12
COMUNICAÇÃO INTERNA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL | PRESIDÊNCIA | FIOCRUZ Peter Ilicciev

COMUNICAÇÃO INTERNA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ · Sinto uma satisfação interior de vitória muito grande”, declara. O assistente administrativo João Antônio Silva, da Secretaria

Embed Size (px)

Citation preview

COMUNICAÇÃO INTERNA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL | PRESIDÊNCIA | FIOCRUZ

Peter Ilicciev

JORNAL LINHA DIRETA - 23.pmd 12/05/2015, 12:171

2 | LINHA DIRETA

m vigor desde de-zembro de 2014, aregulamentação daLei Federal nº 12.546/

2011, publicada no Diário Ofici-al da União de 2 de junho de2014, é um avanço no reconhe-cimento do tabagismo como pro-blema de saúde pública e na pro-teção da população do tabagis-mo passivo – hoje, a terceiramaior causa de morte evitávelno mundo. A legislação pode serentendida como uma respostaao que apontam pesquisas so-bre as atitudes e comportamen-tos de fumantes brasileiros.

Segundo publicação do Ins-tituto Nacional do Câncer (Inca),com base em estudos do Inter-national Tobaco Control PolicyEvaluation Project (ITC), fuman-tes e não fumantes apoiam am-bientes públicos fechados livresda fumaça do tabaco. O estudoapontou como principais motiva-ções para parar de fumar a pre-

E

Lei federal extingue os fumódromosPor Glauber Queiroz

ocupação com a saúde, com oexemplo dado aos filhos e comos efeitos do tabagismo passivo.As advertências sanitárias nosmaços - imagens e frases de aler-ta sobre os malefícios do fumo –foram indicadas como motivação.

Na Fiocruz, as ações para ocontrole do tabaco estão vincu-ladas ao Programa Fiocruz Sau-dável e são construídas a partirde cooperação técnica do Nú-cleo de Saúde do Trabalhadordo Centro de Saúde do Traba-lhador da Diretoria de RecursosHumanos (Nust/CST/Direh) e doCentro de Estudos sobre Taba-co e Saúde da Escola Nacionalde Saúde Pública Sergio Arou-ca (Cetab/Ensp).

O que mudouAntes da regulamentação,

não havia definição sobre o quepoderia ser considerado localcoletivo fechado, onde não é

Desde 2008, Bio-Manguinhos mantém o Programa Bio Livre do Tabaco, que vemajudando os trabalhadores da unidade e de toda a Fiocruz a deixar de fumar. A partici-pação dura até um ano e começa com uma entrevista individual, seguida de quatrosessões em grupo. Depois que o participante para de fumar, são realizados encontrosde acompanhamento. Em média, são atendidas dez pessoas por bimestre.

A Seção de Medicina do Trabalho de Bio-Manguinhos (SEMTR/Dereh), responsávelpelo programa, fez um balanço de todo o período. Desde 2008, foram atendidas 238pessoas. Deste universo de homens e mulheres na faixa etária de 30 a 40 anos, 50%pararam de fumar. O projeto segue as orientações do Ministério da Saúde e da Secre-taria Municipal de Saúde (SMS), que fornece gratuitamente material de conscientiza-ção e medicamentos que ajudam na redução da dependência.

O material é composto por cartilhas, folders e pins para os que param de fumar. Entreos medicamentos, estão adesivos de nicotina, que são utilizados como apoio e em quan-tidades decrescentes até a vontade de fumar cessar por completo. Participante do progra-ma, a vice-diretora de Qualidade, Maria da Luz Leal, começou a fumar por volta dos 20anos e manteve o hábito por 30 anos. “O maior ganho que tive foi a conquista da minhaliberdade. Sinto uma satisfação interior de vitória muito grande”, declara.

O assistente administrativo João Antônio Silva, da Secretaria Executiva de Bio-Mangui-nhos, começou a fumar com 15 anos, por ‘curtição’. Após manter o consumo por 25 anos,entrou no programa em 2008. Largou o cigarro, mas acabou voltando após um graveacidente de moto com seu filho. “Somente em 2010 tomei coragem e reiniciei o tratamento.Fumei pela última vez dia 29 de abril de 2010. Tudo melhorou: meu fôlego, meu paladar,meu olfato”, diz. Os interessados podem se inscrever pelo e-mail [email protected].(Por Gabriella Ponte)

permitido fumar. Agora, estádefinido como aquele ambien-te que é total ou parcialmentefechado em qualquer de seuslados, por uma parede, divisó-ria, teto, toldo ou telhado. Destaforma, ficam extintas as áreasdestinadas para fumantes, oschamados fumódromos, alémde corredores e sacadas no in-terior de prédios, por exemplo.

