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PROFESSORA LETICIA CALDERARO Dedicado ao DIREITO PROCESSUAL CIVIL e 'otras cositas más'! Início Turmas Bibliografia Decisões Arquivos Vídeos Avisos Sobre Contato Sobre o blog Aqui são postados resumos, artigos, notícias, atualizações legislativas e jurisprudenciais e exercícios para fixação dos temas relacionados à disciplina Direito Processual Civil. O blog também é ferramenta de comunicação com meus muitos alunos, sendo possível a obtenção do plano de ensino, bibliografia sugerida para estudo, datas de avaliações e avisos em geral. De vez em quando, especialmente nos recessos, são postados textos sobre temas diversos que estimulem a reflexão e senso crítico. Sugiro a visita permanente. Salve em seus favoritos, indique o blog a seus amigos. Faça comentários. A idéia é compartilhar o conhecimento e transformar o ambiente à nossa volta!

Comode fazer uma resenha critica

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PROFESSORA LETICIA CALDERARO Dedicado ao DIREITO PROCESSUAL CIVIL e 'otras cositas más'!

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Sobre o blogAqui são postados resumos, artigos, notícias, atualizações legislativas e jurisprudenciais e exercícios para fixação dos temas relacionados à disciplina Direito Processual Civil.

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Bons estudos sempre!

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"A concepção de justo, na teoria de Kant, vincula-se à liberdade. Tem-se por justa a ação, quando a mesma não ofende a liberdade do outro, segundo as leis universais. Considera injusta a ação que viola a liberdade de uma pessoa. Kant assinala que a moral exige, de cada um, que adote suas ações em conformidade com o Direito. Significa que a pessoa é a legisladora de sua liberdade segundo a existência de uma lei universal do direito. Mencionada lei universal tem o seguinte enunciado: “ age, exteriormente, de modo que o livre uso de teu arbítrio possa se conciliar com a liberdade de todos, segundo uma lei universal.” Trata-se de lei teórica criada pela razão pura.

KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura.

"Medo, venalidade, paixão partidária, respeito pessoal, subserviência, espírito conservador, interpretação restritiva, razão de estado, interesse supremo, como quer te chames, prevaricação judiciária, não escaparás ao ferrete de Pilatos! O bom ladrão salvou-se. Mas não há salvação para o juiz covarde."

Rui Barbosa

Hans Kelsen"O direito, enquanto conjunto de normas, pertence ao reino do dever-ser, mas o estudo do direito, enquanto orientado pela teoria pura, deve ser estudado como ele é, e não como deve ser." Teoria Pura do Direito

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HABERMASA justiça, para Habermas, é eminentemente procedimental, uma vez que ela decorre da aplicação de normas pelos tribunais que sejam resultado de uma deliberação pública, que ocorre antes mesmo dos representantes do povo serem eleitos, num procedimento gradual de discussões e deliberações. Num Judiciário Brasileiro onde agora predominam as súmulas vinculantes, para um pensador como Habermas tais documentos jamais prosperariam num ambiente democrático, uma vez que as decisões ficariam presas a um único órgão que se revestiria do poder de conter toda a verdade, e não sujeito a uma ampla discussão democrática que resultaria em normas. Sobre isso, e para entender as concepções de Habermas acerca do papel do Judiciário, cabe a leitura do interessante livro do professor da PUC/MG, Álvaro de Souza Cruz: Habermas e o direito brasileiro (Lumen Juris Editora). Por Fernando Silva Alves, disponível em http://conexoesinevitaveis.blogspot.com/

WEBERMax Weber identifica três bases do Direito: costumes, carisma e lei. Dentro da regularidade da conduta social podemos descobrir usos e costumes. Os usos quando gozam de muita eficácia tornam-se costumes. A dedicação ao líder e a confiança nele, pelas suas qualidades, garantiram e solidificaram-lhe a autoridade. A crença na autoridade de normas estabelecidas de modo racional criou condições para a cristalização do poder e a garantia de obediência. O direito não é espontâneo, mas construído pelos juristas. A fundamentação e a sistematização do direito, para Weber, está na formação do jurista e na orientação do pensamento jurídico.

