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PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL SETEMBRO 2014 • ANO LXI • Nº 09 COMUNICAÇÕES CAPÍTULO DAS ESTEIRAS AGUDOS 2014

ComuniCações - franciscanos.org.br · Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola. E para bem celebrar esta data no mês de se-tembro de 2015, convém reme-morar a motivação que

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PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASILSETEMBRO 2014 • ANO LXI • Nº 09

ComuniCações

capítulodas esteiras agudos 2014

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Província Franciscana da imaculada conceição do BrasilRua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | Caixa Postal 57.073 - 04089-970 | São Paulo - SP www.franciscanos.org.br | [email protected]

mensagem do ministro Provincial 25 anos de presença da Ordem dos Frades Menores em Angola. .............................................................................................419

Formação Permanente“Situações especiais e casos difíceis”, texto de Frei Nilo Agostini .............................................................................................421

esPecial caPítulo das esteirasMensagem do Ministro Provincial .................................................................................................................................................424Programa .............................................................................................................................................................................................426O Ministro Geral entre nós ..............................................................................................................................................................427A origem dos Capítulos ....................................................................................................................................................................428Jubileus da Província .........................................................................................................................................................................429

Formação e estudosFesta de Santa Clara com a Família Franciscana em Curitiba....................................................................................................430Fraternidade de Rondinha lança novo site ....................................................................................................................................431Retiro dos Frades Estudantes para a Profissão Solene .................................................................................................................432Primeira Profissão de Frei Douglas e Frei Gabriel .......................................................................................................................433

savJornada Franciscana na Rocinha .....................................................................................................................................................434 Encontro vocacional do SAV do Convento Santo Antônio ........................................................................................................437SAV/PVF: Semana Missionária em Amparo ................................................................................................................................438SAV/PVF: Semana Missionária em Vila Velha .............................................................................................................................441

FraternidadesAbertura da catequese e apresentação dos coroinhas no Convento São Francisco ................................................................443Valongo celebra Assunção de Maria ...............................................................................................................................................444Agudos: Seminário abrigará Escola de Soldados da PM .............................................................................................................445Encontro do Regional de São Paulo ...............................................................................................................................................446Encontro do Regional do Vale do Paraíba .....................................................................................................................................447Convento do Sagrado passa por reformas .....................................................................................................................................448Estudantes fazem estágio na Fraternidade de Gaspar .................................................................................................................450“Plebiscito Popular”, artigo de Frei Luiz Iakovacz ........................................................................................................................451

evangeliZação Missões em alguns Centros Pastorais da Quase-Missão de Kangandala .................................................................................452Festa na Fraternidade da Porciúncula ............................................................................................................................................453Festa do Padroeiro de Kibala ...........................................................................................................................................................454ESPECIAL: Rádio Celinauta: 60 anos – uma experiência de mãe .............................................................................................456USF: Curso de Gastronomia está entre os melhores do País ......................................................................................................462Frente de Evangelização da Educação reúne equipe ampliada ..................................................................................................463Canarinhos: 72 anos de conquistas .................................................................................................................................................463

notícias do deFinitÓrio ProvincialEncontro do dia 12 a 15 de agosto ..................................................................................................................................................464

FFBEncontro dos Ecônomos da CFMB ................................................................................................................................................470Encontro dos Irmãos Leigos da Província - Convite ...................................................................................................................470

notícias e inFormaçÕesCarta do Visitador Geral ..................................................................................................................................................................471Novo governo das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Amparo ....................................................................................471OFS: Coleta solidária .........................................................................................................................................................................471Falecimentos .......................................................................................................................................................................................471Da Secretaria Provincial ...................................................................................................................................................................471

agenda ..........................................................................................................................................................................................472

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mensagem

Caríssimos irmãos e irmãs,Com estas palavras iniciais

da Exortação Apostólica Evan-gelii Gaudium, os convido a darmos início aos preparativos da celebração dos 25 anos da nossa presença franciscana em Angola, hoje representada pela Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola. E para bem celebrar esta data no mês de se-tembro de 2015, convém reme-morar a motivação que funda-mentou o envio dos primeiros frades que deram início à im-plantação da Ordem dos Frades

Menores em terras angolanas. A nossa Província Francisca-

na da Imaculada Conceição do Brasil, no Capítulo Provincial de 1988, iniciou os preparativos para a celebração do Primeiro Centenário da sua Restauração (1991). Nesse Capítulo, como gesto concreto de restituição a Deus pela obra missionária dos frades alemães que, ao restaura-rem a nossa Província também iniciaram um novo projeto evan-gelizador na região sul e sudeste do Brasil, a nossa Fraternidade Provincial aprovou o início de

uma frente missionária na Áfri-ca. Inicialmente havíamos pensa-do na Guiné-Bissau. Mas quis o desígnio divino que iniciássemos esta missão em Angola.

Se naquela época o Capítulo Geral da Ordem dos Frades Me-nores nos convidava à ‘Formação para o Espírito Missionário’ me-diante o clamor “A ÁFRICA NOS CHAMA”, e se a nossa Província tinha como um dos seus obje-tivos específicos ‘Desenvolver o Carisma Missionário Francisca-no’ e o desejo de restituir gratui-tamente a Deus pela vinda abne-

25 anos de presenÇa da ordem dos Frades menores em angola“Ide, pois, fazei discípulos meus todos os povos... (Mt 28,19-20). Cada cristão e cada

comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somosconvidados a aceitar este chamado: sair da própria comodidade e ter a coragem de

alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (EG 19-20).

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ternura de Deus, através da nossa submissão a toda criatura”.

E foi assim que, no dia 25 de setembro de 1990, Frei Pedro Caron, Frei José Zanchet e Frei Plínio Grande da Silva desembar-caram em Luanda, seguindo no mesmo dia para Malange, onde tudo começou. Simplesmente partiram, sem medo, para com-partilhar e testemunhar.

Que a memória das origens da nossa presença missionária em Angola nos estimule a resga-tar com gratidão estes 25 anos de caminhada, não sem sacrifícios, lutas e até perdas, próprias de

Frei José Morais, Frei Gaudên-cio, Frei Manuel, Frei Mvula, Frei João C., Frei Canga Manuel, Frei Ananias, Frei Alfredo, Frei Mário, Frei Mateus, Frei Santana, Frei Siro, os sete Noviços que estão em Rodeio, os sete Postulantes de Quibala e o significativo nú-mero de Seminaristas que fazem seu discernimento vocacional no seminário de Malange. Sem dúvida alguma, podemos cantar com a mesma alegria e fé o can-to do povo de Deus no Quimbo de São Francisco, em Luanda-Pa-lanka: “Como hei de agradecer a tamanha graça que o Senhor me

273). O Papa Francisco, ao exor-tar que a prioridade da vida con-sagrada é “a profecia do Reino, que não é negociável”, admoesta: “Não tenham medo de se dirigir a quem quer que seja” e recorda que “o carisma dos religiosos é como fermento: a profecia anun-cia o espírito do Evangelho”. E isso exige de cada um de nós o “sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (EG 20).

Frei Fidêncio vanboemmel, oFmMinistro Provincial

destruição e morte.Naquela época Frei Estê-

vão Ottenbreit, então Minis-tro Provincial, escreveu: “A África nos espera! E com isso a Província renasceu... Fo-mos capazes de direcionar o olhar para além dos horizon-tes de nosso dia a dia, para além daquilo que conhece-mos e amamos; veio à tona o espírito missionário que está na dupla raiz de nossa Pro-víncia (Fundação e Restau-ração), e que se constitui no essencial de nossa vocação franciscana: PARTIR – para o desconhecido, sem baga-gem, esquemas e projeções; COMPARTILHAR – a vida do povo. Estar no meio do povo para ouvir e aprender; TESTEMUNHAR – antes de tudo pela vida, a cortesia e

nossa primeira ida continua vivo: “Partir para o desconhe-cido, sem bagagem, esquemas e projeções; Compartilhar a vida do povo, estar no meio daquele povo para ouvir e aprender; Testemunhar, antes de tudo pela vida, a cortesia e ternura de Deus, através da nossa submissão a toda cria-tura”.

A Exortação Apostólica Evangelii Gaudium nos recor-da que “a missão no coração do povo não é uma parte da minha vida, ou um ornamen-to que posso pôr de lado; não é um apêndice ou um mo-mento entre tantos outros da minha vida. É algo que não posso arrancar do meu ser, se não quero me destruir. Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo...”(EG

gada dos missionários alemães que há cem anos iniciaram um NOVO projeto de restauração, a resposta concreta e profética veio dos confrades que se prontifica-ram a iniciar e assumir uma nova presença missionária em Angola. E não foi por acaso que esta pre-sença evangélica e evangelizado-ra se iniciou num período em que Angola encontrava-se imersa em graves conflitos sociais, numa guerra civil que gerava pobreza,

quem abraça e carrega com amor o mistério da Cruz. E que acima de tudo saibamos evidenciar as nossas conquistas para agrade-cer e louvar a Deus. E entre tan-tos benefícios que o Senhor nos concedeu, destaco especialmente os novos confrades angolanos dados pelo Senhor e que o Doa-dor de toda boa dádiva continua a nos oferecer: Frei António B., Frei Afonso K., Frei João B., Frei João Alberto, Frei Ermelindo,

concedeu”. Mas precisamos to-dos cuidar para que esta planta se enraíze, crie firmeza, estenda seus ramos e frutifique em mui-tas novas vocações angolanas.

E hoje, 25 anos depois, Ango-la continua a nos convidar para que abracemos com paixão os novos desafios da evangelização missionária que o Senhor acre-dita sermos capazes de abraçar. Angola necessita da nossa gene-rosidade! O clamor que marcou

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FormaÇão permanente

A FAMÍLIA NUM TEMPO DE MUDANÇAS

Frei nilo agostini

São cada vez mais numerosas, em nossos dias, as situações espe-ciais nas quais se encontram nossas famílias. São, não raras vezes, casos difíceis, vividos em meio a muitos conflitos e não poucos sofrimentos. Importa saber tratar com o devido embasamento ético-moral os que vivem nestas situações. Entre es-tas situações, podemos enumerar, como o faz a Familiaris Consortio, as uniões livres, o matrimônio por experiência, os casais unidos só em matrimônio civil, os separados e divorciados, os que contraem se-gunda união, os sem família e mui-tas outras situações particulares1.

Podemos elencar estas ou ou-tras situações na forma como o faz o Diretório da Pastoral Fami-liar, da Comissão Episcopal Pas-toral para a Vida e a Família da CNBB: uniões de fato; separação mantendo a fidelidade ao vínculo conjugal; matrimônio canônico precedido por um divórcio civil; casados na Igreja, divorciados civilmente e novamente unidos pelo casamento civil; católicos unidos apenas no civil; crianças e famílias em situação de risco pessoal e social; crianças e ado-lescentes desprotegidos, abando-nados ou em perigo; atenção aos idosos; famílias de migrantes2. O

situaÇões especiais e casos diFíceisInstrumentum laboris do Sínodo, a ser realizado em outubro próxi-mo, acrescenta situações familia-res especiais ou difíceis como as convivências ad experimentum e as mães solteiras3.

1. O acompanhamento pastoral

Com relação às situações aqui aludidas, queremos apontar al-gumas linhas gerais e norteado-ras do acompanhamento pastoral que aí se fazem necessárias. Para isto, se requer o empenho e o cuidado moral e pastoral nos se-guintes pontos:a) Conhecer as situações e as suas

causas concretas, caso por caso;b) Empenhar-se numa ação de

esclarecimento paciente;c) Não abandonar, por motivo

algum, os que se encontram em qualquer uma dessas situ-ações. João Paulo II diz-nos: “Que elas não se considerem separadas da Igreja”4.

d) Buscar, sempre que possível, “aplainar o caminho para re-gularizar a situação”5.

e) Fazer sempre uma obra de pre-venção, evitando ulteriores de-gradações;

f) Distinguir entre o mal e a pes-soa. “Ele (Jesus) foi intransi-

gente para com o mal, porém misericordioso para com os homens”6.

g) Oferecer às famílias em difi-culdades apoio e orientação, no diálogo;

h) Aos cônjuges separados, pres-te-se apoio e acolhida, com es-pecial atenção aos filhos;

i) Distinguir quem é causa e quem é vítima em cada um dos casos. É bom sempre ter presente que “a pessoa é mais que a situação em que está envolvida”7;

j) Distinguir, com atenção e pers-picácia, os que procuram ‘re-cursos’ mal intencionados;

k) Sejam dadas as orientações necessárias para os que podem ou devem recorrer aos tribu-nais eclesiásticos.Na Familiaris Consortio são

apresentados também os cha-mados “casos difíceis” da Pasto-ral Familiar, além dos já citados. Trata-se de circunstâncias par-ticulares, tais como, “as famílias dos emigrantes por motivos de trabalho; as famílias dos que são obrigados a ausências longas, por exemplo, os militares, os mari-nheiros, os itinerantes de todo tipo; as famílias dos presos, dos prófugos e dos exilados; as famí-lias que vivem praticamente mar-

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ginalizadas nas grandes cidades; aquelas que não têm casa, as in-completas ou ‘monoparentais’; as famílias com filhos deficientes ou drogados; as famílias dos alcoóla-tras; as famílias desenraizadas do seu ambiente social e cultural ou em risco de perdê-lo; as discrimi-nadas por motivos políticos ou por outras razões; as famílias ide-ologicamente divididas; as que dificilmente conseguem ter um contato com a paróquia; as que sofrem violência ou tratamentos injustos por causa da própria fé; as que se compõem de cônjuges menores; os idosos, não rara-mente forçados a viver na solidão e sem meios adequados de sub-sistência”8.

Para estes casos, solicitava João Paulo II que haja “um em-penho pastoral ainda mais gene-roso, inteligente e prudente, na linha do Bom Pastor, para aque-las famílias que – muitas vezes independentemente da própria vontade ou pressionadas por outras exigências de natureza diversa – se encontram em situ-ações objetivamente difíceis. A este propósito é necessário vol-tar especialmente a atenção para algumas categorias particulares, mais necessitadas não só de as-sistência, mas de uma ação mais incisiva sobre a opinião pública e sobretudo sobre as estruturas culturais, econômicas e jurídicas, a fim de se poderem eliminar ao máximo as causas profundas do seu mal-estar”9.

Importa, ao mesmo tempo, deixar claro que “as notas essen-ciais do matrimônio sacramental são a unidade, a indissolubilida-de, o bem dos cônjuges e a pro-criação e educação dos filhos”10. O caráter indissolúvel do ma-trimônio aparece sempre como uma “premissa maior”. Ao mes-mo tempo, busca-se lembrar que a graça sacramental coloca os cônjuges num caminho de san-

tificação e que, portanto, é cami-nho de crescimento, de aperfei-çoamento gradual, fortificando a unidade indissolúvel.

2. Um quadro de instabilidade familiar

Não podemos, é claro, fechar os olhos para a diversidade de situações conjugais e familiares. Hoje em dia, constatamos que a família deixou de ser uma reali-dade monolítica, dentro do qua-dro que herdamos de uma família patriarcal e extensa. A nucleação familiar encontra-se reduzida, com uma composição variável, portanto, polifacética.

A análise das situações espe-ciais, muitas vezes difíceis, nos faz constatar que, além do fe-nômeno estrutural, existe o re-lacional. Constatamos muitas vezes que “a família pode estar estruturalmente bem organizada e, no entanto, ser irregular pela desarmonia em suas relações: es-ponsais, familiares, filiais, frater-nas, falta de um dos membros”11. Além disso, damo-nos conta de uma real instabilidade familiar em nossos dias.

A instabilidade familiar torna--se mais claramente presente em nosso país à medida que a socie-dade se urbaniza, a industrializa-

ção avança e uma visão moderna e pós-moderna de indivíduo se impõe, esta reforçada pela força dos meios de comunicação so-cial. A própria revolução indus-trial trouxe alterações no núcleo familiar, quer na maneira como se leva a cabo a atividade produ-tiva, não mais decidida dentro do quadro familiar, quer na transfor-mação das relações sociais, antes centradas na grande família12.

“O indivíduo passa a trocar sua energia por um salário que é pessoal. A força da tradição decai. Fatores mais racionais, de capacidade, realização e eficácia, passam a reger a vida, numa so-ciedade que deixa de ser estática. Esses fatores afetam em cheio o tipo de família patriarcal. De instituição principal, a família passa a uma posição subalterna, face ao econômico capitalizado. A grande indústria passa a tratar com indivíduos e não mais com famílias. Isso vai ‘liberando’ o in-divíduo de suas obrigações, car-gas e dependências familiares, o que vale também para as mulhe-res e os jovens. O trabalho, que se dava dentro do grupo familiar extenso, agora passa a um meio não-familiar, cujos critérios são igualmente extrafamiliares”13.

O Instrumentum laboris do próximo Sínodo, dedicado à Fa-

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mília, enumera também “a crise da fé na sua relação com a família; os desafios internos e os desafios externos, que dizem respeito à realidade familiar; algumas situ-ações difíceis, relacionadas com uma cultura do individualismo e com a desconfiança nas relações estáveis”14. Cabe aqui consultar o próprio documento preparatório do Sínodo.

3. Doutrina da Igreja e atenção às situações especiais e difíceis

Há uma preocupação do Ma-gistério da Igreja que é sempre salvaguardar a doutrina da indis-solubilidade do sacramento do Matrimônio. Esta preocupação liga-se ao próprio sacramento da Eucaristia, enquanto significa e realiza a Aliança fiel de amor entre Cristo e a Igreja. Ao mes-mo tempo, a Igreja procura ca-minhos para a prática pastoral e o acompanhamento moral para que estes casais participem da vi-vência comunitária da fé.

Foi-se o tempo em que a Igre-ja simplesmente considerava os casais em segunda união, por exemplo, como ipso fato infames e publice indigni15. Excluídos da Eucaristia e da Reconciliação, eis que eram publicamente infa-mes16. O tom utilizado no novo Código de Direito Canônico, de 1983, já tenta colher os frutos de

uma nova reflexão. Ainda fala da não admissão à Eucaristia17 para quem está em pecado grave; no entanto, começa a querer ouvir as declarações das partes para a verificação da validade do ma-trimônio, constituindo eventuais prova de nulidade, buscando dar--lhe credibilidade. Compreende--se que há histórias humanas, às vezes trágicas.

O Magistério da Igreja tem rei-teradamente apresentado a defesa da indissolubilidade do matrimô-nio, como o fez, após a Familiaris Consortio, na Carta aos Bispos da Igreja Católica a respeito da recep-ção da comunhão eucarística por fiéis divorciados e novamente ca-sados, de 1994, na introdução de um documento de 1997 da Con-gregação para a Doutrina da Fé, onde já se fala de uma vivência cristã dos recasados18. Também estes não devem perder a esperan-ça de alcançar a salvação.

Sempre recordando os pon-tos fulcrais da doutrina católica, a Igreja já manifesta a sua soli-citude e busca que estes fiéis re-casados perseverem na vivência destes ensinamentos; sabe que nem sempre têm culpa própria, manifestando o desejo de acom-panhá-los maternal e misericor-diosamente. O próprio Sínodo de 1980 já expressava o desejo de um “cuidado pastoral” e, conco-mitantemente, um “estudo mais

aprofundado neste campo”, suge-rindo que se leve “em considera-ção a prática pastoral das Igrejas Orientais”19.

