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COMSELHA UM RITUAL MACROCÓSMICO ENOCHIANO 1 COMSELHA UM RITUAL MACROCÓSMICO ENOCHIANO Benjamin Rowe ©1995 Tradução: Fr. Goya (Anderson Rosa) © 2004

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COMSELHA UM RITUAL MACROCÓSMICO ENOCHIANO

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COMSELHA

UM RITUAL MACROCÓSMICO ENOCHIANO

Benjamin Rowe ©1995

Tradução: Fr. Goya (Anderson Rosa) © 2004

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COMSELHA UM RITUAL MACROCÓSMICO ENOCHIANO

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Por:Benjamin Rowe ©1995 Tradução: Fr. Goya (Anderson Rosa) © 2004

A finalidade deste exercício ritualístico é invocar o poder transcendental da deidade Enochiana, transforma-la sucessivamente por meio de todos poderes macrocóscimos que se encontram nas Tabelas Elementais e organiza-los de forma equilibrada. Ao mesmo tempo, esses poderes estão condicionados de tal maneira que expressam uma visão particular da criação da qual são parte. Como passo final, estas forças são dirigidas de modo que energizam o próprio Mago. Os registros mágicos sobre os resultados da primeira vez em que esses exercícios foram utilizados estão disponíveis separadamente.

Recebi várias queixas acerca dos rituais que publiquei recentemente. Alguns se queixam de que são demasiado elaborados, outros que são demasiado simples, e alguns questionam se podem realmente de ser qualificados de rituais mágicos no sentido tradicional. As queixas por excesso de elaboração derivam do fato de que é impossível realizar uma parte significativa do trabalho em uma única sessão. Isto é perfeitamente correto e foi feito deliberadamente. Minha experiência é que as recompensas outorgadas ao mago pelos “anjos” do sistema Enochiano estão precisamente quantificadas em relação ao cuidado e ao esforço que este colocou em seu trabalho. Os trabalhos que foram planejados, ensaiados e levados à prática ao longo de um período de semanas ou de meses têm muito mais probabilidades de produzir iniciações significativas que os esforços de uma única sessão, não importa quão numerosos sejam. O presente trabalho foi delineado para ser realizado em etapas, esperando que a realização de cada uma delas se mantenha até que o poder invocado se materialize suficientemente no templo do mago antes que este passe a fase seguinte. Deve esperar-se que a recompensa estará em proporção com o esforço envolvido. As queixas pela simplicidade excessiva derivam da falta de verborréia pomposa que é típico de se encontrar em rituais formais e da escassez de indicações no tocante a símbolos, implementos e outro material, que ajudaria a inflamar a imaginação do mago. Há um sentimento decidido de desnudar as descrições. Isto quiçá é expressão de meu próprio caráter como mago; acredito que as pompas complicadas e cerimônias mais que realizar o trabalho me dispersam. Tenho completa fé que sua imaginação e intuição proverá a todo magista dos realces que sejam apropriados a seu próprio caráter e estilo, de modo que não vejo a necessidade de proporcionar-lhe mais que um esquema mínimo imprescindível para realizar com êxito o trabalho.

As diferenças entre estes rituais e outras formas mais tradicionais derivam da natureza mesma da magia Enochiana. Na maioria dos sistemas, a principal dificuldade esteja em produzir o fluxo de poder desejado. A maior porção dos rituais é dedicada simplesmente a lograr que o poder se manifeste. Uma vez que apareça, dirigi-lo até a meta desejada é relativamente simples.

Ao contrário, as Chamadas Angélicas e Nomes provém de um instrumento com o que inclusive um mago principiante possa facilmente convocar um forte fluxo de força. Mas as forças envolvidas são muito mais ambíguas que em outros sistemas. Cada uma parece ter várias naturezas diferentes, dependendo do nível e orientação desde o

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que são contempladas; em potência, suas manifestações parecem ser infinitas. De acordo com isso, o trabalho principal de um ritual consistirá em focaliza-las, dirigi-las e condiciona-las, através do uso da imaginação, de modo que se manifestem de forma clara e manejável. O presente trabalho se ajusta a esta necessidade. Adicionalmente, o padrão específico utilizado faz deste trabalho algo semelhante a uma linha de trabalho inversa, indo como se diz de cima para baixo, ao invés de ser debaixo para cima. E como Frater Azoth já assinalou, há semelhanças com os trabalhos mandálicos e visualizações nos chácras utilizados no Budismo Tibetano. São certamente muito similares em propósito, ainda que a semelhança na forma não tenha sido intencional. O LUGAR DO TRABALHO

