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Professor Rodrigo Sodero

Facebook: Rodrigo Sodero III e ProfessorRodrigo Sodero

Instagram: @profrodrigosodero

Como Advogar no Direito

Previdenciário

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Prof. Rodrigo Sodero

Advogado Previdenciarista.

Coordenador e Professor de Pós-graduação.

Especialista em Direito Previdenciário e do Trabalho.

Autor de artigos publicados pela imprensa especializada.

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A Seguridade Social

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Seguridade Social

Composição da Seguridade Social (arts. 194 e ss., da CF):

Saúde

Sem contribuição. Oferece serviços.

Lei 8.080/90

STJ, AgInt no AREsp 474.300/PE: direito de todos e dever

do estado (art. 2º, da Lei 8.080/90)

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Seguridade Social

Assistência Social

Lei 8.742/93 (“LOAS”)

Idoso (65 anos) ou deficiente (considera-se pessoa com

deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de

natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em

interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua

participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de

condições com as demais pessoas)

Renda per capita familiar inferior a ¼ do salário mínimo.

Cadastro no CadÚnico (Decreto 8.805/16)

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Seguridade Social

STF (RE`s sobre a renda per capita e

desconsideração de benefício recebido por membro

do grupo familiar: 567.985 e 580.963))

Contribuição previdenciária: possível na condição de

segurado facultativo, na forma da Portaria Conjunta

MDSA/INSS n.1, de 3 janeiro de 2017 (art. 26).

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Seguridade Social

Previdência Social

RGPS (Leis 8.213/91 e 8.212/91)

Leis específicas dos Regimes Próprios

Previdência Privada

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Espécies de benefícios do RGPS

Benefícios do RGPS: Regra do 04, 03, 02, 01!!!

a. 04 aposentadorias

b. 03 auxílios

c. 02 salários

d. 01 pensão

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O início de tudo:

Processo Administrativo

Previdenciário

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Legislação aplicável

Lei 8.213/91 e Lei 8.212/91

Lei 9.784/99

Decreto 3.048/99

Decreto 6.932/09 (Carta de Serviços ao Cidadão)

IN INSS/PRES 77/2015

Regimento Interno do CRSS (Portaria MDAS 116/17)

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Mandado de Segurança e Atendimento na

Agência da Previdência Social

O INSS exige que o advogado faça o pré-agendamentoatravés de seus canais atendimento, como condiçãopara que seja recebido na APS.

Além disso, limita o número de protocolos, permitindoapenas um por senha.

No entanto, essa limitação afronta a Lei 8.906/94 e aConstituição Federal.

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Mandado de Segurança e Atendimento na

Agência da Previdência Social

Para resolver os problemas decorrentes dessas atitudesarbitrárias tomadas pelo INSS, o advogado pode impetrarMandado de Segurança com pedido liminar para que sejamgarantidas as suas prerrogativas.

O mandado de segurança deve ser impetrado contra o

SUPERINTENDENTE REGIONAL DO INSS - SÃO PAULO/SP

(Circunscrição - SP). Endereço: Viaduto Santa Ifigênia, nº

266, 3º andar, São Paulo - SP, CEP: 01.033-050.

A competência será de uma das varas cíveis da justiça

federal de São Paulo - Capital.

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Mandado de Segurança e Atendimento na

Agência da Previdência Social

Para a impetração do Mandado de Segurança o advogadopoderá fazer um agendamento pela internet e juntar estaprova com a petição inicial (Lei 12.016/2009).

Pode ainda buscar notícias na internet que comprovem aprática do procedimento pelo INSS.

Ademais disso, este fato é notório e, como tal, não exigeprova, nos termos do art. 374, do CPC.

Deverá ainda alegar no Mandado de Segurança, a ofensaaos arts. 5º, incisos XII e XXXIV, 37 e 133, da CF e aos arts.6º, parágrafo único e 7º, incisos VI e VIII, da Lei 8.906/94.

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Mandado de Segurança e Atendimento na

Agência da Previdência Social

Entendimento do STF:

INSS – ATENDIMENTO – ADVOGADOS. Descabe imporaos advogados, no mister da profissão, a obtenção deficha de atendimento. A formalidade não se coadunasequer com o direito dos cidadãos em geral de serematendidos pelo Estado de imediato, sem submeter-se àperegrinação verificada costumeiramente em se tratandodo Instituto. (RE 277065, Relator(a): Min. MARCOAURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 08/04/2014,ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-090 DIVULG 12-05-2014PUBLIC 13-05-2014)

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Mandado de Segurança e Atendimento na

Agência da Previdência Social

Atendimento prioritário para advogados nas agências do INSS:ACP 26178-78.2015.4.01.3400 (17ª Vara da Justiça Federal doDF)

No ano de 2015 a OAB ajuizou Ação Civil Pública (ACP) contrao INSS visando o reconhecimento das prerrogativas dosadvogados, no que diz respeito ao atendimento nas Agênciasda Previdência Social de todo o Brasil.

A ACP 26178-78.2015.4.01.3400, distribuída à 17ª Vara daJustiça Federal do DF, continha pedido liminar que, naquelaépoca (2015), foi deferido em parte pelo magistrado.

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Mandado de Segurança e Atendimento na

Agência da Previdência Social

A liminar garantiu aos advogados atendimento semagendamento prévio, em local próprio e independente dedistribuição de senhas, durante o horário de expediente. OINSS também deveria garantir aos advogados a protocolizaçãode mais de um benefício por atendimento, não podendoobrigar o protocolo de documentos e petições apenas pormeio de agendamento prévio e retirada de senha. O INSS entãoopôs embargos de declaração contra a decisão e, naquelaoportunidade, a Justiça Federal suspendeu os efeitos dadecisão até o julgamento do recurso.

O que houve agora? A Justiça Federal julgou os embargos dedeclaração, rejeitando-os. Assim, foi restabelecida a liminarque garante atendimento prioritário aos advogados nasagências, devendo o INSS cumpri-la no prazo de 30 dias, sobpena de multa de R$ 50 mil/dia.

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Fases do Processo Administrativo

Inicial: formalização do requerimento administrativo.

Instrutória: apresentação dos documentos necessários,

requerimento de justificação administrativa, pesquisa

externa, dentre outros.

Decisória: decisão do INSS.

Recursal: interposição de recursos no âmbito do CRSS.

Cumprimento das decisões: prazo de 30 dias.

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Fase inicial: documentação incompleta

Conforme preceitua o art. 671 da IN INSS/PRES

77/2015, o art. 176 do Decreto 3.048/99, o art. 5º do

6.932/09, o art. 105 da Lei 8.213/91 e o art. 6º da Lei

9.784/99 a apresentação de documentação incompleta

não constitui motivo para recusa do requerimento do

benefício ou serviço, ainda que, de plano, se possa

constatar que o segurado não faz jus ao benefício ou

serviço que pretende requerer, sendo obrigatória a

protocolização de todos os pedidos administrativos

cabendo, se for o caso, a emissão de carta de

exigência ao requerente.

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Fase inicial: documentação incompleta

No caso de apresentação de documentação

incompleta, dispõe o art. 678 da IN INSS/PRES 77/2015,

que o servidor deverá emitir carta de exigências

elencando providências e documentos necessários,

com prazo mínimo de trinta dias para cumprimento, o

qual poderá ser prorrogado por igual período,

mediante pedido justificado do interessado.

Emitida carta de exigências no momento do

atendimento, deverá ser colhida a assinatura de

ciência na via a ser anexada no processo

administrativo, com entrega obrigatória de cópia ao

requerente.

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Fase inicial: documentos originais e

autenticação

Na formalização do processo será suficiente a

apresentação dos documentos originais ou cópias

autenticadas em cartório ou por servidor do INSS, ou

ainda conforme previsto no art. 676 da IN INSS/PRES

77/2015, podendo ser solicitada a apresentação do

documento original para verificação de

contemporaneidade ou outras situações em que este

procedimento se fizer necessário (art. 674 da IN

INSS/PRES 77/2015).

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Fase inicial: documentos originais e

autenticação

O servidor, após conferir a autenticidade dos documentos

apresentados, deverá devolver os originais ao requerente e

providenciar, quando necessário, a juntada das cópias por

ele autenticadas ao processo, mediante aposição de

carimbo próprio.

Quando for apresentada cópia de vários documentos para

serem conferidos com o original, é facultado ao servidor

certificar a autenticidade em despacho, fazendo referência

às folhas em que esses documentos foram inseridas no

processo.

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Fase inicial: documentos originais e

autenticação

A reprografia dos documentos, para fins de juntada ao

processo, poderá ficar a cargo do INSS. (vide

parágrafos do art. 674 da IN INSS/PRES 77/2015)

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Fase inicial: documentos autenticados pelo

advogado

Equiparam-se aos originais os documentos

autenticados por: (vide art. 677 da IN INSS/PRES

77/2015)

a. órgãos da Justiça e seus auxiliares;

b. Ministério Público e seus auxiliares;

c. procuradorias;

d. autoridades policiais;

e. repartições públicas em geral;

f. advogados públicos; e

g. advogados privados.

