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Como falar sobre álcool com seus filhos

Como falar de álcool com seus filhos

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Com 52 páginas, essa cartilha mostra os efeitos do álcool no organismo, os diferentes tipos de bebidas alcoólicas, as maneiras de descobrir se o filho tem problemas com álcool, o que observar, como agir, o papel dos pais como modelo, o que dizer aos filhos, exemplos de situações com filhos de diferentes idades e o que a HEINEKEN está fazendo na área de educação para o consumo consciente.

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Como falar sobreálcool com

seus filhos

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Presente em mais de 70 países, a HEINEKEN é uma das empresas líderes no mercado mundial de cervejas, a segunda maior cervejaria do mundo em rentabilidade e a terceira em volume de vendas. Com mais de 200 marcas sob sua responsabilidade, é a fabricante da cerveja Heineken®, considerada a mais internacional do mundo.

Preocupada com o impacto ambiental de suas ati-vidades, a HEINEKEN criou em 2010, uma nova abor-dagem integrada de sustentabilidade para a próxima década. Batizada de Brewing a Better Future - BaBF (Produzindo um Futuro Melhor), a iniciativa tem como objetivo promover o crescimento sustentável dos negó-cios, com foco principal em uma atuação “verde”.

Metas ousadas foram definidas e estamos compro-metidos a vencer o desafio. Temos a consciência de que enfrentaremos momentos onde teremos que bus-car o equilíbrio entre as ambições de sustentabilidade e a nossa realidade na gestão dos negócios, mas nos-so compromisso é administrar as divergências sempre com a nossa visão de curto, médio e longo prazos. Que-remos usar a nossa posição como fabricante de cerve-ja mais internacional do mundo para promover uma mudança positiva em tudo que envolve nosso processo produtivo e nossas práticas de negócios e desempe-nhar o nosso papel na criação de um mundo melhor em que todos nós podemos viver e prosperar.

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A plataforma Brewing a Better Future - BaBF possui três pilares estratégicos:

Melhorar continuamente o impacto de marcas, práticas e negócios no meio ambiente

Entre as metas traçadas pela empresa, uma das prin-cipais é a redução das emissões diretas e indiretas de CO2 (principal causador do efeito estufa) em até 40% nas nossas cervejarias, além da diminuição de 25% do consumo de água até 2020.

Capacitar as nossas pessoas e as comunidades em que operamos

Capacitar nossos funcionários à prática da sustentabilida-de, fortalecer a relação da empresa com as comunidades onde ela está inserida e fomentar uma rede local de forne-cedores são passos fundamentais da nossa jornada em busca do sucesso nos negócios.

Para atingirmos as metas do programa global de sustentabilidade precisamos do apoio e engajamento de todos que trabalham na empresa. Por isso, o foco é envolver cada setor da HEINEKEN para, juntos, promovermos e zelarmos por um ambiente interno seguro, saudável, com integridade, que respeita os direitos individuais e coletivos e preocupado com um desenvolvimento sustentável.

Para fazer a diferença nas comunidades, a HEINEKEN

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realiza uma série de iniciativas em todos os países onde está presente.

No continente africano, onde a empresa possui muitas de suas operações, desde 2010, já foram investidos mais de 10 milhões de euros na HEINEKEN Africa Foundation, sendo que 1 milhão desse total, vem sendo aplicado em projetos de saúde. Até 2020, também no continente africano, a empresa pretende expandir suas fontes locais de matéria-prima em 60%. Entre as metas do BaBF estão, ainda, a garantia e a melhora do acesso à saúde a todos os colaboradores e seus dependentes.

Destacar o papel positivoda cerveja na sociedade

A HEINEKEN reforçará em suas divulgações a abor-dagem educacional do consumo responsável de álco-ol, tanto em propagandas quanto em atividades com seus clientes nos pontos de vendas, garantindo que, até 2015, toda ação comercial de suas marcas tenha um componente de conscientização para a redução do consumo abusivo de álcool. A companhia também ampliará a difusão de mensagens que relacionam suas marcas com o consumo responsável de álcool.

Com essa nova plataforma, o foco da HEINEKEN é ser líder mundial no setor de bebidas, conduzindo seus negócios com práticas sustentáveis. Essa é uma realidade que já pode ser percebida em muitas ati-

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vidades do seu processo produtivo e em iniciativas como a publicação da coleção HEINEKEN Desenvol-vimento Sustentável.

A cartilha Como Falar Sobre Álcool com seus Filhos é um dos volumes que compõem essa coleção e foi cria-da com o objetivo de compartilhar com vários públicos o pensamento da empresa acerca desse tema.

A HEINEKEN acredita em ações educativas que disseminem o conceito do consumo responsável de seus produtos como fortes ferramentas de promoção da conscientização e da mudança de hábitos.

Convidamos você, leitor, a conhecer e compartilhar nas próximas páginas a visão da HEINEKEN sobre um tema que é prioritário para a companhia.

Como Falar Sobre Álcool com seus Filhos é uma publicação baseada na cartilha de mesmo nome do CISA - Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, Organização Não Governamental (ONG) cuja missão é a de se transformar em referência mundial da informação científica relacionada ao binômio saúde/álcool.

A HEINEKEN faz um agradecimento especial ao Prof. Dr. Arthur Guerra de Andrade, presidente executivo do CISA pela autorização do uso e da adaptação do conteúdo.

Para conhecer melhor o CISA acesse o s i te www.c isa .org .br.

