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19 COMUNICAÇÃO APLICADA 4 SEMIÓTICA 4.1 Conceito Semiótica é a ciência que estuda os signos. Há diversas vertentes que estudam essa disciplina. É interdisciplinar, portanto, utilizada para explicar os processos de significação em várias áreas do conhecimento, desde a linguística até a linguagem binária dos computadores ou do DNA. O que significa significar? Em primeiro lugar: a comunicação seria impossível sem a significação, isto é, a produção social de sentido. Sabemos que signo é todo objeto perceptível que, de alguma maneira, remete a outro objeto. Existem objetos que foram especificamente criados para pensarmos em outros objetos. Exemplos: os sinais de trânsito, as notas musicais e as palavras da língua portuguesa. Significar: representar ideias. 5 10 15 Unidade II

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4 SEMIÓTICA

4.1 Conceito

Semiótica é a ciência que estuda os signos. Há diversas vertentes que estudam essa disciplina. É interdisciplinar, portanto, utilizada para explicar os processos de significação em várias áreas do conhecimento, desde a linguística até a linguagem binária dos computadores ou do DNA.

O que significa significar?

Em primeiro lugar: a comunicação seria impossível sem a significação, isto é, a produção social de sentido.

Sabemos que signo é todo objeto perceptível que, de alguma maneira, remete a outro objeto.

Existem objetos que foram especificamente criados para pensarmos em outros objetos.

Exemplos: os sinais de trânsito, as notas musicais e as palavras da língua portuguesa.

Significar: representar ideias.

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Semiótica e cultura

Todo fenômeno de cultura só funciona culturalmente porque é também um fenômeno de comunicação. Esses fenômenos só comunicam porque se estruturam como linguagem.

Conclui-se que todo e qualquer fato cultural e toda e qualquer atividade ou prática social constituem-se como práticas significantes, isto é, são práticas de produção de linguagem e de sentido.

Semiótica e o homem

A inquieta indagação para a compreensão dos fenômenos desvela significações.

É no homem e pelo homem que se opera o processo de alteração dos sinais (qualquer estímulo emitido pelos objetos do mundo) em signos ou linguagens (produtos da consciência).

A linguagem não precisa ser necessariamente humana, pode ser inumana. Exemplo: as linguagens binárias que as máquinas utilizam para comunicarem-se entre si e com o homem.

Vida e linguagem

Os dois ingredientes fundamentais da vida são:

• energia (possibilita os processos dinâmicos);

• informação (comanda, controla, coordena, reproduz, modifica e adapta o uso da energia).

Não apenas a vida é uma espécie de linguagem, mas também todos os sistemas e formas de linguagens tendem a se comportar como sistemas vivos, ou seja, eles reproduzem, readaptam-se, transformam-se e se regeneram como as coisas vivas.

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4.2 Objetivos da semiótica

A semiótica tem por objetivo o exame dos modos de constituição de todo e qualquer fenômeno como fenômeno de produção de significação e sentido.

Sem informação, não há mensagem, não há planejamento, não há reprodução, não há processo e mecanismo de controle e comando. Exemplo: o DNA (substância universal portadora do código genético) ou mesmo os códigos binários utilizados na computação — números que representam outras coisas, e é por meio deles que são construídos os programas e sistemas.

4.3 Conceitos básicos

4.3.1 Signo

Algo que representa alguma coisa para alguém.

Outros objetos têm função de signo em virtude de seu uso na sociedade.

Exemplos: automóvel – velocidade; caminhão – transporte; giz – sala de aula.

4.3.2 Índices

São os sinais, indícios que possibilitam conhecer, reconhecer, adivinhar ou prever alguma coisa.

Exemplo: sinais ortográficos, os desenhos para representar regras de trânsito, uma pegada humana, bem como a fuga dos animais sinaliza a iminência de algum desastre etc.

4.3.3 Símbolo

A palavra tem origem no grego súmbolon; significa um elemento representativo que está (realidade visível) no lugar de

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algo (realidade invisível), que tanto pode ser um objeto como um conceito ou uma ideia.

