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COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EDUCAÇÃO INFANTIL 2. Contos acumulativos ou de repetição Contos acumulativos são histórias em que os episódios são sucessivamente

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  • COMUNICAO E EXPRESSO EDUCAO INFANTIL 2
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  • Contos acumulativos ou de repetio Contos acumulativos so histrias em que os episdios so sucessivamente encadeados com aes e gestos articulados em longa seriao. Tm caractersticas de uma longa parlenda, contada e recontada para divertir as crianas. Disponvel em: acesso em 24 jul.2013http://sugestoescolaresdiversas.blogspot.com.br/2011/07/contos- acumulativos.html
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  • A casa sonolenta
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  • Era uma vez Uma casa sonolenta Onde todos viviam dormindo
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  • Nessa cama tinha uma av, uma av roncando, numa cama aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
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  • Sobre a av tinha um menino, um menino sonhando, em cima de uma av roncando, numa cama aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
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  • Sobre o menino tinha um cachorro, um cachorro cochilando, em um menino sonhando, em cima de uma av roncando, numa cama aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
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  • Sobre o cachorro tinha um gato um gato ressonando, num cachorro cochilando, em cima de uma av roncando, numa cama aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
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  • Sobre esse gato tinha um rato, um rato dormitando, em um gato ressonando, sobre um cachorro cochilando, em cima de uma av roncando, numa cama aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
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  • Nesse rato tinha uma pulga... Ser possvel? uma pulga acordada, em um rato dormitando, sobre um gato ressoando, e um cachorro cochilando, sobre um menino sonhando, em cima de uma av roncando, numa cama aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
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  • Uma pulga acordada, que picou o rato, que assustou o gato, que arranhou o cachorro, que caiu sobre o menino, que deu um susto na av, que quebrou a cama, numa casa sonolenta, onde ningum mais estava dormindo.
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  • Vdeo: A Casa Sonolenta
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  • Slvio Romero Crtico e historiador de literatura brasileira. Nasceu em 21 de abril de 1851, na cidade de Lagarto, Sergipe. Faleceu em 18 de junho de 1914, na cidade do Rio de Janeiro. Estudou na Faculdade de Direito do Recife entre os anos de 1868 e 1973. Disponvel em: http://www.infoescola.com/biogr afias/silvio-romero/ acesso em 24 jul.2013 http://www.infoescola.com/biogr afias/silvio-romero/
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  • O MACACO E O RABO Conto em duas verses recolhidas por Slvio Romero: a primeira em Sergipe e a segunda em Pernambuco Disponvel em: http://www.jangadabrasil.com.br/janeiro/im50100a.htm. acesso em 24 jul.2013http://www.jangadabrasil.com.br/janeiro/im50100a.htm
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  • O macaco e o rabo Um macaco uma vez pensou em fazer fortuna. Para isso foi-se colocar por onde tinha de passar um carreiro com seu carro. O macaco estendeu o rabo pela estrada por onde deviam passar as rodeiras do carro. O carreiro, vendo isso, disse: - Macaco, tira teu rabo do caminho, eu quero passar. No tiro, - respondeu o macaco. O carreiro tangeu os bois, e o carro passou por cima do rabo do macaco, e cortou-o fora.
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  • O macaco, ento, fez um barulho muito grande: - Eu quero meu rabo, ou ento d-me uma navalha O carreiro lhe deu uma navalha, e o macaco saiu muito alegre a gritar: - Perdi meu rabo! Ganhei uma navalha! Tinglin, tinglin, que vou para Angola! Seguiu. Chegando adiante, encontrou um negro velho, fazendo cestas e cortando os cips com o dente.
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  • O macaco:- Oh, amigo velho, coitado de voc! Ora, est cortando os cips com o dente tome esta navalha. O negro aceitou, e quando foi partir um cip, quebrou-se a navalha. O macaco abriu a boca no mundo e ps-se a gritar: - Eu quero minha navalha, ou ento me d um cesto! O negro velho lhe deu um cesto e ele saiu muito contente gritando: - Perdi meu rabo, ganhei uma navalha, perdi minha navalha, ganhei um cesto Tinglin, tinglin, que vou pra Angola!
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  • Seguiu. Chegando adiante, encontrou uma mulher fazendo po e botando na saia. Ora, minha sinh, fazendo po e botando na saia! Aqui est um cesto. A mulher aceitou, e, quando foi botando os pes dentro, caiu o fundo do cesto. O macaco abriu a boca no mundo e ps-se a gritar: - Eu quero o meu cesto, quero o meu cesto, seno me d um po!
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  • A mulher deu-lhe o po, e ele saiu muito contente a dizer: - Perdi meu rabo, ganhei uma navalha, perdi minha navalha, ganhei um cesto, perdi meu cesto, ganhei um po Tinglin, tinglin, que vou pra Angola! E foi comendo o po..............................................................................................
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  • O MACACO E O RABO Uma ocasio achavam-se na beira da estrada um macaco e uma cotia e vinha passando na mesma estrada um carro de bois cantando. O macaco disse para a cotia: - Tira o teu rabo da estrada, seno o carro passa e corta. Embebido nesta conversa, no reparou o macaco que ele que corria o maior risco, e veio o carro e passou em riba do rabo dele e cortou.
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  • Estava um gato escondido dentro de uma moita, saltou no pedao do rabo do macaco e correu. Correu tambm o macaco atrs, pedindo o seu pedao de rabo. O gato disse: - S te dou, se me deres leite. Onde tiro leite? disse o macaco. Respondeu o gato: - Pede vaca. O macaco foi vaca e disse: - Vaca, d-me leite para dar ao gato, para o gato dar-me o meu rabo.
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  • No dou; s se me deres capim. disse a vaca. Donde tiro capim? - Pede velha. Velha, d-me capim, para eu dar vaca, para a vaca dar-me leite, o leite para o gato me dar o meu rabo. No dou; s se me deres uns sapatos. Donde tiro sapatos? - Pede ao sapateiro.
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  • Sapateiro, d-me sapatos, para eu dar velha, para a velha me dar capim, para eu dar vaca, para a vaca me dar leite, para eu dar ao gato, para o gato me dar o meu rabo. No dou; s se me deres cerda. Donde tiro cerda? - Pede ao porco.
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  • Porco, d-me cerda, para eu dar ao sapateiro, para me dar sapatos, para eu dar velha, para me dar capim, para eu dar vaca, para me dar leite, para eu dar ao gato, para me dar o meu rabo. No dou; s se me deres chuva. - Donde tiro chuva? - Pede s nuvens.
