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COMO TRATAR COLEÇÕES DE FOTOGRAFIAS Patrícia de Filippi Solange Ferraz de Lima Vânia Carneiro de Carvalho 2ª. edição Arquivo do Estado / Imprensa Oficial do Estado São Paulo 2002 COMO FAZER 4 - COMO TRATAR COLEÇÕES DE FOTOGRAFIAS

COMO TRATAR COLEÇÕES DE FOTOGRAFIASarqsp.org.br/arquivos/oficinas_colecao_como_fazer/cf4.pdf · mação e aperfeiçoamento dos profissionais da área de arquivos. O Arquivo do Estado

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COMO TRATAR COLEÇÕES DEFOTOGRAFIAS

Patrícia de FilippiSolange Ferraz de Lima

Vânia Carneiro de Carvalho

2ª. edição

Arquivo do Estado / Imprensa Oficial do EstadoSão Paulo

2002

COMO FAZER 4 - COMO TRATAR COLEÇÕES DE FOTOGRAFIAS

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOGERALDO ALCKMIN

GOVERNADOR

SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURAMARCOS MENDONÇA

SECRETÁRIO

DEPARTAMENTO DE MUSEUS E ARQUIVOSMARILDA SUYAMA TEGG

DIRETORA

DIVISÃO DE ARQUIVO DO ESTADOFAUSTO COUTO SOBRINHO

DIRETOR

IMPRENSA OFICIAL DO ESTADOLUIZ CARLOS FRIGERIO

DIRETOR-PRESIDENTE

CARLOS NICOLAEWSKYDIRETOR INDUSTRIAL

RICHARD VAINBERGDIRETOR FINANCEIRO E ADMINISTRATIVO

CEETEPSCENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

TECNOLÓGICA PAULA SOUZAPROF. MARCOS ANTÔNIO MONTEIRO

DIRETOR-SUPERINTENDENTE

PROF. REMO ALBERTO FEVORINIVICE-DIRETOR-SUPERINTENDENTE

PROF.ª LAURA LAGANÁCHEFE DE GABINETE

ARQUIVO DO ESTADO DE SÃO PAULOR. Voluntários da Pátria, 596 - SantanaCEP: 02010-000 São Paulo - SP - BrasilTelefax: (11) 6221 4785www: [email protected]

COMO TRATAR COLEÇÕES DEFOTOGRAFIAS

Patrícia de FilippiSolange Ferraz de Lima

Vânia Carneiro de Carvalho

VOLUME 4

Arquivo do Estado / Imprensa Oficial do EstadoSão Paulo

2002

IMPRENSA OFICIAL DO ESTADORua da Mooca, 1921 - MoocaCEP: 03103-902 São Paulo - SP - BrasilTel: (11) 6099 9800 Fax: (11) 6692 3503www.imprensaoficial.com.brdivulgacaoeditoriais@imprensaoficial.com.brSAC 0800 123 401

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Sumário

Apresentação. .............................................................................. 6

Projeto Como Fazer ...................................................................... 8

Sobre as Autoras ........................................................................ 9

IntroduçãoOrganização e conservação de fotografias ................................. 11

Como Fazer1. Conservação preventiva ......................................................... 192. Organização ........................................................................... 50

O que Usar e Onde ComprarMaterial para tratamento e conservação ..................................... 69

Onde VisitarInstituições e websites ................................................................. 78

O que Há Para LerBibliografia sobre organização e conservação de fotografias ..... 83

ASSOCIAÇÃO DE ARQUIVISTAS DE SÃO PAULO - ARQ/SPDiretoria:

Ana Maria de Almeida Camargo (Diretora)Silvana Goulart França Guimarães (Vice-Diretora)Rita de Cássia Martinez Lo Schiavo (Secretária)João Martins Rodrigues Neto (Tesoureiro)

Comissão de cursos:Ieda Pimenta Bernardes (Coord.)Antônio José MarquesHilda Vieira de Souza

DIVISÃO DE ARQUIVO DO ESTADOCoordenação editorial: Lauro Ávila Pereira

Mariza RomeroEditora responsável: Divanize Carbonieri

Revisão: Adriana de Matos Alexandre Michellin Tristão

Fotolito, impressão e acabamento:Imprensa Oficial do Estado

CO-EDIÇÃOArquivo do Estado de São PauloImprensa Oficial do Estado

APOIO TÉCNICOCEETEPS - Centro de Educação Tecnológica Paula SouzaGoverno do Estado de São Paulo

AGRADECIMENTOSCarlos Eugênio Marcondes de MouraJosé RosaelMárcia AlvesMuseu Paulista da USPSílvio Barini

Elaborada por Izolina Maria Junqueira de Assis CRB 8-N.2917Foi feito o depósito legal na Biblioteca Nacional (Lei no. 1825, de 20/12/1997)

Filippi, Patrícia de. Como tratar coleções de fotografias / Patrícia de Filippi, Solange Ferraz de Lima, Vânia Carneiro de Carvalho.—São Paulo: Arquivo do Estado : Imprensa Oficial do Estado, 2002. 100 p. – (Projeto como fazer, 4) Bibliografia: p. 62-73 ISBN 85-86726-20-6 (Arquivo do Estado) ISBN 85-7060-024-0 (Imprensa Oficial do Estado)

1.Fotografia – Organização e conservação. I. Carvalho, Vânia Carneiro de; Lima, Solange Ferraz de. I. Título. II. Série. CDD 778.58 CDU 77.025

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Apresentação

A instalação do Arquivo do Estado de São Paulo em prédiopróprio, na rua Voluntários da Pátria, 596, Santana, Capital, com de-pendências apropriadas para abrigar seu rico acervo e pessoal téc-nico em número suficiente para o desenvolvimento de suas atividades,permitiu-lhe assumir o papel de relevo que lhe cabe historicamentena administração pública e entre seus congêneres.

Essa nova fase da instituição manifesta-se, entre outros aspec-tos, pela ampliação da gama de serviços prestados na área cultural,dentre os quais destaca-se a publicação sistemática de instrumentosde pesquisa e de manuais técnicos que auxiliem no processo de for-mação e aperfeiçoamento dos profissionais da área de arquivos.

O Arquivo do Estado tem-se valido, para esse trabalho, de va-liosas parcerias, cabendo especial relevo às mantidas com a Im-prensa Oficial e a Associação de Arquivistas de São Paulo - ARQ/SP. A primeira delas vem possibilitando o desenvolvimento de umextenso programa de publicações e a segunda tem resultado numaassessoria permanente - tanto formal, quanto informal - na área daArquivística, eis que a ARQ/SP congrega especialistas de renomeinternacional nesse campo de atuação.

A presente publicação é, pois, o resultado do esforço conjuga-do das três instituições e integra o Projeto “Como Fazer”, elaboradopela Comissão de Cursos da AAB/SP. Orientado, como o próprionome indica, para aspectos práticos do dia-a-dia dos profissionaisda área, esse projeto prevê uma série de outras publicações, semprede autoria de professores com larga experiência na organização dearquivos.

A direção e o corpo técnico do Arquivo do Estado sentem-segratificados pelos excelentes frutos já colhidos desse profícuo relacio-

namento, contando que o mesmo se perpetue e se intensifique, embenefício da comunidade arquivística e da cultura em nosso Estado.

Dr. Fausto Couto Sobrinho

Diretor do Arquivo do Estado

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Projeto Como Fazer

O Projeto Como Fazer compreende uma série de oficinasde trabalho que abordam temas específicos em profundidade, tantoem seu aspecto teórico, quanto metodológico e operacional, capaci-tando o aluno a planejar e realizar as atividades inerentes ao aspectoda Arquivística em foco. Visa não só o aperfeiçoamento técnico deprofissionais que atuam na área, como a difusão de conhecimentosarquivísticos básicos entre os interessados. Como uma de suas mar-cas características, a cada oficina corresponde um manual, de res-ponsabilidade do professor.

Comissão de Cursos da ARQ/SP

Sobre as Autoras

Patrícia de FilippiArquiteta Formada pela FAU-USP, fotógrafa, tem trabalhado

desde 1984 em conservação e restauração fotográfica e cinemato-gráfica em instituições públicas e privadas. Desenvolveu pesquisassobre processos históricos fotográficos do século XIX e sobre mate-riais para preservação de suportes fotográficos contemporâneos.Cursou especialização em conservação fotográfica no Arquivo Públi-co da cidade de Nova York, EUA, em 1990/91 e em preservação ci-nematográfica na George Eastman House, Rochester, EUA, em 2000/01. Atualmente é docente do curso de Preservação e RestauraçãoFotográfica da Faculdade de Fotografia do SENAC - Centro de Co-municação e Arte e coordena o laboratório de restauração de pelícu-las cinematográficas da Cinemateca Brasileira / MinC.

Solange Ferraz de Lima e Vânia Carneiro de CarvalhoHistoriadoras atuantes na área de Cultura Material, desde 1990

exercem atividades de curadoria de documentos visuais no MuseuPaulista da Universidade de São Paulo. Nessa instituição, coorde-nam a organização física e a produção de instrumentos de pesquisapara a documentação textual e iconográfica. Recentemente desen-volveram pesquisa e catalogação informatizada da coleção do fotó-grafo Militão Augusto de Azevedo, com mais de 12.000 imagens. Sãoautoras do livro Fotografia e Cidade - Da razão urbana à lógica doconsumo: álbuns de São Paulo, 1881-1954 (Campinas: Mercadode Letras, 1997) e têm trabalhos sobre fotografia publicados no livroFotografia: usos e funções no século XIX (coletânea organizada porAnnateresa Fabris. São Paulo: EDUSP, 1991) e em revistas científi-cas e de difusão.

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ORGANIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE FOTOGRAFIAS

A Fotografia

Nos últimos vinte anos, a fotografia deixou definitivamente de serum mero instrumento ilustrativo da pesquisa para assumir o status dedocumento, uma matéria-prima fundamental na produção do conheci-mento sobre determinados períodos da história, acontecimentos e gru-pos sociais.1 Se, por um lado, a fotografia foi e ainda é utilizada comojanela para o passado, fornecendo, portanto, dados que os documen-tos textuais não registraram, por outro, a compreensão da fotografiacomo uma forma de representação abriu inúmeras possibilidades deanálise de problemas históricos associados à construção da imagem.Essas novas abordagens valorizam duplamente a fotografia porque dãoênfase não somente aos temas que nela aparecem retratados, mas àforma como esses temas são constituídos. Assim, os atributos técni-cos e formais da imagem fotográfica assumem um papel relevante noentendimento de questões ligadas à noção de natureza, cidade, pro-gresso, modernidade, morte, infância, indivíduo, identidade, apenaspara citar aqueles temas mais recorrentes. Não é por acaso que o in-cremento na organização de documentos fotográficos institucionaisaconteceu concomitantemente à publicação de repertórios e ao cres-cimento do uso da fotografia como fonte para a pesquisa. Nessa pers-pectiva, torna-se fundamental, hoje mais do que nunca, a definição depadrões de qualidade na organização e conservação de fotografiasem acervos institucionais e na produção de instrumentos de pesqui-sa.2

Introdução

1 A fotografia tem sido reconhecida como material de relevância, merecedor decuidados específicos também na esfera privada, onde ela é parte integrante deatividades centrais ou de cunho administrativo dentro de empresas, agências depublicidade, jornais, etc.2 As noções organizacionais referentes a fotografias aqui apresentadas são fruto deuma experiência de doze anos, desenvolvida no atual Serviço de Documentação

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Nesse processo de valorização, a preservação de coleções fo-tográficas tem merecido cada vez mais atenção e se configura comouma área de atuação relativamente nova dentro de museus, arquivose instituições públicas e particulares. Atualmente, já contamos comprincípios básicos e gerais, estudados e estabelecidos e, muitas ve-zes, adaptados à realidade brasileira, que podem orientar a conser-vação de uma ampla variedade de materiais, tanto dos suportes quan-to dos elementos formadores da imagem latente e visual, visandogarantir a longa permanência da fotografia. A ampliação do universodocumental fotográfico é contínua e hoje presenciamos a inserçãodos processos fotográficos digitais e novas tecnologias da imagemque, em pouco tempo, estarão sendo guardados como documentoshistóricos e/ou utilizados para a guarda dos próprios documentos.Assim, sob a ótica da preservação, é necessário compreender a di-nâmica dos materiais fotográficos e acompanhar a evolução dos no-vos procedimentos ao longo da história.

