COM ORIENTAO JUNGUIANA. Nilton Kamigauti -
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1 - A Psicologia Analtica. Apresentao. Criando uma base terica.
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A conscincia se refere ao fenmeno de se experimentar o
conhecimento imediato de alguns contedos psquicos em relao ou em
contato com o ego que pertence ao centro da conscincia. tudo aquilo
de que se est ciente, se sabe, se est inteirado. Antagnico ao
consciente est o inconsciente que representa todo o contedo psquico
do qual no se tem conscincia. tudo aquilo, contedo ou processo que
se desconhece em si mesmo. O inconsciente representa a maior parte
do indivduo. [o inconsciente] um conceito-limite psicolgico que
abrange todos os contedos ou processos psquicos que no so
conscientes, isto , que no esto relacionados com o eu de modo
perceptvel. (JUNG, 1991a, 847, p. 424) Consciente e Inconsciente
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O inconsciente dividido didaticamente em Inconsciente Pessoal e
Inconsciente Coletivo. O inconsciente pessoal se refere parte do
inconsciente que pertence exclusivamente ao indivduo, constitudo
das experincias vividas por um indivduo e no pertencem a sua
conscincia. Tais contedos se aglutinam em torno dos complexos,
assim, podemos dizer que o inconsciente pessoal constitudo por
incontveis complexos, mais ou menos estruturados, com mais ou menos
energia. Outra definio a equiparao do inconsciente pessoal com a
sombra. Inconsciente Pessoal e a Sombra Nilton Kamigauti -
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A sombra representa por um lado tudo aquilo que no gostaramos
de ser e por outro lado, na sombra que tambm guardamos ricos
potenciais, pois ao nos identificarmos e vivermos um lado, o
trazemos luz da conscincia, reprimimos pelo menos um outro lado na
sombra. A cada escolha, o ego deixa de viver muitas outras
possibilidades que tambm se incorporam sombra. Desta forma, a
sombra guarda muitos potenciais que podem ser conscientizados nos
fornecendo novos recursos. Nilton Kamigauti -
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Da mesma maneira como os instintos impelem o homem a adotar um
forma de existncia especificamente humana, assim tambm os arqutipos
foram a percepo e a intuio a assumirem determinados padres
especificamente humanos. Os instintos e os arqutipos formam
conjuntamente o inconsciente coletivo. (JUNG, 1986c, 270, p. 69) Os
arqutipos representam os padres de estruturas compostos pelas
experincias bsicas universais. Assim, os arqutipos so as formas da
espcie de ver o mundo e viv-lo. Os arqutipos esto por definio muito
prximos aos instintos que so os padres inatos comuns a todos da
mesma espcie. instinto: instinctus: impulso ou inclinao.
Inconsciente Coletivo
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2 - Aspectos da Ansiedade. Definies Houaiss: grande mal-estar
fsico e psquico; aflio, agonia. desejo veemente e impaciente falta
de tranqilidade; receio. estado afetivo penoso, caracterizado pela
expectativa de algum perigo que se revela indeterminado e
impreciso, e diante do qual o indivduo se julga indefeso. Nilton
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Caractersticas: Preocupao, presso interna, tenso, cobranas
internas, inquietao, pressa (tempo), muitos planejamentos (viso
pessimista, idias de no dar conta), insegurana (sentimento bsico),
temor, importncia (valorizao excessiva), distrbios do sono, peso,
sofrimento (no divertido). Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br
Situacional (momento, diante de situaes de perigo iminente (diante
de uma porta ouvimos um urso olhamos pela fechadura e constamos a
iminncia do enfrentamento, sentimos medo e a ansiedade aumenta
muito, podendo chegar ao pnico. A diferena nos estados patolgicos
que o urso, a porta, a fechadura esto dentro da prpria pessoa e ela
no consegue dar conta disso) ou crnico.
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Transtornos de Ansiedade (Generalizada, fobias, Pnico).
Obsesso/compulso. (rituais obsessivos ajudam a controlar a
ansiedade, emprestam uma estrutura para os contedos que a pessoa no
consegue lidar em um nvel mais prximo a conscincia) Nilton
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3 - Aspectos da Depresso. Definies Houaiss: reduo da atuao ou
presena. diminuio ou interrupo de uma funo orgnica. sensao de
prostrao fsica ou abatimento moral. estado de desencorajamento, de
perda de interesse, que sobrevm, p.ex., aps perdas, decepes,
fracassos, estresse fsico e/ou psquico, no momento em que o
indivduo toma conscincia do sofrimento ou da solido em que se
encontra. problema psquico que se exprime por perodos durveis e
recorrentes de disforia depressiva, surgindo concomitantemente com
problemas reais ou imaginrios ou com experincias momentneas de
sofrimento, podendo ser acompanhado de perturbaes do pensamento, da
ao e de um grande nmero de sintomas psiquitricos. Nilton Kamigauti
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Introspeco, introverso (energia se volta para o mundo interno),
apatia e/ou desinteresse externo, diminuio da vontade, distrbios do
sono, peso, sofrimento. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br
Situacional (perdas importantes, frustraes) ou crnica.