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  • Nuvens, dai-me chuva, para o porco, para dar-me cerda para o sapateiro, para dar-me sapatos para dar velha, para me dar capim para dar vaca, para dar-me leite para dar ao gato, para dar meu rabo - No dou; s se me deres fogo. Donde tiro fogo? - Pede s pedras.
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  • Pedras, dai-me fogo, para as nuvens, para a chuva para o porco, para cerda para o sapateiro, para sapatos para a velha, para capim para a vaca, para leite para o gato, para me dar meu rabo. No dou; s se me deres rios. Donde tiro rios? - Pede s fontes
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  • Fontes, dai-me rios, os rios ser para as pedras, as pedras me dar fogo, o fogo ser para as nuvens, as nuvens me dar chuvas, as chuvas ser para o porco, o porco me dar cerda, a cerda ser para o sapateiro, o sapateiro fazer os sapatos, os sapatos ser para a velha, a velha me dar capim, o capim ser para a vaca, a vaca me dar o leite, o leite ser para o gato, o gato me dar meu rabo.
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  • Alcanou o macaco todos os seus pedidos. O gato bebeu o leite, entregou o rabo. O macaco no quis mais, porque o rabo estava podre.
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  • Atividade em grupo: Agora sua vez de redigir um conto de repetio. Crie sua verso da histria O MACACO e O RABO. Lembre que este conto se caracteriza pelo encadeamento sucessivo de uma mesma sequncia de falas ou de aes. A cada repetio, junta-se mais um elemento, resultando, ao final uma longa enumerao
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  • DESCRIO
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  • Tipologias textuais DESCRITIVAO MUNDO DETALHADO NARRATIVA O MUNDO RELATADO DISSERTATIVAO MUNDO DISCUTIDO
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  • Onde encontramos trechos descritivos?
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  • Apartamento: R$ 415.000,00 Moema Dormitrios: 1 INFORMAES COMPLEMENTARES rea total: 37.00, rea til: 37.00, Banheiros: 1, Categoria: Apartamento, Municpio: So Paulo, Regio: Capital Zona Sul OBSERVAES Ao Lado da Futura Estao do Metr Ibirapuera! timo flat mobiliado; Andar alto; Cozinha americana; Servio de manobrista, camareira, mensageiro, recepo 24hs e TV a cabo incluso no condomnio; rea de lazer com quadra de Squash. tima localizao com fcil acesso ao Shopping Ibirapuera e principais vias. Oportunidade! Agende sua visita!
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  • Torta de Limo Como fazer Massa:Peneire a farinha, faa uma cova no centro e coloque a manteiga, o Creme de Leite e o fermento. Misture-os com as pontas dos dedos, at que a massa solte completamente das mos. Deixe descansar por cerca de 30 minutos na geladeira. Abra a massa, forre uma forma de fundo removvel (22 cm de dimetro), fure o fundo com um garfo e asse em forno mdio-alto (200C), por cerca de 20 minutos.Recheio:Em uma tigela, misture bem o Leite MOA com o suco de limo. Incorpore o Creme de Leite e as raspas de limo.Merengue:Em uma panela mdia, misture as claras com o acar e leve ao fogo baixo, mexendo sempre, por cerca de 3 minutos. Retire do fogo e bata em uma batedeira por cerca de 5 minutos ou at dobrar de volume. Desligue a batedeira, recheie a torta com o creme de limo, cubra-a com a cobertura. Retorne a torta ao forno por cerca de 10 minutos, para dourar o merengue. Sirva gelada.Congelamento:Se desejar, congele a torta sem a cobertura de merengue. Conserve por at 3 meses em freezer ou duplex. Para descongelar, deixe a torta por cerca de 3 horas em geladeira. Cubra com o merengue e leve ao forno baixo (150C), preaquecido, por cerca de 15 minutos. Sirva
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  • Descrio na narrativa literria Um dia, a rainha de um reino bem distante bordava perto da janela do castelo, uma grande janela com batentes de bano, uma madeira escurssima. Era inverno e nevava muito forte. A certa altura, a rainha desviou o olhar para admirar os flocos de neve que danavam no ar; mas com isso se distraiu e furou o dedo com a agulha.. Na neve que tinha cado no beiral da janela pingaram trs gotinhas de sangue. O contraste foi to lindo que a rainha murmurou: Pudesse eu ter uma menina branquinha como a neve, corada como sangue e com os cabelos negros como o bano
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  • Descrio na narrativa literria Um homem e uma mulher que viviam junto horta de uma bruxa, cheia de bonitas plantas e hortalias.Um dia, a mulher, que estava grvida, teve um desejo atroz de comer rapncios! - Vai horta aqui ao lado e traz-me um bom molho deles! O marido, que gostava muito da sua mulher, obedeceu de imediato. Saltou o muro que separava a sua casa da horta da bruxa e, quando estava a apanhar os rapncios, apareceu a velha aos gritos: - Como te atreves a entrar na minha horta e roubar-me os rapncios? Vais-te arrepender! exclamou. - Tenha piedade! Respondeu o homem.A minha mulher est espera de um beb e teve um desejo de comer rapncios - Assim sendo interrompeu a bruxa podes levar todos os rapncios que quiseres, mas com uma condio. Quando nascer essa criana entregas-ma para eu cuidar dela!
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  • Descrio na Imagem
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  • Descrio Luzes de tons plidos incidem sobre o cinza dos prdios. Nos bares, bocas cansadas conversam, mastigam e bebem em volta das mesas. Nas ruas, pedestres apressados se atropelam. O trnsito caminha lento e nervoso. Eis So Paulo s sete da noite
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  • Note-se que: Todos os enunciados relatam ocorrncias simultneas. No existe um enunciado que possa ser considerado cronologicamente anterior a outro; Ainda que se fale de aes (conversar, atropelar) todas esto no presente e no indicam transformao de estado
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  • Descrio o tipo de texto em que se relatam as caractersticas de uma pessoa, de um objeto ou de uma situao qualquer, inscritos num certo momento esttico do tempo.
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  • Descrio O texto descritivo no relata, como o narrativo, as transformaes de estado que vo ocorrendo progressivamente com pessoas ou coisas, mas as propriedades e aspectos desses elementos num certo estado, considerado como se estivesse parado no tempo.
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  • Descrio Os fatos reproduzidos numa descrio so todos simultneos, nesse tipo de texto no existe obviamente relao de anterioridade ou posterioridade entre os seus enunciados. Tanto isso verdade que a disposio de enunciados descritivos pode ser alterada sem que se corra o risco de mudar nenhuma sequncia cronolgica.
