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Comportamento e detalhamento
de estruturas de edifícios em
alvenaria
Eng. Dr. Joel Araújo do Nascimento Neto
Professor Associado do Departamento de Engenharia Civil e
do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil / UFRN
Sócio da PROGESCON – Projeto, Gestão e Consultoria em
Engenharia Ltda
Desenvolvimento da palestra:
Comportamento de edifícios para o caso de
carregamento vertical
Comportamento de edifícios para o caso de força
horizontal
Interação entre paredes de alvenaria e estruturas
de suporte
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
Comportamento de edifícios para o
caso de carregamento vertical
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
Comportamento sob carregamento vertical
Modelo de cálculo: paredes isoladas
Eng. Joel Nascimento
- Distribuição interna na parede;
- Não há transmissão de carga
entre paredes.
4
Comportamento sob carregamento vertical
- Distribuição interna na parede
- Há transmissão de carga entre
paredes
- Uniformização no pavimento
pode ser parcial ou total:
depende da extensão do grupo
- Uniformização ao longo da altura
do edifício
Modelo de cálculo: grupo de paredes com interação
5 Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob carregamento vertical
- Ocorrência de forças de
interação
- Ligação eficiente entre as
paredes
- Necessidade de verificação da
ligação
Modelo de cálculo: grupo de paredes com interação
6 Eng. Joel Nascimento
• Amarração entre paredes estruturais
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob carregamento vertical Modelo de cálculo: grupo de paredes com interação
Amarração direta com os blocos: mais eficiente
Junta grampeada: eficiência ainda não comprovada,
necessidade de comprovação experimental
Influência direta no dimensionamento
7
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob carregamento vertical
Prescrições da NBR 15961-1
8
- Ganho na produtividade;
- Redução na eficiência de prisma: prescrita na NBR 15961-1;
- Avaliação bastante criteriosa: necessidade de reforço com graute
ou aumento na resistência do prisma.
Argamassamento total ou parcial das juntas horizontais
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob carregamento vertical
9
Previsão de redução na resistência
da alvenaria (NBR 15961-1. )
Preenchimento ou não
dos septos tranversais
Prescrição da NBR 15961-1: reduzir
em 20% a resistência da alvenaria
com argamassamento total
Eng. Joel Nascimento
NBR 15961 Alvenaria Estrutural – Blocos de
Concreto. Parte 1: projeto
Execução da junta horizontal
10
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob carregamento vertical
Argamassamento total ou parcial das juntas horizontais
- Condição de argamassamento total (na parede)
- Condição de argamassamento parcial (na parede)
11
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob carregamento vertical
- Prescrição da NBR 15961-1
Argamassamento total ou parcial das juntas horizontais
12
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob carregamento vertical
Argamassamento total ou parcial das juntas horizontais
Edifício com 12 pavimentos 13
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob carregamento vertical
Argamassamento total ou parcial das juntas horizontais
14
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob carregamento vertical
Argamassamento total ou parcial das juntas horizontais
- Regra básica:
15
Comportamento de edifícios para o
caso de força horizontal
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
• Modelos possíveis para a análise
- Paredes isoladas: razoável para edifícios baixos;
- Paredes acopladas por lintéis: imprescindível
para edifícios altos;
- Consideração de flanges é importante.
• Modelo de paredes acopladas:
- Esforços nos lintéis devem ser avaliados
criteriosamente: armaduras normalmente não são
equivalentes às de simples vergas;
Painéis de contraventamento
Eng. Joel Nascimento
- Necessidade de estribos verticais;
- Algumas situações: possibilidade do lintel
ser executado em concreto armado.
Comportamento sob força horizontal
17
• Modelo alternativo
-Trechos de alvenaria (piers) acoplados
por elementos de elevadíssima rigidez;
- Seção única descontando-se as
aberturas;
- Não há necessidade de avaliar os
esforços no “lintel” de alta rigidez;
- Acréscimo substancial de rigidez para
os pier mais distantes do CG;
- Aplicação duvidosa para os edifícios
executados no Brasil.
