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O ColóquioBrincar e modos de ser Criança tem como principal objetivo refletir sobre o BRINCAR como direito das crianças, como expressão do seu modo de ser e estar, e como estratégia cientificamente fundamentada de educação e de integração social. Na realidade, a importância primordial e fundamental da atividade lúdica (do brincar, do jogar, do criar) tornou-se, a partir do século XIX, um foco de atenção e de problematização científica sob diversos prismas, de tal modo que hoje não subsistem dúvidas quanto ao reconhecimento dos benefícios de uma tal atividade na dimensão motora (combate o sedentarismo, promove o relaxe e o descanso), na dimensão afetiva e emocional (resolução de conflitos, controlo de emoções, promoção da autoestima), na dimensão cognitiva (maior domínio da linguagem e capacidade comunicativa, estimula capacidades criativas, de observação, de problematização e de previsão) e na dimensão sociocultural (desperta para o valor das regras; promove amizade, empatia, partilha e sentimento de pertença a grupos, para além de contribuir para a interiorização de padrões básicos da cultura). Perante um quadro destes, a que acresce o facto de estarmos diante de um direito das crianças e jovens consignado na Convenção dos Direitos da Criança a que Portugal foi um dos primeiros aderentes (1990), torna-se imperativo que a escola e outras instituições viradas para os atendimentos a crianças e jovens, bem como as instâncias políticas (Ministério da Educação e Municípios), não só reconheçam todas estas e outras potencialidades das práticas lúdicas, muito em especial, as que desde há séculos vêm fazendo parte e enriquecendo um património passado de geração em geração, como também se sensibilizem e se mobilizem para apoiar iniciativas que promovam estas práticas e o seu conhecimento, nas mais diversas circunstâncias da vida das crianças e jovens (na rua, na praça, nos recreios, na sala de aula). O Instituto de Apoio à Criança (IAC), criado em 1983 com o objetivo fundamental do desenvolvimento integral da Criança e a Defesa dos seus Direitos, tem procurado ajudar a cumprir o “Direito de Brincar” consagrado no artigo 31º da Convenção sobre os Direitos da Criança. É convicção do IAC que a promoção deste Direito conduz a um crescimento equilibrado e feliz, já que através do Brincar a Criança atribui significados, comunica, compreende os outros, aprende a respeitar regras, inventa, constrói vezes sem fim, numa reconstrução permanente. O P A Organização Parceiros Apoios 26 27 http COLÓQUIO BRINCAR E MODOS DE SER CRIANÇAde MAIOde 2017(13h-18h) de MAIO de 2017 (9h-18h) Anfiteatro da FPCEUC ps://sites.google.com/site/brincar2017/

COLÓQUIO BRINCAR E MODOS Organização DE SER CRIANÇA … · da Convenção sobre os Direitos da Criança. É convicção do IAC que a promoção deste Direito conduz a um crescimento

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Page 1: COLÓQUIO BRINCAR E MODOS Organização DE SER CRIANÇA … · da Convenção sobre os Direitos da Criança. É convicção do IAC que a promoção deste Direito conduz a um crescimento

O ColóquioBrincar e modos de ser Criança tem como principal objetivo refletir sobre o BRINCAR como direito das crianças, como expressão do seu modo de ser e estar, e como estratégia cientificamente fundamentada de educação e de integração social. Na realidade, a importância primordial e fundamental da atividade lúdica (do brincar, do jogar, do criar) tornou-se, a partir do século XIX, um foco de atenção e de problematização científica sob diversos prismas, de tal modo que hoje não subsistem dúvidas quanto ao reconhecimento dos benefícios de uma tal atividade na dimensão motora (combate o sedentarismo, promove o relaxe e o descanso), na dimensão afetiva e emocional (resolução de conflitos, controlo de emoções, promoção da autoestima), na dimensão cognitiva (maior domínio da linguagem e capacidade comunicativa, estimula capacidades criativas, de observação, de problematização e de previsão) e na dimensão sociocultural (desperta para o valor das regras; promove amizade, empatia, partilha e sentimento de pertença a grupos, para além de contribuir para a interiorização de padrões básicos da cultura). Perante um quadro destes, a que acresce o facto de estarmos diante de um direito das crianças e jovens consignado na Convenção dos Direitos da Criança a que Portugal foi um dos primeiros aderentes (1990), torna-se imperativo que a escola e outras instituições viradas para os atendimentos a crianças e jovens, bem como as instâncias políticas (Ministério da Educação e Municípios), não só reconheçam todas estas e outras potencialidades das práticas lúdicas, muito em especial, as que desde há séculos vêm fazendo parte e enriquecendo um património passado de geração em geração, como também se sensibilizem e se mobilizem para apoiar iniciativas que promovam estas práticas e o seu conhecimento, nas mais diversas circunstâncias da vida das crianças e jovens (na rua, na praça, nos recreios, na sala de aula).