O Instrumentum laboris da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, recém--publicado, destaca com clareza a atenção a ser dedicada às situa-ções difíceis. Vejamos o que diz o documento:

“A caridade pastoral impele a Igreja a acompanhar as pessoas que passaram por uma falência matrimonial e a ajudá-las a vi-ver a sua situação com a graça de Cristo. Uma ferida mais dolorosa abre-se para as pessoas que vol-tam a casar-se, entrando numa condição de vida que não lhes permite o acesso à comunhão. Sem dúvida, nestes casos a Igre-ja não deve assumir a atitude de juiz que condena (cf. Papa Fran-cisco, Homilia, 28 de Feverei-ro de 2014), mas a de uma mãe que acolhe sempre os seus filhos e cuida das suas feridas em vista da cura (cf. EG 139-141). Com grande misericórdia, a Igreja é chamada a encontrar formas de ‘companhia’ com as quais apoiar estes seus filhos num percurso de reconciliação. Com compreensão e paciência, é importante explicar que a impossibilidade de aceder aos sacramentos não significa ser excluídos da vida cristã e da rela-ção com Deus”20.

NOTAS1 Cf. JOÃO PAULO II. Exortação apostólica

Familiaris Consortio. 17ª edição. São Paulo: Paulinas, 2003, n. 77; 80-85.

2 CNBB – Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, Diretório da Pastoral Familiar, São Paulo: Paulinas, 2005, cap. 7.

3 III ASSEMBEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DO SÍNODO DOS BISPOS - 2014. Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização (Instrumentum laboris). Cidade do Vaticano, 2014, n. 81 e 88.

4 Cf. JOÃO PAULO II. Op. cit., n. n° 84, p. 146.

5 Ibidem, n. 81, p. 143.6 Citação do Papa Paulo VI, feita por CNBB.

Orientações pastorais sobre o Matrimônio. Col. Documentos da CNBB n° 12. São Paulo: Paulinas, 1978, p. 24.

7 Cf. ibidem, p. 32.8 JOÃO PAULO II. Op. cit., n° 77, p. 134-

135.9 Ibidem, n° 77, p. 134.10 CNBB – Setor Família e Vida. Diretório da

Pastoral Familiar. 1ª versão (provisória). Brasília: CNBB, 2003, parte VII.

11 SOBRADO, Clemente. Linhas para uma Pastoral Familiar das “situações irregulares”. Boletim CELAM, 273, julho-setembro de 1996, p. 78.

12 Cf. HINOJAL, Isidoro Alonso. A crise da instituição familiar (entrevistando William J. Goode). Rio de Janeiro: Salvat Editora do Brasil, 1979, p. 43s.

13 AGOSTINI, Nilo. Teologia Moral: Entre o pessoal e o social. Petrópolis: Vozes, 1995, p. 71.

14 III ASSEMBEIA GERAL

EXTRAORDINÁRIA DO SÍNODO DOS BISPOS - 2014. Op. cit., n. 61.

15 Cf. Código de Direito Canônico de 1917, cânones 2356 e 855,1.

16 Cf. RATZINGER, Joseph. Introducción. In: CONGREGACIÓN PARA LA DOCTRINA DE LA FÉ. Sobre la atención pastoral de los divorciados vueltos a casar: documentos, comentário y estúdios. Madrid: Palabra, 1997, p. 11.

17 Cf. Código de Direito Canônico de 1983, cânon 915.

18 Cf. CONGREGACIÓN PARA LA DOCTRINA DE LA FÉ. Op. cit., p. 15-25.

19 SÍNODO DOS BISPOS DE 1980. Prop. Sin. 14,6.

20 III ASSEMBEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DO SÍNODO DOS BISPOS - 2014. Op. cit., n. 103.

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por um noVoamanHecer pentecostal

capítulo das esteiras agudos 2014

Caríssimos Confrades,Paz e Bem!

A celebração do nosso Ca-pítulo das Esteiras que vem sendo divulgado desde o mês de Julho de 2013 na agenda das Comunicações da Pro-víncia, está para acontecer nos próximos dias 22 (che-gada) a 25 de setembro, no Seminário Santo Antônio de Agudos. Esta data foi esco-lhida porque coincide com a visita fraterna que o Ministro Geral, Frei Michael Anthony Perry, deseja fazer aos con-frades da nossa Província, acompanhado pelo Defini-dor Geral, Frei Nestor Inácio Schwerz.

Desde já desejo as boas--vindas aos mais de 250 Fra-des que já se inscreveram! Uma comissão nomeada pelo Definitório Provincial traba-lhou e continua a trabalhar para que o nosso Capítulo das Esteiras seja um momen-to de graça e de bênção para todos nós.

O meu sonho é que este Capítulo das Esteiras possa espelhar e refletir aquilo que Tomás de Celano descreveu sobre os primórdios da vida franciscana: “Quando se reu-niam em algum lugar, reacen-dia-se o fogo do amor espiri-

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tual, espargindo suas sementes de amizade verdadeira sobre todo o amor. E como? Com abraços fra-ternos, com afeto sincero, com ósculos santos, uma conversa amiga, sorrisos agradáveis, sem-blante alegre, olhar simples, âni-mo suplicante, língua moderada, respostas afáveis, o mesmo dese-jo, pronto obséquio e disponibili-dade... Consagravam todo o seu afeto aos irmãos, oferecendo-se a si mesmos para atender às ne-cessidades fraternas. Reuniam-se com prazer e gostavam de estar juntos: para eles era pesado esta-rem separados, o afastamento era amargo e doloroso estarem desu-nidos” (1Cel 38-39).

Convido a todos para que, ao longo do Capítulo das Estei-ras, transformemos o Seminá-rio Santo Antônio naquilo que a Porciúncula representou no vigor da primitiva fraternidade minorítica: ponto de encontro dos irmãos! Assim, portanto, como o Espírito Santo deu vigor aos discípulos de Cristo na ma-nhã de Pentecostes, também este Capítulo das Esteiras deseja ser um novo amanhecer pentecostal onde cada irmão e toda a Frater-nidade Provincial poderá reani-mar o vigor da alma com a graça do Espírito Santo, para sermos no mundo uma presença alegre de vida, assinalada pelo “Espíri-to do Senhor e seu santo modo de operar”.

Também o nosso Capítulo das Esteiras deseja ser a sagra-da convergência de irmãos que, provindos de diferentes locali-dades e frentes de evangeliza-ção, vocacionalmente se sentem

atraídos por Cristo e em Cris-to num único e mesmo vigor evangélico. Mas o Capítulo das Esteiras, desde as origens, car-rega a dimensão missionária, isto é, do envio: irmãos que, a partir de Cristo e do fraternal ágape do ‘sacrum commercium’ do pão partilhado com a senho-ra dona Pobreza, retomam novo vigor fraterno para viverem no ‘mundo universo’ a alegria da vocação evangélica e da missão evangelizadora.

Como neste Capítulo das Es-teiras vamos ter a graça de poder contar com a presença do nosso Ministro Geral, Frei Michael A. Perry, também permitiremos que ele, a exemplo de São Francis-co nos Capítulos celebrados em Santa Maria dos Anjos, seja para todos nós a presença de um pai que nos admoesta e exorta, que unge as nossas feridas e que nos abençoa na observância do santo Evangelho e da Regra que firme-mente professamos.

Ainda acrescento outro ponto de vital importância que vai nos acompanhar na dinâmica da ce-lebração deste nosso Capítulo das Esteiras: queremos vislumbrar no horizonte da nossa vocação e missão o Capítulo Geral da Or-dem de 2015 que nos apresenta o tema “Irmãos menores no nosso tempo” – “Todos sejam chama-dos de frades menores” (RnB 6,3), e ainda em segundo plano do mesmo horizonte, com igual importância, o nosso Capítulo Provincial de janeiro de 2016.

O Ministro Geral Frei Michael A. Perry, em carta de 19 de maio de 2014, endereçada aos Minis-

tros Provinciais, Custódios e Pre-sidentes de Fundação, solicitou encarecidamente para que todos os Frades se envolvam de corpo e alma na preparação do Capítulo Geral: “Faço minhas as palavras que o Papa Francisco em no-vembro passado dirigiu à União dos Superiores Gerais e vos in-centivou a “acordar o mundo! Sede testemunhas de um modo diferente de fazer, agir, viver! É possível viver diversamente neste mundo”. Acordai a Ordem! Acor-dai as vossas Províncias e as vos-sas Entidades. Sede testemunhas do Evangelho, de uma vida fra-terna que promova o crescimento humano, espiritual e franciscano de cada irmão. Sede testemunhas do amor e da misericórdia que tendes recebido de Deus, que é amor! Sede embaixadores da re-conciliação e da paz, começando com cada um dos frades com que conviveis e com as vossas frater-nidades até aos confins da terra! Sede mensageiros da esperança, inspirando-vos uns aos outros para viver fielmente a nossa vo-cação franciscana e a comparti-lhar a alegria do Evangelho com todos!”

Que o Senhor nos conceda dias felizes em Agudos. Levemos para Agudos nossa alegria, nos-sos sonhos, nossas esperanças, nossa ação de graças, nosso per-dão e nosso grande desejo de nos reencontrarmos como irmãos: “Reuniam-se com prazer e gosta-vam de estar juntos”.

Fraternalmente,

Frei Fidêncio vanboemmel, oFmMinistro Provincial

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capítulo das esteiras agudos 2014

Dia 22 – SegunDa-feiraChegada até às 18h00 Dia 23 – Terça-feira

temática: Fraternidade8h30 - Missa de Abertura10h – Encontro Geral – Salão Nobre • Vídeo, Acolhida e exposição dos temas: Frades entre nós, Frades entre as criaturas e Frades em estado permanente de missão • Diálogo entre a assembleia e a mesa – 30’14h30 – Atividade em grupos 16h00 – Esporte18h30 – Oração da tarde e recepção do Ministro Geral19h30 – Jantar Recreio

24 – QuarTa-feiratemática: Minoridade8h30 – Oração da Manhã9h15 – Encontro com o Ministro Geral e Definidor 10h45 – Diálogo e interação entre a assembleia e o Ministro Geral

dia a dia: Fraternidade,minoridade e atualidade

Desde que foi constituída pelo Definitório Provincial, nossa co-missão se reuniu em três ocasi-ões (duas vezes em São Paulo e uma em Petrópolis) para pensar a programação do Capítulo das Esteiras 2014. Desde o início, pareceu-nos útil e edificante se-guirmos a temática proposta pela Ordem para o Capítulo Geral no lema “Irmãos e Menores no Nos-so Tempo”.

A ideia é oferecer os irmãos um espaço livre e aberto para partilharmos nossos sonhos, intuições e preocupações para

a vivência encarnada de nosso carisma nos dias de hoje. Sendo assim, em cada dia do Capítulo das Esteiras, vamos nos debru-çar com atenção e ternura sobre cada um dos termos do trinô-mio fraternidade, minoridade e atualidade, tudo perpassado por um intenso espírito de gratidão a Deus, expressa nos momentos celebrativos, e alegria pelo reen-contro, manifesta nos momentos recreativos e de convivência fra-terna.

Teremos ainda a graça de ce-lebrar o dom da vida e da entrega

generosa de nossos irmãos jubi-landos e de apreciar a beleza da arte musical na apresentação dos estimados Canarinhos de Petró-polis. Contaremos também com a presença fraterna e estimulante de nosso Ministro Geral, Frei Mi-chael Perry. A adesão dos irmãos foi muito significativa. As expec-tativas são as melhores. Com a graça de Deus, celebraremos um abençoado e marcante Capítulo das Esteiras.

Frei gustavo Wayand medellaPela Comissão Preparatória

programaÇão

14h30 – Trabalho de grupos a partir das Frentes de Evangelização18h00 – Missa 20h30 – Noite Cultural (Apresentação do Coral dos Canarinhos de Petrópolis) Dia 25 – QuinTa-feira

temática: Atualidade8h30 – Oração da Manhã em ação de graças pela vida dos jubilandos. 9h15 – Plenária e retorno dos grupos de estudo a partir das Frentes de Evangelização. 10h45 – Encontro com o Ministro e Definidor Geral e com o Ministro Provincial a partir do que foi apresentado pelas frentes de Evangelização.14h30 – Encontro com o Visitador Geral, Frei Valmir Ramos• Informações e esclarecimentos em relação ao Capítulo Provincial de janeiro de 201616h30 - Missa de Encerramento com a celebração dos Jubileus presidida pelo Ministro Geral, Frei Michael Perry.

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O norte-americano Frei Michael An-thony Perry foi eleito Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores no dia 22 de maio de 1913, sucedendo a Frei José Rodríguez Carballo, que foi nomeado pelo Papa Francisco secretário da Con-gregação dos Institutos de Vida Consa-grada e Sociedades de Vida Apostólica. Natural de Indianápolis, nasceu em 1954. Em entrevista durante a Jornada Mundial da Juventude, contou: “Nasci nos EUA de uma família irlandesa. Te-nho também a nacionalidade irlande-sa. Sempre fui um irlandês-americano. Isso me ajudou muito, no mundo, a ter uma identidade unificada. Eu tenho três irmãos e uma irmã. Oito sobrinhos e quatro sobrinhos netos. Meus pais já morreram faz alguns anos”.

Foi Ministro Provincial da Provín-cia do Santíssimo Coração de Jesus (EUA), onde a serviu na formação te-ológica e na formação pós-noviciado, trabalhou na Franciscans International em Nova York - uma organização não governamental que se compromete diante das Nações Unidas pela justiça, pobreza e o planeta com e em nome dos mais pobres - e, por dez anos, ser-viu como missionário na República Democrática do Congo.

O seu currículo acadêmico inclui um doutorado em Antropologia Re-ligiosa pela Universidade de Birmin-ghan, na Inglaterra, um Master em Missiologia, M. Div. na Formação Sacerdotal e bacharelado em História e Filosofia.

o ministro geral em agudos

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A primitiva experiência da for-ma de vida proposta por Francisco aos seus frades reclamava, esponta-neamente, a realização do encontro fraterno, como exigência intrínseca. A reunião que concretiza esse en-contro está na origem daquilo que mais tarde haveria de ser denomi-nado de Capítulo.

Tomás de Celano atesta o fato com bastante clareza na Primeira Vida de São Francisco ao se referir

Dicionário Franciscano, Vozes e Cefepal, 1993, pg. 77 ss

origem dos capítulosa Deus. Reunidos, manifestaram a sua grande alegria por rever o pie-doso pastor e se admiraram de te-rem tido todos o mesmo desejo ao mesmo tempo. Contaram depois as coisas boas que o misericordioso Senhor lhes tinha feito e pediram correção e castigo ao santo Pai pelas negligências e ingratidões que pu-dessem ter cometido, cumprindo--os diligentemente”.

Comentando o fato, Celano

se tornaram modelo de todas as subsequentes reuniões fraternas e capitulares.

A reunião comunitária torna-se logo expressão normal do desejo de comunhão que animava os fra-des que “tendo desprezado todas as coisas terrenas e estando livres do amor-próprio, consagravam todo o seu afeto aos irmãos, oferecendo-se a si mesmos para atender às neces-sidades fraternas. Reuniam-se com

separou-os dois a dois pelas quatro partes do mundo, e lhes disse: ‘Ide, caríssimos, dois a dois, por todas as partes do mundo, anunciando aos homens a paz e a penitência para a remissão dos pecados...’.”

A segunda reunião é descrita nestes termos: “Pouco tempo de-pois, São Francisco desejou revê-los e orou ao Senhor, que congrega os dispersos de Israel, que se dignasse reuni-los outra vez em pouco tem-po. Assim aconteceu que, bem de-pressa, de acordo com sua vontade e sem que ninguém os chamasse, eles se encontraram dando graças

assim se exprime: “...era isso que costumavam fazer todas as vezes que chegavam a ele... então o bem--aventurado Pai, abraçando seus filhos com muita caridade, come-çou a manifestar-lhes seu pensa-mento e o que o Senhor lhe havia revelado”(1Cel 29;30).

Fácil detectar nas duas descri-ções o significado fundamental do encontro fraterno que caracteriza-va as respectivas reuniões. Vemos facilmente presentes os temas da formação espiritual, da organização da vida em comum e da vida apos-tólica. Por tais razões, essas reuniões

consolidação de sua comunhão de vida consagrada ao seguimento de Jesus Cristo.

Os Capítulos franciscanos são um singular exemplo de expressão do espírito da fraternidade que é característica da Ordem no plano geral, provincial ou conventual e das modalidades de vida comunitá-ria próprias destes diferentes níveis. Eles fazem parte do patrimônio es-piritual da Ordem e precisam ser valorizados e realizados segundo o espírito que presidiu sua instituição.

às fases das duas originais e famosas reuniões da pri-mitiva fraternidade fran-ciscana.

Assim é descrita a pri-meira reunião: “Quando a Fraternidade tinha atingi-do o número de oito frades, “São Francisco chamou-os todos a si e, tendo-lhes fa-lado muitas coisas sobre o Reino de Deus, o despre-zo do mundo, a abnega-ção da própria vontade e a mortificação do corpo,

prazer e gostavam de estar juntos”(1Cel 39).

O aguçado senso de fraternidade que se res-pirava na nova forma de vida religiosa tinha cria-do estrutura expressiva na reunião fraterna. No início, tendo excluído de sua forma de vida a sta-bilitas loci, característica das ordens monásticas, os frades viviam, na reu-nião fraterna, válido ins-trumento de expressão e

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A Província Franciscana da Imacu-lada Conceição do Brasil celebra solenemente os jubileus de seus confrades:

74 ANOS DE VIDA RELIGIOSADom Frei Paulo Evaristo Arns

73 ANOS DE VIDA RELIGIOSAFrei João Batista de Araújo CamposFrei Olavo Seifert

72 ANOS DE VIDA RELIGIOSAFrei Cássio Vieira de LimaFrei Nestor Kuhn

70 ANOS DE VIDA RELIGIOSA

Frei Ciríaco TokarskiFrei Policarpo Berri

65 ANOS DE VIDA RELIGIOSAFrei Ascânio SantanaFrei Eliseu TambosiFrei Floriano Surian

60 ANOS DE VIDA RELIGIOSA

Frei Felipe Gabriel AlvesFrei Geraldo HagedornFrei Clarêncio NeottiFrei Alcides Cella Frei Antônio Alexandre NaderFrei Gaudêncio Sens

50 ANOS DE VIDA RELIGIOSAFrei Conrado LindmeierFrei Domingos Boing HellmannFrei Estêvão OttenbreitFrei Marcos HollmannFrei Olivo Luiz TondelloFrei Paulo LimperFrei Günther Max Walzer

25 ANOS DE VIDA RELIGIOSAFrei Airton da Rosa OliveiraFrei Antonio Joaquim PintoFrei César KülkampFrei Hermenegildo CurbaniFrei Marco Antonio dos SantosFrei Marcos Antonio de Andrade

Frei Samuel Ferreira de LimaFrei Valdemiro WastchukFrei Valdevino Negherbon

65 ANOS DE SACERDÓCIOFrei Cássio Vieira de Lima

60 ANOS DE SACERDÓCIOFrei Abel SchneiderFrei Juvenal Sansão

50 ANOS DE SACERDÓCIOFrei Almir Ribeiro GuimarãesFrei Antonio Lopes RodriguesFrei Ary Estevão PintarelliFrei Benjamim Francisco AnsolinFrei Carlos PierezanFrei Neylor José ToninFrei Pascoal Fusinato

25 ANOS DE SACERDÓCIOFrei Vilmar Alves da Silva

Agudos, 23 a 25 de setembro de 2014.