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4 - Normal, sadio e patolgico. Normal = norma, maioria,
estatstica, convencional. Sadio = saudvel, sade, fluido, harmnico,
integro. DSM-IV: Bem estar biopsicossocial. Patolgico = estremado,
exagerado, unilateral, rgido. Sadio: ansiedade motivacional e
depresso normal (funo estruturante). Patolgico: Transtorno de Humor
(Depresso, Bipolar (PMD)). Transtorno de Ansiedade (Fobia, TAG,
TOC, Pnico) Normal: cidade x rural; fases da vida; estilo de vida;
tipo de trabalho; profisso; crticas sociais. OBS.: Experincias
sempre baseadas nas referencias internas pessoais, por tanto, uma
mesma situao pode ser vivenciada de forma diferente de indivduo
para individuo. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br
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Intensidade da Ansiedade e Depresso Generalizada no situacional
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Intensidade dos estados psquicos Entre o sadio e o patolgico h
uma diferena de grau. A.1 Um pouco de ansiedade: Motiva, melhora
memria, raciocnio, aprendizado, disposio para ao, libera energia,
aumenta glicose para neurnios e msculos, etc B.1Muita ansiedade:
Estado de euforia, mania, estresse, cansao fsico e mental, desliga
a memria, raciocnio, dificuldade de aprendizado, aumenta cortisol
(anti-inflamatrio), diabetes emocional, insnia, etc. A.2 Um pouco
de depresso: Desinflao do ego, maior contato com a realidade
interna e externa, introjeo (recolhimento de projees), calma,
tranqilidade, promoo da elaborao dos conflitos, contato com a
sombra, etc. B.2Muita depresso: Apatia, angustia, tristeza,
dificuldade de elaborao, diminuio excessiva com mundo externo,
isolamento, fixaes e defesas contra conflitos internos,
dificuldades com as necessidades bsicas de sobrevivncia, insnia,
pensamentos e/ou tentativas de suicdio, etc. A depresso, como
qualquer outra realidade analisada sob o enfoque psicolgico, revela
uma instncia paradoxal, formada por seus aspectos positivos e
negativos (bipolaridade). AMUI 2003 Nilton Kamigauti -
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Neurocincia Ansiedade crnica pode levar a depresso Ansiedade
crnica eleva produo de seretonina, cortisol, etc, que pode gerar a
depresso. As vias da ansiedade ao longo do tempo se desgastam e as
vias da depresso so ativadas. Nilton Kamigauti -
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Psicologia Analtica Ponto de vista econmico (energtico) A
abordagem de Jung da depresso concentra-se mais na questo da
energia psquica [...]. Jung conceitualiza a depresso como um
represamento de energia, que, quando libertada, pode tomar uma
direo mais positiva. A energia fica presa em virtude de um problema
neurtico ou psictico, porm, se liberada, realmente ajuda a superao
do problema. Um estado de depresso deveria ser vivenciado to
plenamente quanto possvel, de acordo com Jung, de modo que os
sentimentos envolvidos possam ser esclarecidos. SAMUELS, 1986 A
depresso est ligada regresso em seus aspectos regenerativos e
enriquecedores. Em particular, pode assumir a forma da tranqilidade
vazia que precede o trabalho criativo. Em tais circunstncias, o
novo desenvolvimento que extraiu da conscincia a energia,
acarretando a depresso. SAMUELS, 1986 A depresso no sentido
econmico (energtico) se refere ao movimento de introverso,
introjeo, de parte da energia (libido) da conscincia para o
inconsciente, do mundo externo para o mundo interno, do ego para
sombra. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br
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Ponto de vista Estrutural Operando como funo estruturante
normal, a depresso ativada diante do sofrimento e faz com que o Ego
se desapegue de outras funes estruturantes na elaborao simblica e
se concentre na elaborao da dor. Essa retirada da libido das funes
estruturantes em andamento desanima a personalidade de qualquer
outro projeto em curso. Por isso, a ativao da funo estruturante da
depresso diminui o entusiasmo e instala o desnimo. Acolh-lo e
admiti-lo um procedimento existencial no s normal, mas tambm
necessrio e at imprescindvel para se elaborar e integrar o
sofrimento oriundo de smbolos feridos. BYINGTON, 2007 A funo
estruturante da depresso normal estrutura o Ego com as
caractersticas do Arqutipo da Vida e da Morte, centralizadas no
desnimo e inerente s transformaes. Assim, a depresso ou tristeza, e
a alegria ou euforia, fazem parte corriqueira e habitual do
processo de desenvolvimento. [...] [na depresso patolgica]
caracterizada pelo desnimo improdutivo compulsivo-repetitivo,
acompanhado pelo catastrofismo e pela ideao autodestrutiva. Os
smbolos que no puderam morrer e se transformar, na elaborao normal,
so agora ameaados pelo Arqutipo da Vida e da Morte, fixado e
defensivo, de ser literalmente condenados morte pelo suicdio.