Painéis de contraventamento
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob força horizontal
18
Painéis de contraventamento
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob força horizontal
Exemplo de lintéis em
edifícios residenciais no Brasil
19
Painéis de contraventamento
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob força horizontal
Exemplo de lintéis em
edifícios residenciais no Brasil
20
Painéis de contraventamento
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob força horizontal
Prescrição da NBR 15961-1: painéis de contraventamento
21
Impactos da consideração do vento
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob força horizontal
Edifício com 20 pavimentos
X
Y
22
Impactos da consideração do vento
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob força horizontal
Painéis de contraventamento acoplados por lintel
associado a abertura de porta
23
Painel de contraventamento isolado
Impactos da consideração do vento
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob força horizontal
Par 41 24
Par 32
Impactos da consideração do vento
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob força horizontal
25
- Dimensionamento à compressão simples:
- Dimensionamento à flexo-compressão:
Resultados com o modelo de painéis acoplados
por lintéis – Par32 no 1º Piso
Impactos da consideração do vento
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob força horizontal
26
- Dimensionamento à compressão simples:
- Dimensionamento à flexo-compressão:
Resultados com o modelo de painéis acoplados
por lintéis – Par41 (Trecho C) no 1º Piso
Impactos da consideração do vento
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob força horizontal
27
- Dimensionamento à compressão simples:
- Dimensionamento à flexo-compressão:
Resultados com o modelo de painéis acoplados
por lintéis – Par32 no 5º Piso
Impactos da consideração do vento
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob força horizontal
28
- Dimensionamento à compressão simples:
- Dimensionamento à flexo-compressão:
Resultados com o modelo de painéis acoplados
por lintéis – Par41 (Trecho C) no 5º Piso
Impactos da consideração do vento
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob força horizontal
29
-1º e 2º Pisos:
Par32 → detalhamento com f 20 mm
Par41 → detalhamento com f 20 mm
Dimensionamento para os vários pavimentos
-3º e 4º Pisos:
Par32 → detalhamento com f 16 mm e f 12,5 mm
Par41 → detalhamento com f 16 mm
-5º e 6º Pisos:
Par32 → detalhamento com f 10 mm
Par41 → detalhamento com f 12,5 mm e f 10 mm
- Até 9º Piso (edifício 12 pav): necessário armar à tração
Impactos da consideração do vento
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob força horizontal
30
Ensaios realizados na EESC-USP
1as fissuras visíveis: 49% Frup
3a
4a
5a
6a
2a
Fissuração na laje:
ocorrência de seção
composta
Impactos da consideração do vento
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob força horizontal
Edifício com 20 pavimentos 31
Impactos da consideração do vento
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob força horizontal
32
- Dimensionamento à flexão:
- Dimensionamento ao cisalhamento:
Resultados com o modelo de painéis acoplados
por lintéis – Par41 Lintel porta no 1º Piso
Consideração
de seção T
Impactos da consideração do vento
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob força horizontal
33
Esforços nos lintéis ao
longo da altura do edifício
Impactos da consideração do vento
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob força horizontal
34
Par41: detalhamento dos lintéis porta
Lintel ≠ Verga e/ou contraverga
PISO As,pos As,neg As,w
1o → 2o 2f12,5 2f16 + 1f12,5 f8/furo (2 ramos)
3o → 8o 2f16 + 2f12,5 4f16 f10/furo (2 ramos)
. . . .
. . . .
. . . .
17o → 18o 2f12,5 2f12,5 f8/furo (2 ramos)
19o → 20o 2f10 2f10 f8/furo (2 ramos)
Índices de consumo de materiais de alvenaria
Eng. Joel Nascimento
Comportamento sob força horizontal
35
Aço Graute Aço esp.