Graças sejam dadas a Deus Por esse dom inefável. (2Cor 9,15)

As comemorações dos Jubileus da Província da Imaculada Con-ceição neste ano acontecerão du-rante o Capítulo das Esteiras. Nes-te ano, são 43 frades que celebram a ação de graças pelos 25, 50, 60,

conFrades JuBilandos 2014

capítulo das esteiras agudos 2014.

65 e 71, 72, 73 anos de Vida Religiosa ou Sacerdotal.

“Para a Província, a ce-lebração dos jubileus é por excelência um momento de ação de graças onde, em fraternidade, agradecemos o dom da vocação de cada um desses nossos irmãos”, lembra Frei Fidêncio Van-

boemmel, Ministro Provincial.“Em primeiro lugar, sublinha-

mos a vocação à vida religiosa franciscana. ‘O Senhor me con-cedeu’ viver esta forma e Regra de vida, nos ensina São Francisco

de Assis! E nesta mesma lógica, o Seráfico Pai ainda nos ensina que o irmão é uma dádiva divina dada à fraternidade: ‘O Senhor me deu irmãos’! Em segundo lugar, evidenciamos a vocação

presbiteral dos confrades que celebram seu jubileu sa-cerdotal. Louvamos e agra-decemos a Deus pela vida sacerdotal desses irmãos porque o Senhor ‘os honrou acima de todos, por causa desse mistério’, nos exorta São Francisco”, completa o Ministro Provincial.

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Repletos da alegria francis-cana, imbuídos do Espírito do Senhor e unidos em um só co-ração, nossa fraternidade se en-controu com a FFB, núcleo de Curitiba, para celebrarmos o tríduo em preparação à festa de Santa Clara.

Os três dias foram uma opor-tunidade de nos unirmos como irmãos e irmãs, mantendo acesa a chama do nosso carisma ins-piracional. Nesse intuito fomos motivados a permanecermos no espírito de oração e devoção, fa-zendo memória de nossa irmã Clara

Nós, Frades Menores, junta-mente com as Irmãs Franciscanas da Santíssima Trindade prepara-mos o primeiro dia do tríduo ce-lebrado em nossa Paróquia Bom Jesus dos Perdões. No dia 09, se-gundo dia do tríduo, nos unimos com nossos confrades Capuchi-

Festa de santa clara com aFamília Franciscana em curitiBa

Freis eduardo schiehl e JeFFerson Max Maciel

nhos na Igreja Nossa Senhora das Mercês.

Culminado essa experiência fraterna de encontro e unidade, coroamos com o terceiro dia do tríduo no convento das Irmãs Franciscanas da Sagrada Famí-lia, onde se destaca a celebração eucarística, presidida por Frei Fá-

bio César Gomes. Em sua bonita homilia ofereceu-nos a reflexão sobre a Alegria Evangélica encar-nada na vida de Clara.

Tivemos a graça da presença da Irmã Marcia, Clarissa do mosteiro Mãe da Providência, de Cascavel, PR, que nos presenteou com sua partilha mística, exortando-nos a

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A Fraternidade São Boaven-tura lançou na segunda quinze-na de agosto o seu novo site na internet. O projeto de reformu-lação da identidade virtual da fraternidade era antigo.

No início do ano, formou--se uma equipe com o objetivo

uma busca incessante de Deus, incentivando-nos a olhá-Lo, contempla-Lo, e a considerar que estamos continuamente em Sua presença.

E como bons francisca-nos e franciscanas não fugi-mos da proximidade da mesa farta! Confraternizamo-nos com a partilha de deliciosos bolos e salgados regados pelo saboroso suco de uva, acom-panhados pela descontração alegre e pelo convívio espon-tâneo.

E assim, em nossa fraterni-dade, no dia festivo de Nossa Mãe Clara, celebramos a San-ta Missa com as nossas Irmãs Franciscanas de São José, con-gratulando-nos em um deli-cioso café da manhã.

Rendamos graças ao Sumo Bem por tantos momentos de alegria e de bênçãos hauridos por intercessão de Santa Cla-ra. Amém.

Fraternidade de rondinHa lanÇa noVo site

de repensar e atualizar a página já existente. Dentre inúmeros diálogos, surgiram diversas pro-postas, entre elas, a reestrutura-ção por meio de uma empresa terceirizada.

Entretanto, a Associação Franciscana de Ensino Senhor

Bom Jesus, que já fornecia o servidor para hospedagem dos arquivos, gentilmente se ofere-ceu para o redesign do site da Fraternidade.

O projeto contemplou a or-ganização de conteúdos, valori-zando uma navegação simples e objetiva. O uso de formas diagonais, no layout, remete ao formato da capela, dando ao site uma característica singular e inovadora.

Nossos sinceros agradeci-mentos a toda a equipe de TI Web da Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, que acolheu e assumiu este pro-jeto conosco.

Convidamos a todos para nos visitar pelo endereço:

www.franciscanosrondinha.com.br

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Entre os dias três de julho e dois de agosto, os doze frades estudan-tes de Teologia que professarão so-lenemente no final desse ano, esti-veram de retiro no Noviciado, em Rodeio, em preparação a esse mo-mento importante de nossas vidas.

No dia 03, encerrado o período de provas e compromissos acadê-micos no ITF, partimos do Con-vento do Sagrado, Petrópolis – RJ, em direção ao Postulantado Frei Galvão, em Guaratinguetá - SP. Co-meçava assim o retiro de profissão com uma peculiaridade. Visitamos todas as casas de formação pelas quais passamos ao longo de nossa caminhada até aqui. Dormimos no dia três em Guará, no dia seguinte, no Convento São Boaventura, em Campo Largo – PR, na manhã pos-terior, seguimos para o Noviciado, em Rodeio – SC, onde fomos rece-

bidos pela fraternidade. No mesmo dia, juntou-se a nós Frei João Antô-nio Veiga, da Custódia do Sagrado Coração de Jesus, que também conviveu conosco por esse tempo.

Frei José Ariovaldo, Frei Mar-cos de Andrade, Frei Valdir Lau-rentino, Frei Samuel de Lima e Frei Germano Guesser revezaram--se na orientação das reflexões – conteúdo próprio de nossa vida e vocação e, por isso, levavam-nos constantemente a nos medirmos e questionarmos quanto ao passo que estamos dando.

É sempre bom e revigorante voltar ao lugar em que fizemos a primeira experiência forte de imer-são no ideal da vida franciscana. E esses dias no Noviciado, tomando parte nos horários de oração, de meditação, de recreio e de conví-vio com a fraternidade local, cer-tamente reforçaram positivamente tal impressão.

De fato um mês abençoado, que não teria sido possível sem a ajuda generosa de tantos que se dispuse-ram e colocaram à nossa disposi-ção o que de melhor tinham: seja toda a Fraternidade do Noviciado, a quem agradecemos profunda-mente pelo acolhimento e partilha de seus dons, seja os pregadores, que nos doaram seu tempo e es-forços, seja o Fr. Germano, repre-sentando toda a Paróquia de São Pedro, que nos proporcionou um passeio agradável, seja ainda todos os frades e leigos (e temos certeza de que não foram poucos) que es-tiveram unidos a nós por suas ora-ções. A todos só podemos pedir que o próprio Deus os abençoe por sua generosidade.

Recarregadas as baterias, vol-tamos para casa onde retomamos nossas atividades pastorais e aca-dêmicas e continuamos nossa pre-paração para a Profissão Solene.

retiro para a proFissão solene

FormaÇão e estudos

Frei raFael T. nasciMenTo

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Com grande júbilo, celebramos neste 2 de agosto, festa franciscana de Santa Maria dos Anjos da Por-ciúncula, a profissão temporária dos nossos confrades Frei Augusto Luiz Gabriel e Frei Douglas da Sil-va. E a festa foi completa, pois neste dia celebramos também o aniver-sário natalício do guardião desta nossa Fraternidade do Noviciado de São José, Frei Valdir Laurentino.

Foi uma celebração marcante não só para a Ordem, mas também foi um momento de muita alegria para as famílias dos nossos con-frades professandos. Foi uma festa com muita intensidade e emoção para os neo-professos, sobretudo nos seus preparativos, acolhida dos familiares e amigos e confrades para o grande momento da cele-bração.

A Santa Missa foi presidida pelo Ministro Provincial Frei Fidêncio Vanboemmel. Ele nos recordou o significado que a Porciúncula tem para a Ordem Franciscana. A par-tir desta igrejinha, São Francisco de Assis cultivou uma profunda devoção à Virgem Maria. Francis-co a venera como “Filha e Serva do Altíssimo Pai celestial, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo e Espo-sa do Espírito Santo”. Por isso, Ma-ria é para Francisco a “Virgem feita Igreja”. Assim, ela se torna também a advogada da Ordem Franciscana.

Segundo o Ministro Provin-cial, a Porciúncula é um símbolo muito querido do carisma francis-cano. “Na verdade, mais do que a igrejinha física, a Porciúncula é a fonte da qual emerge a mais pura e cristalina mística da nossa espi-ritualidade franciscana”, disse Frei Fidêncio.

Frei Gabriel e Frei Douglas

primeira proFissão de Frei augusto e Frei douglas em rodeio

Frei Paulino KaMussaMBa

SilêncioOuça...É o SilêncioQue murmura,Fala,Grita.Veja como eleÉ sutil.Dói,Desmonta, Remodela...Cale-se!Ouça!Está o SilêncioA ensinarSua mais nobre lição:De só olhar,Nada dizer,Tudo ouvir.Silêncio!O Silêncio quer falar.

Poema do noviço Raoni Freitas

emitiram seus votos nas mãos do Ministro Provincia. Segundo a Or-dem dos Frades Menores, o tempo da profissão temporária é o “perí-odo durante o qual se completa a formação para viver de modo mais

pleno a vida própria da Ordem e melhor cumprir sua missão”. Na Ordem Franciscana, os votos dos professos temporários são renova-dos anualmente até o momento da profissão solene.

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Qual o local de encontro com Deus? Onde se deve buscar a ex-periência de fé? A quem pode chegar a alegre notícia do Evan-gelho? Se alguma notícia é capaz de mudar nossa vida é a de que Deus caminha conosco, é presen-te em nossa vida! E nessa alegria ,uma verdadeira jornada francis-cana tomava formas na comuni-dade da Rocinha, no Rio de Ja-neiro.

Já é praxe o Serviço de Ani-mação Vocacional (SAV) da Pro-víncia da Imaculada Conceição investir nas visitas aos colégios. Dessa vez, sob o tema de violên-cia nas escolas, a acolhida foi ex-celente. As poucas visitas que o breve dia 08 de agosto possibilita-ram provou que a construção da

Jornada Franciscana na rocinHaFrei clauzeMir MaKxiMoviTz

paz em todos os níveis é um tema não só indispensável, mas ainda tem apelo em nossa realidade de tanta competitividade e violência de todos os tipos.

Mas foram os dias seguintes

que marcaram a experiência da jornada. Uma caminhada ecoló-gica, louvando e também reco-nhecendo, encontrando Deus na simplicidade e ao mesmo tempo na exuberância da natureza nun-

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ca deixa de explicitar a vocação franciscana de louvar pela cria-ção toda.

E a Missa celebrada na praia de São Conrado chamou mais que curiosos para rezarem jun-tos, oferecendo nossas vidas em oferta no banquete eucarístico que alimenta na caminhada, na luta e no compromisso por um mundo melhor.

09 de agostocaminhadafranciscanaIrmão sol com irmã luz,trazendo o dia pela mãoIrmão céu de intenso azula invadir o coração, Aleluia!

Parecia que São Pedro não estava disposto a corroborar os versos do canto tão franciscano a louvar a criação num dia de sol... Ao menos não na Rocinha no sábado, 09 de agosto. Não que a irmã chuva também não apresen-te seu louvor ao Criador de todas as coisas. Mas essa manhã de sá-bado, aguardada por jovens de todas as idades, era a data da ca-minhada no Morro da Urca. Oito da manhã, horário marcado para a saída da Paróquia Nossa Senho-ra da Boa Viagem, o clima chu-voso se impunha dolorosamente.

Não foi só a animação dos mais jovens, e sim a insistência de todos que motivaram os mais de 25 presentes a encararem a proposta. De van fomos até a praia vermelha. De lá, seguimos a trilha. Para iniciar, diante da imagem de Nossa Senhora da Conceição, oferecemos aquele momento de alegria em ação de graças. E prosseguimos; com su-bidas íngremes e escorregadias, em meio a raízes e galhos, um ajudando ao outro, todos cami-nhando em comunhão na alegria do passeio e em reconhecimento à dádiva que é estarmos juntos.

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10 de agostomissa na praia!

Não era só a lua que estava es-pecial no domingo 10 de agosto. Se o fenômeno da superlua ou lua gigante iluminava o céu de ma-neira extraordinária, já antes dela aparecer a praia de São Conrado se enfeitava de um jeito diferente. No meio da tarde, jovens de todas as idades foram chegando, tra-zendo alegria, bandeiras, dispo-sição, cataventos... e aos poucos estava tudo preparado para a fes-ta. Louvando ao Deus de nossas vidas – vidas às vezes repletas de desafios, mas nunca sem sentido ou sem a companhia constante desse Deus – dançando, rezan-do e cantando, a missa na praia chamava a atenção de quem pas-sava e aproximava cada vez mais quem tinha vindo para celebrar.

Num tom totalmente francis-cano, um cântico de louvor pelas criaturas tomava corpo naquele corpo místico que rezava junto. O crucifixo de São Damião, con-feccionado por jovens da Roci-nha, apresentava o Cristo com a favela ao fundo. Nosso Deus que caminha conosco, sem tristeza, sem pesar no semblante, mas compassivo, misericordioso e feliz. As preces levadas com o in-censo aos céus, e o compromisso em construir um mundo de paz foram gestos que marcaram a ce-lebração para todos.

Na ação de graças, um com-promisso concreto. As fitinhas abençoadas com água do mar continham o compromisso por um mundo de paz e bem, que cada um queria assumir, mas não sozinho, tanto que um amarrava a fitinha no braço do outro. Com a lua alta no céu, findando a ce-lebração eucarística, uma canjica oferecida a todos pela paróquia marcou novamente o encontro em torno à mesa.

Ao fim da caminhada, a re-compensa. Não foi só a vista privilegiada do parque, primeira parada do bondinho que leva ao Pão de Açúcar. Um Rio de Janei-ro abençoado por Deus se via lá de cima. Abençoado pelas bele-zas naturais e pelas promessas de tantos cariocas que acreditam e sonham com um mundo melhor. O lanche partilhado, um belo pi-quenique celebrava, num verda-deiro banquete de ação de graças, o dom maior que nos unia: a ale-gria de partilhar. Partilhar nosso tempo, nosso alimento, nossas vidas naquele momento de co-munhão. Se no encontro de Fran-

cisco e Clara o horizonte ficara vermelho de esplendor, em nossa celebração o céu azul completava o cenário idílico.

Louvado sejas, meu Senhor,Com todas as tuas criaturas,Especialmente o Senhor Irmão Sol,Que clareia o diaE com sua luz nos alumia.Louvado sejas pelo céu azulQue enquadra o encontro fraterno,E pelo próprio encontro.Sejas louvado pelo irmão,E, no irmão,Dom teu e presença Tua!

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Com a temática do chamado divino à vida consagrada, foi reali-zado no dia 20 de julho, no Con-vento de Santo Antônio do Largo da Carioca, mais um encontro vocacional, marcando a conclusão das atividades vocacionais do pri-meiro semestre de 2014. Os jovens foram recebidos pelo promotor para as vocações, Frei Nazareno José Lüdtke.

Neste mesmo dia, o grupo teve a alegria de receber três novos vo-cacionados: Francisco, Rodrigo e Tiago, que desejam refletir, com maior atenção, sobre o chamado de Deus à vida religiosa. Os grupo recebeu, também, a visita de três aspirantes (jovens que vivenciam a primeira etapa de formação): Ar-thur, Felipe e Franklin.

Como de costume, as atividades do dia foram precedidas pela Santa Missa, celebrada por Frei Anselmo Fracasso, na Igreja do Convento, pontualmente, às 10 horas. Após a cerimônia, por volta das 11 horas, o grupo dirigiu-se à ala de reuni-

Vocacionados reFletem soBreo cHamado à Vida religiosa

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ões, para o convívio, seguido pelo almoço, no refeitório do Convento, prolongando, desta feita, os instan-tes de fraternidade.

Às 13 horas, o orientador vocacional, Frei Nazareno, deu efetivo início aos trabalhos do encontro, com a oração e uma profunda e pertinente reflexão, sobre o chamado de Deus, na vida de cada indivíduo; chamado este, iniciado no próprio dom da existência. Os Aspirantes, presen-

tes à reunião, explanaram sobre o cotidiano no seminário, onde o jovem tem um encontro ques-tionador e transformador, com a oração, com os trabalhos e os es-tudos; ao mesmo tempo, respon-deram as perguntas direcionadas pelos vocacionados. O encontro foi concluído às 16h30, com a oração e o lanche da tarde. Que São Francisco de Assis e Santa Clara intercedam pelos vocacio-nados à vida franciscana!

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Entre os dias 18 a 24 de agos-to, a Paróquia São Benedito, na cidade de Amparo (SP), reavi-vou seu ardor missionário com a presença dos frades do Serviço de Animação Vocacional (SAV) e do Pró-Vocações e Missões Franciscanas que vieram realizar mais uma Semana Missionária das que vêm ocorrendo nas di-versas paróquias e fraternida-des da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. Essa iniciativa tem dado inúme-ros frutos. Além de reavivar o carisma franciscano nas paró-quias, acaba por divulgar o Ser-viço de Animação Vocacional e também as obras de evangeliza-ção e missão em que os frades atuam.

No entardecer do dia 18, se-gunda-feira, a comunidade pa-roquial deu as boas vindas aos visitantes: Frei Diego Melo, Frei Alvaci Mendes da Luz, Frei Ale-

semana missionária encanta o poVo amparense

João Manoel zecchinaTTo

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xandre Rohling e Dona Rose, mãe de Frei Diego. Logo após a Missa, o povo pôde cumprimentar pessoalmente os francisca-nos, que em poucos minutos já se sentiam em casa. Os frades estão presentes em Amparo desde 1911. Não é de se admirar o carinho que cada amparense tem pelos frades, que há mais de um século ajudam no serviço eclesial nessa cidade.

Ao longo da semana, inúmeras foram as atividades que preencheram a agen-da do povo de Deus. Durante o dia, visi-ta às famílias de benfeitores que há anos ajudam o Pró-vocações. Também foram visitadas as famílias das lideranças paro-quiais, comunidades, escolas e a associa-ção da Guarda Mirim de Amparo. No fim do dia, a celebração da santa Missa na Ma-triz Paroquial e nas comunidades. A cada dia foi proposto um tema específico que viria a dar o tom da celebração. Na terça--feira, seguindo o costume franciscano de lembrar Santo Antônio, houve bênção para os namorados presentes. Na quarta--feira, emocionante Missa da Saúde, que acolheu inúmeros idosos e doentes que reanimaram sua esperança e fé junto ao altar do Senhor. Na quinta-feira rezou-se pelos motoristas a fim de pedir proteção nos caminhos que irão percorrer. Na sex-

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ta-feira, uma marcante Celebração de Perdão em que os presentes trouxeram fotos de familia-res e amigos para os quais pedem oração. Após essa celebração, como gesto concreto, iniciou-se o terço dos homens, que será rezado todo mês na Matriz. No sábado, os jovens foram convo-cados a dar uma demonstração de fé numa pro-cissão luminosa que culminou, ao fim da Missa, com a bênção das carteiras de trabalho.

