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PT 1 PT
DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO
Informação técnica sobre a infraestrutura verde
que acompanha o documento
COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU, AO
CONSELHO, AO COMITÉ ECONÓMICO E SOCIAL EUROPEU E AO COMITÉ
DAS REGIÕES
Infraestrutura verde — Melhorar o capital natural da Europa
1. PARTE I: COMPONENTES DA INFRAESTRUTURA VERDE
2. PARTE II: BENEFÍCIOS E FUNÇÕES DA INFRAESTRUTURA VERDE
3. PARTE III: A INFRAESTRUTURA VERDE E AS POLÍTICAS EUROPEIAS
4. PARTE IV: GLOSSÁRIO
5. PARTE V: EXEMPLOS DE INFRAESTRUTURAS VERDES EM TODOS OS
ESTADOS-MEMBROS DA UE
PT 2 PT
PARTE I: COMPONENTES DA INFRAESTRUTURA VERDE
Primeira parte: Componentes da infraestrutura verde1
Módulos físicos: a rede de espaços verdes na qual e pela qual são sustentadas as funções e
processos naturais.
Os tipos de elementos físicos que contribuem para a infraestrutura verde são vários,
específicos de cada localização ou lugar e muito dependentes da escala. À escala local,
parques ricos em biodiversidade, jardins, telhados verdes, lagoas, cursos de água, bosques,
sebes, prados, espaços industriais renovados e dunas costeiras podem contribuir para a
infraestrutura verde, se proporcionarem vários serviços ecossistémicos. As pontes ecológicas
e passagens para peixes são elementos de ligação. À escala regional ou nacional, grandes
áreas naturais protegidas, grandes lagos, bacias hidrográficas, florestas de grande importância
natural, zonas de pastagem extensas, áreas agrícolas de exploração pouco intensa, sistemas de
dunas extensos e lagoas costeiras são apenas alguns dos muitos exemplos. À escala da UE,
elementos transfronteiriços como bacias hidrográficas internacionais, florestas e cordilheiras
são exemplos de infraestruturas verdes supranacionais da UE. Possuem uma função
importante: proporcionar múltiplos benefícios ou ligar ecossistemas para que estes possam
proporcionar os seus serviços.
Projetos: intervenções concebidas para conservar, melhorar e regenerar a natureza,
funções naturais e processos para assegurar múltiplos serviços ecossistémicos para a
sociedade humana.
Há atualmente centenas de exemplos de projetos de infraestruturas verdes na Europa, muitos
deles não necessariamente classificados como infraestruturas verdes. As principais iniciativas
incluem a francesa «trame verte et bleue», a alemã «Wiedervernetzungsprogramm», a inglesa
«room for nature», a neerlandesa «room for the river», as redes ecológicas estónia e
neerlandesa ou o Corredor verde do Baixo Danúbio do sudeste europeu (consultar a Parte V
para mais exemplos de projetos de infraestruturas verdes nos Estados-Membros)
Plano: integrar a conservação, melhoria e regeneração da natureza, das funções e dos
processos naturais no ordenamento do território e desenvolvimento territorial,
proporcionando de forma sustentável os respetivos benefícios à sociedade humana.
Nem a infraestrutura verde, nem quaisquer outras abordagens, podem maximizar
simultaneamente todos os benefícios, e as situações de compromisso terão de ser
cuidadosamente avaliadas. No entanto, a integração da infraestrutura verde nas considerações
dos processos de ordenamento permite avaliar todos os aspetos importantes e tomar decisões
coerentes de forma a obter todos os benefícios possíveis. Esta integração da infraestrutura
verde no ordenamento é particularmente importante no caso das grandes estratégias e planos
plurianuais.
Ferramentas: metodologias e técnicas que nos ajudam a compreender o valor dos
benefícios que a natureza proporciona à sociedade humana e a mobilizar os investimentos
necessários para manter e melhorar esses benefícios.
1 Mais informação detalhada em http://ec.europa.eu/environment/nature/ecosystems/index_en.htm.
PT 3 PT
6. PARTE II: BENEFÍCIOS E FUNÇÕES DA INFRAESTRUTURA VERDE
Quadro 1: Perspetiva dos principais benefícios da infraestrutura verde
Grupo de benefícios Benefícios específicos da infraestrutura verde
Maior eficiência dos recursos
naturais Conservação da fertilidade do solo
Controlo biológico
Polinização
Armazenamento de recursos de água doce
Atenuação das alterações
climáticas e relativa adaptação Armazenamento e captação de carbono
Controlo da temperatura
Controlo dos danos provocados por tempestades
Prevenção de catástrofes
Controlo da erosão
Redução do risco de incêndios florestais
Redução do perigo de cheias
Gestão da água
Regulação dos fluxos de água
Purificação de água
Aprovisionamento de água
Gestão das terras e dos solos Redução da erosão do solo
Conservação/melhoria da matéria orgânica do solo
Aumento da fertilidade e produtividade do solo
Atenuação da ocupação, fragmentação e
impermeabilização dos solos
Melhoria da qualidade dos solos e da sua capacidade de
atração
Aumento do valor da propriedade
Benefícios em termos de
conservação
Valor da existência e diversidade genética dos habitats e
espécies
Valor altruísta e de transmissão dos habitats, das espécies
e da diversidade genética para as gerações futuras
Agricultura e exploração
florestal
Agricultura e exploração florestal multifuncionais
resilientes
Melhoria da polinização
PT 4 PT
Melhoria do controlo de pragas
Transporte e energia
hipocarbónicos
Soluções de transporte mais integradas e menos
fragmentadas
Soluções energéticas inovadoras
Investimento e emprego
Melhor imagem
Mais investimento
Mais emprego
Produtividade laboral
Saúde e bem-estar Qualidade do ar e regulação do ruído
Acessibilidade para exercício e serviços públicos
Melhores condições sanitárias e sociais
Turismo e lazer Destinos tornados mais atrativos
Amplitude e capacidade de oportunidades recreativas
Educação Recurso de ensino e «laboratório natural»
Resiliência Resiliência dos serviços ecossistémicos
Fonte: http://ec.europa.eu/environment/nature/ecosystems/studies.htm#implementation, adaptada.
PT 5 PT
Quadro 2: Exemplos dos custos e benefícios de uma seleção de projetos de
infraestruturas verdes na Europa
Projeto Localização Custos e benefícios
Natureza urbana para
o bairro de Lindenholt
em Nimega
Países Baixos Comparação do cenário de referência com cenário cinzento (área pavimentada) e do
cenário de infraestrutura verde (área completamente plantada de árvores). Capital e
custos de conservação de diferentes opções. Estimativa do impacto na saúde de
partículas e óxido de azoto, impacto do ruído, de cheias, custos de tratamento de água,
gozo do ambiente, lazer, regulação climática, custos de energia reduzidos devido a
efeitos de quebra-ventos, impacto no tempo de viagem e captação de carbono. Valores
atuais líquidos: perda de 275 milhões de EUR para o cenário cinzento, lucro de
230 milhões de EUR para o cenário de infraestrutura verde.
Estuário de
Blackwater
Reino Unido Custos e benefícios da manutenção das defesas contra cheias juntamente com os da
elevação do nível do mar e da redução costeira da zona pantanosa intertidal. Os
benefícios incluíam a produção associada à pesca, a captação de carbono e outros
benefícios ambientais. Os custos incluíam despesas de capital de realinhamento, de
manutenção e de oportunidade da terra agrícola. O estudo demonstra que o
realinhamento gerido pode ser rentável se se tiverem em conta benefícios não
comercializáveis, em particular para conservação e lazer (valor atual líquido
de 106 milhões de GBP ao longo de 25 anos ou 192 milhões de GBP ao longo de 100
anos).
Regeneração da área
alagável do rio Elba
Alemanha Regeneração da natureza através da mudança do dique, reduzindo o impacto da
agricultura e construindo passagens para peixes. A relação custos-benefícios era de 2.5
a 4.1, dependendo dos cenários. Lazer, proteção contra cheias e benefícios de carbono,
que não estavam monetizados, aumentariam o valor dos benefícios. Os custos
cobriram despesas de prevenção, engenharia e de oportunidade da terra.
O ecossistema
agrícola de Sint-
Truiden
Bélgica Ações para proteger a aldeia da erosão do solo e das cheias que arrastam lama,
incluindo cursos de água relvados, faixas protetoras relvadas, bacias de retenção e
trabalho de solo de conservação na bacia hidrográfica. O custo total destas medidas
era baixo (126 EUR/ha/20 anos) comparado com a reparação dos danos causados pelas
cheias que arrastam lama nesta área de estudo e os custos de limpeza (54 EUR/ha/ano)
e os benefícios secundários eram vários, incluindo a melhor qualidade da água a
jusante, menos custos de dragagem a jusante, menos tensão psicológica para os
habitantes e maior biodiversidade.
Regeneração da área
alagável do rio Skjern
Dinamarca A regeneração da área alagável do rio Skjern na Dinamarca custaria 44,2 milhões de
USD, mas proporcionaria um lucro atual líquido de 2,3 milhões de USD por evitar o
bombeamento de água (atualmente utilizado para evitar cheias) e 84,6 milhões de USD
em benefícios resultantes. Tais benefícios incluem caça, pesca, oportunidades de lazer
e conservação da biodiversidade.
Regeneração da
jusante do rio Gardon
França Regeneração do rio utilizada para fins recreativos (caminhada, natação, caiaque e
pesca). Avaliação de valores de utilização e não utilização. Os custos incluíam
investimentos e despesas de funcionamento relacionados com poluição industrial e
urbana, artificialização do rio, poluição agrícola, etc. O valor atual líquido total das
melhorias é de 36 milhões de EUR. A relação de custos-benefícios é de 1.9.