Pode ser realizado indistintamente num lugar de trabalho físico ou astral. O mago pode achar que é preferível uma localização astral em lugar da dimensão de um círculo mágico e também porque o lugar não pode ser utilizado para nenhum outro fim enquanto o trabalho está em curso. O círculo mágico consiste realmente em quatro círculos concêntricos de proporções relativas específicas. As “unidades” referidas aqui podem ser de qualquer tamanho, sempre que o círculo interno seja suficientemente amplo para manter-se de pé ou sentado em seu interior confortavelmente. O círculo interior tem um raio de quatro unidades. O círculo seguinte tem um raio de onde unidades, o que deixa uma faixa de sete unidades ao redor do círculo interno. O terceiro círculo tem um raio de 12 unidades, formando uma faixa de uma unidade em torno do segundo. O círculo exterior tem um raio de 13 unidades, formando outra faixa de uma unidade de espessura. Os quatro círculos estão divididos em quartos por linhas que partem do centro da circunferência nas direções cardeais. Cada quarto do segundo círculo é logo dividido em seis partes de 15 graus de raio. Cada quarto do círculo externo é dividido em três partes de 30 graus cada.

O círculo interno deve ser colorido de alguma cor neutra obscura, como cinza escuro. Cada quarto dos círculos exteriores deve ser colorido segundo a cor elemental da escala do Rei do elemento correspondente, assim:

QUADRANTE ELEMENTO COR

Noroeste Ar Amarelo pálido brilhante

Nordeste Água Azul escuro

Sudeste Fogo Laranja avermelhado vivo

Sudoeste Terra Negro aveludado quente

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O segundo círculo deve ter uma cor neutra clara, por exemplo um branco levemente acinzentado.

Como variante, cada setor deste círculo pode estar delineado numa cor elemental do quadrante e preenchido numa das cores planetárias, seguindo um dos esquemas descritos mais adiante. Mas esta alternativa possa resultar demasiado complicado para um trabalho no astral.

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SIMBOLISMO DO CÍRCULO

A estrutura deste círculo mágico reflete o conceito medieval dos céus. Nessa cosmologia, os reinos planetários e celeste são contemplados como uma série de círculos concêntricos rodeando a Terra, representando cada círculo em direção ao exterior um “crescente” poder divino. Cada planeta possui um círculo, seguindo sua ordem qabalística. A esfera do zodíaco representa em última instância algo como uma “concha” periférica em torno da criação; mais além dela é o empíreo, o desconhecido, invisível, o reino de Deus. O esquema foi modificado ligeiramente aqui para adequar-se às verdadeiras naturezas dos poderes Enochiano envolvidos. Recomenda-se ao mago fazer um diagrama do círculo e familiarizar-se completamente com o significado das diversas partes antes de começar a trabalhar. Procedendo-se assim, a perspectiva do verdadeiro trabalho se torna muito mais simples. Nossa meta nesta obra consiste em tomar o invisível poder do divino, introduzi-lo dentro do reino da criação e faze-lo descender através de uma série de transformações para energizar e consagrar a Terra e a nós mesmos. Assim pois, estaremos trabalhando desde os círculos externos até o centro. Funcionalmente, os três nomes de Deus em cada Tabela atuam recolhendo o poder invisível poder do divino e transformando-o de forma que seja acessível para os poderes inferiores de sua Tabela. Como se atuassem semelhante a uma superfície de contato entre o Empíreo e o reino da criação, numa forma similar à do Zodíaco. A faixa que forma o limite externo de nosso círculo mágico expressa esse princípio. Cada um dos doze Nomes de Deus terá atributos duais. O primeiro, ao qual chamaremos o atributo “externo”, representa a energia que o Nome toma do divino, como a simbolizada por um dos signos zodiacais. (Ver O Círculo Zodiacal). O segundo atributo, “interno”, representa a energia tal como foi transformada pelo Nome numa forma compatível com sua Tabela. Este último atributo também usa os signos do zodíaco, mas em outra forma. A cruz que divide o círculo em quartos, representa os solstícios e equinócios e, ao mesmo tempo, a “Cruz Negra” que reúne as quatro Tabelas Elementais dentro da Grande Tabela. O braço oeste da cruz é o solstício de inverno e o sul o solstício de verão. Os três Nomes da divindade, são atribuídos a cada um dos três setores de cada quarto da faixa exterior do círculo, no sentido dos ponteiros do relógio. Os atributos mais importantes desses nomes são mostrados no quadro que se segue:

