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  1 Como estudar, aprender a aprender, portanto pesquisar! Prof. Ms. Jamar Monteiro 

Como Estudar

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    Como estudar, aprender aaprender, portanto pesquisar!

    Prof. Ms. Jamar Monteiro

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    Como estudar

    As transformaes no mbito tecnolgico ecientfico so constantes e acabam por repercutir nombito pedaggico.

    O fenmeno educativo que humano, histrico emultidimensional apresenta explcita ou implicitamenteuma viso de homem, de mundo, de sociedade e deescola que sugere uma determinada atitude em relaoaos estudos e pesquisa. As instituies educacionaispassam por profundas transformaes.

    O contedo, que era um fim em si mesmo, hoje visto como um meio para desenvolver competncias ehabilidades. O conhecimento fragmentado, cumulativoe memorizador faz parte de um passado racionalista.Atualmente, o conhecimento deve privilegiar as posturasinter, multi e transdisciplinar que contextualizam aconstruo de conceitos.

    O currculo escolar torna-se cada vez mais dinmico,organizado por reas de conhecimento e temasgeradores. A sala de aula, que era considerada umespao de transmisso e recepo do saber, passa aser um local de reflexo e de situaes de aprendizagem.As atividades, antes padronizadas e rotineiras,caminham para projetos interdisciplinares que priorizamo estudo do meio, a tica, a cidadania, enfim, os temastransversais. O professor, que antes era apenas otransmissor do conhecimento, nos dias de hoje permeia

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    o sentido da tica, procurando exercit-la na relaoprofessor/aluno, tornando-se o mediador doconhecimento, facilitador da aprendizagem,colaborador e animador. A avaliao, aos poucos,deixa de ser classificatria e excludente e passa a serconsiderada um processo dinmico e contnuo, sendotambm considerados fundamentais os resultados dasobservaes, das coletas de dados, registros, reflexese anlises sobre o desempenho dos alunos, semprelevando-se em conta a apropriao do conhecimento eo desenvolvimento de habilidades e atitudes numa visoglobal.

    A atitude de pesquisa em relao ao estudo temacentral para muitos professores, sugerindo uma reflexosobre o prprio fazer pedaggico, identificando ecompreendendo as aes pessoais que acabam porrefletir no desempenho escolar do aluno.

    Essa atitude parece estar distante da realidade damaioria dos estudantes que associa o ato de estudar aocastigo e no ao trabalho. O papel do professor nestecontexto o de buscar estratgias que possibilitemestimular nos estudantes o ato de estudar, enfimtrabalhar.

    Cabe ressaltar que trabalhar no implicanecessariamente prazer, mas responsabilidades sobreo fazer. Por meio de algumas regras bsicas,mostraremos a diferena entre estudar e fazer tarefa, ea importncia de se desenvolver o autoconhecimento, aorganizao e a disciplina, a fim de que o aluno enfrentesuas dvidas, reveja sua situao atual como cidadodo mundo, tendo a Internet como aliada, e possadesenvolver a atitude de pesquisa.

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    O estudo deve ser encarado com naturalidade, comresponsabilidade e com trabalho. O estudante deveaprender a se observar em seu universo psico-emocionale biolgico, criando um mtodo personalizado nico querespeite seu movimento e ritmo.

    Como se aprende a estudar

    Se considerarmos que o problema do mdico diagnosticar e indicar o melhor tratamento aos seuspacientes, o problema do professor identificar nosalunos suas dificuldades e ajud-los a super-las.

    As inmeras concepes pedaggicas pressupemmodelos educativos que denotam uma viso de mundo,educao, sociedade, escola e relao professor/aluno.O professor, quando incorpora determinado modelopedaggico e faz dele seu sacerdcio, perde a grandeoportunidade de trabalhar com as diferenas.

    A sala de aula assemelha-se a uma floresta, que uma unidade. Numa floresta, respeitando suascondies geofsicas, encontramos uma infinidade deplantas diferentes que necessitam de cuidadosespeciais.

    A sala de aula uma unidade como a floresta, ondecada aluno corresponde a uma determinada planta quenecessita de cuidados e de um olhar diferenciado porparte do professor. No diferente nos lares onde cadafilho apresenta singularidades e diferenas. So elas quefazem a beleza da unidade e nos obrigam a rever os

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    cuidados e as necessidades individuais dentro dadiversidade.

    Para o pesquisador Jean Piaget, o pensamento abase onde se assenta a aprendizagem permitindo que ainteligncia se manifeste. Segundo ele, a inteligncia um fenmeno biolgico, condicionado pela baseneurnica do crebro e do corpo inteiro e sujeito aoprocesso de maturao do organismo.

    Assim, a inteligncia desenvolve um funcionamentoque vai alterando a estrutura, pois ela no fixa eacabada, mas dinmica; um processo de construocontnua, mediante a interao do organismo com o seumeio ambiente. A aprendizagem o conjunto demecanismos que o organismo movimenta para adaptar-se ao meio. Piaget afirma que a aprendizagem processa-se por dois movimentos simultneos: a assimilao(quando a mente assimila o mundo exterior por umprocesso de percepo, interpretao e de assimilaode sua prpria estrutura) e acomodao (quando oorganismo transforma sua prpria estrutura paraadequar-se natureza dos objetos que seroaprendidos).

    Existe diferena entre aprender e estudar. Aprender um processo que acontece no aluno. A compreensodas etapas de aprendizagem permite ao professoradaptar sua ao educativa s realidades e s diferenaspsicolgicas. Ns aprendemos uma srie de aes: falar,ler, digitar, conviver com os semelhantes, desenvolver acidadania, etc. Pois bem, para realizar a maioria dasatividades preciso aprender a fazer. Ningum chegaao mundo com a habilidade inata de saber como estudar.Desenvolver a prpria tcnica, perceber habilidades,qualidades e querer so fatores essenciais para estudar.

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    Aprender, no contexto escolar, no somentecompreender as relaes entre os elementoseducacionais existentes, mas desenvolver estratgiaspara aplic-las de maneira a enriquecer a qualidade devida e propiciar situaes de realizao pessoal.Aprendemos constantemente e muitas vezes no oque fazemos. Aprendemos da seguinte forma:

    1 - Recebendo informaes Pela construo doconhecimento, leitura, jogos ldicos, tentativas, aulas,etc.

    2 - Transformando Desenvolvendo habilidades,relacionando informaes e organizando-as.

    3 - Autocrtica (anlise de si mesmo) Revendo asetapas anteriores e verificando o que se construiu.

    4 - Aprendemos quando guardamos a relao entreproblema caminho soluo De forma a poder pensarquando nova situao aparecer.

    Portanto, estudar retomar o que se observou, viu efez no cotidiano escolar, em especial, na sala de aula.

    Estratgias de aprendizagem

    Vrios estudos, em especial nos anos 70 e 80,sugerem caminhos para essa temtica, apresentandoorientaes metodolgicas diversas. Nesse sentido,vrios programas foram desenvolvidos visando criarhbitos e estratgias de estudos.

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    Observa-se que todos apresentam procedimentospessoais que colaboram para um melhor desempenhoeducacional, privilegiando o autoquestionamento e odilogo entre o professor e o aluno, ou entre osestudantes que tomam conscincia do prprio fazer.

    Tais programas priorizam a compreenso da leitura,a organizao, o planejamento de horrios de estudo, aateno, a concentrao na tarefa e a resoluo deproblemas.

    As estratgias de aprendizagem esto ligadas a suasaplicaes, o que levou inmeros autores a proporsistemas diferentes para a sua classificao. Podem seraplicadas de maneira consciente ou automtica.

    No primeiro caso, quando surgem dificuldadesinesperadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem ou quando se est empenhado em obterxito.

    No segundo, quando j se realizou por vrias vezes(ato mecnico) tarefas escolares com exignciasidnticas visando a um suposto sucesso.

    Aprendizagem mecnica e significativa

    Para aprender a aprender indispensvel quesaibamos nos querer bem, que aprendamos a nos

    fazer respeitar e que possamos usar a cabea,aprendendo a pensar e ser criativo.

    Prof. Celso Antunes

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    Mrcia tem 14 anos. considerada uma estudanteregular. Est cursando a ltima srie do EnsinoFundamental. Procura desenvolver todas as atividadespropostas em sala de aula pelos professores e nuncadeixou de realizar uma tarefa escolar.

