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2012100Years of
WPSA
5 - 9 Agosto 2012
Centro de Convenções da BahiaSalvador - Bahia - Brasil
Brazilian Branch
Realização: Apoio: Suporte:
Patrocinadores:
Bronze: Pedras Brasileiras:Ouro:Diamante: Prata:
1912 2012
Agência Limine
*até a data de impressão.
Para a festa de encerramento a organização do WPC 2012 optou por uma celebração tipica-mente baiana, oferecendo a oportunidade de fazer uma verdadeira imersão na cultura local e para retratar a alegria do povo soteropolitano, nada mais indicado do que uma autêntica "festa de largo", além da decoração e gastronomia típica da Bahia, a festa contará com apresenta-ções de dança, música e muitas outras atrações.
O WPC (World’s Poultry Congress) é realizado a cada quatro anos pela Associação Mundial de Ciência Avícola (WPSA), o evento chega à sua 24ª edição e é o mais importante evento da cadeia produtiva de aves e ovos. Na carreira de estudantes e pro�ssionais que buscam o sucesso em suas pro�ssões a presença no WPC 2012 é fundamental, pois terão a oportunidade de interagir com os principais nomes da avicultura mundial e conhecer as mais avançadas tecno-logias disponíveis no setor.
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facta_anuncio_feedfood.pdf 1 01/06/2012 17:18:53
2012100Years of
WPSA
5 - 9 Agosto 2012
Centro de Convenções da BahiaSalvador - Bahia - Brasil
Brazilian Branch
Realização: Apoio: Suporte:
Patrocinadores:
Bronze: Pedras Brasileiras:Ouro:Diamante: Prata:
1912 2012
Agência Limine
*até a data de impressão.
Para a festa de encerramento a organização do WPC 2012 optou por uma celebração tipica-mente baiana, oferecendo a oportunidade de fazer uma verdadeira imersão na cultura local e para retratar a alegria do povo soteropolitano, nada mais indicado do que uma autêntica "festa de largo", além da decoração e gastronomia típica da Bahia, a festa contará com apresenta-ções de dança, música e muitas outras atrações.
O WPC (World’s Poultry Congress) é realizado a cada quatro anos pela Associação Mundial de Ciência Avícola (WPSA), o evento chega à sua 24ª edição e é o mais importante evento da cadeia produtiva de aves e ovos. Na carreira de estudantes e pro�ssionais que buscam o sucesso em suas pro�ssões a presença no WPC 2012 é fundamental, pois terão a oportunidade de interagir com os principais nomes da avicultura mundial e conhecer as mais avançadas tecno-logias disponíveis no setor.
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facta_anuncio_feedfood.pdf 1 01/06/2012 17:18:53
Diretoria
Presidente:Domingos MartinsVice-presidente:Alfredo KaeferSecretário: Roberto Pecoits Tesoureiro:João Roberto Welter Diretores Efetivos:Claudemir R. Bongiorno e Roberto KaeferDiretores Suplentes:Sidney D. Bottazzari, Ciliomar Tortola, Ivan Lima, Paulo C. Felipe, Dilvo Grolli e Valter PitolConselho Fiscal Efetivos:Mário F. Camargo e Célio B. Martins Filho Conselho Fiscal Suplentes:Paulo Karakida, Evaldo Ulinski e Osvaldo F. JuniorDelegado Representante Efetivo: Domingos Martins e Pedrinho Furlan Suplentes:Cláudio de Oliveira e Paulo César M. T. Cordeiro
Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná
Av. Cândido de Abreu, 140 - Salas 303/304 Curitiba/PR - CEP: 80.530-901Tel.: 41 3224-8737 | www.sindiavipar.com.br [email protected]
Ed. nº 29 - Jul/Ago 2012
As matérias desta publicação podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes.
Pela primeira vez na história o Paraná fechou o primeiro semestre atingindo a marca
de US$ 1 bilhão de faturamento com as exportações de carne de frango, ficando à frente
dos outros estados e respondendo por 28% das divisas brasileiras com o produto. Com
relação ao volume embarcado, também tivemos bons resultados: aumento de 17%.
Do mesmo modo, a produção avícola do Paraná apresentou crescimento. De janeiro
a junho deste ano foram abatidas mais de 710 milhões de cabeças de frango, enquanto
nesse mesmo período do ano passado a produção foi de pouco mais de 690 milhões de
cabeças.
A tendência é que no restante de 2012 os níveis de produção e exportação sejam
ainda mais significativos, já que o segundo semestre concentra os melhores meses para
exportação: outubro e novembro. Além disso, o clima favorável e a expansão de área de
milho safrinha devem transformar a segunda safra do grão no Paraná na maior da história.
Outra boa notícia vem das mesas dos consumidores. Além de ser a proteína animal
mais consumida no país, a carne de frango é também a mais democrática, conforme com-
prova uma pesquisa da União Brasileira da Avicultura (Ubabef). E o consumo médio nacio-
nal deve fechar o ano em 50 quilos por habitante. O que revela que ainda há muito espaço
para crescimento.
É justamente para manter a excelência que
seguimos a todo vapor nos preparativos para a 2ª
edição do Workshop Sindiavipar, formatado para
atender às necessidades de atualização das nossas
indústrias, promover o fortalecimento e a inovação
necessárias a toda nossa cadeia avícola que não
para de crescer.
Uma ótima leitura!Se você tem alguma sugestão, crítica, dúvida ou deseja anunciar na Revista Avicultura do Paraná, escreva para nós:[email protected].
Crescimento consistente
Fale conosco
Domingos MartinsPresidente do Sindiavipar
Editorial
ExpedienteRevista Avicultura do Paraná
Produção:
CNC Comunicação (cnccomunicacao.com.br)
Jornalista Responsável:
Guilherme Vieira (MTB-PR: 1794)
Editora-chefe:
Cecilia Gibson (MTB-PR: 6472)
Reportagem:
Bruna Robassa, Cecilia Gibson, Danielle
Rodrigues e Karina Kanashiro
Colaboração:
Camila Barbieri, Mariana
Macedo e Patricia Herman
Design e Diagramação:
Cleber Brito
Marketing:
Mônica Fukuoka
Impressão:
Maxi Gráfica
selo SFC
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: Div
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Foto
: AEN
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cias
II WorkshopSindiavipar
Avicultura de corte
do Paraná para o mundo
Espaço Sindiavipar.............................06
Radar...................................................08
Agenda.................................................. 10
Observatório........................................10
Ciência................................................... 12
Evento..................................................13
Capacitação.........................14
Entrevista.............................................16
Instituições...........................................18
Mercado...............................20
Seab-PR.................................................22
Capa..................................... 24
Bem-estar animal...............................28
Fiep........................................................ 30
Pesquisa e tecnologia.......................32
Legislação............................................34
Artigo técnico......................................36
Saúde do trabalhador......................38
Insumos.................................................40
Associados........................... 42
Notas e registros.................................44
Estatísticas...........................................46
Artigo motivacional ..........................48
Culinária................................................50
CRESCIMENTOParaná fecha o primeiro semestre chegando a US$ 1 bilhão de fatura-mento nas exportações de frango. Já o volume acumulado nos embar-ques foi de 563,5 mil toneladas.
MODERNIDADEGrupo Unifrango inaugura primeira fase do Centro Logístico em Apucarana. O empreendimento terá capacidade para estocar 25 mil toneladas e pro-mete ser um dos mais modernos do país.
20 Mercado
42 Associados
WORKSHOPSindiavipar promove um evento técnico-científico dia 24 de agosto em Foz do Iguaçu com o intuito de promover o fortaleci-mento, a capacitação e a atualização das indús-trias avícolas.
14 Capacitação
PRESENÇAA proteína mais consu-mida do país: carne de frango está presente na refeição de todas as famílias brasileiras, e mais da metade a con-some ao menos duas vezes na semana.
24 Capa
Seções
Colaboração:
Camila Barbieri, Mariana
Macedo e Patricia Herman
Design e Diagramação:
Cleber Brito
Marketing:
Mônica Fukuoka
Impressão:
Maxi Gráfica
6 | sindiavipar.com.br
MAIO
JUNHO
Fiep: No dia 15 de junho, na Federação das Indústrias
do Estado do Paraná (Fiep), foi realizada uma avaliação
do código de ocupação e feito também o conselho te-
mático e relações de trabalho com representantes dos
sindicatos empresariais.
O encontro contou com a participação do
diretor executivo do Sindiavipar, o médico veterinário
Icaro Fiechter, que esteve presente aconpanhando os
trabalhos.
Conesa: Na reunião do Conselho Estadual de Sanidade
Agropecuária do Paraná (Conesa), no último dia 11 de junho,
na Sala do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Ex-
tensão Rural (Emater), foram discutidas a agricultura de baixo
carbono e a situação do recolhimento do BHC.
Coesa: Durante a reunião do Comitê Estadual de Sanidade
Avícola do Paraná (Coesa) e Secretaria da Agricultura e do
Abastecimento do Paraná (Seab-PR), no dia 28 de junho, foi
apresentado o “Comitê de Gestão da Informação em Sanida-
de Avícola do Paraná (CGISA-PR)’’ para aprovação. Também foi
discutido o convênio Sindiavipar/Adapar. Foi feito ainda um
resumo da reunião com a Ubabef sobre a certidão de registro
para estados com cadastramento eletrônico e georreferencia-
mento dos aviários e a reativação da rede de laboratórios.
NR Frigoríficos: Durante encontro na sede do Sindiavipar
no dia 6 de junho foram feitas avaliações sobre NR Frigorífi-
cos com Ricardo Gouvêa, presidente da Câmara de Sustenta-
bilidade e Relações Laborais da União Brasileira da Avicultura
(Ubabef), e associados.
Espaço Sindiavipar
6 | sindiavipar.com.br
Adapar: No dia 7 de maio aconte-
ceu a posse da diretoria da Agência
de Defesa Agropecuária (Adapar). O
presidente do Sindicato das Indús-
trias de Produtos Avícolas do Estado
do Paraná (Sindiavipar), Domingos
Martins, aproveitou a ocasião para
cumprimentar o recém empossado
diretor-presidente da Adapar, Inácio
Kroetz.
Ações Sindiavipar
Foto
: Si
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7
Espaço Sindiavipar
Alic: O Sindiavipar recebeu em sua
sede também no dia 28 de junho a visi-
ta da Agriculture & Livestock Industries
Corporation (Alic), órgão vinculado ao
Ministério da Agricultura, Silvicultura e
Pesca do Japão.
Esteve presente o diretor da
Alic da América do Sul, Kazuhisa Hoshino,
com o objetivo de conhecer mais sobre
as condições de produção, exportação e
potencial de carne de frango, a fim de es-
treitar relações entre o governo, empre-
sários, investidores japoneses e o Brasil.
Foto
: Si
nd
iavi
par
8 | sindiavipar.com.br
Radar
O Sindicato das Indústrias de Produtos Avíco-
las do Estado do Paraná (Sindiavipar) sempre trabalhou
para o crescimento da avicultura no estado, e esse es-
forço contínuo também é realizado via internet. O site
do Sindiavipar oferece conteúdo diferenciado e exclusi-
vo para todo o setor avícola.
No portal , você encontra a lista completa das 42
empresas associadas, além de estatísticas atualizadas
de frango, peru e grãos. Lá também é possível ter acesso
a todas as edições da revista Avicultura PR e ler notícias
diárias da avicultura e agronegócio. O site reúne ainda
os principais eventos do setor, além de receitas e curio-
sidades. Acesse e fique por dentro de todas as novida-
des do setor avícola paranaense em: sindiavipar.com.br.
Bom dia! Gostaria de saber se tem alguma empresa com possibilidade de exportar para Cabo Verde, na África. A pergunta é para um grande amigo português que tem uma rede de Supermercado na África e em Portugal. A quantidade para exportação seria em torno de 10 toneladas, entre frango inteiro, coxa e peito.
Max | João Pessoa-PB
Resposta:
Olá, Max. Estamos repassando sua solicitação aos nosso
associados. De qualquer maneira, você pode entrar em
contato diretamente com as indústrias avícolas, que po-
dem ter interesse na proposta e lhe dar mais detalhes. A
lista completa delas, bem como quais estão habilitadas
à exportação, está disponível em sindiavipar.com.br.
Fique por dentro de to-
das as novidades do setor
avícola, recebendo dia-
riamente o informativo
online do Sindiavipar.
É muito fácil, cadastre-
-se no site: sindiavipar.
com.br e receba as no-
tícias em primeira mão.
Assine já!
Portal Sindiavipar
Carta do leitor Conexão Sindiavipar
sindiavipar.com.br
Quer divulgar seu evento aqui? Entre em contato conosco pelo e-mail
[email protected] ou ligue (41) 3224-8737.
