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COMENTÁRIO À REGRA DA MILITIA SANCTÆ MARIÆ - Brasil - Capítulo de maio de 2014 COMO DEVE SER O CAVALEIRO DE SANTA MARIA” (III, 1) Aquele que entrou na Ordem de Santa Maria tomou a Cruz e fez a Cristo o sacrifício de sua, aceitando de antemão os combates, as contradições, as humilhações e a morte que o Senhor Jesus, no seu imenso amor para com todos os homens, se dignou tomar sobre Si e partilhar com os seus amigos. Recebe por lei o Código de Honra Cavaleiresca, expressão de sua absoluta fidelidade a Deus: I - O Cavaleiro combate por Cristo e pelo Seu reino. II - O Cavaleiro serve a sua Dama a Virgem Maria. III - O Cavaleiro defende a Santa Igreja até ao sangue. IV - O Cavaleiro mantém as tradições dos seus antepassados. V - O Cavaleiro combate pela Justiça, pela Ordem Cristã e pela Paz. VI - O Cavaleiro trava contra o mundo e o seu Príncipe uma guerra sem trégua nem descanso. VII - O Cavaleiro honra e protege os pobres, os fracos os deserdados. VIII - O Cavaleiro despreza o dinheiro e os poderes deste mundo. IX - O Cavaleiro é humilde, magnânimo e leal. X - O Cavaleiro é puro e cortês, ardente e fiel. _______________________________________________________________________ Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Providencialmente, hoje celebramos a recepção de cinco novos Servos de Nossa Senhora dentro da Militia Sanctae Mariae. Sim, devemos parabenizá-los e levá-los em nossos corações, mantendo-os em nossas orações. Porém, também devemos nos recordar que, através da consagração de nós mesmos a Jesus por Maria, somos todos servos de Nossa Senhora. Servos no sentido latino, somos servi, somos seus escravos e, assim, irmãos em correntes.

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Page 1: Comentário à Regra da Militia Sanctae Mariae, Brasil, maio 2014

COMENTÁRIO À REGRA

DA

MILITIA SANCTÆ MARIÆ - Brasil

- Capítulo de maio de 2014 –

COMO DEVE SER O CAVALEIRO DE SANTA MARIA” (III, 1)

Aquele que entrou na Ordem de Santa Maria tomou a Cruz e fez a Cristo o sacrifício de sua, aceitando de antemão os combates, as contradições, as humilhações e a morte que o Senhor Jesus, no seu imenso amor para com todos os homens, se dignou tomar sobre Si e partilhar com os seus amigos. Recebe por lei o Código de Honra Cavaleiresca, expressão de sua absoluta fidelidade a Deus:

I - O Cavaleiro combate por Cristo e pelo Seu reino. II - O Cavaleiro serve a sua Dama a Virgem Maria. III - O Cavaleiro defende a Santa Igreja até ao sangue. IV - O Cavaleiro mantém as tradições dos seus antepassados. V - O Cavaleiro combate pela Justiça, pela Ordem Cristã e pela Paz. VI - O Cavaleiro trava contra o mundo e o seu Príncipe uma guerra sem trégua nem descanso. VII - O Cavaleiro honra e protege os pobres, os fracos os deserdados. VIII - O Cavaleiro despreza o dinheiro e os poderes deste mundo. IX - O Cavaleiro é humilde, magnânimo e leal. X - O Cavaleiro é puro e cortês, ardente e fiel. _______________________________________________________________________ Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Providencialmente, hoje celebramos a recepção de cinco novos Servos de Nossa

Senhora dentro da Militia Sanctae Mariae. Sim, devemos parabenizá-los e levá-los em

nossos corações, mantendo-os em nossas orações. Porém, também devemos nos recordar

que, através da consagração de nós mesmos a Jesus por Maria, somos todos servos de

Nossa Senhora. Servos no sentido latino, somos servi, somos seus escravos e, assim,

irmãos em correntes.

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Devemos pois, sempre, ter em mente que não ostentamos títulos. A Militia Sanctae Mariae

não é, nunca foi e, se Deus o permitir, nunca será uma Ordem honorífica. Existem muitas,

grande parte delas inventadas, por aí. Porém, nós não estamos na Militia para ostentar um

título, um grau ou um hábito. Aceitar o Código de Honra do Cavaleiro, que todos espontânea e

livremente assumem ao entrar na Ordem, é se colocar como aquele que serve.

Só podemos servir se estamos em atitude de humildade. O verdadeiro cavaleiro é servidor:

serve Nosso Senhor e sua Santíssima Mãe, serve a Igreja até a morte, serve a Ordem cristã,

serve os pobres, os fracos e os deserdados... Coloco uma questão: a quem estamos servindo?

