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Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

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Comissão Organizadora

Adriana Cruvinel Carloni, MSc

Aline Oliveira da Rocha

Ana Carolina de C. Peters, PhD

Ana Carolina Laus, PhD

André van Helvoolt Lengert, MSc

Anna Luiza Silva Almeida Vicente

Giovanna Barbarini Longato, PhD

Fernanda de Paula Cury

Larissa Russo Veloso e Silva

Lídia M. Rebolho B. Arantes, PhD

Maicon Fernando Zanon, MSc

Matias Eliseo Melendez, PhD

Marcela Nunes Rosa, MSc

Maressa Ferreira, PhD

Nathália Cristina Campanella

Paula Silva Felício

Tatiane Honda Morais

Vânia Sammarino Mariano, PhD

Viviane Aline Oliveira S. Saito, PhD

Monitoria

Caroline Domingues Rogeri

Danielle Pessoa Pereira, MSc

Estela Maria Silva

Fernanda Franco Munari

Isana Rodrigues Silva

Julia Maria Saraiva Duarte

Maraísa Cristina da Costa

Rhafaela Lima Causin

Simone Jacovaci Colleta, MSc

Weder Pereira de Menezes, MSc

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Palestrantes

Adriana Cruvinel Carloni, MSc (Vírus e Câncer)

Ana Carolina de Carvalho, PhD (Controle da Expressão Gênica)

Ana Carolina Laus, PhD (Alterações Genéticas e Citogenéticas no Câncer)

Cristovam Scapulatempo Neto, PhD (Biobanco)

Daniel Onofre Vidal, PhD (A Influência das Alterações Epigenéticas nos Tumores de Infância)

Denise Guimarães Peixoto, PhD (Vias Moleculares da Carcinogênese Colorretal)

Edenir Inêz Palmero, PhD (Identificação do Câncer Hereditário: Um desafio a ser superado)

Henrique César Santejo Silveira, PhD (A Influência do Ambiente Ocupacional na Carcinogênese)

José Humberto G. Tavares Fregnani, PhD (Novas Perspectivas de Rastreamento no Câncer de Colo do Útero)

Lidia Maria Rebolho Batista Arantes, PhD (Marcadores Moleculares e Novas Terapias em Tumores de Cabeça e Pescoço) Luiz Fernando Lopes, PhD (Genética Molecular na Clínica Pediátrica)

Márcia Maria Chiquitelli Marques Silveira, PhD (Role of MicroRNA Deregulation in Breast Cancer Onset and Progression)

Matias Eliseo Melendez, PhD (Clonagem Molecular e Terapia Gênica)

Maressa Ferreira Neto, PhD (Alterações Genéticas e Citogenéticas no Câncer)

Nathália Cristina Campanella (Biomarcadores no Câncer)

Raul Torrieri, MSc (Bioinformática na Oncologia)

Rui Manuel Reis, PhD (Molecular Profile of Brain Tumors/ Introdução à Carcinogênese)

Vânia Sammartino Mariano, Phd (Tumores Induzidos por Papilomavírus Humano/ Imunologia em Câncer) Vinicius de Lima Vazquez, PhD (Oportunidades de pesquisa em melanomas no Hospital de Câncer de Barretos)

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Mini Curso 1

Extração de DNA, Eletroforese e PCR

Preceptores: André Lengert, Anna Luiza Vicente, Nathália Cristina

Campanella e Vânia Sammartino Mariano

Esta aula objetiva mostrar ao aluno quais materiais biológicos são

frequentemente utilizados para extração de DNA na área oncológica; alguns

métodos de extração que estão disponíveis e como avaliar a eficiência do

processo.

Materiais biológicos para extração de DNA

- Principalmente: células de cultura, sangue e biópsias/peças fixadas em

formalina e incluídas em parafina.

- Sangue: deve ser coletado em tubo contendo o anticoagulante EDTA;

Para separação do material: centrifugar a 3.500 rpm por 10 minutos a 4°C

Plasma e buffy coat (enriquecido de células mononucleares) com hemácias

Extração de DNA: será feita a partir do buffy coat e consequente lise das

hemácias*

- Parafina: antes de qualquer procedimento, as lâminas devem ser

desparafinizadas*

Lâmina guia corada por Hematoxilina-Eosina (HE): demarcação da área

tumoral de interesse

Fazer macrodissecção da área demarcada utilizando uma agulha e

depositando material em um tubo do tipo eppendorf contendo tampão de lise

celular.

Material pronto para extração por kit comercial ou por fenol-clorofórmio.

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Extração de DNA

- Fenol-clorofórmio-etanol: em desuso, há contaminação com proteína, método

econômico

Formação de fases:

Aquosa: Orgânica:

Utilização de etanol para precipitar material genético.

- Kits comerciais: utilizam colunas com sílica para fazer a separação do

material genético.

Os protocolos variam para cada marca, mas seguem as fases:

Lise celular

Precipitação de material genético com etanol

Aplicação do lisado em coluna de sílica

Lavagem do material genético e eluição do DNA contido na

membrana.

- Análise da extração e congelamento a -20°C até utilização.

Quantificação do DNA extraído

- Pode ser realizada por espectrofotometria ou fluorescência (QubitTMLife

Technologies)

- Espectrometria:

Valores das razões (próximos de 2,0):

- 260/280

- 260/230

- Fluorescência

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Anexos

1) PROTOCOLO – EXTRAÇÃO DE TECIDO PARAFINADO

Volume inicial: 2 a 4 cortes de 10 µ de tecido parafinado cortado em

lâmina histológica

Kit QIAamp DNA Micro Kit (QIAGEN):

Volume de DNA: 30 µL

1. Desparafinizar a lâmina: 20 minutos estufa (80 a 85°)

2. Banho xilol I: 5 minutos

3. Banho xilol II: 5 minutos

4. Banho etanol 100%: 1 minuto

5. Banho etanol 70%: 1 minuto

6. Banho etanol 50%: 1 minuto

7. Banho água miliQ: 1 minuto

8. Raspagem da área tumoral com agulha (18G x 1 ½) utilizando a

lâmina de HE como molde para localizar a área tumoral

demarcada pelo patologista

9. Lavagem da agulha em tubo eppendorf contento 80 µL de tampão

ATL e 1 µL de RNA Carrier (concentração de 1µg/ µL)

10. Adicionar 15 µL de proteinase K (QIAGEN)

11. Homogenizar por pipetagem

12. Incubar overnight á 56°C/ 700 rpm

13. Vortex/ 10 segundos

14. Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto)

15. Adicionar 15 µL de proteinase K

16. Homogenizar por pipetagem

17. Incubar á 56°C/ 700 rpm/ pelo menos 1 hora

18. Vortex/ 10 segundos

19. Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto)

20. Incubar a 98°C/ 600 rpm/ 20 minutos

21. Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto)

22. Resfriar a temperatura ambiente (± 5 minutos)

23. Adicionar 110 µL de tampão AL

24. Vortex/ 10 segundos

25. Adicionar 110 µL de etanol 100%

26. Vortex/ 10 segundos

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27. Incubar 5 minutos a temperatura ambiente

28. Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto)

29. Transferir 300 µL da mistura para QIAamp Mini Spin Column,

previamente identificado

30. Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto)

31. Descartar o tubo coletor

32. Colocar a coluna em um novo tubo coletor

33. Adicionar 500 µL de AW1

34. Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto)

35. Descartar o tubo coletor

36. Adicionar 500 µL de AW2

37. Centrifugar a 14.000 rpm/ 1 minuto

38. Descartar o tubo coletor

39. Colocar a coluna em um novo tubo coletor

40. Centrifugar a 14.000 rpm/ 3 minutos

41. Descartar o tubo coletor

42. Colocar a coluna em um microtubo de 1,5 ml, previamente

identificado

43. Adicionar 30 µL de água ultra pura (DNAse/ RNAse free, IDT)

44. Incubar por 5 minutos

45. Centrifugar a 8.000 rpm/ 1 minuto

46. Centrifugar a 14.000 rpm/ 1 minuto

47. Descartar a coluna

48. Quantificar 1 µL de DNA no NanoDrop

49. Anotar os valores 260/280, 260/230 e a quantidade do DNA em

ng/ µL

50. Diluir o DNA em 50ng/ µL (*) em um novo microtubo de 1,5 ml,

previamente identificado com o ID e concetração

51. Armazenar, tanto a solução estoque em -20°C e a solução de uso

a -4°C

(*) Seguir o seguinte cálculo:

50ng (diluição de uso) x 20 µL (volume total da diluição do DNA)

Quantidade do DNA em ng/ µL

= x µL DNA da solução estoque, completar para 20 µL de água

ultra pura (DNAse/ RNAse free)

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2) PROTOCOLO – EXTRAÇÃO DE BUFFY-COAT (material enriquecido

de mononucleares)

Preparação da solução de lise

Reagentes:

Cloreto de amônio – 10X: 1 litro de água miliQ + 77,04g de cloreto de

amônio

Bicarbonato de amônio – 1X: 1 litro de água miliQ + 0,7g de

bicarbonato de amônio

Preparo da solução: em 810 mL de água destilada, adicionar 90 mL de

cloreto de amônio 10X e 100 mL de bicarbonato de amônio 1X

Preparação de PBS 10X

Reagentes:

80g NaCl

2g KCl

2,4g KH2PO4

17,8g Na2HPO2 – H2O ou 14,4g Na2HPO4

Preparo da solução: completar com água destilada para 1L e acertar

pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração

de uso (1x).

1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo falcon 15 ml,

previamente identificado

2. Transferir todo o buffy coat armazenado para falcon 15 ml

3. Vortex (o suficiente para o material se homogenizar com a

solução)

4. Incubar no gelo por 20 minutos; com 10 minutos vortexar

novamente

5. Centrifugar a 3.500 rpm/ 4°C/ 10 minutos

6. Descartar o sobrenadante

7. Breve centrifugação (spin)

8. Colocar as amostras no gelo

9. Retirar o restante do sobrenadante

10. Adicionar 200 µL PBS 1X no falcon 15 ml

11. Homogenizar o material

12. Transferir todo material para eppendorf 1,5 ml, previamente

identificado e com tampão ATL e 1 µL de RNA Carrier

13. Adicionar 10 µL de proteinase K (QIAGEN)

14. Adicionar 100 µL de tampão AL

15. Vortex/ 15 segundos

16. Incubar á 56°C/ 20 minutos/ 600 rpm

17. Breve centrifugação (8000 rpm/ 1 minuto)

18. Adicionar 50 µL de etanol (96% - 100%)

19. Vortex/ 15 segundos

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20. Incubar a temperatura ambiente por 3 minutos

21. Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto)

22. Transferir todo o material lisado para QIAamp MinElute Column,

previamente identificado

23. Incubar a temperatura ambiente por 5 minutos

24. Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto)

25. Descartar o tubo coletor e colocar a coluna em um novo tubo

coletor

26. Adicionar 500 µL de tampão AW1

27. Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto)

28. Descartar o tubo coletor, e colocar a coluna em um novo tubo

coletor

29. Adicionar 500 µL de tampão AW2

30. Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto)

31. Descartar o tubo coletor, colocar a coluna em um novo tubo

coletor

32. Centrifugar a 14.000 rpm/ 3 minutos

33. Colocar a coluna em tubo eppendorf 1,5 ml, previamente

identificado

34. Adicionar 60 µL de água ultra pura (DNAse/ RNAse free, IDT) no

centro da membrana

35. Incubar a temperatura ambiente por no mínimo 3 minutos

36. Centrifugar a 14. 000 rpm/ 1 minuto

37. Descartar a coluna

38. Quantificar 1 µL de DNA no Nano Drop

39. Anotar os valores 260/ 280, 260/ 230 e a quantidade do DNA em

ng/ µL

40. Diluir o DNA em 50ng/ µL (*) em um novo microtubo de 1,5 ml,

previamente identificado com o ID e concetração

41. Armazenar, tanto a solução estoque em -20°C e a solução de uso

a -4°C

(*) Seguir o seguinte cálculo:

50ng (diluição de uso) x 20 µL (volume total da diluição do DNA)

Quantidade do DNA em ng/ µL

= x µL DNA da solução estoque, completar para 20 µL de água

ultra pura (DNAse/ RNAse free)

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Roteiro de aula prática - PCR

Iniciando o estudo de um gene de interesse. Por onde começar?

Acesso a bancos de dados para obter as sequências de interesse e

definição da região a ser analisada (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/;

http://www.ensembl.org/index.html);

Desenho e discussão dos parâmetros ideais de primers

(http://bioinfo.ut.ee/primer3/; http://www.ncbi.nlm.nih.gov/);

Análise da qualidade e avaliação de estruturas secundárias de primers

utilizando softwares disponíveis

(http://www.idtdna.com/analyzer/Applications/OligoAnalyzer/);

Alinhamento de primers no genoma utilizando Blat e Blast. Quais as

diferenças de cada ferramenta e qual utilizar?

(http://genome.ucsc.edu/cgi-bin/hgBlat;

http://blast.ncbi.nlm.nih.gov/Blast.cgi);

Desenho de sondas e discussão dos parâmetros ideais a serem

utilizados;

Definição de protocolo inicial para PCR e discussão de estratégias para

obter sucesso na reação.

Roteiro de Aula Prática – Eletroforese em Gel de Agarose

Objetivos: Realizar um protocolo padrão de eletroforese;

Aprender a analisar o gel;

Aprender a reconhecer os tipos mais comuns de problemas.

Protocolo de gel de agarose 1,5%:

1. Colocar um pente no berço;

2. Em uma balança de precisão pesar 1,5 g de agarose em um becker ou

erlenmeyer;

3. Adicionar 100 mL de tampão TAE;

4. Levar ao microoondas o tempo suficiente para a mistura ficar

homogênea (em torno de 3 minutos);

5. Esfriar o gel na água;

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6. Despejar o gel sobre o berço e estourar bolhas caso houver;

7. Esperar em torno de 30 minutos a polimerização do gel.

Protocolo de eletroforese

1. Colocar o berço na cuba de modo que o tampão cubra todo o gel;

2. Adicionar 2 µL de loading em 5 µL de produto de PCR;

3. Aplicar todo o volume no gel;

4. Adicionar 2 µL de loading em 5 µL de ladder;

5. Aplicar todo o volume no gel;

6. Correr a 100V por 40 minutos.

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Mini Curso 2

Cultura Celular e Citogenética

Aula prática – Cultura de Células Estabelecidas

Preceptores: Adriana Cruvinel Carloni, Giovanna Longato, Marcela Nunes

Rosa, Viviane Saito, Weder Menezes.