No domingo, dia 24, o povo já sentia aquele gosto de saudade dos irmãos que estavam por ir. Não por menos, nesse dia, foram abençoados os casais e as famílias que, nas palavras de Frei Diego, formam a linda e autêntica família fran-ciscana que deve propagar a mensagem da Paz e do Bem. No final dessa celebração, inúmeras foram as palavras de agradecimentos.

“É em semanas como essa que nos recordamos de quão afortunados somos por sermos membros de uma Paróquia franciscana”, confesou a paro-quiana D. Maria, benfeitora do Pró-vocações.

Dos frades, percebeu-se a alegria de terem realizado com sucesso mais esta missão, e, da parte do povo amparense, um gostinho de que-ro mais. De cada família visitada, de cada crian-ça assistida nas escolas, de cada idoso abenço-ado e de cada pessoa presente nos momentos de fé, um muito obrigado fez-se ressoar. A Pa-róquia São Benedito de Amparo termina a se-mana ainda mais convicta do ardor missionário franciscano. De ambos os lados se diz: até mais, volte logo!

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Vila Velha agora é velha só de nome, pois dos dias 21 a 27 de Julho, foi renovada pela jo-vialidade e alegria das Missões Franciscanas. Iniciaram-se na segunda-feira com a chegada dos freis missionários: Alvaci, Diego, Gabriel e Jhones. Neste dia acon-teceu uma pregação vocacional no Grupo de Oração da RCC. A partir de terça-feira, os frades

foram divididos para as visitas nas escolas e nas casas dos ben-feitores. À noite, numa das Igre-jas mais velhas do Brasil, a Igreja do Rosário, celebrou-se a Missa Vocacional com a bênção das alianças. Na quarta-feira, a cele-bração voltou-se para a temática da família, onde os fiéis puderam participar trazendo fotos de seus familiares, que ficaram até o fim da semana na capela interna do convento. Essas fotos foram in-

troduzidas através das mãos do sênior da casa Frei Vunibaldo Vogel e do frade mais novo, Frei Gabriel Dellandrea.

No dia seguinte, os missioná-rios visitaram a comunidade São Sebastião, e, para coroar o dia, houve uma missa da saúde, com a distribuição das pílulas de Frei Galvão e unção dos enfermos.

No último dia de visitas às es-colas e casas de benfeitores, sexta--feira, e por ocasião do dia de São

missões Franciscanas em Vila VelHa

Frei Jhones MarTins

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Cristóvão, após a Santa Missa, os veículos dos fiéis foram abençoa-dos. Como ninguém é de ferro, no sábado os missionários acorda-ram mais tarde e se fizeram pre-sentes nas turmas de catequese, batendo um papo sobre vocação e São Francisco de Assis. No dia de Sant’Ana e São Joaquim, celebrou--se a Missa dos avós, seguida de uma bonita festa julina, onde até os frades dançaram na quadrilha.

No dia do Senhor, pela ma-nhã, houve o encontro com os benfeitores. Ali fez-se presente Frei Alex Ferreira falando sobre sua experiência na Missão em Angola. E marcando um ano da JMJ e encerrando as missões foi celebrada uma Missa da Juventu-de, que lotou o Santuário do Di-vino Espírito Santo, com direito a uma visita especial: a imagem peregrina de Nossa Senhora da

Penha, entronizada pela Conga-da de São Benedito. Como ação de graças, os jovens dançaram o Flash Mob da JMJ. A celebração foi bem participada por todos os fiéis e com muita alegria.

Se quiséssemos falar em uma frase o que significou essa Sema-na Missionária, faltar-nos-iam palavras. As experiências vividas junto com o povo capixaba não serão esquecidas.

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No domingo, dia 3 de agosto de 2014, dia das vocações sacer-dotais, foi celebrada a Missa de abertura da catequese e apresen-tação dos coroinhas da Paróquia São Francisco.

Logo cedo a igreja foi se enchen-do de cor e alegria com a criançada correndo de um lado para o outro para a celebração da festa da Euca-ristia.

Na homilia, Frei Alvaci enfati-zou o “serviço”, o cuidar do outro, o sair de si para ajudar o próximo. No evangelho, Jesus pede que seus discípulos deem o que comer às pessoas, que eles façam sua parte. Assim o celebrante também pede carinhosamente que os catequistas se doem, que eles tirem um tempo de seus afazeres para estarem ali, ensinando, orientando e cuidando das crianças.

Para ilustrar, citou Madre Te-resa que, ao ser indagada por seu trabalho com os pobres, disse que com aqueles que ela ajuda-

aBertura da cateQueseno conVento são Francisco

va, estava “fazendo a diferença”. Ao final, apresentou os ca-

tequistas para a comunidade e agradeceu a todos pela disponi-bilidade. As crianças que ali es-tavam também agradeceram ao Frei, por meio de uma linda ho-menagem, entregando desenhos e flores pelo dia do padre e mais ainda pelo grande amigo que é de todos nós.

Nosso agradecimento especial a todos, que direta ou indireta-mente, ajudaram para que tudo se concretizasse, especialmente aos frades desta paróquia e convento que não medem esforços para que tudo corra bem, e são os incenti-vadores e idealizadores deste tra-balho.

Muito obrigada por tudo.Coordenadora dos coroinhas

vanda Gola

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Mãe da Esperança, hoje é uma grande festa para os que creem. Uma festa que não é senão o eco do anúncio pascal: Cristo ressus-citou. Também Maria foi ressus-citada por Deus.

Aquela mulher que soube aco-lher como ninguém a salvação que lhe era oferecida em seu pró-prio Filho já alcançou a vida defi-nitiva. A que soube sofrer junto à cruz a injustiça e a dor de perder seu Filho participa, hoje, de sua vida gloriosa de ressuscitado e nos convida a caminhar pela vida com esperança.

Porque, antes de mais nada, a Assunção de Maria é uma fes-ta que confirma nossa esperan-ça cristã: há salvação para o ser humano. Há uma vida definitiva que já se realizou em Cristo e que já foi dada a Maria em plenitude.

Há ressurreição. Ao cantar hoje o Magnificat, recordemos

Valongo celeBra assunÇão de maria

elaine rodriGues quem é o Deus que glorificou Ma-ria e em quem ela colocou toda a sua alegria e sua esperança ao dizer seu “SIM”. Mulher revestida de honras e glórias, Maria reco-nhece, agradecida, as maravilhas que Deus nela realizou em favor do povo. Ela é o grande sinal da nova humanidade redimida pelo seu Filho.

Maria já participa do banque-te do reino com seu Filho. Nesta euca-ristia, é-nos con-cedido antecipar a alegria que o Pai reserva a todos os que são fiéis a Jesus. Protegei e fortalecei na fé, no amor e na esperança todos os moradores do Mor-ro São Bento, nos-sos freis, para que saibam dar sempre seu “SIM”, como fez Nossa Senhora.

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O Seminário Santo Antônio, de Agudos, SP, vai abrigar uma unidade da Escola Superior de Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A autoriza-ção para assinatura do contrato de locação do espaço entre a Pro-víncia Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, proprietária do imóvel, e a PM paulista foi pu-blicada na edição do último sá-bado, dia 02 de agosto, do Diário Oficial do Estado.

De acordo com o Ministro Provincial da Província da Imacu-lada, Frei Fidêncio Vanboemmel, o próximo passo a ser dado é a as-sinatura do contrato, com duração inicial de cinco anos. O Ministro faz ainda questão de ressaltar que a parceria vem para otimizar a uti-lização dos espaços do seminário:

“A Província está alugando as três grandes alas que no passado abri-gavam os seminaristas, além das instalações esportivas. No entan-to, nossa fraternidade franciscana continua presente no seminário, ocupando o espaço do convento e da grande capela central. Nos-sas portas continuam abertas para acolher grupos e pessoas inte-ressadas em realizar retiros, en-contros e celebrações, como vem sendo feito nos últimos anos”. Na opinião de Frei Fidêncio, a inicia-tiva representa uma soma de for-ças que vai trazer benefícios para a região: “Além de continuarmos com o trabalho de Evangeliza-ção na cidade de Agudos, nossa casa permanece atendendo com fidelidade à missão para qual foi construída, ou seja, ser lugar de formação para a juventude, de promoção da cidadania e dos va-

lores humanos. Se nos seus mais de 60 anos de história a casa se dedicou a formar gerações de reli-giosos franciscanos, nossa expec-tativa é que este espaço continue servindo à formação de policiais imbuídos de sua missão de servir à sociedade com competência e respeito”, afirma.

Quem também vê com bom olhos a concretização desta par-ceria é o ecônomo provincial, Frei Mário Luiz Tagliari: “Além de ge-rar receita para a concretização de nosso projeto evangelizador, a pre-sença da Escola da Polícia Militar nos oferece tranquilidade no que diz respeito à manutenção de todo o complexo, algo que vinha nos preocupando devido às grandes dimensões do espaço”. Além da ca-pela e do convento, o Museu do Se-minário também permanecerá em funcionamento e aberto à visitação.

seminário de agudos aBrigaráescola de soldados da polícia militar

Frei GusTavo Medella

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I.- No Encontro 2º.do Regional de São Paulo, 19 de maio de 2014, na Fraternidade de Santo Antônio do Pari, conforme previsto na pauta do dia, e para o programa do ano corrente na Província, fizemos o Estudo do Subsídio n. 2 de 2014, a ser trabalhado com o tema “Vinho novo em odres novos” (Mt 9,17). Constitui a segunda parte do tema de estudo geral “Nossa Vida e Missão - Redimecinsionamento”.

No 1º. Encontro (17 de março de 2004), considerou-se o VER da realidade onde estamos. Seguindo a metodologia adotada, passamos ao JULGAR. Tínhamos também em foco, complementarmente, o Documento Vinho Novo em Odres Novos, do CPO – Conselho Plená-rio da Ordem (17 de novembro de 2013). Com 2 questões orientativas:

1ª.) Onde e como potencializar nossa presença em vista de uma maior eficácia diante dos desafios de hoje?

2ª.) Como recuperar o “espírito missionário”, superando a apatia e a mentalidade de manutenção nos nossos serviços?

II.- Enviamos às Fraternida-des as manifestações, em plenário, dos participantes. Solicitamos aos Guardiães e Coordenadores que, em Capítulos Locais, aprofundas-sem as opiniões expostas. Assim, também com os que não estiveram no Encontro, procuraríamos, a pos-teriori, precisar as formulações, os conteúdos. Certamente, com visão melhor para melhor definir o con-sequente AGIR.

Considerações de destaque no Plenário:

- Considerando as cinco fren-tes de Evangelização na Província (Educação, Comunicação, Paró-quias e Santuários, Ação Social,

Missões), identificar “onde” se lo-calizam os maiores problemas e “como” tratá-los; fechar frentes pa-rece mais facilidade; e daí?

A um novo Governo: não basta só apagar incêndio; importa cons-truir novas frentes; precisamos pen-sar a Província como um todo; na reunião do Conselho de Formação e Estudos, em Rondinha, p. ex., viu--se com mais clareza: acentuar nas etapas formativas temas graduais, conteúdos, p.ex.: no Postulantado, “Solidariedade”; nos anos superio-res, refletir sobre a que preparamos: “Padres para Paróquias?! e “bem pa-ramentados” - só?

E os Irmãos como ficam? – há necessidade de clareza e programa articulado; estudar revisões nas eta-pas; p.ex.: na Teologia, 3 anos para todos; o 4º. ano destinado especí-fico para as “funções”, “atividades”; os próprios Formadores questio-nam-se e buscam posições sobre a Formação mesma – em reunião do Conselho, debatem quanto ao “para o quê” e “como”; cumpre visar ao novo Capítulo Provincial e apre-sentar concretamente o fruto dos estudos e conclusões; cada Frente deveria fazer o seu; questionar-nos, sim, sobre formar-nos “para quê” e “fazer o quê em que realidade”...

Não largar a tarefa de “decidir--definir” só para o Definitório: “deixar um ou outro lugar e ficar na mesma” – necessário apontar “onde e como” com pistas concretas; vol-tando-nos para a nossa realidade, as Paróquias continuam sendo os ser-viços maiores – cabe perguntar-nos: como potencializar, o que colocar de novo diante dos novos desafios – 3 atitudes: desapegar-nos, agarrar, com critério, realizar; na reflexão, as propostas visam a Província toda, a Vida Religiosa, ora em fase de en-colhimento, diminuição, espécie de “decadência”; estamos tratando com as “bulas”, mas não o “remé-dio”; só segurar o que sobrou?

Ainda está faltando um pouco mais de generosidade, ressignificar nossa Vida Rel.; o Papa Francisco frisa com insistência em ir ao en-contro... “saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo”; a Igreja “em saída” é uma Igreja com as portas abertas, uma Mãe de coração aberto – sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo... (Evangelii Gaudium, n. 49. 46. 27).

*Será que esses desafios passam por nós e não nos tocam, não me-xem com a gente?!. . . *

Intervenções oportunas sucede-ram-se após a citação dessa afirma-ção do Papa.

Trata-se bem da mobilidade e missionariedade.

Na Reunião do Conselho da Or-dem confessou-se: “Não estamos respondendo a essas necessidades”?

Concluiu-se: O Definitório não está para “decretar”. Os estudos, as propostas devem chegar da Base. Trabalho de participação. Sempre, de Província.

Estudo do tema AGIR: no pró-ximo Encontro Regional, 19 de agosto de 2014, na Fraternidade de Bragança Paulista.

encontro do regional de são paulo

Frei adriano Freixo PinTo Frei aGosTinho salvador Piccolo

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encontro do regional do Vale do paraíBa

Os frades do Vale do Paraíba e São Sebastião, realizaram encontro no dia 18 de agosto de 2014, no Se-minário-Postulantado Frei Galvão.

O principal objetivo do En-contro, expresso por Frei Sílvio T. Mascarenhas, Coordenador do Regional, caracterizou-se por estu-dar-refletir sobre os textos contidos em “Encontros Regionais de 2014 – Nº 3”. Deu-se igual importância também à prática e concreta vivên-cia desses valores, na vida dos fra-des, em meio a múltiplas e cotidia-nas atividades.

As palavras do Papa Francisco despertaram e aqueceram a re-flexão. Ele diz: “Sonho com uma opção missionária capaz de trans-formar tudo”. E ainda: “A conver-são pastoral exige a reforma das estruturas”. Constata-se que a con-versão pastoral é dolorosa, mas ne-cessária; que é preciso “consertar o campanário”, para chamar de volta o povo; ir ao encontro das pessoas sedentas de acolhida; sair às ruas e caminhar com elas em direção certa. Não mais o “toque do sino” é suficiente. É urgente “sentir o cheiro das ovelhas”, voltar ao valor e rique-za das pequeninas coisas - grandes tesouros - escondidos no coração de cada ser humano e buscar ama-durecer o suficiente no modo de agir em relação ao semelhante no local onde se atua. Se isso tudo não se concretizar, poderá ficar sem grande efeito o estudo de quaisquer Documentos. O povo local merece ser levado em conta toda vez que se discutem valores de ordem comu-nitária e envolvam benefícios jus-tamente comuns a todos. Os bens materiais e espirituais andam juntos e fazem parte, de direito e de fato, na partilha e na participação de toda Comunidade. O aprofundamento dessa reflexão se prolongou e cons-

tatou que, pela Província afora, há tantos valores positivos, tantas ati-vidades realizadas pelos frades e leigos locais. Não seria importante fazer um levantamento desses va-lores confiados aos frades e torná--los mais conhecidos de todos?

Após a reflexão e questiona-mentos a partir dos textos, as Casas do Regional falaram de suas ex-pectativas e realizações locais: Frei Aloísio Hellmann (Fazenda Es-perança) está muito contente pela recuperação de sua saúde e falou da sua numerosa família de san-gue, religiosa e de muitos padres. Pela Fraternidade do Seminário--Postulantado, Frei João Francisco destacou o bom desempenho dos Postulantes na experiência for-mativa, no Estágio-SEFRAS, SP, a “Festa Caipira” nos dias 23 e 24 de agosto, na Praça do Seminário, com o povo (todos convidados!), a inauguração dos novos presépios (prevista para 25 de outubro), sob as orientações técnicas e artísti-cas de Frei Róger Brunorio e Frei Airton da Rosa Oliveira (Soneca), a “Caminhada Franciscana” (Vale do Paraíba) dias 30 e 31 de agosto,

tendo à frente Frei Diego Atalino de Melo. Frei Paulo Roberto San-tana, da Fraternidade de São Se-bastião, destacou a originalidade nos trabalhos de evangelização da/na Comunidade local: por atitudes e meios simples, acontece a inte-gração dos trabalhos pastorais da Paróquia. Uma novidade chamou a atenção: a “Novena dos Pesca-dores” e a introdução da imagem de São Francisco de Assis, na pro-cissão da Festa local. A integração pastoral faz crescer, nas Comuni-dades locais, a motivação para as missões na sua mais simples for-ma: visitas às famílias, bênção das casas, caminhadas pelas ruas, em equipes formadas de frades e leigos da Comunidade. Frei Paulo desta-cou ainda o espírito missionário e a alegria franciscana que tomam conta de leigos e leigas, na evange-lização paroquial.

Gratos ao Senhor por nos ter dado tais irmãos e irmãs, em toda parte onde vivemos e trabalhamos, no final desse Encontro Regional, ficamos por nos encontrar para o Recreativo, no dia 10 de novembro, em São Sebastião.

Frei claudino dal’MaGo

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O Convento do Sagrado Cora-ção de Jesus é, com certeza, uma referência para os frades da nossa Província, em particular para o povo petropolitano em geral. Nos-sa igreja, no dia 08 de setembro, completa 140 anos, desde que foi edificada, no tempo do Império, como capela dos colonos alemães. Os franciscanos chegaram em 1896 e começaram a construção do convento que, desde os inícios,

caracterizou-se como um centro de irradiação evangelizadora. A partir de suas dependências foram surgindo obras de grande rele-vância como o Instituto Teológico Franciscano, a Editora Vozes, a Pa-róquia do Sagrado, a Escola Gra-tuita São José (hoje Colégio Bom Jesus Canarinhos), o Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis com o Coral dos Canarinhos e ou-tras tantas iniciativas em cada uma destas. Vale destacar a Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, presen-te em tantos lares brasileiros. Em

meio a esta complexidade de fren-tes e iniciativas, somos agraciados por vivermos a etapa formativa franciscana.

Desde 2012 a Província decidiu concentrar aqui a maior parte dos frades formandos desta etapa. So-mando com os frades que servem nas tantas frentes evangelizadoras e formativas, esta se tornou a maior fraternidade da Província. Por con-ta disso e da deterioração natural, foi necessária uma readaptação e ampla reforma de suas acomoda-ções. Desde inícios do ano pas-

terminam as reFormas no conVento do sagradoFrei erMelindo Francisco BaMBi

Frei césar KülKaMP

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sado, a fraternidade local, com a aprovação do governo provincial, envidou esforços para uma grande reforma interna. A sala de recreio foi ampliada, o andar superior da parte antiga do convento, até então usado pelas pastorais paroquiais, teve o piso e as paredes recupe-rados e voltou a ser usado como quartos de hóspedes e escritórios, além de uma nova sala de televisão. Na parte central algumas paredes foram derrubadas, uma escada metálica retirada e surgiu um belo saguão que une toda a casa. O an-tigamente chamado “corredor dos professores” recebeu nove quartos com banheiros, com armários e estantes projetadas. Os dois an-dares superiores (“corredor dos diáconos” e “paraíso”) receberam lavatórios em todos os quartos,

usados pelos frades estudantes, e os três andares tiveram os pisos re-cuperados, as paredes e corredores pintados e passaram por necessária reforma elétrica.