O símbolo é um elemento essencial no processo de comunicação, encontrando-se difundido pelo cotidiano e pelas mais variadas vertentes do saber humano.

Exemplos: bandeira, o hino nacional, a cruz, a mulher cega segurando a balança, as alianças do casal etc.

4.4 Conceito

A capacidade de abstração de qualidades comuns e de colocar um nome à qualidade geral deu origem ao conceito.

O conceito viria, então, a ser a imagem formada na mente do homem após perceber muitas coisas semelhantes entre si.

4.5 Como um signo “significa”?

Temos o objeto representado, chamado objeto referente ou simplesmente o referente; o signo se refere a ele.

Temos o significado do signo, seu conceito, a imagem formada na mente acerca do referente.

Temos o significante, que viria a ser a representação física do signo: os sons “pe-dras”, a palavra escrita “p-e-d-r-a- s”, o desenho de pedras ou sua fotografia.

Dependendo do contexto, o significado do significante pode mudar. Portanto, existe um significante e vários significados.

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4.6 Significado

Não é uma propriedade do signo, mas um conjunto de relações pelas quais o signo é formado.

O significado dos signos não está nos próprios signos, nem nos objetos, mas nos conceitos ou nas imagens na mente das pessoas.

Portanto, não é um conceito simples, visto que envolve coisas tangíveis e visíveis e também relações abstratas. Exemplos: Deus sereias etc.

Significado

ObjetoRepresentante

Signo

Significado

Significante Objetoreferente

4.6.1 Significações diferentes

Exemplos

• O seu pai é um cavalo.

Ao dizer isso, literalmente, estamos falando que você é filho de um equino, mas, logicamente, que seu pai é mal-educado.

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• Que bonito, hein?

Essa expressão pode significar que você acha algo bonito ou que acha feio, dependendo da situação e da interação.

As palavras são baldes vazios, nelas se coloca qualquer ideia.

4.7 Categorias do pensamento e da natureza/Pierce

Charles Sanders Pierce (1839-1914) é considerado o fundador da semiótica moderna; ele acreditava que todo pensamento dava-se em signos, na continuidade de signos.

Dividia os signos e o pensamento em três categorias naturais, que ele chamava de:

1 - Primeiridade / Qualidade / Ícone / Quali-signo;

2 - Secundidade / Reação / Índice / Sin-signo;

3 - Terceiridade / Representação / Símbolo / Legi-signo.

3- Símbolo (significado)

1- Ícone (qualidade) 2- Índice (relação)

4.7.1 Ícone (quali-signo)

Mantém uma relação de proximidade sensorial ou emotiva entre o signo, a representação do objeto e o objeto dinâmico em si.

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É importante falar que um ícone pode não exercer apenas essa função. Vejamos o caso do desenho de um boneco de homem e um de mulher à porta dos banheiros, indicando se é masculino ou feminino. A priori, é ícone, mas também é simbolo, porque, quando olhamos para ele, reconhecemos que ali há um banheiro e que é do gênero que o boneco representa, isso porque foi convencionado que assim seria, então ele é ícone e símbolo.

Diz respeito à pura qualidade.

“Apresenta e não representa”:

• não representa efetivamente nada, senão formas e sentimentos; isso permite que ele tenha um alto poder de sugestão;

• produz em nossas mentes uma gama enorme de relações de comparação;

• é uma possibilidade;

• imagem (hipoícone).

Exemplo: azul.

4.7.2 Índice (sin-signo)

Tem a ligação física com seu objeto, como, por exemplo, uma pegada é um “indício” de quem passou.

É anteriormente adquirido pela experiência subjetiva ou pela herança cultural.

Por um indício (causa), tiramos conclusões.

É um signo que indica outra coisa com a qual ele está factualmente ligado. Há, entre ambos, uma conexão de fato.

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Enfim, o índice como real, concreto, singular é sempre um ponto que irradia para múltiplas direções.

