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Contrato nº 594655 DE11562011GRC Diretor-adjunto: Miguel Peixoto de Sousa Diretor: Peixoto de Sousa 4,00 euros (IVA incl.) MARÇO • 1ª QUINZENA ANO 83º • 2015 • N o 5 A integração no mercado de trabalho dos desem- pregados em geral e dos desempregados de longa duração em particular, bem como de outros grupos de desempregados que possuem maiores dificuldades na sua integração, continua a ser um objetivo fundamental na linha de ação do XIX Governo Constitucional em termos de política de emprego. Combate ao desemprego Revisão do regime de incentivo à aceitação de oferta de emprego NESTE NÚMERO • Modelo 3 do IRS - esclarecimentos da AT • Alterações ao SIREVE e PER (Continua na pág. 197) SUMÁRIO Legislação Lei nº 82-B/2014, de 31.12 (Combate à evasão fiscal - regime de comunicação de informações financeiras Portugal/EUA) ......................................................... 191 Decl. Retific. nº 5/2015, de 26.2 (Orçamento do Estado para 2015 - retificação da Lei nº 82-B/2014, de 31.12) .................................................................. 189 Decl. Retific. nº 6/2015, de 27.2 (Reforma da fiscali- dade ambiental - EBF - alterações - retificação da Lei nº 82-D/2014, de 31.12) ............................... 189 Resoluções administrativas IRS: declaração modelo 3 .......................................... 147 IMI: benefícios fiscais - prédios urbanos destinados à produção de energia a partir de fontes renováveis 181 IEC: declaração voluntária da quantidade de sacos de plástico leves....................................................... 182 IRS/IRC/IS: pagamento de retenções na fonte de IRS/IRC e de Imposto de Selo........................... 184 IVA: entrega que o cooperador faz à Adega Coopera- tiva – tradutora e intérprete de língua gestual ........... 186 Obrigações fiscais do mês e inf. diversas...... 170 a 176 Trabalho e Segurança Social Legislação, Informações Diversas e Regulamentação do Trabalho ................... 197 a 201 Sumários do Diário da República............................ 204 Tendo decorrido mais de dois anos sobre o início da implementação da medida Incentivo à Aceitação de Ofertas de Emprego e após a sua apreciação em sede de Comissão Permanente de Concertação Social, verificou-se a necessidade de serem efetuados alguns ajustamentos, sem colocar em causa os princípios que conduziram à sua criação, no âmbito do firmado no Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego, adaptando o seu quadro de funcionamento de modo a permitir que um maior número de desem- pregados titulares de prestações de desemprego possam beneficiar da presente medida. Deste modo, foi reduzido, em geral, o tempo mínimo de inscrição nos serviços do IEFP, I. P., para 3 meses e, em particular, foi estabelecida pela primeira vez a exceção para os desempregados inscritos que possuem a idade mínima de 45 anos, para os quais não é exigido o cumprimento de tempo mínimo de inscrição. Foi também reduzido para 3 meses o período remanescente exigido da prestação de desemprego a beneficiar, aquando do início efetivo da atividade objeto do contrato de trabalho alvo do apoio.

Combate ao desemprego Revisão do regime de …...do IRC. (até ao dia 20 de março) – Pagamento especial por conta (PEC) referente ao ano de 2015. A 1ª prestação deste pagamento

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Contrato nº 594655DE11562011GRC

Diretor-adjunto:Miguel Peixoto de Sousa

Diretor:Peixoto de Sousa

4,00 euros (IVA incl.)

MARÇO • 1ª QUINZENA ANO 83º • 2015 • No 5

A integração no mercado de trabalho dos desem-pregados em geral e dos desempregados de longa duração em particular, bem como de outros grupos de desempregados que possuem maiores difi culdades na sua integração, continua a ser um objetivo fundamental na linha de ação do XIX Governo Constitucional em termos de política de emprego.

Combate ao desemprego

Revisão do regime de incentivo à aceitação de oferta de emprego

NESTE NÚMERO • Modelo 3 do IRS - esclarecimentos da AT• Alterações ao SIREVE e PER

(Continua na pág. 197)

SUMÁRIOLegislaçãoLei nº 82-B/2014, de 31.12 (Combate à evasão fi scal -

regime de comunicação de informações fi nanceiras Portugal/EUA) ......................................................... 191

Decl. Retifi c. nº 5/2015, de 26.2 (Orçamento do Estado para 2015 - retifi cação da Lei nº 82-B/2014,

de 31.12) .................................................................. 189Decl. Retifi c. nº 6/2015, de 27.2 (Reforma da fi scali- dade ambiental - EBF - alterações - retifi cação da Lei nº 82-D/2014, de 31.12) ............................... 189Resoluções administrativasIRS: declaração modelo 3 .......................................... 147IMI: benefícios fi scais - prédios urbanos destinados à produção de energia a partir de fontes renováveis 181IEC: declaração voluntária da quantidade de sacos de plástico leves....................................................... 182IRS/IRC/IS: pagamento de retenções na fonte de IRS/IRC e de Imposto de Selo ........................... 184IVA: entrega que o cooperador faz à Adega Coopera- tiva – tradutora e intérprete de língua gestual ........... 186Obrigações fi scais do mês e inf. diversas ...... 170 a 176Trabalho e Segurança SocialLegislação, Informações Diversas e Regulamentação do Trabalho ................... 197 a 201Sumários do Diário da República ............................ 204

Tendo decorrido mais de dois anos sobre o início da implementação da medida Incentivo à Aceitação de Ofertas de Emprego e após a sua apreciação em sede de Comissão Permanente de Concertação Social, verifi cou-se a necessidade de serem efetuados alguns ajustamentos, sem colocar em causa os princípios que conduziram à sua criação, no âmbito do fi rmado no Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego, adaptando o seu quadro de funcionamento de modo a permitir que um maior número de desem-pregados titulares de prestações de desemprego possam benefi ciar da presente medida.

Deste modo, foi reduzido, em geral, o tempo mínimo de inscrição nos serviços do IEFP, I. P., para 3 meses e, em particular, foi estabelecida pela primeira vez a exceção para os desempregados inscritos que possuem a idade mínima de 45 anos, para os quais não é exigido o cumprimento de tempo mínimo de inscrição.

Foi também reduzido para 3 meses o período remanescente exigido da prestação de desemprego a benefi ciar, aquando do início efetivo da atividade objeto do contrato de trabalho alvo do apoio.

Boletim do Contribuinte170MARÇO 2015 - Nº 5

PAGAMENTOS EM MARÇO

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Boletim do Contribuinte

OBRIGAÇÕESEM MARÇO

I R S (Até ao dia 20 de março)

– Entrega do imposto retido no mês de fevereiro sobre ren-dimentos de capitais, prediais e comissões pela intermediação na realização de quaisquer contratos, bem como do imposto retido pela aplicação das taxas liberatórias previstas no art. 71º do CIRS.

– Entrega do imposto retido no mês de fevereiro sobre as remunerações do trabalho dependente, independente e pensões – com exceção das de alimentos (Categorias A, B e H, respetivamente).

I R C

– Entrega das importâncias retidas no mês de fevereiro por retenção na fonte de IRC, nos termos do art. 94º do Código do IRC. (até ao dia 20 de março)

– Pagamento especial por conta (PEC) referente ao ano de 2015. A 1ª prestação deste pagamento deve ser efetuada até ao fi nal do mês de março (até ao dia 31 de março).

I V A

- Pagamento do IVA a efetuar nos balcões dos serviços de fi nanças ou dos CTT ou ainda (para importâncias não supe-riores a € 100 000,00), através do multibanco, correspondente ao imposto apurado na declaração respeitante a janeiro, pelos sujeitos passivos abrangidos pela periodicidade mensal do regime normal (até 31 de março).

SEGURANÇA SOCIAL (De 10 a 20 de março)

- Pagamento de contribuições e quotizações referentes ao mês de fevereiro 2015.

IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO (Até ao dia 31 de março)

– Liquidação, por transmissão eletrónica de dados, e paga-mento do Imposto Único de Circulação – IUC – relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no mês de março.

IMPOSTO DO SELO (Até ao dia 20 de março)– O Imposto do Selo é pago mediante Documento de

Cobrança de modelo ofi cial (DUC).

Segurança SocialEntrega da Declaração Mensal

de Remunerações

Até ao dia 10 de março, deverá ser entregue a Declara-ção Mensal de Remunerações, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS, ainda que dele isentos, bem como os que se encontrem excluídos de tributação, nos termos dos artigos 2.º e 12.º do Código do IRS, para comunicação daqueles rendimentos e respetivas retenções de imposto, das deduções efetuadas relativamente a contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde e a quotizações sindicais, relativas ao mês anterior.

NotáriosDeclaração modelo 11

Até ao dia 16 de março, deverá ser feita a entrega da De-claração Modelo 11, por transmissão eletrónica de dados, pelos notários e outros funcionários ou entidades que desempenhem funções notariais, bem como as entidades ou profi ssionais com competência para autenticar documentos particulares que titulem atos ou contratos sujeitos a registo predial, ou que intervenham em operações previstas nas alíneas b), f) e g) do n.º 1 do artigo 10.º, das relações dos atos praticados no mês anterior, suscetíveis de produzir rendimentos.

IVADeclaração periódica

Até ao dia 10 de março os contribuintes deverão proceder ao envio da Declaração Periódica, por transmissão eletrónica de dados, acompanhada dos anexos que se mostrem devidos, pelos contribuintes do regime normal mensal, relativa às operações efetuadas em janeiro.

IVADeclaração Recapitulativa – regime normal

Entrega, até ao dia 20 de março, da Declaração Recapi-tulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos do regime normal mensal que tenham efetuado transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas, nos termos do art.º 6.º do CIVA, e para os sujeitos passivos do regime normal trimestral

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 171MARÇO 2015 - Nº 5

OBRIGAÇÕESEM MARÇO

quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na declaração tenha no trimestre em curso (ou em qualquer mês do trimestre) excedido o montante de € 50 000.

IVADeclaração Recapitulativa

Sujeitos passivos isentos

Entrega, até ao dia 20 de março, da Declaração Recapi-tulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos isentos ao abrigo do art.º 53.º que tenham efetuado prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do art.º 6.º do CIVA.

IVAComunicação das faturas emitidas

Até ao dia 25 de março, deverá ser efetuada a comu-nicação por transmissão eletrónica de dados dos elementos das faturas emitidas no mês anterior pelas pessoas singulares ou coletivas que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fi scal em território português e aqui pratiquem operações sujeitas a IVA.

IVARegime dos pequenos retalhistas

Durante este mês deverá ser entregue a declaração Modelo 1074, em triplicado, donde constarão as aquisições efetuadas durante o ano anterior pelos retalhistas sujeitos ao regime de tributação previsto no art. 60.º do CIVA.

IVAPedido de restituição de IVA

Até ao fi nal do mês de março deverá ser entregue, por transmissão eletrónica de dados, pedido de restituição do IVA pelos sujeitos passivos cujo imposto suportado, no ano civil anterior, noutro Estado-Membro ou país terceiro (neste caso em suporte de papel), quando o montante a reembolsar for superior a € 400 e respeitante a um período de três meses consecutivos ou, se período inferior, desde que termine em 31 de dezembro do ano civil imediatamente anterior e o valor não seja inferior a € 50, tal como refere o Decreto-Lei n.º 186/2009, de 12 de agosto.

IVADeclaração de alterações

Regime de isenção previsto no artigo 53º do CIVA

Entrega, até ao dia 20 de março, da Declaração de Alterações pelos sujeitos passivos que a 31 de dezembro de 2014 estavam abrangidos pelo regime de isenção previsto na alínea 33) do art.º 9.º, e que nesse ano tenham realizado um volume de negócios superior a 10 000 € ou não reúnam as demais condições previstas no regime especial de isenção do art.º 53.º .

IRCOpção pelo regime especial de tributação

de grupos de sociedades

Até ao fi nal do mês de março deverá ser entregue a de-claração de alterações, por transmissão eletrónica de dados, para opção pelo regime especial de tributação de grupos de sociedades, ou para comunicação de inclusão ou de saída de sociedades do perímetro (exceto, neste último caso, se a alte-ração ocorreu por cessação de atividade) ou ainda de renúncia ou cessação de aplicação do regime nos casos em que o período de tributação coincida com o ano civil.

IRSDeclaração modelo 3 do IRS

Durante o mês de março decorre o prazo de entrega da Declaração de Rendimentos Modelo 3, em suporte de papel, pelos sujeitos passivos com rendimentos das Categorias A (trabalho dependente) e H (pensões). Se tiverem auferido rendimentos destas categorias provenientes do estrangeiro, juntarão à declaração o Anexo J; se tiverem benefícios fi scais, deduções à coleta, acréscimos ou rendimentos isentos sujeitos a englobamento, apresentarão, com a declaração, o Anexo H.

(Cfr. os esclarecimentos publicados na pág. 177)

IRSEntrega da declaração modelo 13

Até ao fi nal de mês de março deverá ser entregue a De-claração Modelo 13, por transmissão eletrónica de dados, pelas instituições de crédito e sociedades fi nanceiras que intervenham nas operações com valores mobiliários, “warrants” autónomos e instrumentos fi nanceiros derivados.

IRSRegime simplifi cado

Entrega, até ao dia 31 de março, da declaração de alterações, pelos sujeitos passivos de IRS, enquadrados no regime simplifi cado da categoria B, que queiram optar pelo regime da contabilidade organizada.

Boletim do Contribuinte172MARÇO 2015 - Nº 5

IRCDeclaração de alterações

Entrega, até 31 de março, da declaração de alterações, por transmissão eletrónica de dados, para a opção (ou renúncia) pela não concorrência para a determinação do lucro tributável dos lucros e prejuízos imputáveis a estabelecimento estável situado fora do território português, caso o período de tributação coincida com o ano civil.

Câmaras MunicipaisAlvarás, plantas e licenças

Envio, até ao dia 31 de março, pelas câmaras municipais, por transmissão eletrónica, dos elementos relativos à constitui-ção, aprovação, alteração ou receção, ocorridas no mês anterior:

- Alvarás de loteamento, licenças de construção, plantas de arquitetura das construções correspondentes às telas fi nais, licenças de demolição e de obras, pedidos de vistorias, datas de conclusão de edifícios e seus me-lhoramentos ou da sua ocupação, bem como todos os elementos necessários à avaliação dos prédios;

- Plantas dos aglomerados urbanos à escala disponível donde conste a toponímia;

- Comunicações prévias de instalação, modifi cação ou encerramento de estabelecimentos previstos no n.º 1 do artigo 2.º do DL n.º 48//2011, de 1 de abril, efetuadas nos termos daquele diploma;

- Licenças de funcionamento de estabelecimentos afetos a atividades industriais.

OBRIGAÇÕESEM MARÇO

Código Penal foi alteradoIndignidade sucessória

No passado dia 30.12.2014 foi publicada a Lei n.º 82/2014, que introduz alterações ao Código Penal e ao Código Civil.

De acordo com a citada alteração, o Código Penal passa a prever a possibilidade de declaração de indignidade sucessória na sentença que condenar autor ou cúmplice de crime de homicídio doloso, ainda que não consumado, contra o autor da sucessão ou contra o seu cônjuge, descendente, ascendente, adoptante ou adoptado.

O mesmo diploma altera igualmente o artigo 2036.º do Código Civil, no sentido de prever a possibilidade de o Mi-nistério Público instaurar ação tendente ao reconhecimento da indignidade sucessória nos casos em que o único herdeiro seja o sucessor afetado pela situação de indignidade, estabe-lecendo ainda a obrigatoriedade de comunicação ao MP de sentença condenatória criminal suscetível de gerar situação de indignidade sucessória.

Estas alterações entraram em vigor no dia 29 de Janeiro de 2015.

Juros comerciaisFixadas as taxas de juros de mora comerciais

para o 1º semestre/2015

De acordo com o aviso da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), n.º 563/2015, de 19.1, a taxa supletiva de juros comerciais, a vigorar entre janeiro e junho de 2015:

- é de 7,05% - relativa a créditos de que sejam titulares empresas comerciais, singulares ou coletivas, nos termos do § 3º do artigo 102º do Código Comercial,

- e de 8,05% – relativa a créditos de empresas sujeitas às medidas contra os atrasos no pagamento de transações comer-ciais - DL 62/2013, de 10.5, que se aplica a todas as transações comerciais, quer as estabelecidas entre empresas, incluindo profi ssionais liberais, quer entre empresas e entidades públicas, apenas não se aplicando às transações com os consumidores, aos juros relativos a outros pagamentos (como os efetuados em matéria de cheques e letras, ou a título de indemnização por perdas e danos efetuados ou não por seguradoras) e às operações de crédito bancário.

Recordamos que as taxas em vigor no último semestre de 2014 eram respetivamente de 7,15% e de 8,15%.

(Cfr Aviso nº 563/2015, de 19.1 e Aviso nº 130/2015, de 7.1, transcritos no Boletim do Contribuinte, 2015, pág. 108)

IRSConsignação fi scal – Lista de entidades

A consignação fi scal em sede de IRS é uma forma simples de os contribuintes poderem ajudar as entidades do setor so-cial. Este ano, para além da consignação de 0,5% do seu IRS liquidado, poderá também prescindir do benefício de 15% do IVA suportado pelo seu agregado a favor de “uma igreja ou comunidade religiosa radicada no País” ou de “uma pessoa coletiva com utilidade pública de fi ns de benefi cência ou de assistência ou humanitários ou de uma instituição particular de solidariedade social”, de acordo com os nºs 4 e 6 do artigo 32º da Lei nº 16/2001, de 22 de junho.

Assim, e como se encontra já a decorrer o prazo de entrega da declaração de rendimentos modelo 3 (trabalhadores por conta de outrem e pensões quando entregue em suporte papel), a Autoridade Tributária divulgou a lista das entidades elegíveis para a Consig-nação do IRS 2015.

Da lista constam os nomes das associações concorrentes à consignação de 0,5% do IRS de cada contribuinte, os respetivos números de identifi cação fi scal, bem como o concelho da sede social das instituições listadas.

Todos os contribuintes podem indicar livremente na sua declaração modelo 3 quem poderá benefi ciar de 0,5% do IRS pago à Autoridade Tributária.

Refi ra-se que, em 2014 constavam 2045 entidades da referida lista, número que subiu para 2612 em 2015.

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 173MARÇO 2015 - Nº 5

Classifi cação das Atividades Económicas

Foi hoje publicada, no Diário da República de 30.12 a Portaria n.º 282/2014 que “defi ne os códigos de atividade económica (CAE) correspondentes a várias atividades”. Os Códigos alterados correspondentes à CAE –Rev. 3 foram:

• Indústrias extrativas – divisões 05 a 09;• Indústrias transformadoras – divisões 10 a 33;• Alojamento – divisão 55;• Restauração e similares – divisão 56;• Atividades de edição – divisão 58;• Atividades cinematográfi cas, de vídeo e de produção de

programas de televisão – grupo 591;• Consultoria e programação informática e atividades

relacionadas – divisão 62;• Atividades de ghgprocessamento de dados, domiciliação

de informação e atividades relacionadas e portais Web – grupo 631;

• Atividades de investigação científi ca e de desenvolvi-mento – divisão 72;

• Atividades com interesse para o turismo – subclasses 77210, 90040, 91041, 91042, 93110, 93210, 93292, 93293 e 96040;

• Atividades de serviços administrativos e de apoio pres-tados às empresas – classes 82110 e 82910.

As referidas alterações surgem na sequência do regime de benefícios fi scais aprovado pelo Código Fiscal do Investimento aprovado pelo Decreto-Lei nº 162/2014, de 31.10, transcrito no Boletim do Contribuinte, 2014, pág. 726.

Recuperação e resolução das instituições de crédito

No próximo dia 26 de Março entra em vigor a Lei n.º 16/2015, de 24.2, que altera o Regime jurídico dos organismos de investimento colectivo.

A mesma Lei introduz igualmente alterações ao regime das instituições de crédito e sociedades fi nanceiras e ao código dos valores mobiliários, visando conceder uma maior protecção aos investidores.

A nova legislação vem transpor parcialmente as diretivas comunitárias inseridas no quadro do aprofundamento da União Bancária, particularmente no que se refere à recupe-ração e a resolução de instituições de crédito e de empresas de investimento.

Esta nova lei visa sobretudo precaver determinadas situ-ações que não estavam anteriormente previstas, como sejam a resolução de instituições de crédito ou a recuperação de valores investidos.

Com as alterações introduzidas sai agora fortalecido o princí-pio de que os prejuízos de uma instituição de crédito devem ser

assumidos prioritariamente pelos seus acionistas e, de seguida e em condições equitativas, pelos seus credores, de acordo com a graduação dos seus créditos em caso de insolvência.

No que concerne ao regime sancionatório, procede-se ao ajustamento do elenco de infrações, prevê-se a comunicação do início da averiguação ou instrução do processo às entidades de re-solução e de supervisão dos Estados-Membros da União Europeia.

De referir que as entidades responsáveis pela gestão cuja atividade inclua a gestão de organismos de investimento alter-nativo a 26.3.2015 devem tomar todas as medidas necessárias para cumprir o disposto nesse Regime Geral, até três meses após a data de entrada em vigor, ou seja, até junho de 2015.

Estas entidades devem, ainda, nesse prazo, requerer:- Nova autorização e registo junto do Banco de Portugal,

no que respeita a sociedades gestoras de fundos de investimento;

- Novo registo junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), no que respeita a sociedades gestoras de fundos de investimento;

- Autorização junto da CMVM, no que respeita aos orga-nismos de investimento coletivo sob forma societária.

Medidas para a competitividade do comércio, serviços e restauraçãoNo passado dia 2 de fevereiro foi publicada a Resolução

de Conselho de Ministros n.º 6-A/2015, de 2.2, que aprova a Agenda para a Competitividade do Comércio, Serviços e Restauração até 2020.

Este diploma, em vigor desde 3.2.2015, aprova uma linha de fi nanciamento para a restauração, assim como a revisão do código de publicidade.

A Agenda ora aprovada visa o aumento da competitividade e tem subjacente uma visão que pretende gerar novas dinâmicas de qualidade, modernidade, criatividade e atratividade.

A Agenda pretende que estes setores liderem a criação de emprego, ajudem a estabilizar a procura interna e contribuam para aumentar as exportações

Através deste diploma, o Governo aproveita para implementar uma das principais medidas da Agenda, criando um Conselho para o Comércio, Serviços e Restauração, que contará com a participa-ção do Governo, da Administração Pública, das confederações e associações, de empresas representativas dos setores e, ainda, de personalidades de reconhecido mérito nestes setores de atividade.

De referir que a execução das medidas ora previstas depende da existência de fundos disponíveis por parte das entidades públicas competentes.

Trata-se de 36 medidas agrupadas em cinco eixos distintos, do conhecimento à internacionalização.

Passamos a enunciar os cinco eixos estratégicos da Agenda que reúnem 36 medidas, umas já em curso e outras ainda por implementar.

1.º Eixo: Potenciar o conhecimento e o acompanhamento:2.º Eixo: Reduzir os custos de contexto e executar a sim-

plifi cação administrativa:3.º Eixo: Incrementar a competitividade e o acesso ao

fi nanciamento:4.º Eixo: Capacitar a internacionalização e a economia

digital:4.º Eixo: Revitalizar e fomentar a restauração e similares.

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte174MARÇO 2015 - Nº 5

Aprovado o Sistema Fiscal Regional da RA da Madeira

A Resolução da Assembleia Legislativa da R.A. da Madeira n.º 2/2015/M, de 28.1, aprova o Sistema Fiscal da Madeira.

Assim, em sede de IRC, fi xa-se a taxa a aplicar aos sujeitos passivos em 12,5%.