BYINGTON, 2007 Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br
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[Um] fator depressivognico a nfase na exposio da Sombra pela
mdia, insuficientemente elaborada, acompanhada da sua projeo
defensiva nos outros. Parte da fenomenologia de nossa espcie a
atrao pela morbidez. Trata-se de uma funo estruturante normalmente
dedicada ao conhecimento da doena, da desgraa e, finalmente, da
morte. A atrao pela morbidez freqentemente se torna defensiva, o
que nos leva a ser atrados defensivamente pelo crime, pela misria,
por tudo o que trgico e terrvel, inclusive por filmes de terror,
que nos revelam as disfunes da natureza e da nossa Sombra, sem no
entanto elabor-las e integr-las. Satisfazemos essa atrao e nos
deprimimos parcialmente, mas simultaneamente evitamos sua elaborao
profunda e integrao, projetando nos outros a responsabilidade do
mal. Um grande magnata da imprensa uma vez afirmou: - Meu imprio
foi construdo sobre a lama, porque uma notcia ruim vende dez vezes
mais jornais que uma notcia boa. BYINGTON 2007 Nilton Kamigauti -
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Intensidades dos humores de ansiedade e depresso ao longo do
tempo (linear) Movimento enantiodrmico Nilton Kamigauti -
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Ansiedade e Depresso como manifestaes de um mesmo fenmeno (?)
Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br Tai Chi Smbolo grfico da
bipolaridade
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Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br Tao Smbolo grfico da
totalidade (Self)
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5 - Ansiedade e Depresso como um mal moderno. Sociedade de
consumo, descartveis. Imediatismo: real time, on line, fast food,
delivery... Excesso de Informao sem elaborao. Projeo defensiva da
Sombra. Hedonismo doutrina do prazer. Intolerncia a dor. Incentivo
a ansiedade e patologizao da depresso. Incentivo a eficincia,
resultados, motivado pela competio e inseguranas, gerando
ansiedade. Estigma da depresso como disfuno, ineficincia, fracasso,
fraqueza, impotncia, sofrimento e dor. Dificultando as elaboraes.
Industria dos anti-depressivos e ansiolticos. Incentivo social a
eliminao dos sintomas (a dor, o sofrimento perda da funo como
recurso a elaborao (funo estruturante)) Nilton Kamigauti -
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Pesquisas: A IMS Health e a Associao Brasileira de Medicamentos
Isentos de Prescrio (ABIMIP), divulgaram ranking dos medicamentos
mais vendidos nas farmcias do pas entre agosto de 2011 e agosto de
2012. Seguem os dez mais:. Neosoro (para congesto nasal) Ciclo 21
(anticoncepcional) Microvlar (anticoncepcional) Salonpas (emplastro
para dor muscular) Puran T-4 (hormnio da tireide) Dipirona sdica
(analgsico e antitrmico) Buscopan composto (analgsico) Rivotril
(anticonvulsivante) Dorflex (analgsico) Hipogls (pomada contra
assaduras) Fonte: IMS Health e ABIMIP
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1183441-
pesquisa-revela-remedios-mais-consumidos-pelos- brasileiros.shtml
Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br Os 10 Remdios mais vendidos no
Brasil 1. Microvlar (anticoncepcional) 2. Rivotril (ansioltico e
anticonvulsivante) 3. Puran T4 (hormnio tireoidiano) 4. Hipogls
(pomada contra assaduras) 5. Neosaldina (analgsico e
antiespasmdico) 6. Buscopan Composto (antiespasmdico e analgsico)
7. Salonpas (analgsico e anti-inflamatrio) 8. Tylenol (analgsico e
antitrmico) 9. Novalgina (analgsico e anti-inflamatrio) 10. Ciclo
21 (anticoncepcional) Dados referentes ao ano de 2008. Fonte: IMS
Health http://lista10.org/diversos/os-10-remedios-mais-
vendidos-no-brasil/
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Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br Numa viso social, a
depresso parece ser um mal da modernidade, principalmente nas
grandes cidades. Vivemos sob a presso do excesso de trabalho, da
insegurana das crises de um mundo globalizado, da criminalidade e
principalmente do afastamento interpessoal em cidades cada vez mais
populosas e individualistas. Nossa sociedade altamente competitiva
e muitas vezes desvaloriza as questes humanas. O estandarte da
eficincia e da produtividade em nome da ordem e do progresso pode
massificar severamente os cidados, no como uma fora externa apenas,
mas pior, como uma norma incutida em cada um. O que, quando ao
extremo, pode impedir o crescimento pessoal estancando grande parte
da humanidade do indivduo e conseguintemente da sociedade que faz
parte.