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Fase inicial: documentos autenticados pelo

advogado

A autenticação está vinculada ao advogado privado que

conste na procuração, ainda que apresentado por seu

substabelecido, desde que acompanhado de cópia da

carteira da OAB.

O documento autenticado deverá conter nome completo,

número de inscrição na OAB e assinatura do advogado.

Caso identificado indício de irregularidade nas cópias

apresentadas, o servidor poderá exigir a apresentação dos

originais para conferência. (vide parágrafos do art. 677 da

IN INSS/PRES 77/2015)

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Fase inicial: retenção de documentos originais

Dispõe o art. 679 da IN INSS/PRES 77/2015 que

observada a necessidade de retenção dos documentos

referidos originais para subsidiar a análise e a

conclusão do ato de deferimento ou de indeferimento

do benefício, por um prazo não superior a cinco dias,

deverá ser expedido, obrigatoriamente, o termo de

retenção e de restituição, em duas vias, sendo a

primeira via do segurado e a segunda do INSS e, em

caso da identificação de existência de irregularidades,

proceder-se-á de acordo com o disposto no art. 282 do

Decreto 3.048/99 (apreensão para apuração de crime).

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Fase recursal: Recurso Ordinário

Na forma do art. 537 da IN INSS/PRES 77/2015, das

decisões proferidas pelo INSS poderão os

interessados, quando não conformados, interpor

recurso ordinário às Juntas de Recursos do CRSS

(são 29 JR`s).

O recurso interpõe-se por meio de requerimento no

qual o recorrente deverá expor os fundamentos do

pedido de reexame, podendo juntar os documentos

que julgar convenientes (documentos novos).

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Fase recursal: Recurso Ordinário

Quando houver interposição de recurso do interessado contra

decisão do INSS, o processo deverá ser encaminhado para a

Unidade que proferiu o ato recorrido e, no prazo estabelecido

para contrarrazões, será promovida a re-análise, observando-

se que:

a. se a decisão questionada for mantida, serão formuladas as

contrarrazões e o recurso deverá ser encaminhado à Junta de

Recursos;

b. em caso de reforma parcial da decisão, o recurso será

encaminhado para a Junta de Recursos para prosseguimento

em relação à matéria que permaneceu controversa; e

c. em caso de reforma total da decisão, deverá ser atendido o

pedido formulado pelo recorrente e o recurso perderá o seu

objeto, sendo desnecessário o encaminhamento ao órgão

julgador.

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Fase recursal: Recurso Especial

Nos termos do art. 538 da IN INSS/PRES 77/2015, das

decisões proferidas no julgamento do recurso

ordinário, ressalvadas as matérias de alçada das

Juntas de Recursos, poderão os interessados, quando

não conformados, interpor recurso especial às

Câmaras de Julgamento, na forma do Regimento

Interno do CRSS (são 04 CAJ`s).

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Fase recursal: Recurso Especial

Constituem alçada exclusiva das Juntas de Recursos,

não comportando recurso às Câmaras de Julgamento

(instância superior), as seguintes decisões

colegiadas: fundamentadas exclusivamente em

matéria médica, quando os laudos ou pareceres

emitidos pela Assessoria Técnico Médica da Junta de

Recursos e pelos Médicos Peritos do INSS

apresentarem resultados convergentes; ou proferidas

sobre reajustamento de benefício em manutenção, em

consonância com os índices estabelecidos em lei,

exceto quando a diferença na RMA decorrer de

alteração da - RMI.

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Fase recursal: prazos no Recurso Ordinário e

no Recurso Especial

O prazo para interposição de recurso ordinário e

especial, bem como para o oferecimento de

contrarrazões, é de trinta dias, contados de forma

contínua, excluindo-se da contagem o dia do início e

incluindo-se o do vencimento. (art. 541 da IN

INSS/PRES 77/2015)

O recurso pode ser admitido mesmo se interposto fora

do prazo (art. 16, inciso II, do Regimento Interno do

CRSS e do art. 543, § 1º, da IN INSS/PRES 77/2015).

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Fase recursal: Embargos de Declaração

É viável a oposição de embargos de declaração

quando constatada obscuridade, ambiguidade ou

contradição entre a decisão e os seus fundamentos ou

quando for omitido ponto sobre o qual deveriam

pronunciar-se (art. 58 do Regimento Interno do CRSS).

É cabível também nos casos de erro material.

Prazo: 30 dias.

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Fase recursal: Pedido de Uniformização de

Jurisprudência em Matéria de Direito

Cabível em 03 hipóteses:

Contra acórdão da Câmara de Julgamento, em sede de

recurso especial, quando esta divergir na interpretação em

matéria de direito com acórdão de outra Câmara.

Contra acórdão da Câmara de Julgamento, em sede de

recurso especial, quando esta divergir na interpretação em

matéria de direito com resoluções do Conselho Pleno.

Quando houver divergência na interpretação de matéria de

direito entre acórdãos de Juntas de Recursos, nas

hipóteses de alçada exclusiva (art. 30, § 2º, do Regimento

interno do CRSS).

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Fase recursal: Pedido de Uniformização de

Jurisprudência em Matéria de Direito

Fundamento: art. 63 do Regimento Interno do CRSS.

Prazo: 30 dias.

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Fase recursal: Reclamação ao Conselho Pleno

Na forma do art. 64 do Regimento Interno do CRSS

caberá reclamação ao Conselho Pleno, no caso

concreto, por requerimento das partes do processo,

dirigido ao Presidente do CRSS, somente quando os

acórdãos das Juntas de Recursos do CRSS, em

matéria de alçada, ou os acórdãos de Câmaras de

Julgamento do CRSS, em sede de recurso especial,

infringirem pareceres da Consultoria Jurídica do MPS,

aprovados pelo Ministro de Estado da Previdência

Social, bem como do Advogado-Geral da União, na

forma da Lei Complementar 73/93 ou enunciados

editados pelo Conselho Pleno.

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Fase Recursal: Sustentação Oral

Na forma do art. 32 do Regimento Interno do CRSS

quando solicitado pelas partes, o órgão julgador

deverá informar o local, data e horário de julgamento,

para fins de sustentação oral das razões do recurso.

Até o anúncio do início dos trabalhos de julgamento, a

parte ou seu representante poderão formular pedido

para realizar sustentação oral ou para apresentar

alegações finais em forma de memoriais.

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Fase de cumprimento

Na forma do art. 56 do Regimento Interno do CRSS é

vedado ao INSS escusar-se de cumprir, no prazo

regimental, as diligências solicitadas pelas unidades

julgadoras do CRSS, bem como deixar de dar efetivo

cumprimento às decisões do Conselho Pleno e acórdãos

definitivos dos órgãos colegiados, reduzir ou ampliar o seu

alcance ou executá-lo de modo que contrarie ou prejudique

seu evidente sentido.

É de trinta dias, contados a partir da data do recebimento

do processo na origem, o prazo para o cumprimento das

decisões do CRSS, sob pena de responsabilização

funcional do servidor que der causa ao retardamento.

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Fase de cumprimento

No mesmo sentido o art. 549 da IN INSS/PRES 77/2015

dispõe que é vedado ao INSS escusar-se de cumprir

diligências solicitadas pelo CRSS, bem como deixar de

dar efetivo cumprimento às decisões definitivas

daquele colegiado, reduzir ou ampliar o seu alcance ou

executá-las de maneira que contrarie ou prejudique o

seu evidente sentido.

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Protocolo dos Recursos

Pelo link http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-

cidadao/todos-os-servicos/recurso/ é possível agendar o

protocolo do seu recurso em uma APS.

Você também pode interpor recurso por via postal,

enviando pelos Correios.

O recurso deve ser enviado preferencialmente à agência do

INSS que emitiu a decisão com a qual você não concorda.

Depois, basta aguardar o resultado também pelos Correios

ou acompanhá-lo pelo site.

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Consulta Processual e Jurisprudência do

CRSS

Os processos administrativos no âmbito do CRSS são

eletrônicos e podem ser consultados através do sistema de

recursos denominado e-recursos.

A jurisprudência do CRSS também pode ser consultada

pelo sistema.

Pelo link http://www.previdencia.gov.br/a-

previdencia/orgaos-colegiados/conselho-de-recursos-da-

previdencia-social-crps/ é possível acessar o e-recursos

dentre outras bases de dados interessantes.

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Pedido de vistas e cópia de processo

administrativo

É assegurado o direito de vistas e cópia de processo

administrativo, mediante requerimento, aos seguintes

interessados: (art. 697 da IN INSS/PRES 77/2015)

a. O titular do benefício, o representante legal e o procurador.

b. Ao advogado, em relação a qualquer processo,

independentemente de procuração, exceto matéria de

sigilo.

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Pedido de vistas e cópia de processo

administrativo

As cópias poderão ser entregues em meio físico ou

digital, observando-se que o custo das cópias

entregues em meio físico será ressarcido pelo

requerente, conforme disposto em ato específico.

Quando o interessado optar pela realização das

cópias fora da Unidade, deverá ser acompanhado por

servidor, que se responsabilizará pela integridade do

processo. (Art. 698 da IN INSS/PRES 77/2015)

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Meu INSS

Pelo link abaixo (“Meu INSS”) o segurado pode

acessar eletronicamente diversas informações

próprias, tais como : CNIS, Carta de Concessão,

Histórico de Créditos, etc.