Exemplo: Onde há fumaça, há fogo. O azul do céu.

4.7.3 Símbolo (legi-signo)

É uma lei; em relação ao seu objeto e signo, é um símbolo, uma convenção social.

Extrai seu poder de representação porque, por convenção ou pacto coletivo, determina que aquele signo represente seu objeto.

Não é individual, mas geral.

Desse modo, o objeto de uma palavra não é alguma coisa existente, mas uma ideia abstrata, lei armazenada na propagação linguística de nossos cérebros.

Exemplo: O azul do céu é bonito.

4.8 Códigos analógicos

São aqueles signos cujos significantes se parecem com os objetos referentes. Entre eles, os signos icônicos (de ikome = imagem, em grego) reproduzem mais fielmente as características do objeto referente.

Signos icônicos são as fotografias, os desenhos, as palavras onomatopeicas etc.

4.9 Códigos digitais

A palavra digital vem de dígito, que são os números de 0 a 9.

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São os signos que não guardam semelhança alguma com seus referentes; não empregam somente números ou dígitos, mas também letras.

O código binário pode ser utilizado para transmitir fantásticas quantidades de informação a velocidades elevadíssimas.

Exemplos: códigos binários, aqueles que transmitem informação pela alternância de apenas dois estados; código Morse: ponto e traço; semáforos (ligados ou desligados); calculadoras ou computadores que passam ou não os impulsos elétricos.

5 SIGNIFICADO

5.1 Contexto

Não devemos interpretar um texto sem antes saber em que contexto ele foi escrito.

Não devemos criar um texto sem antes perguntar o contexto em que vive o leitor.

A comunicação não é apenas por meio das palavras, mas também de gestos, posturas, apresentação pessoal.

Exemplo: no Oriente Médio, você não pode cruzar as pernas ao sentar, salvo se esconder a sola do sapato.

Exemplo 2: ao trabalhar em outro país, ou conviver com pessoas estrangeiras, devemos ter cuidado com o que falamos e com nossa forma de apresentar um texto. Caso contrário, a comunicação será prejudicada.

Exemplo 3: ao nos comunicarmos com um cliente, temos que observar seu estado de espírito antes de escolher nossa abordagem e ter cuidado com as palavras.

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5.2 Intertextualidade

É um diálogo entre textos, ou seja, ninguém consegue escrever ou ler de forma compreensível caso não se insira no ambiente cultural.

Os textos, normalmente, fazem referência a outros textos e obras produzidas.

A intertextualidade significa “conhecimento do mundo”.Quanto maior esse conhecimento, mais facilmente vamos conseguir ler e escrever bem.

A intertextualidade não está ligada apenas a textos literários, mas aos diversos assuntos que compõem a nossa cultura; envolve, portanto, outras obras culturais, como livros científicos, didáticos, cinema, teatro, obras de arte, filosofia, religião etc.

5.2.1 Tipos de intertextualidade

Epígrafe: é um texto introdutório a outro texto. Citação: é uma transcrição do texto de outro autor, sempre

entre aspas. Tem por objetivo reforçar o próprio texto.

Paráfrase: é a reprodução do texto de outro autor com as palavras de quem está escrevendo. Não se confunde com o plágio, pois quem utiliza esse tipo de intertextualidade deixa clara a fonte e as razões pelas quais a utilizou.

Paródia: é uma maneira de se apropriar de outro texto como ideia, visando à crítica e à ironia.

Pastiche: é uma utilização de um determinado gênero de forma recorrente.

Tradução: é reescrever o texto em outra língua e cultura; recria o texto original dentro de outra língua e ambiente.

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Referência e alusão: formas de indicar obras que foram consideradas para produzir o texto do autor. Não se confunde com a citação, já que esta reproduz o texto original citado. Quando se faz referência, não se colocam aspas, pois não se reproduz o texto original. Porém, o autor em referência é identificado. Quando a obra referida não tem autor identificado, pode ser considerado crime.