Monitores: Larissa Russo e Tatiane Honda Morais.

Nota: Para desenvolvimento da aula prática, os alunos deverão estar

devidamente paramentados (uso obrigatório) de acordo com as normas de

higiene e proteção individual. Os equipamentos, juntamente com toda a

estrutura serão apresentados aos alunos antes das atividades realizadas na

sala.

Atividade 1: Noções de esterilização e preparo do material de trabalho.

- Utilização de um fluxo laminar (Biosegurança) e estufa.

- Manipulação dos utensílios (ponteiras, canisters, bomba de vácuo e plástico)

e tratamento de resíduos.

Atividade 2: Observação de culturas celulares ao microscópio de luz

invertida

- Reconhecimento do equipamento: Microscopia de luz invertida.

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- Observação das características celulares;

cultura aderente cultura em suspensão

Atividade 3: Dissociação celular (Tripsinização)

- Método de dissociação celular por tripsina:

a) Em uma garrafa T25, contendo uma cultura celular, aspirar todo o meio com

a ajuda do aspirador acoplado a uma ponteira pasteur de vidro estéril.

b) Em seguida adicionar cuidadosamente 1000µL de DPBS para lavar os

resíduos celulares ou mesmo células mortas, aspirar o conteúdo novamente

com auxílio da bomba a vácuo acoplado a pipeta pasteur.

c) Colocar 500µL de tripsina na garrafa cuidadosamente.

d) Incubar a 37º C por 5 minutos.

e) Verificar ao microscópio a morfologia das células, quanto à dissociação do

fundo da placa.

f) Após tripsinização, inativar o efeito da tripsina com 4 mL de meio (DMEM)

contendo 10% de SFB (soro fetal bovino).

g) Colocar a suspensão de células em um tubo falcon de 15 mL.

Atividade 4: Contagem das células

- Contagem das células viáveis com Trypan Blue.

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a) Retirar cuidadosamente 10 µL da suspensão celular e colocar em um

microtubo.

b) Adicionar o mesmo volume de Trypan Blue, homogeneizar cuidadosamente.

c) Aplicar nos campos de leitura da lâmina de contagem e proceder a

contagem no contador automático.

Atividade 5: Contagem das células

- Semeadura (Plaqueamento) das células.

a) Neste experimento iremos utilizar placas de fundo chato com 96 poços. Será

necessário semear 5000 células em cada poço da placa como descrito no

esquema abaixo.

Cálculo para preencher os 32 poços selecionados

b) Observar a morfologia e distribuição das células nos poços da placa em

seguida incubá-las a 37º C em estufa suplementada com 5% de CO2.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

A

B

C

D

E

F

G

H

5000 celulas em cada poço

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Atividade 6: Exposição das linhagens celulares à compostos/agentes

citotóxicos e revelação por MTS.

- Após 12 horas da semeadura das células, as mesmas devem ser expostas ao

agente (candidato) citotóxico.

a) As placas contendo os agentes serão repassadas aos alunos (preparadas

anteriormente).

b) Aspirar cuidadosamente o meio de cada poço com auxílio da bomba de

vácuo acoplada a uma pasteur de vidro.

c) Em seguida preparar o meio de cultura DMEM, juntamente com o MTS

(10%).

d) Aplicar 100 µL em todos os poços da placa de cultura com auxílio da pipeta.

e) Incubar por no mínimo 45 minutos.

f) Fazer a leitura no espectrofotômetro (VARIOSKAN) em comprimento de onda

de 490 nM.

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Aula prática – Citogenética

Preceptores: Maressa Ferreira e Maicon Zanon. Monitora: Simone Jacovaci e

Julia Maria Saraiva Duarte

Aula Teórica: Noções de Citogenética clássica e molecular no

diagnóstico.

Aula Prática: Noções básicas de prática, análise e interpretação de banda

GTG e hibridização in situ fluorescente

Protocolo de bandeamento GTG

1. As amostras devem ser encaminhadas em seringa (lavada com

Heparina 0.1 ml). Transferir o conteúdo da seringa para um tubo cônico

de 15 mL, homogeneizar cuidadosamente a amostra;

2. Identificar as garrafas com o RH do paciente, data, hora cultura

semeada e tempo cultura;

3. Homogeneizar e levar as garrafas para serem mantidas em incubadora

de CO² a 5%. As garrafas devem ser divididas em 2 tempos de cultivo:

cultura de 48h e 72h.

4. Deve ser adicionada 55µL de Colcemid nas garrafas 2 horas antes de

completar-se o tempo de cultivo (a cultura deve permanecer na

incubadora por 1h50 até começar o processo de colheita);

Retirada das Culturas:

5. Transferir o conteúdo das garrafas de cultura para tubos cônicos de 15

ml previamente identificados;

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6. Centrifugar os tubos a 1500 rpm por 10 minutos;

7. Hipotonizar em KCL;

8. Centrifugar os tubos a 1500 rpm por 10 minutos, retirar o sobrenadante;

9. Fixar (fixador 3:1 / metanol:ácido acético).

10. Repetir a fixação mais duas vezes

Apllied Spectral Imaging BAND View (Análise e interpretação)

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Hibridização in situ fluorescente

Primeiro dia

Desparafinizar os cortes histológicos em xilol; 3 banhos de 10 minutos

cada, Temperatura Ambiente (TA)

Desidratar em álcool absoluto;

Deixar as lâminas em solução 0.2N HCL;

Pré-tratamento em Citrato 10mM (pH 6.4)- (80° C) em banho-maria;

Realizar a digestão enzimática com Pepsina (tempo variável em

decorrência do subtipo do tecido).

Lavar em água destilada, 1 banho de 10 minutos, TA

Desidratação em álcool, 75%, 80%, 100% por 2 minutos cada

Aplicação da sonda: incubação no Hibridizador para Denaturação e

Hibridização (tempo e temperatura é variável dependendo da indicação

do fornecedor da sonda

Segundo dia

Solução 1 – Etapa Pós-hibridação

Lavar em solução 2 x SSC;

Secagem das lâminas, TA

Aplicar 8 DAPI, montar com lamínula

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Mini Curso 3

Clonagem e Epigenética

Preceptores: Ana Carolina de Carvalho e Lidia Rebolho Arantes

Nota: Para desenvolvimento da aula prática, os alunos deverão estar

devidamente paramentados (uso obrigatório) de acordo com as normas de

higiene e proteção individual. Os equipamentos, juntamente com toda a

estrutura serão apresentados aos alunos antes atividades realizadas na sala.

Atividade 1: Aula teórica

- Metilação do DNA: Princípios e Aplicações

Atividade 2: Aula Prática

- ANÁLISE DO PERFIL DE METILAÇÃO DE DNA:

a) Tratamento com Bissulfito de Sódio:

O DNA extraído será submetido a um tratamento com bissulfito de sódio,

o qual envolve a deaminação das bases citosinas não metiladas convertendo-

as em uracilas, enquanto as citosinas metiladas são protegidas do processo e

mantêm-se conservadas.

Mil nanogramas do DNA de cada uma das amostras serão submetidas

ao tratamento com bissulfito de sódio, com o EpitTect Bisulfite Kit (Qiagen),

segundo especificações do fabricante.

b) Métodos de Análise:

b. 1) MSP (Methylation Specific PCR):

2 reações de PCR por gene

Primers para a situação metilada

Primers para a situação não metilada

Análise qualitativa

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1) Montar a reação de PCR:

Pré-Mix 1x

10x (µL)

Água 16,05 120,5

Buffer 10X 2,5 25

MgCl2 (25 mM) 1,5 15

dNTPs (10 mM) 0,5 5

Primer Forward 1,6 16

Primer Reverso 1,6 16

Taq Comum 0,25 2,5

Volume Final 24

DNA tratado 1

2) Programar o termociclador:

94˚C 5 min.

94˚C 30 seg. x 35 61ºC 45 seg.

72ºC 45 seg.

72ºC 7 min.

4ºC ∞

3) Após o fim da reação, analisar os produtos da PCR por eletroforese.

b. 2) QMSP-PCR (Quantitative Methylation Specific PCR):

2 reações de PCR por amostra

Primers para a situação metilada (gene)

Primers gene referência (região sem CpG mas

com C)

Curva Standard: permite quantificação relativa

1) Montar a reação de PCR:

REAGENTE 1X Gene (10)

Água 13,56 135,6

Tampão Home-made

10X

2,00 20

dNTP 10 mM 0,40 4

Primer Forward 100 uM 0,24 2,4

Primer Reverse 100 uM 0,24 2,4

Rox Reference Dye 0,40 4

Sonda 100 uM 0,04 0,4

Taq Platinum 0,12 1,2

TOTAL 17,0

DNA tratado 3,0

Page 22: Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

Placa ACTB e Gene

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

A P1 P2 P2 P3 P3 P4 P4 P5 P5 P6 P6

B X X X Y Y Y Z Z Z W W W

C

D P1 P2 P2 P3 P3 P4 P4 P5 P5 P6 P6

E X X X Y Y Y Z Z Z W W W

F

G

H

2) Colocar no equipamento.

3) Após o fim da reação, analisar o resultado com o software SDS 2.4 (Life

Technologies).

b. 3) Pirosequenciamento:

1 reação de PCR por amostra

Primers para a situação não-metilada (região

sem CpG mas com C)

Análise por sequenciamento durante a síntese da fita

complementar

1) Montar a reação de PCR:

Mix 1x (µL) 10x (µL)

Água 10,5 105

Master Mix Qiagen 12,5 125

Primer Forward 0,5 5

Primer Reverse 0,5 5

Volume Final 24

DNA tratado 1

Page 23: Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

2) Programar o termociclador:

95˚C 14:30

min.

94˚C 30 seg. x 40 55ºC 30 seg.

72ºC 30 seg.

72ºC 10:00

min. min.

4ºC ∞

3) Após o fim da reação, analisar os produtos da PCR por eletroforese.

4) Reação de Pirosequenciamento:

- Hibridização do produto;

- Captura das “beads”;

- Purificação do produto (lavagem em diferentes tampões);

- Imersão das “beads” no primer de sequenciamento;

- Anelamento do primer;

- Corrida no equipamento;

- Análise através do Software Pyromark Q96 (Qiagen).

Atividade 3: Discussão dos Resultados

- Os resultados dos experimentos serão avaliados e discutidos.

Page 24: Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

Resumos

Page 25: Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

O Papel de Neurotrofinas e seus Receptores em

Linhagens Celulares de Sarcoma de Ewing

Amanda Rocha

O sarcoma de Ewing é um dos mais agressivos tipos

de câncer pediátrico. Esse tipo de câncer é um tumor

primitivo neuroectodérmico, grupo que inclui ainda

outros tumores pediátricos como o meduloblastoma e

o neuroblastoma. Apesar de avanços significativos

desde o surgimento da quimioterapia, ainda há

necessidade de aumento dos índices de cura, redução

da toxicidade da quimioterapia e redução da

resistência ao tratamento em pacientes com de

sarcoma de Ewing. O desenvolvimento de novas

terapias mais seletivas e eficazes exige uma melhor

compreensão da biologia do sarcoma de Ewing e a

identificação e caracterização dos mecanismos

moleculares e celulares que regulam seu crescimento.

Propomos uma estratégia envolvendo estudos em

células cultivadas em laboratório, utilizando

ferramentas de biologia molecular e celular,

bioquímica, citopatologia e farmacologia, para

caracterizar alterações biológicas, identificar novos

alvos terapêuticos e descobrir e desenvolver

potenciais terapias inovadoras para o tratamento de

sarcoma de Ewing.

Avaliação da Toxicidade Aguda da Associação de

Herbicida Diuron e Hexazinona para

Bioindicadores Neotropicais

Ana Laura Vieira Alves (LEEA/UNIFEB); Isabella Alves

Brunetti (LEEA/UNIFEB); Lorena Regina da Silva

Peres (LEEA/UNIFEB); Claudinei da Cruz (orientador)

Laboratório de Ecotoxicologia e Eficácia de

Agrotóxicos, LEEA, do Centro Universitário da

Fundação Educacional de Barretos, Curso de Ciências

Biológicas.

A aplicação de agrotóxicos na agricultura pode ocorrer

problemas ambientais devido a sua dinâmica

ambiental. Dentre os herbicidas, os mais utilizados

são o diuron e a hexazinona, que podem contaminar

águas subterrâneas e organismos aquáticos. Diante

do exposto, os objetivos deste estudo foi estimar a

toxidade aguda (CL50;7d) da mistura de herbicida

diuron+hexazinona para as macrófitas aquáticas

Lemna minor e Azolla caroliniana, utilizadas como

organismos bioindicadores. As plantas foram

aclimatadas em sala de bioensaio com temperatura

entre 25,0 e 27,0 ºC, iluminação de 1000 lux e

fotoperíodo de 12 horas, por três dias. Após

aclimatação, foram selecionadas quatro colônias com

três frondes de L. minor e cinco plantas de A.

caroliniana que foram transferidas para recipiente de

vidro com capacidade máxima de 100 mL contendo 50

mL de meio de cultivo Hoagland’s, por mais 24 horas.

Após esse período foi adicionado 50 mL de

Hoagland’s contento as seguintes concentrações:

0,10; 1,00; 3,40; 11,40; 36,40; e 118,00 mg L-1 e um

controle (sem adição do produto teste) e três réplicas

cada. Após sete dias de exposição foi a avaliação de

mortalidade. Para a L. minor não ocorreu mortalidade

no controle durante o período de exposição e em 0,10

mgL-1. Em 1,00 e 3,40 mgL-1 ocorreu 21,2% de

mortalidade; em 11,40 mg L-1 foi de 15,1%; em 36,40

mg L-1 foi de 78,7; e em 118,00 mg L-1 foi de 100%

dos organismos expostos. A CL 50;7d foi de 3,55 mg

L-1 com limite superior de 4,55 mg L-1 e limite inferior

de 2,40 mg L-1, sendo considerada a mistura como

muito tóxica para este bioindicador. Para a A.

caroliniana não ocorreu padrão de resposta de

mortalidade, com variação entre 5 e 20% nas

concentrações testadas, assim para este bioindicador

a concentração letal 50% foi > 118,0 mg L-1, sendo a

mistura de diuron + hexazinona considerada

praticamente não tóxica. Assim, devido a resposta

sensível a mistura dos herbicidas a L. minor deve ser

empregada em seu biomonitoramento, enquanto que,

a A. caroliniana não deve ser utilizada devido a sua

tolerância ao herbicida.