Atualmente as reformas prin-cipais estão concluídas. Foi um período intenso de trabalho, com muita poeira, barulho e outros incômodos. Hoje mais comoda-mente instalada, a fraternidade se compraz com a coroação destes esforços.

Neste ano, nossa Fraternidade foi enriquecida com mais um gru-po cursando o Master em Evangeli-zação no Instituto Teológico Fran-ciscano. São 11 frades de diferentes países e entidades franciscanas. Com eles chegamos a 48 frades.

No dia 11 de agosto, recebemos a visita do Ministro Provincial e

seu Definitório para celebrar co-nosco Santa Clara. Na ocasião, eles puderam conferir os resultados da reforma. Para nós foi um mo-mento de alegria e confraterniza-ção. Aproveitamos o ensejo para agradecer o apoio e o investimento do governo provincial e do econo-mato para que tudo isso fosse con-cretizado. Vale destacar também o empenho e a contribuição da fra-ternidade local.

Que todos esses esforços levem nossa fraternidade a assumir com mais vigor a sua missão formativa e evangelizadora!

“Se o Senhor não construir a nossa casa, em vão trabalharão seus construtores” (Sl 126).Vós sois a construção de Deus (1Cor 3,9).

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Já é de costume, para nós, fra-des estudantes, o mês de julho ser reservado para os estágios de fé-rias nas diferentes fraternidades de nossa Província.

Desta fez queremos comparti-lhar um pouco da nossa experi-ência de pastoral em Gaspar-SC.

Ao chegarmos, fomos calo-rosamente acolhidos pela frater-nidade. No dia seguinte, duran-te a missa, fomos apresentados à comunidade. A igreja estava com um número expressivo de fiéis, e, pelos olhos dos presen-tes, sentimo-nos bem acolhidos naquela comunidade paroquial.

Durante este tempo que per-manecemos na paróquia São Pe-dro, animamos uma turma de ca-tecumenato, composta de jovens e adultos que, de uma forma ou de outra, não tiveram a oportuni-dade de receber os sacramentos da iniciação cristã. O grupo con-tava com aproximadamente 20 participantes. A formação acon-tecia durante a semana das 19h30 às 21h00. O Grupo mostrou-se bem interessado e, pelo que cons-tatamos, haverá perseverança.

Às tardes, durante a semana, visitávamos e benzíamos as casas e familiares paroquianos. Os fiéis retribuíam a bênção ministrada com um sorriso ou um aceno de mão. Foram gestos simples, po-rém, para nós, foram de grande significado.

No domingo, dia 25 de Ju-lho, na comunidade de Gaspar Grande, celebrava-se a festa do padroeiro São Cristóvão. Tive-mos a oportunidade de parti-cipar dos festejos. Entre vários eventos, participamos da bênção dos automóveis que teve um nú-mero muito significativo, com

estágio apostÓlico em gaspar

destaque para os caminhões.Não poderíamos deixar de fa-

lar da fraternidade São José que soube, ao modo franciscano, acolher os irmãos na alegria. É uma fraternidade muito boa, que busca no dia a dia viver os ideais do Evangelho ao modo simples e concreto de São Francisco de Assis. Para todos os confrades da fraternidade, nosso muito obri-gado.

Que nossa presença em Gas-

par possa proporcionar aos adul-tos a perseverança na fé e, aos jo-vens, a vocação de seguir mais de perto os passos de São Francisco de Assis.

Nosso muito obrigado aos confrades, paroquianos e fun-cionários pela ótima convivên-cia durante este curto espaço de tempo. Que por intercessão de São Francisco de Assis, Deus os abençoe caridosamente.

Paz e bem!

Frei erMelindo Francisco BaMBi Frei Juliano F. Fernandes

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A palavra Plebiscito significa consulta que se faz ao povo sobre determinado assunto. Quando é organizado pelo Governo, ele tem valor oficial. É o que estabelece a Constituição Brasileira, em vigor desde 1988.

No entanto, desde o ano 2000, os Movimentos Sociais come-çaram a organizar Plebiscitos

pleBiscito popularFrei luiz iaKovacz vor de uma Constituinte exclusiva

e soberana do Sistema Político”? Cada eleitor poderá responder sim ou não. O voto é secreto e li-vre.

Só o Congresso Nacional pode convocar um Plebiscito para fazer a Reforma Política. Os atuais

513 Deputados Federais e 81 Senadores terão muita dificulda-de de fazê-la e eles, no fundo, não representam o povo brasileiro,

no, sai governo e tudo continua do mesmo jeito”.

Por isso, a luta deste Plebis-cito é para que se constitua uma “Constituinte exclusiva e sobera-na”. Significa que os eleitos farão, só e exclusivamente, a reforma do sistema politico. Terminado o tra-balho, ela se dissolverá. É, também soberana, porque nem os poderes públicos nem o poder econômi-co poderão interferir, e o que ela

bém mais qualidade na saúde, na educação e moradia; não faltaram apelos pelas reformas agrária, tri-butária e política.

Esta mobilização trouxe a re-vogação do aumento tarifário, mas as questões que poderiam dar novos rumos ao país não foram atendidas. Isto porque o atual sis-tema político não permite que se façam mudanças mais profundas. As eleições, realizadas a cada dois anos, não atingem a raiz dos pro-blemas.

O Plebiscito que, no momen-to, está sendo realizado, consta de uma única pergunta: “Você é a fa-

embora todos tenham sido elei-tos por este mesmo povo. Veja-mos: 70% deles são fazendeiros e empresários, enquanto a maioria é operária e camponesa; 9% são mulheres, sendo estas mais da metade da população; 8,5% são negros, enquanto 51% se autode-claram negros; menos de 3% são jovens, que representam 40% do eleitorado.

Esta estatística mostra, de um lado, quais são as classes que com-põem o povo brasileiro e, de outro lado, quais as que nos represen-tam. É preciso mudar as regras do jogo; caso contrário, “entra gover-

Se o Plebiscito não alcançar o resultado esperado, temos a grande vantagem da mobiliza-ção. Lembre-se do que aconte-ceu há poucos anos: em 2002, os Estados Unidos estavam prestes a fechar um acordo para insta-larem uma base militar no terri-tório de Alcântara (MA), ponto altamente estratégico para um possível monitoramento espa-cial e terrestre.

Os movimentos sociais orga-nizaram um Plebiscito Popular e 98,54% dos eleitores votaram con-tra, e o acordo não aconteceu! O mesmo pode acontecer, agora!

Populares. Embo-ra não tenham um valor oficial, eles se tornam uma forma de pressionar os Po-deres Públicos para que estes, na sua ad-ministração, levem em consideração os anseios do povo por uma maior partici-pação nas decisões políticas.

Nos meses de ju-nho e julho de 2013, milhões de brasilei-ros foram às ruas, não só reivindicando o preço do transpor-te público, mas tam-

determinar, será inserido na Cons-tituição; torna-se Lei.

Isto não é so-nhar alto demais?! Sim, é sonhar mui-to alto!

Mas, é certo o que diz uma can-ção: “Quem sonha sozinho é ilusão, quem sonha junto leva à realização”. Por isso, junte-se ao Plebiscito! Puxe este assunto com colegas, discuta, debata e... não dei-xe de votar!

artigo

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No dia 23 de julho houve a pri-meira visita em missão a alguns centros pastorais que abrangem a área da Quase-Missão de Kangan-dala. Uma longa viagem com via de difícil acesso. Os Centros Pas-torais visitados foram o Nbembo, o Thumba, o Nbundo e o Mulam-ba. Além dos quatro centros foram visitados rapidamente algumas aldeias, como Chacanari e a aldeia Muhanda Kanda, a mais distan-te, na divisa com o Município de Mussolo.

Entre ida e volta foram percor-ridos mais de trezentos quilôme-tros de moto. No caminho ainda havia alguns resquícios da guerra

civil, como tanques e caminhões militares completamente avariados por minas terrestres, além de ban-deiras estendidas em frente a casas de adobe com o símbolo dos parti-dos rivais, a UNITA e o MPLA. A vegetação queimada ajuda a abrir uma visão do caminho fechado pela densa mata; no entanto, algu-mas pontes, feitas de galhos, foram destruídas pelo fogo descontrola-do, assim como quatorze casas do Centro Nbembo que possuíam te-lhados de palha.

As dificuldades da viagem nem são comparadas com a satisfação de encontrar pessoas dispostas a ouvir a Palavra de Deus. Hou-ve uma linda acolhida à moda da casa, com cantos de boas-vindas em Português e Kimbundo. Foram

cinco dias de visita pastoral que in-cluía catequese traduzida, ensaios de canto à beira da fogueira, sacra-mentos da Confissão e Penitência, Eucaristia e Unção dos Enfermos com o Viático.

Através da Santa Missa, o povo de Deus realizou uma linda litur-gia com cantos na língua local e a alegria em celebrar a única missão do ano inteiro, pois o campo pas-toral estende-se por cento e treze aldeias. Muitas delas estão dimi-nuindo com o crescente êxodo de seus habitantes para as províncias e municípios.

Fomos munidos com algumas poucas palavras em Kimbundo, mas nada de grande importância, pois a maioria dos habitantes das aldeias não falam português. A

missão nas aldeiasMissões em alguns Centros Pastorais da Quase-Missão de Kangandala

Frei ivair B. de carvalho e Frei laurindo l. da silva Jr.

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Numa tarde serena, com uma missa conventual celebrada pelo guardião da fraternidade Nossa Senhora dos Anjos (casa de Filo-sofia), – Frei Antônio Boaventura Zovo Baza, ao ritmo do batuque e do teclado, começou a festa.

Este é um dia deveras impor-tante para nós, pois, para além de celebrarmos a festa de Santa Maria dos Anjos e, consequentemente, o dia da nossa Fraternidade, é tam-bém uma oportunidade de retorno ao ventre, ao berço da fraternida-de, donde emana “a mensagem pulsante do Evangelho”. Uma pos-sibilidade de voltar a refletir com um pouco mais de calma sobre a nossa identidade como frades me-nores, sobre o nosso modo de ser e se manifestar no mundo de hoje, no novo modelo eclesiológico que se apresenta. Lá Francisco e Clara de Assis fizeram sua experiência… É sempre uma oportunidade de re-

maior dificuldade foi se comunicar com as pessoas e posteriormente será lidar com os diferentes diale-tos que ramificam o Kimbundo em Suela, Tchocue e Songo. Tivemos a graça de contar com um tradutor em Kimbundo Songo, o sr. Ngol-veia, que traduziu as homilias do padre, as catequeses ditas pelo Frei

Festa na Fraternidade da porciÚncula - VianaFrei sanTana KaFunda

avivar o espírito que dorme…No momento da homilia, Frei

Baza recordava um pouco a histó-ria do surgimento e os inícios desta fraternidade local, onde outrora era postulantado e agora abriga os frades estudantes de Filosofia. No final da missa, o bispo local, Dom Joaquim F. Lopes, OFMCap, que também se fizera presente, lem-brou-nos o significado especial que aquele lugar – Porciúncula – tem para nós franciscanos: “É ali, na Porciúncula, naquela pequena por-

ção onde se assinalam os inícios da Ordem”… “Francisco e Clara de Assis tiveram ali uma experiência muito forte”…

Recordando a atitude do Papa Francisco e a experiência da Porci-úncula, Dom Joaquim, terminan-do, destacou o novo desafio: “Te-nho a impressão de que com este Papa o mundo espera muito de nós, franciscanos e franciscanas…”.

Depois da missa, é claro, a festa seguiu o seu curso… caiu a noite, veio o dia, despertou o clima…

curávamos interagir com adultos e crianças em simples partilha de vida. Posteriormente nos banháva-mos, jantávamos e nos dirigíamos para ensair os cantos da missa ma-tinal e conversar em torno de uma fogueira pois não havia energia elétrica. Um convite para dormir cedo. Ao ouvir o povo de Deus,

pudemos sentir um pouco mais de seus anseios, pois em todos os lu-gares havia uma grande defasagem de escolas, professores e catequistas devido às longínquas localizações e ao difícil acesso aos lugares visita-dos.

Foram distribuídos medica-mentos nos devidos Centros. Para o final do mês de agosto, estamos prevendo novas visitas pastorais, mas, além de remédios, é preciso acrescentar na baga-gem roupas e material de higie-ne. Desde já estamos agradecidos pelas orações realizadas em prol das missões em Angola e pedi-mos encarecidamente que não as cessem.

“Kutululuka kwa ngana kukale yoso n’enu”. “A Paz do Senhor esteja convosco”.

Ivair Bueno de Car-valho, e também a nossa alegria em ir ao encontro de um povo tão grato por receber os missioná-rios católicos, um povo amável e extre-mamente feliz em se denominar cristão.

Ao chegar na parte da tarde a cada um dos quatro Cen-tros Pastorais, pro-

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É com grata satisfação que a fraternidade Santo Antônio de Kibala vem compartilhar suas novidades dos últimos meses, a começar pela celebração do Pa-droeiro no mês de junho. Tive-mos a novena do anfitrião da fes-ta e no dia dele, o filme alusivo à sua vida. À noite, uma calorosa celebração eucarística com can-tos nas línguas nacionais e a par-ticipação do povo abrilhantaram e espiritualizaram ainda mais a festa. Na última segunda-feira do mês de junho, celebramos a Festa Junina: frades e postulantes, jun-tamente com o povo, a Jufra e os vocacionados da Fraternidade. A

festa estava programada para o domingo, porém, devido a uma avassaladora queimada e, depois de passarmos a tarde toda con-trolando o irmão fogo, na segun-da-feira foi a vez do fogo da fo-gueira crepitar sem perigo. Como foi tudo aprazível...

O mês de julho foi dedicado à experiência dos postulantes na Fazenda da Esperança, na cida-de de Cachiungo, província do Huambo, que dista 320 Km de Kibala. O primeiro grupo com quatro postulantes partiu no dia 1º de julho, regressando no dia 16 de julho e o segundo foi nessa mesma data, regressando no dia 30 de julho. Os sete postulantes voltaram revigorados com tudo

o que foi vivido e absorvido de espiritualidade e fraternidade na Fazenda. Além da experiência da Fazenda, o que cinzelou o mês do Postulantado foi que dos dias 22 a 28 de julho os confrades estu-dantes de Viana, Luanda, junta-mente com o mestre, Frei Jorge Lázaro, vieram passar conosco, a fim de realizarem trabalhos pas-torais na missão de Kibala, tais como, visitar os doentes e minis-trar formação bíblica e litúrgica para o povo. Essa presença em-polgante dos frades estudantes terminou com um encontro com os jovens de Kibala, em que foi expressivo o número de partici-pantes. Destaca-se que no dia 16 de julho Frei André Gurzynski

Festa do padroeiro de KiBala

Frei alisson zaneTTi

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Kibala é um dos municípios da província (estado) do Kwan-za Sul. Ponto de passagem e de encontro para quem vai ou vem de Luanda, Huambo, Benguela e Malanje. Portanto, um local bem situado.

Lá se encontra a Missão Ca-tólica Nossa Senhora das Dores

Frades de Viana Fazem missão em KiBalaFrei canGa Manuel vivência. Experiências únicas

e, como sempre, marcantes na vida de cada um: o retorno às origens, à casa do nosso postu-lantado. Foi muito bonito es-tar entre os nossos confrades e postulantes. Maravilhoso ver o rosto do povo que não se can-sava de aprender e também de nos ensinar tudo quanto trazia consigo mesmo. Assim foi na

formação bíblica, litúrgica, na visita aos doentes e no encontro com a juventude. As relações fo-ram tantas que pareciam não ter mais fim.

Nossa Fraternidade da Por-ciúncula agradece profunda-mente à Fraternidade de Santo António, aos padres da Missão e ao povo de Kibala por tudo. Paz e bem!

foi de férias ao Brasil e, no dia 23 de julho, Frei Ricardo Backes retornou da Bélgica depois das suas também merecidas férias.

Iniciamos agosto com a celebra-ção da Porciúncula muito apreciada e celebrada pelos frades e postulan-tes e, no mesmo dia 2 de agosto, ini-ciamos a novena de Santa Clara nos preparando para a celebração do dia 11 de agosto. Outra alegria que esta-mos vivendo em comum é que, com a chegada do Frei Ricardo, estamos tendo aulas intensivas de francês, o que tem agradado e muito toda a fraternidade.

Assim nos sentimos honrados e felizes por partilharmos um pou-co da nossa vida. Sem mais nossos sinceros agradecimentos e votos a todos de PAZ E BEM.

e a Fraternidade de Santo Antônio, atual Postulantado, que de 22 a 28 de julho nos acolheram durante uma semana de mis-são, coincidindo as-sim com a preparação da festa de nossa Fra-ternidade da Porciún-cula de Viana.

Na missão tudo fluía. Quer com a fra-ternidade, quer com o povo era só alegria, partilha e muita con-

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uma experiência

de mãe60anos

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“Que slogan você sugere para a Rádio Celinauta?” – anos atrás, esta pesquisa foi lançada aos ouvintes da emissora. A melhor sugestão foi “Celinauta, a rádio-mãe”. A Rádio Vaticano, por exemplo, é chamada de “a rádio do Papa”. “Rádio-mãe”, mais que duas palavras, revela uma história, um modo franciscano de ser e agir:

“Cada qual ame e alimente o seu irmão, como a mãe ama e nu-tre o seu filho. E o Senhor lhe dará a sua graça” (RNB 9,14). “O amor materno de Francisco e de seus frades se estendia para além dos limites da comunidade religiosa para abraçar a humanidade inteira e todas as criaturas“ (Dicionário Franciscano pp. 402 e 403).

A pequena rádio, adquirida pela Província, entrou em ope-ração em 1954. É a pioneira das rádios instaladas no Sudoeste do Paraná, dois anos depois da cria-ção do Município de Pato Branco. Neste contexto surge a rádio-mãe:

Mãe nutriz, alimentou, com a informação diária e precisa, a po-pulação de sua abrangência, quan-do não havia serviço adequado de telefonia e correios. Agora, embora os tempos sejam outros, a fome de informação continua. Rádio-mãe vive para os filhos, 24 horas por dia.

mãe FormadoraConstruiu um corpo de ani-

madores e comunicadores cons-cientes da sua missão. Hoje, mui-tos ex-funcionários atuam, pelo Brasil, em outras emissoras.

mãe guerreiraAssumiu os dramas de seus

filhos e filhas sofridos. Em 1957, participou ativamente na defesa dos posseiros, agricultores que lu-

de outras emissoras na cidade e região: Rádio Pato Branco, Rádio Nossa Senhora da Luz de Clevelândia, Celinauta Fm (hoje Movimento) e Tv Sudoeste.

mãe evangeliZadoraA Celinauta acompanha seus

filhos o dia todo. Além do elenco de programas religiosos, ela assu-me no mundo secular a missão de uma rádio cristã, de forma semelhante ao que nos conta um documento das primeiras igrejas, “Carta a Diogneto”, tradução Vo-zes, de 1976, p. 23, de Dom Fer-nando Figueiredo.

Este escrito, de 120 DC, mos-

tavam pela legalização de suas terras junto à União.