Link:

https://meu.inss.gov.br/central/index.html?app=hiscre

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Aposentadoria por tempo de

contribuição

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Fundamentação legal: art. 201, § 7º, da CF e arts. 52 e 53,

da Lei 8.213/91.

Requisitos: mínimo de 35 anos de contribuição para o

homem e de 30 anos de contribuição para a mulher.

Tempo de contribuição é igual a tempo de serviço: art. 4º

da EC 20/98.

Aposentadoria por tempo de contribuição

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Podia ser proporcional ou integral até a edição da EC

20/98:

Proporcional - Homem: 30 aos 34 anos (70% + 6%).

Proporcional - Mulher: 25 aos 29 anos (70% + 6%).

Integral - Homem: 35 anos.

Integral - Mulher: 30 anos.

Aposentadoria por tempo de contribuição

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PEC 33/95: previa a instituição de idade mínima de 60

anos para homens e 55 para mulheres. Não foi aprovada!

EC 20/98: a aposentadoria por tempo de serviço passa a

ser denominada aposentadoria por tempo de

contribuição. A aposentadoria proporcional é extinta,

sendo somente devido o benefício com proventos

integrais, a homens e mulheres que comprovem,

respectivamente, 35 e 30 anos de contribuição.

Aposentadoria por tempo de contribuição

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Regra de transição: EC 20/98, traz em seu art. 9º,

uma regra de transição para quem já estava no

sistema antes da sua edição (16.12.1998)!

Requisitos na regra de transição: idade mínima e

pedágio.

Coeficiente: 70% + 5%, a cada ano completo além do

total exigido pela EC.

Aposentadoria por tempo de contribuição

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EC 20/98 x Direito adquirido antes da EC: o direito

adquirido à aposentadoria proporcional é

preservado!

Regra de transição para aposentadoria proporcional:

53 anos de idade, se homem ou 48 anos de idade, se

mulher + 30 anos, homem ou 25 anos, mulher +

pedágio de 40% do tempo faltante para atingir o

tempo mínimo necessário. (RE 639.856/RS)

Aposentadoria por tempo de contribuição

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Fator Previdenciário

Fundamentação: Lei 9.876/99 altera a redação do art.

29, inciso I e §§ 7º a 9º, da Lei 8.213/91.

Aplicação: aposentadoria por tempo de contribuição

(Regra 85/95 progressiva) e aposentadoria por idade

(somente se beneficiar).

Aposentadoria por tempo de contribuição

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Tempo de contribuição adicional:

05 anos, quando se tratar de mulher.

05 anos, quando se tratar de professor que

comprove, exclusivamente, tempo de efetivo

exercício das funções de magistério na educação

infantil e no ensino fundamental e médio.

10 anos, quando se tratar de professora que

comprove, exclusivamente, tempo de efetivo

exercício das funções de magistério na educação

infantil e no ensino fundamental e médio.

Aposentadoria por tempo de contribuição

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Fórmula:

f = Tc x a x [1+(Id + Tc x a)] =

Es 100

f = fator previdenciário

Tc = tempo de contribuição (em anos)

a = alíquota (fixa) de contribuição (0,31)

Es = expectativa de sobrevida (em anos)

Id = idade do trabalhador (em anos)

Aposentadoria por tempo de contribuição

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Exemplo: Segurado com 37 anos de tempo

de contribuição e 58 anos de idade (Es =

23,5). Qual seria o resultado do fator

previdenciário?

Fator previdenciário: 0,48808511 x 1,6947 =

0,82715784

Aposentadoria por tempo de contribuição

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Regra 85/95 progressiva: prevê o art. 29-C, da Lei

8.213/91, que o segurado que preencher o requisito

para a aposentadoria por tempo de contribuição

poderá optar pela não incidência do fator

previdenciário no cálculo de sua aposentadoria,

quando o total resultante da soma de sua idade e de

seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na

data de requerimento da aposentadoria, for igual ou

superior a 95 pontos, se homem, observando o tempo

mínimo de contribuição de 35 anos; ou igual ou

superior a 85 pontos, se mulher, observado o tempo

mínimo de contribuição de 30 anos.

Aposentadoria por tempo de contribuição

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Frações: serão somadas as frações em meses e dias

de tempo de contribuição e idade.

Regra 90/100: as somas de idade e de tempo de

contribuição previstas serão majoradas em um

ponto em 31.12.2018. 31.12.2020, 31.12.2022,

31.12.2024 e 31.12.2026.

Professor: serão acrescidos 05 pontos à soma da

idade com o tempo de contribuição.

Aposentadoria por tempo de contribuição

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Período de recebimento de benefício por

incapacidade: nos termos do art. 29,§ 5º da Lei

8.213/91 c/c o art. 61 do Decreto 3.048/99 c/c p

art. 164, inciso XVI, da IN 77/2015, são contados

como tempo de contribuição os períodos de

recebimento de benefício por incapacidade,

entre períodos de atividade e o de benefício por

incapacidade decorrente de acidente do

trabalho, intercalado ou não.

Aposentadoria por tempo de contribuição

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Aposentadoria do professor (art. 201, § 8º, da CF e

art. 56, da Lei 8.213/91): o tempo de contribuição

básico para a concessão da aposentadoria por

tempo de contribuição (30 ou 35 anos) será reduzido

em 05 anos, para o professor que comprove

exclusivamente tempo de efetivo exercício efetivo

exercício das funções de magistério na educação

infantil e no ensino fundamental e médio.

Aposentadoria por tempo de contribuição

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A Lei 11.301/2006 dispõe que o art. 67 da Lei 9.394/96,

passa a vigorar acrescido do seguinte § 2º,

renumerando-se o parágrafo único para § 1º:

Para os efeitos do disposto no § 5º do art. 40 e no § 8º do

art. 201 da Constituição Federal, são consideradas

funções de magistério as exercidas por professores e

especialistas em educação no desempenho de atividades

educativas, quando exercidas em estabelecimento de

educação básica em seus diversos níveis e modalidades,

incluídas, além do exercício da docência, as de direção

de unidade escolar e as de coordenação e

assessoramento pedagógico.

Aposentadoria por tempo de contribuição

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No julgamento da ADI 3772, o STF assentou o

posicionamento no sentido de que as atividades

mencionadas na Lei, de exercício de direção de

unidade escolar e as de coordenação e

assessoramento pedagógico também gozam do

benefício, desde que exercidas por professores.

Aposentadoria por tempo de contribuição

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Comprovação do tempo de contribuição:

Com relação à comprovação do tempo de serviço ou

contribuição é imprescindível a atenta leitura do

disposto no § 3º, do art. 55, da Lei 8.213/91.

Aposentadoria por tempo de contribuição

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CNIS como prova do tempo de contribuição:

O INSS utilizará as informações constantes no

Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS

sobre os vínculos e as remunerações dos

segurados, para fins de cálculo do salário-de-

benefício, comprovação de filiação ao Regime Geral

de Previdência Social, tempo de contribuição e

relação de emprego. (art. 29-A, da Lei 8.213/91)

Aposentadoria por tempo de contribuição

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CTPS e Súmula 75, da TNU:

A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)

em relação à qual não se aponta defeito formal que

lhe comprometa a fidedignidade goza de presunção

relativa de veracidade, formando prova suficiente de

tempo de serviço para fins previdenciários, ainda

que a anotação de vínculo de emprego não conste

no Cadastro Nacional de Informações Sociais

(CNIS).

Aposentadoria por tempo de contribuição

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Aposentadoria especial

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Aposentadoria Especial: Fundamentos e Conceito

Fundamentos: Artigo 201, § 1º, da CF, Artigos 57 e 58, da

Lei 8.213/91 (LB), Artigos 64 a 70, do Decreto 3.048/99 e

Artigos 246 a 299, da IN INSS/PRES 77/2015.

Conceito: A aposentadoria especial é um benefício que

visa proteger o segurado que trabalha sujeito a condições

prejudiciais à sua saúde ou integridade física,

proporcionando-lhe a retirada da atividade nociva antes que

efetivamente sofra os efeitos da mencionada exposição.

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Aposentadoria Especial: Pressupostos

Pressupostos de concessão:

1. 15, 20 ou 25 anos trabalhados em atividade nociva à

saúde e/ou integridade física (especificidades serão

abordadas oportunamente).

2. Carência de 180 contribuições ou tabela do art. 142,

da LB.

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Caracterização e Comprovação do Tempo

Especial

Com relação à caracterização da atividade como especial

devemos aplicar o princípio do tempus regit actum (art.

70, § 1º, do Decreto 3.048/99), tendo em vista o direito

adquirido (art. 5º, inciso XXXVI, da CF e art. 6º, da LINDB)

Ou seja, para se averiguar se a atividade deve ser

considerada ou não especial deve-se observar a

legislação vigente à época da prestação do serviço.