Palavras-chave: Ecotoxicologia, bioindicadores,

diuron, hexazinona

Key-words: Ecotoxicology, bio-indicators, diuron,

hexazinone

Filmes Nanoestruturados de Langmuir e Langmuir-

Blodgett

A. Sakai1, A.P.S. Mesquita

2, E.V Castro

3, C.C. Lopes

2,

A.H. Straus3, L. Caseli

1

1Universidade Federal de São Paulo, Instituto de

Ciências Ambientais, Químicas e

Farmacêuticas, Laboratório de Materiais Híbridos,

Diadema, Brasil

2Universidade Federal de São Paulo, Departamento

de Biologia Molecular, Laboratório Carl

Peter von Dietrich, São Paulo, Brasil

3Universidade Federal de São Paulo, Departamento

de Bioquímica, Laboratório de

Imunoquímica de Glicoconjugados, São Paulo, Brasil

e-mail: [email protected]

Filmes de Langmuir podem mimetizar biomembranas

ao se espalhar fosfolipídeos, colesterol, proteínas,

glicoproteínas e outras biomoléculas sobre a interface

ar-água/tampão formando monocamadas

automontáveis1–3

. Estudos nesse tipo de sistema

reportam a influência da composição lipídica da

membrana plasmática sobre a conformação de

receptores4, consequentemente influenciando as

interações receptor-ligante e as vias de sinalização

bioquímica, o que se relaciona com processos de

desenvolvimento de resistência a drogas que atuam

no membrana plasmática. Um exemplo desse tipo de

droga é o trastuzumab5, que é um anticorpo

monoclonal humanizado utilizado no tratamento

adjuvante e neoadjuvante de casos de câncer de

mama HER-positivo. O presente estudo avalia a

composição lipídica da membrana celular de linhagens

derivadas do endotélio de aorta de coelho (linhagem

controle EC)6, transfectada com o oncogene EJ-ras

(linhagem EJ-ras EC) ou selecionadas quanto ao

comportamento resistente ao anoikis (linhagens Adh1-

EC e Adh2-EC). Experimentos de HPTLC (high

performance thin layer chromatography) indicam

fosfatidiletanolamina (PE) e fosfatidilcolina (PC) como

Page 26: Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

fosfolipídeos majoritários e fosfatidilserina (PS) e

fosfatidilinositol (PI) como minoritários, apresentando

pequena flutuação nas concentrações entre as

linhagens. Extratos celulares foram utilizados para

montar e caracterizar as monocamadas. Isotermas de

pressão superficial versus área da cuba (π-A) indicam

a formação de monocamadas estáveis.

Espectroscopia na região do infravermelho de

absorção-reflexão com modulação da polarização

(PM-IRRAS) indicam a presença de polissacarídeos e

proteínas (bandas em torno de 1740 cm-1, 1550 cm-1

e 1450 cm-1 respectivamente) na monocamada.

Imagens de microscopia no ângulo de Brewster

mostram a presença de microdomínios nas

monocamadas. As caracterizações realizadas

mostraram variações entre as linhagens tumorigênicas

e a linhagem controle. O entendimento da composição

lipídica de células tumorigênicas pode trazer novas

abordagens de estudo sobre as interações receptor-

ligante, influenciando diversos campos como a

oncologia molecular.

1. Brockman, H. Lipid monolayers: why use half a

membrane to characterize protein-membrane

interactions? Curr. Opin. Struct. Biol. 9, 438–43

(1999).

2. Leblanc, R. M. Molecular recognition at Langmuir

monolayers. Curr. Opin. Chem. Biol. 10, 529–36

(2006).

3. Chatterji, D. & Rajdev, P. Macromolecular

recognition at the air–water interface: application of

Langmuir–Blodgett technique. Curr. Sci. 95, 1226–

1236 (2008).

4. Herculano, R. D., Pavinatto, F. J., Caseli, L.,

D’Silva, C. & Oliveira, O. N. The lipid composition of a

cell membrane modulates the interaction of an

antiparasitic peptide at the air-water interface. Biochim.

Biophys.Acta 1808, 1907–12 (2011).

5. Nahta, R., Yu, D., Hung, M.-C., Hortobagyi, G. N. &

Esteva, F. J. Mechanisms of disease: understanding

resistance to HER2-targeted therapy in human breast

cancer. Nat. Clin. Pract. Oncol. 3, 269–280 (2006).

6. Carneiro, B. R. et al. Acquisition of Anoikis

Resistance Up-Regulates Syndecan-4 Expression in

Endothelial Cells. PLoS One 9, e116001 (2014).

Avaliação dos Efeitos Mutagênicos e/ou

Antimutagênicos dos Extratos Alcoólico do Suco

de Sisal (EAS) e da Hidrólise Ácida do Sisal (EHA)

pelo Ensaio Cometa

SORROCHE, B.P; SOUZA, E.B.

Testes de genética toxicológica são essenciais para

garantir a segurança de medicamentos candidatos a

entrarem no mercado mundial, permitindo a

identificação de compostos que possam conferir riscos

mutagênicos ou com potencial carcinogênico. O

Ensaio Cometa (EC), recomendado pela ANVISA, é

um bom preconizador para a avaliação toxicológica,

pois é capaz de localizar danos recentes no DNA que

ainda estão sujeitos a reparo, diferentemente do teste

do micronúcleo que localiza danos no DNA já

consolidados. Diversas propriedades terapêuticas têm

sido referidas à Agave sisalana, tais como atividades

antibacteriana, antifúngica, anti-inflamatória,

antioxidante e inseticida, devido à presença de

compostos orgânicos em seu suco, entre eles ácido

oxálico, cortisona e saponinas esteroidais. O objetivo

do presente estudo foi avaliar possíveis efeitos

genotóxicos de extratos aquosos do sisal (Agave

sisalana), mediante o Ensaio Cometa. Os extratos

foram obtidos a partir da mucilagem resultante do

desfibramento de folhas de sisal. O Ensaio Cometa foi

realizado em sangue periférico de indivíduos

distribuídos em grupos controles (positivo e negativo)

e experimentais. O grupo controle positivo foi testado

com Ciclofosfamida e o controle negativo sem adição

de substância teste. Os grupos experimentais foram

testados com os Extratos da Hidrólise Ácida do sisal

(EHA) e o Alcoólico do Suco do sisal (EAS). As

lâminas foram analisadas com contagem de 100

nucleoides por indivíduo por tratamento e estes

classificados segundo o score de 0 a 4, de acordo

com o dano no DNA. Os dados foram analisados

estatisticamente pelo software BioEstat 5.0, através de

análise de variância não paramétrica (teste de

Kruskal-Wallis) seguido do teste post hoc de Dunn,

com um nível de significância de 5%. Os resultados

evidenciaram que nas concentrações e condições

testadas, os extratos da hidrólise ácida e alcoólico de

Agave sisalana não apresentaram efeito mutagênico

e/ou genotóxico.

Palavras-Chave: Sisal, Mutagênica, Antimutagênico,

Agave sisalana

Indisulam (E7070) Reduz a Proliferação Celular e

Capacidade Clonogênica de Linhagens de

Glioblastoma Pediátrico

Caio Cesar Damasceno Monção¹, Augusto Faria

Andrade², Pamela Viani de Andrade, Paola Fernanda

Fedatto¹, Silvia Aparecida Teixeira¹, Carlos Alberto

Scrideli¹.

1- Departamento de Pediatria, Faculdade de Medicina

de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (USP),

SP, Brasil; 2- Departamento de Genética, Faculdade

de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São

Paulo (USP), SP, Brasil.

Introdução: Glioblastoma (GBM) é o tumor mais

agressivo do Sistema Nervoso Central e seu

prognóstico é um dos piores entre todos os tipos de

câncer, apresentando uma implacável progressão

maligna, como difusão e invasão através do cérebro,

recorrência e resistência aos tradicionais tratamentos

como a radio- e quimioterapia. Isso ocorre devido à

alterações genéticas complexas que resultam em alta

instabilidade genômica e heterogeneidade celular.

Tendo isso em vista, novos alvos terapêuticos têm

sido estudados a fim de auxiliar no tratamento dessa

neoplasia. Células de GBM hiperexpressam as

enzimas anidrases carbônicas 9 e 12 (ACs) ligadas à

membrana, uma família de enzimas que regulam

diversos processos fisiológicos e patológicos. Estas

enzimas têm sido associadas à regulação da acidez

do microambiente tumoral e à migração de células

tumorais, favorecendo a aquisição do fenótipo

metastático e a quimioresistência. Esses processos

mostram-se ser revertidos por inibidores específicos

de ACs. O Indisulam (E7070), uma sulfonamida

Page 27: Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

impermeável à membrana, é uma nova droga em

estudo para o tratamento de câncer, com potente

inibição seletiva das ACs 9 e 12, promovendo a

redução da proliferação e invasão de células

cancerosas, podendo ser um agente de grande

potencial terapêutico. Objetivo: Avaliar os efeitos da

inibição das ACs 9 e 12 pelo Indisulam em linhagens

de GBM pediátrico. Métodos: As linhagens celulares

KNS42 e SF188 foram cultivadas em condições de

normóxia (5% Co2), e tratadas com diferentes

concentrações de Indisulam (8, 16, 32, 64, 128, 256 e

512μM). Após a incubação, foi realizado os ensaios de

proliferação celular com a Resazurina após 24, 48 e

72 horas de tratamento e o ensaio de capacidade

clonogênica, após 48 horas. Resultados: O

tratamento com Indisulam reduziu a proliferação

celular de maneira dose-dependente. A droga também

reduziu a capacidade clonogênica das células, de

maneira tempo e dose-dependentes. Conclusão: Os

resultados apontam para um efeito antitumoral

causado pela inibição das ACs 9 e 12, mostrando que

o Indisulam pode ser um potencial agente terapêutico

no tratamento de GBM pediátrico.

Agência Financiadora: FAPESP (Processo

2014/10908-2).

Avaliação do Sangue Periférico e Análise das

Enzimas de Detoxificação Superóxido Dismutase

(SOD) e Catalase (Cat) E Marcadores Do

Metabolismo em Phrynops Geoffroanus

(Schweigger, 1812) (Testudines: Chelidae).

Camila Zucchini de Souza1; Rodrigo Yamakami

Camilo2; Claudia Regina Bonini Domingos3.

1: Aluna do curso de Ciências Biólogicas – Instituto

Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus

Barretos.

2: Professor Doutor do Instituto Federal de Educação,

Ciência e Tecnologia – Campus Barretos.

3: Universidade Estadual Paulista - Instituto de

Biociências, Letras e Ciências Exatas, Departamento

de Biologia, Centro de Estudos de Quelônios (CEQ) -

São José do Rio Preto.

A poluição é hoje um problema que afeta todos os

ambientes, inclusive o de água doce e,

consequentemente, os organismos que nele vivem.

Os quelônios são considerados importantes

bioindicadores de contaminação ambiental,

principalmente por apresentarem uma grande

distribuição geográfica. A espécie Phrynops

geoffroanus é conhecida pela facilidade de

sobrevivência em águas poluídas, mesmo sendo

considerado ambiente inóspito para os demais

organismos. Esta espécie também é considerada

hipóxia tolerante, pois compõe um grupo de répteis

tolerantes à ambientes anóxico. Vale salientar que são

animais aeróbicos que dependem do oxigênio para

suas funções normais, porém, possuem diversos

mecanismos bioquímicos e fisiológicos que permitem

sua sobrevivência em situações de baixa pressão de

oxigênio. Desta forma, a avaliação de intermediários

metabólicos e da atividade enzimática antioxidante de

espécimes de ambiente contaminado indicam que a

proteção ao dano oxidativo pode contribuir para a

adaptação desta espécie à poluição. Sendo assim,

este estudo busca avaliar a resposta catalítica de

sistemas antioxidantes em P. geoffroanus expostos a

poluentes químicos e orgânicos em condição de

normóxia, hipóxia e reperfusão, com a finalidade de

averiguar se os mecanismos de proteção aos danos

oxidativos gerados pela hipóxia são responsáveis pela

capacidade de suporte destes animais à

contaminação ambiental e as alterações de alguns

marcadores do metabolismo intermediário.

Avaliação in vitro da Atividade Citotóxica da

Apitoxina Extraída da Apis Mellifera

Kristiana Cerqueira Mousinho, Elísia Marina Melo de

Araújo, Aldenir Feitosa dos Santos

Introdução: A apitoxina (do latim apis, abelha, e

toxikon, veneno), também conhecido como o veneno

de abelha. É recomendada para uso em casos de

artrite, reumatismo, hipertensão. As células malignas

desafiam a terapêutica que auxiliam na erradicação do

tumor, portanto, faz-se necessário estudo com

moléculas ativas que possam ampliar as

possibilidades de desenvolver novos agentes mais

específicos para o tratamento do câncer. A ativação

da apoptose pode ser iniciada de duas diferentes

maneiras: pela via extrínseca (citoplasmática) ou pela

via intrínseca (mitocondrial). Este trabalho visou

avaliar a atividade citotóxica in vitro da apitoxina

extraída da Apis Mellifera, em células tumorais

humanas. Material e Métodos: A apitoxina foi

coletada no apiário localizado em Piaçabuçu-AL. O

teste de citotoxicidade foi realizada em três diferentes

linhagens de células tumorais, glioblastoma (SF-295),

mama (OVCAR-8) e colón (HCT-116), através do

método de estudo do MTT (sal de tetrazolium). As

células foram plaqueadas e incubadas com 50μg/mL

apitoxina teste e padrão (proveniente de Taiwan) em

estufa à 37°C à 5% CO2. 3 horas antes da incubação

por 72 horas foi acrescido o sal de MTT,

posteriormente feito a leitura em espectrofotômetro a

595nm. Os experimentos foram analisados segundo a

média ± desvio padrão da média (DPM). Resultados

e discussão: A amostra padrão apresentou potente

ação citotóxica nas linhagens testadas, enquanto que

a amostra teste apresentou potencial citotóxico

significativo apenas para a linhagem de cólon HCT-

116, com 89,43% ± 12,96, enquanto que nas células

SF-295 houve diminuição da proliferação celular em

44,10% ± 16,13 e a OVCAR-8, com 57,02% ± 7,31. A

amostra padrão inibiu 100% das células testadas.