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  • Alterao da disposio dos enunciados descritivos Eis So Paulo s sete da noite: Luzes de tons plidos incidem sobre o cinza dos prdios. Nas ruas, pedestres apressados se atropelam. O trnsito caminha lento e nervoso Nos bares, bocas cansadas conversam, mastigam e bebem em volta das mesas.
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  • Descrio O fundamental na descrio que no haja progresso temporal, isto , que no se saia da relao de simultaneidade e que no se possa, portanto, considerar um enunciado anterior a outro. A descrio relata propriedades e aspectos de um objeto particular concreto (uma paisagem, uma casa, um personagem, um rosto) situado num momento definido do tempo.
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  • Vdeo Ciranda da Bailarina
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  • Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabi; As aves, que aqui gorjeiam, No gorjeiam como l. Nosso cu tem mais estrelas, Nossas vrzeas tm mais flores, Nossos bosques tm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, noite, Mais prazer encontro eu l; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabi.
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  • Quem este personagem? um personagem brasileiro mitolgico que habita o imaginrio popular brasileiro principalmente no interior do pas onde ainda se mantm o hbito dos mais velhos, de contarem histrias aos mais jovens nas tranquilas e claras noites de lua. Representado pela figura de um menino negro de uma s perna que possui um gorro vermelho na cabea e traz sempre um cachimbo na boca.
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  • E este? uma importante e conhecida personagem do universo do folclore brasileiro. representada por uma velha, com cabea de jacar, que possui uma voz assustadora. De acordo com a lenda, ela assusta e pega as crianas que no obedecem seus pais.
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  • Quem ? Personagem da mitologia grega. Ele roubou o fogo (mental) dos deuses e entregou aos homens.
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  • O Cu e Terra j estavam criados. A parte gnea, mais leve, tinha-se espalhado e formado o firmamento. O ar colocou-se de seguida. A terra, como era mais pesada, ficou por baixo e a gua ocupou o ponto inferior, fazendo flutuar a terra. Neste mundo assim criado, habitavam as plantas e os animais. Mas faltava a criatura na qual pudesse habitar o esprito divino. Foi ento que chegou terra o Tit Prometeu, descendente da antiga raa de deuses destronada por Zeus. O gigante sabia que na terra estava adormecida a semente dos cus. Por isso apanhou um bocado de argila e molhou-a com um pouco de gua de um rio.
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  • Com essa matria fez o homem, semelhana dos deuses, para que fosse o senhor da terra. Tirou das almas dos animais caractersticas boas e ms, animando assim a sua criatura. E Atena, deusa da sabedoria, admirou a criao do filho dos Tits e insuflou naquela imagem de argila o esprito com o sopro divino.
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  • Foi assim que surgiram os primeiros seres humanos, que logo povoaram a terra. Mas faltavam-lhes conhecimentos sobre os assuntos da terra e do cu. Vagueavam sem saber a arte da construo, da agricultura, da filosofia. No sabiam caar ou pescar - e nada sabiam sobre a sua origem divina. O tit aproximou-se e ensinou s suas criaturas todos esses segredos. Inventou o arado para o homem poder plantar, a cunhagem das moedas para que houvesse o comrcio, a escrita e a extrao do minrio. Ensinou-lhes a arte da profecia e da astronomia, enfim todas as artes necessrias ao desenvolvimento da humanidade.
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  • No entanto faltava-lhes ainda um ltimo dom para se puderem manter vivos - o fogo. Este dom, entretanto, havia sido negado humanidade pelo grande Zeus. Porm, o tit apanhou um caule do nrtex, aproximou-se da carruagem de Febo (o Sol) e incendiou o caule. Com esta tocha, Prometeu entregou o fogo para a humanidade, o que lhe dava a possibilidade de dominar o mundo e os seus habitantes. Zeus, porm, irritou-se ao ver que o homem possura o fogo e que a sua vontade tinha sido contrariada. Por isso tramou no Olimpo a sua vingana. Mandou que Hfesto fizesse uma esttua de uma linda donzela, a que chamou Pandora - "a que possui todos os dons",(uma vez que cada um dos deuses deu donzela um dom). Afrodite deu- lhe a beleza, Hermes o dom da fala, Apolo, a msica. Vrios outros encantos foram concedidos criatura pelos deuses.
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  • Zeus pediu ainda que cada imortal reservasse um malefcio para a humanidade. Esses presentes malficos foram guardados numa caixa, que a donzela levava nas mos. Pandora, ento, desceu terra, conduzida por Hermes, e aproximou-se de Epimeteu - "o que pensa depois", o irmo do tit - "aquele que pensa antes" e diante dele abriu a tampa do presente de Zeus. Foi ento que a humanidade, que at aquele momento havia habitado num mundo sem doenas ou sofrimentos, se viu assaltada por inmeros malefcios. Pandora tornou a fechar a caixa rapidamente, antes que o nico benefcio que havia na caixa escapasse - a esperana.
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  • Zeus dirigiu ento a sua fria contra o prprio tit mandando que Hefesto e seus serviais Crato e Bia (o poder e a violncia) acorrentassem o Tit a um penhasco do monte Cucaso. Mandou ainda uma guia devorar diariamente o fgado de ??? que, por ser ele um Tit, se regenerava. O seu sofrimento durou por inmeras eras, at que Hrcules passou por ele e viu o seu sofrimento. Abateu a gigantesca guia com uma flecha certeira e libertou o cativo das suas correntes. Entretanto, para que a vontade de Zeus fosse cumprida, o gigante passou a usar um anel com uma pedra retirada do monte. Assim, Zeus sempre poderia afirmar que o tit se mantinha preso ao Cucaso.
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  • O pintor holands fez trs verses da pintura referente a seu prprio quarto e, segundo ele, a obra tinha o objetivo de trazer uma sensao de repouso e descanso, conforme escreveu a seu querido irmo Theo: Desta vez simplesmente um dormitrio; s que a cor deve predominar aqui, transmitindo, com a sua simplificao, um estilo maior s coisas, para sugerir o repouso ou o sono. Em resumo, a presena do quadro deve acalmar a cabea, ou melhor, a imaginao. As paredes so de um violeta plido. O cho de quadros vermelhos.
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  • A madeira da cama e das cadeiras de um amarelo de manteiga fresca; o lenol e os travesseiros, limo verde muito claro. A colcha vermelha escarlate. O lavatrio, alaranjado; a cuba, azul. As portas so lilases. E isso tudo nada mais neste quarto com as persianas fechadas. O quadrado dos mveis deve insistir na expresso de repouso inquebrantvel. Os retratos na parede, um espelho, uma garrafa e algumas roupas. A moldura como no h branco no quadro ser branca.