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NOMBRE ELEMENTO ESTAÇÃO ATRIBUTO EXTERNO

ATRIBUTO INTERNO

ORO Ar Inverno Piscis Gemini IBAH Aquário Aquário AOZPI Capricornio Libra MPH Água Outono Sagitário Piscis ARSL Escorpio Escorpio GAIOL Libra Câncer OIP Fogo Verão Virgo Sagitário TEAA Leo Leo PDOCE Câncer Áries MOR Terra Primavera Gemini Virgo DIAL Tauro Tauro HCTGA Áries Capricórnio

Assim, em seus atributos exteriores, os Nomes recolhem um ciclo completo das

energias divinas tal como passam para o interior através do zodíaco. Em seus atributos internos, os Nomes levam ao interior o poder de seu elemento, em suas formas alquimicamente mercuriais, salinas e sulfurosas.

A função do Rei Elemental de cada Tabela é tomar o poder passado ao interior

pelos Nomes de Deus, concentrar esse poder, transforma-lo e distribuí-lo aos Seniores, e os poderes dos Ângulos Menores. Nessa obra apenas nos ocuparemos da transformação do poder dentro da Sêxtupla Constelação dos Seniores.

Os Seniores representam poderes planetários, mas numa forma não totalmente compatível com a cosmologia medieval. O sistema medieval, como a Qabalah, contempla os planetas ordenados hierarquicamente, sendo alguns mais divinos que outros. Contrariamente, os seis Seniores em cada tabela são equivalentes em todos os pontos. Nenhum é mais elevado que os demais.

Na presente obra consideraremos a cada um como um poder orientado verticalmente, cada um representando um fluxo de poder colorido pela natureza de um planeta em particular, mas que descende através de todos os círculos planetários do esquema medieval. Cada letra do nome de um Sênior representará seu poder tal como se manifesta num dos ditos círculos. Por exemplo, o “A” de Aczinor será um poder Jupiteriano na esfera de Saturno; o “C” do mesmo nome será um poder Jupiteriano atuando na esfera de Júpiter e assim sucessivamente. Seguindo este esquema, os nomes dos Seniores são atribuídos a cada setor da segunda faixa dentro de nosso círculo mágico. Vão do exterior ao centro, como fazem os poderes dos nomes citados.

O círculo mais interno representa a Terra como o centro da cosmologia medieval. Adicionalmente, este círculo sustenta todos os Ângulos Menores das Tabelas. Existe uma versão mais elaborada do que a estrutura usada aqui, na qual esses poderes dos Ângulos Menores tem também suas próprias esferas rodeando a Terra; mas para os fins dos quais estamos tratando agora, todas as esferas microcósmicas foram agrupadas em uma.

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O Ritual Ações Preparatórias e Finais As ações desta seção devem ser praticadas até que se familiarize completamente com elas e que os sentimentos e atitudes necessários possam ser mantidos sem esforço. Com a prática, devem tornar-se suficientemente fáceis para poderem ser realizadas fluidicamente em poucos minutos. Estas ações devem ser executadas em cada cerimônia, antes de continuar à etapa seguinte.

