Directora: Leonor Moreira

R-0: Ant6nio Bernardes Eduardo Veloso Fernando Nunes Henrique Guimaraes Jos6 Manuel Duarte Paulo Abrantes

Colabornram neste nbero: Ana Cristina Santos, Ana Paula Canavarro, Ana Paula Natal, Antdnio Bernardes, Claudia Sofia P q , Cristina Loureiro, Eduardo Veloso, Egfdio Pereira, Fernando Nunes, Fipa Cortez, JOao Filipe Matos, Leonor Moreira, Lurdes Figueiral, Lurdes Serrazina, Maria de Jesus Bicho.

Cap: 0 desenho da capa foi realiio por Qiudia Castanheira, aluna do Col6gio N. S. Grasa - V. N. Milfontes

Entidade proprietaria: Associa@o de Professores de Matematica

Tiragem: 1500 exemplares

Execuqiio e oferta da Text0 Editom, Lda.

I m p d o : Costa e Valkrio

Correspondencia: Associa@o de Professores de Matemiitica a/c de Leonor Moreira Av. 24 de Julho, 134, 4.O 1300 LISBOA

NOTA: 0s artigos assinados So da responsabilidade dos seus autores, MO reflectindo necessariamente 0s pontos de vista da RedacHo da Revista.

Editorial

Comecar de Novo

Sentada 5 minha mesa de trabalho, folheio, pela I.= vez, o livro de Matemitica que acabei de comprar. Corn entusiasmo.

Arrumo o livro juntamente corn 0s outros e sinto-me agradada corn o novo ar do meu espaco de estudo: cademos e livros novos, tudo cuida- dosamente arrumado.

Sinto vontade de aprender, de estudar, de triunfar.. . 0 s livros novos parece que me pedem isso mesmo e esse desafio

provoca-me uma sensac80 muito intensa de ansiedade. Ansiedade de conhecer os meus professores, ansiedade de conhecer novas coisas ... ansiedade de viver, ansiedade de comecar de novo!

Este ano promete. Vou conseguir dar o meu melhor ate ao fun e sentir- -me, finalmente realizada. Esta expectativa estimula-me e leva-me ate, para ser franca, a desejar o 1. O dia de aulas!. . .

Mas depois desse dia vieram outros.. . e depois outros.. . e eu, sem me aperceber bem como, encontrei-me dispersa, desinteressada e saw- rada. Um vazio muito grande foi-se instalando em rnim. 0 espayo Mo preenchido das minhas expectativas pesou mais e mais. Mas, quais eram elas afinal? Muito exigentes? . . . ou simplesmente a oportunidade de pen- sar, de escolher, de discutir ideias, de fazer coisas que me interessam, . . . de aprender a vida! .........................................................................................

Este an0 promete! E, por um lado, o alargamento da escolaridade bisica e o redimensio-

namento do parque escolar. E, por outro lado, o estatuto da carreira docente e, talvez, uma nova

tabela salarial. E, ainda, a reorganizacZo curricular, os novos programas. E de tudo isto vai resultar o qu6?

Alargamento da escolaridade basics.. . Todos n6s temos uma ideia vaga do n b e r o de jovens que abandonam

precocemente a escola, quer para entrarem no mundo do trabalho, quer para trilharem os caminhos da marginalidade. Todos n6s temos uma ideia precisa do nhnero (muito maior) daqueles que, entrando todos os dias nos estabelecimentos de ensino, ficam, porbm, todos os dias a16 for*.

Alargar a escolaridade bkica sem, simultaneamente, procurar corres- ponder aos anseios dos jovens, sem procurar proporcionar-lhes o que eles procuram, 6 criar mais zonas de conflito dentro da escola, 6 contribuir para a frustragiio de alunos e professores.

Redimensionamento do parque escolar.. . A maior parte dos nossos estabelecimentos de ensino estao superlota-

dos. Todos 0s anos se encerram bibliotecas, salas de convfvio, laboratd- rios, para ter salas para os que chegam de novo.

De 5 em 5 horas, a escola expulsa urn contingente de alunos para rece- ber outro.

Vai-se a escola, Mo se vive na escola. Esperemos que redimensionar signifique construir espacos onde 0s

jovens possam ensaiar 0s seus projectos de vida. (Continua nu p6g. 31)

Educa@h e Matedtica N . O 7 Pig. 1 3.O trim. 1988

Editorial (conclus%o)

iDignificou-se~ o estatuto dos deputados, aumentando os sells vencimentos. 0 s professores esperam, clam, igual dignifica@io. Mas esperam, sobretudo, que esta Ihes advenha de um estatuto em que a carreira &I seja acumular anos de service, prestar services ... De um estatuto em que se lhea exija participar na defi-

ni@o do papel da Escola, na concepfio e implements- * do projecto educative da sua eswla, na gestao dos seus recursos.

De um estatuto que Ihes reconhefa o direito it inves- tiga(ao.