Data: 24 de agostoLocal: Foz do Iguaçu-PRRealização: SindiaviparE-mail: [email protected]ções: (41) 3224-8737Site: sindiavipar.com.br
Data: 5 a 9 de agosto Local: Salvador-BARealização: Brazilian Branch – FactaE-mail: [email protected]ções: (19) 3243-6555 Site: wpc2012.com
Data: 21 a 23 de novembro Local: Bento Gonçalves-RSRealização: Asgav, Sips e SindilatE-mail: [email protected]ções: (51) 3076-7002Site: avisulat.com.br
II Workshop Sindiavipar
XXIV Congresso Mundial de Avicultura
Avisulat 2012
Data: 18 e 19 de setembroLocal: Salvador (BA)Realização: GT5E-mail: [email protected] Informações: (71) 2102-6600Site: gt5.com.br/agropecbahia
Agenda
Agropec Bahia 2012
A Embrapa Suínos e Aves, empresa de
pesquisa agropecuária vinculada ao Ministé-
rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), completou no último dia 13 de junho 37
anos de atuação.
A trajetória iniciou em 1975, quando li-
deranças catarinenses iniciaram uma campanha
para trazer a unidade dedicada à suinocultura
para Concórdia. Em 1975 foi publicada a reso-
lução que criava o Centro Nacional de Pesquisa
de Suínos. Em 1978, a Unidade recebeu também
a incumbência da pesquisa em avicultura.
A Embrapa Suínos e Aves tem papel
fundamental no controle de doenças, aperfei-
çoamento de rações, melhoria da qualidade ge-
nética dos animais e desenvolvimento de equi-
pamentos para a suinocultura e avicultura.
O mês de agosto é muito especial para o setor avícola, já que
dia 28 comemora-se o Dia do Avicultor e também o Dia da Avicultura. E
o setor tem motivos suficientes para comemorar já que vem apresen-
tando intenso crescimento no Brasil e no mundo.
Acredita-se que a ave tenha chegado ao Bra-
sil em 1503. A produção comercial surgiu em Minas
Gerais, por volta de 1860. A partir da década de
50, a avicultura brasileira ganhou impulso com
os avanços da genética, com o desenvol-
vimento das vacinas, nutrição e equipa-
mentos específicos para sua criação. Hoje,
a avicultura representa uma importante
fatia na economia brasileira e o Paraná é o
estado mais representativo do setor.
Parabéns a todos os avicultores
paranaenses!
Embrapa Suínos e Aves completa 37 anos
Dia da Aviculturae do Avicultor
11sindiavipar.com.br |
Observatório
O presidente executivo da União Brasileira de Avi-
cultura (Ubabef), Francisco Turra, solicitou ao ministro da
Indústria, Comércio & Textil da India, Shri Anand Sharma, in-
tervenção nas tarifas para que sejam viabilizadas as expor-
tações de frangos para aquele país. A solicitação foi feita em
junho durante evento promovido pela Câmara de Comércio
Brasil-India (CCBI), em São Paulo (SP). O executivo lembrou
que há quatro anos Brasil e India mantêm acordo sanitário
para exportações de carne de frango brasileiro. Porém, a
Ubabef acredita que a tarifa imposta pelo governo indiano,
de 100%, inviabiliza as exportações para o destino.
De acordo com o ministro, o crescimento da popula-
ção e do poder aquisitivo indiano influenciarão no aumento
da demanda do país por alimentos. Shri Anand Sharma ressal-
tou ainda que os investimentos das agroindústrias brasileiras
no setor avícola favoreceriam o desenvolvimento da cadeia
de frios na Índia, por meio do intercâmbio técnico.
Exportação para a Índia
Os embarques do setor cooperativista brasileiro
alcançaram US$ 2,3 bilhões entre janeiro e maio deste ano, o
que representou aumento de 7,9% em comparação ao mes-
mo período de 2011. O Paraná liderou as exportações do se-
tor, respondendo por 37,7% das vendas do cooperativismo
brasileiro para outros países, somando US$ 879,7 milhões
nos cinco primeiros meses de 2012 – crescimento de 12,3%
em relação ao mesmo intervalo de 2011.
Houve avanço também nos embarques de frango,
que alcançaram US$ 174,53 milhões entre janeiro e maio
deste ano, ou 20% das exportações totais. Os valores apura-
dos com as exportações de frango avançaram 12% em com-
paração ao mesmo período de 2011. “O frango é o terceiro
produto mais exportado pelas cooperativas paranaenses”,
comenta o analista da Gerência Técnica e Econômica da Oce-
par, Gilson Martins.
Com aumento de 12,3%, cooperativas do PR mantêm liderança no setor
11sindiavipar.com.br |
Foto
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ção
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: Em
bra
pa
12 | sindiavipar.com.br12 | sindiavipar.com.br
Ciência
Micoplasmose é a denomi-
nação que se dá à infecção causada
por bactérias do gênero Mycoplas-
ma da família Mycoplasmataceae.
Os micoplasmas são importantes
patógenos aviários, responsáveis
por doenças respiratórias e articu-
lares. Esta bactéria é o menor micro-
organismo que pode ser cultivado
em meios de culturas artificiais. Por
não possuir parede celular, dificil-
mente sobrevive no meio ambiente
e é sensível à maioria dos desinfe-
tantes, porém é resistente a antibi-
óticos como as penicilinas.
A micoplasmose apresenta-
-se como um dos principais proble-
mas sanitários na cadeia produtiva
avícola, juntamente com a doença
de New Castle, coccidiose, colibaci-
lose, doença de Gumboro e a salmo-
nelose. São conhecidas 22 espécies
de micoplasmas que infectam as
aves e quatro delas – Mycoplasma
gallisepticum (MG), Mycoplasma sy-
noviae (MS), Mycoplasma meleagri-
dis (MM) e Mycoplasma iowa (MI)
– causam doenças que têm signifi-
cativo impacto econômico para a
indústria avícola. Cada um tem suas
características patológicas distin-
tas, porém todos são transmitidos
da mesma maneira, pelo ovo e são
de difícil tratamento e controle.
A micoplasmose aviária foi primei-
ramente descrita por Dodd na In-
glaterra em 1905, sob a denomina-
ção de pneumoenterite enzoótica
(Yoder, 1991), sendo M.synoviae
primeiramente descrito por Olson,
em 1954, como agente causador da
sinovite infecciosa (Kleven et al ,
1991).
A ave infectada permanece
portadora por vários meses e, no
caso de galinhas e perus, até por
mais de um ano, sendo, portanto,
fonte disseminadora do organismo.
Erradicar a bactéria é o modo mais
eficaz de controle e isso é feito com
a eliminação de aves portadoras e
com a adoção de medidas rigorosas
de biossegurança. O programa de
erradicação deve ser iniciado em ní-
vel do material genético (linhas pu-
ras, bisavós) e estendido para avós e
matrizes.
O tratamento das aves com
diferentes antibióticos não é sufi-
ciente para eliminar a infecção ou
evitar a condição de portadora. Po-
rém, por outro lado, o tratamento
dos ovos férteis por imersão ou in-
jeção de antibióticos pode resultar
na eclosão de pintos ou peruzinhos
livres de micoplasmas. Foi com esse
procedimento que se conseguiu er-
radicar os quatro principais mico-
plasmas das linhagens comerciais
de galinhas e perus. Outra alterna-
tiva que se tem é aquecer os ovos
a temperaturas elevadas suficientes
para causar a mortalidade de alguns
embriões e eliminar a grande maio-
ria dos micoplasmas.
Devido à importância eco-
nômica da infecção da micoplasmo-
se nas granjas, o Ministério da Agri-
cultura, Pecuária e Abastecimento
instituiu no Plano Nacional de Sani-
dade Avícola (PNSA), normas técni-
cas para controle e certificação de
estabelecimentos avícolas para a
bactéria (MG, MS e MM).
MicoplasmosesA infecção é um dos principais problemas sanitários na cadeia produtiva avícola. A bactéria causadora é resistente a antibióticos
Fonte: Manual de Doenças de Aves,
Alberto Back
Evento
O XXIV Congresso Mundial de
Avicultura (World’s Poultry Congress -
WPC 2012) será realizado entre os dias 5
e 8 de agosto, no Centro de Convenções
da Bahia, em Salvador.
Palco de uma grande feira de
negócios do setor, o evento vai reunir
as principais empresas de todos os con-
tinentes para apresentar as últimas no-
vidades do mercado, prospectar novos
parceiros comerciais e debater sobre a
cadeia produtiva e industrial de ovos e
aves.
A expectativa é de que o Con-
gresso reúna um público de 9 mil visi-
tantes, em que 3 mil são congressistas
de várias partes do mundo. Mais de
cem empresas confirmaram presença,
representantes das diversas áreas da
avicultura como equipamentos, farma-
cêutica, nutrição, sanidade, serviços,
entre outros.
O Congresso Para o WPC 2012 estão progra-
madas apresentações de trabalhos cien-
tíficos sobre temas candentes ligados à
avicultura, desenvolvidos por especialis-
tas e estudantes vindos de diversas uni-
versidades e centros de pesquisas.
Também haverá um ciclo de pa-
lestras com pesquisadores de renome in-
ternacional, apresentando pontos sobre
genética, nutrição, sanidade e manejo de
aves. E para promover a melhoria do sis-
tema de produção, as empresas partici-
pantes do evento terão espaço para mos-
trar as últimas novidades em tecnologia
aplicadas nos mais diferentes lugares.
Além dessas atividades, o Con-
gresso terá comemorações do aniversário
de 100 anos da Associação Mundial de Ci-
ência Avícola (WPSA, na sigla em inglês),
promotora do evento, que é considerada
a mais importante entidade do setor em
todo o mundo.
WPC Expo 2012 Congresso reúne os grandes nomes da avicultura mundial
Inscrições As inscrições antecipadas
para o WPC 2012 foram encerradas
no dia 29 de junho. Assim, agora só é
possível realizar a inscrição no local
e nos dias do evento. Os valores va-
riam de acordo com a categoria dos
congressistas - representantes das
entidades, acompanhantes, estudan-
tes ou visitantes. Os preços estão dis-
poníveis no site wpc2012.com.
13sindiavipar.com.br |
Foto
: Fac
ta
14 | sindiavipar.com.br
Dr. Ariel MendesO diretor de produção da União
Brasileira de Avicultura (Ubabef)
irá falar a respeito do Programa de
Compartimentação da Avicultura
Brasileira.
Dra. Elisabeth Gonzales A professora voluntária da Unesp
e doutora em Zootecnia irá falar
sobre o sobre bem-estar animal
no processo de incubação.
Dr. Fernando Gomes Buchala O diretor do escritório de Defe-
sa Agropecuária de São José do
Rio Preto irá falar sobre a doença
laringotraqueíte.
Dr. Mario Penz O diretor mundial para contas es-
tratégicas da Empresa Cargill Ani-
mal Nutrition vai ministrar pales-
tra sobre a nutrição animal.
Dr. Alberto Back O consultor internacional nas áre-
as de sanidade e produção de aves
trará a situação atual e o controle
da salmonela.
Dr. José Luiz Januário O médico veterinário e assistente
técnico da Cobb abordará o mane-
jo da ambiência em aviários.
14 | sindiavipar.com.br
Capacitação
O Sindicato das Indústrias
de Produtos Avícolas do Estado
do Paraná (Sindiavipar) promove a
2ª edição do seu evento técnico-
-científico, o Workshop Sindiavipar,
com o tema “Avicultura de corte do
Paraná para o mundo”. Motivado
pelo crescimento do setor no esta-
do, que hoje é o maior produtor e
exportador de carne de frango do
país, o Workshop será realizado no
dia 24 agosto, em Foz do Iguaçu.
Com o intuito de promover
o fortalecimento, a capacitação e a
atualização das indústrias avícolas,
o evento vai trazer atividades vol-
tadas aos profissionais da avicultu-
ra sobre sanidade, bem-estar e nu-
trição animal. “Essas são áreas de
suma importância para que o estado
mantenha o pioneirismo e seja im-
pulsionado a um crescimento ainda
mais significativo. O workshop foi
formatado especificamente para
atender às necessidades de atua-
lização das indústrias avícolas, vi-
sando promover o fortalecimento,
a antecipação e a inovação neces-
sárias a toda a nossa cadeia avícola
que não para de crescer”, declara
Setor avícola forteCom o tema “Avicultura de corte do Paraná para o mundo”, evento técnico-científico do Sindiavipar promove capacitação
Palestrantes
15sindiavipar.com.br | 15sindiavipar.com.br |
Capacitação
Domingos Martins, presidente do
Sindiavipar.
Entre os palestrantes con-
firmados do Workshop estão pro-
fissionais de renome com formação
e atuação de alto nível na área da
avicultura. Participam do evento
Ariel Mendes, diretor da União Bra-
sileira de Avicultura (Ubabef), que
abordará o Programa de Comparti-
mentação da Avicultura Brasileira,
o diretor do escritório de Defesa
Agropecuária de São José do Rio
Preto, Fernando Gomes Buchala,
que falará sobre a laringotraqueíte,
uma doença respiratória das aves.