    Os trabalhos em grupo acabam sendo feitos em suacasa e assim dirige as atividades dos demaiscomponentes. Dona Aurora, me de Mrcia, nocompreende suas notas medianas; de um a dez suamdia seis.

    V sua filha estudar e muitas vezes obrigada ainterferir nos estudos, pois Mrcia extrapola os horriosdeterminados. Tem o hbito de memorizar perguntas erespostas, frmulas e conceitos. Constantemente,demonstra insegurana na hora de realizar umaavaliao e o nervosismo d lugar ao rendimentoinsatisfatrio.

    As professoras, acostumadas com esta atitude daaluna, j no interferem e nem encaminham a famliapara uma orientao. Mrcia no foi orientada para osestudos e acredita que deve aprender apenas parapassar de ano. Normalmente, a estudante decoradeterminados contedos e logo os esquece. Por qu?

    Como aprendemos?

    Aprender um processo contnuo que no se resumeem adquirir noes, mas reter e refletir sobre o que foiaprendido, contextualizar e reconhecer uma srie deexperincias e pensamentos. A memria tem um papelde extrema importncia nesse processo. Veremos maisadiante.

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    O processo de aprendizagem ocorre de duasmaneiras: mecnica e significativa. O crebro guardaas informaes, mesmo que de maneira efmera,mecnica ou significativamente.

    A mecnica uma aprendizagem efmera, d-sepela repetio. Portanto, no a mais adequada.

    A significativa d-se pela construo doconhecimento e nela podemos identificar algunsfundamentos: vivemos e temos concepes de mundodiferenciado; aquilo que descrevemos no pode seraquilo que o professor sente; para construir oconhecimento do aluno, o professor no pode aceitarque o um que vivemos igual para todos os outrosalunos; o professor deve resgatar aquilo que o alunopossui para assim poder construir o seu conhecimento,para que o contedo transforme e desenvolva suashabilidades e qualidades.

    Isso significa que para aprendermos a estudar necessrio estarmos motivados para o aprender.

    O que voc precisa saber sobre a memria

    possvel melhorar a memria? Os recentesavanos cientficos relacionados aos estudos do crebrosugerem a possibilidade de entender e melhorar seufuncionamento. No crebro circulam os impulsoseltricos e qumicos responsveis por uma das funesmais vitais da mente: a memria.

    Os problemas de perda de memria so causadospor alteraes qumico-cerebrais. Na esfera cientficaafirma-se que as pessoas podem envelhecer

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    preservando boa parte da agilidade mental e dacapacidade de recordar que tiveram no auge de suasvidas.

    A perda de neurnios e os danos fsicos que a idadee outros fatores provocam no crebro no tm efeito toadverso quanto se acreditava, diz o neurologistaamericano Bruce Mcewen, da Universidade Rockefeller,de Nova York/EUA.

    Pesquisas mostram que o crebro pode facilmentese reprogramar para suprir a perda de neurniosprovocada pelo envelhecimento ou pelos hormnios quesituaes extremas de tenso liberam no organismo.

    Alguns mitos e verdades sobre a memria:

    Mito Anotar os compromissos o caminho maiscurto para enfraquecer a memria.

    Verdade O simples fato de anotar um excelenterecurso para reforar a memorizao.

    Mito O crebro guarda tudo o que ocorre. Alembrana sempre pode ser desenterrada com a ajudada psicanlise ou da hipnose.

    Verdade Boa parte de nossas percepes, comoum nmero de telefone, transita rapidamente pelamemria e simplesmente se evapora.

    Mito Os afortunados com super memria,capazes, por exemplo, de decorar todas as msicas dosBeatles, so pessoas de inteligncia e capacidade deraciocnio superior maioria.

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    Verdade Memria nada tem a ver com intelignciaou raciocnio. Um poder extraordinrio de memorizao um dom natural ou resultado de treino.

    Muitos dos novos conhecimentos sobre a memriadecorrem dos investimentos feitos em pesquisas do malde Alzheimer. Os pesquisadores da UniversidadeRockefeller, em Nova York, recomendam com nfaseque se busque um modo de vida saudvel. Observamque quanto maior a quantidade de funes cerebraisenvolvidas no armazenamento de informaes mais gilser a memria. Tais estudos mostram que recordamos10% do que lemos; 20% do que escutamos; 30% doque vemos; 50% do que vemos e escutamos; 70% doque ouvimos e discutimos e 90% do que ouvimos efazemos.

    Esses estudos sugerem que bons resultados soobtidos com tcnicas bem simples e quase intuitivas.Ateno e concentrao so essenciais para fixar aslembranas.

    Se voc costuma esquecer a luz da garagem ligada,da prxima vez em que for deslig-la, descreva aoem voz alta. A vocalizao forte refora a memria,ensina o mdico Robert Goldman, no livro A Sade doCrebro.

    A memria, no mbito educacional, pode seraprimorada pelos seguintes meios:

    do sentido de organizao um material organizadoe com sentido mais facilmente retido; do sentido decompreenso mais fcil reter uma rea quando secompreende o seu sentido geral; do sentido departicipao utilizar os vrios sentidos, ler em voz alta,

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    associar, etc.; da percepo do tempo pedaggicoalternncia das matrias.

    Alguns fatores biolgicos podem impedir o bomfuncionamento da memria, entre eles: presso alta;excesso de bebida alcolica; carncia de sono; abusode plulas para dormir; estresse, o mal da vida moderna;inibio; interferncia interna na sala e interfernciaexterna adquirida.

    No cotidiano educacional, a questo da memria estligada idia de reter, armazenar uma informao, umconceito ou uma idia. A aprendizagem no poderiaocorrer se o sujeito no se recordasse de alguma coisa.Aps o estudo de uma determinada matria, nota-se queo esquecimento tambm trabalha, pois a mente eliminanoes dispensveis. Percebe-se a necessidade de criarhbitos disciplinares.

    Para facilitar o aprendizado e fixar na memria oscontedos necessrio no s repetir o que foiensinado, mas ler mentalmente e compreender oassunto; reler em voz alta; concentrar a ateno emaspectos especficos; notar semelhanas; repetir vriasvezes, se necessrio em voz alta; fazer esquemas oufichas numa seqncia lgica e nunca esquecer derepousar, pois uma mente cansada pouco aprende.

    Discutindo solues

    Dona Maria Teresa me e est muito confusa.

    Juliano, 12 anos, seu filho caula, vem apresentandoum comportamento inadequado em sala de aula. No

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    presta ateno s aulas, no leva material, no fazatividades e nunca tem tarefa a ser feita em casa.

    Dona Maria Teresa pensa ter esgotado todos osrecursos estratgicos possveis para motivar Juliano aosestudos. J usou de chantagem, cortou dinheiro damesada, deixou de castigo e recentemente o surrou.

    Apavorada e com um sentimento de impotncia,solicitou ajuda Orientao Educacional da escola, quea atendeu.

    Foram realizadas vrias entrevistas que abordaramassuntos de interesse mtuo, entre eles: planejamentofamiliar, meios de comunicao de massa, disciplina,organizao, responsabilidade e, por fim, o rendimentoescolar de Juliano.

    O que se descobriu?

    Desde pequeno, Juliano foi poupado de pequenosafazeres como, por exemplo, guardar os brinquedos queutilizou, lavar o copo em que bebeu gua, recolherroupas esparramadas por toda a casa, etc.

    Dona Maria Teresa achava que esse tipo de coisadeveria ser feito pela empregada ou por ela mesma.

    A Orientao Educacional da escola sugeriu donaMaria Teresa que repensasse essas questes edesenvolvesse com o filho as pequenas noes deorganizao e responsabilidade, iniciando com ele umarealidade vivencial.

    Juliano um dos muitos adolescentes perdidos emsi mesmo, que no descobriu suas verdadeirashabilidades e qualidades. Apresenta dificuldade em

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    conhecer-se e no encontra motivao para aprender aaprender. Porm, para todo problema existe umasoluo.

    H alguns anos, quando a escola tinha um carterseletivo e poucos tinham acesso, os problemas deaprendizagem baseavam-se em casos espordicos queculminavam na maioria das vezes em excluso do alunodo ambiente escolar. As necessidades da poca erambem diferentes das atuais.

    Isso no significa que as famlias participavam maisativamente do processo de ensino/aprendizagem eestavam presentes na escola. As crianas aprendiambaseadas em mtodos pedaggicos que valorizavam amemorizao. A construo do conhecimento era umsonho utpico de alguns poucos educadores.