Contudo, aqueles que exerçam uma atividade económica de natureza comercial ou industrial que sejam qualifi cados como pequena e média empresa, a taxa de IRC aplicável aos primeiros 10.000€ de matéria coletável é de 10 %, aplicando- -se a taxa de 12,5% ao excedente.

Os sujeitos com direção efetiva na Madeira e que criem postos de trabalho adequados e necessários à natureza da ati-vidade desenvolvida, benefi ciam ainda de uma dedução de 60 % à coleta do IRC, desde que preencham, pelo menos, duas das condições seguintes:

- Contribuam para a modernização da economia regional, nomeadamente através da inovação tecnológica de produtos e de processos de fabrico ou de modelos de negócio;

- Contribuam para a diversifi cação da economia regional, nomeadamente através do exercício de novas atividades de elevado valor acrescentado;

- Prossigam, pelo menos na percentagem de 50 % do volume de negócios, atividades nos mercados interna-cionais ou que efetuem operações com outras entidades qualifi cadas;

- Contribuam para a fi xação na Região de recursos huma-nos de elevado mérito e competência nos domínios técnico-científi cos;

- Contribuam para a melhoria das condições ambientais;- Contribuam para a projeção económica e visibilidade da

Região nos mercados internacionais.Para efeitos de reconhecimento deste benefício e concessão

do mesmo, estas entidades devem “submeter-se a um registo de natureza administrativa sob responsabilidade de entidade a defi nir pelo Governo Regional da Madeira.

De referir que estes sujeitos passivos fi cam submetidos ao pagamento especial por conta, outras tributações e reten-ções fi scais na proporção da taxa de IRC aplicável. Por outro lado, os juros dos empréstimos contraídos por estes sujeitos fi cam isentos de IRS ou IRC, desde que o produto desses empréstimos se destine à realização de investimentos e ao normal funcionamento dos mutuários na da Madeira e desde que os mutuantes sejam não residentes no restante território português, excetuados os respetivos estabelecimentos estáveis nele situados.

Ainda em relação aos mesmos sujeitos passivos, determina--se que estão isentos de IRS ou IRC os rendimentos resultantes da concessão ou cedência temporária de patentes de invenção, licenças de exploração, modelos de utilidade, desenhos e modelos industriais, marcas, nomes e insígnias de estabele-cimentos, processos de fabrico ou conservação de produtos e direitos análogos, bem como os derivados da assistência técnica e da prestação de informações relativas a uma dada experiência no sector industrial, comercial ou científi co bem como artístico ou literário, assim como os rendimentos das prestações de serviços.

Os sócios ou acionistas destas entidades gozam de isen-ção de IRS ou IRC relativamente aos lucros colocados à sua disposição por aquelas entidades, bem como aos rendimentos provenientes de juros e outras formas de remuneração de su-primentos, abonos ou adiantamentos de capital por si feitos à respetiva pessoa coletiva ou devidos pelo facto de não levan-tarem os lucros ou remunerações colocados à sua disposição por tais entidades.

Essas entidades fi cam submetidas apenas ao pagamento de 20 % dos montantes devidos pelo Imposto do Selo, Imposto Municipal sobre Imóveis, Imposto Municipal sobre as Trans-missões Onerosas de Imóveis, Derramas estadual, regional e municipal e taxas relativamente a cada um destes tributos e a cada ato ou período a eles sujeitos.

Todos estes benefícios são concedidos durante um prazo de 15 anos a contar da data do registo de natureza administrativa destas entidades que é condição para que possam usufruir dos mesmos.

As entidades licenciadas para operar na Zona Franca ou Centro Internacional de Negócios da Madeira também bene-fi ciam deste mesmo regime fi scal.

De salientar que as taxas nacionais do IRS, IVA e dos impostos especiais de consumo são reduzidas em 30 %.

O sistema fi scal ora aprovado entra em vigor no ano eco-nómico seguinte a 2015.

IRC Empréstimos e suprimentos feitos

por sócios – taxa de juro

De acordo com a Port. n.º 279/2014, de 30.12, a taxa de juro anual a aplicar ao valor dos suprimentos e em-préstimos feitos pelos sócios à sociedade corresponde à taxa Euribor a 12 meses do dia da constituição da dívida acrescida de um spread de 2 %.

Esta Portaria é aprovada nos termos e para os efeitos da alínea m) do n.º 1 do artigo 23.º-A do Código do IRC, que estabelece que os juros e outras formas de remuneração de suprimentos e empréstimos feitos pelos sócios à sociedade, ainda que contabilizados como gastos do período de tribu-tação, não são dedutíveis para efeitos de determinação do lucro tributável na parte em que excedam a taxa ora defi nida.

De salientar que, sempre que se trate de juros e outras formas de remuneração de suprimentos e empréstimos feitos pelos sócios a pequenas e médias empresas, a refe-rida taxa corresponde à taxa Euribor a 12 meses do dia da constituição da dívida acrescida de um “spread” de 6 %.

(Cfr. Port. nº 279/2014, de 30.12, no Boletim do Contribuinte, 2015, pág. 19)

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 175MARÇO 2015 - Nº 5

Revitalização EmpresarialAprovadas alterações ao PER e ao SIREVE

Encontra-se em vigor desde 2 de Março último o DL n.º 26/2015, de 6.2, que introduz alterações ao Processo Espe-cial de Revitalização (PER), ao Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial (SIREVE) e ao Código das Sociedades Comerciais.

Estas alterações visam favorecer a aprovação de planos de recuperação de empresas, o fi nanciamento de longo prazo da atividade produtiva e a emissão de instrumentos híbridos de capitalização que facilitem a entrada de investidores.

No âmbito do SIREVE podemos destacar as seguintes alterações:

Com o objectivo de se assegurar a efi cácia e o efeito prático do recurso a este mecanismo, somente as sociedades comer-ciais e os empresários em nome individual com contabilidade organizada é que podem agora recorrer ao SIREVE.

Nessa medida são eliminadas do âmbito de aplicação do SIREVE as empresas em situação de insolvência actual.

Para além das Empresas que tenham recorrido ao PER sem lograrem alcançar a aprovação de um plano de recuperação, fi cam também impedidas de utilizar o SIREVE as Empresas que, nos dois anos anteriores ao início do procedimento, tenham incumprido os termos do plano de recuperação aprovado no âmbito do PER.

O Sireve tem agora duas fases distintas:A chamada fase de diagnóstico, que vai permitir a qualquer

empresa, gratuitamente, aferir a sua situação económico--fi nanceira e recolher informação sobre as diferentes opções de revitalização e instrumentos disponibilizados.

Assim, uma empresa que decida entrar nesta fase pode depois optar por entrar em Sireve, no PER, na insolvência ou pode mesmo acabar por não entrar em nenhum destes procedimentos.

A segunda fase do Sireve continua a ser um processo formal de recuperação, mediado pelo Iapmei, que implica a negociação com os credores e a obtenção de acordo.

Acontece que, presentemente, o Sireve destina-se a empre-sas em situação económica difícil ou em situação de insolvência iminente, mas apenas àquelas que tenham uma avaliação global positiva reportada aos três exercícios completos anteriores à sua apresentação a este sistema de recuperação (ou dois exer-cícios, para empresas com existência inferior a três exercícios completos), relativamente aos seguintes indicadores:

- a autonomia fi nanceira, medida pela relação entre o valor dos capitais próprios da empresa e o valor do seu activo líquido total;

- a relação entre os resultados antes de depreciações, gas-tos de fi nanciamento e impostos e o valor dos juros e gastos similares e

- a relação entre os resultados antes de depreciações, gas-tos de fi nanciamento e impostos e a dívida fi nanceira.

Sendo que se considera que cada indicador obtém avalia-

ção positiva relativamente a um determinado exercício quando se verifi quem as seguintes condições:

- Da análise da relação entre o valor dos capitais próprios e o activo líquido total resulte que a autonomia fi nanceira se encontra acima dos 5%;

- A relação entre os resultados (antes das depreciações, gastos de fi nanciamento e impostos) e o valor dos juros e gastos similares seja superior 1,3; e

- A relação entre a dívida fi nanceira e os resultados (antes de depreciações, gastos de fi nanciamento e impostos) seja igual ou superior a 0 e inferior a 10.

Cumulativamente, as condições supra mencionadas têm que ser observadas por cada um dos indicadores em pelo menos um dos exercícios sob análise, e no total das combinações possíveis, estas têm de corresponder pelo menos a 50% de avaliações positivas.

Confere-se uma protecção adicional aos fi nanciamentos concedidos durante a fase em que decorre o processo de negociação. Introduzem-se novas regras no que concerne às maiorias necessárias para efeitos de aprovação de planos de recuperação, aproximando-se o regime previsto no SIREVE do regime consagrado para a aprovação de planos de recuperação no âmbito do PER. Assim, o recurso ao mecanismo da recu-peração extrajudicial passa a ser permitido mediante acordo da empresa com credores que representem apenas um terço das dívidas da empresa, ao invés dos 50% representativos da dívida actualmente exigidos. Nesse sentido, é introduzido um duplo requisito para que o acordo possa ser aprovado,a saber:

- Caso a votação seja efectuada por credores cujos créditos representem pelo menos um terço do total das dívidas da empresa, é necessário que se recolha o voto favo-rável de mais de dois terços da totalidade dos votos emitidos e que mais de metade dos votos emitidos correspondam a créditos não subordinados.

- Caso exista o voto favorável de credores cujos créditos representem mais de 50% das dívidas da empresa, mais de metade – neste caso –, dos votos favoráveis e não dos emitidos, correspondam a créditos não subordinados.

São alargados os requisitos de transparência quanto à situa-ção da empresa no momento da apresentação do requerimento de acesso ao mecanismo do SIREVE, incumbido sobre esta o dever de informar, nomeadamente, das acções declarativas ou executivas instauradas quer contra si, quer contra os seus garantes.

De referir que o recurso à prorrogação por um mês do prazo geral de três meses para conclusão do procedimento apenas pode ser exercido uma única vez.

No que respeita aos requisitos formais relativos ao acordo eventualmente obtido via SIREVE, passa estar expressamente prevista a obrigatoriedade da observância da forma escrita.

Outra alteração fundamental consiste na protecção acres-cida concedida às garantias convencionadas entre o devedor e os seus credores, bem como aos fi nanciamentos prestados por estes últimos no âmbito deste processo, na fase das nego-ciações. As referidas garantias mantêm-se pelo prazo de dois anos, independentemente de vir a ser declarada insolvência do devedor ou este vir a iniciar novo processo de reestruturação. Quanto aos credores que tenham concedido o fi nanciamento e em caso de insolvência do devedor, confere-se garantias, mediante a concessão de um privilégio creditório mobiliário geral, graduado antes do privilégio creditório mobiliário geral concedido aos trabalhadores.

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte176MARÇO 2015 - Nº 5

Com as alterações ora introduzidas, o despacho de aceitação do requerimento de utilização do SIREVE obsta à instauração contra a empresa, ou respetivos garantes de quaisquer ações executivas para pagamento de quantia certa ou outras ações destinadas a exigir o cumprimento de obrigações pecuniárias enquanto o procedimento não for extinto, e suspende, automa-ticamente e por igual período, as ações executivas para paga-mento de quantia certa ou quaisquer outras ações destinadas a exigir o cumprimento de obrigações pecuniárias, instauradas contra a empresa, ou respetivos garantes relativamente às operações garantidas, que se encontrem pendentes à data da respetiva prolação.

Os efeitos do acordo aprovado no SIREVE sobre as execu-ções e ações pendentes estendem-se agora também aos garantes a respeito das operações garantidas. No entanto, estes efeitos apenas se produzem relativamente aos credores que tenham subscrito o acordo aprovado no âmbito do SIREVE. Assim sendo, extinguem -se automaticamente as ações executivas para pagamento de quantia certa instauradas contra a empresa e ou os seus respetivos garantes relativamente às operações garantidas, e, salvo transação, mantêm -se suspensas, por prejudicialidade, as ações destinadas a exigir o cumprimento de ações pecuniárias instauradas contra a empresa e ou os seus respetivos garantes relativamente às operações garantidas.

Esta nova regra não se aplica às ações executivas para pa-gamento de quantia certa ou quaisquer outras ações destinadas a exigir o cumprimento de obrigações pecuniárias, instauradas por credores que não tenham subscrito o acordo.

As empresas que não obtenham acordo no procedimento, não cumpram as obrigações decorrentes do acordo celebrado, ou requeiram a extinção do procedimento, fi cam impedidas, pelo prazo de dois anos a contar da data do despacho de aceitação do requerimento de apresentar novo requerimento a pedir a utilização do SIREVE.

Este procedimento iniciado ao abrigo do SIREVE passa a ser confi dencial, assim como a informação disponibilizada pelas empresas na plataforma do IAPMEI aquando da reali-zação do diagnóstico da sua situação económica e fi nanceira.

Em matéria de PER, este considera-se agora aprovado se:

- for votado por credores cujos créditos representem, pelo menos, um terço do total dos créditos relacionados com direito de voto, contidos na lista de créditos a que se referem os nºs 3 e 4 do artigo 17º D do CIRE, e recolha o voto favorável de mais de dois terços da totalidade dos votos emitidos e mais de metade dos votos emiti-dos corresponda a créditos não subordinados, não se considerando as abstenções; ou

- recolher o voto favorável de credores cujos créditos re-presentem mais de metade da totalidade dos créditos relacionados com direito a voto, calculados de har-monia com o acima disposto, e mais de metade destes votos corresponda a créditos não subordinados, não se considerando as abstenções.

A revisão do Código das Sociedades Comerciais tem como objectivo promover alternativas ao fi nancia-mento bancário, nomeadamente alargando as opções de fi nanciamento através de instrumentos híbridos de capital e revendo as regras aplicáveis à emissão de obrigações, como sejam as respeitantes ao limite de emissão e respetivas exceções.

As alterações ora introduzidas às acções preferenciais sem voto pretendem fl exibilizar e clarifi car o regime de tais ações, prevendo expressamente a possibilidade de emissão de ações preferenciais sem voto com diferentes confi gurações.

As principais alterações nesta matéria são:- Redução da percentagem mínima do dividendo prioritário

a atribuir aos titulares de acções preferenciais sem di-reito de voto, a qual passa de 5% para 1% do respectivo valor nominal, ou, na falta deste, do valor de emissão, deduzido de eventual prémio de emissão.

- Atribuição de autonomia às sociedades comerciais para criarem categorias de acções preferenciais, admitindo--se a emissão de acções que confi ram ordinariamente direitos de voto e disponham de dividendo prioritário ou outros direitos especiais que estejam expressamente previstos no contrato de sociedade.

- Estipula-se a possibilidade de o contrato de sociedade prever um número de exercícios superior a três para o pagamento de dividendos prioritários em atraso.

- O novo regime prevê, também, a possibilidade de o con-trato de sociedade estipular que o direito ao dividendo prioritário atribui aos titulares de acções preferenciais sem direito de voto o direito a um dividendo adicional que, além de ser pago com prioridade relativamente aos demais accionistas, acresce aos dividendos a atribuir a cada accionista.

- Inclui-se um regime específi co de tutela para as acções preferenciais sem direito de voto que sejam subscritas exclusivamente por investidores qualifi cados e que não se-jam admitidas à negociação em mercado regulamentado.

Relativamente ao regime de obrigações, introduzem-se alterações ao respetivo limite de emissão, que fi ca agora dependente dos níveis de autonomia fi nanceira, bem como à fi gura do representante comum. Procede-se à clarifi cação sobre possíveis confi gurações de valores mobiliários representativos de dívida, sem que com tal se pretenda por em causa o princípio da atipicidade dos valores mobiliários.

A emissão de obrigações de valor unitário igual ou superior a € 100.000,00 ou integralmente subscritas por investidores qualifi cados (e sem colocação, subsequente, directa ou indi-rectamente, em investidores não qualifi cados) deixa de estar sujeita a limites de capital.

Este regime prevê um alargamento das entidades com capacidade para serem representantes comuns. Assim, a re-presentação dos obrigacionistas passa a poder ser assegurada por uma intermediário fi nanceiro ou uma entidade autorizada a prestar serviços de representação de investidores em algum Estado-Membro da União Europeia.

São reforçados os critérios de isenção e independência a que o representante comum está sujeito, bem como prevista a possibilidade de designação inicial nas condições de emissão e de limitação de responsabilidade.

Boletim do Contribuinte 177MARÇO 2015 - Nº 5

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

IRSDeclaração modelo 3 em vigor

a partir de janeiro de 2015

Esclarecimentos - síntese das alterações

A Portaria nº 276/2014, de 26 de dezembro, aprovou os novos modelos de impressos da declaração Modelo 3 - Rosto e Anexos B, C, E, F, H, I, J e L, bem como as respetivas instruções de preenchimento, para cumprimento da obrigação declarativa a que se refere o nº 1 do art. 57º do Código do IRS, que entraram em vigor no dia 1 de janeiro de 2015.

Mantêm-se em vigor os seguintes modelos de impressos, e respetivas instruções de preenchimento:

- Anexo A - Trabalho Dependente e/ou Pensões (aprovado pela Portaria nº 311-A/2011, de 27 de dezembro);

- Anexo D - Imputação de Rendimentos de entidades sujeitas ao regime de transparência fi scal e de heranças indivisas (aprovado pela Portaria 365/2013, de 23 de dezembro);

- Anexo G - Rendimentos de Mais-Valias (aprovado pela Portaria nº 421 /2012, de 21 de dezembro);

- Anexo G1 – Mais-Valias Não Tributáveis (aprovado pela Portaria nº 421/2012, de 21 de dezembro).

Igualmente se mantém a obrigatoriedade de submissão da declaração Modelo 3 através da Internet quando haja lugar a entrega dos Anexos B, C, D, E, I e L, podendo ser entregue em papel quando os sujeitos passivos apenas incluam os Anexos A, F, G, G1, H e J.

Identifi cam-se de seguida as principais alterações intro-duzidas em cada um dos novos modelos de impressos, a sua maioria decorrentes das alterações legislativas ao Código do IRS operadas pela Lei nº 83-C/2013, de 31 de dezembro (Orçamento do Estado para 2014).

DECLARAÇÃO MODELO 3 DE IRS

1. Rosto1.1 Quadro 3 – Composição do agregado familiarEm consequência do aditamento do nº 8 do art. 13.° do Código

do IRS através da Lei nº 83-C/2013, de 31 de dezembro, que veio clarifi car os critérios para a integração no agregado familiar dos dependentes cujas responsabilidades parentais sejam exercidas em comum por ambos os progenitores, procedeu-se a revisão do texto das instruções, explicitando-se que para efeitos das deduções à coleta, nos termos e condições estabelecidos no nº 9 do art. 78.° do Código do IRS, as situações em que a identifi -cação dos dependentes deve apenas ser efetuada no Quadro 3D (Dependentes em Guarda-Conjunta), mantendo-se, nos restantes casos, a identifi cação nos Quadros 3B e 3C.

Com efeito, ainda que as responsabilidades parentais sejam exercidas por ambos os progenitores, os dependentes (conforme alínea a) do nº 5 do art. 13.° do Código do IRS), integram o agregado familiar:

- Do progenitor a que corresponder a residência determinada no âmbito da regulação do exercício das responsabili-dades parentais;

- Do progenitor com o qual o dependente tenha identidade de domicílio fi scal no último dia do ano a que o imposto respeite, quando, no âmbito da regulação do exercício das responsabilidades parentais, não tiver sido determinada a sua residência ou não tenha sido possível apurar a sua residência habitual.

Não obstante, nas situações em que ambos os progenitores pretendam benefi ciar das deduções à coleta nos termos do nº 9 do art. 78.° do Código do IRS, os dependentes devem ser mencionados apenas no Quadro 3D, sendo aí também indi-cada eventual existência de defi ciência fi scalmente relevante, devidamente comprovada através de atestado de incapacidade multiuso, bem como o número de identifi cação fi scal do outro progenitor que partilha a responsabilidade parental.

Note-se que, nestes casos, quando tenha sido paga pensão de alimentos por um dos progenitores, o mesmo não benefi cia da dedução à coleta prevista no art. 83º-A do Código do IRS.

1.2 Quadro 5 B – Residência FiscalCampo 8 – Opção pelas taxas gerais do art. 68.° do CIRSNeste campo, foi apenas alterada a referência ao número do

art. 72.° do Código do IRS, passando a constar o nº 9 deste artigo.Campo 9 – Opção pelas regras dos residentes – art.

17º-A do CIRSPor força da nova redação dos nºs 1 e 2 do art. 17º-A do

Código do IRS, dada pela Lei nº 83-C/2013, de 31 de dezem-bro, relativos ao regime de tributação opcional previsto para os residentes noutro Estado membro da União Europeia ou do Espaço Economico Europeu com o qual exista intercâmbio de informações em matéria fi scal, quando os rendimentos obtidos em território português representarem, pelo menos, 90% da totalidade dos rendimentos auferidos, os sujeitos passivos não residentes podem optar pelas regras de tributação aplicáveis aos sujeitos passivos residentes em território nacional.

A partir de 2014 aquela opção abrange a totalidade dos rendimentos, incluindo os rendimentos obtidos no estrangeiro, pelo que se procedeu à alteração deste campo, eliminando-se a referência à restrição aos rendimentos da categoria A, B e H.

Nas instruções da declaração passou a referir-se expressamen-te as condições em que pode ser exercido este regime opcional, não só para as declarações do ano de 2014 e seguintes (todos os rendimentos) como também para as declarações anteriores ao ano 2014 (categorias A, B e H).

Campos 12 e 13 - Identifi cação dos países onde foram obtidos os rendimentos

Na tabela de apoio constante das instruções respeitante a identifi cação dos códigos dos países que integram a União Europeia e o Espaço Económico Europeu, foi aditada ao elenco dos Estados Membros a Croácia com o código 191 (adesão ocorrida em 2013).

1.3 Quadro 8 - AnexosNeste quadro, destinado a indicação do número e tipo de

anexos que acompanham a declaração e identifi cação de outros documentos que o sujeito passivo deva juntar, os campos 13 (Docs. Opção pelo Englobamento) e 14 (Doc.Rend .Estrangeiro) foram substituídos pelo campo 13, designado, genericamente, “Outros documentos”.

(Continua na pág. seguinte)

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RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

MARÇO 2015 - Nº 5

Por outro lado, no texto das instruções, no que se refere aos “Documentos que devem acompanhar a declaração Modelo 3”, foi eliminada a parte relativa a “Outros documentos” e que respeitava ao envio:

- Do documento comprovativo dos rendimentos e retenções (nº 3 do art. 119.° do Código do IRS) para efeitos do exercício de opção pelo englobamento no Anexo E. Esta eliminação foi efetuada considerando que com a alteração introduzida ao nº 3 do art. 119º do CIRS pela Lei nº 82-E/2014, de 31 de dezembro, deixou de ser obrigatória a entrega daquele documento, sendo que, por força do disposto no nº 10 do art. 17.° da mesma lei, esta alteração aplica-se já às obrigações declarativas a cumprir em 2015.

- Dos documentos originais emitidos pelas Autoridades Fiscais ou fotocópias devidamente autenticadas com-provativos dos rendimentos obtidos no estrangeiro e correspondente imposto sobre o rendimento aí pago. Os sujeitos passivos nestas situações devem conservar os documentos originais comprovativos dos rendimentos e do correspondente imposto pago no estrangeiro, emitidos pela autoridade fi scal do (s) Estado (s) de onde são pro-venientes os rendimentos, bem como, se for caso disso, o (s) comprovativo (s) da natureza pública daqueles, para que possam ser disponibilizados à AT sempre que esta os solicite.

2. Anexo B2.1 Quadro 4A - Rendimentos Profi ssionais, Comerciais

e IndustriaisDevido à alteração do nº 2 do art. 31.° do Código do IRS,

dada pela Lei nº 83-C/2013, de 31 de dezembro, que passou a prever novos coefi cientes para efeitos da determinação do rendimento tributável no âmbito do regime simplifi cado, foram introduzidos novos campos de modo a identifi car os diferentes tipos de rendimentos gerados na atividade tendo em conta a aplicação dos respetivos coefi cientes.