Floresta nacional Reino Unido Área de regeneração vasta incluindo alguns espaços que eram anteriormente aterros,
pedreiras, outros espaços pós-industriais, no contexto de um projeto de longo prazo
para criar florestas e habitats prioritários abertos em 33% da área florestal nacional. O
estudo estimava 178 milhões de GBP baseando-se em despesas reais e previstas para
alcançar os objetivos em comparação com 1623 milhões de GBP de benefícios,
maioritariamente provenientes das atividades de lazer, com contribuições de carbono
mais baixas, biodiversidade e valores estéticos em particular. Os resultados apontam
para um valor atual líquido de 1,44 biliões de GBP e uma relação de custos-benefícios
de 9.1:1.
PT 6 PT
Quadro 2: Exemplos dos custos e benefícios de uma seleção de projetos de
infraestruturas verdes na Europa (continuação)
Projeto Localização Benefícios
Parque nacional Hoge
Kempen
Bélgica O património natural contribui para a criação de emprego. Na densamente povoada
província de Limburg (BE), em 2006, uma ONG local convenceu os responsáveis
políticos a criar o primeiro parque nacional da Bélgica com um argumento económico
(criação de emprego): Além de proteger a biodiversidade, o Parque nacional de Hoge
Kempen criou cerca de 400 empregos e estimulou o investimento privado no turismo
nesta região historicamente desindustrializada. Os turistas apreciam a natureza em
recuperação nas antigas minas de carvão pela paisagem particular e pelo valor da
biodiversidade. (Caso TEEB por Schops 2011).
Ekostaden
Augustenborg
(iniciativa de
regeneração urbana)
Malmö,
Suécia
As taxas de escoamento de água da chuva diminuíram em metade. A imagem da zona
melhorou. A biodiversidade aumentou em 50% (os telhados verdes atraíram pássaros e
insetos e um sistema de águas pluviais aberto proporciona um melhor ambiente para as
plantas e a vida selvagem locais). O impacto no meio ambiente diminuiu em 20%. O
desemprego diminuiu de 30% para 6%. Os arrendamentos sofreram uma descida de 50%.
Economia natural do
Noroeste da Inglaterra
(NENW)
Reino Unido Benefícios de saúde/bem-estar humanos, sociais, ambientais e económicos (p. ex.
valor acrescentado bruto (VAB) do ambiente calculado em 2,6 biliões de GBP,
apoiando 109 000 empregos na área do ambiente e em áreas relacionadas).
Restauração do canal
de Kennet e Avon
Reino Unido Habitats protegidos, melhor gestão do lixo, turismo e benefícios económicos (emprego
direto e indireto somando entre 150 a 210 empregos a tempo completo (ETC) entre
1997 e 2002). Um total de 1198 a 1353 ETC criados e salvaguardados.
Pescar no País de
Gales
Reino Unido Melhorias de habitat, aumento da população (p. ex. aumento de >2 000 salmões
adultos e trutas por ano), retorno sobre o investimento de marketing de 20:1, previsões
de aumento de rendimentos em 10 milhões de GBP, emprego (no mínimo 75 ETC
adicionais) e turismo (2,1 milhões de GBP adicionais por ano).
Telhados verdes -
regulamentação de
construção
Basileia,
Suíça
23% da área plana dos telhados de Basileia é agora verde (estimada em 700 000 m2 em
2007), espécies em perigo estão protegidas, quatro gigawatts-hora de poupança por
ano em Basileia (primeiro programa de incentivo) e 3,1/ano (segundo programa), lucro
para os negócios locais com vendas de materiais e acessórios para a instalação de
telhados verdes, poupança de energia para os proprietários de negócios e
reconhecimento mundial dos êxitos de Basileia.
Fonte: http://ec.europa.eu/environment/enveco/biodiversity/pdf/GI_DICE_FinalReport.pdf, adaptada.
PT 7 PT
7. PARTE III: A INFRAESTRUTURA VERDE E AS POLÍTICAS EUROPEIAS
Quadro 3: Políticas e instrumentos em matéria de infraestrutura verde a nível da UE
Domínio político Políticas e instrumentos da UE
considerados para a
infraestrutura verde
Medidas possíveis
UE 2020 Estratégia UE 2020 Proporcionar um sinal político
através do COM
Iniciativa emblemática União da
Inovação
Seguimento detalhado da
contribuição da infraestrutura verde
para a inovação ecológica
Iniciativa emblemática de eficiência de
recursos ao abrigo da estratégia UE
2020/Roteiro para uma Europa Eficiente
na Utilização de Recursos
Seguimento detalhado da
contribuição da infraestrutura verde
para a eficiência de recursos (em
particular no que se refere à terra e
aos ecossistemas)
Estratégia ambiental Sétimo PAA Incorporação da infraestrutura verde
nas estratégias e planeamento
integrados com ênfase nos benefícios
de saúde
Política agrícola PAC Pilar 1 — Medidas verdes incl.
condicionalidade
Áreas de atenção ecológicas, rotação
das culturas, conservação e
regeneração dos prados permanentes
e das paisagens agrícolas funcionais,
etc.
PAC Pilar 2 — Financiamento FEADER Medidas verdes ao abrigo do Pilar 2
(medidas agroambientais)
PAC Pilar 2 — Formação, consulta,
serviços de divulgação, provisões de
ordenamento — Sistema de
aconselhamento agrícola
Integração da infraestrutura verde na
educação e formação, e
restabelecimento das áreas rurais
Política florestal Estratégia florestal da UE de 1998 e nova
Estratégia florestal da UE
Integração da infraestrutura verde no
ordenamento e gestão florestal
(desfragmentação e regeneração das
florestas)
Biodiversidade e
natureza
Estratégia de biodiversidade UE 2020 Desenvolvimento e implementação
de todos os objetivos, em particular
os relacionados com as ações 5, 6 e 7
Diretiva Aves Aplicação do artigo 3.º
Diretiva Habitats Aplicação do artigo 10.º
Esquema voluntário para a
biodiversidade e os serviços
ecossistémicos (BEST) nos territórios
ultramarinos da UE
Financiamento da infraestrutura
verde em territórios ultramarinos da
UE
Regulamento LIFE+ Financiamento de projetos de
infraestruturas verdes
PT 8 PT
Política da água Diretiva-Quadro Água/Planos de gestão
de bacia hidrográfica
Aplicação da infraestrutura verde na
gestão de bacias hidrográficas
Diretiva inundações Melhores opções ambientais para a
gestão de cheias
Política de seca da UE (Comunicação
sobre escassez de água e seca)
Utilização de soluções de
infraestrutura verde para promover a
resiliência contra secas
Plano da água da UE Medidas de retenção da água naturais
Política de solo Estratégia temática para proteção de solo Diretrizes para a impermeabilização
do solo
Proposta de uma diretiva que estabeleça
um quadro de proteção do solo
Ordenamento integrado em questões
de solo
Política de alterações
climáticas
Estratégia da UE relativa à adaptação Orientação sobre infraestrutura verde
para adaptação
Roteiro de baixo teor de carbono para
2050
USRSS
Política de coesão,
incluindo coesão
territorial e
financiamento inovador
Política regional (política de coesão) Inclusão da infraestrutura verde nas
prioridades do FEDER, FC e FSE
Assistência técnica para a preparação de
grandes projetos (Jaspers) e para o
financiamento inovador (Jessica, Jeremie,
etc.).
Utilização do financiamento
inovador para grandes projetos de
infraestruturas verdes
Estratégias macrorregionais: Estratégia
da UE para a região do
Danúbio/Estratégia da UE para a região
do mar Báltico e estratégias
macrorregionais futuras
Inclusão da infraestrutura verde nos
programas e implementação de
estratégias macrorregionais, assim
como programas transfronteiriços,
transnacionais e inter-regionais. (p.
ex. Convenção alpina)
Transporte e energia RTE-T e RTE-E Inclusão de medidas para limitar a
fragmentação e melhorar a
conectividade nas diretrizes RTE
Livro branco da UE sobre AI de
transporte
Utilização da infraestrutura verde
para o plano de transporte
hipocarbónico
Política energética Infraestrutura verde urbana como
exemplo de eficiência energética em
edifícios
Mecanismo interligar a Europa Integrar a infraestrutura verde na
implementação das RTE
Avaliação de impacto,
prevenção de danos e
remediação
Diretivas de avaliação do impacto
ambiental (AIA)
Implementação das revisões da
Diretiva AIA
Diretiva de avaliação ambiental
estratégica (AAE)
Orientações sobre a inclusão da
biodiversidade e das alterações
climáticas na AIA e na AAE
PT 9 PT
Diretiva de responsabilidade ambiental Avaliar a infraestrutura verde como
parte da atenuação
Ordenamento do
território
Esquema de desenvolvimento do espaço
comunitário
Promover a infraestrutura verde a
todos os níveis territoriais
Programa ESPON 2013 Promover a infraestrutura verde
como uma ferramenta interterritorial
Agenda territorial UE 2020 Utilização da infraestrutura verde
para ordenamento integrado do
território
Estratégia urbana Promover soluções de infraestrutura
verde urbana e periférica-urbana
Política de zonas
marinhas e costeiras
Diretiva-Quadro Estratégia Marinha Aplicação da infraestrutura verde no
ambiente marinho
Estratégia de ordenamento do território
marinho da UE
Utilização da infraestrutura verde
para o ordenamento integrado do
território nos mares
Recomendação da gestão integrada das
zonas costeiras (GIZC) de 2002
Utilização da infraestrutura verde
para oferecer serviços ecossistémicos
costeiros
Política de pescas/o FEAMP Inclusão da infraestrutura verde
marítima em ações do FEAMP
Ambiente e saúde Plano de ação para o ambiente e a saúde
2004-2010
Utilização da infraestrutura verde
para obter benefícios em matéria de
saúde, em particular em zonas
urbanas
Investigação Política de investigação/Horizonte 2020,
programa-quadro para a investigação e a
inovação
Financiamento de projetos de
investigação relacionados com a
infraestrutura verde
Cooperação externa Cooperação externa para o
desenvolvimento da UE
Apoio a soluções de
desenvolvimento baseadas na
infraestrutura verde
Resposta a situações de
perigo
Política de redução de riscos de catástrofe Utilização de produtos Copernicus
com informação relevante para a
infraestrutura verde para
mapeamento preventivo
Utilização da infraestrutura verde
para redução de riscos
ecossistémicos
Fonte: http://ec.europa.eu/environment/nature/ecosystems/studies.htm#implementation, adaptada.