    No entanto, com os avanos tecnolgicos ecientficos que se intensificaram nas ltimas dcadas,com os meios de comunicao de massa, percebe-seque os interesses de nossas crianas e adolescentesno so os mesmos de outrora.

    O que mais importante: ficar lendo um captulo dehistria ou assistir a um filme de ao? Viajar pela Internetou elaborar uma pesquisa?

    O jovem deve ser educado, mas essa educao deverefletir a realidade em que vive, a fim de que desenvolvaa conscincia crtica, exera a cidadania e seja feliz.

    No podemos ter a pretenso de solucionar todosos problemas educacionais, mas podemos discutir coma comunidade solues viveis e retomar o papel dafamlia dentro desse processo.

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    Dicas para melhorar os estudos

    Colocar no mapa de estudos todas as atividadesque j so habituais e que obedecem a um horrio, porexemplo, almoo, jantar, ingls, computao, ginstica,etc.; especificar o horrio das aulas; reservar, pelomenos, duas horas de estudos dirios; procurar estudaras matrias dadas pelo professor, o mais cedo possvel,aps a aula; fazer um intervalo de 10 minutos a cada 50minutos de estudo; ao estudar uma matria, esquecerpor completo as demais; no esperar sentir vontade paracomear a estudar na hora marcada; s terminar deestudar quando esgotar o tempo estabelecido, mesmoque aparentemente tenha aprendido tudo; seguir o planode estudo at criar hbito; no estudar em seqncia asmatrias com raciocnios semelhantes; procurar estudaralternadamente matrias onde haja mais ou menosdificuldade; procurar utilizar o domingo como dia dedescanso, no mximo us-lo para leitura.

    Curioso observarmos que medida que oestudante vai sistematizando seu estudo, isto , fixandometodicamente cada contedo visto em sala erememorando cada assunto s vsperas das aulas, elevai, aos poucos, diminuindo o tempo de que necessitapara estudar cada disciplina.

    Desse modo, com a regularidade da prtica, eleobserva dentro de pouco tempo que no necessita maisde uma hora de estudo diria para cada disciplina. Depoisde algum tempo, com a matria em dia e tendo assistidocom a devida ateno s aulas, necessitar algo em

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    torno de meia hora para dedicar-se ao estudo de cadadisciplina no dia em que teve aula sobre ela.

    Um equvoco muito freqente em alunosdesavisados estudar somente as matrias das quaisgostam. Se estudarmos apenas as que temos maisafinidade, iremos aumentar cada vez mais a distnciaentre ns e as disciplinas com as quais nos afinamos.

    Ao organizar seu horrio de estudos, no seesquecer de colocar tempo para leitura de revistas ejornais. aconselhvel reservar tambm uma faixa dehorrio para assistir a um telejornal.

    Julgamos necessrio insistir na importncia deseguir risca a programao de estudo estabelecidapelo prprio estudante. Caso ele comece a relaxar nocumprimento do mapa de estudos, a tendncia serdesrespeit-lo sempre.

    preciso no esquecer de deixar espao para olazer. Algumas atividades ldicas, como passeios ejogos, so importantes para manter o equilbrio fsico emental necessrio ao nosso intelecto. O cumprimentodessa prtica de estudos produz resultados saudveisem curto prazo. Vale a pena vivenci-la.

    Regras bsicas

    At agora procuramos mostrar que ningum incapaz e que todos possuem habilidades e qualidadesa serem estimuladas no processo de ensino/aprendizagem. Nada melhor do que ter as questesemocionais bem resolvidas e estar ciente de que estudarpara compreender o mundo e os que nos cercam umanecessidade. preciso considerar algumas regras

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    bsicas que servem para o estudo de qualquer disciplina.So elas:

    A) Relaxamento

    Pedro aluno de uma determinada escola particularde Santo Andr/SP. Cursa a 4 srie do EnsinoFundamental e conhecido entre os amigos como oZangado. Por ser muito irrequieto no procuradesenvolver a pacincia, conseqentemente noconsegue articular todo pensamento para expressar-se.

    Seus pais no so diferentes. Nunca tm tempo parauma conversa e quando, a muito custo, vo entrevistacom o orientador educacional ou professor, ficamentediados e logo arrumam uma desculpa furada pararetirarem-se.

    Diante desse quadro, a professora Rita foi estimuladapela orientao a desenvolver com os alunos pequenosexerccios de concentrao e posteriormente derelaxamento fsico e mental. No incio, Pedro nocompreendia o porqu dessa atividade, mas com opassar do tempo seu comportamento foi se alterando,deixando a impulsividade de lado e fazendo surgir umnovo estudante.

    O que relaxamento?

    O corpo humano um universo em miniatura, defundo essencialmente dinmico, formado de energiacondensada em clulas vivas e inteligentes, agrupadasem colnias de hierarquia vibratrias diferentes, que seespecializam para formar rgos diferentes, aparelhose sistemas, cada qual com suas caractersticas,movimentos e finalidades prprias, e todos ligados entresi pelo sistema nervoso.

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    A palavra relaxar significa afrouxar, diminuir a fora.Tcnicas de relaxamento so estratgias direcionadasque levam o indivduo a um estado de paz e equilbriointerior, proporcionado pela harmonizao dos corposfsico, mental e espiritual, permitindo uma melhorconcentrao e conseqentemente um melhordesempenho escolar.

    O pensar construtivamente requer relaxamento,educao, treino dirio e assiduidade. Para que oestudante possa captar mais facilmente osensinamentos, necessrio que seu corpo esteja emsintonia com a mente. Os exerccios propostos ajudaroo estudante a entrar em contato consigo mesmo,melhorando seu desempenho biolgico e emocional.

    Existem vrios mtodos para alcanarmos oequilbrio interior. Devemos, no entanto, escolher atcnica que mais nos convier.

    As energias emanadas pela msica, por exemplo,so captadas pelo corpo, refletindo de modo benficoem todos os rgos. Todos ns, sem exceo,identificamo-nos com determinado tipo de som, poisnossos corpos possuem receptores de vibraoenergtica musical. Essa tcnica j foi abordadaanteriormente. Refaa-a sempre que necessrio.

    Existem tambm outras tcnicas de relaxamento,entre elas, a massagem, o toque, a captao de energiacsmica universal, a abraoterapia, as imagens, etc.Procure a que melhor voc se adapte.

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    B) Ateno s aulas

    O professor Roberto acabava de expor um contedonovo de Histria aos seus alunos da 7 srie do EnsinoFundamental. Felipe tomou um choque ao perceber queo assunto havia encerrado e que no prestara ateno.Estava com a cabea na lua. Ficou envergonhado empedir nova explicao e foi para casa, repleto de dvidas.

    muito importante lembrar que o contedo principalde uma matria dado em sala de aula. Nesse momento,o estudante deve estar completamente atento s novasinformaes que sero elucidadas pelo professor. Deveanotar em um caderno as principais colocaes doprofessor e fazer uma comparao com a leitura querealizar em casa. Agindo dessa maneira, reter maisfacilmente as informaes e relacionar os assuntoscom a exposio do professor.

    C) No fique com dvidas

    Carlos anda muito agitado e no tem pacincia emexpor seus problemas. Sua me, dona Vitria, procurouorientao para ajudar o filho que cursa a 6 srie doEnsino Fundamental. O rendimento escolar de Carlosem Matemtica est de mal a pior. No presta maisateno s explicaes da professora e no faz astarefas em casa. Questionado, diz que no gosta daprofessora e que ela no explica nada. A professora,por sua vez, est desanimada com as atitudes deCarlos, j conversou e orientou-o.

    Aps uma seqncia de entrevistas, a OrientaoEducacional detectou que o problema de aprendizagemestava relacionado com alguns pr-requisitos noentendidos pelo aluno.

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    O professor tambm facilitador da construo doconhecimento e ter prazer em esclarecer qualquer tipode dvidas. O estudante em hiptese alguma deve terreceio em perguntar, tirar dvidas e questionar.

    Ningum o dono do saber. Se a dvida surgir emcasa, o aluno dever procurar ajuda e esclarecer seusquestionamentos, seja com os pais, amigos e atvizinhos, se for o caso. Se a dvida persistir, dever tir-la na prxima aula ou em um encontro com o professorna escola. O importante entender, para que o estudono fique prejudicado.