Como obter essa característica?

Durante todo o curso, vocês têm atividades complementares. Os professores mostram o quanto é importante a leitura de livros, revistas e jornais.

Uma das principais características das atividades é aumentar a intertextualidade.

Quando obtida a intertextualidade, é como se considerássemos a nossa cultura sistêmica, qual seja, nosso conhecimento e nossa consciência podem ser aumentados pela interface entre diversas áreas.

Ela é obtida quando participamos de áreas diferentes daquelas que estudamos e em que trabalhamos e lendo sobre assuntos diferentes daquilo em que nos especializamos.

5.3 Sentido

Devemos observar, ao ler um texto, o uso de certas palavras, que demonstram qual é o posicionamento do autor.

Com isso, podemos descobrir o que “está por trás do pano”. Exemplo: um autor, quando fala em análise dialética, mostra

que seu interesse pode ser ideológico, mesmo que não declare isso.

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Ao lermos, temos que observar a quantidade de ocorrências do gênero, pois algumas palavras podem ser de uso comum.

O sentido visa à interação, ou seja, envolver o leitor numa ação comum; visa, ainda, à interpretação, ou seja, facilitar a interpretação do que foi dito.

5.4 Tipos de significado

Os signos são iguais às pessoas, têm significados diferentes segundo o contexto em que se encontram; um mesmo significante pode ter vários significados.

Exemplo: um homem é pai de família na sua casa, chefe no escritório e goleiro no jogo de futebol.

5.4.1 Significado gramatical

Depende da relação do signo com outros signos ou elementos do discurso.

Exemplo: uma mesma palavra varia seu significado segundo a sua posição.

1. João é professor de educação.

2. A educação do professor é importante.

A palavra educação não possui o mesmo significado em ambas as sentenças.

5.4.2 Significado contextual

Depende, também, da relação do signo com outros signos ou elementos do discurso.

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Da mesma maneira, o significado de uma fotografia não é independente do contexto que a rodeia.

5.4.3 Significado referencial

Quando o significado depende somente da relação entre o signo e seu conceito referente.

Exemplo: os significados que encontramos nos dicionários.

Tipo cognitivo

Tanto o significado referencial como o gramatical são do tipo cognitivo: referem-se apenas aos aspectos intelectuais da razão humana.

5.4.4 Significado emotivo

Os signos também possuem uma dimensão não racional, visto que seu impacto na pessoa abrange também sentimentos.

Significado emotivo refere-se aos tipos e graus de reação emocional às expressões da linguagem ou de outros códigos.

Essa diferença entre o cognitivo e o emotivo é importante, porque, muitas vezes, as pessoas reagem emocionalmente não à palavra em si ou a sua adequação gramatical, mas à maneira de usar a linguagem ou às circunstâncias em que ela é usada.

Os papéis sociais dos interlocutores influenciam também o significado emotivo.

Espera-se um determinado padrão linguístico de cada pessoa, apropriado a sua posição.

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5.5 Significados denotativos e conotativos

Os signos não são produto de relações rígidas e estáticas; eles são dinâmicos, como a própria sociedade.

5.5.1 Significado denotativo

O significado denotativo aparece quando um signo indica diretamente um objeto referente ou suas qualidades.

Ao significado denotativo estão associadas percepções de propriedades observáveis e objetivas, como o formato, o tamanho, a tipografia, as ilustrações etc.

É objetivo.

5.5.2 Significado conotativo

Inclui as interpretações subjetivas ou pessoais que podem derivar do signo; por esse motivo, varia de pessoa para pessoa. Exemplo: “Esse aí é meu livro de matemática”.

Conotativamente falando, a palavra “livro” pode evocar uma série de significados, tanto cognitivos como emotivos, tais como “estudo”, “prova”, “ansiedade”, “notas”, “cola”, “tédio”, “sono”.

É subjetivo.

Um mesmo signo pode ter, ao mesmo tempo, significados denotativos e conotativos.