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  • Atividades: Primeira atividade: Indique 3 adjetivos que caracterizam as formas dos substantivos abaixo: 1. cabelos 2. olhos 3. espelho 4. nariz 5.lpis
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  • 1. cabelos: encaracolados, lisos, ondulados 2. olhos: amendoados, oblquos, redondos 3. espelho: oval, retangular, quadrado 4. nariz: afilado, achatado, aquilino 5.lpis: cilndrico, pontiagudo, fino, grosso 1. cabelos: encaracolados, lisos, ondulados 2. olhos: amendoados, oblquos, redondos 3. espelho: oval, retangular, quadrado 4. nariz: afilado, achatado, aquilino 5.lpis: cilndrico, pontiagudo, fino, grosso
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  • Atividades: Segunda atividade: Descrever um dia maravilhoso
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  • Atividades: Terceira atividade: Descrever a poluio em So Paulo.
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  • Os dados descritivos Os dados fornecidos sobre uma realidade qualquer so sempre fruto de uma seleo interessada, consciente ou inconscientemente do observador, sujeita, como vimos a uma srie de limitaes. Um primeiro critrio de classificao desses dados se apoia nos sentidos fsicos, que lhes servem de base, restrito a seres de existncia concreta: visuais, auditivos, olfativos, tteis e gustativos.
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  • Visuais A dona era uma velha balofa, de peruca mais negra do que a asa da grana. Vestia um pijama desbotado e de seda japonesa e tinha as unhas aduncas recobertas por uma crosta de esmalte vermelho-escuro, descascado nas pontas encardidas (Lygia Fagundes Telles, As formigas)
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  • Auditivos De uma mesa distante, a nica ocupada ainda, vinha o rudo de vozes de homens. Uma gargalhada rebentou sonora em meio de vozes exaltadas. E a palavra cabrito, saltou dentre as outras que se arrastavam pastosas. Num rdio da vizinhana, ligado ao volume mximo, havia uma cano que contava uma histria de uma violeteira vendendo violetas na porta de um teatro. A voz da cantora era plana e um pouco fanhosa. (Lygia Fagundes Telles. A ceia).
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  • Olfativos Nas Barcas, os armazns tresandavam a lixo e peixe podre, a latas vazias de leo, como cheiro de homens esfarrapados (Autran Dourado, A barca dos homens) Tresandar - tresandar Datao: 1521-1558 1mover para trs; recuar, desandar Exs.: t. os ponteiros do relgio t. o bonde 2Derivao: por analogia. provocar (confuso, desordem); perturbar 3exalar (odor desagradvel) Exs.: o lixo tresandava um fedor insuportvel tresanda a sarro, a fumo ; sujeito imundo, tresanda ao longe 4Derivao: por metfora. cheirar mal Exs.: o recinto tresandava a podrido; a corrupo daquela instituio tresanda
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  • Tteis O pai comprou o sapato dois nmeros maiores (...) Enfiou no p frio o sapato branco de tnis. Ao pentear- lhe o loiro cabelo, a cabea ainda em fogo. (Dalton Trevisan, Pedrinho).
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  • Gustativos Deitado, ele beliscou dois ou trs gros, chupou o sumo azedo, deixou cair a casaca no prato. Apanhou outro bago, mais doce (Dalton Trevisan, As uvas)
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  • Quando as realidades no so apreendidas pelos sentidos, mas por nossas capacidades intelectuais, os dados selecionados estaro includos dentro de cada campo do conhecimento: artstico, cientfico, religioso, moral, poltico, literrio, etc
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  • Na arte: a descrio no se refere aos elementos figurativos do quadro, ou seja, da mulher no banho, mas do quadro propriamente dito, observe: Mulher banhando-se em um riacho (61 x 45 cm, 1654); acervo da Galeria Nacional de Londres, Inglaterra. Atravs dos seus famosos claros-escuros, o pintor consegue concentrar a ateno apenas num dos elementos do quadro: a mulher tomando banho. Na arte: a descrio no se refere aos elementos figurativos do quadro, ou seja, da mulher no banho, mas do quadro propriamente dito, observe: Mulher banhando-se em um riacho (61 x 45 cm, 1654); acervo da Galeria Nacional de Londres, Inglaterra. Atravs dos seus famosos claros-escuros, o pintor consegue concentrar a ateno apenas num dos elementos do quadro: a mulher tomando banho.
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  • Tema-ncleo (quarto) intil descrever o quarto de um estudante. A nada se encontra de novo. Ao muito acharo uma estante, onde ele guarda os seus livros, um cabide, onde pendura a casaca, a moringa, o castial, a cama, uma, at duas canastras de roupa, o chapu, a bengala e a bacia; a mesa onde escreve e que s apresenta de recomendvel a gaveta, cheia de papis, de cartas de famlia, de flores e fitinhas misteriosas; pouco mais ou menos assim o quarto de Augusto. Tema-ncleo destacado Ambiente descrito - passado
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  • Tema-ncleo s vezes, os dados de um tema-ncleo fornecidos no so exatamente aqueles esperados, ocorrendo o que se poderia denominar ruptura do culturalmente esperado: Naquela escola de Braslia trabalhava h dois anos o professor Marcos, que procurava ensinar os mistrios da Qumica: era louro, alto, olhos verdes, bronzeado, sempre bem vestido com a ltima moda jovem.
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  • Parece no haver adequao cultural entre os elementos descritivos fornecidos e a figura de um professor: louro, alto, olhos verdes, bem vestido com a ltima moda jovem, que correspondem mais imagem de um artista ou de gal de telenovelas. Ao final do texto, porm, justifica-se a seleo, j que o dito professor acusado de ter seduzido uma de suas alunas.
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  • Hora da atividade
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  • I. Leia o texto abaixo, retirado romance A Moreninha de Joaquim Manuel de Macedo, e responda s perguntas que seguem: Agora outras duas palavras sobre a casa. Imagine-se uma elegante sala de cinquenta palmos em quadro; aos lados dela dois gabinetes proporcionalmente espaos, dos quais um, o do lado esquerdo, pelos aromas que exala, espelhos que brilham e um no-sei-qu de insinuante, est dizendo que o gabinete das moas. Imagine-se mais, fazendo frente para o mar e em toda a extenso da sala e dos gabinetes, uma varanda terminada em arcos; no interior meia dzia de quartos, depois uma alegre e longa sala de jantar, com janelas e portar para o pomar e jardim, e ter-se- feito da casa a ideia que precisamos dar.