Também participam do
workshop Alberto Back, consultor
internacional nas áreas de sanida-
de e produção de aves, que trará a
situação atual e o controle da sal-
monela, José Luiz Januário, médi-
co veterinário e assistente técnico
da Cobb, que abordará o manejo da
ambiência em aviários, além de Ma-
rio Penz, diretor mundial para con-
tas estratégicas da Empresa Cargill
Animal Nutrition, que vai tratar a
nutrição animal, e também Elisabe-
th Gonzales, da faculdade de medi-
cina veterinária e zootecnia da Uni-
versidade Estadual Paulista (Unesp)
de Botucatu, que dará palestra so-
bre bem-estar animal no processo
de incubação.
Além deles, o presidente da
Agência de Defesa Agropecuária do
Paraná (Adapar), Inácio Kroetz, tam-
bém fará uma apresentação durante
o II Workshop Sindiavipar.
Inscrições O II Workshop Sindiavipar
será realizado em Foz do Iguaçu, no
Mabu Thermas e Resort, na sexta-
-feira, 24 de agosto de 2012, a partir
das 8 horas da manhã. Depois das
palestras haverá um coquetel de en-
cerramento a partir das 18h30. No
evento haverá sorteios de brindes e
bolsas de estudo. Para quem realizar
a inscrição entre 1° e 15 de agosto o
valor é de R$ 150. As inscrições po-
dem ser feitas pelo site do sindicato:
sindiavipar.com.br.
Para mais informações, en-
tre em contato pelo telefone (41)
3224-8737 ou pelo e-mail sindiavi-
16 | sindiavipar.com.br
Garantir a ausência de doenças
e manter a excelência do produto nacio-
nal. Esses são os objetivos do programa
de compartimentação para a avicultura
brasileira. O Brasil, que é o maior exporta-
dor de carne de frango do mundo e tem os
olhos de todos os mercados importadores
voltados para si, é pioneiro num estudo
capitaneado pela Organização Mundial da
Saúde Animal (OIE) em sistemas de com-
partimentação.
A Revista Avicultura do Paraná
conversou sobre esse assunto com Ariel
Antonio Mendes, diretor de produção da
União Brasileira de Avicultura (Ubabef),
que fala sobre a importância da adoção
deste sistema no país.
Revista Avicultura do Pa-raná - Quais são as vantagens da compartimentação na atividade agropecuária? Ariel Antonio Mandes - A prin-
cipal vantagem é ter uma estrutura que,
mesmo na presença de doenças, garanta
que dentro das empresas, dentro dos com-
partimentos, ela não exista. Vivemos hoje
num mundo globalizado; todos sabem que
essa é uma realidade irreversível. Logo, o
controle da entrada de doenças fica cada
vez mais difícil. A garantia que o sistema
de compartimentação oferece, de manter
as doenças do lado de fora dos comparti-
mentos, é possível pelo controle rigoroso
dos fatores de risco.
Quais são os princípios bá-sicos do sistema de compartimen-tação? Quando falamos de compar-
timentação, falamos de biossegurança.
Cuidado e atenção em todo o ciclo são os
princípios básicos da compartimentação.
Estou falando de ração, incubatório, abate-
douro, genética, vacinas e medicamentos,
cama, transporte, pessoal, equipamentos.
Todos os fatores que permeiam a criação
de aves. Não há um fator menos importan-
te nem um fator mais importante. Todos
são monitorados com igual rigor.
O preparo técnico é outro prin-
cípio básico desse sistema. A empresa
necessita de monitoria especializada para
que, na hipótese do aparecimento de al-
gum vírus, de alguma doença, e empresa
deve estar adequadamente preparada
para uma resposta imediata de controle.
Em 2008, o Brasil foi esti-mulado pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) para apre-
Compartimentação da avicultura Estudo pioneiro em conjunto com a OIE irá viabilizar a adoção desse sistema no país
Entrevista
16 | sindiavipar.com.br
17sindiavipar.com.br |
Entrevista
sentar um projeto piloto sobre compartimentação na avicultura. Desde então o país vem sendo acompanhado com consultores da Organização. Isso pode gerar alguma ascendência positiva do país sobre os demais em relação às pesquisas no ramo, pioneirismo e até mesmo credibilidade na hora das exportações? Sem dúvida. O Brasil ganha, e
muito, em credibilidade, em força. Hoje
nós já somos o maior exportador de frango
do mundo. Os mercados importadores do
mundo inteiro sempre estão olhando para
nós, querendo saber o que estamos fazen-
do, inclusive no controle de doenças. Estar
à frente, de forma pioneira, num projeto
dessa magnitude e importância, só agrega
à imagem do nosso país.
O próximo passo nesse sentido
é partir para o reconhecimento da imple-
mentação do sistema de compartimenta-
ção no país. Esse reconhecimento é ainda
mais significativo num momento como o
atual, de ausência de crises no setor.
Já existem programas mundiais de regionalização para conter doenças como a febre afto-sa, por exemplo. O que podemos aprender com esses programas? O sistema de regionalização e o
programa de compartimentação são com-
plementares. A OIE acredita que a regiona-
lização não funciona a contento no setor
avícola, entre outras particularidades, por
conta das aves migratórias.
Apesar disso, uma das nossas
bandeiras é justamente incentivar a ma-
nutenção do programa de regionalização.
O sistema de compartimentação fará uso
da base já existente do programa de regio-
nalização, que é um programa do governo.
Há uma estrutura, treinamento e capaci-
tação técnica de mão-de-obra, trabalhos
realizados pelo governo que poderão ser
utilizados na compartimentação. Vale res-
saltar que o objetivo de ambos os progra-
mas é manter o sistema livre de doenças.
A geografia brasileira, a extensão das fronteiras com diver-sos países e as disparidades regio-nais são dificultadores na manu-tenção da excelência da avicultura brasileira? A compartimentação ajuda nesse sentido? O Brasil é um país singular, tanto
em riquezas como em peculiaridades. To-
dos esses exemplos citados corroboram
com essa afirmação. E nós aprendemos a
trabalhar tudo isso da melhor maneira.
A compartimentação ajuda sim
na manutenção da nossa excelência na
avicultura. Reforço novamente que a bios-
seguridade do sistema é baseado num
check list, que proporciona um cuidado
extremo com os fatores de risco em toda
a cadeia produtiva. Pode-se assim afirmar
que o programa de compartimentação
ajuda a minimizar esses riscos.
Quais são os fatores de ris-co para a implementação do pro-grama de compartimentação no Brasil? Risco, efetivamente, nenhum.
O sistema é seguro e muito eficaz. O que
posso apontar como um fator não favorá-
vel à compartimentação é o seu alto custo
de implementação.
Quando falamos em biossegu-
rança, falamos em investimento. Em es-
trutura física, inclusive. Isso tem um custo,
obviamente. Mas é preciso entender que
esse custo é de fato um investimento,
que pode, inclusive, proporcionar um fu-
turo estável para as empresas. Aqui cabe
o exemplo da Tailândia, que entre 2003 e
2006, passou por uma grave crise por con-
ta da Influenza. O país, que contava com
produtores adeptos ao sistema de com-
partimentação, conseguiu se manter como
exportador.
Crises como a da Influenza Aviária na Ásia a partir do início dos anos 2000, dos surtos do ví-rus H1N1 na Ásia e Europa, fizeram com que a OIE tomasse medidas emergenciais para que o setor de avicultura no mundo não sofresse comprometimentos irreversíveis. Trabalhos no sentido da preven-ção e da profilaxia são sempre sa-tisfatórios. A compartimentação atua dessa forma? O programa de compartimenta-
ção ajuda, pois, na medida em que mais
empresas adotam o sistema, mais se reduz
a possibilidade da entrada de doenças no
país.
Quais são os próximos pas-sos para a implementação do pro-grama no Brasil? Em agosto, os consultores da OIE
vêm ao Brasil para fazer a última visita.
Eles nos dando o ok definitivo, o Ministério
da Agricultura vai publicar uma portaria,
onde constará o check list para redução de
riscos e as informações de como os siste-
mas serão auditados – o que será realizado
pelo próprio Ministério da Agricultura.
Feito isso, passamos a comunicar
os mercados importadores, iniciando pelo
Mercosul, Japão, União Européia e alguns
países do Oriente Médio. Em paralelo, es-
tamos trabalhando na legislação para a
implementação do sistema de comparti-
mentação no país.
17sindiavipar.com.br |
18 | sindiavipar.com.br
Alimentação animalSetor projeta crescimento de 3% em 2012, segundo o sindicato da categoria
Instituições
Foto
: Div
ulga
ção
18 | sindiavipar.com.br18 | sindiavipar.com.br
O Sindicato Nacional da Indús-
tria de Alimentação Animal (Sindirações)
projeta crescimento de 2,8% em 2012,
em comparação ao ano anterior, com
produção de 66,2 milhões de toneladas
de ração e 2,58 milhões de toneladas de
suplementos minerais. Em 2011, o setor
cresceu 5,2%, movimentou R$ 40 bilhões
em insumos e produziu 64,5 milhões de
toneladas de ração e 2,35 milhões de su-
plementos minerais.
“O modesto aumento previsto
para 2012 tem como principal fator a de-
manda contida da cadeia suinícola e mo-
derada da avicultura industrial, atividades
que têm sofrido com o custo elevado dos
principais insumos da alimentação animal,
baixos preços pagos aos produtores e de-
saceleração do ritmo exportador”, explica
Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo
do Sindirações.
Apenas no primeiro trimestre
de 2012, a produção de rações alcançou
14,9 milhões de toneladas, recuo de 2%
quando comparado ao que foi produzido
de janeiro a março do ano passado. Os
segmentos de avicultura de corte e suino-
cultura, que representam mais de 70% de
toda demanda, recuaram respectivamente
1,1% e 6,1%. As atividades da pecuária de
corte e leiteira, por sua vez, apresentaram
ligeiro avanço de 1,2% e 1,1%, enquanto a
postura de ovos manteve-se praticamente
estável (avanço de 0,4%).
De acordo com o executivo do
Sindirações, a cadeia de produção pecu-
ária brasileira tem percorrido sucessivos
ciclos de expansão, graças à constante
mobilização de tecnologia e motivada
“pelo voraz apetite global” por proteína
animal. Atualmente representa 6,5% do
PIB brasileiro, gera milhares de empregos
e é responsável por 18% das exportações
do agronegócio nacional.
“Desde meados do ano passado,
no entanto, alguns setores expuseram-se
em demasia e atualmente sofrem mais in-
tensamente os efeitos da reorganização
econômica contemporânea, cuja multipli-
cidade de efeitos vem impactando diver-
sos empreendimentos que podem conta-
giar e prejudicar toda a cadeia produtiva”,
alerta Zani.
Dentre os fatores que influencia-
ram negativamente estão o enfraqueci-
mento dos embarques observados desde
2010, graças à valorização da moeda bra-
sileira, além dos embargos impostos pelos
Estados Unidos, Rússia e África do Sul e da
perda do vigor de clientes internacionais
importantes.
A quantidade de carne bovina
exportada recuou 12% em 2011. A carne
de frango aumentou apenas 3%, enquan-
to a exportação de carne suína recuou
mais de 5%. A baixa pressionou os preços
pagos aos produtores por conta da maior
oferta no mercado doméstico porque todo
o excedente não exportado foi direciona-
do para consumo interno.
Para Zani, todos os setores se-
guem pressionados pelo preço das com-
modities ainda relativamente sustentado
que retroalimentam os custos de produ-
ção. “A redução do preço do milho nesse
19sindiavipar.com.br |
Instituições
início de ano acentuada pela produtivi-
dade recorde da safrinha corrobora a ex-
pectativa de média abaixo da verificada
no ano passado, todavia a subida forte nas
cotações desde meados de 2010 alcançou
54 pontos percentuais até março de 2012
e continua impactando sobremaneira o
custo de produção das atividades pecuá-
rias”, diz. “O farelo de soja, por sua vez, já
aumentou quase 40% até abril desse ano
por conta da menor liquidez internacional,
enquanto o salário mínimo onerou a folha
de pagamentos pela amplitude do reajus-
te e intensidade de mão de obra emprega-
da”, completa.
Avicultura de corte A avicultura de corte represen-
tou 50% da demanda de rações em 2011
e deve consumir 33,2 milhões de tonela-
das em 2012, ou seja, um crescimento de
3,1%. O gráfico ao lado demonstra a pre-
visão de consumo por setor e o índice com
relação ao ano passado.
Sobre o Sindirações O Sindirações foi fundado em
1953, e é hoje o principal representante
da indústria brasileira de ingredientes,
premixes, concentrados, suplementos, ra-
ções e alimentos para animais. Com sede
em São Paulo, no edifício da Fiesp, a enti-
dade reúne cerca de 150 associados – que
representam cerca de 80% do mercado
comercial de produtos destinados à ali-
mentação animal, é membro fundador da
Feed Latina, Associación de las Industrias
de Alimentación Animal da America Latina
Y Caribe e membro do Board da IFIF – In-
ternational Feed Industry Federation.
