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26 de Abril de 2015/17:30 COMUNIDADE DE DESENVOLVIMENTO DA ÁFRICA AUSTRAL PROJECTO DE PLANO ESTRATÉGICO INDICATIVO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL DE 2015-2020 Secretariado da SADC Abril de 2015

COMUNIDADE DE DESENVOLVIMENTO DA ÁFRICA AUSTRAL … · correspondentes que contribuiriam para a integração regional no período remanescente do RISDP. 4. Avaliação de Factores

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26 de Abril de 2015/17:30

COMUNIDADE DE DESENVOLVIMENTO DA ÁFRICA AUSTRAL

PROJECTO DE

PLANO ESTRATÉGICO INDICATIVO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL DE 2015-2020

Secretariado da SADC

Abril de 2015

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RISDP Revisto Quarta Versão

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Índice

Prefácio………………………………………………………………………………………………………………………………….. … 4

Agradecimentos……………………………………………………………………………………………………………………… 5

Acrónimos …………………………………………………………………………………………………………………………………. 6

Sumário Executivo……………………………………………………………………………………………………………………….. 7

CAPÍTULO 1: Enquadramento de Políticas e Institucional para o RISDP revisto para 2015-2020

1.1 Introdução ............................................................................................................................. 13

1.3 As principais Áreas de Cooperação e Integração Regionais do RISDP ................................ 15

1.4 Estrutura do RISDP Revisto .................................................................................................... 16

CAPÍTULO 2: Desenvolvimentos Socioeconómicos na Região da SADC, os contextos Continentais e

Mundiais ............................................................................................................................................... 17

2.1 Situação Política na SADC .................................................................................................... 17

2.2 Panorâmica dos Desenvolvimentos Económicos Recentes ................................................. 17

2.3 Panorâmica do Desenvolvimento Social e Humano .............................................................. 20

2.5 A Visão de 2050 para a SADC ................................................................................................ 23

CAPÍTULO 3: Análise sectorial das realizações do RISDP 2005-2013 .................................................. 25

3.1 Questões Transversais .............................................................................................................. 25

3.1.1 Erradicação da Pobreza ............................................................................................................ 25

3.1.2 Igualdade de Género e Desenvolvimento ............................................................................. 26

3.1.4 Sector Privado........................................................................................................................ 30

3.1.5 Estatística ............................................................................................................................... 31

3.2 Comércio, Liberalização Económica e Desenvolvimento .................................................... 32

3.2.1 Generalidades ....................................................................................................................... 32

3.4 Agricultura e Segurança Alimentar ........................................................................................ 51

CAPÍTULO 4: As Prioridades do RISDP para 2015-2020 ........................................................................ 66

4.1 Fundamento Lógico da Nova Definição de Prioridades ........................................................ 66

4.2 Cadeia de Resultados do RISDP Revisto ................................................................................ 68

4.3 Áreas de Intervenção Prioritárias .......................................................................................... 71

4.3.1 Questões Transversais........................................................................................................... 71

4.3.1.1 Redução da Pobreza ............................................................................................................. 71

4.3.1.2 Combate à Pandemia de VIH e SIDA ..................................................................................... 72

4.3.1.3 Igualdade de Género e Desenvolvimento ............................................................................. 73

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4.3.1.4 Ciência, Tecnologia e Inovação .............................................................................................. 75

4.3.1.5 Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável .................................................................. 76

4.3.1.6 Sector Privado........................................................................................................................ 77

4.3.1.7 Estatística ............................................................................................................................... 77

4.3.2 Desenvolvimento Industrial e Integração do Mercado ......................................................... 78

4.3.3 Infra-estruturas em Apoio à Integração Regional .................... Error! Bookmark not defined.

4.3.4 Cooperação nas Áreas de Paz e e Segurança .......................................................................... 82

4.3.5 Agricultura, Segurança Alimentar e Recursos Naturais .......................................................... 82

4.3.6 Desenvolvimento Social e Humano ....................................................................................... 84

4.4 Desenvolvimento da Visão de 2050 da SADC ........................................................................ 85

C A P Í T U L O 5: Mecanismos de Implementação e Coordenação ...................................................... 86

5.1 Princípios para a Implementação do RISDP .......................................................................... 86

5.2 Política e Supervisão da Implementação do RISDP ............................................................... 87

5.3 Desafios encontrados na implementação do RISDP ............................................................. 90

5.4 Estratégias de implementação das prioridades contidas no RISDP, 2015-2020 ................... 90

6.1 Generalidades ........................................................................................................................ 92

6.2 Destaques das principais Realizações.................................................................................... 92

6.3 Desafios enfrentados na Implementação do RISDP .............................................................. 95

6.4 Estratégias para a Mobilzação de Recursos para financiar o RISDP Revisto ......................... 96

7.1 Generalidades ........................................................................................................................ 97

7.2 Resumo do RISDP MEM ......................................................................................................... 97

7.3 Desafios na implementação do RISDP MEM durante 2005-2012 ......................................... 98

7.4 A Política da SADC relativa ao Desenvolvimento, Planificação, Monitorização e Avaliação da

Estratégia ............................................................................................................................... 99

7.5 Mecanismo de Monitorização e Avaliação para o RISDP revisto para 2015-2020................ 99

Anexo 1: Áreas de Intervenção, Metas e Realizações do RISDP

Anexo 2: Projecto de Quadro de Resultados: RISDP Revisto 2015-2020

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Prefácio

A ser inserido

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Agradecimentos

A ser inserido …

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Acrónimos

A ser inserido…

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Sumário Executivo

1. Antecedentes O Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional (RISDP) foi desenvolvido e aprovado pela Cimeira em 2003, para um período de 15 anos, mas foi efectivamente implementado a partir de 2005, dando assim um prazo de implementação de 2005-2020. Sendo o principal modelo para o programa de acção da SADC, o RISDP devia complementar a reestruturação das instituições da SADC que teve lugar em 2001 e devia providenciar uma orientação clara para as políticas e programas da SADC a longo prazo. O RISDP fundamenta-se nos pressupostos que a governação política, económica e empresarial é pré-requisito para o desenvolvimento socioeconómico, e que os objectivos da SADC de erradicação da pobreza e de níveis mais profundos de integração não serão concretizados se aqueles não estiverem estabelecidos. Desde a sua aprovação em 2003, o RISDP tem orientado a SADC e os respectivos parceiros na planificação da implementação da agenda de cooperação e integração. Foram efectuadas duas avaliações do RISDP em 2011 e 2012/13. Com base nas respectivas constatações e nas recomendações do Conselho em 2013, foi produzido um RISDP Revisto para o período remanescente do Plano.

2. Âmbito e Finalidade do RISDP Revisto

O RISDP Revisto oferece um quadro orientador para a última fase do RISDP, isto é, 2015-2020. O âmbito e a finalidade do RISDP permanecem inalteráveis em relação aos do documento original, com excepção que a ênfase foi colocada no realinhamento das prioridades existentes com a afectação dos recursos, em termos da sua importância relativa e maior impacto na integração regional. Define os resultados específicos e os prazos nas várias áreas de cooperação e integração a fim de facilitar a monitorização e avaliação. A finalidade do RISDP Revisto é aprofundar a integração regional na SADC e oferecer aos Estados Membros da SADC um programa consistente e abrangente de políticas económicas e sociais a médio prazo. Providencia também ao Secretariado e a outras instituições da SADC um cenário claro das políticas e prioridades da SADC aprovadas no âmbito social económico.

3. Metodologia

O RISDP Revisto foi produzido por um Grupo de Trabalho que integrou o Secretariado da SADC, todos os Estados Membros e outros intervenientes relevantes. Em preparação para este exercício, o Grupo de Trabalho examinou as recomendações da Avaliação Documental do Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional e o Relatório de Síntese da Revisão Intercalar a médio-prazo do Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional para 2005-2012. Outros instrumentos relevantes regionais, continentais e mundiais foram também consultados para que se tomem em conta parâmetros relevantes, a fim de se definirem novas prioridades e os resultados correspondentes que contribuiriam para a integração regional no período remanescente do RISDP.