Campo 403 - Outras prestações de serviços e outros rendimentos (inclui mais-valias) - aplicável até 2013

Houve a necessidade de fazer constar a expressão “aplicá-vel até 2013” para ressalvar que este campo apenas deve ser preenchido nas declarações relativas a anos anteriores a 2014, uma vez que o saldo das mais-valias, bem como as prestações de serviços passaram a ter campos específi cos a partir de 2014 em virtude de lhes serem aplicáveis coefi cientes distintos.

Campo 440 - Rendimentos de atividades profi ssionais previstas na Tabela do art. 151.° do CIRS e/ou na CAE

Este novo campo destina-se à indicação dos rendimentos auferidos no exercício, por conta própria, de uma atividade de prestação de serviços enquadrada na alínea b) do nº 3 do art. 2.° do Código do IRS, independentemente de a atividade estar classifi cada na tabela aprovada pela Portaria nº 1011/2001, de

21 de agosto, e/ou na Classifi cação Portuguesa de Atividades Económicas (CAE), do Instituto Nacional de Estatística, tal como estabelece a alínea b) do nº 2 do artigo 31.° do Código do IRS e Circular nº 5/2014, de 20 de março, incluindo a atividade com o Código “1519” – Outros prestadores de serviços”.

Campo 441 - Propriedade intelectual (não abrangida pelo art. 58.° do EBF), industrial ou de prestação de informações

Acrescentou-se este campo destinado à indicação de valores respeitantes a rendimentos da cedência ou utilização temporária da propriedade intelectual (que não cumpram os requisitos pre-vistos no art. 58.° do Estatuto dos Benefícios Fiscais), da pro-priedade industrial ou da prestação de informações respeitantes a uma experiência adquirida no setor industrial, comercial ou científi co, quando auferidos pelo seu titular originário.

Campo 442 - Saldo positivo das mais e menos-valias e restantes incrementos patrimoniais

Foi criado este campo para indicação do saldo positivo das mais e menos-valias apuradas no âmbito das atividades geradoras de rendimentos empresariais e profi ssionais, defi nidas nos termos do art. 46.° do Código do IRC, designadamente as resultantes da transferência para o património particular dos empresários de quaisquer bens afetos ao ativo da empresa e, bem assim, do saldo positivo das mais e menos-valias que, não se encontrando nessas condições, decorram das operações referidas no nº 1 do art. 10.° do Código do IRS, quando imputáveis a atividades geradoras de rendimentos empresariais e profi ssionais.

Campo 443 - Rendimentos da categoria B não incluídos nos campos anteriores

Introduziu-se um novo campo para indicação dos restantes rendimentos da categoria B, que não devam ser incluídos nos campos anteriores, decorrentes de atividades comerciais e in-dustriais que operam através de prestação de serviços, designa-damente, as que, por força do art. 4.° do Código do IRS, sejam enquadráveis na alínea a) do nº 1 do art. 3.° do mesmo Código, desde que não previstos nas alíneas a) a d) e primeira parte da alínea e) do nº 2 do art. 31 .° do referido Código.

2.2 Quadro 4B - Rendimentos Agrícolas e PecuáriosDa mesma forma, e em conformidade com a alteração à

redação do nº 2 do art. 31.° do Código do IRS, também em relação aos rendimentos agrícolas, silvícolas e pecuários, houve necessidade de identifi car os rendimentos gerados na atividade para efeitos de aplicação dos respetivos coefi cientes no âmbito da determinação do rendimento tributável por aplicação das regras do regime simplifi cado.

Campo 410 - Prestações de serviços e outros rendimentos (inclui mais-valias), aplicável até 2013

Introduziu-se a expressão "aplicável até 2013" para ressalvar que este campo apenas deve ser preenchido nas declarações relativas a anos anteriores a 2014, uma vez que o saldo das mais-valias, bem como as prestações de serviços passaram a ter campos específi cos a partir de 2014.

Campo 444 - prestações de ServiçosEste campo destina-se exclusivamente à indicação de rendi-

mentos relativos a prestações de serviços realizadas no âmbito de uma atividade agrícola, silvícola ou pecuária.

Campo 445 - Rendimentos de capitais e prediais imputáveis a atividades geradores de rendimentos da categoria B, rendi-mentos da propriedade intelectual, industrial ou prestação de

(Continuação da pág. anterior)

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informações, saldo positivo das mais e menos-valias e restantes incrementos patrimoniais

Acrescentou-se este campo para indicação dos rendimen-tos de capitais e prediais imputáveis a atividades geradoras de rendimentos da categoria B, dos rendimentos da propriedade intelectual, industrial ou prestação de informações, do saldo positivo das mais e menos-valias e dos restantes incrementos patrimoniais.

Campo 446 - Rendimentos da categoria B não incluídos nos campos anteriores

Devem ser indicados neste campo os restantes rendimentos da categoria B, que não devam ser incluídos nos campos anteriores, por não estarem previstos nas alíneas a) a d) e na primeira parte da alínea e) do n.º 2 do art. 31º do Código do IRS.

2.3 Quadro 4E - Identifi cação das entidades que paga-ram subsídios

Face ao disposto no n.º 7 do artigo 31º do Código do IRS, foram realizados aperfeiçoamentos neste quadro, meramente informativo, com o objetivo de identifi car as entidades que pa-garam subsídios, qual a sua natureza (subsídios a exploração ou não) e respetivos montantes, por forma a permitir o cruzamento com a declaração Modelo 42 e determinar quais os rendimentos a transportar para os respetivos campos dos Quadros 4A (campos 424 e 425) e 4B (campos 411 e 426), rendimentos que, no caso de subsídios não destinados a exploração, devem corresponder a 1/5 dos valores indicados neste quadro.

2.4 Quadro 11 - Total das vendas – Prestações de serviços e outros rendimentos

Conforme consta das instruções deste anexo, passaram tam-bém a serem incluídos nos rendimentos a mencionar neste quadro aqueles que sejam também indicados no campo 426 do anexo J.

Na medida em que, para efeitos da alínea a) do n.º 2 do ar-tigo 31º do Código do IRS, a “Microprodução de eletricidade” é equiparada a venda e, como tal, sujeita à aplicação do coefi -ciente 0,15, estes rendimentos devem ser incluídos no Total das Vendas, fi cando excluída do grupo dos rendimentos a indicar nos campos 1102, 1104 ou 1106, respeitantes a “Prestações de serviços e outros rendimentos”.

2.5 Instruções de preenchimentoForam alteradas as instruções deste anexo em consequên-

cia das alterações efetuadas nos diversos campos do Anexo B anteriormente identifi cadas e ainda no que se refere ao campo 421 (Quadro 4) foi clarifi cado que o valor a indicar nesse campo respeita ao resultado positivo dos rendimentos prediais, o qual corresponde ao resultado positivo que se apura mediante a de-dução aos rendimentos prediais brutos das despesas e encargos previstos no artigo 41º do Código do IRS. Foram também clari-fi cadas as instruções relativas ao preenchimento dos campos 425 e 426 (Quadro 4) que se referem aos subsídios ou subvenções não destinados a exploração, tendo sido incluído um exemplo em articulação com o preenchimento do Quadro 4E.

Merece ainda destaque nas instruções de preenchimento a clarifi cação de que, quando os rendimentos da categoria B forem obtidos fora do território português e que por esse facto devem ser identifi cados no anexo J, deve também ser apresentado o Anexo B com os Quadros 1, 3, 11 e 12 preenchidos.

De referir ainda que, relativamente aos rendimentos prove-nientes de ato isolado, foi atualizado o limite, de € 150 000,00 para € 200 000,00, em conformidade com o disposto no artigo 28.° do Código do IRS.

3. Anexo C3.1 Quadro 4 - Apuramento do lucro tributável (Obtido

em Território Português)Tornou-se necessário adaptar este quadro, considerando as

alterações decorrentes da Lei nº 2/2014, de 16 de janeiro, que veio alterar o Código do IRC, com impacto ao nível da declaração Modelo 22 do IRC (Quadro 7) e, consequentemente, no Anexo C da declaração Modelo 3, uma vez que este Anexo transcreve a maioria dos campos do referido Quadro 7, pelo que foram aditados os campos 464 a 473 ao quadro 4 do Anexo C.

3.2 Quadro 10 - Tributação autónoma sobre despesasFace a alteração introduzida no nº 2 do art. 73º do Código do

IRS (redação dada pela Lei nº 83-C/2013, de 31 de dezembro), que abrangeu, não só as taxas de tributação autónoma mas tam-bém a própria base de incidência, passou-se a distinguir, neste Quadro, entre as situações referentes aos anos anteriores a 2014 com a manutenção dos campos 1002 e 1003, e as respeitantes aos anos de 2014 e seguintes com a introdução dos novos campos 1006 e 1007 destinados a indicação das despesas referidas nas alíneas a) e b) do nº 2 do art. 73º do Código do IRS.

Assim, o campo 1006 destina-se a indicar os encargos dedutíveis relativos a despesas de representação e os encargos dedutíveis respeitantes a viaturas ligeiras de passageiros ou mistas cujo custo de aquisição seja inferior a € 20 000,00 (aos quais e aplicável a taxa de 10%) e o campo 1007 destinado a indicação dos encargos dedutíveis com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas cujo custo de aquisição seja igual ou superior a € 20 000,00 (aos quais e aplicável a taxa de 20%).

3.3 Quadro 12A - Identifi cação das entidades que paga-ram subsídios

À semelhança do que sucedeu com 0 Quadro 4E do anexo B, também este quadro foi aperfeiçoado no sentido de se proceder a identifi cação das entidades que pagam subsídios, da natureza dos mesmos e dos respetivos montantes.

3.4 Quadro 13 - Mais-valias - Reinvestimentos dos valores de realização

Face a nova redação do art. 48.° do Código do IRC, dada pela Lei nº 212014, de 16 de janeiro, o preenchimento deste quadro passa a ser obrigat6rio sempre que haja intenção de efetuar o reinvestimento do valor de realização de ativos fi xes tangíveis, ativos biológicos não consumíveis ou ativos intangíveis. Assim, foram criados novos campos destinados a indicação dos valores relativos a ativos intangíveis (1313 a 1318), mantendo-se autono-mizados os campos 1307 a 1312 para anos anteriores a 2014, tendo em conta que o nº 4 do art. 48º do Código do IRC foi revogado.

4. Anexo E4.1 Quadro 48 - Opção de englobamento de rendimentosProcederam-se a ajustamentos na questão colocada no fi nal

deste quadro, restringindo o seu âmbito para anos anteriores a 2014, tendo em conta que, em conformidade com o nº 10 do art. 17.° da Lei nº 82-E/2014, de 31 de dezembro (Lei da Reforma do IRS), a revogação operada pela mesma lei dos números 4 e 5 do art. 119.° do Código do IRS aplica-se as obrigações de-clarativas a cumprir em 2015, deixando assim de ser necessário enviar para o serviço de fi nanças o documento previsto na alínea b) do nº 1 do art. 119.° do Código do IRS, quando haja opção pelo englobamento dos rendimentos de capitais.

(Continua na pág. seguinte)

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RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

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Relembra-se que, para o ano fi scal de 2013, tendo em con-sideração, designadamente, que a AT já dispõe da informação cuja comunicação era exigida (nos termos dos nºs 3 e 4 do artigo 119.° do Código do IRS) e que consta da declaração modelo 39 e que é de difícil comprovação a tempestividade da solicitação expressa pelo sujeito passivo perante entidades terceiras, foi, por despacho do Diretor-Geral, de 06.06.2014, sancionado que: (i) a declaração a emitir pelas entidades devedoras dos rendimentos a que se refere o nº 3 do artigo 119.° do Código do IRS não tem que ser datada, necessariamente, até 31 de janeiro do corrente ano; e (ii) é dispensado o envio, a que se refere o nº 4 do artigo 119º do Código do IRS, daquela declaração aos Serviços Locais de Finanças.

Ainda no âmbito deste quadro, foi criado o novo Código E7 - Rendimentos dos Baldios, mencionado na tabela constante das instruções, para identifi cação dos rendimentos provenientes dos baldios, suscetíveis de serem englobados para efeitos de IRS. A introdução deste novo Código justifi ca-se face à alteração da Lei nº 68/93, de 4 de setembro (Lei dos Baldios), operada através da Lei nº 72/2014, de 2 de setembro, e que aditou o nº 4 ao art. 59º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, o qual veio estabelecer que: “os rendimentos dos baldios que sejam diretamente dis-tribuídos aos compartes, em dinheiro ou em espécie, (...) são considerados rendimentos de capitais em sede de IRS, estando sujeitos a retenção na fonte à taxa de 28%.”. Esta retenção na fonte tem caráter defi nitivo, podendo os sujeitos passivos optar pelo englobamento para efeitos de IRS.

5. Anexo FQuadro 5 - Informação ComplementarQuadro 5A - Identifi cação dos Imóveis Recuperados ou

Objeto de Ações de ReabilitaçãoQuadro 5 B - Opção pela Tributação dos RendimentosProcedeu-se à alteração da estrutura do Quadro 5, de modo

a contemplar a alteração introduzida no nº 5 do art. 22 .° do Código do IRS pela Lei nº 82- C/2013, de 31 de dezembro, que veio determinar que a opção pelo englobamento abrange também e obrigatoriamente os rendimentos previstos em “demais legislação, quando esta preveja o direito de opção pelo englo-bamento”. É o caso, por exemplo, dos rendimentos de imóveis situados em “área de reabilitação urbana” e dos que sejam objeto de reabilitação, nos termos do nº 6 do art. 71 ° do Estatuto dos Benefícios Fiscais, que são tributados autonomamente à taxa de 5%, podendo, no entanto, ser objeto de englobamento por opção do sujeito passivo.

Desta forma, para os anos 2013 e anteriores, e considerando que o nº 5 do art. 22º do Código do IRS não estabelecia tal obrigação, houve a necessidade de manter no Anexo F a possibilidade de o sujeito passivo optar pelo englobamento nos termos da redação anterior daquela norma, não obrigando, portanto, ao englobamento dos rendimentos dos “imóveis recuperados ou objeto de reabili-tação”. Assim, o sujeito passivo deve manifestar a opção, ou não, pelo englobamento no Quadro 58 em ambas as situações, a saber:

(i) por um lado, a opção nos campos 6 e 7 relativa aos rendimentos dos imóveis identifi cados no Quadro 5 A (imóveis recuperados ou objeto de ações de reabilitação); (ii) e, por outro lado, a opção nos campos 8 e 9 relativa aos rendimentos dos restantes imóveis (não mencionados no Quadro 5A), bem como dos provenientes da sublocação dos imóveis identifi cados no Quadro 6.

No ano 2014, quando o sujeito passivo exerça a opção pelo englobamento dos rendimentos prediais (Quadro 5B - Opção pela tributação dos rendimentos, campos 10 e 11), fi ca por esse facto obrigado a englobar também os rendimentos de imóveis situados em “área de reabilitação urbana e dos que sejam objeto de ações de reabilitação” e, bem assim, os demais rendimentos sujeitos a tributação a taxas proporcionais (liberatórias ou es-peciais) com opção pelo englobamento, em conformidade com o disposto no nº 5 do art. 22.° do Código do IRS.

As instruções de preenchimento foram alteradas em confor-midade, sendo que o Quadro 5 passou a denominar-se “Infor-mação Complementar”, o Quadro 5B “Opção pela Tributação dos Rendimentos”, e o Quadro 4 “Rendimentos obtidos”.

6. Anexo H

6.1 Quadro 9 - Consignação de 0,5% do IRS – Consig-nação do benefício de 15% do IVA suportado

Procedeu-se apenas à retifi cação neste quadro e nas respetivas instruções de preenchimento da referência a Lei nº 16/2001, de 22 de junho (por lapso, o modelo anterior referia-se a “Lei nº 16/2011, de 22 de junho”).

7. Anexo I

7. 1 Quadro 5 - Regime Simplifi cado - Anexo BCom as alterações introduzidas no art. 31° do Código do

IRS, dada pela Lei nº 83-C/2013, de 31 de dezembro, foram estabelecidos novos coefi cientes em sede do regime simplifi cado do IRS, pelo que se procedeu à reestruturação do Quadro 5, o qual foi subdividido, nos seguintes termos:

i) Um primeiro bloco respeitante a rendimentos de anos anteriores a 2014, que compreende os campos 501 e 502, aos quais são aplicáveis os coefi cientes de 0,20 ou 0,75 respetivamente;

ii) Um segundo bloco referente a rendimentos obtidos nos anos de 2014 e seguintes, que integra os campos 504, 505, 506, 507 e 508, aos quais são aplicáveis, respetivamente, os coefi cientes de 0,15, 0,75, 0,95, 0,30 e 0,10.

7.2 Quadro 8 - Tributação autónoma sobre despesasEm consequência da alteração introduzida nas taxas de tri-

butação autónoma em vigor a partir de 2014 (alíneas a) e b) do nº 2 do art. 73.° do Código do IRS), foram criados os campos 806 e 807 para indicação das despesas e encargos respeitantes aos anos 2014 e seguintes e relativas, respetivamente, a despesas de representação e encargos dedutíveis com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas cujo custo de aquisição seja inferior a € 20 000,00, motos e motociclos (taxa de 10%) e a encargos dedutíveis com automóveis ligeiros de passageiros ou mistos cujo custo de aquisição seja igual ou superior a € 20 000,00 (taxa de 20%).

Por outro lado, os campos 802 e 803, referentes, respetiva-mente, a despesas de representação e encargos dedutíveis com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, motos e motociclos (taxa de 10%) e encargos com autom6veis ligeiros de passageiros ou mistos, com emissões de CO2 inferiores aos limites (taxa de 5%), aplicam-se apenas a anos anteriores a 2014.

Quanto às instruções de preenchimento, as mesmas foram

(Continuação da pág. anterior)

Boletim do Contribuinte 181MARÇO 2015 - Nº 5

ajustadas e alteradas em conformidade com as alterações intro-duzidas nos quadros deste anexo.

8. Anexo J8.1 Quadro 4 - Rendimentos obtidos no estrangeiroCampo 426 - Rendimentos da propriedade intelectual ou

industrial, rendimentos de capitais e prediais imputáveis a ati-vidades geradoras de rendimentos empresariais e profi ssionais, saldo positivo das mais e menos-valias e restantes incrementos patrimoniais.

Em face do disposto na alínea c) do nº 2 do artigo 31º do Código do IRS, foi introduzido este novo campo, que se desti-na à indicação dos rendimentos da propriedade intelectual ou industrial, dos rendimentos de capitais e prediais imputáveis a atividades geradoras de rendimentos, do saldo positivo das mais e menos-valias e dos restantes incrementos patrimoniais.

Campo 418 - Rendimentos da Diretiva da Poupança nº 2003/48/CE

Foi alterado o texto constante nas instruções de preenchi-mento, aperfeiçoando e atualizando a identifi cação dos países ou territórios abrangidos pelo período de transição que efetuam retenção na fonte nos termos da Diretiva da Poupança, tendo sido acrescentados à lista dos territórios dependentes Jersey e Saint Maarten (a partir de 1 de janeiro de 2011).

8.2 Quadro 4, 4A e 4BNo fi nal dos Quadros 4, 4A e 4B, na questão relativa a infor-

mação complementar, foi incluído o campo 425 (instrumentos fi nanceiros, derivados, warrants e certifi cados) no elenco dos campos relativos a rendimentos suscetíveis de englobamento por opção do sujeito passivo, tendo igualmente sido alteradas em conformidade as instruções de preenchimento.

8.3 Quadro 6 - Discriminação dos rendimentos obtidos no estrangeiro

Com o objetivo de determinar de imediato as respetivas regras de liquidação de rendimentos de pensões, de acordo com as Convenções celebradas com Portugal para evitar a dupla tributação, foi adicionado no fi nal deste quadro um campo para informação complementar relativa à origem dos rendimentos indicados no campo 416 do Quadro 4 (Pensões), na qual o sujeito passivo deve indicar se os mesmos foram atribuídos pelo sistema de Segurança Social do país de origem ou por outras entidades.

8.4 Instruções de preenchimentoAo nível das instruções de preenchimento deste anexo,

salienta-se a alteração respeitante aos documentos originais com-provativos dos rendimentos e do correspondente imposto pago no estrangeiro, emitidos pela autoridade fi scal do (s) Estado(s) de onde são provenientes os rendimentos, bem como, se for caso disso, o(s) comprovativo(s) da natureza pública daqueles. Esta alteração consubstancia-se na eliminação da obrigatoriedade de envio destes documentos para a AT aquando da entrega da declaração. Estes documentos devem ser conservados pelos su-jeitos passivos e serão apresentados a AT quando esta os solicite.

9. Anexo L9.1 Quadro 6A - Rendimentos de atividades de elevado

valor acrescentadoProcedeu-se à correção da referência legislativa relativa à

opção pelo englobamento, passando a constar “nº 8 do art. 72º do CIRS”, tendo-se ainda explicitado nas instruções de preen-chimento que a opção pelo englobamento implica que sejam também englobados os rendimentos de capitais, as mais-valias

respeitantes a valores mobiliários, os rendimentos prediais, bem como outros rendimentos em que a legislação preveja o direito de opção de englobamento, em conformidade com o disposto no nº 5 do art. 22º do Código do IRS.

(Ofi cio Circulado nº 20174, de 26.02.2015, da DSISRPS, da AT)

N.R. Relativamente à entrega das declarações de rendimentos modelo 3 do IRS os interessados podem consultar os esclarecimentos e orientações que foram publicados no último número, págs. 134 a 146, com informações úteis quanto ao enquadramento das catego-rais de rendimentos, instruções de preenchimento das declarações, benefícios e deduções fi scais, taxas, etc.

Pode ainda consultar online o Guia prático do IRS que o Boletim do Contribuinte disponibiliza em www.vidaeconómica.pt (IRS 2014 – GUIA ONLINE)

IMIBenefícios fi scais

Redução de taxa do IMI para prédios urbanos destinados à produção de energia

a partir de fontes renováveis

Âmbito e enquadramento dos benefícios estabelecidos no artigo 44º-A do EBF

A Lei nº 82-D/2014*, de 31 de dezembro, alterou o Esta-tuto dos Benefícios Fiscais (EBF), nomeadamente através do aditamento do artigo 44º-A, que prevê uma redução de taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para os prédios urbanos destinados à produção de energia a partir de fontes renováveis.

Tendo em vista clarifi car a aplicação desta norma e desta forma harmonizar os procedimentos da AT, foi, através do despacho nº 26/2015-XIX, de S.E. o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, sancionado o seguinte entendimento:

1 - Q artigo 44°-A do EBF consagra uma redução de taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em 50% para os prédios urbanos sob a espécie «Outros» exclusivamente afetos a produção de energia a partir de fontes renováveis, assim caracterizados:

a) Terrenos situados dentro de um aglomerado urbano que não sejam terrenos para construção ou, nos termos do nº 2 do artigo 3º do Código do IMI, prédios rústicos; ou

b) Edifícios ou construções licenciados para outros fi ns que não os habitacionais, comerciais, industriais ou serviços; ou

c) Edifícios ou construções que, na falta de licença, não tenham como destinos normais fi ns habitacionais, comerciais, industriais ou para serviços.

2 - A redução da taxa do IMI inicia-se no ano em que se verifi car a afetação exclusiva do prédio à produção de energia a partir de fontes renováveis, pelo que, caso esta afetação se verifi que em 2015, o benefício abrange o imposto devido com referência ao corrente ano, a liquidar em 2016.