PRODUÇÃO DE RAÇÕES (mi/ton)
SEGMENTO 2011 2012* variação
AVES 37,2 38,3 3,1
FRANGOS 32,2 33,2 3,1
POEDEIRAS 5 5,1 2,9
SUÍNOS 15,4 15,4 0,1
BOVINOS 7,8 8,1 3,7
LEITE 5,1 5,2 2,7
CORTE 2,7 2,9 5,6
CÃES E GATOS 2,1 2,3 6,1
EQUINOS 0,5 0,6 4,2
AQUACULTURA 0,5 0,6 11,4
PEIXES 0,5 0,5 12
CAMARÕES 0,07 0,07 7,1
OUTROS 0,8 0,8 5
SAL MINERAL 2,3 2,5 9,8
TOTAL 66,9 68,8 2,8
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20 | sindiavipar.com.br
RESULTADOSCenário deve ser ainda mais positivo no 2º semestre
Já no volume os embarques fecharam o 1º semestre em563 mil toneladas, crescimento de 12% em relação a 2011
Mercado
A avicultura paranaense fe-
chou o primeiro semestre de 2012
atingindo pela primeira vez um fatu-
ramento de US$ 1 bilhão com expor-
tações no acumulado dos primeiros
seis meses do ano. O aumento foi con-
sequência do crescimento de 12,77%
em volume embarcado se comparado
ao mesmo período do ano anterior. Os
dados são do Sindicato das Indústrias
de Produtos Avícolas do Estado do Pa-
raná (Sindiavipar), com base em levan-
tamento do Ministério do Desenvolvi-
mento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC).
O acumulado dos embarques nos seis
primeiros meses de 2012 foi de 563,5
mil toneladas de frango – contribuindo
com 29,69% da exportação avícola do
Brasil. Já no ano passado, neste mesmo
período, foram exportadas 499,7 mil
toneladas com um faturamento de US$
968,4 milhões.
De acordo com o presidente
do Sindiavipar, Domingos Martins, as
exportações de produtos paranaenses
devem ser ainda maiores no segundo
semestre do ano. “No primeiro semes-
tre houve uma compensação entre o
alto preço dos grãos e a alta do dólar.
A valorização da moeda americana es-
timulou a exportação visto que nosso
faturamento melhorou em decorrência
deste cenário”, analisa.
Abate A produção avícola paranaen-
se também apresentou crescimento.
No primeiro semestre desse ano fo-
ram abatidas 710,9 milhões de cabe-
ças de frango, enquanto no ano pas-
sado a produção de janeiro a junho foi
de 692,4 milhões de cabeças.
A disponibilidade e a varie-
dade que as indústrias avícolas do Pa-
raná apresentam, além da qualidade
do produto paranaense estão entre
os principais fatores de crescimento
do setor tanto em exportação como
em produção nos últimos meses. “A
qualidade do nosso produto é fruto
de investimentos em genética, mane-
jo, ambiência e sanidade. Além disso,
uma das principais estratégias adota-
das por essas indústrias para ter forte
penetração em todo o mundo, é inves-
tir em cortes específicos, respeitando
padrões culturais e religiosos de dife-
rentes países”, revela o presidente.
2º semestre O cenário positivo da avicul-
tura deve ficar ainda melhor no segun-
do semestre de 2012 para Martins. “No
primeiro semestre temos como com-
plicadores a diminuição das exporta-
Exportações somam US$ 1 bi
21sindiavipar.com.br |
Conheça a diretoria daAdapar Diretor-presidente: Inácio Afon-
so Kroetz (médico veterinário)
Chefe de gabinete: Silmar Burer
(médico veterinário)
Diretor de Defesa Agropecuária:
Adriano Luiz Ceni Riesemberg
(engenheiro agrônomo)
Diretor Administrativo-Financei-
ro: Adalberto Luiz Valiati (enge-
nheiro agrônomo)
Principais destinos Principal produtor e expor-
tador de frango de corte do país, o
Paraná comercializa com mais de
130 destinos no mercado externo
atualmente. Na lista de principais
destinos estão países do Oriente
Médio (como Arábia Saudita, Hong
Kong, Emirados Árabes Unidos, Kwait
e Egito), Japão e China. O presidente
do Sindiavipar ainda revela que há
um movimento para que a China,
terceira colocada no ranking de ex-
portação em 2011, se torne a primei-
ra importadora, no lugar da Arábia
Saudita, caso continue crescendo e
apresentando as condições atuais.
Mercado
ções para os países onde há inverno
rigoroso, que dificulta os carregamen-
tos e utilização dos portos, além da-
quela velha questão de que o ano só
começa mesmo depois do feriado de
carnaval”, analisa. Segundo Martins o
segundo semestre é cheio e concentra
os melhores meses para exportação
que são outubro e novembro.
“Temos fatores que garantem
nossa posição de melhor produtor e
exportador de frango de uma forma
constante e também aqueles que são
sazonais. No Paraná as excelentes
condições fundiárias, geográficas, to-
pográficas e climáticas costumam ser
uma constante. Já os fatores como a
valorização do câmbio, a instalação
de novas indústrias no estado e tam-
bém a abertura de novos mercados
em países emergentes como a China e
a África do Sul são aqueles sazonais”,
analisa.
A inauguração da indústria
avícola BR Frango, a construção de
uma unidade própria da Cocari e a
criação do Grupo GTFoods pela avícola
Frangos Canção são alguns exemplos
de investimentos recentes. “O cená-
rio é de otimismo, já que os investi-
mentos dessas indústrias ainda estão
começando a dar resultados”, explica
Martins.
O presidente do Sindiavipar
destaca que tudo isso fica condicio-
nado a evolução dos custos dos insu-
mos básicos, como soja e milho, haja
vista que os preços praticados reque-
rem uma reflexão forte de todo o se-
tor avícola.
22 | sindiavipar.com.br
O diretor-presidente da
Agência de Defesa Agropecuária do
Paraná (Adapar), Inácio Afonso Kro-
etz, esteve no último dia 3 de julho
na sede do Sindicato das Indústrias
de Produtos Avícolas do Estado do
Paraná (Sindiavipar), em Curitiba.
O objetivo do encontro foi
atualizar a cadeia avícola a respeito
da metodologia de trabalho, a es-
trutura disponível e as prioridades
da autarquia no segmento, além de
buscar ampliar o alinhamento entre
as ações de sanidade realizadas nas
esferas pública e privada.
“Defesa sanitária é soma.
Exige integração entre setor públi-
co e privado, pois são complemen-
tares. Temos que andar juntos para
termos os resultados esperados”,
defendeu o diretor-presidente da
Adapar, lembrando que governo,
entidades e indústrias já praticam
as mesmas boas práticas na avicul-
tura, só que em diferentes instân-
cias.
Kroetz estava acompanha-
do do chefe de gabinete Silmar Bu-
rer. A reunião também contou com
a presença do diretor executivo do
Sindiavipar, Icaro Fiechter, e de re-
presentantes de empresas do setor.
Patrimônio Na ocasião, o diretor-presi-
dente da Adapar ressaltou também
o alto grau de profissionalização e
atendimento às normas das indústrias
paranaenses. “A avicultura paranaen-
se é resultado de nutrição, genética,
manejo e sanidade. Sem esses quatro
pilares o Paraná, certamente, não con-
seguiria ser o maior produtor e expor-
tador nacional“, afirmou.
Segundo Kroetz, até por isso,
o foco de atuação da agência será na
prevenção, porém a autarquia vem
para garantir, por meio da fiscalização,
inspeção e certificação, que todas as
normas e exigências sanitárias sejam
cumpridas.
“A sanidade é um patrimô-
nio, e deve ser entendida assim. Por-
tanto, deve-se investir nesse ativo.
Cabe à Adapar fortalecer a atividade
frente aos novos desafios e capacitar
as cadeias produtivas. Até porque,
agregando mais valor ao produto,
automaticamente transferimos ren-
da aos produtores e trazemos mais
divisas e recursos para a economia
paranaense”, concluiu.
Defesa sanitáriaCaminhar junto com a iniciativa privada é uma das prioridades da Adapar
Seab-PR
22 | sindiavipar.com.br
SinERgiAAdapar promoveu encontro
na sede do Sindiavipar
Sobre a Adapar A autarquia foi criada em
dezembro de 2011 para executar
serviços de fiscalização e inspeção
da sanidade agropecuária no Para-
ná, visando modernizar o sistema
de defesa sanitária estadual. A nova
diretoria da Adapar foi empossada
no último dia 7 de maio.
25sindiavipar.com.br |
Capa
A tradicional combinação do
arroz com feijão, típica do dia a dia do
brasileiro, já não reina tão absoluta nas
mesas do país. Isso porque cada vez mais
a população está comendo menos grãos
nas refeições feitas em casa e optando por
carnes e pratos prontos. E quando se fala
em carne, o frango é unanimidade: a pro-
teína é consumida por 100% das famílias
brasileiras.
É isso o que aponta uma pesquisa
da União Brasileira da Avicultura (Ubabef),
encomendada ao Centro de Assessoria e
Pesquisa de Mercado (Ceap), que mostra o
perfil do consumidor e um panorama geral
de consumo de carne de frango no Brasil.
A pesquisa revelou também que a maioria
das famílias (58%) a consome pelo menos
duas a três vezes por semana.
“O frango, de fato, é um produto
democrático. Não à toa é a proteína animal
mais consumida hoje no Brasil. O fato de
estar presente em 100% das mesas dos
brasileiros e ainda ser consumido com fre-
quência elevada é um indicativo de que
a carne de frango está consolidada como
hábito alimentar do brasileiro, assim como
o ovo”, comemora o presidente executivo
da Ubabef e vice-presidente da Associa-
ção Latino-americana de avicultura (ALA)
, Francisco Turra.
O ovo aparece como presente na
dieta alimentar de 99% das famílias en-
trevistadas, contra 98% da carne bovina,
96% da carne de peixe e 74% da carne
suína. Segundo Turra, a boa imagem dos
dois produtos junto ao público também
indica a sustentação deste hábito. “É uma
conquista de anos de trabalho do setor,
que agora colhe os frutos como mais bem
sucedida cadeia produtiva de proteína ani-
mal”, avalia.
O estudo foi realizado entre no-
vembro de 2011 e fevereiro deste ano,
com 2.869 famílias das principais cidades
de todas as cinco regiões brasileiras. Os
entrevistados tinham entre 18 e 65 anos
de idade, representavam todas as classes
sociais (de A a E) e de variados graus de
instrução.
Resultados A pesquisa da Ubabef compro-
vou que o consumo da carne de frango
se dá independentemente de classe
social ou sexo. Mesmo assim, ela traz
um amplo detalhamento e confirma
também alguns resultados já espera-
dos, como um maior consumo de cor-
tes e pelas classes com maior poder
aquisitivo e de frango inteiro pelas
mais baixas.
Enquanto os cortes são con-
sumidos por serem considerados mais
práticos (63%), o frango inteiro é a
opção (28%) para aqueles que procu-
ram uma opção mais barata. Tanto que
este é o produto mais consumido pe-
las classes D e E (65%). Por outro lado,
o filé tem maior abertura na classe A,
em que é consumido por 60% das fa-
mílias, enquanto nas classes D e E ele
tem penetração de apenas 32%.
Independentemente da clas-
se social, a preferência nacional é por
coxas e sobrecoxas (55%). Já o corte
menos consumido é a tulipa (meio da
asa) com 2%. Regionalmente, entre-
Mais proteína Nos últimos três
anos, a participação do ar-
roz com feijão no gasto com
alimentação dentro de casa
caiu 4 pontos percentuais.
Em 2008, a fatia do arroz
com feijão na despesa com
comida no domicílio era 11%
e, no ano passado, recuou
para 7%, revela a pesquisa
HolisticView da Kantar Worl-
dpanel. Já o desembolso
com proteína animal (carnes,
ovos, aves e peixes), nesse
mesmo período, passou de
25% para 28%.
25sindiavipar.com.br |
26 | sindiavipar.com.br26 | sindiavipar.com.br
tanto, o consumo de coxas e sobrecoxas
é mais acentuado no Sul (70%) e Sudes-
te (60%), enquanto tem menor procura
no Norte (37%) e Nordeste (40%). Com
exceção da região Centro-Oeste, as de-
mais regiões costumam comprar mais os
produtos resfriados e/ou frescos do que
os produtos congelados.
Já no quesito gênero, há poucas
disparidades. Os cortes que apresentam
maior variação entre o sexo feminino e
masculino são o peito com osso e com
pele, consumido por 31% das mulheres
e 25% dos homens – diferença de 6%;
índice também observado na coxinha da
asa, cujo hábito de compra é de 28% nas
mulheres e 22% nos homens. Os resul-
tados revelam que não há restrição ao
consumo de qualquer produto por faixa
etária. Percebe-se, contudo, um menor
consumo junto às crianças de zero a cin-
co anos.