(kg/m2) (m3/m2) (kg/m2) (cm)
1o 7,0 0,074 5,8 10
7o 3,5 0,058
16o 2,4 0,050
Média: 4,3 0,061
Alvenaria estrutural com 20 pavimentos
Laje TipoAlvenaria
PISOAço Graute Aço esp.
(kg/m2) (m3/m2) (kg/m2) (cm)
1o 3,0 0,036 5,2 10
5o 2,3 0,030
10o 1,9 0,023
Média: 2,4 0,030
Alvenaria estrutural com 12 pavimentos
Alvenaria Laje Tipo
PISO
Interação entre paredes de alvenaria
e estruturas de suporte em concreto
armado
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
Interação alvenaria x estrutura de suporte
• Efeitos na viga de transição
- Reduções consideráveis na intensidade do momento fletor;
- Surgimento de força de tração;
- Muito cuidado com cisalhamento.
Eng. Joel Nascimento
• Efeitos na alvenaria
- Concentração de tensões de compressão
vertical;
- Surgimento de tensões de tração na base
das paredes e nos cantos das aberturas;
- Ocorrência de elevadas intensidades de
tensões de cisalhamento na junta horizontal:
avaliar necessidade de estribos horizontais.
37
Aspectos básicos sobre a interação
Interação alvenaria x estrutura de suporte
Eng. Joel Nascimento 38
Modelagem de um painel sem abertura
Efeitos na viga de transição
Aspectos básicos sobre a interação
Interação alvenaria x estrutura de suporte
Eng. Joel Nascimento 39
Modelagem de um painel sem abertura
Efeitos na alvenaria estrutural
Aspectos básicos sobre a interação
Interação alvenaria x estrutura de suporte
Eng. Joel Nascimento 40
Prescrições da NBR 15961-1
Aspectos básicos sobre a interação
Interação alvenaria x estrutura de suporte
Eng. Joel Nascimento 41
- Necessidade de modelar conjuntamente as paredes e a
estrutura de transição;
- Modelos em Elementos Finitos: custo computacional
elevado e de tratamento difícil dos resultados obtidos.
• Dificuldades para considerar a interação na prática de
projetos:
- Modelos simplificados: limitados aos casos de paredes
sem abertura ou abertura centrada sobre vigas biapoiadas;
Modelos de cálculo consistentes
Interação alvenaria x estrutura de suporte
Eng. Joel Nascimento 42
Modelos de cálculo consistentes
Novo modelo para aplicação em projetos usuais
Modelo para o conjunto parede
de alvenaria e transição em
concreto armado
Vigas contínuas Aberturas
quaisquer
Interação alvenaria x estrutura de suporte
Eng. Joel Nascimento 43
Novo modelo para aplicação em projetos usuais
Aspecto
tridimensional do
comportamento
Interação alvenaria x estrutura de suporte
Eng. Joel Nascimento 44
Novo modelo para aplicação em projetos usuais
• Modelo consistente
- Características próprias
para as vinculações e os
materiais;
- Incorpora efeitos
importantes: aberturas das
paredes; vãos contínuos e
apoios das vigas;
Modelo desenvolvido na PROGESCON –
Projeto, Gestão e Consultoria em Engenharia Ltda
- Permite avaliar de forma segura e eficiente os esforços nas
vigas e as concentrações de tensão na alvenaria.