3 - Q procedimento de reconhecimento do benefício e da ini-ciativa do sujeito passivo, formalizada mediante a apresentação de requerimento devidamente documentado que possibilite a consta-tação da afetação exclusiva do prédio e do momento em que esta se verifi cou, nos sessenta dias subsequentes à referida afetação.

(Continua na pág. seguinte)

182 Boletim do Contribuinte

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

MARÇO 2015 - Nº 5

4 - Verifi cados os pressupostos do direito ao benefício, compete ao chefe do serviço de fi nanças da área da situação do prédio a decisão do procedimento de reconhecimento.

5 - A manutenção do benefício fi scal durante o período le-galmente previsto está condicionada à continuidade da afetação exclusiva do prédio objeto da redução de taxa à produção de energia a partir de fontes renováveis.

6 - Cessando a referida afetação exclusiva, o sujeito passivo deve comunicar esse facto, no prazo de trinta dias, ao serviço de fi nanças da área da situação do prédio, cumprindo com a obrigação declarativa prevista na alínea g) do nº 1 do artigo 13° do Código do IMI.

7 - A apresentação do pedido para reconhecimento do benefício fi scal fora do prazo de sessenta dias, contados da afetação do prédio aos fi ns relevantes, determina que o início da redução da taxa do IMI tenha lugar a partir do ano imediato ao da iniciativa do procedimento.

8 - Relativamente aos prédios urbanos afetos exclusiva-mente à produção de energia a partir de fontes renováveis em momento anterior ao início da vigência da norma instituidora do benefício fi scal e cujo pressuposto se mantenha em 2015.01.01, o benefício e a contagem do prazo de sessenta dias iniciam-se com a data de entrada em vigor da Lei nº 82-D/2014, de 31 de dezembro – 2015.01.01, pelo que o benefício abrange o imposto de 2015, a liquidar em 2016. Caso o pedido de reconhecimento seja apresentado para além deste prazo, aplica-se o disposto no nº anterior, ou seja, o início da redução da taxa do IMI tem lugar a partir do ano imediato ao da iniciativa do procedimento.

(Circular n° 4/2015, de 25.2.2015, da Direção de Serviços do Imposto Municipal sobre Imóveis, da AT)

N.R. * A Lei nº 82-D/2014, de 31.12, foi publicada no Bol. do Contribuinte, 2015, pág. 20, posteriormente alvo de retifi cação pela declaração de retifi cação nº 6/2015, de de 27.2, que é reproduzida na pág. 189 deste número.

IECFiscalidade ambiental

Declaração voluntária da quantidade de sacos de plástico leves

A Lei nº 82-D/2014(1), de 31 de dezembro, que procede à alteração das normas fi scais ambientais nos setores da energia e emissões, transportes, água, resíduos, ordenamento do terri-tório, fl orestas e biodiversidade, criou uma contribuição sobre os sacos de plástico leves;

A referida contribuição encontra-se regulamentada pela Portaria nº 286-B/2014(2), de 31 de dezembro;

Pelo ofício circulado nº 35.038/2014 foram divulgados os procedimentos relativos ao cumprimento, pelos sujeitos passivos da contribuição, das obrigações e formalidades estabelecidas na legislação acima referida;

Posteriormente, veio o Despacho nº 850-A/2015, publicado no Diário da República, 2.ª série, nº 18, de 27 de janeiro de 2015, prever a possibilidade de declaração voluntária da quantidade de sacos de plástico leves e pagamento da respetiva contribuição, por parte dos operadores económicos que não sejam sujeitos passivos da contribuição, através do processamento de uma DIC em qualquer alfândega ou delegação aduaneira, até ao último dia útil de fevereiro de 2015 (dia 27);

Considerando que não é passivel, para estes operadores eco-nómicos, o acesso à apresentação de DIC por meios eletrónicos, por não serem sujeitos passivos da contribuição, e como tal não se encontrarem registados no sistema declarativo dos IEC, no âmbito do qual foi inserida a contribuição;

Considerando a necessidade de facilitar aos operadores, nessas circunstâncias, o cumprimento do disposto no referido Despacho, através do recurso a meios que dispensem a sua comparência nos serviços, indo assim ao encontro das suas pretensões;

Considerando a necessidade de permitir às alfândegas e delegações aduaneiras a adoção de procedimentos que permitam a otimização da gestão do fl uxo de pedidos de regularização, bem como de uniformizar e generalizar esses procedimentos a todas as estâncias aduaneiras;

Em conformidade com o meu despacho de 20 de fevereiro de 2015, divulgam-se as seguintes instruções:I - Âmbito de aplicação

As presentes instruções aplicam-se ao procedimento de declaração voluntária da quantidade de sacos de plástico leves detida por operadores económicos que não são sujeitos passivos da contribuição, previsto no Despacho nº 850-A/2015.II - Procedimento de declaração voluntária dos sacos de plástico leves

Os operadores económicos que pretendam efetuar a decla-ração voluntária devem comparecer na alfândega ou delegação aduaneira mais próxima, a fi m de ser processada uma Declaração de Introdução no Consumo (DIC) relativa à quantidade de sacos de plástico leves a declarar.

A DIC é processada diretamente no sistema SIC-IC ou, na impossibilidade do seu processamento imediato, é posterior-mente recolhida no sistema mediante os elementos fornecidos pelos interessados.

Neste caso, o DUC é enviado por correio para a morada indicada pelo declarante. Não deve ser exigido, em caso algum, o preenchimento manual do formulário da DIC.

Processada a DIC, é emitido o DUC, devendo o montante

(Continuação da pág. anterior)

AUTONOMIA TRIBUTÁRIA

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Boletim do Contribuinte 183MARÇO 2015 - Nº 5

liquidado ser pago no prazo de 15 dias, caso em que o DUC é enviado ao declarante para o efeito, ou de imediato, caso o declarante assim o deseje.

Sempre que, por razões que as alfândegas e delegações aduaneiras considerem atendíveis, mediante contacto prévio dos interessados, como sejam, por exemplo, a grande distância entre os estabelecimentos dos operadores e os serviços ou a exiguidade de recursos humanos (pequenas e microempresas), podem ser aceites pedidos relativos à declaração voluntária enviados pelos declarantes por correio eletrónico ou pelo correio. Neste caso, os serviços processam a DIC e enviam cópia da DIC e o DUC para a morada indicada pelo declarante, pelo correio.

Para efeitos do pedido referido no parágrafo anterior, disponibiliza-se em anexo ao presente ofício circulado:

• Anexo I - Modelo do pedido para preenchimento pelos declarantes;

• Anexo II - Lista de contactos das Alfândegas e Delega-ções Aduaneiras onde a declaração voluntária pode ser efetuada.

(Ofício Circulado nº 35.042/2015, de 20.2.2015, da Direção de Serviços dos Impostos Especiais de Consumo e do Imposto sobre Veículos, da AT)

N.R. 1 – A Lei nº 82-D/2014, de 31.1, foi publicada no Bol. do Contribuinte, 2015, pág. 20, com retifi cação na pág. 189 deste número.

2 – A Portaria nº 286-B/2014, de 31.12, aprova a regulamentação da contribuição sobre os sacos de plástico. Nesse sentido estabeleceu as novas regras e obrigações para operadores e sujeitos passivos e es-tabeleceu a caracterização dos designados sacos de plástico leves, bem como as regras relativas à liquidação e pagamento, prazos, obrigações declarativas, entrepostos fi scais, isenções, etc.

3 – O Despacho nº 850-A/2015, de 27.1, foi publicado no Bol. Do Contribuinte, 2015, pág. 110.

Anexo I

Anexo IIAlfândegas

ALFÂNDEGA Morada Código Postal Telefone Fax Endereço Eletrónico

Aeroporto de Lisboa (1)

Aeroporto de Lisboa - Terminal de Carga, Edifício 134 1750-364 Lisboa 210 030 080 210 037777 [email protected]

Aeroporto do Porto (2)

Aeroporto Francisco Sá Carneiro - Complexo de Carga 4470-827 Maia 229 438 060 229 439297 [email protected]

Alverca Estrada Nacional 10, Km 127,2 2615-143 Alverca 219 587 210 219 587235 [email protected]

Aveiro Lugar dos Moinhos - Est. 1 09/7Terminal TIR - Edifício Administrativo 3810-520 Aveiro 234 377 000 234 377026 [email protected]

Braga Parque Industrial de Celeirós - 2ª Fase- Av. Eng. José Rolo, Lote T2

4705-414 CeleirósBraga 253 305 500 253 305 548 [email protected]

Faro Av. da República, nº 8-B 8000-079 Faro 289 887 720 289 887 748 [email protected]

Freixieiro Estrada Nacional, nº 107 – TERTIR 4455-496 Perafi ta 229 983 210 229 997 756 [email protected]

Jardim do Tabaco Av. Infante D. Henrique, nº 34 1100-280 Lisboa 218 814 121 218 814 104 [email protected]

Leixões Av. Liberdade 4450-718 Leça da Palmeira 229 984 040 229 984 107 [email protected]

Peniche Rua da Alfândega 2520-621 Peniche 262 790 060 262 790 079 [email protected]

Setúbal Av. Jaime Rebelo 2904-536 Setúbal 265 001 150 265 234 156 [email protected]

Viana do Castelo Largo João Tomás da Costa 4900-509 Viana do Castelo 258 800 040 258 800 050 [email protected]

(1) Para Zona Aeroportuária do Aeroporto de Lisboa. (2) Para Zona Aeroportuária do Aeroporto do Porto.(Continua na pág. seguinte)

184 Boletim do ContribuinteMARÇO 2015 - Nº 5

IRS/IRC/ISPagamento de retenções na fonte de IRS/IRC

e de Imposto de Selo

Retifi cação ao Ofício Circulado n.º 90019 de 29-12-2014

Na sequência da divulgação do Ofício Circulado n.º 90019*, de 29-12-2014, respeitante ao pagamento de retenções na fonte de IRS/IRC e de imposto de selo, retifi ca-se o seu ponto 2, onde se lê:

“2. No que respeita à sobretaxa:”, deve ler-se “2. No que respeita aos rendimentos de capitais:”.

Abaixo republica-se o Ofício Circulado em causa, já com a referida retifi cação:

Nos termos da Portaria n.º 523/2003, de 4 de Julho, as entidades obrigadas a efetuar retenções na fonte de IRS e de IRC e ao pagamento do Imposto do Selo devem proceder à entrega das correspondentes importâncias utilizando o modelo aprovado, sendo a sua apresentação feita por transmissão eletrónica de dados ou através das entidades mencionadas na referida Portaria.

A identifi cação da natureza dos rendimentos objeto de retenção e dos atos sujeitos a Imposto do Selo deve ser feita de acordo com a codifi cação constante do referido modelo.

Analisando a codifi cação atualmente existente, no que concerne ao IRS, constata-se que os códigos referentes aos rendimentos de capitais (códigos 105 a 108) não permitem conhecer com rigor os montantes entregues a título de taxas liberatórias e não liberatórias – art.ºs 71 e 101 do CIRS, res-petivamente.

Para fazer face a este constrangimento, surge a necessidade de alterar os códigos referentes aos rendimentos de capitais, tendo em conta, por um lado, a Declaração Modelo 39 atra-vés da qual as entidades devedoras ou pagantes indicam os rendimentos sujeitos a taxas liberatórias (art.º 71 do CIRS) e, por outro, a Declaração Modelo 10 que mantém o elenco dos

Delegações aduaneiras

Delegação Aduaneira Morada Código Postal Telefone Fax Endereço Eletrónico

Bragança Av. Da Abade de Rabaçal, nº 41, r/c 5300-068 Bragança 273 302570 273 302579 [email protected]

Covilhã Parque Industrial 6200-027 Covilhã 275 319190 275 319199 [email protected]

Elvas Caia 7350-443 Elvas 268 640008 268 640009 [email protected]

Figueira da Foz Cais da Alfândega, 31 3080-052 Figueira da Foz 233 408110 233 408119 [email protected]

Peso da Régua Rua de Vila Franca 5050-266 Peso da Régua 254 310120 254 310128 [email protected]

Portimão Rua Júdice Biker, nº 5 8500-701 Portimão 282 405500 282 405509 [email protected]

Sines Terminal Petroleiro 7520-203 Sines 282 405500 282 405509 [email protected]

Vilar Formoso Largo da Alfândega 6355-217 Vilar Formoso 271 510050 271 510059 [email protected]

rendimentos de capitais com englobamento obrigatório (art.º 101 CIRS).

Assim, será benéfi co se as retenções de IRS, em termos de guia de pagamento, para efeito de cruzamento com cada uma das declarações supramencionadas, tiverem um código próprio.

A Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, no seu art.º 187, insti-tuiu a Sobretaxa em sede de IRS, cuja retenção deve corresponder a 3,5% dos rendimentos oriundos do trabalho dependente e de pensões, nas condições estabelecidas no n.º 5 daquele normativo.

Tendo em conta a criação da DMR – Declaração Mensal de Remunerações (Portaria n.º 6/2013, de 10 de janeiro), através da qual as entidades declaram apenas os rendimentos do trabalho dependente que pagam aos seus trabalhadores, torna-se decisivo, para efeitos de cruzamento de dados com esta declaração, que a codifi cação da guia de pagamento das retenções a título de sobretaxa discrimine os valores retidos de acordo com a categoria a que pertencem (A ou H).

Assim, na sequência do acima descrito, é nosso entendi-mento que:

O código 108 – IRS – Capitais – Outros rendimentos e o código 112 – IRS – Sobretaxa extraordinária devem ser desativados;

Devem ser criados 4 novos códigos:1. No que respeita à sobretaxa:- Código 113 – IRS – Sobretaxa extraordinária – Cat. A;- Código 114 – IRS – Sobretaxa extraordinária – Cat. H;2. No que respeita aos rendimentos de capitais:- Código 115 – IRS – Outros Rendimentos de capitais

sujeitos às taxas previstas no art.º 71 do CIRS;- Código 116 – Rendimentos de capitais sujeitos à taxa do

art.º 101 do CIRS;Mais se acrescenta que o Ofi cio-Circulado 30064/2003,

de 21 de outubro, da Direção de Serviços de Cobrança se considera a partir desta data revogado.

Nestes termos, divulgam-se, em anexo, os códigos relativos

Boletim do Contribuinte 185MARÇO 2015 - Nº 5

aos rendimentos sujeitos a retenção e atos sujeitos ao Imposto do Selo, iniciando-se em 01 de janeiro de 2015 a obrigatorie-dade da sua utilização.

(Ofício Circulado nº 90019/2014, de 29.12.2014, da Área de Cobrança da AT)

N.R. * O Of. circ. nº 90019/2014 foi transcrito no Bol. do Con-tribuinte, 2015, pág. 13.

CÓDIGOS DOS RENDIMENTOS E ATOS SUJEITOS A IMPOSTO

Imposto s/ Rendimento das Pessoas Singulares – IRS

N.º Descrição dos Rendimentos101 Trabalho dependente102 Empresariais e profi ssionais103 Pensões104 Prediais105 Capitais - Valores mobiliários - Entidades emitentes

106 Capitais - Valores mobiliários - Entidades registadoras, depositárias e outras

107 Capitais - Juros de depósitos à ordem ou a prazo

109 Prémios de jogos, lotarias, rifas, apostas mútuas, sor-teios, concursos

110 Indemnizações e outros incrementos patrimoniais113 Sobretaxa extraordinária – Categoria A114 Sobretaxa extraordinária – Categoria H

115 Outros rendimentos de capitais sujeitos às taxas pre-vistas no art.º 71 do CIRS

116 Rendimentos de capitais sujeitos à taxa do art.º 101 do CIRS

199 Juros compensatórios

Imposto s/ Rendimento das Pessoas Coletivas – IRC

N.º Descrição dos Rendimentos201 Prediais202 Comissões por intermediação em quaisquer contratos e

prestações de serviços203 Capitais – Valores mobiliários – Entidades emitentes204 Capitais – Valores mobiliários – Entidades registadoras

ou depositárias205 Capitais – Juros de depósitos à ordem ou a prazo206 Capitais - Outros rendimentos

N.º Descrição dos Rendimentos207 Prémios de jogos, lotarias, rifas, apostas mútuas, sor-

teios, concursos208 Remunerações de membros de órgãos estatutários de

Pessoas Coletivas209 Fundos de Investimento (Art. 22º do EBF)299 Juros compensatórios

Imposto do Selo – IS

N.º Descrição dos atos sujeitos a IS301 Aquisição onerosa ou doação302 Arrendamento e subarrendamento303 Autos e termos304 Cheques305 Comodato306 Depósito civil307 Depósito dos estatutos das associações308 Escritos de quaisquer contratos309 Exploração/pesquisa/prospeção

310 Garantias das obrigações311 Jogo312 Licenças313 Livros dos comerciantes314 Marcas e patentes315 Notários e atos notariais316 Operações aduaneiras317 Operações fi nanceiras318 Precatórios ou mandados319 Publicidade320 Registos e averbamentos321 Reporte322 Seguros323 Títulos de crédito324 Títulos da dívida pública325 Vales de correio/telegráfi cos326 Entradas de capital327 Transferências onerosas de atividades398 Outros399 Juros compensatórios

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186 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

MARÇO 2015 - Nº 5

IVAEntrega que o cooperador faz à Adega

Cooperativa – Fatura

FICHA DOUTRINÁRIADiploma: CIVAArtigo: 7º, 8º, 29º, 36ºAssunto: Facto gerador e exigibilidade – fatura – Entrega que

o cooperador faz à Adega Cooperativa, da sua produção de uva, não possuindo qualquer contrato de fornecimento ou de comissão

Processo: nº 8126, por despacho de 2015-02-04, do SDG do IVA, por delegação do Diretor Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira - AT.

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vinculativa solicitada, ao abrigo do art° 68° da Lei Geral Tributária (LGT), por «….A…», presta-se a seguinte informação.

I – Pedido O Requerente, na qualidade de cooperador de uma

Adega Cooperativa, deposita aí a totalidade da sua produção de uva, não possuindo qualquer contrato de fornecimento ou de comissão. Refere que “a liquidação da uva só é efetuada pela Adega, após ter vendido o vinho, pelo que não existe um valor tributável da operação à data de hoje”. Coloca-se a questão de determinar qual o momento em que deve emitir fatura.

II - Enquadramento em sede de IVA 1. Em geral, de acordo com o artigo 36.º do Código

do IVA (CIVA), a fatura que titula transmissões de bens, prestações de serviços ou pagamentos antecipados deve ser emitida até ao 5.º dia útil seguinte ao momento em que o imposto é devido nos termos do artigo 7.º do CIVA.

2. Ocorrendo pagamentos relativos a uma trans-missão de bens ou prestação de serviços ainda não efetuada, ou coincidindo o pagamento com o momento em que o imposto é devido nos termos do artigo 7.º, deve ser emitida fatura na data do recebimento desse pagamento.

3. No caso concreto, na ausência de contrato de comissão entre o Requerente e a Adega, aquando da entrega da uva, ocorre uma transmissão de bens, determinando o artigo 7.º do CIVA que o imposto é devido e torna-se exigível no momento em que os bens são colocados à disposição daquela.

4. Consequentemente, o Requerente está obrigado a emitir fatura até ao 5.º dia útil seguinte à data da entrega das uvas.

5. Por força da obrigação de faturação, deve atender-se, também, ao artigo 8.º do CIVA, que

determina que quando aquela exista, o IVA devido pela operação se torne exigível:

i) no momento da emissão da fatura, se a mesma foi emitida no prazo de 5 dias a contar da data da realização da operação (cf. n.º 1 do artigo 36.º do CIVA);

ii) no momento em que o prazo para emitir a fatura terminou, se o mesmo não foi cumprido;

iii) no momento do recebimento do pagamento, se tiver havido lugar a pagamentos, ainda que parciais, antes da emissão da fatura, sendo, neste caso, o imposto exigível pelo montante recebido.

6. Se a Adega efetua pagamentos antes da ocorrência da transmissão da uva (pagamento antecipado), o Requerente deve, como se referiu, emitir fatura na data do recebimento, relativamente à quantia paga.

7. Apesar da regra geral de emissão de fatura quando ocorre a colocação à disposição dos bens ao seu adquirente, nada obsta a que o Requerente opte, se tiver por conveniente, pelo processamento de faturas globais, nos termos descritos na alínea 6) do artigo 29.º, articulado com o n.º 2 do artigo 36.º, ambos do CIVA.

8. A fatura global pode ser emitida quando destinada a titular um conjunto de operações que se efetuam num período de um mês ou em períodos inferiores, desde que, por cada transação, por exemplo, por cada entrega de uva, seja emitida guia ou nota de remessa e do conjunto dos dois documentos resul-tem os elementos referidos no n.º 5 do artigo 36.º do CIVA. No caso da entrega de bens por produtores agrícolas, a guia ou nota de remessa referida pode ser substituída por documento comprovativo da entrega dos bens.

9. A fatura global deve ser processada até ao 5.º dia útil seguinte ao termo do período a que respeita (um mês ou período inferior).

10. Face à situação particular em que a questão apresentada se integra, deve, ainda, atender-se ao disposto no Despacho n.º 397/2013 - XIX, de 2013.09.26, do Senhor Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais sobre a problemática do cum-primento da obrigação de emissão de fatura nas situações de entrega de uva durante o período da vindima.

11. Efetivamente, o despacho mencionado, consi-derando que, naquele período, os viticultores que fazem a entrega da uva aos centros de vinifi cação ou às adegas cooperativas podem desconhecer, ainda, a natureza do produto fi nal a que aquelas serão destinadas e que, por isso, nem sempre é possível determinar de antemão o preço a que serão tran-sacionadas, estabelece a possibilidade de, quando exista contrato escrito ou oral entre as partes (viti-cultores e adquirentes) e se possa determinar uma periodicidade de pagamento durante e/ou no fi nal da campanha, serem adotados os procedimentos a que se refere o n.º 3 do artigo 7.º do CIVA, segun-do o qual "nas transmissões de bens e prestações de serviços de carácter continuado, resultantes de contratos que deem lugar a pagamentos sucessivos, considera-se que os bens são postos à disposição e as prestações de serviços são realizadas no termo do período a que se refere cada pagamento, sendo o

Boletim do Contribuinte 187

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

MARÇO 2015 - Nº 5

imposto devido e exigível pelo respetivo montante". 12. Neste caso, a fatura deve ser emitida no prazo

de 5.º dias úteis a contar daquele pagamento, fi ccionando-se que foi apenas nesse momento que os bens foram colocados à disposição do adquirente.

III - Conclusão: 13. Não havendo um contrato de comissão entre

as partes, por cada entrega de uvas, o Requerente está obrigado a emitir fatura, em cumprimento do disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA. A mesma deve ser emitida num prazo de 5 dias úteis a contar da data de colocação à disposição das uvas à Adega.

14. Pode recorrer-se ao processamento de faturas globais, destinadas a titular transações que decorrem num período de um mês ou durante período inferior.

15. No entanto, se assim o entender, face ao Despacho n.º 397/2013 - XIX, de 2013.09.26, do Senhor Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, e assumindo que existe um contrato entre o viticultor e a adega, ainda que o mesmo tenha a forma oral, pode aplicar-se à situação em apreço, o disposto no n.º 3 do artigo 7.º do Código do IVA.

16. Neste caso, o facto gerador do imposto verifi ca-se no termo do período a que se refere o pagamento, sendo o imposto devido e exigível pelo respetivo montante, devendo nas respetivas faturas ser feita referência ao período a que corresponde a operação, em cumprimento do disposto na alínea f) do n.º 5 do artigo 36.º do CIVA.

IVATradutora e intérprete de língua

gestual portuguesa para pessoas defi cientes auditivas

FICHA DOUTRINÁRIADiploma: CIVAArtigo: alínea c) do n.º 1 do artigo 18.ºAssunto: Taxas - Tradutora e intérprete de língua gestual

portuguesa para pessoas surdas, defi cientes audi-tivas que, na ausência desses serviços não lhes é possível comunicar e, consequentemente, integrar a comunidade.