4. Avaliação de Factores Contextuais Actuais

Uma avaliação da situação política e dos desenvolvimentos socioeconómicos mais importantes na SADC desde 2003 confirma, no contexto da implementação do Plano Estratégico Indicativo do Órgão de Cooperação nas áreas de Política, Defesa e Segurança (SIPO), que a situação política e de segurança no seio da Região, em geral, têm sido conducente ao processo de cooperação e integração regionais. A visão geral do desempenho macroeconómico indica que desde os princípios de 2000, a Região testemunhou um melhoramento no PIB real e na inflação, apesar da crise

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financeira mundial em 2009. Isto foi devido grandemente à sólida base macroeconómica estabelecida através da gestão macroeconómica sólida pelos Estados Membros nos anos que precederam a crise. Contudo, um passo crescente da implementação de reformas é necessário para melhorar o clima de negócios e o ambiente de competitividade da Região. Apesar de alguns melhoramentos constatados nos indicadores de desenvolvimento social e humano, verificam-se desafios constantes, em particular, a baixa participação no ensino secundário e terciário, a elevada prevalência de doenças transmissíveis e dos elevados níveis de desemprego. Estes desafios podiam dificultar a concretização das metas de ODM na Região em 2015 nas áreas de educação, saúde e emprego. Uma análise dos Pontos Fortes, Pontos Fracos, Oportunidades e Ameaças da SADC é também efectuada depois de se examinar o contexto da integração continental e as perspectivas da transformação acelerada de África em conformidade com a Agenda 2063 da União Africana bem como a proposta para uma Visão da SADC de 2050.

5. Destaques da implementação sectorial do RISDP para 2005-2013

Uma ideia geral da implementação do RISDP no período de 2005-2012/13 para todas as áreas de intervenção, especialmente as realizações alcançadas e os desafios encontrados, revela que a implementação do RISDP tem progredido bem, apesar dos muitos desafios enfrentados, e que a função da SADC como facilitadora de desenvolvimento na Região tem tido resultados positivos a muitos níveis e numa larga gama de áreas relacionadas com a cooperação e a integração regionais. Além de providenciar orientação para a formulação de prioridades revistas para 2015-2020, esta visão geral concluiu que um estudo específico teria de ser efectuado para confirmar o nível de impacto, e os benefícios acumulados, como resultado das intervenções com base no RISDP.

6. Elementos Principais das Prioridades, das Áreas de Intervenção e Estratégias Revistas

As prioridades da SADC no domínio da cooperação e integração regionais, racionalizadas pelo Conselho em Lusaka, Zâmbia, em 2007, são: Liberalização do Comércio/Económica e Desenvolvimento; Infra-estruturas em apoio da integração regional; Cooperação em Paz e Segurança e Programas Especiais de dimensão regional. Tendo em conta as lições tiradas da implementação do RISDP e os desenvolvimentos que ocorreram, estas prioridades mantêm-se relevantes e foram reorganizadas no projecto de RISDP Revisto de 2015-2020, do modo seguinte: Prioridade A – Desenvolvimento Industrial e Integração do Mercado; Prioridade B – Infra-estruturas em apoio da integração regional; Prioridade C – Cooperação nas áreas de Paz e Segurança; e Prioridade D – Programas Especiais de dimensão regional no âmbito de Educação e Desenvolvimento de Recursos Humanos, Saúde, VIH e SIDA e outras doenças de importância na saúde pública, Emprego e Trabalho, Segurança Alimentar e Recursos Naturais Transfronteiriços, Meio-ambiente, Estatística, Sector Privado, Igualdade de Género, e Ciências, Tecnologia e Inovação e Investigação e Desenvolvimento.

As inter-relações entre as quatro Prioridades são ilustradas através de uma cadeia de resultados, reflectindo as relações causais entre os insumos, as actividades, os resultados, os resultados tangíveis e o impacto. No Capítulo 4 os resultados específicos seleccionados e os respectivos prazos são apresentados e mais desenvolvidos num quadro de resultados no Anexo 2. As áreas de intervenção prioritárias, as suas metas, as áreas de foco e as estratégias são resumidas brevemente nos parágrafos seguintes. A meta geral das áreas de intervenção permanecem mais ou menos as mesmas como descrito no RISDP original. As alterações pertinentes aplicam-se às suas áreas de intervenção e estratégias principais.

A meta geral de Redução da Pobreza, como uma questão transversal primária, é contribuir para o objectivo supremo da erradicação da pobreza. Espera-se que as áreas de intervenção para a redução da pobreza, tais como, a análise das tendências do desenvolvimento e o seu impacto na pobreza e as

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estratégias, tais como, a harmonização dos indicadores da pobreza serão também incluídas em todas as áreas de intervenção prioritárias.

Relativamente à área de intervenção de combate ao VIH e SIDA, a meta geral continua a ser diminuir o número de indivíduos infectados com VIH e SIDA e de famílias afectadas pela epidemia na região da SADC, de modo a que VIH e SIDA deixe de ser uma ameaça à saúde pública e ao desenvolvimento socioeconómico dos Estados Membros. As áreas de intervenção, de acordo com a Declaração de Maseru sobre VIH e SIDA, são: a prevenção da infecção por VIH, o tratamento das infecções por VIH, a inclusão da problemática de VIH, o financiamento sustentável no combate à epidemia e a monitorização e avaliação. Umas das principais estratégias é o reforço de capacidades para a programação, planificação e gestão efectiva das respostas integradas ao VIH e SIDA.

A meta geral da área de intervenção de Igualdade de Género e Desenvolvimento é facilitar a concretização do empoderamento da Mulher e a igualdade de género, e a promoção do desenvolvimento sensível ao género e centrado no ser humano e o alívio da pobreza para a inclusão e justiça social. As principais áreas de intervenção incluem o desenvolvimento de políticas e a harmonização dos enquadramentos nacionais e regionais, o empoderamento económico da mulher, e o combate à violência com base em género. As estratégias incluem a transposição contínua para o direito nacional e a implementação de políticas-quadro regionais e internacionais, tais como o Protocolo da SADC sobre Género e Desenvolvimento e a Política de Género da SADC, e o desenvolvimento de um programa regional multidimensional sobre o empoderamento económico da Mulher. A área de intervenção de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) tem como meta a criação de um ambiente conducente a utilizar a CTI como uma ferramenta para superar os desafios socioeconómicos no rumo para o desenvolvimento sustentável na Região. As áreas de intervenção incluem a promoção de investimento através de Parcerias Público-Privadas (PPP) em Infra-estruturas de CTI e de Investigação e Desenvolvimento, e a promoção da Mulher e participação da Juventude em ciência, engenharia e tecnologia e o desenvolvimento e reforço das capacidades de CTI regionais. As estratégias para a concretização destas e de outras áreas de intervenção são o estabelecimento de programas colaborativos regionais de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (R&DI) nas áreas prioritárias, e o estabelecimento e reforço de centros de excelência regionais e de redes nas áreas prioritárias de CTI.

A área de intervenção de Meio Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável tem como objectivo geral assegurar o aproveitamento equitativo e sustentável dos recursos ambientais, para benefício das gerações presentes e futuras. Este objectivo será concretizado através de implementação do Protocolo sobre Ambiente para o Desenvolvimento Sustentável. As principais áreas de intervenção incluem, entre outras coisas: a transposição de quadros jurídicos e regulamentares e Acordos Multilaterais Ambientais (AMA); a integração do ambiente; a realização de avaliações ambientais; e a promoção de parcerias. Estas acções serão concretizadas através de desenvolvimento, coordenação e implementação de estratégias, políticas e programas nas áreas prioritárias, tais como alterações climáticas, economia azul, economia verde, gestão de resíduos, gestão de biodiversidade e ecossistemas, controlo de diversificação e gestão sustentável de terras.

O RISDP Revisto considera o como um meio de garantir o uso equitativo e sustentável do ambiente e dos recursos naturais para o benefício das gerações presentes e futuras. Como uma área de intervenção transversal, o Meio-Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável também apoiarão as estratégias globais sobre a Economia Verde e Azul.