Além das ações ao nível da UE supramencionadas, os papéis e as responsabilidades locais
para melhor integrar a infraestrutura verde devem ser fortalecidos.
As autoridades nacionais desempenham um papel fundamental no desenvolvimento do
contexto estratégico e da visão para a infraestrutura verde, dependendo da forma como as
competências são distribuídas nos Estados-Membros. Tal pode ser realizado proporcionando
PT 10 PT
às autoridades regionais e locais orientação e direção claras sobre como planear e gerir a
infraestrutura verde, utilizando o seu quadro político de ordenamento nacional para
estabelecer a necessidade de as autoridades de ordenamento regionais ou locais considerarem
a previsão da infraestrutura verde no plano de desenvolvimento e política locais. As
autoridades nacionais também poderiam ajudar a reunir e partilhar informação regional
acerca da infraestrutura verde, particularmente no que se refere a boas práticas em matéria de
conceção, mapeamento, avaliação, fornecimento, implementação e integração na política e no
planeamento.
O papel das autoridades regionais ou locais na boa implementação da infraestrutura verde
também é fundamental. Na maioria dos países europeus, estas autoridades são responsáveis
pelas decisões de ordenamento do território. Diferentes setores da administração deveriam
trabalhar conjuntamente, como por exemplo o ambiental, o planeamento, o agrícola, o social
e o tesouro. Dada a sua proximidade do público local, das partes interessadas e dos agentes de
desenvolvimento locais, as autoridades locais estão numa posição privilegiada para melhorar
a comunicação, a participação pública e o envolvimento de todos os interessados. As
autoridades regionais ou locais também deveriam ser encaradas como as organizações
principais para levar a cabo o planeamento detalhado (plano diretor) da infraestrutura verde,
incluindo a avaliação dos ativos da infraestrutura verde, tendo em consideração a sua
localização, riscos, limitações, prioridades, oportunidades e fatores regionais (geográficos,
ambientais, sociais, políticos, económicos, etc.).
O estabelecimento e a manutenção da infraestrutura verde não será possível sem o
compromisso total e ativo dos decisores e detentores de recursos, ONG e grupos de interesse
na sociedade civil. Estes precisam de compreender as vantagens que a infraestrutura verde
pode proporcionar aos seus ativos, recursos e atividades económicas, melhorando a qualidade
da tomada de decisões, promovendo o sentimento de propriedade e a sensibilização. O seu
envolvimento precoce nas decisões de ordenamento pode evitar conflitos e atrasos em fases
posteriores do processo. O apoio à comunicação e o reforço de capacidades devem ser
assegurados a todos os níveis.
PT 11 PT
Quadro 4: Ações da UE em matéria de infraestrutura verde visando diferentes níveis
Imagem e texto adaptados das Recomendações do grupo de trabalho sobre a infraestrutura verde em
http://ec.europa.eu/environment/nature/ecosystems/index_en.htm.
PT 12 PT
8. PARTE IV: GLOSSÁRIO
Biodiversidade é a variabilidade entre organismos vivos de todas as fontes, incluindo ecossistemas
terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos dos quais fazem
parte. Inclui diversidade nas espécies, entre as espécies e entre ecossistemas. A associação da
biodiversidade com o funcionamento ecossistémico envolve a localização de ecossistemas num
espaço variado, definido pelas dimensões que descrevem diferentes formas de relacionar organismos
uns aos outros. Exemplos de tais dimensões incluem a diversidade taxonómica (ou espécies), a
diversidade filogenética (evolutiva), a diversidade funcional (variação no grau da expressão de
características funcionais múltiplas), diversidade de interação (características da rede [trófica] de
ligações definidas por interações bióticas) e a diversidade da paisagem (o número, a abundância
relativa e a distribuição de diferentes tipos de habitat numa paisagem).
A conectividade possui duas componentes, a componente estrutural e a funcional. Esta expressa a
forma como as paisagens estão configuradas, permitindo às espécies mover-se. A conectividade
estrutural, correspondente à continuidade de habitat, é medida analisando a estrutura da paisagem,
independentemente de quaisquer atributos dos organismos. Esta definição é frequentemente utilizada
no contexto da ecologia metapopulacional. A conectividade funcional é a resposta do organismo aos
elementos da paisagem e não aos seus habitats (ou seja a matriz não habitat). Esta definição é
comummente utilizada no contexto da ecologia paisagística. Um elevado grau de conectividade está
habitualmente relacionado com uma fraca fragmentação.
Um ecossistema é um complexo dinâmico de plantas, animais e comunidades de microrganismos, e o
seu ambiente não vivo interagindo como uma unidade funcional. Por questões práticas, é importante
definir as dimensões espaciais do ecossistema em questão. Os ecossistemas estão frequentemente
agrupados em unidades e possuem características bióticas e abióticas.
Abordagens ecossistémicas são estratégias e medidas que utilizam os vários serviços da natureza (=
soluções baseadas na natureza), p. ex. para adaptação às alterações climáticas e respetiva atenuação.
São parte da infraestrutura verde porque utilizam a biodiversidade e os serviços ecossistémicos como
parte de uma estratégia de adaptação global para ajudar as pessoas a adaptar-se aos efeitos adversos
das alterações climáticas ou a mitigá-los, conservando as reservas de carbono, reduzindo as emissões
causadas pela degradação e perda dos ecossistemas ou aumentando as reservas de carbono,
melhorando dessa forma a resiliência e reduzindo a vulnerabilidade. A infraestrutura verde adiciona
elementos territorialmente planeados e com diversos objetivos a estas abordagens2.
Redes ecológicas são uma representação das interações bióticas num ecossistema, através das quais
as espécies se conectam por interações de pares. Estas interações podem ser tróficas ou simbióticas.
Incluem áreas cobertas por uma ampla gama de medidas de conservação, desde simples ecodutos a
redes interligadas intercontinentais de áreas protegidas e não protegidas. Habitualmente procuram
manter o funcionamento dos ecossistemas para facilitar a conservação das espécies e dos habitats e
promover a utilização sustentável dos recursos naturais de forma a reduzir o impacto das atividades
humanas na biodiversidade e/ou aumentar o valor da biodiversidade das paisagens geridas. Teriam de
ser coerentes e resilientes para ser partes funcionais da infraestrutura verde, que englobam redes
ecológicas mas que as superam devido à função de objetivos múltiplos, complementar à conservação
da biodiversidade, para a qual as redes ecológicas estão concebidas, e à inclusão de elementos
urbanos que não fazem parte das redes ecológicas. Cada elemento da infraestrutura verde deveria
assumir um papel na rede, mas isto não significa que todos os elementos tenham de estar fisicamente
ligados entre si.
Serviços ecossistémicos são benefícios que as pessoas obtêm dos ecossistemas ou a sua contribuição
direta ou indireta para o bem-estar humano. Estes incluem serviços de aprovisionamento como
comida e água, serviços regulamentares como controlo de cheias e doenças, serviços culturais como
benefícios espirituais, recreativos ou culturais. Uma vez que as pessoas não utilizam serviços de apoio
como ciclos de nutrientes diretamente, não obtém benefícios a partir de estes e estes não podem ser
estritamente parte dos serviços ecossistémicos.
2 http://ec.europa.eu/environment/nature/ecosystems/studies.htm#assess.
PT 13 PT
O habitat é um local ou um tipo de lugar no qual um organismo ou população surge naturalmente.
Natura 2000 é uma peça fundamental da política de biodiversidade e da natureza da UE. Trata-se de
uma rede ampla da UE de áreas naturais protegidas estabelecida em 1992 ao abrigo da Diretiva
habitats, incorporando áreas designadas em 1979 ao abrigo da Diretiva aves. O objetivo da rede é
assegurar a sobrevivência a longo prazo das espécies e dos habitats ameaçados mais valiosos da
Europa. Não se trata de um sistema de reservas naturais estritas nas quais qualquer atividade humana
está excluída. Embora a rede inclua reservas naturais, a maior parte da terra continua a ser de
propriedade privada e a ênfase está em assegurar que a gestão futura é ecologicamente e
economicamente sustentada. A rede também cumpre uma obrigação comunitária ao abrigo da
Convenção da ONU sobre Diversidade biológica.
Capital natural é a extensão da noção económica de capital (meios de produção manufaturados) aos
bens e serviços ambientais. O capital natural é a acumulação de ecossistemas naturais que
proporciona um fluxo de bens e serviços ecossistémicos valiosos para o futuro.
Resiliência descreve a capacidade de um ecossistema de voltar ao seu estado original após ter sido
perturbado.
