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BOLETIM SEMANAL RESERVADO 1 N° 10/16 SEMANA: 21/03/16 a 15/04/16 ASSUNTOS: COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA NOVOS CABOS SUBMARINOS COMPARTILHAMENTO DE POSTES – RESOLUÇÃO CONJUNTA ANATEL ANEEL OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015 IMPLANTAÇÃO DA FAIXA DE 700 MHz E DIGITALIZAÇÃO DA TV A REVISÃO DO MODELO – O FOCO DA COMISSÃO DO MINICOM UMA TENDÊNCIA DO STREAMING VÍDEO-ON-DEMAND NOTA: OS TENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES. 01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA Índice A Portaria da Revisão do Modelo de Prestação de Serviços de Telecomunicações Os Postes, o SNOA, a Revisão do Modelo Revisão dos Contratos de Concessão - Assinatura Adiada... Mais uma Vez! O fim das Cabines Telefônicas “Reclamaço” contra o estabelecimento de limite na franquia de dados Banda Larga Ilimitada - Palavras e medidas... corretas e sensatas O Set-Top Box Universal TIM BRASIL muda a logomarca Resultados do 4T15 da Oi Novo CEO da Telecom Italia Mudanças no Comando das Companhias…Também na Telefónica American Tower faz significativos investimentos...na Índia Telefônica Brasil vende torres para Subsidiária A FCC vai direto aos usuários Ampliado prazo do “simulcasting” Sinal Amarelo no UK – Venda da O2 tem restrições Ainda o caso FBI x Apple e certas repercussões de ordem ética Cabo Submarino Brasil – Angola Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo.

COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA PLANO NACIONAL DE … · compartilhamento de postes – resoluÇÃo conjunta anatel aneel obrigatoriedade de compartilhamento de infraestrutura

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BOLETIM SEMANAL RESERVADO

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N° 10/16

SEMANA: 21/03/16 a 15/04/16

ASSUNTOS:

COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA

PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA

NOVOS CABOS SUBMARINOS

COMPARTILHAMENTO DE POSTES – RESOLUÇÃO CONJUNTA ANATEL ANEEL

OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA

LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015

IMPLANTAÇÃO DA FAIXA DE 700 MHz E DIGITALIZAÇÃO DA TV

A REVISÃO DO MODELO – O FOCO DA COMISSÃO DO MINICOM

UMA TENDÊNCIA DO STREAMING VÍDEO-ON-DEMAND

NOTA: OS TENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES.

01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA

Índice

A Portaria da Revisão do Modelo de Prestação de Serviços de Telecomunicações

Os Postes, o SNOA, a Revisão do Modelo

Revisão dos Contratos de Concessão - Assinatura Adiada... Mais uma Vez!

O fim das Cabines Telefônicas

“Reclamaço” contra o estabelecimento de limite na franquia de dados

Banda Larga Ilimitada - Palavras e medidas... corretas e sensatas

O Set-Top Box Universal

TIM BRASIL muda a logomarca

Resultados do 4T15 da Oi

Novo CEO da Telecom Italia

Mudanças no Comando das Companhias…Também na Telefónica

American Tower faz significativos investimentos...na Índia

Telefônica Brasil vende torres para Subsidiária

A FCC vai direto aos usuários

Ampliado prazo do “simulcasting”

Sinal Amarelo no UK – Venda da O2 tem restrições

Ainda o caso FBI x Apple e certas repercussões de ordem ética

Cabo Submarino Brasil – Angola

Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo.

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A Portaria da Revisão do Modelo de Prestação de Serviços de Telecomunicações

O Ministro das Comunicações assinou a Portaria Nº 1.455, de 8 de abril de 2016, pela qual

estabeleceu diretrizes para a atuação da Anatel no sentido de encaminhar o processo de revisão do

atual modelo de prestação de serviços de telecomunicações do País.

A essência do Processo parece estar definida no Art. 3º da Portaria, a seguir reproduzido:

Art. 3º. A Anatel deve elaborar e propor ao Ministério das Comunicações, nos termos da Lei Geral de

Telecomunicações, propostas de mecanismos para possibilitar a migração das atuais concessões de

Serviço Telefônico Fixo Comutado - STFC para regime de maior liberdade, condicionado tal migração

ao atendimento de metas relativas à banda larga, priorizando aquelas que contribuam para os objetivos

previstos no inciso I do art. 2º desta Portaria.

E, o Art. 2º está colocado da seguinte forma:

Art. 2º. De modo a posicionar os serviços de banda larga no centro da política pública, devem ser privilegiados

os seguintes objetivos:

I - Expansão das redes de transporte em fibra óptica e em rádio de alta capacidade para mais municípios;

II - Ampliação da cobertura de vilas e de aglomerados rurais com banda larga móvel;

III - Aumento da abrangência de redes de acesso baseadas em fibra óptica nas áreas urbanas;

IV - Atendimento de órgãos públicos, com prioridade para os serviços de educação e de saúde, com acesso à

Internet em banda larga.

Ou seja: o que se deseja, é estabelecer um processo em que ocorra a migração do STFC para um

“regime de maior liberdade, condicionando tal migração ao atendimento de metas relativas à

banda larga”.

Deve-se dizer que a metodologia sugerida para a migração do STFC já foi aplicada – de forma similar,

mas, não exatamente igual – quando da migração do SMC (Serviço Móvel Celular) para o SMP

(Serviço Móvel Pessoal) há cerca de 15 anos atrás. O primeiro explorado em Regime de Concessão

e o segundo como Autorização.

As desigualdades, basicamente, estão nas obrigações que deverão ser assumidas pelas Prestadoras

envolvidas na migraçãono para o novo regime que, entre outras incertezas, envolve a sua

quantificação. Esta situação não ocorria com intensidade minimamente comparável no caso do

celular, pois não havia obrigações estabelecidas no regime de conceção que não fossem as

relacionadas com a prestação dos serviços e com a utilização do espectro.

Dito de forma clara, o que se deseja é trocar uma situação (a ser valorada) aplicável ao STFC por

uma outra relacionada com a Banda Larga, que não é prestada em regime de Concessão. Ou seja:

trocam-se obrigações de um Serviço (em que é possível existirem tais obrigações em função dos

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regime de exploração) por obrigações de outros Serviço (explorado em regime sobre o qual não é

possível regulamentarmente impor obrigações que não sejam objeto de negociação prévia).

Com isto, procura-se preencher algumas lacunas de intenções colocadas no Decreto nº 7.175, de 12

de maio de 2010, que institui o Programa Nacional de Banda Larga - PNBL, onde são estabelecidos

objetivos para massificar o acesso a serviços de conexão à Internet em banda larga no Brasil.

O BS considera que se trata de um avanço considerável. Mas, julga, também, que as diretrizes são

relativamente modestas quando se considera a evolução para um Modelo de Prestação de Serviços

de Telecomunicações que atenda às imensas evoluções e transformações pelas quais passa o Setor.

No caso, parece que o trabalho da Comissão foi fundamentalmente pautado para resolver a questão

da universalização da Banda Larga no País, mas, partindo da premissa que isto deve ser feito,

principalmente, a partir da migração do STFC o que, obviamente, apresenta evidentes limitações.

Este, sem dúvida, é um parâmetro importante a considerar. Mas, os avanços da Banda Larga no

Brasil, em termos quantitativos (quantidade de acessos e velocidade) e de qualidade de serviço vão

bem além deste ponto. E, para tanto, é essencial encontrar um Modelo no qual toda a indústria –

Prestadoras em Regime Público e Prestadoras em Regime Privado - participe de forma proporcional,

observado o campo de atuação e o porte de cada Prestadora.

A questão tem correlação com a assinatura da revisão quinquenal dos Contratos de Concessão que

deveria ter ocorrido em 31/12/2015 e foi transferida para 31/12/2016 (ver item “Revisão dos

Contratos de Concessão-Assinatura Adiada... Mais uma Vez! “ do COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA

deste BS).

O BS deverá retornar ao assunto oportunamente. De imediato, seguem as considerações iniciais

apontadas e o texto completo da mencionada Portaria que é merecedora de uma leitura acurada

por aqueles que têm alguma vinculação com o assunto.

PORTARIA Nº 1.455, DE 8 DE ABRIL DE 2016

Estabelece diretrizes para a atuação da

Agência Nacional de Telecomunicações

Anatel na elaboração de proposta de

revisão do atual modelo de prestação

de serviços de telecomunicações.

O MINISTRO DE ESTADO DAS COMUNICAÇÕES, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único,

inciso II, da Constituição Federal e o art. 27, inciso V, alínea a da Lei 10.683 de 2003; e,

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CONSIDERANDO que a Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997 (Lei Geral de Telecomunicações) atribui ao Poder

Público o dever de garantir, a toda a população, o acesso às telecomunicações, a tarifas e preços razoáveis, em

condições adequadas;

CONSIDERANDO a missão do Ministério das Comunicações de elaborar, implementar e monitorar políticas

públicas transparentes e participativas que promovam o acesso aos serviços de comunicações e contribuam

para o desenvolvimento econômico, tecnológico, a democratização e a inclusão social no Brasil, em

consonância com o Decreto nº 4.733, de 10 de junho de 2003, que dispõe sobre políticas públicas de

telecomunicações;

CONSIDERANDO que o Decreto nº 7.175, de 12 de maio de 2010, que institui o Programa Nacional de Banda

Larga - PNBL, estabelece o objetivo de massificar o acesso a serviços de conexão à Internet em banda larga no

Brasil;

CONSIDERANDO que o citado Decreto prevê também, em seu art. 6º, inc. VI, que a Anatel deverá, na

implementação e regulamentação dos serviços de telecomunicações e de infraestrutura de rede de suporte de

conexão à Internet em banda larga, visar a ampliação da oferta de serviços de conexão à Internet em banda

larga na instalação da infraestrutura de telecomunicações;

CONSIDERANDO que o Acórdão do Tribunal de Contas da União n.º 28/2016 recomendou ao Ministério das

Comunicações que avaliasse a conveniência e a oportunidade de consolidar as diversas ações e planos

específicos existentes no setor de telecomunicações em um único instrumento de institucionalização,

explicitando a lógica de intervenção estatal no setor, no médio e no longo prazo, contemplando princípios,

diretrizes, objetivos, metas, estratégias, ações, indicadores e mecanismos de monitoramento e avaliação, bem

como as competências dos atores envolvidos, instâncias de coordenação e os recursos necessários para a sua

implementação;

CONSIDERANDO que a Portaria nº 4.420, de 22 de setembro de 2015, estabeleceu Grupo de Trabalho entre o

Ministério das Comunicações e a Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel com o objetivo de realizar

estudos quanto às perspectivas de evolução das concessões de telefonia fixa no País, considerando a

importância de estimular o desenvolvimento da infraestrutura de suporte à banda larga no Brasil, e elaborar

proposta de atos e alternativas de políticas públicas;

CONSIDERANDO que referido Grupo de Trabalho concluiu suas atividades com a elaboração de Relatório Final,

apontando diferentes alternativas e cenários regulatórios referentes ao setor de telecomunicações;

CONSIDERANDO a importância de se estabelecer com clareza as perspectivas de evolução do setor, de modo

a promover a segurança jurídica e a estabilidade necessárias ao destravamento de investimentos em redes de

telecomunicações de suporte à banda larga, resolve:

Art. 1º. O acesso à Internet é essencial ao exercício da cidadania e o Poder Público deve atuar de modo a

promover o acesso de todos aos serviços de banda larga, com custos acessíveis e em níveis de qualidade

compatíveis com as expectativas dos usuários.