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  • 1. Qual o tema ncleo? 2. Que trecho da descrio mostra a conscincia do observador de que no est fornecendo todos os elementos que compem a casa descrita? 3. Que elementos da descrio caracterizam a feminilidade de um dos gabinetes? 4. Por que o autor do texto emprega a expresso Imagine-se... Imagine-se mais... se ele est fornecendo os dados que compem a casa? 5. A casa descrita pode ser considerada luxuosa. Indique os elementos da descrio que comprovam esta afirmativa.
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  • II. Texto descritivo retirado do romance Clara dos Anjos de Lima Barreto: Agora, porm, e mesmo h vrios anos, estava em plena posse do seu buraco como ele chamava a sua humilde casucha. Era simples. Tinha dois quartos: um que dava para a sala de visitas e outro para a sala de jantar; aquele ficava direita e este, esquerda de quem entrava nela. de visitas, seguia-se imediatamente a sala de jantar. Correspondendo a pouco mais de um tero da largura total da casa, havia, nos fundos, um puxadito, onde estavam a cozinha e uma despensa minscula. Comunicava-se esse puxadito com a sala de jantar por uma porta; e a despensa, esquerda apertava o puxado, a jeito de um curto corredor, at a cozinha, que se alargava em toda a largura dele. A porta que o ligava sala de jantar ficava bem junto daquela, por onde se ia dessa sala para o quintal. Era assim o plano da propriedade de Joaquim dos Anjos.
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  • 1. Qual o tema-ncleo do texto 2. Para os moldes da poca, a casa de Joaquim dos Anjos definida como simples, uma casucha ou um buraco. Que vocbulos da descrio da casa confirmam essa caracterstica?
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  • III. Escurinho, de seus seis ou sete anos, no mais. Deitado de lado, braos dobrados como dois gravetos, as mos protegendo a cabea. Tinha os gambitos tambm encolhidos e enfiado dentro da camisa de meia esburacada para se defender contra o freio da noite. Estava dormindo, como podia estar morto. No era um ser humano, era um bicho, um saco de lixo mesmo, um traste intil, abandonado sobre a calada. Um menor abandonado. Fernando Sabino, Um menor abandonado.
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  • 1. Qual o tema-ncleo do texto? 2. De que processos o autor do texto lanou mo para apresentar negativamente a pessoa do menor abandonado? 3. De que modo o autor consegue, pela sua descrio do menor, provocar o sentimento de pena no leitor pela situao do menino?
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  • IV. A descrio abaixo tem como tema-ncleo o cenrio de uma noite. Fazia uma linda noite, sem luar: era silenciosa e augusta. As rvores se erguiam e se recortavam na sombra, como desenhadas. Nem uma aragem corria; mas estava fresco. No se ouvia a mnima bulha matinal. Nem o estridular de um grilo; nem o piar de uma coruja. A noite quieta e misteriosa parecia aguardar quem a interrogasse e fosse buscar no seu sossego paz para o corao. Jos Lins do Rego. Riacho Doce.
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  • 1. Na descrio, o autor lana mo de muitos adjetivos, linda, sem luar, silenciosa, augusta, fresco, quieta, misteriosa. Quais desses adjetivos tm valor sensorial e em que sentido fsico se apoia? 2. Grande parte da descrio da paisagem noturna se faz pela ausncia e no pela presena de elementos. Mostre onde isso ocorre. 3. Alguns dos substantivos do texto tambm possuem ntido valor descritivo: sombra, aragem (vento brando e intermitente), bulha (barulho, brigar), estridular (som estridente ex. grilo, cigarra), piar. Em que sentidos fsicos se apoiam esses substantivos?
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  • Associe: (1) ranger( ) guas do rio (2) estalar ( ) ondas do mar (3) crepitar( ) o amassar das folhas (4) farfalhar( ) porta ao ser aberta (5)murmurar( ) abelhas (6) assobiar( ) lenha no fogo (7) tilintar( ) moedas (8) soar( ) eco (9) bramir( ) vento (10) zumbir( ) juntas do corpo
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  • Associe: (1) relinchar( ) co (2) rugir( ) galinha (3)) mugir( ) lobo (4) cacarejar( ) cobra (5) silvar( ) vaca (6) trinar( ) cavalo (7) uivar( ) peru (8) grugrulejar( ) ovelha (9) rosnar( ) canrio (10) balir( ) tigre
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  • Complete com a descrio adequada de roupas de cada personagem: 1. Suas roupas mostravam bem que era um mendigo 2. Suas roupas mostravam bem que era um adolescente 3. Suas roupas mostravam bem que era um executivo
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  • A Literatura e a criana A literatura ao mesmo tempo, recreao e terapia, suporte de cultura e o mais importante elemento de comunicao, mas sobretudo, um instrumento de dilogo entre a criana e o adulto.
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  • poca de crise da boa leitura A poca que atravessamos revela uma assustadora crise de leitura entre crianas e jovens por motivos bvios: Ignorncia dos pais, que muitas vezes, mesmo frequentando alto nvel social no so sensveis a certos valores; Pragmatismo imediatista que a criana imita inconscientemente; Supervalorizao da tecnologia
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  • poca de crise da boa leitura Condicionamento aos programas de televiso, cujos filmes, em sua maioria, massacram impunemente as sensibilidades; Exploso inflacionrias das revista em quadrinhos; Sobrecarga imagstica despejada sobre a criana, cerceando-lhe a capacidade imaginativa e o interesse pela linguagem verbal.
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  • Mais do que nunca, as crianas do mundo de hoje necessitam dessa experincia (contato com as histrias contadas), por viverem constantemente em contato com uma grande quantidade de imagens, na maioria das vezes estereotipadas MACHADO (2004, pg.29)
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  • poca de crise da boa leitura Entre os jovens adolescentes, um dos fenmenos mais responsveis pela crise da boa leitura a proliferao perniciosa de uma subliteratura, derramada pela difuso de publicaes que se infiltram nas concentraes urbanas, constituindo uma cultura paralela apelativa e de fcil aquisio. Alm de outros fatores mais complexos e, muitas vezes, irremovveis, como o problema socioeconmico e suas implicaes: situao financeira, rea cultural, ambiente familiar etc.. (VASCONCELOS, pg.173)
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  • Literatura reflexo de sua poca A Literatura infantil atual caminha em paralelo com a Literatura tradicional dos contos de Fadas, porm jamais a substituir. Se outras razes no houvesse, bastaria a indiscutvel preferncia das crianas por essas estrias maravilhosas, principalmente na faixa dos 4 aos 7 anos, que, por isso mesmo, denominada a idade do conto de Fadas.
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  • Literatura Tradicional ou Clssica Contos de Fadas Obs. Estudaremos com mais detalhes
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  • Literatura contempornea Novas tendncias - conquistas cientficas e tecnolgicas, suas pretenses audaciosas, refletindo inclusive, toda essa inquietao do homem de nossos dias. E temos assim o mundo dos robs, dos binicos, a Literatura das viagens espaciais, levando o homem a estranhos mundos, entre as estrelas; tendncia abstracionista.