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JJ. RosseauO contrato social A proposta política de Rousseau afirma como valores fundamentais a igualdade e a liberdade. Como para ele não existe liberdade sem igualdade, as leis que se fundam num contexto de desigualdade só servem para a manutenção da injustiça: “Sob os maus governos a igualdade é ilusória e aparente, e não serve senão para manter o pobre na miséria e o rico na usurpação”

F. Pessoa"Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo." Álvaro de Campos, Tabacaria.

Os olhos abertos de Themis, a Deusa da JustiçaDamásio de Jesus [1]

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Themis, a deusa grega da Justiça[2], filha de Urano e Gaia, sem venda, era representada portando uma balança na mão direita e uma cornucópia na esquerda. Símbolo da ordem e do Direito divino, costumava-se invocá-la nos juramentos perante os magistrados. Por isso, consideravam-na a Deusa da Justiça.A venda foi invenção dos artistas alemães do século XVI, que, por ironia, retiraram-lhe a visão[3]. A faixa cobrindo-lhe os olhos significava imparcialidade: ela não via diferença entre as partes em litígio, fossem ricos ou pobres, poderosos ou humildes, grandes ou pequenos. Suas decisões, justas e prudentes, não eram fundamentadas na personalidade, nas qualidades ou no poder das pessoas, mas na sabedoria das leis.Hoje, mantida ainda a venda, pretende-se conferir à estátua de Themis a imagem de uma Justiça que, cega, concede a cada um o que é seu sem conhecer o litigante. Imparcial, não distingue o sábio do analfabeto; o detentor do poder do desamparado; o forte do fraco; o maltrapilho do abastado. A todos, aplica o reto Direito.Mas não é essa a Justiça que eu vejo. Vivo perante uma Justiça que ouve falar de injustiças, mas, por ser cega, não as vê; que, sufocada pelo excesso da demanda, demora para resolver coisas grandes e pequenas, condenando-se pela sua própria limitação. Uma Justiça que, pobre[4] e debilitada pela falta de recursos, não tem condições materiais de atualizar-se. Uma Justiça que quer julgar, mas não pode.Essa não é a minha Justiça[5].Minha Justiça não é cega. É uma Lady[6] de olhos abertos, ágil, acessível, altiva, democrática e efetiva. Tirando-lhe a venda, eu a liberto para que possa ver.Por não ser necessário ser cego para fazer justiça, minha Justiça enxerga e, com olhos bons e despertos, é justa, prudente e imparcial. Ela vê a impunidade, a pobreza, o choro, o sofrimento, a tortura, os gritos de dor e a desesperança dos necessitados que lhe batem à porta. E conhece, com seus olhos espertos, de onde partem os gritos e as lamúrias, o lugar das injustiças, onde mora o desespero. Mas não só vê e conhece. Age.A minha, é uma Justiça que reclama, chora, grita e sofre.Uma Justiça que se emociona. E de seus olhos vertem lágrimas. Não por ser cega, mas pela angústia de não poder ser mais justa.

[1] O autor, em comemoração ao Dia da Justiça, 8 de dezembro, introduziu no Complexo Jurídico Damásio de Jesus (São Paulo), em cerimônia realizada no dia 7 de dezembro de 2001, uma nova estátua de Themis, sem venda.[2] Justitia, entre os romanos.[3] Algumas criações apresentam Themis sem a venda, porém cega.[4] Como disse o Ministro Paulo Costa Leite, Presidente do Superior Tribunal de Justiça, “o Judiciário, no curso da história, sempre se viu a braços com as mais graves dificuldades financeiras, desprovido, em conseqüência, de uma estrutura capaz de atender satisfatoriamente às exigências de seus jurisdicionados” (MARTINS, Ives Gandra; NALINI, José Renato (coords.). Judiciário: situação atual e perspectivas de mudanças. Dimensões do Direito Contemporâneo: Estudos em homenagem a Geraldo de Camargo Vidigal. São Paulo: IOB, 2001. p. 47).[5] O magistrado Fernando A. V. Damasceno, da Justiça Federal, mantém em sua sala uma estátua da Justiça, sem venda. No discurso de sua posse na Presidência do Tribunal Regional do Trabalho da 10.ª Região, ele disse: “Em minha sala de trabalho, inspira-me uma singular estátua da Justiça, sem venda. Maravilho-me ao admirá-la, pois não posso admitir uma justiça, como tradicionalmente se a representa, marcada pelo cruel estigma da cegueira. Em nossa luta pelo Direito, devemos arrancar esta venda e, inspirados na beleza de seus olhos, praticar uma justiça verdadeiramente social, aplicada