Heraldo em 1979, chegou a conclusão de que

estatísticamente o número de pacientes com câncer

entre apicultores era menor do que em não

apicultores, levantando uma suspeita de que o veneno

da abelha pudesse exercer algum efeito citostático no

organismo. Conclusão: Diante dos resultados

apresentados pode-se observar que a apitoxina figura

como um agente promissor para a terapia do câncer.

Referências:

1. Castro L, Granato AEC, Siqueira I, Wachesk CC,

Soares CP, Silva NS. Análise de citotoxicidade do

Page 28: Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

veneno da abelha Apis Mellifera em cultura de células

L929. Instituto de Pesquisa IP&D UNIVAP. São José

dos Campos - SP. [acesso 05 de dez 2012] Disponível

em:

http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2009/anais/arqui

vos/RE_0541_1373_01.pdf

2. Callegari AL, Farias L, Laars E, Trindade JLF.

Apitoxina e suas indicações de uso. UTFPR. Ponta

Grossa.

3. Mosmann T. Rapid colorimetric assay for cellular

growth and survival: application to proliferation and

cytotoxicity assays. In: Journal of immunological

methods, 1983 v.16, p.55–63.

4. Breyer EU. O Veneno das Abelhas. In: Livro

Abelhas e Saúde, Paraná: Uniporto 1983. p.37-42.

Genotipagem de Grupos Sanguíneos na

Confirmação de Casos Inconclusivos de

Fenotipagem Eritrocitária de Pacientes Atendidos

no Hemocentro da Unicamp

Vitorino, Francisca Nathália de Luna1; Risso, Mariane

Aparecida1; Bueno, Rosemeire1; Castilho, Lilian

Maria3.

1Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio,

CEUNSP, Itu, SP. 2Universidade Estadual de

Campinas, UNICAMP, Campinas, SP.

[email protected]

A fenotipagem eritrocitária realizada pela técnica de

hemaglutinação tem sido utilizada como ferramenta

útil na seleção de sangue para as transfusões

sanguíneas, porém apresenta limitações quando

aplicada em casos complexos, como nos pacientes

politransfundidos. Estes pacientes possuem alguma

patologia que afeta principalmente as linhagens

sanguíneas, necessitando de transfusões frequentes

ao longo da vida, e com isso a realização de novas

fenotipagens. A genotipagem vem ocupando um lugar

de grande importância em conjunto com a

hemaglutinação devido a sua eficácia em analisar

diretamente o gene em questão, demonstrando o

código genético do indivíduo. Neste contexto, o

presente trabalho teve como objetivo avaliar os

resultados obtidos da genotipagem de um total de 20

pacientes atendidos no Hemocentro da UNICAMP,

que apresentaram resultados inconclusivos na

fenotipagem, sendo a pesquisa aprovada pelo comitê

de ética sob o número de parecer 68683. Os

resultados indicaram que seis (30%) destes pacientes

possuíam aloanticorpos, onde a maioria era contra o

sistema Rh (anti-e/anti-C/anti-V), demonstrando que a

genotipagem é útil principalmente na identificação de

mutações, onde permitiu encontrar e confirmar

fenótipos nulos (GATA) e parciais (e parcial).

Identificou ainda variantes Rh do gene RHCE

(V/Vs/hrB), além de variantes do sistema de grupo

sanguíneo Duffy (Fyx). O acompanhamento do

processo transfusional desses pacientes, junto ao

setor de compatibilidade do Hospital das Clínicas da

UNICAMP, permitiu identificar o melhor fenótipo a ser

transfundido, assim como as correções de fenótipos

compatíveis, realizadas posteriores à genotipagem.

Desta forma, este estudo demonstrou que a

genotipagem é de grande importância na escolha da

bolsa a ser transfundida, na redução das

aloimunizações e ampliação da disponibilidade de

sangue a ser transfundido, além de evitar novas

aloimunizações em pacientes que já possuem

aloanticorpos. As discrepâncias encontradas entre a

fenotipagem e a genotipagem pode propiciar um

aumento nos doadores disponíveis para o paciente,

assim como a identificação de fenótipos mais raros e

mais fáceis de levar a aloimunização.

Polimorfismo MMP-9-1562 C/T no Nordeste

Brasileiro

J.O. Mágulas1, I.E.G. Pereira1, I.A. Miranda1, G.F.L.

Pereira1, F.K.N. Yoshioka1, G.R. Pinto1, R. Canalle1,

F.J.N. Motta1

1Laboratório de Genética e Biologia Molecular,

Programa de Pós-graduação em Biotecnologia,

Universidade Federal do Piauí, Parnaíba, PI, Brasil

O Câncer de Próstata (CaP) é uma das neoplasias

mais comuns que acometem homens no mundo

inteiro. Estima-se que em 2014, cerca de 233.000

novos casos tenham sido diagnosticados, juntamente

com 29.480 mortes associadas à doença nos Estados

Unidos (Siegel et.al., 2012). O CaP apresenta etiologia

heterogênea oriunda da associação entre fatores

ambientais e genéticos, sendo a contribuição destes,

responsável por 42% dos casos (Lichtenstein et al.,

2000). Enzimas proteolíticas que degradam matriz

extracelular, as metaloproteinases de matriz (MMPs)

(Sternlicht; Werb 2001), têm importante papel

fisiológico na remodelagem de tecidos (Page-Mc Caw;

Ewald; Werv, 2007) e durante processos inflamatórios

(Parks; Wilson;López-Boado, 2004), porém a

expressão e atuação aumentas das MMPs são

notórias em muitos processos patológicos, incluindo o

câncer (Wood et al, 1997; Matsumara et. al., 2005;

Morgia et al., 2005). As MMPs são fundamentais à

invasão tumoral e metástase (Demers et al., 2005). A

atividade elevada de MMPs tipo 9 (MMP-9) promove a

progressão do CaP não apenas por meio da

metástase acentuada, portanto, a investigação do

gene codificante é de suma importância. O SNP MMP-

9-1562C/T está relacionado à alterações na

transcrição dessas enzimas. Este estudo caso-

controle teve como objetivo analisar a prevalência do

polimorfismo MMP-9-1562C/T em população

miscigenada do Nordeste Brasileiro e avaliar a

associação deste com parâmetros citopatológicos da

doença. Compuseram este estudo 100 pacientes com

CaP e 100 pacientes-controle do estado do Piauí.

Amostras de tecido de carcinoma prostático e de

sangue periférico foram utilizadas para extração de

DNA dos pacientes e controles, respectivamente. O

polimorfismo foi analisado em gel de poliacrilamida

(8%) com coloração por nitrato de prata após técnica

de PCR-RFLP. Os resultados apontaram população

em equilíbrio de Hardy-Weinberg para o loci estudado.

Observaram-se maoires frequências do genótipo CC

(84%) e do alelo (92%) entre os controles, e maior

prevalência de CT+TT (20%) e do alelo T (11%) entre

os casos, no entanto, sem significância estatística.

Não houve evidências de associações da variante

polimórfica com CaP e parâmetros citopatológicos da

Page 29: Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

doença. Os resultados reforçam a necessidade de

estudos adicionais que incluam outras variantes

polimórficas funcionais em MMP-9 para entender o

papel destas alterações genéticas no CaP e suas

prováveis contribuições para a cliníca e terapêutica.

Referências

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7-EPI-CLUSIANONA, a Benzofenona Derivada Da

Garcinia Brasiliensis, Apresenta Efeito Pró-

Apotótico Em Células De Glioblastoma

Leilane Salesa, Graziella Ribeiro de Sousaa*, Julia

Alejandra Pezukb, Maria Sol

Brassescob, Carlos Alberto Scridelib, Luiz Gonzaga

Toneb, Marcelo Henrique dos

SantosC, Marisa Iontaa, Jaqueline Carvalho de

Oliveira.

*[email protected]

a Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG

b Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Ribeirão

Preto, SP

c Instituto de Química,Universidade Federal de

Viçosa, Viçosa, MG

Palavras-chave: 7-epi-clusianona, glioblastoma,

proliferação, apoptose

O Glioblastoma é um dos tumores mais agressivos do

sistema nervoso central e está entre as neoplasias de

pior prognóstico. Mesmo com os avanços dos

tratamentos disponíveis, a sobrevida de pacientes

portadores de glioblastoma continua sendo muito

baixa. Assim, se faz necessário a identificação de

novas drogas. A 7-epiclusianona é uma benzofenona

tetraprenilada isolada do extrato hexânico do epicarpo

da espécie Garcinia brasiliensis. Esse composto

apresenta um largo espectro de atividade biológica

incluindo propriedades anti-inflamatória, antisséptica,

antiparasitária e antimicrobiana, entretanto, pouco se

sabe sobre seu potencial efeito antineoplásico. O

presente estudo visou avaliar a atividade

antiproliferativa da 7-epi em linhagens de

glioblastoma. Dessa forma, as linhagens celulares

U251 e U138 foram cultivadas em meio DMEM

suplementado com 10% de soro bovino fetal e

tratadas com diferentes concentrações do composto

(10 μM, 20 μM, 30 μM e 40 μM) para realização dos

diferentes ensaios: ensaio de viabilidade celular,

capacidade de formação de colônias e de morte

celular. O tratamento in vitro reduziu significativamente

a viabilidade celular das duas linhagens celulares de

glioblastoma testadas em relação às controles, na

forma dose dependente (IC50 após 48 horas, 23 ±

0,32 μM para U251 e 18,52 ± 0,50 μM para U138),

mais significativamente foi a redução da capacidade

de formação de colônias, que demonstraram efeitos a

longo prazo mesmo após a remoção do fármaco.

Somado a isso, o tratamento com a 7-epiclusianona

também aumentou as taxas de morte celular de 18,8%

para U251 e 21,8% para U138 a dinâmica do ciclo

celular, compatível com a diminuição das células em

divisão. Em conclusão, a 7-epi-clusianona possui

importante atividade antiproliferativa in vitro contra

células cancerígenas derivadas de glioblastoma.

Portanto, os resultados sugerem um efeito potencial

da 7-epiclusianona contra o glioblastoma, merecendo

novas investigações sobre o mecanismo de ação do

composto estudado e sua efetividade como agente

quimioterápico.

O presente trabalho foi realizado com apoio dos

órgãos de fomento e pesquisa: FAPEMIG, Fapesp,

CAPES e CNPq,

Avaliação do perfil de expressão do miR-10b* em

osteosarcoma e sua participação na regulação de

genes associados a progressão do ciclo celular,

PLK1 e BUB1 (" Mir-10b* expression profile rating

in osteosarcoma and their participation in the

regulation of genes associated with cell cycle

progression, PLK1 and BUB1”)

Guilherme Vargas Ribeiro Ferrari de Oliveira, Profa

Dra María Sol Brassesco Annichini

Ribeirão Preto

O osteosarcoma (OS) É a neoplasia óssea pediátrica

maligna mais comum, sendo encontrado

principalmente na metáfise dos ossos longos. As

opções de tratamento atuais incluem a cirurgia,

quimioterapia adjuvante e neoadjuvante, e a

radioterapia. A maioria, se não todos os OS,

apresentam aberrações cromossômicas numéricas e

estruturais, resultando em cariótipos complexos e

desbalanceados. Sendo consenso geral que a

progressão do tumor ocorre de acordo com um

Page 30: Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

esquema de acumulo gradual de anomalias genéticas

e que a instabilidade genômica é maior em formas

mais agressivas, em OS pode ser responsável pela

extensiva aneuploidia encontrada no tumor, podendo

estar relacionada com proteínas reguladoras do ciclo

celular ou componentes do SAC (Checkpoint do fuso

mitótico) . Diversos miRNA são apontados como

reguladores de vias do ciclo celular e que controlam a

mitose. Dentre estes recentemente foi descrito o

miR10b*, encontrado hipoexpresso no câncer de

mama e atuando sobre proteínas como a PLK1, que

faz parte de um grupo de proteínas que que cooperam

com as CDKs (quinases dependentes de ciclina) no

controle da evolução do ciclo celular, e a BUB1, que

medeia a atuação do SAC (checkpoint do fuso

mitótico) , e é essencial para que diversas proteínas

tenham um recrutamento eficiente aos cinetócoros

ligados, incluindo BUBR1, Cenp-E, e SGO1. Estudos

demonstraram a hiperexpressão de PLK1 e BUB1 em

diversos tumores, incluindo OS. De forma que o

presente projeto pretende analisar o perfil de

expressão do miR10b* em amostras de pacientes

acometidos com esse tumor, explanar sua

participação na regulação epigenética de PLK1 e

BUB1 visando um papel nos processos que que levam

a instabilidade citogenética desta neoplasia.

Osteosarcoma (OS) is the most common malignant

bone tumor and is mainly found in the metaphysis of

long bones. Current treatment options include surgery,

adjuvant and neoadjuvant chemotherapy and

radiotherapy. Most, if not all OS, present numerical

and structural chromosome aberrations, resulting in

complex and unbalanced karyotypes. As a general

consensus tumor progression occurs according to a

gradual accumulation scheme of genetic abnormalities

and that genomic instability is greater in more

aggressive forms, in OS, that instability may be

responsible for the extensive aneuploidy found in this

tumor, possibly due to deregulated SAC proteins or

cell cycle components. Data shows that several

miRNAs act as regulators of the cell cycle pathways

that control mitosis. Among these, miR10b *was

recently described as hypoexpressed in breast cancer

and acting on proteins such as PLK1, which is part of a

group of proteins that cooperate with Cdk’s (cyclin

dependent kinases) to control cell cycle progression,

and BUB1, which mediates the efficient recruitment of

proteins to the kinetochores, including BubR1, CENP-

E, and SGO1. Several studies have shown

overexpression of PLK1 and BUB1 as tumorigenic in

cancer. So this project aims to analyze the miR10b *

expression profiles in osteosarcoma samples and its

participation regulating PLK1 and BUB1 searching for

a role in processes that lead to cytogenetic instability

in this neoplasm.