Mãe educadora, colocou seu tempo à disposição da escola-rização das crianças e adolescentes em suas “Aulas Radiofônicas”. Implantadas em 1960 por Frei Gonçalo Orth, o projeto reu-niu, em volta do rádio, mais de 15 mil alunos, em escolas do Paraná e Santa Catarina.

Mãe mantenedo-ra, a Celinauta apa-drinhou a instalação

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tra o formato de uma evangeli-zação apropriada a um contexto pagão, de inserção real na co-munidade secular, sem o sacrifí-cio dos valores da fé: “O que é a alma no corpo, são no mundo os cristãos”. “Encerrada no corpo, a alma é quem faz a coesão do cor-po”. A fórmula é simples: a voca-ção da luz é brilhar.

“Os franciscanos foram os grandes modernizadores da re-gião sudoeste do Paraná. Nas suas atividades pastorais, eles também se preocupavam com o desenvolvimento e progresso do povo e das comunidades. Ensi-navam noções de economia, de produção, de mercado, de higie-ne, bem como cultivar uma hor-ta, uma lavoura. Eles entendiam que o desenvolvimento econômi-co regional possibilitaria também o desenvolvimento religioso”. (Prof. Paulo F. Diel, em,“Religião e Religiosidade” p.161)

Os pesquisadores da história da região reconhecem os frades como missionários, educadores e promotores do progresso. On-tem, no rádio, e hoje, também na TV, levam à mesa de debates as reivindicações da popula-ção. Projetos inovadores pros-peraram nas cidades nas áreas da educação, saúde, comércio e agroindústria, com a cobertura dos meios de comunicação. “Ser sal e ser luz” corresponde ao re-ceituário dos antigos cristãos: “O que é a alma no corpo, são os cristãos no mundo” (Carta a Diogneto).

Neste 2014, um frade local celebra esta saga de permanente participação na construção do Reino: Policarpo, 90 anos, o fra-de das bênçãos, o frei mais requi-sitado, cantado em prosa e verso, nestes rincões do Paraná.

Celinauta rádio-mãe, tudo a ver com a Virgem Maria.

O epíteto rádio-mãe tem sua vertente mariana. O nome “Celi-nauta” se deve à criatividade dos frades de Pato Branco, por volta

de 1960. A década ficara fa-mosa pelas façanhas de rus-sos e americanos na astro-náutica, com seus satélites e voos espaciais.

Frei Euclydes Pezzamiglio e Frei Galdino, frutos de seu tempo, numa ocasião, co-mentaram a expressão “Caeli Nauta”, isto é, “Navegante do Céu”, aplicado à Mãe de Je-sus, à guisa de uma invoca-ção a mais da Ladainha Lau-retana. Ajustaram a forma latina ao Português. Em se-guida, na fraternidade, pro-

Frei Gonçalo estranhou a decisão do pai. Ele queria dar à sua filhinha o nome da rádio dos padres. E assim foi. A me-nina foi batizada “Celinauta”, aos 12 de julho de 1964. Tudo consta, devidamente anotado, sob o número 779, no Livro nº 24 de Registro de Batizados da Paróquia São Pedro.

Hoje, nos seus 50 anos de idade, Celinauta Spindola mora em Ponta Grossa, PR. Diz ela sentir orgulho do seu nome, de

“o nome de Batismo de minHa FilHa será “celinauta”

compartilhar com a rádio um certo gostinho pelas “coisas do alto”. Uma gentileza do seu pai, Gentil José Souza Pinto!

puseram “Celinauta” como nova denominação da rádio, em lugar de “Colmeia”. A sugestão foi aco-lhida, enviada ao Ministério das Comunicações e aprovada em 06 de dezembro de 1961.

Filho devoto da Mãe de Deus, Frei Policarpo ornou a progra-mação da rádio com momentos marianos: o terço, o Angelus, a Consagração a Nossa Senhora. Colocou a serviçalidade de Maria como a vocação da rádio-mãe.

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Visitas aos meios A notícia dos 60 anos pro-

vocou um interesse nas escolas pela história da Rádio Celinauta. As escolas agendam visitas e um acompanhamento explicativo para satisfazer a curiosidade dos alunos. Estúdio, cenário, micro-fone e câmeras fascinam a petiza-da. Surge-nos uma pergunta: As crianças são receptivas à ação dos meios. Como usá-los para levar a boa nova a esta geração?

Gincana cultural “O Diarinho”, suplemento in-

fantil do jornal local, dedicou um dos seus encontros com alunos de escolas da região para “Pales-tra sobre a Celinauta”. Depois, cada participante recebeu como tarefa produzir um artigo, con-to ou poesia sobre aspectos da

emissora. Os melhores trabalhos foram julgados pela ALAP (Aca-demia de Letras e Artes de Pato Branco), para posterior publica-ção no suplemento, apresentação em programas da rádio e da TV Sudoeste.

Gincana do Padroeiro Os 84 anos de festas de São

Pedro, 90 anos de Frei Policarpo e 60 da Celinauta motivaram o lançamento da Gincana da Festa. Panfletos, com perguntas sobre os três eventos, foram distribu-ídos nas noites festivas no Pavi-lhão São Pedro. Em um mês, mil e cem panfletos de resposta con-correram ao sorteio de prêmios dos 60 anos, no Programa Manhã Celinauta, dia 31 de julho. As promoções cumprem um duplo papel. Evidenciam a missão da

eVentos comemoratiVos dos 60 anos da celinauta

“A Boda de Diamante da Rádio Celinauta acontece num período de evolução tecnoló-gica muito rápida, com pontos positivos, não só para a rádio AM, também para FM e TV. A Celinauta AM vai migrar para a faixa de FM, como classe especial, cobrindo Paraná e Santa Catarina. A Movimento FM terá aumento de potência. A TV Sudoeste está de mudança para o sistema digital e, com novo transmissor digital, vai operar no canal 27. A festa da Rádio Celinauta conta-gia as demais emissoras da Fundação”. (Má-rio Viapiana, Prof. Eng. Eletrônico, Prof. da UTFRPR – Universidade Tecnológica Fede-ral do Paraná).

1 – promoÇões culturais dos 60 anos

Fundação e fazem com que os meios se tornem familiares ao público em geral.

Kit “Frei Policarpo 90 anos”

Amigos de Frei Policarpo pa-trocinaram um kit com 3 livros ilustrados e 3 CDs, com o texto e as bênçãos gravadas na voz do homenageado. A Celinauta fes-teja e divulga o lançamento deste produto, que vem enaltecer um franciscano de visão moderna so-bre a força do rádio e TV, plata-formas atuais de evangelização.

2 - promoÇões religiosas

Missa dos 90 anos do Frei Policarpo

Frei Policarpo concelebrou com os confrades a missa das

09h30, domingo, 13 de julho, com transmissão pelo rádio e televisão. Os comentários res-saltaram sua vinculação com os

meios de comunicação e o ser-viço de bênção na Paróquia. De fronte à matriz, uma curiosidade: ali estava estacionado um velho

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“A Rádio Celinauta, Movi-mento FM, TV Sudoeste são concessões comerciais e que se mantêm pela comercialização de peças publicitárias. Por outro lado, o serviço que prestam aos cidadãos deve ser totalmente gra-tuito.

O Departamento Comercial das emissoras elaborou um pla-nejamento comercial para os próximos cinco anos. Este proje-to comercial apresenta, de forma atrativa, aos comerciantes, pro-fissionais liberais e empresários, um plano de mídia, a cada ano. Cada plano vem acompanhado de sorteio de prêmios aos partici-pantes. Mas, a condição é de fide-lização do cliente. O que significa que o cliente para participar do sorteio não poderá romper com os contratos anteriores. Esta po-lítica comercial gera uma estabi-lidade na arrecadação das nossas emissoras”. (Frei Clésio Wiggers, Presidente da Fundação Cultural Celinauta)

Plano 1060 – 60 anos Rádio Celinauta

São 12 parcelas de R$1.060,00. Os participantes concorrerão, ao final, ao sorteio de uma caminho-nete Mitsubishi L 200. O cliente contará com mídia nas três emis-

soras e direito a uma entrevista de 10 minutos na rádio.

Plano 1.161 – Digitalização da Tv Sudoeste

São 12 parcelas de R$1.161,00. Os clientes concorrerão a seis via-gens com acompanhante a Roma e Paris. Mídia nas três emissoras.

Jantar comemorativo dos 60 anos

Dia 12 de março de 2015, uma data significativa para a Funda-ção Cultural Celinauta. Na pauta do jantar, à noite, a fraternida-de agradece, primeiro a Deus, a inspiração de dotar a Igreja de novos instrumentos de evange-lização, o rádio e a TV, depois, à audiência, clientes e colabora-dores pelo apoio afetivo e efetivo recebidos.

O evento reserva mimos es-peciais aos clientes dos planos de comercialização: um receptor de rádio, personalizado, com pla-queta comemorativa dos 60 anos. Logo depois, o grande momen-to, com o sorteio do utilitário Mitsubishi e das viagens a Paris e Roma.

Comemoração deste porte não acontece a cada dia, daí, o nosso capricho. Por certo, a festa dos 100 anos será ainda melhor. Salve, rádio-mãe! Salve, Celinau-ta!

3 - planos de comercializaÇão à luz dos 60 anosjipe, que Frei Policarpo ganhou, zero quilômetro, na rifa da festa de São Pedro, em 1965. Compa-rando, o Poli está bem mais con-servado que o surrado utilitário!

Missa dos 60 anos da Celinauta

Domingo, dia 27 de julho, às 09h30, a matriz São Pedro conta-va com um público diferente do costumeiro. A família Celinauta - funcionários, comunicadores, voluntários e convidados - ocu-pavam os primeiros bancos da Igreja, todos juntos numa moti-vação comum: agradecer a Deus pelos 60 anos de atividades da Rádio Celinauta. A missa irra-diada contou com um comen-tarista à parte, para explicações adicionais e preencher os “bran-cos” comuns nestas transmissões. Exatamente, como se fazia anos atrás.

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para concluir

concursos de rádio e tV premiam comunicadores da casa“Incentivados pela direção da

Fundação Cultural Celinauta, procuramos participar de prê-mios regionais, estaduais e nacio-nais de rádio e TV. São oportuni-dades de mostrar, desde a história do Sudoeste, até os projetos liga-dos à agropecuária, meio-am-biente, cooperativismo, saúde, educação, cultura e qualificação profissional. Entidades, promo-toras de prêmios de jornalismo, enaltecem as reportagens que re-tratam as boas iniciativas capazes de proporcionar desenvolvimen-to regional e melhoria da quali-dade de vida das famílias”(Edson Honaiser, jornalista, premiado, da Rádio Celinauta).

Estes temas garantiram, em 2014, premiação de diversos tra-

balhos em concursos estaduais: Prêmio Fecomércio de Jorna-lismo, Prêmio SESCAP de jor-nalismo, Prêmio OCEPAR de Jornalismo, Prêmio AMSOP de Jornalismo.

As participações dos colabo-radores concorreram com traba-lhos profissionais de redes nacio-

nais: TV Paranaense (Globo), TV Tarobá (Bandeirantes), TV Igua-çu (SBT). Pela qualidade de pro-dução e conteúdo, nosso pessoal conquistou os melhores prêmios. A rádio-mãe se alegra com seus comunicadores. Explicam a “boa notícia”, de forma compreensível, aos homens e mulheres de hoje.

seus irmãos: “É preciso trabalhar de modo honesto e assim garantir o próprio sustento” (Dicionário Franciscano, p. 203).

A Fundação Cultural Celinauta é uma pessoa jurídica, com estatu-tos próprios e objetivos a perseguir. A qualificação de “mãe”, atribuída à rádio, acresce um valor espiritual à sua missão social, que pode ser iluminada pela Escritura Sagrada. No final do Livro de Provérbios, 31, 10-31, o perfil empreendedor de uma dona de casa abre perspecti-vas à gestão humanizada de nossas

A pregação dos frades ale-mães, na época da colonização do Sudoeste do Paraná, desa-fiava o colono a melhorar suas culturas. Incentivava a família a escolarizar os filhos. Instruía os menores a ajudar seus pais na lida de cada dia. Gostar de trabalhar tornou-se um hábito saudável nesta porção do Para-ná. Por outro lado, é inexpres-sivo o número de pedintes nas ruas. A lição pegou: É melhor

empresas. O texto é notório, por isso, detemo-nos na nota de ro-dapé:

Provérbios 31 é um “poe-ma sobre a mulher virtuosa, elogiando-a como mãe, esposa e dona de casa, apresentando--a como mulher ideal. O pon-to de vista é tanto econômico (boa administração, diligência e acerto nos negócios) como também humano (solicitu-de para com os empregados

produzir para viver, do que mendi-gar para viver.

Desde o início dos serviços pelo rádio, os frades optaram por cobrir os custos da estrutura, mediante a cessão de espaço à publicidade. Desta forma, a sustentação da emissora recai sobre os ombros da porção mais abonada da so-ciedade, comércio e serviços, en-quanto o privilégio de ouvir rádio a custo zero beneficiou as classes populares. O esquema - produ-zir para se manter - condiz com o ensinamento de Francisco aos

e caridade para com os pobres), mas principalmente religioso, que orienta toda sua atividade” (Bíblia Vozes, p. 801).

A exemplo desta dona de casa, a família da rádio-mãe se reúne ao redor da mesa para servir o pão da Palavra, a forma mais antiga de co-municação da humanidade. Todos interagem neste círculo de tantas bocas e ouvidos. O alimento da Palavra se revela tão eficaz, que o Apóstolo garante:

Fides ex auditu, ou, a fé vem pela audição.

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ABERTAS AS INSCRIÇÕES!

Local: Fraternidade São Bo-aventura, Rondinha, Campo Largo/PRData: 13 e 14 de outubro de 2014 Público• Frades diretamente ligados às

nossas presenças na comu-nicação, demais confrades interessados no tema e tam-bém os frades no tempo da formação inicial (em combi-nação com os formadores).

• Trabalhadores de nossas pre-senças na Frente de Comuni-cação (Rádios, TV, Editora, Universidade, Escolas).

• Lideranças e agentes de pas-toral que atuam na Comuni-cação (Paróquias, Santuários, OFS/Jufra etc.)

mais informaçõesemail: [email protected]: (11) 95282-1457 / (11) 5576-7929

O Curso Superior de Tecno-logia em Gastronomia da Uni-versidade São Francisco (USF), referência no ensino da alta gas-tronomia no estado de São Paulo, conquistou, em agosto, o concei-to 5, em uma escala que vai de 1 a 5, na avaliação do Ministério da Educação (MEC), que analisa corpo docente, instalações físicas e projeto pedagógico.

A nota máxima reafirma o compromisso da USF com a exce-lência no ensino. No estado de São Paulo, a Universidade está entre as únicas cinco Instituições de Ensi-no Superior (IES), das 58 que ofe-recem o curso de gastronomia a obterem 5, no Conceito de Curso (CC). No Brasil, das 160 escolas de gastronomia, apenas 11 conquis-taram o conceito máximo.

Para a Coordenadora do Curso de Gastronomia, professora An-dreia Pimentel, a avaliação conso-lida a excelência na formação de futuros profissionais para o mer-cado de trabalho. “A nota máxima representa um reconhecimento do nosso trabalho. Desde a cria-ção do curso, em 2012, desenvol-vemos uma proposta diferencia-da, aplicando o sistema europeu de ensino que oferece bancadas

individuais aos alunos. O corpo docente também é formado por profissionais que se formaram nas principais escolas da gastronomia da Europa e atuaram em renoma-dos restaurantes internacionais”, afirma a coordenadora.

A previsão para este ano, se-gundo pesquisa realizada pela ECD, consultoria especializada em serviços alimentares, é que o segmento de gastronomia tenha crescimento de até 20%, no Bra-sil. Isso se deve aos investimentos realizados pelo governo federal, estadual e iniciativa privada no setor de turismo e mercado ho-teleiro. Nesse cenário, há deman-da por profissionais em cozinhas especializadas, na gestão de es-tabelecimentos de alimentação, confeitarias, panificadoras e hos-pitais, entre outros segmentos.

A USF é a primeira instituição de Ensino Superior a implantar um curso de alto nível em gastro-nomia na cidade de Campinas. As atividades práticas e teóricas são desenvolvidas em uma uni-dade diferenciada, localizada no tradicional bairro Cambuí. O curso tem duração de 4 semes-tres, sendo oferecido nos turnos matutino, vespertino e noturno.

ii encontroproVincial da Frente

de eVangelizaÇão da comunicaÇão

usF: curso de gastronomia está entre os melHores do país

Prof. Dr. Elson Faxina

Profª Drª Joana Puntel

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Nós, frades da Frente de Evan-gelização da Educação da Provín-cia, nos reunimos em Rondinha, Campo Largo, PR, no dia 21 de agosto de 2014, enquanto Equipe Ampliada. Fizeram-se presente s frades de todas as áreas da educa-ção da Província, incluídas as Pa-róquias. Trabalhamos o projeto desta Frente de Evangelização a partir de um esboço previamen-te preparado pela equipe de co-ordenação/animação, composta por Frei João Mannes, Frei Mário Knapik e Frei Nilo Agostini.

Em comunhão com a Provín-cia, também compartilhamos da necessidade de redimensionar nossa vida e missão, resignifican-do e revitalizando nossa presen-ça e atuação na educação. Esta é considerada pela Igreja e pela Or-dem dos Frades Menores “como uma plataforma fundamental e privilegiada de evangelização” (cf. Ide e ensinai, apresentação). Nas pegadas do “mestre de vida integral” São Francisco de Assis,

lizadas cerca de seis mil apresen-tações no Brasil e no exterior. De-zesseis CDs foram gravados, sendo que dois deles, lançados na Alema-nha, com tiragem de 300 mil e 350 mil exemplares, respectivamente.

Entre as inovações, este ano, os CDs dos Canarinhos foram dispo-nibilizados para a venda em mais

bom jesus

coral dos canarinHos: 72 anos de conQuistas

importância tanto para o cenário nacional como para o internacional, já que preserva e faz com que a mú-sica de qualidade tenha mercado”, afirmou Lischt.

Para comemorar a data, foi reali-zado um almoço na sede do Institu-to dos Meninos Cantores de Petró-polis, no domingo, 17.

de 80 pontos em Petrópolis, Tere-sópolis, Nova Friburgo, Cabo Frio, Três Rios e Niterói. “Nós não te-mos uma gravadora para distribuir nossos CDs. Disponibilizá-los nas bancas é uma excelente maneira de divulgar o trabalho do coral e nos aproximar da população” – acredi-ta o maestro Marco Aurélio Lischt.

Frente da educaÇão reÚne eQuipe ampliadaFrei nilo aGosTini identificamos na

tarefa educativa uma atividade evangelizadora que se concreti-zou inicialmen-te nas Universi-dades e, depois, nas chamadas terras de missão. Sentimos, com o Papa Francisco,

no meio da cultura contemporâ-nea” (Ide e Ensinai, p. 8).

Foi muito expressiva a par-ticipação dos frades da Equipe Ampliada desta Frente de Evan-gelização, neste momento em que a caminhada passa a ser realiza-da com a participação de todos. Sentimo-nos enviados a procla-mar o Evangelho a todas as na-ções, numa dinâmica de reforma das estruturas, numa conversão de atitudes e límpida opção fun-damental, sem perder a identida-de católica, a pertença eclesial e o diálogo com o mundo atual.