Processo: nº 7899, por despacho de 2014-11-26, do SDG do IVA, por delegação do Diretor Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira - AT.

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vincu-lativa solicitada, ao abrigo do art° 68° da Lei Geral Tributária (LGT), presta-se a seguinte informação.

No presente pedido de informação vinculativa a requerente pretende esclarecimento sobre o enqua-dramento, em sede de IVA, da atividade de tradutor e intérprete de língua gestual.

DESCRIÇÃO DOS FACTOS 1. A requerente encontra-se registada, para efeitos

fi scais, com a atividade de “Atividades de tradução e interpretação” – CAE 74300 tendo, em sede de IVA, enquadramento no regime normal de tributação.

2. No âmbito desta atividade, refere que trabalha como tradutora e intérprete de língua gestual por-tuguesa com pessoas surdas, defi cientes auditivas que, sem os serviços de tradução e interpretação não lhes é possível comunicar e, consequentemente, integrar na comunidade. Estes serviços são efetu-ados não só para pessoas que o solicitem a nível particular, mas também para várias instituições e IPSS relacionadas com esta área de defi ciência.

3. Tendo conhecimento de que existem profi ssionais de outras áreas, nomeadamente terapeutas da fala, que exercem a sua atividade profi ssional também com pessoas defi cientes auditivas e se encontram isentos de IVA ao abrigo do artigo 9.º do Código do IVA (CIVA), solicita esclarecimento sobre a possibilidade de também benefi ciar da isenção consagrada nesta norma legal.

ANÁLISE DA SITUAÇÃO E CONCLUSÃO 4. Relativamente à questão colocada pela requerente

importa fazer uma breve referência às atividades paramédicas onde se encontra elencada a atividade de terapia da fala.

5. A alínea 1) do artigo 9.º do CIVA isenta de imposto, as prestações de serviços efetuadas no exercício das «profi ssões de médico, odontologista, parteiro, enfermeiro e outras profi ssões paramédicas».

6. Atendendo a que não existe no Código do IVA um conceito que defi na as atividades paramédicas, a Administração Fiscal socorre-se do Decreto-Lei n.º 261/93, de 24 de julho, bem como do Decreto-Lei n.º 320/99, de 11 de agosto (ambos do Ministério da Saúde), uma vez que são estes dois diplomas que contêm em si os requisitos a observar para o exercício das respetivas atividades.

7. Em conformidade com o estabelecido no preâm-bulo do Decreto-Lei n.º 320/99, de 11 de agosto, ambos os diplomas visam prosseguir a proteção da saúde dos cidadãos, enquanto direito social constitucionalmente consagrado « (…) através de uma regulamentação das atividades técnicas de diagnóstico e terapêutica que condicione o seu exercício em geral, quer na defesa do direito à saúde, proporcionando a prestação de cuidados por quem detenha habilitação adequada, quer na defesa dos interesses dos profi ssionais que efetivamente possuam os conhecimentos e as atitudes próprias para o exercício da correspondente profi ssão».

8. Neste sentido, determina o n.º 3 do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 261/83, de 24 de julho, que as atividades paramédicas são as constantes da lista

(Continua na pág. seguinte)

188 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

MARÇO 2015 - Nº 5

anexa ao citado diploma. Estas compreendem a utilização de técnicas de base científi ca com fi ns de promoção de saúde e de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença, ou da reabilitação.

9. É condição essencial para o exercício destas atividades profi ssionais de saúde e determinante para a atribuição da isenção prevista na alínea 1) do artigo 9.º do CIVA, a verifi cação de determinadas condições, nomeadamente a titularidade de curso, obtido nos termos do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 320/99, de 11 de agosto.

10. De acordo com o artigo 5.º do referido Decreto--Lei n.º 320/99, o exercício das profi ssões fi ca dependente de título profi ssional correspondente a uma das designações mencionadas no artigo 2.º, a reconhecer pelo Departamento de Recursos Humanos da Saúde (DRHS), referindo o artigo 6.º do mesmo diploma que o «título profi ssional é reservado a todos aqueles que possuam uma das habilitações constantes do art.º 4.º».

11. A atividade de terapia da fala encontra-se elencada no item 16 do Anexo ao Decreto-Lei n.º 261/83, de 24 de julho. De acordo com a descrição aí prevista, esta atividade assenta no «Desenvol-

vimento de atividades no âmbito da prevenção, avaliação e tratamento das perturbações da co-municação humana, englobando não só todas as funções associadas à compreensão e expressão da linguagem oral e escrita, mas também outras formas de comunicação não verbal».

12. Face ao anteriormente descrito, constata-se que a atividade de terapia da fala benefi cia da isenção da alínea 1) do artigo 9.º do CIVA, na medida em que sejam cumpridas as condições enumeradas nos citados Decretos-Lei e se refi ram a operações abrangidas pelo item 16 do Anexo ao Decreto-Lei n.º 261/93.

13. Contudo, o disposto na norma anteriormente citada não tem qualquer aplicabilidade ao caso da requerente. Efetivamente, a profi ssão de tradutor, ainda que seja no âmbito da linguagem gestual, não sendo uma atividade paramédica (não se encontra elencada no Anexo ao Decreto-Lei n.º 261/83, de 24 de julho), não está abrangida pela isenção da alínea 1) do artigo 9.º do CIVA, nem em nenhuma outra alínea prevista no citado artigo.

14. Assim, o exercício da atividade de tradutor e intérprete de linguagem gestual confi gura, por força do disposto no n.º 1 do artigo 4.º do CIVA, o exercício de uma atividade sujeita a tributação à taxa normal prevista na alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º do mesmo diploma, sem prejuízo de poder benefi ciar da isenção prevista no regime especial de isenção do artigo 53.º do CIVA, quando se ve-rifi quem reunidas, cumulativamente, as condições ali referidas.

(Continuação da pág. anterior)

São aqui publicados os Tratados da União Europeia e os seus principais protocolos e declarações, com vista à satisfação dos objetivos pretendidos: fornecer aos estu-dantes um texto simples, acompanhado dos documentos ofi ciais mais relevantes, que se destinam à divulgação e aprofundamento dos conteúdos programáticos

das unidades curriculares em que se estuda o Direito em geral, e o Direito da União Europeia em particular.

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TRATADOS DA UNIÃO EUROPEIA

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- R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c • 4000-263 PORTO

Boletim do Contribuinte 189MARÇO 2015 - Nº 5

LEGISLAÇÃO

Orçamento do Estado para 2015Lei nº 82-B/2014, de 31.12 – Retifi cação

Declaração de Retifi cação n.º 5/2015de 26 de fevereiro

(in DR nº 40, I série, de 26.2.2015)

Para os devidos efeitos, observado o disposto no n.º 2 do artigo 115.º do Regimento da Assembleia da República, declara-se que a Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro, Orçamento do Estado para 2015, publicada no Diário da República n.º 252/2014, 1.º suplemento, 1.ª série, de 31 de dezembro, saiu com a seguinte incorreção, que assim se retifi ca:

No corpo do n.º 4 do artigo 98.º (Redução do endivida-mento), onde se lê:

«Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, e nos termos da alínea f) do n.º 2 e do n.º 3 do artigo 7.º da lei de enquadramento orçamental, aprovada pela Lei n.º 91/2001, de 20 de agosto, alterada e republicada pela Lei n.º 41/2014, de 10 de julho, o aumento da receita das transferências referidas nas alíneas a) e c) do n.º 1 do artigo 85.º face à prevista na Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, alterada pelas Leis n.os 13/2014, de 14 de março, e 75-A/2014, de 30 de setembro, e o aumento de receita do IMI, resultante do processo de avaliação geral dos prédios urbanos constante do Decreto-Lei n.º 287/2003, de 12 de novembro, na redação que lhe foi dada pela Lei n.º 60-A/2011, de 30 de novembro, e da alteração do artigo 49.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 215/89, de 1 de julho, são consignados à utilização numa das seguintes fi nalidades:»

deve ler-se:«Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, e nos

termos da alínea f) do n.º 2 e do n.º 3 do artigo 7.º da lei de enquadramento orçamental, aprovada pela Lei n.º 91/2001, de 20 de agosto, alterada e republicada pela Lei n.º 41/2014, de 10 de julho, o aumento da receita das transferências referidas nas alíneas a) e c) do n.º 1 do artigo 87.º face à prevista na Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, alterada pelas Leis n.os 13/2014, de 14 de março, e 75-A/2014, de 30 de setembro, e o aumento de receita do IMI, resultante do processo de avaliação geral dos prédios urbanos constante do Decreto-Lei n.º 287/2003, de 12 de novembro, na redação que lhe foi dada pela Lei n.º 60-A/2011, de 30 de novembro, e da alteração do artigo 49.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 215/89, de 1 de julho, são consignados à utilização numa das seguintes fi nalidades:»

N.R. 1 – A Lei nº 82-B/2014, de 31.12, foi parcialmente repro-duzida no Boletim do Contribuinte, 2015, Suplemento ao número da 1ª quinzena de janeiro passado.

2 – Relembramos que para além da Lei nº 82-B/2014, foram aprovados no fi nal do ano de 2014 outras leis com grande impacto ao nível da fi scalidade, mas não só, a saber:

- Lei nº 82-C/2014 31/12/2014 – Altera o Código do IRC, transpon-do a Diretiva n.º 2014/86/UE, do Conselho, de 8 de julho, que altera a (Continua na pág. seguinte)

Diretiva n.º 2011/96/UE relativa ao regime fi scal comum aplicável às sociedades-mães e sociedades afi liadas de Estadosmembros diferentes e adequando o regime especial de tributação de grupos de sociedades à jurisprudência recente do Tribunal de Justiça da União Europeia.

- Lei nº 82-D/2014 31.12 – procede à alteração das normas fi scais ambientais nos setores da energia e emissões, transportes, água, resíduos, ordenamento do território, fl orestas e biodiversidade, introduzindo ainda um regime de tributação dos sacos de plástico e um regime de incentivo ao abate de veículos em fi m de vida, no quadro de uma reforma da fi scalidade ambiental.

- Lei nº 82-E/2014 31.12 – procede a uma reforma da tributação das pessoas singulares, orientada para a família, para a simplifi cação e para a mobilidade social, altera o Código do IRS, o Código do Imposto do Selo, o Estatuto dos Benefícios Fiscais, a Lei Geral Tributária, o Código de Procedimento e de Processo Tributário, o Regime Geral das Infrações Tributárias e o Decreto-Lei n.º 26/99, de 28 de janeiro, e revogou o Decreto-Lei n.º 42/91, de 22 de janeiro.

Reforma da fi scalidade ambientalLei nº 82-D/2014, de 31.12 – Retifi cação

Estatuto dos Benefícios Fiscais - alterações

Declaração de Retifi cação n.º 6/2015de 27 de fevereiro

(in DR nº 41, I série, de 27.2.2015)

Para os devidos efeitos, observado o disposto no n.º 2 do artigo 115.º do Regimento da Assembleia da República, declara-se que a Lei n.º 82-D/2014, de 31 de dezembro, que «Procede à alteração das normas fi scais ambientais nos sectores da energia e emissões, transportes, água, resíduos, ordenamento do território, fl orestas e biodiversidade, introdu-zindo ainda um regime de tributação dos sacos de plástico e um regime de incentivo ao abate de veículos em fi m de vida, no quadro de uma reforma da fi scalidade ambiental», publicada no Diário da República n.º 252, 2.º suplemento, 1.ª série, de 31 de dezembro de 2014, saiu com as seguintes incorreções, que assim se retifi cam:

Artigo 44.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, alterado pelo artigo 9.º da Lei n.º 82-D/2014, de 31 de dezembro:

No n.º 8, onde se lê:«Nos restantes casos previstos neste artigo, a isenção é reco-

nhecida pelo chefe do serviço de fi nanças da área da situação do prédio, em requerimento devidamente documentado, que deve ser apresentado pelos sujeitos passivos da área da situação do prédio, no prazo de 60 dias contados da verifi cação do facto determinante da isenção ou, quando aplicável, da entrada em vigor da isenção.»

deve ler-se:«Nos restantes casos previstos neste artigo, a isenção é

reconhecida pelo chefe do serviço de fi nanças da área da situ-ação do prédio, em requerimento devidamente documentado, que deve ser apresentado pelos sujeitos passivos no serviço de fi nanças da área da situação do prédio, no prazo de 60 dias contados da verifi cação do facto determinante da isenção ou, quando aplicável, da entrada em vigor da isenção.»

Artigo 44.º-A do Estatuto dos Benefícios Fiscais, aditado pelo artigo 10.º da Lei n.º 82-D/2014, de 31 de dezembro:

No n.º 5, onde se lê:«A redução de taxa prevista no n.º 1 vigora enquanto a

afetação à produção de energia a partir de fontes renováveis se mantiver, fi cando o sujeito passivo obrigado a comunicar

Boletim do Contribuinte190MARÇO 2015 - Nº 5

LEGISLAÇÃO

Combate à evasão fi scalRegime de Comunicação de Informações

Financeiras entre Portugal e EUA

Nas páginas seguintes é publicado o Regime de Co-municação de Informações Financeiras entre Portugal e os Estados Unidos da América (EUA), que foi aprovado pelo artigo 239º da Lei nº 82-B/2014, de 31.12 (Lei do OE para 2015).

Este regime surge em resultado do acordo assinado entre Portugal e os EUA, no âmbito da Foreign Account Tax Compliance Act – FATCA e da Convenção entre a Re-pública Portuguesa e os Estados Unidos da América (EUA) para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento.

Com este regime fi ca defi nido o quadro jurídico que serve de base operacional à troca de informação sobre contas bancárias sujeitas a comunicação aos Estados Uni-dos em condições de reciprocidade (Portugal envia, mas também recebe informação dos Estados Unidos sobre as contas bancárias de portugueses no país norte-americano), e nesta matéria foi dado um passo em frente no âmbito do fi m do segredo barncário.

A troca automática de das informações deverá ser en-viada até 30 de setembro de cada ano.

Este novo regime implicou a alteração de diversos artigos da Lei Geral Tributária.

(Cfr Lei do Orçamento do Estado para 2015, no Boletim do Con-tribuinte, 2015, 1ª quinzena de janeiro, Suplemento)

(Continuação da pág. anterior)ao serviço de fi nanças da área do prédio, no prazo de 30 dias contados do facto relevante, o termo dessa afetação.»

deve ler-se:«A redução de taxa prevista no n.º 1 é aplicável enquanto

a afetação à produção de energia a partir de fontes renováveis se mantiver, fi cando o sujeito passivo obrigado a comunicar ao serviço de fi nanças da área do prédio, no prazo de 30 dias contados do facto relevante, o termo dessa afetação.»

No n.º 6, onde se lê:«O benefício previsto no presente artigo vigora pelo período

de cinco anos.»deve ler-se:«O benefício previsto no presente artigo é aplicável pelo

período de cinco anos.»Artigo 44.º-B do Estatuto dos Benefícios Fiscais, aditado

pelo artigo 10.º da Lei n.º 82-D/2014, de 31 de dezembro:No n.º 7, onde se lê:«Os benefícios previstos no presente artigo vigoram pelo

período de cinco anos.»deve ler-se:«Os benefícios previstos no presente artigo são aplicáveis

pelo período de cinco anos.»

Artigo 58.º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, que aprova o regime geral da gestão de resíduos, constante do artigo 16.º da Lei n.º 82-D/2014, de 31 de dezembro:

Na subalínea i) da alínea a) do n.º 11, onde se lê:«i) Em caso de desvio ao cumprimento das metas, a TGR

-NR é calculada nos seguintes termos e sujeita a um fator de aumento progressivo:

TGR -NR (A, B) = a x TGR x (A) + a x TGR x (delta) (B)em que:...»deve ler-se:«i) Em caso de desvio ao cumprimento das metas, a TGR

-NR é calculada nos seguintes termos e sujeita a um fator de aumento progressivo:

TGR -NR (A, B) = a x TGR x (delta) (A) + a x TGR x (delta) (B)

em que:...»

Artigo 41.º da Lei n.º 82-D/2014, de 31 de dezembro:No n.º 1, onde se lê:«No caso de o sujeito passivo não efetuar, no prazo legal,

a liquidação a que se refere o número anterior, a AT efetua liquidação ofi ciosa, com base nos elementos de que disponha.»

deve ler-se:«No caso de o sujeito passivo não efetuar, no prazo legal,

a liquidação a que se refere o artigo anterior, a AT efetua li-quidação ofi ciosa, com base nos elementos de que disponha.»

Artigo 55.º da Lei n.º 82-D/2014, de 31 de dezembro:No n.º 4, onde se lê:«O disposto no artigo 44.º -B do EBF, com a redação dada

pela presente lei, apenas produz efeitos a partir do ano em que, na determinação do valor patrimonial do prédio, não seja consi-derado o coefi ciente minorativo referente à utilização de técnicas ambientalmente sustentáveis, nos termos do número anterior.»

deve ler-se:«O disposto no artigo 44.º -B do EBF, com a redação dada

pela presente lei, apenas produz efeitos a partir do ano em que, na determinação do valor patrimonial do prédio, não seja considerado o coefi ciente minorativo referente à utilização de técnicas ambientalmente sustentáveis.»

N.R. A Lei nº 82-D/2014, de 31.12, foi publicada no Boletim do Contribuinte, 2015, pág. 20.

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Boletim do Contribuinte 191MARÇO 2015 - Nº 5

REGIME DE COMUNICAÇÃO DE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS – PORTUGAL/EUA(Aprovado pelo artigo 239º da Lei nº nº 82-B/2014, de 31 de dezembro)

ARTIGO 1.ºObjeto

O presente regime estabelece as obrigações das instituições fi nanceiras em matéria de identifi cação de determinadas contas e de comunicação de informações à Autoridade Tributária e Aduaneira, reforçando e assegurando as condições necessárias para a aplicação dos mecanismos de cooperação internacional e de combate à evasão fi scal previstos na Convenção entre a República Portuguesa e os Estados Unidos da América (EUA) para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e no Foreign Account Tax Compliance Act (FATCA), através da assistência mútua baseada na troca automática e recíproca de informações.

ARTIGO 2.ºEntidades abrangidas

1 - O disposto no presente regime é aplicável às instituições fi nanceiras com sede ou direção efetiva em território português, excluindo qualquer sucursal situada fora do território portu-guês, bem como às sucursais situadas em território português de instituições fi nanceiras com sede no estrangeiro, que, em qualquer caso, integrem uma das seguintes categorias de ins-tituições fi nanceiras:

a) 'Instituição de depósito';b) 'Instituição de custódia';c) 'Entidade de investimento';d) 'Empresa de seguros especifi cada'.2 - Para efeitos do disposto no número anterior entende-

-se por:a) 'Instituição de depósito', a instituição de crédito ou

qualquer outra entidade legalmente autorizada a exercer a atividade de receção de depósitos ou outros fundos reembolsáveis;

b) 'Instituição de custódia', o intermediário fi nanceiro, ou qualquer outra entidade, autorizado a prestar o serviço de registo e o depósito de instrumentos fi nanceiros e cujos rendimentos brutos decorrentes da detenção dos ativos fi nanceiros por conta de terceiros ou dos serviços fi nanceiros relacionados sejam iguais ou superiores a 20 % do rendimento bruto dessa entidade obtido no mais curto dos seguintes períodos de tempo:i) No período de três anos que termine a 31 de dezem-

bro do ano que anteceda aquele em que se efetue a determinação para os efeitos do presente artigo; ou

ii) No período que tenha ocorrido desde a data de con-stituição da entidade;

c) 'Entidade de investimento', qualquer entidade que exerça como atividade, ou seja gerida por uma entidade que exerça como atividade, uma ou várias das seguintes atividades ou operações, por conta ou em nome de um cliente:i) Negociação de instrumentos fi nanceiros;ii) Gestão de carteiras;

iii) Qualquer outra atividade que consista em investir, administrar ou gerir fundos ou dinheiro por conta de terceiros;

d) 'Empresa de seguros especifi cada', qualquer entidade legalmente autorizada a exercer a atividade seguradora em Portugal, no âmbito do ramo Vida, nos termos do regime jurídico do acesso e exercício da atividade se-guradora e resseguradora, que emita ou seja obrigada a efetuar pagamentos em relação a um contrato de seguro monetizável ou a um contrato de renda.

3 - Consideram-se abrangidas pela alínea c) do número anterior, designadamente:

a) As instituições de crédito e as empresas de investimento autorizadas a prestar serviços de investimento e a exer-cer as atividades de investimento seguintes:i) A receção e transmissão, por conta de clientes, de

ordens relativas a um ou mais instrumentos fi nan-ceiros;

ii) A execução de ordens por conta de clientes, relati-vas a um ou mais instrumentos fi nanceiros;

iii) A gestão de carteiras, numa base discricionária e individualizada, no âmbito de mandato conferido pelos clientes, sempre que essas carteiras incluam um ou mais instrumentos fi nanceiros;

b) Os organismos de investimento coletivo constituídos de acordo com a legislação nacional, e respetivas entidades responsáveis pela gestão;

c) Os fundos de investimento imobiliário constituídos de acordo com a legislação nacional, e respetivas entidades responsáveis pela gestão;

d) Os fundos de pensões constituídos de acordo com a legislação nacional, e respetivas entidades gestoras;

e) Os fundos de capital de risco, as sociedades de capital de risco e os investidores em capital de risco constitu-ídos de acordo com a legislação nacional, bem como as entidades gestoras dos fundos de capital de risco;

f) Os fundos de titularização de créditos e as sociedades de titularização de créditos constituídos de acordo com a legislação nacional, bem como as entidades gestoras dos fundos de titularização de créditos.

4 - A alínea c) do n.º 2 deve ser interpretada de forma con-sistente com os termos e expressões utilizados na defi nição de 'instituição fi nanceira' constante das recomendações do grupo de ação fi nanceira internacional (GAFI).

5 - Para efeitos deste regime, a expressão 'entidade' designa uma pessoa coletiva ou um instrumento jurídico, tal como um trust (estrutura fi duciária).

ARTIGO 3.ºEntidades excluídas

1 - Não se encontram abrangidas pelas obrigações de co-municação previstas no presente regime as seguintes entidades, bem como as contas fi nanceiras de que sejam titulares:

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a) O Estado Português, suas subdivisões políticas ou admi-nistrativas ou autarquias locais, ou uma instituição ou organismo, excluindo as instituições fi nanceiras, detido na totalidade pelo Estado, suas subdivisões políticas ou administrativas ou autarquias locais;

b) As instituições de segurança social e previdência e os fundos de capitalização por elas administrados;

c) O Banco de Portugal;d) O Fundo de Garantia de Depósitos, o Fundo de Garantia

do Crédito Agrícola Mútuo e o Fundo de Resolução;e) O Sistema de Indemnização aos Investidores;f) O Fundo de Acidentes de Trabalho e o Fundo de Garantia

Automóvel;g) A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública

- IGCP, E. P. E.2 - Estão, ainda, excluídos das obrigações de comunicação

previstas no presente regime:a) Os fundos de pensões e equiparáveis que se constituam

e operem de acordo com a legislação nacional, com exceção dos que permitam apenas adesões individu-ais, incluindo os fundos de pensões constituídos por entidades referidas no número anterior, desde que possam benefi ciar da aplicação da Convenção para Evitar a Dupla Tributação entre Portugal e os EUA ou nenhum benefi ciário tenha direito a mais de 5 % dos ativos do fundo ou, quando o fundo possua menos de 50 participantes, os participantes não residentes em território português não tenham direito a mais de 20 % dos ativos do fundo;

b) As entidades de investimento que se qualifi quem como instituições fi nanceiras devido, exclusivamente, ao exercício da atividade de consultoria para investimento em um ou mais instrumentos fi nanceiros;

c) As entidades de investimento, em relação à atividade de gestão de carteiras, numa base discricionária e individu-alizada, no âmbito de mandato conferido pelos clientes, desde que os instrumentos fi nanceiros sob gestão se encontrem depositados em nome do cliente em uma ou mais instituições fi nanceiras e nenhuma delas seja considerada instituição fi nanceira não participante nos termos da legislação FATCA;

d) Os organismos de investimento coletivo e respetivas entidades responsáveis pela gestão, sempre que todas as unidades de participação ou ações do organismo de investimento coletivo sejam detidas por, ou através de, uma ou mais instituições fi nanceiras e nenhuma delas seja considerada instituição fi nanceira não participante nos termos da legislação FATCA;

e) Os fundos de investimento imobiliário, sociedades de investimento imobiliário e respetivas entidades res-ponsáveis pela gestão, sempre que todas as unidades de participação do fundo de investimento imobiliário ou ações da sociedade de investimento imobiliário sejam detidas por, ou através de, uma ou mais insti-

tuições fi nanceiras e nenhuma delas seja considerada instituição fi nanceira não participante nos termos da legislação FATCA.

