínimos: 10,37%
i) Tipos de Aparelhos:
Carro: 55,49%
Vídeo: 45,16%
Geladeira: 84,82%
Telefone: 52,62%
Televisão: 96,14%
Máquina de Lavar Louça: 88,70%
Máquina de Lavar: 15,20%
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Microondas: 80,46%
Computador: 40,61%
j) moradia:
Própria: 65,16%
Alugada: 15,62%
Financiada: 8.88%
Outros (cedida): 10,34%
l) Tipos de moradia:
Alvenaria: 43,57%
Madeira: 43,93%
Mista: 12,44%
m) Hábitos Culturais da Família
Lê jornais: 1,32%
Não lê jornais: 57,32%
Lê livros: 41,36%
9 PLANO DE TRABALHO
9.1 Objetivos Gerais
Articular e mediar o trabalho pedagógico na escola, garantindo a efetivação
da gestão democrática, visando a melhoria da qualidade de ensino;
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Oferecer suporte para que a ação pedagógica aconteça de forma precisa,
elevando a qualidade necessária que é o alvo da nossa função na escola pública;
Desenvolver e dar suporte à formação continuada dos funcionários, equipe
pedagógica e professores, bem como de toda a comunidade escolar;
Promover uma gestão onde haja espaços de tomada de decisão coletiva,
garantindo os direitos de toda a comunidade, conforme as leis vigentes;
Trabalhar para que o Projeto Político Pedagógico se transforme de fato num
documento conceitual prático, promovendo assim condições políticas pedagógicas
para o “desenvolvimento do potencial de cada indivíduo e ajudá-lo a se tornar um
ser humano completo, em suas dimensões sociais, afetivas de intelectuais”.
9.2 AÇÕES
Produzir espaços alternativos para as práticas culturais, de lazer e esportivas,
com construção de um palco para apresentações culturais;
Ampliação da biblioteca escolar;
Construção de uma moradia para caseiro;
Construção de um almoxarifado;
Construção de uma sala de vídeo;
Sala de informática com computadores;
Construção de um laboratório;
Projeto jardinagem e horta;
Realizar palestras informativas e reuniões de estudos com professores,
funcionários, órgãos colegiados, alunos e pais;
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9.3 DIREÇÃO
Organizar de forma articulada com os segmentos da comunidade escolar,
todo o trabalho administrativo e pedagógico a ser desenvolvido no interior da escola
de forma que todos assumam seu trabalho conforme os pressupostos do P.P.P.,
observando os princípios da Gestão Democrática.
Por Gestão Democrática entendemos a participação e o gerenciamento
coletivo, onde as decisões se efetivam após serem discutidas e aceitas pelo grupo,
de forma a promover o bem comum.
Compete ao diretor fazer observar as leis vigentes de ensino e as
determinações da Lei 9394/96 e outros dispositivos legais, bem como, coordenar,
dirigir e dinamizar o conhecimento científico através do fazer administrativo e
pedagógico.
O diretor é um agente de transformação e de desenvolvimento, articulador e
avaliador da gestão escolar, embora deva delegar responsabilidades, nas várias
atividades de organização da escola.
É papel do diretor estabelecer diretrizes gerais, resultantes de amplas
discussões com a equipe de apoio e com a equipe técnico docente.
A direção deve ter uma visão de conjunto do processo pedagógico e, oferecê-
la à compreensão dos envolvidos, é uma contribuição de inestimável valor. Compete
ainda, reunir as informações necessárias para viabilizar a tomada de decisões pelo
grupo em prol de uma aprendizagem significativa. Quanto ao processo pedagógico,
cabe ao diretor acompanhar, discutir, encaminhar e fazer cumprir as metas, os
objetivos e as ações traçadas coletivamente, para que se efetive uma prática
pedagógica que vise a formação plena do ser humano.
9.4 EQUIPE PEDAGÓGICA
O professor pedagogo escolar é aquele que domina sistemática e
intencionalmente as formas de organização do processo de formação educacional
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que se dá no interior da escola, sendo assim deve entender o espaço escolar como
campo de disputa política marcado pela diversidade. O pedagogo dever considerar a
política de inclusão social entendendo o processo educativo como apropriação de
conhecimento historicamente produzido, para que os alunos sejam protagonistas de
seu fazer social.
Compete à equipe pedagógica:
Acompanhar o processo de ensino aprendizagem, atuando junto aos
professores, aos alunos e aos pais, analisando resultados e planejando melhorias.
Acompanhar o processo de ensino atuando junto ao corpo docente e direção,
ajudando a desenvolver o plano anual e projetos por área propondo melhorias a
forma de ensino.
Promover e coordenar reuniões pedagógicas e de estudos específicos para
aperfeiçoamento constante do corpo docente, assessorando e analisando a
implantação dos programas de ensino.
Coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta curricular da
escola, a partir das políticas educacionais orientadas pela SEED/PR, através das
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná e levando em consideração a legislação
vigente.
Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudos para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico, bem como,
na elaboração de propostas de intervenção na realidade da escola;
Participar e intervir junto à direção, na organização do trabalho pedagógico
escolar no sentido de realizar a função social e a especificada da educação escolar;
Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantados na escola;
Coordenar a organização do tempo e do escolar a partir do Projeto Político
Pedagógico e da proposta curricular da escola, intervindo na elaboração do
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calendário letivo, na formação de turmas, na definição e distribuição do horário
semanal das aulas e disciplinas, organizar o “recreio”, a hora atividade e de outras
atividades que interfiram diretamente na realização do trabalho pedagógico;
Coordenar, junto à direção o do processo de distribuição de aulas e
disciplinas a partir de critérios legais pedagógicos/didáticos e da proposta
pedagógica da escola;
Ser responsável pelo trabalho pedagógico didático desenvolvido na escola
pelo coletivo dos profissionais;
Implantar mecanismos de acompanhamento e avaliação do trabalho
pedagógico escolar pela comunidade interna e externa;
Apresentar propostas, alternativas, sugestões e/ou críticas que promovam o
desenvolvimento e aprimoramento do trabalho pedagógico escolar, conforme o PPP,
a proposta curricular e o Plano de Ação da escola e as políticas educacionais da
SEED;
Participar do conselho escolar subsidiando teórica e metodologicamente as
discussões e reflexões acerca da organização efetivação do trabalho pedagógico
escolar;
Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e sua
participação nos diversos momentos e órgãos colegiados á escola;
Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as
formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de ampliação do
compromisso ético/político com todas as categorias e classes sociais;
Observar os preceitos constitucionais, a legislação educacional em vigor e o
Estatuto da Criança e do Adolescente, como fundamentos da prática educativa.
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9.5 EQUIPE ADMINISTRATIVA
A equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de
todos os setores do Estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para que
o mesmo cumpra suas reais funções.
Compete ao secretário executar os trabalhos que lhes forem atribuídos pelo
diretor e atender as solicitações, recomendações e observações feitas com vistas ao
aproveitamento dos discentes.
O horário de trabalho dos funcionários será estabelecido de forma que o
expediente da secretaria conte sempre com a presença de um responsável, seja
qual for a época do ano.
Procurando assim contribuir sempre para que a organização das
documentações esteja sempre em dia. Dar bom atendimento a comunidade escolar,
sanando as duvidas existentes.
9.6 Perfil do Corpo Docente
Frente às transformações que permeiam a educação brasileira, a formação
continuada é necessária para que o professor tenha acesso às informações mais
atualizadas na área de educação e da forma com que os projetos educativos
possam ser elaborados e reelaborados pela equipe escolar.
Os professores devem ser profissionais capazes de conhecer os alunos, e
adequar o ensino à aprendizagem, refletir sobre sua prática pedagógica contribuída
para mudança de postura em sala de aula.
Portanto o professor deve assumir a seguinte postura:
Refletir um com os alunos a sociedade na qual estamos inseridos, suas
contradições e transformações sociais;
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Auxiliar o processo de gestão Democrática da Escola Pública;
Ter uma visão de educação inclusiva;
Primar pela tolerância na convivência Social e respeito a vida;
Ajudar os alunos a estabelecer relação entre os conteúdos científicos com a
realidade do dia a dia;
10 MARCO CONCEITUAL
10.1 Linha Filosófica e Pedagógica da Escola
Para entendermos a filosofia que norteará o trabalho pedagógico em nossa
escola, se faz necessário entender o desenvolvimento do trabalho docente dentro do
capitalismo. Sabendo que a forma de organização social da sociedade capitalista
segue os princípios do taylorismo/fordismo, os quais estão fundamentados no
rompimento entre pensamento e ação fragmentando o processo de aprendizagem:
Para Kuenzer:
“O trabalho pedagógico, enquanto conjunto das práticas sociais intencionais
e sistematizadas de formação humana que ocorrem nas relações produtivas
e sociais, embora expresse, em parte, a concepção de trabalho em geral,
porquanto se constitui em uma das formas de construção material da
existência através da reprodução do conhecimento, não deixa de se
constituir no capitalismo, em uma de sua forma de expressão.” (2002, p. 82)
Desta forma, de acordo com Kuenzer, o trabalho pedagógico fragmentado,
responde ao disciplinamento do mundo do trabalho capitalista, e fica condicionado a
uma de suas formas de expressão. Entendendo que na sociedade na qual vivemos,
prevalecem as formas de divisão social e técnica do trabalho, é possível
compreender a separação que se instala entre o trabalho teórico e o trabalho
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prático, entre as ações intelectuais e as atividades práticas presentes no trabalho
docente em sala de aula e no ambiente escolar como um todo.
A sociedade capitalista é excludente e injusta, nossa filosofia de trabalho
docente, perfaz o caminho contrário a concepção burguesa de educação, a qual
esta fundamentada na divisão manual e intelectual do trabalho. Nossa proposta
pedagógica é pensar uma escola que contribua para o desenvolvimento do
pensamento crítico do aluno, para que a partir do conhecimento das relações sociais
de trabalho, tenham condições de assumir uma posição política consciente na luta
pela transformação da sociedade. Isso significa lutar por uma escola inclusiva, que
não discrimina o aluno por sua raça, cor, sexo, classe social ou opção sexual.
Significa lutar por uma avaliação não comparativa e que não seja excludente.
Significa trabalhar os conteúdos como um todo e não fragmentado em partes,
reforçando a sociedade capitalista. Significa lutar por uma escola democrática que
busca superar a distância que se instala entre os preferidos e os preteridos.
10.2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
A educação tem por finalidade contribuir na construção de cidadãos críticos
que possam refletir sobre a sociedade na qual estão inseridos. Uma sociedade
injusta, desigual que prioriza o ter em detrimento do ser. Essa sociedade é
politicamente democrática, culturalmente pluralista e religiosamente ecumênica, mas
está pautada pelo princípio capitalista de produção e sobre esta base estão
direcionados todos os relacionamentos humanos.
A escola tende a ir na contramão da sociedade, ao questionar os elementos
que a compõem e nesse sentido, questionar os direitos sociais dos cidadãos e lutar
para serem reconhecidos e respeitados em sua dignidade humana e em suas
diferenças; tenham a possibilidade de desenvolver as suas potencialidades;
contribuam para que a autoridade, o saber, os bens naturais e os produzidos pelo
esforço comum estejam a serviço do crescimento e sejam partilhados coletivamente;
tenham a liberdade e o direito de se associar; onde todos tenham a liberdade de
pensamento, de expressão e consciência; tenham acesso ao conhecimento
científico (informação e comunicação) e recursos tecnológicos.
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A organização da sociedade deve estar estruturada nos princípios da
democracia contando com a participação todos os segmentos sociais:
• em termos econômicos: a posse e o uso dos bens indispensáveis a uma vida digna
e livre para cada pessoa, cada família e de grupos comunitários;
• em termos sociais: o acesso aos bens comunitários, tais como: alimentação,
habitação, educação, lazer, saúde, transporte e segurança;
• em termos políticos: o pleno exercício dos direitos e deveres de cidadania, do
exercício da criticidade e participação na ordem democrática;
• em termos culturais: a possibilidade de reflexão, amadurecimento intelectual, moral
e afetivo, direito ao reconhecimento e ao exercício da criatividade e respeito aos
diferentes valores culturais e costumes dos vários grupos e etnias;
• em termos religiosos: a liberdade de opção religiosa e a manifestação dessa
crença, sempre pautada comprometida com o crescimento humano e valores
sociais.
10.3 CONCEPÇÃO DE MUNDO
O mundo entendido como dimensão histórica - cultural e, portanto inacabado,
encontra-se em uma relação permanente com o ser humano, igualmente inacabado
que transformando e sendo transformado pelo mundo, o mesmo sofre os efeitos de
sua própria transformação.
O que importa, portanto, à educação é a problematização do mundo do
trabalho, das obras, dos produtos, das idéias, das convicções, das aspirações, dos
mitos, da arte, da ciência, enfim o mundo da cultura e da história no meio em que
está inserido, resultando das relações ser humano - mundo, desafiando o próprio ser
humano a constantemente rever suas ações sobre a realidade na perspectiva de
transformá-la.
Nesse sentido, é preciso desenvolver nos alunos uma postura de
engajamento, compromisso e participação que o sensibilize para a sua dimensão
humana.
O ser humano é um ser de práxis, da ação e da reflexão, uns seres
inacabados e únicos, curiosos em relação ao mundo. Contudo, sua plenitude ocorre
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na própria intersubjetividade da comunicação entre os sujeitos a propósito do objeto
a ser conhecido.
O ser humano são corpos conscientes, capaz de conhecer a realidade,
interagindo com os seus iguais. Neste contexto, sabendo que o mundo globalizado e
essencialmente capitalista e, dita as regras nos relacionamentos, cabe a escola
contribuir para que os alunos desenvolvam uma consciência crítica, democrática,
participativa e emancipadora.
Portanto, o processo de conscientização sempre se realiza em seres
humanos concretos, inseridos em estruturas sociais, políticas e econômicos e a
escola tem uma efetiva participação na medida em que inclui, em seus conteúdos
curriculares o questionamento do mundo atual, a globalização, a forma de produção
capitalista, as diferenças sociais, a distribuição de renda, o racismo, entre outros.
10.4 CONCEPÇÃO DE HOMEM
O entendimento da concepção de homem pressupõe uma análise da trajetória
que se inicia no senso comum e se transforma em consciência filosófica. Nesse
sentido, quando pensamos em concepção e de quem esse homem é, não
entendemos como uma resposta metafísica, a partir da qual, seria possível a
construção de um modelo natural de humanidade, genérica, descontextualizada de
história, uma natureza pronta e acabada. Quando pensamos em concepção de
homem, não podemos deixar de pensar no que esse homem poderá se tornar. Essa
ideia nos remete a conceber o homem como algo concreto, produto de seu período
histórico, transformado pelos relacionamentos sociais. Dessa forma, pensamos em
conceito de homem como sendo um conceito histórico, concreto, singular e não uma
abstração. O homem enquanto ser social, ser histórico, deve ser concebido como
um processo de relações ativas, na qual ele (homem) é protagonista de sua história
e que o individualismo é apenas um elemento do todo social. O conceito de homem
pode ser expresso na interação entre o indivíduo, os outros homens e a natureza. É
claro que esses elementos, estão unificados na dialética das relações sociais
concretas que o homem estabelece ao produzir sua existência. O homem é um
processo histórico, definido a partir do conjunto das relações sociais, “cada homem
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transforma a si mesmo e se modifica na medida em que modifica todo o conjunto
das relações do qual é o ponto central” (Gramsci, 1984, p.40); então, o ponto de
chegada é a consciência crítica, a qual teve início no senso comum e que foi se
desenvolvendo através das relações sociais como um processo de mudança,
resultante de uma participação comunitária ativa e democrática.
10.5 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
A concepção de conhecimento, passa necessariamente pelo processo de
aprendizagem, e devem ser envolvidos simultaneamente o sujeito que conhece, e o
objeto a ser conhecido, um modo particular de abordagem do sujeito em relação ao
objeto e uma transformação, tanto do sujeito, quanto do objeto. É necessário, aqui,
entender o objeto como realidade socialmente construída e compartilhada ou não.
Respeitar a caminhada de cada sujeito de um determinado grupo constitui-se
em uma aprendizagem necessária e fundamental numa vivência dentro de uma
perspectiva interdisciplinar, sendo necessário eliminar as barreiras que criadas entre
as pessoas para o estabelecimento de uma relação dialógica.
A opção pelos conteúdos na organização curricular, partindo de uma
concepção de conhecimento interdisciplinar possibilita uma relação significativa
entre conhecimento e realidade, desfazendo uma abordagem curricular
burocraticamente pré-estabelecida, envolvendo o educador na prática de construir o
currículo; determinando uma relação dialética entre a realidade local e o contexto
mais amplo.
Uma atitude interdisciplinar estabelece uma nova relação entre currículo,
conteúdos e realidade. Os conteúdos necessitam ser selecionado e desenvolvidos
numa concepção onde se pressupõe que currículo e realidade interagem,
influenciando-se mutuamente; os conteúdos escolares passam a ter significação
uma vez que estes têm a ver com os sujeitos envolvidos e com o meio no qual estão
inseridos, e passam a ser selecionada e desenvolvida pelo educador com maior
apropriação.
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O que se pretende em uma atitude interdisciplinar não é anular a contribuição
de cada ciência, em detrimento de outras igualmente importantes. Convém ressaltar
que as contribuições e trocas que vão além de interação dos conteúdos das
diferentes áreas de conhecimento, implicando assim na necessidade de uma
reorganização curricular.
Através da interdisciplinaridade viabiliza-se uma relação de reciprocidade, de
mutualidade que possibilita o diálogo entre os interessados, proporcionando trocas
generalizadas de informações e de criticas contribuindo para uma reorganização do
meio científico e institucional, a serviço da sociedade e do homem.
A qualificação, a formação e ampliação dos conhecimentos e informações
envolvidos nesse processo, ao tratar do conhecimento de uma maneira unificada,
criam a possibilidade de um entendimento melhor da realidade, contribuindo para a
desalienação dos envolvidos, provocando, desta forma, a interação entre os sujeitos
e, ao mesmo tempo, sendo condição necessária para sua própria efetivação.
10.6 CONCEPÇÃO DE CULTURA
Cultura é de difícil definição e podemos dizer que embora não exista
uma definição exata para cultura, sabemos que o conceito esta em constante
mutação. Às vezes, ao se definir cultura refere-se automaticamente a literatura,
cinema, arte entre outras, porém seu sentido é bem mais abrangente, pois cultura
pode ser considerada como tudo que o homem através da sua racionalidade, mais
precisamente a inteligência, consegue executar, dessa forma todos os povos e
sociedades possuem sua cultura por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos
os conhecimentos adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras.
Os elementos culturais são artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião,
crenças, esportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências,
invenções e todas as maneiras de ser (sentir, pensar e agir).
A cultura é uma das principais características humanas, pois somente o
homem tem a capacidade de desenvolver culturas, distinguindo-se dessa forma de
outros seres como os vegetais e animais.
Apesar das evoluções pelas quais passa o mundo, a cultura tem a
capacidade de se permanecer quase intacta, e são passadas aos descendentes
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como uma memória coletiva, lembrando que a cultura é um elemento social,
impossível de se desenvolver individualmente.
10.7 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
“Incontestavelmente, uma escola traz as marcas da cultura e das condições
sócio–econômicas pelas quais passa o país num determinado momento de sua
história. Estudos de cunho etnográficos que penetram na vida cotidiana escolar, tem
claramente identificado estas marcas: a falta de recursos físicos e materiais na
escola, os traços da desmotivação de alguns professores e do sacrifício a que
muitos são submetidos devido aos baixos salários que recebem. Mas estes estudos
mostram, também, que as marcas na história do país podem tomar diferentes
matrizes conforme a história particular de cada escola. Ambos os tipos de história, a
geral e a particular, determinam o que temos chamado de condições objetivas na
construção, seja do fracasso, seja do sucesso da escola”. (S. Penin, Educação
Básica: A construção do sucesso escolar, pág. 60).
A avaliação, para assumir o caráter transformador e não de mera constatação
e classificação, deve se comprometer com a promoção da aprendizagem e
desenvolvimento por parte de todos os alunos. Este é o seu sentido mais radical, é o
que justifica sua existência no processo educativo.
A avaliação é hoje compreendida como elemento que integra a aprendizagem
e o ensino. Ela deve subsidiar o professor com elementos para uma reflexão
contínua de sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a
retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou considerados
adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo.
Para o aluno é instrumento de tomada de consciência de suas conquistas,
dificuldades para reorganização de sua tarefa de aprender. Para a escola, possibilita
definir prioridades e identificar quais aspectos das ações educacionais precisam ser
revistos.
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A avaliação, portanto deve ser assumida como parte integrante do processo
de ensino e de aprendizagem para que os objetivos propostos sejam atingidos,
considerando não só o desenvolvimento das capacidades dos alunos com relação à
aprendizagem de conceitos, mas também procedimentos e atitude, para isso devem
ser utilizados diversos instrumentos e situações para poder avaliar diferentes
aprendizagens. A avaliação diz respeito não só ao aluno, mas também ao professor
e ao próprio sistema escolar.
Cabe a escola definir os critérios de avaliação, levando em conta a
progressão de desempenho de cada aluno, as características particulares de cada
classe em que o aluno se encontre e condições em que o processo de ensino e
aprendizagem se concretize. E ainda mais os critérios de avaliação necessitam estar
explícitos e claros tanto para o professor como para os alunos e equipe pedagógica.
Constantemente somos avaliados em nosso dia a dia, e muitas vezes neste
momento ficamos incomodados. Percebemos que dependendo da maneira como
somos avaliados nos causa desconforto, nervosismo, etc. Por isso, ao avaliarmos
nossos alunos é preciso avaliar o todo, não tornar a avaliação uma camuflagem no
processo de ensino aprendizagem.
O sistema de avaliação do Colégio Estadual José de Anchieta, ocorrerá
bimestralmente, onde o desenvolvimento do aluno será avaliado de forma contínua e
as suas dificuldades serão retomadas através da recuperação paralela de conteúdos
utilizando novas metodologias, com o objetivo de promover de forma significativa a
aprendizagem do aluno.
É função do professor, observar os conhecimentos que o aluno possui para
propor objetivos a serem alcançados através dos conteúdos científicos. Neste
processo, devem-se considerar os erros e os acertos como parte do processo de
aprendizagem, e utilizá-los para novas reflexões e encaminhamentos. Assim,
professores e escola, de modo geral deverão voltar–se para a busca de possíveis
soluções em prol de uma aprendizagem efetiva.
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11 PROCESSO DE AVALIAÇÃO
A avaliação escolar dos alunos deve ser aplicada sob o parâmetro da
inclusão. O que entendemos por avaliação escolar, é que não importa se ela é
planejada para este ou aquele aluno. A avaliação escolar inclusiva, precisa ser
contínua e não pontual, ocorrendo, portanto, o tempo todo ao longo de cada ano
letivo, conforme preconiza a LDB. Para tanto, se realizam inúmeras atividades que
revelem como e o que o aluno está aprendendo e não somente a prova. Esse tipo
de avaliação serve para indicar o que o professor e a escola precisam mudar, para
que o aluno efetivamente aprenda, e seu objetivo é manter os alunos incluídos e não
eliminá-los. Por isso, busca-se avaliar cada aluno por ele mesmo e não compará-lo
com os demais. Cada avaliação, em relação às anteriores, intenciona levar o aluno à
realização máxima e não classificá-lo por nota. A LDB garante que os educandos
têm direito a recuperação continua durante o ano letivo, e essa recuperação deve
garantir que os conteúdos sejam de fato aprendidos pelos alunos.
12 MATRIZ CURRICULAR
A matriz curricular serve para direcionar o trabalho educativo da unidade
escolar, determinando as principais áreas que deverão ser trabalhadas no Ensino
Fundamental e Médio.
As disciplinas da BASE NACIONAL COMUM são: Ciências, Artes, Educação
Física, Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática, Biologia, Sociologia,
Filosofia e Arte. Estas disciplinas são devem ser ofertadas em caráter obrigatório
para todas as séries.
O ensino Religioso será ofertado obrigatoriamente pelo estabelecimento, com
frequência facultativa para os alunos, e com carga horária de 1(uma) aula semanal
para a 5ª série e 1(uma) aula semanal para a 6ª série.
As matrizes curriculares contarão com 25 (vinte e cinco) horas aulas
semanais em todos os turnos de atuação, com exceção da 5ª e 6ª séries.
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Na Parte Diversificada da Matriz Curricular deverá constar duas opções de
Língua Estrangeira, uma como componente curricular obrigatório e outra de escolha
facultativa, identificando-se a disponibilidade de professor habilitado e as
características da comunidade atendidas.
A Parte Diversificada não será tratada na forma de disciplina curricular, exceto
a Língua Estrangeira.
A Parte Diversificada constará no Projeto Político Pedagógico do
estabelecimento e na Matriz Curricular, sendo expressa nos processos de ensino
das disciplinas da Base Nacional Comum, na Língua Estrangeira e na articulação
com os temas sociais contemporâneos em consonância com os interesses da
comunidade atendida pelo estabelecimento.
Por isso, o Colégio estadual José de Anchieta - Ensino Fundamental e Médio
envolverá todas as instâncias colegiadas à escola, e ainda contaremos com a
participação de pais e alunos nos dias de Conselho de Classe e também na
realização de atividades extraclasse, onde poderão dar suas sugestões que
contribuirão para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem, e,
consequentemente a socialização do saber.
Entendemos também que a Formação continuada para os profissionais da
educação, é de fundamental importância para o aperfeiçoamento de práticas
pedagógicas condizentes com a realidade dos educandos, tendo como caráter
prioritário a formação do cidadão crítico, atuante na sociedade vigente. Sendo
assim, a nossa escola realizará os encontros periodicamente durante todo o ano
letivo, com datas a serem marcadas, dentro do calendário escolar.
13 OBJETIVOS DA UNIDADE ESCOLAR
O Colégio Estadual José de Anchieta – Ensino Fundamental e Médio
oferecerá aos alunos, serviços educacionais com base nos princípios, dispostos na
atual Constituição Federal e Estadual, Lei de Diretrizes e Bases da Educação
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Nacional, mas contra os princípios norteadores dos Parâmetros Curriculares
Nacionais. Temos por finalidade:
1 – Garantia de uma educação básica, gratuita e unitária, com liberdade de
aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte do saber.
2 – Oferecer igualdade de condições para o acesso e permanência na escola
a todos, sem discriminação e segregação.
3 – Atender a todos os alunos, buscando seu desenvolvimento como um todo,
preparando para o exercício da cidadania, proporcionando a construção de
conhecimento ofertando um ensino de qualidade, procurando interagir na formação
de educando.
4 – Investir na qualificação e formação continuada do docente e demais
funcionários para que cada profissional da educação esteja comprometido com a
aprendizagem dos alunos, incentivando sua prática pedagógica e com pré -
disposição para novos conhecimentos.
O papel da escola é formar cidadão crítico, com consciência de seu papel na
sociedade, com participação da sociedade, organizada nas instâncias colegiadas.
O objetivo de abordagem é ensinar aos alunos o que eles precisam aprender,
analisar, decidir, planejar, expor suas ideias e ouvir a dos outros. Enfim, para que
possam ter uma participação ativa sobre a sociedade em que vivem.
A escola é um organismo social onde ensina a seus alunos e à comunidade o
seu modo de ser e de fazer, devendo, portanto, ser aberto, flexível e participativo,
envolvendo a sociedade interna e externa, para a construção do seu êxito.
Não sendo mais o lugar onde uma geração passa para outra um acervo de
conhecimentos e sim é o espaço onde as relações humanas são moldadas para
aprimorar valores e atitudes, capacitando o indivíduo na busca de informações, onde
quer que elas estejam para usá-las no seu cotidiano.
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A educação escolar deve se constituir em uma ajuda temática, internacional,
planejada e contínua para crianças, adolescentes e jovens, diferindo dos processos
educativos que ocorrem em outras instâncias como na família, no trabalho, na mídia,
no lazer e demais espaços de construção de conhecimentos e valores para o
convívio social, oferecendo instrumentos de compreensão da realidade local através
das relações sociais diversificadas cada vez mais amplas. A vida escolar possibilita
exercer diferentes papéis, em grupos variados, facilitando integração dos jovens no
contexto social.
É preciso que a Escola traga para dentro de seus espaços o mundo real, do
qual, alunos e professores fazem parte. E suas consequências para o momento em
que vivemos e para os momentos futuros.
O relacionamento entre escola e comunidade pode ainda ser intensificado,
quando há integração dos diversos espaços educacionais que existem na
sociedade, tendo como objetivo criar ambientes culturais diversificados que
contribuam para o conhecimento e para a aprendizagem do convívio social.
Sendo assim, a escola deve responder pelo acesso ao conhecimento que se
considera necessário à inserção social, para que os mais jovens se apropriem das
conquistas das gerações precedentes e se preparem para novas questões. Faz isso
através da seleção e organização de situações planejadas especialmente para
promover a aprendizagem dos conteúdos que são culturalmente valorizados pela
sociedade e historicamente produzidos.
14 OBJETIVOS DO ENSINO
Compreender a cidadania como participação social e política, assim como
exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia – a- dia,
atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e
exigindo para si o mesmo respeito;
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Se posicionar de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes
situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar
decisões coletivas;
Conhecer características fundamentais do Brasil e no mundo nas dimensões
sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de
identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país;
Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio/cultural brasileiro, bem
como aspectos sócio/culturais de outros povos e nações, se posicionando e contra
qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de
crenças, de sexo de etnia ou outras características individuais e sociais;
Se perceber integrante, assumindo seu papel de protagonista social e agente
transformador do ambiente, identificando seus elementos, e as interações entre eles,
contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente;
Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de
confiança em suas capacidades afetivas, físicas, cognitivas, éticas, estéticas, de
inter. – relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca
de conhecimentos e no exercício da cidadania;
Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos
saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com
responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;
Utilizar as diferentes linguagens, verbal, musical, matemática, gráfica e
corporal, como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e
usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a
diferentes intenções e situações de comunicação;
Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para
adquirir e construir conhecimentos, saindo do senso comum e desenvolvendo o
pensamento científico;
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15 PROPOSTAS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL
15.1 Proposta Curricular de Arte
Apresentação
A arte é tão histórica quando o homem, constituindo-se num elemento
importante durante a evolução da humanidade. Durante toda a sua trajetória pela
vida do homem, ela passou por várias mudanças conceitos. Mais do que nunca, o
ser humano necessita da arte e sociedade a exige na escola, incluída no processo
de formação do ser individual e social enquanto ensino da arte.
A Arte resulta em conhecimento. Ela constitui uma necessidade do ser
humano e estabelece o diálogo visual, sonoro e cênico entre o aluno e esses
objetos. Possibilita um leitor de mundo mais crítico e eficiente nos seus
posicionamentos e tomadas de atitude, bem como num novo agente de
produção cultural. Precisamos desmistificar a arte como um fazer dissociado
de um saber ou ainda um saber para poucos “dotados”. A arte tem de ser
entendida e percebida em sua criatividade.
[...] criar é fazer existir algo inédito, um objeto novo e singular que expressa o
sujeito criador e, simultaneamente, o transcende, enquanto objeto portador de um
conteúdo de cunho social e histórico e enquanto objeto concreto, como uma nova
realidade social (PEIXOTO, 2003 p. 39).
Deve trabalhar com a essência do ser humano, em que o sensível, o
perceptível e o reflexivo atuam e interagem com as mesmas propriedades, por meio
da Educação Artística e da Estética.
A arte permite e expressividade de sentimentos, idéias e
informações, interferindo no processo de aprendizagem de todas as disciplinas.
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Entendendo o ser humano como um todo: razão, emoção,
pensamento, percepção, imaginação e reflexão, a Arte busca ajudá-lo a
compreender a realidade e a transformá-la com criatividade, tornando a
humanidade mais sensível e construtiva, pois:
Admitindo o valor cognoscitivo da arte, seremos forçados a concluir que a arte
proporciona um conhecimento particular que não pode ser suprido por
conhecimentos proporcionados por outros modos diversos de apreensão do real. Se
renunciamos ao conhecimento que a arte – e somente a arte – pode nos
proporcionar, mutilamos a nossa compreensão da realidade. E, como a realidade de
cuja essência a arte nos dá a imagem é basicamente a realidade humana, isto é, a
nossa realidade mais imediata, a renúncia ao desenvolvimento do conhecimento
artístico (e, por conseguinte, a renúncia ao desenvolvimento do estudo das questões
estéticas) acarreta a perda de uma dimensão essencial da nossa autoconsciência
(KONDER, 1966, p. 10-11).
Justificativa
Pretende-se através da arte, por meio da alfabetização estética, desenvolver
os aspectos cognitivo, perceptivo, criativo e expressivo nas linguagens
corporais, visuais, cibernética, musicais e cênicas, por intermédio do
fazer, da leitura desse fazer e de sua inserção no tempo. Capacidade à
compreensão e à utilização dos códigos gramaticais específicos de cada
linguagem, suas diversas maneiras de composição e contextualização, para realizar
com eficiência o diálogo com o mundo: “ler, compreender, refletir, expressar, fazer”
Objetivos
•Reconstruir o repertório cultural do aluno a partir dos
conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizado, aproximando-o do universo
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cultural da humanidade nas suas diversas representações produzidas
historicamente;
•Manifestar pensamentos e sentimentos, sob a forma de representações artísticas
como, por exemplo: palavras na poesia, sons melódicos, expressões corporais na
dança ou no teatro, cores, linhas e formas nas artes visuais;
•Desenvolver a experimentação estética por meio da percepção, da análise,
da criação, produção e da contextualização histórica;
•Construir uma relação de confiança com a produção artística e pessoal e
conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas
no percurso de criação que abriga uma multiplicidade de procedimentos e soluções
Elementos Básicos da Linguagem;
5ª e 6ª Série
Produções/Manifestações artísticas
Elementos:
Ponto
Desenho
Figurativo/Abstrato
Pré-história
Linhas
Pintura
Arte Egípcia
Forma
Dobradura
Arte Indígena
Estudo das Cores
Pintura Rupestre
Arte Africana
Simetria
Confecção de máscaras
Arte Moderna
Textura
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Positivo/Negativo
Música
Elementos Básicos da
Linguagem
Produções/Manifestações artísticas
Elementos contextualizadores
Sons Naturais
Improvisações
Afro-brasileira
Sons Culturais
Composição
Arte indígena
Sons em extinção
Música popular brasileira
Melodia
Ritmo
Dança
Elementos Básicos da
Linguagem
Produções/Manifestações artísticas
Elementos contextualizadores
Movimento
Composição
Dança Indígena
Ritmo
Improvisações
Dança Moderna
Ação
Coreografia
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Dança-Folclórica
Espaço
Relacionamento
Dinâmica
Teatro
Elementos Básicos da linguagem
Produções/Manifestações artísticas
Elementos contextualizadores
Personagem
Jogos de Mímica
Arte Grega
Espaço Cênico
Fantoches
Arte Contemporânea
Ação Cênica
Dramatizações
Improvisações
6ª e 7ª Série
Artes Visuais
Elementos Básicos da linguagem
Produções/Manifestações artísticas
Elementos:
Linha
Desenho
Arte
Música
Elementos Básicos da
Linguagem
Produções/Manifestações artísticas
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Elementos:
Altura
Texto
Música Folclórica
Intensidade
Debates
Música de Raiz
Timbre
Imitações
Duração
Audição e Fruição
Interpretação
Dança
Elementos Básicos da linguagem
Produções/Manifestações artísticas
Elementos:
Movimento Composição coreográfica Música Popular Brasileira
Ritmo
Improvisações
Coreográficas
Música Contemporânea
Teatro
Elementos Básicos da Linguagem
Produções/Manifestações artísticas
Elementos:
Dramatização
Jogos Dramáticos
Período Medieval
Improvisação
Escultura Viva
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Período Renascentista
Texto Dramático
Técnicas
Encenação
7ª e 8ª Série
Artes Visuais
Elementos Básicos da linguagem
Produções/Manifestações artísticas
Elementos:
Ponto
Desenho de Observação
Neoclassicismo
Linha
Desenho de Criação
Romantismo
Forma
Desenho Gráfico
Arte
Superfície
Música
Elementos Básicos da linguagem
Produções/Manifestações artísticas
Elementos:
Harmonia
Audição
Música Período Romântico
Duração
Paródia
Afro-brasileira
Timbre
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Improvisação
Hip Hop
Estruturas Musicais
Composições
Dança
Elementos Básicos da linguagem
Produções/Manifestações artísticas
Elementos contextualizadores
Movimento
Composições
Coreográficas
Dança Erudita
Espaço
Audição
Dança Popular
Ritmo
Cenários
Rap
Equilíbrio
Improvisações
Teatro
Elementos Básicos da linguagem
Produções/Manifestações artísticas
Elementos:
Personagem
Criação de Personagem
Vanguarda Artística
Espaço Cênico
Texto Dramático
Arte Paranaense
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Ação Cênica
Improvisação
Expressão Corporal
Encenação
Expressão Vocal
8ª e 9ª Série
Artes Visuais
Elementos Básicos da Linguagem
Produções/Manifestações artísticas
Elementos:
Forma
Composições de Imagens Industria Cultural
Cor
Bidimensionais com Harmonias Cromáticas
Arte Moderna
Superfície
Composições
Arte Brasileira
Tridimensionais
Volume
Música
Elementos Básicos da linguagem
Produções/Manifestações artísticas
Elementos:
Ritmo
Composição Musical
Música Popular Brasileira
Harmonia
Melodia
Audição
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Qualidade de Som
Análise
Interpretação Musical
Dança
Elementos Básicos da linguagem
Produções/Manifestações artísticas
Elementos:
Espaço
Improvisação
Coreográfica
Dança Popular
Ação
Composição Coreográfica Dança Contemporânea
Dinâmica / Ritmo
Relacionamento
Teatro
Elementos Básicos da linguagem
Produções/Manifestações artísticas
Elementos:
Personagem
Tela Viva
Impressionismo
Expressão Corporal
Representação Teatral direta e indireta
Pós-impressionismo
Expressão Gestual
Dramatização
Ação Cênica
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Encaminhamento Metodológico
Partindo do repertório dos alunos, estabelecendo relações com os conteúdos
presentes nas produções e manifestações locais, regionais, globais das
diversas linguagens artísticas, propiciando leituras sobre os signos existentes
na cultura de massa.
Articulação do lúdico nas diversas linguagens artísticas experimentação e
exploração de materiais e técnicas vinculadas à produção que possibilitará ao aluno
a familiarização com as variadas linguagens artísticas.
Avaliação
A avaliação de Arte deverá seguir os mesmos Instrumentos das demais
disciplinas de acordo com esse projeto pedagógico, porém com critérios
diferenciados, pois deverá ser diagnóstica e processual. É necessário referir-se ao
conhecimento específico das linguagens artísticas, tanto em seus
aspectos experienciais, quanto conceituais, pois a avaliação consistente e
fundamentada permite ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos
estudados e produzidos e relacioná-lo com sua realidade. É necessário também que
o professor considere o histórico de cada aluno em sua relação com as atividades
desenvolvidas na escola, observando a qualidade dos trabalhos em seus
diversos registros (sonoro textual ou audiovisual). Guiando-se pelos resultados
obtidos, ele pode planejar algumas formas criativas de avaliação.