Avaliação do Sistema Serotoninergico Sobre as

Respostas Cardiovasculares e Euroendócrinas do

Núcleo Paraventricular do Hipotalámo em Condições

Basais e Induzidas pela Expansão Isotônica do

Volume Extracelular

SEMIONATTO, I. F.; ALVES, A. C.; CAPITTELI, C. S.;

CHRIGUER, R. S. Disciplina de Fisiologia do

Departamento de Bioquímica, Farmacologia e

Fisiologia/ICBN/UFTM.

Introdução: Expansão de volume extracelular (EVEC)

promove alterações da atividade parassimpática e

simpática para o coração e vasos sanguíneos e

neuroendócrinos, quais podem ser moduladas por vias

serotoninérgicas. Metodologia: Foram realizados

registros da pressão arterial e frequência cardíaca (FC)

em ratos Wistar machos antes e após receberem

microinjeções bilaterais no núcleo paraventricular do

hipotálamo (NPV) de salina ou agonista serotoninérgico

(DOI) seguida de EVEC. Resultados: Não foram

observadas diferenças significantes no grupo controle

entre os valores de pressão arterial média (PAM), FC e

relação simpático-vagal (LF/HF) obtidos no período basal,

após microinjeção com salina e esta seguida de EVEC

isotônica. Por outro lado, quando os animais são tratados

com DOI ocorre aumento, significativo, em relação ao

grupo controle, PAM basal (105,65±1,00 vs 100,83±2,82)

e na PAM induzida por EVEC (114,41±3,51 vs 101,34 ±

1,99) como também, na FC basal (399,40±11,22 vs

354,14±10,44) e induzida por EVEC (421,02±19,38 vs

356,35±6,51). Discussão: O estudo mostrou que a

indução de EVEC isotônica não promoveu alterações nas

variáveis PAM, FC e LF/HF. Porém, os animais que

receberam microinjeção de DOI seguida de EVEC,

apresentaram aumento significativo das variáveis,

sugerindo que a serotonina exerça uma neuromodulação

em nível do NPV e esta promova uma inibição na

resposta barorreflexa frente à EVEC, mostrando o

envolvimento serotoninérgico na neuromodulação em

nível do NPV na resposta reflexa vagal em ratos

normotensos.

Expressão do Cd10 e Tra-1-60 no Carcinoma

Espinocelular de Boca: Uma Correlação

Clínicopatológica

Jade Silva Kozlowski de Oliveira, Eneida Franco

Vencio

Dentre os diversos tipos de câncer, o bucal representa

de 3 a 5% do total de neoplasias malignas, sendo que

o Carcinoma Espinocelular representa 95% destas

lesões e apresenta elevada taxa de morbimortalidade.

Tem sido descrita a expressão de marcadores

tumorais que auxiliam no prognóstico em vários tipos

de câncer. Este estudo tem como objetivo avaliar a

expressão do CD10 e TRA-1-60, especificamente,

como indicadores de invasão e metástase, fazendo

uma correlação com os aspectos clínicos e

histopatológicos dessas lesões. Será realizada uma

análise imunohistoquímica e biomolecular por meio de

PCR em 93 amostras de carcinoma espinocelular de

boca. O resultado esperado é a identificação de

expressão destes marcadores em relação às

particularidades clínicopatológicas, a fim de colaborar

no diagnóstico dessa neoplasia e trazer benefícios no

prognóstico dos pacientes e consequente redução da

morbimortalidade.

Page 31: Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

Avaliação do Potencial Genotóxico e Cancerígeno

do Uso de Membranas Regeneradoras de Tecido

Através do Teste de Micronúcleo em Sangue

Periférico de Camundongos.

Jennifer Thalita Targino dos Santos

Biomateriais são materiais artificiais desenvolvidos

para uso em áreas de saúde com desígnio de suprir a

matéria viva cuja função foi perdida. Inclui qualquer

substância sintética ou natural que pode ser

empregada como tratamento para substitutivo total ou

parcial de qualquer tecido, órgão ou organismo.

Dentre as características primordiais desses materiais

estão a biocompatibilidade com o tecido, atoxidade,

pouco peso e baixo custo. Os mais requisitados no

mercado atual são os polímeros e os cerâmicos, pois,

podem tanto substituir o tecido vivo sem função como

também impulsionar o crescimento de um novo tecido.

As membranas regeneradoras de tecidos, um

biomaterial, são transparentes e extremamente finas,

altamente flexíveis, não adesivas, que se adaptam

facilmente ao ferimento, considerado como substituto

da pele humana, Entretanto, seu uso não deve ser

feito de forma não controlada, pois se deve levar em

conta o fato comum da presença de compostos de

ação citotóxica ou genotóxica entre os constituintes da

membrana e faz-se necessário o conhecimento de tais

potenciais para uma utilização racional do uso deste

biomaterial. O teste de micronúcleo é amplamente

utilizado com a finalidade de testar o potencial

genotóxico de substâncias, sendo tecnicamente

simples, pode ser conduzido em menor tempo e

possui um resultado menos subjetivo. Neste trabalho,

foi empregada a avaliação da genotoxicidade da

membrana regeneradora de tecido, quantificando seu

potencial cancerígeno. Para o desenvolvimento do

teste de micronúcleo foram utilizados 10

camundongos da espécie Mus musculus (Swiss

albino) com aproximadamente 25g de peso corpóreo,

Divididos cinco animais para cada grupo de

tratamento. Sendo um grupo controle negativo e um

grupo com a amostra da membrana reticulada. Todos

os animais foram submetidos à administração via

intramuscular do anestésico Quetamina associada ao

relaxante muscular Dopaser (0,1mL). Em seguida,

realizado a tosa no dorso do animal, e uma incisão de

aproximadamente 0,5cm para a aplicação da

membrana. Após a colocação do biomaterial a incisão

foi suturada. Para o controle negativo, o processo foi o

mesmo, porém sem o emprego da membrana no

procedimento. Para análise citológica, foram feitas

coletas de 30, 48 horas e 30 dias, após os animais

serem submetidos ao tratamento. As lâminas foram

preparadas com o esfregaço de uma gota do sangue

coletado em seringa heparinizada, através de punção

na veia caudal. Fixadas com metanol e coradas com

Gimsa. Os resultados mostram que a amostra não foi

capaz de induzir danos estatisticamente significativos

ao DNA.

Análise da Dinâmica de Sucessão de Linhagens de

Leveduras em Dornas de Fermentação Durante a

Safra de Produção de Etanol

Souza, Jonas P.1(IC); Cunha, Anderson F.1(O);

Malavazi, I1(CO).

[email protected]

1Departamento de Genética e Evolução, Universidade

Federal de São Carlos.

A Produção de etanol no Brasil nas usinas de álcool

ocorre através da fermentação do caldo de cana ou

melaço (sub produto da produção de açúcar),

realizado pela via fermentativa da levedura

Saccharomyces cerevisiae que deve ocorrer entre 30

e 35°C. Para manter esta temperatura é necessário a

instalação de sistemas de resfriamento que tem um

custo bastante elevado. Por esse motivo, seria

interessante se a fermentação ocorresse a altas

temperaturas, porque assim, haveria uma redução no

custo da produção do etanol, pela não utilização dos

resfriadores e diminuição da competição por linhagens

de leveduras e bactérias invasoras que não se

desenvolveriam nessas temperaturas. À vista disso,

linhagens selvagens mais robustas poderiam ser

selecionadas e melhoradas de modo a produzir o

máximo de etanol em temperaturas e concentrações

de etanol elevadas, e serem utilizadas como cepas de

partida no processo de fermentação. Com isso, este

projeto tem por objetivo principal isolar e identificar por

análises moleculares, a dinâmica de sucessão de

linhagens da levedura S. cerevisiae nas dornas

durante o processo de produção industrial de álcool e,

assim, avaliar o potencial de resistirem a estresses de

temperatura e álcool para maximizar a produção de

etanol visando uma maior produtividade. Durante a

safra de 2014, foram retiradas amostras do processo

fermentativo da Usina São Luis em Ourinhos-SP, para

identificar a dinâmica de sucessão nestas dornas.

Para isto, a mistura de leveduras coletada foi

inoculada em meio de cultura sólido WLN (Wallerstein

Laboratory Nutrient) e YEPD (Extrato de levedura 1%,

Peptona 2% e Dextrose 2%), sendo as colônias

diferenciadas por morfologia após o crescimento.

Além disto, 15 colônias foram coletadas

aleatoriamente para as análises de genotipagem que

diferencia linhagens selvagens das industriais

atualmente utilizadas. Para isso, o DNA destas

colônias foi extraído, e genotipado utilizando um kit de

genotipagem desenvolvido para este propósito. Os

resultados foram comparados com os perfis genéticos

das linhagens industriais e as que apresentam um

padrão distinto foram consideradas linhagens

selvagens (ou derivadas). Até o momento isolamos 13

linhagens consideradas como selvagens e em uma

primeira análise observamos que duas linhagens

muito prevalentes, provavelmente derivaram da

industrial CAT-1 (previamente inoculada no início da

safra) e que estas deram origem a uma outra que se

mostrou prevalente na coleta posterior. Nossos dados

iniciais sugerem que a dinâmica nas dornas pode

ocorrer tanto por inserção de novas linhagens quanto

pela derivação por recombinação homóloga, processo

muito comum em S. cerevisiae, durante o processo

fermentativo. Estas linhagens estão sendo testadas

quanto a termotolerância e etanol resistência para

aplicação em processo industrial visando reduzir

custos e aumentar a produção.

Page 32: Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

Influência da Dislipidemia no Surgimento e

Agravamento de Cardiopatias na População.

Lais Machado De Jesus

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),

dos 50 milhões de óbitos registrados nas últimas

décadas, as doenças cardiovasculares foram

responsáveis por 30% das causas. Através desses

valores verifica-se que há grande necessidade da

identificação de etiologia, sintomas, fatores de risco,

prevenção e tratamento das cardiopatias, e também a

influência da dislipidemia para o aparecimento ou

agravamento destas patologias. (SIMÃO, 2013.) As

cardiopatias, assim como as demais enfermidades,

são determinadas pela multicausalidade; a genética e

o estilo de vida são fatores considerados para a

incidência destas doenças. (SOCESP) Segundo a

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a

dislipidemia é definida como distúrbio que altera os

níveis séricos dos lipídeos (gorduras); as alterações

do perfil lipídico podem incluir colesterol total alto,

triglicerídeos (TG) altos, colesterol de lipoproteína de

alta densidade baixo (HDL-c) e níveis elevados de

colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-c).

Em consequência, a dislipidemia é considerada como

um dos principais determinantes da ocorrência de

doenças cardiovasculares (DCV) e cerebrovasculares,

dentre elas aterosclerose (espessamento e perda da

elasticidade das paredes das artérias), infarto agudo

do miocárdio, doença isquêmica do coração

(diminuição da irrigação sanguínea no coração) e AVC

(derrame). De acordo com o tipo de alteração dos

níveis séricos de lipídeos, a dislipidemia é classificada

como: hipercolesterolêmica isolada,

hipertrigliceridemia isolada, hiperlipidêmica mista e

HDL-C baixo. (BRASIL, 2011) Tendo em vista a

importância do conhecimento sobre a doença e por

ser fator influenciador nas cardiopatias, foi realizada

pesquisa bibliográfica em livros, sites e artigos

acadêmicos com o propósito de levantar produções

científicas que apresentem a dislipidemia como fator

de risco significativo para as cardiopatias, a influência

de alguns alimentos para o aumento dos níveis de

lipídios no sangue, os alimentos funcionais e a terapia

nutricional a favor da diminuição desses níveis

elevados. Também foi realizada uma pesquisa

epidemiológica em hospitais da cidade de Barretos-

SP, com o objetivo de observar a relação de

indivíduos que possuem doenças cardiovasculares e

que apresentem taxa elevada de gordura no sangue.

Efeito da suplementação de ácido α-lipóico sobre

parâmetros do estresse oxidativo dos tecidos

musculares esquelético e cardíaco pós exercício

exaustivo em camundongos treinados.

WOLF, L.S.¹; MORAES, R.C.M.²; MERINO, S.M.²;PORTARI, G.V.³

1 – Graduação em Nutrição, Instituto de Ciências da Saúde – UFTM

2 – Mestrado em Educação Física, Departamento de Ciências do Esporte - UFTM

3 – Professor Adjunto, Departamento de Nutrição -

UFTM

Introdução: A realização de exercícios físicos de alta

intensidade ou exaustivo associados ao metabolismo

energético acelerado pode gerar estresse oxidativo e

danos como lesões, fadiga crônica, overtrainig e

capacidade vasodilatadora prejudicada, parcialmente

em razão da elevada síntese de Espécies Reativas de

Oxigênio (EROs) nos tecidos. A possibilidade de

ocorrer lesão oxidativa durante o exercício aeróbio nos

tecidos depende do equilíbrio entre a geração dos

EROs e eficácia dos mecanismos antioxidantes.