ARTIGO 4.ºContas fi nanceiras abrangidas

1 - Estão abrangidas pelas obrigações de comunicação previstas no presente regime as seguintes contas fi nanceiras:

a) Contas de depósito, designadamente quaisquer contas co-merciais, à ordem, de aforro, a prazo ou de poupança, as contas identifi cadas mediante certifi cados de depósitos, certifi cados de poupança, certifi cados de investimento, certifi cados de dívida ou outros instrumentos similares mantidos por uma instituição fi nanceira no decurso normal de uma atividade bancária ou similar, bem como os montantes detidos por uma empresa de seguros nos termos de contratos de investimento garantido ou acordos similares de atribuição ou pagamento de juros relativamente a esses montantes;

b) Contas de custódia, considerando-se como tais as contas que não constituam contratos de seguro ou contratos de renda e de que sejam benefi ciárias outras pessoas que detenham quaisquer instrumentos financeiros ou contratos de investimento, nomeadamente ações, quotas, títulos de crédito, obrigações, títulos de dívida ou quaisquer outros documentos de dívida, operações cambiais ou sobre mercadorias, swaps de risco de incumprimento de crédito, swaps baseados em índices não fi nanceiros, contratos de capital nocional, contratos de seguro, contratos de renda, ou quaisquer opções ou outros instrumentos derivados;

c) Contratos de seguro monetizáveis, considerando-se como tais os contratos de seguro em que exista possibilidade de resgate e cujo valor de reembolso imediato seja superior a 50 000 dólares dos EUA;

d) Contratos de renda, considerando-se como tais os con-tratos nos termos do quais o emitente acorda efetuar pagamentos durante certo período de tempo determi-nado, no todo ou em parte, por referência à esperança de vida de uma ou mais pessoas singulares, bem como os contratos considerados como contratos de renda, nos termos das disposições legislativas ou regulamentares ou das práticas da jurisdição em que o contrato tenha sido emitido, nos termos dos quais o emitente acorda efetuar pagamentos durante um determinado período;

e) Contas fi nanceiras mantidas por entidades de investi-mento.

2 - Para os efeitos da alínea e) do número anterior, consideram-se contas fi nanceiras mantidas por entidades de investimento, designadamente:

a) As unidades de participação e as ações de organismos de investimento coletivo;

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b) As unidades de participação de fundos de investimento imobiliário e as ações de sociedades de investimento imobiliário;

c) As unidades de participação e quaisquer outras partici-pações em fundos de pensões;

d) As unidades de participação, ações e quaisquer outras formas de participação em fundos de capital de risco, sociedades de capital de risco e investidores em capital de risco;

e) As unidades de titularização de créditos emitidas por fundos de titularização de créditos;

f) As ações e as obrigações titularizadas emitidas pelas sociedades de titularização de créditos;

g) As carteiras de gestão discricionária mantidas por insti-tuições de investimento autorizadas a exercer a ativi-dade de gestão de carteiras, numa base discricionária e individualizada, no âmbito de mandato conferido pelos clientes;

h) As participações representativas de capital e direitos de crédito, considerando-se:i) No caso de uma partnership (sociedade de pessoas)

que seja uma instituição fi nanceira, que constitui uma participação representativa de capital qual-quer participação no capital ou nos lucros da part-nership (sociedade de pessoas);

ii) No caso de um trust (estrutura fi duciária) que seja uma instituição fi nanceira, que uma participação representativa de capital é detida por qualquer pessoa tratada como settlor (instituidor) ou ben-efi ciário, no todo ou em parte, do trust (estrutura fi duciária), ou qualquer outra pessoa singular que exerça o controlo efetivo sobre o trust (estrutura fi duciária), ou, ainda, quando o trust (estrutura fi -duciária) não seja dos EUA, por qualquer pessoa que tenha o direito de receber, direta ou indireta-mente, por exemplo através de um mandatário, uma distribuição obrigatória ou possa receber, direta ou indiretamente, uma distribuição discri-cionária do trust (estrutura fi duciária);

i) Quaisquer outras formas de participação no capital ou de detenção de dívida emitida por instituições de investimento diferentes das mencionadas nas alíneas anteriores.

3 - Sempre que uma instituição fi nanceira assim seja qualifi cada apenas porque gere uma ou mais das entidades de investimento mencionadas nas alíneas a) a f) do número ante-rior, as respetivas contas fi nanceiras correspondem às contas fi nanceiras das entidades de investimento sob sua gestão.

4 - Para efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1, considera-se valor de reembolso imediato o maior dos seguintes montantes:

a) O valor de resgate teórico, não deduzido de quaisquer penalizações de resgate ou de empréstimos ou adian-tamentos sobre o contrato; ou

b) O valor máximo que poderá ser emprestado ou adiantado ao tomador no âmbito do contrato.

ARTIGO 5.ºContas fi nanceiras excluídas

1 - São excluídas das obrigações previstas no presente regime as seguintes contas fi nanceiras:

a) Contas de depósito detidas por pessoas singulares cujo saldo, no fi nal de cada ano civil, não exceda 50 000 dólares dos EUA ou o montante equivalente em euros;

b) Contratos de seguro monetizáveis detidos por pessoas singulares cujo valor de reembolso imediato, no fi nal de cada ano civil, não exceda 50 000 dólares dos EUA ou o montante equivalente em euros;

c) Contratos de seguro monetizáveis e contratos de renda detidos por pessoas singulares subscritos até 30 de ju-nho de 2014 e cujo valor de reembolso imediato nesta data não excedesse 250 000 dólares dos EUA, enquanto o respetivo valor de reembolso imediato no fi nal de cada ano civil não exceder 1 000 000 dólares dos EUA ou o montante equivalente em euros;

d) Outras contas fi nanceiras, detidas por pessoas singulares, abertas até 30 de junho de 2014 e cujo saldo ou valor nesta data não excedesse 50 000 dólares dos EUA ou o montante equivalente em euros, enquanto o respetivo saldo ou valor não exceder, no fi nal de cada ano civil, 1 000 000 dólares dos EUA ou o montante equivalente em euros;

e) Contas fi nanceiras, detidas por entidades, abertas até 30 de junho de 2014 e cujo saldo nesta data não excedesse 250 000 dólares dos EUA ou o montante equivalente em euros, enquanto o respetivo saldo ou valor não exceder 1 000 000 dólares dos EUA ou o montante equivalente em euros.

2 - Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, são ainda excluídas das obrigações de comunicação previstas no pre-sente regime, designadamente, as seguintes contas fi nanceiras:

a) Contas de reforma ou pensões que, nos termos da le-gislação nacional, verifi quem os seguintes requisitos:i) Estejam sujeitas a regulamentação na qualidade de

conta de reforma pessoal ou integrem um plano de reforma ou de pensões registado ou regulado para a atribuição de benefícios de reforma ou pensão, invalidez ou morte;

ii) As contribuições usufruam de benefícios fi scais ou a tributação dos rendimentos de capitais relacio-nados com estas contas seja diferida ou efetuada a uma taxa reduzida;

iii) Exista uma obrigação de comunicação anual de in-formações à Autoridade Tributária e Aduaneira; e

iv) Apenas possam ser efetuados levantamentos quan-do seja atingida uma determinada idade de refor-ma ou condição de invalidez, ou por morte, ou se verifi quem as condições previstas no Decreto-Lei n.º 158/2002, de 2 de julho, ou no Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20 de janeiro, ou sejam aplicadas san-ções em caso de levantamentos efetuados antes da ocorrência destes eventos;

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b) Contratos de seguro de vida cujo período de cobertura termine antes de o segurado atingir os 90 anos de idade, desde que cumpram os seguintes requisitos:i) O valor dos prémios periódicos não diminua com o

tempo e estes prémios tenham uma periodicidade, pelo menos, anual durante a vigência do contrato ou até o segurado atingir os 90 anos de idade, con-soante o período que for mais curto;

ii) O contrato não possua qualquer valor contratual a que qualquer pessoa possa aceder, seja através de levantamento, empréstimo ou por qualquer outro modo, sem a cessação do contrato;

iii) O montante a pagar, com exceção da prestação por morte, com o cancelamento ou cessação do con-trato não possa exceder o montante acumulado dos prémios pagos durante o contrato, deduzido do montante dos encargos devidos por mortalidade, doença e despesas relativamente ao período ou períodos de vigência do contrato, bem como quais-quer montantes pagos antes do cancelamento ou cessação do contrato; e

iv) O contrato não seja detido por um adquirente a tí-tulo oneroso;

c) Outras contas fi nanceiras, desde que cumpram os se-guintes requisitos:i) Estejam sujeitas à regulamentação aplicável aos

veículos de poupança para outros efeitos que não relativamente a reforma;

ii) As contribuições usufruam de benefícios fi scais ou a tributação dos rendimentos de capitais relacio-nados com estas contas seja diferida ou efetuada a uma taxa reduzida; e

iii) Apenas possam ser efetuados levantamentos quan-do se verifi quem determinadas condições relacio-nadas com os objetivos da conta de investimento ou poupança, por exemplo o pagamento de despe-sas com educação ou saúde, ou sejam aplicadas sanções em caso de levantamentos efetuados caso não se verifi quem essas condições.

3 - As contas fi nanceiras abrangidas pela alínea a) do número anterior não são abrangidas pelas obrigações de comunicação estabelecidas no presente regime, desde que:

a) As contribuições anuais, com exceção das resultantes de transferências de contas fi nanceiras com idênticas características, não ultrapassem 50 000 dólares dos EUA ou o montante equivalente em euros; ou

b) O total de contribuições efetuadas não exceda 1 000 000 dólares dos EUA ou o montante equivalente em euros.

4 - As contas fi nanceiras abrangidas pela alínea c) do n.º 2 não são abrangidas pelas obrigações de comunicação esta-belecidas pelo presente regime, desde que as contribuições anuais não ultrapassem 50 000 dólares dos EUA ou o montante equivalente em euros.

5 - Para efeitos da determinação dos limites referidos nos números anteriores, as instituições fi nanceiras devem considerar

os saldos ou valores agregados das várias contas, individuais ou conjuntas, que sejam direta ou indiretamente detidas, con-troladas ou estabelecidas, por uma mesma pessoa dos EUA, quando esta não atue na qualidade de fi duciário, mantidas junto dessa instituição.

ARTIGO 6.ºObrigações de identifi cação

1 - As instituições fi nanceiras abrangidas devem aplicar os procedimentos de diligência devida para a identifi cação de todas as contas fi nanceiras abrangidas pelo presente regime mantidas em Portugal e que sejam qualifi cadas como 'Contas dos EUA sujeitas a comunicação' ou sejam detidas por insti-tuições fi nanceiras consideradas não participantes nos termos da legislação FATCA.

2 - Para efeitos do presente regime, consideram-se:a) 'Contas dos EUA sujeitas a comunicação', as contas

fi nanceiras detidas por uma ou mais pessoas dos EUA, ou por uma entidade que não é dos EUA controlada por uma ou mais pessoas dos EUA;

b) 'Pessoa dos EUA', um cidadão ou pessoa singular resi-dente nos EUA, uma partnership (sociedade de pessoas) ou sociedade constituída nos Estados Unidos ou nos termos da legislação dos EUA ou de qualquer um dos seus Estados, um trust (estrutura fi duciária) se:i) Um tribunal nos EUA tiver competência, nos termos

da lei aplicável, para proferir decisões ou senten-ças que, na sua substância, se relacionem com to-dos os assuntos relativos à administração do trust (estrutura fi duciária); e

ii) Uma ou mais pessoas dos EUA detiverem o poder de controlar todas as decisões de substância do trust (estrutura fi duciária), ou a herança de um au-tor da sucessão que seja cidadão ou residente dos EUA.

3 - Para efeitos do disposto nos números anteriores, quando sejam detetados indícios que associem uma conta fi nanceira aos EUA, as instituições fi nanceiras devem adotar diligências para reunir os elementos adicionais adequados a aferir se se trata de uma 'Conta dos EUA sujeita a comunicação'.

4 - Quando o gestor de conta tiver conhecimento de factos que indiciem que o titular da conta é uma pessoa dos EUA, deve comunicar esses indícios à instituição fi nanceira, para os efeitos previstos no número anterior.

ARTIGO 7.ºInformações abrangidas pela obrigação de comunicação

1 - As instituições fi nanceiras devem transmitir anualmente à Autoridade Tributária e Aduaneira, relativamente a cada uma das contas dos EUA sujeitas a comunicação, por si mantidas, os elementos seguintes:

a) Nome, morada e número de identifi cação fi scal federal dos EUA de cada pessoa dos EUA que seja considerada como titular da conta e, relativamente a uma entidade

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que não é dos EUA, sempre que, na sequência da apli-cação dos procedimentos de identifi cação e diligência devida previstos no artigo 6.º, seja identifi cada como controlada por uma ou mais pessoas dos EUA, o nome, a morada e o número de identifi cação fi scal federal dos EUA dessa entidade, quando aplicável, bem como de cada uma dessas pessoas dos EUA;

b) O número da conta ou, na sua ausência, o equivalente funcional;

c) O nome e número identifi cador da instituição fi nanceira;d) O saldo ou o valor da conta, incluindo, no caso de con-

tratos de seguro monetizáveis ou de contratos de renda, o valor em numerário ou o valor de resgate, às 0 horas do dia 1 de janeiro de 2015 e, após esta data, no fi nal de cada ano civil ou, caso a conta tenha sido encerrada no ano anterior, no momento imediatamente anterior ao do seu encerramento.

2 - Relativamente a cada uma das contas de custódia devem ainda ser transmitidas, além dos elementos referidos no n.º 1, as seguintes informações:

a) O montante bruto total dos juros, o montante bruto total dos dividendos e o montante bruto total de outros rendimentos gerados pelos ativos detidos na conta que sejam, em qualquer dos casos, pagos ou creditados na conta, ou em conexão com a conta, durante o ano civil relevante; e

b) O montante total das receitas brutas da alienação ou resgate dos ativos pagas ou creditadas na conta durante o ano civil relevante relativamente ao qual a instituição fi nanceira atuou na qualidade de custodiante, corretor, mandatário ou como representante por qualquer outra forma do titular da conta.

3 - Relativamente a cada uma das contas de depósito, além dos elementos referidos no n.º 1, deve igualmente ser comuni-cado o montante bruto total dos juros pagos ou creditados na conta durante o ano civil relevante.

4 - Tratando-se de qualquer outra conta não descrita nos nºs 2 e 3, as informações a transmitir devem ainda incluir, além dos elementos referidos no n.º 1, o total dos montantes brutos pagos ou creditados ao titular da conta relativamente à mesma, durante o ano civil relevante, em relação ao qual a instituição fi nanceira seja o obrigado ou o devedor, incluindo o montante total de quaisquer pagamentos de resgates efetuados ao titular da conta durante esse ano.

5 - Para efeitos do disposto nos números anteriores, o mon-tante e a caracterização dos pagamentos efetuados em relação a uma conta dos EUA sujeita a comunicação são determinados em conformidade com o disposto na legislação fi scal portuguesa.

6 - As informações sobre os montantes do saldo ou do valor das contas podem ser comunicadas na moeda em que a conta se encontre denominada ou em dólares dos EUA.

7 - Para efeitos da alínea a) do n.º 1, relativamente a cada uma das contas dos EUA sujeitas a comunicação mantidas por uma instituição fi nanceira em 30 de junho de 2014, caso o número de identifi cação fi scal federal dos EUA não conste dos seus registos, essa instituição fi nanceira deve comunicar

a data de nascimento da pessoa dos EUA em causa, caso essa data de nascimento conste dos seus registos.

8 - Sempre que uma instituição fi nanceira efetue pagamentos a instituições fi nanceiras consideradas não participantes nos termos da legislação FATCA deve, relativamente a 2015 e 2016, comunicar à Autoridade Tributária e Aduaneira o nome dessas instituições fi nanceiras não participantes e o montante total dos pagamentos efetuados a cada uma dessas instituições fi nanceiras.

ARTIGO 8.ºRegra de conversão de moeda

Para efeitos do presente regime, a conversão de moeda é efetuada à taxa de câmbio à vista publicada correspondente ao último dia útil do ano civil anterior ao da transmissão do saldo ou valor.

ARTIGO 9.ºObrigações de comunicação à Autoridade Tributária e

Aduaneira

As instituições fi nanceiras são obrigadas a comunicar, por via eletrónica, à Autoridade Tributária e Aduaneira, até ao dia 31 de julho de cada ano, os elementos enunciados no artigo 7.º relativos às contas fi nanceiras por si mantidas em Portugal de que sejam titulares uma ou mais pessoas dos EUA ou entidades que, através da aplicação dos procedimentos de diligência devida previstos no artigo 6.º, sejam identifi cadas como controladas por uma ou mais pessoas dos EUA, bem como as informações referidas no n.º 8 do artigo 7.º.

ARTIGO 10.ºPeríodos relevantes para a obtenção e transmissão

das informações

As informações que devem ser obtidas e transmitidas pelas instituições fi nanceiras respeitam a cada ano, com as seguintes especifi cações:

a) As informações a transmitir em 2015 são apenas as descritas no n.º 1 do artigo 7.º;

b) As informações a transmitir em 2016 são as descritas nos nºs 1 a 4 do artigo 7.º, exceto as referentes às receitas brutas referidas na alínea b) do n.º 2 do mesmo artigo, tendo como referência o ano de 2015;

c) As informações a transmitir em 2017 e nos anos sub-sequentes são as descritas nos nºs 1 a 4 do artigo 7.º, tendo como referência o ano civil anterior.

ARTIGO 11.ºTroca automática de informações

1 - A Autoridade Tributária e Aduaneira envia as informa-ções referidas no artigo anterior às autoridades competentes dos EUA, nos termos e condições do acordo para a troca recíproca de informações a celebrar para o efeito, até 30 de setembro de cada ano.

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2 - As informações transmitidas e recebidas das autoridades competentes dos EUA, ao abrigo do regime de reciprocidade defi nido no acordo referido no número anterior, fi cam sujeitas às regras de confi dencialidade e outros regimes de proteção previstos na legislação nacional e na Convenção entre a Repú-blica Portuguesa e os Estados Unidos da América para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, incluindo as disposições que limitam a utilização das informações recebidas.

ARTIGO 12.ºIncumprimento

1 - Quando as informações comunicadas estejam incorretas ou incompletas, a Autoridade Tributária e Aduaneira notifi ca as instituições fi nanceiras para a resolução das defi ciências detetadas, designadamente através de uma nova comunicação das informações, aplicando-se, se for o caso, as penalidades correspondentes às infrações praticadas, nos termos dos arti-gos 117.º ou 119.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho.

2 - Em caso de incumprimento das obrigações de comu-nicação ou de diligência devida previstas no presente regime por parte de uma instituição fi nanceira, a Autoridade Tributária e Aduaneira notifi ca a instituição fi nanceira para corrigir ou suprir as informações em falta ou, sendo o caso, adotar ou corrigir os procedimentos de diligência devida adequados a sanar a situação de incumprimento, sendo as coimas previstas no número anterior elevadas até ao dobro.

ARTIGO 13.ºMedidas antiabuso

Sempre que uma pessoa ou uma instituição fi nanceira realize operações ou pratique qualquer ato no âmbito da sua atividade tendo como único ou principal objetivo evitar o cumprimento das obrigações previstas nos artigos anteriores, tais operações ou atos são considerados inefi cazes para efeitos do presente regime, aplicando-se as regras de identifi cação e comunicação que seriam aplicáveis na sua ausência.

ARTIGO 14.ºDerrogação do dever de sigilo

O cumprimento das obrigações previstas no presente regi-me derroga qualquer dever de sigilo a que estejam sujeitas as entidades abrangidas por essas obrigações.

ARTIGO 15.ºProteção de dados pessoais

1 - Para efeitos da alínea d) do artigo 3.º da Lei n.º 67/98, de 26 de outubro, a Autoridade Tributária e Aduaneira é considerada responsável pelo tratamento de dados pessoais, transmitidos e recebidos ao abrigo do presente regime.

2 - Compete às instituições fi nanceiras informar os titulares das contas sujeitas a comunicação que sejam pessoas singulares sobre a obrigação legal de recolha e transmissão dos dados

relativos a essas contas através da prestação das informações previstas no artigo 10.º da Lei n.º 67/98, de 26 de outubro, identifi cando como destinatários da informação a Autoridade Tributária e Aduaneira e a autoridade competente dos EUA defi nida nos termos do acordo a que se refere o n.º 1 do artigo 11.º para que estas pessoas possam exercer os seus direitos em matéria de proteção de dados, antes de as informações serem comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira.

3 - O titular dos dados exerce o seu direito de acesso aos dados transmitidos ao abrigo deste regime junto da Autoridade Tributária e Aduaneira, nas condições a defi nir por esta, em conformidade com o disposto no artigo 11.º da Lei n.º 67/98, de 26 de outubro.

4 - A Autoridade Tributária e Aduaneira deve notifi car os titulares das contas dos EUA sujeitas a comunicação que sejam pessoas singulares abrangidas pela troca de informações da ocorrência de qualquer violação da segurança dos dados que lhe dizem respeito quando tal for suscetível de prejudicar a proteção dos seus dados pessoais ou da sua privacidade.

5 - As informações sobre as contas fi nanceiras e seus titulares que são objeto de comunicação, bem como os documentos que justifi cam as declarações prestadas e as informações recolhidas em cumprimento das obrigações referidas nos artigos anteriores devem ser conservados pelas instituições fi nanceiras, em boa ordem, pelo período de seis anos contados a partir do fi nal do ano em que os procedimentos tenham sido efetuados.

6 - As informações transmitidas e recebidas nos termos do presente regime são conservadas pela Autoridade Tributária e Aduaneira apenas durante o período de tempo necessário para a prossecução das fi nalidades para que foram recolhidas ou são tratadas, não podendo ultrapassar o prazo máximo de 12 anos, suspendendo-se a contagem desse prazo nas situações e termos previstos no artigo 46.º da lei geral tributária, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro.

ARTIGO 16.ºRegulamentação complementar

1 - O Governo estabelece por decreto-lei:a) As demais pessoas ou entidades cujas contas fi cam

excluídas das obrigações previstas no presente regime;b) As contas fi nanceiras excluídas das obrigações de comu-

nicação, nos termos previstos no artigo 5.º;c) O desenvolvimento das regras e procedimentos de di-

ligência devida relacionados com a identifi cação das contas dos EUA sujeitas a comunicação, previstos no artigo 6.º;

d) As regras, procedimentos e prazos aplicáveis no âmbito da obtenção e transmissão à Autoridade Tributária e Aduaneira de informações pelas instituições fi nancei-ras, bem como da troca automática de informações e ou-tros aspetos administrativos que se revelem necessários.