A avaliação também poderá ocorrer na observação e registro dos
caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem,
acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas criações/produções.
Referências Bibliográficas
KONDER, L. Os marxistas e a arte: breve estudo histórico-crítico de algumas
tendências da estética marxista. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966.
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PEIXOTO, M. I. H. Arte e grande público: a distância a ser extinta. Campinas:
Autores Associados, 2003.
FERRAZ, M.; FUSARI, M.R. Metodologia do ensino de arte. 2ª ed. São
Paulo: Cortez, 1993.
PICOQUE; GISA; GUERRA. Arte (Ensino Fundamental).
BARBOSA, A.M.B. Recorte e Colagem: influência de John Dewey no
ensino de arte no Brasil. São Paulo: Cortez, 1989.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
Estaduais. SEED-PR, 2008.
15.2 Proposta Curricular de Ciências
Apresentação
A ênfase principal do ensino de ciências é proporcionar ao aluno uma
compreensão racional que como ponto de partida a ciência não usa apenas um
método para suas especialidades.
A disciplina de ciências tem seu foco no conhecimento cientifico o qual,
resulta na investigação da natureza. Ao Aluno cabe interpretar racionalmente os
fenômenos observados na natureza, resultantes das relações entre elementos
fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e
vida. Sendo assim, o educando entende o mundo que o cerca, levando-o a um
posicionamento isento de preconceito ou superstições e a postura
adequada em relação à natureza. Atuando como indivíduo que faz parte
da sociedade em que vive e do ambiente que ocupa.
Tendo consciência de
suas responsabilidades face ao ambiente, como representante da espécie
humana, a única que altera profundamente os ecossistemas. Em
conseqüência desse aprendizado que ele perceba, gradativamente, como
a construção do conhecimento científico permitiu o desenvolvimento de
tecnologias que modificaram profundamente nossa vida.
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O Educando é
parte desse processo dinâmico, que continua ocorrendo e que no futuro
modificará ainda mais nossa forma de viver.
Objetivos
•Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte
integrante e agente de transformações do mundo em que vive em
relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
•Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e
condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica;
•Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir
de elementos das Ciências Naturais, colocando em
prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
•Saber utilizar conceitos científicos
básicos, associados àenergia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema,
equilíbrio e vida;
•Saber combinar leituras, observações, experimentações, registros, etc., para coleta,
organização, comunicação e discussão de fatos e informações;
•Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a
construção coletiva do conhecimento;
•Compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovido pela
ação coletiva;
•Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades
humanas, distinguindo usos corretos e necessários daquelas prejudiciais
ao equilíbrio da natureza e ao homem.
Conteúdos por série/ano
5ª e 6ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
- Astronomia
- Matéria
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- Sistemas biológicos
- Energia
- Biodiversidade
Conteúdos Básicos:
- Universo
- Sistema solar
- Movimentos
- Terrestres
- Movimentos celestes
- Astros
- Constituição da matéria
- Níveis de organização
- Formas de energia
- Conversão de energia
- Transmissão de energia
-Organização dos seres vivos
-Ecossistemas
-Evolução dos seres vivos
Abordagem Teórico-Metodológica
Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, selecionados a
partir de critérios que levam em consideração o desenvolvimento
cognitivo do estudante, o número de aulas semanais, as características
regionais, entre outros, devem ser abordados considerando aspectos
essenciais no ensino de Ciências; a história da ciência, a divulgação
científica e as atividades experimentais.
A abordagem desses conteúdos específicos deve contribuir para a
formação de conceitos científicos escolares no processo ensino-
aprendizagem da disciplina de Ciências e de seu objeto de estudo (o
conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza), levando
em consideração que, para tal formação conceitual, há necessidade de se
valorizar as concepções alternativas dos estudantes em sua zona
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cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação
didática.
Para tanto, as relações entre conceitos vinculados aos conteúdos
estruturantes (relações conceituais), relações entre os conceitos
científicos e conceitos pertencentes a outras disciplinas (relações
interdisciplinares), e relações entre esses conceitos científicos e as
questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de
contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens
que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos
contextos que permeiam os conceitos científicos escolares.
Todos esses elementos podem auxiliar na prática pedagógica dos
professores de Ciências, ao fazerem uso de problematizações,
contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas,
atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos
instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.
Avaliação
O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar
instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre:
• O entendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza.
• O reconhecimento das características básicas de diferenciação entre estrelas,
planetas, planetas anões, satélites naturais, cometas, asteróides, meteoros e
meteoritos.
• O conhecimento da história da ciência, a respeito das teorias geocêntricas e
heliocêntricas.
• A compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes
do sistema solar.
• O entendimento da constituição e propriedades da matéria, suas transformações,
como fenômenos da natureza.
• A compreensão da constituição do planeta Terra, no que se refere à atmosfera e
crosta, solos, rochas, minerais, manto e núcleo.
• O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água presente no
planeta Terra.
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• O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um
todo integrado.
• O reconhecimento das características gerais dos seres vivos.
• A reflexão sobre a origem e a discussão a respeito da teoria celular como modelo
explicativo da constituição dos organismos.
• O conhecimento dos níveis de organização celular.
• A interpretação do conceito de energia por meio da análise das suas mais diversas
formas de manifestação.
• O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia em outra.
• A interpretação do conceito de transmissão de energia.
• O reconhecimento das particularidades relativas à energia mecânica, térmica,
luminosa, nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de irradiação,
convecção e condução.
• O entendimento dessas formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na
natureza.
• O reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação.
• A distinção entre ecossistema, comunidade e população.
• O conhecimento a respeito da extinção de espécies.
• O entendimento a respeito da formação dos fósseis e sua relação com a produção
contemporânea de energia não renovável.
• A compreensão da ocorrência de fenômenos meteorológicos e catástrofes naturais
e sua relação com os seres vivos.
6ª e 7ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
- Astronomia
- Matéria
- Sistemas biológicos
- Energia
- Biodiversidade
Conteúdos Básicos:
- Astros
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- Movimentos terrestres
- Movimentos celestes
- Constituição da matéria
- Célula
- Morfologia e fisiologia dos seres vivos
- Formas de energia
- Transmissão de energia
- Origem da vida
- Organização dos seres vivos
- Sistemática
Abordagem Teórico-Metodológica
Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, selecionados a
partir de critérios que levam em consideração o desenvolvimento
cognitivo do estudante, o número de aulas semanais, as características
regionais, entre outros, devem ser abordados considerando aspectos
essenciais no ensino de Ciências; a história da ciência, a divulgação
científica e as atividades experimentais.
A abordagem desses conteúdos específicos deve contribuir para a
formação de conceitos científicos escolares no processo ensino-
aprendizagem da disciplina de Ciências e de seu objeto de estudo (o
conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza), levando
em consideração que, para tal formação conceitual, há necessidade de se
valorizar as concepções alternativas dos estudantes em sua zona
cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação
didática.
Para tanto, as relações entre conceitos vinculados aos conteúdos
estruturantes (relações conceituais), relações entre os conceitos
científicos e conceitos pertencentes a outras disciplinas (relações
interdisciplinares), e relações entre esses conceitos científicos e as
questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de
contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens
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que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos
contextos que permeiam os conceitos científicos escolares.
Todos esses elementos podem auxiliar na prática pedagógica dos
professores de Ciências, ao fazerem uso de problematizações,
contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas,
atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos
instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.
O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar
instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre:
• A compreensão dos movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra.
• A comparação dos movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do Sol e
da Lua, com base no referencial Terra.
Avaliação
• O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os
movimentos celestes no tocante à observação de regiões do céu e constelações.
• O entendimento da composição físico-química do Sol e a respeito da produção de
energia solar.
• O entendimento da constituição do planeta Terra primitivo, antes do surgimento da
vida.
• A compreensão da constituição da atmosfera terrestre primitiva, dos componentes
essenciais ao surgimento da vida.
• O conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula.
• O conhecimento dos mecanismos de constituição da célula e as diferenças entre
os tipos celulares.
• A compreensão do fenômeno da fotossíntese e dos processos de conversão de
energia na célula.
• As relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir do
entendimento dos mecanismos celulares.
• O entendimento do conceito de energia luminosa.
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• O entendimento da relação entre a energia luminosa solar e sua importância para
com os seres vivos.
• A identificação dos fundamentos da luz, as cores, e a radiação ultravioleta e
infravermelha.
• O entendimento do conceito de calor com energia térmica e suas relações com
sistemas endotérmicos e ectotérmicos.
• O entendimento do conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações como
os seres vivos, o ecossistema e os processos evolutivos.
• O conhecimento a respeito da classificação dos seres vivos, de categorias
taxonômicas, filogenia.
• O entendimento das interações e sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres
autótrofos e heterótrofos.
• O conhecimento a respeito das eras geológicas e das teorias sobre a origem da
vida, geração espontânea e biogênese.
7ª e 8ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
- Astronomia
- Matéria
- Sistemas biológicos
- Energia
- Biodiversidade
Conteúdos Básicos:
- Origem e evolução do Universo
- Constituição da matéria
- Célula
- Morfologia e fisiologia dos seres vivos
- Formas de energia
- Evolução dos seres vivos
Abordagem Teórico-Metodológica
Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, selecionados a
partir de critérios que levam em consideração o desenvolvimento
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cognitivo do estudante, o número de aulas semanais, as características
regionais, entre outros, devem ser abordados considerando aspectos
essenciais no ensino de Ciências; a história da ciência, a divulgação
científica e as atividades experimentais.
A abordagem desses conteúdos específicos deve contribuir para a
formação de conceitos científicos escolares no processo ensino-
aprendizagem da disciplina de Ciências e de seu objeto de estudo (o
conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza), levando
em consideração que, para tal formação conceitual, há necessidade de se
valorizar as concepções alternativas dos estudantes em sua zona
cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação
didática.
Para tanto, as relações entre conceitos vinculados aos conteúdos
estruturantes (relações conceituais), relações entre os conceitos
científicos e conceitos pertencentes a outras disciplinas (relações
interdisciplinares), e relações entre esses conceitos científicos e as
questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de
contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens
que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos
contextos que permeiam os conceitos científicos escolares.
Todos esses elementos podem auxiliar na prática pedagógica dos
professores de Ciências, ao fazerem uso de problematizações,
contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas,
atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos
instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.
O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar
instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre:
• A compreensão dos movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra.
• A comparação dos movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do Sol e
da Lua, com base no referencial Terra.
Avaliação
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O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar
instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre:
• A reflexão sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do
universo.
• As relações entre as teorias e sua evolução histórica.
• A diferenciação das teorias que consideram um universo inflacionário e teorias que
consideram o universo cíclico.
• O conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica (galáxias,
aglomerados, nebulosas, buracos negros, Lei de Hubble, idade do Universo, escala
do Universo).
• O conhecimento sobre o conceito de matéria e sua constituição, com base nos
modelos atômicos.
• O conceito de átomo, íons, elementos químicos, substâncias, ligações químicas,
reações químicas.
• O conhecimento das Leis da Conservação da Massa.
• O conhecimento dos compostos orgânicos e relações destes com a constituição
dos organismos vivos.
• Os mecanismos celulares e sua estrutura, de modo a estabelecer um entendimento
de como esses mecanismos se relacionam no trato das funções celulares.
• O conhecimento da estrutura e funcionamento dos tecidos.
• O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório,
cardiovascular, respiratório, excretor e urinário.
• Os fundamentos da energia química e suas fontes, modos de transmissão e
armazenamento.
• A relação dos fundamentos da energia química com a célula (ATP e ADP).
• O entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos de
transmissão e armazenamento.
• O entendimento dos fundamentos da energia nuclear e suas fontes, modos de
transmissão e armazenamento.
• O entendimento das teorias evolutivas.
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8ª e 9ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
- Astronomia
- Matéria
- Sistemas biológicos
- Energia
- Biodiversidade
Conteúdos Básicos:
- Astros
- Gravitação universal
- Propriedades da matéria
- Morfologia e fisiologia dos seres vivos
- Mecanismos de herança genética
- Formas de energia
- Conservação de energia
- Interações ecológicas
Abordagem Teórico-Metodológica
Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, selecionados a
partir de critérios que levam em consideração o desenvolvimento
cognitivo do estudante, o número de aulas semanais, as características
regionais, entre outros, devem ser abordados considerando aspectos
essenciais no ensino de Ciências; a história da ciência, a divulgação
científica e as atividades experimentais.
A abordagem desses conteúdos específicos deve contribuir para a
formação de conceitos científicos escolares no processo ensino-
aprendizagem da disciplina de Ciências e de seu objeto de estudo (o
conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza), levando
em consideração que, para tal formação conceitual, há necessidade de se
valorizar as concepções alternativas dos estudantes em sua zona
cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação
didática.
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Para tanto, as relações entre conceitos vinculados aos conteúdos
estruturantes (relações conceituais), relações entre os conceitos
científicos e conceitos pertencentes a outras disciplinas (relações
interdisciplinares), e relações entre esses conceitos científicos e as
questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de
contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens
que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos
contextos que permeiam os conceitos científicos escolares.
Todos esses elementos podem auxiliar na prática pedagógica dos
professores de Ciências, ao fazerem uso de problematizações,
contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas,
atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos
instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.
O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar
instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre:
• A compreensão dos movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra.
• A comparação dos movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do Sol e
da Lua, com base no referencial Terra.
Avaliação
O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar
instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre:
• O entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas.
• O entendimento das leis de Newton no tocante a gravitação universal.
• A interpretação de fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés.
• A compreensão das propriedades da matéria, massa, volume, densidade,
compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade,
maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor,
brilho, sabor.
• A compreensão dos fundamentos teóricos que descrevem os sistemas nervoso,
sensorial, reprodutor e endócrino.
• O entendimento dos mecanismos de herança genética, os cromossomos, genes,
os processos de mitose e meiose.
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• A compreensão dos sistemas conversores de energia, as fontes de energia e sua
relação com a Lei da conservação da energia.
• As relações entre sistemas conservativos.
• O entendimento dos conceitos de movimento, deslocamento, velocidade,
aceleração, trabalho e potência.
• O entendimento do conceito de energia elétrica e sua relação com o magnetismo.
• O entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclos
biogeoquímicos, bem como, as relações interespecíficas e intraespecíficas.
Metodologia
O encaminhamento metodológico será realizado numa abordagem crítica, que
considere a prática social do sujeito histórico, priorizando na escola
os conteúdos historicamente construídos pela humanidade, estabelecendo
as relações entre os conteúdos específicos, promovendo a integração dos
mesmos ao longo dos quatro últimos anos do Ensino Fundamental, respeitando o
nível cognitivo dos alunos, a realidade local, a diversidade cultural, as diferentes
formas de apropriação dos conteúdos pelos alunos.
Avaliação
A avaliação na disciplina de ciências será realizada sob os parâmetros desse
projeto político pedagógico e será contínua e cumulativa, partindo do principio de
que o aluno seja capaz de relacionar os conteúdos com seu cotidiano e assim
desenvolver o pensamento científico. Na avaliação dos
conteúdos ministrados, deverá ser dada maior importância aos aspectos qualitativos
da aprendizagem valorizando a compreensão, a criticidade, a
capacidade de síntese e elaboração pessoal, sobre a memorização. É
imprescindível a coerência entre planejamento das ações pedagógicas
do professor com o encaminhamento metodológico e o processo avaliativo.
De modo que os critérios de avaliação previamente estabelecidos
estejam diretamente ligados ao processo de ensino e aprendizagem.
Referências Bibliográficas
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PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Ciências do Estado do Paraná, 2008.
15.3 Proposta Curricular de Educação Física
Apresentação
A educação física é a área do conhecimento que introduz e integra
os alunos na cultura corporal do movimento, com finalidade de lazer,
expressão de sentimento, afetos emoções, de manutenção e melhoria da saúde,
evitando favorecer alunos que já tenham aptidões, adotando como eixo estrutural
da ação pedagógica o princípio da inclusão, apontando para perspectivas
metodológicas de ensino aprendizagem, que busquem o desenvolvimento
da autonomia, da cooperação, da participação social e da afirmação de valores e
princípios democráticos. Nesse sentido, garante a todos a possibilidade de usufruir
de jogos, esportes, danças, lutas e ginásticas em benefício da saúde e
do lazer, proporcionando o exercício crítico da cidadania e o bem-estar físico,
social e mental, garantindo integralmente a saúde do indivíduo.
Atualmente, quando falamos sobre a Educação Física escolar
sempre há algum fator que reforça a sua importância como um processo
permanente de desenvolvimento humano e de qualidade de vida. Reconhece-
se também que ela é uma disciplina capaz de influir direta e favoravelmente
na formação integral do individuo. Com o objetivo de educar, aprimorar e melhorar
os movimentos, bem como desenvolver a inteligência e personalidade.
Torna-se, portanto, importante o seu conhecimento como saber escolar, pois
contribui para a formação e transformação do estudante nos
aspectos acima mencionados.
Objetivos
Participar das atividades corporais, estabelecendo relações construtivas com
os outros, reconhecendo e respeitando características físicas, o desempenho
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de si mesmo e dos outros sem discriminar por fatores pessoais, físico, sexuais
ou sociais.
Transcender aquilo que se apresenta como senso comum, desmistificando
formas já arraigadas e equivocadas sobre o entendimento das diversas práticas e
manifestações corporais.
Priorizar a construção do conhecimento sistematizado como
oportunidade impar de reelaboração de idéias e praticas que por meio de ações
pedagógicas intensifiquem a compreensão do aluno sobre a gama
de conhecimentos produtivos pela humanidade e suas implicações pela vida.
Ampliar a visão biológica, democratizando, humanizando, problematizando e
diversificando prática pedagógica para as dimensões
afetivas, cognitivas, socioculturais e interdisciplinares. Incorporando deforma
organizada os conteúdos estruturantes onde são incluídas: a ginástica, esporte,
jogos, danças, lutas, que interagem com os elementos articuladores como a
desportivização, mídia, saúde, corpo, tática e técnica, o lazer e a adversidade.
Conteúdos por série/ano
5ª e 6ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
- Esporte
- Jogos e brincadeiras
- Dança
- Ginástica
- Lutas
Conteúdos Básicos:
- Coletivos
- Individuais
- Jogos e brincadeiras populares
- Brincadeiras e cantigas de roda
- Jogos de tabuleiro
- Jogos cooperativos
- Danças folclóricas
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- Danças de rua
- Danças criativas
- Ginástica rítmica
- Ginástica circense
- Ginástica geral
- Lutas de aproximação
- Capoeira
Abordagem Teórico-Metodológica
- Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como: sua origem,
sua evolução, seu contexto atual.
- Propor a vivência de atividades pré-desportivas no intuito de possibilitar o
aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações às
regras.
- Abordar e discutir a origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras.
- Possibilitar a vivência e confecção de brinquedos, jogos e brincadeiras com
e sem materiais alternativos.
- Ensinar a disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro
- Pesquisar e discutir a origem e histórico das danças.
- Contextualizar a dança.
- Vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.
- Estudar a origem e histórico da ginástica e suas diferentes manifestações.
- Aprender e vivenciar os Movimentos Básicos da ginástica (ex: saltos,
rolamento, parada de mão, roda)
- Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes
modalidades ginásticas.
- Pesquisar a Cultura do Circo.
- Estimular a ampliação da Consciência Corporal.
- Pesquisar a origem e histórico das lutas.
- Vivenciar atividades que utilizem materiais alternativos relacionados às lutas.
- Experimentar a vivência de jogos de oposição.
- Apresentação e experimentação da música e sua relação com a luta.
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- Vivenciar movimentos característicos da luta como: a ginga, esquiva e
golpes.
Avaliação
Espera-se que o aluno conheça dos esportes:
• o surgimento de cada esporte com suas primeiras regras;
• sua relação com jogos populares.
• seus movimentos básicos, ou seja, seus fundamentos.
• Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,
brinquedos e brincadeiras, bem como apropriar-se efetivamente das diferentes
formas de jogar;
• Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de
brinquedos com materiais alternativos.
• Conhecimento sobre a origem e alguns significados (místicos, religiosos,
entre outros) das diferentes danças;
• Criação e adaptação tanto das cantigas de rodas quanto de diferentes
seqüencias de movimentos.
• Conhecer os aspectos históricos da ginástica e das práticas corporais
circenses;
Aprendizado dos fundamentos básicos da ginástica:
• Saltar;
• Equilibrar;
• Rolar/Girar;
• Trepar;
• Balançar/Embalar;
• Malabares.
• Conhecer os aspectos históricos, filosóficos, as características das
diferentes manifestações das lutas, assim como alguns de seus movimentos
característicos.
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• Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de
materiais alternativos e dos jogos de oposição.
6ª e 7ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
- Esporte
- Jogos e brincadeiras
- Dança
- Ginástica
- Lutas
Conteúdos Básicos:
- Coletivos
- Individuais
- Jogos e brincadeiras populares
- Brincadeiras e cantigas de roda
- Jogos de tabuleiro
- Jogos cooperativos
- Danças folclóricas
- Danças de rua
- Danças criativas
- Danças circulares
- Ginástica rítmica
- Ginástica circense
- Ginástica geral
- Lutas de aproximação
- Capoeira
Abordagem Teórico-Metodológica
- Estudar a origem dos diferentes esportes e mudanças ocorridas com os
mesmos, no decorrer da história.
- Aprender as regras e os elementos básicos do esporte.
- Vivência dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
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- Compreender, por meio de discussões que provoquem a reflexão, o sentido
da competição esportiva.
- Recorte histórico delimitando tempos e espaços nos jogos, brinquedos e
brincadeiras.
- Reflexão e discussão acerca da diferença entre brincadeira, jogo e esporte.
- Construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos.
- Estudar os Jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais
- Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.
- Experimentação de movimentos corporais rítmico/expressivos.
- Criação e adaptação de coreografias.
- Construção de instrumentos musicais
- Estudar os aspectos históricos e culturais da ginástica rítmica e geral.
- Aprender sobre as posturas e elementos ginásticos.
- Pesquisar e aprofundar os conhecimentos acerca da Cultura Circense.
- Pesquisar e analisar a origem das lutas de aproximação e da capoeira,
assim como suas mudanças no decorrer da história.
- Vivenciar jogos adaptados no intuito de aprender alguns movimentos
característicos da luta, como: ginga, esquiva, golpes, rolamentos e quedas.
Avaliação
- Espera-se que o aluno possa conhecer a difusão e diferença de cada
esporte, relacionando-as com as mudanças do contexto histórico brasileiro.
- Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes
esportes.
- Conhecimento das noções básicas das regras das diferentes manifestações
esportivas
- Conhecer difusão dos jogos e brincadeiras populares e tradicionais no
contexto brasileiro.
- Reconhecer as diferenças e as possíveis relações existentes entre os jogos,
brincadeiras e brinquedos.
- Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos.
- Conhecer a origem e o contexto em que se desenvolveram o Break, Frevo e
Maracatu;
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- Criação e adaptação de coreografia rítmica e expressiva.
- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de
instrumentos musicais como, por exemplo, o pandeiro e o chocalho
Conhecer os aspectos históricos da ginástica rítmica (GR);
• Aprendizado dos movimentos e elementos da GR como:
• saltos;
• piruetas;
• equilíbrios.
- Apropriação dos aspectos históricos, filosóficos e as características das
diferentes manifestações das lutas de aproximação e da capoeira.
- Conhecer a história do judô, karatê, taekwondo e alguns de seus
movimentos básicos como: as quedas, rolamentos e outros movimentos.
- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de
materiais alternativos e dos jogos de oposição.
7ª e 8ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
- Esporte
- Jogos e brincadeiras
- Dança
- Ginástica
- Lutas
Conteúdos Básicos:
- Coletivos
- Radicais
- Jogos e brincadeiras populares
- Jogos de tabuleiro
- Jogos dramáticos
- Jogos cooperativos
- Danças criativas
- Danças circulares
- Ginástica rítmica
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- Ginástica circense
- Ginástica geral
- Lutas com Instrumento Mediador
- Capoeira
Abordagem Teórico-Metodológica
- Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte.
- Estudar as diversas possibilidades do esporte enquanto uma atividade
corporal, como: lazer, esporte de rendimento, condicionamento físico, assim como
os benefícios e os malefícios do mesmo à saúde.
- Analisar o contexto do Esporte e a interferência da mídia sobre o mesmo.
- Vivência prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
- Discutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas
- Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brincadeiras e
brinquedos.
- Organização de Festivais.
- Elaboração de estratégias de jogo
- Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.
- Análise dos elementos e técnicas de dança
- Vivência e elaboração de Esquetes (que são pequenas seqüências
cômicas).
- Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica.
- Vivência prática das posturas e elementos ginásticos.
- Estudar a origem da Ginástica com enfoque específico nas diferentes
modalidades, pensando suas mudanças ao longo dos anos.
- Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica.
- Vivência de movimentos acrobáticos.
- Organização de Roda de capoeira
- Vivenciar jogos de oposição no intuito de aprender movimentos direcionados
à projeção e imobilização.
Avaliação
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- Entender que as práticas esportivas podem ser vivenciadas no tempo/
espaço de lazer, como esporte de rendimento ou como meio para melhorar a
aptidão física e saúde.
- Compreender a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes
esportes.
- Reconhecer os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas
- Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos,
adaptados ou criados, seja eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro.
- Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,
brincadeiras e brinquedos.
- Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de
deslocamento, entre outros elementos que identificam as diferentes danças.
- Montar pequenas composições coreográficas
- Manusear os diferentes elementos da GR como:
• corda;
• fita;
• bola;
• maças;
• arco.
- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir das atividades
circenses como acrobacias de solo e equilíbrios em grupo.
- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das
diferentes formas de lutas.
- Aprofundar alguns elementos da capoeira procurando compreender a
constituição, os ritos e os significados da roda.
- Conhecer as diferentes projeções e imobilizações das lutas.
8ª e 9ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
- Esporte
- Jogos e brincadeiras
- Dança
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- Ginástica
- Lutas
Conteúdos Básicos:
- Coletivos
- Radicais
- Jogos de tabuleiro
- Jogos dramáticos
- Jogos cooperativos
- Danças criativas
- Danças circulares
- Ginástica rítmica
- Ginástica geral
- Lutas com Instrumento Mediador
- Capoeira
Abordagem Teórico-Metodológica
- Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte.
- Estudar as diversas possibilidades do esporte enquanto uma atividade
corporal, como: lazer, esporte de rendimento, condicionamento físico, assim como
os benefícios e os malefícios do mesmo à saúde.
- Analisar o contexto do Esporte e a interferência da mídia sobre o mesmo.
- Vivência prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
- Discutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas
- Organização e criação de gincanas e RPG (Role-Playing Game, Jogo de
Interpretação de Personagem), compreendendo que é um jogo de estratégia e
imaginação, em que os alunos interpretam diferentes personagens, vivendo
aventuras e superando desafios.
- Diferenciação dos jogos cooperativos e competitivos.
- Recorte histórico delimitando tempos e espaços na dança.
- Organização de festivais de dança.
- Elementos e técnicas constituintes da dança
- Estudar a origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação
Física.
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- Construção de coreografias.
- Pesquisar sobre a Ginástica e a cultura de rua (circo, malabares e
acrobacias).
- Análise sobre o modismo relacionado à ginástica.
- Vivência das técnicas específicas das ginásticas desportivas.
- Analisar a interferência de recursos ergogênicos (doping).
- Pesquisar a Origem e os aspectos históricos das lutas.
Avaliação
- Entender que as práticas esportivas podem ser vivenciadas no tempo/
espaço de lazer, como esporte de rendimento ou como meio para melhorar a
aptidão física e saúde.
- Compreender a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes
esportes.
- Reconhecer os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas
- Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos,
adaptados ou criados, sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro.
- Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,
brincadeiras e brinquedos
- Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de
deslocamento, entre outros elementos que identificam as diferentes danças.
- Montar pequenas composições coreográficas
- Manusear os diferentes elementos da GR como:
• corda;
• fita;
• bola;
• maças;
• arco.
- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir das atividades
circenses como acrobacias de solo e equilíbrios em grupo.
- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das
diferentes formas de lutas.
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- Aprofundar alguns elementos da capoeira procurando compreender a
constituição, os ritos e os significados da roda.
- Conhecer as diferentes projeções e imobilizações das lutas.
Metodologia
A Educação Física terá como eixo não a educação física tradicional e
renovada, mas uma educação física com abordagem histórica e crítica, valorizando
a ação pedagógica enquanto inserida na prática social concreta,
entendido como escola como mediação entre o indivíduo e o social, exercendo aí a
articulação entre a transmissão dos conteúdos e a assimilação ativa por parte
de um aluno concreto, e com articulação do saber criticamente reelaborado não
bastando que os conteúdos sejam apenas inseridos, ainda que bem ensinados; é
preciso que se liguem, deforma indissociável, ‘a sua significação humana e social,
introduzindo, portanto a possibilidade de uma reavaliação critica frente a esses
conteúdos.
O conhecimento, nessa forma de pensar educação física, é a reflexão, a
crítica e a reconstrução sobre a cultura corporal. Os alunos aprendem a praticar e
refletir sobre os jogos, as danças, as ginásticas, as lutas, as acrobacias,
as mímicas, e outras manifestações que compõem a cultura corporal.
Podemos dizer que o objeto de estudo da educação física, nessa
perspectiva é a cultura corporal como linguagem e como saber histórico.
Essa cultura corporal no ambiente escolar pode ser expressa enquanto
elementos articulantes e conteúdos estruturantes. Os conteúdos técnicos serão
trabalhados a partir do entendimento da técnica enquanto um meio que
permite ao homem vivenciar e se apropriar de uma dada pratica. Também, enquanto
um conhecimento específico, socialmente produzido historicamente
sistematizado pela humanidade. Por isso, um conhecimento a que os seres
humanos têm o direito a ter acesso. Mediar à técnica dos
elementos da cultura corporal significa permitir que os alunos se apropriem
de um conhecimento necessário a sua participação ativa e leitura critica do mesmo.
Essa visão se contrapõe àquela da técnica como um meio que
permite ao atleta atingir seu rendimento máximo no gesto motor, em um
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fundamento. O motivo da técnica, na visão do trabalho desenvolvido e
aqui relatado, se desloca do resultado esportivo, da busca desmedida da
vitória, para a apreensão da expressão corporal como forma de linguagem, para a
compreensão das relações humanas.
Os conteúdos específicos de educação física são abordados por intermédio
dos elementos articuladores, visando um maior aprofundamento (com
grau de complexidade superior a serie anterior) e diálogo com as diferentes
expressões do corpo.
Para analise critica dos alunos será proposto o estudo dos
elementos articuladores: mídia, desportização, saúde (aspectos individuais e
sociais), corpo e sociedade, lazer, diversidade, tática e técnica, inovações
tecnológica se o mundo do trabalho, legislações relativas à educação, educação
física, esporte e lazer, acontecimentos atuais (mundiais, nacionais e locais).
Avaliação
Para a avaliação da aprendizagem e desenvolvimento de forma atuada e
consciente, será utilizada avaliação diagnóstica, que alem de ser continua é
no processo que ela tem a característica de retomada dos conteúdos, usando o
avanço e o crescimento do aluno que será de forma global durante todas
as aulas através dos critérios: interesse, participação, organização para o
trabalho cooperativo, respeito aos materiais, colegas e professores, disciplina,
conhecimento, integridade, socialização onde ampliara a compreensão dos
alunos para alcançar responsabilidade na trajetória a ser percorrida.
Referências Bibliográficas
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física do Estado do Paraná, 2008.
ADORNO, Theodor. Tempo Livre. In: Palavras e sinais. Petrópolis: Vozes, 1995.
BRACHT, Valter. Educação física: conhecimento e especificidade. Trilhas e
partilhas: educação física na cultura escolar e nas práticas sociais. Belo Horizonte:
Cultura, 1997.
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__________________________. Pesquisa em ação: educação física
na escola. Ijuí: Unijuí, 2003.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São
Paulo: Cortez, 1992.
FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação
física. São Paulo: Scipione, 1992.
GARCIA, Regina Leite. O corpo que fala dentro e fora da escola. Rio de Janeiro:
DP&A, 2002.
KISHIMOTO, Tisuko Morchida. Educação infantil integrando pré-escolas e creches
na busca da socialização da criança. São Paulo: EDUSP, 2001.
KUWZ, Eleonor. Transformação didático-pedagógica no esporte. Ijuí:Unijuí, 1994.
OLIVEIRA, Luciane Paiva Alves de. Práticas para o controle do corpo
no início do ensino fundamental. São Paulo: PUC-SP,
2001.Dissertação de mestrado.
SOARES, Carmen Lúcia. Educação física escolar: conhecimento e especificidade.
São Paulo: revista Paulista de Educação Física, Suplemento 2, no. 2. 1996.
15.4 Ensino Religioso
Apresentação
Na escola o Ensino Religioso era, tradicionalmente, o ensino da
religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império, conforme
determinava a Constituição de 1824. Após a proclamação da República, o
ensino passou a ser laico, público, gratuito e obrigatório, de modo que foi rejeitada a
hegemonia católica (o monopólio dessa religião sobre as demais).
Depois da Constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser
admitido como disciplina na escola publica como matricula facultativa.
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Nas Constituições de 1973, 1946 e 1967 o Ensino Religioso foi
mantido como matéria do currículo, de freqüência livre para o aluno, e de caráter
confessional de acordo com o credo da família.
A partir da década de 1960, surgiram grandes debates nos quais se
retomou a questão da liberdade religiosa, devido à pressão das tradições
religiosas e da sociedade civil organizada, que partiu de diferentes manifestações
religiosas.
Ao longo destes anos o Ensino Religioso, nas escolas públicas, passou por
vários questionamentos e mudanças.
Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, podem-se
destacar: a necessária superação das tradicionais aulas de religião; a
inserção de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos
seus ritos, das paisagens e símbolos; e as relações culturais, sociais, políticas e
econômicas que são impregnadas às diversas formas de religiosidade.
As religiões no ambiente escolar interessam como objeto de conhecimento a
ser tratado nas aulas, por meio de estudo das manifestações religiosas que
delas decorrem e os constituem. As diferenças culturais são abordadas
para ampliar a compreensão da diversidade religiosa como expressão da cultura,
construída historicamente e são marcadas por aspectos econômicos, políticos e
sociais.
Assim, o currículo dessa disciplina propõe-se a levar os alunos, por meio dos
conteúdos, à compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações
do sagrado, com vista à interpretação dos seus múltiplossignificados. A
disciplina de Ensino Religioso subsidiará os alunos na compreensão dos conceitos
básicos no campo religioso e na forma como a sociedade sofre interferências das
tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado.
Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e às
suas manifestações são significativos para todos no processo de escolarização, por
propiciarem subsídios para a compreensão de uma interface da cultura e
da constituição da vida em sociedade.
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Objetivos
Formar nos alunos atitudes de valores, fortalecimento dos
vínculos familiares, dos laços de solidariedade e de respeito à diversidade cultural e
religiosa em que se assenta a vida social.
Conteúdos por série/ano
5ª Série
* Respeito à diversidade religiosa
•Declaração Universal dos Diretos Humanos e
Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa;
•Direito de professar a fé e liberdade de opinião e
expressão;
•Direito à liberdade de reunião e associações pacíficas;
•Direitos Humanos e sua vinculação com o sagrado.
* Lugares Sagrados
•Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas,
cachoeiras, etc;
•Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.
* Textos sagrados orais e escritos
* Organizações religiosas
•Os fundadores e/ou lideres religiosos;
•As estruturas hierárquicas.
6ª Série
* Universo simbólico religioso
•Dos ritos;
•Dos mitos;
•Do cotidiano.
* Ritos
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•Os ritos de passagem;
•Os mortuários;
•Os propiciatórios, entre outros.
* Festas religiosas
•Peregrinações;
•Festas familiares;
•Festas nos templos;
•Datas comemorativas.
* Vida e morte
•O sentido da vida nas tradições e manifestações
religiosas;
•A reencarnação;
•A ressurreição – ação de voltar à vida;
•Além da morte: ancestralidade, vida dos antepassados, espíritos dos
antepassados que se tornam presentes, entre outros.
Metodologia
O trabalho com os conteúdos específicos deve ser orientado a partir
de manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecidas ou pouco
conhecidas dos alunos, para que depois sejam trabalhados os conteúdos relativos
às manifestações religiosas mais comuns, do universo cultural da comunidade.
Todo o conteúdo a ser tratado nas aulas contribuirá para superar o
preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa; para
questionar toda forma de proselitismo, e para aprofundar o respeito a qualquer
expressão do sagrado.
Os conteúdos contemplam as diversas manifestações do sagrado, entendidas
como integrantes do patrimônio cultural, e contribuem para construir, analisar e
socializar o conhecimento religioso, favorecendo assim a formação integral dos
alunos, o respeito e o convívio com o diferente.
Os conteúdos serão trabalhados de acordo com a produção de pesquisadores
sobre as respectivas manifestações do sagrado.
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Avaliação
A avaliação da disciplina de Ensino Religioso não ocorre como na maioria das
disciplinas. O Ensino Religioso não constitui objeto de aprovação
ou reprovação nem tem registro de notas ou conceitos na documentação escolar,
por seu caráter facultativo de matricula na disciplina.
Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser
um elemento integrante do processo educativo da disciplina.
Através da observação das relações dos alunos perante os
conteúdos apresentados e as diferenças de crenças no seu meio social.
Esta observação será registrada por meio de instrumentos que permitam à
escola, ao próprio aluno e a seus pais a identificação dos progressos obtidos
na disciplina.
Referências Bibliográficas
SEED – Secretaria do Estado da Educação – Diretrizes Curriculares da
Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Ensino Religioso,
2008.
15.5 Proposta Curricular de Geografia
Apresentação
As relações entre a sociedade e a natureza sempre permearam os
estudos geográficos, pois as compreensões desses fenômenos foram e são
essenciais para garantir a sobrevivência humana.
Nos primórdios da sociedade, o homem apenas descrevia os fenômenos
naturais, as informações sobre a localização e as características físicas das regiões
conquistadas. Tais conhecimentos eram fundamentais para se organizarem
politicamente e economicamente.
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Diante da necessidade de ampliar o seu domínio, o homem passou a
buscar explicações para os fenômenos naturais, a mapear todas as áreas
conquistadas, surgindo desta forma, os primeiros registros geográficos e
cartográficos.
Somente no século XIX é que os conhecimentos geográficos passaram a ser
sistematizado. Neste período, surgiram as sociedades geográficas que através
de expedições buscavam conhecer novas áreas
continentais. Os conhecimentos eram utilizados pelas classes dominantes
para conquistar novas possessões territoriais.
No Brasil, a institucionalização da Geografia se consolidou a partir de 1930,
era uma Geografia descritiva, decorativa, conhecida como Geografia Tradicional.
As transformações políticas, econômicas e sociais após a Segunda Guerra
Mundial, interferiram no pensamento geográfico sobre diversos aspectos. Essas
transformações se intensificaram no decorrer do século XX, promovendo a
reformulação do ensino da Geografia e nas novas
abordagens para os campos de estudo desta ciência. No Brasil, o
percurso dessas mudanças foi afetado pelas tensões políticas dos anos 60, que
levaram as modificações do ensino da Geografia.