    D) Material sempre em ordem

    Aula de Desenho Geomtrico e, novamente, Samuelesqueceu o compasso. A professora Maria j enviouvrios bilhetes e solicitou uma entrevista com os paisdo estudante, porm o encontro s ocorreu porque oorientador educacional convocou a presena de donaNeuza e seu Antnio, informando que o aluno no entrariaem sala, sem antes uma conversa com osresponsveis.

    Foi assim que a Orientao entrou em contato comum problema que tem sua origem na falta de organizaoe administrao do lar. Samuel entrava em sua casasem a mnima preocupao em guardar adequadamenteseu material escolar. Costumava, literalmente, jogar amala em qualquer lugar. Certo dia, aps ter secomprometido com a professora em se organizar, foiprocurar o compasso e s o descobriu dias depoisdebaixo da estante da sala.

    Aps vrias entrevistas, Neuza e Antnioperceberam a necessidade de rever certos valores econseqentemente administrar noes de organizao

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    como: pegou, guardou; sujou, limpou; emprestou,devolveu, etc.

    O estudante deve manter seu material sempre emordem e organiz-lo por grau de necessidade, dandoprioridade s matrias que sente mais dificuldade.

    As chances de sucesso profissional estorelacionadas s questes de organizao pessoal, ouseja, o estudante que adquirir o hbito de se organizar,mais facilmente encontrar solues para os problemase, com certeza, saber achar respostas para as suasdvidas.

    E) Local adequado para o estudo

    Renato s vezes estuda no quarto, outras na sala ouna cozinha, e recentemente prefere ficar no quintal desua casa onde pode olhar o cu. Aps duas horas deestudo no quarto, deitado sobre a cama, com doistravesseiros de encosto, sente uma dor na coluna quaseinsuportvel. comum ligar o aparelho de som baixo ede vez em quando assistir a um filme de ao. Quandoestuda na sala um Deus nos acuda. Seus irmosno param de passear, a empregada parece no ter oque fazer e atrapalha-o com perguntas sem sentido. Nacozinha, encontra certa paz, mas muito pequena edificulta o acesso ao material necessrio para osestudos. J no quintal, sentado no cho, tudo parecefluir nos dez primeiros minutos, mas depois o barulhoda rua, o sol, a chuva, o vento e as pipas acabamatrapalhando a fixao dos contedos.

    O exemplo acima reflete a falta de orientao paraos estudos. Para que haja uma melhor assimilao econcentrao para o desenvolvimento das atividades necessrio que o espao fsico esteja devidamente

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    preparado, ou seja, que se evite lugares com poucaclaridade e que o estudante sinta-se confortvel.

    O estudante deve providenciar um local adequadopara os estudos, de preferncia tranqilo, sem barulhoexterno e sem muitos enfeites que possam distra-lo.Caso haja necessidade, poder dividir o local com outrapessoa, tendo o cuidado de organizar um horrioadequado.

    Deve sentar-se com a coluna ereta, apoiado em umacadeira confortvel e usar uma escrivaninha adequada sua altura e tamanho. Isso significa que a postura paraestudar fundamental. No se estuda deitado e muitomenos com televiso e som ligados.

    necessrio estar com o corpo e a mentepreparados para estudar. No adianta apenas querer, necessrio informar ao corpo fsico esse processo dereeducao.

    F) Horrio especial para os estudos

    Filho, voc no tem avaliao de Matemticaamanh, por que no est estudando?

    Sabe como , n m! Essa matria eu manjo! Ficafria, t bom?

    Como ficar tranqilo diante dessa situao?

    Alguns pais pensam que os filhos no gostam dedisciplina e determinao de horrios para as atividades.Engano!

    Quem no gosta de disciplina e respeito? De ouvirum no de vez em quando?

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    muito importante que o aluno reeduque seushbitos para o estudo, que defina horrios e prioridades.

    Ele deve fazer um horrio especial para o estudo,colocando todas as atividades extracurriculares,deixando-as de preferncia para o fim do perodo,quando, teoricamente, terminou as suas lies. Devereservar no mnimo duas horas para os estudos, senecessrio fazendo um intervalo no meio. Cada um dens sabe de suas necessidades. importante que oestudante siga rigorosamente o horrio por ele estipulado.S assim o organismo ir se habituar s novasnecessidades, caso contrrio no dar continuidade aoque se props a cumprir.

    G) Saiba pedir ajuda

    Maria Alice, me de Ana Paula, estranhava ocomportamento da filha nos ltimos dias. Ana Paula um amor, os vizinhos adoram-na e tem muitos amigos.Porm, em casa estava se transformando em umbicho. Maria Alice no compreendia tamanhaagressividade em relao aos irmos mais novos e porque se escondia do pai, Alberto.

    Num determinado final de tarde, Maria Alice convidouPaula para uma conversa, longe de casa. Aproveitarampara passear em um determinado Shopping da cidade.Aps andarem por alguns minutos, resolveram sentarem um banco e a conversa transcorreu com muitatranqilidade.

    Paula estava com problemas em Matemtica. Noconseguia compreender o raciocnio do professor e porser uma aluna conceituada na classe, estavaenvergonhada de solicitar ajuda.

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    Bastaram alguns minutos de conversa para quePaula percebesse que no somos os donos do saber eque no podemos ter a pretenso de conhecer tudo. Anica verdade a dita por Scrates, o filsofo grego:Tudo que sei que nada sei!

    Muitas vezes, achamos que sabemos como resolverdeterminado problema ou atividade e quando nosdeparamos com eles, as dificuldades aparecem.

    nesse momento que devemos fazer a intervenoo mais rpido possvel. Telefonamos para um colega,perguntamos ao responsvel mais prximo, porm oestudante no deve esquecer de que o problema delee somente ele poder solucion-lo.

    Se ele demonstra algum tipo de dificuldade emassimilar determinado contedo, deve solicitar ajuda aum colega, algum que possa realmente contribuir parasolucionar o problema, pois o colega tambm ouve asexplicaes dadas pelo professor e provavelmente tenhacondies de ajud-lo.

    Os pais no tm a obrigao de dominardeterminado contedo que seus filhos estejamaprendendo, mas ajudar os filhos a encontrar asrespostas aos seus questionamentos, informando-osverdadeiramente que no so detentores de todo saber.

    H) Estude diariamente

    No deixe para depois o que voc pode fazer agora

    Alguns alunos pensam que:

    Estudar s vlido um dia antes de uma determinadaavaliao.

  • 26

    Esse o grande engano da maioria dos estudantes.Todos ns sabemos que o contedo deve ser trabalhado,nunca esquecendo de integr-lo ao cotidiano, aos fatosreais da vida. Quando os estudantes deixam para estudarna ltima hora, acumulam os contedos e acabamaprendendo mecanicamente: decoram e logoesquecem.

    Quando aprendemos a aprender, pesquisamos econseqentemente desenvolvemos nossascapacidades nas diversas reas de ensino,transformando um tema central em ao interdisciplinar.O aluno, motivado por uma situao-problema, buscaresposta e aprende por meio dela a transformarproblemas em obstculos a serem ultrapassados.

    Alguns contedos trabalhados em sala de aulanunca sero utilizados na vida prtica.

    Esse outro grande equvoco. Todo contedo,independentemente da sua utilizao, leva o estudantea desenvolver seu raciocnio, conscincia crtica,organizao e disciplina.

    Algumas matrias deveriam ser optativas.

    Novamente informamos que todas as reas so deextrema importncia no processo da construo doconhecimento, pois possuem caractersticas prpriasdeterminantes na formao de nossos estudantes.

    Mais importante o diploma.

    O mercado de trabalho exige apenas diploma oucompetncia? Em verdade, o mercado de trabalho estmuito exigente e com certeza tornar-se- muito maiscom o passar dos anos. importante que o estudante

  • 27

    fique atento a esse processo e perceba que o profissionaldo sculo XXI deve ter as questes emocionais bemresolvidas, ser criativo, dinmico e possuirconhecimentos globalizantes.

    Ele deve ter em mente que o mais importante no decorar, mas estar realmente por dentro de todas astransformaes decorrentes da nova ordem mundial, queexige qualificao para uma colocao no mercado detrabalho.

    I) Diversifique o material didtico

    O estudante no pode prender-se somente a livrosadotados na escola. Sempre que possvel, deve consultarenciclopdias, assistir a vdeos ou a filmes sobre temaespecfico, ou mesmo a aulas que costumam serministradas nos canais educativos da televiso. Quantomais o estudante informar-se, maiores sero seusconhecimentos sobre a questo e maiores aspossibilidades de descobrir um novo interesseprofissional ou um grande prazer.