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Introdução

Se você tem filhos pequenos ou adolescentes deve se preo-cupar em orientá-los adequadamente sobre o consumo de bebidas alcoólicas. Obviamente, os pais já devem ter se ques-tionado sobre o tema ou ainda tem dúvidas sobre:

• o comportamento que devem ter com os filhos;

• que é importante se informar para responder as perguntas que surgirão e como mantê-los informa-dos sobre o assunto;

• o que falar e como agir em determinadas situações.

Com o objetivo de auxiliar nesta missão, a HEINEKEN pro-duziu esta cartilha para levar informações pertinentes aos leitores sobre os efeitos do álcool nos indivíduos, os princi-pais pontos que devem ser observados pelos pais para que consigam identificar se os filhos ingeriram bebida alcoólica e como agir diante da constatação do uso do álcool, princi-palmente em menores de idade.

Instituído em 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente é uma importante ferramenta de proteção para este contingente, uma vez que proíbe a venda, fornecimento ou entrega de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos. A punição para o desres-peito à lei inclui multa e detenção que vai de 6 meses a 2 anos.

Contudo, sempre é bom lembrar que dicas e conhecimento da lei não substituem o papel de orientação e esclarecimen-to dos pais quanto ao assunto, por isso, estabeleça um diá-logo franco e aberto com seus filhos. A confiança mútua, a atenção, os cuidados e a educação dos filhos são a melhor arma contra o uso indiscriminado do álcool.

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Os efeitos fisiológicos do álcool As fases do metabolismo do álcool em adultos:

1- Absorção - Assim que é ingerido, o álcool come-ça a agir no organismo e o tempo médio até sua com-pleta absorção é de uma hora, pois depende de uma sé-rie de fatores, como a presença de comida no estômago, o tipo de alimento degustado e a velocidade com que a pessoa o consumiu. Cerca de 75% do álcool é absorvi-do pelo intestino delgado e o restante é absorvido pela mucosa da boca, esôfago, estômago e intestino grosso.

2- Distribuição - O álcool é transportado pelo sangue para todos os tecidos que contêm água. As maiores concentrações de álcool estão no cérebro, fíga-do, coração, rins e músculos.

3- Metabolismo - Cerca de 90 a 95% do álcool ingerido é metabolizado no fígado por enzimas espe-ciais que dividem o álcool em várias substâncias, sendo as mais importantes o acetaldeído e o ácido acético. Um fígado saudável é capaz de absorver o álcool a uma taxa de 15 mg/100 ml de sangue por hora. Contudo, homens e mulheres são diferentes: mulheres têm menor quantidade de água no corpo do que os homens, por isto o álcool é distribuído e metabolizado mais rapidamente, produzindo reações mais intensas.

4. Eliminação - Boa parte do álcool é eliminada pela urina por conta da sua capacidade de inibir a li-beração do hormônio responsável pelo controle da re-absorção de água, o ADH. Resultado: aumento da pro-dução de urina. Além disso, cerca de 5% é expelido por meio da respiração, transpiração e salivação.

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Cuidado com as bolhinhas O champanhe, os vinhos espumantes e as bebidas carbo-natadas agem com mais rapidez no organismo e isto acon-tece porque o dióxido de carbono acelera o processo de ab-sorção do álcool. Há também um outro motivo: por serem mais adocicadas, estas bebidas suavizam o sabor acentua-do do álcool, o que pode levar a um consumo maior.

Calmante ou estimulante? Apesar do seu efeito inicial de euforia, o álcool não é um estimulante, mas um depressor do Sistema Nervoso Cen-tral (SNC). Quando ingerido em pequenas doses, inibe de imediato a autocrítica e, sem ela, o indivíduo torna-se mais falante e agitado.

A intoxicação alcoólica, que ocorre quando o nível de ál-cool no sangue é muito alto, pode levar à diminuição de temperatura corpórea e do tônus muscular, bem como ao coma ou ainda, caso o indivíduo não seja socorrido a tempo, à morte.

O efeito nos adolescentesé diferente nos adultos Os efeitos do álcool variam conforme o peso, a freqüência cardíaca, a velocidade da ingestão e o número de doses ingeridas. Um adolescente magro que raramente bebe e que ingere bebida alcoólica com o estômago vazio fica-

rá embriagado rapidamente. Além disso, os adolescentes não têm a mesma capacidade de tolerância aos efeitos do álcool como os adultos.

Drogas e álcool - uma mistura explosiva Quando ingerido junto com medicamentos ou drogas ile-gais, o álcool pode produzir efeitos desastrosos no corpo e na saúde.

Tipos de bebidas As bebidas podem ser destiladas e fermentadas e cada tipo tem uma concentração alcoólica diferente.

Uma dose equivale a aproximadamente 285 ml de cer-veja, 120ml de vinho ou 30ml de bebida destilada (uís-que, vodca ou pinga).

= = = 13,5 gramasde álcool

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Como descobrir se o seu filho tem problemas com o álcool? Caso o seu filho passe a se comportar de forma diferente, não significa necessariamente que o álcool seja o princi-pal motivo. Mesmo que você seja um pai (mãe) atento (a), muitas vezes não é fácil distinguir quando o seu filho está com um problema sério ou se trata de um comportamento mais agressivo. Pode ser cansaço em decorrência das ati-vidades escolares, cursos, trabalho ou outras tarefas. Não tendo certeza do que está acontecendo, comece a prestar atenção nas atitudes de seu filho, pois elas podem demons-trar sinais que levam para o real problema e, principalmen-te, escolha o momento certo para conversar com ele.