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  • Exemplo tendncia abstracionista Editado pela primeira vez em 1969, conta a histria de uma cor procurando o seu lugar no mundo. O livro foi traduzido para diversos idiomas. "No tinha a fora do Vermelho no tinha a imensido do Amarelo nem a paz que tem o Azul Era apenas o frgil e feio e aflito Flicts" Parte da Srie Mundo Colorido, da Editora Melhoramentos.Srie Mundo Colorido
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  • Vdeo Flicts - Ziraldo
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  • Outro exemplo Abstracionismo Ponto um, Ponto quatro - Martha Maria de Rezende Martins. Estria de implicao concretista, medida que no se utiliza de nenhum modelo natural, mas de um simples Ponto, criando caminhos de encontro. Divergindo dos esquemas anteriores, sua autora explora a trajetria de um Ponto perdido no espao... Em vez das crianas perdidas na floresta.
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  • Outro exemplo Abstracionismo Ponto um, Ponto quatro - Martha Maria de Rezende Martins. Narrativa que apela para o pensamento abstrato e potico, mostra o encontro de um Ponto um e de Ponto quatro, a funda identificao que leva comunicao essencial atravs do dilogo. O pequeno leitor levado a uma avaliao da realidade em termos de uma opo de vida como criao. Faixa etria 9/10 anos. Dicionrio Crtico da Literatura Infantil Juvenil Brasileira. Nelly Novaes Coelho.
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  • Qualquer que seja a tendncia expressa na Literatura Infantil, seja prioritria a recreao, se realize sempre num clima ldico, e mantenha sempre, com engenhosa habilidade, um perfeito amlgama de fantasia e realidade para o perfeito clima recreativo, cujos elementos, por mais importantes que sejam, possam tornar-se instrumentos ldicos, humorsticos, situando a criana dentro de seu universo, da sua estrutura psicolgica e mental. Fora disso, tudo violao s suas disponibilidades, tudo agresso criana . (VASCONCELOS, PG.174)
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  • Tendncia Realista Literatura recomenda para faixa dos 9 anos. Alm da defasagem que a torna incua criana, caracteriza-se pela explorao indbita de temas e cenas que nada dizem infncia, de situaes que ferem o bom gosto e o mais tolerante senso esttico, de palavres e de sensacionalismo vulgar, agredindo a criana e violentando o seu desenvolvimento natural. A Literatura realista assumiu o compromisso de realizar obra de denncia social. Que compromisso pode ter a criana? A Literatura infantil para crianas, portanto, parece disparate Literatura Infantil engajada.
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  • Vivemos uma era de desnaturalizao que, infelizmente, tem profunda repercusso na criana; como se houvesse um processos sistemtico para subtrair a infncia, matar a criana na prpria criana. Parece-nos que o homem est perdendo a conscincia de sua prpria natureza, suprimindo na espcie o que ela tem de mais autntico: a infncia. oportuno lembrar aqui a afirmativa de Piaget: A infncia dura tanto mais quanto mais superior for a espcie
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  • Discusso em grupo: Vasconcelos afirma que qualquer tipo de informao precocemente imposta criana representa uma forma de empobrecimento ou desanimao, usando a expresso de Dante Moreira Leite. Afinal, que valores levar criana uma literatura grosseira, agressiva e eivada de sensacionalismo vulgar?
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  • Referncias: CARVALHO, Brbara Vasconcelos de. A literatura infantil: viso histrica e crtica. 4. ed. So Paulo:Global, 1985.
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  • A ESCOLA ESPAO PRIVILEGIADO PARA O ENCONTRO ENTRE O LEITOR E O LIVRO
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  • Escola espao privilegiado A escola o espao em que devero ser lanadas as bases para a formao do indivduo. Essa nova valorizao no implica em sistema rgido, reprodutor, disciplinar e imobilista que caracterizou a escola tradicional em sua fase de deteriorao
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  • Como deve ser o espao? Libertrio (sem ser anrquico) E Orientador (sem ser dogmtico), para permitir ao ser em formao chegar ao seu autoconhecimento e a ter acesso ao mundo da cultura que caracteriza a sociedade a que ele pertence.
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  • Espao-escola deve diversificar em dois ambientes: Estudos programados (sala de aula, bibliotecas para pesquisa, etc). Atividades livres (sala de leitura, recanto de invenes, oficina de palavra, laboratrio de criatividade, espao de experimentao, etc) Esses ambientes visam exigir do educando a assimilao de informaes e conhecimentos para integr-los em um determinado conjunto coerente do saber, e a que deve estimular ou liberar as potencialidades especficas de cada um deles.
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  • Desenho Sid, o cientista Os msculos Observar os vrios espaos de aprendizado
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  • Estudos literrios estimulam: Exerccio da mente; Percepo do real em suas mltiplas significaes; Conscincia do eu em relao ao outro; Leitura do mundo em seus vrios nveis Estudos mais dinmicos Conhecimento da lngua, da expresso verbal significativa e consciente (condio para a plena realidade do ser)
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  • Pressuposto para um projeto de ensino / estudo da literatura infantil 1. Concepo da criana como um ser educvel: o ser humano (ou deve ser) um aprendiz de cultura, enquanto dura o seu ciclo vital; 2. Concepo da literatura como um fenmeno de linguagem resultante de uma experincia existencial/social/cultural; 3. Valorizao das relaes existentes entre literatura, histria e cultura. 4. Compreenso da leitura como um dilogo entre leitor e texto, atividade fundamental que estimula o ser em sua globalidade (emoes, intelecto, imaginrio, etc)
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  • Pressuposto para um projeto de ensino / estudo da literatura infantil 4. Compreenso da leitura como um dilogo entre leitor e texto, atividade fundamental que estimula o ser em sua globalidade (emoes, intelecto, imaginrio, etc.), e pode lev-lo da informao imediata (atravs da histria, situao ou conflito...) formao interior, a curto, mdio ou longo prazo (pela fruio de emoes e gradativa conscientizao dos valores ou desvalores que se defrontam no convvio social)
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  • Pressuposto para um projeto de ensino / estudo da literatura infantil 5. Compreenso da escrita como ato-fruto da leitura assimilada e/ou da criatividade estimulada pelos dados de uma determinada cultura; 6. Certeza de que os meios didticos (mtodos, processos, estratgias, tcnicas...) so neutros. Isto sua eficcia depende do grau de conhecimento da matria que o usurio possua; da adequao entre esses meios didticos e a matria a ser trabalhada, e da intencionalidade de quem os escolhe e manipula;
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  • 7. Certeza de que a escola o espao privilegiado. Em que devem ser colocados os alicerces do processo de autorrealizao vital;cultural, que o ser humano inicia na infncia e prolonga at a velhice.