    J) Como obter sucesso em provas, exames etrabalhos

    A preparao para provas e exames no deve serfeita por viradas de ltima hora, varando madrugadas,mas antecipadamente, com um estudo consciente econtinuado, distribudo racionalmente pelo tempodisponvel.

    Observe as seguintes normas de ao: prepare-setranqila e conscientemente para as suas avaliaes,provas, exames, etc.; seja persistente! Estude comtcnica, com interesse e com pacincia. O bom resultadofinal conseqncia natural de sua boa preparao.

  • 28

    Trabalhe com persistncia e calma; uma preparaointensiva prxima da prova til. s vsperas dasavaliaes, os programas de todas as disciplinas jdevem ter sido suficientemente estudados e aprendidos.

    Reserve essa etapa final para as revises e arealizao de exerccios especiais; faa a sua revisotecnicamente. Nesse perodo, voc no deve estudartudo de novo. No h tempo para isso e nem necessrio. Faa a reviso, lendo nos textos as partessublinhadas e as anotaes feitas.

    Complete esse trabalho estudando por resumos;encare a prova com calma, otimismo, coragem e f. Nadade ansiedade, isso provoca tenso e diminui suaspossibilidades de sucesso. Concentre-se, esteja atentoa tudo.

    Leia com ateno e seja cuidadoso na resoluo dasquestes propostas. Oua atentamente cada instruo;leia a prova como um todo. Avalie as questes. Veja asque voc conhece bem, as que conhece regularmentee as que parecem ser difceis.

    No se afobe em hiptese alguma, mesmo que onmero de questes julgadas difceis seja grande; iniciea resoluo pelas questes do primeiro grupo (maisfceis), passe depois para as do segundo grupo(dificuldade mdia) e s ento resolva as do terceirogrupo (difceis); aproveite bem todo o tempo da avaliao.Os momentos que lhe restarem devem ser usadosrelendo as suas respostas.

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    Como agir no perodo de avaliaes

    Cultive o desejo de ir bem, pense positivo!.Obtenha a informao antecipada sobre o tipo de provaa ser aplicada teste ou dissertao; substitua apreocupao e o medo pela autoconfiana; tentecompreender o significado das questes para darrespostas coerentes; antes da prova, se houver tempo,ajude os colegas.

    A melhor maneira de aprender uma matria ensin-la aos outros; na hora h, sente-se com a coluna ereta,respire fundo e relaxe completamente; se estivernervoso, aceite como natural.

    No use recursos proibidos na prova; a prpria tensogerada pelo ato de colar pode provocar esquecimentos;quando receber a prova, leia as instrues; respondaprimeiro as questes fceis; quando ler a pergunta,coloque-a no contexto; analise os termos usados eprocure palavras-chave para descobrir a verdade daquesto; administre o tempo de tal modo que possaresponder a todas as questes; em se tratando de testes,revise o gabarito antes de entreg-lo; faa sua redaocom letra legvel. Isso ajuda e no tira o humor de quemfor corrigi-la; reserve um tempo para o preenchimentodo gabarito (se for teste).

    A pressa, nesse momento, pode acarretar errosirreparveis; uma alimentao bem equilibrada importante para o bom funcionamento do seu crebro.Procure consumir acar e fsforo, mas no exagere.

  • 30

    Aprendendo a aprender Elaborando trabalhos

    Alguns passos para a elaborao de um trabalho:

    Reflexo sobre o tema proposto por meio deperguntas O qu? Como? Quando?

    Seleo dos livros e dos captulos selecionados Fontes bibliogrficas.

    Fichamento ou resumo Organizar as principaisidias do autor.

    Perceba que a elaborao de um trabalho tem porfinalidade iniciar o estudante numa prtica metdica eorganizada, portanto deve possuir a seguinte estrutura:

    Sumrio uma apresentao resumida doprprio trabalho, contendo as propostas, idias bsicase concluso.

    Introduo Caso seja necessrio, deve conter:justificativa do tema, objetivo do trabalho, um resumo daestrutura do trabalho.

    Corpo do trabalho - Abrange o contedo organizado.

    Concluso Deixar claras suas concluses arespeito do tema.

    Bibliografia Relao clara e simples das fontesutilizadas.

    O estudante no deve se esquecer de que aapresentao do trabalho muito importante e que

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    dever ser feita mediante a padronizao que o professorsolicitar. Porm, sugerimos a seqncia abaixo:

    Nome do aluno, srie e nmero

    Ttulo

    Nome da escola

    O trabalho poder ser ou no digitado, ficar a critriodo professor. Nunca use corretivo (branquinho) ousemelhante. No o rasure e procure dar-lhe uma boaaparncia a fim de valorizar seu contedo.

    Princpios estruturais de um trabalho acadmico

    Todo trabalho acadmico composto de elementosobrigatrios e opcionais, sugerimos:

    Pr-texto Capa, pgina de rosto, folha deaprovao (opcional), dedicatria (opcional),agradecimentos (opcional), resumo abstract, sumrio,lista de figuras, lista de tabelas, lista de abreviaturas elista de smbolos.

    Texto Introduo, corpo e concluso.

    Ps-texto Anexos, lista de referncias,apndices, glossrio (opcional).

    Capa a proteo externa do trabalho, sobre a qualse exprimem as informaes indispensveis, como

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    nome do autor, ttulo do trabalho, grau pretendido,instituio qual submetido, local e ano.

    Pgina de rosto Apresenta os elementosessenciais identificao do trabalho: nome do autor,ttulo do trabalho, grau pretendido, instituio qual submetida, rea de concentrao, nome do orientador,indicao de volume, se houver, local e ano.

    Errata Lista de erros tipogrficos ou de outranatureza.

    Pagina Pgina Linha Onde se l Leia-se

    13 13 uma cl um cl

    15 18 mtodo cientifico mtodo cientfico

    Dedicatria O autor dedica a sua obra ou incluium pensamento ou citao (pgina opcional).

    Agradecimentos Onde so registradosagradecimentos ao orientador, instituies ou pessoas(pgina opcional).

    Resumo Apresenta pontos relevantes e devem serindicados: a natureza do problema, estudos, materiale mtodos utilizados, os resultados maissignificativos e as principais concluses.

    Abstract Verso em ingls.

    Sumrio Relao das principais sees dotrabalho, na ordem em que se sucedem, numeradascom algarismos arbicos e indicao da pgina inicial.

    Lista de figuras Elaborada para facilitar alocalizao da figura no texto.

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    Lista de tabela Facilita a localizao das tabelasno texto.

    Lista de abreviaturas ou smbolos Relao, emordem alfabtica, das abreviaturas ou siglas utilizadas.

    Elementos do texto O contedo apresentadoda seguinte forma: introduo, reviso da literatura,materiais e mtodos, resultados, discusso econcluses.

    Introduo Apresentao do assunto, tema efinalidade da pesquisa. Justificativa do assunto, mtodosempregados e delimitao do problema de pesquisa.

    Reviso da literatura Levantamento bibliogrficocom anlise, discusso sobre as idias, fundamentos,problemas e sugestes.

    Materiais e mtodos Descrio dos mtodos,materiais, equipamentos utilizados de modo que ospesquisadores possam repetir os ensaios.

    Resultados Devem ser apresentados em ordemcronolgica.

    Discusso Objetiva a considerao dos resultadosapresentados anteriormente, e que conduza s principaisconcluses.

    Concluses Devem ser apresentadas da maneiralgica, clara e concisa, fundamentadas nos resultadose na discusso.

    Citaes So menes de informaes obtidasem outra fonte e indicam a documentao que serviu debase para a pesquisa.

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    Citaes diretas ou transcrio Transcrio exatade palavras ou trechos de um autor.

    Exemplo: As citaes so os elementos retiradosdos documentos pesquisados durante a leitura dadocumentao e que se revelaram teis para corroboraras idias desenvolvidas pelo autor no decorrer do seuraciocnio (Severino, 1984, p.126)

    Citaes indiretas

    Exemplo: Segundo Severino (1984), citaes soelementos, em que se produz...

    Sugestes para o preparo dos originais ereproduo Papel A4; margens esquerda 4,0 cm,superior 3,5cm, direita 2,5 cm e inferior 2,5 cm;espaamento 1,5 entre linhas; fonte 12 Times NewRoman; paginao canto superior direito somente a partirda introduo.