As atividades de conservação e organização que abordaremosarticulam-se a um conjunto maior de ações que podemos chamar decuradoria.

Textual e Iconografia do Museu Paulista da Universidade de São Paulo, onde tive-mos a oportunidade de refletir sobre a catalogação de fotografias em uma institui-ção que reúne um número grande e diversificado de documentos no que se refereàs tipologias, materiais e dimensões, até à produção de fotografias pela própriainstituição, na cobertura documental de seu acervo, de eventos, produção de publi-cações, entre outras atividades. A catalogação informatizada de mais de 12.000fotografias oitocentistas pertencentes à coleção Militão Augusto de Azevedosedimentou alguns procedimentos institucionais que vínhamos implementando desde1990. Assim, mais do que um manual com pretensões universalizantes, as orienta-ções a seguir são fruto de uma experiência bastante particular que é a vida dafotografia em um museu. Entendemos, no entanto, que muitos dos nossos proble-mas são semelhantes àqueles que qualquer documentalista ou pesquisador en-frenta ao se deparar com fotografias que devem ser submetidas a um processo deorganização.

A Curadoria

Da curadoria fazem parte todas aquelas atividades de naturezaconceitual, metodológica e prática que permitem a exploração cientí-fica, pedagógica e/ou cultural do acervo de uma instituição. É semprebom lembrar que, geralmente, documentos fotográficos convivem comoutros de natureza diferente (textual, tridimensional, outras formas deiconografia como pintura a óleo, aquarelas, impressos, gravuras, de-senhos, etc). Assim, para que as coleções fotográficas tenham umperfil de formação e crescimento bem definido e possam ser explora-das de forma eficiente, é preciso que a curadoria insira seu tratamen-to em uma ampla rede solidária de atividades institucionais. Essarede engloba desde políticas científicas (definição de balizas crono-lógicas de atuação, de temas preferenciais, linhas de pesquisa, etc.),passando pelas políticas de aquisição, guarda, doação, formação debiblioteca, treinamento e aperfeiçoamento de recursos humanos, di-fusão cultural, definição do usuário-padrão, instalação de infra-estru-tura até a definição de procedimentos padronizados de documenta-ção e informatização.

O Projeto

A curadoria aponta caminhos que devem ser detalhados e par-ticularizados pelo projeto de área. São estes os pressupostos bási-cos para o estabelecimento das etapas de trabalho no projeto:

• a realização de um diagnóstico que determi-ne as características e a quantidade da docu-mentação a ser organizada e o mapeamentodos problemas relativos ao seu estado de con-servação, já que esse tipo de diagnóstico ébásico para a definição do cronograma deatividades, infra-estrutura necessária, perfil daequipe e estimativa de custos;

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Observados os pressupostos acima, passa-se à fase de ela-boração do projeto. Hipoteticamente, podemos aqui simular umasituação diagnosticada para, a partir dela, discutir as etapas de tra-balho. Com a valorização do documento fotográfico, muitas institui-ções públicas e privadas têm se preocupado em dispensar um trata-mento físico e documental que respeite a especificidade da fotogra-fia, o que muitas vezes implica na reorganização do material existente.

É comum encontrarmos situações nas quais a fotografia é acon-dicionada juntamente com documentos textuais, a ela não sendo dis-pensado nenhum tratamento específico. Nos casos em que existe umaorganização prévia que será alterada, é importante ter claros os crité-rios que foram utilizados no sistema em curso. Deve-se procurar rela-tórios, diagnósticos ou projetos anteriores, instrumentos de pesquisaexistentes, enfim, qualquer registro que permita entender a lógica dosistema adotado. Se não existir qualquer registro, ouvir antigos funci-onários que trabalham ou trabalharam com o acervo pode ser umaboa (e às vezes a única) solução.

• a definição do perfil do usuário, ou seja, o es-tabelecimento do tipo de consulente para oqual está sendo organizado o acervo, dadoesse que influenciará diretamente as decisõesquanto aos tipos de instrumentos de pesquisae às formas de acesso à documentação;• e, no caso de coleções fotográficas deposi-tadas em instituições que conservam tambémdocumentos de outra natureza (bibliográficos,tridimensionais, textuais), é importante levarem conta a política geral da instituição no quese refere às áreas de atuação, linhas de pes-quisa e qualificação dos funcionários. A orga-nização da documentação fotográfica deveestar em consonância com a política adotadapara essas outras áreas.

No caso de mudanças no acondicionamento, deve-se ter muitacautela com a introdução de novos sistemas. A desmontagem de umconjunto pode representar a perda de informações importantes so-bre a documentação e que, muitas vezes, são irrecuperáveis. Portan-to, as decisões envolvendo novas localizações e arranjos precisamsempre ser registradas - listas de equivalências numéricas ou de lo-calização, além de cadernos com o registro das ações desenvolvi-das durante o projeto, são imprescindíveis para o controle dessa eta-pa do trabalho.

Levando tudo isso em conta, uma boa estratégia de organiza-ção é partir do geral para o particular. Com uma visão abrangente doacervo, é possível dimensionar melhor os problemas de conservaçãoexistentes, o perfil da documentação e a sua vocação, dados impor-tantes quando se tem a intenção de incrementar coleções através decompras ou campanhas de doação.

A Organização Documental

A organização de coleções de fotografias envolve o arranjo físi-co e a identificação dos documentos. Na sua forma mais abrangente,essa identificação resulta em um guia, e naquela mais detalhada, emum catálogo.

A organização envolve atividades sistemáticas de levantamen-to, seleção e compilação de informações referentes a um conjunto oua um determinado documento em instrumento apropriado. A finalida-de é criar formas adequadas de acesso e controle do acervo. Porisso, qualquer instrumento de pesquisa, por mais sofisticado que seja,nunca substitui aquele que lhe deu origem, o documento. Ele deve,isso sim, fornecer os dados sobre o documento, possibilitando umabusca suficientemente aprofundada a ponto de restringir a necessi-dade de manuseio dos originais.

Por se tratar de um procedimento técnico de cunho instrumen-tal, a eficiência de uma organização depende diretamente dosobjetivos traçados para o acervo fotográfico em questão. Em outraspalavras, ela é fruto da curadoria.

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A Conservação

A conservação fotográfica está ligada à idéia de proporcionar omaior tempo de vida aos objetos fotográficos, uma vez que essessão extremamente frágeis por natureza. Todos os materiais fotográfi-cos têm uma estrutura físico-química complexa e instável e é neces-sário compreendê-la para entender o comportamento dos materiaispresentes nas coleções e estabelecer os procedimentos corretos parasalvaguardá-los.

Desde o nascimento da fotografia, todos os impulsos de de-senvolvimento das técnicas fotográficas foram e são no sentido deaperfeiçoar a durabilidade das imagens, isto é, buscar a melhor for-ma de combinar os materiais e elementos químicos para se obter umobjeto fotográfico com expectativa de longa permanência da imagem.Gerou-se, então, a partir desses experimentos, um grande númerode processos que utilizavam diferentes tipos de suportes, ligantes,substâncias sensíveis e tratamentos químicos.

O suporte é a superfície que carrega a camada fotossensível,formadora da imagem. Uma coleção pode apresentar diversos tiposde suportes como: vidro, papel, metal, madeira, cerâmica, tecido,couro e/ou materiais sintéticos chamados de suportes primários, que,por sua vez, podem estar aderidos a suportes mais rígidos, ditos se-cundários.

A camada fotossensível contém os sais de prata na grande maio-ria do material fotográfico moderno colorido e branco e preto, diferentedo que ocorria no século XIX e início do XX, quando houve uma diversi-dade muito grande de técnicas não só à base de prata, mas também deferro, platina, paládio, dicromatos, pigmentos e outros.

Nos primórdios, as imagens eram formadas quase quediretamente sobre a superfície do papel sem o uso de ligantes, isto é, amatéria coloidal entre o suporte e a camada de imagem. Técnicas fo-tográficas em negativo e positivo foram se desenvolvendo para o usode aglutinantes nos quais pudessem estar dispersos os elementos sen-síveis, até chegar à utilização da emulsão de gelatina e sais de prataque conhecemos hoje. Basicamente, os aglutinantes empregados na-quela época foram a albumina, o colódio e a gelatina.

Os tipos de emulsão e suporte são fatores de classificação ini-cial dada aos grupos de documentos fotográficos de um acervo ecada material tem uma vida própria e um caminho de degradaçãodiferente. Portanto, na medida em que analisamos e identificamoscorretamente os materiais contidos nas coleções, torna-se mais fácilimpor-lhes técnicas de preservação. E, por incrível que pareça, émuitas vezes a partir de aspectos da deterioração dos processos emquestão que conseguimos detectar o tratamento correto para deter-minado conjunto de fotografias.

A deterioração da imagem fotográfica é a grande inimiga dosconservadores, obrigados a driblar tanto aquela causada por fatoresintrínsecos aos materiais fotográficos, quanto a decorrente de fatoresexternos a que eles estão submetidos. Nessa inter-relação entre aestabilidade física e química das fotografias e o meio ambiente emque vivem, este último tem papel fundamental, podendo funcionar comoagente acelerador ou retardador do processo de deterioração foto-gráfica. Daí a necessidade de um microclima propício para a preser-vação dos materiais fotográficos, no qual será possível a prevençãoe a inibição de processos destrutivos, característicos da estrutura detodo material fotográfico, independente do suporte e da camada for-madora da imagem.

Assim, a política de preservação tem como princípio estancar adeterioração das coleções através de tratamentos preventivos e ativos,acondicionamento e guarda apropriados dos materiais fotográficos,além, é claro, da formação de pessoal especializado que possa di-vulgar as coleções para o público interessado.

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1. CONSERVAÇÃO PREVENTIVA

A Conservação

A preservação de documentos fotográficos impõe a reflexãosobre vários aspectos:

É claro que as melhores condições são as ideais e muitas ve-zes as mais difíceis de atingir, portanto, não se deve perder as refe-rências das condições reais de trabalho e agir dentro das possibili-dades com criatividade e bom senso. Também é importante lembrarque os projetos a médio e longo prazo podem facilitar a implantaçãode sistemas mais onerosos, pensados no início como ideais.

Como Fazer

• a diversidade do conjunto de registros fo-tográficos que se tem em mãos (negativosem preto & branco e em cores, fotografiasem preto & branco e em cores, transparên-cias, álbuns, objetos e outros);• o estado de conservação como um todoe, posteriormente, caso a caso;• o sistema de acondicionamento de cadasubconjunto, envolvendo tratamentos bá-sicos de limpeza e estabilização;• o manuseio sem danos aos materiais;• a área de guarda, respeitando os padrõesde armazenamento;• o tipo de divulgação previsto para as imagens;• o acesso às imagens.

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teparo preto por trás da placa de vidro. Esse conjunto eraacondicionado em uma pequena caixa-estojo emoldura-da similar à do daguerreótipo. Os ambrótipos variam en-tre os formatos de 6,4 x 8,9 cm e 20,3 x 25,4 cm e vierama ser mais populares que os daguerreótipos por terem umcusto inferior, mas não tinham a superfície espelhada ca-racterística do daguerreótipo.

• Ferrótipo (1856 - ca.1890) – a imagem era formadaem colódio e sais de prata, como o ambrótipo, porém, osuporte era uma fina chapa de metal pintada de preto eenvernizada, gerando uma imagem positiva. Era coloca-do em jóias, álbuns e às vezes nas mesmas caixas dosambrótipos, dificultando, nesse caso, a identificação. Osformatos variam entre 1,3 x 1,3 cm e 8,9 x 11,9 cm.

• Placa de vidro à base de colódio úmido e sais deprata (1850 - ca.1900) – a placa de vidro era emulsionadacom colódio e sais de prata e, em estado ainda úmido,deveria ser exposta e revelada. No século XIX, foi ampla-mente usada como suporte de negativos e para a confec-ção do ambrótipo.