Relativamente à área de intervenção que trata do Sector Privado, o objectivo geral é melhorar o ambiente de “fazer negócios” na Região e garantir os mecanismos políticos e institucionais efectivos para o Diálogo Público-Privado. O foco será nos quadros de orientação política e institucional para o

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envolvimento do sector privado e competitividade e os Levantamentos das Condições para a Actividade Empresarial. As estratégias relevantes incluem o desenvolvimento de uma Política-Quadro da SADC para o Diálogo Público-Privado (PPD) e de um mecanismo institucional para o envolvimento do sector privado. A meta geral na área de intervenção de Estatística é facilitar a compilação e a divulgação de dados estatísticos desagregados de qualidade e de dimensão regional. Isto deve ser alcançado através de programas de reforço de capacidades e de formação, da harmonização de estatísticas e do uso de tecnologia moderna e o avanço através da implementação da Estratégia Regional para o Desenvolvimento de Estatísticas. As principais estratégias incluirão o estabelecimento de mecanismos e ferramentas efectivos para a recolha de dados e a compilação de estatísticas regionais e o desenvolvimento e implementação de um Protocolo sobre Estatística para coordenação das estatísticas regionais. A meta geral da área de intervenção em Desenvolvimento Industrial e Integração do Mercado é facilitar o desenvolvimento industrial competitivo e diversificado, a liberalização e integração do comércio e financeira, a estabilidade e a convergência macroeconómicas, e o investimento crescente para uma integração regional mais profunda e a erradicação da pobreza. A fim de alcançar este objectivo, o foco será no reforço do desenvolvimento industrial, nas cadeias de valor regionais (cooperação industrial) e de agregação de valor, na consolidação da Zona de Comércio Livre da SADC (ZCL), no reforço da ZCL Tripartida (ZCLT), e melhorando a integração e cooperação no âmbito do Mercado financeiro e os investimentos regionais. As estratégias principais incluem o desenvolvimento e a implementação de cadeias de valor e a promoção de agregação de valor em sectores prioritários específicos incluindo o desenvolvimento e a implementação da Política Agrícola Regional (RAP), e implementação da Matriz do Plano de Acção da SADC sobre a Consolidação da ZCL da SADC e a conclusão e implementação da ZCLT. As Infra-estruturas em Apoio à Integração Regional têm como objectivo geral a concretização de redes e serviços de Infra-estruturas eficientes, contínuas, integradas e com eficácia de custos que permitirão o desenvolvimento económico, a integração regional e o alívio da pobreza. As principais áreas de intervenção incluem o desenvolvimento, construção, manutenção e reabilitação de redes de Infra-estruturas regionais através da implementação do Plano de Acção a Curto Prazo do Plano Director de Desenvolvimento de Infra-estruturas Regionais (RISDMP), e o estabelecimento de instituições e enquadramentos regionais em áreas tais como as bacias hidrográficas, os corredores de transportes, as associações energéticas, as áreas de turismo transfronteiriço, meteorologia, e organização regional de fiscalização regulamentar; e a preparação de projectos para garantir a disponibilidade de projectos bancáveis. As estratégias incluem a implementação do Plano de Acção a Curto Prazo do RIDMP para 2012-2017 e a promoção e o reforço de PPP para o desenvolvimento, financiamento e operações de infraestruturas. O futuro acordo prevê que o RISDP e o SIPO culminarão numa única estratégia que providenciará uma abordagem holística para questões de desenvolvimento económico sustentável e paz e segurança na região da SADC. Em vista disto, os objectivos específicos, bem como os resultados específicos para a Cooperação nas áreas de Paz e Segurança não estão incluídos no presente documento visto que já apareceram no SIPO Revisto (2010). A meta geral na área de intervenção de Agricultura, Segurança Alimentar e Recursos Naturais é desenvolver, promover, coordenar e facilitar a harmonização de políticas e programas que visam aumentar a produção e a produtividade agrícola e de recursos naturais, de modo a garantir a segurança alimentar e o desenvolvimento económico sustentável na Região. As áreas de intervenção incluem a produção, produtividade e competitividade dos produtos agrícolas (culturas, pecuária,

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pesca, actividades florestais e fauna bravia) numa base sustentável, a segurança alimentar e nutricional, a gestão sustentável de recursos naturais, e a conservação e utilização dos recursos fitogenéticos e genéticos animais. As estratégias principais incluem o desenvolvimento e a implementação do Investimento na RAP, a transposição para o direito nacional dos Protocolos sobre Actividades Florestais, Pesca e Fauna Bravia e Aplicação da Lei, e o reforço das capacidades regionais e nacionais em conservação e utilização dos recursos fitogenéticos. Relativamente à área de intervenção de Desenvolvimento Social e Humano, a meta geral é reforçar as capacidades humanas, a sua utilização e a redução da vulnerabilidade, a erradicação da pobreza humana e alcançar o bem-estar os cidadãos da SADC. Isto deve ser alcançado através do estabelecimento de Centros de Especialização e Centros de Excelência, do desenvolvimento e implementação do Quadro Regional de Qualificações, da implementação do Protocolo sobre Emprego e Trabalho, prevenção e combate a doenças de importância em saúde pública, coordenação da aquisição conjunta e da produção regional de medicamentos essenciais, e do desenvolvimento e implementação de estratégias regionais de empoderamento da juventude. 7. Quadro Institucional para a implementação

O quadro institucional que foi estabelecido para a implementação efectiva do RISDP é confirmado. Ao nível político, o Conselho de Ministros, através do agora defunto Comité Integrado de Ministros (substituído pelos Comités Ministeriais Sectoriais e de Clusters) devia providenciar a orientação política e a supervisão da implementação. Ao nível operacional, a gestão e coordenação do RISDP devia ficar sob a responsabilidade do Secretariado. A implementação de programas relevantes devia envolver algumas das estruturas seguintes: os Estados Membros participantes, as Comissões Nacionais da SADC, o Secretariado, os Comités Técnicos e os Subcomités e Comités Directivos de Programas. Os desafios mais importantes que foram encontrados na implementação do RISDP com base nos acordos iniciais estão postos em destaque. São também propostas as estratégias para o melhoramento da implementação do IRSDP Revisto, segundo as quais o fulcro será o reforço institucional através da coordenação, da clarificação de funções, capacitação e gestão melhorada de recursos.

8. Financiamento do RISDP Revisto São apresentadas as fontes estratégicas de financiamento que foram criadas para a implementação do RISDP, nomeadamente as contribuições estatutárias dos Estados Membros, a Ajuda Oficial ao Desenvolvimento (ODA), a atracção de mais investimento directo, local e estrangeiro, e as Parcerias Público-Privadas (PPP). A fim de se fazer uso das iniciativas existentes e de se estabelecerem abordagens inovadoras para a mobilização de recursos, são propostas várias estratégias. Estas são; operacionalização de Mecanismos Combinados, institucionalização de mecanismos de autofinanciamento, promoção de Parceiros de Desenvolvimento não-tradicionais, tais como BRICS no contexto da Cooperação Sul-Sul, promoção do uso de PPP no desenvolvimento e financiamento de infraestruturas, e as políticas e os instrumentos de institucionalização e operacionalização que minimizam o problema de alto nível de fugas de capital, incluindo fluxos financeiros ilícitos para fora da Região. 9. Monitorização e Avaliação O Sistema de monitorização e avaliação do RISDP Revisto foi desenhado de acordo com a Política da SADC sobre o Desenvolvimento, Planificação, Monitorização e Avaliação que foi aprovada pelo Conselho em Março de 2012. Aos níveis político e de orientação política, a Cimeira, o Conselho de Ministros e os Ministros Sectoriais de Clusters exercerão a supervisão continua usando relatórios dos progressos alcançados do Secretariado. Ao nível técnico, o Secretariado coordenará e monitorizará a

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implementação através de um Sistema integrado de monitorização; e as Comissões Nacionais da SADC coordenarão e monitorizarão a implementação ao nível nacional com informação de retorno contínua. Os relatórios de balanço das actividades, preparados pelo Secretariado, serão compartilhados com os intervenientes e os parceiros de implementação de modo a promover a transparência e a prestação de contas. Prevê-se que a Cimeira, o Conselho, o Secretariado, as Comissões Nacionais da SADC e os principais intervenientes se envolvam em avaliações periódicas. Até 2019 será efectuada uma avaliação documental interna para informar a condução da avaliação independente final e aprofundada do RISDP em 2020.

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CAPÍTULO 1: Política-Quadro para o RISDP revisto para 2015-2020

1.1 Introdução O RISDP foi desenvolvido e aprovado pela Cimeira da SADC em Arusha, República Unida da Tanzânia, em 2003, como o modelo principal para a implementação do Programa de Acção da SADC após a revisão das actividades e das instituições da SADC que teve lugar em 2001. Com base nas prioridades estratégicas da SADC e da sua Agenda Comum, o RISDP alinha os objectivos e as prioridades estratégicos com as políticas e as estratégias a serem implementadas para a concretização desses objectivos num período de quinze anos. É desenhado para providenciar a orientação estratégica relativa (à implementação dos) aos programas, projectos e actividades da SADC.1

O RISDP é indicativo e oferece um esboço das condições necessárias que têm de ser implantadas para a concretização dos objectivos gerais de integração e desenvolvimento regionais da SADC. Estabelece as metas, estratégias e um sistema de monitorização do progresso e das realizações alcançados.