Dentre os critérios de decisão
que mais impactam na compra do fran-
go inteiro estão aparência (37%), preço
(36%) e prazo de validade (35%). Já nos
cortes, ficaram empatados em primeiro
lugar na ordem de relevância o prazo
de validade e a aparência
com 38% cada, se-
guidos pelo
p r e ç o
com 35%. A marca revelou-se importan-
te apenas para 14% dos compradores
de frango inteiro e 16% dos de cortes.
Alimentação e saúde Os resultados da pesquisa da
Ubabef mostraram que comparado com
as carnes de frango, bovina, suína e
com os ovos, o peixe é percebido como
a carne mais saudável (79%), seguido
pela carne de frango com 64% (no total
85% dos entrevistados disseram consi-
derá-la saudável). Diante disso pode-se
afirmar que o frango é a carne mais sau-
dável consumida pelos brasileiros, em
virtude do baixo consumo per capita de
peixe no Brasil, cuja média anual nacio-
nal é de 10 quilos por pessoa.
Um ponto negativo aponta-
do por 61% dos entrevistados ouvidos
pelo Ceap é que a carne de frango con-
tém colesterol. “Alimentos de origem
animal são fontes de colesterol e não
existe muita diferença entre os níveis
comparando os diferentes animais. Con-
tudo, considerando apenas o frango, nos
cortes de car-
ne branca (peito) encontramos
os menores níveis de colesterol”,
explica a nutricionista Edilceia do
Amaral Ravazzani, especialista em
Nutrição Clínica e professora do
curso de Nutrição da Unibrasil.
Com relação ao modo de
preparo, as formas preferidas dos
entrevistados foram: assar (frango
inteiro 80% e cortes 63%), cozi-
nhar (71 e 70%) e fritar (30 e 47%).
“Quando utilizamos gordura na
preparação ela aumentará a quanti-
dade ingerida deste nutriente (que
se consumido em excesso, poderá
acarretar problemas à saúde). As
preparações grelhadas, cozidas ou
assadas são opções mais saudáveis
do que as fritas ou aquelas prepa-
radas em grande quantidade de
óleo/gordura”, confirma Edilceia.
Além disso, 88% das pes-
soas ouvidas pela pesquisa afirmou
retirar a pele do frango antes de
consumir. Trata-se de uma esco-
Foto
: D
ivul
gaçã
o
lha saudável. “Uma vez que há uma
maior quantidade de gordura na pele
do frango, retirá-la é uma prática ade-
quada, porém devemos retirar a pele
antes do preparo do frango. Do con-
trário, parte da gordura encontrada na
pele se incorporará na carne durante
a preparação. Retirar apenas no prato,
na hora da ingestão, não seria a melhor
opção”, aconselha a nutricionista.
Mitos e verdades A Ubabef constituiu um Grupo
de Trabalho para auxiliar na tomada de
decisões baseadas nas conclusões da
pesquisa. Dentre as várias ideias que
estão sendo desenvolvidas, um dos
resultados imediatos é a realização
da campanha “Coma Frango! É bom e
faz bem!”, com o objetivo de contra-
dizer um mito: o de que são utilizados
hormônios na produção de frangos no
Brasil.
Isso porque o estudo apontou
que a maioria da população acredita
no uso na carne de frango de hormô-
nios (58%) e de antibióticos (72%),
produtos lesivos à saúde, creditando-
-se inclusive interferências no meta-
bolismo das crianças e o de-
senvolvimento de
doenças como
câncer e
diabe-
tes.
“Queremos esclarecer o pú-
blico sobre as propriedades da carne
de frango, um alimento rico em nu-
trientes e saudável, bom para qualquer
dieta alimentar. Ao mesmo tempo,
queremos desfazer esta imagem que
se construiu em torno da excelência
produtiva de frangos, ligando o pro-
duto à inverídica adição de hormô-
nios. Queremos mostrar o que de fato
proporciona a eficiência da avicultura,
especialmente junto a públicos forma-
dores de opinião como médicos, nutri-
cionistas e outros”, explica o presiden-
te da Ubabef.
Em virtude do rápido desen-
volvimento e resultados eficientes
na criação dos frangos de corte, há
aqueles que acreditam na inclusão de
hormônios nas rações. Mas, segundo
o médico veterinário Icaro Fiechter,
diretor executivo do Sindiavipar, esse
resultado deve-se, sobretudo, à ex-
celência atingida pela cadeia em nu-
trição, manejo, sanidade e genética.
“Não existe nenhuma possibilidade
de haver uso de hormônio em frangos
de corte. Os animais não respondem a
essa substância, ela não é viável eco-
nomicamente e é proibida por lei”,
afirma.
Além disso, para o médico ve-
terinário, “o tempo de vida do animal
até o abate, que geralmente ocorre em
aproximadamente 45 dias, inviabiliza
qualquer tentativa de utilização de hor-
mônios nesta espécie, assim como não
há tempo suficiente para a sua atuação
no organismo”, defende Fiechter.
CapaCapa
Perspectivas Mesmo com um consumo
per capita de frango bastante eleva-
do no Brasil, devendo fechar o ano
em 50 quilos por habitante – contra
54,7 em 2011, na avaliação do presi-
dente da Ubabef, ainda existem lacu-
nas a serem preenchidas na hora do
consumo da carne.
“Ainda há muito espaço para
crescimento de produtos com maior
valor agregado. Hoje os cortes pre-
dominam no consumo brasileiro. O
mesmo não acontece com os proces-
sados, o que revela que a população
brasileira ainda poderá crescer bas-
tante neste segmento de mercado”,
avalia Turra, lembrando que também
há espaço para crescer em regiões
como o Norte e Nordeste, onde o con-
sumo segue um perfil diferenciado
de outras regiões brasileiras.
28 | sindiavipar.com.br
Identificar doenças em aves
é uma tarefa complicada, mas a pre-
venção ou diagnóstico e tratamento
rápido de doenças e infestações na
avicultura de corte deve ser um dos
pontos de maior atenção do criador.
É o que alerta a médica veterinária,
doutora em zootecnia, Elisabeth
Gonzales. “As doenças podem atin-
gir a população inteira de aves rapi-
damente e o produtor pode perder
todo o seu patrimônio”, diz a espe-
cialista.
Ela explica que apesar de
muito parecidos, os sintomas se
manifestam rapidamente nas aves
e a transmissão também ocorre de
forma veloz. Por isso, o criador tem
que estar atento às condições dos
animais diariamente. Abatimento,
tristeza, falta de apetite são alguns
dos sintomas que demostram que
algo está errado com a ave. A veteri-
nária afirma que, em casos de doen-
ças, é preciso agir rápido para evitar
o contágio do plantel. “As aves in-
fectadas se tornam disseminadoras.
Nesse caso, é preciso observar o
histórico do criadouro, o que já dá
uma ideia do que está ocorrendo,
mas o exame clínico pode identifi-
car corretamente qual infecção está
atingindo o lote”, comenta.
Dependendo da natureza da
doença e a dificuldade na identifi-
cação, Elisabeth alerta que é preciso
separar as aves doentes do restante
do criadouro e realizar a eutanásia
de alguns animais para que seja fei-
to um exame mais conclusivo. Se-
gundo ela, dependendo do mal que
atingiu o plantel é impossível recu-
perar as que já estão adoentadas,
mas há como evitar o contágio.
Confinamento Segundo a médica vete-
rinária, o metabolismo das aves é
bastante acelerado, o que facilita
o avanço das doenças. Mas a trans-
missão das infecções se dá de for-
Saúde das avesCriador deve ficar atento às condições do plantel para evitar transmissão de doenças
Bem-estar animal
CUiDADOSAnimais mal tratados são mais pré-dispostos a ficar doentes
CUiDADOSAnimais mal tratados são mais pré-dispostos a ficar doentes
29sindiavipar.com.br |
Bem-estar animal
ma acelerada também pelo fato dos
animais se encontrarem em confi-
namento. Ela explica que as aves
confinadas estão em constante es-
tresse o que facilita a instalação de
doenças. “Animais mal tratados se
tornam pré-dispostos a ficar doen-
tes, isso acontece com qualquer um,
assim como com o ser humano”, res-
salta.
Não deixar as aves passa-
rem fome, sofrerem com variação de
temperatura, serem expostos a ba-
rulhos incomuns como motores de
caminhão e não terem luminosidade
adequada para descanso são alguns
dos fatores que podem levar os ani-
mais a ficarem doentes por causa do
estresse causado pelo confinamen-
to. Para Elisabeth, os animais mais
calmos e como menos alterações fi-
siológicas acabam produzindo mais
e têm uma qualidade melhor de
vida.
Criadores De acordo com a ONG ame-
ricana Humane Farm Animal Care
(HFAC), que fornece o selo “Certified
Humane Brasil” e busca a produção
humanitária de alimentos, os animais
devem ser protegidos contra dor, fe-
rimentos e doenças. Para isso, os pro-
dutores devem ter um plano de saúde
para o plantel.
A veterinária alerta que é ne-
cessário sempre ter uma assistência
técnica correta, o que contribui de
forma decisiva para o bem-estar das
aves. Para ela, a responsabilidade do
criador é comunicar o veterinário res-
ponsável pelo criadouro sobre qual-
quer alteração no plantel já que são
grandes populações. O técnico deve
sempre conhecer todos os aspectos
da saúde das aves, ter informações
sobre os tratamentos realizados no
criadouro e controlar os calendários
de vacinas. O monitoramento deve
ser constante.
30 | sindiavipar.com.br
A Federação das Indústrias
do Paraná (Fiep), por meio do Senai
Centro Internacional de Inovação e
dos Observatórios Sesi/SenaiI/IEL,
disponibilizou para o setor produtivo
do Estado o projeto “Bússola da Ino-
vação”.
A iniciativa propõe avaliar
e comparar o status da inovação en-
tre as indústrias do Paraná, além de
orientar empresários e executivos
sobre as variáveis que compõem a
inovação e a sua importância para a
competitividade.
De acordo com o diretor regio-
nal do Senai-PR, Marco Antonio Secco,
o projeto permite diagnosticar o status
da inovação na indústria e irá auxiliar
os empresários no que diz respeito à
inovação. “A Bússola da Inovação, ao
mesmo tempo em que sensibiliza para
a importância da pesquisa, do desen-
volvimento e da inovação, orienta os
empresários sobre ações que podem
ser desenvolvidas para fortalecer as
variáveis relacionadas à inovação,
identifica também as fraquezas e as
oportunidades de melhoria para o ne-
gócio. É uma iniciativa pioneira no Bra-
sil”, explica ele.
O projeto já conta com a ade-
são de mais de 200 empresas, po-
rém, o objetivo é levar a ferramenta
a todo o setor produtivo do Estado.
Para saber mais sobre o projeto,
acesse: bussoladainovacao.org.br.
Bússola da Inovação Agentes do Sistema Fiep levam o projeto até empresários, que podem obter orientação no entendimento e na gestão da inovação
Fiep
30 | sindiavipar.com.br
Empresários e dirigentes
dos sindicatos industriais filiados à
Fiep têm à disposição uma nova fer-
ramenta para facilitar os cálculos
para os reajustes salariais dos co-
laboradores da indústria e auxiliá-
-los nas negociações trabalhistas. A
Fiep disponibiliza em sua página na
internet (fiepr.org.br), uma tabela
digital dinâmica, atualizada perio-
dicamente com os índices de rea-
justes salariais conforme o fecha-
mento das Convenções Coletivas
de Trabalho (CCT). A ferramenta se
aplica a todas as categorias indus-
triais.
O novo dispositivo foi de-
senvolvido pela gerência de Comu-
nicação Institucional em parceria
com o Departamento de Assistên-
cia Sindical (DAS) da federação. Na
nova versão os dados estão orga-
nizados de forma segmentada con-
forme a atividade econômica, o que
torna as consultas mais ágeis. Além
disso, a tabela traz informações
úteis, como a relação de salários
normativos de acordo com o sindi-
cato, data base, INPC de referência,
reajuste do piso e reajuste geral de
todas as categorias econômicas do
setor industrial .
As tabelas com os índices
de reajustes são alimentadas se-
manalmente, conforme vão sendo
atualizados os dados de cada setor.
No site também é possível acessar
as informações sobre os reajustes
salariais 2011/2012.
Cálculos facilitadosAtualizada periodicamente, ferramenta disponibilizadapela Fiep ajuda no cálculo de reajustes salariais
32 | sindiavipar.com.br
Desde a sua fundação, em
1973, a Empresa Brasileira de Pes-
quisas Agropecuária (Embrapa), tem
disponibilizado informações eco-
nômicas para as cadeias produtivas
de aves e suí-
nos de todo o
Brasil. Visan-
do ampliar a
sua atuação e
torná-la ainda
mais dinâmica,
em outubro de
2011, durante
o 22º Congres-
so Brasileiro de
Avicultura que
ocorreu em São
Paulo, foi lança-
da a Central de
Inteligência de
Aves e Suínos
(CIAS).