• Fotografia Albuminada (1847 - ca.1910) - é a fotogra-fia feita com solução à base de albumina (clara de ovo),cloreto de sódio e nitrato de prata colocada sobre um pa-pel muito fino. A partir de negativos em placa de colódioera feito o contato com o papel albuminado, originando aimagem positiva. O albúmen foi amplamente difundido, tor-nando-se o material mais popular do século XIX, com ima-gens da natureza, arquitetura e retratos. Como era feitoem papel muito fino, normalmente encontra-se montadoem suporte mais grosso para proteção. Foi usado nos se-guintes tipos de cartão, classificados por suas diferentesdimensões:

Identificação dos Materiais

Diante da grande variedade de processos utilizados na fotografiadesde o seu surgimento até hoje, o diagnóstico na conservação é oprimeiro passo para se constituir uma visão geral do acervo. Nesse mo-mento, são classificados os materiais através de sua estrutura física, istoé, a emulsão e o suporte utilizados, identificando os processos fotográfi-cos antigos e/ou contemporâneos, os estágios de deterioração e ascondições de arquivamento nas quais se encontram.

Materiais Antigos

Alguns processos de fixação da imagem foram mais popularese sobreviveram por mais tempo até o desenvolvimento de outras téc-nicas mais eficazes. Numa pequena retrospectiva dos processos doséculo XIX, podemos traçar uma breve descrição, em ordem crono-lógica:

• Daguerreótipo (1839 - ca.1865) - usava-se a placa decobre como suporte e, em uma fina camada de prata, for-mava-se a imagem bem definida, revelada com vaporesde mercúrio. O daguerreótipo dava origem a um objeto úni-co, não possibilitando a produção de mais cópias. Normal-mente, é encontrado emoldurado em uma caixa do tipo es-tojo com uma superfície de vidro protegendo a imagem.

• Calótipo ou Talbótipo (1841 - ca.1855) - patenteadopor Talbot em 1841, o papel salgado foi usado para con-feccionar o negativo, a partir do qual era copiado porcontato em outro papel salgado, gerando a imagem posi-tiva. Ao contrário do daguerreótipo, esse processo permi-tia a copiagem de quantas fotos fossem desejadas.

• Ambrótipo (1854 -1870) - tem como suporte a placade vidro e como emulsão o colódio. A imagem formada énegativa e transformada em positiva ao se colocar um an-

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Imagem 1a - Daguerreótipo em estojo (anônimo); b - Ferrótipo em cartão

(anônimo); c - Ambrótipo (anônimo). Coleções particulares de CarlosEugênio Marcondes de Moura e Patrícia de Filippi.

Foto 1

cartão de visita – retratos com a dimensão aproxima-da de 5,7 x 10,8 cm e populares entre 1854 e fins de1870, sendo confeccionados até aproximadamente1905;gabinete – retratos com a dimensão de 10,8 x 16,5 cme populares entre 1863 e 1920;estereoscopia – a natureza e arquitetura do século XIXforam impressas em papel albuminado com a dimen-são de 7,6 x 17,8 cm, tornando-se tal técnica popularno período de 1850 a 1925. Duas imagens praticamen-te iguais, a não ser pela diferença de paralaxe, eramcoladas lado a lado para que fosse possível a ilusãotridimensional, quando observadas pelo visorestereoscópico;cartão vitória – retratos e paisagens com a dimensãode 8,3 x 12,7 cm e populares entre 1870 e fins de 1880;cartão promenade – retratos e paisagens com a di-mensão de 10,2 x 17,8 cm e populares entre 1870 efins de 1880;cartão imperial – retratos e paisagens com a dimen-são de 20 x 25,1 cm e populares entre fins de 1870 e1900;cartão boudoir – retratos e paisagens com a dimen-são de 12,7 x 20,6 cm e populares entre fins de 1870 e1900.

• Negativo de chapa de vidro em gelatina (1871 - atéhoje) - tem como emulsão a gelatina e sais de prata. En-trou no mercado para substituir definitivamente o negati-vo de placa de vidro em colódio úmido, porque, sendoutilizado de forma seca, isto é, não imediatamente apósa sua confecção, dava ao fotógrafo mais agilidade e ra-pidez. Marcou a transição para a era da fotografia, emque a gelatina se transforma no veículo de sustentaçãodos cristais de prata e passa para uma escala de con-fecção industrial. Esse tipo de emulsão foi usado inicial-mente para fazer negativos de vidro, passando depois aser empregado na fabricação de papéis fotográficos efilmes flexíveis.

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• Fotografia em papéis sem revestimento - papéis semrevestimento foram usados para impressão de fotografiasatravés de processos como cianotipia, platinotipia, papelsalinizado, calótipo e outros.

• Fotografias impressas – vários procedimentosfotomecânicos foram usados na virada do século XIX como propósito de reproduzir a imagem fotográfica em largaescala. Alguns exemplos são a fotogravura, que utiliza achapa de cobre como matriz, e a colotipia, que utiliza achapa de vidro. A imagem final é livre de sais de prata ede processamento químico.

• Fotografias “permanentes” - 1) Goma Bicromada: fo-tografia feita com solução de goma pigmentada em contatodireto com negativo, assemelhando-se a pinturas, dese-nhos a carvão e pastel; 2) Fotografia a Carvão (carbontransfer print): fotografia com extrema permanência daimagem, feita com gelatina pigmentada e comumente usa-da para reprodução de obras de arte.

• Fotografia em papéis com revestimento – fotografiasobre papel revestido de barita (sulfato de bário), tendo aimagem formada com sais de prata sobre gelatina oucolódio.

Imagem 2a - Ambrótipo em estojo (anônimo); b - Ferrótipo em cartão (anônimo);

c - Ambrótipo desmontado (anônimo). Coleção particular de Patrícia de Filippi.

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Imagem 3Negativo de vidro com emulsão em colódio (anônimo).

Acervo Museu Paulista da USP.Imagem 4

Albumina sem viragem e com viragem a ouro. Rua da Quitanda, 1862,por Militão Augusto de Azevedo. Acervo Museu Paulista da USP.

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Imagem 5Formatos mais usuais de retratos em albumina. Cartão de visita(anônimo), cartão vitória (anônimo), gabinete (anônimo), cartão

promenade, cartão boudoir (Maria Bella Marcondes de Godoy Homemde Mello). Acervo Museu Paulista da USP.

Imagem 6Formatos de paisagens em albumina. a - Estereoscopia (Paris. Pont

Neuf, déc. 1870); b - Cartão de visita (São Paulo. Estrada de Ferro In-glesa, déc. 1860); c - Cartão boudoir (Sete Lagoas-MG. Fazenda de

Santa Cecília); d - Gabinete (São Paulo. Largo do Carmo, déc. 1860).Acervo Museu Paulista da USP.

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Imagem 8a - Negativo de vidro com emulsão em colódio (anônimo); b - Negativo

de vidro com emulsão em gelatina (anônimo); c - Negativo de vidro comemulsão em gelatina (Edifício do Museu Paulista). Acervo Museu

Paulista da USP e coleção particular de Patrícia de Filippi.

Imagem 7Formato Imperial, usado para retratos e paisagens. a - Cartão imperial

(Givendolina e Osvaldo Pompeu do Amaral); b - Cartão de visita(anônimo); c - Cartão imperial (Cel. Benedito Roza de Lima e Costa).

Acervo Museu Paulista da USP.

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Imagem 10Papéis com revestimento: a - Gabinete com emulsão em colódio

(anônimo); b - Gabinete com emulsão em gelatina (anônimo). AcervoMuseu Paulista da USP.

Imagem 9Processos permanentes. a - Gelatina e carvão (anônimo); b - Colotipia(Jardim do Palácio por Guilherme Gaensly); c - Fotogravura (Gabriela

Ximenes); d - Platinotipia (Gabriela Ximenes).Acervo Museu Paulista da USP.

a

b

c

d a b

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Os materiais fotográficos acima relacionados podem ser en-contrados em diferentes formatos, sendo esse também um fator deorientação no planejamento do mobiliário e acondicionamento. Nocaso dos filmes, a idéia básica é agrupá-los de acordo com os for-matos e emulsões: pequenos (35 mm), médios (filmes 120 mm) egrandes (chapas a partir de 4’’ x 5’’).

Deterioração

A partir da identificação dos materiais do acervo, é possível fa-zer uma análise quanto ao estado de conservação das coleções. Nes-se sentido, é fundamental entender as causas da deterioração dosdiversos materiais para poder estabilizá-los, acondicioná-los, restaurá-los quando necessário, e submetê-los ao melhor microclima, assegu-rando assim maior tempo de permanência da imagem.

Todos os tipos de documentos fotográficos devem estar protegi-dos contra os aspectos internos e externos que induzem à deterioração.

Características intrínsecas da Deterioração Fotográfica

Os suportes plásticos flexíveis para a confecção de negativosem preto e branco e em cores, transparências positivas, microfilmese filmes cinematográficos representam a produção fotográfica e ci-nematográfica do século XX, e foram confeccionados, num primeiromomento, em nitrato de celulose, passando por acetatos de celulosee atualmente em triacetato de celulose e poliéster.

Os negativos com base de nitrato de celulose (1888 - 1951) sãobastante instáveis por natureza e quando atingem determinado graude degradação entram em combustão espontânea, podendo causarincêndio e destruir coleções inteiras. Por isso devem ser armazenadosseparados dos outros materiais fílmicos. Produzidos até 1951, foramsubstituídos pelos filmes com base de acetato de celulose chamados“filmes de segurança”, por não serem inflamáveis. Esses filmes podemser identificados pela palavra “safety” localizada na borda do suporte.O desenvolvimento do diacetato de celulose foi a primeira tentativa parase chegar a uma base fílmica mais estável do que a base de nitrato decelulose. Porém, infelizmente, o diacetato de celulose também é um

Materiais Contemporâneos

Podem ser encontrados nos acervos os seguintes suportes comemulsões de gelatina:

•filme em nitrato de celulose;•filme em butirato, propianato e diacetato de celulose;•filme em triacetato de celulose;•filme em poliéster;•transparência positiva em gelatina;•polaroid;•papel fibra de gelatina e prata com revelação química;•papel resinado de gelatina e prata com revelação química;•filmes negativos e positivos (slides) coloridos com revelação

cromogênica, branqueamento de corantes e difusão decorantes;

•fotografia colorida em papel com revelação química.

Imagem 11Materiais contemporâneos. Formatos diversos de filmes flexíveis p&b/cor: filmes 35mm negativo e diapositivo, filme negativo 120 (6x6cm),

filme diapositivo 120 (6x4,5cm) e chapa 4”x5” (polegadas) em negativo.Coleção particular de Patrícia de Filippi.

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material autodestrutivo e, ao entrar em processo de deterioração, osprodutos liberados nas reações químicas aumentam a velocidade dedegradação, colocando em risco também os materiais fotográficos maisestáveis armazenados por perto. Depois de pesquisas feitas para odesenvolvimento de um suporte mais estável, chegou-se à fabricaçãodo triacetato de celulose e, finalmente, do poliéster - a base mais está-vel fabricada atualmente.

O poliéster é a alternativa atual contra a síndrome do vinagre -processo de degradação das bases fílmicas em acetato de celulose.

A identificação dos materiais fílmicos é fundamental para se es-tabelecer regras de arquivamento e conservação. Tanto a datação quan-to outras informações contidas nas bordas dos filmes e/ou testes quí-micos ajudam na identificação do tipo de suporte em questão e desuas características de deterioração. Por exemplo, o filme à base denitrato de celulose foi o único confeccionado até a década de 1920; aKodak parou de fabricar filmes em diacetato no início dos anos 1940 ea Agfa fabricou-os até meados dos anos 1950; os filmes em triacetatode celulose começaram a ser produzidos na década de 1940 e os depoliéster, a partir de meados da década de 1950. Para auxiliar essetrabalho de identificação existem tabelas de números de bordo divul-gados por alguns fabricantes.