Com o fim do militarismo no Brasil, na década de 80, a renovação
do pensamento geográfico fortaleceu e as discussões teóricas centraram-se em
torno da Geografia Crítica.
Essa nova concepção geográfica tem como objetivo uma análise social,
política e econômica sobre o espaço geográfico trazendo para as discussões
assuntos ligados: à degradação da natureza, intensa exploração dos
recursos naturais, as desigualdades sociais e injustiças da produção e organização
do espaço, bem como, as questões culturais, políticas e econômicas mundiais, com
o objetivo de desenvolver no educando conhecimentos críticos do mundo que o
cerca, com os quais ele possa pensar a realidade geograficamente
despertando uma consciência espacial, assumindo um papel de agente
transformador da realidade.
Conteúdos por série/ano
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5ª e 6ª Série
Conteúdos Estruturantes:
-Dimensão econômica do espaço geográfico,
- Dimensão política do espaço geográfico,
-Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico,
-Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Conteúdos Básicos:
-Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
-Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias
de exploração e produção.
-A formação, localização, exploração e utilização dos recursos
naturais.
-A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)
organização do espaço geográfico.
-As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
-A transformação demográfica, a distribuição espacial e os
indicadores estatísticos da população.
-A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
-As diversas regionalizações do espaço geográfico.
Abordagem Teórico-Metodológica
-Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos
conteúdos básicos.
-Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região,
território, natureza e sociedade – serão apresentados numa perspectiva
crítica.
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-A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a
finalidade do ensino dessa disciplina.
-As categorias de análise da Geografia, as relações Sociedade-
Natureza e as relações Espaço-Temporais são fundamentais para a
compreensão dos conteúdos.
-As realidades locais e paranaenses deverão ser consideradas,
sempre que possível.
-Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes
escalas geográficas, com uso da linguagem cartográfica - signos, escala e
orientação. As culturas afro-brasileiras e indígenas deverão ser
consideradas no desenvolvimento dos conteúdos, bem como a Educação
Ambiental.
Avaliação
Espera-se que o aluno:
• Reconheça o processo de formação e transformação das paisagens
geográficas.
• Entenda que o espaço geográfico é composto pela materialidade (natural e
técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas.
• Localize-se e oriente-se no espaço através da leitura cartográfica.
• Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas
consequências econômicas, socioambientais e políticas.
• Entenda o processo de transformação de recursos naturais em fontes de
energia.
• Forme e signifique os conceitos de paisagem, lugar, região, território,
natureza e sociedade.
• Identifique as relações existentes entre o espaço urbano e rural: questões
econômicas, ambientais, políticas, culturais, movimentos demográficos, atividades
produtivas.
• Entenda a transformação e a distribuição espacial da população, como
resultado de fatores históricos, naturais e econômicos.
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• Entenda o significado dos indicadores demográficos refletindo a organização
espacial.
• Identifique as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais.
• Reconheça as diferentes formas de regionalização
Conteúdos por série/ano
6ª e 7ª Série
Conteúdos Estruturantes:
-Dimensão econômica do espaço geográfico,
- Dimensão política do espaço geográfico,
-Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico,
-Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Conteúdos Básicos:
-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do
território brasileiro.
-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e produção.
-As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
-As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural.
-A transformação demográfica, a distribuição espacial e os
indicadores estatísticos da população.
-Movimentos migratórios e suas motivações.
-O espaço rural e a modernização da agricultura.
-A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização.
-A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização
do espaço geográfico.
-A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações
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Abordagem Teórico-Metodológica
-Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos
conteúdos básicos.
-Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região,
território, natureza e sociedade – serão apresentados numa perspectiva
crítica.
-A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a
finalidade do ensino dessa disciplina.
-As categorias de análise da Geografia, as relações Sociedade-
Natureza e as relações Espaço-Temporal, são fundamentais para a
compreensão dos conteúdos.
-As realidades local e paranaense deverão ser consideradas sempre
que possível.
-Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes
escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica – signos, escala e
orientação.
-As culturas afro-brasileira e indígena deverão ser consideradas no
desenvolvimento dos conteúdos, bem como a Educação Ambiental.
Avaliação
Espera-se que o aluno:
• Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza,
sociedade e lugar.
• Localize-se e oriente-se no território brasileiro, utilizando a linguagem
cartográfica.
• Identifique o processo de formação do território brasileiro e as diferentes
formas de regionalização do espaço geográfico.
• Entenda o processo de formação das fronteiras agrícolas e a apropriação do
território.
• Entenda o espaço brasileiro dentro do contexto mundial, compreendendo
suas relações econômicas, culturais e políticas com outros países.
• Verifique o aproveitamento econômico das bacias hidrográficas e do relevo.
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• Identifique as áreas de proteção ambiental e sua importância para a
preservação dos recursos naturais.
• Identifique a diversidade cultural e regional no Brasil, construída pelos
diferentes povos.
• Compreenda o processo de crescimento da população e sua mobilidade no
território.
• Relacione as migrações e a ocupação do território brasileiro.
• Identifique a importância dos fatores naturais e o uso de novas tecnologias
na agropecuária brasileira.
• Estabeleça relações entre a estrutura fundiária e os movimentos sociais no
campo.
• Entenda o processo de formação e localização dos microterritórios urbanos.
• Compreenda como a industrialização influenciou o processo de urbanização
brasileira.
• Entenda o processo de transformação das paisagens brasileiras, levando
em consideração as formas de ocupação, as atividades econômicas desenvolvidas,
a dinâmica populacional e a diversidade cultural.
• Entenda como a industrialização acelerou a exploração dos elementos da
natureza e trouxe consequências ambientais.
• Estabeleça relação entre o uso de tecnologias nas diferentes atividades
econômicas e as consequentes mudanças nas relações sócio-espaciais e
ambientais.
• Reconheça a configuração do espaço de circulação de mão-de-obra,
mercadorias e sua relação com os espaços produtivos brasileiros
Conteúdos por série/ano
7ª e 8ª Série
Conteúdos Estruturantes:
-Dimensão econômica do espaço geográfico
-Dimensão política do espaço geográfico
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-Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
-Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Conteúdos Básicos:
-As diversas regionalizações do espaço geográfico.
-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos
territórios do continente americano.
-A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do
Estado.
-O comércio em suas implicações socioespaciais.
-A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações.
-A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização
do espaço geográfico.
-As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
-O espaço rural e a modernização da agricultura.
-A transformação demográfica, a distribuição espacial e os
indicadores estatísticos da população.
-Os movimentos migratórios e suas motivações.
-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
-Formação, localização, exploração e utilização dos recursos
naturais.
Abordagem Teórico-Metodológica
-Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos
conteúdos básicos.
-Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região,
território, natureza e sociedade – serão apresentados numa perspectiva
crítica.
- A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a
finalidade do ensino dessa disciplina.
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-As categorias de análise da Geografia, as relações Sociedade-
Natureza e as relações Espaço-Temporal, são fundamentais para a
compreensão dos conteúdos.
-As realidades local e paranaense deverão ser consideradas sempre
que possível.
- Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes
escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica - signos, escala e
orientação.
-As culturas afro-brasileira e indígena deverão ser
consideradas no desenvolvimento dos conteúdos, bem como a
Educação Ambiental.
Avaliação
Espera-se que o aluno:
• Forme e signifique os conceitos de região, território, paisagem, natureza,
sociedade e lugar.
• Identifique a configuração sócio espacial da América por meio da leitura dos
mapas, gráficos, tabelas e imagens.
• Diferencie as formas de regionalização do Continente Americano nos
diversos critérios adotados.
• Compreenda o processo de formação, transformação e diferenciação das
paisagens mundiais.
• Compreenda a formação dos territórios e a reconfiguração das fronteiras do
Continente Americano.
• Reconheça a constituição dos blocos econômicos, considerando a influência
política e econômica na regionalização do Continente Americano.
• Identifique as diferentes paisagens e compreenda sua exploração
econômica no continente Americano.
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• Reconheça a importância da rede de transporte, comunicação e circulação
das mercadorias , pessoas e informações na economia regional.
• Entenda como as atividades produtivas interferem na organização espacial e
nas questões ambientais.
• Estabeleça a relação entre o processo de industrialização e a urbanização.
• Compreenda as inovações tecnológicas, sua relação com as atividades
produtivas industriais e agrícolas e suas consequências ambientais e sociais.
• Entenda o processo de industrialização e a produção agropecuária em sua
relação com a apropriação dos recursos naturais.
• Reconheça e analise os diferentes indicadores demográficos e suas
implicações socioespaciais.
• Compreenda os fatores que influenciam na mobilidade da população e sua
distribuição espacial.
• Reconheça as configurações espaciais dos diferentes grupos étnicos
americanos em suas manifestações culturais e em seus conflitos étnicos e políticos.
• Compreenda a formação, localização e importância estratégica dos recursos
naturais para a sociedade contemporânea.
• Relacione as questões ambientais com a utilização dos recursos naturais no
Continente Americano.
Conteúdos por série/ano
8ª e 9ª Série
Conteúdos Estruturantes:
- Dimensão econômica do espaço geográfico
- Dimensão política do espaço geográfico
- Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
- Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Conteúdos Básicos:
-As diversas regionalizações do espaço geográfico.
-A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do
Estado.
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-A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no
espaço da produção.
-O comércio mundial e as implicações sócio espaciais.
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos
territórios.
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os
indicadores estatísticos da população.
- As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural.
- Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
- A distribuição das atividades produtivas, a transformação da
paisagem e a (re) organização do espaço geográfico.
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e produção.
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual
configuração territorial.
Abordagem Teórico-Metodológica
-Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos
conteúdos básicos.
-Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região,
território, natureza e sociedade – serão apresentados numa perspectiva
crítica.
-A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a
finalidade do ensino dessa disciplina.
-As categorias de análise da Geografia, as relações Sociedade-
Natureza e as relações Espaço- Temporal, são fundamentais para a
compreensão dos conteúdos.
-As realidades local e paranaense deverão ser consideradas sempre
que possível.
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-Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes
escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica - signos,escala e
orientação.
-As culturas afro-brasileira e indígena deverão ser consideradas no
desenvolvimento dos conteúdos, bem como a Educação Ambiental.
Avaliação
Espera-se que o aluno:
• Forme e signifique os conceitos geográficos de lugar, território, natureza,
sociedades, região e paisagem.
• Identifique a configuração socioespacial mundial por meio da leitura dos
mapas, gráficos, tabelas e imagens.
• Reconheça a constituição dos blocos econômicos considerando a influência
política e econômica na regionalização mundial.
• Compreenda a atual configuração do espaço mundial em suas implicações
sociais, econômicas e políticas.
• Entenda as relações entre países e regiões no processo de mundialização.
• Compreenda que os espaços estão inseridos numa ordem econômica e
política global, mas também apresentam particularidades.
• Relacione as diferentes formas de apropriação espacial com a diversidade
cultural.
• Compreenda como ocorreram os problemas sociais e as mudanças
demográficas geradas no processo de industrialização.
• Identifique os conflitos étnicos e separatistas e suas consequências no
espaço geográfico.
• Entenda a importância econômica, política e cultural do comércio mundial.
• Identifique as implicações socioespaciais na atuação das organizações
econômicas internacionais.
• Reconheça a reconfiguração das fronteiras e a formação de novos territórios
nacionais.
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• Faça a leitura dos indicadores sociais e econômicos e compreenda a
desigual distribuição de renda.
• Identifique a estrutura da população mundial e relacione com as políticas
demográficas adotadas nos diferentes espaços.
• Reconheça as motivações dos fluxos migratórios mundiais.
• Relacione o desenvolvimento das inovações tecnológicas nas atividades
produtivas.
• Entenda as consequências ambientais geradas pelas atividades produtivas.
• Analise as transformações na dinâmica da natureza decorrentes do emprego
de tecnologias de exploração e produção.
• Reconheça a importância estratégica dos recursos naturais para as
atividades produtivas.
• Compreenda o processo de transformação dos recursos naturais em fontes
de energia.
• Entenda a importância das redes de transporte e comunicação no
desenvolvimento das atividades produtivas.
Metodologia
Os conteúdos deverão ser trabalhados de forma crítica e dinâmica
interligando a teoria, a prática e a realidade. Faz-se necessário que os
conteúdos estruturantes estejam inter-relacionados, garantindo uma
totalidade de abordagem dos conhecimentos específicos.
O ensino da Geografia tem buscado praticas pedagógicas que permitam
apresentar aos alunos diferentes aspectos de um mesmo fenômeno em diferentes
momentos da escolaridade de modo que possam construir compreensões novas e
mais complexas a seu respeito. Espera-se que eles desenvolvam a
capacidade de identificar e refletir sobre diferentes
aspectos da realidade compreendendo a relação sociedade /natureza.
Essas práticas envolvem procedimentos de problematização, observação,
registro, descrição, documentação, representação e pesquisas dos fenômenos
sociais, culturais ou naturais que compõem a paisagem e o espaço geográfico,
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na busca e formação de hipóteses e explicações da relação permanência e
transformações que aí encontram em interação.
O estudo da sociedade e da natureza deve ser realizado de forma conjunta,
pois constitui a base material u física sobre a qual o espaço geográfico é constituído.
A realização do trabalho escolar deve ser essencialmente formativa,
buscando mudanças qualitativas da situação, preservando o trabalho coma
informação.
Nesses trabalhos deve-se considerar que as informações recolhidas
possam ser analisadas através de comparações com o conhecimento acumulado
abrindo espaço para a interdisciplinaridade.
Avaliação
A avaliação está inserida dentro do processo de ensino
aprendizagem. Diante disso, devem-se evitar avaliações que contemplem apenas
uma das formas de comunicação dos alunos, ou seja, apenas a escrita ou a
interpretação de textos, porém não podemos abandonar totalmente esta prática, pois
o nosso aluno encontrará esse tipo de situação na sociedade capitalista na qual está
inserido.
Assim, esta diretriz propõe que o processo de avaliação esteja articulado com
os conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o
objeto de estudo, as categorias espaço-tempo, a relação sociedade-natureza e
as relações de poder, contemplando a escala local e global e vice-versa. Que essa
avaliação seja diagnóstica e continua e que contemple diferentes práticas
pedagógicas, tais como: leitura, interpretação e
produção de textos geográficos, leitura e interpretação de fotos, imagens, tabelas,
mapas, gráficos, relatórios de experiênciaspráticasdeaulas de campo, construção de
maquetes, produção de mapasmentais, apresentação de seminários, pesquisas
bibliográficas.
Por tudo que foi exposto, destaca-se ainda que a proposta avaliativa
deva estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles serão
avaliados em cada atividade proposta. Além disso, a avaliação deve ser
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um processo não linear de construções e reconstruções, assentando na interação e
na relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo professor / aluno.
Referências Bibliográficas
PARANÁ, Secretaria do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares Para o
Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual. 2008.
ADAS, Melhem. Geografia: Noções Básicas de Geografia. São Paulo.
Moderna, 2002.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental.Parâmetros
Curriculares Nacionais: História e Geografia. Brasília. MEC/SEF,
1997. 166 p.
OLSZEWSKI, katia Marise & SOURIBNT, Lilian. A Terra em Estudo: A
Geografia em Questão. São Paulo: Editora do Brasil, 1999.
Superintendência da Educação. Curitiba, 2006. (Versão Preliminar).
SENE, Eustáquio de. & MOREIRA, João Carlos. A Geografia no Dia-a-Dia.
São Paulo: Scipione, 2002.
VESENTINI, José William & VLACH, Vânia. Geografia Crítica. São
Paulo. Ática, 2004
15.6 Proposta Curricular de História
Apresentação
A História Tradicional de caráter político, visando apenas o factual e o linear,
sem espaços para análises críticas e interpretações dos fatos, além de centrar-
se numa formação tecnicista, voltada à preparação de mão de obra para o mercado
de trabalho em detrimento à área de humanas, não traz crescimento educacional
para os alunos.
O fim da ditadura fez crescer debates em torno das reformas
democráticas, principalmente nos anos 90, trazendo novas propostas para o
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ensino de História: a pedagogia histórico-crítica, pautada no materialismo
histórico dialeto.
A proposta esbarrou na não superação da história linear e cronológica,
como na falta da formação continuada de professores da área.
Tentou-se com os PCN’s, até o final de 2002, essa superação mas, por este
se dar de forma autoritária, os conteúdos tornaram-se meios para a aquisição
de Competências: preparar para as exigências científico-tecnológicas, adaptando o
indivíduo a mudanças sociais, ou seja, a valorização de ensino humanístico, perdeu
mais uma vez seu valor.
Dentro dos PCN’s, as competências apresentadas tinham uma abordagem
funcionalista, pragmática, presentista dos conteúdos de História.
De fato esta superação teve início em 2003 com a elaboração das Diretrizes
Curriculares para o ensino de História, que até o atual momento está em
elaboração e o grande colaborador está na formação continuada dos professores.
Objetivos
Gerais
-Quebrar a concepção de História como verdade pronta e absoluta e
definitiva, não aceitando dogmatismo e ortodoxia, tendo em vista que os objetivos
de estudos dos processos históricos estão
relacionados às ações e relações humanas praticadas no tempo;(estruturas
sócio-históricas), buscando preservar uma narrativa histórica respeitando a
diversidade das experiências sociais,culturais e políticas dos sujeitos e
suas relações, expressa no processo de produção do conhecimento humano sob a
forma da consciência, valorizando a possibilidade de luta e transformação social.
“Entende-se que a narrativa quando histórico” significa que o passado é
compreendido em relação ao processo de constituição das
experiências sociais, culturais e políticas, no domínio próprio do conhecimento
histórico.
-O ensino de História tem como objetivo principal investigar, refletir e analisar
as sociedades humanas nos campos econômicos, social e cultural.
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Específicos
-Entender o processo histórico como resultado econômico, social,
político e cultural
-Relacionar as estruturas econômicas, sociais, políticas e culturais
das diferentes épocas históricas
-Interpretar fatos e situações reais da região, do país e do mundo
-Compreender a sim mesmo como ser integrante e interagindo na
Sociedade
Conteúdos por série/ano
5ª e 6ª Série - Os Diferentes Sujeitos Suas Culturas Suas Histórias
Conteúdos Estruturantes:
- Relações de trabalho
- Relações de poder
- Relações culturais
Conteúdos Básicos:
- A experiência humana no tempo.
- Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
- As culturas locais e a cultura comum.
Abordagem Teórico-Metodológica
• A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte
da história local/Brasil para o mundo;
• deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da
América Latina, da África e da Ásia;
• os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades
(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
• os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e
estruturantes;
• o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos
permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por
meio de narrativas históricas.
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Avaliação
• Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo
processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as
manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro
instituída por um processo histórico.
• Pretende perceber como os estudantes compreendem: a experiência
humana, os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; a cultura local e a
cultura comum.
• Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em
sala de aula, propiciando reflexões sobre a relação passado/ presente.
• Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.
• No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos
históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de
documentos de diferentes naturezas como: os mitos; lendas; cultura popular, festa e
religiosidade; constituição do pensamento científico; formas de representação
humana; oralidade e a escrita e formas de narrar a história etc.
6ª e 7ª Série - A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a
Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços
Conteúdos Estruturantes:
- Relações de trabalho
- Relações de poder
- Relações culturais
Conteúdos Básicos:
- As relações de propriedade.
- A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
- A relações entre o campo e a cidade.
- Conflitos e resistências e produção cultural campo/ cidade.
Abordagem Teórico-Metodológica
95
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• A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte
da história loca/Brasil para o mundo;
• deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da
América Latina, da África e da Ásia;
• os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades
(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
• os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e
estruturantes;
• o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos
permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por
meio de narrativas históricas.
Avaliação
• Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente
como os mundos do campo e da cidade e suas relações de propriedade foram
instituídos por um processo histórico;
• Pretende perceber como os estudantes compreendem: a constituição
histórica do mundo do campo e do mundo da cidade; as relações entre o campo e a
cidade; conflitos e resistências; e produção cultural campo cidade.
• Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.
• No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos
históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de
documentos de diferentes naturezas.
7ª e 8ª Série - O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência
Conteúdos Estruturantes:
- Relações de trabalho
- Relações de poder
- Relações culturais
Conteúdos Básicos:
- História das relações da humanidade com o trabalho.`
- O trabalho e a vida em sociedade.
- O trabalho e as contradições da modernidade.
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- O trabalhadores e as conquistas de direito.
Abordagem Teórico-Metodológica
• A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte
da história loca/Brasil para o mundo;
• deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da
América Latina, da África e da Ásia;
• os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades
(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
• os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e
estruturantes;
• o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos
permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por
meio de narrativas históricas.
Avaliação
• Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente
os mundos do trabalho instituídos por um processo histórico.
• Pretende perceber como os estudantes compreendem: as relações dos
mundos do trabalho que estruturam as diversas sociedades no tempo (sociedades
indígenas, trabalho coletivo, patriarcal, escravocrata, servil e assalariado). As
contradições de classe na sociedade capitalista; as lutas pelos direitos trabalhistas.
O trabalho e a vida em sociedade e o significado do trabalho em diferentes
sociedades; as três ordens do imaginário feudal; o entretenimento na corte e nas
feiras; fim da escravidão, o nascimento da fábricas/cortiços; vilas operárias. O
trabalho na modernidade, as classes trabalhadora/capitalista no campo e na cidade,
a crise da produção e do trabalho a partir de 1929; ciência e tecnologia, saber/poder;
a indústria do lazer, da arte (...).
• Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.
• No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos
históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de
documentos de diferentes naturezas.
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8ª e 9ª Série - Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado
e das Instituições Sociais
Conteúdos Estruturantes:
- Relações de trabalho
- Relações de poder
- Relações culturais
Conteúdos Básicos:
- A constituição das instituições sociais.
- A formação do Estado.
- Sujeitos, Guerras e revoluções.
Abordagem Teórico-Metodológica
• A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte
da história locais/Brasil para o mundo;
• deverão ser considerados os contextos relativos às histórias locais, da
América Latina, da África e da Ásia;
• os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades
(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
• os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e
estruturantes;
• o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos
permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por
meio de narrativas históricas.
Avaliação
• Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo
processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as ações
políticas que os sujeitos promovem em relação às lutas pela participação no poder
que foram instituídas por um processo histórico.
• Pretende perceber como os estudantes compreendem: a formação do
Estado; das outras instituições sociais; guerras e revoluções; dos movimentos
sociais políticos, culturais e religiosos; as revoltas e revoluções sociais (políticas,
econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras mundiais (...).
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• Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.
• No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos
históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de
documentos de diferentes naturezas.
Avaliação
A avaliação do processo ensino-aprendizagem se dará de forma continuada
visando diagnosticar o conjunto no qual se insere tanto o aluno quanto o professor.
Sua ênfase estará na análise e reflexão dos processos históricos e não
na mera memorização dos mesmos.
Outra questão importante a ser priorizada nas atividades avaliativas é a
análise das relações estabelecidas entre os sujeitos históricos nos
aspectos econômicos, sociais, políticos e culturais que vão de certa
maneira formar a consciência histórica do cidadão consciente e atuante
na sociedade em que vive. Para tanto podemos utilizar:
-Leitura de textos diversos (informativos, dissertativos,
argumentativos, literários, imagens, mapas, gráfico, entre outros)
-Interpretação oral e escrita
-Sínteses
-Questionamentos
-Discussões, debates e/ou seminários
Referências bibliográficas
SEED. Diretrizes curriculares de história do Estado do Paraná, 2008.
BRASIL/MEC. Diretrizes curriculares nacionais para a Educação das
relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro- brasileira e africana.
BRASÍLIA/MEC. Secretaria especial de políticas de promoção da
igualdade racial. Secretaria da educação continuada, alfabetização e diversidade.
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PARANÁ. Lei 13.381 – 18/12/2001. Obrigatoriedade no ensino fundamental
e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história
do Paraná. Diário Oficial do Paraná nº 6.134 - 18/12/2001.
15.7 Proposta Curricular de Língua Portuguesa
Apresentação
O ensino de Língua Portuguesa se orienta na concepção sócio
interacionista, a qual dá ênfase ao uso social dos diferentes gêneros
textuais. Dentro de um processo dinâmico e histórico dos agentes de interação
verbal tanto na constituição social da linguagem, quanto dos sujeitos que por meio
dela interagem. Através dos novos campos de saber ou novos espaços teóricos
como a teoria da enunciação, teoria da leitura, juntamente com o
método da recepção, concepção interacionista ou discursiva no uso da linguagem
oral e escrita.
Objetivo
Formar alunos proficientes no uso da língua na oralidade, na leitura e
na escrita, saberes lingüísticos necessários para a sua participação social efetiva,
garantindo-lhes o exercício da cidadania, direito inaliável de todos.
Leitura
•Fazer previsões e inferências sobre o texto, de maneira a participar
do processo de produção de sentido que se dá a partir das interações sociais e
ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor, construindo
um sentido global,formulando e reformulando hipóteses, aceitando e rejeitando
conclusões, baseando-se em seu conhecimento lingüístico e na sua vivência sócio-
cultural, acreditando que a leitura deve ser experienciada, desde a
alfabetização, favorecendo a formação de seu senso crítico.
Escrita
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•Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores , os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura,
envolvendo-se com os textos que escrevem, assumindo de fato a autoria do que
escrevem e aprimorando sua condição de escritor, uma vez que a escrita pode ser
vislumbrada como formadora de subjetividades bem como possibilidade da criação.
Oralidade
•empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos
discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos, considerando o
contexto linguístico e a intencionalidade.
Análise Lingüística
* Aplicar os recursos lingüísticos em uso nas práticas da oralidade,
leitura e escrita (fonológicos, morfológicos, sintáticos e lexicais)
Conteúdos por série/ano
•Oralidade -Leitura – Escrita -Análise Linguística
•Prática de textos orais (escrita e fala)
Desenvolver gradativamente no aluno a capacidade de atender às
diversas demandas sociais comunicativas orais (escuta e fala), no sentido
da adequação às condições de produção: nível de formalidade, assunto, objetivo e
interlocutores.
Oferecer condições para que o aluno se familiarize e domine os diferentes
gêneros textuais: amplie o universo lexical; organize e estruture sintaticamente
enunciados orais adequados ao grau de complexidade exigido e às diferentes
situações inter locutivas; expresse-se com autenticidade sobre os temas
debatidos; opere com pressuposições e subentendidos; exponha com clareza,
coesão e coerência seus pontos de vista; distingua as formas particulares
da oralidade e da escrita, identifique as marcas discursivas
ou os recursos/operadores argumentativos para o reconhecimento
de intenções, valores, preconceitos veiculados nos discursos.
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Conteúdos por série/ano
5ª e 6ª Série
Conteúdos Estruturantes:
- Discurso como prática social
Conteúdos Básicos:
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Argumentos do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Contexto de produção;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Argumentatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Divisão do texto em parágrafos;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
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• Finalidade;
• Argumentos;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
Abordagem Teórico-Metodológica
LEITURA
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como
gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
ESCRITA
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor,
do gênero, da finalidade;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• Acompanhe a produção do texto;
• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/ das ideias, dos
elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de aventura,
103
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observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto
remete a uma aventura, etc.);
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade
temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos
recursos extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como
cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre
outros.
Avaliação
LEITURA
Espera-se que o aluno:
• Identifique o tema;
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Localize informações explícitas no texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Identifique a ideia principal do texto.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
• Expresse as ideias com clareza;
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• Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,
atendendo:
− às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
− à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função
do artigo, pronome, numeral, substantivo, etc.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
• Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
• Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;
• Compreenda argumentos no discurso do outro;
• Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas,
gestos, etc.;
• Respeite os turnos de fala.
6ª e 7ª Série
Conteúdos Estruturantes:
- Discurso como prática social
Conteúdos Básicos:
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Informações explícitas e implícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
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• Ambiguidade;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
ESCRITA
• Contexto de produção;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica.
Abordagem Teórico-Metodológica
LEITURA
É importante que o professor:
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• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando
também o léxico;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões sobre: tema e intenções;
• Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como
gráficos, fotos, imagens, mapas,e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual, com as diferentes possibilidades de
sentido (ambiguidade) e com outros textos;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
ESCRITA
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor,
do gênero, da finalidade;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
• Acompanhe a produção do texto;
• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos
elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de enigma,
observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto
remete a um mistério, etc.);
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade
temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos;
• Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais
dos alunos;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
107
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• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos
recursos extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros.
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como
cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre
outros.
Avaliação
LEITURA
Espera-se que o aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Localize informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique a ideia principal do texto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique o tema;
• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
• Expresse suas ideias com clareza;
• Elabore textos atendendo:
- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
- à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função
do artigo, pronome, substantivo, etc.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
108
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• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
• Apresente suas ideias com clareza;
• Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero
proposto;
• Compreenda os argumentos no discurso do outro;
• Exponha objetivamente seus argumentos;
• Organize a sequência de sua fala;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou
nos gêneros orais trabalhados;
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.
7ª e 8ª Série
Conteúdos Estruturantes:
- Discurso como prática social
Conteúdos Básicos:
LEITURA
Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido figurado;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
109
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ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Concordância verbal e nominal;
• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- sentido figurado;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Argumentos;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas ...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
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• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Abordagem Teórico-Metodológica
LEITURA
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como
gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
• Instigue a identificação e reflexão dos sentidos de palavras e/ou expressões
figuradas, bem como de expressões que denotam ironia e humor;
• Promova a percepção de recursos utilizados para determinar causa e
consequência entre as partes e elementos do texto.
ESCRITA
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor,
do gênero, da finalidade;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
• Acompanhe a produção do texto;
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade
temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto
• Estimule o uso de figuras de linguagem no texto;
• Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
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• Proporcione o entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na
organização, retomadas e sequenciação do texto;
• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos
elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma notícia, observar se o
fato relatado é relevante, se apresenta dados coerentes, se a linguagem é própria do
suporte (ex. jornal), se traz vozes de autoridade, etc.).
• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do
texto;
• Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais
dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as
partes e elementos do texto;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos
recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas e outros;
• Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes
como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a
ideologia dos discursos dessas esferas;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como
cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre
outros.
Avaliação
LEITURA
Espera-se que o aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto;
112
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• Localize de informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique a ideia principal do texto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique o tema;
• Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;
• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões
no sentido conotativo e denotativo;
• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre
as partes e elementos do texto.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
• Expresse suas ideias com clareza;
• Elabore textos atendendo:
- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
- à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Utilize recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função
do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização,
retomadas e sequenciação do texto;
Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
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• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
• Apresente ideias com clareza;
• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
• Compreenda os argumentos no discurso do outro;
• Exponha objetivamente seus argumentos;
• Organize a sequência da fala;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise os argumentos dos colegas em suas apresentações e/ou nos
gêneros orais trabalhados;
• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.;
• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-
juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros
8ª e 9ª Série
Conteúdos Estruturantes:
- Discurso como prática social
Conteúdos Básicos:
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
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• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Semântica:
• - operadores argumentativos;
- polissemia;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência;
• Processo de formação de palavras;
• Vícios de linguagem;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- polissemia.
ORALIDADE
• Conteúdo temático ;
• Finalidade;
• Argumentos;
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• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas ...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Abordagem Teórico-Metodológica
LEITURA
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade,
vozes sociais e ideologia ;
• Proporcione análises para estabelecer a referência textual;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como
gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
• Instigue o entendimento/ reflexão das palavras em sentido figurado;
• Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de
cada gênero;
• Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e
consequência entre as partes e elementos do texto;
• Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas.
ESCRITA
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É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor,
finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade,
situacionalidade, temporalidade e ideologia;
• Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a
referência textual;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• Acompanhe a produção do texto;
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade
temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e
denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;figuras de
linguagem no texto;
• Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
• Conduza a utilização adequada das partículas conectivas;
• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos
elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma crônica, verificar se a
temática está relacionada ao cotidiano, se há relações estabelecidas entre os
personagens, o local, o tempo em que a história acontece, etc.);
• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto;
• Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais
dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as
partes e elementos do texto;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal;
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• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos
recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas e outros;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como
cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
Avaliação
LEITURA
Espera-se que o aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas;
• Localize informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique a ideia principal do texto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique o tema;
• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões
no sentido conotativo e denotativo;
• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre
as partes e elementos do texto;
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão
referencial;
• Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
• Expresse ideias com clareza;
• Elabore textos atendendo:
- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
- à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
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• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade,
intertextualidade, etc.;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função
do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção,
etc.;
• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão
referencial.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
• Apresente ideias com clareza;
• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
• Compreenda argumentos no discurso do outro;
• Exponha objetivamente argumentos;
• Organize a sequência da fala;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações
e/ou nos gêneros orais trabalhados;
• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.;
• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;
• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-
juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
Referências Bibliográficas
PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa. 2008.
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15.8 Proposta Curricular de Matemática
Apresentação
A Matemática é uma das mais importantes ferramentas da
sociedade moderna. Apropriar-se dos conceitos e procedimentos básicos contribui
para a formação do futuro cidadão, que se engajará no mundo do trabalho, das
relações sociais, culturais e políticas.
A Matemática está presente em praticamente tudo que nos rodeia, com
maior ou menor complexidade. Perceber isso é compreender o mundo à nossa
volta e poder atuar nele. E a todos, indistintamente deve ser dada essa
possibilidade de compreensão e atuação como cidadão, em casa,
na rua, no campo, na cidade nas várias profissões, nas várias culturas, o ser
humano necessita contar, calcular, comparar, medir, localizar, representar,
interpretar. E o faz informalmente, à sua maneira com base em parâmetro de seu
contexto sócio cultural. É preciso que esse saber informal, cultural se incorpore e a
matemática da vida, desde uma simples contagem até o uso de complexos
computadores.
A história da matemática nos revela que os povos das antigas civilizações
conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos que vieram compor a
matemática que se conhece hoje. As matemáticas, surgidas na antiguidade por
necessidades da vida cotidiana, têm se transformado em um imenso
sistema de variadas e extensas disciplinas. Como as demais ciências, refletem
as leis do mundo que nos rodeia e servem de potente instrumento para o
conhecimento e domínio da natureza. Pelo alto nível de abstração que
as caracterizam, as matemáticas traz consigo que todos os seus ramos sejam
relativamente inacessíveis aos que não são especialistas. Essa qualidade
abstrata das matemáticas deu lugar, já na antiguidade, às nações idealistas sobre
sua independência a respeito do mundo material.
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O último fim da vitalidade da matemática se deve ao fato de que, apesar
de sua abstração, seus conceitos e resultados têm sua origem no mundo real e
encontram muitas e diversas aplicações em outras ciências, na engenharia e em
todos os aspectos práticos em outras ciências; reconhecer isso é o requisito prévio
mais importante para entender a matemática. Embora o objeto de estudo
da Educação Matemática, ainda encontre-se em processo de construção, pode-se
dizer que ele está centrado na prática pedagógica da matemática, de forma a
envolver-se com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento
matemático. Sendo assim, pode-se afirmar que os objetivos básicos da
Educação Matemática visam desenvolve-la enquanto campo de investigação e
de produção de conhecimentos. Natureza científica – e a melhoria
da qualidade do ensino e da aprendizagem matemática.
A finalidade da educação matemática é fazer com que o estudante
compreenda e se aproprie da própria
matemática concebida como umconjunto de resultados, métodos, procedimentos,
algoritmos, etc. Outra finalidade apontada pelos autores “é fazer com que o
estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes
de natureza diversa, visando à formação integral do ser humano e, particularmente,
do cidadão, Isto é, do homem público”.
Objetivos
A educação matemática em especial não se destina a formar
matemáticos, mas sim pessoas que possuam uma cultura matemática que lhes
permitam aplicar a matemática nas suas atividades e na sua vida
diária. Assim, dentro de nossa proposta, desejamos que o aluno possa:
•Contemplar os conteúdos específicos concernentes a cada conteúdo
estruturante, articulando-os: - estruturantes e específicos – fazendo uso
de metodologias que transitem entre as tendências da educação matemática.
•Adotar uma atitude positiva em relação à matemática, ou seja, desenvolver
sua capacidade de “fazer matemática” construindo conceitos e procedimentos,
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formulando e resolvendo problemas por si mesmo, e assim aumentar sua auto-
estima e perseverança na busca de soluções para os seus problemas.
•Perceber que os conceitos e procedimentos matemáticos são úteis
para compreender o mundo e atuar nele.
•Pensar logicamente, relacionando idéias, descobrindo regularidade e
padrões, estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação e sua
criatividade na solução de problemas.
•Observar sistematicamente a presença da matemática no dia a dia
(quantidades, números, formas geométricas, simetria, grandezas e
medidas, tabelas e gráficos).
•Habituar-se ao estudo, atenção, responsabilidade e cooperação.
•Conhecer, interpretar e utilizar a linguagem matemática
associando-a a linguagem usual.
•Associar a matemática a outras áreas do conhecimento.
•Construir uma imagem da matemática como algo agradável e
prazeroso, desmistificando o mito da genialidade.
Conteúdos por série/ano
5ª e 6ª Série
Conteúdos Estruturantes:
- Números e Álgebra
- Grandezas e Medidas
- Geometrias
Conteúdos Básicos:
• Sistemas de numeração;
• Números Naturais;
• Múltiplos e divisores;
• Potenciação e radiciação;
• Números fracionários;
• Números decimais.
• Medidas de comprimento;
• Medidas de massa;
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• Medidas de área;
• Medidas de volume;
• Medidas de tempo;
• Medidas de ângulos;
• Sistema monetário;
• Geometria Plana;
•Geometria Espacial.
Avaliação
• Conheça os diferentes sistemas de numeração;
• Identifique o conjunto dos naturais, comparando e reconhecendo seus
elementos;
• Realize operações com números naturais;
• Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que
envolvam (as) operações com números naturais;
• Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número
decimal; fração e número misto;
• Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais;
• Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação
como sua operação inversa;
• Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões
numéricos e geométricos;
• Identifique o metro como unidade-padrão de medida de comprimento;
• Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas;
• Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;
• Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas;
• Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume;
• Realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus
múltiplos e submúltiplos;
• Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos);
• Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais
sistemas mundiais;
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• Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície
padronizada;
• Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta;
• Conceitue e classifique polígonos;
• Identifique corpos redondos;
• Identifique e relacione os elementos geométricos que envolvem o cálculo de
área e perímetro de diferentes figuras planas;
• Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos;
• Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus
elementos.
6ª e 7ª Série
Conteúdos Estruturantes:
- Tratamento da informação
- Números e Álgebra
- Grandezas e Medidas
- Geometrias
Conteúdos Básicos:
• Dados, tabelas e gráficos;
• Porcentagem;
• Números Inteiros;
• Números Racionais;
• Equação e Inequação do 1º grau;
• Razão e proporção;
• Regra de três simples;
• Medidas de temperatura;
• Medidas de ângulos;
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometrias não-euclidianas;
• Pesquisa Estatística;
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• Média Aritmética;
• Moda e mediana;
• Juros simples.
Avaliação
• Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de
dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que
se apresentam;
• Resolva situações-problema que envolva porcentagem e relacione-as com
os números na forma decimal e fracionária.