O mais importante é promover o diálogo e manter a con-fiança do seu filho. Tente não demonstrar a sua ansie-dade nas atitudes e conversas ou por meio do controle sobre o seu filho. Redobre a atenção se ele tiver apresen-tando algum dos comportamentos a seguir:

• Oscilações bruscas de comportamento sem motivo aparente;

• Isolamento, como ficar trancado sozinho no quarto;

• Atrasos frequentes;

• Ausências injustificadas;

• Mudanças significati-vas e desfavoráveis no desempenho escolar;

• Falta de interesse pelos amigos, esportes, entrete-nimento;

• Perda de apetite;

• Comportamento depressivo;

• Inquietação ou fadiga

• Falta de dinheiro em sua carteira;

• Negligência nas vesti-

mentas ou higiene pessoal;

• Fugas de casa; • Falta às aulas; • Ficar em casa quando

sabe que não haverá opor-tunidade para o consumo de bebidas (mesmo que não tenha o hábito de che-gar em casa embriagado).

Os sinais apontados não indicam necessariamente que o seu filho é um usuário ou dependente de álcool, mas conversar com ele e tentar descobrir o motivo da mu-dança de comportamento pode ajudá-lo a se aproximar mais de você, fazê-lo perceber suas atitudes e sentimen-tos e contar o que está acontecendo.

Falar com ele, explicar-lhe o que se passa e ajudá-lo a perceber os seus próprios sentimentos, melhorará o seu comportamento. Deixe claro que a sua maior preocupa-ção é a saúde e o bem-estar dele.

Se for necessário, não hesite em procurar a ajuda de um especialista.

Procure ajuda quando:• Seu filho estiver com problemas graves de qualquer natureza e você não conseguir ajudar;• Apesar do seu esforço o diálogo não surtir resultados positivos;• Você perdeu o controle da situação; • Você conversou com os professores do seu filho sobre o assunto e mesmo assim não conseguiu resolver o problema.• Os problemas persistirem.

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Filhos: o que observar, como agir?A seguir iremos abordar alguns comportamentos dos filhos segundo a faixa de idade e dar algumas dicas de como se portar diante da situação.

Como agir com filhos de qualquer idade:Provavelmente você já pensou e se questionou sobre os seguintes assuntos:

• Como abordar o consumo de bebida alcoólica com os filhos?

• Devo esperar que eles façam perguntas sobre o tema?

• Posso acreditar que meus filhos nunca beberão álcool?

• O pai ou a mãe: quem deve falar sobre isso?

• O que fazer diante da evidência de que meu filho está bebendo nos fins-de-semana?

• Como proceder quando percebo que os amigos dele exercem uma má influência?

Acalme-se. Você nem sempre terá respostas para estas perguntas, pois não há soluções mágicas que impeçam seu filho de beber. Mesmo que você não tenha certeza de que a conversa e os conselhos es-tejam surtindo o resultado esperado, seja paciente e compreensivo para não perder a confiança dele e tente outras alternativas.

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A prevenção começa na famíliaDê todo o apoio ao seu filho e mostre como ele é ama-do: beije-o, abrace-o e converse muito com ele, mas quando necessário estabeleça limites. Você não perde-rá o amor, o respeito e nem a confiança dele por isto. Quem ama, cuida!

Incentive atividades permanentes em família, como assistir televisão, filmes, vídeos, ver álbuns de foto-grafias, ouvir música, praticar atividade física, passear e fazer as refeições. Qualquer atividade ou forma de lazer certamente aproximará ainda mais seu filho de você. Conheça e se aprofunde em assuntos e ativida-des que ele gosta, assim vocês terão interesses em co-mum para conversar.

Os pais são o modeloO modo de vida, as atitudes, a maneira de tratar as pessoas e as opções de vida exercem uma grande in-fluência sobre um filho, mesmo quando ele parece não estar prestando atenção. Por isso, fique atento no que você faz e tenha comportamentos condizentes com o que você fala.

As crianças imitam o comportamento daqueles que amam e admiram, especialmente os pais. Neste sentido, é correto afirmar que seu filho poderá imitar seus hábi-tos no futuro e consumir bebidas alcoólicas da mesma forma que você. Por isso, se você beber, faça-o modera-damente. Se você ou alguém da sua família não beber, explique que esta é uma escolha saudável e pessoal.

Com que idade eles podem começar a beber? No Brasil, a legislação proíbe a venda e o consumo de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos. Leis e normas existentes em todo o país disciplinam não só venda e consumo, mas também a comunicação publi-citária e comercial de bebidas alcoólicas.

Não podemos virar as costas para questões culturais comuns em nosso país. Sabemos que pais e mães têm diferentes opiniões sobre esta questão e acreditam que devem decidir a respeito desse tema, no entanto, cabe aos pais buscar informação a respeito não só das

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proibições, mas também e principalmente, dos riscos relacionados ao consumo de álcool para menores de idade. Sendo assim, fica o alerta: o álcool não deve ser acessível a crianças e adolescentes, pois pode trazer prejuízos ao seu desenvolvimento.

Seu filho tem receio de falar com você sobre álcool?Se ele não conversa com sobre o assunto, pode estar pensando que:

• Você irá se preocupar demais com essa questão;

• Não vai deixá-lo sair com os amigos;

• Fará muitas perguntas;

• Será muito rígido;

• Irá se meter na vida dele;

• Não confiará mais nele.

Nunca é cedo demais – se o risco existe, o tema deve ser discutido.

Os jovens pensam e têm curiosidade sobre determina-das coisas muito mais cedo do que nós imaginamos. Crianças de seis anos já têm noção de assuntos como o consumo de bebida alcoólica, portanto, nunca é cedo demais para começar a falar sobre o tema nesta faixa etária. Quanto mais cedo a criança começar a beber, independente do conhecimento dos pais, mais

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Apesar das regras, o desejo de pertencer a um grupo e a necessidade de afirmação podem ser mais fortes do que qualquer conselho. É preciso atenção!

cedo ela poderá ter problemas com o álcool. Segundo pesquisa, uma em cada quatro crianças de nove anos já provou alguma bebida alcoólica.