    LIVROS No todo

    AUTOR. Ttulo. Edio. Local de publicao: Editora,data da publicao. N de pginas ou volumes. (coleoou srie). Descrio fsica do meio ou suporte.

    Exemplo: MONTEIRO, J. O poder da felicidade. SoPaulo. Intersubjetiva, 2003, 40p.

    Como fazer um seminrio

    O seminrio um recurso rico e importante, pormdeve ser feito de maneira a envolver todos os integrantes,considerando trs aspectos bsicos:

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    Objetivo da exposio O que quero apresentar,esclarecer e demonstrar? At onde pretendo chegar?Que meio posso usar? Descrio experincias recursos audiovisuais. Que idias pretendo destacar?

    Seqncia das idias Deve ser dedutiva. Primeiroo ncleo central, e a concluso com chave de ouro, ouseja, formulada numa frase curta, simples e rica.

    Apresentao - O grupo pode dividir as leituras efazer uma prvia exposio oral interna. recomendvelque a apresentao seja feita apenas por um elementodo grupo, evitando disperso da classe. Lembramos danecessidade de se fazer uma boa preparao. Se for ocaso, ensaie.

    Como fazer uma redao

    Em primeiro lugar recomendamos uma leituraatenta do que foi proposto e em seguida o tratamento doassunto de acordo com o que foi pedido (descrio,dissertao ou narrao).

    Descrio Descrever caracterizar. Vocapresenta caractersticas de alguma coisa: de umapessoa, de um objeto, de uma paisagem, de um bicho,de uma planta, de um ser imaginrio, etc. Caractersticasque voc percebeu e que, com o seu texto, leva o leitora perceber. A redao descritiva trabalha com a nossacapacidade de percepo, como sujeitos que estamosem contato sensvel com o mundo. A descriodesenvolve, assim, a nossa sensibilidade.

    Dissertao Dissertar debater, discutir equestionar. Expressar o nosso ponto de vista, qualquerque seja. Desenvolver um raciocnio, argumentos quefundamentem nossa posio. Polemizar, inclusive, com

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    opinies e argumentos contrrios aos nossos.Estabelecer relaes de causa e conseqncia. Darexemplos. Tirar concluses.

    Narrao Narrar contar. Nas narraes somoschamados a contar as nossas histrias (vividas,imaginadas, ouvidas, lidas, sonhadas, as que poderoacontecer, etc.). Existem inmeras histrias no mundoe em cada um de ns. Ao narrar, criamos personagens,construmos enredos. A narrao exige de ns muitaimaginao criadora: o que acontece, com quem,quando. Alm disso, geralmente contm tambmdescries: como a personagem, como o lugar, comoacontece o fato, etc.

    Aps o primeiro contato com o tema, o estudantedever deixar a mente tranqila e logo em seguida fazeros questionamentos abaixo:

    Este tema me lembra...

    Passei por esse tipo de situao?

    Que leitura ou fato poderia ajudar-me ...

    Vamos s etapas:

    1- Leitura atenta do tema (assunto);

    2- Esboo da redao;

    3- Anlise e seleo das melhores idias;

    4- Elaborao de um plano coordenado, comseqncia lgica;

    5- Rascunho;

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    6- Crtica e avaliao desse esboo;

    7- Reviso da linguagem;

    8- Uso dos conhecimentos de gramtica, relendoo trabalho.

    Estratgias de leitura

    Trabalhando com o texto em sala de aula

    Fazer primeiramente uma leitura, sem anotaes, afim de adquirir compreenso global do significado dotexto.

    No final dessa leitura, o aluno dever ser capaz deresponder pergunta genrica: qual o assunto do texto;fazer uma segunda leitura (e outras mais, se julgarnecessrio), anotando margem, a lpis, o tema-problema, a idia central e as idias secundrias de umaunidade bem delimitada (um pargrafo, um captulo, umaseo, uma parte, etc., sempre um trecho com umpensamento completo); sublinhar as palavras-chave quemarcam as idias fundamentais para a compreenso(essas palavras esto quase sempre na parte reflexivaou terica); sublinhar as palavras cujos significadossejam desconhecidos. Na maioria das vezes, o prpriosentido do texto esclarece.

    Procurar no dicionrio, se necessrio; buscaresclarecimentos relativos ao autor, ao vocabulrioespecfico, aos fatos, reflexes e autores citados quesejam importantes para a compreenso da linguagem;refazer a linha de raciocnio do autor, evidenciando aestrutura lgica do texto e esquematizando a seqnciadas idias e sua estrutura redacional; desenvolveralgumas habilidades e conceitos especficos: analisar/

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    interpretar; conceituar/exemplificar; sintetizar/desenvolver; essencial/secundrio; conotao/denotao; fato/opinio; fornecer instrumentos para otrabalho de produo de texto como parfrases(explicao mais detalhada do texto), resumos,resenhas, relatrios, fichamentos, etc.

    Trabalhando em grupo

    O trabalho em grupo pode ser definido como umaatividade que envolve vrios alunos com o propsito dedesenvolver trabalhos, projetos, seminrios, aulas, etc.Significa ser capaz de trabalhar com as diferenas, ouseja, com as idias, recursos e capacidades dosoutros.

    A eficcia do trabalho em grupo est ligada capacidade de lidar com o outro e concentrar-se noapenas nos resultados finais, mas tambm no comochegar l.

    Sugerem-se regras bsicas para elaborao detrabalhos de grupo: estar presente nas reunies;concordar com uma agenda para as reunies; no falarmais do que trs minutos seguidos; no interromper; noatacar os outros (criticar as idias, no a pessoa);encorajar todos a falar; comear e acabar as reuniesna hora prevista; estabelecer prazos e cumpri-los; fazero que ficou acordado. O comportamento individualcontribui para a harmonizao e eficcia do trabalho. Noentanto, necessrio ter os objetivos claros para evitarmal-entendidos.

    Planejar aes e distribuir tarefas evita esforosdesnecessrios e problemas. Para tanto, sugerimosalgumas questes que devem ser pensadas pelo grupo:

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    Como o trabalho pode ser subdividido em tarefas?

    Quando deve estar completa cada tarefa?

    Quem pode fazer cada uma das tarefas?

    O que fazer em relao s tarefas que ningum quer?

    A carga de trabalho parece estar justa e equilibrada?

    Se acabarem todas as tarefas no tempo acordado,estaro cumprindo todos os objetivos?

    imprescindvel aprender a lidar com os problemase identificar as capacidades do grupo no qual se estinserido.

    Como trabalhar com projetos

    Um projeto uma atividade intencional Oenvolvimento dos alunos uma caracterstica-chave dotrabalho de projetos, o que pressupe um objetivo qued unidade e sentido s vrias atividades, bem comoum produto final que pode assumir formas muitovariadas, mas procura responder ao objetivo inicial ereflete o trabalho realizado.

    Num projeto, a responsabilidade e a autonomia dosalunos so essenciais Os alunos so co-responsveispelo trabalho e pelas escolhas ao longo dodesenvolvimento do projeto. Em geral, fazemo-lo emequipe, motivo pelo qual a cooperao est tambmsempre associada ao trabalho.

    A autenticidade uma caracterstica fundamental deum projeto O problema a resolver relevante e temum carter real para os alunos. No se trata de mera

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    reproduo de contedos prontos. Alm disso, oproblema no independente do contexto socioculturale os alunos procuram construir respostas pessoais eoriginais.

    Um projeto envolve complexidade e resoluo deproblemas O objetivo do projeto constitui um problemaou uma fonte geradora de problemas que exige umaatividade para a sua resoluo.

    Um projeto percorre vrias fases Escolha doobjetivo central, formulao dos problemas,planejamento, execuo, avaliao e divulgao dostrabalhos.

    A partir dessas caractersticas, podemos situar osprojetos como uma proposta de interveno pedaggicaque d atividade de aprender um sentido novo, ondeas necessidades de aprendizagem afloram nas tentativasde resolverem-se situaes-problema.

    Um projeto gera situaes de aprendizagem aomesmo tempo reais e diversificadas. Possibilita, assim,que os alunos ao decidirem, opinarem e debateremconstruam sua autonomia e seu compromisso com osocial, formando-se como sujeitos culturais.