O Instituto de Apoio à Criança (IAC), criado em 1983 com o objetivo fundamental do desenvolvimento integral da Criança e a Defesa dos seus Direitos, tem procurado ajudar a cumprir o “Direito de Brincar” consagrado no artigo 31º da Convenção sobre os Direitos da Criança. É convicção do IAC que a promoção deste Direito conduz a um crescimento equilibrado e feliz, já que através do Brincar a Criança atribui significados, comunica, compreende os outros, aprende a respeitar regras, inventa, constrói vezes sem fim, numa reconstrução permanente.

Organização

Parceiros

Apoios

Organização

Parceiros

Apoios

26 de MAIO

27 de

https://sites.google.com/site/brincar2017/

COLÓQUIO “BRINCAR E MODOS DE SER CRIANÇA”

26 de MAIOde 2017(13h-18h)

27 de MAIO de 2017 (9h-18h)

Anfiteatro da FPCEUC

https://sites.google.com/site/brincar2017/

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26 DE MAIO

13h — SECRETARIADO

Receção dos participantes e entrega da documentação

14h15 — SESSÃO DE ABERTURA

Vasco Alves Direção do Instituto de Apoio à Criança

João Paulo Janicas Centro de Formação Nova Ágora

Antonino Silvestre Direção da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra

Jorge Alves Vereador da Educação, Ação Social e Família da CMCoimbra

António Gomes Ferreira Direção da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra

a confirmar Ministério da Educação

14h45 — CONFERÊNCIA INAUGURAL Coordenação: João Amado

O Brincar e o DesenvolvimentoIntegral da Criança

Carlos Neto FMH-Universidade de Lisboa

15h45 — PAUSA PARA CAFÉ

16h — PAINEL 1

Moderação: João Amado

Os Jogos Tradicionais em Contextos Educativos

Cristina Leandro | Francisco Campos | Rui Mendes Escola Superior de Educação — Politécnico de Coimbra

Ana Rosa Jaqueira Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física — UC

Ângelo Santos Divisão de Desenvolvimento Humano, Social e Cultural — Câmara Municipal de Anadia

17h15 — CONFERÊNCIA II Coordenação: Paula Duarte

A Interação Criança-Espaço no Jardim de Infância: onde fica o Brincar?

Aida Figueiredo DEP-Universidade de Aveiro

18h —MOMENTO DE REFLEXÃO

Divulgação/Apresentação de Bibliografia sobre a temática, com a participação de GandhyPiorski, autor do livro Brinquedos do Chão: a Natureza, o Imaginário e o Brincar.

27 DE MAIO

09h — SECRETARIADO

Receção dos participantes

09h30 — CONFERÊNCIA III Moderação: Pedro Rodrigues

Brincar e ser Criança no início do século XX em Portugal

João Amado FPCEUC/CEIS20, UC

10h30 — PAINEL 2 Moderação: Ana Cristina de Almeida

A Musealização do Brincar: Como? Para quê?

Madalena Cunhal Museu do Brinquedo — Seia

Alberto Nídio Casa do Brinquedo e da Brincadeira — Vila Verde

Ana Barros | Carlos Rocha Museu do Brincar — Vagos

11h30 — PAUSA PARA CAFÉ

11h45 — CONFERÊNCIA IV Coordenação: Ana Vicente

A Cultura Lúdica nas Culturas da Infância

Manuel Sarmento IE-Universidade do Minho

12h45 — PAUSA PARA ALMOÇO

14h15 — CONFERÊNCIA V Coordenação: Pilar Ribeiro

Brincadeiras na latitude zero Africana: Ser Criança em São Tomé e Príncipe

Sandra Marlene Barra IE-Universidade do Minho

15h —Apresentação de um Quadro Etnográfico sobre o Brincar

Grupo Folclórico e Etnográfico do Brinca, Eiras

15h30 — PAINEL 3 Moderação: Pilar Ribeiro

Atividade Lúdica como estratégia de Integração

Ana Lourenço IAC – Atividade Lúdica

António Damásio | Rui Mendes Escola Superior de Educação — Politécnico de Coimbra

Teresa Paiva | Fátima Vilaça Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra

17h00 — SESSÃO DE ENCERRAMENTO

João Amado FPCEUC / CEIS20, UC

Paula Duarte IAC–Fórum Construir Juntos, Coimbra

José António Marques Centro de Formação Minerva

17h30 — MOMENTO MUSICAL

Orquestra Magis Colégio da Imaculada Conceição