Independente da idade, o que dizer para os filhos?O que os pais dizem é tão importante quanto o que fazem porque os filhos observam o que você faz e ouvem o que você diz. Diante disso:

• Comece a falar com o seu filho sobre o uso do ál-cool naturalmente, e do modo mais simples possível;

• Não use tom autoritário na conversa e evite sermões;

• Seja claro e conciso. Explique os riscos do consu-mo de álcool e suas consequências. Não o proteja excessivamente, mas também não o assuste.

Como dar apoio?A melhor maneira de apoiar o seu filho é estar aten-to, ser carinhoso e demonstrar afeto. Diga-lhe sem-pre o quanto gosta dele, mesmo que tenha a certeza de que ele já sabe disso. Lembre-se que os jovens que recebem bastante apoio familiar têm uma pro-pensão menor para desenvolver o hábito de consu-mir álcool indiscriminadamente.

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Explique ao seu filho maior de 18 anos o que acontece quando ele bebe: Depois de uma ou duas doses:

• Ele fica relaxado

• Ele fica menos tenso;

• Ele fica desinibido.

A partir da terceira dose:

• Ele fica eufórico;

• Ele fica mais sensível;

• Ele começa a perder a consciência dos seus atos.

E se ele continuar bebendo:

• Perde o discernimento, enrola a fala e perde a coor-denação motora;

• Pode ver as coisas em dobro;

• Pode se tornar agressivo;

• Pode se esquecer de usar preservativo, correndo o risco de ter relações sexuais sem proteção;

• Exagerará em tudo;

• Poderá se comportar de forma inapropriada;

• Poderá prejudicar alguém e a si mesmo;

• Poderá vomitar;

• Poderá entrar em coma alcoólico.

Fale com o seu filho maior de 18 anos sobre as consequências do consumo abusivo de álcool para que ele evite:• Fazer coisas das quais se arrependerá mais tarde;

• Perder o autocontrole;

• Tornar-se violento entre os amigos ou irmãos;

• Esquecer-se do que acontece;

• Causar acidentes de trânsito;

• Ter doenças graves;

• Faltar às aulas e/ou ao emprego;

• Perder a consciência.

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Como agir com filhos de8 a 11 anos de idade Seja firme:

• Não presuma que as crianças nesta faixa etária não queiram beber;

• Não é porque você bebe que o seu filho também deverá beber. Você pode recusar um pedido dele para experimentar uma bebida alcoólica mesmo que vo-cês estejam em uma festa familiar;

• Alguns pais preferem deixar o filho molhar os lábios com uma bebida alcoólica acreditando que com isso, ele não beberá escondido. Pode ser um grande en-gano; lembre-se, bebidas alcoólicas não devem estar disponíveis para menores de 18 anos, pois ainda que em doses pequenas, podem trazer prejuízos para o desenvolvimento da criança.

• Outros pais preferem seguir as normas vigentes e retardar o contato do filho com o álcool, deixando claros os prejuízos associados ao seu uso, especial-mente para menores de 18 anos;

Importante:É aconselhável que todos os pais tomem uma posição em relação aos questionamentos e comportamentos de seus filhos, levando em consideração sua idade e os princípios em que eles acreditam. Qualquer que seja a sua decisão, mantenha-se fiel à mesma. Expli-

car as razões da sua decisão é uma forma de ajudar o seu filho a desenvolver a própria capacidade de to-mar decisões.

Nas festas de crianças certifique-se que:• Há jogos e outras atividades organizadas para a idade dele;

• Há comida, bebidas sem álcool e sucos;

• Há um adulto por perto (não necessariamente pre-sente a cada segundo).

• A criança não ficará sozinha por muito tempo, ou seja, sem supervisão.

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Reflita sobre os exemplos abaixo: filhos de 8 a 11 anos de idade • Você é divorciada, mãe de dois filhos, de 9 e 11 anos. É verão e os seus vizinhos convidam algumas famílias da rua para um churrasco. Eles são muito liberais quanto a permissão do consumo de álcool, mesmo entre pré-a-dolescentes. Defendem que é melhor os filhos beberem com os pais por perto. O ambiente é divertido e amigá-vel e os anfitriões oferecem cerveja a todos. O seu filho de 11 anos quer tomar um copo e o de 9 se interessa em provar a bebida. Você é absolutamente contra isso e sente a pressão social. Os anfitriões acham que não tem nada demais uma vez que há adultos por perto. Os outros vizinhos pensam da mesma forma e incentivam os seus filhos a beberem um copo pequeno de cerveja. Ninguém tem a mesma opinião que você. O que fazer numa situação desta?

É fato que nem sempre é fácil praticar as nossas convic-ções quando as pessoas ao redor pensam o contrário. As diferenças de opinião às vezes nos colocam em saia justa e provocam discussões acaloradas, mesmo entre familiares, amigos, vizinhos e pessoas bem intenciona-das. Seja firme e faça valer sua opinião. Se não concor-da com a atitude dos seus filhos e dos outros presentes fale claramente.

Lembre os seus filhos sobre o que já conversaram sobre o assunto e o acordo que fizeram. Diga a eles que você

não mudou de opinião e que esta não é a ocasião certa para repreendê-los e falar sobre os perigos do álcool e nem o momento de se indispor com as outras pessoas da reunião. Deixe para conversar melhor com seus fi-lhos em casa, assim poderão debater o tema sem pres-sa. Nesta hora exponha suas ideias, diga o que espera no caso da situação se repetir e decida como serão os futuros procedimentos com relação ao tema. Desta for-ma pode-se chegar num consenso e evitar as queixas e dissabores.