Causas Externas da Deterioração Fotográfica

O ambiente de guarda das coleções fotográficas deve ser con-trolado para conter os processos de deterioração e não propiciar umenvelhecimento acelerado dos materiais ali guardados. Os controlesda umidade relativa do ar e da temperatura devem andar juntos esão interdependentes. A alta temperatura provoca e estimula as reaçõesquímicas, faz com que os corpos dilatem, facilitando a absorção daumidade existente no ar. No caso da fotografia, a gelatina se expande,amolece, a umidade penetra e a emulsão se desestabiliza e enfraque-ce, causando manchas, esmaecimentos, rasgos e rupturas às vezesirrecuperáveis. Por exemplo, a superfície melada pode grudar no vidrode uma moldura, na própria embalagem e também pode sofrerdistorções físico-químicas, afetando a imagem ou o conjunto suporte/emulsão de maneira irreversível. Essa condição de alto índice de tem-peratura e umidade relativa do ar também propicia a germinação e ocrescimento de fungos e bactérias, que vão procurar a matéria orgâ-nica da gelatina para se instalar. Por outro lado, se o nível de umidade

Imagem 12Negativo flexível em diacetato de celulose com alto grau de degradação.

Coleção particular de Patrícia de Filippi.

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relativa do ar estiver muito baixo, pode haver um ressecamento dosuporte e da camada aglutinante, causando rachaduras e distorções nasuperfície da fotografia. Assim, os índices de temperatura e umidaderelativa do ar devem ser controlados em conjunto e mantidos semoscilações ou pelo menos sem muita variação, evitando o choquetérmico.

O ar que circula na área de armazenamento deve ser filtrado, im-pedindo a entrada de partículas e compostos químicos nocivos aos ma-teriais fotográficos, normalmente presentes na atmosfera urbana. Deve-se manter a qualidade do ar através de uma circulação eficiente, evitan-do sua estagnação e o acúmulo de poeira e fuligem. Em alguns casos, oambiente da área de arquivamento pode estar contaminado com os ga-ses gerados na degradação dos filmes com base de nitrato e diacetatode celulose, perturbando a estabilidade de outras coleções.

A limpeza do local de armazenamento é fundamental e deve serfeita regularmente para evitar qualquer foco de crescimento e aloja-mento de insetos e outros pequenos bichos, a exemplo de cu-pins, traças, baratas, ratos entre outros. Eles podem causar danosirreparáveis como manchas, aderência de excrementos, furos e per-das da imagem fotográfica, seja no suporte ou na emulsão. Quandose detecta algum material da coleção contaminado pela ação dosinsetos, deve-se retirá-lo do ambiente e tratá-lo separadamente paraque a ação de tal peste não se alastre.

Os resíduos químicos resultantes do processamento fotográfi-co precário são grandes causadores da deterioração, provocando man-chas amareladas nas imagens. A presença e/ou aquisição de coleçõesfotográficas com processamento fotográfico comercial - entende-se porcomercial um processamento sem preocupação com a preservaçãoda imagem - é um grande problema para as instituições, pois qualquertratamento posterior é extremamente perigoso.

Os efeitos da exposição dos materiais à luz, principalmenteaos raios ultravioleta (UV), podem induzir o esmaecimento da ima-gem, deteriorando-a. Alguns processos são mais sensíveis que ou-tros à ação da luz, como é o caso da fotografia albuminada. Oscorantes dos processos coloridos são extremamente vulneráveis àexposição dos raios de luz, exigindo cuidado mesmo quando arqui-

Imagem 13Gabinetes. Albumina com ataque de fungos e manchas. Acervo Museu

Paulista da USP.

Imagem 14Estereoscopias. Emulsão em gelatina com ataque de agentes

biológicos (cupim). Coleção particular de Patrícia de Filippi.

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vados no escuro. Já as fotografias com imagem formada por sais deprata e tratamento para a longa permanência são mais estáveis àação dos raios UV.

Infelizmente, temos que admitir que muitos estragos encontra-dos em documentos e coleções fotográficas vêm da manipulaçãoinadequada por parte das pessoas que já manusearam ou manusei-am tais objetos. A falta de cuidado e informações corretas, o desca-so, o uso de mobiliários e acessórios inadequados – clipes, colas,fitas adesivas, elásticos, tintas e embalagens não apropriadas – sãofatores que acabam danificando e destruindo os materiais fotográfi-cos e mostram a urgência no tratamento de preservação a ser dado adeterminadas coleções.

Imagem 16a - Fotografia. Gelatina com rasgos do papel fotográfico e do suporte

secundário; b - Cartão de visita. Albumina com descolamento do suportesecundário. Acervo Museu Paulista da USP e

coleção particular de Silvio Barini.

Imagem 15Albuminas com esmaecimento da imagem.

Acervo Museu Paulista da USP.

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b

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Etapas do Tratamento de Conservação

Uma vez classificados em subconjuntos de acordo com suaspropriedades físicas e estado de conservação, é possível fazer umplanejamento para estabelecer as prioridades de tratamento e as for-mas de acondicionamento. É indicado o uso da ficha de conservaçãopara cada documento durante a etapa de identificação e diagnóstico.Essa ficha deve registrar o processo em questão, se negativo/positi-vo, se preto e branco ou em cores, a data, a dimensão, as condiçõesde acondicionamento e embalagem, as características de deteriora-ção encontradas e todas as informações pertinentes que sirvam deguia para uma melhor elaboração do planejamento do trabalho deconservação e que eventualmente remetam à ficha catalográfica.

Todo o tratamento de conservação deve ser feito com cautela eem local adequado, pois mesmo não contando com o apoio de umlaboratório de conservação bem equipado, é possível adaptar certosespaços criando boas condições para se trabalhar com conforto, jáque os procedimentos são lentos e exigem paciência. Alguns cuida-dos devem ser tomados para prevenir a intoxicação por produtos quí-micos usados em determinadas intervenções e mesmo por gasesliberados nas reações de degradação de certos documentos. Por-tanto, é bom proteger-se, usando máscara e luvas, manter uma boacirculação do ar no ambiente de trabalho, principalmente se não hou-ver capela, e evitar longos períodos de contato no manuseio dos ma-teriais em condições degradantes.

Os tratamentos mais complexos de limpeza e estabilização im-postos aos objetos mais antigos ou mais deteriorados não serão des-critos neste momento.

Limpeza

A primeira etapa do tratamento é a limpeza dos materiais, po-dendo-se recorrer à limpeza química e/ou mecânica, dependendo docaso. A limpeza mecânica consiste na remoção das sujeiras superfici-ais tanto da base quanto da emulsão. Nesse caso, utilizam-se pincéismacios para não provocar abrasões nas superfícies ou pó de borra-

Imagem 17Utensílios e materiais utilizados no tratamento de conservação fotográfi-

ca (limpezas mecânica e química, estabilização e retoques).

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te ligadas às informações referentes à documentação, podendo tam-bém estar inter-relacionadas com a ficha de conservação.

Embalagens

Os materiais fotográficos, quer sejam filmes ou papéis, devemsempre estar protegidos dos danos físicos descritos anteriormente eem contato direto com invólucros de boa qualidade. Os papéis e osplásticos usados na confecção das embalagens devem estar de acor-do com as Normas Técnicas Internacionais3 e testados para garantirque o usuário esteja consumindo produtos com a qualidade necessá-ria. Uma boa referência é a certificação PAT (Photographic ActivityTest), dada a produtos aprovados para a conservação fotográfica.

A escolha do tipo de embalagem a ser implantada no sistemade acondicionamento vertical ou horizontal depende das característi-cas do material a ser arquivado e do tipo de manipulação prevista.

As embalagens podem ser compradas no mercado especializa-do, que cada vez está disponibilizando mais opções desse gênero,ou confeccionadas na própria instituição, quando for o caso de for-matos e design fora dos padrões comerciais.

3 NORMAS TÉCNICAS INTERNACIONAIS PARA A GUARDA DE FILMES E FO-TOGRAFIAS: Processed Safety Photographic Film - Storage, ANSI IT 9.11/ ISO18911 / Photographic Processed Films, Plates, and Papers - Filing Enclosures andStorage Containers, ANSI IT 9.2/ISO 18902 / Silver-Gelatin Type - Specifications forStability, ANSI IT 9.1/ISO 18901 / Photographic Activity test, ANSI IT -.16/ISO 18916.

cha. A limpeza química é feita para a remoção de resíduos de colas,fitas adesivas, etiquetas, tintas, grampos, clipes, excrementos deinsetos e outros tipos de substâncias alheias à superfície original daimagem. Utilizam-se solventes orgânicos ou leve aplicação de umi-dade, com muito cuidado e sem abrir mão de testes em uma peque-na área do documento em questão, para garantir o sucesso da ope-ração. Nessa etapa, deve-se ter muita atenção na manipulação defotografias rasgadas, fragilizadas e ressecadas.

Estabilização

Após a higienização, os materiais são submetidos às técnicasde estabilização e consolidação para tratar os rasgos, as dobras, aspartes faltantes, os furos e outros problemas similares através da pla-nificação e consolidação das intervenções. Os reparos podem serfeitos com papel japonês e colados com o adesivo tipo metil celulo-se, comprado em pó e facilmente diluído em água. A água usada emqualquer fase desse trabalho deve ser sempre a água destilada, ga-rantindo assim a sua pureza.

Acondicionamento

Vimos até agora, de modo geral, o comportamento dos produ-tos fotográficos dentro da diversidade de um acervo. É importanteque eles estejam separados fisicamente de acordo com o processode identificação feito anteriormente, para que determinado tipo dematerial não incomode o outro. Assim, a guarda dos diferentes tiposde filmes, papéis, transparências, objetos históricos e outros deveobedecer às regras básicas de preservação; certas situações, po-rém, exigem a criação de soluções próprias para o arquivamento.

Os materiais fotográficos são normalmente agrupados pelo fator“suporte” descrito anteriormente. Pode-se ter: suporte em papel, su-porte em plástico, suporte em vidro, suporte em metal e algumaexceção. Depois dessa seleção, deve-se dividir os subconjuntos ememulsões p&b ou coloridas e em negativos ou positivos. As informa-ções advindas dessa etapa de organização devem estar intimamen-

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Imagem 18Tipos variados de embalagens para negativos flexíveis e de vidro.

Imagem 19Tipos variados de embalagens para papéis emulsionados (jaquetas de

poliéster, caixas, pastas e álbuns).

• As embalagens plásticas

Os plásticos recomendados são poliéster, polietileno de alta den-sidade e polipropileno. Por serem transparentes ou quase transpa-rentes, permitem a fácil identificação do conteúdo, evitando o perigodo manuseio na retirada das fotografias dos invólucros. Porém, háque se tomar cuidado para que os filmes e papéis não sofram dentrodessas embalagens plásticas, impedidos de “respirar”, sobretudo sesubmetidos a elevados índices de umidade relativa e temperatura nasala de armazenamento.

Deve-se ter muita cautela com as folhas para arquivamento denegativos e slides fabricadas em PVC (cloreto polivinílico). Ao con-trário dos polímeros acima relacionados, esse material não tem esta-bilidade dimensional nem é inerte e, com o passar do tempo, acabamelando e atacando os materiais fotográficos embalados.

• As embalagens de papéis

Os papéis usados para o acondicionamento, especialmenteaqueles que irão ficar em contato direto com o material fotográfico,devem ser neutros, com pH próximo ao 7,0. Alguns casos exigem ouso de papel levemente alcalino (pH entre 7,5 e 8,5), para garantir aneutralização da acidez vinda da deterioração das fibras do papelfotográfico a ser embalado.

Pastas, envelopes de vários modelos, jaquetas, caixas, papéispara entrefolhamento e cartões-suporte são usados no acondiciona-mento e merecem ser cuidadosamente desenhados para que pos-sam cumprir o melhor desempenho na dinâmica do acervo. Isto é, omodo como as coleções serão usadas e manuseadas, as necessi-dades da identificação dos registros fotográficos, o orçamento dis-ponível e outras considerações particulares de cada acervo são fato-res determinantes na arquitetura do material de guarda.