1 – Usar como vestimenta uma túnica branca simples, sem adornos ou insígneas de nenhuma classe. Uma sobre túnica negra, igualmente simples, devendo ser vestida junto com a túnica branca no início da cerimônia. Esta segunda túnica deve ser feita de forma que se possa tira-la fácil e rapidamente. Deve ser utilizada um bastão branco simples, não consagrada para nenhum outro propósito. Os signos devem ser desenhados com a mão. 2 – Fazer uma purificação e consagração do Templo preliminares, com Fogo, Água e Ar. Para incensar, utilize Olíbano ou algum outro incenso solar1, melhor do qualquer incenso especificamente elementar. NÃO realize nenhum banimento ou invocação; devem ser especificamente evitados os rituais da G:.D:. de pentagrama e hexagrama, assim como qualquer outro ritual que descreva um círculo protetor ao redor do lugar de trabalho. 3 – Coloque-se no centro do círculo e ajoelhe-se ou sente-se confortavelmente voltado na direção do equinócio da primavera. 4 – Imagine que o círculo mais interno é o mundo microcósmico e que a Terra inteira e todos os mundos mágicos puramente elementais estão contidos ali dentro, assim como seu corpo. Sinta que tudo isso vai sendo reunido dentro da esfera e firmemente fixado ali. Dedique todo o tempo que for necessário para chegar a ter um forte sentimento de que isso foi realizado. 5 – Imagine que a túnica negra é uma concha, um corpo mundano externo que oculta a essência fundamentalmente divina de teu ser. Imagine que todas as partes mundanas em você e que qualquer outra coisa que lhe separe do divino é parte dessa concha. Sinta essas coisas modificando a túnica [negra] e fixando-se ali, deixando tão somente a essência divina encerrada na túnica branca, contida em seu interior. Uma vez mais, dedique o tempo que for necessário para chegar a ter um forte sentimento de que isso foi realizado. 6 – Solte a túnica negra de forma que ao ficar de pé, ela caia e seja deixada atrás de si, dentro do círculo interno. 7 – Fique de pé, despojando-se simultaneamente da túnica negra. Enquanto faz isso, sinta que toda sua identidade pessoal é deixada para trás junto com ela. Inclusive os corpos físico e astral que sua consciência habita devem sentir-se como não sendo nada mais que uma projeção, uma ilusão sem substância, ou influência. Tudo o que

1 Benjoim, Alecrim, Camomila, Canela, Carvalho, Cravo, Freixo, Mirra, Patchouli e Visco, também podem ser usados por sua característica solar. (Nota Frater Goya).

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resta é uma divina essência, liberada de sua desenvoltura. Esta essência se expande a si mesma no Deus de Justiça, IAD BALT, que reina sobre o universo Enochiano.

A partir deste ponto do trabalho, todos os atos devem ser realizados como se fossem esse Deus. A região delimitada dentro dos círculos é o reino de sua criação, e pode-se permanecer em pé dentro ou fora dele sem ser de algum modo influenciado por ele. Deve-se fazer um esforço para senti-lo totalmente livre de qualquer condicionante ou limitação do mundo criado. 8 – Todavia olhando para o ponto do equinócio de primavera, inspecione sua criação e examine sua estrutura. No centro, o Mundo e o reino dos elementos. O seguinte até o exterior é o reino dos planetas, circundado pelo reino do Sol. Mais além do sol o que existe no universo manifesto está comprimido no reino do zodíaco. E mais além do zodíaco encontra-se o empíreo, sua verdadeira morada e estado de ser. Um universo numa dimensão mais elevada como que separado do seguinte por uma fina membrana ou nexo de união, nem tanto como uma barreira, senão como por uma área na qual suas mútuas influências se equilibram e se cancelam mutuamente. Medite em sua criação e no que ela consiste tanto tempo quanto desejar. 9 – Ações finais. Após completar estes exercícios preliminares ou (se já passou às etapas posteriores) no final da cerimônia, retorna ao centro do círculo. Retoma a túnica negra e volta a vesti-la. Ao mesmo tempo, reabsorve conscientemente tudo o que havia sido fixado previamente nela. Volta a tomar outra vez sua própria identidade em todos os aspectos. Depois sente-se em silêncio e absorva as forças geradas na cerimônia. Conforme for avançando nas etapas sucessivas poderás notar mudanças significativas na consciência, novas compreensões, revelações, etc. durante este tempo. Use todo o tempo que achar necessário para absorve-las e integrá-las ao interior de seu ser. Finalmente, declare completo o trabalho e retorne a suas atividades mundanas.

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Fase Um

10 – Após o passo 8, caminhe até o exterior dos círculos ao longo da linha do equinócio de primavera. Imagine ao mesmo tempo que está atravessando os reinos de sua criação de volta ao empíreo. 11 – Todavia fora do círculo, gire e caminhe circunvolucionando-o no sentido dos ponteiros do relógio, desenhando no ar uma linha resplandecente sobre a faixa externa segundo caminha. Imagine que fazendo isto você está isolando temporalmente sua criação das dimensões mais elevadas nas quais está imersa, de modo que não haja transferência de informação ou energia entre uma e outra dimensão. 12 – Voltando ao ponto de partida, gire voltando-se ao interior ao longo da linha equinocial. Vibre a Primeira Chamada. Enquanto faz isso, imagine que está causando um acúmulo de energia sem limite do Empíreo e fazendo que essa energia pressione até o interior na linha do limite que você desenhou ao redor dos reinos de sua criação. Vibre a Chamada várias vezes mais, produzindo cada vez um aumento da energia presente e da pressão que ela exerce sobre o limite. Tente criar um estado tão alto de tensão quanto seja capaz, com a energia pressionando irresistivelmente e o limite resistindo sem mover-se.