A lei prevê ainda o aumen-to do espaço para as advertênci-as sobre os malefícios à saúdecausados pelo tabaco, que de-verão aparecer em 100% daface posterior das embalagens ede uma de suas laterais. A partirde 2016, deverá ser incluído textode advertência adicional em30% da parte frontal dos maços.Fica também proibida a propa-ganda comercial de produtosfumígenos em todo o territórionacional. O endereço eletrônicopara contato sobre o tema na ins-tituição é [email protected]

Regulamentação define ambiente coletivo fechado

Desde outubro do ano passado, a Fiocruz Pernambuco temrealizado uma campanha interna de sensibilização contra o ta-bagismo, que incluiu a retirada de todos os cinzeiros da unida-de. Foram produzidos e afixados cartazes referentes a ambien-tes livres de fumo. A iniciativa atende à regulamentação da LeiFederal 12.546/2011. Ao longo do ano, novas ações educativasestão previstas para acontecer na unidade, além da capacita-ção da equipe do Núcleo de Saúde do Trabalhador, para oatendimento aos profissionais que desejarem parar de fumar.

Bio-Manguinhos reforça programa antifumo

Campanha na Fiocruz Pernambuco

JORNAL LINHA DIRETA - 23.pmd 12/05/2015, 12:172

LINHA DIRETA | 3

Diretoria de Admi-nistração do Cam-pus (Dirac) adotouuma política de in-

centivo ao uso racional daágua, com ações técnicas,administrativas e de estímuloa mudanças culturais. Para di-minuir o consumo, foram in-tensificadas as ações de de-tecção e reparo de vazamen-tos; instalados redutores depressão nas torneiras, chuvei-ros e hidrômetros dos prédi-os; iniciados estudos para re-aproveitamento da água; ado-tadas mudanças de rotinas detrabalho; e produzidos infor-mativos para os usuários.

Diversos departamentosda Dirac estão mobilizados nabusca de alternativas que aju-dem a economizar água nodia a dia da instituição, prin-cipalmente no Campus Man-guinhos, maior área da Fun-dação no Rio de Janeiro. “Assoluções encontradas e pro-movidas ainda em fevereirode 2015 geraram uma redu-ção de R$ 300 mil na contade água em março”, informao diretor de Administração doCampus, José DamascenoFernandes.

JardinsEm média, são gastos

três litros ao dia por metroquadrado para a irrigaçãodas áreas ajardinadas. Coma crise hídrica, diversas me-didas foram adotadas paraminimizar o gasto - o quegerou uma economia de con-sumo de água estimada emquatro mil metros cúbicosmensais. A irrigação das áre-as verdes foi limitada a umavez por semana, em horári-os pela manhã, pré-determi-nados com a equipe. Essa

medida promoveu uma redu-ção de cerca de 60% do con-sumo de água.

O campo de futeboltambém passou a ser irriga-do apenas uma vez por se-mana. O Departamento deGestão Ambiental (DGA)continuará a elaboração deprojetos de paisagismo, masa execução de novos jardinsfoi suspensa. O caminhão-pipa da Brigada de Incêndioestá sendo usado para co-letar água de reúso no Cam-pus Manguinhos para regasde jardins.

EstudosAções contínuas de uso

racional da água foram in-corporadas à rotina, como oarmanezamento de águaspluviais nas cisternas do Cen-tro de Desenvolvimento Tec-nológico em Saúde (CDTS)e uso de água das chuvascaptada na cisterna da ga-ragem para limpeza dos ve-ículos oficiais. Também estásendo reutilizada a água dosdestiladores do Instituto Na-cional de Controle e Quali-dade em Saúde (INCQS) e desuas cisternas, que captamáguas pluviais.

Um mictório ecológico,que não utiliza água, foi ins-talado e está em teste na Di-rac. Está sob avaliação a via-bilidade do reaproveitamentode efluentes tratados da Es-tação de Tratamento de Esgo-to para irrigação de áreas ver-des. O estudo está avançadoe uma das frentes é um trata-mento completo, de formaque a água se torne potável.Unidades como INCQS e IOCforam acionadas para darapoio nas análises biológica equímica da água.

APor Talita Barroco

Crise hídrica mobiliza profissionaisDirac altera rotinas e economiza em Manguinhos

JORNAL LINHA DIRETA - 23.pmd 12/05/2015, 12:173

4 | LINHA DIRETA

stão abertas,até 30/5, as ins-crições para o I

Prêmio de Inovação naGestão Fiocruz. Podemconcorrer todos os traba-lhadores ativos da Fiocruze colaboradores - do Ins-tituto Oswaldo Cruz deSeguridade Social (Fio-Prev); da Caixa de Assis-tência Oswaldo Cruz (Fi-

I Prêmio de Inovaçãona Gestão Fiocruz

m 2014, a Dire-toria de Adminis-tração do Cam-pus (Dirac) co-

meçou a utilizar a modali-dade de Regime Diferen-ciado de Contratações(RDC) para licitações deobras e serviços de enge-nharia. Até março de2015, dez licitações nessamodalidade foram conclu-ídas com sucesso, inclusi-ve a do Centro de Pesqui-sas da Fiocruz Ceará.

De acordo com o Ser-viço de Gestão de Com-pras, da Dirac, dentre asprincipais vantagens da uti-lização do RDC está a in-versão de fases em relaçãoao formato tradicional delicitação, no qual primeira-mente é avaliada a propos-ta de menor dispêndio. So-mada a essa distinção, oprazo de publicação doedital é menor, de 15 diasúteis, e fase é recursal úni-ca, ao fim do certame.