Art. 2º. De modo a posicionar os serviços de banda larga no centro da política pública, devem ser privilegiados

os seguintes objetivos:

I - Expansão das redes de transporte em fibra óptica e em rádio de alta capacidade para mais municípios;

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II - Ampliação da cobertura de vilas e de aglomerados rurais com banda larga móvel;

III - Aumento da abrangência de redes de acesso baseadas em fibra óptica nas áreas urbanas;

IV - Atendimento de órgãos públicos, com prioridade para os serviços de educação e de saúde, com acesso à

Internet em banda larga.

Art. 3º. A Anatel deve elaborar e propor ao Ministério das Comunicações, nos termos da Lei Geral de

Telecomunicações, propostas de mecanismos para possibilitar a migração das atuais concessões de Serviço

Telefônico Fixo Comutado - STFC para regime de maior liberdade, condicionado tal migração ao atendimento

de metas relativas à banda larga, priorizando aquelas que contribuam para os objetivos previstos no inciso I do

art. 2º desta Portaria.

§ 1º. Na alteração do atual modelo de prestação de serviços de telecomunicações, deve ser mantido o

atendimento existente de serviços de voz, onde este ainda for necessário.

§ 2º. Devem ser estabelecidos mecanismos de incentivo à migração, preservando-se as capacidades do Poder

Público quanto ao monitoramento de redes estratégicas.

§ 3º. Na definição das metas referidas no caput, devem ser observadas as seguintes diretrizes:

I - complementaridade com obrigações já existentes em decorrência de exigências regulatórias ou editais de

licitação de radiofrequência;

II - as novas metas não devem se restringir às atuais regiões de outorga das concessionárias de STFC;

III - com vistas a assegurar a prestação de serviço em áreas economicamente menos atraentes, devem ser

estabelecidos instrumentos que vinculem áreas rentáveis e não rentáveis;

IV - devem ser previstos mecanismos que assegurem o adequado controle do Poder Público quanto ao

cumprimento das metas.

§ 4º. Dentre os elementos que devem ser considerados pela Anatel na migração das atuais concessões de STFC,

incluem-se a revisão das metas de universalização do STFC existentes, a alteração do regime de controle

tarifário; a utilização de ônus contratuais financeiros; a eliminação do instituto da reversibilidade; e a

eliminação do prazo contratual de 2025.

§ 5º. A Anatel deve, sempre que couber, buscar a modulação da atuação regulatória em função das

características competitivas das áreas consideradas.

§ 6º. Com vistas à evolução do atual quadro normativo em direção a um regime mais convergente de prestação

de serviços, deve ser buscada a simplificação do atual modelo de outorgas de serviços de telecomunicações,

assim como a desburocratização e maior celeridade dos procedimentos de licenciamento.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

ANDRÉ FIGUEIREDO

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Os Postes, o SNOA, a Revisão do Modelo

O SNOA – Sistema de Negociação de Ofertas no Atacado – está prestes a ganhar um novo item: o

Cadastro de Postes! Uma iniciativaelogiável e salutar uma vez que venha a ser concretizada; não só

para as Prestadoras de Telecomunicações, mas, também, para as próprias distribuidoras de energia

elétrica que disporão de recursos e mecanismos mais estruturados para suportar uma atividade

que, sem dúvida, pode se constituir – se já não o é – em excelente fonte complementar de receitas.

Aqui se está diante de uma daquelas situações cujo sucesso somente estará garantido se for um

bom negócio para todas as Partes envolvidas. Na prática, trata-se da ocupação de espaço ocioso

dos postes, considerando a sua utilização pelas distribuidoras de energia elétrica, mas, de relevante

– senão imprescindível – importância para as redes de telecomunicações.

E, aqui, se fala de “compartilhamento de infraestrutura” por Concessionárias ou Autorizatárias de

Serviços Públicos que, por sua vez, também utilizam espaços públicos para a instalação dos postes

quando redes aéreas ou dutos quando redes subterrâneas. Portanto, o contexto da questão

envolve, sem dúvida, o interesse público sob diversos prismas de avaliação.

Porém, isto não pode ocorrer sem a imposição de determinados limites. Não há dúvidas que sob o

ponto de vista dos impactos urbanos as redes subterrâneas são preferíveis – por vezes obrigatórias

– em relação às redes aéreas. Mas, nem sempre isto é possível: como imaginar, por exemplo,

sistemas de iluminação pública sem postes ou redes de telecomunicações sem fio (via rádio) sem

torres, postes, ou, outras estruturas visíveis que suportem as imprescindíveis antenas? Como se

pode considerar que um atendimento de telecomunicações a áreas rurais, por exemplo, não

disponha de características bastante diversas daquelas existentes em regiões centrais de áreas

metropolitanas e, naturalmente, imponha a utilização de postes compartilhados?

Obviamente, se faz necessária a existência de um equilíbrio sob este viés de considerações e é neste

ponto que o SNOA, também, pode vir a ter um papel destacado e dar uma excelente contribuição â

necessária reorganização das redes aéreas – telecomunicações e elétricas – existentes em diversos

pontos das grandes metrópoles brasileiras.

O BS, vem levantando esta questão com comentários em diversas edições anteriores. Muitas fotos

foram inseridas nos textos para dar uma ideia da situação quase caótica que acontece em inúmeras

situações. E, o fato pode ser facilmente constatado por qualquer um que tenha a sua atenção fixada

na questão quando transitar por determinadas regiões de cidades com as quais tenha contato,

principalmente quando se moverem para pontos mais periféricos.

E, longe de o tema envolver somente aspectos estéticos sob o ponto de vista urbanístico: o assunto

assume proporções quase dantescas quando se considera o lado técnico. É inimaginável considerar

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que se pode estar proporcionando um serviço com qualidade aceitável a partir da situação física

visível do posicionamento desses cabos e fios. Até um leigo pode chegar a esta conclusão sem

muitas dificuldades!

E, por fim, mas não menos importante, há as considerações de ordem econômica. Quando o

compartilhamento é feito de forma adequada – e é assim que sempre deve ocorrer – todos ganham.

O pressuposto é que o uso dos recursos aconteça da forma mais otimizada possível, gerando

sinergias que, no final, se refletem em ganhos distribuídos para todos, inclusive, para os

consumidores (usuários) que poderão se beneficiar com custos mais baixos dos serviços.

Sob uma perspectiva mais estratégica, o SNOA também pode ser utilizado como uma excelente

fonte na determinação dos rumos a serem adotados nos inevitáveis próximos passos pelos quais

passarão as redes de acesso de telecomunicações via cabo. Não há dúvidas que as redes de cabo de

fios de cobre estão com seus dias contados. É inevitável que elas sejam substituídas por cabos de

fibras ópticas. E, é, também, inquestionável que as condições de instalação e operação nas duas

situações são substancialmente distintas.

Então, haverá um “mundo novo” a ser levado em consideração neste particular aspecto da evolução

das redes de telecomunicações. Com a consideração adicional de que não se trata de uma simples

tendência, mas, de um fato real que está ocorrendo em diversos países mais evoluídos e que, no

Brasil, apresenta uma defasagem que incomoda.

Neste sentido, é bastante preocupante que não exista no Brasil – pelo menos de conhecimento

público – quaisquer estudos que detalhem como ocorrerá a transição destas redes de acesso via

cabos de fios de cobre para os cabos de fibras ópticas. Nem por parte do Governo, nem por parte

das Operadoras que utilizam estes recursos (basicamente, as Concessionárias: Oi, Telefônica Vivo,

Embratel, CTBC, Sercomtel).

Esta questão fica mais evidente e resulta em alguma perplexidade quando se tem como assunto da

ordem do dia as medidas a serem tomadas no País visando a evolução para um imprescindível

“Novo Modelo” de Prestação de Serviços de Telecomunicações no País. E, assume um caráter mais

impressionante quando se avalia a questão dos “Bens Reversíveis” dos quais as Redes de Acesso de

Cabos de Fios de Cobre (legado das antigas, mas, ainda operacionais redes telefônicas) são um dos

itens fundamentais, senão o mais importante.

Fala-se em avaliar o “Valor da Concessão” visando determinadas linhas de “evolução” a serem

eventualmente adotadas. Tal valor pode ser decorrente de suas características estratégicas – pouco

provável no atual cenário das telecomunicações mundiais – e/ou dos bens materiais envolvidos

(Bens Reversíveis).

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Em qualquer das hipóteses o valor destas Redes de Acesso é fundamental. Com uma observação

que pode se transformar em fonte de discussões complexas: por um lado têm um valor quase

intangível, pois, sem elas não se pode prestar o serviço obrigatório (STFC) em inúmeras situações

relevantes no horizonte de planejamento atual. Por outro, há a certeza de que ao fim desse período

o seu valor será o de mera sucata! Como avaliar esta situação crítica sem um estudo técnico,

econômico e estratégico de abrangência profunda?

Visto sob esta perspectiva, o assunto ganha dimensões multidisciplinares. Desde questões de

postura urbana, passando por interesses econômicos e operacionais das Prestadoras de Serviços

Públicos, e, chegando, talvez, ao ponto mais importante: como conviver com uma situação

reconhecidamente crítica no contexto de uma imprescindível tomada de posição em relação à

evolução rumo ao futuro da prestação dos serviços de telecomunicações.

Revisão dos Contratos de Concessão - Assinatura Adiada... Mais uma Vez!