O poder da conotação

É possível que a grande diferença entre o ser humano e o animal consista em que os signos animais são todos

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denotativos; o que poderia haver de conotativo neles seria apenas a lembrança das experiências associadas aos signos.

No animal, a conotação consiste num caso de condicionamento; no ser humano, a conotação é algo muito diferente. A capacidade de imaginação dá para a conotação uma liberdade quase total.

Partindo de denotações bastante objetivas e concretas, a imaginação constrói novas realidades:

•.da capacidade dos signos humanos de conotar, isto é, ampliar e enriquecer o significado “referencial” dos signos, originam-se as criações mais importantes da cultura, da filosofia e da religião;

• os signos denotativos são indispensáveis para a sobrevivência do mundo, mas, sem os conotativos, o homem ficaria preso aos determinismos do real.

O significado conotativo introduz a liberdade na comunicação humana; enquanto o significado denotativo orienta o homem na realidade, o conotativo o faz transcender a realidade presente e construir uma nova.

6 ELEMENTOS E FUNÇÕES DA COMUNICAÇÃO

6.1 Importância da comunicação

A competitividade atual valoriza e torna indispensável a habilidade de saber se comunicar.

A base da comunicação

Ela é feita sempre entre dois pontos:

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Porém, podem existir interferências na transmissão.

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Aí, começam os problemas. As interferências podem ser:

• dispersão;

• linguagem utilizada;

• postura corporal;

• meios de comunicação;

• entonação.

Quais são as funções da linguagem?

• instrumento integrador;

• diferenciador entre grupos;

• manipulação.

6.2 As fases do processo de comunicação

6.2.1 A pulsação vital

Dinâmica interna de qualquer pessoa: emoções, lembranças, sentimentos, desejos e necessidades.

Seu centro é o cérebro.

O organismo humano funciona como um sistema aberto em constante interação consigo mesmo e com o meio ambiente.

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6.2.2 A interação

A pulsação vital interior, para se manter, tem que se adaptar ao meio ambiente físico e social que rodeia o organismo, acomodando-se a ele ou tentando transformá-lo.

A pessoa necessita entrar em interação com o meio ambiente.

A pessoa emite e recebe mensagens por todos os canais possíveis: olhos, pele, mãos, língua, ouvido.

6.2.3 A seleção

A pessoa não emite nem recebe tudo o que vem do meio ambiente; ela seleciona alguns elementos que deseja compartilhar com outras pessoas. Essa seleção pode ser provocada por estímulos internos ou externos.

6.2.4 A percepção

No caso dos estímulos que vêm de fora, o homem “sente” a realidade que o rodeia por meio de seus sentidos: visão, audição, olfato, tato e paladar, e assim percebe as palavras, os gestos e outros signos que lhe são apresentados.

6.2.5 A decodificação

Percebidos os signos, a pessoa tem que determinar o que eles representam e a que código pertencem. Para cada signo, a pessoa busca, na sua memória, um objeto ou uma ideia correspondente.

6.2.6 A interpretação

É a necessidade de entender claramente o sentido ou o significado da mensagem. Exige que se coloque a mensagem

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em um contexto, que a compare com outros elementos do repertório e com o conhecimento que se tem das intenções do interlocutor.

6.2.7 A incorporação

Se a mensagem é interpretada de uma maneira tal que a pessoa não se considera ameaçada em seu sistema de ideias, valores e sentimentos, ela é facilmente incorporada ao repertório ou acervo.

Às vezes, a incorporação é só parcial, e uma parte da mensagem é rejeitada.

6.2.8 A reação

As reações podem ser externas ou internas. Exemplo: quando a pessoa se sente agredida, agride; emocionada, chora, dá risadas etc.

Muitas vezes, essa reação é interna, ou seja, a reflexão que acontece após assistirmos a um filme, lermos um texto ou recebermos qualquer tipo de mensagem.

6.3 As funções da comunicação

Numa perspectiva global, a comunicação surge simultaneamente como uma necessidade social, uma exigência econômica e uma necessidade política.