Você poderá explicar aos anfitriões as razões pela qual discorda em permitir que seus filhos bebam, caso ache conveniente e se sinta à vontade para se expressar ou acredite que sua opinião será respeitada, mas não per-ca muito tempo justificando suas atitudes.

Em casa, sinta-se à vontade para falar sobre o ocorrido com os seus filhos e recorde-os da sua opinião quanto ao consumo de álcool, assim como as consequências da desobediência às regras.

Explique as suas razões e faça-lhes perguntas para ter certeza de que eles entenderam a sua posição. O diá-logo fará com que seus filhos sintam que você se preo-cupa com eles. Diga-lhes claramente que você compre-ende como é difícil dizer “não” e que eles não precisam ficar constrangidos com a situação. A confiança que vocês devem ter é mais importante do que qualquer outra coisa.Demonstre firmeza e honestidade no diá-

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logo com seus filhos para que eles se sintam seguros com suas atitudes.

• Você reparou que as garrafas de bebidas alcoólicas da sua casa estão esvaziando e não foi você quem to-mou. Decide investigar e descobre que o seu filho de 10 anos é quem está bebendo escondido. O que você pode fazer?

Mesmo aborrecido, decepcionado e preocupado ten-te manter a calma quando falar com o seu filho, pois este é o momento propício para se iniciar um diálogo a respeito das consequências do consumo indevido do álcool e dos possíveis prejuízos associados ao seu uso nessa idade. Faça perguntas para se certificar de que ele entendeu. Seja firme, mas tente manter a tranqui-lidade. Não o assuste, mas não ceda às vontades dele que achar inconvenientes.

Tente descobrir o motivo dele ter bebido escondido de você e não tire conclusões precipitadas. O fato do seu filho ter ingerido bebida alcoólica não quer dizer que seja um futuro alcoólatra.

Talvez ele tenha escondido o fato pelo medo da sua re-ação à vontade de consumir bebida alcoólica. Lembre-se que se você for muito autoritário e controlador po-derá provocar rebeldias e comportamentos agressivos que, mais tarde, poderão levar o seu filho ao consumo excessivo de álcool.

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Como agir com filhos de12 a 14 anos de idade

Vigie:Esta é a idade em que os adolescentes começam a testar a autoridade dos pais. Ao contrário do que você espera, pode acontecer do seu filho de-sobedecer às suas ordens e beber fora de casa. Se isso acontecer, mantenha a calma.

Seja firme:

• Explique a ele os efeitos do álcool no corpo e os riscos associados ao uso de bebidas alcoólicas (ver as páginas 10 a 13);

• Seja claro quanto às suas exigências. Estabeleça regras específicas de forma simples e objetiva e que possam ser cumpridas;

• Seja firme em suas atitudes e decisões.

• Tenha sempre em mente que o álcool pode ser prejudi-cial ao seu filho, mesmo se ingerido em pequenas quan-tidades.

Reflita sobre os exemplos abaixo:filhos de 12 a 14 anos de idade• O seu vizinho disse que algumas vezes, quando você sai à noite, os seus filhos de 12 e 14 anos convidam amigos para ir à sua casa. Os convidados trazem cer-veja e fazem barulho e não se importam com seu filho mais novo de 8 anos, que é obrigado a aguentar a si-tuação. Como agir diante desta revelação?

É importante lembrar que estas crianças não devem consumir álcool e é ilegal comprar bebidas alcoólicas nesta idade. Leve em consideração que pessoas de ida-des diferentes têm comportamentos desiguais. Ouça o que os seus filhos têm a dizer, mesmo que haja con-tradição, fiquem zangados ou agressivos, pois desta forma poderão perceber que você tem interesse e se preocupa com eles. Mantenha a situação sob controle, não grite e deixe eles falarem, caso contrário poderá comprometer a comunicação entre vocês tornando-a cada vez mais difícil. Se estiver muito nervoso deixe para conversar em outro momento.

Nesta idade, eles já devem entender os seus sentimen-tos, sua provável reação e o que você espera deles em relação ao consumo de álcool. Por isso, ofereça o seu apoio e lembre-os que não devem se sentir obrigados a repetir tudo o que outras pessoas fazem. Saliente que, embora existam crianças na idade deles que bebem,

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isso não é uma atitude correta. Diga para seus filhos sugerirem ao grupo que faça outra coisa ao invés de beber. Caso os amigos não queiram, seus filhos podem pedir a eles que saiam da sua casa.

Estabeleça consequências em caso de violação das re-gras. As consequências devem ser definidas por você, de preferência relacionadas à ocasião (por exemplo, pesquisar sobre os efeitos do álcool no organismo, esti-mulando que as crianças constatem as consequências do uso indevido de bebidas alcoólicas). Esta experiên-cia serve de alerta para os pais, fazendo-os entender que é importante manter os olhos bem abertos em relação aos filhos. Eles crescem, querem experimentar novas sensações, querem se comportar como os mais velhos e querem desafiar os adultos.

Fale, também, com os pais dos amigos dos seus filhos. É muito provável que eles tentem ajudá-lo a enfrentar essa situação, caso contrário você saberá que não po-derá contar com eles na educação dos seus filhos e que os filhos deles não são companhias adequadas para estarem permanentemente com os seus. Essa decisão de interferir na relação entre eles é sua.

Reafirmando: escolha um momento adequado para falar com os seus filhos. Ouça o que eles têm a dizer

e mantenha a calma. Não comece a conversa se você estiver de saída para o trabalho ou atrasado para uma outra atividade. Não dê sermões e deixe que eles tam-bém se posicionem.