Pela terceira vez foi adiada a data de assinatura da revisão dos Contratos de Concessão do STFC,

originalmente prevista para 31/12/2015. Nesta oportunidade, o espaçamento foi maior, com a nova

data limite sendo estendida para 31/12/2016. Isto dá uma ideia das dificuldades para se estabelecer

uma linha de ação que paute esta penúltima revisão, uma vez que ela é quinquenal e os Contratos

se encerram em 31/12/2025, sem possibilidade de renovação.Desconhece-se até onde a decisão foi

unilateralmente tomada pelo Governo, ou, se houve alguma negociação com as Concessionárias.

Interessante que a assinatura poderia ter ocorrido de modo simples, quase cumprindo um rito

burocrático. Pode-se inferir que o Governo pretende introduzir condições não previstas nos

Contratos – novas obrigações! – as quais, naturalmente, devem ser definidas e acordadas com as

demais Partes envolvidas, uma vez que não podem ser impostas sem que haja uma negociação.

Esta possibilidade, é corroborada pelos desdobramentos dos trabalhos da Comissão estabelecida

para definir condições de um Novo Modelo para a prestação de serviços de telecomunicações no

País. Na verdade, em 8 de abril próximo passada o Ministro das Comunicações assinou a Portaria

Nº 1.455, na qual “Estabelece diretrizes para a atuação da Agência Nacional de Telecomunicações

– Anatel – na elaboração de proposta de revisão do atual modelo de prestação de serviços de

telecomunicações”. Em função disto, a Agência deverá se posicionar e os trabalhos deverão se

estender por até 8 meses. Este prazo está ajustado com o definido para a nova data de assinatura.

Deverá haver uma Consulta Pública por iniciativa da Agência cuja duração está prevista para 10 dias,

mas, há possibilidades de ser ampliada.

Sugere-se, em relação a este tema ler também os itens “A Portaria da Revisão do Modelo de

Prestação de Serviços de Telecomunicações” e Os Postes, o SNOA, a Revisão do Modelo” no

COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA deste BS Nº 10/16.

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O adiamento, sem dúvida, contribui para respaldar determinadas incertezas que pesam sobre os

Contratos de Concessão, com forte potencial de inibir ações por parte das Concessionárias no que

diz respeito à determinação de novos investimentos.

O fim das Cabines Telefônicas

O Brasil passa por um momento particularmente importante no Setor de Telecomunicações, pois se

discute um “Novo Modelo” de Prestação de Serviços para o País. Entre os temas relacionados está

a questão dos Telefones Públicos e uma de suas vertentes, as Cabines Telefônicas, instaladas em

ambientes externos.

Conforme já foi comentado em BS anteriores há uma tendência a eliminar ou a substituir por outras

alternativas tais Cabines. Um exemplo, recentemente mencionado, foi o da cidade de Nova York

onde há um movimento para substituir todas as Cabines Telefônicas por outras mais avançadas que

permitam múltiplos serviços (acesso à Internet). Uma das características seria a abertura do

mercado que poderia ser explorado por Empresas que não fossem necessariamente as tradicionais

Operadoras do Serviço Telefônico..

No caso de Nova York chegou a ser mencionada a cifra de $500 milhões anuais como valor mínimo

que a Prefeitura receberia pela exploração de tais Cabines que também veiculariam publicidade

subsidiariamente à prestação dos serviços de telecomunicações propriamente ditos.

Surge, agora, na Espanha – entre outros países – um movimento no sentido de eliminar as Cabines

Telefônicas; não, necessariamente, todos os Telefones Públicos! E, por incrível que possa parecer,

tal movimento é liderado pelo Órgão Regulador espanhol.

Sem entrar no mérito da questão, o BS reproduz reportagem do El País na qual são apresentadas

considerações sobre o assunto as quais, também, são estendidas ao tema dos Catálogos

Telefônicos. Espera-se, com isto, contribuir para as discussões em andamento, considerando que o

item Telefones Públicos é um dos mais importantes no contexto geral, pois trata-se de um dos

elementos fundamentais das ações de Universalização dos Serviços desenvolvidas em todo o País.

Com a referência adicional que, em algumas localidades, o Telefone Público – por mais anacrônico

que possa parecer – ainda é a única forma de comunicação disponibilizada para as comunidades.

¿El fin de las cabinas telefónicas? La CNMC pide que desaparezcan

Un informe de Competencia aconseja que se eliminen del servicio universal por su bajo uso y

ante la generalización del móvil

Ramón Muñoz

Madrid 23 MAR 2016

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Las cabinas telefónicas fueron hasta poco el único medio de muchos ciudadanos para comunicarse,

sobre todo cuando salían de su casa o de su oficina o se iban de vacaciones. Pero la generalización de

la telefonía móvil y el alto coste de su mantenimiento han hecho que este icono del mobiliario urbano

se haya convertido en una reliquia inservible. Consciente de esta situación. La Comisión Nacional de

los Mercados y la Competencia (CNMC) ha remitido un informe al Ministerio de Industria Industria,

Energía y Turismo en el que le aconseja que revise la conveniencia de mantener la cabinas dentro de

las obligaciones del servicio universal de las telecomunicaciones, lo que, en la práctica, supone a pedir

su retirada.

En España quedan 25.820 cabinas telefónicas de las 100.000 que había en el año 2000, según las últimas

cifras correspondientes a 2015. En los últimos tres años la caída interanual ha sido del 40%. Son todas

deficitarias por su bajo uso, y el alto grado de vandalismo que hace muy costoso su mantenimiento.

El actual servicio universal garantiza que tiene que haber al menos un teléfono público de pago y uno

más por cada 3.000 habitantes, en cada localidad de 1.000 o más habitantes y una cabina en cada uno

de los municipios de menos de 1.000 habitantes en los que esté justificado en base a los criterios de

oferta mínima.

Como ninguna compañía quiere hacerse cargo de esa obligación al no ser rentable el servicio, tanto por

el mantenimiento como pro el vandalismo, el Ministerio de Industria designó a Telefónica (a través de

su filial TTP Cabitel) como el operador encargado de la prestación de teléfonos públicos desde 2012 a

2016. No obstante, el coste de ese servicio se reparte entre los tres principales operadores (Telefónica,

Vodafone y Orange). Si en 2012 el coste neto de las cabinas se situaba en 400.000 euros, en 2013 éste

ya superaba los 1,2 millones de euros.

Industria debe revisar antes de final de año las condiciones y los operadores que deben hacerse cargo

del servicio universal de telecomunicaciones. Y todo apunta a que finalmente relajara la norma de

instalación de cabinas salvo en casos excepcionales (municipios muy pequeños o de difícil acceso), de

forma que los teléfonos públicos ya no se incluirán dentro de las obligaciones del servicio universal.

El 88% nunca las usa

La CNMC argumenta en su informe que en España, el número de cabinas se ha reducido notablemente

y la demanda de este servicio es cada vez menor. El 88% de los consultados responden que nunca han

utilizado las cabinas (Eurobarómetro 2014), lo que sitúa a España al nivel de la media europea. Y

recuerda que Francia decidió recientemente excluir las cabinas del servicio universal, lo que permitirá

a Orange empezar a desinstalarlas. Muchos países como Estonia, Repúblicas Checa o Finlandia hace

mucho que las retiraron.

Competencia también aclara que un 81% de los ciudadanos que respondieron a la consulta pública de

la Comisión Europea sobre la reforma de la normativa de telecos están en desacuerdo o muy en

desacuerdo con mantener las cabinas dentro del servicio universal.

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La guía telefónica, también herida de muerte

El mismo camino pueden llevar las guías telefónicas, también incluidas ahora en el servicio universal .

Según el mismo, todos los abonados al servicio telefónico fijo o móvil tienen derecho a figurar en la

guía de números de abonados y a recibir un ejemplar del tomo de la misma correspondiente a su zona

geográfica. El derecho a figurar en la guía se ejerce a través del operador que presta el servicio

telefónico (también el derecho a no figurar), mientras que el derecho a recibir la guía lo garantiza

Telefónica de España en su condición de operador designado a tal efecto en el marco del servicio

universal. Desde 2014, las guías de abonado en papel sólo se envían bajo petición, aunque están

disponibles en la web..

La CNMC en su informe indica que el 52% de los españoles no ha usado nunca guías de abonado en

papel y nadie afirma usarla más de una vez al mes (Eurobarómetro 2010). Por su parte, un 52% de los

españoles no ha usado nunca guías de abonado en papel y nadie afirma usarla más de una vez al mes

(Eurobarómetro 2010). por eso,como en el caso de las cabinas aconseja que sean retiradas de las

obligaciones del servicio universal.

No obstante, la CNMC considera necesario mantener la conectividad de banda ancha a 1 megabit por

segundo (Mbps) dentro del servicio universal. Pasra ello, argumenta que 445.199 líneas en España no

tienen aún cobertura de banda ancha a esta velocidad (el 2,5% del total de accesos fijos). Los niveles

de cobertura de banda ancha a 1 Mbit/s oscilan entre el 99% de la Comunidad de Madrid y Melilla y el

94 % de Galicia y Castilla y León.

“Reclamaço” contra o estabelecimento de franquia de dados

O Radar on line, do Site da Veja, publicou Nota informando que o Site “ReclameAQUI” promoverá

um “Reclamaço” contra a Anatel, no dia 27/04, de forma que os consumidores possam encaminhar

suas reclamações contra a medida de impor limites de utilização de dados (franquia) nos Planos do

SMC, a partir do próximo ano.

A medida dá uma ideia da polarização estabelecida com a decisão das Prestadoras em adotarem

esta alternativa nos seus Planos de Prestação do Serviço. O BS comentará este tema em outro item

deste COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA.

Segue, abaixo, o texto integral da Nota mencionada.

Site fará ‘reclamaço’ contra Anatel por limite de Internet Por: Natalia Viri 15/04/2016

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Força-tarefa contra nova política das teles

O site ReclameAQUI promoverá um “reclamaço” contra a Anatel no dia 27 para que os

consumidores possam enviar suas queixas em relação o limite de franquia dos planos de Internet

que passará a vigorar a partir do próximo ano.

As reclamações enviadas nesse dia serão diretamente encaminhadas para avaliação do órgão

regulador, que hoje concentra 9,3 mil reclamações no site, envolvendo os mais diversos assuntos.

Relativamente à banda larga fixa, as queixas ainda são poucas, apenas 740.

Pela regra anterior, o consumidor pagava um valor fixo por mês, e podia navegar à vontade com

uma velocidade pré-determinada. Agora, a proposta das operadoras é estabelecer um limite para

isso.

Banda Larga Ilimitada - Palavras e medidas... corretas e sensatas

Teve grande repercussão na mídia o rápido posicionamento da Anatel em relação à questão do fim

do consumo ilimitado de dados como regra básica dos planos de prestação de serviços de acesso à

Internet. Esta medida havia sido adotada pelas Prestadoras de Serviços e questionada pelos Órgãos

de Defesa do Consumidor, de modo geral, alegando, principalmente, supostos direitos adquiridos

pelos clientes.