Consequentemente, satisfaz uma série de funções, que veremos a seguir:

6.3.1 Função instrumental

Satisfazer necessidades materiais ou espirituais da pessoa.

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6.3.2 Função de informação

A função de informação propriamente dita, refere-se à colheita, à reunião e ao tratamento de dados, que garante a liberdade de expressão, facilita a transferência das relações sociais e assegura a difusão dos elementos de conhecimento, de juízo e de opinião necessários à compreensão da sociedade, do ambiente e do mundo na sua totalidade. Essa função é indissociável de todo o processo democrático.

A informação fornece dados e desperta a curiosidade pelos problemas; a educação facilita a sua compreensão, favorece a tomada de consciência e prepara a solução.

6.3.3 Função regulatória ou de persuasão

De motivação e de interpretação, ligada ao controle social, à organização das atividades coletivas, à coerência das ações. Essa função é inseparável dos esforços de desenvolvimento econômico e social.

6.3.4 Função de socialização

Destinada a facilitar a participação dos indivíduos, dos grupos e das coletividades na vida pública e na elaboração e tomada de decisões. A troca e a difusão das informações e dos dados da experiência favorecem a interação social e permitem que um número crescente de cidadãos tomem parte ativa na solução dos problemas que lhes dizem respeito. Essa função faz parte integrante da democratização da vida pública.

6.3.5 Função de expressão pessoal

Identificar e expressar o “eu” de cada indivíduo.

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6.3.6 Função explicativa

Explorar o mundo dentro e fora da pessoa.

6.3.7 Função imaginativa ou de distração

Criar um mundo próprio de fantasia e beleza. É associada ao tempo livre e à indústria cultural.

Outra função da comunicação é indicar a qualidade de nossa participação no ato da comunicação: que papéis tomamos e impomos aos outros, que desejos, sentimentos, atitudes, juízos e expectativas trazemos ao ato de comunicar.

É impossível não comunicar.

É necessário compreender que a comunicação não inclui apenas mensagens que as pessoas trocam deliberadamente entre si; além das mensagens trocadas conscientemente, com efeito, muitas outras são trocadas sem querer, numa espécie de paracomunicação ou paralinguagem1.

O tom das palavras, os movimentos do corpo, a roupa que se veste, os olhares, tudo tem algum significado, tudo comunica.

Até o silêncio comunica.

6.4 A cultura como comunicação

Se tudo na vida pode ser decodificado como signo, então a própria cultura de uma sociedade pode ser considerada como um vasto sistema de códigos de comunicação.

Esses códigos servem para indicar algo, os papéis apropriados e oportunos, o que é tabu, o que é sagrado etc.

Exemplo: aliança de casamento, lugar na mesa, horários de trabalho diferentes para chefes e funcionários, dar presentes

1Paracomunicação ou paralinguagem é a mensagem passada com a mensagem consciente (manifestações somáticas involuntárias).

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no Natal, a maneira de se vestir ou manejar os talheres, os uniformes, as bandeiras e os hinos etc.

A comunicação transcultural

Seria impossível para uma pessoa viver no seio de uma cultura sem aprender a usar seus códigos de comunicação. Cada cultura tem seus próprios códigos de comunicação, o que torna difícil a comunicação entre culturas diferentes.

Muitas vezes, acontece uma decodificação errada dos códigos locais.

6.5 Metacomunicação

Comunicação sobre a comunicação.

Metacomunicação pode ser:

• verbal;• não verbal.

A pessoa que comunica, em geral, necessita dar a seus interlocutores uma ideia sobre como ela deseja que sua mensagem seja decodificada e interpretada. Dessa maneira, nossas conversas são compostas por duas partes:

1. o que queremos dizer;2. como queremos ser interpretados.

Exemplo: “Olhe, é difícil colocar isto em palavras, mas o que eu quero dizer é o seguinte...”.