“A contratação inte-grada, projeto e obra, éuma opção do RDC queainda não foi realizada naDirac. Esta tem o intuitode diminuir possíveis

Eaditivos de serviços e em caso,de mudanças de projeto duran-te a obra, a empresa contrata-da é responsável pelos custos”,ressalta a servidora SonaliMota, gestora do Serviço deGestão de Compras da Dirac.O RDC é tema de seu mestra-do profissional de gestão emsaúde na Escola de Saúde Pú-blica Sérgio Arouca (Ensp).

Outro fator positivo é a re-dução de cerca de 50% detempo processual, o que repre-senta ganho em eficiênciapara a administração, além dadiminuição do volume de pa-pel utilizado. Os avisos de RDCsão publicados no site da Di-rac, no Portal Compras Gover-namentais e no Diário Oficial.

Não é necessário divulgaro processo em jornal de gran-de circulação, como orienta aLei n° 8.666/93. Com as dezlicitações em RDC, a Dirac eco-nomizou R$ 40 mil em publica-ções. A possibilidade de exe-cução da licitação por meio ele-trônico é um fato relevante. Aexpectativa é promover todasas licitações de obras e servi-ços na Dirac pela modalidadeRDC, mas é importante salien-tar que os princípios, sanções ecláusulas contratuais contidasna Lei n° 8.666/93 continuamvalendo no processo.

oSaúde); da Fundação para oDesenvolvimento Científico eTecnológico em Saúde (Fio-tec) e do Instituto de BiologiaMolecular do Paraná (IBMP/ICC - Fiocruz Paraná).

Os participantes podemapresentar experiências con-solidadas de melhoria de pro-cessos ou de práticas inéditasem curso nas áreas de gestão.Todos os trabalhos devem ter

resultados institucionais men-suráveis. O Prêmio, uma ini-ciativa da Presidência da Fio-cruz que visa valorizar e dis-seminar as experiências deboas práticas na gestão, éparte integrante da programa-ção do I Encontro de GestãoFiocruz, que ocorrerá no perí-odo de 5 a 8 de outubro de2015. Informações no hotsitewww.eg.vpgdi.fiocruz.br

Regime Diferenciadode Contratações

Saiba maisO Regime Diferenciado de

Contratações foi instituído pelaLei nº 12.462/11 e inicialmen-te era voltado apenas para asobras da Copa do Mundo, dosJogos Olímpicos e do Programade Aceleração do Crescimen-to (PAC). No ano de 2012, pormeio da Lei nº 12.722, o go-verno federal estendeu o usodo RDC para as licitações econtratos necessários às reali-zações de obras e serviços deengenharia do Sistema Únicode Saúde (SUS). A modalida-de visa ampliar a eficiêncianas contratações públicas e acompetitividade entre as em-presas licitantes e promove atroca de experiências.

Para troca de experiên-cias ou orientações sobre oprocesso na Dirac, entre emcontato com o Serviço deGestão de Compras da Di-rac, pelo e-mail [email protected]ções sobre o tema po-dem ser encontradas no site daDirac (www.dirac.fiocruz.br)e no Portal ComprasGovernamentais(http://www.comprasgovernamentais.gov.br/).

E

Por Talita Barroco

JORNAL LINHA DIRETA - 23.pmd 12/05/2015, 12:174

LINHA DIRETA | 5

Centro de Criaçãode Animais de Labo-ratório (Cecal) da Fi-

ocruz inicia, no segundo se-mestre deste ano, as ativida-des do mestrado profissionalem Ciência em Animais deLaboratório (CAL). O mestra-do é stricto sensu e foi autori-zado pela Capes em 2014,com conceito 3. Está vincula-do à área da Medicina Vete-rinária e tem como grande li-nha de pesquisa Modelos ex-perimentais de doenças.

A criação do curso foi mo-tivada pela percepção da ca-rência de uma melhor qualifi-cação dos profissionais que tra-balham em biotérios ou querealizam experimentação ani-mal. A iniciativa partiu daequipe do Cecal, com apoioda Vice-Presidência de Ensino,Informação e Comunicação(VPEIC). O curso faz parte doPrograma de pós-Graduaçãoda Fiocruz e está alinhado aocompromisso institucional dedifusão de conhecimento cien-tífico e tecnológico.

O corpo docente é forma-do por profissionais com dou-torado e experiência na área,pertencentes às equipes doCecal, Instituto Oswaldo Cruz(IOC), da Escola Nacional deSaúde Pública Sergio Arouca(Ensp) e do Instituto Nacionalde Controle de Qualidade emSaúde (INCQS), dentre outrasunidades da Fiocruz, além deconvidados de instituições deensino e pesquisa parceirasda Fundação.

Por Renata Frota

O Compartilharconhecimentos

A diretora do Cecal, CarlaCampos, ressalta a importânciado ensino de Ciência em Ani-mais de Laboratório para o país.“É uma oportunidade de com-partilhar conhecimentos dentroda Fiocruz e com instituiçõescongêneres, divulgando osprincípios éticos e de qualida-de que guiam os profissionaisna criação e manutenção debiomodelos experimentais, es-senciais para o avanço da ci-ência e da tecnologia em di-versas áreas”, afirma.