Referências:
Avaliação ecossistémica do milénio (2005) http://www.unep.org/maweb/en/index.aspx
Glossário do grupo de trabalho MAES
http://biodiversity.europa.eu/ecosystem-assessments/european-level
Séries técnicas CBD n.º 23
http://www.cbd.int/ts/
Glossário do Relatório técnico da AEA n.º 4/2009 sobre a SEBI
http://www.eea.europa.eu/highlights/publications/progress-towards-the-european-2010-biodiversity-
target/
Grupo ad hoc sobre biodiversidade e alteração climática
http://ec.europa.eu/environment/nature/climatechange/index_en.htm
Wikipédia http://en.wikipedia.org/
PT 14 PT
PARTE V: EXEMPLOS DE INFRAESTRUTURAS VERDES EM TODOS OS ESTADOS-MEMBROS DA UE
Quadro 5: Exemplos de infraestruturas verdes em cada Estado-Membro. Mais de 120 exemplos foram avaliados nos seguintes estudos:
http://ec.europa.eu/environment/nature/ecosystems/studies.htm#assess, http://ec.europa.eu/environment/nature/ecosystems/studies.htm#design.
http://ec.europa.eu/environment/nature/ecosystems/studies.htm#implementation. O último estudo sublinha que, das 100 iniciativas de
infraestrutura verde analisadas, sensivelmente mais de metade (52) eram iniciativas nacionais, a maioria restante era regional e local e cerca de
10 por cento (9) eram iniciativas transfronteiriças. Enquanto a maioria das iniciativas em matéria de infraestrutura verde nos Estados-Membros
eram geridas pelo governo, 15 eram geridas por outros tipos de organização, principalmente ONG, institutos de investigação e empresas. O
maior número de iniciativas identificado correspondia a redes ecológicas (35) seguido, por ordem de importância, de iniciativas de gestão de
água doce e de zonas pantanosas (15), utilização multifuncional de zonas costeiras (11), Infraestrutura verde urbanas (10), utilização
multifuncional das florestas (6), mapeamento da infraestrutura verde (6), atenuação da infraestrutura verde (4), utilização multifuncional de
terras agrícolas (3) e algumas outras, muitas das quais envolvendo alterações climáticas, atenuação e adaptação (8).
EM Iniciativa
Principal função
da infraestrutura
verde
Principais
elementos da
infraestrutura
verde
Contexto e objetivos
AT Carta da água de
Viena
Gestão da água Utilização
sustentável/zonas
de serviços
ecossistémicos
Viena obtém quase toda a sua água potável a partir das fontes de montanha com origem nas zonas alpinas elevadas da Baixa-Áustria-
Estíria. Em 1965, toda a região de Rax-Schneeberg-Schneealpen foi considerada uma zona de proteção de água, contendo a primeira conduta de fonte de montanha de Viena. Em 1988 a fonte de Pfannbauern foi adicionada à rede como segunda fonte. Desde esta
adição, em condições normais, estas zonas protegidas podem fornecer água potável de fonte alpina a Viena inteira. Durante os períodos
de maior demanda de água, o campo de poços de Lobau proporciona água adicional.
Os princípios acima significam que o solo florestal é utilizado de forma sábia para obter e filtrar água. Outras funções como a produção de madeira, a caça, a agricultura e o turismo estão subordinadas a este objetivo. Portanto, a cidade de Viena apoia a gestão da floresta
natural nas áreas em questão para garantir a conservação de florestas saudáveis que proporcionam habitat a uma variedade de plantas e
espécies animais.
A condição ótima do solo é determinada pela capacidade de absorção, retenção e filtragem de água. Os aspetos mais importantes relativos à estrutura florestal são a estabilidade e a resiliência, proporcionada por uma floresta mista, com elementos de idades
diferentes e ordenada. Isto significa que não se criam clareiras, apenas se efetuam intervenções de pequena escala, se promove a
regeneração e se utilizam espécies de árvores nativas. A utilização de espécies de árvores raras e ecologicamente valiosas também é encorajada.
PT 15 PT
BE Sigmaplan Controlo de cheias Utilização
sustentável/zonas
de serviços
ecossistémicos
No passado, ocorreram cheias consideráveis no estuário do Scheldt. Isto levou ao Sigmaplan flamengo no início dos anos 80 para
proteger o estuário contra cheias. Acredita-se, de forma geral, que os riscos de cheias irão aumentar significativamente durante o século XXI devido à subida do nível do mar e aos desenvolvimentos económicos. Esta é a principal razão pela qual o governo flamengo
precisava de uma atualização do Sigmaplan. Pretendia reconsiderar a sua necessidade, tendo vários aspetos em conta. Além dos
objetivos de segurança, a conservação da natureza e o transporte marítimo são funções importantes que precisam de ser conjugadas.
As autoridades responsáveis por mobilidade, cursos de água, florestas e conservação da natureza estão a implementar o plano desde 2000 e continuarão a fazê-lo até 2030. Consiste numa combinação de áreas de retenção de água naturais e de diques mais altos. O
Sigmaplan consiste numa série de projetos que afetam 200 km de cursos de água, incluindo áreas de controlo de cheias com maré
reduzida controlada e áreas de controlo de cheias que combinam a utilização agrícola e recreativa da terra, projetos de regeneração de
vales húmidos, zonas pantanosas e áreas de aves de prado, planícies lodosas intertidais e pântanos.
BG Projeto de
regeneração de
zonas pantanosas
e redução da
poluição
Gestão da água Áreas principais,
áreas de
regeneração, zonas
de utilização
sustentável/serviços
ecossistémicos
Este projeto foi desenvolvido para ajudar a demonstrar como atividades de desenvolvimento rural ecológicas podem melhorar a subsistência. Centra-se na relação entre a pobreza e a qualidade do ambiente. Tal como afirmado no documento de avaliação oficial
(Ministério do Ambiente e da Água 2002): «A região ao longo da costa do Danúbio é uma das áreas mais pobres da Bulgária,
principalmente devido à diminuição da produtividade económica do rio Danúbio (observam-se volumes de pesca 10 vezes inferiores aos registados no final dos anos 60), o que afetou seriamente os rendimentos rurais e os meios de subsistência. Uma das causas
subjacentes da diminuição é a destruição das zonas pantanosas ribeirinhas, necessárias para a desova. Portanto, a regeneração da zona
pantanosa unida à utilização sustentável dos recursos naturais da região ajudará a aumentar o bem-estar da população local, permitindo-lhe aumentar as suas oportunidades económicas a nível da pesca, da agricultura, do turismo ecológico e também permitirá
às comunidades a jusante desfrutar de recursos de água mais limpos»
CY Programa de
gestão da área
costeira
Proteção costeira Áreas principais,
zonas de utilização
sustentável/serviços
ecossistémicos
O Programa de gestão da área costeira (CAMP) começou no Chipre em 2002 e o trabalho de projeto foi levado a cabo entre 2005 e
2007 com o objetivo de gerir toda a área costeira. O programa foi conjuntamente implementado pelo Governo cipriota (Serviço de Ambiente do Ministério da Agricultura, dos Recursos Naturais e do Ambiente) e pelo Plano de ação para o mediterrâneo (PAM). Este
uniu autoridades a nível nacional e local em instituições, em áreas costeiras selecionadas, para gerir as zonas costeiras e marinhas de
uma forma mais sistemática e integrada. O CAMP inclui a utilização de ferramentas como os Sistemas de informação geográfica (SIG), a Avaliação do impacto ambiental (AIA), a Avaliação ambiental estratégica (AAE) e a Análise económica (AE) para apoiar a
gestão dos recursos naturais, incluindo a água e o solo, e atividades económicas como o turismo, o desenvolvimento urbano, a
aquicultura e o tratamento do lixo. O principal objetivo do CAMP do Chipre é desenvolver uma estratégia de gestão costeira integrada. O programa centra-se na resolução de lacunas no quadro político atual relativamente a ordenamento e gestão costeiros e
particularmente na incorporação de preocupações ambientais nos processos de desenvolvimento.
Os objetivos específicos do CAMP do Chipre são:
fortalecer a integração de políticas para conservar e desenvolver os recursos costeiros de forma sustentável;
aumentar a colaboração entre os Departamentos competentes/Ministérios no processo de desenvolvimento de políticas e de implementação;
sensibilizar o público relativamente à magnitude e importância da gestão costeira;
harmonizar visões de desenvolvimento nacionais e locais e reconciliar políticas de ordenamento com aspirações de
desenvolvimento económico de comunidades locais.
PT 16 PT
CZ Sistema
territorial de
estabilidade
ecológica
Conservação da
biodiversidade
Áreas principais,
áreas de
regeneração, zonas
de utilização
sustentável/serviços
ecossistémicos,
elementos de
conectividade
natural
A iniciativa STEE começou oficialmente em 1992, apesar de já existirem planos e ocorrerem discussões desde dos anos 70. O conceito é parte da legislação ambiental nacional. É obrigatória como base para a utilização da terra ou para o ordenamento do território, para
planos de gestão florestal, documentos de gestão da água e outros documentos relativos à proteção e regeneração da paisagem. O sistema foi pensado para representar uma rede de segmentos de paisagem ecologicamente significantes, eficientemente distribuídos
com base em critérios funcionais e espaciais, abarcando condições bióticas, hidrológicas, de solo e topografia. Inicialmente, uma
extensa rede de 50 000 áreas principais e 85 000 corredores foi planeada, para ser centralmente mapeada. As áreas principais podem também ser representadas por áreas protegidas nacionalmente e pela Natura 2000, se coincidirem com o sistema STEE planeado. O
número estimado de características implementadas desde janeiro de 2010 correspondeu a menos de 200, em áreas principais e
corredores. Existe trabalho em curso para adaptar o sistema às condições atuais e futuras.