Desenvolvida pelas equipes
de Economia, Comunicação e Tecnolo-
gia da Informação da Embrapa Suínos
e Aves, a CIAS é uma página eletrônica
com informações econômicas centra-
lizadas das cadeias produtivas de suí-
nos e aves. A central oferece os custos
de produção referenciais de suínos e
aves dos 11 maiores estados produto-
res do Brasil. Na página também po-
dem ser gerados mapas da produção
dos países que mais ofertam carne
suína e de frango. A CIAS conta ainda
com dados sobre a produção de ovos
no Brasil e a respeito dos mercados de
milho e soja, que influenciam direta-
mente a suinocultura e a avicultura.
Tendo como público-alvo
toda a cadeia produtiva de suínos e
aves, o que envolve técnicos, repre-
sentantes, entidades, associações,
agroindústria, universidades, coope-
rativas, produtores, governo e estu-
dantes, e também o público em geral,
esta inovação vem sendo muito bem
recebida.
“As análises mostram um óti-
mo retorno do site, com mais de 40 mil
visitas nos oito meses em que a CIAS
está online, registrando acessos de
mais de 30 países, com destaque para
Portugal, Estados Unidos, Inglaterra,
França, Argentina, Espanha, Angola,
Japão, Itália, Canadá, Coreia do Sul e
Chile”, conta Jonas Irineu dos Santos
Filho, coordenador da CIAS.
Desenvolvimento sustentável Atualmente, informatização,
estratégia, planejamento e gestão
formam um cardápio de ferramentas
indispensáveis ao desenvolvimento
sustentável.
A central
nasceu com a
proposta de reu-
nir em uma única
base de dados
informações que
estavam disper-
sas. “Queremos
facilitar a vida
de quem precisa
per iodicamente
entender como
se comportam
essas atividades,
que são muito im-
portantes para a
economia nacional”, enfatiza Santos
Filho.
Além disso, a CIAS também é
uma poderosa ferramenta informativa
para jornalistas, pois, através das suas
analises de conjuntura de mercado e
de custos de produção, oferecem da-
dos atualizados e legítimos.
“No quesito produção de aves
e suínos, o Brasil está entre os grandes
protagonistas do agronegócio mun-
dial. Para manter este protagonismo,
estar atento ao que acontece no Brasil
e no mundo é de fundamental impor-
tância para as empresas envolvidas
neste setor”, afirma o coordenador.
Inteligência on-lineInformatização e gestão tornaram-se indispensáveis ao setor
Pesquisa e tecnologia
33sindiavipar.com.br |
Pesquisa e tecnologia
Políticas públicas Além disso, segundo Santos
Filho, o governo necessita de estatís-
ticas oficiais e confiáveis para elaborar
políticas públicas voltadas à seguran-
ça alimentar. Assim, obter informa-
ções de longo, médio e curto prazos,
relacionadas ao potencial de oferta e
demanda agregada de aves e suínos, é
fundamental para o país. Neste caso, as
informações disponibilizadas na CIAS
são utilizadas para auxiliar na tomada
de decisão sobre vendas governamen-
tais de insumos, definição de linhas de
financiamento, entre outras.
A CIAS é indispensável tam-
bém que o país troque informações e
coopere com o desenvolvimento de
pesquisas. Por fim, as informações dis-
ponibilizadas pela CIAS estão auxilian-
do os produtores e agroindústrias nas
negociações que definem as suas polí-
ticas de pagamentos.
A missão da CIAS Coletar, analisar e dispor in-
formações em forma de dados, no-
tícias, resultados de estudos e/ou
pesquisas, criando uma massa crítica
de conhecimentos para atender, efi-
cazmente, as decisões dos agentes
envolvidos, direta e indiretamente,
na produção, processamento, distri-
buição e consumo de suínos, frangos,
ovos e seus derivados no Brasil. Des-
ta forma, catalisar esforços estraté-
gicos para definir políticas e ações
para o desenvolvimento sustentável
do agronegócio. Mais informações,
acesse: cnpsa.embrapa.br/cias.
Produtos e serviçosoferecidos pela CIAS:
• Custo de produção de aves
• Levantamento sistemático da
produção
• Avaliação econômica, social e
ambiental de tecnologias
• Boletim conjuntural da avicultura
• Avaliação de contratos de
integração
• Assessoria em sistemas
integrados de produção
• Análise multicritério para
tecnologias, produtos e serviços
• Entre outros
34 | sindiavipar.com.br
Hoje, praticamente 100%
dos avicultores do país adotam o sis-
tema de integração vertical, no qual a
indústria fornece os insumos ao pro-
dutor (pintinhos, ração, assistência
técnica, tecnologia), que futuramente
revende os animais a esta mesma em-
presa.
Esse modelo vem sendo ado-
tado no Brasil desde a década de 60
e foi um dos impulsionadores da avi-
cultura nacional como referência para
o mundo inteiro. Graças ao desenvol-
vimento do setor, bem como dessas
parcerias, o Brasil é hoje o maior ex-
portador e o terceiro maior produtor
de carne de frango do mundo.
De acordo com Ricardo Gou-
vêa, presidente da Câmara de Sus-
tentabilidade e Relações Laborais da
União Brasileira de Avicultura (Uba-
bef), ao estabelecer um marco legal
para esse relacionamento tão vitorio-
so entre indústria e produtor, vai se
garantir a transparência absoluta nes-
sa relação. “A instituição de um marco
regulatório passará a determinar as
responsabilidades de integrados e de
integradores, criando um parâmetro
legal na relação entre as partes e be-
neficiando ambas”, diz Gouvêa.
Dois projetos voltados para a
regulamentação destes contratos tra-
mitam no Congresso Nacional. Um é o
Projeto de Lei n° 8.023/10, da Comis-
são de Agricultura, Pecuária, Abaste-
cimento e Desenvolvimento Rural. O
outro é o Projeto de Lei n° 330/11, que
está na Comissão de Constituição, Jus-
tiça e Cidadania do Senado. As duas
propostas contemplam todo o setor
agropecuário, mas interessa direta-
mente aos setores de aves.
Expectativas Gouvêa conta que e a ex-
pectativa do setor é que os projetos
entrem em votação no segundo se-
mestre deste ano. “É imprescindível
que essas aprovações ocorram. Um
consenso entre os dois lados - inte-
grados e de integradores – agrega
muito valor a ambos e ao setor como
um todo”, reforça.
O tema tem sido pauta do
Grupo de Trabalho de Integração,
pertencente à Câmara de Susten-
tabilidade e Relações Laborais da
Ubabef, presidida por Gouvêa, que
também diretor da Associação Cata-
rinense de Avicultura (ACAV).
“Após a regulamentação do
sistema de integração, não veremos
muitas mudanças práticas no dia a
dia. O que muda é a formalização da
transparência dessa relação. Outra
expectativa que temos é a de que
o marco regulatório resgate o que
se fazia antigamente, que era ter
um contato mais aproximado entre
as partes. Queremos que integra-
dor e integrado sentem novamen-
te à mesa e debatam sobre tudo”,
finaliza Gouvêa.
Um marco regulatórioObjetivo é trazer mais transparência para a integração que hádécadas impulsiona o setor
Legislação
34 | sindiavipar.com.br
Parceria O sistema de integração
vertical também possibilitou, além
dos avanços no setor, a manutenção
de muitos produtores. “Imagine se
o produtor rural não tivesse acesso
às tecnologias, incluindo a genética,
oferecidas pela indústria. Ele prova-
velmente estaria fadado, no míni-
mo, ao prejuízo. Sem contar que os
insumos são muito caros e a manu-
tenção de toda a produção gera uma
demanda bastante alta de recursos.
Preocupações que o produtor inte-
grado não tem”, explica Gouvêa.
É importante frisar que o
produtor integrado tem responsabi-
lidades pelo seu lote e arca com to-
das elas. A diferença básica é que no
sistema de integração, esse prejuí-
zo é compartilhado com a indústria.
36 | sindiavipar.com.br
A engenharia genética abriu pers-
pectivas para a produção de vacinas recom-
binantes e outros insumos destinados ao
diagnóstico como as sondas moleculares,
importantes na vigilância epidemiológica.
A manipulação das estruturas ge-
nômicas permite a separação dos genes que
codificam antígenos de microorganismos
como vírus, bactérias e de parasitos, identi-
ficados como relevantes nos mecanismos da
relação parasitos x hospedeiros.
Estes genes inseridos ao vetor se
multiplicarão e codificarão as estruturas que
diferenciam as cepas, clones e sorovares de
um determinado agente, como ocorre entre
sorotipos da Influenza Humana, da Cólera
Aviária e da Corisa Infecciosa, por exemplo.
Poderão se desenvolver vacinas
recombinantes com genes de antígenos de
diferentes agentes, que se replicariam no
vetor. Por exemplo, se replicariam os genes
de Hemoaglutinina (H), Neuraminidase (N) e
da proteína de Fusão (F) da Doença de New-
castle (DNC), que se constitui de um único
sorotipo e Hs e Ns dos sorotipos mais viru-
lentos de Influenza Aviária (IA).
É possível também produzir vaci-
nas com genes de diversos determinantes
antigênicos de diferentes agentes,
como a vacina com vetor vírus
de Marek e genes do vírus da
DNC.
Muitas enfermidades
apresentam grande variação genotí-
pica em relação aos determinantes an-
tigênicos, por outro lado os quadros
de doença se assemelham. Isso
aumenta os desafios para identi-
ficar que genótipos e respectivos
antígenos delineiam a proteção à
doença e de como monitorar ativa-
mente a sua eficiência com recursos
como das sondas moleculares, além das in-
formações acerca da patologia e epidemio-
logia.
Ponto sensível é o de manter ín-
tegra a estrutura, composição e sequencia-
mento dos genes que codificarão o perfil e
espectro dos antígenos relevantes na rela-
ção parasito x hospedeiro e doença.
A técnica da vacina recombinante
é um avanço, abre perspectivas e desafios.
O seu uso deve ser harmonizado em progra-
mas de vacinas e de vacinação estratégicos,
considerando as diversas enfermidades e
quais são os objetivos em relação a cada
uma delas, tais como: reduzir as vacinações
em geral ou de determinadas enfermidades;
erradicar; prevenir, controlar, manter níveis
altos de proteção; otimizar a imunidade
passiva materna. É preciso avaliar os meca-
nismos da relação parasito x hospedeiro de
cada enfermidade, idade suscetível, linha-
gens e a que se destina a produção avícola.
Os vetores selecionados, tais
como vírus e bactérias, não podem apresen-
tar riscos mediatos para o hospedeiro e meio
ambiente. Deverão também ser seleciona-
dos os genes, segundo a sua importância em
relação aos mecanismos de proteção que se
deseja estimular, relacionados às respostas
imunes e outros mecanismos inatos e adqui-
ridos, relevantes a prevenção e controle das
enfermidades.
É necessário que o desenho que
se dê a vacina e aos programas de vacinas e
vacinações leve em consideração o espectro
de demanda de mecanismos imunes e quais
resultados se deseja obter, considerando
que cada caso é um caso, cada agente é um
agente, cada hospedeiro é um hospedeiro e
cada plantel é um plantel.
Prof. Dr. Ivens Gomes GuimarãesMédico veterinário, mestre em Patologia
Animal e doutor em Biologia Animal. Pro-
fessor de Medicina Aviária na Universidade
Estadual de Londrina (UEL) e coordenador
do Centro de Investigação em Medicina
Aviária do Paraná (Cimapar).
Vacinas recombinantes[Parte 1]
Artigo técnico
36 | sindiavipar.com.br
38 | sindiavipar.com.br
Saúde do trabalhador
Xô estresse!Dicas para evitar situações de estresse no ambiente de trabalho
38 | sindiavipar.com.br
A partir do século XXI, o estres-
se se tornou um dos maiores problemas
de saúde ao redor do mundo. Segundo o
International Stress Management Associa-
tion do Brasil (Isma-BR), o mal atinge pelo
menos 70% do executivos e entre as prin-
cipais causas estão as cargas de trabalho
excessivas, as tarefas repetitivas, pressão
pela rentabilidade, ameaça de perder o
emprego – enfim, a maioria envolve a vida
profissional.
Por isso, muitas empresas estão
à procura de soluções para acabar com
esse problema que virou epidemia. As cor-
porações têm auxiliado os profissionais a
manter um ambiente de trabalho saudável,
promovem exercícios laborais que ajudam
a descontrair e relaxar, entre outros.
Mas não é preciso depender ape-
nas dos outros. É possível lidar com o
estresse ou evitá-lo no ambiente
corporativo de maneira simples.
1. Identifique o foco doestresse Descobrir qual a determinação
principal da irritabilidade é o primeiro pas-
so para eliminar o estresse. A partir disso
é possível decidir entre conviver com a si-
tuação, resolvê-la ou fugir dela. Se o des-
conforto for muito grande, é possível ir em
busca de novas oportunidades, em outras
áreas.
2. Nunca aja por impulso Quando os problemas aparece-
rem, é necessário adotar um comporta-
mento racional como forma de prevenir o
estresse posterior. Estar sempre na defen-
siva ou na ofensiva pode causar ainda mais
transtornos.