• Reconheça números inteiros em diferentes contextos;
• Realize operações com números inteiros;
• Reconheça números racionais em diferentes contextos;
• Realize operações com números racionais;
• Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade;
• Compreenda o conceito de incógnita;
• Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos
através de incógnitas;
• Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa
ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões;
• Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais;
• Resolva situações-problema aplicando regra de três simples.
• Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos;
• Compreenda o conceito de ângulo;
• Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;
• Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos;
• Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior,
fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.
• Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas;
• Leia, interprete, construa e analise gráficos;
• Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos;
• Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples
7ª e 8ª Série
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Conteúdos Estruturantes:
- Números e Álgebra
- Grandezas e Medidas
- Geometrias
- Tratamento da Informação
Conteúdos Básicos:
• Números Racionais e Irracionais;
• Sistemas de Equações do 1º grau;
• Potências;
• Monômios e Polinômios;
• Produtos Notáveis
• Medidas de comprimento;
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
• Medidas de ângulos
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias não-euclidianas
• Gráfico e Informação;
• População e amostra.
Avaliação
• Calcule o comprimento da circunferência;
• Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo;
• Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por
transversal.
• Realize cálculo de área e volume de poliedros
• Reconheça triângulos semelhantes;
• Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos
regulares;
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• Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num
plano;
• Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos,
identifique os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob
diversos contextos;
• Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e
discuta suas propriedades
• Interprete e represente dados em diferentes gráficos;
• Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.
8ª e 9ª Série
Conteúdos Estruturantes:
- Números e Álgebra
- Grandezas e Medidas
- Funções
- Geometrias
- Tratamento da Informação
Conteúdos Básicos:
• Números Reais;
• Propriedades dos radicais;
• Equação do 2º grau;
• Teorema de Pitágoras;
• Equações Irracionais;
• Equações Biquadradas;
• Regra de Três Composta.
• Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
• Trigonometria no Triângulo Retângulo.
• Noção intuitiva de Função Afim.
• Noção intuitiva de Função Quadrática.
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
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• Geometria Analítica;
• Geometrias não-euclidianas
• Noções de Análise Combinatória;
• Noções de Probabilidade;
• Estatística;
• Juros Compostos.
Avaliação
• Opere com expoentes fracionários;
• Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as
propriedades para a sua simplificação;
• Extraia uma raiz usando fatoração;
• Identifique uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta,
reconhecendo seus elementos;
• Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes
processos;
• Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;
• Identifique e resolva equações irracionais;
• Resolva equações biquadradas através das equações do 2ºgrau;
• Utilize a regra de três composta em situações-problema.
• Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo
retângulo;
• Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de
um triângulo retângulo;
• Expresse a dependência de uma variável em relação à outra;
• Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua
declividade em relação ao sinal da função;
• Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função;
• Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a
concavidade da parábola em relação ao sinal da função;
• Analise graficamente as funções afins;
128
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• Analise graficamente as funções quadráticas.
• Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre
eles;
• Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver
situações-problemas;
• Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos;
• Aplique o Teorema de Tales em situações-problemas;
• Noções básicas de geometria projetiva.
• Realize Cálculo da superfície e volume de poliedros.
• Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que
envolva contagens, aplicando o princípio multiplicativo;
• Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório;
• Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento;
• Resolva situações-problema que envolva cálculos de juros compostos.
Avaliação
A avaliação é um elemento, uma parte integrante do processo ensino-
aprendizagem, abrangendo a atuação do professor, o desempenho do aluno e
também os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e
do sistema de ensino. É algo bem mais amplo do que medir quantidade
de conteúdos que o aluno aprendeu em determinado período. Portanto, a
avaliação deve ser compreendida como:
•Elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino;
•Conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da
intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da
melhor forma;
•Conjunto de ações que busca obter informações sobre o que
foi aprendido e como;
•Elemento de reflexão para o professor sobre sua prática
educativa;
•Instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência de
seus avanços, dificuldades e possibilidades;
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•Ação que ocorre durante todo o processo de
ensino/aprendizagem e não apenas em momentos
específicos caracterizados como fechamento de grandes
etapas de trabalho;
•Focalizar uma grande variedade de tarefas e adotar uma
visão global da matemática;
•Propor situações-problema que envolvam aplicações de
conjunto de idéias matemáticas;
•Propor situações abertas que tenham mais de uma solução;
•Propor ao aluno que formule problemas e resolva-os;
•Usar várias formas de avaliação, incluindo as escritas
(provas, testes, trabalhos, auto-avaliação), as orais
(exposições, entrevistas, conversas informais) e as de
demonstração (materiais pedagógicos);
•Avaliar a aprendizagem, portanto, implica avaliar o ensino
oferecido – se , por exemplo, não há a aprendizagem
esperada, significa que o ensino não cumpriu a sua
finalidade: a de fazer aprender.
Referências Bibliográficas
DANTE, Luiz Roberto. Tudo é matemática. 5ª a 8ª séries. Ed. Ática.
ANDRINI, Álvaro; VASCONCELOS, Maria José. Praticando Matemática. 5ª a
8ª séries. Ed. Do Brasil, s/d.
GIOVANI; CASTRUCCI; GIOVANI JR. A conquista da matemática.
5ª a8ª Séries. Ed. FTD, s/d. Diretrizes Curriculares
da Educação Fundamentalda Rede de Educação Básica do Estado do Paraná.
15.9 Proposta Curricular de Língua Estrangeira Moderna – Inglês
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Apresentação
Perceber a língua como constituindo o mundo do indivíduo, e não
como um meio transparente e neutro de dar nomes aos fenômenos que percebemos
no mundo. Ela se apresenta como espaço e construções
discursivas, de produção de sentidos indissociável dos contextos em que ela
adquire sua materialidade, inseparável das comunidades interpretativas que a
constroem e são construídas por ela. A língua adquire uma carga intensa, e passa a
ser vista como um fenômeno carregado de significados culturalmente marcados.
Repleta de sentidos a ela conferidos por nossas culturas, nossas sociedades, a
língua organiza e determina as possibilidades de percepção do mundo e estabelece
entretenimentos possíveis. Em outras palavras, a língua é aqui concebida
como discurso, não como estrutura. É na língua (e não através dela) que
se percebe e se entende a realidade e, portanto, a percepção do mundo está
intimamente ligada às línguas que se conhece. A LEM apresenta-se
como um espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecer, com
outros procedimentos de construção da realidade, possibilitando maneiras diferentes
de produzir sentidos e de se perceber no mundo. Ensinar e aprender línguas é
também aprender e ensinar percepções de mundo e maneiras de construir
sentidos, é formar sub,independentemente do grau de proficiência adquirido.
Ao aprender uma LEM, aprende-se a perceber as possibilidades de construção de
significados, bem como a elaboração de procedimentos interpretativos e a
construção de sentido do e no mundo.
A LEM colabora na formação para a cidadania. Isto significa priorizar
as questões educacionais sobre as técnicas instrucionais; significa manter
como referência o papel de educadores que forma subjetividades ao ensinar
maneiras de produzir entendimentos da realidade, de construir
significados, de entender o mundo.
Há possibilidade de utilizar a LEM em situações de comunicação, viabilizando
a inserção dos alunos na sociedade como participantes ativos, não limitados a
suas comunidades locais, mas capazes de se relacionar com outras comunidades e
outros conhecimentos.
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O aprendizado de uma LEM pode proporcionar consciência sobre o que
seja língua e suas potencialidades na interação humana.
Ao utilizar uma LEM na interação com outras culturas, os alunos podem ser
levados à reflexão sobre a língua como arte fato cultural, como um produto que
constrói e pode ser construído por determinadas comunidades que reagem a
determinados acontecimentos com bases em histórias e
contextos específicos. Podem reconhecer as implicações da diversidade cultural
construída lingüisticamente em diferentes línguas, culturas e modos de pensar,
compreendendo que os significados são social e historicamente construídos e
passíveis de transformação.
As LEM são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos
de entender o mundo e de construir significados.
Objetivos
O aprendizado deve dar ao educando subsídios suficientes para que seja
capaz de compreender e se fazer compreendido na LEM, de maneira a
vivenciar formas de comunicação que lhe permitam perceber a importância deste
conhecimento.
A aquisição desse conhecimento será viabilizada por:
•Experimentar, na aula de LEM, formas de participação que lhe possibilitem
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas
•Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita
•Compreender que os significados sociais e historicamente construídos são
passíveis de transformação na prática social
•Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade
•Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural, constatando
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país
•Ampliar a visão de mundo do educando, contribuindo para que se torne
cidadão mais crítico e reflexivo
•Compara sua própria língua com a LEM estudada
•Refinar a percepção de sua própria cultura por meio do conhecimento
da cultura de outros povos
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Conteúdos por série/ano
5ª e 6ª Série
•Apresentações
•Cumprimentos, apresentações e despedidas
•Procedências e nacionalidade
•Profissões
•Família
•Animais
•Guloseimas e cores
•Meios de transportes
•Verbo to be (formas: afirmativa, negativa e interrogativa)
•Pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos e de
tratamento
•Numerais cardinais: verbos to like, to have
•Adjetivos
6ª e 7ª Série
•Revisão do verbo to be
•Revisão dos pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos e tratamento
•Informações pessoais
•Esportes
•Horas
•Atividades escolares
•Atividades de rotina e lazer
•Educação
•Informações sobre o dia-a-dia das pessoas
•Descrição do momento presente
•Lugares
•Vestuário
•Compras
•Cômodos e mobília de uma casa
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•Verbo modal can
•Numerais ordinais
•Plural dos substantivos
•Palavras interrogativas: which, how, what time, whose, what, how much
•Preposições: on, in, at, under, beside, between, opposite
•Presentes simples (formas: afirmativa, interrogativa e negativa)
•Presente contínuo (formas: afirmativa, interrogativa e negativa)
•Verbo there to be
•Artigos
7ª e 8ª Série
•Revisão do verbo there to be
•Serviços e pontos turísticos
•Atividades de rotina e lazer
•Descrição física de pessoas
•Problemas de saúde
•Viagem
•Felicitações
•Thanksgiving Day
•Acontecimentos em um futuro próximo
•Expressões interrogativas: how many, why, which, how often, what, who, how
long, when, where, what time, where
•Advérbios de freqüência e locuções adverbiais
•Adjetivos
•Futuro em presente contínuo
•Passado simples: verbos regulares e irregulares
•WH-questions usadas no passado simples
•Futuro com be going to + infinitive
•Expressões adverbiais de tempo
8ª e 9ª Série
•Revisão do presente simples
•Revisão do uso do artigo indefinido
•Verbos modais: can, could, may, will, would
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•Revisão do passado simples de verbos regulares e irregulares
•Uso do who, what, how many com função de sujeito e objeto
•Tag questions com did
•Passado contínuo (formas: afirmativa, negativa e interrogativa)
•Perguntas com yes/no
•Palavras interrogativas; tag questions com passado contínuo
•Adjetivos: grau comparativo (igualdade, superioridade e inferioridade)
•Uso do shall
•Conhecimentos gerais e curiosidades: geografia e descrição
física de pessoas e objetos
•Verbos modais: should/shouldn’t, must/mustn’t, needn’t
•Descrição psicológica das pessoas
•Presentes perfeitos com: ever, never, already, recently, lately, just, since, for
•Conselhos
•Contraste entre presente perfeito e passado simples
Metodologia
A discussão de temáticas fundamentais para o desenvolvimento intercultural,
manifestados por um pensar e agir críticos, por uma prática
cidadã imbuída de respeito à diversidade cultural, de crenças e de
valores, apresenta-se o texto como um princípio gerador de unidades temáticas e
de desenvolvimento das práticas discursivas, pensando que o falante/escritor tem
papel ativo na construção do significado da interação, bem como o seu interlocutor.
As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação
primeira com o texto; o professor lê o texto em voz alto, apontando ora
para imagens ou ilustrações, ora para palavras escritas realizando perguntas aos
alunos. Há possibilidades de se fazer discussões orais sobre sua compreensão,
produzir textos orais, escritos e/ou visuais.
A utilização de recursos visuais auxiliará o trabalho pedagógico em sala
de aula, uma vez que auxiliam o educando no processo de inferência sobre o tema e
sentidos do texto. Podem ser: visuais, orais, cognitivos, áudios.
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O conhecimento linguístico auxilia no processo ativo de construção
de sentidos, relacionando a informação nova ao conhecimento adquirido
ao longo da vida.
A leitura é um processo de negociação de sentidos, de contestação
de significados possíveis. A gramática relaciona-se ao entendimento dos
procedimentos para construção de significados na LEM.
Os alunos sujeitos reconhecem que os textos são representações da
realidade e que tais representações são construções sociais, possibilitando-lhes
assumir uma posição mais crítica em relação aos textos. Eles poderão rejeitá-
los ou reconstruí-los, a partir de seus universos de sentidos, os quais lhes atribuem
coerência através da negociação de significados.
Trabalhar textos que apresentam um grande número de palavras
transparentes é interessante, com turmas iniciais, pois auxilia o aluno aperceber que
é possível ler um texto em LEM sem muito conhecimento da língua.
Outra proposta que auxilia a conscientização da linguagem é
apresentar um texto com cognatos e termos transparentes e outro no
qual os conhecimentos de língua materna não favoreçam a sua conscientização.
A promoção da consciência linguística poderá ser estimulada após a
leitura de um texto com frases complexas, oferecendo aos alunos uma lista
de frases e suas respectivas traduções e pedir que observem como as duas línguas
diferem nos dois idiomas.
O professor, ao trabalhar o texto em seu contexto social de produção,
deve selecionar itens gramaticais que indiquem a estruturação da língua. Numa
perspectiva discursiva, o conhecimento formal de gramática deve ser decorrente
de necessidades específicas dos alunos, a fim de que possam expressar-se
ou construir sentidos com os textos.
É necessário que os professores de LEM explorem com seus alunos
os diversos tipos de textos, comparando: as unidades temáticas, linguísticas e
composicionais de um texto com outros textos e construindo a sua estrutura a partir
das reflexões em sala de aula; textos de países que falam o mesmo idioma
estudado na escola e observar aspectos culturais que ambos veiculam;
textos publicados nacional e internacionalmente sobre um mesmo tema e
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observar as abordagens de tais publicações e, as estruturas fonéticas, sintáticas e
morfológicas da língua estrangeira estudada com a da língua materna.
É importante destacar que o trabalho com a produção de textos na aula
de LEM é um processo dialógico ininterrupto, no qual se escreve
sempre para alguém e de quem se constrói uma representação.
O aluno é agente do processo de ensino e de aprendizagem e cabe
ao professor instigá-lo a buscar respostas e soluções aos seus questionamentos,
necessidades e anseios relacionados à aprendizagem. Com isto a aula de LEM
possibilita aos alunos os conhecimentos dos valores estabelecidos nas e
pelas comunidades de que querem participar. Cabe ainda ao professor propiciar aos
alunos situações de aprendizagem que favoreçam o desenvolvimento de um olhar
crítico que reflita sobre essas mesmas comunidades, fomentando a transformação e
o alargamento dos procedimentos utilizados para a produção de sentidos.
Cabe ao aluno conhecer e entender a cultura do outro para ter um bom
desempenho ao usar a língua, incluindo reflexões sobre a cultura nativa e a cultura-
alvo. Isto lhe propiciará ir ao encontro de outras línguas e culturas. Daí, espera-se o
surgimento da consciência do lugar que se ocupa no mundo, extrapolando assim o
domínio lingüístico que ele próprio possa vir a ter.
Avaliação
A avaliação como instrumento facilitador na busca de orientações e
intervenções pedagógicas, não se atendo apenas ao conteúdo desenvolvido, mas
àqueles vivenciados ao longo do processo, deforma que os objetivos
acima explicitados sejam alcançados.
Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos alunos na
construção do significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento
das avaliações ao longo do processo de aprendizagem.
Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos, considerando que o
engajamento discursivo na sala de aula se realiza por meio da interação verbal, a
partir dos textos, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor;
entre os alunos na turma; interação dos alunos com o material didático; nas
conversas em língua materna e na LEM estudada; e no próprio uso da língua, que
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funciona como um recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento dos
pensamentos e de idéias.
O aluno envolvido no processo de avaliação é também um
construtor do conhecimento. Ele precisa ter seu esforço reconhecido por meio
de ações tais como: o fornecimento de um retorno sobre seu desempenho e o
entendimento do “erro” como parte integrante da aprendizagem.
Há que se considerar ainda na avaliação processual da prática pedagógica,
outras formas de avaliação: diagnóstica e formativa, articulando-as com os objetivos
e conteúdos definidos nas escolas a partir das concepções e
encaminhamentos metodológicos apresentados anteriormente.
Referências Bibliográficas
BOURDIEU, P. A economia das trocas lingüísticas. São Paulo: EDUSP,1996. p. 54.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica educativa.
30 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996. p. 50.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes curriculares da
educação fundamental da rede de educação básica do estado do Paraná:
língua estrangeira moderna. 2008.
PROPOSTA PEDAGÓGICO-CURRICULAR – EF – 2006.
SACRISTÁN, José Gimeno. Escolarização e cultura: a dupla determinação. In:
SILVA, Luiz Heron et al. (org.) Novos mapas culturais, no as perspectivas
educativas. Porto Alegre: Sulina, 1996. p. 34-56
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16 PROPOSTAS CURRICULARES DO ENSINO MÉDIO
16.1 Proposta Curricular de Arte
Ementa
O ensino de Artes divide-se em quatro modalidades:
Artes plásticas, Música, Artes Cênicas e Audiovisual.
Conteúdos Estruturantes
• Elementos formais: são os recursos artísticos empregados em uma obra; são a
matéria-prima para a produção artística e o conhecimento em Arte.
• Composição: é o processo de organização e desdobramento dos elementos
formais que constituem uma produção artística. São conteúdos e técnicas que
organizam e constituem a obra de arte.
• Movimentos e períodos: caracterização do contexto histórico, econômicos, culturais
ou sociais presentes na composição artística.
• Tempo e espaço: constitui a categoria articuladora na Arte e tem caráter social.
Esta categoria está presente em todas as áreas da disciplina e é conteúdo
específico dos elementos formais, da composição e dos movimentos ou períodos.
Objetivos Gerais
• Proporcionar aos alunos experiências artísticas significativas dentro das quatro
modalidades artísticas.
• Desenvolver a percepção auditiva, visual, tátil e corporal através de atividades de
criação, percepção, reflexão e discussão da linguagem artística.
• Desenvolver a sensibilidade e imaginação não só nas produções individuais como
também na observação da produção coletiva e de outras culturas.
• Ter contato e reconhecer as propriedades específicas de cada modalidade bem
como apresentar domínio das características básicas das linguagens artísticas.
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Específicos
• Conhecer e identificar elementos básicos das quatro modalidades artísticas a partir
da observação de obras –primas.
• Experimentar, vivenciar e interagir com materiais, instrumentos e procedimentos
variados em arte com objetivo de fazer uso em seus trabalhos pessoais.
• Compreender a Arte como atividade cultural e dinâmica a partir de sua
contextualização histórica.
• Identificar movimentos culturais entendendo-os como patrimônio cultural da
humanidade.
• Desenvolver a percepção visual através dos elementos básicos como desenho,
pintura, escultura, gravura, colagem, histórias em quadrinhos, etc.
• Perceber e distinguir técnicas de desenho e pintura como luz e sombra,
profundidade, textura, contraste, luz, volume, cor, movimento e equilíbrio.
• Desenvolver a percepção auditiva através dos elementos básicos do som.
• Reconhecer e utilizar os elementos da linguagem dramática como personagem e
ação.
• Ser capaz de utilizar seu corpo como forma de expressão criadora onde esta
dialogue com as expressões cênicas, plásticas e sonoras.
Conteúdos por série/ano
1º Ano
•Conceito de Arte •
Percepção da paisagem sonora e classificação de ruídos
•Parâmetros do som
•Composição musical
•Elementos formais das quatro linguagens artísticas
•Expressão corporal com exercícios de expressão vocal, facial,gestual e corporal;
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•Jogos teatrais;
•História da Arte
2º Ano
•Conceito de Arte;
•Classificação da paisagem sonora da escola
•Audição e classificação de ruído
•Composição musical
•História da Arte (períodos históricos e movimentos artísticos).:
•Campanha envolvendo a escola sobre a poluição sonora
•Elementos formais das quatro linguagens artísticas
•Elementos de formação de cenário (fundo, laterais e objetos fixos e móveis)
•leitura de texto (fluência, entonação, dramaticidade entre outros).
Metodologia
A metodologia vai contemplar a apreciação de obras de arte e a participação ativa
dos educandos nas atividades propostas. Os conteúdos serão abordados através de
jogos de criação, improvisação, criação, reflexão, produção de textos e discussão e
contará com o trabalho individual e coletivo dos alunos.
Avaliação textual dos alunos nas atividades propostas. Será avaliada a participação
dos alunos nas produções artísticas, nas discussões e reflexões das obras-primas
apresentadas dentro de seu contexto histórica e cultural.
16.2 Proposta Curricular de Biologia
Apresentação
A Biologia como Ciência ao longo da história da humanidade vem construindo
modelo para tentar explicar e compreender o fenômeno vida. Assim, os
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conhecimentos apresentados pela disciplina não implicam o resultado da apreensão
contemplativa da natureza em si, mas os modelos teóricos elaborados pelo homem
que evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos
naturais. Nesse sentido os conhecimentos científicos do ensino de Biologia
contribuem para a compreensão da construção do pensamento biológico. Como as
diferentes formas de vida estão sujeitos às transformações que ocorrem no tempo e
no espaço, são ao mesmo tempo propiciadoras transformações no ambiente. O
próprio conhecimento sobre o surgimento e a evolução da vida demanda uma
compreensão que a Ciência não tem respostas definitivas para tudo. Tendo como
característica a possibilidade de ser questionada e de ser transformada. O
conhecimento é a construção inacabada e a Biologia como parte do processo dessa
construção científica, deve ser entendida e compreendida como processo de
produção do próprio desenvolvimento humano, sendo uma das formas de
conhecimento produzido pelo homem determinado por suas necessidades materiais
de cada momento histórico, sofrendo influencia do meio social e da economia por
ele gerado. O ensino de Biologia tenta, de maneira geral, compreender a natureza
como uma intricada rede de relações, um todo dinâmico, do qual o ser humano é
parte integrante, com ela interage, dela dependo e nela interfere, reduzindo seu grau
de dependência, mas jamais sendo independente. Identificar a condição do ser
humano de agente e paciente de transformações intencionais por ele produzidas é
também objetivo desta disciplina. Mais do que fornecer informações, o ensino e
aprendizagem da Biologia, se volta para o desenvolvimento de competências que
permitam ao aluno lidar com as informações, compreendê-las, elaborá-las, e até
mesmo refutá-las, enfim compreender o mundo e nele agir com autonomia, fazendo
uso dos conhecimentos adquiridos da Biologia e de outros campos do conhecimento
como: Física Química, Geografia, História, Filosofia entre outras. No ensino da
Biologia, é de extrema relevância para o desenvolvimento de posturas e valores
pertinentes às relações entre seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser
humano e o conhecimento para que se possam formar cidadãos capazes de pensar
seu mundo e com ele interagir. A Biologia contribui para compreender a Ciência com
um processo de produção de conhecimentos, um sistema explicativo que opera
como modelos, tendo como critério de legitimação a realidade, formando sujeitos
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críticos, reflexivos e atuantes, por meio de conteúdos que proporcione o
“entendimento do objeto de estudo – o fenômeno VIDA, em toda sua complexidade
de relações, ou seja, na organização dos seres vivos, no funcionamento dos
mecanismos biológicos, do estudo da diversidade no âmbito dos processos
biológicos da variabilidade genética, hereditária e relações ecológicas e das
implicações dos avanços biológicos do fenômeno VIDA” (DIRETRIZES
CURRICULARES DE BIOLOGIA). O conteúdo estruturante articulados aos
conteúdos específicos proporcionará aos alunos um saber estruturado, diversificado
e integrado com as outras áreas de conhecimentos, este por sua vez deixará de ser
o agente passivo e passa a ser o agente ativo. Com os conhecimentos elaborados
reforçados com os conceitos científicos dos conteúdos específicos e estruturados
com os estruturantes; organização dos seres vivos, mecanismos biológicos,
biodiversidades, implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida, auxiliará na
construção do conhecimento biológico, promovendo a formação de um sujeito
crítico, reflexivo, aos avanços da ciência e tecnologia disponíveis na sociedade
atual. Sendo histórica, a ciência reflete o desenvolvimento e as rupturas ocorridas
nos contexto social, político, econômico e cultural dos diferentes momentos
históricos. Neste sentido histórico da Biologia novos paradigmas do pensamento
biológicos emergiram, e que revolucionaram a Ciência, são eles que vão compor os
conteúdos estruturantes dos quais desmembram os conteúdos específicos a serem
ensinados em Biologia. A Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos,
reflexivos e atuantes no meio em que vive.
Aspectos Históricos
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das diferentes
concepções sobre o fenômeno de vida e suas implicações para o ensino, buscaram–
se na história das Ciências os contatos históricos nos quais pressões religiosas,
econômicas, políticas e sociais impulsionaram mudanças conceituais no modo como
o homem passou a compreender a natureza. Foi através do ensino religioso que
houve a necessidade do surgimento das primeiras universidades medievais. Sobre a
influência, ocorreram divergências relativas aos estudos dos fenômenos naturais,
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que passaram a ter uma nova trajetória na história da humanidade. Com o
rompimento de visão Teocêntrica e a concepção filosófica – teológica medieval
houve o abandono de ideias antigas e preferência por novos modelos. Vários fatores
contribuíram para a mudança do pensamento em relação às Ciências, os avanços
na navegação e consequentemente o desenvolvimento econômico e político, a
quebra do poder arbitrário de Igreja, revoluções industriais do século XVIII. Ainda
nos séculos (XV e XVI) ocorreram modificações de L. da Vinci introduziu o
pensamento matemático, como instrumento para interpretar a ordem mecânica de
natureza. Houve mudanças na Zoologia, Botânica; se a classificação científica dos
organismos (Carl Von Linné), mas manteve o princípio da criação divina. O
pensamento biológico descritivo marca com o uso do Empirismo na observação e
descrição tornou possível a organização da Biologia pela comparação das espécies
nos diversos ambientes. No mecanicista Francis Bacon (1561-1626) – introduziu
ideias sobre aplicação prática do conhecimento propondo o método indutivo
baseado no controle metódico e sistemático da observação relacionando a forma
descritiva e o método cientifica. Descartes (1596 – 1650) o pensamento biológico
mecanicista foi introduzido utilizando um modelo sobre circulação sanguínea além
das ideias sobre biogênese e a invenção e aperfeiçoamento do microscópio. No
século XVIII com modificações na astronomia, objeto central de estudo na época
com Newton, Descartes; já Kant e Laplace, no final do século introduziram a
possibilidade de expansão de transformação do Universo, da Terra e dos Seres
Vivos. As extinções de espécies forjaram no pensamento cientifico europeias
propostas para a teoria da evolução. A instabilidade da vida no século XVIII e inicio
do século XIX, foi questionada com evidencias do processo evolutivo dos seres
vivos Erasmus Darwin e Jean- Baptista de Monet, apresentaram estudos sobre a
mutação das espécies, ao longo do tempo. Darwin acreditava na herança de
características adquiridas. Para Lamarck, a classificação era importante, mas
artificial. Lamarck criou o sistema evolutivo em constantes mudanças, para ele,
formas de vida inferiores surgem a partir da matéria inanimada. No inicio do século
XIX, Charles Darwin, apresentou suas ideias sobre evolução das espécies,
mantendo-se fiel a doutrina da igreja. A teoria da evolução das espécies foi criada a
partir de modificação da ação da seleção natural sobre a ação individual. A
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construção do pensamento Biológico ocorreu em movimento não lineares com
momentos de crise, de mudanças de paradigmas de questionamentos conflitantes,
na busca constante por aplicações sobre o fenômeno vida. No Brasil, a primeira
tentativa de organização de ensino correspondente ao atual Ensino Médio foi à
criação do Colégio D. Pedro II, Rio de Janeiro, em janeiro, em 1838, com poucas
atividades didáticas nas Ciências como História Natural, Química e Física, com
adoção de livros didáticos importados da França. Com o surgimento das primeiras
instituições nacionais no Brasil, criou – se o Instituto Brasileiro de Educação,
Ciências e Cultura (IBECA) em 1946, cujo objetivo era promover a melhoria da
formação cientifica dos alunos que ingressariam no ensino superior. Na década de
60, por influência de materiais didáticos norte americano deu-se a ênfase ao ensino
do método - cientifico; a preocupação em criar e manter uma elite intelectual
científica e tecnológica. Conforme Krasilchik, a escola secundaria deve servir não
mais à formação do futuro cientista ou profissional liberal, mas principalmente ao
trabalhador, peça essencial para responder às demandas do desenvolvimento. Os
conteúdos eram aprendidos com base na observação, a partir da qual poderiam ser
explicados por raciocínios lógicos comprovados pela experimentação. Em 1980
surgiu no Brasil um movimento pedagógico que reconheceria a análise do processo
de produção de conhecimento na Ciência já na década de 1990 surgiu outro campo
de pesquisa, o de mudança conceitual. Em 1998 com a promulgação das Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, para normalizar a LDB 9394/96, o
ensino passou a ser organizado por áreas de conhecimento, ficando a Biologia
disposta na área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Dentro
dos (PCN) era enfatizado o desenvolvimento de competências e habilidades o que
veio prejudicar uma abordagem mais aprofundada dos conteúdos. Analisando a
situação do ensino público em 2003 percebeu-se a descaracterização do objeto de
estudo da disciplina de Biologia e a necessidade de sua retomada. Estas Diretrizes
Curriculares, portanto, consideram a concepção histórica da Ciência articulada aos
princípios da Filosofia da Ciência. Ao partir da dimensão histórica da disciplina de
Biologia, foi identificado o marcos conceitual da construção do pensamento
biológico. Esse marcos foi adotado como critérios para a escolha dos conteúdos
estruturantes e dos encaminhamentos metodológicos.
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Objetivos
O objetivo do Ensino de biologia visa propiciar um conhecimento útil à vida e ao
trabalho, nos quais as informações transmitidas se transformem em instrumentos de
compreensão, interpretação, julgamento, mudança e previsão da realidade,
preparando o aluno para o exercício consciente da cidadania no sentido universal e
não apenas profissionalizantes, aprimorando-o como serem humanos sensíveis,
solidários e conscientes. Com esses objetivos vamos retirar o aluno da condição de
espectador passivo, estabelecendo relação entre o que ele aprende na escola e a
sua vida, propiciando que se inter-relacionem conhecimentos e que estes produzam
um novo conhecimento, mais amplo e dinâmico sem, entretanto dispensar a
especificidade de cada disciplina. É fundamental que o ensino da Biologia se volte
para o desenvolvimento de habilidades que permitam ao aluno lidar com o
conhecimento, compreendendo e reelaborando e refutando quando for o caso.
Esses são os verdadeiros objetivos do Ensino da Biologia.
Metodologia
A Biologia é uma. Quer quando estudam, em seus aspectos mais abrangentes, os
ecossistemas, as populações, os indivíduos ou os seus órgãos, quer quando
enfocam os mecanismos, em seus menores e mais complexos detalhes, em nível
celular ou molecular, o biólogo está sempre voltado à compreensão de um único e
mesmo fenômeno: a vida. O desenvolvimento dos conteúdos estruturantes do
ensino de Biologia deve ocorrer de forma integrada, ou seja,sofre a influência do
contexto social, histórico e econômico em que o aluno está inserido. Nesse sentido,
deve se considerar que a pedagogia histórico-crítica valorizar o saber historicamente
acumulado pelos homens. Sendo assim o professor deve contribuir com subsídios
para que o aluno construa o seu conhecimento. É importante conhecer e respeitar a
diversidade social, cultural e as ideias primeiras do aluno, como elementos que
também constitui obstáculos á aprendizagem dos conceitos científicos que levam à
compreensão do conceito vida. Sendo que os conteúdos e temas deverão ser
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problematizados e o professor a partir da problematização utilizará o método
dialético com aula expositiva, onde o professor provoca e mobiliza o aluno na busca
da construção do conhecimento necessário para a resolução de problemas.
Considerando articulações entre conhecimentos físicos, químicos e biológicos.
Tendo como subsídios:
-A aula introdutória, destinada a apresentar temas fornecendo uma visão
geral;
-Aula expositiva com esquemas no quadro, com a metodologia dialética;
-Aulas que socializa a pesquisa: conferência, preleção e comunicação, o
professor exercendo o papel de mediador entre o conhecimento já construído;
-Aulas desenvolvidas junto à comunidade, na participação da discussão dos
problemas que envolvem a comunidade;
-Projetos interdisciplinares, ou possibilidade de relação interdisciplinar –
relações possíveis com outras disciplinas: (quando uma disciplina oferece subsídio
para outra disciplina contribuindo na construção do conhecimento, diálogo entre as
disciplinas);
-Leitura e discussões de textos complementares (interpretação de textos
científicos); -Discussão de problemas;
-Produção de textos sobre temas específicos, por partes dos alunos;
-Pesquisas em: livros, revistas, internet, televisão, jornais etc.;
-Estudo dirigido e trabalho em grupo, tanto para atividades práticas como
pesquisa;
-Aula prática utilizando materiais alternativos, equipamentos construídos pelos
próprios alunos (material alternativo de laboratório) ou equipamentos mais
sofisticados (de laboratório) – elaboração de relatórios de aulas práticas e
demonstrações;
-Filmes com a elaboração de questionamentos para promover a discussão e o
entendimento de tema abordado.
Avaliação Paralela
Embora a avaliação seja intimamente relacionada aos objetivos visados, o nível de
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alcance desses objetivos nem sempre se realiza plenamente para todos os alunos.
Sendo assim, o aluno não atingindo o conhecimento é necessário reforçar em forma
de revisão cada tópico, que seja de real significado para os alunos e propondo
novas avaliações. A recuperação deve ser considerada como uma etapa em que o
diagnóstico possibilita a revisão e reelaboração de conhecimentos não apreendidos,
sendo possível, revisar, reforçar ou reorganizar esses conhecimentos -Pesquisa de
assuntos e debates sobre os temas onde o professor mediador verificou maior
dificuldade por parte de alunos.
Conteúdos Estruturantes por série/ano
1º Ano
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS MECANISMOS BIOLÓGICOS
- Composição química da célula
- Estrutura celular- Divisão celular
-Organização dos tecidos
-Os Genes e a Síntese de Proteínas (estruturas celulares: membrana celular,
citoplasma e núcleo).
- Mutações- Câncer- Funções Celulares
-Seres Autótrofos e Heterótrofos – Fotossíntese
IMPLICACÕES DOS AVANÇOS NO FENÔMENO DA VIDA
BIODIVERSIDADE
- Envelhecimentos
- Radicais livres e vitaminas
- Valorização da Vida - (sexualidade tabagismo), (Alcoolismo, drogas)
- Colesterol
- Água potável desafio para a humanidade
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- Vacinas - Produção de Celulose e Ecologia
- Biosfera
- Níveis de Organização dos Seres Vivos
- Equilíbrio Ecológico - Seres Produtores, Consumidores e Decompositores
2º Ano
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
MECANISMOS BIOLÓGICOS
- Classificação dos Seres Vivos
- Processos de Produção de Energia: Respiração Aeróbia e Anaeróbia Os
Cinco Reinos: Monera, Protista, Fungi, Animal e Vegetais-características gerais;
- Biomas: Aquáticos e Terrestres- Taxonomia
- Fisiologia Animal Comparada;
- Fisiologia Vegetal;
- Efeitos negativos das Drogas no Organismo.
BIODIVERSIDADE IMPLICAÇOES E AVANÇOS NO FENOMENO DA VIDA
- Cadeia e Teia Alimentar, Relações Ecológicas;
- Origem da Vida;- Equilíbrio e Desequilíbrio Ecológico (extinção de espécies).
- Produção de Remédios
- Homeopatia e Fitoterapia;
- Armamento Biológico;
- Saúde e Doenças; (alcoolismo e tabagismo)
- Controle Biológico de Pragas;
- Hidroponia.
3º Ano
ORGANIZAÇAO DOS SERES VIVOS
MECANISMOS BIOLÓGICOS
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- Evolução da Vida;- Origem das Espécies;
- Núcleo e o Material Genético (estrutura e função), Cariótipo.
- Tipos de Reprodução;- Reprodução Humana;- Embriologia;- Genética.
BIODIVERSIDADE IMPLICAÇOES E AVANÇOS NO FENÔMENO DA VIDA
- Ecologia-Pirâmide; - Desequilíbrios Ambientais;
-Clonagem; -Manipulação Genética e Bioética; -Célula-tronco; -Projeto Genoma;
-Terapia Gênica; -Transgênicos.
Conteúdos específicos por ano/série
1º Ano
INTRODUÇÃO À BIOLOGIA
- História da Biologia- Origem da Vida: (noções: abiogênese e biogênese);
- Noções: Sistema Nervoso (stress, esclerose múltipla): Sistema Endócrino:
Sexualidade
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO E ECOLOGIA
- Nível Celular; (célula à biosfera)
- Nível Ecológico;- Ecossistema: (relações ecológicas)
- Ciclos Biogeoquímicos.
ORGANIZAÇÃO CELULAR E MOLECULAR:
- Composição química;
- Estruturas celulares;
- Metabolismos Energéticos;
- Membranas celulares;
- Citoplasma;- Núcleo;- Divisão celular;
ORGANIZAÇÃO DOS TECIDOS
- Animal e Vegetal: caracterização Função
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2º Ano
ESTUDOS DOS REINOS:
- Sistemas de Classificação;
- Vírus;
DIVISÃO DOS REINOS (FISIOLOGIA COMPARADA)
- Reino Monera;- Reino Fungi;
- Reino Plantae;- Reino Animália.
BIOMAS E BIODIVERSIDADE
- Aquáticos- Terrestres- Ecossistema- Relações ecológicas;- Componentes
abióticos e bióticos;- Cadeia alimentar.
DESEQUILIBRIO AMBIENTAL URBANO
3º Ano
REPRODUÇÃO
- Gametogênese;
GENÉTICA
- Histórico- Conceitos Básicos- A primeira Lei de Mendel- A segunda Lei de
Mendel- Interação Gênica- Alelos múltiplos - Heredogramas- Herança e Sexo-
Aberrações e Anomalias
ORIGEM E EVOLUÇÃO DA VIDA
- Teorias do surgimento do universo, da terra e da vida;- Lamarck x Darwin-
Mutação
ORIGEM DAS ESPÉCIES
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- Conquista dos ambientes pelos seres vivos - Especiação - Arvore
filogenéticaVI-- BIOTECNOLOGIA
Referências Bibliográficas
BIZZO, N. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília: MEC,
2004.
CHASSOT, A. A Ciência através do tempo. São Paulo: Editora Moderna, 2004.
KRASIKCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Editora da Universidade
de São Paulo, 2004.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares
de Biologia para o Ensino Médio. 2006.
DE ROBERTIS, E.D.P., DE ROBERTIS JR., E. M. F. Bases da Biologia Celular e
Molecular. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989.
16.3
Proposta Curricular de Educação Física
Apresentação Rui Barbosa, Deputado Geral do Império, em 1882 afirma a
importância da ginástica para a formação do cidadão, equiparando-se em categoria
e autoridade com as demais disciplinas, tornando-se componente obrigatório dos
currículos escolares.