Carla lembra, ainda, queo mestrado contribui para re-duzir a assimetria nacional naformação de recursos humanosnessa área. A coordenadora deensino do Centro, Etinete Nas-cimento Gonçalves, coloca emevidência o fato de o mestra-do sistematizar conhecimentosconstruídos na unidade, valori-zando o trabalho inovador detécnicos, veterinários, biólogose zootecnistas que atuam nosbiotérios e em pesquisa.

“O Cecal vai compartilharconhecimentos como uma ver-dadeira organização de apren-dizagem, comprometida coma boa formação de profissionaispara atuarem, com ética ezelo, pelo crescimento da ci-ência em animais de laborató-rio em todo o país”, diz. “Seráuma forma de multiplicar umconhecimento que não podeficar retido”.

Mestradoprofissional

A opção pelo mestradona modalidade profissional foitomada para desenvolver aautonomia do aluno e favo-recer a aplicação de concei-tos e práticas em sua ativida-de laboral. O discente seráestimulado a pesquisar parapropor soluções inovadoraspara a Ciência em Animaisde Laboratório.

A dissertação de conclu-são de curso, nesta modalida-de, é conduzida para uma apli-cação prática no âmbito pro-fissional, o que difere de umadissertação de característicasacadêmicas. Sendo um cursostricto sensu, o mestrado pro-fissional possibilita que o alu-no prossiga seus estudos emum doutorado, posteriormen-te, e que realize pesquisas ouministre aulas em instituiçõesde ensino superior.

Cursoscomplementares

A criação do mestradoprofissional não substitui oscursos de iniciação, extensãoe aprofundamento ofereci-dos pela unidade, que conti-nuam existindo. O mais anti-go é o curso de desenvolvi-mento em Ciência em Ani-mais de Laboratório, anteri-ormente chamado de cursode Bioterismo, que há 16anos colabora para a forma-ção de profissionais da Fio-cruz e de diversas instituiçõesbrasileiras e estrangeiras.

Em 2015, a unidade ofe-recerá também outros cur-sos, como os de Análises Clí-nicas em Animais de Labo-ratório e de Manejo de Pri-matas não-humanos parauso científico. Os interessa-dos devem consultar o sitedo Cecal ao longo do anopara mais informações.

JORNAL LINHA DIRETA - 23.pmd 12/05/2015, 12:175

6 | LINHA DIRETA

oram os estudos rea-lizados em uma me-nina de apenas doisanos de idade que

permitiram ao médico CarlosChagas descobrir, no iníciodo século passado, que a do-ença que hoje leva seu nomeacometia também seres hu-manos. Berenice, moradorade Lassance, no Norte de Mi-nas, foi a primeira pacientediagnosticada com a Doençade Chagas, após meses sen-do monitorada pelo cientistaem seu laboratório, instaladoprovisoriamente em um va-gão de trem. De lá pra cá, jáse vão mais de cem anos.

Os métodos de pesquisativeram muitas evoluções, le-gislações foram criadas parainvestigações científicas envol-vendo crianças e adultos e di-versos princípios éticos passa-ram a ser adotados. Mas umaspecto ainda permanece: aparticipação de pessoas nosestudos continua sendo es-sencial para que os pesquisa-dores possam fazer descober-tas e encontrar soluções paraos problemas de saúde.

“Os voluntários são, semdúvida, fundamentais para apesquisa clínica. São eles quenos possibilitam saber se ummedicamento funciona ou sedeterminado tratamento éadequado para a doença queestá sendo estudada. Pormais que tenhamos recursosà disposição, se não tivermospessoas dispostas a partici-

Fazendo a diferençaVoluntários empesquisa clínica

permitemestudos

aprofundados demedicamentos

Por que não possomais me candidatarcomo voluntário?

Por Keila Maia

par, fica difícil chegar a com-provações”, afirma a pesqui-sadora Marília Santini de Oli-veira, vice-diretora de Quali-dade e Informação do Insti-tuto Nacional de InfectologiaEvandro Chagas (INI).

Processosseletivos

Os caminhos para se tor-nar um voluntário são varia-dos. Segundo Marília, issoporque o público-alvo serádefinido conforme os objeti-vos de cada estudo e, dessaforma, o sistema de captaçãode participantes também irávariar. Cabe à equipe res-ponsável pelo projeto definiros critérios de escolha que,após serem aprovados peloComitê de Ética em Pesqui-sa (CEP) da instituição ondeo estudo será conduzido, sãodivulgados por meio de dife-rentes formas.

No caso do INI, boa partedos voluntários é paciente dohospital ou vem referenciadapor outros profissionais daárea médica, que já conhe-cem as linhas de pesquisa doinstituto. Os estudos tambémsão divulgados por meio de Or-ganizações Não-Governamen-tais (ONGs), associações deportadores de doença, entreoutros parceiros.

“Cada pesquisa tem suasespecificidades, que vão de-finir os pré-requisitos necessá-

rios aos voluntários. Se esta-mos, por exemplo, testandoum medicamento para trata-mento da Aids, então a pes-soa deverá ter HIV. Se é umestudo voltado para a preven-ção, o participante não pode-rá ter a doença. Tudo depen-de do objetivo em questão”,explica Marília.