Desde a sua aprovação em 2003, o RISDP tem orientado os Estados Membros, o Secretariado, os principais intervenientes regionais e os parceiros internacionais de cooperação no desenvolvimento na planificação da implementação da agenda de cooperação e integração.

O Secretariado da SADC efectuou uma Avaliação Documental do Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional que cobre o período de 2005-2010. Foi ainda realizada uma Revisão Intercalar Independente do Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional que cobre o período de 2005-2012. As duas avaliações oferecem a base para uma análise circunstancial para a revisão do RISDP.

A Revisão Intercalar do RISDP constatou que embora algumas metas importantes tenham sido concretizadas com sucesso nos primeiros 10 anos da implementação do RISDP, noutras áreas encontraram-se desafios e dificuldades e, como resultado, algumas das metas originais não foram concretizadas dentro dos prazos acordados.

Em seguimento dos resultados e recomendações das avaliações mencionadas acima, o Conselho de Ministros, na sua reunião realizada em Lilongwe, Malawi, em Agosto de 2013, estabeleceu um Grupo de Trabalho que apresentaria um RISDP Revisto. O papel do Grupo de Trabalho foi liderar, facilitar e coordenar um processo que culminasse com a produção do RISDP Revisto Final (2015-2020) a ser apresentado ao Conselho para orientação adicional na sua reunião de Agosto de 2014.

O RISDP Revisto-2015-2020 tem como finalidade providenciar novas metas e prazos e, sempre que necessário, introduzir novas estratégias em vista dos novos desenvolvimentos na Região, e nas esferas continental e mundial.

O RISDP Revisto para 2015-2020 tem como base a orientação estratégica consagrada no RISDP que sublinha a necessidade de aprofundamento da integração regional através da prossecução e concretização das principais metas, incluindo a Zona de Comércio Livre, a União Aduaneira, o Mercado Comum, a União Monetária, Moeda Única e União Económica. A concretização destas metas permanece relevante para a agenda de integração económica da SADC a longo prazo e pode exigir a redefinição de prazos. Os prazos serão informados por trabalho adicional e a revisão do progresso alcançado na consolidação da ZCL da SADC.

1 SADC, 2003, Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional, p.6.

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1.2. Visão, Missão e Agenda Comum da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral

O RISDP tem como pressuposto a concretização da visão da SADC “de um futuro comum, um futuro numa comunidade regional que garantirá o bem-estar económico, o melhoramento do nível de vida e da qualidade de vida, a liberdade e a justiça social e a paz e a segurança dos povos da África Austral. Esta visão compartilhada está ancorada nos valores e princípios comuns e nas afinidades históricas e culturais que existem entre os povos da África Austral”.2

O RISDP é também apoiado pela missão da SADC que é “Promover o crescimento económico sustentável e equitativo e o desenvolvimento socioeconómico através de sistemas produtivos eficientes, da cooperação e integração mais profundas, da boa governação e da paz e segurança duradouras, de modo a que a Região surja como um actor competitivo e efectivo nas relações internacionais e na economia mundial ".3

Na concretização desta missão, o RISDP continua a ser orientado pelos princípios seguintes que são preconizados no Artigo 4º do Tratado da SADC:

a) Igualdade soberana de todos os Estados Membros; b) Solidariedade, Paz e Segurança; c) Direitos Humanos, Democracia e o Estado de Direito; d) Resolução Pacífica de litígios.

O Artigo 5º do Tratado da SADC define os objectivos da SADC como sendo:

i) Promover o desenvolvimento sustentável e equitativo, o crescimento económico e o desenvolvimento socioeconómico, melhorar o padrão e a qualidade de vida dos povos da África Austral e apoiar os mais desfavorecidos socialmente através da integração regional;

ii) Promover os valores políticos, sistemas e outros valores compartilhados através de instituições democráticas, legítimas e eficazes;

iii) Consolidar, defender e manter a democracia, a paz, segurança e estabilidade iv) Promover o desenvolvimento autossustentável com base na autossuficiência colectiva e na

interdependência dos Estados Membros; v) Alcançar a complementaridade entre as estratégias e os programas nacionais e regionais; vi) Promover e maximizar o emprego produtivo e a utilização sustentável dos recursos da

Região; vii) Alcançar a utilização sustentável dos recursos naturais e a protecção efectiva do ambiente; viii) Reforçar e consolidar as afinidades históricas, sociais e culturais de longa dada e os elos de

ligação entre os povos da Região; ix) Combater o VIH e SIDA e outras doenças fatais ou transmissíveis; x) Garantir que a erradicação da pobreza seja abordada em todas as actividades e programas

da SADC; xi) Integrar a perspetiva de género no processo de construção da comunidade.

O RISDP oferece um esboço das estratégias da SADC derivadas do Tratado. Estas estratégias são:

i) Harmonizar os princípios políticos e as políticas e os planos socioeconómicos dos Estados Membros

ii) Encorajar os povos da Região e as suas instituições a tomarem a iniciativa para desenvolverem os elos económicos, sociais e culturais em toda a Região e a participarem plenamente na implementação dos programas e projectos da SADC.

2 SADC, 2003, Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional

3 SADC, 2003, Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional, RISDP

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RISDP Revisto Quarta Versão

15

iii) Criar instituições e mecanismos apropriados para a mobilização dos recursos necessários à implementação de programas e operações da SADC e das suas instituições.

iv) Desenvolver políticas que visem a eliminação progressiva de obstáculos à livre circulação de capital e mão-de-obra, bens e serviços, dos cidadãos da Região, em geral, entre os Estados Membros;

v) Promover o desenvolvimento de recursos humanos; vi) Promover o desenvolvimento, a transferência e as competências em tecnologia; vii) Melhorar a gestão e o desempenho económicos através da cooperação regional viii) Promover a coordenação e a harmonização das relações internacionais dos Estados

Membros ix) Garantir a compreensão, cooperação e apoio internacionais e mobilizar o influxo de recursos

públicos e privados para a Região x) Desenvolver quaisquer outras actividades que possam ser decididas pelos Estados

Membros.4

1.3 As principais Áreas de Cooperação e Integração Regionais do RISDP O RISDP identificou as seguintes áreas prioritárias de cooperação e integração regionais:

Liberalização do Comércio e da Economia

Desenvolvimento de Infra-estruturas e Serviços Regionais para a Integração Regional

Segurança Alimentar Sustentável

Desenvolvimento Social e Humano

Questões Transversais, incluindo Género e Desenvolvimento, VIH e SIDA, Ciências e Tecnologia, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Sector Privado e Estatísticas.

Em 2007, em resultado da compreensão que as prioridades do RISDP estavam acima das capacidades dos Estados Membros para financiarem os programas de cooperação e integração regionais, com um aumento do Orçamento do Secretariado da SADC, o Conselho aprovou um exercício para a redefinição das prioridades dos programas da SADC. A revisão resultou na adopção de um quadro para a redistribuição de recursos a fim de se cumprir a decisão da Cimeira sobre a revisão das actividades e instituições da SADC com o fim de melhorar a eficiência e aumentar a eficácia. As prioridades revistas e as dotações dos recursos são indicadas abaixo:

i) Liberalização do Comércio/Económica e desenvolvimento ii) Infra-estruturas em apoio à integração regional, conjuntamente com i) 50% iii) Cooperação nas áreas de Paz e Segurança (como um pré-requisito para a concretização da

Agenda de Integração Regional) – 15% iv) Programas Especiais de dimensão regional no âmbito de Educação e Desenvolvimento de

Recursos Humanos, Saúde, VIH e SIDA e outras Doenças Transmissíveis, Segurança Alimentar e Recursos Naturais Transfronteiriços, Estatística, Género e Desenvolvimento, Ciências, Tecnologia e Inovação e Investigação e Desenvolvimento.5 – 35%

O RISDP Revisto oferece um quadro orientador para a implementação da agenda de integração da SADC e dos programas na última fase do RISDP, isto é, 2015-20206. É um produto de avaliação

4 SADC, 2003, Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional

5 SADC, 2007. Acta da Reunião do Conselho de Ministros da SADC realizada em Lusaka, Zâmbia, 14-15 de Agosto de 2007.

Ponto 7.3.6 . 6 O RISDP foi aprovado em 2003 por um período de 15 anos, mas foi implementado efectivamente a partir de 2005,

resultando assim num prazo de implementação de 2005-2020.