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As necessidades fsicas como alimentao, habitao, sade, etc.
requerem grande parte do nosso tempo e esforo. E as necessidades
psquicas como relacionamentos afetivos, educao, conhecimento,
criatividade, acolhimento, laser, etc. costumam ficar em segundo
plano. No desqualificando a importncia das necessidades de
subsistncia, mas tambm lembrando que o que escolhemos fazer sempre
tem haver com nossas necessidades psquicas a priori. O problema que
no dia-a-dia podemos nos esquecer dos motivos internos que nos
levaram a exercer certas escolhas, nos levando a uma ciso, diviso,
entre o mundo interno e o mundo externo. Influenciados por uma
sociedade normativa e racionalista (patriarcal), nos afastamos do
nosso mundo interno, esquecemos das nossas motivaes, sonhos,
projetos que tinham como finalidade satisfazer nosso
desenvolvimento interno. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br
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6 - Psicodinmica da Ansiedade e da Depresso. Ansiedade A
ansiedade contm caractersticas de insegurana e medo, que em pequena
escala motivadora o motor que fez o ser humano sair das cavernas
para enfrentar e resolver seus medos. No entanto, no desequilbrio a
falta leva a apatia diante da vida, a anestesia dos sentimentos, o
comodismo, ou o conformismo, (muitas vezes sentido pelos pacientes
que consomem ansiolticos mal dosados) j o excesso leva ao estresse,
o desespero e ao pnico. provm de planejamentos baseados numa viso
pessimista, cuja baixa auto-estima parece ser ponto comum, a
descrena que ser capaz de resolver a situao preocupante. Nilton
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A personalidade ansiosa tenta resolver a situao ansioltica
atravs das fantasias e planejamentos, diferente do planejamento
sadio, o ansioso pula as etapas do planejamento e tenta resolver
indo direto ao objetivo, com uma viso catastrfica ou pessimista
acredita que no ser capaz de dar conta da situao e constri novos
planos falidos a princpio. No compreende que s se pode resolver o
futuro quando este se transformar em presente. No h tranqilidade,
nem divertimento no que faz. A ansiedade pode chegar aos limites da
realidade nas crises como o pnico. Onde os mecanismos de
reequilbrio da psique so mais evidentes, e vida e morte mostram
suas fases. Pois, no mximo da agitao da vida nos deparamos com o
polo opostos a morte, a renovao, a depresso extrema. Nilton
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Depresso Os instintos de sobrevivncias nos fazem ir para o
mundo e dar conta da realidade. Mas, outros instintos relativos a
Eros (relacionamentos, afetos, sentimentos, significado, valores)
so diminudos em detrimento. E quando e quanto se vive a valorizao
interna? O recolhimento ao mundo interno pode ser visto como a
depresso normal (funcional), que promove a elaborao, a lidar com os
conflitos internos (polaridades) e suas resolues (Funo
Transcendente), a busca dos significados, dos smbolos
estruturantes. A depresso traz a lentido, um movimento contrrio
mania, intimidade. Hillman Nilton Kamigauti -
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[A] dimenso depressiva tem como principal finalidade
proporcionar psique um desenvolvimento criativo, promovendo o
processo de individuao. AMUI 2003 A melancolia nos leva a um lugar
onde podemos ver mais claramente as essncias da vida Jules
Castiford O que que a psique est fazendo ao apresentar o paciente
com uma depresso? [...] Ao invs de ver a depresso como uma disfuno,
ela um fenmeno funcional. Paralisa-te, acalma-te, deixa-te
terrivelmente infeliz. Ento voc sabe que ela funciona Hillman
Tememos o desemprego e a caracterstica dominante dos indivduos
depressivos que eles no conseguem levantar para ir trabalhar [...]