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Fase Dois 13 – Mova-se no sentido dos ponteiros do relógio até que esteja diante do centro do setor da faixa externa atribuído ao nome ORO. Coloque-se voltado para o centro do círculo e visualize o nome flutuando no ar sobre seu setor, justamente no interior da barreira. 14 – Vibre o nome ORO várias vezes. Simultaneamente desenhe o hexagrama2 de Peixes na face da barreira e desenhe o glifo do signo no interior do hexagrama. Em seguida, desenhe um círculo rodando o hexagrama tocando suas pontas. Enquanto faz isso, imagine que está gravando o círculo na barreira da mesma forma que o varia sobre um cristal com um instrumento cortante. 15- Golpeie vigorosamente o centro do círculo com seu punho ou com o bastão, perfurando a barreira. (O hexagrama permanece suspenso dentro do buraco feito, com suas linhas resplandecendo). Imediatamente retire seu punho, a energia Empírea pressionante na barreira se impele através do hexagrama, através do buraco e preenche completamente o setor ORO da faixa exterior. Após a passagem da energia, o hexagrama toma a cor do signo de peixes e permanece desta cor enquanto preenche a coluna. 16 – Repita os passos de 13 a 15 para os outros setores, no sentido dos ponteiros do relógio ao redor do círculo. Utilize a cor e o hexagrama apropriados para o atributo externo do setor em cada caso. Se for necessário, use algum tempo entre um setor e outro para renovar a pressão da energia no Empíreo.

2 Aqui faremos uma pequena observação, de que o magista, quando utilizar o hexagrama para evocar um signo e não uma força planetária, é sempre recomendado que abaixo (ou antes) do traçado do glifo do signo, se faça o glifo do planeta regente deste signo. E além disso, depois de realizar o Ritual do Hexagrama invocando o planeta e o signo, fazer também o Ritual Maior do Pentagrama, invocando o elemento ativo ou passivo conforme o caso, e o pentagrama com o glifo do signo desejado. (Nota Frater Goya).

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Fase Três

Esta fase pode ser realizada em dias distintos, um quadrante por vez.Se é assim, não repita em sessões consecutivas o trabalho sobre um determinado quadrante: em vez disso, continue nos quadrantes seguintes e repita o ciclo inteiro de quadrantes quantas vezes forem necessárias para conseguir que as energias estejam firmemente estabelecidas. 17 – Caminhe outra vez no sentido dos ponteiros do relógio até chegar frente ao centro do setor ORO da faixa externa. Volte-se para o centro do círculo e visualize o Nome flutuando sobre o centro do setor.

18 – Vibre o nome ORO várias vezes. Desenhe o hexagrama de Gêmeos no espaço entre as faixas exterior e terceira enquanto continua vibrando o nome. Coloque o glifo de Gêmeos dentro do hexagrama. Desenhe o glifo do mercúrio alquímico sobre o hexagrama e o glifo enochiano do Ar sob ele. Desenhe um círculo ao redor do hexagrama, como no passo 14, como se estivesse gravando com um punção o cristal. 19 – Golpeie o círculo com seu punho e crie um buraco. Contemple a força acumulada no setor ORO precipitando-se dentro da terceira faixa, respaldada pela pressão da energia empírea que pressiona até o interior do setor a partir do exterior. Enquanto a energia passa através do hexagrama, sua qualidade Pisciana se transforma em qualidade do Mercúrio do Ar. 20 – Caminhe até o exterior do setor IBAH e repita os passos 17 a 19. Salvo que deverá usar o hexagrama de Aquário, com o glifo alquímico do Sal sobre ele e o glifo Enochiano do Ar abaixo. Contemple como a energia ai sendo transformada em Sal do Ar segundo vai passando através do hexagrama.