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RISDP Revisto Quarta Versão

16

interactiva e colectiva e dos processos consultivos envolvendo os principais intervenientes dos Estados Membros, incluindo a sociedade civil, o sector privado, as instituições de investigação e os parceiros de cooperação internacionais.

1.4 Estrutura do RISDP Revisto O Capítulo 1 apresenta o enquadramento da SADC para a integração, incluindo a sua visão e missão. Indica as mudanças mais relevantes que ocorreram desde a adopção do RISDP. O contexto histórico da sua formação e evolução ao longo do tempo podem ser encontrados no RISDP original. O Capítulo 2 oferece um esboço da situação política, dos desenvolvimentos socioeconómicos mais

importantes na SADC desde 2003 e da integração e as perspectivas continentais para a

transformação acelerada de África. O capítulo conclui apresentando uma análise dos Pontos Fortes,

Pontos Fracos, Oportunidades e Ameaças da SADC.

O Capítulo 3 apresenta os pontos de destaque das principais realizações na implementação do RISDP

e os desafios encontrados, com base nas constatações dos Relatórios da Avaliação Documental e da

Revisão Intercalar Independente.

O Capítulo 4 descreve as prioridades alargadas para 2015-2020 com base nos pilares de integração e

a abordagem para a concretização de resultados específicos de acordo com estas prioridades. A

modalidade para operacionalizar a iniciativa para a Visão da SADC para 2050 está também esboçada.

O Capítulo 5 define as funções e responsabilidades de todos os intervenientes para a implementação

efectiva de prioridades identificadas para o período remanescente do RISDP.

O Capítulo 6 põe em destaque as estratégias para o financiamento sustentável do RISDP Revisto com

base nas lições retiradas dos mecanismos que foram estabelecidos para a implementação do RISDP.

O Capítulo 7 coloca a ênfase na importância da monitorização e avaliação para a concretização de

resultados específicos de acordo com a Política da SADC relativa ao Desenvolvimento, Planificação,

Monitorização e Avaliação de Estratégias.

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RISDP Revisto Quarta Versão

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CAPÍTULO 2: Desenvolvimentos Socioeconómicos na Região da SADC, os contextos Continentais e Mundiais

2.1 Situação Política na SADC

A situação política regional, como descrita no Plano Estratégico Indicativo Revisto do Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança (SIPO 2010), é caracterizada pela aceitação do pluralismo político. Os Estados Membros da SADC realizam eleições democráticas regulares e efectuam consultas com o objectivo de reforçarem e aprofundarem a cultura democrática. A boa cooperação política tem dado lugar à paz e criado um ambiente conducente ao desenvolvimento socioeconómico.

Como resultado, a paz prevalecente e o aprofundamento das práticas democráticas têm contribuído para o aparecimento e crescimento de organizações da sociedade civil (CSO). Várias CSO estão envolvidas em diferentes iniciativas de desenvolvimento que têm um impacto directo na vida das populações.

Como reconhecido no SIPO original (2003), este é um instrumento que permite a implementação da agenda de desenvolvimento da SADC consagrada no Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional. O objectivo central do SIPO é criar um ambiente político e de segurança pacífico e estável através do qual a região se esforçará por concretizar os seus objectivos socioeconómicos. O SIPO e o RISDP são distintos, contudo complementares. Assim, é imperativo que no processo de implementação se preste atenção especial à optimização das suas sinergias e à racionalização das questões transversais.

Desde a aprovação do RISDP em 2003 até à data, a SADC tem continuado a ser instrumental na materialização da consolidação dos valores e das instituições democráticos, da paz e segurança na Região. A comunidade tem também beneficiado da ausência relativa de grandes conflitos entre os estados. Por outras palavras, a situação política e de segurança no seio região tem sido, em geral, favorável ao processo de cooperação e integração regionais na região da SADC.

Contudo, apesar dos desenvolvimentos positivos acima, a Região ainda tem pela frente vários desafios de natureza política, que incluem:

Conflitos entre os estados e no seio deles;

Consolidação da democracia e da boa governação; e

Refugiados, trabalhadores irregulares, migrantes ilegais e pessoas deslocadas internamente.

2.2 Panorâmica dos Desenvolvimentos Económicos Recentes O período imediatamente a seguir à aprovação do RISDP foi palco de um desempenho económico encorajador na Região. O PIB real registou um crescimento em média de 5,9 por cento entre 2005 e 2007. A inflação abrandou para uma média de 9 por cento durante o mesmo período. Este desempenho foi apoiado por um sólido desempenho económico mundial, incluindo elevados preços das matérias-primas. Verificou-se uma melhor gestão macroeconómica pelos Estados Membros, apoiados pelo cancelamento da dívida insustentável de alguns Estados Membros através da Iniciativa dos Países Pobres Altamente Endividados (HIPC). O início de 2008 constituiu um período difícil para as economias da SADC visto que o impacto da crise económica mundial, com a queda dos volumes do comércio internacional, levou à redução dos

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RISDP Revisto Quarta Versão

18

0.0

2.0

4.0

6.0

8.0

10.0

12.0

14.0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

GDP Inflation

volumes de exportações, ao declínio dos fluxos financeiros transfronteiriços e do investimento directo estrangeiro na Região. As economias da SADC registaram uma gama de desenvolvimentos económicos adversos, incluindo receitas das exportações reduzidas, nomeadamente nos países dependentes de exportações de produtos minerais (Angola, Botswana, RDC, Moçambique, Namíbia e Zâmbia), défices da conta corrente mais alargados, abrandamento no crescimento, e posições fiscais deterioradas e fluxos de ajuda por doadores reduzidos. Contudo, a Região enfrentou a crise financeira mundial em 2009 devido, grandemente, à base macroeconómica sólida estabelecida através de uma gestão macroeconómica e disciplina fiscal sólidas pelos Estados Membros nos anos precedentes à crise. O desempenho de todos os Estados Membros (com excepção do Malawi, Zimbabwe e RDC) foi boa, em relação às metas do saldo orçamental e da dívida pública de 3 e 60% do PIB, respectivamente. Contudo, o PIB real para a Região abrandou (Figura 1), mas permaneceu positivo, com uma média de 2.5% em 2009. A inflação também continuou a ser um problema devido à pressão crescente dos aumentos dos preços dos produtos alimentares e do petróleo. Só cinco Estados Membros alcançaram uma inflação de dígito único enquanto a média da inflação para a Região foi de 12,4% em 2009. Figura 1: SADC – Desenvolvimentos registados no PIB Real e na Inflação

Fontes: Bancos Centrais da SADC; Subcomité Macroeconómico da SADC; e Previsão da Economia Mundial do FMI, Abril de 2014

O crescimento do PIB real para a Região foi bastante limitado, abrandando de uma média de 5% entre 2010 e 2012 para 4,8% em 2013, devido em grande parte à lenta recuperação da economia mundial. Contudo, as taxas de crescimento do PIB real da RDC (8,5%), Moçambique (7,1%) e Tanzânia (7,0%) em 2013 foram superiores à meta regional da SADC em 2013. Isto foi atribuído em grande ao melhoramento da produção nos sectores das indústrias extractivas, agrícola, transportes e comunicações. A maioria dos Estados Membros da SADC (com excepção de Moçambique, Namíbia, Seychelles, África do Sul, Zâmbia e Zimbabwe) também reduziu os défices orçamentais e a dívida pública para níveis sustentáveis e atingiu a meta regional da SADC de 3% do PIB. A média do défice orçamental foi de 1% do PIB em 2013 em comparação com 0,7% em 2012. O nível global da dívida pública para a Região como um rácio do PIB foi de 41,9% em 2013, em comparação com 40,8% em 2012 e esteve aquém da meta de 60% em todos os Estados Membros com excepção das Seychelles e do