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Caracterização e Comprovação do Tempo

Especial

As normas mais importantes para a caracterização da

atividade como especial são:

1. Lei 3.807/60 e Decreto 53.831/64 (Quadro Anexo a que se

refere o seu art. 2º) e 83.080/79 (Anexos I e II),

2. Artigos 57 e 58, da Lei 8.213/91;

3. Lei 9.032/95 e Decreto 2.172/97 (Anexo IV), e

4. Decreto 3.048/99 (Anexo IV).

A seguir, trataremos em mais detalhes dessas normas.

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Aposentadoria Especial: Agentes nocivos

AGENTES: Químicos, físicos,

biológicos, psicológicos,

ergonômicos, perigosos ou

associação desses agentes.

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Aposentadoria Especial: Agentes nocivos

Hoje, o Anexo IV, do Decreto 3.048/99, é quem traz a

quantidade de anos de exposição necessários para a

concessão da aposentadoria especial (vide art. 252, da IN

INSS/PRES 77/2015). Vejamos:

15 anos: trabalhos em mineração subterrânea, em frentes

de produção, com exposição à associação de agentes

físicos, químicos ou biológicos. (4.0.2, do Anexo IV, ao

Decreto 3.048/99).

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Aposentadoria Especial: Agentes nocivos

20 anos: asbestos; trabalhos em mineração subterrânea,

afastados das frentes de produção, com exposição à

associação de agentes físicos, químicos ou biológicos.

(itens 1.0.2 e 4.0.1, do Anexo IV, ao Decreto 3.048/99).

25 anos: demais casos.

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Aposentadoria Especial: Permanência

Conceito de permanência:

Em regra, trabalho permanente é aquele em que o

segurado, no exercício de suas funções, esteve

efetivamente exposto a agentes nocivos.

Exigência trazida pela Lei 9.032/95 (§ 3º, do art. 57, da

LB).

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Aposentadoria Especial: Permanência

De acordo com a nova redação dada ao art. 65, do Decreto 3.048/99,

considera-se trabalho permanente aquele que é exercido de forma

não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado,

do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja

indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço.

Com isto, o Decreto 3.048/99 permite uma flexibilização da

necessidade de cumprimento de jornada integral para fins de

obtenção do benefício (Precedente: TNU, Processo 244-

06.2010.4.04.7250/SC e TRF4, Processo 96.04.54988-0/SC).

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Aposentadoria Especial: Permanência

Neste sentido, também vejamos:

Súmula 49, da TNU: Para reconhecimento de condição

especial de trabalho antes de 29.04.1995, a exposição a

agentes nocivos à saúde ou à integridade física não precisa

ocorrer de forma permanente.

Precedente do STJ: REsp 658016/SC, Rel. Ministro HAMILTON

CARVALHIDO, SEXTA TURMA, julgado em 18/10/2005, DJ

21/11/2005.

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Aposentadoria Especial: Permanência

No que diz respeito aos períodos de gozo de auxílio-

doença ou aposentadoria por invalidez, que

sucedem período de exercício de atividade especial,

o parágrafo único, do art. 65, do Decreto 3.048/99,

diz que o período de afastamento deve ser

computado como especial, desde que o benefício

tenha natureza acidentária.

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Aposentadoria Especial: Permanência

No mesmo sentido dispõe o art. 291, da IN INSS/PRES 77/2015: São

considerados períodos de trabalho sob condições especiais, para fins

desta Subseção, os períodos de descanso determinados pela legislação

trabalhista, inclusive férias, os de afastamento decorrentes de gozo de

benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez

acidentários, bem como os de recebimento de salário-maternidade,

desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exercendo

atividade considerada especial.

O parágrafo único do referido artigo determina que: Os períodos de

afastamento decorrentes de gozo de benefício por incapacidade de

espécie não acidentária não serão considerados como sendo de

trabalho sob condições especiais.

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Aposentadoria Especial: Permanência

Entendemos que o afastamento deve ser computado

como especial desde que o benefício por

incapacidade suceda interregno no qual houve

exercício de atividade especial, independentemente

da espécie do benefício. (O Decreto afronta o art. 84,

inciso IV, da CF e o art. 29, § 5º, da Lei 8.213/91)

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Aposentadoria Especial: Permanência

Precedentes:

Apelação 5000354-68.2011.404.7107/RS, julgada pelo

TRF4.

PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO.

CONVERSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA EM AUXÍLIO-

ACIDENTE. SUBSTITUIÇÃO DA APOSENTADORIA POR

TEMPO DE SERVIÇO EM APOSENTADORIA ESPECIAL.

CONVERSÃO NÃO RECONHECIDA. APOSENTADORIA

ESPECIAL CONCEDIDA.

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Aposentadoria Especial: Permanência

APELAÇÃO DA PARTE AUTORA PARCIALMENTE PROVIDA. 1. O pedido da

parte autora se funda na conversão do auxílio-doença em auxílio-acidente

para a contagem deste como período especial e a conversão da

aposentadoria por tempo de serviço em aposentadoria especial. 2. O

período em que o segurado esteve em gozo de auxílio-doença pode ser

considerado como tempo de serviço especial, desde que precedido de labor

especial. 3. O segurado que estiver em gozo do benefício de auxílio-doença

tem direito a computá-lo como tempo de serviço especial, fazendo jus à sua

conversão para comum, uma vez que existe expressa autorização legislativa

contida no artigo 63 do Decreto nº 2.172/97, no sentido de se tomar como

especial o interregno em gozo de auxílio-doença, quando esse se situar

entre dois lapsos temporais assim qualificados, o que é o caso dos autos.

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Aposentadoria Especial: Permanência

4. Ainda que não reconhecido a conversão do período de auxílio-doença em

auxílio-acidente, considerando que não há documentos suficientes a

demonstrar que o afastamento do autor se deu exclusivamente ao fato do

acidente ocorrido, deve o INSS averbar como atividade especial o período

de 16/04/2005 a 12/12/2005, período em que o autor estava em auxílio-

doença, tendo em vista que o trabalho por ele exercido antes e após o

referido auxílio fora reconhecido como período especial na empresa

"ferrobran", de 29/08/1981 a 30/08/2006. 5. Computado o período de

16/04/2005 a 12/12/2005 como atividade especial, acrescido aos demais

períodos reconhecidos e já averbado pelo INSS, até a data do requerimento

administrativo (20/11/2008) perfaz-se um total de 25 anos e dois dias de

trabalho exercido em atividade especial, suficientes para o deferimento da

aposentadoria especial, nos termos dos artigos 57 e 58 da Lei nº 8.213/91.

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Aposentadoria Especial: Permanência

6. O segurado à revisão de benefício previdenciário de aposentadoria

por tempo de serviço para sua conversão em aposentadoria especial,

vez que preenchidos os requisitos para seu deferimento, bem como ser

mais vantajosa à parte autora, conforme requerido na inicial. 7.

Observar a prescrição quinquenal das parcelas que antecedem o

quinquênio contado do ajuizamento da ação e a obrigatoriedade da

dedução, na fase de liquidação, dos valores eventualmente pagos à

parte autora na esfera administrativa. 8. Apelação da parte autora

parcialmente provida. (TRF 3ª Região, SÉTIMA TURMA, AC -

APELAÇÃO CÍVEL - 1790532 - 0038287-66.2012.4.03.9999, Rel.

DESEMBARGADOR FEDERAL TORU YAMAMOTO, julgado em

06/03/2017, e-DJF3 Judicial 1 DATA: 14/03/2017)

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Aposentadoria Especial: Permanência

PROCESSO CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL.

ATIVIDADE ESPECIAL. COMPROVAÇÃO DE EXPOSIÇÃO À TENSÃO

ELÉTRICA SUPERIOR A 250 VOLTS. OBSERVÂNCIA DA LEI VIGENTE À

ÉPOCA PRESTAÇÃO DA ATIVIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

IMPLANTAÇÃO IMEDIATA DO BENEFÍCIO. I - No que tange à atividade

especial, a jurisprudência pacificou-se no sentido de que a legislação

aplicável para sua caracterização é a vigente no período em que a atividade

a ser avaliada foi efetivamente exercida, devendo, portanto, no caso em tela,

ser levada em consideração a disciplina estabelecida pelos Decretos n.

53.831/64 e 83.080/79, até 05.03.1997 e, após, pelo Decreto n. 2.172/97, sendo

irrelevante que o segurado não tenha completado o tempo mínimo de

serviço para se aposentar à época em que foi editada a Lei nº 9.032/95.

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Aposentadoria Especial: Permanência

II - Quanto à conversão de atividade especial em comum após

05.03.1997, por exposição à eletricidade, o E. Superior Tribunal de

Justiça, através do RESP nº 1.306.113-SC (Relator Ministro Herman

Benjamin, julgado em 14.11.2012, DJe 07.03.2013,), entendeu que o

artigo 58 da Lei 8.213/91 garante a contagem diferenciada para fins

previdenciários ao trabalhador que exerce atividades profissionais

prejudiciais à saúde ou à integridade física (perigosas), sendo a

eletricidade uma delas, desde que comprovado mediante prova técnica.

III- No caso dos autos, houve comprovação de que o autor esteve

exposto à tensão elétrica superior a 250 volts, que, por si só, justifica o

reconhecimento da especialidade pleiteada.