Ainda que se compreenda o desejo dos usuários em relação ao não estabelecimento de limites, tal

proposta é técnica e economicamente inviável. E, também, injusta: na verdade, em tal regra os que

utilizam menos acabam por pagar pelos que utilizam mais. É inexorável a regra de quem usa ou

consome mais deve pagar mais; isto, em qualquer circunstância da vida em sociedade. Até, como

uma forma de controle da disponibilidade e preservação de qualquer produto ou serviço que no

mundo real envolve limitações e em algumas circunstâncias escassez.

A ação da Anatel e a sensibilidade manifestada para relacionar as consequências do uso ilimitado

com a decisão de realizar investimentos por parte das Empresas, mesmo correndo o risco de

desagradar os consumidores – que mais conscientemente, certamente, entenderão o

posicionamento - são atitudes do Poder Público que ainda dão o conforto de que há seriedade na

condução dos assuntos por parte desse Poder. Infelizmente, sujeita a exemplos inaceitáveis em

casos isolados de grande repercussão social.

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Entre as diversas manifestações na imprensa, especializada ou não, o BS encontrou na reportagem

da Veja online aquela que, no seu entender, repercute adequadamente o sentido que está se

procurando dar ao tema. E, por esta razão, tal reportagem é reproduzida na sequência.

Anatel sinaliza fim da era da internet ilimitada no Brasil

Nas palavras do presidente da agência, João Rezende, "não podemos trabalhar com a noção

de que o usuário terá um serviço ilimitado sem custo"

Veja online

18/04/2016 às 20:03

João Rezende, presidente da Anatel(ABr/VEJA)

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, explicou que a era da internet

ilimitada está chegando ao fim. Apesar de medida cautelar da agência publicada nesta segunda-feira ter proibido

por 90 dias as empresas de banda larga fixa de reduzirem a velocidade da conexão ou cortarem o acesso,

Rezende afirmou que a oferta de serviços deve ser "aderente à realidade".

"Não podemos trabalhar com a noção de que o usuário terá um serviço ilimitado sem custo", afirmou

Rezende. "Para nem todos os modelos cabe ilimitação total do serviço. Não vai haver rede suficiente para

tudo."

O presidente da Anatel reconheceu, porém, que a culpa, nesse caso, é das empresas, que "deseducaram" o

cliente. "Acho que as empresas, ao longo do tempo, deseducaram os consumidores com essa questão da

propaganda de serviço ilimitado, infinito. Isso acabou, de alguma maneira, desacostumando o usuário. Foi

má educação", constatou.

Para Rezende, é importante que a Anatel dê garantias para que não haja um desestímulo aos investimentos

pelas companhias nas redes. "Acreditamos que isso é um pilar importante do sistema. É importante ter

garantias para que não haja desestímulo ao investimento. Não podemos imaginar um serviço ilimitado."

Consumo - Uma das principais obrigações a que as empresas terão que atender, conforme determinação da

Anatel, é criar ferramentas que possibilitem ao usuário acompanhar seu consumo para que ele saiba, de

antemão, se sua franquia está próxima do fim. Se a opção for criar um portal, o cliente poderá ver seu perfil

e histórico de consumo, para saber que tipo de pacote é mais adequado.

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Além disso, as empresas terão que notificar o consumidor quando estiver próximo do esgotamento de sua

franquia e informar todos os pacotes disponíveis para o cliente, com previsão de velocidade de conexão e

franquia de dados.

Uma vez que a Anatel apure o cumprimento dessas determinações, em 90 dias, as empresas poderão reduzir a

velocidade da internet e até cortar o serviço se o limite da franquia for atingido. Para não ter o sinal cortado ou a

velocidade reduzida, o usuário poderá, se desejar, comprar pacotes adicionais de franquia.

"Acreditamos que as empresas falharam e estão falhando na comunicação com o usuário", afirmou

Rezende. "Também acho absurdo suspender serviço sem avisar o usuário", acrescentou.

Rezende disse não ver relação entre a mudança na postura das empresas e a queda de assinantes de TV por

assinatura. Entre agosto de 2015 e fevereiro de 2016, as empresas perderam quase 700.000 clientes, de acordo

com a base de dados da própria Anatel. Ao mesmo tempo, a Netflix, serviço de vídeo por streaming, já contava

com 2,2 milhões de assinantes no início do ano passado. "Neste momento, não vejo essa concorrência", declarou

Rezende.

Rezende disse que as empresas que quiserem continuar a oferecer pacotes de internet ilimitada poderão fazê-lo.

Segundo ele, esse erro também já foi cometido pelas operadoras quando ofereciam pacotes ilimitados de voz.

"Quem quiser oferecer pacote ilimitado vai ver até onde vai suportar esse modelo de negócios", afirmou.

"Acho que as empresas tiveram um erro estratégico lá atrás de não perceber que qualquer mudança, como

serviço ilimitado de dados, levaria a um momento em que seria preciso corrigir a rota, sob risco de queda

de investimentos."

Ao comparar o uso da internet com o consumo de energia elétrica, a superintendente de relações com

consumidores da Anatel, Elisa Leonel, disse que o modelo de franquias é opcional, mas ressaltou que alguns

consumidores poderiam se surpreender com a conta no fim do mês se o modelo fosse de consumo aberto.

"As empresas poderiam deixar o cliente consumindo megabytes o mês todo e mandar a conta, mas, como o

consumidor não está habituado a isso, pode levar um susto no final do mês", afirmou Elisa. "A franquia garante

o controle do seu uso, mas ele não é obrigatório. É para o bem dele."

O secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Max Martinhão, disse que a medida chega

para dar equilíbrio e segurança ao consumidor. "As coisas estavam acontecendo de forma muito desordenada",

afirmou. "A medida traz tranquilidade nesse momento."

O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), que

representa as principais empresas do setor, informou que não iria se pronunciar sobre a cautelar, porque cada

empresa tem um posicionamento sobre a questão.

O Set-Top Box Universal

Conforme comentado em BS anterior (BS 08/16 “REGULAÇÃO DO SET-TOP BOX DA FCC NÃO SERIA

PROBLEMA...NOS US”) , a FCC estabeleceu uma política de Set-Top Box único como interface para os

Sistemas de TV dos US: interface aérea e via Cabo. A motivação da “universalização” deste

dispositivo é diminuir os custos para as famílias usuárias dos serviços que, segundo levantamentos

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feitos por diferentes Entidades, gastam na casa de $1 mil dólares por ano alugando estes

dispositivos das Operadoras.

A iniciativa, como não poderia deixar de acontecer, rendeu inúmeras divergências no mercado e se

refletiu no mundo político. A questão, chegou a envolver o Presidente Obama que deu seu respaldo

à posição de Tom Wheeler – Presidente da FCC e ex-Assessor de Obama na Casa Branca – no sentido

de reforçar o lobby sobre o assunto.

Isto significa que as Operadoras de serviços de vídeo – por exemplo a Comcast nos US e a NET no

Brasil – deverão abrir seus sistemas de modo que qualquer Empresa possa fabricar dispositivos de

interface compatíveis com os seus Sistemas.

O BS traz à tona novamente a questão na perspectiva que, inevitavelmente, a mesma chegará ao

Brasil em algum momento. Um fato relevante, considerando as discussões travadas no âmbito do

GIRED em relação ao fornecimento das “caixinhas” no contexto do processo de digitalização da TV

Aberta no País que, inevitavelmente, também se reflete no mercado de TV por Assinatura. E, um

fato que terá impacto sobre a política de inserção do midleware Ginga nestes aparelhos, no Brasil.

TIM BRASIL muda a logomarca

Conforme foi comentado anteriormente pelo BOLETIM SEMANAL (BS Nº 01/16 “Telecom Italia lança

um novo logo”) a TIM (Telecom Italia) mudou a identidade visual de sua marca na Itália e, esperava-

se que isso viesse a ocorrer também no Brasil.

A mudança no País foi anunciada pelo Presidente da Empresa no Brasil, Rodrigo Abreu, em evento

realizado em S. Paulo. Agora a mensagem de trabalho é “Evoluir é fazer a diferença” substituiu a

antiga “TIM, você sem fronteiras”.

O novo logotipo é reproduzido no presente comentário. A peça institucional de lançamento pode

ser acessada aqui.

O BS lembra que, recentemente, a Oi também introduziu mudanças no seu logo para tentar – da

mesma forma pretendida pela TIM – um reposicionamento junto ao mercado tentando se

aproximar mais dos consumidores com uma imagem mais atual que reflita mudanças de evolução,

mas, ao mesmo tempo, tentando fidelizar os clientes existentes.

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No caso da TIM, segundo as palavras do Presidente, procura-se que os clientes vejam a Empresa de

forma diferenciada, principalmente, em relação aos aspectos de qualidade de serviço. Não somente

em relação às suas concorrentes, mas, também em relação à imagem que ela refletia no passado.

Resultados do 4T15 da Oi

A Oi divulgou os resultados do 4T15 com os quais praticamente consolidou seus números do

Exercício de 2015. Devido à particular situação da Empresa o BS reproduz abaixo uma síntese de tais

números conforme publicado no Site da Companhia.

Nesta oportunidade, não serão feitos comentários específicos pelo BS que poderão ocorrer na

medida em que sejam divulgadas novas considerações em relação aos Planos da Companhia para

os próximos anos.

O BS reproduz alguns pontos que são mais sensíveis em discussões públicas que envolvem a Oi em

termos regulatórios como é o caso dos TAC e do Novo Modelo de Prestação de Serviços de

Telecomunicações.

Resultados do 4T15 –Ambiente Regulatório

•Mecanismo que provê a oportunidade de melhorar a qualidade do serviço alcançando compliance

regulatória

–TAC implica em investimentos da Oi para o ajustamento da conduta, habilitando a troca de multas

por projetos e/ou benefícios a clientes

•O TAC referente à Qualidade e Universalização está na reta final para aprovação do Conselho

Diretor da Anatel

–Após a aprovação, a proposta será enviada para apreciação do TCU. Se não houver ajustes, a

Anatel e a Oi terão até 30 dias para celebração

–Outros TACs (ex. Consumidor) virão em seguida após avaliação das demais áreas técnicas da

Anatel

•Grupo de Trabalho do MiniCom está prestes a lançar suas conclusões sobre novo marco

regulatório: regime de telefonia fixa, programa de banda larga, reversibilidade de bens, etc.