Comitê de ÉticaVárias unidades da Funda-

ção têm seus Comitês de Éti-ca em Pesquisa. É nessa ins-tância em que se avalia se osdireitos do voluntário estãogarantidos durante e após apesquisa, bem como no Ter-mo de Consentimento LivreEsclarecido - documento a serassinado pelo participante,que contém todos os esclare-cimentos necessários para queo indivíduo decida se quer fa-zer parte do estudo.

O CEP verifica, por exem-plo, se o projeto assegura aprivacidade e confidencialida-de dos dados das pessoas.Avalia ainda se estão previs-tas todas as responsabilidadesa serem cumpridas pela ins-tituição. “Se a pesquisa pre-tende comprovar a eficáciade um medicamento paradeterminada doença, é pre-ciso estar claro no protocoloque, caso isso seja compro-vado, a entidade patrocina-dora deverá garantir ao par-ticipante o fornecimento gra-tuito desse medicamento pelo

resto da vida dele ou enquan-to precisar tomar. Isso é di-reito do voluntário e deveestar escrito”, destaca Mau-ro Brandão Carneiro, coorde-nador do Fórum de Comitêsde Ética da Fiocruz.

A atenção dispensada àsegurança dos participantespode proporcionar credibili-dade aos estudos e atrair umnúmero cada vez maior depessoas que se dispõem acolaborar. Para Kévin Sérgiode Lima, morador da comu-nidade da Maré, a confiançanas pesquisas conduzidas pelaFiocruz foi um dos principaismotivos que o fizerem se can-didatar ao PrEP Brasil - estu-do que visa testar um medi-camento, já aprovado em al-guns países e ainda em testeno Brasil, voltado para pre-venção contra o vírus HIV du-rante as relações sexuais. Porter um caráter preventivo,nesse caso, o participantedeve estar saudável.

Segundo o voluntário Ké-vin, contribuir com uma pes-quisa que pode trazer bene-fícios para tantas pessoas étambém um estímulo. “Te-nho amigos que atuam emparceria com a Fundação e,quando soube que seria ini-ciada uma pesquisa com esseobjetivo, fui logo dizendo quegostaria de participar. Meu in-teresse foi tanto que acabeisendo o voluntário númeroum no cadastro”, conta.

Iniciativas como a de Ké-

F

JORNAL LINHA DIRETA - 23.pmd 12/05/2015, 12:176

LINHA DIRETA | 7

vin dão uma perspectiva oti-mista para a área da pesqui-sa que envolve seres huma-nos, pois mostram que, emgeral, a população gosta decolaborar quando percebe aseriedade dos estudos. ParaMauro Brandão, essa é umacaracterística tipicamentebrasileira. “Acredito que opúblico no Brasil tem um per-fil solidário. Então, se as pes-soas entendem que a pesqui-sa é útil, ainda que não te-nham nenhum benefício di-reto, elas tendem a colabo-rar”, comenta.

Pesquisa clínicaUm mapeamento feito

pela Rede Fiocruz de Pesqui-sa Clínica (RFPC), em 2013,registrou 73 grupos que de-senvolvem pesquisa clínicana Fundação. Segundo o le-vantamento, foram identifi-cados e caracterizados 370projetos realizados por essesgrupos, entre 2010 e 2013.Os dados coletados foramdivulgados recentemente,durante um encontro da

RFPC no mês de março.A pesquisa clínica na Fi-

ocruz abrange os estudos ori-entados ao paciente, ou seja,aqueles que envolvem umapessoa ou um grupo de pes-soas ou ainda o uso de ma-terial humano. São exemplosos ensaios clínicos e os estu-dos para desenvolvimento deuma nova tecnologia relaci-onada à saúde, bem como aspesquisas que identificam osmecanismos de uma doença,as terapêuticas e interven-ções em agravos.

Também são consideradospesquisa clínica os estudos decomportamento e os epidemi-ológicos, que, embora não ori-entados para um processo clí-nico, incluem, muitas vezes, aavaliação e o desenvolvimentode metodologias clínicas. “To-dos esses projetos têm em co-mum a execução em condi-ções de boas práticas e oatendimento a diferentes pro-cessos de regulação, entreeles todas as questões éticas,envolvendo pesquisas comseres humanos”, afirma Ma-ria Hermoso, da RFPC.

JORNAL LINHA DIRETA - 23.pmd 12/05/2015, 12:177

8 | LINHA DIRETA

esde o dia 1º de mar-ço de 2015, as no-vas regras para o pa-

gamento de pensão por mor-te do servidor público federalestão em vigor. A mudançanas regras do benefício fazparte de uma série de propos-tas incluídas na Medida Provi-sória 664/2014, apresentadapelo governo federal no fim doano passado, como um esfor-ço de promover sua política deajuste fiscal das contas públi-cas. Por se tratar de MediaProvisória (MP), o texto aindaserá submetido à apreciaçãodo Congresso Nacional, que

Por Eduardo Muller

tem 60 dias, prorrogáveis porigual período - contado da datade publicação da MP, em 31/12/2014 -, para submetê-lo avotação em plenário.

Na prática, a rigidez dosdispositivos da MP 664/2014reduz direitos sociais dos ser-vidores, tendo em vista quealterou seis artigos da Lei8.112/90 (RJU) e revogou oartigo 216 e os parágrafos 1ºe 3º do artigo 218, que tratamespecificamente da pensão pormorte do servidor.