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Aposentadoria Especial: Permanência

Ademais, em se tratando de exposição a altas tensões elétricas, que

tem o caráter de periculosidade, a caracterização em atividade

especial independe da exposição do segurado durante toda a

jornada de trabalho, pois que a mínima exposição oferece potencial

risco de morte ao trabalhador, justificando o enquadramento

especial. IV - A percepção de benefício de auxílio-doença não elide o

direito à contagem com acréscimo de 40%, tendo em vista que o

autor exercia atividade especial quando do afastamento do trabalho.

V - Honorários advocatícios arbitrados em 15% sobre o valor das

prestações vencidas até a data da sentença, em conformidade com

a Súmula 111 do STJ.

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Aposentadoria Especial: Permanência

VI - Nos termos do artigo 497 do Novo Código de Processo Civil,

determinada a imediata implantação do benefício de aposentadoria

especial. VII - Apelação da parte autora provida. (TRF 3ª Região,

DÉCIMA TURMA, AC - APELAÇÃO CÍVEL - 2169181 - 0001012-

51.2013.4.03.6183, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO

NASCIMENTO, julgado em 11/10/2016, e-DJF3 Judicial 1

DATA:19/10/2016)

Processos do JEF todos suspensos pela TNU: TNU, Processo nº

5012755-25.2015.4.04.7201

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Aposentadoria Especial: Permanência

Dica Prática: Sempre que formos realizar a contagem do

tempo especial devemos requerer o CNIS do segurado e

eventual(ais) carta(s) de concessão de auxílio(s)-

doença(s), aposentadoria por invalidez e/ou salário-

maternidade!!!

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Aposentadoria Especial: Prova da exposição

permanente

Permanência implícita no PPP: O PPP trata-se de um histórico

laboral do trabalhador, indicando o setor, a função, o cargo, a

CBO (Classificação Brasileira de Ocupação), bem como

indicando de forma pormenorizada as atividades exercidas,

não restando dúvida, portanto, de que, se o trabalhador não

exerceu outra função e/ou atividade em outro setor, e se

naquele setor indicado no PPP esteve exposto a agentes

nocivos, o critério da permanência encontra-se implícito neste

documento.

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Aposentadoria Especial: Prova da exposição

permanente

Utilização de EPI de modo contínuo: O PPP traz a informação

de que o EPI foi utilizado de modo contínuo. Assim sendo,

obviamente, que a exposição se deu de modo permanente.

Prova testemunhal: A prova testemunhal pode ser utilizada

para comprovação da permanência na exposição aos agentes

nocivos.

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Aposentadoria Especial: Beneficiários

BENEFICIÁRIOS: Para o INSS, somente o

empregado, trabalhador avulso e contribuinte

individual cooperado (art. 247, da IN INSS/PRES

77/2015).

Todos os segurados, no nosso entendimento!!!

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Tempo Especial e o Contribuinte Individual

Nos casos de contribuinte individual, nos termos do

inciso I, do art. 259, da IN INSS/PRES 77/2015, o INSS

deve reconhecer o período trabalhado em atividade

especial, por categoria profissional, até 28.04.1995,

mediante apresentação de documentos que comprovem,

ano a ano, a permanência na atividade exercida (não

seria necessário o PPP ou qualquer formulário).

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Tempo Especial e o Contribuinte Individual

Com relação ao período trabalhado após a edição da Lei

9.032/95, entretanto, é aconselhável que o contribuinte

individual não cooperado - se possível - contrate uma

empresa especializada para “laudar” o ambiente de

trabalho e confeccionar o PPP, pois o INSS não

reconhece o tempo trabalhado como especial (art. 259,

inciso II, da IN INSS/PRES 77/2015).

Além disso, outras provas podem ser produzidas!!!

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Tempo Especial e o Contribuinte Individual

Súmula 62, da TNU: “O segurado contribuinte individual

pode obter reconhecimento de atividade especial para

fins previdenciários, desde que consiga comprovar

exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade

física." (DOU 03.07.2012)

Precedente: TRF4, APELREEX 200870010033295, Rel.

Luís Alberto D’Azevedo Aurvalle. D.E. 22.04.2010.

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Laudo Técnico e PPP: o que diz o STJ?

Pet 10.262/RS:

É lícito concluir que apresentado o PPP, mostra-e

desnecessária a juntada do LTCAT, exceto quando suscitada

dúvida objetiva e idônea pelo INSS quanto à congruência entre

os dados do PPP e do próprio laudo que o tenha embasado!

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Tempo Especial: Outros meios de prova

Em que pese a existência do PPP, entendemos que o tempo especial

pode ser comprovado por todos os meios de prova, como a

realização de perícia no local de trabalho, em estabelecimento

similar, através de sentença trabalhista que reconheceu o trabalho

em exposição à agentes nocivos, etc.

CNIS com anotação de IEAN: exposição à agentes nocivos no

grupo 15, 20 ou 25 anos.

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Tempo Especial: Outros meios de prova

Perícia indireta ou por similaridade como meio de prova do tempo

especial:

PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. CONFIGURAÇÃO.

PERÍCIA INDIRETA EM EMPRESA SIMILAR. LOCAL DE TRABALHO

ORIGINÁRIO INEXISTENTE. POSSIBILIDADE. 1. "Mostra-se legítima

a produção de perícia indireta, em empresa similar, ante a

impossibilidade de obter os dados necessários à comprovação de

atividade especial, visto que, diante do caráter eminentemente social

atribuído à Previdência, onde sua finalidade primeira é amparar o

segurado, o trabalhador não pode sofrer prejuízos decorrentes da

impossibilidade de produção, no local de trabalho, de prova, mesmo

que seja de perícia técnica". (REsp 1.397.415/RS, Rel. Ministro

Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 20.11.2013). 2. Agravo

Regimental não provido. (AgRg no REsp 1422399/RS, Rel. Ministro

HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/03/2014,

DJe 27/03/2014)

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Tempo Especial e necessidade de

documentação contemporânea

Súmula 68, da TNU: O laudo pericial não contemporâneo ao

período trabalhado é apto à comprovação da atividade

especial do segurado.

Precedente do TRF3: Processo 2006.03.99.006918-7, Turma

Suplementar da 3ª Seção, Rel. Juíza Convocada Louise

Filgueiras, DJF3 de 13.11.2008.

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Utilização de EPI

A matéria foi apreciada pelo STF, em 04.12.2014, quando

do julgamento do ARE 664.335, com repercussão geral

reconhecida pela Corte Suprema (Rel. Min. Luiz Fux).

O STF firmou, para os efeitos do art. 543-B, do CPC, duas

teses que veremos a seguir.

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Utilização de EPI

TESE ESPECÍFICA: Em se tratando de exposição do segurado ao

agente nocivo ruído, acima dos limites de tolerância, a eficácia do

EPI NÃO DESCARACTERIZA a atividade especial para fins de

aposentadoria.

TESE GERAL: O direito à aposentadoria especial (art. 201, §1º, da

CF) pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a agente nocivo.

Se o EPI é eficaz para neutralizar, o tempo de atividade não se

caracteriza como especial. O ônus da prova seria do INSS, segundo

nosso entendimento!

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Utilização de EPI

(...) Sublinhe-se o fato de que o campo "EPI Eficaz (S/N)" constante

no Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é preenchido pelo

empregador considerando-se, tão somente, se houve ou não

atenuação dos fatores de risco, consoante determinam as

respectivas instruções de preenchimento previstas nas normas

regulamentares. Vale dizer: essa informação não se refere à real

eficácia do EPI para descaracterizar a nocividade do agente. (...)

(TRF 3ª Região, NONA TURMA, AC - APELAÇÃO CÍVEL - 2205341 -

0013273-48.2013.4.03.6183, Rel. JUIZ CONVOCADO RODRIGO

ZACHARIAS, julgado em 13/02/2017, e-DJF3 Judicial 1

DATA:01/03/2017)

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Utilização de EPI

(...) I - O uso de equipamentos de proteção individual - EPI não é

suficiente para descaracterizar a especialidade da atividade, a não

ser que comprovada a real efetividade do aparelho na neutralização

do agente nocivo. II - A informação registrada pelo empregador no

Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) sobre a eficácia do EPI

não tem o condão de descaracterizar a sujeição do segurado aos

agentes nocivos. Conforme decisão proferida pelo C. STF na

Repercussão Geral nº 664.335/SC, a legislação previdenciária criou,

com relação à aposentadoria especial, uma sistemática na qual é

colocado a cargo do empregador o dever de elaborar laudo técnico

voltado a determinar os fatores de risco existentes no ambiente de

trabalho, ficando o Ministério da Previdência Social responsável por

fiscalizar a regularidade do referido laudo. Ao mesmo tempo,

autoriza-se que o empregador obtenha benefício tributário caso

apresente simples declaração no sentido de que existiu o

fornecimento de EPI eficaz ao empregado.