2 - Os procedimentos de identifi cação e diligência devida ao abrigo do presente regime não prejudicam as disposições legais e regulamentares em matéria de prevenção do branqueamento de capitais e do fi nanciamento do terrorismo.

Boletim do Contribuinte 197

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALMARÇO 2015 - Nº 5

(Continuação da pág. 169)No que respeita aos contratos de trabalho

abrangidos, destaca-se que foi igualmente prevista a situação de renovação ou conversão em contrato de trabalho sem termo de contrato de trabalho a termo, possibilitando-se assim o alargamento do apoio.

No que respeita aos contratos de trabalho abrangidos, destaca-se que foi igualmente prevista a situação de renovação ou conversão em contrato de trabalho sem termo de contrato de trabalho a termo, possibilitando-se assim o alargamento do apoio.

Por último, salienta-se que foi dada a possi-bilidade da sua cumulação com outras medidas, como o Estímulo Emprego, considerando que se trata de apoios com naturezas diferentes: enquan-to a presente medida é um apoio ao trabalhador para aceitar uma oferta de emprego, a medida Estímulo Emprego é um apoio ao empregador para a criação de postos de trabalho. Neste sen-tido, aposta-se também na desburocratização, ao deixar de ser exigida ao candidato ao apoio a declaração do empregador em como este não benefi cia de nenhum apoio para o posto de tra-balho em causa.

Foram ouvidos os parceiros sociais com assento na Comissão Permanente de Concer-tação Social.

Assim:Ao abrigo da alínea e) do artigo 4.º do

Decreto-Lei n.º 220/2006, de 3 de novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 68/2009, de 20 de março, pela Lei n.º 5/2010, de 5 de maio, pelo Decreto-Lei n.º 72/2010, de 18 de junho, pelo Decreto-Lei n.º 64/2012, de 15 de março, pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, pelo Decreto-Lei n.º 13/2013, de 25 de janeiro, e pelo Decreto-Lei n.º 167-E/2013, de 31 de dezembro, e da alínea b) do n.º 3 do artigo 15.º do Decreto--Lei n.º 367/2007, de 2 de novembro, alterado pela Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro, e pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de abril, manda o Governo, pelo Ministro da Solidariedade, Em-prego e Segurança Social, o seguinte:

ARTIGO 1.ºObjeto

1 - A presente portaria estabelece a Medida Incentivo à Aceitação de Ofertas de Emprego, de ora em diante designada por «Medida», que consiste na atribuição de um apoio fi nanceiro aos desemprega-dos titulares de prestações de desemprego que aceitem ofertas de emprego apresenta-das pelos serviços do Instituto do Emprego e Formação Profi ssional, I. P. (IEFP, I. P.), ou colocação pelos próprios meios.

2 - A Medida prevista no número

anterior é promovida pelo IEFP, I. P., em articulação com o Instituto da Segurança Social, I. P. (ISS, I. P.).

ARTIGO 2.ºÂmbito pessoal

1 - Integram o âmbito pessoal de aplicação do presente diploma os bene-fi ciários do regime geral de segurança social que sejam titulares de prestações de desemprego e reúnam, cumulativamente, as seguintes condições:

a) Estejam inscritos nos serviços do IEFP, I. P., há mais de três meses;

b) Aceitem oferta de emprego apresen-tada pelos serviços do IEFP, I. P., ou obtenham colocação pelos próprios meios, cuja retribuição ilíquida seja inferior à prestação de desemprego;

c) Tenham, na data do início efetivo da atividade objeto do contrato de trabalho, direito a benefi ciar da pres-tação de desemprego por um período remanescente igual ou superior a três meses.

2 - Para os inscritos nos serviços do IEFP com idade mínima de 45 anos não será exigido o cumprimento do tempo mínimo de inscrição defi nido na alínea a) do número anterior.

ARTIGO 3.ºContrato de trabalho

Para efeitos de aplicação desta Medida releva apenas o contrato de trabalho cele-brado após a data da entrada em vigor da presente portaria, que preencha, designa-damente, os seguintes requisitos:

a) Não seja celebrado com empregador com o qual o benefi ciário manteve uma relação laboral cuja cessação tenha dado origem ao reconheci-mento do direito à prestação de desemprego;

b) Garanta, pelo menos, a remuneração mínima mensal garantida e demais direitos previstos na legislação labo-ral ou em instrumento de regulamen-tação coletiva de trabalho aplicável;

c) Corresponda a contrato de trabalho com duração mínima de três meses e com horário de trabalho a tempo completo.

ARTIGO 4.ºApoio fi nanceiro

1 - O apoio financeiro consiste na atribuição de um montante pecuniário mensal igual a:

a) 50 % do valor da prestação de de-semprego, durante os primeiros seis meses do período de concessão, até ao limite máximo de J�500;

b) 25 % do valor da prestação de desemprego, durante os seis meses seguintes, até ao limite máximo de J�250.

2 - O apoio fi nanceiro pode ser atri-buído até 12 meses, durante cada período de concessão da prestação de desemprego, não podendo ser superior ao remanescente do período da prestação de desemprego em curso, sem prejuízo do disposto nos números seguintes, e observado o princí-pio da proporcionalidade constante do n.º 3 deste artigo.

3 - Nas situações em que o contrato de trabalho preveja um período de duração inferior a 12 meses, os períodos referidos nas alíneas a) e b) do n.º 1 são reduzidos proporcionalmente ao período de vigência do contrato de trabalho.

4 - Nas situações em que o contrato de trabalho tenha uma duração inferior a 12 meses, o trabalhador pode benefi ciar do apoio previsto na presente Medida, nos termos do número anterior, desde que continue a ter direito a prestações de de-semprego, ainda que por período inferior a três meses, nos seguintes casos:

a) Novo contrato de trabalho;b) Renovação ou conversão em contra-

to de trabalho sem termo, de contrato de trabalho a termo.

5 - O pagamento do apoio fi nanceiro é suspenso durante os períodos de con-cessão do subsídio de doença, incluindo o respetivo período de espera, e dos subsídios no âmbito da proteção na pa-rentalidade, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

6 - O montante do apoio fi nanceiro recebido pelo trabalhador em acumulação com o pagamento dos subsídios de doença ou de parentalidade é deduzido do remanes-cente do apoio a que o trabalhador ainda tenha direito, ou é restituído nas situações em que tal não seja possível.

7 - Nas situações previstas nos nºs 5 e 6, sempre que o contrato de trabalho cessar antes do pagamento da totalidade do apoio fi nanceiro devido ao trabalhador, os períodos referidos nas alíneas a) e b) do n.º 1 são reduzidos proporcionalmente ao

INCENTIVO À ACEITAÇÃO DE OFERTAS DE EMPREGO

Portaria n.º 26/2015, de 10 de fevereiro(in DR nº 28, I série, de 10.2.2015)

(Continua na pág. seguinte)

Boletim do Contribuinte198

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALMARÇO 2015 - Nº 5

período de exercício efetivo da atividade.8 - No caso de contrato de trabalho a

termo incerto que venha a cessar antes do prazo de 12 meses é aplicável o disposto no n.º 3.

9 - Para efeitos de cálculo do apoio fi nanceiro a conceder, deve considerar-se o montante diário da prestação de desem-prego deferido à data de início da vigência do contrato de trabalho.

10 - A presente Medida é acumulável com outras medidas de apoio para o mesmo posto de trabalho, nomeadamente a Medida Estímulo Emprego, criada pela Portaria n.º 149-A/2014, de 24 de julho, e com a dispensa temporária do pagamento de con-tribuições para a segurança social, prevista no Decreto-Lei n.º 89/95, de 6 de maio.

ARTIGO 5.ºSuspensão e reinício das prestações de

desempregoO exercício da atividade profi ssional

decorrente do contrato de trabalho apoiado nos termos da presente portaria suspende o pagamento da prestação de desemprego, sem prejuízo do seu reinício, nos termos do disposto no regime jurídico de proteção no desemprego.

ARTIGO 6.ºRedução do período de concessão das

prestações de desempregoO período de concessão das prestações

de desemprego a que o benefi ciário tem direito após a cessação involuntária do contrato de trabalho é reduzido em função do período de atribuição do apoio fi nan-ceiro pago ao benefi ciário.

ARTIGO 7.ºRegisto de equivalências

1 - O período de pagamento do apoio fi nanceiro dá lugar ao registo de remune-rações por equivalência à entrada de con-tribuições pelo valor do apoio fi nanceiro atribuído.

2 - O período de trabalho em sobrepo-sição com o registo de remunerações por equivalência à entrada de contribuições, a que se refere o número anterior, releva para efeitos de prazo de garantia em pos-terior situação de desemprego.

3 - Para efeitos de determinação do período de concessão de novas prestações de desemprego, apenas são considerados os períodos de registos de remunerações que não se sobreponham com registos de remunerações por equivalência referentes ao apoio fi nanceiro.

4 - Nas situações em que, no período relevante para o cálculo de nova prestação de desemprego, se verifi que sobreposição de remunerações por trabalho com re-gisto de remunerações por equivalência referentes ao apoio fi nanceiro, apenas as remunerações por trabalho relevam para cálculo da remuneração de referência.

ARTIGO 8.ºIsenção do cumprimento de deveres

1 - O disposto nos artigos 11.º a 17.º do Decreto-Lei n.º 220/2006, de 3 de no-vembro, não é aplicável aos benefi ciários abrangidos por esta Medida, os quais fi cam isentos do cumprimento dos deveres referidos nas alíneas a) a f) do n.º 1 do artigo 41.º do referido diploma.

2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, o IEFP, I. P., continu-ará a desenvolver, com os benefi ciários apoiados no âmbito da presente Medida, as intervenções consideradas necessárias para o aumento das suas condições de empregabilidade.

ARTIGO 9.ºRequerimento

1 - O apoio fi nanceiro em acumula-ção com trabalho por conta de outrem a tempo completo deve ser requerido pelo benefi ciário junto do IEFP, I. P., no prazo de 30 dias consecutivos, a contar da data do início efetivo da atividade objeto do contrato de trabalho.

2 - O requerimento é instruído com a apresentação do contrato de trabalho, o qual deve incluir, obrigatoriamente, a data do seu início de vigência, o período normal de trabalho, a duração e a retri-buição mensal.

3 - No caso de renovação ou conversão de contratos a termo, a prorrogação do apoio deve ser requerida no prazo de 15 dias consecutivos após a sua ocorrência, mediante requerimento acompanhado de aditamento ao contrato ou contrato de trabalho sem termo, nos termos referidos no número anterior.

ARTIGO 10.ºPagamento

O montante do apoio fi nanceiro a que o trabalhador tem direito, nos termos do artigo 4.º, é pago mensalmente ao benefi -ciário pelo ISS, I. P..

ARTIGO 11.ºValor mensal da prestação

de desemprego

1 - Para efeito de aplicação da presente

portaria, o valor mensal da prestação de desemprego corresponde ao valor diário deferido ao beneficiário, multiplicado por 30.

2 - A referência a meses corresponde a períodos de 30 dias consecutivos.

ARTIGO 12.ºArticulação entre o IEFP, I. P.,

e o ISS, I. P.

Os serviços do IEFP, I. P., e do ISS, I. P., articulam entre si e elaboram a regula-mentação técnica necessária à execução da presente portaria.

ARTIGO 13.ºFinanciamento

A Medida é especifi camente fi nancia-da pelo orçamento da segurança social, constituindo uma despesa do sistema previdencial, nos termos do n.º 1 do artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 367/2007, de 2 de novembro.

ARTIGO 14.ºAvaliação

A aplicação da Medida e os seus resultados são objeto de avaliação pelos membros do Governo responsáveis pelas áreas do emprego e da segurança social, a realizar no prazo de doze meses após a data da sua entrada em vigor, a qual será apreciada na Comissão Permanente de Concertação Social.

ARTIGO 15.ºNorma transitória

O disposto na alínea b) do n.º 4 do arti-go 4.º aplica-se à renovação ou conversão de contratos de trabalho a termo apoiados no âmbito da Portaria n.º 207/2012, de 6 de julho, que ocorra após a data de produção de efeitos da presente Portaria.

ARTIGO 16.ºEntrada em vigor

A presente portaria entra em vigor no dia seguinte à sua publicação, produzindo efeitos relativamente aos contratos de trabalho celebrados desde 1 de janeiro de 2015.

ARTIGO 17.ºRevogação

A presente portaria revoga a Portaria n.º 207/2012, de 6 de julho.

N.R. A Port. nº 207/2012, de 6.7, agora revogada foi oportunamente publicada no Boletim do Contribuinte, 2012, pág. 540.

(Continuação da pág. anterior)

Boletim do Contribuinte 199

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALMARÇO 2015 - Nº 5

O Despacho nº 1402/2015, de 11.2 (2ª série do DR), procedeu à fi xação da distribuição do contingente de estagiários pelas entidades promotoras no âmbito do Programa de Estágios Profi ssionais na Administração Local (PEPAL).

Tendo em consideração que o nú-mero total de estágios solicitados pelas entidades promotoras foi largamente su-perior ao contingente de 1500 fi xado na Portaria nº 265/2014, de 17.12, importa referir, conforme estabelece esta mesma portaria, que relevam como prioridades, para efeitos de distribuição, os estágios nas seguintes áreas temáticas:

- promoção do desenvolvimento e da competitividade económica local, energia e ciência;

- intervenção no domínio social, designadamente, educação, saúde, ação social e cultura.

Assim, a distribuição de estágios realiza-se apenas entre os pedidos re-lativos às áreas temáticas prioritárias anteriormente indicadas.

O Despacho nº 1402/2015, do Secre-tário de Estado da Administração Local, fi xou as regras de limitação máxima do número de estagiários em cada entidade promotora:

municípios – a distribuição dos estágios pelos municípios tem em consideração a população residente, tendo sido defi nidos os seguintes intervalos para a limitação máxima do número de estágios:

PROGRAMA DE ESTÁGIOS PROFISSIONAIS NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL (PEPAL)

Distribuição de estagiários pelas entidades promotoras

- entre 0 e 50 000 habitantes – 7 estagiários;

- entre 50 001 e 150 000 habitantes –18 estagiários;

- 150 001 ou mais habitantes – 22 estagiários.

entidades intermunicipais – 8 esta-giários;

freguesias, associações de municí-pios e empresas locais - 1 estagiário.

As entidades promotoras têm até ao próximo dia 11 de março para darem início ao procedimento de recrutamento e seleção dos estagiários e procederem ao registo do respetivo aviso no formu-lário eletrónico disponível no acesso reservado do sítio da Internet do Portal Autárquico (www.portalautarquico.pt).

Caso se verifi quem desistências da promoção de estágios atribuídos por parte das entidades promotoras, os mesmos se-rão redistribuídos, com base nos critérios de distribuição do citado despacho, pelas entidades promotoras que não viram atri-buídos o número de estágios solicitados.

Os trabalhadores independentes po-dem solicitar em fevereiro e em junho a alteração de escalão em que foram posicionados de forma ofi ciosa pelos serviços da Segurança Social, adequando o valor das contribuições ao valor dos respetivos rendimentos atuais.

Assim, os trabalhadores indepen-dentes que foram notifi cados da fi xação anual da base de incidência contributiva podem pedir a alteração do escalão, ten-do como referência o escalão fi xado em outubro de 2014.

Os trabalhadores independentes que tenham reiniciado a atividade a partir de novembro podem solicitar a alteração de escalão, tendo como referência o escalão fi xado no reinício dessa atividade.

Estes pedidos devem ser efetuados através da Segurança Social Direta (em www.seg-social.pt) ou nos serviços de atendimento da Segurança social.

Regras sobre as alteraçõesNos termos do Código Contributivo,

as alterações podem ser efetuadas entre

os dois escalões imediatamente inferio-res ou superiores ao que lhes foi fi xado,

tendo como limites o previsto no quadro seguinte:

TRABALHADORES INDEPENDENTESPedido de mudança de escalão

Trabalhadores

Rendimento relevante (por referência ao ano civil anterior ao momento de fi xação da base de incidencia

contributiva)

Base de incidência

Trabalhador independente

70% do valor total da prestação de serviços e 20% do valor total dos

rendimentos associados à produção e venda de bens Limite mínimo:

1º escalãoTrabalhador independente -

atividades hoteleiras e simila-res, restauração e bebidas

20% do valor total da prestação de serviços

Trabalhador independente com contabilidade organizada

Valor do lucro tributável – se este for inferior ao valor que resulta da aplica-

ção das regras acima indicadas

Limite mínimo: 2º escalão

Exemplo:

Se o trabalhador independente foi notifi cado da base de incidência contri-butiva pelo 6º escalão, o trabalhador pode escolher entre o 4º, 5º, 7º ou 8º escalão.

No entanto, caso o trabalhador inde-

pendente já tenha solicitado, no prazo que lhe foi estabelecido na notifi cação da fi xação da base de incidência con-tributiva, a alteração de escalão para o 5º escalão, tem a possibilidade de escolher novamente o 4º, 6º, 7º ou o 8º escalão.

Boletim do Contribuinte200

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALMARÇO 2015 - Nº 5

O Tribunal Constitucional declarou inconstitucional, através do Acórdão nº 141/2015, de 25.2, a alínea a) do nº 1 e o nº 4 do art. 6º da Lei nº 13/2003, de 21.5, com as alterações introduzidas pelo De-creto-Lei nº 133/2012, de 27.6, que criou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

Estas normas faziam depender o reconhecimento a cidadãos portugueses do direito ao RSI da sua prévia residência em Portugal por um período mínimo de um ano, o mesmo se exigindo aos mem-bros do agregado familiar do requerente do RSI que sejam cidadãos portugueses.

O pedido de fi scalização da incons-titucionalidade foi formulado pelo Pro-vedor de Justiça, que considerou que a imposição da condição de residência por aquele período de tempo desres-peitava os princípios constitucionais da universalidade e da igualdade, distinguindo cidadãos portugueses em razão do tempo de residência no país. Idêntico juízo valorativo foi formulado relativamente à extensão de tal requisi-to aos membros do agregado familiar do requerente do RSI que sejam cida-dãos portugueses.

RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO (RSI)Norma de atribuição declarada inconstitucional

No seu entendimento, a exclusão dos cidadãos nacionais que residam há menos de um ano em Portugal da titularidade do RSI lesa o princípio da universalidade, constante do nº 1 do art. 12º e do nº 1 do art. 63º da Constituição, viola o princípio da igualdade, enunciado no art. 13º do mesmo documento, na medida em que estabelece uma distinção ilegítima entre os cidadãos nacionais residentes, e con-traria o direito a um mínimo de existência condigna, que decorre dos art. 1º, 2º e nºs 1 e 3 do art. 63º da Constituição.

Assim, o Acórdão nº 141/2015, de 27.2 declarou, com força obrigatória geral, a inconstitucionalidade das cita-das normas por violarem o princípio da igualdade consagrado no nº 1 do art. 13º da Constituição.

De acordo com o Governo, a em-pregabilidade dos estágios profi ssionais comparticipados por fundos comunitários vai passar a constituir um dos critérios relevantes na seleção de futuras candida-turas das empresas a apoios fi nanceiros.

A taxa de emprego ainda não está de-fi nida, mas os programas de estágios vão passar a obedecer aos critérios de obtenção de resultados previstos no novo quadro de fundos europeus “Portugal 2020”.

Esta solução permitirá, segundo o Executivo, canalizar os programas de estágios para as áreas de maior emprega-bilidade, sendo os resultados verifi cados seis meses após a conclusão do estágio. O nível mínimo de colocação dos estagi-ários que vai ser exigido não está ainda defi nido, mas é certo que a empresa que não consiga cumpri-lo fi cará limitada no acesso a futuros programas, caso pre-tenda obter nova comparticipação. Para a contagem será considerado o total de contratações e não apenas as que resul-tarem de realização de estágio.

Esta mesma lógica de resultados vai aplicar-se às escolas profi ssionais e centros de formação. O diploma que regulamenta as novas regras do Fundo

Social Europeu (FSE) – Portaria nº 60-A/2015, de 2.3 (Regulamento de Normas Comuns sobre o FSE), apenas prevê a atribuição de fi nanciamento a operações de formação que se proponham atingir um mínimo de 50% de empregabilidade dos formandos nos seis meses seguintes ao fi m do curso em causa.

Refi ra-se que as candidaturas apre-sentadas pelos centros e escolas terão de indicar a taxa de empregabilidade esperada, sendo este um critério rele-vante na escolha dos projetos. Haverá penalizações ou prémios em função dos resultados. Isto é, as que superem os objetivos contratualizados terão direito a bónus até ao máximo de 10% do valor do fi nanciamento e as que fi quem abaixo so-frem um corte até 10% do fi nanciamento (sendo a redução tanto maior quanto mais se afastarem dos objetivos).

Por outro lado, os cursos que revelem uma taxa de empregabilidade inferior a 50% deixam de ser fi nanciados por fun-dos comunitários. Esta regra vai aplicar--se a organismos privados e públicos, conforme referiu o Ministro do Desen-volvimento Regional, o que signifi ca que uma entidade pública que decida mantê-

-lo terá de passar a fi nanciar-se junto do orçamento do respetivo ministério.

O objetivo é fazer com que, no futuro, os promotores tenham a preocupação de apostar em cursos direcionados para áreas em que haja procura por parte do mercado de trabalho e reforcem a aposta na qualida-de. Tudo isto fará ainda que os centros de formação e escolas profi ssionais promo-vam um acompanhamento dos formandos depois de estes fi nalizarem a formação.

Para aquele Ministro, esta orientação para os resultados vai mudar totalmente a lógica da formação e permitir cortar com o modelo do passado, em que se desconhecia até que ponto estes cursos, fi nanciados pelo Fundo Social Europeu, contribuíam ou não para ajudar as pes-soas a encontrar emprego.

Outra das mudanças diz respeito ao valor máximo que pode ser pago aos formadores. A legislação em vigor já estabelecia alguns limites, mas reforçam--se as garantias de que a sua remuneração não pode ir além da de um diretor-geral (3734 euros). O novo diploma defi ne também valores mínimos de pagamento, para assegurar que as pessoas contratadas têm qualidade e estão motivadas.

As novas regras do FSE (que são aplicadas às candidaturas fi nanciadas no âmbito do Portugal 2020) determinam ainda que as formações modulares só são fi nanciadas quando estejam integradas num processo formativo mais vasto.