Animador da Frente de Evangelização da Educação

quão decisivo é em nossos dias sermos capazes de “transmitir conhecimento, transmitir modos de fazer as coisas, transmitir va-lores e, através destes, transmitir a fé”.

Segundo o sentir da Ordem, “esta atividade educativa permite colocar as bases do que hoje se denomina diálogo intercultural e inter-religioso. Uma realidade que nos leva a recuperar com es-pírito crítico as grandes tradições filosóficas, teológicas, místicas e artísticas de nosso patrimônio franciscano, como sustentácu-lo de nossa missão de pregar o evangelho por palavras e obras,

O Coral dos Canari-nhos de Petrópolis com-pletaram 72 anos na últi-ma sexta-feira, 15. O Coral tem uma trajetória de mui-to trabalho e maravilhosas recompensas. Em mais de sete décadas, foram rea-

Quase 3 mil vozes já pas-saram pelo Coral, muitos desses meninos seguiram a trajetória musical, como o próprio Maestro do Coro, Marco Aurélio Lischt.

“O coro é guardião da música sacra. Tem grande

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ViSiTa aoS fraDeS Do SagraDo, em peTrópoliS

Antes de iniciar o retiro e os trabalhos de praxe, os De-finidores tiveram momentos de grata alegria e satisfação ao visitar, na noite do dia 11 de agosto, a Fraternidade do Sagrado, em Petrópolis, para celebrar a Festa de Santa Cla-ra, confraternizar-se com os irmãos daquela casa de for-mação, e verificar in loco o resultado belo e surpreendente das reformas e readequações dos quartos e outras depen-dências da casa, iniciadas em novembro do ano passado e concluídas já há alguns dias. De fato, é sempre bom visi-tar os confrades formandos e formadores. Eles nos fazem respirar ares novos de maior esperança e, de algum modo, nos remetem aos nossos passos iniciais e decisivos na Or-dem, ao que Clara, talvez, chamaria de ponto de partida da vocação, referência permanente para nós.Na tarde do mesmo dia 11, por volta das 16h00, Frei Evaristo, Frei João Mannes, Frei Germano e Frei Evan-dro haviam visitado o ITF. Lá, com Frei Ludovico e Frei Antônio Everaldo, viram o grande número de livros do-ados à biblioteca pela Província Santa Cruz, de Minas Gerais, e pelo Convento Santo Antônio, do Rio de Janei-ro. Verificaram ainda as reformas que estão sendo feitas na igreja do Instituto.

recepção no rio De Janeiro

Descendo a serra ainda na noite do dia 11, levados por Frei César Külkamp, chegamos ao Convento Santo An-tônio, no Rio, onde fomos recebidos por Frei Ivo Müller, guardião. Na manhã do dia 12, pudemos encontrar os demais confrades que, assim como Frei Ivo, nos aco-lheram benignamente, oferecendo-nos uma das poucas áreas restauradas do convento - após tantos transtornos -, para os dias de retiro anual e de sessões do Definitório previstas. Já na noite do dia 14, após o capítulo local da Fraternidade, os Definidores se juntaram aos confrades da casa para a confraternização. Frei Fidêncio aproveitou a ocasião para agradecer a todos não somente pela acolhida nos dias de Definitório, mas sobretudo pela generosa paciência du-rante o “turbilhão” das obras de restauro nos últimos anos, que, infelizmente, continuam sem conclusão.

notícias do deFinitÓrio proVincialrio de Janeiro, 12 a 15 de agosto de 2014

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deFinitÓrio proVincial

reTiro anual Do DefiniTório

Conforme o combinado, os Definidores dedicaram as ma-nhãs para o retiro (breve colocação, tempo para reflexão pes-soal a partir de texto proposto, e partilha), e as tardes para as reuniões, seguindo a pauta dos assuntos, como de costume. Recolho a seguir, algumas ideias principais, partilhadas pelos Definidores, a cada dia do retiro.Os textos refletidos e discutidos foram do 1º Congresso Internacional para as Missões e a Evangelização, ocor-rido em Roma, de 18 a 28 de maio deste ano, cujo tema era Identidade e novidade na missão evangelizadora da Ordem, e o lema: “Vai, repara a minha casa”.

- 12 de agostoOs Definidores iniciaram o retiro refletindo o que Enzo Bianchi, prior da Comunidade de Bose, na Itália, apre-sentou no referido Congresso: Falar com Deus para falar de Deus. O coração de toda evangelização. A comuni-dade de Bose é formada por leigos (homens e mulheres) que já há uns 30 anos assumiram estilo de vida monás-tico em moldes mais modernos. Para Bianchi, o nosso escutar a palavra de Deus e o nosso dirigir-se a Ele com nossas palavras acontecem na fé, sem certezas que não estejam no espaço da fé. E isto faz com que a linguagem da oração não possa deixar de ser humilde. A fé em Cris-to não pode falar outra linguagem que não seja a lingua-gem da humildade. É verdade que a Igreja transmite as palavras da oração, e o fiel pode aprender a falar a Deus usando as palavras dos salmos, as palavras da liturgia, as palavras que a tradição espiritual tem sempre usado. Mas isto também ressalta o caráter humilde da lingua-gem da fé. É chancela de sua autenticidade. Bianchi abre sua exposição com um fragmento de Martin Buber: “Se crer em Deus significa poder falar Dele em terceira pes-soa, não creio em Deus. Se crer em Deus significa poder falar-lhe, então creio em Deus”. Ideias destacadas ou comentários feitos pelos Definido-res:- Facilmente queremos dar definições de Deus, e fugi-mos de deixar que Ele seja em nós, na nossa vida. Ele é

ser comunicante, e não essencialista, resultado de nossas abstrações. Ele se dá em tudo que é e existe. Ou Ele está no mundo ou ele não está em lugar algum. Não é uma entidade entre outras. - Fomos acostumados a falar a Deus como se ele preci-sasse ouvir algo. Oração, no entanto, é muito mais um colocar-se na escuta do que Ele tem a nos dizer.- A humildade é condição essencial para colocar-se na escuta de Deus. São Francisco compreendeu isso bem: “Senhor, que quereis que eu faça?”; “Senhor, quem sois vós e quem sou eu?”.- O que no fundo caracteriza a dimensão franciscana da evangelização é a capacidade de respeitar no outro o seu modo e condições de dialogar com Deus. É “tirar os sa-patos” no encontro com o outro.- Na oração o ser humano se dirige a Deus que não vê e a sua oração é guiada por imagens do Senhor que o ha-bitam e que, com frequência, respondem mais às instân-cias psicológicas ou aos hábitos recebidos na educação ou à ignorância e superficialidade da fé do que à reve-lação bíblica. A pergunta que se põe é: a quem reza um cristão, quando reza?- Se a oração tem o seu ponto de origem na palavra de Deus ao ser humano, a postura requerida do ser humano não é, em primeiro lugar, a do falar, mas a do “escutar”. Temos dificuldade nisso. Falta-nos o costume do parar, do silenciar para ouvir. Correntes orientais falam do se-renar a mente. Somos dominados pelas muitas vozes e falas que nos impedem de ouvir de modo adequado o Outro e os outros de nossas realidades cotidianas.

- 13 de agosto“A nova evangelização à luz da Evangelii Gaudium” é o título da conferência de Enzo Biemmi, sobre a qual os Definidores se debruçaram na manhã da quarta-feira. Biemmi, italiano, é religioso leigo da Congregação dos Irmãos da Sagrada Família. É doutorado em Teologia pela Universidade Católica de Paris, e em História das Religiões e Antropologia Religiosa, pela Sorbonne, tam-bém de Paris. É atualmente presidente da Equipe euro-peia de catequistas. Sem abordar trechos da Exortação Apostólica, Biemmi assinala, antes de tudo, o contexto em que nos encontramos e que sinaliza o fim de um certo cristianismo: o sociológico. Depois, ele precisa o horizonte que vislumbra, que é o missionário, e, em ter-ceiro lugar, indica certas condições para que seja possível o anúncio do Evangelho aos homens e mulheres de hoje. Segundo Biemmi, nós nascemos como fermento; com o tempo, nos tornamos massa (cristianismo sociológico) e formos perdendo a força fermentadora. O Senhor, po-rém, está reconduzindo a sua Igreja a viver como uma minoria. A tentação eclesial pode ser aquela de nos cur-varmos a uma “minoria de seita”, isto é, à parte da his-tória e da cultura, ou, pior ainda, uma minoria “contra”.

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Como ser minoria fermento e não minoria seita ou mi-noria contra? Esta é a questão que está em jogo. A fé herdada, devida, esperada, está acabando. Caminhamos para um tempo no qual as pessoas, imersas em um pluralis-mo cultural e religioso, escolherão ser cristãs ou não, porque a cultura atual não transmite mais a fé, mas a liberdade religiosa. A resposta inadequada a esta situação é aquela da nos-talgia da fé, que pastoralmente se traduz no multiplicar o esforço pastoral para trazer de volta as coisas referentes à fé como era antes, quando todos se referiam à Igreja. A direção justa é, no entanto, aquela de uma pastoral da proposta, de uma comunidade que no seu todo, em to-das as suas expressões, se faz testemunha do Evangelho dentro e não contra o próprio contexto social. Ideias destacadas ou comentários dos Definidores:- No contexto do redimensionamento na Província, fala--se muito em passar da pastoral de manutenção para uma pastoral de proposta. Mas é muito difícil sair do “esquema”.- Pergunta-se pelo novo que deve emergir do redimen-sionamento. Queremos redimensionar para viver mais e não apenas para sobreviver.- Os canais de transmissão da fé eram família, escola, Igreja. Hoje estes canais estão diluídos. Resta como ca-minho o testemunho. Neste sentido, qualquer redimen-sionamento na Província que não levar consigo o teste-munho de vida, não alcançará nada de significativo.- Movemo-nos eclesialmente por muitas normas e exi-gências. Precisamos crescer na capacidade de amar, de concentrar-se no essencial, no mais importante, e, ao mesmo tempo, mais necessário. - Questionou-se inclusive a postura do próprio Definitório re-ferente a decisões que envolvem estruturas e também questões pessoais dos frades. Vai na linha da profecia e do testemunho?

- 14 de agostoA terceira manhã de retiro do Definitório foi motivada por texto de Frei Giacomo Bini, que, conforme relato de Frei Estêvão, soou no Congresso como seu “testamen-to espiritual” à Ordem, considerando que ele faleceu no dia 9 de maio, pouco antes do início do Congresso. O texto tem por título: “A identidade e a novidade da missão evangelizadora da Ordem hoje” e foi dividido nos seguintes tópicos: A evangelização de Francisco e das primeiras gerações franciscanas; Viver o Evangelho para poder evangelizar de verdade; Vida evangélica e missionária como êxodo, como encontro; O testemu-nho da vida fraterna como vocação evangélica e pri-meira forma de evangelização; Novidade da evange-lização franciscana, intrínseca ao próprio Evangelho; Novas modalidades, novas mediações e estruturas para comunicar o Evangelho hoje; Profetas de novas respos-tas para os novos problemas do mundo de hoje.Ideias destacadas ou comentários dos Definidores:- Máxima recorrente de Frei Giacomo Bini era a de que a

verdadeira identidade evangélica do frade se fundamen-ta no doar a vida, no “perdê-la”, mais que no conservá-la. A fraternidade não é feita para dar-se uma sobrevivên-cia, mas para dar a vida.- A identidade franciscana não é cristalizada, mas dinâmi-ca, em permanente confronto com o Evangelho e o mun-do. É identidade in via que se faz presente ao outro no “terreno” dele, na situação dele, nos “lugares” dele, antes mesmo de tornar-se hospitalidade e acolhimento. - Para Frei Giacomo, a itinerância não era entendida pri-meiramente como um ir de lugar em lugar, mas um estar de modo livre em um determinado lugar, sem amarras, sem exigências, sem comprometimentos paralisantes e estáticos.- De Francisco foi escrito que ele era um “homem feito oração”, ou seja, um homem transformado interiormente que se dei-xou encontrar; e, ao mesmo tempo, um “homem feito missão”. “Tinha feito de todo o seu corpo uma língua” (1Cel 97).- O “novo” do Evangelho está muito mais no jeito novo de ser e de agir do que na procura de novidades.- Está em jogo a compreensão da própria vocação, que não é um chamado pra fazer coisas. No chamado está propriamente a missão. Somos chamados para ser en-viados. As cenas de Espoleto, leitura do Evangelho na Porciúncula, beijo no leproso, ida a Roma para a Regra, em tudo isso está já presente o envio. Fiel ao Evangelho, Francisco intui que o verdadeiro discípulo torna-se ime-diatamente apóstolo, pois o chamado é já, desde o início, vocação missionária. O chamado é único: não se forma “no fechado” para depois ir “ao aberto”. - Desde as etapas de formação, deveríamos nos pergun-tar: qual a vocação e a missão do postulante? Qual a vo-cação e a missão do noviço?- Somos muito funcionais no nosso agir, falta-nos pai-xão, encantamento.- Talvez não seja mais tão necessário pensar a nossa identidade, mas sim a nossa vitalidade. Já temos clara nossa “ortodoxia”, falta-nos a “ortopraxis”.- No processo de formação e na vida, muitas vezes confun-dimos a necessidade de interiorização com uma espécie de fechamento em si. Há equívoco nisso. Para São Boaventura, a interiorização é uma forma de exteriorização: é um sair de si mesmo, do eu-próprio. Na medida em que mais deixamos esse eu menor, mais nos abrimos ao encontro com Deus, com as pessoas, e com as pessoas e com nós mesmos em Deus. ViSiTa aoS confraDeS Da rocinha, no rio

Quebrando um pouco o ritmo das longas reuniões, o Definitório reservou a noite do dia 13 de agosto para vi-sitar os confrades da Rocinha, no Rio de Janeiro. Era o aniversário de Frei James Girardi e o 1º dia do tríduo de preparação para a festa da padroeira, Nossa Senhora da Boa Viagem. Compõem também a fraternidade Frei Be-nedito Gonçalves e Frei Clauzemir Makximovitz. Na ce-

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lebração eucarística não faltou a animação do povo sim-ples e simpático que homenageou seu pároco e cantou belo hino em honra da padroeira. Após a missa, no sa-lão paroquial, pudemos apreciar apresentação de jovens flautistas da Escola de Música da Rocinha, que recebe ajuda financeira também da Missionszentrale. Visitamos as dependências da simples moradia dos confrades, e su-bimos até a laje, de onde pudemos ter uma visão panorâ-mica noturna – impressionante - da comunidade.

aSSunToS TraTaDoS naS SeSSõeS Do DefiniTório

1) capíTulo DaS eSTeiraS - encaminhamenToS

Os Definidores ficaram cientes dos encaminhamentos propostos pela comissão preparatória do Capítulo das Esteiras de setembro próximo, em vista dos últimos acertos. A comissão reuniu-se pela 3ª vez no dia 28 de julho, em Petrópolis. Nos próximos dias será enviada aos confrades todos, por e-mail, a programação do Capítulo. Há 246 inscritos, contando os Postulantes. Novas inscrições são bem-vindas até o final deste mês ([email protected]). Serão, sem dúvida, dias de intensa vida fraterna, de reflexão, de partilha, de celebração e confraternização.

2) formação permanenTe – SubSíDio nº 3

Os Definidores apreciaram e aprovaram o subsídio nº 3, apresentado por Frei Estêvão, para ajudar na refle-xão a ser feita nos Regionais da Província neste ano. O subsídio direciona-se para o terceiro momento: o do agir, considerando que os dois primeiros subsídios privilegiavam o ver e o julgar. Esperam-se, portanto, propostas bem concretas relacionadas à nossa neces-sidade de redimensionamento.

3) regimenToS DaS caSaS De formação – apreciação e obSerVaçõeS

O Definitório continuou a análise das propostas de reformulação do Regimento do Postulantado, do No-viciado, do tempo da Filosofia e do tempo da Teolo-gia. Fez algumas observações e sugestões que servem para os quatro regimentos. Elas serão encaminhadas ao conselho da Formação. Entre outras coisas, há uma preocupação com o papel da equipe de formação (co-etus), e com a necessidade de contribuição, inclusive por parte das próprias Frentes de Evangelização, para se levar, o quanto possível, a que a formação aconteça sempre mais em vista da evangelização qualificada.

4) orDenação preSbiTeral - aproVaçõeS

Com alegria, o Definitório, após ler vários pareceres, aprovou que sejam ordenados presbíteros os confra-des: Frei Marcos Prado dos Santos, Frei Antenor Ca-milo Militão e Frei Paulijacson Pessoa de Moura.

5) orDenação Diaconal – frei Sérgio SilaS DamaSceno

Aprovado no dia 10 de dezembro de 2013 para a orde-nação diaconal, Frei Sérgio Silas Damas-ceno, que re-side na Fraternidade São Boaventura, em Rondinha, marcará nos próximos dias a data de sua ordenação.

6) iTf - recreDenciamenTo

Conforme o que foi publicado no Diário Oficial da União, no dia 16 de julho de 2014, o Conselho Na-cional de Educação, por unanimidade, votou favora-velmente a que o Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis seja recredenciado para mais 5 anos.

7) TranSferênciaS

1. Frei andré luiz da rocha Henriques – transferido da Fraternidade N. Sra. Aparecida, de Nilópolis, para a Fraternidade Santo Antônio, de Florianópolis, como

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vigário da casa e vigário paroquial.2. Frei José Alamiro Andrade Silva – transferido da Fra-

ternidade N. Sra. da Conceição, de Paty do Alferes, para a Fraternidade Santo Antônio, do Rio de Janeiro, como atendente conventual.

3. Frei Tadeu Luiz Fernandes – reintegrando-se à vida pro-vincial, depois de dedicar-se por muitos anos à pastoral dos nômades, em várias dioceses, Frei Tadeu foi transfe-rido, até o final do ano, para a Fraternidade São Francisco de Assis, de Bragança Paulista, para serviços fraternos.

8) nomeaçõeS DiVerSaS

1. Frei Rodrigo da Silva Santos – mestre de Frei Douglas da Silva, professo temporário que reside no Seminário de Ituporanga;

2. Frei Daniel Dellandrea – mestre de Frei Augusto Luiz Gabriel, professo temporário da Fraternidade de Santo Amaro da Imperatriz;

3. Frei Sérgio Silas Damasceno – vigário da casa na Frater-nidade São Boaventura, em Rondinha;

4. Frei Carlos Lúcio Nunes Corrêa – assistente espiritual da Fraternidade OFS Santo Antônio do Pari, em São Paulo.

5. Frei Laerte de Farias dos Santos – assistente espiritual da Fraternidade OFS N. Sra. de Fátima, de São Gonçalo, no Rio de Janeiro.

9) paróQuia De miguel pereira e De goVernaDor porTela – DeVolução Do SerViço paSToral à DioceSe

Frei Evaristo deu informações de como têm sido as tra-tativas para a devolução à Diocese do serviço pastoral das paróquias de Miguel Pereira e Governador Portela. Em junho, o bispo já havia escrito a Frei Fidêncio mos-trando interesse pelas paróquias, dizendo que tem clero suficiente para assumi-las. Por outro lado, há tempo o Definitório vem pensando em redimensionar a pre-sença dos frades na diocese de Valença. Recentemente, foi feita consulta à fraternidade de Paty do Alferes e ao Regional da Baixada e Serra Fluminense. No dia 6 de agosto, Frei Evaristo, Frei Antônio Michels e Frei João Reinert reuniram-se com lideranças tanto da Paróquia de Miguel Pereira (à tarde) como de Governador Por-tela (à noite). Nesta última, as lideranças questionaram o modo como o processo foi conduzido, mas, por amor a Cristo e à Igreja, e sem críticas aos frades, disseram que acolherão bem o novo pároco. Nos próximos dias, Frei Fidêncio escreverá ao bispo de Valença forma-lizando a intenção de devolver o serviço pastoral das paróquias à Diocese.