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É imprescindível que a temperatura e a umidade relativa do arsejam monitoradas devido às constantes variações climáticas. A ins-talação de um sistema central de ar condicionado e desumidificadoré a melhor opção, podendo ser adaptado, no entanto, um sistemadescentralizado, optando-se pelo uso de aparelhos individuais de arcondicionado e desumidificador. Este último apresenta uma caixa-tanque em seu corpo, na qual fica depositada a água retirada doambiente. Através de um sistema de bóia, é possível evitar que elaextravase. Outra opção é a instalação de um dreno para a água serjogada diretamente para fora do arquivo. Os equipamentos de con-trole são o termo-higrômetro e o termo-higrógrafo, que devem sermonitorados diariamente e mantidos em perfeito funcionamento. Hátambém uma opção mais cômoda e moderna de monitoramento àdistância, através de um sensor dentro da câmara climatizada. Asinformações recolhidas podem ser acessadas via computador forada área de guarda.

O acoplamento do elemento filtrante na entrada de ar é impor-tante para evitar a presença de poeira e poluição. Certas partículaspodem ser quimicamente reativas, ter poderes abrasivos e associar-se a pontos de fungos e bactérias que deflagrariam um processo dedeterioração.

Medidas para a Manutenção dasBoas Condições Ambientaisem Áreas de Armazenamento

• A estabilidade de todos materiais aumenta quando a tempera-tura e a umidade relativa do ar diminuem.

• A temperatura e a umidade relativa do ar devem ser mantidasas mais constantes possíveis, pois a variação da temperatura ambi-ente altera também a umidade relativa do ar.

• O índice de temperatura deve ser mantido o mais baixo possí-vel.

• A poluição do ar deve ser controlada por meio de filtros na en-trada de ar da sala.

• A luz deve ser evitada, principalmente os raios ultravioleta.• Pode-se ter três categorias de acesso dentro do arquivo:

Mobiliário

O mobiliário deve ser de aço e as estantes, arquivos, armáriose mapotecas devem ser compatíveis com as condições de acondicio-namento definidas anteriormente. Podem ser estantes deslizantespara resolver problemas de espaço físico. Em hipótese alguma, deve-se usar móveis ou prateleiras de madeira. As fotografias em grandesformatos devem ser embaladas individualmente e os materiais histó-ricos e os álbuns, guardados horizontalmente e a seguir colocadosem mapotecas ou em caixas.

O arquivamento vertical pode ser uma opção para acervos comgrande volume de fotografias. Uma vez que para essa modalidade deguarda são usadas pastas suspensas, a dimensão das fotos não deveexceder o formato das pastas e as fotografias devem ser protegidasindividualmente com entrefolhamento. Por ficar em contato com as foto-grafias, as pastas devem ser fabricadas com papel de boa qualidade esuas hastes devem ser de plástico (nunca de metal). Outro cuidado reco-mendado é evitar excesso de fotografias nas pastas, de forma a propor-cionar o conforto necessário à sua preservação.

Área de Armazenamento

A partir de tudo o que vimos anteriormente, concluímos que éimperativo guardar os materiais fotográficos em área climatizada. Éevidente que a implantação de um depósito climatizado ideal implicaa disponibilidade de grandes recursos financeiros, mas muito se podefazer para resolver essa questão satisfatoriamente.

A construção, as paredes, pisos e teto da sala devem ter aca-bamento inerte, evitando-se o uso de madeira, e seus revestimentosnão podem se volatilizar ou liberar gases tóxicos para o material foto-gráfico. As portas e janelas devem estar perfeitamente isoladas e érecomendado o uso de material não combustível em toda a constru-ção da área. É bom evitar sótãos e porões, pois esses locais retêmcalor e umidade e podem não ser seguros. É importante que os equi-pamentos contra incêndio estejam em locais acessíveis. Para a ilu-minação da área é conveniente o uso de lâmpadas com baixa inci-dência de raios UV.

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O preenchimento dos campos acima muitas vezes exige umapesquisa para a identificação do conjunto: desde, por exemplo, loca-lizar na própria instituição documentos que se referem à doação ou àcompra, até o levantamento do histórico da coleção ou do fundo juntoao primeiro detentor dos documentos.

Os conjuntos descritos no guia devem ter a sua situação regula-rizada na instituição: o Termo de Doação ou, no caso de compra, aDeclaração de Propriedade por parte daquele que está se desfazen-do dos documentos, e um Laudo Técnico e de Avaliação garantem aintegridade e controle do acervo. Essa fase dos trabalhos pode servirpara sanar deficiências de ordem patrimonial ou mesmo implantarprocedimentos de controle administrativo do acervo, caso não existanenhum.

A padronização dessa rotina facilita a integração de novos do-cumentos ao acervo. Até mesmo o Termo de Doação e o Laudo Téc-nico e de Avaliação podem ter um formato previsto. Para que o laudoseja eficaz como instrumento de primeiro diagnóstico do documento,deve-se procurar obter as seguintes informações:

• área de armazenagem onde o público temacesso irrestrito;• área onde somente o pessoal autorizadotem acesso, mas com freqüente trânsito demateriais;• área de acesso restrito e com controle ri-goroso de retirada de documentos.

Índices Recomendados para a Guarda de Fotografias eFilmes Processados (P&B)

TEMPERATURA: entre 15°C e 18°C (nunca acima de 30°C).UMIDADE RELATIVA: entre 30% e 50% (nunca acima de 60%).

As normas técnicas internacionais descrevem os materiais fo-tográficos e suas referências de arquivamento com exatidão. É deextrema importância atualizar-se periodicamente (www.amsi.org).

2. ORGANIZAÇÃO

A Organização Documental

Tendo como objetivo uma visão abrangente das coleções, a pri-meira etapa de organização pode ter como produto imediato um guiageral. O guia fornece informações sobre o acervo (histórico da cons-tituição do acervo, serviços oferecidos pela instituição, metodologiade organização, etc.) e sobre cada um de seus conjuntos. Para tanto,nele devem constar:

• nome da coleção ou fundo;• datas-limite;• total de documentos fotográficos, prefe-rencialmente divididos por tipo de suporte(ex: 10 negativos de vidro, 12 ampliaçõesp&b, 3 álbuns, etc.);• autorias identificadas;• breve descrição do conteúdo temático;• data / forma de aquisição;• proveniência / histórico;• descritores gerais.

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de cansativa para ambos, não é produtiva, pois a rememoração é umprocesso lento e depende de um clima de confiança e descontração.Depoimentos livres numa primeira etapa e perguntas dirigidas numsegundo momento (para datação, identificação de pessoas ou delocais em uma fotografia, por exemplo) costumam dar bons resulta-dos. No primeiro momento, é sobretudo o depoente que estrutura orelato a partir do qual o coletor terá condições de planejar as ques-tões mais dirigidas para a segunda entrevista.

No caso do tratamento físico, o guia fornece parte dos dadosnecessários para a projeção dos tipos de embalagens a seremadotados e pode indicar os documentos que exigem intervenção ime-diata devido ao seu mau estado de conservação.

A maior vantagem dessa estratégia é a possibilidade de garan-tir a consulta do conjunto completo do acervo antes de sua cataloga-ção unitária, etapa mais complexa e demorada.

O Inventário

Muitas vezes, notamos que as fotografias consideradas “histó-ricas” (as mais antigas, aquelas que foram selecionadas como ima-gens “fundadoras” da instituição, etc.) recebem um tratamento docu-mental primoroso, enquanto que as imagens produzidas ao longo dasatividades da própria instituição ficam esquecidas no fundo de gave-tas ou em caixas do “arquivo morto”. Essas fotografias, no entanto,fazem parte de uma categoria documental peculiar. Elas são docu-mentos de arquivo.

Arquivo é um “conjunto de documentos que, independentementeda natureza ou do suporte, são reunidos por acumulação ao longo dasatividades de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas”.4

Nessa forma de reunião de documentos (por “acumulação”), afotografia deve estar situada de modo a espelhar o seu contexto deprodução através de um arranjo documental. O arranjo é feito a partirda estrutura e das funções que deram origem aos documentos. Sejade uma instituição, seja de uma personalidade, as fotografias podem

4 Segundo verbete do Dicionário de terminologia arquivística. São Paulo: Associa-ção dos Arquivistas Brasileiros - Núcleo Regional de São Paulo / Secretaria deEstado da Cultura, 1996.

• descrição do documento ou do conjunto(no caso de coleções muito extensas);• fonte e data da aquisição (nome do deten-tor ou do responsável pelo recolhimento dodocumento, se esse for o caso);• caracterização física dos suportes;• estado de conservação;• histórico do documento;• interesse para a instituição;• avaliação (em reais e em dólares, preferen-cialmente).

O levantamento dos dados de contexto do documento doado(histórico, proveniência, identificação mínima do conteúdo e suadatação) muitas vezes depende da coleta de depoimentos. O dese-jável é que essas informações, ainda que sumárias, constem já dolaudo acima descrito, ou seja, quando da entrada do documento nainstituição. Posteriomente, o histórico pode ser enriquecido com de-poimentos mais detalhados. Quando se tratar de documentação járecolhida e para a qual não tenha sido levantado esse tipo de infor-mação, tal tarefa passa a constituir uma etapa importante do projetode organização.

A coleta de depoimentos implica conhecer, ainda que minima-mente, as técnicas de história oral. Se o depoente autorizar a grava-ção, isso significa a geração de um outro documento, que deveráreceber tratamento classificatório e remissivo ao objeto principal aoqual se refere, além de acondicionamento adequado.

De um modo geral, a relação doador-coletor não apresenta pro-blemas. O doador, na maioria das vezes, sente-se valorizado ao per-ceber que sua doação gera interesse e está sendo tratada com serie-dade. É bom prever alguns dias para essa atividade, pois não é reco-mendável tentar esgotar a coleta em uma única entrevista, que, além

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A identificação do documento fotográfico aglutina aquelas ca-racterísticas mais imediatas para o seu reconhecimento: denomina-ção, legenda, autoria(s), data, agente, título, número de série, etc.

Em um acervo que concentra mais de um tipo de suporte docu-mental, é muito útil abrir a ficha catalográfica com um campo que per-mita discriminar, com agilidade, fotografias, gravuras, desenhos, pin-turas, impressos, etc. Quando se trata da “fotografia”, primeiro termodo campo denominação, um segundo termo conjugado a ele podeser aplicado: por exemplo, fotografia/cartão postal, fotografia/cartede visite, fotografia/álbum, fotografia/negativo, etc. Esse campo daficha registra uma forma usual e direta de denominar o documentode natureza iconográfica, associando um tipo de técnica (fotografia)a um tipo de formato ou suporte (cartão de visita, gabinete, cartãopostal, álbum).

Não poucas vezes, a fotografia traz uma legenda que nomeia omotivo fotografado (nomes de ruas, personagens, expedições, ele-mentos naturais como rios, montanhas, praias, ou mesmo panorâmi-cas). Se a imagem não apresenta nenhuma identificação e, aodocumentalista, é possível reconhecer um ou alguns de seus motivos,ele deve inserir essa informação de modo que fique claro que se tratade uma atribuição.5

Outro campo fundamental para a identificação imediata da peçafotográfica é a autoria, que deve ser indicada sempre da mesma for-ma (por ex. sobrenome, nome). O campo autoria pode ser desdobra-do em outros como nome artístico (o nome do fotógrafo tal como seapresenta na peça fotográfica em questão, podendo conter, portanto,abreviaturas, marcas com iniciais ou pseudônimos) e agente (nomedo estúdio).6

5 É muito importante que, ao consultar uma ficha catalográfica, possamos comfacilidade distinguir os tipos de informações, isto é, aquelas coletadas a partir doobjeto ou de seu possuidor original daquelas atribuídas ao documento ao longo desua vida institucional. Essa distinção está ligada aos diferentes graus de confiabilidadedas informações.

receber um tratamento documental. O produto da classificaçãoarquivística é o inventário, um instrumento de pesquisa mais detalha-do que o guia.