O principal objetivo desta iniciativa é reforçar a estabilidade ecológica da paisagem conservando ou regenerando ecossistemas e a sua
interconexão mútua. Tem como objetivo específico o seguinte:
manter e recuperar o património natural nacional;
reforçar a resiliência do ecossistema em paisagens degradadas e manter áreas intactas;
proporcionar impactos favoráveis nas zonas periféricas degradadas da paisagem.
DE O cinturão verde
alemão
Conservação da
biodiversidade
Áreas principais,
zonas de utilização
sustentável/serviços
ecossistémicos,
elementos de
conectividade
natural e elementos
de conectividade
artificial
O cinturão verde da antiga Cortina de ferro é uma rede ecológica de 1 393 km que atravessa parte da Alemanha. Consiste numa área de
17 656 hectares. Oito países europeus assinaram um acordo para formar um Cinturão verde que atravessa a Europa, com início no mar
de Barents e fim no mar Negro, do qual o Cinturão verde alemão forma parte. Este liga várias áreas protegidas para melhorar o seu
valor ecológico desenvolvendo estas ligações e construindo uma rede de agentes. Liga parques nacionais, parques naturais, reservas de
biosfera e áreas protegidas transfronteiriças (70% no total) e 30% de áreas não protegidas ao longo ou através de fronteiras. Suporta iniciativas de desenvolvimento regionais baseadas na conservação da natureza. Também denominado «rede de habitat transregional de
larga escala de grande importância ecológica». As áreas que antes formavam a Cortina de ferro e a linha da morte são agora o elemento
fundamental da rede do biótopo alemão. Cerca de 15% da área está degradada.
Os objetivos são os seguintes:
- conservar a biodiversidade e os ativos naturais únicos, começando por harmonizar os métodos de gestão em ambos os lados da fronteira;
- conservar o património natural nacional;
- conservar um monumento comemorativo para a história alemã recente;
- criar uma espécie de museu ao ar livre, uma secção transversal através de quase qualquer tipo de paisagem alemã;
- criar uma linha que já não divide mas une as antigas e as novas Länder da Alemanha, um monumento vivo da reunificação alemã.
Uma parte interessante desta iniciativa foi o lançamento de uma petição pública para a aquisição de Certificados de ações verdes. Qualquer comprador que ofereça 65 euros torna-se simbolicamente um acionista do Cinturão verde e recebe um certificado que o
comprova. As receitas dos certificados estão a ser utilizadas para comprar terra ao longo da antiga fronteira entre a Alemanha Oriental
e Ocidental, para financiar relações públicas e atividades de lóbi e apoiar os projetos de implementação.
PT 17 PT
DK Estratégia
dinamarquesa de
adaptação às
alterações
climáticas
Adaptação às
alterações
climáticas
Elementos de
conectividade
artificial, elementos
de conectividade
natural
Em 2008, a Dinamarca criou uma estratégia nacional de adaptação às alterações climáticas que também considera medidas de
adaptação de biodiversidade. O objetivo da estratégia é assegurar que, no futuro, as alterações climáticas são consideradas e integradas no ordenamento e desenvolvimento da forma mais adequada. Contém uma série de diretrizes para permitir que as autoridades, as
empresas e os cidadãos reajam prontamente e independentemente aos problemas que as alterações climáticas provocarão na sociedade
dinamarquesa. Nota que uma série de medidas estão em curso para garantir que a natureza permanece saudável e robusta em condições de alteração climática, por exemplo atividades para evitar a fragmentação da natureza e evitar e combater espécies invasoras.
A estratégia também refere que os municípios precisarão de informação e diretrizes relativas aos corredores verdes por motivos de ordenamento e que as autoridades e o público precisarão de informação sobre espécies invasoras. Refere ainda que serão necessárias
avaliações económicas numa série de áreas incluindo 1) os custos e benefícios de promover a adaptação da própria natureza às
alterações climáticas através de planeamento e regulamentação, o que resultará em menos fragmentação, garantirá o crescimento dos
corredores e reduzirá o número de fatores de tensão existentes; 2) adaptação às alterações climáticas natural e ambientalmente neutra
em setores que são importantes para a natureza, como por exemplo a gestão agrícola, florestal e costeira; 3) determinação de preços para bens e serviços da natureza que não possuem um valor de mercado direto, por exemplo a redução da poluição atmosférica,
tratamento de água, preservação do solo e modelos para calcular os benefícios socioeconómicos e os custos da gestão da natureza. As
medidas planeadas incluem a conversão de vales fluviais selecionados em zonas pantanosas naturais, medidas para reduzir o empobrecimento do oxigénio em águas marinhas ou medidas para combater a fragmentação do habitat.
EE Rede verde da
Estónia
Conservação da
biodiversidade
Áreas principais,
zonas de utilização
sustentável/serviços
ecossistémicos,
áreas urbanas e
periféricas urbanas
verdes, elementos
de conectividade
naturais
O país tem, desde os anos 70, assumido uma abordagem multifuncional para desenvolver redes ecológicas. No princípio dos anos 90, a
iniciativa da rede foi assumida por especialistas em ordenamento e em 1995 aprovou-se legislação relativa às redes ecológicas através
da Lei de construção e ordenamento. O plano de ordenamento do território de longo prazo nacional, Estónia 2010, estabeleceu os princípios básicos da rede ecológica estónia, identificando corredores e 12 áreas principais de importância nacional. O primeiro mapa
indicativo foi produzido em 1983 e a segunda fase de ordenamento do distrito (ordenamento temático) começou em 1999. Tem como
objetivo definir as condições ambientais para o desenvolvimento da utilização e ocupação da terra. As principais tarefas desta fase incluíam a conceção da rede ecológica que garantiria as suas utilizações naturais, ambientais e socioeconómicas para a área. O conceito
de redes ecológicas na Estónia está principalmente incorporado no sistema de ordenamento de território e é implementado através de
outros setores como a conservação da natureza, exploração florestal, gestão da água, entre outros. A nível de distrito, a rede ecológica é uma componente essencial do ordenamento distrital.
A proposta estabelece a abrangência total da rede ecológica em 55% do total do território estónio, em 12 áreas principais
comparativamente compactas. Esta área é suficientemente grande para realizar a função compensatória, não apenas a nível nacional, mas também a nível europeu. O sistema de ordenamento do território está principalmente organizado em torno de unidades
administrativas estónias (país — plano nacional > distritos — planos distritais > municípios — planos exaustivos). A rede ecológica é,
em vários graus, considerada nos três níveis de ordenamento.
Os principais objetivos são:
- completar funcionalmente a rede de áreas protegidas, ligando-as, formando um sistema completo com áreas naturais;
- proteger habitats naturais valiosos e preservar as rotas de migração dos animais selvagens, proteger e preservar paisagens valiosas;
- promover a conservação da natureza fora das áreas protegidas.
Os objetivos multifuncionais adicionais são:
- moldar a estrutura espacial das áreas naturais da forma mais razoável possível, considerando aspetos ecológicos, de proteção
ambiental, económicos e sociais;
- suavizar, compensar e prevenir o impacto antropogénico na natureza, para contribuir para a estratégia de desenvolvimento sustentável;
PT 18 PT
- oferecer a possibilidade da gestão ecológica, estilos de vida e lazer assegurando a acessibilidade espacial a áreas naturais;
- minimizar os conflitos de interesses futuros envolvendo diversos setores (exploração florestal, agricultura, transportes e lazer) através do ordenamento do território;
- orientar a utilização e ocupação da terra;
- preservar a capacidade de autorregulação natural do ambiente;
- apoiar a cooperação transfronteiriça e internacional.
EL Programa
operacional de
desenvolvimento
sustentável e
ambiente 2007–
13
Aprovisionamento
de serviços
ecossistémicos
Áreas principais,
zonas de utilização
sustentável/serviços
ecossistémicos
O programa operacional de desenvolvimento sustentável e ambiente gera financiamento estrutural e de outra natureza disponível para a
Grécia ao longo do período de 2007–13. O plano que delimita a conceção do programa parte do pressuposto que a Grécia está atrás das
outras economias europeias no que se refere ao nível de industrialização e portanto tem o potencial de combinar o crescimento económico com o desenvolvimento sustentável. O objetivo estratégico geral desta iniciativa política é proteger e gerir o ambiente de
maneira sustentável para que este seja o impulso para proteger a saúde pública e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e que seja
também um fator básico no impulso da competitividade económica através da gestão sustentável dos elementos ambientais, recursos naturais e centros urbanos (solo, água, atmosfera, natureza), melhorando a capacidade da administração pública de conceber e
implementar políticas ambientais e de melhorar a resposta da sociedade e dos cidadãos em matéria de proteção ambiental.