• Origem da EF nas instituições militares (séc. XIX). com influência da filosofia
positivista;
• Visava adestramento do homem para a defesa da pátria e eugenia da raça,
reflexo da ideologia dominante na sociedade;
• Pregava a educação dos indivíduos fortes e saudáveis para sustentar a
atividade produtiva;
• Diferenciava o trabalho intelectual do trabalho manual; associava o trabalho
físico com o trabalho escravo;
• Ginástica = antigo nome da EF nas escolas (Reforma do Ensino Primário);
• Assim a EF atrelada a valores higienistas, médicos, militares e morais e em
conformidade com as mudanças ocorridas no campo sócio-político-econômico nos
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mais distintos momentos históricos brasileiros, tornou-se obrigatória nos cursos
primários e secundários conforme as legislações a seguir:
• 1851 - Reforma Couto Ferraz: torna obrigatória a Educação Física nas
escolas do município da Corte Brasileira;
• 1882 - Parecer de Rui Barbosa sobre o Projeto 224 "Reforma Leôncio de
Carvalho, Decreto n. 7.247. de 19 de abril de 1879, da Instrução Pública:defendeu a
inclusão da ginástica nas escolas e a equiparação dos professores de ginástica aos
das outras disciplinas";
• Início do século XX -- a educação física ainda sob o nome de ginástica, foi
incluída nos currículos dos Estados da Bahia, Ceará, Distrito Federal. Minas Gerais,
Pernambuco e São Paulo;
• 1929 - III Conferência Nacional de Educação: profissionais da educação
discutiram os métodos, as práticas e os problemas relativos ao ensino da educação
física;
• 1937 — Primeira referência explícita à Educação Física em textos constitucionais
federais, incluindo-a no currículo como prática educativa obrigatória em todas as
escolas brasileiras;
• 1961 - Lei de Diretrizes e Bases n. 4024, artigo 22: obrigatoriedade da
Educação Física para o ensino primário e médio até a idade de 18 anos, justificada
pela necessidade da capacitação física do trabalhador ao lado da capacitação
técnica, para o processo de industrialização do modelo econômico brasileiro, em
substituição ao agrário de natureza comercial-exportadora implementado nos anos
30. A necessidade de adestramento físico estava associada à formatação de um
corpo produtivo, portanto forte e saudável, que fosse ao mesmo tempo dócil o
bastante para submeter-se à lógica do trabalho fabril sem questioná-la, portanto
obediente e disciplinado nos padrões hierárquicos da instituição militar.
• 1968/1971 - Lei 5.540 e Lei 5.692 (reformas educacionais do ensino): era
considerada uma atividade prática, voltada para o desempenho técnico e físico do
aluno;
• 1969 - Decreto Lei n. 705, dispunha sobre a obrigatoriedade da educação
em todos os níveis de ensino e particularmente no ensino superior caberia a
Educação Física colaborar, através de seu caráter lúdico-esportivo, com o
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esvaziamento de qualquer tentativa de rearticulação política do movimento estudantil
(UNE), presente nos debates acerca das questões políticas (resistentes às intenções
antidemocráticas dos militares) e educacionais (contrários ao convênio MEC-
USAID);
• 1971 - Decreto 69.450: regulamentava a Educação Física nos três níveis de
ensino e em conjunto com a Lei n. 6.503/77, regulamentava as condições da
facultatividade da prática da Educação Física pêlos alunos:
• aluno-trabalhador (mais de seis horas/dia); aluno com mais de 30 anos. pois
já estaria inserido no mercado de trabalho; aluno no serviço militar pelo
entendimento da semelhança existente entre o trabalho corporal levado a efeito nos
quartéis e ao das aulas de Educação Física escolar;aluno fisicamente incapacitado
pela tese de que a educação física só se justifica pela exclusiva ação pedagógica na
atividade física e não na necessidade de ser pensada, refletida, teorizada e
vivenciada nas possibilidades corporais destes alunos; por fim ao aluno de pós-
graduação que acreditava tinha relação com trabalho intelectual sendo
desnecessária. a capacitação física para o exercício profissional e a aluna com
prole, a mulher cabe a tarefa de cuidar dos filhos;
• 1996 - LDBN: busca transformar o caráter que a Educação Física assumiu
nos últimos anos ao explicitar no artigo 26. § 3°, que "a Educação Física integrada .
a proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica,
ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo
facultativa nos cursos noturnos";
• 1988 -Constituição Federal do Brasil: art. 208, inciso IV do capitulo da
educação, onde diz que "o atendimento é um dever do Estado e um direito da
criança de zero a seis anos".
• 1998 - Lei n. 9.696/98: define que o exercício das atividades profissionais,
bem como a designação de profissional de educação física é uma prerrogativa legal
dos profissionais regularmente inscritos nos Conselhos Regionais de Educação
Física (CREFs) que, para tanto deverão ser portadores de diploma de nível superior.
• 2001 - Parâmetros Curriculares Nacionais - Educação Física: referencial
para discussões e reflexões pedagógicas na escola para a Educação Infantil e o
primeiro e segundo seguimento do Ensino Fundamental.
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• 2001 - Lei n. 10.328, de 12 de dezembro de 2001: introduz a palavra
"obrigatório" após a expressão "curricular", constante do § 3° do art.26 da Lei
9.394/96. que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
• O processo de escolarização da educação física que se configuraria nos
anos próximos a 1920 e, a partir da década de 70, reconfigura-se no patamar da
cientificização. impulsionado pêlos incrementos das pós-graduações e da definição
de seu objeto de estudo. E que segundo Gebara (I992) provoca certa
desescolarização da Educação Física (a dimensão escolar/pedagógica é atribuída
apenas ao professor e não ao pesquisador). Para Bracht (2003) essa dicotomia
entre as atividades de professor e pesquisador não deve existir na medida em que a
educação física como disciplina acadêmica deve procurar construir seus objetos de
estudo a partir do viés pedagógico, mesmo em ambientes não escolares (mas
educacionais), tais como academias, ruas de lazer, hospitais, hotéis, etc.
• Nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio verificam-se uma
desvalorização da teoria, em nome de questões imediatistas e abstratas, presentes
na pedagogia das competências. As diversas concepções pedagógicas
apresentadas visam um processo de individualização e adaptação à sociedade,
quando deveria ser a construção e abordagens dos conhecimentos que possibilitem
a formação do sujeito em todas as suas dimensões.
Objetivos
•Transcender aquilo que se apresenta como senso comum, desmistificando formas
já arraigadas e equivocadas sobre o entendimento das diversas práticas e
manifestações corporais.
•Priorizar a construção do conhecimento sistematizado, de reelaborarão de idéias e
práticas que por meio de ações pedagógicas, intensifiquem a compreensão do aluno
sobre a gama de conhecimento produzido pela humanidade e suas implicações para
a vida.
•Discussão sobre a diversidade cultural em termos corporais, com intuito de que os
alunos possam respeitar as diferenças identificadas, bem como se posicionarem
frente a elas de modo autônomo, realizando opções, pautadas nos conhecimentos
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relevantes apresentados pelo professor.
•Modificação das relações sociais.
•Contemplar os princípios da competição sim, mas principalmente, deve ser pensado
para a coletividade, atingindo as necessidades de toda a turma, sejam elas de
divertimento, de prazer, de recriação, superando as ideologias tidas como
verdadeiras e as normas e regras sociais estabelecidas.
•Espera-se que os alunos, orientados pelo professor, não sejam meros receptores
de informações, mas que possam, a partir de suas experiências e as experiências
de seus colegas, modificarem a forma como as lutas são trabalhadas na escola,
considerando as mais diversas possibilidades e simbolização.
•Organizar a aula de forma que os alunos possam movimentar-se, descobrindo e
reconhecendo as possibilidades e simbolização.
•Organizar a aula de forma que os alunos possam movimentar-se, descobrindo e
reconhecendo as possibilidades e limites do próprio corpo permitindo a interação, o
conhecimento, a partilha de experiências que viabilizem a reflexão, a inserção crítica
no mundo , o que implica reconhecer suas inúmeras possibilidades de significação.
•Possibilitar o entendimento dos valores culturais, sociais e pessoais situados
historicamente.
•Permitir a transmissão de sentimentos e emoções da afetividade vivida nas esferas
da religiosidade, do trabalho, dos costumes, sendo marcados pela particularidade da
criação e pela especificidade dos gestos que caracterizam cada aluno.
•Os alunos devem auxiliar na construção das regras podendo ser questionadas e
reelaboradas conforme as necessidades e desafios.
•Entender, apreender o jogo, refletindo e reconstruindo enquanto conhecimento.
Conteúdos
Os conteúdos de uma série para outra, mudam o grau de complexidade e
dificuldade.
1. Cultura corporal e a formação do cidadão autônomo.
−autonomia, planejamento participativo
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− Cultura corporal. Diversidade da cultura corporal. Cultura corporal: atividades
dotadas de sentido, significação e expressão. Atender às necessidades e interesses
da clientela.
2. Educação física e seu contexto atual:
•Esportes Propiciar o direito e o acesso à prática esportiva. Conhecimento teórico e
prático dos esportes. Entender os esportes como fenômeno social. Esporte como
provedor de lazer, melhoria da qualidade de vida.
•Necessidades e possibilidades de variação
•Interdisciplinaridade e contextualização. Ginástica – reconhecer as possibilidades
da ginástica, promovendo um auto conhecimento corporal. Jogos – aumento da
complexidade dos jogos e das brincadeiras, expressão corporal, jogos cooperativos.
Dança – como forma de expressão corporal e o resgate de valores sociais e
culturais. Ex: folguedo, dança de salão. Xadrez – como um componente curricular
despertando o raciocínio e a tomada de decisão.3. Saúde, corporeidade e lazer.
•Importância da Educação Física como promotora da saúde e qualidade de vida,
hábitos saudáveis.
•Orientação para a atividade física regular de qualidade, gerenciamento do esforço.
•Alimentação: Noções sobre nutrição, prevenção às doenças (diabetes, doenças
crônicas degenerativas)
•Conhecimento anatômico, fisiológico da sua prática corporal para ter a consciência
e necessidade da educação física a saúde.
•Medidas antropométricas (peso, altura, IMC).
•Consciência corporal (entender suas qualidades e limites, entender as
possibilidades motoras).
•Consciência corporal e a sexualidade (inclusão).
•Atividade física como promotor do desenvolvimento integral do indivíduo (social,
cultural, mental, espiritual e físico).4. Educação Física: Inclusão e Formação plena.
•Inclusão, diversidade e formação do aluno do Ensino Médio.
•Alteridade, exclusão
•Exclusão e inclusão
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•Formação e informação plena.
•Alteridade e inclusão
•Despertar o gosto pelo aprender e o uso deste aprendizado nas situações
cotidianas.
Metodologia
Metodologia Crítica, superadora onde o conhecimento deve ser tratado
metodologicamente de forma a favorecer a compreensão dos princípios da lógica
dialética materialista: totalidade, movimento, mudança qualitativa e contradição.
•Permitir ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da cultura corporal,
superando a perspectiva anterior pautada no tecnicismo e na esportivização das
práticas corporais.
•Referência na pedagogia histórico-crítica estando centrada no princípio da
igualdade entre os seres humanos, em termos reais e não formais.
•Entende a educação como possibilidade de alcançar transformações sociais, pois
educação e sociedade relacionam-se dialeticamente (Saviani, 1991).
•Os conteúdos não precisam ser organizados numa sequência baseada em pré-
requisitos, mas sim, abordados segundo o princípio da complexidade crescente,
mudando, portanto, o grau de complexidade, estabelecendo diferenças de
entendimento e de relação entre o conteúdo e possíveis elementos articuladores.
•Estratégias de Ensino: prática social, problematização, instrumentalização, catarse
e o retorno à prática social.
Avaliação
Deve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico da Escola, com critérios
estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de ensino e
aprendizagem, sendo contínua, identificando, dessa forma, os processos do aluno
durante o ano letivo.
- Avaliação diagnóstica, tanto professor quanto os alunos poderão revisitar o
processo desenvolvido até então para identificar lacunas no processo de ensino e
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aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem à
superação das dificuldades constatadas.
- Processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor estará organizando
e reorganizando o seu trabalho tendo no horizonte as diversas manifestações
corporais, evidenciadas nas formas de ginástica, do esporte, dos jogos e da dança
levando os alunos a refletirem e a se posicionarem criticamente com o intuito de
construir uma suposta relação com o mundo
Referências Bibliográficas
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da educação física.
In: Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, Agosto/99.
___. Educação física e aprendizagem social. Porto Alegre. Magister, 1992.
BRUHNS, H. T. O jogo nas diferentes perspectivas teóricas. In: Revista
Motrivivência, Ano VIII, n.09, Dezembro/96.
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta.
2. ed. Campinas: Papirus, 1991.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo.
Cortez, 1992.
CORDEIRO Jr, O. Proposta Teórico- metodológica do ensino do judô escolar a partir
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UFG, 1999. Memórias de Licenciatura.
DAOLIO, J. Educação física e o conceito de cultura. Campinas. Autores Associados,
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DARIDO, S. C. e RANGEL, l. C. A. Educação física na escola: implicações para a
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pauta. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 3 ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2003 p. 95-
120
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FOUCAULT, Michela. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. 30 ed. Trad. Raquel
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GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítíca.
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LIBÂNEO, J. C. Democratização da Escola Pública: a Pedagogia Crítico-Social dos
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LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995.
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TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio. Existe espaço para o ensino de educação
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SOARES, Carmem Lúcia. Educação física: raízes europeias e Brasil. 2 ed.
Campinas: Autores Associados, 2001.
SOARES, Carmem Lúcia. Imagens do corpo "educado" : um olhar sobre a ginástica
do século XIX. In. FERREIRA NETO, Amarilio (org). Pesquisa Histórica na Educação
Física. 1 ed. Vitória: 1997, v.2, p. 05-32.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras Aproximações.
São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1991.
___. Escola e Democracia. 32. ed. Campinas: Autores Associados. 1999.
VAZ, Alexandre Fernandes;PETERS, Leila Lira; LOSSO, Cristina Doneda.
Identidade cultural e infância em uma experiência curricular integrada a partir do
resgate das brincadeiras açorianas.
Revista da Educação Física UEM, Maringá, v. 13, n.1, p. 71-77, 2002.
16.4
Proposta Curricular de Filosofia
Apresentação
Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia, que tem a sua
origem na Grécia antiga, traz consigo o problema de seu ensino a partir do embate
entre o pensamento de Platão e as teorias dos sofistas. Naquele momento, tratava-
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se de compreender a relação entre o conhecimento e o papel da retórica no ensino.
Por um lado, Platão admitia que, sem uma noção básica das técnicas de persuasão,
a prática do ensino da Filosofia teria efeito nulo sobre os jovens. Por outro lado,
também pensava que se o ensino de Filosofia se limitasse à transmissão de técnicas
de sedução do ouvinte, por meio de discursos, o perigo seria outro: a Filosofia
favoreceria posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do
conhecimento.
A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino de
Filosofia é garantir que os métodos de ensino não lhe deturpem o conteúdo. A ideia
de que não existem verdades absolutas em conteúdos como, por exemplo, moral e
política, é tese defendida com frequência por filósofos. Ocorre que essa discussão,
ao ser levada para o ensino, torna inevitável o estranhamento que a ausência de
conclusões definitivas provoca nos estudantes. Essa é uma característica da
Filosofia que, como lição preliminar a qualquer conteúdo filosófico, deve ser bem
compreendida. Russell (2001, p. 148), em Os Problemas da Filosofia, respondeu a
essa polêmica:
O valor da filosofia, em grande parte, deve ser buscado na sua mesma
incerteza. Quem não tem umas tintas de filosofia é homem que caminha pela vida
fora sempre agrilhoado a preconceitos que se derivam do senso-comum, das
crenças habituais do seu tempo e do seu país, das convicções que cresceram no
seu espírito sem a cooperação ou o consentimento de uma razão deliberada. O
mundo tende, para tal homem, a tornar-se finito, definido, óbvio; para ele, os
objectos habituais não erguem problemas, e as possibilidades infamiliares são
desdenhosamente rejeitadas. Quando começamos a filosofar, pelo contrário,
imediatamente caímos na conta de que até os objectos mais ordinários conduzem o
espírito a certas perguntas a que incompletissimamente se dá resposta. A filosofia,
se bem que incapaz de nos dizer ao certo qual venha a ser a verdadeira resposta às
variadas dúvidas que ela própria evoca, sugere numerosas possibilidades que nos
conferem amplidão aos pensamentos, descativando-nos da tirania do hábito.
Embora diminua, por consequência, o nosso sentimento de certeza no que diz
respeito ao que as coisas são, aumenta muitíssimo o conhecimento a respeito do
que as coisas podem ser; varre o dogmatismo, um tudo-nada arrogante, dos que
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nunca chegaram a empreender viagens nas regiões da dúvida libertadora; e vivifica
o sentimento de admiração, porque mostra as coisas que nos são costumadas num
determinado aspecto que o não é.
Diante dessa perspectiva, a história do ensino da Filosofia, no Brasil e no mundo,
tem apresentado inúmeras possibilidades de abordagem, dentre as quais destacam-
se, segundo Ferrater Mora (2001):
• a divisão cronológica linear: Filosofia Antiga, Filosofia Medieval, Filosofia
Renascentista, Filosofia Moderna e Filosofia Contemporânea, etc.;
• a divisão geográfica: Filosofia Ocidental, Africana, Filosofia Oriental, Filosofia
Latino-Americana, dentre outras, etc.;
• a divisão por conteúdos: Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política,
Estética, Filosofia da Ciência, Ontologia, Metafísica, Lógica, Filosofia da
Linguagem, Filosofia da História, Epistemologia, Filosofia da Arte, etc.
Ao conceber o ensino de Filosofia por meio de conteúdos estruturantes, estas
Diretrizes não excluem, outrossim, absorvem as divisões cronológicas e geográficas.
Cabe ressaltar que abordagens por divisão geográfica podem apresentar
dificuldades de naturezas diversas, sobretudo no Ensino Médio. Por exemplo, o
trabalho com a chamada filosofia oriental e a filosofia africana demanda
esclarecimentos preliminares. O termo filosofia oriental é tomado, muitas vezes, de
forma excessivamente ampla. Não se pode dar tratamento tão genérico a essa
complexa dimensão da Filosofia que se estende da antiguidade à
contemporaneidade e compreende o pensamento elaborado numa vasta zona
geográfica que abrange Síria, Fenícia, Índia, China, Japão e vários outros países.
Além disso, há que se considerar o pensamento árabe e o judaico, comumente
vinculados à filosofia ocidental. Mas, ainda que se observem essas divisões, seria
preciso enfrentar outros problemas.
Um dos maiores problemas é que, quando se tenta desenvolver seu
conteúdo, é preciso abandonar frequentemente o tipo de pensamento
propriamente filosófico e se referir antes ao pensamento religioso ou até
mesmo às formas mais gerais da cultura correspondente. Quando essa
referência constitui o horizonte cultural, histórico ou espiritual dentro do qual
pode ser inserida a Filosofia, a desvantagem a que aludimos não é
considerável; mais ainda, tal referência pode ajudar a compreender melhor o
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pensamento filosófico que se trata de esclarecer. Porém, quando o horizonte
em questão substitui a Filosofia de modo excessivamente radical, corre-se o
risco de perdê-la de vista completamente (FERRATER MORA, 2001, p.
1103).
De acordo com o mesmo autor, o momento que marcou o renascimento da
discussão sobre a existência de uma filosofia africana foi o livro do missionário
Plácido Tempels - La philosophie bantoue (1945). Nessa obra, ele defende uma
filosofia africana baseada não somente na escrita, mas também na linguagem oral,
ao tomar por base provérbios, mitos e crenças, o que a torna mais viva se
comparada à filosofia ocidental.
No entanto, se a filosofia africana traz como vantagem a ideia de que o ser é
dinâmico, dotado de força – concepção essa que aparece também em algumas
filosofias ocidentais –, é preciso considerar que a sua fundamentação exclusiva na
linguagem oral, ainda que pareça interessante, acaba por apresentar-se como uma
fragilidade, evidenciada pela dificuldade com o idioma e também pela carência de
bibliografia. Por essa razão, esse conteúdo não está relacionado entre os que
compõem os conteúdos estruturantes de Filosofia, podendo, todavia, ser tratado na
qualidade de conteúdo básico. O professor, dada a sua formação, sua
especialização, suas leituras, terá a liberdade para fazer o recorte que julgar
adequado e pertinente. Além disso, deve estar atento às demandas das legislações
específicas referentes à inclusão e à diversidade.
Nestas Diretrizes, opta-se pelo trabalho com conteúdos estruturantes, tomados
como conhecimentos basilares, que se constituíram ao longo da história da Filosofia
e de seu ensino, em épocas, contextos e sociedades diferentes e que, tendo em
vista o estudante do Ensino Médio, ganham especial sentido e significado político,
social e educacional.
A amplitude da Filosofia, de sua história e de seus textos desautoriza a falsa
pretensão do esgotamento de sua produção, seus problemas, sua especificidade e
complexidade. Por reconhecer essa condição, as Diretrizes fazem a opção pelos
seguintes conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética;
Filosofia Política; Filosofia da Ciência e Estética.
A escolha desses conteúdos não significa, porém, que as Diretrizes Curriculares
excluam a possibilidade de trabalhar com a história da filosofia. Pelo contrário, elas
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partilham a ideia de que sem uma consideração histórica dos temas filosóficos, a
filosofia corre o risco de tornar-se superficial. No entanto, o que essas Diretrizes
Curriculares desencorajam é a organização meramente cronológica e linear dos
conteúdos.
A história da filosofia e as ideias dos filósofos que nos precederam constituem,
assim, uma fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar constantemente as
discussões realizadas pelo professor e pelos estudantes em sala de aula. Os
problemas, as ideias, os conceitos e os conteúdos estruturantes devem ser
desenvolvidos, portanto, de tal forma que os diversos períodos da história da
filosofia e as diversas maneiras através das quais eles discutem as questões
filosóficas sejam levados em consideração.
Ao examinar a Filosofia Antiga, por exemplo, percebe-se com facilidade que
ela se caracteriza, inicialmente, pela preocupação com as questões de ordem
cosmológica, isto é, com a exploração das perguntas relativas à natureza e ao seu
ordenamento. Posteriormente, ela amplia seus horizontes de discussão e inclui
investigações sobre a condição humana.
• o princípio originário (arché);
• as leis que regem o universo;
• os fenômenos atmosféricos;
• o movimento e a estática;
• o lugar do homem no cosmos;
• a questão da ética e da política.
Na Idade Média, a Filosofia era fortemente marcada pelo teocentrismo,
pensamento de características muito diferentes das que prevaleciam no período
anterior.
A desestruturação do Império Romano foi concomitante ao crescimento da Igreja
como poder eclesiástico, fundamentado nas teologias políticas que foram
elaboradas pelos teóricos cristãos. A função dessas teologias políticas era a
ordenação, a hierarquização e o controle da sociedade, sob os auspícios da lei
divina. Nesse contexto, a filosofia, retirada do espaço público, passa a ser
prerrogativa da Igreja.
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O medievo é, assim, marcado pela inspiração divina da Bíblia, pelo
monoteísmo, pelo criacionismo, pela ideia do pecado original, pelo conceito cristão
de amor (ágape) e por uma nova concepção de Homem, cuja essência encerra a
condição de igualdade como criatura divina. A Filosofia da Idade Média, nos seus
dois grandes períodos, Patrística (séc. II ao VIII) e Escolástica (séc. IX ao XIV), trata
basicamente do aperfeiçoamento dos instrumentos lógicos para melhor
compreensão dos textos bíblicos e dos ensinamentos dos Padres da Igreja. A razão
é posta predominantemente em função da fé, ou seja, a Filosofia serve à teologia
[...] não basta crer: é preciso também compreender a fé (REALE, ANTISERI, 2003,
p. 125).
Na modernidade, a busca da autonomia da razão e da constituição da
individualidade se confronta com os discursos abstratos sobre Deus e sobre a alma,
substituindo-os, paulatinamente, pelo pensamento antropocêntrico. A Filosofia
declara sua independência da Teologia e os pensadores passam a tratar
principalmente de questões filosófico-científicas (Racionalismo, Empirismo,
Criticismo). O homem descobre sua importância ao compreender as lógicas da
natureza, da sociedade e do universo. Ser moderno significa valorizar o homem
(antropocentrismo); não aceitar passivamente o critério da autoridade ou da tradição;
valorizar a experimentação; separar os campos da fé e da razão; confiar na razão,
que se bem empregada permite o conhecimento objetivo do mundo com benefícios
para o homem.
A filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem,
principalmente no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da
consciência, o que se constata pelas inúmeras correntes de pensamento que vêm
constituindo esse período.
A partir do final do século XIX, a Filosofia é marcada pelo pluralismo de ideias, o
que permite pensar de maneira específica cada um dos conteúdos estruturantes
apresentados nestas Diretrizes. Ainda que os problemas pensados hoje também
tenham se apresentado, anteriormente, como problemas, a atividade filosófica deve
considerar as características e perspectivas do pensamento que marcam cada
período da história da Filosofia.
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Evidentemente, cada processo de escolha determina ausências e toda
ausência gera questionamento. Por que não adotamos um percurso cronológico
segundo a história da Filosofia? Ora, não se trata de abandonar a história da
Filosofia, pois a opção por conteúdos estruturantes compreende também o trabalho
com os textos clássicos dos filósofos. Trata-se de garantir que o ensino de filosofia
não perca algumas características essenciais da disciplina, como por exemplo, a
capacidade de dialogar de forma crítica e mesmo provocativa com o presente. As
experiências com abordagem estritamente cronológica e linear não costumam
favorecer esse necessário diálogo. Ainda, importa destacar que os currículos dos
cursos de graduação em Filosofia que trabalham com a disciplina História da
Filosofia não se restringem a essa abordagem.
1º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
MITO E FILOSOFIA
TEORIA DO CONHECIMENTO
CONTEÚDOS BÁSICOS
Saber mítico;
Saber filosófico;
Relação Mito e Filosofia;
Atualidade do mito;
O que é Filosofia?
Possibilidade do conhecimento;
As formas de conhecimento;
O problema da verdade;
A questão do método;
Conhecimento e lógica.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
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A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes
para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o
universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e
investigar o conteúdo estruturante Mito e Filosofia e seus conteúdos básicos sob a
perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos
clássicos e seus comentadores.
AVALIAÇÃO
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas
particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender,
pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Mito e
Filosofia, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados.
Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade
filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma
posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto,
terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e criativo, cujo
resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
2º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ÉTICA
FILOSOFIA POLÍTICA
CONTEÚDOS BÁSICOS
Ética e moral;
Pluralidade ética;
Ética e violência;
Razão, desejo e vontade;
Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
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Relações entre comunidade e poder;
Liberdade e igualdade política;
Política e Ideologia;
Esfera pública e privada;
Cidadania formal e/ou participativa.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes
para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o
universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e
investigar o conteúdo estruturante Ética e seus conteúdos básicos sob a perspectiva
da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e
seus comentadores.
AVALIAÇÃO
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas
particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender,
pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Mito e
Filosofia, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados.
Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade
filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma
posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto,
terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e criativo, cujo
resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
3º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
ESTÉTICA
CONTEÚDOS BÁSICOS
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Concepções de ciência;
A questão do método científico;
Contribuições e limites da ciência;
Ciência e ideologia;
Ciência e ética.
Natureza da arte;
Filosofia e arte;
Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.;
Estética e sociedade.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes
para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o
universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e
investigar o conteúdo estruturante Filosofia da Ciência e seus conteúdos básicos
sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos
filosóficos clássicos e seus comentadores.
AVALIAÇÃO
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas
particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender,
pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Mito e
Filosofia, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados.
Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade
filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma
posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto,
terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e criativo, cujo
resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
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Referências Bibliográficas
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda Aranha e MARTINS, Maria H. pires.
Filosofando Ed. Moderna, 1993.
ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da filosofia no ensino médio como
experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, nº 64. A filosofia e seu ensino. São
Paulo: Cortez; Campinas, CEDES, 2004.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13 edição. São Paulo. Ática. 2003.
___O retorno do teológico-político. In: Retorno ao republicano. Sérgio Cardoso (org).
Belo horizonte: editora UFMG, 2004.
CORDI, Cassiano ET al. Para filosofar. Ed. Scipione 2003.
GALLO, S; KOHAN, W.O. (orgs) Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2000.
HOHAM & WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de Filosofia no Brasil. In:
FÁVERO.A A; KOHANN, W.O; RAUBER, J.J. Um olhar sobre o ensino de filosofia .
Juí: editora da UNUJUÍ, 2002.
16.5 Proposta Curricular de Física
Introdução
Epistemologicamente, Física é a ciência que estuda a natureza. Este significado
indica, na verdade, a maneira pela qual a física surgiu, com a preocupação de nos
levar ao conhecimento dos fenômenos naturais. Em sua origem, os objetivos da
física eram, portanto, os mesmos de outras ciências, hoje conhecidas com nomes
diferentes, tais como biologia, zoologia, botânica, geologia. Química, física,
sociologia, psicologia, historia, linguística, etc. Não havia fronteiras definidas entre
os campos dessas ciências e todas procuravam desvendar a natureza: a
denominação “filosofia natural” abrangia quaisquer estudos feitos na tentativa de
melhor descrever os fenômenos que ocorriam na terra ou que daqui podiam ser
observados, ouvidos, percebidos, etc. Pouco a pouco, a física passou a ter seu
próprio campo de estudos, mas seu relacionamento com outras ciências continuou a
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ser muito forte. Os fenômenos nela estudados estão presentes a todo momento, em
todos os lugares, no cotidiano das pessoas, na terra, em outras galáxias, enfim, em
todo o universo. Nos fenômenos naturais que vão sendo descobertos, e também os
conhecimentos referentes a um novo mundo que vem sendo criado pelo homem
ampliam cada vez mais o campo da física, tornando nossas vidas profundamente
envolvidas por ela. A física foi inaugurada por Galileu Galilei no século XVI, através
da descrição matemática dos fenômenos físicos. Galileu busca descrever um
fenômeno partindo de uma situação particular, por exemplo, a queda de um corpo
sob a ação da gravidade. Inauguram-se então as bases da ciência moderna, que, a
partir de uma situação particular chega ao geral, tornado possível construir leis
universais. No século XVII, Bacon, Galileu e Descartes instituíram o método e
retiraram das autoridades eclesiásticas o controle sobre o conhecimento e iniciaram
um período moderno, abrindo caminho para Isaac Newton que fez a primeira
unificação da Física. A Revolução Industrial e o advento das máquinas à vapor
transformou a vida social e econômica. Nesse contexto houve um favorecimento do
avanço do conhecimento físico e a termodinâmica evoluiu. Passando o calor a ser
entendido como forma de energia relacionada ao movimento, surgindo então, outra
grande unificação na física, cabendo a Maxwell, a sistematização, quando da
formulação da teoria eletromagnética da luz. Einstein, em 1905, propõe a teoria da
Relatividade Especial, alterando os fundamentos da mecânica e apresentando uma
nova visão do espaço e do tempo. Abrindo caminho para o desenvolvimento da
mecânica quântica. No Brasil a intensificação do processo de industrialização, a
partir dos anos 1950 tornou a física parte do currículo do Ensino secundário, hoje
Ensino Médio.
Ementa
A disciplina de física propõe o estudo do universo em toda sua complexidade, esses
conhecimentos são apresentados não como coisas da natureza, ou a própria
natureza, mas como modelos de elaborações humanas para explicar os fenômenos
naturais. Neste sentido a física deve abranger os seguintes conteúdos
estruturantes:* Estudo dos movimentos, termodinâmica e eletromagnetismo. O
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estudo dos movimentos permite a compreensão de fenômenos ligados ao cotidiano
do estudante, como o caminhar, o movimento de projéteis e dos automóveis, o
equilíbrio de corpos num meio fluido, o movimento dos planetas em torno do Sol e
da Lua em torno da Terra. O estudo da termodinâmica baseia-se nos conceitos de
temperatura, calor e entropia e, pela etimologia da palavra, das relações entre calor
e trabalho mecânico. Entender os processos em que ocorrem trocas de calor, tão
presentes no cotidiano dos estudantes, e os seus principais conceitos, torna-se
fundamental para um estudante ao qual se deseje apresentar o física como uma
ciência em construção e portanto, compreender o universo em que vivemos. A teoria
eletromagnética de Maxwell unificou o magnetismo, a eletricidade e a óptica
tornando-se um importante campo de estudos para o estudante, visto que seus
conhecimentos e aplicação estão ligados às inúmeras inovações tecnológicas
surgidas nos últimos cem anos.
Objetivos
Com a implantação da pedagogia histórico-critica, do Prof. Demerval Saviani,
nasceu o currículo básico, uma reestruturação do ensino de 2ºgrau, hoje Ensino
Médio, inclusive na Física, que resultou em:
•Compreensão crítica da sociedade, de modo a enfrentar as mudanças e atuar sobre
elas;
•Aquisição do conhecimento científico;
•Entendimento da relação ciência-tecnologia;
•Levar a uma reflexão sobre o mundo da ciência sob a perspectiva de que esta não
é somente fruto da pura racionalidade científica;
•A física deve educar para a cidadania, formando um sujeito critico, capaz de
admirar a beleza da produção científica;
•Entender o universo e os fenômenos que o cerca;
•Ressaltar a importância conceitual que não leve em conta apenas uma equação
matemática;
•Resolver problemas práticos;
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•Permitir que façam previsões com o apoio de experimentos onde se confronta os
dados coletados com os previstos pela teoria;
•Formar pessoas que sejam criativas e participativas capazes de atuar na sociedade
atual.
Conteúdos
1ª Ano DO EM
CONTEÚDO ESTRUTURANTE – MOVIMENTO
CONTEÚDOS BÁSICOS
Energia e o Princípio da Conservação da energia
Gravitação
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos adotará uma abordagem
pedagógica que considere:
• o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da
cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
• a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a
utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende
que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção
científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos
epistemológicos encontrados;
• o campo teórico da Física no qual a energia tem um lugar fundamental, pois se
entende que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização
de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência.
Portanto, é fundamental o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições
presentes na teoria e sua linguagem científica;
• as relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento;
• textos de divulgação científica, literários, etc;
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• o cotidiano, o contexto social, as concepções dos estudantes e a história da
evolução dos conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida para
problematizações.
AVALIAÇÃO
Espera-se que o estudante perceba a ideia de conservação de energia como uma
construção humana, originalmente concebida no contexto da Termodinâmica, como
um dos princípios fundamentais da Física e, a amplitude do Princípio da
Conservação da Energia, aplicado a todos os campos de estudo da Física, bem
como outros campos externos à Física.
Assim, ao se avaliar o estudante espera-se que ele:
• conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas
formas e, no caso da energia mecânica, em energias cinética, potencial elástica e
potencial gravitacional;
• perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à
transformação/variação de energia;
• compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico. Ou
seja, é importante entender com que rapidez no tempo ocorrem as transformações
de energia, indicada pela grandeza física potência.
Espera-se que o estudante compreenda a Lei da Gravitação Universal como uma
construção científca importante, pois unificou a compreensão dos fênomenos
celestes e terrestres, cujo resultado sintetiza uma concepção de espaço, matéria e
movimento, desde os primeiros estudos sobre a natureza até Newton.
Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele:
• associe a gravitação com as leis de Kepler;
• identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial, do ponto de
vista clássico.
• compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano tendo em vista a Teoria
da Relatividade Geral.
2ª Ano DO EM
CONTEÚDO ESTRUTURANTE – TERMODINÂMICA
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CONTEÚDOS BÁSICOS
Leis da Termodinâmica:
Lei zero da Termodinâmica
1ª Lei da Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
A abordagem teórico-metodológica para estes conteúdos básicos deve considerar:
• o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da
cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
• a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a
utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende
que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção
científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos
epistemológicos encontrados;
• o reconhecimento da Física como um campo teórico, ou seja, considera-se
prioritário os conceitos e ideias fundamentais que dão sustentação ao corpo teórico
da termodinâmica, pois se entende que para ensinar uma teoria científica é
necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e
inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das ideias, das
leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica;
• as relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento;
• o cotidiano, as concepções dos estudantes e a história da evolução dos conceitos
e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações;
• utilização de experimentação para formulação e discussão de conceitos e ideias;
• textos de divulgação científica, literários, etc.
AVALIAÇÃO
Tem-se como expectativa que o estudante compreenda o quadro teórico da
termodinâmica, composto por ideias expressas nas suas leis e em seus conceitos
fundamentais: temperatura, calor e entropia.
Assim, ao se avaliar o estudante,espera-se que ele:
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• compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido
para o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e
fundamental para o desenvolvimento das idéias na termodinâmcia;
• formule o conceito de pressão de um fluido, seja ele um líquido ou um gás, e
extrapole o conceito a outras aplicações físicas;
• entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de
um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um
sistema;
• diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das
formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da
termodinâmica;
• compreenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de
Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a sua
importância para a Revolução Industrial a partir do entendimento do calor como
forma de energia;
• associe a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor.
• compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como
propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor. Da
mesma forma, o conceito de calor latente;
• identifique dois processos físicos: a) os reversíveis e b) os irreversíveis, que vêm
acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei. Esse
princípio físico deve ser compreendido como tão universal quanto o de conservação
de energia e sugere um estudo da entropia;
• compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processos
espontâneos e artificiais, como uma medida de desordem e probabilidade;
3ª Ano DO EM
CONTEÚDO ESTRUTURANTE – ELETROMAGNETISMO
CONTEÚDOS BÁSICOS
Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas
Força eletromagnética
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Equações de
Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de
Gauss magnética, Lei de Faraday)
A natureza da luz e suas propriedades
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos deverá considerar:
• o contexto histórico-social da construção científica entendida como um produto da
cultura humana, sujeita aos determinantes de cada época;
• a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a
utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende
que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção
científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos
epistemológicos encontrados;
• o reconhecimento da Física como um campo teórico com conceitos fundamentais
que dão sustentação ao eletromagnetismo, bem como o domínio das ideias, das
leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica;
• as relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento;
• o contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis
pontos de partida para problematizações;
• textos de divulgação científica, literários, etc;
• experimentação para discussão das idéias e conceitos do eletromagnetismo.
AVALIAÇÃO
Espera-se que o estudante:
• compreenda a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que
a fundamentam.
• compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois
todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga.
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• compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o
campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a ideia de
campo deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-se que
o estudante entenda essa ideia de campo como uma entidade teórica criada no
eletromagnetismo, pois ele é básico para a teoria e mediador da interação entre
cargas;
• compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base
para a explicação dos fenômenos eletromagnéticos;
• entenda o campo como uma entidade física dotado de energia;
• apreenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu movimento (a
corrente elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais;
• associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica;
• conheça as propriedades elétricas dos materiais, como por exemplo, a
resistividade e a condutividade;
• conheça as propriedades magnéticas dos materiais;
• entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao
campo;
• reconheça as interações elétricas como as responsáveis pela coesão dos sólidos,
pelas propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e
propriedades dos gases;
• compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético
sobre a corrente elétrica;
• entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos
constituintes;
• conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação
de energia, como a nuclear e a eólica.
• compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema
elétrico;
• perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à
transformação/ variação de energia elétrica.
A partir da formulação das equações de Maxwell e a comprovação experimental de
Hertz, a luz passou a ser entendida como uma entidade eletromagnética. No
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entanto, estudos realizados no final do século XIX e início do século XX levaram ao
estabelecimento da natureza corpuscular da luz (os quanta).
Isso contribui para a apresentação da Física como uma ciência construída e em
construção. Dessa forma, ao se avaliar o estudante espera-se que ele:
• entenda o propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo;
• conceba a luz como parte da radiação elétromagnética, localizada entre as
radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o ondulatório
e o de partícula, dependendo do tipo de interação com a matéria;
• entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a
mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo
de reflexão, no qual a luz é desviada sem mudança de meio;
• entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão difusa,
dispersão e absorsão da luz, dentre outros importantes para a compreensão de
fenômenos cotidianos que ocorrem simultaneamente na natureza, porém, às vezes
um ou outro se sobressai;
• associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação
do arco-íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos
luminosos estudados;
• compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria,
apresenta alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o
efeito fotoelétrico) e outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou
seja, entenda a luz a partir do comportamento dual;
• extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por
exemplo ao elétron.
Referências Bibliográficas
GASPAR, Aberto, Física – Série Brasil, Volume Único, Editora Ática, 1ª Edição.
BONJORNO, Regina Azenha, BONJORNO, José Roberto, BONJORNO, Valter,
RAMOS, Clinton Marcico – Física Completa , Volume Único, Editora FTD, 2ª Edição.
PARANÁ, Djalma Nunes da Silva – Física , Volume Único, Editora Ática, 6ª Edição.
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BISCOULA, Gualter José, MAIALI, André Cury – Física , Volume Único, Editora
Saraiva, 3 ª Edição.
HERSKOWICZ, Gerson, PENTEADO, Paulo César Martins, SCOLFARO, Valdemar
– Curso Completo de Física , Volume Único, Editora Moderna, 1ª Edição.
16.6
Proposta Curricular de Geografia
Apresentação
As relações entre a sociedade e a natureza sempre permearam os estudos
geográficos, pois a compreensão desses fenômenos eram e são essenciais para
garantir a sobrevivência humana. Nos primórdios da sociedade, o homem apenas
descrevia os fenômenos naturais, as informações sobre a localização e as
características físicas das regiões conquistadas. Tais conhecimentos eram
fundamentais para se organizarem politicamente e economicamente. Diante da
necessidade de ampliar o seu domínio, o homem passou a buscar explicações para
os fenômenos naturais, a mapear todas as áreas conquistadas, surgindo desta
forma, os primeiros registros geográficos e cartográficos. Somente no século XIX é
que os conhecimentos geográficos passaram a ser sistematizado. Neste período,
surgiram as sociedades geográficas que através de expedições buscavam conhecer
novas áreas continentais. Os conhecimentos eram utilizados pelas classes
dominantes para conquistar novas possessões territoriais. No Brasil, a
institucionalização da Geografia se consolidou a partir de 1930, era uma Geografia
descritiva, decorativa, conhecida como Geografia Tradicional. As transformações
políticas, econômicas e sociais após a Segunda Guerra Mundial, interferiram no
pensamento geográfico sobre diversos aspectos. Essas transformações se
intensificaram no decorrer do século XX, promovendo a reformulação do ensino da
Geografia e nas novas abordagens para os campos de estudo desta ciência. No
Brasil, o percurso dessas mudanças foi afetado pelas tensões políticas dos anos 60,
que levaram as modificações do ensino da Geografia. Com o fim do militarismo no
Brasil, na década de 80, a renovação do pensamento geográfico fortaleceu e as
discussões teóricas centraram-se em torno da Geografia Crítica. Essa nova
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concepção geográfica tem como objetivo uma análise social, política e econômica
sobre o espaço geográfico trazendo para as discussões assuntos ligados: à
degradação da natureza, intensa exploração dos recursos naturais, as
desigualdades sociais e injustiças da produção e organização do espaço, bem
como, as questões culturais, políticas e econômicas mundiais, com o objetivo de
desenvolver no educando conhecimentos críticos do mundo que o cerca, com os
quais ele possa pensar a realidade geograficamente despertando uma consciência
espacial, assumindo um papel de agente transformador da realidade.
Conteúdos por série/ano
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Específicos 1º Ano 2º Ano 3º Ano
Dimensão econômica da produção do/no espaço
* Conceitos de paisagem, lugar, região, natureza e sociedade;
* leitura e representação do espaço geográfico;
* Novas tecnologias e alterações nos espaços urbano e rural;
* Modos de produção e formações sócio-espaciais;
* revolução técnico-científica-informacional e o novo arranjo do espaço de produção;
* Distribuição espacial da indústria nas diversas escalas geográficas;
* Oposição norte/sul e aspectos econômicos da produção;
* Reestruturação do segundo mundo e economias de transição;
*Internacionalização do capital e sistemas financeiros;
* Formação dos blocos econômicos regionais;
*Urbanização e hierarquia das cidades: megalópoles, metrópoles, cidades grandes,
médias e pequenas;
* Industrialização nos países pobres: diferenças tecnológicas, econômicas e
ambientais. Geopolítica
* Os atuais conceitos de Estado-nação, país, fronteiras e territórios;
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* Regionalização do espaço mundial;
* A nova ordem mundial no início do século XXI: o fim dos três mundos e a atual
oposição norte/sul;
* Fim do Estado de bem estar social e o neoliberalismo;
* Redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como: étnicos, culturais,
políticos, econômicos entre outros;
* Territórios urbanos marginais: narcotráfico, prostituição, sem - teto, entre outros
* Os novos papéis das organizações internacionais;
* Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano;
* Conflitos rurais e estrutura fundiária;
* Questões territoriais indígenas;Sócio-Ambiental
* Dinâmica da natureza e formação dos objetos naturais;
* O meio ambiente e as grandes paisagens naturais;
* Atividades humanas e transformação da paisagem natural nas diversas escalas
geográficas;
* Produção do espaço geográficos e impactos ambientais sobre a água, o solo, o ar,
o clima;
* Ocupação de áreas de riscos, encostas e mananciais:
* Crise ambiental: conflitos políticos e interesses econômicos;
* Recursos naturais, conservacionismo (uso sustentável de bens naturais) e
preservacionismo (áreas protegidas);
* Problemas ambientais dos grandes centros urbanos;
* Patrimônios culturais e ecológicos;
* Biotecnologia e impactos ambientais Dinâmica Cultural e Demográfica
* Crescimento demográfico e suas implicações políticas, sociais e econômicas;
* Teorias demográficas e políticas populacionais em diferentes países;
* Composição demográfica dos lugares: geração, gênero etnia;
* Relações entre composições demográficas, emprego, renda e situação econômica
do país, da região, do lugar;
* Diferentes grupos étnicos e o racismo: migração e desemprego;
* Nacionalismo, minorias étnicas, separatismo e xenofobia;
* População urbana e população rural: composição etária, de gênero e de emprego;
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* Diferentes grupos sócio-culturais e suas marcas na paisagem e no espaço urbano
e rural;
* Movimentos migratórios e suas implicações econômico-culturais e sócioespaciais;
* Aspectos culturais das identidades regionais.
Metodologia
Os conteúdos deverão ser trabalhados de forma crítica e dinâmica interligando a
teoria, a prática e a realidade. Faz-se necessário que os conteúdos estruturantes
estejam inter-relacionados, garantindo uma totalidade de abordagem dos
conhecimentos específicos. O ensino da Geografia tem buscado praticas
pedagógicas que permitam apresentar aos alunos diferentes aspectos de um
mesmo fenômeno em diferentes momentos da escolaridade de modo que possam
construir compreensões novas e mais complexas a seu respeito. Espera-se que se
desenvolvam a capacidade de identificar e refletir sobre diferentes aspectos da
realidade compreendendo a relação sociedade / natureza. Essas práticas envolvem
procedimentos de problematização, observação, registro, descrição, documentação,
representação e pesquisas dos fenômenos sociais, culturais ou naturais que
compõem a paisagem e o espaço geográfico, na busca e formação de hipóteses e
explicações da relação permanência e transformações que aí encontram em
interação. O estudo da sociedade e da natureza deve ser realizado de forma
conjunta, pois constitui a base material e física sobre a qual o espaço geográfico é
constituído. A realização do trabalho escolar deve ser essencialmente formativa,
buscando mudanças qualitativas da situação, preservando o trabalho com a
informação. Nesses trabalhos deve-se considerar que as informações recolhidas
possam ser analisadas através de comparações com o conhecimento acumulado
abrindo espaço para a interdisciplinaridade.
Avaliação
A avaliação está inserida dentro do processo de ensino-aprendizagem. Diante disso,
deve-se evitar avaliações que contemplem apenas uma das formas de comunicação
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dos alunos, ou seja, apenas a escrita ou a interpretação de textos, porém não
podemos abandonar totalmente esta prática, pois o nosso aluno encontrará esse
tipo de situação na sociedade capitalista na qual está inserido. Assim, esta diretriz
propõe que o processo de avaliação esteja articulado com os conteúdos
estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias espaço-
tempo, a relação sociedade-natureza e as relações de poder, contemplando a
escala local e global e vice-versa. Que essa avaliação seja diagnóstica e continua e
que contemple diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura, interpretação e
produção de textos geográficos, leitura e interpretação de fotos, imagens, tabelas,
mapas, gráficos, relatórios de experiências práticas de aulas de campo, construção
de maquetes, produção de mapas mentais, apresentação de seminários, pesquisas
bibliográficas. Por tudo que foi exposto, destaca-se ainda que a proposta avaliativa
deva estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles serão
avaliados em cada atividade proposta. Além disso, a avaliação deve ser um
processo não linear de construções e reconstruções, assentando na interação e na
relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo professor / aluno.
Referências Bibliográficas
ADAS, Melhem. Geografia: Noções Básicas de Geografia. São Paulo. Moderna,
2002.
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de & RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia: Novo
Ensino Médio. São Paulo.Ática, 2002.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
História e Geografia. Brasília. MEC/SEF, 1997. 166 p.
OLSZEWSKI, katia Marise & SOURIBNT, Lilian . A Terra em Estudo: A Geografia
em Questão. São Paulo: Editora do Brasil, 1999.
PARANÁ, Secretaria do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares Para o Ensino
Fundamental da Rede Pública Estadual. Superintendência da Educação. Curitiba,
2006.(Versão Preliminar).PIFFER, Osvaldo. Geografia no Ensino Médio. São Paulo:
IBEP, 2002.
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SENE, Eustáquio de. & MOREIRA, João Carlos. A Geografia no Dia-a-Dia
. São Paulo: Scipione, 2002.
VESENTINI, José William & VLACH, Vânia. Geografia Crítica. São Paulo. Ática,
2004.
16.7 Proposta Curricular de História
Apresentação
Na perspectiva da nova Esquerda Inglesa que tem buscado superar a visão
mecânica e reducionista de uma corrente tradicional marxista que prescrevia uma
História tradicional calçada em fatos históricos determinados e aliados às figuras de
heróis .
Desta forma em meados da década de 50 as Nova Esquerda Inglesa,
identificados com a vinculação ao Partido Comunista Inglês, descontentes,
romperam com o Partido, influenciando a historiografia britânica . Deste movimento
sugiram historiadores como Rymond Williams, Eric Hobsbawn, CristopherHill,
Edward Hompson e outros.
Assim, estes historiadores passaram a fazer uma revisão crítica do marxismo,
contribuindo para os estudos de História Social, pois a mesma não significa o
rompimento com o marxismo, mas atende a demandas do mundo contemporâneo
sem cair nos modismos de tendências históricas gráficas atuais.
Ementa
A partir das análises realizadas dentro da visão “Dimensão Histórica” , verificamos
as diferenças e manutenções do conhecimento histórico nas várias etapas da
história do nosso País, destacando a História tradicional que imperou até Getulio
Vargas: eurocêntrica, factual, linear, heróica, política e de memorização dos fatos.
Com o Estado Novo, surgiu uma visão nacionalista que visava reforçar o caráter
moral e cívico dos conteúdos históricos. O pós Getúlio Vargas, e em especial
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durante a Ditadura Militar, foi a volta da história tradicional de caráter político,
visando apenas o factual e o linear, sem espaço para análises críticas e
interpretações dos fatos, além de centrar-se numa formação tecnicista, voltada à
preparação de mão de obra para o mercado de trabalho, em detrimento a área de
humanos .O fim da ditadura fez crescer debates em torno das reformas
democráticas, principalmente nos anos 90, trazendo novas propostas para o ensino
de história : a pedagogia histórico- crítica, pautada no materialismo histórico
dialético. A proposta esbarrou na não superação da história linear e cronológica,
como na falta de formação continuada de professores da área. Tentou-se com os
PCNs, até o final de 2002, essa superação, mas, por este se dar de forma
autoritária, os conteúdos tornaram-se meios para a aquisição de Competências:
preparar cidadãos para as exigências científico-tecnológicas, adaptando o indivíduos
às mudanças sociais, ou seja, a valorização do ensino humanístico, perdeu mais
uma vez seu valor. Dentro dos PCNs, as competências apresentadas tinham uma
abordagem funcionalista, pragmática, presentista dos conteúdos de História.
Objetivos
De fato, esta superação teve início em 2003 com a elaboração das Diretrizes
Curriculares para o ensino de História , que até o atual momento está em elaboração
e o grande colaborador está na formação continuada dos professores. Quebrar a
concepção de História como verdade pronta e definitiva, não aceitando dogmatismo
e ortodoxia, tendo em vista que o objeto de estudos dos processos históricos estão
relacionados às ações e relações humanas praticadas no tempo (estruturas sócio-
históricas), buscando preservar uma narrativa histórica respeitando a diversidade
das experiências sociais, culturais e políticas dos sujeitos e suas relações, expressa
no processo de produção do conhecimento humano sob a forma da consciência
histórica, valorizando a possibilidade de luta e transformação social.”Entende-se que
a narrativa quando – Histórico – significa que o passado é compreendido em relação
ao processo de Constituição da experiências sociais , culturais e políticas, no
domínio próprio do conhecimento histórico”.
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Conteúdos por série/ano
1º Ano
* Relações de trabalho Tema : O mundo do trabalho nas diferentes sociedades da
pré-história a Idade Média.Conteúdos:
•Conceito de trabalho
•O mundo do trabalho na Pré-história;
•O mundo do trabalho no Egito Antigo;
•O mundo do trabalho na Antigüidade clássica greco-romana;
•O mundo do trabalho na Sociedade Pré-Colombianas;
•O mundo do trabalho no Feudalismo;
* Relações de Poder Tema: Do Estado antigo à descentralização do poder no
feudalismo Conteúdos:
•Estado na Antigüidade Grego-Romana e Egito; •
As transformações do Estado na Idade Média e a formação do Feudalismo;
•O Estado Islâmico;
•As relações de poder entre os reinos africanos;
* Relações Culturais Tema: Relações culturais e movimentos de resistências
presentes na sociedade antiga e medieval;
Conteúdos:
•Revoltas dos escravos em Roma;
•A luta dos plebeus contra os patrícios em Roma;
•A mulher Na sociedade greco-romana e egípcia;
•Revolta dos camponeses na Idade Média;
•A organização das cidades na Antigüidade e Idade Média;
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2º Ano
* Relações de trabalho Tema:Relações de trabalho na Idade Média.
Conteúdos:
•Trabalho escravo e trabalho livre no Brasil;
•Surgimento do Trabalho assalariado;
* Relações de Poder Tema: O Estado na Idade Moderna e suas relações de poder.
Conteúdos:
•Monarquias nacionais e o absolutismo;
•Revolução Francesa e o surgimento do Estado - Nação;
•Independência dos Estados da América e a formação do Estado Nacional
Brasileiro;
* Relações Culturais Tema: Movimentos culturais e de resistências na Idade
Moderna (Europa e no Brasil Colônia)
Conteúdos:
•Renascimento;
•Iluminismo;
•Reformas religiosas protestantes e Contra-Reforma Católica;
•Movimentos de Contestação e Revolta no Brasil Colônia;
•História a África;
3º Ano
* Relações de Trabalho Tema: Trabalho no mundo Contemporâneo.
Conteúdos:
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•Trabalho no Paraná: escravos, tropeiros , colonos e operários;
•As transformações do Trabalho na contemporaneidade;
•Urbanização e industrialização no Brasil;
* Relações de Poder Tema: O Estado e as Relações de Poder no século XX.
Conteúdos:
•Estado Imperialista;
•Estado Totalitário: Nazismo/ Fascismo;
•A formação da República Brasileira e os Movimentos de Contestação;
•Estado em tempo de globalização;
•Conflitos na atualidade;
•Urbanização e industrialização no Paraná;
* Relações Culturais Tema: Relações culturais e Movimentos de Resistências no
século XX.
Conteúdos:
•Movimento Operário: Cartismo ,Ludismo e Comunismo;
•Movimento Contemporâneos da mulher, negro, sem-terra, movimento estudantil;
•Cultura Africana;
•Urbanização e industrialização na sociedade Contemporânea;
Metodologia
O encaminhamento metodológico tem como conteúdos estruturantes as dimensões
econômico social, política e cultural, que levam em consideração as relações de
trabalho , poder e culturais , abordando os temas , na compreensão para representar
o passado. A partir dos acontecimentos, devemos focalizar o processo do sujeito
que se quer representar do ponto de vista da historiografia, demarcando o tempo
histórico, e definindo um espaço ou território de observa;cão do conteúdo , para a
reconstrução do processo histórico relativo às mudanças e transformações por meio
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de acontecimento que levar a descrição do contexto histórico. Desta forma
buscamos a argumentação , explicação e problematização dento da concepção do
uso de documentos que permitem a criação de conceitos sobre o passado e o
questionamento dos sujeito a ser construindo.
Avaliação
Será formal, processual continuada e diagnostica, levando o aluno a compreender
que o estudo do passado se realiza a partir de questionamento feitos no presente
por meio da análise de diferentes documentos para compreender as relações de
trabalho e de poder no mundo contemporâneo e como o trabalho e o poder se
constituem em diferentes períodos históricos. As relações culturais , deverá levar o
aluno a reconhecer a si o aos outros como construtores de uma cultura ,
compreendendo a especificada de cada sociedade. Para tanto utilizaremos as
atividades: -Leituras e discussões de textos. -Interpretação , analise de mapas e
documentos históricos.-Sínteses-Pesquisas, discussões e debates, -Produção de
narrativas históricas-Outros
Referências Bibliográficas
FIGUEIRA , Divalte Garcia- História , Editora Ática, São Paulo .2004
PETTA , Nicolina Luiza de- História , Editora Moderna,São Paulo , 2005
COTRIM.Gilberto –História Global e Brasil Geral –Volume Único – SP Ed. Saraiva,
1997.
NADALIN, Sergio Odelon, Paraná Ocupação do território população e migração em
Curitiba, SEED. 2005.
DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA PARA O ENSINO MÉDIO (Versão
Preliminar) ,julho /2006 Paraná , Secretária de Estado da Educação. Currículo
Básico para a Escola Publica do Estado do Paraná. Curitiba , SEED. 1990.
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16.8 Proposta Curricular de Língua Portuguesa
Ementa
A disciplina Língua Portuguesa fundamenta-se na concepção sociointeracionista, a
qual dá ênfase ao uso social dos diferentes gêneros textuais. Dentro de um
processo dinâmico e histórico dos agentes de interação verbal. Tendo como
principal objetivo o aprimoramento do uso da linguagem nos diversos contextos
sociais para que o aluno possa interagir de forma crítica e efetiva na sociedade,
dentro de um processo dinâmico e histórico dos agentes de interação verbal tanto na
constituição social da linguagem , quanto dos sujeitos que por meio dela interagem.
Vivemos em uma sociedade essencialmente letrada, portanto a proficiência da
língua materna será princípio básico do sujeito conhecedor e formador, assim a
linguagem permite o conhecer amplo. Todo o conhecimento em sociedades
pautadas em herança escrita, como é o caso da sociedade ocidental. O manejo da
língua tem duas fases: formadora e instrumental , que não podem ser desprezadas;
a) formadora na qual o falante aprende e sistematiza a gramática internalizada da
língua. Neste momento,a língua já é usada o trabalho é de sistematização; a
segunda: a construtora, é o momento em que usa o conhecimento historicamente
acumulado e a partir dele construa sua inserção social. Com isso, a característica
desejável para a disciplina seria que todo o trabalho com linguagem busque a
construção de um sujeito competente linguísticamente capaz de ouvir, construir e
expressar seu ponto de vista sobre determinado acontecimento histórico vivido por
ele ou no entorno dele, construir e expressar seu ponto de vista sobre determinado
acontecimento histórico vivido por ele ou no entorno dele, construindo assim sua
identidade linguistica junto ao grupo a que pertence
Objetivos
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Fundamenta-se nos três eixos do discurso, enquanto prática social: leitura, escrita e
oralidade.
•Leitura: Despertar e trabalhar o pensamento critico do aluno, contextualizando cada
movimento literário em sua situação histórica geratriz. Apresentando a integração
entre literatura, história e arte, dando ênfase para a “sensibilização” do aluno, o que
favorecerá a formação de seu senso crítico.
•Escrita: religar a escritura e a vida, de forma a motivar os alunos a desvendar e a
desenvolver sua capacidade de autodescoberta e auto-expressão.
•Oralidade: Dar forma às ideias, “arrumar” as palavras para expressar os
pensamentos considerando o contexto linguístico e a intencionalidade.
Conteúdos por série/ano
1º Ano
1. Variação linguística e estrangeirismos;
2. Fonologia;
3. Estrutura e formação de palavras;
4. Conotação e denotação significante e significado;
5. Ortografia;
6. pontuação funções e uso da vírgula;
7. Acentuação;
8. Figuras de linguagem;
9. Funções da linguagem;
10. Produção textual:a) paráfrases;b) paródias;c) resumo e resenha;d) crônicas;e)
narrativas.
11. Coesão e coerência;
12. História da Literatura Brasileira:a) Trovadorismo;b) Humanismo;c) Barroco;d)
Arcadismo.
13. Literatura africana em Língua Portuguesa.
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2º Ano
1. Análise do discurso : linguagem, aspecto formal, estilo, ideologia, posição do
autor, contexto histórico, aspecto formal, econômico e político;
2. Discurso direto e indireto;
3. Intencionalidade recursos visuais e sonoros na mídia;
4. Aspectos formais do texto: acentuação, pontuação, ortografia, paragrafação,
título, legibilidade, coesão e coerência;
5. Pontuação e seus efeitos de sentido na construção do texto;
6. Classes das palavras;
7. Periodização e estilo da literatura brasileira:a) Romantismo;b) Realismo;c)
Naturalismo;d) Parnasianismo;e) Simbolismo;
8. Aspectos rizomáticos da Literatura Africana em Língua Portuguesa.
3º Ano
1. Elementos coesivos e coerência textual;
2. Unidade temática – elementos lógicos discursivos, tese, organização de
parágrafos, contexto discursivo, interlocutor, ideia central, sequência lógica,
progressão, retomada dos elementos coesivos, título como elemento coesivo;
3. Estruturação do texto: recursos coesivos, a conectividade sequencial e a
estruturação temática;
4. Ambiguidade como recurso na construção do texto;
5. Informações explicitas e implícitas e intertextualidade;
6. Categorias sintáticas: sujeito, predicado;
7. Funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto e indireto, predicativo (sujeito e
objeto);
8. O posicionamento na sentença do sujeito, verbo e objeto e as suas possibilidades
de inversão;
9. Sintagma verbal-nominal e sua flexão; a complementação verbal;
10. Regência Verbal;
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11. Colocação pronominal;
12. Literatura – Vanguardas europeias, Pré-Modernismo , Modernismo e Pós-
Modernismo;
13. Aspectos rizomáticos da Literatura Africana em Língua Portuguesa.
Metodologia
De acordo com a concepção sociointeracionista a língua só existe em situações de
interação e através das práticas discursivas: leitura, escrita e oralidade.
•Leitura: Prática consistente do leitor perante a realidade (infinidade de textos)
•Escrita: Planejar, revisar, reestruturar e reescrever seus textos, exercitando a
linguagem de forma consistente e flexível, adaptando-se a diferentes situações de
uso.
•Oralidade
-Apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade, um filme, um
livro, etc.
-Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno o u
pessoa de seu convívio
-Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções tomadas,
colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumos, expor
programações, dar aviso, fazer convites, etc.
-Confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constar as similaridades
e diferenças entre as modalidades oral e escrita
-Relatos de acontecimentos, mantendo-se a unidade temática
-Debates, seminários, júris simulados e outras atividades que possibilitem o
desenvolvimento da argumentação
-Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações para serem
ouvidas, transcritas e analisadas, observando-se as pausas, hesitações,
truncamentos, mudanças de construção textual, descontinuidade do discurso, grau
de formalidade, comparação com outros textos, etc.
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Avaliação
De acordo com a função interativa, dialógica ou discursiva da linguagem, o aluno se
apropria das atividades verbais: fala, leitura e escrita.
•Leitura: será avaliada conforme as estratégias que os alunos empregaram no
decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do
tema, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
•Escrita: os textos serão avaliados como uma fase do processo de produção e não
como produto final. Será avaliada a manifestação da língua em todos os seus
aspectos discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais.
•Oralidade: será avaliada considerando-se a participação do aluno nos diálogos,
relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência de
sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seu
ponto de vista, e de modo especial a sua capacidade de adequar o discurso/texto
aos diferentes interlocutores e situações.
Referências Bibliográficas
AGUIAR, Vera T. de.; BORDINI, Maria da Glória. Literatura: a formação do leitor –
alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.
ANDRADE, Carlos A. Um novo movimento no ensino da língua portuguesa. In:
FAZENDA, Ivani (org). A academia vai à escola. Campinas: Papirus, 1995.
AZEVEDO, Maria A. Para a construção de uma teoria crítica em alfabetização
escolar. In: AZEVEDO, Maria A.; MARQUES, Maria L. (orgs). Alfabetização hoje.
São Paulo: Cortez, 1994
BAKHTIN, Mikail. Marxismo e filosofia da linguagem. 6a. ed. Tradução de Michel e
Yara Vieira. São Paulo: Hucitec, 1992.
BRAGGIO, Sílvia L. B. Leitura e Alfabetização: da concepção mecanicista a
sociopsicolingüística. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Alfabetização, leitura e escrita.
Boletim TV Escola/ Salto para o futuro. Brasília, março de 2004.
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FARACO, Carlos A.; TESSA, Cristóvão; CASTRO, Gilberto de. Diálogos com
Bakhtin. Curitiba: UFPR, 2000.
GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de português. In: GERALDI,
João W. (org). O texto na sala de aula. 2a. ed. São Paulo: Ática, 1997.
______________. Portos de Passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.
KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7a. ed. Campinas:
Pontes, 2000.
_______________; MORAES, S.E. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos
projetos da escola. Campinas: Mercado de Letras, 1999.
KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3a. ed. São Paulo:
Contexto, 1990.
KRAMER, S. Leitura e escrita como experiência: notas sobre seu papel de
ormação. In: ZACCUR, E. (org). A magia da linguagem. Rio de Janeiro:
DP&A:SEPE, 1999.
MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo. São Paulo: Nova Fronteira, 2002.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública
do Estado do Paraná. 3a. ed. Curitiba, 1997
PAZINI, Maria C. Oficinas de texto: teoria e prática. In: Proleituras. Ano 5, n.
19,abril/1998: UNESP, UEM, UEL.SOARES, Magda B. Alfabetização e letramento.
São Paulo: Contexto, 2002.
_______________. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. 26o. ANPED: GT
Alfabetização, leitura e escrita, outubro de 2003.
VAL, Maria da Graça C. O que é ser alfabetizado e letrado? In: BRASIL, Ministério
da educação e do desporto. Alfabetização, leitura e escrita. Boletim TV Escola/Salto
para o futuro. Brasília, março de 2004.
16.9 Proposta Curricular de Matemática
Apresentação
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A Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade moderna.
Apropriar-se dos conceitos e procedimentos básicos contribui para a formação do
futuro cidadão, que se engajará no mundo do trabalho, das relações sociais,
culturais e políticas. A Matemática está presente em praticamente tudo que nos
rodeia, com maior ou menor complexidade. Perceber isso é compreender o mundo à
nossa volta e poder atuar nele. E a todos, indistintamente deve ser dada essa
possibilidade de compreensão e atuação como cidadão, em casa, na rua, no campo,
na cidade nas várias profissões, nas várias culturas, o ser humano necessita contar,
calcular, comparar, medir, localizar, representar, interpretar. E o faz informalmente, à
sua maneira com base em parâmetro de seu contexto sócio cultural. É preciso que
esse saber informal, cultural se incorpore e a matemática da vida, desde uma
simples contagem até o uso de complexos computadores. A história da matemática
nos revela que os povos das antigas civilizações conseguiram desenvolver os
rudimentos de conhecimentos que vieram compor a matemática que se conhece
hoje. As matemáticas, surgidas na antiguidade por necessidades da vida cotidiana,
têm se transformado em um imenso sistema de variadas e extensas disciplinas.
Como as demais ciências, refletem as leis do mundo que nos rodeia e servem de
potente instrumento para o conhecimento e domínio da natureza. Pelo alto nível de
abstração que as caracterizam, as matemáticas trazem consigo que todos os seus
ramos sejam relativamente inacessíveis aos que não são especialistas. Essa
qualidade abstrata das matemáticas deu lugar, já na antiguidade, às nações
idealistas sobre sua independência a respeito do mundo material. O último fim da
vitalidade da matemática se deve ao fato de que, apesar de sua abstração, seus
conceitos e resultados têm sua origem no mundo real e encontram muitas e diversas
aplicações em outras ciências, na engenharia e em todos os aspectos práticos em
outras ciências; reconhecer isso é o requisito prévio mais importante para entender a
matemática. Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda encontre-
se em processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática
pedagógica da matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o ensino,
a aprendizagem e o conhecimento matemático. Sendo assim, pode-se afirmar que
os objetivos básicos da Educação Matemática visam desenvolve-la enquanto campo
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de investigação e de produção de conhecimentos. Natureza científica – e a melhoria
da qualidade do ensino e da aprendizagem matemática. A finalidade da educação
matemática é fazer com que o estudante compreenda e se aproprie da própria
matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos,
algoritmos, etc. Outra finalidade apontada pelos autores “é fazer com que o
estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes
de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, particularmente,
do cidadão, Isto é, do homem público”.
Objetivos
A educação matemática em especial não se destina a formar matemáticos, mas sim
pessoas que possuam uma cultura matemática que lhes permitam aplicar a
matemática nas suas atividades e na sua vida diária. Assim, dentro de nossa
proposta, desejamos que o aluno possa:
•Contemplar os conteúdos específicos concernentes a cada conteúdo estruturante,
articulando-os: - estruturantes e específicos – fazendo uso de metodologias que
transitem entre as tendências da educação matemática. •
Adotar uma atitude positiva em relação à matemática, ou seja, desenvolver sua
capacidade de “fazer matemática” construindo conceitos e procedimentos,
formulando e resolvendo problemas por si mesmo, e assim aumentar sua auto-
estima e perseverança na busca de soluções para os seus problemas.
•Perceber que os conceitos e procedimentos matemáticos são úteis para
compreender o mundo e atuar nele.
•Pensar logicamente, relacionando idéias, descobrindo regularidade e padrões,
estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação e sua criatividade na
solução de problemas.
•Observar sistematicamente a presença da matemática no dia a dia (quantidades,
números, formas geométricas, simetria, grandezas e medidas, tabelas e gráficos).
•Habituar-se ao estudo, atenção, responsabilidade e cooperação.
•Conhecer, interpretar e utilizar a linguagem matemática associando-a a linguagem
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usual.
•Associar a matemática a outras áreas do conhecimento.
•Construir uma imagem da matemática como algo agradável e prazeroso,
desmistificando o mito da genialidade.
Conteúdos por série/ano
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude que
identificam e organizam os estudos de uma disciplina escolar, são considerados
basilares e fundamentais para a compreensão do objeto de ensino. Estes conteúdos
são relacionados a partir da análise histórica da referida disciplina. No ensino da
matemática os conteúdos estruturantes foram definidos pelos professores da rede
publica estadual como sendo: números, operações e álgebra, geometrias, medidas e
tratamento da informação para o Ensino Fundamental.
1º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Números e Álgebra
1.Conjunto dos números reais: conceito, conjunto dos números naturais, conjunto
dos números inteiros, conjunto dos números racionais, conjunto dos números
irracionais, conjunto dos números reais e operações com conjuntos. Funções
2.Função afim.
3.Função quadrática.
4.Função exponencial.
5.Função logarítmica: logaritmos – conceitos, propriedades operatórias dos
logaritmos e mudança de base. Função logarítmica – equações exponenciais,
equações logarítmicas, inequações exponenciais e inequações logarítmicas.
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6.Progressão aritmética: conceitos de sequências numéricas, conceito de
progressão aritmética, termo geral da P.A. e soma dos n primeiros termos de uma
P.A.
7.Progressão geométrica: conceito de progressão aritmética, termo geral da P.G. e
soma dos n primeiros termos de uma P.G.Geometria
8.Geometria plana: áreas de figuras geométricas planas (retângulo, quadrado,
paralelogramo, triângulo e seus casos particulares: triângulo retângulo e triângulo
eqüilátero, losango, trapézio, hexágono, círculo e suas partes). Tratamento da
Informação
9.Matemática financeira: retomar conceitos de razão e proporção e juros simples,
juros compostos e descontos simples.
2º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Números e Álgebra
1.Matrizes: conceito, representação de matrizes, tipos de matrizes, igualdade de
matrizes, operações com matrizes, matriz identidade e matriz inversa.
2.Determinantes: conceito, determinantes de matrizes de 1ª, 2ª e 3ª ordens, menor
complementar e cofator, determinantes de matrizes de ordens maiores que 3,
Teorema de Laplace, propriedades dos determinantes.
3.Sistemas lineares: conceito, equação linear, sistema de equações lineares,
classificação de sistemas lineares por escalonamento, regra de Cramer e discussão
de sistema linear. Funções
4. Função trigonométrica: trigonometria no triângulo retângulo – conceito, razões
trigonométricas (seno, cosseno e tangente de um ângulo agudo), relação sem 2 x +
cos2
x = 1, ângulos notáveis (30º, 45º e 60º); senos e cossenos de dois ângulos
suplementares, lei dos senos ou teorema dos senos, leis dos cossenos ou teorema
dos cossenos e expressões da área de um triângulo; funções trigonométricas,
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construção gráfica e conceito de domínio e imagem; equações e inequações
trigonométricas. Geometria
5.Geometria plana: relações métricas no triângulo retângulo (elementos do triângulo
retângulo, as relações métricas, aplicações do teorema de Pitágoras na resolução
de problemas); polígonos regulares inscritos na circunferência: relações métricas
(polígonos regulares inscritos, medida do apótema do polígono em função do raio:
quadrado inscrito, hexágono regular inscrito, triângulo equilátero inscrito, polígonos
regulares circunscritos, medida do comprimento da circunferência). Tratamento da
Informação
6.Análise combinatória: conceito, principio fundamental da contagem, fatorial de um
numero natural, arranjos, permutações (simples, circular e com elementos repetidos)
e combinações.
7.Probabilidades: conceito, experimento aleatório, espaço amostral, evento,
probabilidades em espaços amostrais equiprováveis, probabilidade da união de dois
eventos, probabilidade condicional, probabilidade de dois eventos simultâneos (ou
sucessivos) e experimentos binomiais.
3º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Números e Álgebra
1.Números Complexos: conceito, igualdade de números complexos, adição,
multiplicação e divisão de números complexos, complexos conjugados, plano de
Argand-Gauss, forma trigonométrica dos números complexos, potência e radiciação
de números complexos.
2.Polinômios: conceito, valor numérico e raiz, função polinomial, igualdade de
polinômios, adição, multiplicação e divisão teorema fundamental da Álgebra,
teorema da decomposição. Funções
3.Função Afim.
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4.Função Quadrática. Geometria
5.Geometria plana: semelhança de figuras geométrica planas (feixe de paralelas,
teorema de Talles nas paralelas, teorema da bissetriz interna, triângulos
semelhantes; áreas de figuras geométrica planas (retângulo, quadrado,
paralelogramo, triângulo, losango, trapézio, hexágono, círculo e suas partes).
6.Geometria espacial: noções sobre poliedros (poliedros convexos, relação de
Euler, poliedros de Platão, poliedros regulares); estudo do prisma (conceito,
elementos, classificação, área, volume, paralelepípedos: retângulo e cubo); estudo
da pirâmide (conceito, elementos, classificação, área, volume, tronco, tetraedro
regular); estudo do cilindro (conceito, elementos, classificação, área, volume, secção
meridiana, cilindro equilátero); estudo do cone (conceito, elementos, classificação,
área, volume, tronco, seção meridiana, cone equilátero); estudo da esfera (conceito,
elementos, classificação, área, volume, partes da esfera).
7.Geometria analítica: ponto e reta (conceitos, sistema cartesiano ortogonal,
distância entre dois pontos, ponto médio de um segmento, condições de
alinhamento de três pontos, inclinação de uma reta, equação da reta: forma
reduzida, segmentaria, geral e paramétrica, posições relativas de duas retas no
plano, distância entre ponto e reta, ângulos entre duas retas concorrentes, área do
triângulo); circunferência (conceito, equação da circunferência, posições relativas
entre um ponto e uma circunferência, posições relativas de uma reta e uma
circunferência, posições relativas de duas circunferências); secções cônicas
(conceito, parábola, elipse, hipérbole).Tratamento da Informação
8.Binômio de Newton:
9.Estatística: conceito, variável discreta e contínua, organização de dados em
tabelas, representação gráfica, medidas de posição (medias, moda, mediana,
relações entre media aritmética, mediana e moda), medidas de dispersão
(amplitude, desvio médio, desvio padrão, variância, coeficiente de variação, quertis,
decis, percentis) e medidas de assimetria.
Metodologia
•a teoria é distribuída por meio de uma linguagem simples, mas precisa,
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estabelecendo um diálogo com o aluno, permitindo que ele progrida sem dificuldade;
•São apresentadas ilustrações e esquemas explicativos;
•Sempre que necessário, são retomados assuntos que fazem parte do conhecimento
prévio do aluno;
•Os temas são acompanhados por atividades ao longo do texto, objetivando a
integração entre o saber e o fazer;
•Os assuntos são relacionados à prática cotidiana do aluno, com o intuito de atrair-
lhe a atenção e o conseqüente interesse;
•São indicados usos de materiais manipulativos, que permitem ao aluno o
desenvolvimento do raciocínio lógico, a construção e a generalização de conceitos e
o aprendizado significativo;
•Inclui-se a resolução detalhada de exercícios.
Avaliação
A avaliação é um elemento, uma parte integrante do processo ensino-aprendizagem,
abrangendo a atuação do professor, o desempenho do aluno e também os objetivos,
a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino. É algo bem mais
amplo do que medir quantidade de conteúdos que o aluno aprendeu em
determinado período.