•Voto recente no Conselho Diretor da ANATEL sobre Concessão e PGMU, com recomendação de

conversão para regime de autorização em grande parte da área STFC Oi

–Pendente revisão de outros conselheiros –a ser discutido e votado nos próximos conselhos

–Oi espera que as reduções das obrigações do STFC possam ter impacto imediato

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•Importante que o programa de expansão da banda larga a ser publicado pelo governo seja factível

e coerente com as necessidades do mercado

Ambos os temas com prazo esperado de definição até final do primeiro semestre de 2016

Informações mais detalhadas podem ser obtidas pelo link ri.oi.com.br clicando no quadro

Apresentação 4T15.

Divulgação de Resultados do 4º Trimestre de 2015

RESULTADOS DO 4T15 EM LINHA PARA ENTREGAR GUIDANCE DE 2016

Principais Destaques:

Oi encerra 2015 com EBITDA de rotina em R$ 7.230 milhões e Fluxo de Caixa Operacional (FCO)

em R$ 3.182 milhões (+R$1.644 milhões vs. 2014) para as operações brasileiras, entregando um

resultado acima do ponto médio do intervalo do guidance para o ano, que era de EBITDA de rotina

entre R$ 7,0 e 7,4 bilhões e melhoria no FCO entre R$ 1,2 e 1,8 bilhão no Brasil. O atingimento do

guidance em meio a um cenário macroeconômico desfavorável, com uma queda no PIB nacional de

3,8% e uma inflação anual de 10,7%, reforça o compromisso e o sucesso da Companhia na execução

do processo de transformação do negócio, com foco na qualidade e rentabilidade da base, eficiência

operacional e rígido controle de custos, otimização de infraestrutura e na retomada comercial com

lançamento de novo portfólio de ofertas.

No 4T15, o EBITDA de rotina das operações brasileiras atingiu R$ 1.745 milhões, um aumento

3,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, como resultado dos esforços de rentabilização

da base de clientes e do foco contínuo em eficiência de custos, que apresentou redução de 11,0%

em relação ao 4T14. No consolidado do ano, o Opex de rotina apresentou queda de 8,5%, uma

redução real de mais de 17%, considerando o efeito da inflação em 2015.

O Capex das operações brasileiras foi de R$ 1.072 milhões no 4T15 (+1,6% em relação ao 4T14),

sendo 90,1% deste total direcionado à rede. Em 2015, o Capex atingiu R$ 4.048 milhões nas

operações do Brasil, 20,2% menor que o ano anterior. Em 2015 a companhia focou na otimização

da alocação de investimento através de diversas iniciativas como renegociações contratuais,

compartilhamento de rede e projetos estruturantes para a modernização de infraestrutura com

tecnologias que aumentam a eficiência da rede, gerando maior capacidade de tráfego com um menor

custo por minuto de voz e por Mbps de dados. A execução destes projetos possibilitou que a

Companhia apresentasse significativo aumento de tráfego na sua rede, sobretudo de dados, ao

mesmo tempo em que reduziu o congestionamento e apresentou melhoria consistente nas métricas

de qualidade de rede. Este esforço está alinhado à estratégia de priorizar a melhoria da qualidade de

experiência dos seus clientes.

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O FCO (EBITDA de rotina menos Capex) das operações brasileiras foi de R$ 673 milhões no

trimestre, um aumento de 6,2% em relação ao 4T14, em função do aumento do EBITDA de rotina

e da eficiência na alocação dos investimentos.

A Receita líquida de clientes do Brasil (excluindo venda de aparelhos e uso de rede) alcançou

R$6.078 milhões no trimestre (-2,4% versus 4T14), refletindo a deterioração do cenário macro,

parcialmente compensado pelo crescimento das receitas de TV paga e dados móveis, e o aumento

do ARPU. Em 2015, a receita líquida de clientes totalizou R$ 24.478 milhões, praticamente estável

em relação ao ano anterior.

No segmento de Mobilidade Pessoal, a receita líquida de clientes, que exclui venda de aparelhos e

receita de VU-M, atingiu R$ 1.830 milhões no trimestre, um crescimento de 1,2% na comparação

anual, impulsionado pelo crescimento de 34,8% na receita de dados (incluindo SVA). A receita

líquida de clientes do segmento totalizou em 2015 R$ 7.166 milhões, registrando um sólido aumento

de 5,3% versus 2014. Essa performance foi explicada pelo aumento de 47,6% na receita de dados

no ano, o maior crescimento de dados no setor em 2015. O mix de dados sobre a receita de serviços

atingiu 37,1% no ano, um aumento de 12 p.p. nos últimos doze meses, também a melhor evolução

do mercado em 2015.

Os novos planos da Mobilidade Pessoal vêm apresentando resultados promissores como o aumento

médio de 17% nas recargas de clientes que migraram para o Oi Livre por semana e o aumento de

15% e 30% nas vendas dos planos pós-pago e Controle, respectivamente. A oferta Oi Livre, por

exemplo, já atingiu mais de 10 milhões de clientes em janeiro, 26% da base total do pré-pago, em

apenas 3 meses do seu lançamento.

No segmento Residencial, o ARPU, que atingiu R$ 79,6 neste trimestre (+5,8% na comparação

anual), continua apresentando melhora em todos os produtos, como resultado do foco da Companhia

em rentabilização de sua base de clientes. A receita líquida do segmento alcançou R$ 2.392 milhões,

-3,3% em relação ao 4T14 devido à queda das tarifas fixo-móvel (VC) e da menor base de clientes

de telefonia fixa, parcialmente compensado pelo crescimento da receita de TV paga. Impulsionado

pelos lançamentos do VDSL e do Oi Play, e com um modelo all-net, a oferta Oi Total, que combina

os 4 serviços oferecidos pela Companhia (telefonia fixa, banda larga, TV e mobilidade), vem

apresentando resultados preliminares que indicam crescimento de vendas nos 14 estados do país em

que já foi lançado.

A receita líquida do segmento Corporativo / PMEs alcançou R$ 1.984 milhões no 4T15, uma queda

anual de 4,8%, impactada, principalmente, pelo ambiente macroeconômico. Para o segmento de

PMEs, foi lançado o plano Oi Mais Empresas, com um modelo inovador de cobrança a partir de

tarifas flat fee, tornando-o mais fácil de entender, comprar e utilizar. Paralelamente, a Oi lançou o

aplicativo Oi Mais Empresas, que possibilita um atendimento ao cliente PME totalmente digital sem

necessidades de ligar a um 0800. O lançamento deste aplicativo é um dos primeiros passos para a

digitalização dos negócios da Oi, um dos pilares do plano de transformação da Companhia.

A dívida bruta encerrou o ano em R$ 54.981 milhões, sendo 70.3% composto por captação em

mercado de capitais internacional e o restante composto por mercado de capitais local, bancos de

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desenvolvimento nacionais e internacionais (ECAs) e bancos comerciais. A posição de caixa da

Companhia em 31 de dezembro de 2015 registrou R$ 16.826 milhões e a dívida líquida totalizou

R$ 38.155 milhões ao fim do ano (+2,5% versus 3T15), impactada pelo resultado financeiro,

parcialmente compensado no trimestre pelo efeito contábil positivo de R$ 739 milhões relacionado

à marcação a mercado de derivativos e pelo caixa gerado pelas operações no Brasil de R$ 174

milhões.

A Oi registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 4,5 bilhões no 4T15 e de R$ 5,3 bilhões em 2015.

Este resultado foi impactado principalmente por 3 ajustes contábeis (sem efeito caixa), no montante

total de R$ 3,1 bilhões, todos ligados a impairment de ativos registrados no balanço: (i) ajuste de

impairment com uma perda de R$ 89 milhões sobre o valor justo da participação da Oi nos

investimentos controlados na África, que impactou a linha de lucro operacional; (ii) ajuste de

impairment com uma perda de R$ 1.582 milhões sobre o valor justo da participação da Oi nos

investimentos não controlados em África, incluindo aqui a Unitel, que impactou a linha de resultado

financeiro; e (iii) provisões para perdas de IR Diferido, no montante de R$ 1.392 milhões, para as

empresas que não apresentaram expectativa de geração de lucros tributáveis futuros suficientes para

compensar os créditos tributários. O prejuízo líquido pro-forma das operações continuadas,

excluindo os efeitos destes ajustes contábeis (não caixa), teria sido da ordem de R$ 1,5 bilhões no

4T15 e de R$ 3,4 bilhões em 2015, explicado basicamente pelas despesas financeiras, cuja variação

em relação ao mesmo período do ano anterior resulta da deterioração das condições dos mercados

financeiros no Brasil, com impacto significativo no aumento das taxas de juros.

Novo CEO da Telecom Italia

Conforme comentado em BS anterior foi confirmada a indicação de Flavio Cattaneo como novo CEO

da Telecom Italia. Ele era um dos dois nomes sobre os quais circulavam rumores de mercado em

relação à possibilidade de indicação para ocupar o cargo.

Cattaneo contou com o apoio dos mais influentes acionistas da Companhia, ou seja, a Vivendi e o

Mediobanca. Ele já atuava como Diretor Independente da Companhia desde 2014. Então, dispõe de

informações e conhecimentos suficientes para dar continuidade aos projetos de interesse da TIM,

tanto na Itália quanto no Brasil; os seus principais e, praticamente, únicos mercados de atuação.

Foi mantido na administração da Companhia Giuseppe Recchi, no cargo de Chairman-Executivo e

Membro do Conselho de Administração. Recchi ocupou interinamente a Presidência da Empresa

com a saída de Marco Patuano.

Obviamente, não há como deixar de considerar que a saída de Patuano e a entrada de Cattaneo

estão relacionadas com os novos rumos que os acionistas pretendem dar à Companhia, agora sob

o efetivo controle e influência da Vivendi.

É de conhecimento geral que o foco da Vivendi não é a Prestação de Serviços de Telecomunicações

e sim o de Serviços de Mídia. Portanto, não deve ser desprezada a possibilidade de a subsidiária

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brasileira ser negociada como, aliás, já ocorreu com a venda da GVT - por ela controlada no Brasil-

para a Telefônica Vivo.

Diga-se de passagem, neste caso, com a concretização de um negócio que teve excelentes

resultados para a Vivendi, inclusive o fato de abrir o caminho para ampliar sua participação na TIM,

até os níveis atuais e lhe proporcionar oportunidades de novo negócio da mesma forma em

condições vantajosas.