    A Pedagogia de Projetos traduz uma determinadaconcepo de conhecimento escolar, trazendo tonauma reflexo sobre a aprendizagem dos alunos e oscontedos das diferentes disciplinas.

    No com o simples fato de projetos geraremnecessidades de aprendizagem que se esteja garantindotal aprendizagem.

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    preciso que os alunos se apropriem de novoscontedos, e para isso a interveno do professor fundamental no sentido de criar aes para que essaapropriao se faa de forma significativa. Isso poderser feito a partir da organizao de mdulos deaprendizagem, quando o professor ir criar atividadesvisando a um tratamento mais detalhado e reflexivo docontedo.

    Nem todos os contedos disciplinares surgidos nosprojetos so objetos de um estudo mais sistematizado,em mdulos de aprendizagem.

    O que se transformar em mdulos de aprendizagemno pode ser definido antecipadamente, sem seconsiderar o processo vivido pelo grupo, suasexperincias e seus conhecimentos prvios.

    Os projetos de trabalho geram necessidades deaprendizagem de novos contedos que podero seraprofundados/sistematizados em mdulos deaprendizagem que, por sua vez, iro repercutir sobre asatuaes e intervenes dos alunos em outras situaesda vida escolar.

    A organizao dos projetos de trabalhos

    Ao se pensar no desenvolvimento de um projeto,a primeira questo colocada diz respeito a como surgeesse projeto e, principalmente, a quem propor o tema.

    Diante dessa questo, surgem posiesdiferenciadas. Alguns profissionais defendem a posiode que o projeto deva partir necessariamente dos alunos,pois seno, ele seria imposto. Outros defendem a idiade que os temas devem ser propostos pelo professor,

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    de acordo com a sua inteno educativa, pois de outraforma cair-se-ia em uma postura espontanesta.

    O que se desconsidera nessa polmica o pontocentral da Pedagogia de Projetos: o envolvimento de todoo grupo com o processo. Um tema pode surgir dosalunos, mas isso no garante uma efetiva participaodestes no desenvolvimento do projeto.

    O que caracteriza o trabalho com projetos no aorigem do tema, mas o tratamento dado a esse tema,no sentido de torn-lo uma questo do grupo como umtodo e no apenas de alguns alunos ou do professor.

    Portanto, os problemas ou temticas podem surgirde um aluno em particular, de um grupo de alunos, daturma, do professor ou da prpria conjuntura. O que sefaz necessrio garantir que esses problemas passema ser de todos, com um envolvimento efetivo na definiodos objetivos e das etapas para alcan-los naparticipao, nas atividades vivenciadas e no processode avaliao.

    Para isso, ao se pensar no desenvolvimento de umprojeto, trs momentos devem ser configurados:

    I. Problematizao

    o ponto de partida, o momento detonador do projeto.Nessa etapa inicial, os alunos iro expressar suas idias,crenas e conhecimentos sobre o problema em questo.Esse passo fundamental, pois dele depende todo odesenvolvimento do projeto.

    Os alunos no entram na escola como uma folhaem branco, j trazem em sua bagagem hiptesesexplicativas e concepes sobre o mundo que os cerca.

  • 43

    E dessas hipteses que a interveno pedaggicaprecisa partir, pois dependendo do nvel de compreensoinicial dos alunos o processo toma um ou outro caminho.

    Nessa fase de problematizao, o professor detectao que os alunos j sabem e o que ainda no sabem sobreo tema em questo. tambm a partir das questeslevantadas nessa etapa que o projeto organizado pelogrupo.

    II. Desenvolvimento

    o momento em que se criam as estratgias parabuscar respostas s questes e hipteses levantadas.Aqui, tambm, a ao do aluno fundamental. Por isso, preciso que os alunos se defrontem com situaesque os obriguem a comparar pontos de vista, rever suashipteses, colocar novas questes, deparar com outroselementos postos pela cincia.

    Para isso, preciso que se criem propostas detrabalho que exijam a sada do espao escolar, aorganizao em pequenos e/ou grandes grupos, o usode biblioteca, a vinda de pessoas convidadas escola,entre outras aes. Nesse processo, os alunos devemutilizar todo o conhecimento que tm sobre o tema edefrontar-se com conflitos e inquietaes que os levaroao desequilbrio de suas hipteses iniciais.

    III. Sntese

    Em todo esse processo, as convices iniciais vosendo superadas e outras mais complexas vo sendoconstrudas. As novas aprendizagens passam a fazerparte dos esquemas de conhecimento dos alunos e voservir de conhecimento prvio para outras situaes deaprendizagem.

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    Apesar de serem destacados nesse esquema trsmomentos no desenvolvimento de um projeto, importante frisar que so momentos de um processo eno etapas estanques.

    Os projetos so processos contnuos que no podemser reduzidos a uma lista de objetivos e etapas. Refletemuma concepo de conhecimento como produocoletiva, onde a experincia vivida e a produo culturalsistematizada se entrelaam, dando significado saprendizagens construdas.

    Por sua vez, essas aprendizagens so utilizadas emoutras situaes, mostrando que os educandos socapazes de estabelecer relaes e utilizar oconhecimento apreendido, quando necessrio.

    Assim os projetos de trabalhos no se inseremapenas numa proposta de renovao de atividades tornando-as mais criativas e sim numa mudana depostura, o que exige um repensar da prtica pedaggicae das teorias que a esto informando.

    Entendida nessa perspectiva, a Pedagogia deProjetos um caminho para transformar o espaoescolar em um espao aberto construo daaprendizagem significativa para todos que delaparticipam.

    * * *

    Projeto no um percurso descrito por um tema.Uma apresentao do que o professor sabe que oprotagonista sobre a informao e o nico que tem averdade do saber. Uma trajetria expositiva sem

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    problemas. Uma apresentao linear de um tema,baseada em uma seqncia estvel e nica de passos,vinculada a uma tipologia da informao (que se encontranos livros didticos) Uma atividade em que o docente das respostas sobre o que ele j sabe. O professor pensaque os alunos devem aprender o que ele deseja ensinar.Uma apresentao de matrias escolares. Converter emmatria de estudo o que os alunos gostam.

    * * *

    Projeto um percurso por um tema-problema quefavorece anlise, interpretao e crtica (como contrastede ponto de vista).

    Atitude de cooperao onde o professor umaprendiz e no um expert (visto que precisa aprendersobre temas que vai estudar com os alunos).

    Um caminho que busca estabelecer conexes e quequestiona a idia de verso nica da realidade.

    Cada trajeto singular e trabalha-se com diferentestipos de informao.

    O professor ensina a escutar, pois aprendemos como que os outros dizem.

    O que queremos ensinar possui diferentes formasde aprender (no sabemos se aprendero isso ou outrascoisas).

    Um entrosamento atualizado dos problemas dasdisciplinas aos saberes.

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    a forma de aprendizagem levando em conta quetodos os alunos podem aprender e encontram-se numlugar apropriado para isso.

    Aprendizagem vinculada ao fazer, atividade manuale intuio.

    * * *

    A denominao projeto atribuda ao conjuntode aes que visam concretizao de objetivosespecficos. Os projetos individuais ou coletivos podemser propostos pelos alunos ou pelos professores.Nascem de uma discusso provocada, de uma questo-problema ou de um conflito.

    O ponto de partida, ou seja, as idias que os alunostm sobre a temtica a ser estudada, a base atravsda qual eles formam e do sentido s novasinformaes.

    O caminho a seguir constitudo de atividadesindividuais e em grupo, orientadas pelos professores quevisam atribuir caractersticas de utilidade a umconhecimento e sua aplicabilidade real.

    Ao participar de um projeto, o aluno estar envolvidoem uma experincia educativa em que o processo deconstruo do conhecimento estar integrado s prticasvividas.

    Esse aluno deixa de ser apenas aprendiz do contedode uma rea de conhecimento qualquer, passando adesenvolver, com o ser humano, uma atividade complexae, nesse processo, estar se apropriando ao mesmotempo de um determinado objeto de conhecimento

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    cultural e se formando como sujeito cultural o pontode chegada.

    Vale ressaltar que os projetos vo alm dos limitescurriculares (tanto das reas quanto dos contedos).Implicam a realizao de atividades prticas.

    Os temas selecionados so apropriados aosinteresses e ao estgio de desenvolvimento dos alunos.Realizao de experincias, como visitas e presenade convidados na classe. Realizao de algum tipo deinvestigao. Necessidade de trabalhar estratgias debusca, ordenao e estudo de diferentes fontes deinformao. Implicam atividades individuais, grupais ede classe, em relao s diferentes habilidades econceitos que aprendem.