3. Administre o tempo Planejar bem o dia de trabalho,
além de manter as tarefas organizadas,
permite que existam pausas durante o ex-
pediente. O ideal são intervalos de cinco
minutos de duas em duas horas. E
não se esqueça de considerar os
imprevistos que podem aparecer
ao longo do dia.
4. Cuide da saúde Os profissionais que adotam
um estilo de vida saudável se recom-
põem de situações complicadas mais ra-
pidamente. Médicos recomendam boas
noites de sono, alimentação adequada
e prática frequente de atividades físicas
sob orientação de um profissional capa-
citado. Além disso, exercícios simples de
relaxamento, como prestar atenção na
respiração por alguns minutos, por exem-
plo, pode trazer conforto físico e tranqui-
lidade emocional.
5. Dedique-se à vida pessoal. Cultive relacionamentos A correria do dia a dia não pode
afastar os relacionamentos com família e
amigos, nem substituir o tempo dedi-
cado às atividades que são prazero-
sas. Esses momentos são essenciais
para aliviar as tensões diárias.
38 | sindiavipar.com.br
Foto
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ção
40 | sindiavipar.com.br
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Insumos
Paraná deve colher o maior volume de milho 2ª safra dos últimos 40 anos
40 | sindiavipar.com.br
O clima favorável e a expan-
são de área de milho safrinha podem
transformar a segunda safra de milho
do Paraná na maior da história. A es-
timativa da Secretaria de Estado da
Agricultura e do Abastecimento do
Paraná (Seab-PR) é que sejam colhidas
10,3 milhões de toneladas do grão, um
aumento de 62% em relação à safra
passada.
A secretaria estima que, com
o desempenho da segunda safra de
milho, mais da metade da produção
de grãos da safra 2011/12 será de mi-
lho. A pesquisa de campo referente ao
mês de junho projetou uma safra de
31,5 milhões de toneladas de grãos
no Paraná, próxima à produção do ano
passado, que atingiu 31,9 milhões de
toneladas. Considerando as duas sa-
fras de milho, 53,3% serão de milho,
o que corresponde a 16,8 milhões de
toneladas.
A área cultivada passou de
1,69 milhões de hectares no ano pas-
sado para 2,03 milhões de hectares
nesta safra, aumento de 20%. O norte
do Paraná foi a região que apresentou
maior expansão de área, o milho sa-
frinha ocupou uma área 29% maior.
“Nessa parte do estado e no centro-
-sul muitos produtores trocaram o tri-
go pelo milho. O trigo não está em um
bom momento, os preços estão baixos
e ainda há produção estocada, o que
fez com que ele acabasse perdendo
28% da sua área de cultivo”, explica o
economista do Departamento de Eco-
nomia Rural (Deral) da Seab-PR, Mar-
celo Garrido.
Diferentemente da safrinha
do ano passado, quando as lavouras
sofreram com fortes geadas no final do
mês de junho, neste ciclo o clima foi
muito favorável. Segundo Garrido, o
excesso de chuva e a ocorrência de ge-
adas em alguns pontos localizados nos
meses de maio e junho não compro-
meteram a produção. A produtividade
40 | sindiavipar.com.br
41sindiavipar.com.br |
Insumos
sindiavipar.com.br | sindiavipar.com.br |
deve ficar em torno de 5,09 toneladas
por hectare. Em 2011 a média foi 3,4
mil toneladas por hectare por causa
dos fatores climáticos. O aumentou foi
de 31% em relação ao ano passado.
De acordo com o calendário
agrícola, o auge da colheita da safri-
nha no Paraná será em agosto e deve
ser finalizada até o mês de outubro.
O economista afirma que o milho está
em um momento muito bom, com bons
preços, o que deve influenciar a pró-
xima safra. “O histórico do grão está
motivando os produtores a plantarem
ainda mais”, explica.
Mercado A safra recorde de milho sa-
frinha deve abastecer o mercado in-
terno para a produção de ração, além
de ser comercializada para os estados
de Santa Catarina e Rio Grande do Sul
que sofreram quebra por causa da es-
tiagem no início do ano e precisam de
grãos para suprir suas fábricas de ra-
ção. Segundo Garrido, a expectativa
dos produtores também está na expor-
tação, já que a safra americana, que
é a maior do mundo, também sofreu
variação por causa de fatores climáti-
cos. “Ainda estamos na expectativa de
como o mercado irá se comportar. É um
momento de cautela”, afirma o econo-
mista do Deral.
Segundo a Seab-PR, o mer-
cado está sinalizando para a possibi-
lidade de exportação da ordem de 10
milhões a 12 milhões de toneladas de
milho tendo como um dos principais
destinos a China.
Milho Safrinha
Área plantada:
2,03 milhões de hectares
Potencial produtivo:
10,3 milhões de toneladas
Expansão sobre a safra passada:
20%
Produtividade:
5,09 toneladas/hectare
Expansão da área de cultivo
Norte: 29%
Sudoeste: 22%
Centro-oeste: 21%
Oeste: 17%
Sul: 12%
42 | sindiavipar.com.br
No segundo semestre 2012
começa a operar em Apucarana, no
norte do Paraná, a primeira fase
do Centro Logístico (CL) do Gru-
po Unifrango. O empreendimento,
que promete ser um dos mais mo-
dernos do país, prevê investimen-
tos totais de R$ 75 milhões e terá
capacidade para estocar 25 mil to-
neladas após concluída a terceira e
últ ima fase.
Nesta primeira fase com
área construída de 7,5 mil metros
quadrados, será disponibilizado
um total de 10 mil posições está-
ticas entre secas, resfr iadas e con-
geladas.
Segundo Roberto Pelle, ge-
rente industrial do Grupo Unifran-
go, a questão logística foi um dos
principais fatores para a escolha
do terreno na cidade de Apucara-
na. O município está localizado em
um entroncamento rodoferroviário
que irá facilitar o acesso das em-
presas e transporte da produção
para exportação e para o mercado
interno. À sua frente passa uma
das mais importantes rodovias do
Paraná, a BR-376, e na parte poste-
rior passa a linha férrea que liga o
norte e noroeste do Paraná ao lito-
ral do estado e Santa Catarina.
Pelle comenta que o local foi
planejado para atender as 17 empre-
sas que formam o grupo, das quais 12
são abatedouros e cinco incubatórios,
além de terceiros interessados no ar-
Reforço da cadeiaGrupo Unifrango inaugura primeira fase do Centro Logístico, um dos mais modernos do país
Associados
42 | sindiavipar.com.br
TECnOLOgiAO Centro de Distribuição será um dos
mais modernos do país e irá gerar mais de 100 empregos diretos
TECnOLOgiAO Centro de Distribuição será um dos
mais modernos do país e irá gerar mais de 100 empregos diretos
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esteja dentro das normas de qualidade vigentes no mercado
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CREDENCIADO
Estrutura O CL foi planejado para
atender as exigências dos merca-
dos interno e externo. Sua estrutu-
ra permite a armazenagem de oito
mil posições estáticas congeladas.
Também há uma área para produtos
resfriados, área para produtos se-
cos e dois túneis de recuperação de
produtos.
Pelle destaca que o CL foi
projetado com os equipamentos
mais modernos do mercado. Além
disso, a preocupação do Grupo Uni-
frango em não agredir o meio am-
biente foi do piso até o sistema de
resfriamento.
O pátio foi projetado para
absorver o máximo de água das
chuvas, sem promover erosões e
acumulo excessivo de água no solo.
Já o sistema de refrigeração utiliza
gás freon, com baixa toxidez.
Entre os destaques do Cen-
tro está o sistema de estocagem to-
talmente automatizado e o sistema
de abertura de portas sem prejuízo
para a temperatura na doca. “A par-
te traseira e as portas dos veículos
ficam totalmente dentro da área de
carga e descarga sem qualquer al-
teração da temperatura preservan-
do o produto”, conta o gerente.
43sindiavipar.com.br |
mazenamento de produtos. “O centro
representa economia e segurança para
os associados que poderão estocar seus
produtos de forma adequada no caso de
alguma eventualidade”, comenta.
Funcionamento O CL deve gerar 120 empregos
diretos, entre funções operacionais e
administrativas, quando atingir a ca-
pacidade plena de funcionamento.
44 | sindiavipar.com.br
Notas e registros
O Agrostock, um dos maio-
res bancos de imagens do agronegócio
brasileiro, passa a disponibilizar agora
vídeos em alta definição. Atualmente, o
portal tem mais de 7 mil imagens e, com
o novo serviço, pretende suprir as ne-
cessidades de agências de publicidade,
emissoras de TV, órgãos governamentais
e empresas do setor interessadas em
adquirir material audiovisual de altíssi-
ma qualidade.
O fotógrafo e diretor do Agros-
tock, César Machado, explica que a plata-
forma é de fácil acesso e o cliente pode
selecionar e comprar, ou simplesmente
solicitar orçamento, através do próprio
portal. A proposta, segundo ele, é facilitar
o trabalho de quem precisa deste tipo de
recurso e, muitas vezes, não tem estrutu-
ra nem tempo para deslocar uma equipe
a campo. “A internet veio simplificar esse
processo. Tudo fica disponível no site,
de forma rápida e segura. É só acessar o
catálogo e solicitar. O custo-benefício é
simples: economia de tempo e dinheiro”,
diz. Mais informações: agrostock.com.br.
Agrostock agora com vídeos A Prenorte é a maior empresa do
segmento pré-moldados para aviários do nor-
te do Paraná. A empresa disponibiliza fecha-
mento de aviários, dos oitões e casa de apoio
em placas pré-moldadas, aliando tecnologia à
praticidade.
As placas são fabricadas com o ta-
manho ideal, de acordo com a necessidade
do fechamento. Desta forma, o assentamen-
to de tijolos, chapisco e reboco são elimina-
dos, evitando o desperdício de materiais e
agilizando a construção. O galpão é entre-
gue em até 45 dias com baixo custo. Mais
informações: prenortepr.com.br.
Fechamentode aviários
A VTN Embalagem foi pionei-
ra em implantar uma equipe comercial
exclusiva com o objetivo de oferecer um
atendimento especializado. “Com a força
de vendas própria conseguimos oferecer
um serviço diferenciado de atendimento
que a venda do papelão exige”, afirma a
diretora Lilian Vetrano.
A equipe está pronta para dar
assistência durante o desenvolvimento
de uma nova embalagem, aprovação de
amostra para efetuar uma nova compra,
avaliação de um lote piloto, análise de de-
sempenho das embalagens e assistência
técnica.
Um dos diferenciais dos consul-
tores é a preocupação com o pós-venda,
realizado por meio de visitas aos clientes
e acompanhamento. Mais informações:
vtnembalagens.com.br.
VTN Embalagem
A higienização de frigorífico é
um processo meticuloso e dele depen-
de toda a produção. Atualmente, muitos
frigoríficos têm optado pela contrata-
ção de uma empresa especializada para
higienizar suas plantas.
Luiz Carlos da Luz, gerente de
operações das Organizações Limger,
empresa que presta serviço na área, é
enfático a respeito dos fatores que in-
fluenciam diretamente na ação de higie-
nizar com qualidade. “O tempo destina-
do para a higienização pré-operacional
é curto e a área a ser limpa é ampla. É
preciso ter uma equipe bem afinada
para não perder tempo e economizar
energia, água e produtos químicos”, ex-
plica Luiz Carlos.
Oferecer solução em limpeza
e higienização é a especialidade das
Organizações Limger, que oferece pro-
gramas específicos de acordo com cada
planta frigorífica. Para mais informa-
ções acesse organizacoeslimger.com.br.
Higienização de frigoríficos Fo
to: L
imge
r
45sindiavipar.com.br |
Notas e registros
Para garantir a higiene na ma-
nipulação nas indústrias de alimentos é
necessária uma série de ações conjuntas
e envolvimento de diversos setores da in-
dústria. Um dos setores mais importantes
envolvidos nesse processo é o setor de
higienização. O uso adequado dos produ-
tos químicos na operação de limpeza e de-
sinfecção em ambientes de manipulação
ou industrialização é obrigatório, além de
ser uma questão de sanidade e responsa-
bilidade social.
A Newdrop, há 14 anos no mer-
cado, possui uma ampla linha de produtos
desenvolvidos para limpeza e desinfecção
de ambientes de manipulação de alimen-
tos. Na linha destacam-se os vários tipos
de detergentes de alta eficiência, como os
alcalinos e alcalinos clorados, bem como
os sanitizantes à base de biguanida, qua-
ternários e ácidos peracético. Mais infor-
mações: newdrop.com.br
Segurança alimentar
O Laboratório A3Q disponibiliza
para seus clientes os serviços de determi-
nação de ácidos graxos, através do sistema
de cromatografia gasosa com detector de
Ionização de Chama GC-FID - ALLCROM.