O Serviço de Legislação eAnálise de Processos (Selap/Direh) realizou estudo compa-

Medida Provisória reduz benefícios e será votada pelo Congresso Nacional

Mudanças na concessãode pensão por morte

D rativo do impacto da MP navida funcional do servidor. Oquadro comparativo pode seracessado na Intranet da Fio-cruz.

Entre as mudanças propos-tas pelo governo destaca-se ainclusão de uma carência de24 contribuições mensais aque estará sujeita a concessãodo benefício, ressalvada amorte por acidente do traba-lho, doença profissional ou dotrabalho. Outro fator novo é ainclusão de um tempo mínimo(dois anos) de casamento ouunião estável para que o côn-juge possa gozar do benefício

da pensão.A inclusão de um novo

cálculo para definir o tempode duração da pensão pormorte destaca-se também en-tre as mudanças propostas notexto da MP. A conta leva emconsideração a expectativa desobrevida do beneficiário nadata do óbito do servidor ouaposentado. Antes da ediçãoda MP, a pensão por morte doservidor federal devida ao côn-juge ou companheiro era sem-pre vitalícia, e, temporária,para os filhos ou enteados deaté 21 anos - ou, se inválidos,enquanto durasse a invalidez.

odos documentostêm uma história aser contada e uma

existência definida, são pro-duzidos para atender a umafinalidade específica e, a par-tir daí, circulam, transitam, ins-truem, somam informações egeram efeitos. No decorrer doseu ciclo de vida, alternam-se períodos de utilização eguarda. Alguns serão elimina-dos e outros, conservados per-manentemente como fonteshistóricas. Assegurar de formaeficiente a produção, manu-tenção e destinação de docu-mentos, garantir que a infor-mação esteja disponível e eli-minar os documentos que não

T tenham valor administrativo,fiscal, legal ou para pesquisacientífica, é a missão da Se-ção de Arquivo e Microfilma-gem, da Diretoria de Admi-nistração (SAM/Dirad).

Os arquivos são separadosem três idades: corrente, inter-mediário e permanente. Oscorrentes são documentos pro-duzidos para atender a umademanda específica, mantidosna sala do usuário. O arquivointermediário é de documen-tos que deixaram de ser con-sultados, mas podem, eventu-almente, ser necessários ao se-tor que o produziu. Já o per-manente guarda documentosque perderam o valor adminis-

trativo em razão de seu valorhistórico e, na Fiocruz, sãoadministrados pela Casa deOswaldo Cruz (COC).

A Seção de Arquivos deMicrofilmagem da Dirad traba-lha como arquivo intermediá-rio da Fiocruz. Os documentose processos são arquivados alide forma transitória e, em mé-dia, demoram 50 anos paraserem eliminados ou encami-nhados ao arquivo permanen-te da COC. Seu acervo é com-posto por processos administra-tivos e conjuntos de documen-tos de diferentes unidades eperíodos. Para preservar o ori-ginal pelo valor da informaçãoe agilizar o atendimento ao

usuário, a Seção possui em seuacervo microfilmes: processosde 1986 a 1991, fichas finan-ceiras, folhas de pagamento,dossiês e convênios. Preventi-vamente, também é realizadaa higienização e a limpeza detodos os documentos arquiva-dos, garantindo a sua vida útil.

Atualmente, a SAM estálocalizada na Rua Bispo Lacer-da, 25, em Del Castilho, e aten-de seus clientes para arquiva-mento e desarquivamento deprocessos e documentos às se-gundas, quartas e sextas, de8h30 às 11h30 e de 14h às 16h.

Os telefones de contatosão: 2209-3120 / 2209-3115ou 2590-6348.

Preservando a memóriaadministrativa

Por Carla Procopio

Seção de Arquivo e Microfilmagem da Dirad trata de arquivos abertos à consulta

JORNAL LINHA DIRETA - 23.pmd 12/05/2015, 12:178

partir da decisão ins-titucional de transfe-rir o setor de Presta-

ção de Contas, que até maiode 2014 funcionava na Direto-ria de Administração (Dirad),para a Coordenação de Con-vênios da Diretoria de Planeja-mento (CConv/Diplan), iniciou-se um processo de reestrutura-ção que envolveu diversas ins-tâncias da Fiocruz. Utilizando ametodologia de Mapeamentode Competências, sua aplica-ção contou com assessoria daDiretoria de Recursos Humanos(ver depoimento das profissio-nais envolvidas no projeto) ecom o aval da Vice-Presidên-cia de Gestão e Desenvolvimen-to Institucional (VPGDI).

A experiência pode se tor-nar um modelo para outras uni-dades da Fiocruz. O diretor daDireh, Juliano Lima, qualificoua ação conjunta. “É um protóti-po do que se quer fazer na Fio-cruz para o desenvolvimento depessoas, uma parceria que vaiter sequência”, disse. O mape-amento permitiu identificar asprincipais competências e fun-ções da Coordenação de Con-vênios e a definição de seusobjetivos estratégicos para operíodo de 2015-2018.