Edifício com
20 pavimentos
Eng. Joel Nascimento
Interação alvenaria x estrutura de suporte
45
Aplicação em projeto de edifício
Eng. Joel Nascimento
Interação alvenaria x estrutura de suporte
46
Aplicação em projeto de edifício
Modelo sem
interação
Modelo com
interação
Eng. Joel Nascimento
Interação alvenaria x estrutura de suporte
47
Modelo com interação
Modelo sem interação Momentos fletores (tf.m)
Mmáx. = 136 tf.m
Aplicação em projeto de edifício - vigas
Eng. Joel Nascimento
Interação alvenaria x estrutura de suporte
48
Modelo sem interação
Modelo com interação
Forças cortantes (tf)
Aplicação em projeto de edifício - vigas
Eng. Joel Nascimento
Interação alvenaria x estrutura de suporte
49
Forças normais (tf)
Modelo com interação
Aplicação em projeto de edifício - vigas
Eng. Joel Nascimento
Interação alvenaria x estrutura de suporte
50
Detalhamento final –
Modelo sem interação
5 f 20
6 f 16
f 6,3c/10
f 10c/10
f 8c/10
Peso = 205 kg
Aplicação em projeto de edifício - vigas
Eng. Joel Nascimento
Interação alvenaria x estrutura de suporte
51
Aplicação em projeto de edifício - vigas
Detalhamento final –
Modelo com interação
4 f 16
4f 20
f 6,3c/12,5
f 5c/15
f 10c/20
4 f 12,5
Peso = 160 kg (D=-22%)
Eng. Joel Nascimento
Interação alvenaria x estrutura de suporte
52
Aplicação em projeto de edifício - alvenarias
Concentração das
cargas verticais
próximo aos apoios e
redução no vão da viga
Eng. Joel Nascimento
Interação alvenaria x estrutura de suporte
53
Aplicação em projeto de edifício - alvenarias
Tensões normais para o
carregamento vertical:
Tensões normais para a
combinação com o vento:
D=+87%
D=+25%
Eng. Joel Nascimento
Interação alvenaria x estrutura de suporte
54
Aplicação em projeto de edifício - alvenarias
Tensões normais para o
carregamento vertical:
Tensões normais para a
combinação com o vento:
D=+100%
D=+48%
Eng. Joel Nascimento
Interação alvenaria x estrutura de suporte
55
Transição para edifício com 20 pavimentos
Elemento Índice Unidade
Pilares 20,3 kg/m2
Vigas 51,8 kg/m2
Lajes 8,4 kg/m2
Total: 80,6 kg/m2
Concreto: 0,42 m3/m2
Formas: 3,5 m2/m2
Apav = 291,65 m2
Transição sem interação
Elemento Índice Unidade
Pilares 20,6 kg/m2
Vigas 30,2 kg/m2
Lajes 8,5 kg/m2
Total: 59,4 kg/m2
Concreto: 0,36 m3/m2
Formas: 3,0 m2/m2
Apav = 291,65 m2
Transição com interação
Eng. Joel Nascimento
Interação alvenaria x estrutura de suporte
56
Transição para edifício com 12 pavimentos
Elemento Índice Unidade
Pilares 8,8 kg/m2
Vigas 30,6 kg/m2
Lajes 8,2 kg/m2
Total: 47,6 kg/m2
Concreto: 0,28 m3/m2
Formas: 2,6 m2/m2
Apav = 537,12 m2
Transição sem interação
Elemento Índice Unidade
Pilares 8,1 kg/m2
Vigas 22,2 kg/m2
Lajes 8,1 kg/m2
Total: 38,5 kg/m2
Concreto: 0,24 m3/m2
Formas: 2,2 m2/m2
Apav = 537,12 m2
Transição com interação
Eng. Joel Nascimento
Interação alvenaria x estrutura de suporte
57
Aplicação em projeto de edifício - alvenarias
Dimensões das vigas → Definidas pelas
verificações da alvenaria estrutural
• Aspectos a serem avaliados no projeto ao se considerar a interação
alvenaria x estrutura de suporte
- Concentração de tensões normais verticais e de cisalhamento
horizontal na base das paredes;
- Tensões normais de tração: trecho intermediário de paredes
sem abertura, extremidades de aberturas de porta e abaixo das
contravergas;
- Forças de tração axial e cortante nas vigas;
- Muito importante considerar a ação do vento.
Potencial da alvenaria estrutural
EXCALIBUR HOTEL:
- 28 pavimentos;
- Las Vegas: região com
ocorrência de sismos;
- Blocos com espessura
de 30 cm no térreo;
- Concluído em 1989.
Eng. Joel Nascimento
Agradeço à Bloco Brasil pelo convite e
ao público pela atenção dispensada!! 58