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RISDP Revisto Quarta Versão

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Zimbabwe. O crescimento da despesa refere-se ao financiamento do desenvolvimento de Infra-estruturas nos países entre parêntesis face ao lento crescimento na cobrança de receitas. Com base nas Previsões e Projecções disponíveis (Subcomité Macroeconómico da SADC e Previsão Económica do FMI, Abril de 2014) o crescimento económico na Região está projectado para aumentar em média 5.2% em 2014 e em média de 5% entre 2015 e 2018. Prevê-se que todos os Estados Membros registem um crescimento económico positivo com a RDC e Moçambique a registarem as taxas de crescimento mais elevadas impulsionadas pelo aumento da produção nos sectores das minas e do gás devido a novas descobertas de minérios e petróleo. A inflação deve posicionar-se em média em 5,6 % em 2014 e abrandar ainda mais para 4,8% em 2018 visto que a inflação ao nível mundial está projectada em permanecer estável a 3,8% em 2014 em resultado dos preços de produtos primários estáveis e de crescimento mundial moderado. Contudo, as perspectivas acima só se manterão se as políticas permanecerem concentradas em garantir uma gestão macroeconómica sólida. A mobilização fiscal deve ser considerada uma prioridade para resolver os saldos internos e superar as necessidades sociais e de investimento. É também crucial que se dê prioridade às despesas de capital e sociais. O crescimento sustentável e inclusivo deve ser promovido através do investimento no capital físico e humano; no aprofundamento dos sectores financeiros; na promoção da agricultura e encorajando a diversificação económica. Isto melhoraria os padrões de vida e a partilha de benefícios do aumento de prosperidade mais equitativamente entre os grupos sociais e entre os Estados Membros da SADC. Uma análise completa do desenvolvimento inclusivo significa ir para além dos indicadores de rendimentos para incluir as dimensões não-monetárias e os efeitos no bem-estar bem como a avaliação do impacto das políticas nos diferentes grupos sociais. A aceleração do passo da implementação das reformas é ainda necessária para melhorar o clima de

negócios e o ambiente de competitividade da Região. A manutenção de políticas macroeconómicas

sólidas constitui uma importante pré-condição para o crescimento e desenvolvimento inclusivos

sustentados, para a criação de emprego e para o alívio da pobreza. O RISDP Revisto reitera a

necessidade da SADC assumir de novo o compromisso para com a convergência macroeconómica

direcionada ao crescimento e desenvolvimento inclusivos, conjuntamente com um foco sustentado

em:

Políticas estruturais e outras políticas apropriadas para superar o desemprego e a pobreza

melhorando a eficiência do mercado de trabalho;

Reforma pró-concorrencial nos mercados de produtos;

Políticas nas áreas de Ciências, Tecnologia e Inovação que promovam os objectivos de

melhoramento da produtividade e da competitividade e do crescimento;

Desenvolvimento do sector privado e do empreendedorismo que cria novas ideias e

produtos;

Mercados financeiros e de capital inclusivos que aumentem os desafios para as pequenas

empresas; e

Políticas conducentes de educação e saúde.

Relativamente ao sector de fabrico e industrial, os melhoramentos e a modernização podem ser

promovidos desenvolvendo cadeias de valor regionais e aumentando a capacidade produtiva e a

capacidade do lado da oferta regionais, incluindo o apoio às pequenas e médias empresas para

facilitar o acesso ao financiamento e a outros factores de produção primários. A política estatal deve

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RISDP Revisto Quarta Versão

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garantir que o sistema educacional (incluindo a formação vocacional e em exercício) oferece as

competências de acordo com a procura para a força laboral de modo a apoiar a transição para

actividades e serviços industriais com uma maior produtividade. O custo de fazer negócios deve ser

competitivo e em apoio ao ambiente favorável empresarial/de negócios.

No sector de infraestruturas, uma infraestrutura bem desenhada e bem regulada e de acesso aberto, seja de transporte, energia ou ITC apoiaria o crescimento e o desenvolvimento inclusivos. A população pobre tiraria os maiores benefícios do acesso a Infra-estruturas públicas na forma de transportes, água potável, saneamento, abastecimento de electricidade, educação e cuidados de saúde. De modo idêntico o acesso a comunicações móveis e a internet de banda larga também se tornou fundamental como um meio para a população em desvantagem ficar mais integrada na sociedade e na economia.

2.3 Panorâmica do Desenvolvimento Social e Humano

Os estudos realizados sobre o desenvolvimento social e humano na SADC confirmam que a situação de pobreza na Região não melhorou na última década (Instituto de Análise e Investigação Política da Zâmbia - Zâmbia Institute for Policy Analysis and Research, 2012; e Chipika e Malaba, 2013). A previsão demográfica reflecte um crescimento demográfico constante com uma população de 212 milhões de habitantes em 2001 tendo aumentado para 284 milhões em 2012. Cerca de três quartos da população são crianças e jovens com idades inferiores a 35 anos. A esperança de vida à nascença tem melhorado, com a maioria dos cidadãos a terem uma expectativa de vida de 50 anos e superior em comparação com 2003 quando metade dos cidadãos dos Estados Membros tinha uma esperança de vida inferior a 50 anos. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que inclui a esperança de vida à nascença, combinada com as taxas brutas de matrículas em todos os níveis do ensino, alfabetização de adultos, e rendimentos reais per capita, continua a variar e flutuar entre os Estados Membros, como reflectido na Figura 2 ilustrando o IDH na SADC em 2002 e 2012. Apesar de alguns melhoramentos registados, muitos dos Estados Membros estão na categoria de ‘Baixo Desenvolvimento Humano’ (0,304 – 0,534). Os níveis de pobreza nacional só diminuíram marginalmente nalguns Estados Membros, enquanto alguns outros registaram um aumento da pobreza per capita. O cenário é o mesmo quando se usam as medidas monetárias da pobreza, com 11 dos 15 Estados Membros a registarem pelo menos 32% da sua população com rendimentos inferiores a um dólar Americano por dia. Os índices de alfabetização adulta variam grandemente, indo de 56,1%, o mais baixo, a 92%,o mais elevado. A alfabetização entre a juventude na faixa etária entre 15 e 24 anos é elevada posicionando-se em 92%. Os ingressos no ensino primário e a paridade de género têm melhorado. Contudo, a progressão através dos graus do ensino primário e a conclusão do ensino primário ainda são problemáticas. As taxas líquidas de matrículas no ensino secundário são inferiores (com a maioria dos Estados Membros a oferecerem lugares em números inferiores a 50%) às do ensino primário, o que tem como resultado elevados números de jovens sem qualificações nem acesso escolar. Em comparação com a média global de 27%, a percentagem bruta de matrículas no ensino terciários é muito baixa, sendo somente de 6%. Os indicadores de mortalidade entre 2000 e 2012 reflectem um declínio geral nos índices de mortalidade neonatal, na mortalidade infantil de crianças com menos de cinco anos e na mortalidade materna. Embora geralmente em declínio, o índice de mortalidade materna é ainda

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RISDP Revisto Quarta Versão

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muito elevado em relação aos critérios internacionais; e esta situação ainda é reforçada pelos elevados níveis de casamentos infantis e casos de gravidez na adolescência. Figura 2: IDH para os Estados Membros da SADC, 2002 e 2012

Índice de Desenvolvimento Humano

Fontes: PNUD, 2004; Anuário de Estatística da SADC, 2012

A região permanece o epicentro da epidemia de VIH e SIDA, sendo uma região com 39% da população global infectada com VIH. O número de novas infecções tem diminuído, devido à implementação sustentada de intervenções de prevenção de infecções por VIH e às resultantes mudanças comportamentais positivas. Contudo, o número total de órfãos com um ou ambos os pais falecidos devido a causas associadas a VIH e SIDA aumentou de 204.000 em 1990 para, de acordo com a UNICEF, 19,4 milhões em 2012. Isto representa um fardo enorme para os orçamentos nacionais. A mão-de-obra da SADC tem aumentado de forma constante desde 1990, mas a taxa de crescimento tem diminuído, especialmente depois de 2009, e isto é devido, possivelmente, às crises financeiras e económicas mundiais. A taxa de desemprego mais elevada em 2011 foi de 51% e a mais baixa foi de 1,7%. Embora o desempenho da SADC em termos de indicadores do desenvolvimento social e humano tenha melhorado em geral, ainda se verificam desafios constantes, em particular, a baixa participação no ensino secundário e terciário, o fardo das doenças e os elevados níveis de desemprego, limitam a Região na concretização das metas de ODM em 2015, nas áreas de educação, saúde e emprego e, consequentemente, a Região perde a oportunidade de superar optimamente as desigualdades.