Enquanto alguns estudos demonstram o efeito positivo

da suplementação com antioxidantes sobre o estresse

oxidativo e lesões celulares decorrentes de exercícios

físicos exaustivos outros demonstram efeitos

negativos da suplementação de antioxidantes na

adaptação ao exercício crônico. Portanto, faz-se

necessário esclarecer os efeitos da suplementação

com antioxidantes, no caso de nosso trabalho o ácido

α-lipóico. Objetivos: Avaliar os efeitos da

suplementação de ácido α-lipóico sobre

biomarcadores de estresse oxidativo nos músculos

esquelético e cardíaco de camundongos treinados no

pós-exercício exaustivo. Métodos: No trabalho,

aprovado pela CEUA/UFTM (nº219/12), foram

utilizados 60 camundongos Swiss machos,

peso≅25g/idade≅50 dias. O treinamento consistiu em

6 semanas de natação, em que o último dia

correspondeu à uma sessão exaustiva com

sobrecarga de 10% do peso corporal preso à calda do

animal. Os animais do grupo Suplementado

receberam 100mg/kg/dia de ácido α-lipóico, enquanto

os do grupo Controle receberam placebo. A eutanásia

se deu em 3 diferentes momentos, Basal (animais em

repouso), 0 e 4h pós-exaustão. As dosagens de

biomarcadores de estresse oxidativo foram realizadas

(determinação das substâncias reativas ao ácido

tiobarbitúrico – SRATB e sulfidrila não protéico –

GSH). Resultados: As dosagens de biomarcadores

de estresse oxidativo foram realizadas obtendo-se

uma diminuição simultânea das concentrações de

GSH após 4h de exercício exaustivo (PLA–

basal=283,2±51,7; 0h pós= 343,5±49,2; 4h

pós=391,3±57,0/ SUP- basal=316,0±71,7; 0h pós=

399,7±68,2; 4h pós=342,9±43,2), no grupo

Suplementado sugerindo o consumo destes em prol

da redução da peroxidação lipídica, percebida pela

redução das SRATB no mesmo grupo e período do

protocolo experimental. (PLA– basal=9,9±1,9; 0h pós=

4,7±1,2; 4h pós=7,1±0,5/ SUP- basal=7,3±1,4; 0h

pós= 4,1±1,2; 4h pós=4,4±0,9). Já no tecido cardíaco,

houve um aumento significativo das SRATB no grupo

basal suplementado (PLA– basal=0,16±0,07; 0h pós=

0,13±0,03; 4h pós=0,20±0,06/ SUP- basal=0,51±0,15;

0h pós= 0,19±0,05; 4h pós=0,21±0,03). Sugere-se que

esse aumento seja devido a um maior estresse do

tecido cardíaco que no músculo durante uma atividade

aeróbia exaustiva, ocorrendo uma maior ação dos tióis

nesse tecido. Assim, as concentrações de GSH

aumentaram de forma gradativa do controle para o

suplementado, no entanto, houve um aumento

drástico do GSH após 4h do exercíco exaustivo no

grupo Suplementado (PLA– basal=23,22±19,48; 0h

pós= 72,28±25,09; 4h pós=95,98±37,86/ SUP-

Page 33: Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

basal=264,40±150,11; 0h pós= 403,65±193,92; 4h

pós=792,70±364,73), provavelmente decorrente de

uma possível compensação aos altos niveis de

SRATB no pré exercício. Conclusão: A

suplementação com ácido α-lipóico resultou em uma

proteção contra o estresse oxidativo provocado pelo

exercício exaustivo, no entanto, comportamentos

diferentes entre os dois tecidos foram verificados.

Palavras-chave: exercício exaustivo, estresse

oxidativo, ácidoα-lipóico, EROs, suplementação,

antioxidante.

Apoio Financeiro: FAPEMIG/CAPES

Conhecimento dos Alunos do Ensino Fundamental

Participantes do Pibid/Ciências sobre o

Papilomavírus Humano: Um Estudo Transversal

em Uberaba-MG

BARBOSA, Luciana Maria de Oliveira; PEREIRA,

Fernando Lourenço

A infecção por papilomavírus humano (HPV) é a

doença sexualmente transmissível mais frequente na

população, e quando não tratada, pode causar muitos

malefícios, inclusive a possibilidade do

desenvolvimento de alterações nas células, podendo

evoluir para algumas doenças. Geralmente há

alterações nas células do colo do útero,

principalmente em mulheres infectadas por vírus

oncogênico. Atualmente a vacina bivalente tem sido

indicada para meninas e mulheres acima de 9 anos,

sendo esta uma medida preventiva adotada por

países que utilizam a vacinação em programas

nacionais de imunização, porém nem sempre há

conhecimento dos alunos e dos seus familiares sobre

os métodos preventivos sobre o HPV e o câncer do

colo de útero, neste sentido o presente estudo teve

por objetivo verificar o conhecimento dos alunos em

relação ao papilomavírus humano, dando enfoque na

prevenção, transmissão e associação ao câncer do

colo de útero. A pesquisa foi realizada na Escola

Estadual Horizonta Lemos na cidade de Uberaba/MG.

Foi aplicado um questionário para 25 alunos do ensino

fundamental, participante das oficinas do Programa

Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência

(PIBID), sendo 60% homens e 40% mulheres. Ao

avaliar o conhecimento dos alunos sobre a principal

medida preventiva do HPV, 60% responderam

incorretamente, quanto a transmissão 96%

responderam corretamente, e quando questionados

sobre a associação do HPV e o câncer do colo de

útero 60% apresentou conhecimento sobre essa

questão. Assim o estudo verificou que os alunos

demonstraram conhecimento primário em relação ao

HPV, e apresentaram pouco conhecimento quanto a

prevenção, sendo necessário um trabalho mais

aprofundado sobre métodos preventivos de HPV e

câncer do colo de útero com os alunos e seus

familiares, uma vez que a escola configura como fonte

de informação, e partir de trabalhos informativos, é

possível buscar uma diminuição na proliferação do

vírus e consequentemente de doenças relacionadas

ao mesmo, principalmente o câncer do colo de útero.

Estudo das Regiões Ultra Conservadas na

Leucemia Linfóide Aguda da Criança e do

Adolescente

KODAMA, M. H.1; SOUSA, G. R.

1; SALES, L.

1;

IONTA, M.1; OLIVEIRA, J. C.1.

*[email protected]

1Grupo de Pesquisa: Bases Moleculares Envolvidas

na Atividade Antitumoral de Compostos Naturais e

Sintéticos, Instituto de Ciências da Natureza, UNIFAL-

MG.

Palavras-chave: Leucemia Linfóide Aguda, Regiões

Ultra Conservadas Transcritas, Desregulação, Câncer.

Introdução: A Leucemia Linfóide Aguda (LLA) é uma

neoplasia de células hematopoiéticas caracterizada

pela proliferação e acúmulo de blastos na medula

óssea. Apesar de todo avanço no tratamento, ainda 20

a 30% dos pacientes sofrem recaída e as causas

dessa falha permanecem desconhecidas. É de grande

importância, portanto, a identificação de novos genes

que possam estar associados às características

biológicas e à resposta ao tratamento da LLA com o

intuito de identificar possíveis marcadores moleculares

de suscetibilidade e prognóstico. Recentemente, a

análise de expressão de RNAs não codificantes tem

se mostrado uma abordagem promissora e

grandemente informativa, principalmente através da

investigação dos microRNAs, entretanto,

pouquíssimos estudos tem buscado alterações de

expressão de outras classes de RNAs não

codificantes, entre esses, as regiões ultra conservadas

transcritas (T-UCRs). Em 2007, um trabalho precursor

sobre o tema, identificou o perfil de expressão das T-

UCRs característico à leucemia linfóide crônica (LLC)

e aos carcinomas hepatocelular e coloretal.

Posteriormente, a desregulação de alguns UCRs

também foi descrita em neuroblastoma pediátrico, e

em outros tumores, porém, na LLA não foi encontrado

nenhum trabalho que analisa o perfil de expressão de

qualquer UCR. Visto a grande heterogeneidade dessa

patologia e a necessidade de busca alternativa de

novos marcadores, o objetivo do presente trabalho é

analisar a expressão de alguns T-UCRs em amostras

de linhagens celulares de LLA. Metodologia: O

presente trabalho visou fazer a análise da expressão

da expressão das UCRs em linhagens de LLA. Porém,

anteriormente a análise de expressão, foram feitas as

curvas de calibração de cada primer (Uc112, Uc160,

Uc122, Uc316, Uc145, Uc252, Uc198, Uc396, Uc399

e Uc262), a fim de mensurar suas respectivas

eficiências (que deve estar em 100% ou próximo). As

curvas foram construídas a partir de cinco diluições

seriadas, cujo fator de diluição foi de 1:2. Para a

análise de expressão gênica, obteve-se os RNAs das

linhagens, seguida da síntese de cDNA através do kit

SuperScript, incluindo o teste RT menos, onde o

material extraído (RNA total) é submetido à

amplificação afim de garantir que a amostra encontra-

se livre de DNA contaminante. A análise da

expressão gênica foi feita através do método de

quantificação relativa por PCR em Tempo Real no

aparelho ABI PRISMTM 7500® (Applied Biosystems,

Page 34: Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

Foster City, CA, EUA). Como controle endógeno foram

utilizadas as expressões dos genes GUS e HPRT, e a

quantificação obtida pela fórmula 2-ΔΔCt, utilizando

uma amostra de linfócitos saudáveis como calibrador.

Resultados e discussão: Na análise de eficiência de

cada primer, a partir da curva de calibração, obteve-se

uma eficiência de 105,69% para o primer Uc112 e

107,06% para o primer Uc160, o que nos mostra que

os primers apresentam eficiência de amplificação

próxima de 100% e podem ser comparados com os

endógenos (GUS e HPRT) previamente testados.

Outros primers que também tiveram uma eficiência

próxima a 100% foram: Uc122, Uc316 e Uc252, cuja

análise de expressão gênica ainda está em

andamento. Para o primer Uc399 não houve

expressão, mostrando que talvez o gene relacionado

não seja expresso em linhagens de LLA. Os outros

primers (Uc145, Uc198, Uc396 e Uc262) não tiveram

sua eficiência dentro dos parâmetros determinados,

porém serão refeitas as suas curvas de calibração

para comprovar os níveis de eficiência. Na análise de

expressão, os resultados obtidos até o momento

sugerem que há diferenças na expressão de UCRs

em linhagens de LLA das duas regiões analisadas. A

região Uc112 foi encontrada hiperexpressa na

linhagem REH e a região delimitada pelo primer

Uc160 foi encontrada hipoexpressa nas linhagens

REH e 697. Conclusões: Esse é o primeiro indício

que as linhagens de LLA possam apresentar

expressão diferenciada das UCRs, justificando o

aprofundamento dessas pesquisas, que poderão

direcionar a identificação de marcadores moleculares

de resistência a drogas que subsidiem a alocação de

pacientes nos grupos de risco, bem como ajudar no

entendimento da fisiopatologia da LLA, auxiliando na

pesquisa por novos alvos terapêuticos.

Apoio Financeiro: O presente trabalho foi realizado

com o apoio do CNPq (bolsa de iniciação científica de

SOUSA, G.R.) e FAPEMIG (bolsa de iniciação

científica de KODAMA, M.H e auxílio financeiro).

Aplicação de Sensores Nanomecânicos para a

Detecção de Câncer

Mariana A. de Andrade1, Nadja K. L. Wiziack

1,2, Lívia

F. Rodrigues1, Matias E. Melendez

2, Cristovan

Scapulatempo Neto2, Andre L. Carvalho

2, Oswaldo N.

Oliveira Jr.3, Fabio L. Leite

1

1. Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) -

Campus Sorocaba, SP,Brasil.

2. Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular -

Hospital de Câncer de Barretos, SP, Brasil.

3. Instituto de Física de São Carlos da Universidade

de São Paulo (USP) - Campus São CarlosSP, Brasil.

Autor para correspondência: [email protected]

No âmbito atual, a ciência visa promover diversas

técnicas de diagnósticos clínicos não invasivos a fim

de que sejam detectadas doenças distintas em seu

estágio inicial. Dessa forma, a aplicação de sensores

nanomecânicos, mostra-se como uma ferramenta

promissora para a o diagnóstico prévio de doenças

por meio de seus de biomarcadores. Tais sensores

são baseados no tratamento químico e biológico das

superfícies de microalavancas, que através do

estresse tensional das superfícies, gerado por

interações moleculares, produzem um sinal mecânico

detectado por meio da Microscopia de Força Atômica

(AFM). Desse modo, nosso projeto fundamenta-se no

desenvolvimento de um biossensor a partir das

microalavancas de AFM, visando à detecção do

biomarcador p53. Este marcador trata-se de uma

fosfoproteína nuclear que modula a ativação ou

inativação de genes distintos, sendo originada a partir

da expressão do gene TP53. A ativação de p53

começa através de uma série de mecanismos e regula

um grande número de genes que controlam funções

celulares como ciclo celular, reparo do DNA,

senescência e apoptose. A ativação do p53 conduz

freqüentemente a apoptose enquanto a sua inativação

facilita a progressão do tumor. A inativação de

mutações do gene p53 ocorre em mais de 50% dos

cânceres. Tendo em vista a presença da p53 em

diferentes tipos de câncer, bem como na saliva de

pacientes de câncer de cabeça e pescoço, estão

sendo realizadas análises em vitro afim de que seja

avaliada a eficiência do biossensor para a detecção

desse marcador. Nosso sensor foi construído a partir

da funcionalização e imobilização da superfície das

microalavancas de AFM, tendo como resposta o sinal

mecânico de deflexão das microalavancas com base

na interação antígeno-anticorpo. Para detecção do

biomarcador (antígeno) estão sendo utilizados os

anticorpos anti-human monoclonal p53, além das

amostras de linhagens celulares p53+ e p53-.

Pretende-se também, em trabalhos futuros de nosso

grupo, avaliar o potencial de sensores de AFM para

amostras de DNA e miRNA. Dessa forma, o objetivo

geral desse trabalho trata-se de empregar uma nova

técnica de sensoriamento de biomarcadores de câncer

baseada na deflexão de microalavancas de AFM

oriundas da interação específica antígeno-anticorpo.

Tal sensoriamento é caracterizado por sua alta

sensibilidade e especificidade, podendo ser uma

técnica promissora para o diagnóstico precoce de

câncer.

PREVALÊNCIA DO VÍRUS HPV NO CÂNCER DE

COLO UTERINO

Majevski, Mayara N.1

Orientadora: Silva, Juliana O.M.²

1Aluna de graduação em Enfermagem das Faculdades

Pequeno Príncipe.

²Docente e Mestranda do curso de graduação em

Enfermagem das Faculdades Pequeno Príncipe.

Page 35: Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

Introdução: O câncer de colo uterino é o tipo mais

comum nos países em desenvolvimento e a principal

causa de morte por câncer entre as

mulheres.Evidências epidemiológicas consistentes

descrevem o papilomavírus humano (HPV) como

causa necessária para a ocorrência do câncer

cervical. Contudo, apesar da infecção pelo HPV ser a

mais comum das doenças sexualmente

transmissíveis, apenas uma pequena parcela das

mulheres infectadas pelo vírus desenvolve o câncer, o

que demonstra que apenas a presença do HPV

parece ser insuficiente para o desenvolvimento do

câncer cervical. Já foram identificados cofatores na

gênese do câncer de colo do útero que se somam à

infecção viral tais como, fatores comportamentais,

relacionada ao hospedeiro e relacionada ao vírus.