De um estatuto que Ihes pmporcioue oportunidades de formam, actualizafio e valorizafa0.

Reorganiz~io auricular e novos programas. Questionou-se o papel da escola ou trata-se, apenas,

do reequipamento de uma Brica falida cujos produtos j6 &I Sao vendAveis?

Trata-se de dar aos jovens a oportunidade de porem as suas questoes, de discutirem as sum ideias, de as con- fmntarem corn as dos outros?

Trata-se de os deixar aprender ou, antes, de Ihes ensi- nar mais umas quantas t&nicas, porventura, mais ade- quadas & sociedade modema?

Com-ar de novo... vai valer a pena?

Filipa Corns Leonor Moreira

Publicagk e Programas Educacionais do Projecto Minerva, Nficleo da FCUL

1. Materials de Formac&o

Adas do Semindrio Sobre o Cornputador M Ensino: &I& do 1.O Aim lie Aeft'vidade do Fmjedo M i . NMeo DEFCVL - Organizedo por JoSo Ponte 0 2." Edisio, Fevereilo 1988: 112 pp.; prep: 300100

Vamos Trabalhar corn a Folha de C l̂culo - Eduaida Fonscca 0 2." EB@o, Junho 1987: 22 pp.; prep: 100100

Sistemas OpenAws para Microcornputadores - Jofo Ponte ' 0 I." Edi@o, Fevereiro 1987: 18 pp.; p w : 100100

LOGO Pom&s: M d it Ualizaalo e SwesUles de Activida- dm - JoSo Pilipe Matos e Jofo Ponte 0 Veisto 5, Fevereiro 1988: 110 pp.; prep: 3 W m

Adas da Semana do LOGO, Portalegre 87- Organizado por Jofo Poffle 0 1: Edi@o, Abril 1987: 48 pp.; prep: 2 W m

*AMusicacoLOW-JofoFilipeMales D I." Edict), Abd 1987: 24 pp.; prep: 100100

0 Cornputador e o Traballw de Projecio - JoSo Ponte 2." Edi@o, Fevereiro 1988: 32 pp.; prefo: 150m

*OComputadwcxfmoInstnimentode~Edacativa.IntervencQo no Se&nto de Encerramento do Dia do Comp#tador M Escola Sec. JOS@ lie 6bidos - J&O ~olite 0 1.' M@o, Setembm 1988: 13 pp.; prep: 100100

ConsuUa e Classiflca& como Advidades Educativas. UtiliwcQo de Bases de Dados - Maria & Lurdea Serrazina 0 I." Mi@, Maifo 1988: 23 pp.; p w : 1 5 0 m

Rela16iio do 2. AM de Actividade do Projecto Minerva, Nucleo DEFCUL-OrganizadoporJoSoPoote 0 1.. Ed*, Abril 1988: 88 pp.; prep: 3 W m

Processamento de T e a . Para desenvolver o gosto pekt escrita -

JoSo Ponte 0 4." EB@o, Fevereiro 1988: 26 pp.; prep: 100100

A Natureza do Ambieme & Aprendizagem Criado corn a U t i l i m & Linguagem LOGO no ensino Prm6no e as suas Impl ia@u M

construfOo do Concez'to de Vari6vel - JoSo F i l i i Matos 0 I." Mi@, Junk) 1987: 219 pp.; prem: 500100

3. Programas Educacionais

LOGO.GE0MElRIA - E d d o Vdow Ver& 2.0, Setembro 1988; 1 diskette, manual de utiliza@o e

c a m corn os cornandos iirinci~ais. nara IBM PC comnatfveis corn pbca compatlvel CGA; & & a : l ~ ' b (ref. 51, diskette 5%; ref. 52, diskette 314)

 LOGO.GEOMElRIA - Pmblemas e Acllvitiates; p w : I 5 0 m

TRINCA-ESPINHAS - JoSo Ponte e Jaime Sacaduti 0 Maifo 1988; 1 diskette 5% e manual, para IBM PC wrnpatfveis corn pbca compatfvel CQA; prep: 5 W m (ref. 53)

EsnUATEMP - Paulo Abraines e Jaime Sicadura 0 Marp 1988; 1 diskette 5% e d pun IBM PC ~~ corn placa mmparivel CGA; prep: 500100 (ref. 54)

W C A - E S P m i U S e ESTIMATEMP 0 1 diskette 3% e das mammis; prep: 8WW (ref. 55)

Uma experiSnda de introdufOo do compwador no d i s d p h de Estu- do# Socials - Orgamzado por Maria da C o n W Canavilhas 0 Ver* 1.0, Sctembro 1988; 2 diskettes e manual dc utiliz-. para IBM PC compatfvcis corn pbca compatfvd CGA, prep: mom

Todos satis materials podem ser pedidw pdo coireiii, utilizando a fMa da padga 10.

Educa& e Mulemalict N. 7 pte. 31 3.' trim. 1988