A quem queremos servir?

Quando falamos da Militia Sanctae Mariae devemos retirar duas ideias que podemos ter: um

saudosismo de um passado inexistente, afinal não fomos criados na Idade Média, mas em

pleno século XX, aos fins do Concílio Vaticano II e para responder aos desafios deste tempo; e

o de sermos especiais, seja porque usamos um hábito ou por nosso carisma. A Militia é uma

união de batizados que desejam servir, que ama de tal maneira o mundo que se coloca a

denunciar a treva do pecado e apresentar-lhe, através da nova evangelização, o Cristo, que é

luz do mundo (Jo 8, 12).

Servir, meus irmãos. Servir. Essa é a palavra-chave. E então lembramos de nosso querido papa

Francisco, ele nos chama não a ficarmos folgadamente reclamando do presente, enquanto

sonhamos com um futuro utópico ou nos enganamos com um passado que pensamos glorioso,

mas que tinha seus desafios, às vezes até maiores que hoje. O Santo Padre nos disse, durante a

Jornada Mundial da Juventude, que não devemos ter medo de anunciar a Boa-Nova do Cristo.

E anunciar não é estar sentado, não é reclamar, não é lamentar... É sair de nossa zona de

conforto e ir ao encontro do outro. Se realmente amamos o outro, da qual tantas vezes

podemos dizer no Ato de Caridade, queremos, em primeiro lugar, que ele viva (e viver é ter a

vida em Cristo, pois o pecado mata infinitamente mais e mais profundamente que a morte

física) e que seja salvo.

Providencialmente, hoje celebramos a recepção de cinco novos Servos de Nossa Senhora

dentro da Militia Sanctae Mariae. Sim, devemos parabenizá-los e levá-los em nossos corações,

mantendo-os em nossas orações. Porém, também devemos nos recordar que, através da

consagração de nós mesmos a Jesus por Maria, somos todos servos de Nossa Senhora. Servos

no sentido latino, somos servi, somos seus escravos e, assim, irmãos em correntes.

Devemos pois, sempre, ter em mente que não ostentamos títulos. A Militia Sanctae Mariae

não é, nunca foi e, se Deus o permitir, nunca será uma Ordem honorífica. Existem muitas,

grande parte delas inventadas, por aí. Porém, nós não estamos na Militia para ostentar um

título, um grau ou um hábito. Aceitar o Código de Honra do Cavaleiro, que todos espontânea e

livremente assumem ao entrar na Ordem, é se colocar como aquele que serve.

Só podemos servir se estamos em atitude de humildade. O verdadeiro cavaleiro é servidor:

serve Nosso Senhor e sua Santíssima Mãe, serve a Igreja até a morte, serve a Ordem cristã,

serve os pobres, os fracos e os deserdados... Coloco uma questão: a quem estamos servindo?

A quem queremos servir?

Quando falamos da Militia Sanctae Mariae devemos retirar duas ideias que podemos ter: um

saudosismo de um passado inexistente, afinal não fomos criados na Idade Média, mas em

pleno século XX, aos fins do Concílio Vaticano II e para responder aos desafios deste tempo; e

o de sermos especiais, seja porque usamos um hábito ou por nosso carisma. A Militia é uma

Page 3: Comentário à Regra da Militia Sanctae Mariae, Brasil, maio 2014

união de batizados que desejam servir, que ama de tal maneira o mundo que se coloca a

denunciar a treva do pecado e apresentar-lhe, através da nova evangelização, o Cristo, que é

luz do mundo (Jo 8, 12). Servir, meus irmãos. Servir. Essa é a palavra-chave. E então

lembramos de nosso querido papa Francisco, ele nos chama não a ficarmos folgadamente

reclamando do presente, enquanto sonhamos com um futuro utópico ou nos enganamos com

um passado que pensamos glorioso, mas que tinha seus desafios, às vezes até maiores que

hoje. O Santo Padre nos disse, durante a Jornada Mundial da Juventude, que não devemos ter

medo de anunciar a Boa-Nova do Cristo. E anunciar não é estar sentado, não é reclamar, não é

lamentar... É sair de nossa zona de conforto e ir ao encontro do outro. Se realmente amamos o

outro, da qual tantas vezes podemos dizer no Ato de Caridade, queremos, em primeiro lugar,

que ele viva (e viver é ter a vida em Cristo, pois o pecado mata infinitamente mais e mais

profundamente que a morte física) e que seja salvo.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Salve Maria.

Michel Pagiossi