Objetivos:Desvelar a influência do vírus HPV no

câncer de colo uterino, através da sua genética no

processo de carcinogênese. Método:Revisão

Integrativa com base nas etapas propostas por

Mendes, Silveira e Galvão (2008), com busca de

artigosrealizada na Biblioteca Virtual em Saúde(BVS),

no período de 2010a 2013, utilizando as palavras

chave:neoplasia genética, neoplasia HPV. Foram

capturados07artigos com base nos critérios de

inclusão estabelecidos: somente artigos, idioma

português, relacionados ao tema, desconsiderando os

nãosdisponíveis online e redundantes.

Resultados:Em média transcorrem de 12 a 15 anos

entre o momento da infecção por HPV e o

desenvolvimento do câncer cervical, o que reforça o

padrão de múltiplos estágios no processo de

carcinogênese.Oscofatores na gênese do câncer de

colo uterinosão relacionados aos fatores

comportamentais (Tabagismo, uso de hormônios

exógenos), relacionados ao hospedeiro (idade,

resposta imune, predisposição genética) e

relacionados ao vírus (tipo, variante, carga viral e

interação com o genoma). O Papiloma Vírus Humano

pode silenciar a ativação de genes, diminuindo a

defesa do hospedeiro e assim favorecendo a infecção

persistente, além disso, oncoproteínas virais podem

ter a capacidade de modular, direta ou indiretamente o

processo de metilação, silenciando os genes celulares

que poderiam interferir no desenvolvimento tumoral.

Conclusões:Esse estudo demonstra que somente o

HPVnão é responsável pelo surgimento do câncer de

colo uterino, outros fatores comportamentais,

características sociais e genéticas do individuo podem

influenciar no desencadeamento da doença.É

importante ressaltar que a utilização de medidas

preventivas, podemfavorecer o auto cuidado das

mulheres e reduzir o índice de infecção por doenças

sexualmente transmissíveis, sendo de extrema valia,

realizar um serviço de orientação e promoção de

saúde.

Descritores: Neoplasia genética, Neoplasia HPV

Referências:LODI, C.T.C, et al. Metilação genética,

neoplasia intraepitelial cervical e câncer do colo

uterino. FEMINA, 2012.JÚNIOR, S.F.L, et al.

Prevalência dos genótipos do papilomavirus humano:

comparação entre três métodos de detecção em

pacientes de Pernambuco, Brasil.Revista Brasileira

de Ginecologia e Obstetrícia, 2011.FERRAZ, L.C,

SANTOS, A.B, DISCACCIATI, M.G. Ciclo celular, HPV

e evolução da neoplasia intraepitelial cervical: seleção

de marcadores biológicos.Revista do Instituto de

Ciências da Saúde, 2012.

Falhas no Diagnóstico e Diagnóstico Tardio de

Carcinoma Espinocelular de Boca: Relato de

Casos Clínicos

(2014 – Atual)

Autores: Mayara santos de Castro. Marina Lara de

Carli. João Adolfo Costa Hanemann*.

*Currículo Lattes do orientador:

http://lattes.cnpq.br/3909180953451579

O carcinoma espinocelular (CEC) é uma neoplasia

epitelial invasiva com diferentes graus de

diferenciação e propensão a desenvolver metástases;

corresponde a mais de 90% das malignidades orais e,

apesar dos avanços relacionados à prevenção, ao

diagnóstico precoce e ao tratamento, ainda possui

altas taxas de incidência e de mortalidade globais,

sendo considerado, assim, um problema de saúde

pública. Geralmente acomete o gênero masculino

(relação homem-mulher de 2:1), na quinta e na sexta

décadas de vida, tabagistas e etilistas. Quando

acomete pacientes jovens, não tabagistas e não

etilistas, relaciona-se à predisposição genética e à

ação de agentes biológicos, como o HPV. Pode estar

associado ou ser precedido por lesões potencialmente

malignas. Em estágios iniciais, apresenta-se

clinicamente como uma lesão leucoplásica,

eritroplásica ou eritroleucoplásica; em estágios

avançados, geralmente, é uma lesão endofítica,

ulceroinfiltrativa com bordas elevadas e endurecidas

ou exofítica, ulcerovegetante. Evidencia-se que a

lesão fundamental clássica do carcinoma

espinocelular de boca é a úlcera, crônica e não-

cicatrizante. Entretanto, outras patologias também

podem ser associadas à presença clínica de uma

lesão oral ulcerada, como doenças infecciosas,

inflamatórias, fúngicas profundas, além de lesões

traumáticas, o que permite associá-lo a vários

diagnósticos diferenciais. Considerando os crescentes

relatos de lesões orais neoplásicas malignas

diagnosticadas e tratadas erroneamente por

cirurgiões-dentistas, este trabalho visa enfatizar as

características clínicas, epidemiológicas e

histopatológicas do carcinoma espinocelular, bem

como identificar os diagnósticos incorretos mais

frequentes, a fim de possibilitar o diagnóstico precoce

e reduzir fatores que possam atrasá-lo. Para isso, será

realizado uma pesquisa bibliográfica, revisando a

literatura atual por meio de artigos, teses, dissertações

e livros de autores relevantes que abordam sobre o

CEC oral. Também serão realizados relatos de casos

clínicos de CEC de boca que foram previamente

tratados como outras patologias. Os atendimentos aos

pacientes ocorrerão no Departamento de Clínica e

Cirurgia, Clínica de Estomatologia, Faculdade de

Odontologia da Universidade Federal de Alfenas -

UNIFAL-MG. Espera-se identificar os diagnósticos e

Page 36: Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

tratamentos incorretos mais frequentes estabelecidos

ao carcinoma espinocelular de boca, bem como

destacar a importância do cirurgião-dentista na

realização do diagnóstico precoce, possibilitando um

prognóstico favorável e reduzindo as taxas de

mortalidade e morbidade dos pacientes.

OBSERVAÇÃO: Este trabalho já apresenta

conclusões parciais; ainda não foi terminado pois

novos pacientes serão atendidos.

Conhecimento de Gestantes Acerca da

Importância da Saúde Bucal e Intervenções

Odontológicas Durante a Gravidez

Autores: Mayara Santos de Castro. Daniela Coêlho

de Lima. Leandro Araújo Fernandes.

O tratamento odontológico muitas vezes é evitado ou

adiado no período gestacional. O presente estudo

avaliou a autopercepção das gestantes quanto a

importância da saúde bucal, bem como às

intervenções odontológicas na gestação. Foi aplicado

um questionário semi-estruturado, nos serviços

públicos de saúde da cidade de Alfenas/MG, a 473

gestantes com a faixa etária média de 25,2 anos,

sendo a maioria casada (45,1%) e com ensino médio

completo (36,6%). Os resultados obtidos mostraram

que 62,7% não haviam procurado por tratamento

odontológico durante a respectiva gestação, embora

92% o considerasse importante. Durante as consultas

de pré-natal, apenas 43,3% afirmaram ser alertadas

pelos médicos sobre a importância da própria saúde

bucal e a do bebê. Dentre as entrevistadas, 44%

acreditam ser mais susceptíveis à perderem os dentes

por estarem grávidas; 55,8% acham que os dentes

ficam mais fracos por esse motivo e 50,8% afirmam

não existir relação entre a saúde bucal da mãe com a

do filho. A maioria (58,7%) considera a escovação o

método preventivo anticárie mais eficaz e 92,6%

julgam poder ajudar seu bebê a não ter cárie. Dos

itens relacionados ao tratamento odontológico, as

grávidas associam o exame radiográfico (56%), a

anestesia local (54,1%) e a prescrição medicamentosa

(40%) aos fatores que podem comprometer a saúde

do embrião/feto. Dessa forma, observou-se que as

gestantes apresentam lacunas no conhecimento sobre

a própria saúde bucal e a do bebê, além de

apresentarem estigmas quanto às intervenções

odontológicas neste período. Medidas preventivas e

educativas devem ser implantadas a fim de erradicar

ou minimizar tais desconhecimentos e crenças.

Adenoma Pleomórfico em Fundo de Vestíbulo

Autores: Mayara Santos de Castro, Marina Lara de

Carli, Alessandro Antônio Costa Pereira , Felipe

Fornias Sperandio, João Adolfo Costa Hanemann

Disciplina de Estomatologia, Faculdade de

Odontologia, Universidade Federal de Alfenas

(UNIFAL-MG), Alfenas-MG.

Paciente do gênero masculino, 34 anos de idade,

leucoderma, foi encaminhado à Clínica de

Estomatologia da UNIFAL-MG, para avaliação e

tratamento de lesão assintomática em maxila direita.

Durante a anamnese, o paciente relatou que a lesão

surgiu há aproximadamente 6 anos e a mesma

apresentou um discreto aumento de volume nesse

período. No exame físico extrabucal, não foram

observadas alterações significativas. À oroscopia,

constatou-se a presença de um nódulo submucoso de

consistência firme, móvel, recoberto por mucosa

íntegra e normocorada localizado no fundo de

vestíbulo superior direito estendendo-se da região do

dente 14 ao 16. As hipóteses diagnósticas foram de

neoplasia mesenquimal benigna e neoplasia benigna

de glândula salivar. Realizou-se a excisão cirúrgica da

lesão e os cortes microscópicos revelaram epitélio

glandular em proliferação e formando estruturas

ductais e espaços císticos, de tamanhos variados e

preenchidos parcialmente por material eosinofílico,

sugestivo de muco e às vezes basofílico, além de

queratina. Notam-se células mioepiteliais

plasmocitoides e redondas em um estroma

colagenizado, com discreto infiltrado inflamatório

mononuclear, vasos sanguíneos dilatados e algumas

áreas condroides. O paciente encontra-se em

proservação em nossa clínica e, 3 meses após o

tratamento, encontra-se sem sinais de recidiva da

lesão.

Palavras-chave: Adenoma Pleomorfo. Glândulas

Salivares Menores. Patologia Bucal

Avaliação do Estresse Oxidativo em Ratos sob

Enriquecimento Ambiental com Musicoterapia

Nathália Martinez

INTRODUÇÃO: A musicoterapia como

enriquecimento ambiental tem sido utilizada por

produzir efeitos de ordem psicológica e fisiológica,

minimizando o estresse, mantendo o equilíbrio

emocional, diminuindo a ansiedade, equilibrando

alterações na frequência cardíaca, pressão arterial,

entre outros. O excesso de espécies reativas de

oxigênio (EROS) é responsável por causar

peroxidação lipídica e mutagênese, processos que se

resumem no estresse oxidativo. OBJETIVO: Dessa

forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o nível de

estresse oxidativo mensurado bioquimicamente pela

quantificação do Malondealdeído (MDA), e a avaliação

da atividade antioxidante total em equivalência ao

Trolox (TEAC) do soro de ratas fêmeas Wistar

expostas ou não à musicoterapia. RESULTADOS:

Nossos resultados demonstraram aumento do

estresse oxidativo nos animais expostos a

musicoterapia quando comparados ao controle

(p>0,05). No entanto, com relação ao TEAC os

animais expostos a musicoterapia demonstraram

maior poder antioxidante, quando comparado ao

controle (p<0,05) o que pode ser justificado como

resposta ao evento que estes animais foram

submetidos. CONCLUSÕES: Em conclusão, o

presente estudo aponta que, o aumento do estresse

Page 37: Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

oxidativo nos animais expostos à musicoterapia, foi

superado pelo aumento da capacidade antioxidante,

quando comparados ao controle. Assim os resultados

obtidos nesse estudo fornecem indícios da eficácia da

musicoterapia como agente terapêutico no estresse

oxidativo.

Palavras-chave: Ratas Wistar; Estresse oxidativo;

Musicoterapia

Metabolômica e Imageamento 2d de Tecidos

Tumorais Cerebral por Espectrometria de Massas

Via Desorption Electrospray Ionization (Desi-Ms).

Pedro H. V.,1* Nicolas V. S.,1 Izilda A. C.,2 Marcos N. E.1

1 Laboratório ThoMSon de Espectrometria de Massas – UNICAMP;

2 Centro Infantil de Investigações Hematológicas Dr Domingos A Boldrini

A espectrometria de massas (MS) engloba diversas

metodologias sendo que as técnicas de Matrix

Assisted Lazer Desorption-Ionization – Time of Flight

(MALDI-TOF) e Desorpotion Electrospray Ionization

(DESI) se destaca dentro da Patologia através de uma

nova aplicação, o imageamento bidimencional

denominado por Mass Spectrometry imaging (MSI).1

Esta aplicação tem quebrado a barreira entre a

Patologia, Química Analítica e Biologia Molecular uma

vez que analisa tecidos intactos, preservando a

informação quanto à distribuição das biomoléculas.

Adicionalmente elimina alguns passos no preparo das

amostras, como homogeneização e separação,

proporcionando uma economia de tempo e reagentes

para tais procedimentos. Além disso, MALDI-MSI e

DESI-MSI, não necessita de reagentes alvo-específico

na maioria de suas análises, como os anticorpos na

técnica de imunohistoquímica.2 O MSI estuda a

composição biomolecular através do espectro de

massa/carga de cada área de um corte histológico, a

comparação entre os perfis de diferentes amostras

permite identificar diferenças que podem levar ao

descobrimento de novos eventos moleculares da

doença.3 Por DESI foram realizados estudos relatando

diferenças em tumores de cérebro, rim, células

germinativas, bexiga e relatado um biomarcador em

câncer de próstata. Recentemente foi introduzidos

para DESI o uso de combinações de solventes

baseadas em dimetilformamida (DMF), as quais se

comprovaram não-destrutivas em relação à morfologia

dos tecidos analisados.4 Os cortes histológicos

submetidos à análise por MSI podem posteriormente

ser submetidos à coloração por hematoxilina/eosina

(H&E) para analise integrada proteômica-morfológica.

Portanto nosso estudo se baseia na análise

bidimencional por DESI-MSI de tecido cerebral infantil,

afim de identificar biomarcadores lipídicos e assim

poder definir as margens tumorais, auxiliando o

patologista e sua avaliação, uma vez que nem sempre

a diferenciação entre tipos e grau de tumores é

facilmente realizada.

Figura 1: DESI-MSI de um corte histológico 14 μm de

tumor cerebral (PNET) com bordas de tecido

saudável. As imagens a), b) c) e d) corresponde ao

MSI dos íons m/z 834,189, m/z 598,518; m/z 326,590

e m/z 330,619 respectivamente, onde A corresponde

ao tecido saudável e B tumoral.