ES Para uma
infraestrutura
verde urbana em
Vitoria-Gasteiz
Aprovisionamento
de serviços
ecossistémicos
Zonas de utilização
sustentável/serviços
ecossistémicos,
áreas urbanas e
periféricas urbanas
verdes, elementos
de conectividade
natural, elementos
de conectividade
artificial
Vitoria-Gasteiz, a capital do País Basco no norte de Espanha, ganhou o prémio de Capital Verde da Europa em 2012. É uma das cidades europeias com o maior número de áreas verdes por habitante (aproximadamente 45 m2 por pessoa) — a população inteira vive
a 300 m de uma área verde aberta. Durante mais de 30 anos, a cidade investiu no seu cinturão verde de 613 hectares que em breve se
converterá em 950 hectares, numa mudança de mobilidade bem-sucedida, uma extensa rede de parques, passeios citadinos e sistemas de gestão de água sustentáveis. O cinturão verde seminatural tem sido um trabalho em curso desde o princípio dos anos 90 e envolveu
muito trabalho e investimento na reconquista de áreas degradadas como saibreiras e zonas pantanosas drenadas. Este une a cidade e o
campo — duas das suas áreas pantanosas suburbanas restauradas foram reconhecidas pelo seu valor natural com o estatuto de proteção internacional. São também áreas de purificação e retenção de água eficientes, parques e centros de visitas, que minimizam o fluxo de
água do rio que entra na rede de tratamento de águas residuais da cidade. Se este facto não se tivesse verificado a rede teria de ter sido
renovada e alargada.
Além das funções meramente estéticas e das que se relacionam com a utilização recreativa por parte da população, o cinturão verde da
cidade assume um papel fundamental no arrefecimento do clima urbano no verão, aumentando o nível de conforto, reduzindo a
contaminação, captando carbono, aumentado a permeabilidade do solo e, consequentemente, melhorando a biocapacidade urbana. Projetos de parques empresariais transformarão espaços degradados em áreas urbanas mistas e cursos de água na cidade serão
reabertos. Novas pontes verdes serão construídas para ligar áreas residenciais com o campo. Tudo isto é possível graças ao
ordenamento do território urbano rigoroso por parte do governo e dos cidadãos e ao compromisso de longo prazo. Com a crise económica atual e a luta contra níveis de desemprego elevados em Espanha, Vitoria-Gasteiz está a investir fortemente na educação e
no emprego ecológicos associados à tecnologia e à inovação ou através de programas para melhorar o ambiente natural e recuperar a
biodiversidade.
FR Infraestrutura
verde e azul
Conservação da
biodiversidade
Áreas principais,
áreas de
regeneração,
elementos de
conectividade
natural
A rede verde e azul é uma ferramenta-chave no ordenamento do território nacional. O seu objetivo principal é parar o declínio da biodiversidade conservando e regenerando as continuidades ecológicas para assegurar o aprovisionamento de serviços ecossistémicos.
A infraestrutura verde e azul é gerida localmente entre o estado e as autoridades locais (principalmente as regiões) e em consulta com
outros intervenientes, numa base contratual, num quadro coerente estabelecido pelo estado. O representante do governo central na região (prefet de region) define o plano final depois de consultar o conselho regional (parliament). O objetivo geral é garantir que a
preservação da biodiversidade é tida em conta nas decisões de ordenamento, especialmente em esquemas de coerência territorial
(ScoTs) e esquemas de ordenamento urbano local (PLUs).
PT 19 PT
A nível nacional, um documento-quadro intitulado «Direções gerais para a preservação e a melhoria das continuidades ecológicas»
(«Orientations nationales pour la préservation et la remise en bon etat des continuités écologiques») foi desenvolvido e atualizado pelas autoridades competentes. Também formaram um comité da rede verde e azul nacional, cujos membros são representantes das
autoridades locais, agentes económicos, parques nacionais e ONG ambientais. A nível regional, foi desenvolvido um documento-
quadro intitulado «Plano regional para a coerência ecológica» («Schéma régional de cohérence écologique») considerando o quadro nacional. O quadro regional, que inclui a identificação de áreas, o mapeamento e outra informação relativa a medidas planeadas é
enviado às autoridades locais para que o tenham em consideração. Os esquemas regionais precisam de ser tidos em conta nas
ferramentas de ordenamento local.
HU Programa
agroambiental
nacional húngaro
Aprovisionamento
de serviços
ecossistémicos
Utilização
sustentável/zonas
de serviços
ecossistémicos
Este programa procura proteger a biodiversidade em terra agrícola, área que cobre 83% da Hungria. Lançado em 2002, proporciona
apoio financeiro a agricultores que implementam voluntariamente sistemas agrícolas agroambientais. São particularmente encorajados
a fazê-lo em áreas ambientalmente sensíveis, definidas como «qualquer área extensivamente cultivada que serve para conservar métodos de cultivo ecológicos e, consequentemente, proteger os habitats naturais e conservar a biodiversidade, os ativos de paisagem e
os ativos culturais e históricos». Algumas medidas agroambientais são orientadas para espécies específicas, como a abetarda-comum e
o codornizão. O programa incluía 2160 agricultores e abrangia 121 614 hectares de áreas ambientalmente sensíveis em 2011.
Os objetivos específicos são:
ordenamento a nível agrícola de preceitos de utilização das terras com a ajuda de um sistema de aconselhamento e tendo em consideração as especificidades do ambiente local na definição de requisitos de gestão;
o fortalecimento da ligação entre os requisitos de gestão e as necessidades ecológicas de espécies-alvo;
melhoria das atividades de monitorização para medir os benefícios naturais e ambientais dos pagamentos;
harmonização genérica do programa com a rede Natura 2000.
IE Zonas
pantanosas
construídas
integradas
Aprovisionamento
de serviços
ecossistémicos
Áreas de
regeneração, zonas
de utilização
sustentável/serviços
ecossistémicos
O termo e o conceito de Zona pantanosa construída integrada (ICW) foram desenvolvidos nos anos 80 e 90 pelo Departamento irlandês
do ambiente, património e governo local. A iniciativa subsequente foi desenvolvida pelo Serviço de Parques Nacionais e Vida Selvagem (NPWS). O conceito foi desenvolvido a partir de trabalho realizado no final dos anos 80 e no princípio dos anos 90 na bacia
hidrográfica de 25 km2 do rio Dunhill-Annestown no distrito de Waterford para melhor gerir os recursos naturais para a comunidade
rural. A iniciativa assistiu à construção de numerosos exemplos de ICWs que puseram o conceito em prática, e ao desenvolvimento de orientação formal proporcionada pelo governo nacional. Este conceito procura criar «infraestruturas ecológicas que são em grande
parte autoadministráveis, biologicamente autoconcebíveis e que possuem coerência social e económica». Pretende-se que estas também
proporcionem habitat adicional para espécies relacionadas com zonas pantanosas, anteriormente ubíquas na Irlanda. Em particular, as ICWs promovidas pela iniciativa imitam em grande parte a estrutura e os processos encontrados nessas zonas pantanosas dominadas
por vegetação emergente, com águas pouco profundas e solos ricos em nutrientes.
Objetivos específicos:
conter e tratar influentes em áreas com vegetação emergentes;
colocar esteticamente a estrutura da zona pantanosa na paisagem local para melhorar os valores complementares do local;
melhorar a diversidade do habitat e a gestão da natureza;
defender as vantagens da regeneração de alguns serviços-chave ambientais das zonas pantanosas e do seu respetivo habitat
perdido.
PT 20 PT
IT Cinturão verde
urbano de
Mirandola
Atenuação das
alterações
climáticas e
relativa adaptação
Zonas de utilização
sustentável/serviços
ecossistémicos,
áreas urbanas e
periféricas urbanas
O Plano energético local do município de Mirandola, na região de Emilia Romagna, procura reduzir significativamente o consumo de energia e contribuir para a atenuação das alterações climáticas (20% de redução de energia até 2020). Uma das medidas consiste na
criação de um cinturão verde à volta da cidade para proporcionar arrefecimento e sombra no verão, e captar CO2. Isto é conseguido utilizando a «transferência de direitos de desenvolvimento», através da qual os agentes de desenvolvimento podem aumentar o
tamanho dos seus edifícios se reservarem grande parte do terreno para espaço verde. Os espaços verdes individuais formam um
cinturão verde contínuo. Normas de desenvolvimento flexíveis e negociáveis encorajam os agentes de desenvolvimento a participar no ordenamento da cidade e reduzem o tempo de espera para a autorização de ordenamento. A iniciativa começou em 2001 e as primeiras
áreas florestais foram plantadas em 2003. A medida relacionada «Una città nel bosco» («Uma cidade no bosque») procura criar uma
área florestal de cerca de 1,3 milhões de m2 relacionada com programas de construção de edifícios residenciais de consumo de energia reduzido. Isto incluiria cerca de 440 000 m2 de floresta ao longo da autoestrada Cispadana planeada.
LT Desenvolvimento
de uma rede
ecológica piloto
no sul da
Lituânia
Conservação da
biodiversidade
Áreas principais,
áreas de
regeneração,
elementos de
conectividade
natural, elementos
de conectividade
artificial
A duração do projeto é de 2010–14 e envolve três atividades principais: proteção de espécies-alvo, criação da rede ecológica e educação da comunidade local. As espécies-alvo do programa são espécies de répteis e anfíbios incluídas na Diretiva habitats e uma
série de espécies de aves e invertebrados que precisam de pequenas massas de água permanentes, pequenos prados ou declives
arenosos descobertos. O sistema de área protegida atual no sul da Lituânia não protege estas espécies-alvo o suficiente e não assegura a migração entre os habitats bioecologicamente mais importantes. O projeto procura criar corredores ecológicos no sul da Lituânia que
deveriam assegurar um estado de conservação favorável para espécies e aumentar o valor ecológico da região.
Outra atividade do projeto consiste em distinguir critérios de seleção científicos e legais no estabelecimento de uma rede ecológica. Estes critérios serão designados para a proteção da biodiversidade em geral. Espera-se que cubra a totalidade do território da Lituânia.
Estas atividades serão coordenadas com as das comunidades locais justificando os benefícios destas ações para a natureza e as pessoas.
Materiais educativos, eventos e artigos nos jornais locais e nacionais, a página Web do projeto e uma trilha natural serão utilizados para educar a comunidade local acerca do ambiente.