10) miSSão na amazônia - canDiDaToSAté o momento, Frei Alex César Rodrigues e Frei Alva-ci Mendes da Luz se apresentaram – e foram aprovados – para participar da Missão na Amazônia, de 6 a 30 de janeiro de 2015, mais especificamente na paróquia de

Orellana, Vicariato Apostólico de Requeña, Loreto, Peru. Foi publicada aos confrades, por e-mail, em 1º de agosto, carta de Frei Atílio Battistuz sobre motivações e objetivos de tal experiência missionária.

11) expoSição De preSépioS Do poSTulanTaDo - remoDelação

Com ajuda de Frei Róger Brunorio, a Fraternidade do Postulantado de Guaratinguetá fará uma remo-delação do espaço em que permanentemente há exposição de presépios, aliás, muito visitada pelos romeiros de Frei Galvão em visita à casa. Possivel-mente, a cada ano, a exposição será recomposta com novos conjuntos.

12) capela Do bingen em peTrópoliS – reaSSumiDa pela paróQuia

Frei Evaristo expôs ao Definitório, a partir de breve his-tórico, os motivos pelos quais o bispo de Petrópolis, Dom Gregório Paixão, após consulta à comunidade eclesial do Bingen, por decreto, devolveu aos frades a assistência re-ligiosa daquela comunidade.

13) paróQuia De Sorocaba – DeVolução Do SerViço paSToral à DioceSe

Após vários entendimentos, Frei Fidêncio, nos próximos dias, escreverá carta ao bispo de Sorocaba, formalizando a intenção de devolver à diocese o serviço pastoral da Pa-róquia São Francisco de Assis.

14) SefraS São paulo – hoTel Social

Já há algum tempo, inclusive em vista de sustentabilida-de, o Sefras de São Paulo vem revendo e reestruturando alguns projetos, abrindo mão de alguns e assumindo ou-tros. Os recursos financeiros públicos “circulam” onde as necessidades são mais gritantes. Neste sentido, a equipe técnica do Sefras assumiu, em parceria com a Prefeitura de São Paulo, projeto relacionado aos migrantes, na sua maioria haitianos, chamado hotel social, que funcionará no prédio da Província na Rua Japurá. O serviço atende-rá 110 pessoas, com alojamento e refeição.

15) egreSSo – QuinTino V. SamayenJe

Deixou a Ordem no dia 12 de julho o frade estudante de Filosofia da FIMDA Quintino V. Smayenje.

16) frei gilberTo garcia – reiTor em braSília

Por mais quatro anos, Frei Gilberto continuará mem-bro do Conselho Nacional de Educação, sendo presi-

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dente dos Conselheiros da Câmara de Educação Su-perior. Além disso, no dia 18 de julho, foi nomeado reitor da Universidade Católica de Brasília. Há con-vênio de cooperação que entre si celebram a União Brasiliense de Educação e Cultura e a Província Fran-ciscana da Imaculada Conceição do Brasil, com data de 16 de julho de 2014.

17) DefiniDoreS ViSiTam fraTerniDaDeS De Sc

De 9 a 11 de julho, Frei Fidêncio e Frei Germano visi-taram os confrades de Florianópolis, Santo Amaro da Imperatriz e Forquilhinha, inclusive Frei Paulo Back, encontrando-o bem de saúde e disposto.

18) frei Jorge lázaro De Souza – reTorno para TraTamenTo

Frei Jorge, formador dos professos temporários da Fraternidade da Porciúncula, de Viana, Angola, de-pois de tantos transtornos para conseguir o visto de permanência naquele país, teve que retornar inespe-radamente ao Brasil para tratar-se com oftalmologis-ta, pois percebeu diminuição significativa da capaci-dade de enxergar com o olho direito. O problema, na verdade, não é de agora, e estava sob controle, mas agravou-se. Nossas preces pelo sucesso do tratamento de Frei Jorge!

19) miSSão De angola – 25 anoS em 2015

O ano de comemoração dos 25 anos de presença fran-ciscana de nossa Província em Angola inicia-se em se-tembro próximo, culminando em setembro de 2015. Frei Fidêncio pretende escrever cartas nas Comuni-cações da Província abordando a temática da Missão, não somente para fazer memória e preparar a celebra-ção de data tão significativa para a vida provincial, mas também para incentivar, quem sabe, outros confrades a disporem-se à missão, lembrando inclusive a insis-tência do Papa Francisco em que a Igreja tenha uma postura de saída, de ir ao encontro, sendo assim mais missionária. Isso sem contar a evidente falta de frades tanto para a formação dos candidatos e jovens frades da FIMDA, que - graças a Deus! -, crescem em nú-mero, como para a evangelização propriamente dita. Dependendo de alguns acertos, possivelmente dois confrades do Definitório visitarão os irmãos da FIMDA logo após o Capítulo das Esteiras, no próximo mês.

20) DefiniTório proVincial – muDança De DaTa

Em outubro, a reunião do Definitório Provincial será de 28 a 30 e não mais de 14 a 16.

21) ViSiTaDor geral – conViTe

Os Definidores acolheram com alegria a nomeação de Frei Valmir Ramos, da Custódia do Sagrado Co-ração de Jesus, para ser nosso Visitador Geral em preparação ao Capítulo Provincial de 2015. Há pou-cos dias, ele escreveu aos confrades da Província, pondo-se à disposição, pedindo orações, e comuni-cando seu endereço e contatos. Frei Valmir será con-vidado a tomar parte do Definitório de novembro, inclusive para se pensar na programação da visita canônica.

22) frei JoSé franciSco De c. DoS SanToS – DelegaDo geral

Em carta de 20 de julho de 2014, o Ministro Geral Frei Michael Perry nomeia o Frei José Francisco de Cássia dos Santos delegado geral para Fundação N. Sra. de Fá-tima, com sede em Uberlândia, MG, em vista da inte-gração daquela Fundação com a Custódia do Sagrado Coração de Jesus, com sede em São José do Rio Preto, SP. Pede visitas, análises e relatórios.

23) mílTon fiDeleS Da SilVa – Secularização

Em decreto de 27 de maio de 2014, Dom José Rodríguez Carballo, arcebispo secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, concede a Milton Fideles o indulto de secu-larização. Afirma que o Ordinário de Nova Iguaçu está disposto a receber a Milton Fideles em sua diocese “pure et simpliciter”.

24) auTorizaçõeS De Viagem

Por motivos diversos, receberam autorização para viajar ao Exterior os seguintes confrades: Frei Joarez Foresti, Frei Sérgio Pagan, Frei Plínio Gande da Sil-va, Frei Sílvio Trindade Werlingue, Frei Gilberto M. S. Piscitelli, Frei Virgílio Pereira de Souza, Frei An-gelo Vanazzi, Frei Aldeci de Arcízio Miranda, Frei João Antunes Filho, Frei Sérgio Calixto, Frei Antônio Everaldo P. Marinho, Frei Vitorio Mazzuco Filho, Frei José Francisco de Cássia dos Santos, Frei Ivo Müller e Frei Cid Tadeu Passos.

Às 16h00 do dia 16 de agosto, agradecendo o trabalho dos Definidores e lembrando que no próximo mês todos teriam a alegria de se encontrar no Capítulo das Esteiras, em Agudos, Frei Fidêncio deu por encerrada a reunião do Definitório Provincial, invocando sobre todos a bênção de Deus.

Frei Walter de Carvalho JúniorSecretário

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Com o objetivo de formação, partilha e troca de experiências das diferentes entidades que compõem a Conferência dos Frades Menores do Brasil, onze ecônomos se reuni-ram para o encontro anual em Cam-po Grande, de 18 a 22 de agosto.

Na pauta das reuniões, os frades se debruçaram sobre dois subsídios para estudo: a mensagem do Papa Francisco para a Congregação dos Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, sob o tema “A gestão dos Bens Eclesiás-ticos a serviço da humanidade e da missão da Igreja”; e o documento “Rumo ao Capítulo Geral de 2015 - Irmãos Menores no nosso tempo (Lineamenta)”, especialmente o Ca-pítulo 3º, que aborda os seguintes

de 2013. Na Província, pensa--se em realizar o Encontro de Irmãos também de dois e dois anos, justamente no ano subse-quente ao encontro nacional. Sendo assim, neste ano de 2014, nosso Encontro, conforme pu-blicado na agenda da Província desde janeiro, será realizado de 14 a 16 de novembro (chegada até o final do dia 13 e término no al-moço do dia 16), em Agudos, SP. Além dos costumeiros momen-tos de rica e alegre convivência e de oração, gostaríamos de nos

inscreVa-se para o encontro dos irmãos leigos da proVínciaparticipar do Encontro em novembro, mas também a ajudar na preparação, caso você tenha alguma sugestão e contribuição que gostaria de fazer. Tente priorizar, por favor, o quanto possível, este importante encontro de nos-sa Formação Permanente. As inscrições deverão ser feitas até o dia 30 de setem-

ocupar, neste ano, com reflexão a partir de textos, muito bem ava-liados, do Congresso de Missão e Evangelização da Ordem, que aconteceu em Roma, de 18 a 28 de maio, do qual, pela Província, participaram, inclusive com pa-lestra e moderação, Frei Estêvão Ottenbreit, Frei Antônio Michels e Frei Gustavo Medella. A me-todologia e dinâmica de abor-dagem e discussão ainda estão sendo pensadas e programadas.

Queremos, pois, através desta carta, convidá-lo não somente a

De dois em dois anos vem ocorrendo o Encontro dos Irmãos Leigos da Confe-rência dos Frades Meno-res do Brasil (CFMB), dos quais tem participado nú-mero significativo - mas não ideal - de Irmãos da Província. O último foi em Lagoa Seca, PB, de 31 de outubro a 3 de novembro

bro, através do e-mail:[email protected].

Despertem o mundo! Sejam testemunhos de uma forma dife-rente de fazer as coisas, de agir, de viver! (...) Os religiosos seguem ao Senhor de forma especial, seguem--no profeticamente. É este teste-munho que espero de vocês. Os religiosos e as religiosas deveriam ser pessoas capazes de despertar o mundo”. (Papa Francisco, diálogo sobre a Vida Religiosa, em 29 de novembro de 2013)

encontro de ecÔnomos da cFmB

subtemas: 1. Minoridade, elemento--chave da identidade franciscana; 2. Economia e minoridade; e 3. O mundo dos pobres e excluídos.

“O encontro foi muito frutuoso, pois, a partir desses estudos, che-gamos a propostas bem concretas para os Provinciais, que se reuniram

em Cuiabá de 25 a 29 deste mês. Es-tas propostas vão na linha de uma administração franciscana basea-da nos critérios de transparência, minoridade, solidariedade e sus-tentabilidade”, explicou Frei Mário Tagliari, ecônomo da Província da Imaculada.

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notícias e inFormaÇões

Bebedouro, 01 de agosto de 2014.Prezados confrades da Província Franciscana Imaculada Conceição do Brasil, Paz e bem!Quero transmitir minha saudação a todos vocês, tendo sido nomeado Visitador Geral em preparação à celebração do Capítulo Provincial.Recebi o “decreto” de nomeação feito pelo Ministro Geral, Frei Micha-el Anthony Perry, ofm, uma vez que o Definitório Geral havia eleito a mim como Visitador na sessão do dia 9 de julho deste ano.Para mim é uma alegria poder servir à Ordem através da visita a cada um de vocês e participar da caminhada de preparação do Capítulo 2016. Reconheço minhas limitações, mas ofereci minha disponibilidade acreditando na presença do Espírito Santo para servir fraternalmente.Peço as orações de cada um para que Deus nos ilumine todos os dias e nos indique o melhor caminho para o crescimento de todos.Deixo os meus contatos para todos que precisarem comunicar-se pes-soalmente:Frei Valmir Ramos, ofmPça. Nivaldo Salvador, 9514.702-119 – Bebedouro – SPTel. 17-3344.1525 ou 17-9167.7364e-mail: [email protected] já coloco-me à disposição para percorrermos o caminho neces-sário para bem celebrarmos o Capítulo Provincial 2016.Fraternalmente, em Cristo e São Francisco, Frei valmir ramos, ofm, Visitador Geral

carta do Visitador geral Frei Valmir

oFs: coleta solidáriaFalecimentos

da secretaria proVincial

No domingo, 10 de agosto, a Fraternidade Santo Antônio de Duque de Caxias, Baixada Fluminense (RJ), vinculada à Ordem Franciscana Secular do Brasil (OFS) e a Congre-gação das Irmãs Franciscanas de Dillingen promoveram na Catedral Santo Antônio, após as missas, uma coleta solidá-ria em prol do Mosteiro Santa Clara, das Irmãs Clarissas, localizado na cidade vizinha de Nova Iguaçu.

Novos endereços: Dom João Bosco B. de Sousa, OFMResidência: Av. Santo Antônio, 2434, – Bela Vista – 06083-205 - OSASCO, SP – Tel: (011)3681-9857Cúria: Av. Santo Antonio, 1090 – Vila Osasco – 06080-000 – OSASCO – Tel: (011) 3683 4522 ou 3683 5005Site: www.diocesedeosasco.com.br Tel Vivo: (011) 9 7116-8899; Tim: (042) 9914-6951E-mail: [email protected] - Blog: www.dbosco.org

Paróquia Santa Clara de Assis de ColatinaRua José Ferdinando Chiste, 13São Vicente - Colatina - ES - CEP 29700-455Telefone: (27) 3722-6249

As Irmãs Franciscanas de Nos-sa Senhora do Amparo celebra-ram o XX Capítulo Geral, na Casa Mãe, em Petrópolis nos dias 16 a 26 de julho de 2014.

O novo Governo Geral para o sexênio de 2014–2020 ficou as-sim constituído: Irmã Silma Maria de Araújo, Superiora Geral; Irmã Cleusa Aparecida Neves – Vice-Su-periora Geral e 1ª Conselheira; Irmã Helioni Salvador Nunes, 2ª Conse-lheira; Irmã Edilene Ferreira Reis, 3ª Conselheira; Irmã Cacilda Alves de Lima, 4ª Conselheira; Irmã Jail-da Rocha Caetite, 5ª Conselheira.

Com a alegria e a força que nos vem do Senhor, nos colocamos à inteira disposição para servir com amor e generosidade, por isso con-tamos com as preces de vocês. O lema “Que o vosso fruto permane-ça” faz um profundo apelo para per-manecermos fiéis ao nosso carisma.Irmã Silma Maria de Araújo, CFA,Superiora Geral

Hilda ludvig mÜllerComunico o falecimento de minha mãe, Hilda Ludvig Müller, aos 88 anos de ida-de, na cidade de Florianópolis. Após vá-rias semanas de enfraquecimento devido a um câncer generalizado, veio a óbito na tarde da Festa de Maria Assunta aos Céus, às 16h30. Frei José clemente müller

aFonso engelFaleceu no dia 18 de agosto, às 18h00, o meu irmão Afonso Engel, de câncer generaliza-do. Preces pelo descanso eterno. Amém! Frei Pedro engel

Benedito gonçalvesFaleceu no dia 31 de julho, às 7h30, em São José dos Campos, o sr. Benedito Gon-çalves, pai de Frei Dito. Tinha 89 anos, e há mais tempo vinha enfrentando enfer-midades.

noVo goVerno cFa

agenda 2014Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil(*) As alterações e acréscimos estão sublinhados

SeTembro

01 Encontro de Formadores (Ituporanga);01 Encontro do Regional de Agudos (Bauru);01 e 02 Encontro do Regional do Contestado;01 e 02 Encontro do Regional do Leste Catarinense

(Angelina);02 e 03 Reunião do Conselho do Secretariado para a

Formação e os Estudos (Rodeio);05 e 06 Encontro do Regional da Baixada e Serra

Fluminense (ITF);08 Encontro do Regional de Pato Branco;08 Encontro do Regional do Espírito Santo;08 a 19 Tempo Forte do Definitório Geral;10 a 25 Experiência Under Ten (Jacareacanga - PA);15 Encontro do Regional do Vale do Itajaí

(Blumenau);15 a 16 Encontro do Regional do Planalto Catarinense

e Alto Vale do Itajaí (Curitibanos);23 a 25 Capítulo das Esteiras (Agudos);23 a 25 Jubileus (Capítulo das Esteiras);24 a 27 Visita do Ministro Geral a Província da

Imaculada;

ouTubro

09 Reunião do Conselho Gestor da Província (Sede Provincial);

13 e 14 Encontro Provincial da Frente de Evangelização da Comunicação (Rondinha);

18 a 19 Ordenação Presbiteral e Primeira Missa de Frei Marcos Prado (São Lourenço - MG);

20 a 24 Retiro no Eremitério (Rodeio);21 a 24 Curso de Franciscanismo (Rondinha);28 a 30 Reunião do Definitório Provincial (São Paulo);

noVembro

03 a 15 Tempo Forte do Definitório Geral;04 a 09 Missões Franciscanas (PVF/SAV) (Niterói);06 Encontro do Regional do Vale do Paraíba

(Recreativo);10 a 11 Encontro do Regional do Leste Catarinense -

Recreativo (Forquilhinha);12 e 13 Encontro do Regional de Pato Branco

(recreativo);13 a 16 Encontro Vocacional em Guaratinguetá;14 a 16 Encontro dos Irmãos Leigos;17 Encontro do Regional do Vale do Itajaí -

Recreativo (Gaspar);17 e 18 Encontro do Regional do Planalto Catarinense

e Alto Vale do Itajaí - Recreativo (Piratuba);20 a 23 Encontro Vocacional em Ituporanga;22 Ordenação Diaconal de Frei Sérgio Silas

Damasceno (Campo Largo, PR);

24 Encontro do Regional de Agudos - Recreativo;24 e 25 Reunião do Conselho do Secretariado da

Evangelização;24 a 28 Retiro no Eremitério (Rodeio);25 a 27 Reunião do Definitório Provincial (São Paulo);29 e 30 Ordenação Presbiteral e Primeira Missa de Frei

Paulijacson Pessoa de Moura (São Miguel - RN);

Dezembro

01 Encontro do Regional do Espírito Santo (Recreativo);

01 Encontro do Regional de Curitiba (Recreativo - Caiobá);

01 Encontro do Regional de São Paulo (Recreativo - Guarujá);

01 Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense - Recreativo;

01 e 02 Encontro do Regional do Contestado (recreativo);

07 Profissões Solenes (Petrópolis);08 Encontro do Regional da Baixada e Serra

Fluminense (Taquara);15 a 19 Tempo Forte do Definitório Geral;

2015

2016

Janeiro 22 a 25 Missões Franciscanas da Juventude

(Concórdia)março 09 Encontro do Regional São Paulo

(Vila Clementino - SP)09 a 21 1ª etapa do curso de formadores -

SERFE - CFMB (Petrópolis)maio 10 a 07 Capítulo Geral (Assis)Junho 29 a 11 2ª etapa do curso de formadores -

SERFE - CFMB (Petrópolis)Julho 16 a 19 II Encontro Nacional de Jovens da

CFMB22 a 26 Encontro SIFEM/JPIC (Bacabal -

MA)

Janeiro 18 a 26 Capítulo Provincial