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Utilização de EPI

III - Não se pode impor ao segurado - que não concorre para a

elaboração do laudo, nem para a sua fiscalização - o dever de fazer

prova da ineficácia do equipamento de proteção que lhe foi

fornecido. Caberá ao INSS o ônus de provar que o trabalhador foi

totalmente protegido contra a situação de risco, pois não se pode

impor ao empregado - que labora em condições nocivas à sua saúde

- a obrigação de suportar individualmente os riscos inerentes à

atividade produtiva perigosa, cujos benefícios são compartilhados

por toda a sociedade. IV - Recurso improvido. (TRF 3ª Região,

TERCEIRA SEÇÃO, EI - EMBARGOS INFRINGENTES - 1869483 -

0019738-71.2013.4.03.9999, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL

NEWTON DE LUCCA, julgado em 10/11/2016, e-DJF3 Judicial 1

DATA: 25/11/2016)

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Utilização de EPI

DICA PRÁTICA: ATENÇÃO AO CERTIFICADO DE

APROVAÇÃO (C.A.) DO EPI!!! CONSULTA PELA INTERNET

(TIPO DE EPI E VALIDADE).

DICA PRÁTICA: RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS PARA

RETIFICAÇÃO DO PPP, EM DETERMINADAS SITUAÇÕES

SÃO INTERESSANTES!

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Utilização de EPI

Enunciado 21, do CRPS: “O simples fornecimento de

equipamento de proteção individual de trabalho pelo

empregador não exclui a hipótese de exposição do

trabalhador aos agentes nocivos à saúde, devendo ser

considerado todo o ambiente de trabalho”.

Neste sentido, vale a menção dos precedentes existentes até

então no âmbito do TRF3 e do STJ: AMS 199961090028578

(TRF3) e RESP 200500142380 (STJ).

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Utilização de EPI

Súmula 09, da TNU: “O uso de Equipamento de Proteção

Individual, ainda que elimine a insalubridade, no caso de

exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de

serviço especial prestado.”

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Utilização de EPI

EXPOSIÇÃO À BENZENO: Memorando Circular 8

DIRSAT: caracterização possível mesmo sem a utilização

de EPI.

EPI PARA AGENTE CANCERÍGENOS: Memorando-

Circular 02 DIRSAT/DIRBEN/INSS

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Ruído como Agente Nocivo

Segundo o STJ, o tempo de trabalho laborado com

exposição a ruído é considerado especial, nos seguintes

níveis: superior a 80 decibéis, na vigência do Decreto n.

53.831/64 (1.1.6); superior a 90 decibéis, a partir de 5 de

março de 1997, na vigência do Decreto n. 2.172/97;

superior a 85 decibéis, a partir da edição do Decreto n.

4.882, de 18 de novembro de 2003. (REsp repetitivo

1.398.260/PR)

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Ruído como Agente Nocivo

Entendemos que após a edição do Decreto 2.172/97, para

fins de reconhecimento do tempo como especial, basta a

exposição a ruído superior a 85 dB, pois a questão não é

jurídica, mas sim, técnica, já que está cientificamente

comprovada a nocividade do agente nesse nível.

No mínimo, após a edição da MP 1.729, de 03.12.1998,

transformada na Lei 9.732/98, o limite a ser considerado

deve ser o de 85 dB, pois remete o intérprete à observação

da legislação trabalhista (art. 58, § 1º, da LB).

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Ruído como Agente Nocivo

Isso porque, a partir da vigência da MP 1.729, de

03.12.1998, transformada na Lei 9.732/98, diante do

princípio da hierarquia das normas, o Decreto 2.172/97 foi

revogado.

Ademais, o segurado não pode ser apenado pela demora

da regulamentação da lei pelo Executivo, o que neste caso

somente aconteceu em 2003, com a edição do Decreto

4.882.

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Ruído – Margem de Erro

(...) IV - Mantidos os termos da sentença que reconheceu a

especialidade dos períodos de (...) e de 05.02.2001 a 26.04.2011, por

exposição a ruído de 89,1 decibéis (conforme PPP encartado aos

autos), pois mesmo em parte do período sendo inferior ao patamar

mínimo de 90 decibéis previsto no Decreto 2.172/97, pode-se concluir

que uma diferença de menos de 01 (um) dB na medição pode ser

admitida dentro da margem de erro decorrente de diversos fatores (tipo

de aparelho, circunstâncias específicas na data da medição, etc.). (TRF

3ª Região, DÉCIMA TURMA, APELREEX - APELAÇÃO/REMESSA

NECESSÁRIA - 2138197 - 0015395-74.2013.4.03.6105, Rel.

DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO NASCIMENTO, julgado em

18/10/2016, e-DJF3 Judicial 1 DATA:26/10/2016)

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Agentes nocivos perigosos e Aposentadoria

Especial

No mesmo sentido a decisão recentemente proferida no

Processo nº 5000067-24.2012.4.04.71.08, pela mesma

TNU.

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RMI da Aposentadoria Especial

A RMI da aposentadoria especial é de 100% do salário-

de-benefício (art. 57, § 1º da LB), aplicando-se o divisor

mínimo para sua apuração, conforme disposição do art.

3º, § 2º, da Lei 9.876/99.

Destaca-se que, na redação original do § 1º, do art. 57, da

LB, a RMI da aposentadoria especial era calculada de

forma diferente. Vejamos:

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RMI da Aposentadoria Especial

§ 1º A aposentadoria especial, observado o disposto na

Seção III deste capítulo, especialmente no art. 33,

consistirá numa renda mensal de 85% (oitenta e cinco

por cento) do salário-de-benefício, mais 1% (um por

cento) deste, por grupo de 12 (doze) contribuições, não

podendo ultrapassar 100% (cem por cento) do salário-de-

benefício.

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Continuidade no Trabalho Especial

Nos termos do art. 57, § 8º, da Lei 8.213/91, aplica-se o disposto no

art. 46, da LB, ao segurado que se aposentar especial e continuar no

exercício de atividade ou operação que o sujeite aos agentes

nocivos: Art. 46. O aposentado por invalidez que retornar

voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria

automaticamente cancelada, a partir da data do retorno.

Para o INSS a proibição se refere as aposentadorias requeridas e

concedidas a partir de 29.04.1995, na forma do art. 254, da IN

INSS/PRES 77/2015.

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Continuidade no Trabalho Especial

Por outro lado, há precedentes jurisprudenciais no sentido da

inconstitucionalidade do art. 57, § 8º, da Lei 8.213/91, devido a

afronta ao art. 5º, inciso XIII, da CF (direito de profissão).

Precedentes do TRF4: Incidente de Arguição de

Inconstitucionalidade 5001401-77.2012.404.0000 e

Apelação/Reexame necessário 5000262-89.2010.404.7104.

STF: 791.961/PR, com repercussão geral reconhecida,

aguarda julgamento!

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Conversão do Tempo de Serviço

Atividade a

converter

Para

Nocividade

Máxima

Para

Nocividade

Média

Para

Nocividade

Mínima

Para

Comum de

Mulher

Para

Comum de

Homem

De

Nocividade

Máxima

1,00 1,33 1,67 2,00 2,33

De

Nocividade

Média

0,75 1,00 1,25 1,50 1,75

De

Nocividade

Mínima

0,60 0,80 1,00 1,20 1,40

Comum de

Mulher

0,50 0,67 0,83 1,00 1,17

Comum de

Homem

0,43 0,57 0,71 0,86 1,00

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Aposentadoria por idade

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Aposentadoria por idade

Fundamentos: Artigos 51 e 52, da Lei 8.213/91.

Conceito: É o benefício previdenciário pago

mensalmente ao segurado que completar a idade

necessária à concessão do benefício. Sendo assim

definido:

a) homem (urbano) - 65 anos

b) mulher (urbana) - 60 anos

c) homem ( rural) - 60 anos

d) mulher ( rural) - 55 anos

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Aposentadoria por idade

Carência: 180 contribuições ou tabela do art. 142, da Lei

8.213/91

Beneficiários: todos os segurados (obrigatórios e

facultativos).

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Benefícios por incapacidade

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Benefícios por incapacidade do RGPS

Aposentadoria por invalidez (art. 42 e ss., da

8.213/91)

Auxílio-doença (art. 59 e ss., da Lei 8.213/91)

Auxílio-acidente (art. 86, da Lei 8.213/91)

PEC 287/16: altera a redação do inciso I, do art. 201

da CF que quando trata do risco social tutelado

passa a falar em incapacidade ao invés de doença.

Benefícios por incapacidade

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Aposentadoria por invalidez e seus pressupostos de

concessão

Incapacidade total e permanente para o trabalho

Carência (12 contribuições/não é exigida nos casos de

incapacidade decorrente de acidente ou de doença grave

(arts. 26 e 151, da Lei 8.213/91 e Portaria MPAS/MS

2.998/01))

Qualidade de segurado na DII

Natureza: comum (B-32) ou acidentária (B-92)

Aposentadoria por invalidez

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Análise da incapacidade sob prisma biopsicossocial:

admitida pela jurisprudência (STJ, AgRg no AREsp

136.474/MG, AgRg no REsp 1.000.210/MG e Súmula 47 da

TNU).

Perícias periódicas: nos termos do art. 101, da Lei

8.213/91, o segurado está obrigado a passar pelas

perícias periódicas para avaliação da continuidade ou

não da incapacidade até que complete 60 anos de idade.