Portanto, a avaliação deve ser compreendida como:
•Elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino;
•Conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção
pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma;
•Conjunto de ações que busca obter informações sobre o que foi aprendido e como;
•Elemento de reflexão para o professor sobre sua prática educativa;
•Instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência de seus avanços,
dificuldades e possibilidades;
•Ação que ocorre durante todo o processo de ensino/aprendizagem e não apenas
em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de
trabalho;
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•Focalizar uma grande variedade de tarefas e adotar uma visão global da
matemática;
•Propor situações-problema que envolvam aplicações de conjunto de idéias
matemáticas;
•Propor situações abertas que tenham mais de uma solução;
•Propor ao aluno que formule problemas e resolva-os;
•Usar várias formas de avaliação, incluindo as escritas (provas, testes, trabalhos,
auto-avaliação), as orais (exposições, entrevistas, conversas informais) e as de
demonstração (materiais pedagógicos);
•Avaliar a aprendizagem, portanto, implica avaliar o ensino oferecido – se , por
exemplo, não há a aprendizagem esperada, significa que o ensino não cumpriu a
sua finalidade: a de fazer aprender.
Referências Bibliográficas
GIOVANNI, José Ruy; GIOVANNI JR., José Ruy; BONJORNO, José Roberto.
Matemática completa: ensino médio, volume único. São Paulo: FTD, 2002.
LONGEN, Adilson. Coleção Nova Didática. Editora Positivo.Apostila da SEED –
Diretrizes Curriculares de matemática para o Ensino Médio.
16.10 Proposta Curricular de Química
Apresentação
O desenvolvimento de saberes e de práticas ligadas à transformação da matéria
e presentes na formação das diversas civilizações foi estimulado por necessidades
humanas, tais como: a comunicação, o domínio do fogo e, posteriormente, o
domínio do processo de cozimento.
Esses saberes e/ou práticas (manipulação dos metais, vitrificação, feitura dos
unguentos, chás, remédios, iatroquímica, entre outros), em sua origem, não podem
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ser classificados como a ciência moderna denominada Química, mas como um
conjunto de ações e procedimentos que contribuíram para a elaboração do
conhecimento químico desde o século XVII.
Para iniciar as discussões sobre a importância do ensino de Química, considera-
se essencial retomar fatos marcantes da história do conhecimento químico em suas
inter-relações econômica, política e social. Inicialmente, o ser humano obteve a
partir do fogo seus benefícios.
Desses benefícios, a extração, produção e o tratamento de metais como o cobre,
o bronze, o ferro e o ouro merecem destaque na história da humanidade, no que diz
respeito aos fatos políticos, religiosos e sociais que os envolvem.
Na história do conhecimento químico, por exemplo, vários fatos podem ser
relembrados como forma de entender a constituição desse saber, entre eles a
alquimia.
O domínio do fogo representa, sem dúvida, uma das mais antigas
descobertas químicas e aquela que mais profundamente revolucionou a vida do
homem. Já no paleolítico, há cerca de 400.000 anos, o homem conservava lareiras
em alguns dos seus habitáculos na Europa e na Ásia. [...] No neolítico, o fogo foi
utilizado para cozer a argila destinada ao fabrico de cerâmica. Mais tarde, graças
aos conhecimentos que terão sido adquiridos pelo artífice na prática da combustão e
da construção dos fornos, irá permitir a metalurgia. [...] A tinturaria é uma indústria
muito antiga. Não é possível fixar-lhe as origens. Utilizavam-se, na Antiguidade,
sucos vegetais tirados da garança, do ingueiro, por exemplo, para tingir as roupas.
Os corantes minerais foram objeto de uma larga utilização como produtos de beleza.
A cerusa (carbonato de chumbo) aclarava, pela sua cor branca, a pele das romanas.
O cinábrio (sulfeto de mercúrio) entrava na composição do vermelho para o rosto
das Atenienses. As mulheres das regiões do Nilo recorriam à malaquite para pintar o
rosto. O mínio, utilizado como pintura, servia aos gregos para betumar os seus
navios a fim de proteger a madeira de que eram feitos (VIDAL, 1986, p. 09).
Nascida dos trabalhos da metalurgia, das ideias chinesas de cura e equilíbrio,
da magia estelar persa, do hermetismo egípcio e da interpretação mística da
Filosofia grega, a Alquimia, investigação sobre a natureza da matéria e prática
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laboratorial para nela interferir, defini-se primordialmente pelo desejo de conquistar o
tempo. Porque nela o mundo é pensado como um todo vivente e porque cada ser,
do menor ao maior, é concebido como microcosmo a espelhar o macrocosmo, a
Natureza é pensada como nascimento (semente ou germem), vida, maturação,
morte ou imortalidade (CHAUÍ, 2005, in ALFONSO-GOLDFARB, 2005, p. 11-12).
Na Europa a alquimia chegou “[...] através de traduções de textos árabes, os
quais, por sua vez, já eram traduções e adaptações de velhos textos helenísticos ou
de tradições caldaicas” (ALFONSO-GOLDFARB, 2001, p. 29).
Os alquimistas europeus buscavam o elixir da vida eterna e a pedra filosofal
(prática de transmutação dos metais em ouro). Dedicavam-se a esses
procedimentos, mas agiam de modo hermético, ocultista, uma vez que a sociedade
da época era contra essas práticas por acreditar tratar-se de bruxaria:
[...] eles buscavam no elixir da longa vida o que hoje se busca por meio de
remédios: melhorar a qualidade de vida e até prolongá-la. A busca de novos
materiais para o fabrico de vestuário e para construção de habitações se assemelha
ao que faziam os alquimistas, que com a evaporação dos líquidos ou com a
recalcinação de sólidos procuravam melhorar a qualidade das substâncias. As
retortas, os crisóis, os alambiques de então estão nos modernos laboratórios de
hoje, sob a forma de sofisticada aparelhagem de vidros especiais (CHASSOT, 2004,
p. 119).
Esses alquimistas manipularam diversos metais, como o cobre, o ferro e o ouro,
além das vidrarias que foram aperfeiçoadas e hoje, muitas fazem parte dos
laboratórios. Apesar da fantasia e da realidade contida nos textos alquímicos,
permeados de escritos indecifráveis, aos poucos e clandestinamente, eles se
difundiram pela Europa.
No final do século XIV e início do século XV, com o fim do feudalismo, a alquimia
adquiriu uma nova configuração. Esse período foi caracterizado por aglomerações
urbanas emergentes, por péssimas condições sanitárias, pela fome, pelas pestes –
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incluindo a peste negra de 1347 – e isso gerou um desequilíbrio demográfico além
de problemas relacionados ao trabalho, que também se modificava estruturalmente.
A burguesia, classe social emergente, começava a comandar a
reestruturação do espaço e do processo produtivo no novo contexto econômico que
se constituía. Decorre que houve um expressivo avanço dos estudos para a cura de
doenças, em especial com o uso de substâncias químicas minerais.
Na transição dos séculos XV-XVI, estudos desenvolvidos pelo suíço Phillipus
Auredus Theophrastus Bombastus Von Hohenheim, cujo pseudônimo era Paracelso,
possibilitaram o nascimento da Iatroquímica, antecessora da Química. O emprego
dos conhecimentos da Iatroquímica era, naquele momento, apenas terapêutico e
Paracelso fazia uma leitura cosmológica dos fenômenos, relacionada com as
crenças religiosas.
Essa proximidade com a religião fez com que Baptiste van Helmont, médico que
viveu entre os séculos XVI e XVII, fosse condenado várias vezes pela Igreja,
acusado de realizar práticas satânicas, uma vez que, em seus estudos, fazia um
misto de ciência e religião.
Entretanto, os conhecimentos químicos nem sempre estiveram atrelados à
religião e à alquimia. A teorização sobre a composição da matéria, por exemplo,
surgiu na Grécia antiga e a ideia de átomo com os filósofos gregos Leucipo e
Demócrito, que lançaram algumas bases para o atomismo do século XVII e XVIII
com Boyle, Dalton e outros. A teoria atômica foi uma questão amplamente discutida
pelos químicos do século XIX, que a tomaram como central para o desenvolvimento
da Química como ciência.
O fato é que a Química como ciência teve seu berço na Europa no cenário de
desenvolvimento do modo de produção capitalista, dos interesses econômicos da
classe dirigente, da lógica das relações de produção e das relações de poder que
marcaram a constituição desse saber.
No século XVII, na Europa, ocorria a expansão da indústria, do comércio, da
navegação e das técnicas militares, particularmente em cidades como Paris,
Londres, Berlim, Florença e Bolonha, onde existiam as grandes universidades.
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Nesse contexto, foi fundada, em Paris, a Academie des Sciences e outra similar
em Berlim, ambas subvencionadas pelo Estado e subordinadas a ele.
Paralelamente, em Londres, foi criada a Royal Society, mantida pelos próprios
participantes e sem qualquer relação com o Estado, livre para colocar em ação as
teorias científicas aliadas às práticas populares e ao cotidiano das pessoas. Um dos
integrantes da Royal Society, Robert Boyle, tornou público seus saberes e recebeu
muitas críticas dos adeptos da Filosofia Natural, os quais consideraram sua
pesquisa meramente especulativa e intuitiva.
Ao longo dos séculos XVII e XVIII, com o estudo da química pneumática
(Boyle, Priestley, Cavendish) e com o rigor metodológico de Lavoisier, definiu-se um
novo saber, que passou a ser conhecido como química, o qual foi dividido em
diferentes ramificações procedimentais, dentre elas: alquimia, boticários,
iatroquímica e estudo dos gases.
No século XIX, essa química pautou-se num corpus teórico de explicações
atômico-moleculares com os estudos de Dalton, Avogadro, Berzelius, entre outros.
Foi nesse cenário que a Química ascendeu ao fórum das Ciências. O avanço desse
conhecimento estava vinculado às investigações sobre a composição e estrutura da
matéria, estudos estes partilhados com a Física, que investigava as forças internas
que regem a formação da matéria. Isso ocorreu para atender ao desenvolvimento da
própria Ciência, no século XIX, que tinha como um dos focos de investigação a
composição dos materiais e a descoberta de novos elementos químicos.
O experimentalismo marcou a ciência moderna e esteve presente no avanço da
Química dos séculos XVIII e XIX em inúmeras investigações. Dentre as realizações
dos químicos, nesse período, destacaram-se o isolamento de algumas substâncias
gasosas (nitrogênio, cloro, hidrogênio e oxigênio) e a descoberta de muitos outros
elementos metálicos: cobalto, platina, zinco, níquel, bismuto, manganês, molibdênio,
telúrio, tungstênio e cobre. Com a Revolução Industrial, o modo de produção
capitalista expandiu-se, o que teve como uma, dentre outras conseqüências, o
impulso ao desenvolvimento da indústria química.
Um dos químicos mais influentes da França nesse período foi Antonie Laurent
Lavoisier que colaborou com a consolidação dessa ciência no século XVIII e
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elaborou o Traité Elementaire de Chimie (Tratado Elementar da Química), publicado
em março de 1789, referência para a química moderna da época. Lavoisier propôs
uma nomenclatura universal para os compostos químicos, que foi aceita
internacionalmente. A Química ganhou não apenas uma linguagem universal quanto
à nomenclatura, mas também, quanto aos seus conceitos fundamentais.
No desenvolvimento do seu trabalho, Lavoisier demonstrou que a queima é uma
reação química com oxigênio, superando a antiga Teoria do Flogisto, então
amplamente usada nas explicações sobre transformações químicas. O trabalho de
Lavoisier, em especial o episódio da descoberta do oxigênio, gerou uma crise a
respeito das explicações de fenômenos como combustão, calcinação e respiração. A
superação da ideia do flogisto e o esclarecimento da combustão, por Lavoisier,
trouxeram novos direcionamentos para as investigações sobre a natureza das
substâncias.
Lavoisier desenvolveu estudo teórico sobre a melhor maneira de iluminar as
ruas parisienses, estudou os problemas da adulteração de alimentos, investigou o
mecanismo de funcionamento das tinturas, pesquisou como os metais enferrujam e
como a água pode ser armazenada a bordo dos navios em viagens longas. Também
produziu explosivos para o governo francês, o que foi importante devido às guerras
e conflitos vividos naquele período histórico.
Outros feitos trouxeram inúmeros avanços para a incipiente indústria química da
época, especialmente a da Inglaterra, entre eles: a solução para problemas das
indústrias de tecido (Bertholet), a construção de torres para fabricação contínua de
ácido sulfúrico (Gay-Lussac), os estudos sobre corantes e modificação substancial
dos processos na indústria têxtil (Henry Perkins), o que era de fundamental
importância política e econômica para a Inglaterra.
No século XIX, finalmente a ciência moderna se consolidou. John Dalton
apresentou sua teoria atômica em uma série de conferências realizadas na Royal
Institution de Londres. Baseado em muitas medidas das quantidades das massas
dos elementos químicos que se combinavam para formar compostos, Dalton
configurou um modelo para o átomo semelhante a pequenas partículas esféricas
maciças e indivisíveis. Diferentemente dos filósofos Demócrito e Leucipo, que
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somente pensaram na divisão da matéria em pequenos pedaços até a menor
unidade, Dalton avançou e elaborou sua hipótese atômica com base em dados
experimentais.
Em 1828, Friedrich Wöhler sintetizou a ureia, uma substância orgânica a partir de
um composto inorgânico. Dessa síntese, que supera a Teoria da Força Vital, os
cientistas passaram a preparar compostos orgânicos em laboratório.
Em 1860, foi realizado o primeiro Congresso Mundial de Química, em Karlsruhe,
no território da atual Alemanha. A partir de uma proposta de Friedrich August
Kekulé, apoiado por Charles Adolphe Wurtz, 140 eminentes químicos se reuniram
para discutir os conceitos de átomo, molécula, equivalente, atomicidade e
basicidade. Nessa ocasião, Stanislao Cannizzaro apresentou um artigo que
diferenciava átomo de molécula a partir de uma leitura da hipótese de Avogadro.
Como consequência, vários químicos tentaram organizar e sistematizar os
elementos químicos, dentre eles, destacaram-se Julius Lothar Meyer e Dimitri
Ivanovitch Mendeleev. Esse último organizou uma classificação dos elementos
químicos seguindo o mesmo princípio da periodicidade de propriedades em função
dos pesos atômicos.
Mendeleev, porém, chegou a um grau de precisão científica que seus
contemporâneos não atingiram e talvez por isso a “lei periódica das propriedades
dos elementos” e a respectiva tabela ficaram indelevelmente ligados a seu nome.
A surpreendente exatidão da tabela de Mendeleev dos nossos dias, o que
para nós é algo habitual, esconde o intenso esforço do cientista para compreender
tudo o que já era conhecido no seu tempo acerca das transformações da matéria.
Foi graças a este gigantesco trabalho que a grandiosa e intuitiva hipótese acerca da
existência da lei da periodicidade das propriedades dos elementos químicos se
tornou numa realidade (BELTRAN & CISCATO 1991, p. 133).
Os interesses da indústria da segunda metade do século XIX impulsionaram
pesquisas e descobertas sobre o conhecimento químico; dentre eles, os avanços da
eletricidade trouxeram significativas contribuições, como o conceito de eletrólise e as
propostas de modelos atômicos que contribuíram para o esclarecimento da estrutura
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da matéria. Outros avanços referem-se à criação do primeiro plástico artificial, o
celulóide, em 1869, por John Hyatt, bem como o rayon, a primeira fibra artificial,
patenteada por Luis Marie Chardonnet.
Tais descobertas originaram-se essencialmente nas indústrias e não nas
instituições de pesquisa e ensino, como se poderia supor. Isso porque os setores de
produção industrial e de produção científica não apresentavam interesses em
comum com o Estado. As ciências esforçavam-se na resolução de problemas
ligados à produção, e dessa forma, os avanços mais expressivos se deram na
Química, que era a ciência intimamente ligada à prática de oficina e interesses da
indústria (HOBSBAWM, 1982, p. 34).
No final do século XIX, com o surgimento dos laboratórios de pesquisa, a
Química se consolidou como a principal disciplina associada aos efetivos resultados
na indústria. A produção de conhecimentos, na Alemanha, Estado Nação recém-
unificado, se dava pelas instituições científicas e pela indústria, em busca de
desenvolvimento econômico e científico e de reorganização territorial
(BRAVERMAN,1987). O exemplo alemão do investimento em pesquisas, seguido
por outras nações, alavancou ainda mais o desenvolvimento da Química.
No século XX, a Química e todas as outras Ciências Naturais tiveram um grande
desenvolvimento, em especial nos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. Esses
países destacaram-se no desenvolvimento da Ciência, no intuito de estabelecer e,
posteriormente, manter influência científica que pudesse garantir diferentes formas
de poder e controle bélico mundial, essenciais nas tensões vividas no século XX.
Vários foram os investimentos desses países em áreas como: obtenção de
medicamentos, indústria bélica, estudos nucleares, estrutura atômica e formação
das moléculas, mecânica quântica, dentre outras que estreitaram as relações entre a
ciência e a indústria.
Esse estreitamento gerado por interesses econômicos e pelas instâncias do
poder resultou, entre outros fatores, na eclosão das duas guerras mundiais do
século XX e no estabelecimento de discussões a respeito da ética na ciência e de
seus impactos na sociedade. Passou-se a questionar a utilização do saber científico
tanto para o progresso da humanidade quanto para seu possível aniquilamento.
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Depois da Segunda Guerra Mundial, as pesquisas sobre o átomo
desenvolveram-se ainda mais. O bombardeio de núcleos com partículas aceleradas
conduziu à produção de novos elementos químicos, bem como o desenvolvimento
de diferentes materiais, como, por exemplo, cerâmicas, ligas metálicas e
semicondutores. Isso ocorre em função do advento da mecânica quântica, que
resultou nas bombas atômicas lançadas no Japão no final da Segunda Guerra, o
que marcou a busca de armamentos nucleares em diversos países, como forma de
proteção territorial e preparo para outras possíveis guerras. Nesse contexto, as
pesquisas em Química se destacam, avolumando-se em centros de investigação
particulares e em universidades de todo o mundo, contribuindo para a descoberta de
inúmeros conhecimentos que interferem no desenvolvimento científico e, em muitos
casos, na vida do planeta.
Dentre as descobertas e avanços científicos, nas últimas quatro décadas do
século XX passou-se a conviver com a crescente miniaturização dos sistemas de
computação, com o aumento de sua eficiência e ampliação do seu uso, o que
constitui uma era de transformações nas ciências que vêm modificando a maneira
de se viver. Esse período, marcado pela: descoberta de novos materiais, engenharia
genética, exploração da biodiversidade, obtenção de diferentes combustíveis, pelos
estudos espaciais e pela farmacologia; marca o processo de consolidação científica,
com destaque à Química, que participa das diferentes áreas das ciências e colabora
no estabelecimento de uma cultura científica, cada vez mais arraigada no
capitalismo e presente na sociedade, e, por conseguinte, na escola.
FUNDAMENTOS TEÓRICO–METODOLÓGICOS
Para iniciar a discussão sobre os fundamentos teórico-metodológicos do ensino
de Química na Educação Básica faz-se necessário considerar algumas questões
mais amplas que afetam diretamente os saberes relacionados a esse campo do
conhecimento.
Destaca-se que o conhecimento químico, assim como todos os demais saberes, não
é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação. Esse
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processo de elaboração e transformação do conhecimento ocorre em função das
necessidades humanas, uma vez que a ciência é construída por homens e
mulheres, portanto, falível e inseparável dos processos sociais, políticos e
econômicos. “A ciência já não é mais considerada objetiva nem neutra, mas
preparada e orientada por teorias e/ou modelos que, por serem construções
humanas com propósitos explicativos e previstos, são provisórios” (CHASSOT,
1995, p. 68).
O desenvolvimento da sociedade no contexto capitalista passou a exigir das
ciências respostas precisas e específicas a suas demandas econômicas, sociais,
políticas, etc. A partir das décadas de 1960 e 1970, o processo de industrialização
brasileiro influenciou a formação de cursos profissionalizantes com métodos que
privilegiavam a memorização de fórmulas, a nomenclatura, as classificações dos
compostos químicos, as operações matemáticas e a resolução de problemas.
Tais cursos baseavam-se na pedagogia tradicional que, além do mais, confundia
conceitos com definições. Para um melhor entendimento de parte dessa afirmação,
Mortimer (2000) lembra que, muitas vezes, ao ensinar densidade, usa-se a
expressão matemática d = m/v. O aluno calcula o valor da massa, do volume e da
densidade facilmente, porém muitas vezes quando solicitado que explique o
funcionamento dos densímetros nos postos de gasolina, não relaciona o que
estudou na aula de Química com o que vê no dia-a-dia. “[...] Na verdade esse aluno
não aprendeu um conceito, mas apenas sua definição” (MORTIMER, 2000, p. 274).
Observa-se que o aluno apenas memoriza a definição matemática do conceito,
mas não o compreende, pois isso ocorre principalmente quando o entendimento e
aplicação de um conceito químico são relacionados à compreensão de outros já
conhecidos. Qual seria, então, a concepção de ensino de Química que superaria as
abordagens tradicionais do objeto de estudo da disciplina?
Acredita-se numa abordagem de ensino de Química voltada à construção e
reconstrução de significados dos conceitos científicos nas atividades em sala de
aula (MALDANER, 2003, p. 144). O ensino de Química, na perspectiva conceitual,
retoma a cada passo o conceito estudado, na intenção de construí-lo com a ajuda de
outros conceitos envolvidos, dando-lhe significado em diferentes contextos.
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Isso ocorre por meio da inserção do aluno na cultura científica, seja no
desenvolvimento de práticas experimentais, na análise de situações cotidianas, e
ainda na busca de relações da Química com a sociedade e a tecnologia. Isso implica
compreender o conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito
dos conceitos de Química.
Nestas Diretrizes, propõe-se que a compreensão e a apropriação do
conhecimento químico aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de
estudo da Química: as substâncias e os materiais. Esse processo deve ser
planejado, organizado e dirigido pelo professor numa relação dialógica, em que a
aprendizagem dos conceitos químicos constitua apropriação de parte do
conhecimento científico, o qual, segundo Oliveira (2001), deve contribuir para a
formação de sujeitos que compreendam e questionem a ciência do seu tempo. Para
alcançar tal finalidade, uma proposta metodológica é a aproximação do aprendiz
com o objeto de estudo químico, via experimentação.
No ensino tradicional, a atividade experimental ilustra a teoria, que serve para
verificar conhecimentos e motivar os alunos. As aulas de laboratório seguem
procedimentos como se fossem receitas que não podem dar errado, isto é, obter um
resultado diferente do previsto na teoria.
Na abordagem conceitual do conteúdo químico, considera-se que a
experimentação favorece a apropriação efetiva do conceito e “o importante é a
reflexão advinda das situações nas quais o professor integra o trabalho prático na
sua argumentação” (AXT, 1991, p. 81). Na proposta de Axt, a experimentação deve
ser uma forma de problematizar a construção dos conceitos químicos, sendo ponto
de partida para que os alunos construam sua própria explicação das situações
observadas por meio da prática experimental.
Desse modo, os aprendizes são levados a desenvolver uma explicação provável
que se aproximada dos conceitos e teorias científicas pelos docentes, permite uma
melhor compreensão da cultura e prática científica na reflexão de como são
construídos e validados os conceitos cientificamente aceitos. Isso possibilita aos
alunos uma participação mais efetiva no processo de sua aprendizagem, rompendo
com a ideia tradicional dos procedimentos experimentais como receitas que devem
ser seguidas e que não admitem o improviso, a modificação e as explicações
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prováveis do fenômeno estudado. Para tanto é necessário que a atividade
experimental seja problematizadora do processo ensino-aprendizagem, sendo
apresentada antes da construção da teoria nas aulas de ciências, e não como
ilustrativo dos conceitos já expostos (forma tradicional da abordagem experimental).
Esses fundamentos buscam dar sentido aos conceitos químicos, de modo que se
torna muito importante a experimentação na atividade pedagógica. Entretanto, não
são necessários materiais laboratoriais específicos.
A importância da abordagem experimental está no seu papel investigativo e
na sua função pedagógica de auxiliar o aluno na explicitação, problematização,
discussão, enfim, na significação dos conceitos químicos. Diferentemente do que
muitos possam pensar, não é preciso haver laboratórios sofisticados, nem ênfase
exagerada no manuseio de instrumentos para a compreensão dos conceitos. O
experimento deve ser parte do contexto de sala de aula e seu encaminhamento não
pode separar a teoria da prática, num processo pedagógico em que os alunos se
relacionem com os fenômenos vinculados aos conceitos químicos a serem formados
e significados na aula (NANNI, 2004).
Outra questão relacionada ao ensino de Química é a valorização do formalismo
matemático no ensino de determinados conteúdos. Por exemplo, no ensino de
concentração das soluções, na maioria das vezes, privilegia-se o trabalho com as
unidades de concentração das soluções nas suas diversas formas – molaridade,
título, concentração comum, molalidade entre outras, o que dificulta a compreensão
do significado das concentrações das soluções no contexto social em que os seus
valores são aplicados. Sem dúvida, os números, os resultados quantitativos
subsidiam a construção do conceito químico de concentração e, portanto, são
ferramentas necessárias para o entendimento deste conceito. Sendo assim, a
explicação das concentrações de medicamentos, das substâncias dissolvidas nas
águas dos lagos, rios e mares, das substâncias presentes no cotidiano e das
soluções utilizadas nas indústrias pode ser mais bem compreendido se estiver
atrelado à linguagem matemática
Outro cuidado a ser tomado no ensino de Química é evitar a ênfase no estudo
das soluções esquecendo outros tipos de dispersões. As suspensões e as
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dispersões coloidais, por exemplo, constituem um importante escopo de saberes a
serem explorados no meio em que os alunos vivem, pois nesse conteúdo estuda-se:
poluição das águas, sangue, características do leite, os particulados na atmosfera,
entre outros. Tais conteúdos devem compor os currículos escolares de química
qualitativamente, como forma de explorar o meio em que estão inseridos os
aprendizes.
Nestas diretrizes, propõe-se um trabalho pedagógico com o conhecimento
químico que propicie ao aluno compreender os conceitos científicos para entender
algumas dinâmicas do mundo e mudar sua atitude em relação a ele. Por exemplo,
numa situação cotidiana, faz sentido para todas as pessoas separar os resíduos
orgânicos dos inorgânicos? Para alguém que tenha estudado e compreendido
plásticos – resíduos orgânicos – a resposta é sim. Provavelmente essa pessoa terá
mais critérios ao descartar esse material, pois sabe que o tempo de sua degradação
na natureza é longo. Então, conhecer quimicamente o processo de reciclagem e re-
aproveitamento pode contribuir para ações de manuseio correto desses materiais.
Isso não significa que as pessoas que desconhecem tais processos e os conceitos
científicos sejam incapazes de compreender a importância de separar e dar o
destino adequado a resíduos orgânicos e inorgânicos. Porém, o ensino de Química
pode contribuir para uma atitude mais consciente diante dessas questões.
Cabe ao professor criar situações de aprendizagem de modo que o aluno pense
mais criticamente sobre o mundo, sobre as razões dos problemas ambientais.
Conteúdos por série/ano
1º Ano
* Matéria e sua natureza
MATÉRIA
• Constituição da matéria;
• Estados de agregação;
• Natureza elétrica da matéria;
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• Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...).
• Estudo dos metais.
• Tabela Periódica.
SOLUÇÃO
• Substância: simples e composta;
• Misturas;
• Métodos de separação;
• Solubilidade;
• Concentração;
• Forças intermoleculares;
• Temperatura e pressão;
• Densidade;
• Dispersão e suspensão;
• Tabela Periódica.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
• A abordagem teórico-metodológica mobilizará para o estudo da Química presente
no cotidiano dos alunos, evitando que ela se constitua meramente em uma
descrição dos fenômenos, repetição de fórmulas, números e unidades de medida.
• Sendo assim, quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do
conteúdo estruturante Biogeoquímica, é preciso relacioná-lo com a atmosfera,
hidrosfera e litosfera. Quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do
conteúdo estruturante Química Sintética, o foco será a produção de novos materiais
e transformação de outros, na formação de compostos artificiais. Os conteúdos
químicos serão explorados na perspectiva do Conteúdo Estruturante Matéria e sua
Natureza por meio de modelos ou representações. E é imprescindível fazer a
relação do modelo que representa a estrutura microscópica da matéria com o seu
comportamento macroscópico.
AVALIAÇÃO
Espera-se que o aluno:
• Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da
Química;
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• Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;
• Problematize a construção dos conceitos químicos;
• Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela
produção do conhecimento químico.
• Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre
modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria;
2º Ano
* Biogeoquímica
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
• Reações químicas;
• Lei das reações químicas;
• Representação das reações químicas;
• Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natureza dos
reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão)
• Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato,
temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores);
• Lei da velocidade das reações químicas;
• Tabela Periódica.
*Química sintética
EQUILÍBRIO QUÍMICO
• Reações químicas reversíveis;
• Concentração;
• Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio);
• Deslocamento de equilíbrio (príncipio de Le Chatelier): concentração, pressão,
temperatura e efeito dos catalizadores;
• Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks ).
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• Tabela Periódica
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
• Para os conteúdos estruturantes Biogeoquímica e Química Sintética, a
significação dos conceitos ocorrerá por meio das abordagens histórica, sociológica,
ambiental, representacional e experimental a partir dos conteúdos químicos. Porém,
para o conteúdo estruturante Matéria e sua Natureza, tais abordagens são limitadas.
Os fenômenos químicos, na perspectiva desse conteúdo estruturante, podem ser
amplamente explorados por meio das suas representações, como as fórmulas
químicas e modelos.
AVALIAÇÃO
• Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo
básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade,
concentração, forças intermoleculares, etc;
• Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas,
representações, condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade,
inibidores;
• Compreenda o conceito de equilibro químico, a partir dos conteúdos específicos:
concentração, relações matemática e o equilíbrio químico, deslocamento de
equilíbrio, concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores, equilíbrio
químico em meio aquoso;
3º Ano
*Matéria e sua natureza
*Biogeoquímica
*Química sintética
LIGAÇÃO QUÍMICA
• Tabela periódica;
• Propriedade dos materiais;
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• Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais;
• Solubilidade e as ligações químicas;
• Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares;
• Ligações de Hidrogênio;
• Ligação metálica (elétrons semi-livres)
• Ligações sigma e pi;
• Ligações polares e apolares;
• Alotropia.
REAÇÕES QUÍMICAS
• Reações de Oxi-redução
• Reações exotérmicas e endotérmicas;
• Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas;
• Variação de entalpia;
• Calorias;
• Equações termoquímicas;
• Princípios da termodinâmica;
• Lei de Hess;
• Entropia e energia livre;
• Calorimetria;
• Tabela Periódica.
RADIOATIVIDADE
• Modelos Atômicos (Rutherford);
• Elementos químicos (radioativos);
• Tabela Periódica;
• Reações químicas;
• Velocidades das reações;
• Emissões radioativas;
• Leis da radioatividade;
• Cinética das reações químicas;
• Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear);
GASES
• Estados físicos da matéria;
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• Tabela periódica;
• Propriedades dos gases (densidade/ difusão e efusão, pressão x
temperatura,pressão x volume e temperatura x volume);
• Modelo de partículas para os materiais gasosos;
• Misturas gasosas;
• Diferença entre gás e vapor;
• Leis dos gases
FUNÇÕES QUÍMICAS
• Funções Orgânicas
• Funções Inorgânicas
• Tabela Periódica
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
• O conteúdo básico Funções Químicas não deve ser apenas explorado
descritivamente ou classificatoriamente. Este conteúdo básico deve ser explorado de
maneira relacional, por que o comportamento das espécies químicas é sempre
relativo à outra espécie com a qual a interação é estabelecida.
AVALIAÇÃO
• Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o núcleo
de um átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste conteúdo
básico;
• Entenda as reações químicas como transformações da matéria a nível
microscópico, associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo
básico;
• Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem
na natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse conteúdo básico;
• Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades dos
gases, modelo de partículas e as leis dos gases;
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• Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra
espécie com a qual estabelece interação.
Referências Bibliográficas
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Ensino.
Departamento de Ensino de Segundo grau. Reestruturação do ensino de 2º grau
– química. Curitiba: SEED/DESG, 1993.
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escolares. In: Santos, E. H. ; Gonçalves, L. A. O. (org.). Currículo e Políticas
Públicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
ROSITO, B. A . O ensino de ciências e a experimentação. In Construtivismo e
ensino de ciências: reflexões epistemológicas e metodológicas. 2.ed. Porto Alegre:
EDIPUCRS, 2003.
CARVALHO, Geraldo Camargo de. Química de olho no mundo do trabalho.
Scipione, 2003.
MASTERTON, William.; SLOWINSKI, Emil J. et al. Princípios da Química. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1990.
FELTRE, Ricardo. Química Geral. v.1.São Paulo: Moderna, 1996,
LEMBO, Antonio. Química – Realidade e Contexto. São Paulo: Ática, 2004, v.1,2,3.
35
16.11 Proposta Curricular de Sociologia
Apresentação
Em meados do século XIX, muitos pensadores e cientistas investigam a
necessidade da institucionalização de uma ciência voltada aos estudos,
investigações e observações dos homens em suas interações sociais, ou seja, como
o indivíduo atua no meio onde vive. Para tanto, é fundamental o esclarecimento de
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conceitos específicos que revelam a importância de uma ciência que não apresente
semelhanças com outras, como a psicologia, a economia, a Física, etc. Enfim, o
caráter científico se dá com a definição de um objeto de estudo e os métodos
utilizados para explicar sua relevância. Mas, a sociologia não foi criada porque
alguns intelectuais desejavam institucionalizar uma ciência. Ela apresentou
especificidades até então incabíveis às análises já existentes, pois define
fenômenos, fatos, acontecimentos sociais que abrangiam sujeitos, e não mais o
indivíduo da Psicologia; adequado num contexto histórico específico – as
transformações ocorridas no mundo do trabalho, oriundas da Revolução Industrial.
Sem dúvida, tais preocupações geraram contradições e conflitos científicos. Estará a
Sociologia no ramo das Ciências Naturais? É possível determinar com exatidão fatos
e suas consequências? Antes mesmo da ciência, que estudaria fenômenos na
sociedade, ganhar um nome, o pensador clássico August Comte (1798 – 1857) se
referiu a uma
física-social, devido à possibilidade de observação e experimentação. A posterior
“Sociologia” se aproximava, então, das Ciências Naturais. Isto porque, para Comte,
ela se encontra no estágio positivo da evolução do pensamento, que passara pelo
teológico e metafísico. A preocupação dos estudos se voltava a problemas, crises na
sociedade, e foi Durkheim (1858 – 1917) quem apresentou um estudo voltado à
observação e análises de um FATO SOCIAL, iconizado no problema do suicídio.
Daí, todo um corpo de conceitos vai moldar o que veio a se chamar POSITIVISMO,
com o objetivo de remediar ANOMIAS sociais. Tanto Comte quanto Durkheim vão
dar fundamental importância à educação como um mecanismo de adequação de
indivíduos na sociedade. O marco acaba sendo representado por Durkheim com seu
ingresso na universidade de Boudeaux, em 1887. e no Brasil, em 1870, já sugeriam
a introdução da Sociologia nos currículos oficiais, pelo conselheiro Rui Barbosa, em
substituição do Direito Natural que trazia o pensamento dos jusnaturalistas
dos séculos XVII e XVIII. Porém, somente em 1810 passa à obrigatoriedade no
Ensino Secundário, quando houve a reforma do mesmo com Benjamin Constant, no
então primeiro governo republicano. Neste período, a Sociologia se aproximava dos
estudos sobre moral. A partir de então, a disciplina passa ocupar os currículos no
ensino superior também, e é ministrada por advogados, médicos e militares, ora com
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objetivo de transformar os homens e os seus interesses, ora para conservar os
mesmos. Além da escola secundária, a Sociologia passará a integrar o currículo da
Escola Normal Preparatória, entre 1925 e 1942, com a Reforma Rocha Vaz e a
atuação de Francisco Campos. Apesar dos avanços consideráveis no papel da
Sociologia no Brasil, já em 1961 se inicia um desmantelamento do seu papel, que se
torna optativa ou facultativa ao ensino secundário – já chamado colegial – com a
aprovação da primeira Lei de Diretrizes e Base – LDB de nº4.024. isto porque, passa
a haver uma crescente preocupação com o caráter técnico na profissionalização dos
alunos nos mais variados níveis de ensino.
O paradigma do direito natural que acompanhou a Modernidade foi a base
doutrinária das revoluções burguesas baseadas no individualismo moderno. O
Jusnaturalismo foi, sem dúvida, a doutrina jurídica por detrás dos direitos do homem
proclamados pelas Revoluções Francesa e Americana. O ser humano passava a ser
visto como portador de direitos universais que antecediam a instituição do Estado.
(...) O jusnaturalismo moderno, elaborado nos séculos XVII e XVIII, reflete o
deslocamento do objeto do pensamento da natureza para o homem, característico
da modernidade. O direito natural, como direito da razão, é a fonte de todo o direito.
Direitos inatos, estados de natureza e contrato social foram conceitos que
permitiram elaborar uma Doutrina do Direito e do Estado a partir da concepção
individualista de sociedade e da história, características do mundo moderno e que
encontrou seu apogeu no Iluminismo.