Mas muito importante se voltar para que tipo de experincia aquela
pessoa est passando. Hillman
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Voc pode continuar, continuar, continuar na base de caf e
estimulantes. Quando voc assiste os heris na TV eles nunca se
cansam. (Mas) a lentido bsica para a noo de melancolia desde a sua
primeira origem. A mania com freqncia descrita na psiquiatria como
a ausncia de tristeza. [...] Ns queremos mudar mas no queremos
perder. Sem tempo para a perda no temos tempo para a alma Hillman
Toda vez que algum cai em depresso todo mundo vem ressuscit-lo, e
temos as drogas e a terapia convulsiva para trat-lo. Na vida comum,
apenas nos levantamos e nos movemos novamente para evitar a
depresso. Hillman no existem razes para no tirarmos vantagem das
medicaes. O importante a sua atitude perante isto, como voc mantm
aquele demnio em seu lugar para que no tome conta de voc. O truque
manter o foco no que o paciente est sentindo, pensando e
imaginando. Hillman Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br
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7 - Sade biopsicossocial. Auto-conhecimento (aprender a lidar
com os nveis de ansiedade e elaborar a depresso). Superao do
sofrimento ( preciso superar o sofrimento e a nica forma suportando
JUNG). Harmonia (mundo interno e externo, mente e corpo, indivduo e
sociedade). Flexibilidade, fluidez (menos fixaes), tranqilidade,
leveza (humor, diverso). Integrao, individuao. Nilton Kamigauti -
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8 - O paradoxo: Ansiedade x Depresso, e o Sadio. Humor torna as
dificuldades mais leves, menos sofridas. Por isso utilizei as
ilustraes no meio das teorias. O ego precisa ser um verdadeiro heri
para dar conta das intempries da vida. Dar conta dos inmeros
conflitos, suportar as tenses e resolv-las. S voc sabe como foi
difcil chegar at aqui. Somos todos sobreviventes. As crianas so
smbolo da totalidade, esto mais prximas do Self, assim em geral
vivem intensamente dentro do sadio, com flexibilidade crescem. Onde
est a depresso e a ansiedade? Mais prximas do Inconsciente e da
Sombra as crianas tem mais acesso e menos fixaes e tem mais energia
disponvel. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br
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Referncia www.nilton.psc.br/textos.html AMUI, Juliano Maluf.
Artigo: Depresso e Coagulatio Alquimica o Sofrimento Como
Propiciador da Solidificao. 2003 BYINGTON, Carlos. Estrutura da
Personalidade: Persona e Sombra. So Paulo: tica, 1988. BYINGTON,
Carlos. A Depresso Normal e o Futuro da Civilizao Um Estudo da Funo
Estruturante da Depresso pela Psicologia Simblica Junguiana.
Palestra apresentada no V Congreso Venezolano de Psicoterapia,
realizado pela Asociacin Venezolana de Psicoterapia - AVEPSI,
Caracas, 15 de junho de 2007. BLACKBURN, Simon. Dicionrio Oxford de
Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997. HILLMAN,
James. Artigo: Uma Escuta Atenta da Depresso Uma Tarde com James
Hillman. http://www.rubedo.psc.br/Entrevis/escdepre.htm
http://www.rubedo.psc.br/Entrevis/escdepre.htm Houaiss. Verso 1.0:
Objetiva, Rio de Janeiro, 2001. 1 CD-ROM. JOHNSON, Robert A.
Imaginao Ativa. So Paulo: Mercrio, 2003. JUNG, C. G. A Natureza da
Psique. OC VIII/II. Petrpolis: Vozes, 1986. JUNG, C. G. Fundamentos
de Psicologia Analtica. OC XVIII/I. Petrpolis: Vozes, 1987. JUNG,
C. G. Tipos Psicolgicos. Petrpolis: Vozes, 1991. MONTIEL, Jos Maria
e Col. Artigo: Incidncia de Sintomas Depressivos em Pacientes com
Transtorno de Pnico. Revista da Vetor Editora, 2005. SERSON, Breno.
Integrando Farmacoterapia Psicoterapia e a Medidas Gerais no
Tratamento dos Quadros Ansioso-depressivos. Ribeiro Preto: Revista
da SPAGESP, 2007. VON FRANZ, Marie-Louise. O Caminho dos Sonhos. So
Paulo: Cultrix, 1992. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br