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  • Preparao para contar a histria Quem conta histrias todos os dias pode preparar-se para surpreender as crianas com situaes variadas. preciso saber contar uma histria sem nenhum recurso externo, para experimentar a sensao da soberania da histria, contando apenas uma com fora expressiva, tal como se revela pela presena do contador. Muitos contadores sentam-se numa cadeira e comeam a falar, tendo como recurso a voz, o gesto e o olhar. E a magia se instaura, o mundo se cria imaginariamente em cada ouvinte (MACHADO, pg.77)
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  • Preparao: Sobre o espao importante observar as qualidades do espao. Espao interno: escolher o lugar, levando em considerao possibilidades de acolhimento da situao narrativa. No serve, portanto, parede cheia de cartazes, prateleiras, desenhos, reprodues de personagens de Walt Disney etc. Optar por parede limpa ou lenol estendido sobre ela, um espao neutro para que as imagens das crianas possam se projetar sem a interferncia de elementos alheios histria.
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  • Preparao: Sobre o espao Selecionar as possibilidades de espaos: Perto de uma janela aberta por onde entra a luz do sol, que passa a fazer parte do cenrio. Num canto, no meio da sala, L fora, embaixo de uma rvore e assim por diante.
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  • Preparao para contar histrias Ler ou Contar?
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  • importante ler para: 1. Valorizar a ao da leitura, trazer o livro como objeto e veculo de aprendizagem; 2. Apresentar a melodia e a construo das frases do texto popular, do texto de autor, que se manifestam na clareza sonora e encadeada de sua construo potica trata-se de focalizar a ideia da literatura como fenmeno cultural; 3. Manusear o livro e mostrar as imagens, que ilustram o texto, solicitando a apreciao das crianas, chamando sua ateno para o modo como as ilustraes contribuem para a histria.
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  • importante contar sem o livro para: 1. Experimentar uma qualidade diferente de relao com a audincia, por meio da qual os olhos, mos e gestos corporais do narrador encontram os olhos, as mos e o gestos corporais da audincia, permitindo que essa receptividade contribua para o seu modelo de relatar a histria; 2. Experimentar, improvisar, sem texto decorado, deixando que as palavras se encadeiem ao sabor do momento, guiadas, claro, pela sequncia narrativa da histria;
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  • Ler ou contar podem igualmente ser montonas sequncias de palavras que no produzem efeito significativo na audincia, se a pessoa que conta no estiver presente na histria, imprimindo vivacidade e veracidade cadncia da narrao.
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  • Atividade Hora de experimentar a arte de ler e contar histrias
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  • Referncia: COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, anlise, didtica. 1. ed. So Paulo: Moderna, 2000. MACHADO, Regina. Acordais: fundamentos terico- poticos da arte de contar histrias. So Paulo: DCL, 2004.
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  • A Narrao da histria A garantia de uma boa narrao reside em envolver o leitor na narrativa. Para isso, importante estabelecermos uma breve conversa que facilite o entendimento do enredo e evite interrupes.
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  • A conversa antes da Histria Se a histria gira em torno de animais domsticos e comeamos diretamente, sem prembulos, os ouvintes podero interromper dizendo: Eu tambm tenho um gato, um cachorro, um passarinho, o que for. Se vou contar Gato que pulava em sapato, pergunto antes quem tem um gatinho, como se chama, a cor, de que se alimenta, as travessuras. Deixo-os falar vontade um de cada vez. Ficam felizes de apresentarem seu gatinho de estimao. Nem todos falam. No importa, escutam. Essa conversa no deve ser longa, s o necessrio... Isso facilita a identificao e a integrao da mensagem. (COELHO, pg.47)
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  • "Mimi era um gatinho muito querido. Dormia numa linda cesta. Tinha uma coleo de laos coloridos. Tomava leite num pires cor-de-rosa.(...) (...) A dona s fazia um pedido: - No suba no telhado, Mimi."
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  • Um dia antes de contar Onde est a mame, perguntei se sabiam onde estava a mame naquele momento e o que estaria ela fazendo. Deram as respostas mais variadas. Um menino cuja me se queixava de que ele no queria frequentar a escola) no conseguia falar e eu insisti, oferecendo-lhe sugestes: trabalhando, lavando roupa, fazendo compras e ele a balanar negativamente a cabea. Parecia engasgado. A muito custo conseguiu dizer: Est cuidando de... (continuava entalado). Cuidando de quem, do cachorrinho, do passarinho? indaguei. De meu irmo! (aliviou-se, afinal) (COELHO, pg.48)
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  • Sinopse Seis patinhos foram chocados pela galinha ruiva, que fugiu assustada por um gavio. Os patinhos apegam- se a Paulinho por no terem me, mas o menino no pode assumir esse papel. Por isso, sai procura da verdadeira mame dos patinhos, que o acompanham a toda parte.
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  • Se o tema aborda a problemtica da solido, como Girafinha Flor, fao uma sondagem para descobrir como se sentem sozinhos e depois das respostas explico que isso se chama solido. Ah, disse uma menina senti tanta solido quando minha av morreu... (COELHO, pg.48)
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  • Sinopse: A doce girafinha flor estava se sentindo muito sozinha. Achou que no tinha amigos, que no tinha ningum e decidiu ir cidade buscar um remdio para esse problema. Porm, o remdio estava bem ali, e ela conseguiu perceber a tempo como era cercada de bondosos amigos. A girafinha fez uma excelente descoberta.
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  • H determinados conceitos que no podem ser esclarecidos antes da narrativa para no tirar o carter surpresa da histria, assim, a explicao ocorre durante a narrativa. importante observar que contar histrias no tem o objetivo de fornecer lista de sinnimos para enriquecer vocabulrio no se deve perder sua peculiaridade: entreter. Assim, a conversa informal ajuda a conhecer as crianas e estabelecer empatia para o sucesso da contao.
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  • A VOZ As emoes se transmitem pela voz: Sussurrante Adocicada Clida Suave Espinhenta Metlica
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  • Sem vibraes, Sem modulaes Inertes Sem consistncia Inexpressivas Monocrdicas
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  • O narrador tem de expressar-se numa voz definida, inconfundvel, tem de saber modul-la de acordo com o que est contando, considerando os seguintes aspectos: INTENSIDADE: O timbre de voz varia na razo direta da distncia de quem fala a quem ouve, varia tambm conforme a emoo que se quer passar, juntamente com o ritmo, a inflexo e as entonaes. a voz que sugere o que aconteceu, ora mais forte, vibrante, intensa, ora pausada, suave, num tom mais baixo, que volta a crescer, sem jamais se tornar estridente, irritante ou de falsete.