MP 13.457/17: autoriza a convocação para perícia

inclusive dos aposentados por invalidez judicialmente

(art. 43, § 5º, da Lei 8.213/91).

Aposentadoria por invalidez

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RMI: 100% da média aritmética simples dos 80% maiores

salários-de-contribuição do segurado no PBC de 07/94 até a

DIB.

Complemento acompanhante no caso de “grande invalidez”

(acréscimo de 25%): art. 45, da Lei 8.213/91 e art. 45 do Decreto

3.048/99.

Aposentadoria por invalidez

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DIB: o termo inicial para a implantação da

aposentadoria por invalidez concedida judicialmente

será a data da citação válida (Súmula 576 do STJ).

Nos casos em que o segurado recebeu previamente o

auxílio-doença, se constatada a incapacidade total e

permanente quando da cessação deste benefício, a

aposentadoria por invalidez pode ser concedida desde

o dia posterior ao da cessação do auxílio, pois o INSS

tinha ciência da condição de incapacidade do

segurado quando decidiu pela sua aptidão para o

trabalho!

Aposentadoria por invalidez

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Auxílio-doença e seus pressupostos de concessão

Incapacidade temporária para o trabalho habitualmente

exercido ou para a sua atividade por mais de 15 dias

Carência (12 contribuições/não é exigida nos casos de

incapacidade decorrente de acidente ou de doença grave

(arts. 26 e 151, da Lei 8.213/91 e Portaria MPAS/MS

2.998/01). Segurado perde esta condição: art. 27-A, da

Lei 8.213/91)

Qualidade de segurado na DII

Natureza: comum (B-31) ou acidentária (B-91)

Auxílio-doença

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Alta programada: PP nos 15 dias que antecederem a

DCB.

Impugnação da decisão de indeferimento: Recurso

Ordinário (30 dias) para a Junta de Recursos.

Cômputo como tempo de contribuição e como

carência: art. 29, § 5º, da Lei 8.213/91, art. 55, inciso

II, da Lei 8.213/91 e IN INSS/PRES 86/2016 (art. 153, §

1º, da IN INSS/PRES 77/2015).

Auxílio-doença

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Cessação somente após a conclusão do processo

de reabilitação previsto no art. 18, inciso III, alínea

“c” e no art. 89, ambos da Lei 8.213/91, no caso de

indicacação de readaptação: AREsp 997.160/SP,

REsp 1.034.611/DF, REsp 460.331/AL, REsp

501.267/SP, REsp 448.459/AL, REsp 352.199/AL

(todos precedentes do STJ).

Auxílio-doença

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RMI: 91% da média aritmética simples dos 80%

maiores salários-de-contribuição do segurado no

PBC de 07/94 até a DIB.

O auxílio-doença não poderá exceder a média

aritmética simples dos últimos 12 salários-de-

contribuição, inclusive em caso de remuneração

variável, ou, se não alcançado o número de 12, a

média aritmética simples dos salários-de-

contribuição existentes (art. 29, § 10, da Lei

8.213/91).

Auxílio-doença

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DIB: o auxílio-doença será devido ao segurado

empregado a contar do 16º dia do afastamento da

atividade, e, no caso dos demais segurados, a

contar da DII. Se requerido após 30 dias do

afastamento da atividade, será pago a partir da DER.

Súmula 72 da TNU: é possível o recebimento de

benefício por incapacidade durante período em que

houve exercício de atividade remunerada quando

comprovado que o segurado estava incapaz para as

atividades habituais na época em que trabalhou.

Auxílio-doença

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Auxílio-acidente e seus pressupostos de concessão

Incapacidade parcial e permanente para o trabalho,

decorrente de acidente

Não há carência

Qualidade de segurado na DII

Auxílio-acidente

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Algumas questões relevantes

Acumulação com a aposentadoria: Súmula 507 do STJ

(ambos os benefícios anteriores a 11.11.97)

Redução mínima da capacidade laborativa: STJ, REsp

repetitivo 1.109.591/SC.

Perda auditiva x comprovação da redução da capacidade

laborativa: STJ, REsp repetitivo 1.108.298/SC.

Majoração do coeficiente: STJ, REsp repetitivo

1.096.244/SC.

Auxílio-acidente

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Cômputo do período de recebimento para fins de

carência: “O auxílio-acidente - e não apenas o

auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez -

pode ser considerado como espécie de "benefício

por incapacidade", apto a compor a carência

necessária à concessão da aposentadoria por idade.

É de ser observada a vetusta regra de hermenêutica,

segundo a qual "onde a lei não restringe, não cabe

ao intérprete restringir”. (STJ, REsp 1.243.760/PR)

Deve ser computado como tempo de contribuição?

Sim!

Auxílio-acidente

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RMI: 50% da média aritmética simples dos 80%

maiores salários-de-contribuição do segurado no

PBC de 07/94 até a DIB.

DIB: dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença

(art. 86, § 2º, da Lei 8.213/91) ou DER.

Cessação: com aposentadoria.

Auxílio-acidente

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Pensão por morte e demais

benefícios devidos à família

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Definição: benefício previdenciário pago aos

dependentes do segurado, homem ou mulher, que

falecer, aposentado ou não. O benefício de

pagamento continuado substitui a remuneração do

falecido.

Fundamentos: art. 201, inciso V, da CF; arts. 74 a 79

da Lei 8.213/91 (LB); arts. 105 a 115 do Decreto

3.048/99 e arts. 367 a 380, da IN INSS/PRES 77/2015.

Pensão por morte

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Pressupostos de concessão:

Óbito do segurado ou morte presumida (declarada

pela autoridade judicial competente depois de 06

meses de ausência ou mediante prova do

desaparecimento do segurado em conseqüência de

acidente, desastre ou catástrofe).

O requerente deve ser considerado dependente para

fins previdenciários (arts. 16 e 76, § 2º, da Lei

8.213/91).

O de cujus deve possuir qualidade de segurado à

época do óbito (arts. 15 e 102, da Lei 8.213/91

(exceção)).

Pensão por morte

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Pensão por morte

Dependência:

Os critérios adotados pelo legislador para estabelecimentoda dependência forma o critério econômico e o familiar.

Os dependentes são divididos em classe (1ª, 2ª e 3ª classe).

Enteado e menor tutelado são considerados dependentesde 1ª classe desde que haja comprovação da dependênciaeconômica

Ex-cônjuge e ex-companheiro é considerado dependentedesde que comprove a necessidade de recebimento dobenefício até a data do óbito do segurado (Súmula 336 doSTJ).

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Pensão por morte

Qualidade de segurado:

Mantém-se com o pagamento de contribuições.

Mantém-se no período de graça (art. 15, da Lei 8.213/91 –variação de 03 a 36 meses).

Mantém-se para o segurado que deveria estar em gozode benefício (art. 15, inciso I, da Lei 8.213/91).

Atenção: inexigível a qualidade de segurado quando há opreenchimento dos pressupostos para concessão deaposentadoria até a data do óbito (art. 102, da Lei8.213/91 e Súmula 416 do STJ).

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Pensão por morte

Divisão do valor do benefício entre osdependentes (art. 77, da Lei 8.213/91)

O benefício será rateado em parte iguais.

A parte daquele cujo direito à pensãocessar será revertida aos demaisdependentes.

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Pensão por morte

Cessação da cota individual da pensão (art. 77, daLei 8.213/91 - Lei 13.135/15)

Pela morte do pensionista.

Para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão,de ambos os sexos, ao completar 21 anos deidade, salvo se for inválido ou tiver deficiênciaintelectual ou mental ou deficiência grave.

Para filho ou irmão inválido, pela cessação dainvalidez.

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Pensão por morte

Pelo decurso do prazo de recebimento depensão pelo cônjuge, companheiro oucompanheira (veremos os prazos a seguir).

Para cônjuge ou companheiro:

a. Se inválido ou com deficiência, pelacessação da invalidez ou pelo afastamento dadeficiência, respeitados os períodos mínimosdecorrentes da aplicação das alíneas “b” e“c”.

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Pensão por morte

b. Em 04 meses, se o óbito ocorrer sem que o seguradotenha vertido 18 contribuições mensais ou se ocasamento ou a união estável tiverem sido iniciados emmenos de 02 anos antes do óbito do segurado.

c. Transcorridos os seguintes períodos, estabelecidosde acordo com a idade do beneficiário na data de óbitodo segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18contribuições mensais e pelo menos 02 anos após oinício do casamento ou da união estável:

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Pensão por morte

1. 03 anos, com menos de 21 anos de idade.

2. 06 anos, entre 21 e 26 anos de idade.

3. 10 anos, entre 27 e 29 anos de idade.

4. 15 anos, entre 30 e 40 anos de idade.

5. 20 anos, entre 41 e 43 anos de idade.

6. Vitalícia, com 44 ou mais anos de idade.

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Pensão por morte

Após o transcurso de pelo menos 03 anos edesde que nesse período se verifique oincremento mínimo de um ano inteiro na médianacional única, para ambos os sexos,correspondente à expectativa de sobrevida dapopulação brasileira ao nascer, poderão serfixadas, em números inteiros, novas idadespara os fins previstos na alínea “c”, em ato doMinistro de Estado da Previdência Social,limitado o acréscimo na comparação com asidades anteriores ao referido incremento.