Nos anos 70, com o período ditatorial, a Sociologia será banida e reprimida as mais
variadas vertentes de investigações, sendo substituída, legitimamente, por
Educação Moral e Cívica, OSPB (Organização Social dos Problemas Brasileiros) e
Ensino Religioso com objetivos claros: moralização e disciplina. Somente na década
de 1980, devido à queda na demanda de técnicos para o trabalho – nitidamente, em
São Paulo – é recomendada a inserção não somente da Sociologia, mas também da
Filosofia e da Psicologia. Iniciam – se então, pesquisas voltadas à elaboração de
propostas curriculares para estas disciplinas, assim como de livros didáticos
públicos. Percebe – se que não é dada à Sociologia tamanha importância quando os
interesses, econômicos e político, se restringem ao tecnicismo. Daí, o caráter
positivista se expressa mesmo historicamente, como se a disciplina fosse auxiliar na
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“cura” dos problemas sociais. E, concomitantemente, a Sociologia vai sendo
“utilizada” conforme o interesse político educacional. A LDB nº 9.394/96, por
exemplo, determina a obrigatoriedade da disciplina, porém, interpretará como
auxiliar interdisciplinar para as Ciências Humanas. Apenas alguns estados
brasileiros determinarão no currículo do Ensino Médio sua obrigatoriedade. Em
1997, o deputado padre Roque (PT/PR) altera o artigo que possibilita outras
interpretações e define a obrigatoriedade das disciplinas Sociologia e Filosofia. A lei
apenas permanece tramitando no congresso e será vetada pelo então presidente,
sociólogo, Fernando Henrique Cardoso, em 08 de outubro de 2001, após já
aprovada pelos congressistas. Inicia – se uma luta pelo Sindicato dos Sociólogos do
Estado de São Paulo (Sinsesp), diretamente, intervindo junto ao MEC (Ministério da
Educação). Somente no final de 2005, a Câmara do Ensino Básico constrói parecer,
com base na mesma LDB de 1996, que reclama uma nova realidade nas escolas
médias. A partir de então, passa haver a coleta de assinaturas das mais variadas
entidades nacionais. E muitos mais desafios serão enfrentados pelos professores de
Sociologia e, também, de Filosofia, desde a formação até a preparação e elaboração
dos conteúdos, “a falta de tradição da disciplina dificulta seu espaço nas grades
curriculares, a carência de materiais didáticos adequados limita o ensino aos alunos
de Ensino Médio, a carência de pesquisa e metodologias para esse nível e
modalidade de ensino implica, de algum modo, a reprodução de métodos do ensino
superior.” (p. 19. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do
Estado do Paraná - SEED).Devido aos fatos recentes, explicitados acima, não foi
produzido na Sociologia efetivo conteúdo curricular, suas metodologias e recursos
de ensino. Em suma, não possuímos uma tradição de ensino na área. E devemos
estar atentos, criticamente, à pré – determinações que se dá à disciplina como
sendo responsável pela formação de jovens, principalmente, se tratando de
questões políticas como a cidadania. Sem falar na vinculação da Sociologia nos
períodos democráticos. A disciplina tanto pode assumir análises conservadoras
(lembrando a Moral e Cívica) ou transformadoras. E, como foi dito sobre o caráter
positivista, a prática do ensino pode adaptar os objetivos político – econômicos de
períodos específicos, legitimando interesses classistas. Em suma, o que a disciplina
deve propor é a desnaturalização de discursos das mais variados matizes
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ideológicas. Deverá o aluno estar preparado para reconhecer os posicionamentos
ideológicos, assim como seus objetivos e suas manipulações. E isto está também
voltado à Filosofia e às outras ciências, tanto naturais quanto humanas, já que o
sujeito precisa duvidar, estranhar, estar curioso para compreender todo e qualquer
fenômeno, aparentemente, natural, óbvio. Para tanto, a problematização, tão
conhecida nos meios pedagógicos, auxiliará na atividade de formulações de
questões, com uso de termos que fazem parte do vocabulário dos alunos. É o que
se chama mediação. O professor precisa buscar estratégias de ensino adequadas
aos jovens e não focar no caráter, puramente, científico da Sociologia. Para
apresentar temas, mesmo que sejam relevantes aos alunos, é preciso atrair a
atenção, despertar a curiosidade. Muito mais dificuldades se têm neste estado atual
do comportamento das pessoas, onde a complexidade é ainda maior, tanto nas
estruturas sociais, quanto nas políticas. Por isso, se está buscando propostas que
implementem a disciplina no Ensino Médio, já sem o apoio de uma tradição que
resgataria experiências.
Objetivos
Aguçar o senso crítico do educando, afim de que este possa se apropriar dos
elementos necessários (conceitos, métodos e práticas sociológicas) para que haja
uma substancial e qualitativa mudança na leitura do mundo que lhe permita perceber
a realidade social, não como algo estanque, mas como um processo dinâmico, onde
“... o homem, ao transformá-lo, transforma a base material da reprodução da vida
humana e a si mesmo”. E neste processo, se perceba e se assuma como agente da
transformação da realidade social.
Conteúdos Estruturantes
A relação dos itens programáticos compõe temas fundamentais, porém, dificilmente
trabalháveis na íntegra devido à carga horária. Daí, ser bem sucedido o professor
que seleciona um tema conforme a realidade dos alunos, da comunidade onde
vivem, do trabalho que executam. Enfim, é possível relacionar cada um dos temas
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com os interesses dos alunos. E interconectar o trabalho de um tema com teorias e
conceitos sociológicos, ambos em seu contexto histórico, continuamente,
esclarecendo a diversidade de construções do pensamento, suas explicações e
pontos de vista.
-Construção do conhecimento
-Senso comum e conhecimento científico
-Ciências sociais e a definição de Sociologia
-Reflexão sobre problemas sociais
-Instituições Sociais
-Socialização
-Funções sociais
-Papéis Sociais
-Interação
-Cultura
-Cultural x Natural
-Antropologia
-Diversidades culturais: igualdade x diferenças
-Cultura popular
-Cultura do consumo: indústria de consumo
-Manifestações culturais (folclore, valores, arte)
-Trabalho/ globalização/ classes sociais
-Histórico das diferentes atividades humanas e a idéia de trabalho
-Sociedade capitalista e forma de trabalho: taylorismo, fordismo e toyotismo.
-Conceito de alienação
-Sociedade globalizada: novas relações de produção e suas consequências.
-Desemprego e exigências profissionais.
-Características econômicas, políticas e culturais.
-Exclusão social.
-Nova ordem mundial e Brasil.
-Brasil: ícone das desigualdades.
-Cotidiano e qualidade de vida.
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-Poder, política e ideologia.
-Conceitos: política, poder e autoridade.
-Funcionamento do Estado no Brasil – poderes.
-Democracia: formas diretas e indiretas de participação.
-Movimentos Sociais
-Históricos e características
-Análises sociológicas dos principais movimentos sociais do país.
-Cidadania, educação e participação.
Metodologia
O ensino de Sociologia deve estar associado aos eixos “natureza, espaço, cultura e
tempo”, em que priorize o trabalho do homem, que produz seu modo de vida, no
tempo e no espaço, a partir de suas relações com outros homens. Nessa disciplina o
professor deve ser o mediador entre o conhecimento que o aluno traz, sua vivência,
e o conhecimento formal, onde a compreensão dos conceitos seja dominada. Assim,
o trabalho a ser desenvolvido deve ser variado incluindo pesquisas de campo,
bibliográficas, desenvolvimento de projetos interdisciplinar, além de momentos em
que os assuntos são expostos pelo professor como momento de diálogo em que o
aluno passa a expor suas ideias. Também, atividades em que envolvam debates e
análises de situações do cotidiano, permeado por leituras específicas de Sociologia
para a compreensão da realidade social. O trabalho de pesquisa de campo
vinculado ao desenvolvimento e domínio de conceitos característicos da disciplina
serve como ocasião em que os alunos poderão analisar e interpretar a realidade
comparando com o conhecimento teórico e tomar uma posição mais crítica.
Também os projetos, que a partir de um problema presente no cotidiano, os alunos
busquem formas de resolvê-lo, proporcionando o desenvolvimento de habilidades
para a mudança de atitude frente às situações, colocando – os como agentes no
processo de aprendizagem. Essa forma de trabalho constantemente pode envolver
os conhecimentos de outras disciplinas, como a História, a Geografia e a Filosofia.
No trabalho pode – se usar recursos visuais para enriquecer os momentos de
análise e reflexão dos assuntos desenvolvidos, além de sintetizar e caracterizar as
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relações sociais, extraindo o saber, o pensar e o agir sobre o meio, para se atingir
um nível de compreensão mais organizado, com uma consciência política mais
apurada frente às necessidades sociais.
Avaliação
A avaliação é um processo que deve ser contínuo, a fim de acompanhar o
desenvolvimento dos alunos. A avaliação também deve ser analisada incluindo
situações em que professor possa observar o desenvolvimento dos alunos, podendo
ser nos trabalhos em grupos, nas participações das atividades, na exposição de
argumentos, nos debates, além da utilização de instrumentos avaliativos mais
formais como os testes escritos. Nesse aspecto, pode – se destacar as atividades
em que dadas às situações os alunos possam expor seus raciocínios e poder de
argumentação, sendo isto, a fonte para o professor analisar se seus objetivos estão
sendo alcançados quanto à questão de reflexão crítica, bem como, uma
oportunidade para que ele reveja seu trabalho, mudando sua metodologia quando
houver necessidades.
Referências Bibliográficas
ARCO VERDE. Yvelise Freitas de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares.
SEED – PR, 2006 MEC. Conhecimentos de Sociologia. In: Ciências Humanas e
suas Tecnologias: orientações curriculares para o ensino médio; vol. 3.
MORAES, Amaury César; GUIMARÃES, Elisabeth da Fonseca; TOMAZI, Nelson
Dacio (consultores). Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação
Basca, 2006.PARANÁ. Identidade no Ensino Médio. SEED, 2006.
_________Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio. SEED, 2006.
SCURO, Pedro. Sociologia: Ativa e Didática. São Paulo: Saraiva, 2004.
TOMAZI, Nelson Dacio. Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual, 2000.
DURKHEIM. E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
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OLIVEIRA. Pérsio Santos De. Introdução à Sociologia . São Paulo: Ática, 2004.
TORRE. M. B. L. DELLA. O Homem e a Sociedade - Uma Introdução à Sociedade:
Companhia Editora Nacional. São Paulo. 1977.
VIEIRA. Liszt. Direito, Cidadania, Democracia: Uma Reflexão Crítica. In: Revista
Direito Estado e Sociedade (periódico semestral). Visitado em 01/09/2006.
http://www.pucrio.br/sobrepuc/depto/direito/revista/online/rev09_liszt.htm
16.12 Proposta Curricular de Língua Estrangeira Moderna – Inglês
Ementa
Perceber a língua como constituindo o mundo do indivíduo, e não como um meio
transparente e neutro de dar nomes aos fenômenos que percebemos no mundo. Ela
se apresenta como espaço de construções discursivas, de produção de sentidos
indissociável dos contextos em que ela adquire sua materialidade, inseparável das
comunidades interpretativas que a constroem e são construídas por ela. A língua
adquire uma carga intensa, e passa a ser vista como um fenômeno carregado de
significados culturalmente marcados. Repleta de sentidos a ela conferidos por
nossas culturas, nossas sociedades, a língua organiza e determina as possibilidades
de percepção do mundo e estabelece entretenimentos possíveis. Em outras
palavras, a língua é aqui concebida como discurso, não como estrutura. É na língua
(e não através dela) que se percebe e se entende a realidade e, portanto, a
percepção do mundo está intimamente ligada às línguas que se conhece. A LEM
apresenta-se como um espaço para ampliar o contato com outras formas de
conhecer, com outros procedimentos de construção da realidade, possibilitando
maneiras diferentes de produzir sentidos e de se perceber no mundo. Ensinar e
aprender línguas é também aprender e ensinar percepções de mundo e maneiras de
construir sentidos, é formar sub, independentemente do grau de proficiência
adquirido. Ao aprender uma LEM, aprende-se a perceber as possibilidades de
construção de significados, bem como a elaboração de procedimentos
interpretativos e a construção de sentido do e no mundo. A LEM colabora na
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formação para a cidadania. Isto significa priorizar as questões educacionais sobre as
técnicas instrucionais; significa manter como referência o papel de educadores que
forma subjetividades ao ensinar maneiras de produzir entendimentos da realidade,
de construir significados, de entender o mundo. Há possibilidade de utilizar a LEM
em situações de comunicação, viabilizando a inserção dos educandos na sociedade
como participantes ativos, não limitados a suas comunidades locais, mas capazes
de se relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos. O aprendizado
de uma LEM pode proporcionar consciência sobre o que seja língua e suas
potencialidades na interação humana. Ao utilizar uma LEM na interação com outras
culturas, os educandos podem ser levados à reflexão sobre a língua como artefato
cultural, como um produto que constrói e pode ser construído por determinadas
comunidades que reagem a determinados acontecimentos com bases em histórias e
contextos específicos. Podem reconhecer as implicações da diversidade cultural
construída linguisticamente em diferentes línguas, culturas e modos de pensar,
compreendendo que os significados são social e historicamente construídos e
passíveis de transformação. As LEM são possibilidades de conhecer, expressar e
transformar modos de entender o mundo e de construir significados.
Objetivos
O aprendizado deve dar ao educando subsídios suficientes para que seja capaz de
compreender e se fazer compreendido na LEM, de maneira a vivenciar formas de
comunicação que lhe permitam perceber a importância deste conhecimento. A
aquisição desse conhecimento será viabilizada por:
•Experimentar, na aula de LEM, formas de participação que lhe possibilitem
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas
•Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita
•Compreender que os significados sociais e historicamente construídos são
passíveis de transformação na prática social
•Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade
•Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, constatando seus
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benefícios para o desenvolvimento cultural do país
•Ampliar a visão de mundo do educando, contribuindo para que se torne cidadão
mais crítico e reflexivo
•Compara sua própria língua com a LEM estudada
•Refinar a percepção de sua própria cultura por meio do conhecimento da cultura de
outros povos
•Encorajar o uso da língua em contexto; estimular a socialização dos alunos por
meio da realização de projetos
•Possibilitar o desenvolvimento de espírito crítico, capacidade de análise e noções
de cidadania
•Estabelecer vínculo entre conhecimento e realidade
•Construir noções de solidariedade e cooperação
•Desenvolver curiosidade a respeito do “diferente”
•Reconhecer a existência da pluralidade cultural; descrever as características
peculiares de sua própria cultura
•Estimular a percepção de que regras, normas, datas, etc., variam de um país para
outro
•Incentivar o melhor aproveitamento do tempo através da organização de uma
agenda semanal
•Usar o preparo de uma bagagem de viagem para desenvolver no aluno o senso de
organização e de responsabilidade; levar o aluno a reconhecer num texto em inglês,
informações que ele já possui em língua portuguesa
Conteúdos Por Série/ano
1º Ano
-Apresentações
-Cumprimentos, apresentações e despedidas
-Simple present: affirmative, interrogative, negative, imperative forms (do/does)
-Present continuous – past continuous
-To have, possessive case / possessive pronouns
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-Prepositions: about, to, of, in, on, at, for, before, after, from
-Use of can – do – expressing abilities
-Objects Pronouns / subject pronouns
-Relative pronouns: who, which, what
-Simple past: affirmative, interrogative, negative
-Regular and Irregular verbs (did)
-To be + going to – will – won’t
-Modal verbs: can, could, will, would, shall, should, ought to, have to, must –
affirmative, interrogative, negative
-Phrasal verbs: get back, get off, get on with
-Comparative degree: iguality, inferiority, superiority – use of as… as, not so … as,
less, few more
2º Ano
-Revisão do verbo to be
-Superlative; simple past: interrogative and negative
-Indefinite pronouns: some, any, no, none, every, something, anything, nothing,
somebody, anybody, nobody, no one
-Relative pronouns: who, which
-That: conjunction
-Prepositions: between, among, since, for, in, of, on, by, inside, about, into, out of,
under, over
-False friends: expert / smart, notice / news, faculty / college, retire / take, push / pull,
data / date, sort / luck, large / wide, costume / habit
-Phrasal verbs: look, look at, look after, look for
-Plural of nouns
-Adjectives
-Adverbs
-Simple future / future continuous
-Present perfect / present perfect continuous
-Past perfect / past perfect continuous
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-Modal verbs: may, might, need
-Either – or / neither … nor
-Instead of / in spite of
-Anomalous verbs: used to, to be used to
3º Ano
-Modal verbs – could / would / use of the -ing form / such as yet; should / ought to –
both … both and must
-Present perfect in contrast with simple past
-Indefinite part action: since for…
-Present perfect continuous: almost / nearly, so that, until, once, however, only
-Passive voice: structures
-Past tense / past perfect
-Review activities -
Texts from vestibular
-Since, just, for, already, yet, ever, never
-Possessive pronouns
-Indirect speech (order or request; questions)
-Would rather / had better / so much
-Relative pronouns
-False friends: parents / relatives, intend / pretend, fabric / factory, novel / soap
opera, actual / present, anthem / hino, antenna / antena, ore / gold
Metodologia
A discussão de temáticas fundamentais para o desenvolvimento intercultural,
manifestados por um pensar e agir críticos, por uma prática cidadã imbuída de
respeito à diversidade cultural, de crenças e de valores, apresenta-se o texto como
um princípio gerador de unidades temáticas e de desenvolvimento das práticas
discursivas, pensando que o falante/escritor tem papel ativo na construção do
significado da interação, bem como o seu interlocutor. As reflexões discursivas e
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ideológicas dependem de uma interação primeira com o texto; o professor lê o texto
em voz alto, apontando ora para imagens ou ilustrações, ora para palavras escritas
realizando perguntas aos educandos. Há possibilidades de se fazer discussões orais
sobre sua compreensão, produzir textos orais, escritos e/ou visuais. A utilização de
recursos visuais auxiliará o trabalho pedagógico em sala de aula, uma vez que
auxiliam o educando no processo de inferência sobre o tema e sentidos do texto.
Podem ser: visuais, orais, cognitivos, áudios. O conhecimento linguístico auxilia no
processo ativo de construção de sentidos, relacionando a informação nova ao
conhecimento adquirido ao longo da vida. A leitura é um processo de negociação de
sentidos, de contestação de significados possíveis. A gramática relaciona-se ao
entendimento dos procedimentos para construção de significados na LEM. Os
alunos sujeitos reconhecem que os textos são representações da realidade e que
tais representações são construções sociais, possibilitando-lhes assumir uma
posição mais crítica em relação aos textos. Eles poderão rejeitá-los ou reconstruí-
los, a partir de seus universos de sentidos, os quais lhes atribuem coerência através
da negociação de significados. Além da leitura, produção de textos orais e escritos e
uso de recursos audiovisuais, os encaminhamentos metodológicos da LEM para o
ensino médio, podem ainda receber colaboração nos seguintes pontos:
-Estímulo à elaboração de discurso a respeito dos contextos em que os alunos se
acham inseridos, bem como ao reconhecimento da diversidade e pluralidade cultural
-Ativação de conhecimento e experiência prévia dos alunos
-Participação dos alunos na construção de significados
-Envolvimento dos alunos em atividades de interação com ênfase no processo de
aprendizagem cooperativa
-Atividades que estimulem o aluno a trazer a sua vivência para a sala de aula e a
compartilhá-la com colegas e professores; incentivo ao espírito de solidariedade e
colaboração em diversos momentos, tais como : trabalhos em grupo e em pares,
discussões
-Desenvolvimento das habilidades: listening, speaking, reading, writing –
significativas para os alunos
-Desenvolvimento de estratégias de aprendizagem referentes às quatro habilidades
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acima mencionadas
-Estímulo à realização de tarefas interdisciplinares
Os encaminhamentos metodológicos podem ser auxiliados ao se trabalhar textos
que apresentam um grande número de palavras transparentes é interessante, com
turmas iniciais, pois auxilia o aluno a perceber que é possível ler um texto em LEM
sem muito conhecimento da língua. Outra proposta que auxilia a conscientização da
linguagem é apresentar um texto com cognatos e termos transparentes e outro no
qual os conhecimentos de língua materna não favoreçam a sua conscientização. A
promoção da consciência linguística poderá ser estimulada após a leitura de um
texto com frases complexas, oferecendo aos alunos uma lista de frases e suas
respectivas traduções e pedir que observem como as duas línguas se diferem nos
dois idiomas. O professor, ao trabalhar o texto em seu contexto social de produção,
deve selecionar itens gramaticais que indiquem a estruturação da língua. Numa
perspectiva discursiva, o conhecimento formal de gramática deve ser decorrente de
necessidades específicas dos educandos, a fim de que possam expressar-se ou
construir sentidos com os textos. É necessário que os professores de LEM explorem
com seus alunos os diversos tipos de textos, comparando: as unidades temáticas,
linguísticas e composicionais de um texto com outros textos e construindo a sua
estrutura a partir das reflexões em sala de aula; textos de países que falam o
mesmo idioma estudado na escola e observar aspectos culturais que ambos
veiculam; textos publicados nacional e internacionalmente sobre um mesmo tema e
observar as abordagens de tais publicações e, as estruturas fonéticas, sintáticas e
morfológicas da língua estrangeira estudada com a da língua materna. É importante
destacar que o trabalho com a produção de textos na aula de LEM é um processo
dialógico ininterrupto, no qual se escreve sempre para alguém e de quem se constrói
uma representação. O aluno é agente do processo de ensino e de aprendizagem e
cabe ao professor instigá-lo a buscar respostas e soluções aos seus
questionamentos, necessidades e anseios relacionados à aprendizagem. Com isto a
aula de LEM possibilita aos educandos os conhecimentos dos valores estabelecidos
nas e pelas comunidades de que querem participar. Cabe ainda ao professor
propiciar aos alunos situações de aprendizagem que favoreçam o desenvolvimento
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de um olhar crítico que reflita sobre essas mesmas comunidades, fomentando a
transformação e o alargamento dos procedimentos utilizados para a produção de
sentidos. Cabe ao aluno conhecer e entender a cultura do outro para ter um bom
desempenho ao usar a língua, incluindo reflexões sobre a cultura nativa e a cultura-
alvo. Isto lhe propiciará ir ao encontro de outras línguas e culturas. Daí, espera-se o
surgimento da consciência do lugar que se ocupa no mundo, extrapolando assim o
domínio linguístico que ele próprio possa vir a ter.
Avaliação
Compreende-se a avaliação como instrumento facilitador na busca de orientações e
intervenções pedagógicas, não se atendo apenas ao conteúdo desenvolvido, mas
àqueles vivenciados ao longo do processo, de forma que os objetivos acima
explicitados sejam alcançados. Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos
alunos na construção do significado nas práticas discursivas será a base para o
planejamento das avaliações ao longo do processo de aprendizagem. Caberá ao
professor observar a participação ativa dos alunos, considerando que o engajamento
discursivo na sala de aula se realiza por meio da interação verbal, a partir dos
textos, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos na
turma; interação dos alunos com o material didático; nas conversas em língua
materna e na LEM estudada; e no próprio uso da língua, que funciona como um
recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento dos pensamentos e de ideias. O
aluno envolvido no processo de avaliação é também um construtor do
conhecimento. Ele precisa ter seu esforço reconhecido por meio de ações tais como:
o fornecimento de um retorno sobre seu desempenho e o entendimento do “erro”
como parte integrante da aprendizagem. Há que se considerar ainda na avaliação
processual da prática pedagógica, outras formas de avaliação: diagnóstica e
formativa, articulando-as com os objetivos e conteúdos definidos nas escolas a partir
das concepções e encaminhamentos metodológicos apresentados anteriormente.
Referências Bibliográficas
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Fone-fax: 44-3240-1023 e-mail: [email protected] POLÍTICO PEDAGÓGICO
ARROYO, Miguel Gonzáles. Trabalho – educação e teoria pedagógica. In:
FRIGOTTO, Gardênio (org.) Educação e Crise no trabalho: perspectivas de final de
século. 6a ed. Petrópolis: Vozes, 2001. p. 138-165.
BRASIL, Secretaria de Ensino Fundamental/MEC. Parâmetros curriculares nacionais
-Língua estrangeira. Brasília, 1998.
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Deliberação no. 08 de 15 de dezembro
de 2000. Estabelece normas para a educação de jovens e adultos – EF e EM.
Conselheiro:Orlando Bogo. Diário oficial do estado do Paraná. Curitiba, 20 dez.2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica educativa.
30 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
GIMENEZ, Telma. Diretrizes curriculares para o ensino fundamental: línguas
estrangeiras modernas – questões para debate. In: PARANÁ, Secretaria de estado
da educação. Diretrizes curriculares da rede de educação básica do estado do
Paraná: LEM. 2005
.PENNYCOOK, Alastair. English and the discourses of colonialism . London:
Routledge, 1999
.PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes curriculares da educação
fundamental da rede de educação básica do estado do Paraná: língua estrangeira
moderna. 2006
PROPOSTA PEDAGÓGICO-CURRICULAR – EJA – 2006. SACRISTÁN, José
Gimeno. Escolarização e cultura: a dupla determinação. In: SILVA, Luiz Heron et al.
(org.) Novos mapas culturais, novas perspectivas educativas. Porto Alegre: Sulina,
1996. p. 34-56.
16.13 CELEM
Apresentação da disciplina:
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A língua estrangeira moderna tem sua história no Brasil relacionada às
questões sócio políticas, econômicas, históricas, culturais e educacionais.
Tendo em vista exigência do mercado de trabalho e a visão de língua como
instrumento de interação entre os povos, o ensino de LEM tem se adaptado às
necessidades. Em atendimento às necessidades acima expostas, o CELEM foi
criado e implantado no estado do Paraná e no município de Maringá na década de
80 com as disciplinas de Alemão, Espanhol e Francês. Atualmente o CELEM, em
Maringá, ministra as disciplinas de Espanhol, Francês, Italiano e Ucraniano. A opção
pela língua é feita pelo aluno tendo em vista sua preferência e necessidade. Assim
sendo, os objetivos propostos pelas DCE vem ao encontro da proposta trabalhada
pelo CELEM de Maringá. Ao final, espera-se que o aluno:
Use a língua em situações de comunicação;
●Estabeleça relações entre ações individuais e coletivas;
●Reconheça a importância do papel das línguas na sociedade;
●Compreenda as diversidades linguísticas e culturais;
●Entenda que os significados são historicamente construídos e suscetíveis à
transformação na prática social.
Fundamentação Teórica
Independentemente de toda a especulação em torno do ensino de Língua
Espanhola na escola regular do Brasil, sobre sua necessidade e objetivos, seu papel
educacional fica claro nas orientações especificadas tanto nas Diretrizes
Curriculares Estaduais (Paraná) como nas Orientações
Nacionais para o Ensino Médio, esta precisa, assim como todas as demais
disciplinas da grade curricular, “ocupar um papel diferenciado na construção coletiva
do conhecimento e formação do cidadão”. (OCNs, vol 1- 131)
Nos últimos anos, quando há uma tendência (ao menos teórica) à
globalização, o ensino de língua estrangeira vem sendo repensado e, caminha ao
encontro das premissas apontadas pela UNESCO como eixos estruturais da
educação na sociedade contemporânea.
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Quanto a sua utilidade prática e papel na formação do aluno, as Orientações
Curriculares Nacionais trazem um esclarecimento completamente pertinente ao
momento:
“...o papel [.] de uma língua estrangeira, de modo geral e do Espanhol em
particular, [...] é o de levar o estudante a ver-se e constituir-se como sujeito a partir
do contato e da exposição ao outro, à diferença, ao reconhecimento da diversidade”.
(OCNs, vol 1- 133)
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O conteúdo estruturante “discurso”, como prática social, será tratado de forma
dinâmica
por meio da leitura, da oralidade e da escrita.
Conteúdos Específicos A Serem Trabalhados:
●Gêneros textuais;
●Variedades linguísticas;
●Diversidade cultural;
●Conhecimentos linguísticos;
●Elementos coesivos e marcadores do discurso.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Através de textos serão abordadas as questões linguísticas e sócio-
pragmáticas, culturais e
discursivas, assim como as práticas do uso da língua (leitura, escrita e
oralidade).
“Tal proposta depende de uma interação primeira com o texto, na qual pode
haver uma complexa mistura de linguagem escrita, visual e oral, considerando os
usos heterogêneos da língua como prática sociocultural. As formas de leitura, escrita
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e oralidade interagem, como na seguinte situação: o professor lê o texto em voz alta,
aponta ora para imagens ou ilustrações, ora para palavras escritas na pagina, não
apenas no narrar ou contar uma história, mas ao fazer perguntas aos alunos. Assim,
na aula de língua estrangeira será possível fazer discussões orais sobre sua
compreensão, bem como produzir textos orais, escritos e/ ou visuais a partir do texto
lido, integrando todas as práticas discursivas nesse processo.” (DCE, p.40)
AVALIAÇÃO
A avaliação seguirá os critérios da Proposta desse Projeto Político
Pedagógico do Colégio Estadual José de Anchieta, contemplando as três
habilidades a serem trabalhadas dentro do ensino de LEM: oralidade, escrita e
leitura.
Caberá ao professor observar a participação dos alunos e considerar que o
engajamento discursivo se faça pela interação verbal, a partir dos textos e de
diferentes formas.
REFERÊNCIAS:
BAKHTIN, M. ; VOLOSHINOV, V. N. Marxismo e filosofia da linguagem : problemas
fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Ed.
Hucitec, 1992.
SEED - Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares da
Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira
Moderna. MEMVAVMEM: Curitiba, 2008.
Linguagens, códigos e suas tecnologias/ Secretaria de Educação Básica. – Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. 239 p. (Orientações
curriculares para o ensino médio; volume 1).
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16.14 PROJETOS VIVA ESCOLA
1 - RECRIANDO VALORES COM A CULTURA POPULAR BRASILEIRA -
PARANÁ CANTA E DANÇA
RESUMO
O projeto de dança do Colégio José de Anchieta surgiu no ano de 2002, com
o objetivo de resgatar a cultura folclórica paranaense envolvendo a escola e a
comunidade, pois é na socialização do conhecimento que os alunos interagem. Ao
longo dos anos, o projeto ganhou força através de várias apresentações realizadas
em eventos diversos como o Fandango do Paraná, Guerreiro de Alagoas, Festa do
Divino entre outras. Sendo assim, o projeto se fortaleceu tendo um grande prestígio
regional, constituindo-se em referência para outros projetos e outras escolas .
Ao ingressar no ambiente escolar, o aluno se depara com a necessidade de
articular conhecimentos de várias áreas, que muitas vezes, apresentam-se de forma
desarticulada, distanciada do mundo vivido pelos alunos e professores e também
por isso, vazios de significados.
Diante disso, a Educação Física passa a delinear uma forma própria de lidar
com o mundo, que se expressa não só pela maneira como representa, descreve e
escreve o real, mas sobretudo na busca de regularidade na concentração e
quantificação do corpo, na investigação dos fenômenos e no tipo de síntese que
promove. Aprender esta maneira de compreender o mundo através da dança requer
desenvolver conhecimentos sobre o próprio corpo e sua interação com o social.
Essa interação concretiza-se em ações, objetos, assuntos, experiências que
envolvam um olhar para a realidade, ao qual denominamos, desenvolvendo-se em
diferentes tópicos, assumindo novos significados em cada dança, tornando-se uma
fonte de desenvolvimento intelectual e corporal. Investigar tem, contudo, um sentido
mais amplo, na experiência aqui relatada e requer ir mais além, estudando o
histórico de cada música, sua origem, o contexto social no momento que foi criada.
Enfim, reunindo e analisando dados, propondo conclusões. Levando-se em conta o
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momento de transformações que estão vivendo os alunos, optamos pelo projeto
Viva Escola, envolvendo a Educação Física para promover a autonomia do ato de
aprender. Partindo do estudo dos movimentos, das forças presentes, do sentido e da
intensidade das mesmas, quando se considera a realização das atividades
desportivas, o grupo se propõe a estudar as várias modalidades das danças
folclóricas e expressá-las em linguagem corporal.
2 - TEATRO - RECRIANDO A LITERATURA BRASILEIRA
RESUMO
Este trabalho, trata da redescoberta da Literatura através do teatro. Isso se
constitui em uma aventura de ensinar passando pelos caminhos da experiência, do
relato, da reflexão e do desenvolvimento do pensamento do educando.
Partimos de três necessidades para uma prática pedagógica diferenciada: a
capacitação dos alunos com relação ao tema, a superação da deformação estrutural
expressa nos índices de evasão e repetência e a necessidade de possibilitar uma
melhor compreensão do mundo e uma formação para a cidadania mais adequada
aos alunos dessa escola pública, a qual, visa um trabalho de qualidade.
Nossas reflexões sobre o projeto, partiram das indagações que afligem a
todos os alunos no Ensino Fundamental e Médio.
Quando pensamos em desenvolvimento pessoal e social nos referimos a
construção de uma
nova relação deles com o conhecimento.
Para tanto, eles precisam desenvolver criticidade que os tornem capazes de
analisar as
exigências do mundo contemporâneo e atuar como cidadãos conscientes.
O grande desafio da tarefa está em trazer para a sala de aula situações que
possibilitem ao aluno perceber a relação dos fenômenos Literários e
relacioná-los ao seu cotidiano desenvolvendo comunicação e expressões corporais.
3-O PRAZER DA LEITURA E A PRODUÇÃO TEXTUAL
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RESUMO
Esse projeto tem por objetivo expandir as habilidades no domínio da
linguagem, da argumentação e a partir do conhecimento desenvolvido, construir
proposta de intervenção solidária na realidade. Superar a falta de motivação dos
alunos pelas atividades de leitura e escrita, tornando a leitura um ato prazeroso que
lhes possibilite desenvolver o pensamento cientifico, apropriando-se da forma de
comunicação escrita.
Tornar os alunos participantes do seu contexto social e torná-los cidadãos
ativos no contexto social contemporâneo que traz à tona a discussão da socialização
do conhecimento que só é possível quando os alunos tornam-se leitores críticos e
participantes da sua história.
Desejamos que o desempenho dos alunos na comunicação oral e escrita e na
organização de uma coletânea individual de textos tenha melhorado ao final do
projeto.
4-OS JOGOS E O LÚDICO COMO SUPORTE E MOTIVAÇÃO PARA AS
AULAS DE MATEMÁTICA
RESUMO
As características individuais de cada aluno é marcada fortemente na sala de
aula por diferentes níveis de aprendizagem, demonstrado no cotidiano escolar.
Desta forma, para que haja um entrosamento desses diferentes níveis de
compreensão, de forma a propiciar uma melhor aprendizagem para todos os alunos,
é que está sendo elaborado este projeto.
O jogos matemáticos interage com a turma, promovendo socialização de
todos os alunos; proporcionando diferentes formas de abordagens pedagógicas para
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alcançar um grau de aprendizado maior. Ao jogar, os alunos, reveem conteúdos
básicos necessários ao prosseguimento dos estudos e prepara-se para novas
etapas do conhecimento matemático. Critérios como: assiduidade, compreensão,
atenção e assimilação, também são levados em consideração como parte do
desenvolvimento dos alunos. A responsabilidade pelos demais colegas do projeto e
assimilação das regras contidas em cada jogo, bem como, a construção de novos
jogos com novas regras, proporcionam a construção de conhecimento, a aceitação
mútua, a introjeção de regras sociais e sobretudo a facilitação do processo de
aprendizado na área da matemática.
REFERÊNCIAS:
http://www.diaadia.pr.gov.br/ciac/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=2
17 ANEXOS
17.1 MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL
Nome do Estabelecimento: Colégio Estadual José de Anchieta – Ensino Fundamental e MédioEntidade Mantenedora: Governo do Estado do ParanáLocalidade: Paiçandu – Distrito: Água BoaNRE: Maringá Curso: Ensino FundamentalAno: 2011Turno: Manhã Módulo: 40 semanas
Disciplinas Séries Total Hora/aula
5º 6º 7º 8º
Arte 2 2 2 2 320
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BaseNacionalComum
Ciências 3 3 3 3 480
Educação Física 3 3 3 3 480
Ensino Religioso 1 1 - - 80
Geografia 3 3 3 3 480
História 3 3 3 4 240
Língua Portuguesa 4 4 4 4 640
Matemática 4 4 4 4 640
Total da Base Nacional Comum 23 23 22 23 3360
Parte Diversificada
LEM - Inglês 2 2 2 2 320
Total da parte diversificada 2 2 2 2 320
Total Geral 25 25 24 25 3680
Paiçandu , 11 de Novembro de 2010
Pedagoga Diretor
17.2 MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
RE: 19 / Maringá MUNICÍPIO: 1770 / Paiçandu
ESTABELECIMENTO: 00159 / COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENS. FUND. E MÉDIO.
ENDEREÇO: Rua Bom Sucesso, 515 – Centro - Distrito Água Boa – Paiçandu - PR
FONE:(044) 3240-1023
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009-ENSINO MÉDIO TURNO: Noite
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011
FORMA: (Simultânea)
246
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Disciplinas Séries 1º 2 º 3º
BaseNacionalComum
Arte - 2 2Biologia 2 2 2Educação Física 2 2 2Filosofia 2 2 2Física 2 2 2Geografia 2 2 2História 2 2 2Língua Portuguesa 3 3 4Matemática 4 2 3Química 2 2 2Sociologia 2 2 2Sub - Total 23 23 25
Parte Diversificada LEM – Espanhol * 4 4 4LEM- Inglês 2 2 -Sub-Total 6 6 6Total Geral 29 29 29
Paiçandu , 19 de Novembro de 2010
____________________ _____________________Pedagoga Diretor
17.3 CALENDÁRIO ESCOLARSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
ESCOLA ESTADUAL HEITOR DE A
CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011
247
Observações:
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.
* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM.
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LENCAR FURTADO- ENS. FUND.
Considerados como dias letivos: Formação Continuada (06 dias); Replanejamento (01 dia);
Reuniões Pedagógicas (03 dias) – Delib. 02/02-CEE Março
Janeiro
D STQQSSD STQQSSFevereiro
D
S
T
Q
Q
S
S 1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
2 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 18 6 7 8 9 10 11 12 20
9 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias
16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 20 21 22 23 24 25 26
23 24 25 26 27 28 29 27 28 27 28 29 30 31
30 31 1 Dia Mundial da Paz
7 e 8 Carnaval
Abril Maio
Junho
D STQQSS
D S
TQ
QS
248
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D STQQSS
S 1 2 1 2 3 4
3 4 5 6 7 8 9 18 1 2 3 4 5 6 7 22 D 5 6 7 8 9 10 11 20
10 11 12 13 14 15 16 dias 8 9 10 11 12 13 14 22 N 12 13 14 15 16 17 18 dias
17 18 19 20 21 22 23 15 16 17 18 19 20 21 dias 19 20 21 22 23 24 25
24 25 26 27 28 29 30 22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 30
29 30 31
22 Paixão
1 Dia do Trabalho
23 Corpus Christi
21 Tiradentes
JulhoAgos
toSetembro
D STQQSSD STQQSS
D
S
T
Q
Q
S
S 1 2 3 1 2 3 4 5 6 1 2 3
3 4 5 6 7 8 9 dias 7 8 9 10 11 12 13 22 D 4 5 6 7 8 9 10 20
10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 22 N 11 12 13 14 15 16 17 dias
17 18 19 20 21 22 23 8 21 22 23 24 25 26 27 dias 18 19 20 21 22 23 24
24 25 26 27 28 29 30 dias 28 29 30 31 25 26 27 28 29 30
31 4 Feriado Municipal
7 Independência
Outubro
Novembro
Dezembro
D STQQSSD STQQSS
D
S
T
Q
Q
S
S 1 1 2 3 4 5 1 2 3
2 3 4 5 6 7 8 20 6 7 8 9 10 11 12 18 D 4 5 6 7 8 9 10 11 D
9 10 1112
13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 19 N 11 12 13 14 15 16 17 12 N
16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 dias 18 19 20 21 22 23 24 dias
23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 31
30 31
12 N. S. Aparecida
2 Finados
19 Emancipação Política
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do PR
15 Dia do Professor 15 Proclamação da República25 Natal
20 Dia Nacional da Consciência Negra
Férias Discentes
Férias/Recessos/Docentes
Feriado Municipal 1 dia janeiro31
janeiro / férias30
Conselho de Classe 4 dias fevereiro 7 jan/jullho./reces.
14
Reun. Ou C. de classe 1 dia julho/agosto 18 dez/reces. 13
Dias letivos 200 dezembro 13 outros recessos 3 Total 69 Total 60
Início/Término
Planejamento e Replanejamento
Conselho de classe Período Noturno (26/11, 17/12)
Férias
Recesso
Paiçandu, 10 de Nove
mbro de
2010
Formação Continuada
Complementação de Carga horária Noturno
Reunião Pedagógica em Período Diurno
250
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Conselho de Classe Diurno e Noturno
Semana Cultural
Feriado Municipal
251