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equanimemente por uma sociedade que a respeita”.[6] Os americanos a chamam de Lady Justice, Senhora Justiça (Lady Justice thanks and summary, nov. 2001.

JESUS, Damásio de. Os olhos abertos de Themis, a deusa da Justiça. São Paulo: Complexo Jurídico Damásio de Jesus, dez. 2001. Disponível em: <http://www.damasio.com.br/ />.

COMO FAZER UMA RESENHA CRÍTICA ?

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Letícia Calderaro 55 comments

Resenha Crítica é a apresentação do conteúdo

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de uma obra, acompanhada de uma avaliação crítica. Expõe-se claramente e com certos detalhes o

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conteúdo da obra para posteriormente desenvolver uma apreciação crítica do conteúdo.

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A resenha crítica consiste na leitura, resumo e comentário crítico de um livro ou texto.

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Para a elaboração do comentário crítico, utilizam-se opiniões de diversos autores da

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comunidade científica em relação as defendidas pelo autor e se estabelece todo tipo de comparação

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com os enfoques, métodos de investigação e formas de exposição de outros autores.Resenha

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crítica é uma descrição minuciosa que compreende certo número de fatos: é a apresentação do conteúdo

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de uma obra. Consiste na leitura, resumo, na crítica e na formulação de um conceito de valor do

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livro feitos pelo resenhista.A resenha crítica, em geral é elaborada por um cientista

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que, além do conhecimento sobre o assunto, tem capacidade de juízo crítico. Também pode ser realizada

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por estudantes; nesse caso, como um exercício de compreensão e crítica.A finalidade

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de uma resenha é informar o leitor, de maneira objetiva e cortês, sobre o assunto

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tratado no livro ou artigo, evidenciando a contribuição do autor: novas abordagens,

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novos conhecimentos, novas teorias. A resenha visa, portanto, a apresentar uma síntese

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das idéias fundamentais da obra.O resenhista deve resumir o assunto e apontar as falhas e os

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erros de informação encontrados, sem entrar em muitos pormenores e, ao mesmo tempo, tecer

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elogios aos méritos da obra, desde que sinceros e ponderados.Entretanto, mesmo que o resenhista

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tenha competência na matéria, isso não lhe dá o direito de fazer juízo de valor ou deturpar o

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pensamento do autor.

Estrutura da Resenha –

1. Referência Bibliográfica

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Autor(es)Título (subtítulo)Imprensa (local da edição, editora, data)

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2. Credenciais do Autor

Informações gerais sobre o autorQuando? Por

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quê? Onde?

3. Conhecimento

Resumo detalhado das idéias

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principaisDe que trata a obra? O que diz?Possui alguma característica especial?Exige

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conhecimentos prévios para entende-lo?

4. a) Julgamento da obra:

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Como se situa o autor em relação:- às escolas ou correntes doutrinárias?

b) Mérito da

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obra:

Qual a contribuição dada?

c) Estilo:

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Conciso, objetivo, simples? Claro, preciso, coerente?Linguagem correta? Ou o contrário?

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d) Forma:

Lógica, sistematizada?

CONCEITO:

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Lakatos e Marconi (1996, p. 90) afirmam que:

Resenha é uma descrição minuciosa que

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compreende certo número de fatos. Resenha crítica é a apresentação do conteúdo de uma obra.

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Consiste na leitura, no resumo, na crítica e na formulação de um conceito de valor do texto feito

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pelo resenhista.