Segundo a nova diretorade Planejamento, Cláudia Tur-co, com o sucesso dessa pri-meira experiência, a metodo-logia será aplicada tambémnas demais coordenações daunidade. Os resultados e ma-terial de apoio sobre a experi-ência estão disponíveis no siteda Diplan, na Intranet Fiocruz.

Por GustavoMendelsohn de Carvalho

e Glauber Queiroz

Metodologiapode ser modelode ação integradapara a Fiocruz

Mapeamento de Competênciasna Diretoria de Planejamento

A

LINHA DIRETA | 9

epresentantes detodos os setores doInstituto de Comu-

nicação e Informação Cien-tífica e Tecnológica em Saú-de (Icict) estiveram reunidos,em Petrópolis, na 5ª Oficinade Planejamento Estratégi-co, em março. O encontrovisou recolher as contribui-ções das câmaras técnicas doinstituto, debatidas desde o

RPlanejamento no Icict

último ano, e elaborar cole-tivamente o Plano Quadrie-nal 2015-2018, com os te-mas Ensino e Pesquisa, Co-municação e Informação; eGestão. A vice-presidente Ní-sia Trindade proferiu umapalestra sobre comunicação,ensino e informação na Fio-cruz e o papel do Icict.

Por Cristiane D’Ávila

Foto: Delson da Silva

JORNAL LINHA DIRETA - 23.pmd 12/05/2015, 12:179

VideoSaúde Distri-buidora da Fiocruzinaugura sua coluna

no Linha Direta com uma se-leção de vídeos que fortalecemo debate sobre a saúde em umano que será marcado pelarealização da 15ª ConferênciaNacional de Saúde (CNS). Aideia é dar visibilidade ao acer-vo de mais de oito mil títulosque contam a história da saú-de pública no Brasil e lembrarque os vídeos estão disponí-veis gratuitamente para con-sulta no Banco de RecursosAudiovisuais em Saúde (Bra-vs), na página da Distribuido-ra (www.fiocruz.br/videosau-de), empréstimo e cópia.

Frequentemente usa-do como recurso educacional

APor Daniela Muzi

em salas de aula da Fiocruz,o vídeo Políticas de saúde noBrasil: um século de luta pelodireito à saúde (2006, 60min) pode ser considerado umclássico do campo do audio-visual em saúde. Por meiode narrativa ficcional, aliadaa imagens de arquivo e à lin-guagem dos meios de comu-nicação de cada época, con-ta a história das políticas desaúde no Brasil, mostrandocomo se articulou com a his-tória política brasileira, des-de 1900 até 2006.

Dentre muitos fatos histó-ricos, são retratadas a criaçãodas caixas e dos Institutos deAposentadorias e Pensões(IAPs); a luta pela criação doSUS e seu estabelecimento

em Lei, em 1988, quando asaúde passou a ser um direitodo cidadão e um dever doEstado; e a situação do SUSe das políticas de saúde já noséculo 21. A produção é umarealização da OrganizaçãoPan-Americana de Saúde, daOrganização Mundial de Saú-de (Opas/OMS) e do Ministé-rio da Saúde.

Restaurado pela Vide-oSaúde em 2013, Democra-cia e Saúde traz o pronunci-amento do sanitarista SergioArouca durante a 8ª Confe-rência Nacional de Saúde, re-alizada em março de 1986,que representa um marco nahistória do SUS. Arouca, emseu célebre discurso, discor-re sobre o conceito amplia-

do de saúde – formulado noevento –, definido como com-pleto bem-estar físico, men-tal e social, e não como asimples ausência de doença.

Ainda sobre as CNS, hátítulos da 8ª até a 12ª, comdestaque para os documen-tários Vozes do Brasil – a par-ticipação popular na 12ª Con-ferência Nacional de Saúde(2003, 50 min) e Aqui é per-mitido sonhar (2004, 14 min).Vozes do Brasil conta com de-poimentos dos representantesde usuários, de gestores e deprofissionais de saúde queparticiparam da 12ª CNS, re-alizada em 2003. O títuloAqui é permitido sonhar apre-senta um resumo 12ª CNS,com o tema Saúde um direi-

to de todos, um dever do Es-tado, o SUS que queremos.

Na ocasião do aniversá-rio do SUS, a VideoSaúde pro-duziu o documentário SUS 25anos (2014, 24 min), que reu-niu pesquisadores e profissionaisda saúde pública para falar so-bre questões como o conceitoampliado de saúde; comunica-ção e informação; conquistas,problemas e desafios enfrenta-dos na implantação e funcio-namento do SUS neste umquarto século. As entrevistasproduzidas para o documentá-rio deram origem aos verbetesaudiovisuais disponibilizadoscom os vídeos Democracia eSaúde e SUS 25 anos, na áreade vídeos do site PenseSUS(www.pensesus.fiocruz.br).

JORNAL LINHA DIRETA - 23.pmd 12/05/2015, 12:1710

Fiocruz lançou, emmarço, mais um es-paço para a divulga-

ção da Ciência: o Portal dePeriódicos. No mesmo am-biente web, o público temacesso aberto e gratuito aosartigos de todas as publica-ções científicas da instituição,com a busca integrada emsete revistas: Cadernos deSaúde Pública; História, Ciên-cia, Saúde - Manguinhos;Memórias do Instituto Oswal-do Cruz; Revista Eletrônica deComunicação, Informação e

APortal de Periódicos

Inovação em Saúde; RevistaFitos; Trabalho, Educação eSaúde; e Vigilância Sanitáriaem debate: sociedade, ciên-cia e tecnologia.