• O seu filho de 13 anos vai frequentemente à casa do melhor amigo. Você descobre que os pais dele têm problemas com o consumo abusivo de álcool. No seu círculo familiar e de amigos, todos bebem com mode-ração, não havendo problemas relacionados ao álcool. Você não quer que o seu filho tenha este tipo de expe-riência nesta idade. O que fazer?

A situação é delicada. Primeiro porque envolve seu fi-lho e segundo porque o melhor amigo dele enfrenta um drama familiar com os pais excedendo no consumo de bebida alcoólica. Nesse caso, proibir seu filho de ir à casa do melhor amigo pode não ser a melhor solução, pois afastará ele de uma pessoa muito querida. O me-lhor é conversar e explicar ao seu filho a gravidade do que está acontecendo e como é difícil a relação com quem excede no consumo de bebida alcoólica. Sugira que eles se encontrem na sua casa. Talvez desta forma o amigo fique mais à vontade e vocês possam ajudá-lo a enfrentar o problema familiar. Afinal, nem todos os filhos de pais alcoólatras tornam-se alcoólatras.

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15 a 16 anos de idade Esta é a idade em que os jovens afirmam a sua identi-dade ao mesmo tempo que sofrem pressões dos ami-gos. Eles andam com maior frequência em grupos e, por isso, podem ficar mais vulneráveis à pressão feita pelos amigos para que todos façam as mesmas coisas. Nas festas, muitos querem aproveitar para consumir bebidas alcoólicas. É neste momento que os pais de-vem relembrar ao filho o acordo que estabeleceram sobre o assunto. Voltar à questão e reforçar o enten-dimento, explicando sobre a proibição do consumo de álcool para seu filho menor de idade é fundamental nesse momento.

Apóie e supervisione: • Saiba sempre aonde está o seu filho, com quem ele anda, o que está fazendo e como está se comportan-do. Tenha interesse pelos assuntos que ele considera importantes. Dê apoio às suas atitudes, mas fique sem-pre atento. A supervisão adequada é fundamental para uma educação bem sucedida, principalmente no que se refere ao consumo de álcool. É possível acompanhar as atitudes do seu filho sem parecer controlador, mas não exagere, confie no seu filho. Eles sentem quando os pais estão presentes, mesmo quando não estão por perto.

• Mantenha a autoridade com sensatez. Defina as suas expectativas e estabeleça regras bem claras, coerentes e que possam ser cumpridas. Ao mesmo tempo, ouça os

argumentos dos seus filhos e tire suas dúvidas. Procu-re entender sua forma de pensar e ver o mundo, assim você descobrirá os melhores argumentos para defender o seu ponto de vista.

Lembre-se: os pais que estabelecem limites e são bons ouvintes colaboram em deixar os jovens longe dos riscos associados ao

consumo indevido de álcool.

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Reflita sobre os exemplos abaixo: filhos de 15 a 16 anos de idade • A sua filha de 16 anos chega em casa de uma festa e diz que algumas pessoas beberam muito, acabaram brigando e que até copos foram arremessados. Algu-mas pessoas vomitaram e uma das garotas ficou tão bêbada que desmaiou. A sua filha não gostou dos acontecimentos e ficou constrangida com a situação. O que você deve dizer à ela?

Primeiro deve ficar contente por sua filha se sentir sufi-cientemente à vontade para lhe contar o que aconteceu. Isso mostra que existe um diálogo e ela confia em você. Não a proíba de ver essas pessoas novamente, nem ten-te afastá-la dos amigos. Continue confiando nela e a es-timule a continuar se comportando dessa forma.

Ajude-a a encontrar soluções para enfrentar as situações com as quais ela ainda não sabe lidar. Dê sugestões de como recusar convites para festas onde haverá bebidas alcoólicas à vontade ou que volte para casa no caso de não se sentir bem com o comportamento das pessoas alcoolizadas. Como ela não bebe, deve simplesmente dizer “não” quando oferecerem bebidas alcoólicas. Ob-viamente ela se diverte sem precisar beber álcool.

O importante é que ela expresse isso claramente. Se as pessoas com quem ela sai tiverem bebido demasiada-mente e se tornarem agressivas ou chatas, ela deve se juntar a outro grupo de amigos que tenham atitudes

semelhantes às dela e que respeitem suas opções.

Nas festas os jovens dançam, comem, conversam, gos-tam de estar uns com os outros e, tentar se divertir com quem extrapolou no álcool, é muito difícil. Sua filha deve deixar claro para o grupo que não se sente à vontade com o comportamento deles.

Atenção:caso a situação saia do controle onde ela estiver, oriente-a para que vá embora.

Certifique-se de que a sua filha fica à vontade com as sugestões que você deu e concorda com o que foi dito. Caso ela reviva uma situação você precisará aju-dá-la a encontrar alternativas de diversão, mudar ou ampliar seu grupo de amigos. É bom verificar a neces-sidade de entrar em contato com os pais dos outros adolescentes para uma conversa conjunta. O mais im-portante é sua filha saber que você se preocupa com ela e que você está ai para o que der e vier.

Pergunte aos seus filhos como eles se sentem no gru-po de amigos. Alguma vez ficaram envergonhados por não beberem? Já foram recriminados por não be-berem? Analise as respostas sem tirar conclusões pre-cipitadas e evite comentários do tipo “eu é que sei”. Ouça-os atentamente e não coloque objeções quan-do falarem coisas com as quais você não concorda.