0.365

0.354

0.491

0.388

0.389

0.493

0.407

0.469

0.381

0.519

0.607

0.666

0.589

0.781

0.853

0.304

0.327

0.397

0.418

0.448

0.461

0.476

0.483

0.508

0.536

0.608

0.629

0.634

0.737

0.806

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

DR Congo

Mozambique

Zimbabwe

Malawi

Zambia

Lesotho

Tanzania

Madagascar

Angola

Swaziland

Namibia

South Africa

Botswana

Mauritius

Seychelles

Human Development Index

2012

2002

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RISDP Revisto Quarta Versão

22

A criação de postos de trabalho, incluindo o emprego de qualidade, constitui um passo necessário

para o Crescimento Inclusivo. O crescimento económico pode ajudar a tirar centenas de milhões de

pessoas da pobreza absoluta, mas se deixado somente às forças do mercado pode também

aumentar o fosso dos rendimentos entre os mais ricos e os que são deixados para trás sem emprego

ou com emprego inadequado. Uma transformação que promova o emprego e o crescimento através

de políticas activas manterá a procura em alta, ao mesmo tempo que aumentar a produtividade dos

sectores de baixa produtividade e pode fazer a diferença entre prosperidade e a pobreza. Existe

ainda um potencial significativo para aumentar a produtividade agrícola, incluindo meios de

mecanização e melhorando as práticas de investimento ou providenciando apoio a crédito (factores

de produção) e a segurança em termos do título da terra para os pequenos agricultores.

Um dos pré-requisitos para o crescimento económico e desenvolvimento social continuados na

Região é que o conceito de género seja inserido em todos os sectores, de acordo com a alínea (k) do

Artigo 5º do Tratado da SADC. Isto foi tomado em conta em todos os pilares de cooperação e

integração regionais do RISDP Revisto, que está alinhado à Agenda de Desenvolvimento Pós-2015.

2.4. Agenda 2063 da União Africana Em 2013, a União Africana (UA) celebrou o 50º aniversário da sua fundação, primeiro como a Organização da Unidade Africana (OUA) e depois transformada na UA através do Acto Constitutivo da UA. Neste contexto, os Chefes de Estado e Governo da UA adoptaram uma Declaração Solene que rededicou os Estados Membros ao desenvolvimento do continente. Os dirigentes Africanos assumiram compromissos para com o progresso, concentrando-se em oito áreas de intervenção.7

i) Identidade e Renascimento Africano ii) Continuação da Luta contra o Colonialismo e Direito à Autodeterminação dos Povos ainda

sob regime colonial iii) A Agenda de Integração: Implementação da Zona de Comércio Livre Continental para o

estabelecimento de uma África unida e integrada iv) Agenda para o Desenvolvimento Social e Económico v) Agenda de Paz e Segurança vi) Governação Democrática vii) Definição do Destino de África viii) O Lugar de África no Mundo

Os líderes comprometeram-se a integrar estes ideais e metas na Agenda Continental de 2063, e nos planos de desenvolvimento regionais e nacionais. A integração continental terá como base as Comunidades Económicas Regionais (CER) que actuarão como elementos fundamentais. Assim, a ZCL Tripartida COMESA-EAC-SADC e outros agrupamentos equivalentes nas regiões da África Ocidental, Central e do Norte de África são passos para se alcançar esta meta. Estas CER adoptaram iniciativas regionais para aprofundar e alargar os seus mercados regionais, para superarem os desafios encontrados no desenvolvimento industrial e de infraestruturas.

Especificamente, em relação a um desafio imediato para a SADC, o processo da ZCL Tripartida foi lançado em 2011 dando prioridade às negociações sobre o pilar da integração do mercado que deviam terminar até 2014. Isto estaria de acordo com os planos acordados para as negociações

7 CUA, 2013. Agenda da União Africana para 2013: O futuro que queremos para África. Documento do Plano Revisto.

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RISDP Revisto Quarta Versão

23

relativas à ZCL Continental (ZCLC) que se basearia nos progressos alcançados no agrupamento Tripartido.

A Comissão da União Africana está a trabalhar de perto com a Agência de Coordenação da NEPAD (NPCA), apoiada pelo Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD) e a Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) para desenvolver a agenda de integração continental.

2.5 A Visão de 2050 para a SADC

Em Junho de 2012, a Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e Governo da SADC, realizada em Luanda, Angola, aprovou o desenvolvimento de uma visão da SADC a longo prazo (Visão 2050 da SADC). Na mesma decisão a Cimeira reafirmou que a visão proposta devia ter como base a Declaração da Visão da SADC como estipulado no Tratado da SADC e que devia ser informada pela revisão do RISDP. A Visão da SADC de 2050 preconizada tem como objectivo definir a intenção estratégica a longo prazo da organização, realinhar as prioridades de cooperação e integração regionais e estabelecer metas indicativas a longo prazo, tomando em conta a dinâmica existente e emergente nas esferas regional, continental e global. Portanto, por implicação, a Visão de 2050 da SADC informará o sucessor do actual RISDP e do SIPO. As modalidades para desenvolver a Visão proposta, que tomará em conta a análise na secção 2.6 abaixo, estão detalhadas no Capítulo 4 do presente documento. 2.6 Pontos fortes, Pontos Fracos, Oportunidades e Ameaças na SADC A revisão do RISDP efectuou uma análise de Pontos Fortes, Pontos Fracos, Oportunidades e Riscos (SWOT) da Região (Figura 3). A SADC precisa de aproveitar o ímpeto e transformar os pontos fracos e os Riscos em pontos fortes e oportunidades, entre outras possibilidades, através do seguinte:

(i) Consolidação da paz, segurança e estabilidade política. (ii) Manutenção dos princípios fundamentais macroeconómicos sólidos. (iii) Utilização das riquezas da Região em termos de recursos minerais estratégicos e outras

matérias-primas para desenvolver o capital humano, uma nova conectividade de Infra-estruturas físicas regionais, e a sua base industrial e diversificar a economia

(iv) Adopção de políticas e programas direcionados a criação de emprego como uma forma de superar o desemprego, em particular entre a juventude e as mulheres.

(v) Adaptação às alterações climáticas e mitigação dos efeitos das mesmas (vi) Exploração do potencial das Economias Azul e Verde. (vii) Diversificação dos elos de cooperação internacional com ênfase particular aos mercados

emergentes tais como BRICS. (viii) Aprofundamento da integração regional a fim de optimizar os benefícios potenciais, tais

como, o aumento do comércio, uma base industrial integrada e desenvolvida, níveis elevados de conectividade e destinos de turismo competitivos e atrativos e sendo um interveniente significativo no mercado mundial.

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RISDP Revisto Quarta Versão

24

Figura 3: Análise SWOT da SADC

Pontos Fortes

Relativa paz, segurança, democracia e boa governação política

Legado e história de cooperação

Afinidades sociais, culturais e políticas sólidas entre os cidadãos

Fundamentos macroeconómicos sólidos

Recursos naturais abundantes que podem ser explorados

Abundância de força de trabalho jovem e com potencial de ser treinada

Pontos Fracos

Prevalência de subdesenvolvimento, pobreza e desigualdade

Fracas instituições regionais de implementação

Infra-estruturas económicas e físicas inadequadas

Desigualdades de género presentes

Baixo envolvimento do Sector Privado e outros intervenientes não estatais em apoio à integração regional.

Oportunidades

Ambientes e iniciativas de desenvolvimento continentais e mundiais favoráveis, por exemplo, a Agenda 2063 da UA, NEPAD, a agenda de desenvolvimento pós-2015, a OMC

Apoio dos parceiros de desenvolvimento bilaterais e multilaterais

Descoberta de novas reservas de recursos naturais.

Mercados emergentes para os produtos regionais

Ameaças

Disparidades no nível de desenvolvimento económico, aumento da pobreza e das desigualdades

Alterações climáticas e degradação do meio-ambiente

Elevada prevalência de VIH e SIDA e outras epidemias

As medidas para abordar as questões essenciais nesta análise, aproveitando o desempenho da primeira fase do RISDP (Capítulo 3), estão descritas nos Capítulos 4, 5, 6 e 7. A gestão dos pontos fracos e das ameaças, em termos de riscos, será ainda encontrada nos planos operacionais tanto ao nível regional como nacional.