21 – Caminhe até o setor AOZPI e repita os passos 17 a 19. Salvo que deverá usar o hexagrama de Libra, com o glifo alquímico do Súlfur sobre ele e o glifo Enochiano do Ar abaixo. Contemple como a energia ai sendo transformada em Súlfur do Ar segundo vai passando através do hexagrama. 22 – Vá até o centro e permaneça em pé no meio do setor da terceira faixa atribuído a BATAIVAH, voltado para o exterior. Vibre BATAIVAH e continue repetindo. Contemple o poder do nome do Rei acumulando para dentro as forças que fluem através dos 3 buracos vindos da quarta faixa e concentrando essas forças num ponto. No interior do ponto de força concentrada, os aspectos mercurial, salino e sulfúrico do Ar se combinam formando energia pura elemental do Ar e esta energia explode partindo do ponto preenchendo o setor completamente. 23- Repita os passos 17 a 22 para os outros 3 quadrantes, no sentio dos ponteiros do relógio, ao redor do círculo.

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Fase Quatro Os Seniores são atribuídos aos setores da segunda faixa bem na ordem qabalística (começando por Saturno e terminando na Lua) ou melhor, no sentido dos ponteiros do relógio começando pelo braço superior da Línea Patris. Aqui se utilizou a ordem qabalística. Como se disse antes, os nomes são escritos no setor de fora para dentro e cada letra representa o passo do poder dos Seniores através de uma das Esferas Planetárias da cosmologia medieval. 24 – Realize a acumulação e combinação de energia dos Ares Alquímicos tal como no passo 22. Aumente ao máximo a pressão e o volume do Ar elemental dentro do setor. 25 – Volte-se para o interior e vibre outra vez o nome do Rei Elemental. Continue vibrando, sentindo seu poder tomando para si o ar elemental do setor e formando uma esfera concentrada num ponto previamente demarcado que é alimentado pela conversão do Ar alquímico que está acontecendo. Segundo a quantidade de Ar elemental aumenta, a esfera subitamente se inflama e forma um Sol auto-sustentado. 26 – Em pé na terceira faixa, caminhe até estar oposto ao primeiro setor da segunda faixa e vibre o nome do Sênior de Saturno, HIPOGTA. 27 - Gire até o Sol e desenhe uma linha de poder saindo dele. Sujeite esta linha ao centro do hexagrama. (Esta linha de poder deve realmente ser algo assim como uma tubulação estreita, pela qual as energias fluem desde a esfera solar até o interior do reino do Sênior. Mas nada flui todavia já que ainda não se produziu o buraco entre as faixas). 28- Repita os passos 26-27 para os setores restantes no quadrante, desenhando os hexagramas e invocando os Seniores apropriados em cada passo. 29 – Caminhe para a segunda faixa e permaneça fitando o hexagrama de Saturno. Desenhe outra vez o hexagrama neste lado da superfície de contato, invocando o Sênior. Em seguida, visualize as letras do nome do Sênior escritas no setor de fora para o centro. 30 – Desenhe um círculo ao redor do hexagrama, puncionando a superfície de contato, e golpeando para perfurar. A energia começa a fluir através da “tubulação” desde o Rei Elemental, e segundo passa através do hexagrama, assume a natureza do Sênior. 31 – Vibre o nome do Sênior lentamente e fazendo soar distintamente cada letra do nome. Conforme pronuncias cada letra, contempla a energia que penetra carregando a região que está sobre cada letra no setor. Ao mesmo tempo, confirma mentalmente ou por meio de visualização que a letra encarna o poder do Sênior na esfera planetária associada a ele na ordem qabalística. Continue empurrando o setor até o centro, fazendo o mesmo por turno para cada letra.

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32 – Quando o setor com as tubulações for completamente preenchido com a energia, você deve encontrar-se de pé na parte central, o primeiro círculo, que representa a Terra. Sobre a barreira entre o primeiro e o segundo círculo, desenhe o símbolo astrológico da Terra, um círculo cruzado por duas linhas em cruz, formando um ângulo reto uma com a outra. Contemple o círculo externo deste símbolo gravado na barreira como anteriormente, golpeie para atravessa-lo, permitindo que a energia flua dentro do círculo central. Visualize a energia espargindo através deste ponto para cobrir o círculo inteiro, como se esparge água com uma mangueira sobre um piso de cerâmica. Enquanto se esparge, a energia empapa também a túnica negra que todavia descansa sobre este círculo. A energia preenche por completo o círculo até chegar ao nível sobre sua cabeça. Quando todo o círculo estiver preenchido, trace em sua imaginação o caminho da energia voltando através de todos os passos precedentes até sua origem no empíreo. 33- Reputa os passos 29 a 32 para os outros setores na segunda faixa. 34 – Repita os passos 24 a 33 para os outros três quadrantes do círculo. Isto completa o exercício.

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