Estas últimas considerações levam a um alerta do mercado em relação ao que pode acontecer com

a TIM Brasil. O momento não é propício para grandes negócios devido ao quadro turvo do País, em

termos políticos e econômicos que, inclusive, se reflete no ambiente regulatório do Setor. Como

uma das quatro grandes Operadoras, qualquer movimento no qual esteja envolvida terá

repercussões importantes no cenário da prestação de serviços de telecomunicações de interesse

coletivo do País.

Este ponto tem sido reiteradamente colocado pelo BS em edições anteriores. Em alguns momentos,

especulou-se bastante sobre a possibilidade de uma “junção” da TIM Brasil com a Oi, sempre com

a indefinição de quem seria o agente ativo da eventual operação. As mudanças societárias na TIM

e na Oi, bem como a substituição de seus principais executivos, acabou por relegar a um segundo

plano – senão a uma impossibilidade – tal opção.

Mudanças no Comando das Companhias…Também na Telefónica

Conforme mencionado no ítem “Novo CEO da Telecom Italia” do COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA

deste BS Nº 10/16, ocorreram mudanças no Comando da Empresa italiana. Por coincidência,

aconteceu algo semelhante na Telefónica. Ainda que por razões diferentes.

No caso da Empresa espanhola já se aguardava há algum tempo a saída de César Alierta. Desde

julho de 2000 ele havia assumido a presidência donde se conclui que ele liderou os negócios da

companhia por praticamente 16 anos. Sem dúvida, um tempo expressivo em um mercado de

mudanças intensas. Anteriormente, ele fazia parte do Conselho de Administração o que amplia o

período de tempo em que teve envolvimentos com a Telefónica.

Está sendo substituído por José Maria Álvarez-Pallete, por indicação do próprio Alierta. Pallete

ocupou cargos executivos na Companhia por cerca de 17 anos. Foi Diretor Geral de Finanças,

Presidente da Telefónica Latinoamérica, Presidente da Telefónica Europa, até galgar o mais elevado

cargo: o de Presidente Executivo! Portanto, também não é um “neófito” no âmbito corporativo da

Companhia.

Pallete já está implementando seu “estilo pessoal” na Administração. Conseguiu indicar os

substitutos de 4 Conselheiros ligados a Alierta que como ele, também, deixaram a Companhia.

Desta forma, segundo as informações correntes, Pallete pretende que o Conselho de Administração

tenha um perfil mais técnico e internacionalizado. Isto pode ser facilmente constatado a partir de

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dois nomes indicados: Ignacio Cirac, físico do Instituto Max Planck de Múnich e Peter Losher, ex-

Presidente da Siemens.

O BS registra o fato pautado pelas repercussões que as mudanças no alto comando de Madrid

podem ter em relação à Telefônica Vivo, em S. Paulo. Não se esperam grandes alterações no curto

prazo; mas, elas podem ocorrer a médio prazo. A Telefônica Vivo representa a principal operação

da Telefónica fora da Espanha. Tem uma influência muito grande no valor e nos resultados da

Organização como um todo. E, há o fato importante de que Pallete conhece bem a Companhia e o

ambiente operacional em que atua em função de sua passagem pela Telefónica Latinoamérica.

A situação econômica do País, certamente, obrigará a alguns ajustes na estrutura operacional das

operações no Brasil. Mas, pode-se imaginar, em função do perfil mais técnico antes mencionado,

que a Telefônica Vivo pode liderar, no Brasil, o processo de mudanças que se vislumbram na

prestação dos serviços de telecomunicações no futuro imediato e de mais longo alcance.

Também, há a expectativa do posicionamento da Companhia em relação aos movimentos que

ocorrem no sentido de se introduzir um Novo Modelo de prestação de serviços de telecomunicações

no País, conforme comentado em outros itens do BS. Nunca é demais lembrar que a Telefónica Vivo

é uma das Concessionárias do STFC com importante presença num dos maiores mercados do País

(Estado de S. Paulo).

Assim, é interessante verificar os passos e os rumos da Telefônica Vivo no futuro imediato em razão

das mudanças na Espanha. Também não é demasiado registrar que a liderança da Companhia no

País está sendo ocupada por Executivos da GVT, que foi incorporada pela Vivo (inclusive na marca

– a GVT deixou de existir no Brasil). Até que ponto continuará havendo convergência das posições

entre uma administração de reconhecido sucesso (GVT), mas relativamente distante da “cultura

espanhola” de administrar – agora com uma nova roupagem – é uma questão que somente o tempo

responderá.

Espera-se, quaisquer que sejam os desdobramentos – se os houver – que as consequências para a

Telefônica Vivo seja as melhores possíveis, refletindo-se na crescente confiança no mercado

brasileiro e na ampliação dos investimentos no País.

American Tower faz significativos investimentos...na Índia

A American Tower continua investindo na infraestrutura de telecomunicações da Índia.

Recentemente, após uma reunião do CEO da AT com o Ministro das Comunicações daquele país, foi

anunciado que serão aplicados adicionalmente da ordem de $2 bilhões.

Cabe registrar que em novembro passado a AT adquiriu o controle da Viom Networks, uma empresa

de infraestrutura – que detinha cerca de 42.000 torres. Com isto, ela passou a contar com

aproximadamente 56.000 torres na Índia, pois, já detinha 14.000 anteriormente.

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Não foi especificamente anunciado em que infraestrutura os $2 bilhões serão aplicados.

Provavelmente, serão adquiridas ou construídas novas torres e ampliada a participação na Viom.

Mas, não está descartada que tais investimentos ocorram em novos itens de infraestrutura.

O BS manifesta forte interesse para que se criem condições de forma que a American Tower – mas,

não somente ela, também, as demais Empresas que atuam no mercado brasileiro de infraestrutura

– sinta um ambiente de segurança econômica e institucional no País que, a exemplo da Índia, abra

perspectivas de ampliação dos seus investimentos no Brasil.

Telefônica Brasil vende torres para Subsidiária

O BS havia informado em edição anterior que a Telefónica criou uma Subsidiária com foco na

administração da infraestrutura de torres e de outros itens das redes de telecomunicações. Na

oportunidade, foi feita referência a que tal movimento seguia uma tendência de outras Operadoras

criarem tal tipo de subsidiária (TIM, América Movil, Sprint, entre outras).

Foi divulgada uma Comunicação à CVM dando conta que 1.655 torres da Vivo, no Brasil, foram

vendidas à Towerco Latam, por $214 milhões. A Towerco Latam é uma companhia controlada

indiretamente pela Telefónica através de sua unidade global de infraestrutura “Telxius!

Idêntico procedimento ocorreu no Perú, onde 900 torres foram transferidas por um valor não

informado no noticiário.

No Comunicado é mencionado que: “A transação assegura a continuidade da prestação do Serviço

Móvel Pessoal (SMP), pois ela inclui o leasing de espaço nestas infraestruturas por meio de um

contrato de longo prazo e estabelece condições para a expansão do espaço que pode ser alugado”.

É interessante ficar atento a estes movimentos por se tratar de uma tendência generalizada das

Prestadoras, pelo menos as maiores. Ainda que haja a obrigação de locação de espaço para

quaisquer interessados sempre ficam possíveis indagações a respeito de alguma forma de

“preferência” com outras Empresas do mesmo âmbito de Controle.

Uma das consequências, parece ser a inevitável tendência a que estas Empresas Subsidiária estejam

sujeitas a alguma forma de regulamentação por parte da Agência Reguladora da Prestação dos

Serviços, além, naturalmente, da Agência responsável pela regulamentação de ordem

concorrencial.

A FCC vai direto aos usuários

Vem dos US a notícia de que a “Comissária da FCC Mignon Clyburn”, representante do Partido

Democrata - por isso, identificada como “Comissária Democrata” - planeja começar uma “Tour

Nacional” durante os próximos meses para manter contatos diretos com as pessoas, de modo a

levantar os desafios a serem superados visando levar o serviço telefônico e a Internet a todas as

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regiões do País, com preços módicos e uma forte oferta. Claramente, é uma atividade identificada

com a universalização dos serviços de telecomunicações.

Está prevista a visita a uma série de áreas e comunidades, nas quais manterá contatos com

responsáveis por: serviços de assistência à saúde, escolas públicas, empresas startups, cadeias e

prisões, territórios indígenas, Call Centers do 911, entre outras entidades similares.

A notícia não permite deduzir tratar-se de uma iniciativa de caráter pessoal da Comissária, ou, se

estaria a serviço da Agência Reguladora em uma missão para auscultar diretamente os usuários, ou

potenciais usuários dos serviços.

O BS registra este fato por entender que se trata de uma iniciativa interessante, principalmente se

não tiver um caráter político devido à associação partidária da Comissária. No Brasil, uma atividade

desta natureza, desenvolvida por um Conselheiro da Anatel, provavelmente seria vista com muitas

reservas se é que ela seria possível de ser executada, em razão da forma como as Agências

Reguladoras desenvolvem suas atividades no País.

De certa forma, seria uma forma de ouvir diretamente os usuários fora dos gabinetes da Agência

em outros fóruns além do “Comité de Usuários”. Deve-se reconhecer, que este Comitê não

preenche plenamente as funções para as quais foi concebido, teoricamente muito bem formuladas,

mas que, na prática, não têm alcançado os esperados resultados.

Ampliado prazo do “simulcasting”

Foi publicada no DOU de 1 de abril de 2016, a Portaria nº 1273/16, do Ministério das Comunicações,

por meio da qual é ampliado o período de transmissão simultâneas (simulcasting) das emissoras

AM que devem migrar para o espectro de FM. O prazo foi ampliado de 60 para 180 dias, o que

significa que a devolução da frequência AM ganhou 120 dias adicionais para se concretizar.

O Ministro André Figueiredo atendeu a uma solicitação da Abert e de outras Associações do

ambiente da Radiodifusão que, alegando dificuldades diversas, manifestaram não ser factível para

todas as Emissoras envolvidas cumprir o prazo originalmente estabelecido.

Cabe registrar que a migração foi estabelecida pela Decreto 8.139/2013. O processo, de certa forma,

está emperrado em razão dos custos da migração que são considerados elevados. Aparentemente,

a ABERT alega que a sistemática de cálculo dos custos da migração pelos aspectos da

radiofrequência não está adequada ao porte e ao potencial econômico das cidades nas quais o

processo está ocorrendo e desejam que seja feita uma revisão.

Pelo lado técnico não haveria quaisquer empecilhos para começar as operações em FM nas cidades

de menor porte onde deve haver espectro disponível. Nas regiões metropolitanas a situação estaria

mais limitada havendo a possibilidade de utilização da faixa estendida.

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Sinal Amarelo no UK – Venda da O2 tem restrições

A Comissão da Concorrência do Reino Unido impõe condições para que seja efetivada a venda da

O2 (Controlada pela Telefónica) para a Hutchison. A questão é que a Hutchison também controla a

Three e a referida entidade entende que haverá concentração de mercado.