O inventário pressupõe uma pesquisa prévia que está na baseda definição dos níveis de classificação dos documentos no quadrode arranjo __ do grupo, a unidade máxima de descrição, até a série, aunidade mínima de descrição. Os documentos fotográficos podemconstituir séries inseridas em grupos ou subgrupos que reúnem tam-bém documentos textuais. Isso não implica acondicionamento físicoconjunto, como já assinalamos.

O Catálogo

O catálogo é um instrumento de pesquisa que apresenta informa-ções específicas sobre cada unidade, missão ou seqüência fotográfica.Por se tratar de uma forma organizada e sistemática de coleta e reuniãode informações, todo catálogo deve ser precedido por um conjunto deprocedimentos que define os objetivos, o universo a ser documentado, aficha e todas as suas normas de preenchimento. Hoje, com ainformatização, impõe-se a necessidade de prever formas seguras deback-up, revisão, consulta e alimentação do catálogo.

Estabelecidas as condutas gerais, o preenchimento do catálo-go compreende várias etapas, já que a ficha catalográfica pode serentendida também como uma ficha de “pesquisa documental” da ins-tituição. Como muitas vezes não é possível empreender uma pesqui-sa exaustiva no momento da entrada “oficial” do documento na insti-tuição, a primeira etapa consiste no preenchimento de seus dadossumários, permitindo a identificação (dados coletados para o laudotécnico acima referido). Se for de interesse, a ficha catalográfica po-derá sofrer acréscimos ao longo de sua vida institucional.

Pensando em uma ficha catalográfica abrangente, certas cate-gorias de informações são imprescindíveis: dados de identificaçãodo documento e de sua produção, dados técnicos relativos ao supor-te, dados administrativos referentes à patrimoniação do documento,e, por fim, dados relativos à produção e à difusão do conhecimentoenvolvendo o documento em questão.

6 No caso do Museu Paulista, onde a ficha iconográfica contempla todo tipo dedocumentação iconográfica, o campo agente é mais flexível. Com o nome de refe-

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ou fundo de arquivo a que pertence e a localização física da imagem(sala, arquivo, gaveta, prateleira, pasta, etc.).

O registro tem características semelhantes à situação, já queaglutina também procedimentos relativos à vida administrativa da peçafotográfica. Apesar de se tratar de formas de controle, não se esperaque os dados desse campo sejam acionados com tanta freqüênciacomo aqueles presentes no campo situação. Aqui podem ser agru-pados o número de registro de patrimônio, os números anteriores(aqueles já desativados, mas que eventualmente podem ser neces-sários), o número de processo, o número de documentos como ter-mo de doação, laudo técnico, etc. Além disso, o registro indica emseus campos a forma de entrada do documento (doação, compra,comodato, depósito, recolhimento), a fonte (pessoa física ou jurídicade quem se adquiriu a fotografia), a data (data de entrada na institui-ção), o valor (valor de aquisição e valor avaliado), os termos de aqui-sição (pode haver alguma cláusula de restrição no ato de doação) enome do avaliador e/ou coletor.

Os dados técnicos constituem outra categoria fundamental.Aqui são reunidas as características físicas e de produção materialdo documento. Informações como cor, dimensão, material, técnica einscrições fornecem um meio imediato de reconhecimento do docu-mento e são importantes para aspectos práticos das atividades decuradoria, como cálculos de embalagem, armários, suportes e vitri-nas de exposição, vistorias e diagnósticos do estado de conserva-ção, etc.

Relacionados às características da peça fotográfica estão osdados de conservação. No entanto, essa classe de informações nosrelata a situação física atual do documento em questão. Dados bási-cos como estado de conservação (partes faltantes, manchas,esmaecimento da imagem, objetos aderidos à superfície, etc.), inter-venções sofridas (tipo de higienização e de reestruturação) e reco-mendações (interdições, restrições de uso e manuseio, etc.) podemser referidas sumariamente caso haja uma ficha específica para con-servação e restauração.

O campo histórico deve reunir as informações sobre a trajetóriada fotografia até o momento de sua institucionalização. Esses dados

Toda coleta sistemática de informações pressupõe algum nívelde padronização, ou seja, a mesma informação não deve ser registradade forma diferente. Os nomes próprios, as datas, os números, aseqüência de descritores devem ser registrados sempre segundo asnormas de preenchimento previamente estabelecidas. Essa conduta éparticularmente importante no que se refere a ambientes informatizados,já que um nome escrito de forma diferente pode simplesmente não serencontrado pelo comando de busca. Assim, como no caso do campoautoria, a data deve ser grafada sempre da mesma maneira (por exem-plo, ano.mês.dia). Essa data diz respeito ao dia, mês e ano de produ-ção ou circulação da fotografia. Muitas vezes não contamos com es-sas informações, mas podemos obtê-las de forma aproximada atra-vés da data manuscrita no verso da imagem, acompanhando uma de-dicatória ou mesmo através de imagens semelhantes, com data e que,por ventura, se encontrem juntas (no mesmo pacote de doação, porexemplo) com aquela cuja data não conhecemos. Nesse caso tambémdevemos ter o cuidado de indicar a atribuição. As atribuições podemser aproximadas, indicando o século, parte dele, décadas ou interva-los temporais.

A série diz respeito a tipos específicos de reproduçãoiconográfica. O cartão postal, por exemplo, pode apresentar título desérie (série Brasil ou Monumentos ou São Paulo, etc.) e número. Oregistro dessas informações é muito importante para a identificaçãoprecisa do cartão postal, já que a mesma imagem pode constar deséries diferentes, em período diverso e, algumas vezes, com peque-nas alterações de cores ou de tonalidades.

Na categoria de dados administrativos, temos um conjunto deinformações que dizem respeito à situação física da fotografia. Aqui,ela é uma unidade documental que integra um conjunto mais amplode imagens que, por sua vez, ocupa um lugar físico no arquivo. A si-tuação apresenta a forma básica de controle e de coerência do acer-vo fotográfico: indica o número de registro da peça, o nome da coleção

rência/agente, esse campo pode conter desde informações bibliográficas (quandose tratar de um álbum) até indicação de seus produtores (produção gráfica, estúdiofotográfico), incluindo endereços.

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Imagem 20

podem ser coletados no ato da doação ou compra, constando, por-tanto, do laudo técnico. Havendo possibilidade, é interessante coletardepoimentos com antigos proprietários, formando-se assim uma do-cumentação de apoio àquela fotográfica. O histórico traz o nome e osdados que estiverem disponíveis sobre os antigos proprietários, ti-pos de uso que sofreu o documento, identificação de conteúdo (per-sonagens, logradouros, etc). Dados genéricos sobre a história da fo-tografia não devem ser mencionados, já que esse campo contemplaa particularidade da peça fotográfica em questão.

A circulação é um campo semelhante ao histórico e nos infor-ma sobre a vida da peça fotográfica após a sua entrada na instituiçãode guarda. Aqui pode estar indicado todo tipo de uso como participa-ção em exposições, catálogos, inventários, obras de referência, te-ses, artigos, livros, CD-Rom, vídeos, filmes, matérias jornalísticas, etc.Esse campo espelha a notoriedade e a versatilidade nas formas deexploração científica e cultural do documento.

Como já vimos, o acervo fotográfico muitas vezes convive comdocumentos de outra natureza. Portanto, é interessante que a fichacatalográfica permita articular a fotografia àqueles documentos quelhe são correlatos e que, por razões de conservação, encontram-sealocados em outras reservas técnicas, por exemplo, objetos e docu-mentos textuais que pertenceram ao mesmo doador, fitas coletadascom depoimentos, coleções com documentos da mesma natureza,etc. Um campo específico para outras referências no acervo pos-sibilita àquele que consulta o catálogo uma visão mais ampla e inte-grada dos temas que pretende levantar.

Tradicionalmente, a ficha catalográfica apresentava uma descri-ção textual da fotografia. No entanto, a sua forma narrativa sempre difi-cultou a definição de níveis padronizados de descrição, resultando emtextos pouco equilibrados no seu conjunto. Por outro lado, a confecçãode um texto sempre demanda um tempo que é precioso quando setrata de cobrir a catalogação de um número grande de imagens. A des-crição pode ser substituída, com vantagens, por descritores. Osdescritores identificam os motivos da imagem e formam um vocabulá-rio controlado. Cada motivo, estando indexado, pode servir como op-ção de acesso à imagem. Assim, não se trata de substituir a imagempor uma outra linguagem, no caso a textual, mas de multiplicar as pos-

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sibilidades de acesso a ela. Em algumas instituições, além dosdescritores, o campo descrição é preenchido com um texto resumidodo conteúdo visual na forma de uma legenda, que pode ser acionadarapidamente na elaboração de produtos culturais.

Não são raras as vezes em que recorremos a livros, teses, arti-gos e catálogos ou mesmo a documentos da própria coleção comocartas, diários e artigos de jornal para preencher de forma convenien-te uma ficha catalográfica. Essas fontes nos ajudam a identificar umaimagem, atribuir uma legenda, recuperar o nome completo de um fo-tógrafo, só para citar alguns exemplos. Para que os dados levanta-dos tenham confiabilidade e possam ser checados, caso haja qual-quer dúvida, essas fontes devem estar citadas na ficha catalográfica,em um campo específico para esse fim, a bibliografia. Não se tratade reunir uma bibliografia genérica sobre a fotografia, mas dereferenciar os livros e/ou documentos que auxiliaram o preenchimen-to da ficha catalográfica.

No momento da catalogação, podem surgir informações impor-tantes que não foram contempladas por nenhum campo da ficha. Nes-se caso, utiliza-se um campo versátil denominado observações,destinado para esse fim, ou seja, para aquilo que não foi previsto eque não é recorrente.

Finalmente, a catalogação é um trabalho de equipe, por isso,seus autores devem ser devidamente identificados, para que sejapossível visualizar o crescimento da pesquisa ao longo da trajetóriado documento na instituição. Assim, toda ficha deve trazer o campocompilação, que reúne os nomes daqueles que acrescentaram oucorrigiram informações na ficha catalográfica e as respectivas datasdessas alterações.

Com relação à imagem 20, exemplo de informaçõesque podem integrar o catálogo fotográfico:

Registro: 20133Denominação: fotografia/negativo flexívelLegenda: Autoridades em visita ao trecho concluído da ferroviaAutoria: Merril, Dana B.Data: 1909-1910Material/Técnica: Acetato. Emulsão gelatina bromuro.Coleção: Dana MerrillHistórico: Os negativos (estimam-se 2.000 unidades) foram trazidospara São Paulo por Rodolfo Kesselring, engenheiro alemão que traba-lhou na construção da ferrovia Madeira Mamoré. Em 1956, as imagensforam entregues pelo filho de Kesselring ao repórter fotográfico Ari André,que, por sua vez, as encaminhou ao jornalista Manoel RodriguesFerreira, ambos do Jornal A Gazeta.Circulação: A imagem foi divulgada nas seguintes publicações:FERREIRA, Manoel Rodrigues. A Ferrovia do Diabo: História de umaestrada de ferro na Amazônia. São Paulo: Melhoramentos / Secretariade Estado da Cultura, 1981. / KAARSBERG, Christian. DjaevelensJernbanee: Ein Rejse I Amazonas Historie. Copenhagen: Gyldendal,1995. (capa). / Museu da Imagem e do Som. Estrada de Ferro Madei-ra-Mamoré. São Paulo: MIS, 1993. Catálogo de Exposição.Referências no Acervo: Depoimento em fita K-7 de Manoel RodriguesFerreira.Descritores: Paisagem viária, vista parcial, diurna, floresta amazônica,via férrea, trem, grupo de homens, trabalhador, vagão-plataforma, Por-to Velho: RO.Compilador/data: Regina Teles, 29/04/1999.