Usamos outros truques para metacomunicar. Nossa maneira de olhar, ou deixar de olhar, traduz sentimentos diversos. Quando monopolizamos a conversa, não concedemos aos demais participação, proximidade, ou, havendo distância entre

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os interlocutores, ela também influencia na interpretação das mensagens.

6.6 Os meios de comunicação

Um “meio” é um agente de transmissão. A natureza de um meio determina o tipo e a qualidade da informação que pode passar por ele.

O termo só tomou relevância com o surgimento da comunicação a longa distância mediante a tecnologia - ou a telecomunicação. 6.6.1 Um pouco de história

Em 1450, Gutemberg inventou a tipografia; surge a imprensa, que é considerada por inúmeros autores o primeiro meio de comunicação de massa. A indústria gráfica e a invenção da fotografia também foram extremamente importantes para o desenvolvimento de novos meios de comunicação.

O alcance da comunicação foi assegurado de maneira definitiva pela invenção dos meios eletrônicos, que aproveitavam diversos tipos de ondas para transmitir signos: o telégrafo, o telefone, o rádio, a televisão e, finalmente, o satélite.

A vinculação dos meios de comunicação com os de processamento de dados gerou uma nova ciência: a informática.

No decorrer do avanço da tecnologia, cada nova geração de meios de comunicação trouxe consigo sua carga de utopias de criação de espaços públicos de interação participativa entre cidadãos informados usando o direito à palavra.

Historicamente, as lutas pela liberdade de imprensa e a liberdade de expressão que ela implicava nesse momento estimularam e

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participaram das grandes batalhas democráticas contra a censura, pelos direitos humanos, contra a escravidão etc.

Hoje, os meios de comunicação são mecanismos que permitem a disseminação em massa de informação, facilitando a construção de consensos sociais, a construção e a reprodução do discurso público.

6.6.2 Por que tudo isso? Existe uma sequência de acontecimentos que envolvem os

meios de comunicação:

Nova tecnologia

Nova realidade

Novas maneiras de ver o mundo

Acontecem várias mudanças, não só na questão temporal, mas também no comportamento e na produção de sentidos e significados no ser humano, que modificam sua realidade social e cognitiva.

A comunicação orienta comportamentos.

6.7 A indústria da comunicação

Os meios de comunicação de massa (imprensa, rádio, televisão) vivem um processo de concentração da propriedade e integração horizontal e vertical de som, áudio e imagem.

Já a Internet e o suporte digital, em geral, individualizam e democratizam o acesso à comunicação e à interação, permitindo o desenvolvimento inédito de novos meios alternativos ou cooperativos que, ao mesmo tempo, afetam os meios de comunicação em massa tradicionais.

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Análise das condições de:

• percepção;

• recepção;

• decodificação;

• interpretação;

• incorporação (de seus conteúdos).

Para que serve a comunicação?

Para as pessoas se relacionarem, transformando-se mutuamente e a realidade que as rodeia.

Sem a comunicação, cada pessoa seria um mundo fechado em si mesmo.

Pela comunicação, as pessoas compartilham experiências, ideias e sentimentos.

Exemplos:

• artesão que ensina seu filho a fazer cerâmica: compartilha experiências e conhecimentos, troca de percepções e intenções;

• o ator e o público: reflexão, novas percepções e sentimentos, novas maneiras de lidar com a realidade;

• locutor: usa, além de palavras, músicas e efeitos de som.

Quais são os elementos comuns nesses três atos de comunicação?

1. Temos uma realidade na qual a comunicação se realiza, as pessoas se comunicam dentro de um ambiente. A realidade influi sobre o comunicar, e o comunicador influi sobre a realidade.2. Pessoas que desejam compartilhar alguma coisa.

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Elementos da comunicação:

• interlocutores que dela participam;

• conteúdos ou mensagens que eles compartilham;

• signos que eles utilizam para representá-los;

• meios que empregam para transmiti-los.

A comunicação é um processo que atua, simultaneamente, em vários níveis:

• consciente;

• subconsciente;

• inconsciente (como parte orgânica do processo da própria vida).

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