O fato é parecido com algumas posibilidades que são levantadas de vez em quando no Brasil quando

se considera a possibilidade de uma fusão entre duas das quatro grandes Operadoras do SMP no

País.

Sem entrar no mérito da questão, o BS reproduz reportagem do El País, em que a questão da O2 é

abordada com mais detalhes.

El País Ramón Muñoz Madrid 11 ABR 2016

La Autoridad de Competencia y Mercados (CMA, por sus siglas en inglés), la comisión de la

competencia del Reino Unido, ha pedido a la Comisión Europea que prohíba la venta de O2 por

Telefónica a Hutchison Whampoa, o impongan fuertes desinversiones al grupo resultante de la fusión

para la autorización de la misma.

El consejero delegado de la CMA, Alex Chisholm, en una carta remitida este lunes a las autoridades de

competencia comunitaria, considera que las medidas de desinversión de activos ofrecidas por Hutchison

para que se autorice la operación son claramente insuficientes, ya que no garantizan la creación de un

cuarto operador móvil en el país.

"La fusión podría dar lugar a un impedimento significativo para la efectiva competencia en los

mercados de telecomunicaciones móviles minoristas y mayoristas en el Reino Unido", señala la misiva

dirigida a la comisaria de Competencia europea Margrethe Vestager.

Telefónica y Hutchison Whampoa alcanzaron en marzo de 2015 un acuerdo definitivo para la venta de

O2 UK, la filial de la compañía española en el Reino Unido, al grupo inversor de Hong Kong por un

importe de 10.250 millones de libras esterlinas (aproximadamente 13.000 millones de euros al tipo de

cambio actual). El grupo resultante de la fusión de O2 con Three, el operador móvil de Hutchison,

creará el líder de la telefonía móvil en Reino Unido con una cuota del 40%, por delante de BT-EE y

Vodafone.

Para contrarrestar las preocupaciones regulatorias, Hutchison ofrece vender el 20% de su capacidad de

red en Reino Unido a Sky y el 10% a la filial de cable de Liberty Global (Virgin Media) durante diez

años, dijeron las fuentes bajo condición de anonimato el jueves.

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La CMA señala que esta propuesta de desinversión de Hutchison es "deficiente" y "está muy por debajo

de lo que sería requerido para cumplir la norma jurídica pertinente", ya que no dará lugar a la creación

de un cuarto operador de red móvil, capaz de competir de manera eficaz y en a largo plazo con los

restantes tres operadores de telefonía móvil, como pretende la Comisión.

Venta de activos

Por ello, Competencia, en una postura muy similar al regulador de telecomunicaciones Ofcom, pide

que Hutchison venda la totalidad de su red o la de O2 a un a un comprador que sea aprobado por la

Comisión Europea. La desinversión tendría que incluir la infraestructura de red móvil y el espectro

suficiente para asegurar un cuarto operador comercialmente viable en el Reino Unido. "En ausencia de

tales remedios estructurales, la única opción a disposición de la Comisión es la prohibición", concluye.

Está previsto que Bruselas se pronuncie el próximo 19 de mayo. La aprobación de la operación es muy

importante para los intereses de Telefónica, ya que le permite cumplir con sus compromisos de

reducción de deuda. Además, la operador ha supeditado el segundo pago en efectivo del dividendo de

este años (0,35 euros por acción) a que se complete la venta. De no ser así, el pago se hará en acciones.

Rechazo de Hutchison

Hutchison ha reaccionado duramente contra lo que considera una "filtración" interesada de CMA para

entorpecer una operación sobre la que no tiene competencia. El operador de Hong Kong asegura que la

venta de Three o de O2 a un nuevo operador móvil como pide el regulador para obtener la aprobación

de la fusión es una argumentación falaz porque no hay ninguna empresa en el mercado que quiera

adquirir dichos activos. “Además, socavaría toda la lógica económica de la fusión y supondría una

inferioridad en materia de espectro y de capacidad para la compañía resultante de la operación”, añade

en una nota.

Hutchison afirma que sus soluciones van mucho más allá de las aceptadas por la Comisión en los casos

de fusión de operadores móviles anteriores y recuerda sus compromisos con Sky, Virgin, Tesco y el

UK Boradband para cederles más del 40% de la capacidad de la red e impulsar la competencia en el

mercado móvil del Reino Unido.

Ainda o caso FBI x Apple e certas repercussões de ordem ética

O rumoroso caso FBI x Apple a respeito do desbloqueio do aparelho iPhone de um dos supostos

terroristas da ação de San Bernardino, em que morreram 14 pessoas, incluindo o próprio, ganhou

novos desdobramentos a partir da notícia de que o aparelho em questão foi desbloqueado sem a

ajuda da Apple, conforme estava sendo tentado pelo FBI, inclusive com a proposição de uma Ação

Judicial, em um Tribunal Federal americano, neste sentido.

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A novidade é que, inicialmente, foi divulgado – sem uma confirmação formal – que a “quebra do

código” do aparelho havia sido conseguida com a “colaboração” de uma Empresa israelense

chamada Cellebrite. A possibilidade era sustentada pelo reconhecimento de que o FBI se relaciona

usualmente com esta Empresa. Indiretamente, pode-se concluir que alguma coisa correu, pois, o

FBI retirou a Ação que havia impetrado contra a Apple sem divulgar o nome da “terceira-parte” que

o teria apoiado no objetivo perseguido.

Posteriormente, passou a ser comentado que o FBI teria contratado Hackers especializados para

fazer o desbloqueio. Esta possibilidade foi primeiramente divulgada por uma reportagem do

Washington Post, um jornal de grande credibilidade nos US.

Naturalmente, o caso continua tendo desdobramentos e repercussão intensa nos US. Certamente,

não em função do caso isolado deste iPhone, mas do precedente ou dos procedimentos que serão

estabelecidos em função da grande quantidade de casos pretéritos e de outros que surgirão e

determinarão a possibilidade de os Serviços de Segurança americanos terem ou não acesso ao

“conteúdo” dos iPhones, quando eles assim o desejarem ou necessitarem. Obviamente, isto é válido

para aparelhos e dispositivos fabricados por outras Companhias.

A questão de momento envolve diretamente a Apple – um ícone americano - que tem um histórico

de garantir a integridade das informações contidas nos seus aparelhos. Mas, também, tem reflexos

na posição de diversas Entidades do País que defendem os direitos individuais dos cidadãos e

consideram que este seria uma das possibilidades de infringência da Neutralidade da Rede.

O que aconteceu nos US pode ter reflexos nos Brasil, pois situações similares – não necessariamente

de fundo terrorista – poderão ocorrer. Então, é legítimo que as autoridades policiais, judiciárias, e,

a sociedade como um todo se preocupem e discutam o tema. O que não deixa de ser,

adicionalmente, preocupante é a possibilidade de ter que recorrer a uma possível ilegalidade –

contratação de Hackers, que, em princípio, desenvolvem atividades marginais – para resolver uma

questão de ordem legal.

Assim, um item adicional da discussão é a ética a ser empregada no encaminhamento de assuntos

que afetem a sociedade, utilizando métodos que ela de modo geral condena, nos processos para

solucionar questões que envolvem crimes, ou, mesmo, simples ilegalidades, dentro da ordem legal

instituída.

Cabo Submarino Brasil – Angola

Foi divulgada a notícia de que o JBIC – Japan Bank for International Corporation – liberou o

financiamento de um empréstimo de $65,8 milhões, para a construção do cabo submarino SACS –

South Atlantic Cable System – interligando o Brasil (Fortaleza) e Angola (Sangano), na África. Em

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circunstâncias desta natureza, uma Empresa japonesa é que se responsabilizará pelo projeto, no

caso a NEC. O Sumitomo Mitsui Banking Corporation (SMBC) também financiará uma parte do

projeto ($43,9 milhões) de forma que o investimento total será da ordem de $109,7 milhões.

Este projeto já vinha sendo maturado há vários anos. Em determinado momento, inclusive, estava

prevista a participação da Oi, da Telebras, ou, de ambas. Esta possibilidade ficou inviabilizada ao

longo do tempo devido aos conhecidos problemas de ambas as Empresas no segmento societário e

na disponibilidade de recursos para novos investimentos.

No caso, um dos interessados iniciais, a Angola Cables, aparentemente está assumindo a

integralidade dos recursos necessários com o suporte do Governo de Angola cujo Banco de

Desenvolvimento de Angola (BDA) será o receptor e garantidor dos empréstimos.

O novo cabo submarino é o primeiro a ser lançado no Atlântico Sul e, sem dúvida, terá uma

importância estratégica enorme para o sistema mundial de interligações continentais, pois, a partir

de Fortaleza, será possível fazer conexões para a Europa e América do Norte, seja diretamente, seja

como rotas alternativas de segurança. Assim, Fortaleza vai se consolidando como um importante

Hub internacional de conexões da Internet do futuro.

02. PROGRAMA NACIONAL DE BANDA LARGA – BLPT

O Programa Banda Larga para Todos não teve evolução em 2015 que possa ser destacada. As

perspectivas para os próximos anos não são animadoras haja visto que sequer constam recursos

significativos no PPA do período 2016 – 2019.

Anteriormente, haviam sido divulgados dados sobre o PPA conforme comentado na sequência. No

período mais recente, a novidade foi a divulgação da Portaria Nº 1.455, do Ministério das

Comunicações, comentada no item inicial do COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA, do BS Nº 10/16.

A expectativa é que resultaos concretos somente surjam no final de 2016 ou início de 2017 em

função do tempo sinalizado pela Anatel para se posicionar em relação às diretrizes da referida

Portaria.

PPA 2016 - 2019

O DOU de 11/01/16 publicou o Plano Plurianual para o período 2016 - 2019. Nele estão contidas

metas para o Setor de Telecomunicações. Surpreendentemente, há metas quantitativas para a

Banda Larga Móvel e não estão incluídas para a Rede Fixa (Banda Larga Fixa; Backbone; e Backhaul).

Para estes segmentos há apenas algumas metas de qualidade a serem perseguidas.

No caso da Banda Larga Móvel espera-se que ao final do período 90% dos usuários móveis (sem fio)

tenham a ela acesso. Isto pode caracterizar uma aposta do governo no sentido de que a Banda Larga

no País, principalmente, nas regiões do Interior seja provida pelas Redes Móveis e não pelas Fixas.

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Se este é o objetivo aumenta a necessidade de se acelerar a implantação das redes de 700 MHz bem

como da construção de Backbones e Backhauls. Ocorre que as perspectivas de momento apontam

de forma categórica em sentido contrário!