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Pensão por morte

Exceção: Serão aplicados, conforme o caso, a

regra de cessação somente com o fim da

incapacidade ou da deficiência ou os prazos

previstos na alínea “c”, se o óbito do segurado

decorrer de acidente de qualquer natureza ou de

doença profissional ou do trabalho,

independentemente do recolhimento de 18

contribuições mensais ou da comprovação de

02 anos de casamento ou de união estável.

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Pensão por morte

Data de Início do Benefício (art. 74, incisos I a III,da Lei 8.213/91)

Data do óbito: se requerido em até 90 dias da datado falecimento do segurado, na forma da Lei13.183/15).

Data da Entrada do Requerimento (DER): se obenefício for requerido depois de 90 dias do óbito(Lei 13.183/15).

Data da decisão judicial: no caso de mortepresumida.

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Pensão por morte

Perda do direito ao benefício (Lei 13.135/15 – art. 74,§§ 1º e 2º, da Lei 8.213/91)

Hipótese 01: após o trânsito em julgado, ocondenado pela prática de crime de que tenhadolosamente resultado a morte do segurado.

Hipótese 02: o cônjuge, o companheiro ou acompanheira se comprovada, a qualquer tempo,simulação ou fraude no casamento ou na uniãoestável, ou a formalização desses com o fimexclusivo de constituir benefício previdenciário,apuradas em processo judicial no qual seráassegurado o direito ao contraditório e à ampladefesa.

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Pensão por morte

Renda Mensal Inicial (RMI) da pensão por morte

Hipótese 01: caso o segurado instituidor sejaaposentado o valor da RMI será de 100% do valorda aposentadoria que o segurado recebia.

Hipótese 02: caso o segurado instituidor não sejaaposentado, simula-se o valor de umaaposentadoria por invalidez na data dofalecimento do segurado.

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Pensão por morte

Acumulação de pensão por morte

O que não pode ser acumulado: é proibida a

acumulação de pensões por morte deixadas por

cônjuge ou companheiro desde a edição da Lei

9.032/95 (art. 124, da Lei 8.213/91).

Atenção: é possível a acumulação de pensão

por morte com aposentadoria do próprio

dependentes.

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Pensão por morte

Prazo decadencial para revisão do ato de concessão

da pensão por morte: após o deferimento da pensão

por morte. (Processo 5015568-30.2012.4.04.7201

(TNU), Processo 5049328-54.2013.4.04.7000 (TNU) e

REsp 1.529.562/CE (STJ)).

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Auxílio-reclusão

FUNDAMENTAÇÃO: artigo 201, inciso IV, da

CF,art. 80 da Lei 8.213/91 e art. 116, do Decreto

3.048/99.

DEFINIÇÃO: É o benefício previdenciário

devido aos dependentes do segurado de baixa

renda recolhido à prisão que não estiver

recebendo remuneração da empresa nem estiver

em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria.

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Auxílio-reclusão

NORMAS RELACIONADAS À PENSÃO POR

MORTE: são aplicáveis ao auxílio-reclusão.

A BAIXA RENDA É DE QUEM? A baixa renda

deve ser do segurado.

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Auxílio-reclusão

BAIXA RENDA: EC 20/98.

VALOR ATUAL: de acordo com a Portaria

Interministerial MF nº 15, de 16/01/2018, até R$

1.319,18.

CRITÉRIO: relativização do critério objetivo (REsp

1.479.564/SP).

BAIXA RENDA X PRISÃO NO PERÍODO DE GRAÇA:

REsp 1.480.461/SP.

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Salário-maternidade

FUNDAMENTO LEGAL: Artigo 201 inciso III,

da CF; Artigos 71 a 73 da Lei 8.213/91; Artigos

93 a 103, do Decreto 3.048/99.

CONCEITO: É o benefício previdenciário

destinado à proteção da trabalhadora em

virtude do nascimento de filho ou adoção ou

guarda judicial para fins de adoção.

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Salário-maternidade

Ao segurado ou segurada da Previdência Social que

adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de

criança é devido salário-maternidade pelo período de 120

(cento e vinte) dias. Neste caso, o benefício é pago

diretamente pela Previdência (art. 71-A).

Ressalvado o pagamento do salário-maternidade à mãe

biológica e o disposto no art. 71-B, não poderá ser

concedido o benefício a mais de um segurado,

decorrente do mesmo processo de adoção ou guarda,

ainda que os cônjuges ou companheiros estejam

submetidos a Regime Próprio de Previdência Social.

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Salário-maternidade

No caso de falecimento da segurada ou

segurado que fizer jus ao recebimento do

salário-maternidade, o benefício será pago,

por todo o período ou pelo tempo restante a

que teria direito, ao cônjuge ou companheiro

sobrevivente que tenha a qualidade de

segurado, exceto no caso do falecimento do

filho ou de seu abandono, observadas as

normas aplicáveis ao salário-maternidade

(art. 71-B).

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Salário-maternidade

A percepção do salário-maternidade,

inclusive o previsto no art. 71-B, está

condicionada ao afastamento do segurado do

trabalho ou da atividade desempenhada, sob

pena de suspensão do benefício.

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Salário-maternidade

Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à

respectiva empregada gestante, efetivando-se a

compensação, quando do recolhimento das

contribuições incidentes sobre a folha de salários e

demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer

título, à pessoa física que lhe preste serviço, salvo

nos casos do art. 71-B e dos empregados de Micro-

empreendedores individuais, devendo conservar

durante 10 anos os comprovantes dos pagamentos e

os atestados correspondentes para exame pela

fiscalização da Previdência Social.

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Salário-maternidade

Carência:

- Empregado, empregado doméstico e trabalhador

avulso: independe de carência.

- Contribuinte individual e segurado facultativo: dez

contribuições mensais.

- Segurado especial: deverá comprovar o exercício de

atividade rural nos últimos doze meses imediatamente

anteriores à data do parto ou do requerimento do

benefício (art. 39, parágrafo único da Lei 8.213/91). O

Decreto 3.048/99, em seu art. 93, parágrafo 2º, fixou

esse prazo em 10 meses.

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Salário-maternidade

RMI:

- Empregado e trabalhador avulso: remuneração integral

(teto – ministro do STF).

- Empregado doméstico: último salário-de-contribuição.

- Contribuinte individual e facultativo: 1/12 da soma dos

12 últimos salários-de-contribuição, apurados em um

período não superior a 15 meses, para o contribuinte

individual, facultativo e desempregado.

- Segurado especial: salário mínimo.

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Salário-maternidade

Incide contribuição previdenciária sobre o

salário-maternidade?

- STJ: Tema 739, REsp repetitivo 1.230.957/RS

(incide)

- STF: ADI 5626 (inconstitucionalidade –

isonomia)

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Salário-família

FUNDAMENTO LEGAL: Artigos 7º, inciso XII e 201, inciso

II, da CF; Artigos 65 a 70, da Lei 8.213/91 e artigos 81 a 92,

do Decreto 3.048/99.

CONCEITO: É o benefício previdenciário pago

mensalmente ao segurados empregado, empregado

doméstico e trabalhador avulso, de baixa renda, na

proporção do respectivo número de filhos ou equiparados

de até 14 anos ou inválidos. (devido aos aposentados)

OBJETIVO: Se destina dar ao segurado de baixa renda

uma ajuda ao sustento e à educação dos filhos ou

equiparados de até 14 anos ou inválidos de qualquer

natureza.

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Salário-família

As cotas do salário-família serão pagas pela empresa

ou pelo empregador doméstico, mensalmente, junto

com o salário, efetivando-se a compensação quando

do recolhimento das contribuições.

De acordo com a Portaria Interministerial MF nº 15,

de 16/01/2018, valor do salário-família será de R$

45,00, por filho de até 14 anos incompletos ou

inválido, para quem ganhar até R$ 877,67. Já para o

trabalhador que receber de R$ 877,68 até R$ 1.319,18,

o valor do salário-família por filho de até 14 anos de

idade ou inválido de qualquer idade será de R$ 31,71.

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Petição Inicial

Dica 01: o advogado deve HUMANIZAR o processo,

visando a sensibilização do juiz (narrativa fática

“jornalística”, argumentação e provas referentes

ao contexto familiar).

Dica 02: Fatos e Direito no mesmo tópico.

Dica 03: fundamentação completa.

Dica 04: Atenção para o pedido (obrigação de fazer

e obrigação de pagar quantia certa).

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Tutela Antecipada

Posicionamento do STJ: REsp repetitivo

1.401.560/MT (pela devolução) e Embargos de

Divergência em REsp 1.086.154/RS (dupla

conformidade – pela não devolução).

Posicionamento do STF: ARE 734.199/DF e AI

829.661/MS - não há que se falar devolução.

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Recursos

Recursos no JEF: atenção para a Lei 10.259/01

e para as Resoluções 345, 392 e 393 do CJF.

Recursos nas varas comuns: atenção para os

novos prazos recursais e limitação de

cabimento do AI.

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