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• O seu filho de 15 anos foi recentemente a uma festa com alguns amigos. Você conhece bem o seu filho e nota que ele está tenso quando chega em casa. Ao falar com ele, descobre que quase todos beberam na festa. Todos, incluindo os melhores amigos, fizeram pressão para ele beber. Depois desse episódio, sempre que há uma festa o seu filho fica preocupado e dividido entre a vontade de estar com os amigos e o medo da pressão que sofrerá para beber. O que você pode dizer ao seu filho?

Procure conhecer os amigos do seu filho e os respecti-vos pais. Saiba sempre onde seu filho está, com quem, o que está fazendo e como está se comportando. Mes-mo que seu dia seja muito atribulado, arrume um tem-po para falar com o seu filho e deixe claro que esta-rá sempre disponível caso ele necessite de algo. Você deve garantir o diálogo aberto e a manutenção da con-fiança entre vocês. Seja qual for o problema, não faça comentários que desaprovem um comportamento, principalmente com relação aos amigos do seu filho. Não deve julgá-los antes e nem depois de os conhecer. Encoraje o seu filho a sair com pessoas que tenham pais que compartilham da sua opinião em relação ao consumo de álcool. Você não precisa necessariamente ser o melhor amigo dos pais dos amigos do seu filho, mas deve evitar conflitos de opiniões que causem des-conforto à amizade.

Certifique-se também que há um adulto nas festas e caso não tenha vá ate lá ou telefone para o local e

acompanhe o desenrolar dos acontecimentos de perto. Mesmo que seu filho implore para você não fazer isso e fique com vergonha do que os amigos irão pensar dele, explique a razão da sua atitude, mas não vacile. Con-versar com os outros pais pode lhe dar mais segurança e tranquilidade na hora de permitir que seu filho saia com os amigos.

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Como agir com filhos de17 a 18 anos de idade

Afinidade: • Nesta idade geralmente os jovens que bebem não se preocupam com o que os pais pensam sobre isso; • Se seu filho já tem 18 anos e vai dirigir, alerte-o de que não deve beber de forma alguma.• Não se esqueça de que no Brasil, a lei não permite a venda e o consumo de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos.

Mantenha o espírito aberto:Não tenha medo de conversar com seu filho com clareza e franqueza. A sua opinião tem valor e quando falar com ele, certifique-se de que ambos estão sendo ouvidos e que as opiniões de ambos estão sendo respeitadas. Converse com ele sobre a proibição do consumo de bebidas por menores de idade e sobre as consequências de beber no trabalho, na escola, enquanto pratica esportes ou quando vai dirigir.

Mantenha o vínculo:Fortaleça o vínculo com seu filho respeitando a liberdade dele para que não ache que você está tentando controlá-lo ou reprimi-lo. Quanto mais próximo ao seu filho, menos ele cederá à pressão do grupo.

Lembre-se: respeite para ser respeitado. Considere o ponto de vista, escute e reflita sobre o que ele pensa.

Reflita sobre os exemplos abaixo: filhos de 17 a 18 anos de idade• A noite do baile de formatura está chegando e você questiona se deve telefonar para a casa da amiga onde sua filha dormirá, para falar com os pais dela sobre o uso de bebidas alcoólicas e o que eles pensam sobre o assunto. A sua filha vive falando que já não é uma criança e que não quer que você telefone. Mas você aproveita um momento que ela não está do seu lado e liga. Ao contrário do que você esperava, a mãe da amiga não está preocupada com isso e garante: se os jovens beberem demais ela ou o marido não per-mitirão que dirijam. O que você deve dizer à sua filha?

O baile de formatura é muito importante para os jo-vens desta idade, eles ficam muito entusiasmados com os preparativos. Na maioria das festas não há desordem, mas sempre existe o risco de menores de idade consumirem bebidas alcoólicas ou alguns maiores de 18 anos exagerarem no consumo. As con-sequências do abuso do álcool podem ser terríveis, como o risco de acidentes e por isso os pais devem estar atentos. Por isso, você deve orientar sua filha sobre o assunto. Alguns prometem não consumir be-bidas alcoólicas e caso a sua filha seja assim, pergun-te como ela se sente em relação ao tema e se está preocupada em ser aceita pelo grupo caso não beba. Seja firme, honesto, tenha um diálogo aberto e não

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tenha receio de demonstrar suas reais preocupações. Diga o que espera dela e sugira que telefone caso verifique que as pessoas não estão em condições de chegar em casa com segurança. Desta forma você estará esclarecendo que a quer de volta em casa e não que vá dormir na casa de alguma amiga.

Você conhece a sua filha e sabe o quanto precisa ser firme com ela. Não tenha receio que a imposição de limites crie um muro entre vocês. Muitos pais concor-dam com tudo o que os filhos fazem e não expressam o receio que os filhos passem a gostar menos deles ou que saiam de casa muito cedo. Mas é o contrário: as crianças e os jovens precisam que você os oriente e gostam da sua preocupação e ensinamentos. No entanto, tente ser flexível e sinta-se preparado para estabelecer acordos que devem ser cumpridos.

• No sábado passado, seu enteado de 18 anos, foi a uma festa na faculdade onde estuda. Você ficou sa-bendo por outro pai que ele bebeu demais num curto período de tempo, caiu e desmaiou. Quando acordou, passou mal e vomitou. Foi o filho daquele pai quem o trouxe para casa. Você e o seu marido estavam dor-mindo e não perceberam nada. Na manhã seguin-te, o rapaz não fala sobre o ocorrido, mas assim que você ficou sabendo, contou para o seu marido, pois acha que ele deveria falar seriamente com o filho. O

seu marido reage mal, convencido de que seu filho não agiria desta maneira. O que faria se fosse o pai?