    Instrues para modelo de um projeto

    Identificao do projeto Ttulo, rea, Segmentoe Onde ocorrer

    Identificao do proponente Identificar Quemprope o projeto

    Objetivo Informar o que pretende realizar. Lembre-se de que os objetivos devem ser expostos de maneiraclara e sucinta e expressar o(s) resultado(s) que sepretende atingir, o(s) produto(s) final (is) a ser (em)alcanado(s), perodo e local da realizao. Um projetopode ter mais de um objetivo, mencione todos. Exemplo:Objetivo Geral Abordar o Movimento Surrealista e suasmanifestaes artsticas. Objetivos especficos:Promover uma exposio de artes plsticas com obrasrepresentativas do Movimento pertencentes a colees

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    particulares e de museus, em cinco capitais brasileiras,uma em cada regio, no perodo de julho a dezembro de2004; Promover um ciclo de debates composto de 15palestras, trs em cada uma das cidades onde aexposio se realizar.

    Justificativa Explicar por que se prope o projeto.Na justificativa, responda s seguintes perguntas: Porque tomou a iniciativa de realizar o projeto? Quecircunstncias favorecem sua execuo? Quais osbenefcios para a populao quanto aos aspectosculturais, sociais e econmicos? Qual o diferencialdesse projeto? (ineditismo, pionerismo, resgate histrico,etc.). Qual o histrico? Outros aspectos que julguepertinente mencionar.

    Estratgia de ao Detalhar como e quando serrealizado. Estratgia de Ao o detalhamento dasetapas de trabalho. Enumere e descreva as atividadesnecessrias para atingir o(s) objetivo(s) desejado(s) eexplique como pretende desenvolv-las. Uma boaestratgia de ao aquela que demonstra a capacidadedo proponente em viabilizar o projeto, detalha os objetivose mostra claramente a ordem da realizao, prev otempo de durao de cada etapa, lista os profissionaisenvolvidos, demonstra coerncia com o oramentoeinforma aes que no sero subsidiadas pelomecanismo de apoio escolhido, mas que soimportantes na compreenso geral do projeto. Nestecaso necessrio indicar como essas aes serocusteadas.

    Realizao do projeto Quantificar os contedose para quem se destinam

    Oramento fsico financeiro Calcular quantocusta.

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    Bibliografia

    Professor responsvel

    Avaliao

    Srie

    Data prevista/incio Data prevista/durao

    PCNs Um pequeno histrico

    O processo de elaborao dos PCNs teve incio, apartir do estudo de propostas curriculares de estados emunicpios brasileiros, da anlise realizada pelaFundao Carlos Chagas sobre os currculos oficiais edo contato com informaes relativas a experincias deoutros pases.

    Foram analisados subsdios oriundos do PlanoDecenal de Educao, de pesquisas nacionais einternacionais, dados estatsticos sobre desempenho dealunos do ensino fundamental, bem como experinciasde sala de aula difundidas em encontros, seminrios epublicaes.

    A verso preliminar dos PCNs passou por umprocesso de discusso de mbito nacional durante osanos de 95 e 96. Participaram docentes de universidadespblicas e particulares, tcnicos de secretarias estaduaise municipais de educao, de instituiesrepresentativas de diferentes reas do conhecimento eeducadores.

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    Foram recebidos cerca de quatrocentos pareceressobre a proposta inicial, que serviram de referncia paraa sua reelaborao. Ao longo desse processo, inmerosencontros regionais, organizados pelas delegacias doMEC nos estados da federao, contaram com aparticipao de professores do ensino fundamental etcnicos de secretarias municipais e estaduais deeducao, membros de conselhos estaduais deeducao, representantes de sindicatos e entidadesligadas ao magistrio.

    Os pareceres recebidos, em sua quase totalidade,apontaram a necessidade de uma poltica deimplementao da proposta educacional explicitada nosPCNs e sugerem diversas possibilidades de atuao dasuniversidades e das faculdades de educao para amelhoria do ensino nas sries iniciais, as quais estosendo incorporadas na elaborao de novos programasde formao de professores, vinculados implantaodos PCNs.

    Os PCNs podem representar um norte para as aesna busca pela qualidade educacional, mas no podemser entendidos como soluo dos problemaseducacionais.

    necessrio investir na melhoria de condies detrabalho do professor, considerando em primeirainstncia a melhoria salarial e posteriormente programaseficazes de formao inicial e continuada do professor.

    Os Parmetros Curriculares no so obrigatrios,como o prprio nome diz propem orientaes geraissobre o bsico a ser ensinado e aprendido em cadaetapa.

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    Os professores devem adaptar os parmetros realidade de suas escolas e alunos. Os PCNs seprestam a orientar o planejamento escolar, as aes dereorganizao do currculo, as aes de reorganizaoe as reunies com professores e pais.

    Os Parmetros Curriculares Nacionais reforam aimportncia de que cada escola formule seu projetoeducacional, compartilhado por toda a equipe, para quea melhoria da qualidade da educao acontea de fatoatravs de uma ao docente que envolva participao,debate e cumplicidade.

    Ao reconhecer a complexidade da prtica educativa,os PCNs buscam auxiliar o professor na sua aodiretiva pedaggica. Os PCNs podem ser utilizados comobjetivos diferentes, de acordo com a necessidade decada realidade e de cada momento, pois se encontramsubsdios para reflexo e discusso de aspectos docotidiano da prtica pedaggica.

    Os PCNs possibilitam rever objetivos, contedos,formas de encaminhamento das atividades, expectativasde aprendizagem e maneiras de avaliar; refletir sobre oporqu, o para qu, o qu, como e quando ensinar eaprender; refletir sobre a prtica pedaggica tendo emvista uma coerncia com os objetivos propostos;preparar um planejamento que possa de fato orientar otrabalho em sala de aula; discutir com a equipe detrabalho as razes que levam os alunos a terem maiorou menor participao nas atividades escolares;identificar, produzir ou solicitar novos materiais quepossibilitem contextos mais significativos deaprendizagem; subsidiar as discusses de temaseducacionais junto aos pais e responsveis.

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    Os PCNs se destinam ao Ensino Fundamental eEnsino Mdio. sugerida uma reorganizao em ciclosde aprendizagem. Todos j foram distribudos pelo MEC.

    Os PCNs tratam das reas de Portugus,Matemtica, Cincias Naturais, Histria, Geografia,Educao fsica, Arte e temas transversais, queabrangem tica, Sade, Meio Ambiente, PluralidadeCultural e Orientao Sexual. Os temas transversaisatravessam as reas do currculo e exigem do professoruma postura transdisciplinar, falam de assuntos queajudaro a escola a cumprir o papel de formar alunos-cidados.

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    Pontos importantes

    Cabe ressaltar que o livro Como estudar, aprendera aprender, portanto pesquisar, apresenta instrumentosmetodolgicos que podem auxiliar alunos, pais eprofessores para a atitude de pesquisa.

    Verificou-se que o autoconhecimento, organizaoe autodisciplina diria so instrumentos indispensveispara desenvolver-se o hbito de estudo.

    As regras foram desenvolvidas e aplicadas comsucesso em salas de aula de Ensino Fundamental,Mdio e Superior. O importante aprender a gostar desi.

    Por meio de regras bsicas, suscita o estudante amodificar os hbitos incorretos de estudo, estimulando-o e motivando-o num constante desafio, que proporcionar-lhe estratgias motivadoras que o ajudaroa tornar-se um futuro pesquisador.

    O estudante que desenvolve o hbito de estudo um agente pesquisador que ter melhores condiesde desenvolver uma viso de mundo, de sociedade, deeducao e homem no mundo e para o mundo.

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    No entanto, necessrio entender a diferena entreestudar e aprender. Enfatiza a necessidade de gostarde si, buscar resolver as questes emocionais, planejar,organizar-se, ser determinado, querer e, principalmente,desenvolver a prpria tcnica de estudo.

    Essa conduta possibilitar a construo de umaaprendizagem significativa no processo de formaointegral. Dentro da nova realidade escolar, atitude depesquisa tornar o estudante um cidado do mundo,ligado aos fatos e aos acontecimentos dirios.

    O homem do novo milnio deve aprender adesenvolver o senso de pesquisa, tornando-se umamante do saber.