Estes serviços apresentam grande aplica-
bilidade, alta sensibilidade, estabilidade
e uma excepcional resposta linear, deter-
minando elementos como: ácidos graxos
saturados, insaturados, poliinsaturados,
gordura trans, ácidos graxos linoléico
(ômega6 ou n-6) e á-linolênico (ômega3
ou n-3) na alimentação e nutrição animal
e em carne de aves.
A composição das carcaças de
aves pode ser alterada pelo tipo e pela
quantidade de ácidos graxos da dieta. O
fornecimento de dietas enriquecidas com
ácidos graxos insaturados possibilita a de-
posição desses ácidos nos tecidos.
A quantidade de ácidos graxos
n-3 na carne de frango pode ser rapida-
mente aumentada através da inclusão de
óleo marinho ou de cereais na dieta das
aves. A composição em ácidos graxos da
carne e/ou gordura corporal é especial-
mente modificada pela dieta em não rumi-
nantes, com notável consequência sobre
a qualidade da carne. Mais informações:
a3q.com.br.
Determinação de ácidos graxos
O Avisulat 2012 - III Con-
gresso Sul-Brasileiro de Avicul-
tura, Suinocultura e Laticínios,
Feira de Equipamentos, Serviços,
Tecnologia terá 5 mil m² de expo-
sição com cerca de 150 a 180 ex-
positores. A feira já tem uma ex-
pectativa de receber pelo menos
2 mil congressistas, entre empre-
sários, estudantes e produtores.
Diversas inovações se-
rão apresentadas na feira, como o
“Polo Logística”, que concentrará
empresas e prestadores de ser-
viço nesta área de grande impor-
tância para os setores envolvidos
no Avisulat. O “Polo Pesquisa e
Inovação” irá concentrar univer-
sidades, Instituições de Pesquisa
e desenvolvimento, atendendo
à demanda da comunidade estu-
dantil. Já o “Polo Defesa e Ins-
peção Sanitária” reunirá órgãos
estaduais e federais que atuam
nestas áreas, além de diversos
fornecedores com máquinas e
equipamentos de relevância para
os setores.
O meio ambiente também
terá destaque no Avisulat, trazen-
do o mais avançado tratamento
de resíduos e efluentes e reutili-
zação de água. A nutrição, outro
tema importante, estará em pauta
no evento. Mais de 300 nutricio-
nistas confirmaram presença para
um simpósio de nutrição humana.
A 3ª edição do Avisulat
acontecerá de 21 a 23 de novem-
bro no Fundaparque, em Bento
Gonçalves (RS). Para mais infor-
mações, acesse: avisulat.com.br.
Avisulat 2012
Foto
: A3q
46 | sindiavipar.com.br
Artigo motivacional
Nos últimos
tempos temos presenciado im-
portantes mudanças nas estratégias em-
presariais que predominaram nas décadas
anteriores, marcadas pelo forte foco no
curto prazo, pelas especulações financeiras,
mega fusões e aquisições.
Uma pesquisa mundial realizada
em 2010 pela consultoria Booz Allen and
Hamilton, revelou que 90% dos executivos
disseram que a introdução de novos produ-
tos e serviços é crucial para a sobrevivência
e crescimento rentável. Na média, eles espe-
ram melhorar em 30% o desempenho em
inovação no prazo de três anos.
Onde eles podem encontrar estas
melhorias? Que forças internas e externas
eles podem acionar para mudar o foco quase
exclusivo em redução de custos para a ino-
vação de seus produtos e serviços?
Como mudar uma cultura orga-
nizacional focada nos resultados em curto
prazo para um ambiente focado no futuro e
em resultados incertos? Em resumo, como
equilibrar
crescimento e
inovação com segurança e pre-
visibilidade?
Para manter os olhos no futuro e
ao mesmo tempo os pés no chão, ou seja,
crescer sem colocar em risco a sua situação
financeira e seu mercado atual, a empresa
pode usar quatro fontes de inovação inteli-
gente:
O “insight” dos clientes: Manter aber-
tos os canais de comunicação com os clien-
tes e refletir com atenção e sensibilidade
sobre suas informações, ideias, sugestões,
reclamações e comentários. Fazer circular a
voz dos clientes por toda a organização para
que, nos diversos níveis, as pessoas conhe-
çam e pensem criativamente sobre o que os
clientes gostam e do que não gostam, suas
necessidades e expectativas. Todos devem
ser estimulados a procurar e identificar no-
vas oportunidades nas informações oriun-
das dos clientes.
Visão do futuro: Normalmente, o co-
nhecimento sobre os cenários do futuro do
mercado é restrito ao pessoal de nível es-
tratégico. É importante compartilhar essas
informações com os gerentes e supervisores
para que eles também fiquem cientes so-
bre as tendências do mercado, suas
oportunidades e riscos. Assim,
eles compreenderão melhor as
necessidades de inovação e
para onde direcionar a criati-
vidade de suas equipes.
Rede global: As empresas tendem a se
fechar, a se tornarem refratárias a tudo que
vem de fora, especialmente as bem sucedi-
das. Hoje, os meios de comunicação encur-
taram as distâncias e o tempo, facilitando e
barateando os custos dos contatos globais.
Nunca foi tão fácil identificar e manter conta-
tos profissionais com especialistas nos mais
diversos assuntos, estejam onde estiverem.
Uma perspectiva externa pode trazer valio-
sos insights para inovação de produtos, ser-
viços e processos.
Rede interna: Há um notável potencial
inovador dentro de cada organização e ne-
nhuma empresa pode dispensar os conheci-
mentos e a criatividade de seu pessoal. Para
liberar este potencial, as empresas devem
identificar e rever suas práticas gerenciais
que estejam bloqueando esta criatividade.
Isto inclui um claro e inequívoco compro-
misso com a inovação, liberdade para pensar
e experimentar com a intenção de mudar e
inovar.
Jair Siqueiracriatividadeaplicada.com
Engenheiro, consultor empresarial e escritor
Inovação inteligenteSaiba como liberar a energia criativa de sua empresa
48 | sindiavipar.com.br
Estatísticas
PER
UParticipação do Paraná no volume das exportações do Brasil / kg
Junho29,57%
Paraná 86.524.395
Brasil 292.643.159
Acumulado29,69%
Paraná 563.512.924
Brasil 1.897.676.347
pAr
An
ápA
rA
ná
FRA
NG
O
kg US$JAn 603.305 1.016.801Fev 793.218 1.232.497
MAr 1.522.854 2.399.245ABr 1.160.215 2.058.829MAI 1.230.253 1.959.940JUn 495.030 650.238
AcUMUlAdo 5.804.875 9.317.550
EXPO
RTA
ÇÃ
OEX
PORT
AÇ
ÃO
kg US$JAn 88.087.603 159.831.739Fev 78.069.418 138.180.090
MAr 95.758.553 172.025.023ABr 97.548.439 178.018.992MAI 117.524.516 210.955.875JUn 86.524.395 141.748.234
AcUMUlAdo 563.512.924 1.000.759.953
Fo
nte
: S
ind
iav
ipa
r/S
ece
x
Participação do Paraná no volume das exportações do Brasil / kg
Junho8,32%
Paraná 495.030
Brasil 5.943.140
Acumulado13,59%
Paraná 5.804.875
Brasil 42.702.075
Fo
nte
:Sin
dia
vip
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Se
cex
AB
ATE
(cab
eças
) 2011 2012
JAnFev
MArABrMAIJUn
AcUMUlAdo
703.456562.540673.614
745.436797.948
1.030.7841.016.073
619.967705.997797.867962.458912.603
4.967.3114.561.432
AcUMUlAdo 710.943.822692.471.019
AB
ATE
(cab
eças
)2011
JAnFev
MArABrMAIJUn
120.744.159113.702.443114.098.661
125.868.250112.640.769
127.054.280115.919.360
111.800.015120.988.570110.838.755119.416.551110.537.703
2012
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Conchiglione de frango com requeijão
• 20 conchigliones
• 500 g de frango desfiado
• 800 g de tomate italiano maduro picado
sem semente
• 1 maço de manjericão, só as folhas
• 200 ml de azeite
• 1 copo de requeijão
• 1 cebola grande picada
• 6 dentes de alho amassados
• Orégano à gosto
• Cheiro-verde à gosto
INGREDIENTES
Tempo de preparo: 1h
Rendimento: 2 porções
Fonte: Walter Parreira
ReceitaReceita
Coloque os conchigliones em uma panela com água fervente, sal e óleo. Retire quando estiver “ao dente”. Refogue 3 dentes de alho amassados e meia cebola picada. Desfie o frango previamente cozido e ponha em uma panela junto com o alho e a cebola. Adicione sal, pimenta, orégano e cheiro verde. Adicione requeijão e misture. O ponto ideal é quando a mistura ficar uma pasta. Reserve. Quando o conchiglione estiver frio, recheie as conchas com a pasta.
Em uma panela, coloque o azeite em fogo baixo. Refogue 3 dentes de alho amassados e meia cebola picada. Adicione o tomate e tampe, cozinhando sempre em fogo baixo. Deixe ferver até tomar o aspecto de molho. Em seguida adicione manjericão, sal e pimenta á gosto! Tire a panela do fogo e deixe tampada por 5 minutos para que os aromas se misturem.
MODO DE FAZER
MONTAGEM
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51sindiavipar.com.br |
Kaefer Agroindustrial (Globoaves)
SIF 1672Cascavel - www.globoaves.com.br
Granjeiro Alimentos
SIF 4087Rolândia - www.frangogranjeiro.com.br
Frango Sabor Caipira
SIP 0003-A | SISBIIvaiporã - www.frangocaipiraivaipora.com.br
Diplomata Industrial e Comercial
SIF 1132Mandirituba - www.diplomata.com
PARANÁReferência em produção, exportação e sanidade avícola
Seara Marfrig Group
SIF 2227Jacarezinho - www.seara.com.br
Tyson do Brasil
SIF 2694C. Mourão - www.tyson.com.br
Unifrango AgroindustrialMaringá - www.unifrango.com
Sadia
SIF 1985Dois Vizinhos - www.sadia.com.br
Sadia
SIF 2518Francisco Beltrão - www.sadia.com.br
Sadia
SIF 716Toledo - www.sadia.com.br
Avícola Pato Branco Pato Branco - www.avicolapb.com.br
Granja RealPato Branco - www.granjareal.com.br
Marco AviculturaTamarana
Globoaves AgroavícolaCascavel - www.globoaves.com.br
Gralha Azul AvícolaFrancisco Beltrão - www.gaa.com.br
Granja Econômica Avícola Carambeí - www.granjaeconomica.com.br
Avícola CarminattiSanto Antônio do Sudoeste - www.avicolacarminatti.com.br
Cooperaves - Coop. Regional de Avicultores
SIF 1860Paraíso do Norte
Coop. Agroindustrial Lar
SIF 4444Medianeira - www.lar.ind.br
Abatedouro Coroaves
Agrícola Jandelle
Agroindustrial Parati
Agroindustrial Parati
Anhambi Alimentos
Avebom
Avenorte Avícola Cianorte
Maringá - www.coroaves.com.br
Rolândia - www.bigfrango.com.br
Rondon - www.agroparati.com.br
SIF 2137
SIF 1215
SIF 3925
SIF 2010
SIF 3170
SIF 2677
SIF 4232
Umuarama - www.agroparati.com.br
Itapejara do Oeste - www.anhambi.com.br
Jaguapitã - www.avebom.com.br
Cianorte - www.guibon.com.br
C. Vale Cooperativa Agroindustrial
Copagril - Coop. Agricola Mista Rondon
Copacol Coop. Agroindustrial ConsolataSIF 3300
SIF 516
SIF 797
Palotina - www.cvale.com.br
Cafelândia - www.copacol.com.br
Mal. Cândido Rondon - www.copagril.com.br
Avícola Felipe
BRF Brasil FoodsSIF 1880
SIF 8096
Paranavaí - www.misterfrango.com.br
Carambeí - www.brasilfoods.com.br
Santo Inácio – www.brfrango.com.brBR Frango
Seara Marfrig Group
SIF 530Lapa – www.seara.com.br
Pluma AgroavícolaDois Vizinhos - www.plumaagroavicola.com.br
Diplomata Industrial e Comercial
SIF 2539Capanema - www.diplomata.com
Frango DM
SIF 270Arapongas - www.frangoagosto.com.br
Diplomata Industrial e Comercial
SIF 1619Londrina - www.diplomata.com
Frango Seva
SIF 2212Pato Branco - www.frangoseva.com.br
Frangos Pioneiro
SIF 1372Joaquim Távora - www.frangospioneiro.com.br
Gonçalves & Tortola
SIF 4166Maringá - www.frangoscancao.com.br
Jaguafrangos
SIF 2913Jaguapitã - www.jaguafrangos.com.br
Coopavel Cooperativa Agroindustrial
SIF 3887Cascavel - www.coopavel.com.br
ABATEDOUROS
INCUBATÓRIOS
exportação geral
Habilitações:
exportação para UEexportação para ChinaAbate Halal
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