APOIO A ESTÁGIOS PROFISSIONAISEmpregabilidade como critério de seleção

de candidaturas

Boletim do Contribuinte 201

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALMARÇO 2015 - Nº 5

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

Compilação de sumários do Boletim do Trabalho e Emprego, 1ª Série, nºs 4, 6, 7 e 8 de 2015

Agricultura- Aviso de projeto de portaria de extensão do

contrato coletivo e suas alterações entre a MEAGRI - Cooperativa Agrícola do Concelho da Mealhada, CRL e outras e o SETAA - Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas

(Bol. do TE, nº 6, de 15.2.2015)Bombeiros Voluntários

- Acordo de empresa entre a Associação Hu-manitária de Bombeiros Voluntários da Amadora e o SNBP - Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais – Alteração

(Bol. do TE, nº 8, de 28.2.2015)Carne

- Contrato coletivo entre a Associação dos Comerciantes de Carnes dos Concelhos de Lisboa e Outros e outras associações de empregadores e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria e Comércio de Carnes do Sul - Alteração salarial e outras/texto consolidado

(Bol. do TE, nº 6, de 15.2.2015)Correios

- Acordo de empresa entre os CTT - Correios de Portugal, SA - Sociedade Aberta e o SINDETEL-CO - Sindicato Democrático dos Trabalhadores das Comunicações e dos Média e outros - Revisão global

(Bol. do TE, nº 8, de 28.2.2015)Ensino Particular

- Contrato coletivo entre a AEEP - Associa-

ção dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo e o SPLIU – Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Uni-versidades - Revisão global

(Bol. do TE, nº 4, de 29.1.2015)Industriais de Calçado

- Contrato coletivo entre a APICCAPS - Associa-ção Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componen-tes e Artigos de Pele e Seus Sucedâneos e a COFESINT - Federação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes e outra - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 8, de 28.2.2015)Industriais de Laticínios

- Contrato coletivo entre a ANIL - Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios e várias organizações cooperativas de produtores de leite e o Sindicato dos Profissionais de Laticínios, Ali-mentação, Agricultura, Escritórios, Comércio, Ser-viços, Transportes Rodoviários, Metalomecânica,

Metalurgia, Construção Civil e Madeiras - Alteração salarial e outras/texto consolidado

(Bol. do TE, nº 6, de 15.2.2015)Inspeção Automóvel

- Portaria de extensão do contrato coletivo entre a ANCIA - Associação Nacional de Centros de Inspeção Automóvel e a FETESE - Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços

(Bol. do TE, nº 6, de 15.2.2015)Metalurgia e Metalomecânica

- Contrato coletivo entre a AIMMAP - Asso-ciação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecâ-nicos e Afins de Portugal e o SIMA - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 7, de 22.2.2010)Ótica

- Contrato coletivo entre a Associação Na-cional dos Ópticos e a FETESE - Revisão global

(Bol. do TE, nº 8, de 28.2.2015)Produtos Químicos e Farmacêuticos - Portaria de extensão dos contratos coletivos

entre a GROQUIFAR - Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos e a CO-FESINT - Confederação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes e entre a mesma associação de empregadores e a FETESE

(Bol. do TE, nº 6, de 15.2.2015)

Siglase

Abreviaturas

Feder. - FederaçãoAssoc. - AssociaçãoSind. - SindicatoInd. - IndústriaDist. - DistritoCT - Comissão Técnica

CCT - Contrato Coletivo de TrabalhoACT - Acordo Coletivo de TrabalhoPRT - Port. de Regulamentação de TrabalhoPE - Port. de ExtensãoAE - Acordo de Empresas

O Provedor de Justiça interveio junto da Caixa Geral de Aposentações (CGA) para que fossem reconhecidos como equivalentes à entrada de contribuições e quotizações os períodos de desemprego, na sequência da cessação de contrato de trabalho em funções públicas, por força do disposto nos arts. 19º e 32º da Lei nº 4/2009, de 29.1, que estabeleceu a proteção social dos trabalhadores que exercem funções públicas.

Segundo informação divulgada no portal do Provedor de Justiça, em www.provedor-jus.pt, o incumprimento da lei pela CGA tinha signifi cativas im-plicações na carreira contributiva dos subscritores para efeitos de aposentação ou reforma e, ainda, no que diz respeito

às prestações imediatas, designadamente, as da parentalidade.

Refi ra-se que, recentemente, a CGA veio acolher a posição sustentada pelo Provedor de Justiça e, nesse sentido, fi xar as seguintes orientações para os seus ser-viços, através de uma comunicação cujo conteúdo, dado o interesse que reveste para a generalidade dos subscritores que venham a ver-se perante períodos de desemprego involuntário, se transcreve:

“1. A Lei nº 4/2009, de 31 de janeiro, alargou aos trabalhadores que exercem funções públicas, abrangidos pelo regime de proteção social convergente, gerido pela CGA, IP, a proteção na eventualidade desemprego, prevendo que o período de tempo naquela situação seja registado

PROVEDOR DE JUSTIÇAPeríodos de desemprego equivalentes à entrada

de contribuições

como equivalente à entrada de contri-buições.

2. Assim, considerando que o art. 26º, nº 1, al. b), do Estatuto da Aposentação permite contar, por inteiro, para efeitos de aposentação, ainda que não corres-ponda a efetiva prestação de serviço, o tempo decorrido em situação que a lei equipare ao exercício do cargo ou man-de contar para a aposentação, devem os serviços registar e contar o período de desemprego do trabalhador em funções públicas para aqueles efeitos.

3. Em qualquer caso, porém, o desemprego implicará sempre a perda de qualidade de subscritor inerente à cessação defi nitiva de funções, pelo que o utente naquela situação apenas poderá aposentar-se como ex-subscritor, caso reúna as condições legalmente exigidas.”

Conclusão: os períodos de desemprego passam a ser contabilizados como tempo de serviço para efeito do cálculo das pensões de aposentação, à semelhança do que acontece no Regime Geral de Segurança Social.

MARÇO 2015 - Nº 5

Boletim do Contribuinte202

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - FEVEREIRO/2015

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 2ª QUINZENA (De 17 a 28 de fevereiro de 2015)

(Continuação da pág. 204)

1 - Transcrito neste número.2 - A publicar no próximo número.

Contratos Coletivos de TrabalhoPort. n.º 39/2015, de 17.2 - Determina a

extensão do contrato coletivo entre a ANCIA - Associação Nacional de Centros de Inspeção Automóvel e a FETESE - Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços

Port. n.º 40/2015 , de 17.2 - Determina a ex-tensão dos contratos coletivos entre a GROQUIFAR - Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos e a COFESINT - Confederação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes e entre a mesma associação de empregadores e a FETESEConvenção relativa à Assistência Mútua em Matéria Fiscal

Aviso n.º 4/2015, de 17.2 - Torna público que a República Portuguesa depositou o seu instrumento de ratificação da Convenção relativa à Assistência Admi-nistrativa Mútua em Matéria Fiscal, adotada em Estras-burgo, em 25.1.1988, conforme revista pelo Protocolo de Revisão à Convenção relativa à Assistência Mútua em Matéria Fiscal, adotado em Paris, em 27.5.2010Convenção sobre o Cibercrime

Aviso n.º 5/2015, de 24.2 - Torna público que a República Checa depositou o seu instrumento de ratificação à Convenção sobre o Cibercrime, aberta a assinatura em Budapeste, em 23.11.2001

Aviso n.º 6/2015, de 24.2 - Torna público que a República de Malta depositou o seu instrumento de ratificação à Convenção sobre o Cibercrime, aberta a assinatura em Budapeste em 23.11.2001Ensino e formação

Res. Assemb. da Rep. n.º 17/2015, de 19.2 - Aplicação das recomendações do conselho nacional de educação relativamente ao enquadramento legal da educação especial

Port. n.º 45/2015, de 20.2 - Atualiza o pro-grama de formação da área de especialização de Medicina Geral e Familiar

Port. n.º 57-C/2015 , de 27.2 – (3º Supl.) - Fixa o número de vagas a preencher pelo concurso exter-no, previsto e regulado no DL n.º 83-A/2014 de 23.5

Res. Assemb. da Rep. n.º 20/2015, de 20.2 - Recomenda ao Governo a revisão da Port. n.º 275-A/2012, de 11.9, garantindo a continuidade do percurso escolar no ensino secundário dos alunos com necessidades educativas especiaisFreguesias

Lei n.º 17/2015, de 24.2 - Alteração da de-nominação da «União das Freguesias de Viseu», no município de Viseu, para «Viseu»Hospital das Forças Armadas

Dec. Regul. n.º 2/2015, de 20.2 - Estabelece a estrutura orgânica e funcional do Hospital das Forças Armadas, bem como as competências dos respetivos órgãos e os princípios de gestão aplicáveisIAPMEI - Estatutos

Port. n.º 51/2015, de 26.2 - Aprova os estatu-tos do IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, I. P., e revoga a Port. n.º 538/2007, de 30.4Incentivos

Dec. Regul. Regional n.º 1/2015/M, de 24.2 - Aprova o Regulamento para a Atribuição de Apoios a Planos de Promoção e Marketing Turístico da Região Autónoma da Madeira

Port. n.º 57-A/2015, de 27.2 – (1º Supl.) - Adota o regulamento específico do domínio da Competitividade e Internacionalização

Port. n.º 57-B/2015 , de 27.2 – (1º Supl.) - Adota o Regulamento Específico Sustentabilidade e Eficiência no Uso de RecursosInstalações elétricas – exercício de atividade

Lei n.º 14/2015, de 16.2 - Estabelece os requisitos de acesso e exercício da atividade das entidades e profissionais responsáveis pelas insta-lações elétricas, conformando-os com a disciplina da Lei n.º 9/2009, de 4.3, e do DL n.º 92/2010, de 26.7, que transpuseram as Diretivas nºs 2005/36/CE, de 7 de setembro, relativa ao reconhecimento das qualificações profissionais, e 2006/123/CE, de 12.12, relativa aos serviços no mercado internoInventário

Port. n.º 46/2015, de 23.2 - Primeira alteração da Port. n.º 278/2013, de 26.8, que regulamenta o processamento dos atos e os termos do processo de inventário nos cartórios notariais, no âmbito do regime Jurídico do Processo de Inventário aprovado pela Lei n.º 23/2013, de 5.3Licenciamento comercial – grandes superfícies comerciais

Port. n.º 57-D/2015 , de 27.2 – (3º Supl.) - Fixa os parâmetros e a metodologia para a de-terminação da valia do projeto realizada na fase de instrução dos procedimentos de autorização con-junta de grandes superfícies comerciais não inseridas em conjuntos comerciais e de conjuntos comerciais com área bruta locável igual ou superior a 8 000 m2Orçamento do Estado 2015

Declaração de Retificação n.º 5/2015(1), de 26.2 - Declaração de retificação à Lei n.º 82-B/2014, de 31.12, Orçamento do Estado para 2015Pão e padaria fina

Port. n.º 52/2015, de 26.2 - Fixa as caracterís-ticas a que devem obedecer os diferentes tipos de pão e de produtos afins do pão ou de padaria fina e revoga a Port. n.º 425/98, de 25.7Pecuária

Port. n.º 42/2015, de 19.2 - Estabelece as normas regulamentares aplicáveis à atividade de detenção e produção pecuária, ou atividades complementares, de bovinos, ovinos, caprinos e cervídeos e revoga a Port. n.º 638/2009, de 9.6Pesca

Port. n.º 34/2015, de 16.2 - Primeira alteração à Port. n.º 198-A/2014, de 2.10, que aprova o Regu-lamento do Regime de Apoio à Cessação Temporária das Atividades de Pesca da Sardinha com Recurso a Artes de Cerco

Port. n.º 35/2015, de 16.2 - Primeira alteração à Port. n.º 217/2014, de 20.10, que aprova o Regula-mento do Regime de Apoio à Cessação Temporária das Atividades de Pesca da Sardinha com Recurso a Arte de Xávega ou Redes de Emalhar de Deriva de Pequenos Pelágicos

Port. n.º 36/2015, de 16.2 - Primeira alteração à Port. n.º 218/2014, de 20 de outubro, que determina a interdição do exercício da pesca pela frota de arrasto licenciada para a malhagem 55-59 mm por um perío-do de 30 dias e aprova o Regulamento do Regime de Apoio à Cessação Temporária das Atividades de Pesca da Pescada Branca do Sul e do Lagostim

Privatização da TAPRes. Assemb. Legisl. da RA dos Açores n.º

7/2015/A, de 23.2 - Resolve pronunciar-se por iniciativa própria sobre a privatização da TAP--SGPS, S.A.Processo de inventário

Port. n.º 46/2015, de 23.2 - Primeira alteração da Port. n.º 278/2013, de 26.8, que regulamenta o processamento dos atos e os termos do processo de inventário nos cartórios notariais, no âmbito do regime Jurídico do Processo de Inventário aprovado pela Lei n.º 23/2013, de 5.3Reforma da Fiscalidade Ambiental

Declaração de Retificação n.º 6/2015(1), de 27.2 - Declaração de Retificação à Lei n.º 82-D/2014, de 31.12, que «Procede à alteração das normas fiscais ambientais nos sectores da energia e emissões, transportes, água, resíduos, ordenamento do território, florestas e biodiversidade, introdu-zindo ainda um regime de tributação dos sacos de plástico e um regime de incentivo ao abate de veículos em fim de vida, no quadro de uma reforma da fiscalidade ambiental»Regulamento da Nacionalidade Portuguesa

DL n.º 30-A/2015, de 27.2 – (2º Supl.) - Pro-cede à segunda alteração ao Regulamento da Na-cionalidade Portuguesa, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 237-A/2006, de 14.12, permitindo a concessão da nacionalidade portuguesa, por naturalização, a descendentes de judeus sefarditasResíduos radioativos

Port. n.º 44/2015, de 20.2 - Aprova os valores dos níveis de liberação para os resíduos radioativos sólidos a aplicar pela Comissão Reguladora para a Segurança das Instalações NuclearesTelecomunicações – Listas telefónicas

Res. Cons. Min. n.º 7-B/2015, de 20.2 – (Supl.) – Autoriza a despesa relativa à contratação da prestação do serviço universal de disponibilização de uma lista telefónica completa e de um serviço completo de informações de listas, com recurso ao procedimento pré-contratual de concurso público, com publicação no Jornal Oficial da União Europeia

Port. n.º 50-A/2015, de 25.2 – (Supl.) - Aprova o programa do concurso e o caderno de encargos do procedimento de concurso público para a seleção da entidade a designar para a prestação do serviço universal de disponibilização de uma lista telefónica completa e de um serviço completo de informações de listasTrabalho e Segurança Social

Declaração de Retificação n.º 7/2015, de 27.2 - Retifica a Port. n.º 286-A/2014, de 31.12, dos Ministérios das Finanças e da Solidariedade, Empre-go e Segurança Social, que estabelece as normas de atualização das pensões mínimas do regime geral da segurança social para o ano de 2015, publicada no D.R. n.º 252, 1.ª série, 2.º supl., de 31.12.2014Turismo

Dec. Regul. Regional n.º 1/2015/M, de 24.2 - Aprova o Regulamento para a Atribuição de Apoios a Planos de Promoção e Marketing Turístico da Região Autónoma da Madeira

Boletim do Contribuinte 203MARÇO 2015 - Nº 5

LISBOA 24 e 25 Março

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O curso O Controlo de Gestão nas PME’s pretende sensibilizar os empresários para a importância de ter uma equipa de gestão de uma PME motivada, bem como ter um sistema de Controlo de Gestão adaptado às necessidades de cada PME.

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2. As restrições ao crédito e as implicações no controlo degestão • O Acordo de Basileia e a sua implicação no crédito àsempresas.

3. Análise de um modelo prático de controlo de gestão parauma PME

4. Os conselhos de grandes empresários e gestoresinternacionais

5. As novas metodologias: O Balance Scorecard

6. Exercícios práticos

O Controlo de Gestão nas PMEUma abordagem práctica

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MARÇO 2015 - Nº 5

Boletim do Contribuinte204

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c - 4000-263 PortoTelf. 223 399 400 • Fax 222 058 098

www.boletimdocontribuinte.ptImpressão: Uniarte Gráfica, S.A.Nº de registo na DGCS 100 299

Depósito Legal nº 33 444/89

Boletim do ContribuinteEditor: João Carlos Peixoto de Sousa

Proprietário: Vida Económica - Editorial, S.A.

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - FEVEREIRO/2015

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 2ª QUINZENA (De 17 a 28 de fevereiro de 2015)

Acordão do STJ – crime de abuso de confiançaAcórdão do Supremo Tribunal de Justiça n.º

2/2015, de 19.2 - «No crime de abuso de confiança contra a Segurança Social, previsto e punido pelos artigos 107.º, número 1, e 105.º, números 1 e 5, do Regime Geral das Infracções Tributárias (RGIT), o prazo de prescrição do procedimento criminal começa a contar-se no dia imediato ao termo do prazo legalmente estabelecido para a entrega das prestações contributivas devidas, conforme dispõe o artigo 5.º, número 2, do mesmo diploma»Açores

Res. Assemb. Legisl. da RA dos Açores n.º 3/2015/A , de 19.2 - Recomenda ao Governo Re-gional que inste o Governo da República a solicitar a admissão dos Açores, na qualidade de membro associado, à Organização Mundial do Turismo

Res. Assemb. Legisl. da RA dos Açores n.º 6/2015/A , de 23.2 - Recomenda à Comissão Permanente de Economia que acompanhe o fim do regime de quotas leiteiras nos Açores

Decl. de Retif. n.º 4/2015, de 24.2 - Retifica o Dec. Legisl. Reg. n.º 2/2015/A de 7.1, da R. A. dos Açores, que aprova o Plano Anual Regional para 2015, publicado no D.R. n.º 4, 1.ª série, de 7 de janeiro de 2015

Dec. Legisl. Reg. n.º 5/2015/A, de 24.2 - Revoga o Dec. Legisl. Reg. n.º 14/2006/A, de 6 de abril, que desafetou do regime florestal parcial uma parcela de terreno do núcleo florestal das Fontinhas, do perímetro florestal da Terceira, e respetiva cedência, a título precário, ao Clube Cinegético e Cinófilo da Ilha TerceiraAçores – Base das Lajes

Res. Assemb. Legisl. da RA dos Açores n.º 5/2015/A , de 20.2 - Recomenda a criação um plano de emergência que minimize os efeitos da redução de pessoal civil ao serviço das forças militares norte--americanas na base das LajesAcordo de cooperação Portugal-Turquia

Aviso n.º 16/2015 , de 26.2 - Torna público que foram emitidas notas, em que se comunica terem sido cumpridas as respetivas formalidades consti-tucionais internas de aprovação do Acordo entre Portugal e o Governo da República da Turquia sobre Cooperação no Domínio da Indústria de Defesa, assinado em Ancara em 7 de novembro de 2013Administração Pública

Port. n.º 41/2015, de 19.2 - Fixa o número de estagiários a admitir em 2015, o prazo para apresen-tação de candidaturas e a data de início dos estágios no âmbito do Programa de Estágios Profissionais na Administração Central do Estado do Ministério dos Negócios EstrangeirosAgricultura

Port. n.º 50/2015, de 25.2 - Estabelece o regime de aplicação dos apoios nºs 7.4, «Conser-vação do solo», 7.5, «Uso eficiente da água», 7.6, «Culturas permanentes tradicionais», 7.7, «Pastoreio extensivo», 7.9, «Mosaico agroflorestal», e 7.12, «Apoio agroambiental à apicultura», da medida n.º 7, «Agricultura e recursos naturais», do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente

Port. n.º 55/2015, de 27.2 - Estabelece o regime de aplicação do apoio «Manutenção de raças autóctones em risco», da ação 7.8, «Recursos

genéticos», integrada na medida n.º 7, «Agricultura e recursos naturais», da área n.º 3, «Ambiente, efi-ciência no uso dos recursos e clima», do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente

Port. n.º 56/2015, de 27.2 - Estabelece o regime de aplicação da ação n.º 7.3, «Pagamentos Rede Natura», integrada na medida n.º 7, «Agricul-tura e recursos naturais», da área n.º 3, «Ambiente, eficiência no uso dos recursos e clima», do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente

Port. n.º 57/2015, de 27.2 - Aprova o Regula-mento de aplicação dos regimes de pagamento base, pagamento por práticas agrícolas benéficas para o clima e para o ambiente, pagamento para os jovens agricultores, pagamento específico para o algodão e regime da pequena agriculturaAmbiente e Ordenamento do Território

Port. n.º 38/2015, de 17.2 - Aprova a delimi-tação da Reserva Ecológica Nacional do município de Pombal

Port. n.º 43/2015, de 20.2 - Aprova a delimi-tação da Reserva Ecológica Nacional do município de SernancelheCarta Social Europeia

Aviso n.º 9/2015, de 25.2 - Torna público que a Estónia emitiu uma declaração à Carta Social Europeia Revista, aberta a assinatura em Estrasburgo em 3.5.1996

Aviso n.º 12/2015, de 25.2 - Torna público que a Antiga República Jugoslava da Macedónia depositou o seu instrumento de ratificação à Carta Social Europeia Revista, aberta a assinatura em Estrasburgo em 3.5.1996Códigos fiscais - Estatuto dos Benefícios Fiscais

Decl. de Retificação n.º 5/2015, de 26.2 - Declaração de retificação à Lei n.º 82-B/2014, de 31.12, Orçamento do Estado para 2015

Decl. de Retificação n.º 6/2015, de 27.2 - De-claração de Retificação à Lei n.º 82-D/2014, de 31.12, que «Procede à alteração das normas fiscais ambien-tais nos sectores da energia e emissões, transportes, água, resíduos, ordenamento do território, florestas e biodiversidade, introduzindo ainda um regime de tributação dos sacos de plástico e um regime de incentivo ao abate de veículos em fim de vida, no quadro de uma reforma da fiscalidade ambiental»Código dos valores mobiliários – instituições de crédito e sociedades financeiras - organismos de investimento coletivo

Lei n.º 16/2015, de 24.2 - Transpõe parcial-mente as Diretivas nºs 2011/61/UE e 2013/14/UE, procedendo à revisão do regime jurídico dos organismos de investimento coletivo e à alteração ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Socieda-des Financeiras e ao Código dos Valores Mobiliários

Combate ao terrorismoRes. Cons. Min. n.º 7-A/2015, de 20.2 –

(Supl.) – Aprova a Estratégia Nacional de Combate ao TerrorismoCombustíveis e produtos petrolíferos – exer-cício de atividade

Lei n.º 15/2015, de 16.2 - Estabelece os requi-sitos de acesso e exercício da atividade das entidades e profissionais que atuam na área dos gases com-bustíveis, dos combustíveis e de outros produtos petrolíferos, conformando-o com a disciplina da Lei n.º 9/2009, de 4.3, e do DL n.º 92/2010, de 26.7, que transpuseram as Diretivas nºs 2005/36/CE, de 7.9, relativa ao reconhecimento das qualificações profissionais, e 2006/123/CE, de 12.12, relativa aos serviços no mercado interno, e procede à quinta alteração ao DL n.º 267/2002, de 26.11Combustíveis – postos de abastecimento e áreas de serviço – Taxas

Port. n.º 53/2015, de 27.2 - Define os montan-tes, datas e formas de pagamento das taxas devidas à EP - Estradas de Portugal, S. A., pelo licenciamento para implantação de postos de abastecimento de combustíveis marginais às estradas e pela utilização privativa de acesso à estrada

Port. n.º 54/2015, de 27.2 - Fixa as regras da localização, classificação, composição e funcio-namento das áreas de serviço inseridas em zona de domínio público rodoviário e dos postos de abastecimento que sejam marginais às estradas que constituem a Rede Rodoviária Nacional, assim como as estradas regionais e estradas desclassificadas sob jurisdição da EP - Estradas de Portugal, S. A.Comissão de Inquérito Parlamentar

Res. Assemb. da Rep. n.º 16/2015, de 18.2 - Prorrogação do prazo de funcionamento da Co-missão de Inquérito Parlamentar à Gestão do BES e do GES, ao processo que conduziu à aplicação da medida de resolução e às suas consequências, nomeadamente quanto aos desenvolvimentos e opções relativos ao GES, ao BES e ao Novo BancoCompetitividade e Internacionalização

Port. n.º 57-A/2015, de 27.2 – (1º Supl.) - Adota o regulamento específico do domínio da Competitividade e Internacionalização

Port. n.º 57-B/2015 , de 27.2 – (1º Supl.) - Adota o Regulamento Específico Sustentabilidade e Eficiência no Uso de RecursosConselho de Europa

Dec. Pres. Rep. n.º 19/2015, de 20.2 - Ratifica o Sexto Protocolo ao Acordo sobre Privilégios e Imunidades do Conselho da Europa, aberto à assi-natura em Estrasburgo, em 5.3.1996

Res. Assemb. da Rep. n.º 19/2015, de 20.2 - Aprova o Sexto Protocolo ao Acordo sobre Privi-légios e Imunidades do Conselho da Europa, aberto à assinatura em Estrasburgo, em 5.31996Conselhos de região hidrográfica

Port. n.º 37/2015, de 17.2 - Procede à criação dos conselhos de região hidrográfica e regula o seu funcionamento

(Continua na pág. 202)

IBoletim do Contribuinte

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