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O Catálogo Informatizado

Imagem 22

Imagem 21

Com relação à imagem 21, exemplo de informaçõesque podem integrar o catálogo fotográfico:

Registro:13 675Denominação: fotografia.Legenda: Santos Dumont.Autoria: Sarracino, Giovanni.Data: década de 1900.Referência/Agente: Giovanni Sarracino - São Paulo.Material/Técnica: Papel. Emulsão gelatina bromuro.Coleção: Santos Dumont.Histórico: Em 1935, Arnaldo e Jorge Dumont Villares, herdeiros de San-tos Dumont, juntamente com seu cunhado Ricardo Severo, doaram aoMuseu Paulista um conjunto de 1.670 documentos tridimensionais,iconográficos e textuais que pertenceram ao inventor ou foram produzidosem sua homenagem. Em 1936, sob a gestão de Affonso de EscragnoleTaunay, foi inaugurada no Museu a sala “Santos Dumont”, cujas obras eexecução estiveram a cargo e a expensas da família. Ressalte-se que aconfecção do mobiliário expositivo foi feita sob medida no Liceu de Artes eOfícios de São Paulo.Circulação: reproduzido na sala Santos Dumont (exposição de longa du-ração) do Museu Paulista da USP, década de 1970.Referências no Acervo: Ver Coleção Santos Dumont no catálogo doServiço de Objetos e Coleção Textual (Arq. 8).Descritores: retrato, estúdio, homem, meio-corpo, Dumont (Alberto Santos).Compilador/data: Solange Lima, 20/06/1993.

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O Catálogo Informatizado

O uso da informática no processamento de grandes massasdocumentais tem se mostrado vantajoso em vários aspectos. O maisevidente é a racionalização do trabalho. Usando a ficha catalográficainformatizada como matriz de informações, é possível gerar uma sé-rie de subprodutos que manualmente exigiriam uma confecção à par-te, individualizada.

Dependendo dos recursos do programa de banco de dados aser adotado, é possível criar arquivos “paralelos” (complementaresou de apoio) ao cadastro principal de referência ao acervo. Essesarquivos, ao mesmo tempo que podem ser considerados subprodutosda catalogação, funcionam como um meio de evitar sobrecarga deinformação na ficha principal. Os arquivos paralelos podem cobrir abiografia e a produção dos fotógrafos indicados na autoria, detalharas técnicas fotográficas referidas no campo de dados técnicos, indi-car bibliografia especializada, enfim, aprofundar as informações pre-sentes no cadastro principal.

Outro subproduto possível é o livro de tombo. Esse livro de con-trole da entrada do documento no seu espaço de guarda (seção, setor,serviço, reserva técnica, arquivo, etc.), antes preenchido de formamanuscrita com os dados sumários da peça documental, pode sertransformado em um tipo específico de relatório a partir da base dedados informatizados. Essa mesma base servirá para outros instru-mentos de pesquisa, como: diagnósticos de conservação,quantificações temáticas ou tipológicas e levantamento para exposi-ções e publicações, que podem ser formulados a partir da base úni-ca de dados.

Além da economia de tempo, espaço e papel, o catálogoinformatizado queima etapas de reprodução. No processamento ma-nual, a reprodução fotográfica do documento gerava um negativo epelo menos uma cópia em papel para a ficha catalográfica.Atualmente, com o uso de scanners, é possível fazer a digitalizaçãoda imagem na ficha catalográfica diretamente do negativo ou cromo,não sendo mais necessária a ampliação em papel. Os fichários deconsulta também são substituídos pela consulta direta ao catálogo.Além do uso de descritores, todos os campos da ficha podem ser objeto

Com relação à imagem 22, exemplo de informaçõesque podem integrar o catálogo fotográfico:

Registro: 272Denominação: fotografia/negativo de vidroLegenda: Sala da maquete “São Paulo em 1848”. Museu Paulista.Autoria: Henrique BakkenistData: década de 1920Material/Técnica: Vidro. Emulsão gelatina bromuro.Fundo: Museu PaulistaGrupo: Direção e AdministraçãoSubgrupo: Patrimônio e AlmoxarifadoSérie: Fotografias do edifício do Museu Paulista e adjacênciasHistórico: A documentação fotográfica das salas de exposição e do acer-vo fazia parte da atividade de rotina do museu e era feita e processada nolaboratório pelo fotógrafo da instituição.Referências no Acervo: Maquete em exposição. Sala A -15.Descritores: vista interna, Museu Paulista, maquete “São Paulo em 1848”,sala de exposição, homem.Compilador/data: Vânia Carvalho, 05/09/1994.

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Como forma de chamar a atenção sobre a ampliação dirigidado acervo, a instituição pode organizar exposições e palestras sobreo tema, bem como divulgar as atividades de curadoria e pesquisaatravés de matérias informativas em jornais e revistas especializadas.Tais recursos funcionam como plataforma para o estabelecimento decontatos preliminares com pessoas e instituições da área de interesse.

Campanhas de amplo espectro, veiculadas na mídia impressae eletrônica, podem ser organizadas segundo faixas cronológicas.Nesses casos, os resultados podem surpreender pelo volume dedoações. Por essa razão, é importante prever equipe e espaço ade-quados para o recebimento e triagem do material. Em hipótese algu-ma, a reserva técnica deve ser utilizada para a guarda de materialrecém-doado, pois a documentação pode estar contaminada poragentes biológicos (traças, cupins, brocas), colocando em risco oacervo existente. Esse procedimento, aliás, deve ser adotado em to-dos os casos de novas aquisições. Em local apropriado, longe dareserva técnica, a documentação recém-chegada precisa passar poruma limpeza mecânica, momento em que se procede à avaliação doseu estado de conservação.

Conclusão

Apesar de ser um campo relativamente recente no Brasil, a orga-nização física e documental de acervos fotográficos já mobiliza, hoje,um número significativo de profissionais. A preocupação com os pro-cedimentos mais adequados para a conservação e catalogação defotografias têm gerado encontros, seminários e mesmo trocas infor-mais de experiências, que acontecem em visitas técnicas a institui-ções públicas e privadas. Nesse processo, merece menção especialo trabalho que o Centro de Conservação e Preservação Fotográfica(Funarte), com sede na cidade do Rio de Janeiro, realiza há mais dequinze anos. Além de assessoramento técnico a instituições, o Cen-tro promove cursos de treinamento, oficinas e palestras, de modo aatualizar o conhecimento na área.

Em São Paulo, nos últimos anos, a Associação Brasileira deEncadernação e Restauro (ABER) vem oferecendo o “Curso de Pre-servação e Conservação de Material Fotográfico”. Merece aindamenção a recente criação da Faculdade de Fotografia, vinculada ao

de indexação, permitindo consultas bastante pontuais eespecializadas em poucos segundos.

No entanto, se o uso de computadores apresenta tantas vanta-gens e uma economia de recursos a longo prazo, todos sabem tam-bém que o custo inicial é mais alto, pois é nessa fase que se concen-tram a compra de equipamentos, a escolha e o desenho do progra-ma de catalogação. O aperfeiçoamento e o bom desempenho do pro-grama exigem o acompanhamento de um analista de sistema sensí-vel aos problemas da área.

É sabido também que todo sistema informatizado está sujeito adefeitos que podem danificar o arquivo, tendo-se como conseqüênciaa perda de todas as informações coletadas. Desse modo, torna-seimprescindível a implementação de um sistema seguro de back-up,que deve ser acionado sempre que o catálogo for alimentado, comchecagem periódica e armazenamento de seus suportes (fitas, cd’sou disquetes) em local diferente do acervo. Por motivos de seguran-ça, recomenda-se que seja mantida uma cópia em papel da últimaversão do catálogo.

Política de Expansão de Acervo

No caso de ampliações do acervo fotográfico, é importante quea instituição processe as novas doações e aquisições com critériosjá definidos de organização documental e física. É, portanto, uma eta-pa que deve suceder aquelas descritas anteriormente.

A política de ampliação de acervos pode ser encaminhada atra-vés de campanhas dirigidas ou amplas. No primeiro caso, enqua-dram-se as campanhas voltadas para a cobertura de segmentos muitoespecíficos e que podem ser mapeados através mesmo da pesquisade campo por pesquisadores e documentalistas. Exemplificando, sehá o interesse da instituição em recuperar exclusivamente a memóriafotográfica da atividade educativa e escolar de sua cidade, uma pes-quisa prévia relativa aos estabelecimentos de educação mais anti-gos e o contato com professores aposentados ou associações deex-alunos fornecem elementos preciosos para a montagem das es-tratégias de coleta.

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O Que Usar e Onde ComprarMATERIAL PARA TRATAMENTO E CONSERVAÇÃO

Material de Consumo

• Materiais usados na conservação fotográfica: papéis paraentrefolhamento, papéis para confecção de passe-partout e pastassuspensas com varões plásticos, jaquetas de poliéster para fotografi-as, embalagens para negativos de vidro e flexíveis e caixas:

ARCHIVES – Sérgio Burgi Serviços Especializados em Fotografia e Microfilmagem Rua Russel, 344Loja A / bloco A - Glória Rio de Janeiro – RJ CEP: 22210-010 tel/fax: 55(21) 2556-2700

DRITTER Comércio de Papéis Ltda. Avenida Paris, 381-A Bonsucesso Rio de Janeiro – RJ CEP: 21041-020 tel: 55(21) 2590-5640

2573-8070 fax: ramal 214www.dritter.com.br

IRACI SANTOSDesign em papelRua Adriano Taunay, 98Ipiranga - São Paulo - SPCEP: 04213-010Tel: 55(11) 6163-7550

CASA DO ARTISTA (Visitex)Av. Brigadeiro Faria Lima, 850Pinheiros - São Paulo – SPCEP:05426-000telefax: 55(11) 3258-6711e-mail: [email protected]@visitex.com.br

(Matriz)Rua Major Sertório, 453Centro - CEP 01222-001

Centro de Comunicações e Artes do SENAC-Lapa, cujos dirigentesestão empenhados na implantação de cursos voltados para o trata-mento físico e documental de fotografias.

Esse movimento é extremamente salutar e aponta para umaconscientização cada vez maior das necessidades que a preserva-ção de documentos fotográficos impõe. Nesse sentido, este manualnão objetivou esgotar um tema de tal amplitude e complexidade, massim iniciar uma série de questões básicas pertinentes à curadoria decoleções de fotografias.

COMO FAZER 4 - COMO TRATAR COLEÇÕES DE FOTOGRAFIAS

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CARTONAGEM JOPAMMILLENIUM Ind. e Com.Ltda.Av. Otávio Malta, 359Anil/JacarepaguáRio de Janeiro – RJCEP: 22765-270tel: 55(21) 2436- [email protected]@bol.com.br

CASA CRUZRua Ramalho Ortigão, 26/28Largo de São FranciscoRio de Janeiro - RJCEP: 20051-050telefax: 55(21) [email protected]

METIERAvenida Chibarás, 521/525Moema - São Paulo – SPCEP: 04076-002tel/fax: 55(11) [email protected]

OPHICINA Rua Barão do Bananal, 947 Pompéia - São Paulo – SP tel:55(11) 3871-045055(11) 3864-3761

PAPELARIA UNIVERSITÁRIARua Maria Antônia, 263Santa Cecília - São Paulo – SPCEP: 01222-010tel: 55(11) 3257-0904www.pu.com.br

SÓ PAPÉISRua Oliveira Melo, 178Cambuci - São Paulo – SPCEP: 01528-000tel: 55(11) 3209-0070fax: 55(11) 6169-9063

MICA ROLL Indústria eComércio Ltda.Rua Barão de Resende, 434Ipiranga - São Paulo – SPCEP: 04210-050tel: 55(11) 274-8835, 274-8729fax: 55(11) [email protected]

GALPÃO CULTURALRua Cel. José Eusébio, 95Casa 134Consolação - São Paulo – SPCEP: 01239-030tel: 55(11) 3258-3640fax: 55(11) [email protected]

WORLD PAPERRua Delmiro Braga, 49Vila Madalena – São Paulo – SPCEP: 05432-020tel/fax: 55(11) 3815-5622 [email protected]

VIP PAPER’SAl. dos Aicás, 1303Moema – São Paulo – SPCEP: 04086-003tel/fax: 55(11) 5561-3426 [email protected]

• Instrumentos ópticos (lentes de aumento com e/ou sem iluminação,lupas, microscópios), lápis para checagem de pH, medidor deumidade, estiletes e lâminas, lápis com grafite tipo macio, pinças,espátulas, pincéis e trinchas, adesivos neutros tipo cola PVA emetilcelulose, cantoneiras de poliéster e/ou papel neutro, fitasadesivas neutras de papel, tecido e poliéster, papéis japoneses,pó de borracha, réguas de aço, tecidos tipo linho, caneta nanquime caneta para transparência, luvas:

CASA FRETIN Com. e Ind.Pça. Antonio Prado, 13Centro - São Paulo – SPCEP: 01010-010tel: 55(11) 232-7156www.casafretin.com.br

FilialAl. dos Arapanés, 1100tel: 55(11) 5093-1657

-1330

CASA DO RESTAURADORRua Nhu-Guaçu, 105Campo Belo - São Paulo – SPCEP: 04625-000telefax: 55(11) 5561-3128

5093-8119www.casadorestaurador.com.brinfo@casadorestaurador.com.br

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FÁBRICA DE LUVAS EVARua dos Italianos, 999Bom Retiro - São Paulo – SPCEP: 01131-000tel: 55(11) 221-6291/[email protected]

• Instrumental para laboratório de conservação e produtos químicos:

ANIDROLPraça Paul Harris, 204Vila Conceição - Diadema – SPCEP: 09991-200tel: 55(11) [email protected]

CASA AMERICANAde Artigos para LaboratóriosRua Jaguaribe, 421Santa Cecília - São Paulo – SPCEP: 01224-001tel: 55(11) 221-8955fax: 55(11) [email protected]

• Materiais fotográficos: papéis fotográficos, porta-negativos, porta-slides,molduras para slides, tintas para retoque fotográfico, lupas etc.:

CROMUROAvenida Horácio Lafer, 225Itaim Bibi - São Paulo – SPCEP: 04538-081tel/fax: 55(11) [email protected]

REKODALIRua Treze de Maio, 1552São Paulo - SPCEP: 01327-001tel: 55(11) [email protected]

• Laboratórios com processamento para conservação:

IMÁGICAS LaboratórioFotográficoRua Silvio Sacramento, 201Pinheiros - São Paulo – SPCEP: 05410-020tel: 55 (11) [email protected]

LAB DA VILARua Fidalga, 711Vila Madalena - São Paulo - SPCEP: 01327-001tel: (11)3815-4047 / [email protected]

DI CONSTAN COMERCIALRua Cel. Melo de Oliveira, 797São Paulo – SPCEP: 05011-040tel/fax: 55(11) [email protected]

CASA BEM-TE-VIRua dos Chamés, 531Moema - São Paulo – SPCEP: 04087-032tel: 55(11) [email protected]

HENKEL LTDAAv. das Nações Unidas, 109891º andar - Vila OlímpiaSão Paulo – SPCEP: 04578-000tel: 55 (11) 3848-2300fax: 55 (11) 3848-2313

PAPARAZZIAv. Pedroso de Moraes, 99Pinheiros - São Paulo - SPCEP: 05419-000tel/fax: 55(11) [email protected]

LABORATÓRIO BETE SAVIOLIRua Paraupeba, 83Pinheiros - São Paulo – SPCEP: 05429-020tel: 55 (11) [email protected]

SÍLVIO PINHATTI LaboratórioFotográficoRua Joaquim Antunes, 509Pinheiros - São Paulo – SPCEP: 05415-011tel: 55 (11) 3083-2276

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• Equipamentos de laboratório:

COLORKITAv. Imperatriz Leopoldina, 1268Jaguaré - São Paulo – SPCEP: 05305-002tel:55(11) [email protected]

VIDY Fabricação delaboratóriosRod. Régis Bittencourt, 3360km. 272,5 - Vila IasiTaboão da Serra – SPCEP: 06793-000tel: 55(11) [email protected]

• Encadernação:

ABER- Associação Brasileira de Encadernação e Restauro Rua Machado de Assis, 222 Cj.02 - Vila Mariana São Paulo – SP CEP: 04106-000 tel: 55(11) 5081-3899/3898fax: 55(11) 5579-6200 [email protected]

FRED LANER. Dona Antônia de Queiroz, 508Consolação -São Paulo – SPCEP: 01307-010tel: 55(11) 3256-5343

SAN Encadernações,papel e arteRua França Pinto, 183Vila Mariana - São Paulo – SPCEP: 04016-031tel: 55(11) 5539-2423

LS – LIBRARY SERVICESConservação de Acervos deBibliotecas e Arquivos LtdaRua Batista do Carmo, 61Aclimação - São Paulo – SPCEP: 01535-020tel: 55(11) 3272-8915tel/fax: 55(11) [email protected]

LUCY LUCCASEncadernação e RestauraçãoRua Itatins, 87São Paulo - SPCEP: 01533-030tel/fax: 55(11) 3253-0388e-mail: [email protected]

• Fornecedores de materiais para conservação de papéis emateriais fotográficos nos EUA:

CONSERVATIONRESOURCES INT Inc8000-H Forbes PlaceSpringfield, VA - 22151 tel:1(703) 321-77 30 fax:1(703) 321-06 29

LIGHT IMPRESSIONS439 Monroe AvenueRochester, NY - 14603-0940tel:1(716) 271-80 60fax: 1(716) 442-73 18www.lightimpressionsdirect.com

TALAS568 BroadwayNew York, NY - 10012tel:1(212) 219-0770fax:1(212) 219-0735

UNIVERSITY PRODUCTS Inc.517 Main Street P.O. Box 101 -Holyoke, MA 01041 - 0101tel:1(413) 532-94 31fax:1(413) 532-92 81

METAL EDGE, INC.6340 Bandini Blvd.Commerce, CA 90040tel: 1 (323) 721-7900www.metaledgeinc.com

COMO FAZER 4 - COMO TRATAR COLEÇÕES DE FOTOGRAFIAS

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faxMaterial PermanenteMaterial Permanente

• Ar condicionado e desumidificador para controle da umidade rela-tiva do ar ambiente:

ARSECRua Cardeal Arcoverde, 1413Pinheiros - São Paulo – SPCEP: 05407-002tel: 55(11) 3032-2092fax: [email protected]

• Aparelhos para monitoramento ambiental: termo-higrômetro, termo-higrógrafo e psicrômetro:

IMPAC Comercial eTecnologia Ltda.Rua Murtinho Nobre, 17Butantã - São Paulo – SPCEP: 05502-050tel: 55(11) 3816-0371fax: 55(11) [email protected]

• Mobiliário de aço: arquivos, estandes, mapotecas, etc.:

ACECO - Produtos paraescritório e informática LtdaRua Alexandre Dumas, 2.2003º and. - Chácara Sto. Antônio

INCOTERM Indústria determômetros Ltda.Rua Gandavo, 456Vila Mariana - São Paulo – SPCEP: 04023-001tel: 55(11) 5574-5757fax: 55(11) [email protected]

FARGON Engenharia eIndústria Ltda.Rua Guaratiba, 181Santo Amaro - São Paulo – SPCEP: 04776-060tel: 55(11) 5523-7211fax: 55(11) [email protected]

CAVIGLIA - Sistemasde ArquivamentoRua Zike Tuma, 1.100Jardim Ubirajara - São Paulo – SP

tel: 55(11) 5612-3044fax: 55(11) 5611-6275CEP: [email protected]

São Paulo – SPCEP: 04717-910tel: 55(11) 5181-8199fax: 55(11) [email protected]

ZAGROS - SistemasRacionais LtdaRua Natingui, 1030Pinheiros - São Paulo - SPCEP: 05443-001tel: 55(11) 3813-8211fax: 55(11) [email protected]

TELOS S.A. Equipamentose SistemasRua Sumidouro, 169 /175Pinheiros - São Paulo - SPCEP: 05428-070tel: 55 (11) 3815-3866fax: 55 (11) [email protected]@[email protected]ção: Os fornecedores indicados acima são sugestões ofereci-das (e não exigidas) para o tratamento de acervos fotográficos.

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Onde VisitarINSTITUIÇÕES E WEBSITES

As instituições abaixo, relacionadas à guisa de sugestão, des-tacam-se pela importância de seu acervo fotográfico, pela presençade catálogos informatizados, pela excelência na conservação foto-gráfica e pelas atividades de formação na área.

ABRACOR – Associação Brasileira de Conservadores – Res-tauradores de Bens Culturais (RJ)Sediada atualmente na Casa de Rui BarbosaRua São Clemente, 134 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJCEP 22260-000tel: 55(21) 2262-2591 / [email protected]

Arquivo do Estado de São Paulo – Setor Iconográfico (SP)Rua Voluntários da Pátria, 596 - Santana - São Paulo – SPCEP: 02010-000tel: 55(11) 6221-4785/1924/2306 ramal 228fax: 55(11) 6221-4785 ramal 216www.arquivodoestado.sp.gov.br

Associação Brasileira de Encadernação e Restauro-ABER (SP)Rua Machado de Assis, 222 Cj.02 - Vila Mariana - São Paulo – SPCEP: 04106-000tel: 55(11) 5081-3898/5081-3899/5571-2892fax: 55(11) [email protected]

Banco de Dados de São Paulo - Folha de S. Paulo (SP)Alameda Barão de Limeira, 425 - 5º andar - Campos ElíseosSão Paulo – SP CEP: 01290-900tel: 55(11) 224-3985, 224-3917fax: 55(11) [email protected]

Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da Universidade de SãoPaulo (FAU)Rua do Lago, 876 - Cidade Universitária/Butantã - São Paulo - SPCEP: 05508-900tel: 55(11) 3091-4518 / [email protected]

Biblioteca Nacional - Divisão de Iconografia (RJ)Avenida Rio Branco, 219 - Centro - Rio de Janeiro - RJCEP: 22040-008tel: 55(21) 2262-8255 ramal 313 / 223fax: 55(21) [email protected]

CECOR – Escola de Belas Artes / Universidade Federal de Mi-nas Gerais – (BH/MG)Fórum eletrônico para profissionais ibero-americanostel: 55(31) 499-5375/5377conserv@dedalus.1cc.ufmg.brcecor.eba.ufmg.brcoremans.eba.ufmg.br

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Centro de Documentação e de Estudos de História BrasileiraRodrigo Mello Franco de Andrade (Cehibra) / Fundação JoaquimNabuco (PE)Rua Dois Irmãos, 92 - Apipucos - Recife – PE - CEP: 52071-440tel: 55(81) 3441-5900 / 3441-5281fax: 55(81) [email protected]

Centro de Preservação e Conservação de FotografiaFunarte (RJ)*

Rua Monte Alegre, 255 - Santa Teresa - Rio de Janeiro-RJCEP: 20240-190tel: 55(21) 2507-7436 / [email protected]

Departamento do Patrimônio Histórico de São Paulo - Divisãode Iconografia e Museus – Seção de Arquivo de Negativos (SP)Rua Roberto Simonsen, 136 (Solar da Marquesa)Centro - São Paulo – SPCEP: 01017-020tel: 55(11) 3241-4238 / [email protected]

Fundação Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo (SP)Rua Lavapés, 463 - Cambuci - São Paulo - SP - CEP: 01519-000tel: 55 (11) [email protected]

Instituto Itaú Cultural – Centro de Documentação e Referência (SP)Avenida Paulista, 149 - São Paulo – SP - CEP: 01311-000tel: 55(11) 3268-1700 ramal [email protected]

Instituto Moreira Salles (SP)Rua Piauí, 844 - 1º andar - Higienópolis - São Paulo – SPCEP:01241-000tel: 55(11) [email protected] Rio de JaneiroRua Marquês de São Vicente, 476 - GáveaCEP: 22451-040tel: 55(21) 3284-7400www.ims.com.br

Museu Paulista da Universidade de São Paulo (SP)Parque da Independência s/n. - Ipiranga - São Paulo - SPCEP: 04218-970tel: 55(11) 6165-8007fax: 55(11) 6165-8050/[email protected]

SENAC – Centro de Comunicações e Artes – Faculdadede Fotografia (SP)Rua Scipião, 67 - Lapa - São Paulo – SPCEP: 05047-060tel: 55(11) [email protected]* Nesse Centro podem ser obtidas informações sobre outras instituições de interes-

se, localizadas não apenas no Rio de Janeiro, mas também nas demais cidades doBrasil.

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