É melhor encarar os fatos: o rapaz bebeu demais e ficou embriagado. Quando você se sentir confortável para falar com ele sem perder a calma ou expressar seu desapontamento, sente-se e converse. Tente en-tender o que aconteceu, mas principalmente ouça o que seu filho tem a dizer. Talvez ele tenha sido pres-sionado pelo grupo, bebeu pela primeira vez ou até tenha bebido antes e você nem notou.

Analise bem os fatos e o contexto. Você deve lembrar se já conversou com seu filho sobre as consequências do consumo abusivo de álcool e caso contrário é uma boa oportunidade para falar sobre o assunto. Explique os efeitos do álcool, que tais efeitos dependem não só da quantidade mas também da velocidade e em que condições o álcool é ingerido. Informe que uma pessoa jovem não habituada a beber pode ficar embriagada ra-pidamente se estiver com o estômago vazio, etc.

Dê conselhos, não precisa de sermão e ele próprio acabará se sentindo envergonhado com o que acon-teceu. É importante dar o apoio que ele necessita de forma carinhosa e respeitosa. Quando os jovens se sentem mais próximos dos seus pais e se identificam com eles há menor probabilidade de terem compor-tamentos destrutivos.

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O que a HEINEKEN Brasil está fazendo? A HEINEKEN Brasil tem na educação para o consumo consciente uma de suas prioridades de atuação. Como parte da consciência empresarial, a HEINEKEN investe em uma série de atividades de Responsabilidade Social Corporativa, dentre elas ações para a conscientização e educação dos seus diferentes públicos sobre o consumo consciente de álcool.

• Ampla divulgação do Serviço de Atendimento ao Consumidor HEINEKEN que oferece orientação sobre consumo responsável de álcool através da ligação gratuita para o telefone e 0800 888 1010.

• Direcionamento das peças publicitárias utilizadas pela HEINEKEN e marcas do seu portfólio para o público adulto (maior de 18 anos), sempre incluin-do mensagens que estimulam o consumo moderado e responsável dos seus produtos. Todas as ações in-cluem mensagens de advertência, conscientização, educação e recomendações como “BEBA COM MO-DERAÇÃO” e “VENDA E CONSUMO PROIBIDOS PARA MENORES DE 18 ANOS”

• Parcerias com organizações não governamentais, bares e restaurantes para o acesso aos programas de orientação sobre consumo responsável para garçons.

• Orientação para o consumo responsável de álcool

aos participantes dos programas de visitas monitora-das nas cervejarias da HEINEKEN.

• A HEINEKEN Brasil mantém campanhas internas de comunicação com os seus colaboradores, visan-do a educação para o consumo responsável.

• Divulgação da importância do consumo responsá-vel de bebida alcoólica através de cartilhas da coleção HEINEKEN Desenvolvimento Sustentável.

• Manutenção do site www.enjoyheinekenresponsibly.com para a marca Heineken® onde são abordados temas como a posição da HEINEKEN com relação ao consu-mo responsável de álcool, os riscos de se beber indis-criminadamente e dados sobre o álcool e seus efeitos, entre outros.

• Iniciativas de prevenção do consumo de bebidas al-coólicas por menores de 18 anos nos eventos patroci-nados pelas marcas de seu portfólio.

• Material promocional contendo mensagens sobre consumo responsável nos pontos de venda.

• Distribuição de cerca de 15.000 cartilhas por ano sobre o consumo responsável de álcool.

• Realização de palestras em escolas e universidades com o objetivo de conscientizar o publico jovem sobre o consumo responsável de álcool.

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Fundada em 1864, a HEINEKEN expandiu substancialmente seus negócios, ao longo do tempo, e hoje possui uma ampla presença internacional através de mais de 140 cervejarias. A empresa cresceu e chegou no século 21 conhecida como a cervejaria mais internacional do mundo, produzindo mais de 200 marcas e empregando mais de 75.000 pessoas no mundo todo.

A HEINEKEN Brasil Criada em maio de 2010, após a aquisição da divisão de cerveja do Grupo FEMSA, a HEINEKEN Brasil possui oito cervejarias, localizadas em Manaus (AM), Pacatuba (CE), Feira de Santana (BA), Araraquara (SP), Jacareí (SP), Cuiabá (MT), Ponta Grossa (PR) e Gravataí (RS), com capacidade de produzir mais de 20 milhões de hectolitros anuais e gerando cerca de 2,3 mil empregos.

Em terras brasileiras produz as marcas Heineken®, Kaiser, Kaiser Shot, Kaiser Bock, Bavária Premium, Bavária Sem Álcool, Sol, Sol Premium, Gold, Sum-mer, Xingu e Santa Cerva.

A companhia importa ainda as cervejas Dos Equis (México), Amstel Pulse (Holanda), Birra Moretti (Itália) e Edelweiss (Áustria), além da Murphy’s Irish Stout e Murphy’s Irish Red, ambas da Irlanda.

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A Coleção HEINEKEN Desenvolvimento Sustentável é composta por

uma série de cartilhas que abordam temas sociais, culturais, ambientais

e de saúde, por meio de uma linguagem simples e direta. As cartilhas da

coleção têm como objetivo informar as questões relevantes que promovem

o desenvolvimento sustentável, bem como incentivar práticas e demonstrar

como pequenas ações são capazes de melhorar a vida do indivíduo, da sua

comunidade e, consequentemente, de todo o planeta. Mais informações

nos sites: www.heinekenbrasil.com.br, www.heinekeninternational.com,

www.enjoyheinekenresponsibly.com e http://facebook/cervejariaheineken .

www.enjoyheinekenresponsibly.com