Na Figura 1 podemos ver a diferenciação entre o

tecido tumoral e o saudável, pela distribuição espacial

de determinados lipídios, esses biomarcadores podem

ser específicos ou mesmo suas intensidades relativas

ser alteradas devido a atividade tumoral. Esses

resultados preliminares mostram a potencialidade

desta técnica em tecido tumoral infantil assim como

em outros estudos já reportados em adultos. Outros

estudos para diferenciação entre casos de difícil

análise patológica estão sendo realisados.

1 a) E.H. Seeley, K. Schwamborn, R.M. Caprioli.

Imaging of intact tissue sections: moving beyond the

microscope. J Biol Chem. 286, 25459. b) R.G. Cooks,

N.E. Manicke, A.L. Dill, D.R. Ifa, L.S. Eberlin, A.B.

Costa, H. Wang, G. Huang, Z. Ouyang. New ionization

methods and miniature mass spectrometers for

biomedicine: DESI imaging for cancer diagnostics and

paper spray ionization for therapeutic drug monitoring.

Faraday Discuss. 149, 247.c) L.S. Eberlin, C.R.

Ferreira, A.L. Dill, D.R. Ifa, R.G. Cooks. Desorption

electrospray ionization mass spectrometry for lipid

characterization and biological tissue imaging. Biochim

Biophys Acta.

2 K. Schwamborn, R.M. Caprioli. Molecular imaging by

mass spectrometry--looking beyond classical

histology. Nat Rev Cancer. 10, 639.

3 L. S. Eberlin, R. J. Tobshirani, J. Zhang, T. A.

Longacre, G. J. Berry, D. B. Bingham, J. A. Norton, R.

N. Zare, G. A. Poultsides. Molecular assessment of

surdical-resection margins of gastric cancer by mass-

spectrometry imaging. Proc. Natl. Acad. Sci. USA

2014.

4 N.Y. Agar, H.W. Yang, R.S. Carroll, P.M. Black, J.N.

Agar. Matrix solution fixation: histology-compatible

tissue preparation for MALDI mass spectrometry

imaging. Anal Chem. 2007, 79, 7416.

Análise da Sobrevida em Pacientes Portadores de

Carcinoma Epidermóide de Cabeça e Pescoço

RAFAEL PEREIRA DE SOUZA

UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO,

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE,

CURSO DE BIOMEDICINA

Page 38: Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

O câncer de cabeça e pescoço é o quinto tipo de

câncer mais comum e a taxa de sobrevida não tem

mudado nos últimos anos. Muitos estudos tem

mostrado a eficácia dos tratamentos terapêuticos

sobre o câncer de cabeça e pescoço, mas poucos têm

examinado a sobrevida global no que diz respeito às

bases de dados. O objetivo deste estudo é investigar

os aspectos epidemiológicos dos tumores de cabeça e

pescoço, em centro de referência oncológico

localizado na cidade de São Paulo, com o propósito

de analisar os valores de sobrevidade desses

pacientes em relação aos relatados na literatura.

Analysis Of Survival In Patients With Head and

Neck Squamous-Cell Carcinoma

The head and neck cancer is the fifth most common

cancer and the survival rate has not changed in recent

years. Many studies have shown the efficacy of

therapeutic treatments on cancer of the head and

neck, but few have examined overall survival with

regard to databases. The aim of this study is to

investigate the epidemiological aspects of tumors of

the head and neck oncology referral center located in

the city of São Paulo, with the purpose of analyzing the

values sobrevidade these patients compared to those

reported in the literature.

2. INTRODUÇÃO

O carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço

(CECP) apresenta nos dias atuais um grande

problema de saúde pública mundial. Atualmente é o 5º

tipo de câncer mais comum, sendo uma das principais

causas de morbidade e mortalidade em todo mundo. A

sobrevida dos pacientes de cinco anos após o

diagnóstico ainda é baixa, apesar dos esforços

realizados em pesquisa e do progresso nas

estratégias de detecção e terapia. Os principais

fatores de risco para o carcinoma epidermóide de

cabeça e pescoço (CECP) são o tabagismo e o

consumo de bebidas alcoólicas (Hashibe et al., 2009).

Existem evidências de um aumento de risco para os

fumantes na ordem de três a quatro vezes para câncer

da cavidade oral e faringe e dez vezes para câncer de

laringe (Vineis et al., 2004). O risco conferido pelo

álcool também é significativo e o consumo de 50

gramas por dia traduz-se no aumento de

aproximadamente três vezes o risco de câncer de

cavidade oral e faringe e cerca de duas vezes o risco

de câncer de laringe. Juntos, tabaco e álcool são

responsáveis por aproximadamente 51% dos tumores

de cabeça e pescoço nos Estados Unidos, 84% na

Europa e 83% na América Latina (Hashibe et al.,

2009). O consumo combinado entre o cigarro e a

bebida torna o risco ainda maior do que seus efeitos

individuais. Outros fatores de risco são descritos na

literatura, tais como: baixa ingestão de frutas e

vegetais (Boeing et al., 2006; Sapkota et al., 2008) e

infecção por HPV para câncer na orofaringe que

recentemente foi obsevado e está associada a várias

características da doença e tem influência nas taxas

de recorrência e sobrevida (IARC, 2007). Outros

possíveis fatores de risco incluem tabagismo

involuntário (Lee et al., 2008). Mesmo com grandes

esforços e tratamentos multimodais, as taxas de

sobrevida e tempo livre de doença continuam ainda

baixos. O presente estudo tem o objetivo de comparar

os valores de sobrevidade dos pacientes do Instituto

do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho em relação aos

relatados na literatura.

Análise do Potencial Citogenotóxico do Óleo

Essencial de Rosmarinus Officinalis L. no Sistema

Allium Cepa

Rosinete Ferreira1, Nárcia M. F. Nunes

2, Dhyôvanna

C. C. Beirão3, e Elisângela C. A. De Oliveira

4.

1,2 Discentes do Curso de Licenciatura em Ciências

Biológicas da Universidade Federal do Piauí. rosi-

[email protected], 3 Discente de Pós-

graduação em Morfologia e Genética da Universidade

Federal de São Paulo, 4 Docente do Curso de

Ciências Biológicas da Universidade Federal do Piauí.

A espécie Rosmarinus officinalis L. comumente

conhecida como alecrim, é bastante apreciada pelas

suas propriedades terapêuticas, destacando-se à sua

atividade antioxidante, ação como analgésico,

antirreumático e diurético. Uma das preocupações

atuais da toxicologia genética é a exposição às

substâncias potencialmente perigosas que oferecem

riscos a célula e ao material genético. Neste contexto,

a avaliação genotoxicológica de produtos naturais se

faz necessária, a fim de reduzir ou controlar a

exposição humana a substâncias tóxicas ao DNA.

Portanto o objetivo deste trabalho foi avaliar o

potencial citotóxico e genotóxico do óleo essencial de

Rosmarinus officinalis L. através do bioensaio Allium

cepa. A metodologia de Allium cepa empregada foi

proposta por Guerra e Souzas (2002) com algumas

modificações, e as concentrações utilizadas foram de

750 μg/ml, 243 μg/ml, 81 μg/ml e 27 μg/ml do extrato

da espécie R. officinalis e o testes estatísticos

utilizados foram T Student e Análise de variância

(ANOVA) com valores de p<0,05. Foram analisadas

5.000 células em cada concentração e também para o

controle negativo. Para a análise de citotoxidade foi

calculado o IM (índice mitótico) em que se obteve os

seguintes resultados: Em controle negativo o IM foi de

54,4%; nas concentrações de 750 μg/ml, 243μg/ml, 81

μg/ml, 27% μg/ml o IM foi respectivamente de 5,08%;

7,73%; 7,80% e 8,14%. O óleo essencial da espécie

R. officinalis foi citotóxica em todas as concentrações

testadas, evidenciado pelo aumento ou diminuição do

IM em relação ao controle negativo. Houve ainda

positividade quanto as análises genotóxicas detectado

pelo aparecimento das aberrações cromossômicas

como atrasos, perdas e fragmentos cromossômicos,

dentre outros. Não foi observada a formação de

micronúcleo em nenhuma concentração testada, logo

não pode ser inferido o potencial mutagênico da

espécie. Tomados em conjunto, os resultados obtidos

para a análise do óleo essencial de Rosmarinus

officinalis L. sobre o sistema de Allium cepa apontam

um forte potencial citogenotóxico, porém não

mutagênico do composto, pelo menos no ensaio e

concentrações aqui utilizadas.

Page 39: Comissão Organizadora · 2015-10-27 · pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo

Análise Molecular do Polimorfismo rs17782313 do

gene MC4R em indivíduos com Obesidade Infantil.

Samira Spineli

Laboratório de Genética Molecular Humana da

Disciplina de Genética ICBN/UFTM.

Introdução: O índice de obesidade precoce entre

crianças e adolescentes tem aumentado em vários

países onde os maus costumes alimentares e o

sedentarismo prevalecem. Essas características criam

um ambiente obesogênico oportuno para que doenças

de herança multifatorial como a obesidade possam ser

desencadeadas. Dessa forma, a obesidade leva a

manifestação de outras doenças crônicas que podem

gerar complicações ainda maiores na idade adulta.

Dentre essas doenças estão as doenças

cardiovasculares, hipertensão, diabetes tipo 2, artrites,

doenças pulmonares e das vias aéreas, apnéia do

sono e alguns tipos de cânceres. Com o avanço da

biologia molecular e de estudos genéticos como o

GWAS, alguns genes candidatos para a obesidade

estão sendo estudados em várias populações. Dentre

esses genes, o MC4R (Receptor de melanocortina-4)

é um forte candidato para obesidade infantil. Esse

receptor faz parte da família dos receptores de

melanocortina e é acoplado a uma proteína G. No

hipotálamo atua na via da leptina-melanocortina e

quando ativado diminui a ingestão de alimentos e

aumenta o gasto energético atuando, dessa forma, na

termogênese. Assim, alguns polimorfismos desse

gene podem levar a disfunções no receptor, alterando

a regulação dessa via e a sensação de saciedade.

Material e Métodos: O estudo foi aprovado pelo

Comitê de Ética em Pesquisa da UFTM (Protocolo

CEP/UFTM nº1975/2011). O Grupo de estudo (E) foi

composto por 56 pacientes, com média de idade de

11,6 anos (± 2,9), com fenótipo de obesidade infantil

ou sobrepeso, de famílias não relacionadas,

encaminhados pela Disciplina de Endocrinologia e

Metabologia do ICS-UFTM. O grupo controle (C) foi

composto por 57 indivíduos, com média de idade de

14,9 anos (±9,80) que não apresentaram obesidade

infantil e adulta. O DNA genômico dos participantes foi

extraído do sangue periférico pela técnica do fenol-

clorofómio e, posteriormente, analisado por PCR-

RFLP. A digestão enzimática foi realizada pela enzima

de restrição BclI e os fragmentos visualizados em gel

de poliacrilamida 15%. Resultados: Não houve

significância estatística entre os grupos investigados

(χ2= 0,796, p= 0,6714). Na regressão logística,

considerando a presença do alelo C e o valor de IMC

entre o grupo de estudo e o controle, a presença do

alelo C não foi estatisticamente significativa (χ2= 1,12,

p= 0,5685; OR= 0,6470; IC=95%). O poder estatístico

da amostra foi de 95% Conclusão: O presente estudo

não mostrou associação do polimorfismo rs17782313

do gene MC4R com obesidade infantil. Os grupos de

estudo e controle encontram-se em Equilíbrio de

Hardy-Weinberg. Não houve associação da presença

do alelo C e o aumento do IMC.

Identificação de desintegrinas da peçonha de

Bothrops moojeni e influência no processo de

adesão de macrófagos

Vanessa Silva Miranda¹, Rafael Destro Rosa Tiveron²,

Renato Ventresqui Oliveira¹, Tony de Paiva Paulino¹,

Rodrigo Magrin de Andrade¹

¹Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba,

MG, Brasil

²Hospital de Câncer de Barretos – Fundação Pio XII,

Barretos, SP, Brasil

As peçonhas das serpentes botrópicas são

constituídas por complexas formas proteicas que

causam vários efeitos biológicos como edema,

hemorragia e incoagulabilidade sanguínea. Estes

efeitos podem ser atribuídos as metaloproteinases da

peçonha de serpentes (SVMPs), um grupo de

moléculas caracterizado pela estruturação dos seus

domínios proteicos, o processamento proteolítico das

SVMPs produz um grupo de polipeptídios, que

possuem um domínio desintegrina, capaz de

associarem-se as integrinas de membrana. Este

trabalho teve como objetivo fracionar a peçonha bruta

(PB) de Bothrops moojeni, identificar a presença de

desintegrinas nas frações proteicas obtidas, e avaliar

sua ação sobre o processo de adesão de macrófagos.

A PB foi fracionada em gel de filtração utilizando

tampão bicarbonato de amônio 0,03 M pH 7,8. A

dosagem de proteínas das frações (Moo1, Moo2,

Moo3, Moo4 e Moo5) foi realizada pelo método do

microbiureto. Um padrão de proteínas (67 a 1,3 kDa)

foi utilizado para identificar a faixa de massas

moleculares das proteínas das frações, a análise do

perfil cromatográfico indicou a presença de peptídeos

na fração Moo4 (≈ 6 kDa), possivelmente

caracterizados como desintegrinas. O teste de adesão

foi realizado com macrófagos obtidos do peritônio de

camundongos C57BL/6J na presença de colágeno I e

fibrinogênio, os valores de adesão foram

determinados pela avaliação da viabilidade celular. A

análise estatística do teste de adesão indicou

diferença significativa entre todos os grupos

(P<0.0001), nos grupos tratados com a fração Moo4

somente na presença do fibrinogênio observou-se

uma diminuição na adesão dos macrófagos, indicando

que as desintegrinas presentes nesta fração

interagem com a integrina de ligação ao fibrinogênio,

possivelmente do tipo αIIbβ3, impedindo a adesão dos

macrófagos. Nossos resultados mostram que o

fracionamento da PB em gel de filtração é viável na

obtenção de frações proteicas que contenham

desintegrinas, e que estas interferem no processo de

adesão de macrófagos mediado por fibrinogênio.