Além de artigos, o novocanal traz informações emdiversos formatos: notícias,entrevistas, vídeos e infográ-ficos. “Há mais de um ano,o Fórum dos Editores Cientí-ficos da Fiocruz vem debaten-do estes temas, que envol-vem o fazer e o divulgar aciência de uma forma susten-tável. O Portal de Periódicos

nasce no cerne desta discus-são, integrando as revistas epromovendo este diálogo”,afirma a vice-presidente deEnsino, Informação e Comu-nicação, Nísia Trindade Lima.Segundo ela, o novo canaltraz visibilidade a questõescomo a internacionalização,avaliação da produção cien-tífica e inovação em periódi-cos. O endereço do Portal éperiodicos.fiocruz.br.

Por Flávia Lobato eFernanda Marques

LINHA DIRETA | 11

JORNAL LINHA DIRETA - 23.pmd 12/05/2015, 12:1711

uas exposições daCasa de OswaldoCruz combinam ci-

ência e curiosidades, histó-ria e informação para crian-ças e adultos neste primeirosemestre de 2015. Elemen-tar – a química que faz omundo ocupa a sala 307 doCastelo da Fiocruz até agos-to, com o objetivo de des-vendar os segredos da quí-mica de forma divertida. Jáa mostra Pelos Caminhos doSUS pretende trazer infor-mações sobre a trajetória doSistema Único de Saúde demaneira crítica, mas lúdica,na sala de exposições doMuseu da Vida, no CampusManguinhos.

A Química está presen-te no nosso dia a dia. Sejanos produtos que consumi-mos, medicamentos e trata-mentos médicos, alimentos,combustíveis, geração deenergia, tecnologia, meioambiente e assim por dian-te. A própria história da Fio-cruz está intimamente liga-da à ciência desde sua cria-ção, no início do século 20,

DPor Jacqueline Boechat

para a produção de soros evacinas contra a peste bubô-nica, até a ampliação dageração de produtos e insu-mos para o sistema públicode saúde nacional.

A exposição Elementarutiliza a interatividade paratransmitir conceitos científi-cos desta ciência. Logo na en-trada, um diorama (represen-tação realística em forma demaquete) mostra um alqui-mista da Idade Média em seuprocesso de trabalho, quemais tarde deu origem à Quí-mica. O visitante tambémpode consultar uma TabelaPeriódica de 2m x 1,5m,composta por 118 cuboscom informações sobre cadaum dos elementos químicos.Os cubos trazem um códigoem 2D (QR Code), que per-mite o acesso a vídeos, nosquais cientistas falam sobreos elementos. Ainda é pos-sível ‘criar’ a própria molé-cula: uma câmera projeta aimagem do visitante manipu-lando, por exemplo, oxigê-nio e hidrogênio, e gerandoa molécula da água.

COMUNICAÇÃO INTERNA DA FIOCRUZ | JORNAL LINHA DIRETANº 22 | MAIO / JUNHO 2015

Coordenação: Elisa Andries | Edição : Claudia Lima | Redação e Reportagem: Carla Procópio, Cristiane D’Ávila, Daniela Muzi, Eduardo Muller,Fernanda Marques, Flávia Lobato, Gabriella Ponte, Glauber Queiroz, Gustavo Mendelsohn de Carvalho, Jacqueline Boechat, Keila Maia, Renata Frota e TalitaBarroco. | Revisão: Claudia Lima | Projeto gráfico : Rodrigo Carvalho | Fotografia: Acervo Casa de Oswaldo Cruz, Arquivo INI, Cláudio Oliveira e PeterIlicciev. | Impressão: Gráfica Fox Print | Contato: [email protected].

O SUS emperspectiva

Contar a história do SistemaÚnico de Saúde sob uma pers-pectiva crítica e, ao mesmo tem-po, lúdica, é a proposta de PelosCaminhos do SUS, que aconteceno ano da 15ª Conferência Naci-onal de Saúde (CNS). A exposi-ção apresenta a trajetória do SUS,cujo momento decisivo ocorreem 1986, durante a 8ª CNS; doisanos depois, a Constituição Fe-deral asseguraria sua implanta-ção no país. Este ano, a 15ª Con-ferência terá como tema SaúdePública de qualidade para cui-dar bem das pessoas e, comoeixo, Direito do povo brasileiro.

A mostra pretende afastaro ponto de vista estabelecidopelo senso-comum sobre o SUS,segundo o qual, por exemplo, osistema se reduziria à uma ine-ficiente assistência à saúde. De-senvolvida com painéis, fotos eoutros recursos de interação como público, estrutura-se em qua-tro módulos: Organização doSUS; Participação Social; Finan-ciamento; e Educação e Traba-lho em saúde.

Fotos: Peter Ilicciev

JORNAL LINHA DIRETA - 23.pmd 12/05/2015, 12:1712