LU O contrato do rio Gestão da água Utilização
sustentável/zonas
de serviços
ecossistémicos
O Contrato para o rio Haute Sure é um projeto transfronteiriço, implementado com o apoio da União Europeia, do Luxemburgo, da
Valónia (Bélgica) e de Lorena (França). O objetivo é conceber uma série de medidas para proteger e gerir melhor os recursos de água. Depende da participação do público geral e da consulta de todos os agentes para alcançar a gestão sustentável e razoável da água.
Procura combinar medidas para melhorar a qualidade da água, da biodiversidade, da qualidade estrutural e das atividades recreativas
aquáticas. É um programa plurianual para regenerar, proteger e valorizar o vale de Haute Sure e respetivo rio. A cooperação, o diálogo e o acordo são aspetos-chave do projeto e a participação voluntária dos agentes é fundamental. Também procura melhorar a
cooperação entre cidades e a coordenação entre diferentes projetos na região. Finalmente, é uma plataforma para promover o
património cultural e paisagístico e para sensibilizar os cidadãos do vale, informando-os e trocando experiências.
LV Proteção e gestão
dos habitats
costeiros
Proteção costeira Utilização
sustentável/zonas
de serviços
ecossistémicos
Até há pouco, a costa da Letónia foi poupada do impacto humano negativo. Consequentemente, possui atualmente uma série de tipos de habitats impressionante: dunas arborizadas, cinzentas e brancas, lagoas costeiras, prados costeiros bálticos boreais e brejos calcários.
No entanto, a região está a sofrer com a pressão humana crescente, com o aumento dos turistas de ano para ano. Para assegurar a conservação, regeneração e gestão sustentável dos habitats costeiros e das espécies de importância comunitária, o projeto (2001–06)
centrou-se nos seguintes objetivos amplos:
Mapeamento e avaliação dos habitats costeiros de importância comunitária em todo o cinturão de proteção.
Planeamento das medidas de proteção e gestão adequadas em áreas naturais protegidas onde não existiam planos de conservação
da natureza.
Implementação de medidas de gestão em zonas costeiras em áreas de elevado e crescente valor turístico.
PT 21 PT
Regeneração e conservação de prados costeiros e dunas cinzentas em áreas onde a proteção imediata é necessária (corte de árvores e arbustos, ceifa e pastagem); remoção de espécies de plantas invasoras agressivas (em algumas áreas onde se espalharam
rapidamente e destruíram flora autóctone).
Preparação e disseminação de informação acerca do projeto costeiro e acerca dos habitats costeiros de importância comunitária ameaçados e da sua respetiva proteção.
MT Proteção de
corredores
ecológicos —
muros de pedra
solta
Conservação da
biodiversidade
Elementos de
conectividade
artificial
Os muros de pedra solta que se encontram por Malta exercem a função de fronteiras entre campos de explorações agrícolas. Também
permitem que a água da chuva excessiva seja drenada dos campos, beneficiando a produção agrícola e minimizando a erosão do solo.
Estes são um corredor ecológico importante e um refúgio para fauna terrestre em perigo. Originalmente construídos a partir de pedra
calcária local, estes elementos arquitetónicos criam uma paisagem muito distintiva que proporciona continuidade com os elementos e
materiais históricos de muitas aldeias e de outros centros urbanos. Ao longo dos séculos, o sistema de socalcos e a construção de muros
de pedra solta para retenção permitiram a expansão das atividades agrícolas ao longo de declives íngremes que, de outra forma, teriam sido considerados marginais. Os muros de pedra solta tradicionalmente construídos e mantidos também são importantes como habitat
para muitas espécies de flora e fauna e como estruturas de conservação do solo.
Para conservar e manter estas estruturas, o governo de Malta aprovou regulamentação no sentido do seu reconhecimento e proteção,
considerando a sua importância ambiental, histórica e arquitetónica, o seu papel no habitat para a flora e a fauna e a sua importância
vital para a conservação do solo e da água. Estes regulamentos proíbem a sua modificação ilegal através de atividades humanas proibidas e proporcionam a base para ações corretivas. Distribuiu-se financiamento para a restauração de muros de pedra solta em
sistemas de socalcos nos Programas de desenvolvimento rural de 2004–06 e 2007–13.
NL Programa espaço
para o rio
Proteção contra
cheias
Elementos de
conectividade
naturais
O programa espaço para o rio está a realizar uma série de ações para aumentar a capacidade de carga dos principais rios que percorrem
os Países Baixos de forma a aumentar a segurança dos 4 milhões de habitantes. O período do programa é de 2006 a 2015 (com um
orçamento de 2,2 biliões de EUR) e inclui o objetivo secundário de melhorar o valor da biodiversidade das bacias hidrográficas, nas
quais isto poderia ser combinado com medidas de controlo de cheias. O desenvolvimento e implementação do programa é da responsabilidade principal do Ministério das Infraestruturas e do Ambiente em cooperação com as respetivas províncias, municípios e
autoridades da água. O objetivo principal é aumentar o fluxo máximo seguro dos rios que entram nos Países Baixos até um nível que
ocorre uma vez em cada 1 250 anos. A biodiversidade da bacia hidrográfica será melhorada através da implementação de 39 projetos ao longo dos rios. Os que se podem classificar como Infraestrutura verde incluem projetos para alargar e/ou descer a área alagável, e
alagar terra antes reclamada.
PL Melhorar a
capacidade de
armazenamento
de água e
prevenir as
cheias e as secas
nos ecossistemas
florestais das
planícies
Aprovisionamento
de serviços
ecossistémicos
Áreas principais,
zonas de utilização
sustentável/serviços
ecossistémicos
O objetivo deste projeto é parar ou reduzir o caudal de água de superfície na vizinhança de pequenas bacias hidrográficas e apoiar o
desenvolvimento da paisagem natural. As atividades incluem a construção ou renovação de várias centenas de sistemas de armazenamento de água em florestas de planície em todo o país. Um dos principais objetivos do projeto é apoiar bons métodos
ecológicos de retenção de água. Melhorar o equilíbrio da água melhorará a biodiversidade em ecossistemas florestais e travará as
cheias e as secas. Outros benefícios incluem a produção de biomassa de madeira, melhor controlo dos incêndios, captação de CO2 e melhor qualidade da água para as comunidades na vizinhança. O projeto pode tornar-se o primeiro esforço de larga escala na Europa
para desenvolver sistemas de retenção de água de pequena escala nas florestas. Financiado pelo fundo de coesão, beneficiará 178
distritos florestais. Os custos de implementação entre 2007 e 2014 serão de cerca de 50 milhões de EUR.
PT 22 PT
PT Reserva
ecológica
nacional
Conservação da
biodiversidade
Áreas principais,
zonas de utilização
sustentável/serviços
ecossistémicos,
elementos de
conectividade
natural
Uma reserva ecológica nacional (REN) é uma estrutura biofísica que integra todas as áreas, por valor e sensibilidade ecológica ou
exposição e suscetibilidade a perigos naturais, que devem receber proteção especial. Define uma rede de áreas de conservação, incluindo áreas costeiras e ribeirinhas, recargas de aquífero e áreas de declive íngreme para proteção contra erosão. As áreas ao abrigo
da regulamentação da REN têm de ser identificadas em planos regionais e locais. Os comités especiais gerem a aplicação desta
regulamentação e gerem conflitos. Estes envolvem as autoridades locais e as agências públicas regionais e centrais. A regulamentação procura:
- proteger os recursos do solo e da água e salvaguardar sistemas e processos biofísicos associados aos ciclos de água terrestres e
costeiros, assegurando o aprovisionamento de bens ambientais e serviços essenciais para o desenvolvimento de atividades humanas;
- prevenir e reduzir os efeitos da degradação da recarga da água subterrânea, o risco de cheias, seca, erosão do solo e movimentos
massivos em declives, contribuindo assim para a adaptação, para a conectividade e coerência ecológica e para a realização das
prioridades da Agenda territorial da União Europeia e áreas ambientais de gestão de perigos naturais transeuropeus.
RO Corredor verde
do Baixo
Danúbio
Conservação da
biodiversidade
Áreas principais,
áreas de
regeneração, zonas
de utilização
sustentável/serviços
ecossistémicos
O acordo do Corredor verde do Baixo Danúbio foi assinado em 2000 pelos governos da Roménia, Bulgária, Ucrânia e Moldávia. Este reconhece a necessidade e a responsabilidade partilhada de proteger e gerir de forma sustentável uma das regiões de biodiversidade
mais excecionais do mundo. Projetos de regeneração levados a cabo com o apoio da WWF, com um enfoque de implementação
prática, projetos de demonstração, e trabalho com agentes locais, especialmente para promover o desenvolvimento local sustentável. Esta iniciativa de larga escala procura coordenar a conservação da biodiversidade local e a gestão da água entre vários países,
dedicando particular atenção à conservação de zonas pantanosas e à gestão das áreas alagáveis. A rede inclui áreas que estão
estritamente protegidas (incluindo locais Natura 2000) e áreas onde as atividades económicas são possíveis, com zonas de proteção a separá-las. Os signatários comprometeram-se a estabelecer o corredor composto por 773 166 hectares de áreas protegidas existentes,
mais 160 626 hectares de novas áreas protegidas propostas, (proteção para 1 milhão de hectares de áreas protegidas existentes e novas)
e 223 608 hectares de áreas propostas para serem convertidas em áreas alagáveis naturais.