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  • Durante cursos de treinamento, algumas perguntam como se faz a voz do lobo ou do porquinho. E os lobos falam? O narrador conta o que o lobo disse ao porquinho e sendo o lobo um animal de maior porte que assume na histria um papel violento, o narrador engrossa a voz, torna-a mais grave. Se o foco da narrativa gira em torno de crianas, flores, seres delicados, o narrador reveste-se de ternura, sem falsear a voz. Isso muito importante. Saber modular a voz e torn-la expressiva dever constituir um treino constante para que ela possa ser utilizada em toda a sua plenitude. (COELHO, pg.51)
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  • CLAREZA Significa boa dico, correo de linguagem, evitando repeties desnecessrias, os chamados tiques de linguagem, os cacoetes certo? Ento, a entenderam? Etc), defeitos esses que podem ser corrigidos com disciplina, exerccios califsicos, impostao de voz, recorrendo-se quando preciso aos cursos de foniatria.
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  • CONHECIMENTO O narrador precisa aprofundar-se nos estudos de literatura infantil, folclore e possuir noes bsicas de psicologia evolutiva, para melhor escolher as histrias, apreciar os comentrios das crianas e avaliar as suas reaes. Gostar da histria e das crianas imprescindvel, pois o o ato de narrar uma interao integral, de captar com sensibilidade a mensagem implcita da narrativa.
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  • O PEIXE PIXOTE
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  • Pixote vivia num lago sempre muito infeliz. Ele no gostava do lago. L era tudo muito escuro, escuro que nem breu, e Pixote morria de medo do escuro.
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  • Toda hora ele ia at a margem do lago. Botava a cabea pra fora e achava tudo lindo. Cu azul, grama, sol. Flores para todo lado. criana, gato, cachorro, e era to colorido, to alegre, to claro! Pixote queria morar na grama entre as rvores. Ele ficava um tempo na margem do lago, mas tinha de voltar pra gua para respirar. Para no morrer.
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  • Pixote comeava a nadar de novo, no meio do lago. Era uma escurido sem fim, uma feira sem fim, uma tristeza sem fim. E a vida de Pixote era assim. Da gua para margem e da margem para a gua. Sempre sozinho, cheio de medo, infeliz da vida
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  • Um dia, Pixote estava nadando e olhando os outros peixes. Eles brincavam, contentes nas guas claras do lago. De repente, Pixote pensou: - U! Outros peixes?
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  • guas claras? O que aconteceu?- Ser que vim parar em outro lago sem saber? perguntava Pixote. E olhava para todo lado e via um monte de coisas novas, via pedras de todos os tamanhos, de todas as cores. E plantas aquticas, sapos, rs. At sapatos velhos e brinquedos de crianas tinha l!
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  • E era tudo to lindo! A gua meio azulada, cheia de claros e escuros, cheia de brilhos. Uma beleza mesmo. Pixote olhava e ria. Cad a escurido? Cad o medo? Pixote estava contente, feliz da vida. De repente Pixote descobriu que tinha acontecido, e comeou a rir. E era tudo to lindo! A gua meio azulada, cheia de claros e escuros, cheia de brilhos. Uma beleza mesmo. Pixote olhava e ria. Cad a escurido? Cad o medo? Pixote estava era c ontente, feliz da vida.
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  • Eu sou mesmo um pateta! Ficava nadando pra l e pra c, morrendo de medo do escuro... - Lgico! eu s nadava de olhos fechados!
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  • O contador de histrias, durante o relato do conto, vive todos os personagens, e o modo como v cada um deles que orienta sua voz, o ritmo e a respirao de sua narrao (MACHADO, pg.59).
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  • A entrada no bosque A nica coisa certa que estava tudo errado.
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  • A magia Os contos de fadas, diferentemente de qualquer outra forma de literatura, direcionam a criana para a descoberta de sua identidade e vocao, e tambm sugerem as experincias que so necessrias para desenvolver ainda mais o seu carter. Os contos de fadas do a entender que uma vida compensadora e boa est ao alcance da pessoa apesar da adversidade mas apenas se ela no se intimidar com as lutas arriscadas sem as quais nunca se adquire a verdadeira identidade. (BETTELHEIM, pg.35)
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  • Contos de fadas - A magia Essas histrias garantem que, se uma criana ousar se engajar nessa busca atemorizante e onerosa, poderes benevolentes viro em seu auxlio e ela ser bem- sucedida. As histrias tambm advertem que aqueles que so temerosos e tacanhos a ponto de no se arriscarem autodescoberta devem se contentar com uma existncia enfadonha se um destino ainda pior no recair sobre eles. (BETTELHEIM, pg.35)
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  • Contos de fadas - A magia Para decidir se uma histria um conto de fadas ou algo inteiramente diferente, a pessoa deve se perguntar se ela poderia ser corretamente chamada de ddiva de amor para uma criana. Esse no um mau caminho para se chegar a uma classificao. (BETELLHEIM, pg.38)
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  • Contos de fadas - A magia Para entender como uma criana v os contos de fadas, vamos considerar como exemplos as vrias histrias de fadas nas quais uma criana derrota pela astcia um gigante que a apavora ou mesmo lhe ameaa a vida. Que as crianas intuitivamente compreendem o que esses gigantes representam ilustrado pela reao espontnea de uma de cinco anos de idade. Encorajada pela discusso sobre a importncia que os contos de fadas tm para as crianas, uma me venceu sem hesitao em contar essas histrias sangrentas e ameaadoras para seu filho.
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  • Contos de fadas - A magia A partir de suas conversas com ele, sabia que o filho j tinha fantasias sobre comer gente ou gente sendo devorada. Ento ela lhe contou a histria de Joo, o Matador de Gigantes. Sua resposta no final da histria foi: No existem gigantes existem? Antes que a me pudesse lhe dar a resposta tranquilizadora que estava na ponta da lngua e que teria destrudo o valor da histria para ele, o filho prosseguiu: Mas existem adultos, e eles so como gigantes. Na amadurecida idade avanada de cinco anos, ele compreendeu a mensagem encorajadora da histria: embora os adultos possam ser vistos como gigantes assustadores, um menininho astucioso pode levar a melhor sobre eles.
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  • O Pescador e o gnio No Ocidente mais conhecido como o O Gnio da Garrafa Grimm. Pg.41