Também há metas relacionadas com a digitalização da TV; programas de inclusão digital em cidades

do Interior; incentivo à produção nacional de conteúdo; estações de rádio comunitárias; emissoras

educativas; incentivos ao desenvolvimento e produção de equipamentos e software nacionais; e

outros de menor relevância.

Assim, pode-se concluir que o crescimento da Banda Larga no País, no período do PPA, estará mais

condicionado às ações da iniciativa privada – portanto do mercado – do que, propriamente, por

ações diretas do governo. Na visão do BS, em princípio, este não será um grande problema desde

que sejam tomadas medidas para reativar a economia do País, criando-se mecanismos para sair da

crise em que se encontra no momento. As perspectivas de curto prazo neste sentido não são

animadoras.

Por outro lado, está contemplado o lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e

Comunicações Estratégicas; lançamento do cabo submarino Brasil – Europa; implantação da Rede

Privativa da Adminstração Pública Federal; e, realização de leilões reversos para a implantação de

redes de transporte ópticas capazes de atender aos Pequenos Provedores. Claramente, estes

projetos, estão relacionadas com atividades nas quais a Telebras estará envolvida. Uma outra

incógnita, pois são de conhecimento geral as dificuldades de ordem econômica e financeira pelas

quais pass a Empresa. Será um enorme desafio para a atual Diretoria conseguir equalizar este

aspecto com a real necessidade da implementação dos projetos em causa.

No campo da gestão do Setor de telecomunicações estão previstas diversas medidas que fazem

parte do Planejamento da Anatel para o período em questão, já divulgadas pelo BS em edição

anterior.

03. NOVOS CABOS SUBMARINOS

A mais recente novidade foi o anúncio do lançamento de um novo Cabo Submarino interligando as

Américas, com terminações no Brasil, em Fortaleza e Rio de Janeiro (Ver “Brusa – Novo Cabo

Submarino entre Brasil (Br) e Estados Unidos (USA)” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS

08/16.

Na semana anterior à emissão do BS Nº 10/16, foi anunciado o lançamento do Cabo Submarino

entre o Brasil e Angola (ver ”Cabo Submarino Brasil – Angola” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA

do BS Nº 10/16). Um evento, realmente, importante em sendo efetivamente concretizado e posto

em operação no contexto mundial das telecomunicações.

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Não têm sid, divulgadas novas informações em relação ao Cabo Submarino que interligará o Brasil

à Europa, em função de um investimento conjunto da IslaLink e da Telebras, objeto de comentarios

em BS anteriores.

04. COMPARTILHAMENTO DE POSTES – DIFICULDADES PARA NEGOCIAR O ALUGUEL

Este item é de importância relevante para as Concessionárias de Energia Elétrica e para as

Prestadoras de Serviços de Telecomunicações, em particular, as que oferecem Serviço Fixo. Assim

mantém-se atual o texto do BS N° 18/15 com os comentários feitos nos BS 22/15 e BS 23/15.

Chama-se, no entanto, a atenção dos leitores para a leitura atenta do item 11 do BS 33/15

“COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013”. E, também, se sugere a leitura

do item 11. “FIOS & POSTES – UMA SITUAÇÃO QUE INCOMODA”do BS 34/15.

Sugere-se a leitura do item “Jogos Olímpicos – Uma oportunidade perdida...em Telecom – O Case

Avenida das Américas” inserido no BS 03/16 e sua complementação no BS 05/16, sob o título “Rede

Aérea de Telecomunicações – Avenida das Américas – Rio de Janeiro – Trajeto Olímpico”. Tendo

como referência as obras realizadas na Avenida das Américas devido à realização dos Jogos

Olímpicos no Rio de Janeiro, o BS aproveitou o caso para comentar a ausência de planejamento

integrado em obras de grande vulto e o fato de ser mantida nos postes desta via uma cabeação

instalada em condições precárias.

Também deve ser objeto de leitura o item ”Os Postes, o SNOA, a Revisão do Modelo” que faz parte

do COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 10/16.

05. OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA

A Anatel deverá se posicionar sobre o assunto agora que a Lei das Antenas foi aprovada. O

compartilhamento no rais de 500 m só é obrigatório, ressalvadas condições técnicas, para os sites

implantados de maio de 2009 em diante.

Espera-se a aprovação da regulamentação em que serão estabelecidas as situações dispensadas do

compartilhamento obrigatório previsto na Lei No. 11.934/2015, conforme abordado no RELATÓRIO

SEMANA No. 13/15.

Ver item “Compartilhamento de Infraestrutura” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 32/15 e

sugere-se fortemente a leitura do item 11 do BS 33/15 “COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E

O PL Nº 6.789/2013” bem como o item 11 do BS 34/5, já identificado no item 04 acima.

Sugere-se, também, a leitura do item “Telefónica cria uma Empresa de Infraestrutura” no

COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA deste BS Nº 04/16.

06. LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015

Não houve alterações em relação a este ítem durante a semana. Permanecem os comentários do

RELATÓRIO SEMANAL N° 13/15. Aguarda-se uma manifestação da Anatel (regulamentação da Lei

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aprovada com os vetos da Presidente de República) que deverá colocar proposta de

regulamentação em Consulta Pública.

A expectativa é que o assunto evolua na medida em que se tenta envolver algumas Prefeituras que

já aprovaram legislação municipal aderente aos princípios desta legislação e outras que ainda têm

dificuldades em fazê-lo.

No entanto, sugere-se aos leitores atentarem para o texto do item 11 do BS 33/15

“COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013” no qual são feitas referências

relacionadas com a Lei das Antenas. Também se aconselha ler o item “Lei das Antenas - Mantido o

Veto Presidencial” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 34/15.

07. IMPLANTAÇÃO DO LTE NA FAIXA DE 700 MHz E DA TV DIGITAL

Foi transferida para data ainda não definida a migração da TVA para a TVD no Projeto Piloto de Rio

Verde. Sugere-se ler o item “ O cronograma da TV Digital deverá ser alterado...O consenso e o bom

senso! ” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 02/16.

Trata-se, no momento, da transição em Brasília, no Distrito Federal e Municípios vizinhos. Um

evento, já transferido para o mês de outubro, que, uma vez efetivado, se constituirá num marco do

processo e, certamente, balizador de outros que se seguirão.

08. A REVISÃO DO MODELO – O FOCO DA COMISSÃO DO MINICOM

A Comissão do Minicom, na prática, encerrou os seus trabalho com a assinatura da Portaria Nº

1.455, de 8 de abril de 2016, que mereceu rápida referênia no item inicial do COMENTÁRIO GERAL

DA SEMANA do BS Nº 0/16.

Conforme mencionado, a referida Portaria estabeleceu diretrizes para a Anatel se posicionar em

relação ao assunto. O BS continuará monitorando o assunto e irá fazendo os comentários na medida

em que houver alguma divulgação sobre o andamento dos trabalhos.

De qualquer forma, mantém como referência alguns texto comentados em BS anteriores, de uma

maneira ou outra, relacionados com o assunto. Por conveniência dos leitores, os mesmos estão

abaixo indicados e relacionados.

REP1. MODELO REGULATÓRIO DO SETOR DE TELECOM 2025 – DECISÕES DE INVESTIMENTOS E

CONSOLIDAÇÃO DO SETOR (BS 01/16)

REP2. O FUTURO DA REDE BRASILEIRA DE TELECOMUNICAÇÕES E A TEORIA DOS $200 BILHÕES DE

INVESTIMENTOS, EM 10 ANOS (BS 01/16)

REP3. VoWiFI e VoLTE - UMA ABORDAGEM TECNOLÓGICA COM REPERCUSSÕES REGULATÓRIAS NO STFC e

no SMP (BS 01/16)

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REP4. A UNIVERSALIZAÇÃO E CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS EXPLORADOS EM REGIME PÚBLICO (BS 01/16)

REP 5. COMENTÁRIOS DA TELEFÔNICA NA CONSULTA PÚBLICA (BS 01/16)

08A. COMENTÁRIOS DA INTERVOZES NA CONSUTLA PÚBLICA (BS 02/16

08B. COMENTÁRIOS DA Oi NA CONSULTA PÚBLICA (BS 02/16)

09. UMA TENDÊNCIA DO STREAMING VÍDEO-ON-DEMAND

Acaba de ser divulgado um estudo preparado pela Deloitte dando conta que cerca de metade dos

americanos estão vendo TV utilizando o VoD com recursos de Streaming. E os números apontam

que nos chamados “Millennials” a porcentagem é significativamente maior.

Esta tendência vem sendo notada e registrada há algum tempo. E não há dúvidas que ele

influenciará decisivamente o mercado de TV de modo geral e, em particular, o de TV por Assinatura.

Segue, abaixo, um texto sintético que faz referência ao referido estudo, publicado em 24 de março

de 2016.

Deloitte: nearly half of Americans now use SVoD

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The professional services firm’s tenth ‘Digital Democracy Survey’ claims that more than half of all

consumers and three-quarters of millennials watch movies and TV shows via streaming on at least once

a month.

Millennials aged 26-32 who currently pay for streaming video have an average of three subscriptions

and those aged 14-25 said they value their streaming video subscriptions more than pay TV

subscriptions.

“The proliferation of online content shows no signs of slowing down and the consumer appetite to

consume content is equally voracious,” said Deloitte vice chairman and US media and entertainment

sector leader, Gerald Belson.

“The survey data indicates that consumers are more willing than ever to invest in services to watch

whenever, wherever and on whatever device they choose.”

The survey also said that more than 90% of US consumers are now multitasking while watching TV

with millennials engaging in an average of four additional activities while watching TV – primarily

surfing the internet, using social networks and text messaging.

The report claims that 33% of all consumers typically browse the web while watching TV, while fewer

than 25% of consumers’ multitasking activities are directly related to the program being watched.

US viewers were also found to be keen ‘binge watchers’ with 70% of US consumers binge watching

an average of five episodes at a time, and 31% bingeing on a weekly basis.

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NOTA: Os comentários do presente BOLETIM SEMANAL bem como a edição final do texto são de responsabilidade

de Antonio Ribeiro dos Santos, Consultor Principal da PACTEL. A precisão das informações não foi testada. O

eventual uso das informações na tomada de decisões deve ocorrer sob exclusiva responsabilidade de quem o fizer.

Também não se assume responsabilidade sobre dados e comentários realizados por terceiros cujos termos o BS

não endossa necessariamente. É apreciado o fato de ser mencionada a fonte no caso de utilização de alguma

informação do BOLETIM SEMANAL.