SE Estratégia da
empresa
Sveaskog
Gestão sustentável
da floresta
Áreas principais,
áreas de
regeneração, zonas
de utilização
sustentável/serviços
ecossistémicos,
elementos de
conectividade
natural
A Sveaskog é uma empresa florestal estatal sueca detentora de 15% da terra florestal produtiva do país (as florestas produtivas cobrem mais de metade da área total da Suécia), tornando-a na principal proprietária de floresta na Suécia. A empresa tem como objetivo
tornar-se líder no desenvolvimento de todo o tipo de valores florestais. Lançou um programa com o objetivo de utilizar 20% da terra da
empresa para proteção da biodiversidade. As diferentes ferramentas estratégicas foram desenvolvidas para implementar a política da empresa e alcançar os objetivos ambientais. A empresa opera a diferentes níveis que se reforçam e se complementam. Medidas
adicionais como a regeneração de 50 áreas alagáveis, o desenvolvimento de programas climáticos e a consideração de serviços ecossistémicos começaram a ser implementados.
(1) A Sveaskog está no processo de implementar 36 parques ecológicos, paisagens longas e contínuas de elevado valor biológico e
ecológico, por toda a Suécia. O seu tamanho médio é de cerca de 5 000 hectares, com parques de 1 000 a 20 000 hectares. No total, os parques ecológicos constituem 5% da terra do emparcelamento, o que corresponde a 175 000 hectares. Pelo menos metade da terra
florestal produtiva é utilizada para a conservação da natureza e os valores ecológicos estão por cima dos valores financeiros num
parque ecológico.
(2) Florestas deixam de produzir para conservar a natureza (300 000 hectares de parcelas de terra mais pequenas são utilizadas apenas
para conservação). Critérios como responsabilidade internacional por tipos de floresta específicos e a sub-representação nacional para
os mesmos, bem como vários critérios de ecologia paisagística, também foram utilizados na seleção de florestas com elevado valor de conservação atualmente, mas também com elevado potencial ecológico para recuperar valores no futuro próximo.
(3) Ter a natureza em conta em florestas de produção (relacionado com regulamentação estabelecida no ato florestal sueco). Todas as
parcelas florestais da Sveaskog estão certificadas de acordo com as normas FSC na Suécia. Árvores individuais, grupos de árvores ou áreas mais pequenas da floresta são preservadas durante o derrubamento de árvores. Em média, 9% de cada povoamento florestal
comercial será preservado, o que soma 250 000 hectares.
PT 23 PT
SI Proteção das
áreas alagáveis
do rio Sava
Gestão da água Áreas principais,
áreas de
regeneração, zonas
de utilização
sustentável/serviços
ecossistémicos,
elementos de
conectividade
natural
Duração do projeto de 2007–09. No seguimento da assinatura do Acordo-Quadro Internacional (AQI) em dezembro de 2003, a Eslovénia, a Croácia, a Sérvia e a Bósnia-Herzegovina criaram a Comissão da Bacia do Sava em Junho de 2005. A tarefa prioritária da
comissão era elaborar um plano de gestão integrada da bacia hidrográfica (GIBH) cumprindo com os requisitos da Diretiva-Quadro da Água (DQA) da UE e de outra legislação da UE baseada no AQI. Os objetivos principais eram:
- apoiar a cooperação transfronteiriça e o acordo entre os países Sava para designar e gerir uma rede ecológica de áreas protegidas,
zonas de proteção e corredores para tipos de habitat e espécies de importância europeia;
- proteger biodiversidade importante global e apoiar o desenvolvimento rural encorajando práticas sustentáveis da utilização da terra e
o turismo rural.
SK Corredor Alpes-
Cárpatos
Conservação da
biodiversidade
Elementos de
conectividade
natural, elementos
de conectividade
artificial
Baseando-se numa iniciativa original do Parque nacional de Donau-Auen e do Ministério Federal Austríaco do Trânsito, Inovação e
Tecnologia, em 2002, uma série de organizações, desde ONG como o WWF e organizações de caça até autoridades rodoviárias
eslovacas e austríacas, decidiram apoiar o desenvolvimento de corredores verdes que atravessassem os Alpes e os Cárpatos, reconhecendo a importância da implementação de medidas que apoiam a migração de espécies e as trocas genéticas entre as duas áreas
montanhosas. A parceria resultou numa série de atividades na Áustria e na Eslováquia, desde o desenvolvimento de uma primeira
ponte verde na Áustria à criação de passagens de vida selvagem na Eslováquia. A isto seguiu-se um projeto denominado Corredor Alpes-Cárpatos (2008–12), financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e pelas autoridades austríacas, que
incluía investigação científica, desenvolvimento de pontes verdes, integração de corredores verdes no ordenamento do território e
campanhas de sensibilização. O seu objetivo geral é «salvaguardar a conectividade ecológica entre os Alpes e os Cárpatos através da integração especial de instrumentos de ordenamento do território e do acionamento do desenvolvimento sustentável que considera
tanto os requisitos humanos como os da vida selvagem, centrando-se nos pontos principais de passagem».
SU Programa de
biodiversidade
florestal para o
sul da Finlândia
Conservação da
biodiversidade
Áreas principais,
áreas de
regeneração, zonas
de utilização
sustentável/serviços
ecossistémicos,
elementos de
conectividade
natural
O Programa de biodiversidade florestal para o sul da Finlândia, isto é o programa METSO (2008–16) começou em 2008 para travar a
perda da biodiversidade florestal, melhorando a rede de áreas protegidas da Finlândia e os métodos florestais utilizados em florestas geridas comercialmente (METSO 2011). O programa METSO procura melhorar a conservação de florestas privadas e estatais. As
medidas serão financiadas principalmente através do quadro orçamental anual atribuído pelo Ministério do ambiente e pelo Ministério
da agricultura e exploração florestal. Resoluções orçamentais anteriores tinham garantido um financiamento no valor de 182 milhões de EUR até 2012. Uma parte importante do programa são as atividades de conservação voluntárias que serão implementadas através de
acordos temporários ou permanentes. O proprietário da floresta será compensado pelos custos da gestão da natureza no local e pela
perda de rendimento. A abordagem voluntária é valorizada pelos proprietários florestais, que também valorizam a independência na tomada de decisões e a possibilidade de conservar os seus direitos de propriedade nos esquemas de conservação disponíveis.
Também podem estabelecer redes de cooperação ao abrigo do programa. O objetivo disto é ajudá-los a manter paisagens florestais
mais amplas, desenvolver atividades recreativas conjuntas relacionadas com a biodiversidade florestal e gerir habitats valiosos. Uma
rede de cooperação pode consistir no estabelecimento de fronteiras florestais ou na inclusão de áreas florestais em diversos municípios.
O programa tem os seguintes objetivos. No que se refere ao estabelecimento de uma rede de área protegida, um total de 96 000 hectares de áreas oferecidas por proprietários de terras será estabelecido como reserva natural privada ou adquirido pelo estado até 2016. No
que se refere às florestas comercialmente geridas, a área total de locais onde a biodiversidade está salvaguardada (através de práticas de
gestão) em florestas de propriedade privada deverá aumentar entre 82 000 a 173 000 hectares até 2016. Estes locais incluem 400 a 800 projetos de gestão de habitat. No que se refere a florestas estatais, devem ser feitas propostas para a ampliação de áreas protegidas de
valor para a biodiversidade em terras estatais em 10 000 hectares entre 2008 e 2010, em associação com processos de planeamento de
recursos naturais.
PT 24 PT
UK Estratégia de
infraestruturas e
visão ecológicas
de Cambridge
Aprovisionamento
de serviços
ecossistémicos
Áreas principais e
de regeneração,
zonas de utilização
sustentável/serviços
ecossistémicos,
áreas urbanas e
periféricas urbanas
verdes, elementos
de conectividade
naturais/artificiais
Espera-se que, ao longo dos próximos vinte anos, a população da região de Cambridge aumente em 130 000, sendo que o número atual
é de 425 000. Este aumento populacional pode ser interpretado como uma oportunidade para melhorar a qualidade de vida das comunidades existentes. Os desenvolvimentos urbanísticos pressionarão o ambiente (p. ex, em termos de perda de habitat,
fragmentação e perturbação), mas proporcionarão simultaneamente oportunidades de melhorar a infraestrutura verde adjacentes que se
poderiam ligar numa rede estratégica de espaços verdes. Muito dependerá do quanto a infraestrutura existente, incluindo a infraestrutura verde, pode ser melhorada para apoiar o crescimento populacional esperado. O aprovisionamento de infraestrutura verde
foi identificado como uma prioridade-chave para a implementação bem-sucedida da agenda de crescimento. Estratégias e visões
subsequentes foram desenvolvidas para permitir abordagens que consideram o contexto futuro para os próximos 20 a 30 anos.
Isto é sustentado pelos seguintes objetivos estratégicos:
Conectividade dos habitats — o aprovisionamento de melhores ligações entre recursos de infraestrutura verde existentes e propostos é essencial para o sucesso desta estratégia.
Multifuncionalidade — sempre que possível, o espaço verde nos conjuntos residenciais e à volta destes deve ser multifuncional,
incorporando diferentes utilizações como a agricultura, o acesso, o lazer e a biodiversidade na situação local.
Acesso ampliado — melhor acesso para todos, e através de meios sustentáveis, incluindo acesso a pé, de bicicleta, a cavalo e de barco
para promover um estilo de vida mais saudável, é fundamental.
Melhoria da paisagem — a estratégia deve refletir os padrões distintivos da paisagem de Cambridge, em termos das suas paisagens naturais, históricas e culturais.
Melhoria da biodiversidade — a estratégia deve refletir os recursos de biodiversidade, padrões e alvos regionais e melhorar os
ambientes naturais distintivos do distrito.