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RISDP Revisto Quarta Versão

25

CAPÍTULO 3: Análise sectorial das realizações do RISDP 2005-2013 As áreas de intervenção detalhadas do RISDP, as metas e as suas realizações estão resumidas no Anexo 1 que se baseia no Plano de Implementação do RISDP (2005-2020) – este foi desenvolvido para operacionalizar as Matrizes do RISDP. A avaliação do desempenho leva à redefinição das prioridades principais e à identificação de metas para o RISDP para o período remanescente (2015-2020).

3.1 Questões Transversais

O RISDP identifica oito (8) questões transversais em apoio à integração regional que devem ser tomadas em conta em todas as principais áreas de intervenção. Estas questões transversais são: Erradicação da Pobreza; o Combate à Pandemia de VIH e SIDA; Igualdade de Género e Desenvolvimento; Ciência e Tecnologia; Tecnologias de Informação e Comunicação; Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Sector Privado e Estatística. Os progressos alcançados na implementação das principais metas destas questões são descritos abaixo ou como pontos independentes ou como parte das áreas principais de intervenção do RISDP.

3.1.1 Erradicação da Pobreza

3.1.1.1 Generalidades

A redução da pobreza, com o seu objectivo final de erradicação, é o objectivo geral da agenda de integração regional da SADC pois continua a ser um desafio de envergadura que a Região enfrenta estimando-se que cerca de 40 por cento da população da SADC viva em pobreza extrema. A manifestação da pobreza faz-se através de baixos indicadores sociais, incluindo a baixa produtividade da mão-de-obra e da terra, a subnutrição, o analfabetismo, o desemprego, o subemprego e o declínio da esperança de vida.

As metas do RISDP estabelecidas para a erradicação da pobreza, que estão ligadas às metas das Nações Unidades para o Objectivo de Desenvolvimento do Milénio 1 “Erradicar a Pobreza Extrema e a Fome” foram:

i) Alcançar um crescimento do Produto Interno Bruto mínimo de 7% por ano ii) Reduzir em 50% a população que vive com menos de US$1 por dia entre 1990 e 2015.

3.1.1.2 Destaques das Realizações principais

Embora o PIB da SADC tenha estado a crescer lentamente durante o período entre 2000 e 2011 e permaneça abaixo de 7% por ano, o progresso tem sido constante como reflectido na Figura 4, apesar de uma queda em 2009.

Os Chefes de Estado e Governo adoptaram uma Declaração sobre a Erradicação da Pobreza e o Desenvolvimento Sustentável em 2008, o que reiterou o compromisso da SADC em combater e erradicar a pobreza, e resolveram: i) Estabelecer um Observatório Regional da Pobreza (RPO) para monitorizar o progresso na implementação das acções prioritárias para a erradicação da pobreza; e ii) adquirir e desenvolver a capacidade adequada, ao nível do Secretariado e dos Estados Membros, a fim de garantir a implementação efectiva dos programas de erradicação da pobreza. Este compromisso está a ser implementado, reflectindo-se nas metas seguintes:

i) Desenvolvido Plano Regional de Redução da Pobreza da SADC;

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RISDP Revisto Quarta Versão

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ii) Operacionalizado o Observatório Regional da Pobreza da SADC (RPO) iii) Integração dos ODM no trabalho do RPO da SADC.

Figura 4: Crescimento Médio do PIB da SADC, 2000-2011

Nota: *Dados de 2011 da Informação Macroeconómica do CCBG da SADC (Abril 2012) Fonte: Indicadores de Desenvolvimento Mundial

3.1.1.3 Desafios

Os principais desafios têm sido a inclusão inadequada da problemática da erradicação da pobreza nas principais áreas de intervenção da integração regional.

3.1.2 Igualdade de Género e Desenvolvimento

3.1.2.1 Generalidades

A SADC reconhece a igualdade de género como um direito humano fundamental e uma parte integrante da integração regional, do crescimento económico e do desenvolvimento social, e, portanto, compromete-se a facilitar a remoção de todas as formas de desigualdade de género aos níveis regional e nacional. Apesar dos esforços envidados pelos Estados Membros da SADC para capacitarem as mulheres e alcançarem a igualdade de género de acordo com os compromissos assumidos, as desigualdades de género ainda persistem. As mulheres e raparigas ainda enfrentam desafios em acederem aos direitos jurídicos, educação e saúde e recursos económicos, entre outros. As principais metas do RISDP relacionadas com Igualdade de Género e Desenvolvimento são:

i. Desenvolvimento e reforço das políticas e dos quadros institucionais de género nacionais até ao fim de 2003;

ii. Desenvolvimento de uma política regional de género e a sua harmonização com as políticas nacionais de género até aos meados de 2004;

0

1

2

3

4

5

6

7

8

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

PIB

Me

dio

(%

)

Ano

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RISDP Revisto Quarta Versão

27

iii. Repelidas as disposições discriminatórias com base em género nas Constituições, Legislações, políticas e quaisquer outras fontes até meados de 2005, e adopção das disposições que garantam a igualdade substantiva de género até ao fim de 2005;

iv. Pelo menos 30% de mulheres em cargos decisórios nos governos locais, parlamentos, governo e em cargos superiores no sector público até 2005, 40% até 2010 e 50% até 2015;

v. Pelo menos 20% das mulheres nos cargos de decisão em grandes empresas do sector privado como definido pelos Estados Membros até 2005, 30% até 2010 e 40% até 2015.

vi. Redução de todos os actos de violência e abuso contra mulheres e crianças em pelo menos 50% até 2007;

vii. Erradicação de todas as formas de violência contra mulheres e crianças até 2015.

3.1.2.2 Destaques das Realizações principais

As principais realizações incluem:

Desenvolvimento e harmonização de Políticas (i) Adopção da Política de Género da SADC pelo Conselho de Ministros em 2007 e os Estados

Membros estão a alinhar as suas Políticas Nacionais de Género à política regional.

(ii) Assinatura e adopção do Protocolo da SADC sobre Género e Desenvolvimento em 2008 e

entrou em vigor em 2013. Os Estados Membros, desde então começaram a implementar o

Protocolo.

Ratificação de instrumentos internacionais e regionais (i) Todos os Estados Membros da SADC são partes à Convenção das Nações Unidas sobre a

Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW) e são partes à

Convenção das Nações Unidas contra a Criminalidade Transnacional Organizada e ao seu

protocolo suplementar sobre o tráfico de pessoas.

Melhoramentos Legislativos ao nível dos Estados Membros (i) Todos os Estados Membros possuem legislação ou instrumentos conexos necessários para

combater a Violência com base em Género e 9 Estados Membros possuem legislação

específica pertinente a crimes sexuais. A aplicação de uma tal legislação é reconhecida em

geral, embora a implementação plena se mantenha um desafio ao nível nacional.

Instituições responsáveis pela aplicação do conceito de género e pela prestação de serviços para a igualdade de género

(i) Estabelecimento de Ministérios responsáveis por Género/Promoção da Mulher que

garantem o cumprimento dos compromissos relativos ao empoderamento da Mulher e à

igualdade de Género em doze (12) dos 15 Estados Membro

Reforço do Empoderamento económico da Mulher

(i) Desenvolvimento de uma Estratégia Regional de Empoderamento Económico da Mulher em

2011. Tem havido um aumento no número de mulheres em cargos de decisão económica

mas, em geral, as mulheres na África Austral constituem somente 23% de todos os decisores

ao nível do governo; e

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RISDP Revisto Quarta Versão

28

(ii) Desenvolvidas e implementadas as linhas orientadoras da SADC sobre a Orçamentação com

base no conceito de Género.

Aumentado o número de Mulheres em cargos políticos e de decisão (i) A participação e a representação da Mulher em cargos políticos e de decisão têm melhorado

significativamente na Região (ver Figura 5), embora o seu progresso seja inconsistente em

toda a Região. O Enquadramento da SADC para a Aceleração da concretização da paridade

de género de 50:50 foi desenvolvido em 2008 e está agora a ser implementado pelos

Estados Membros.

Redução da violência com base em género

(i) Todos os Estados Membros possuem legislação ou instrumentos conexos para prevenir a

Violência com base em género, enquanto nove (9) Estados Membros da SADC têm legislação

específica relativa a delitos sexuais.

(ii) O Plano Estratégico da SADC para 10 anos relativo ao combate ao tráfico de Pessoas foi

adoptado pelo Conselho de Ministros da SADC em 2009. Dez (10) Estados Membros da SADC

desenvolveram legislação específica no combate ao tráfico de pessoas, enquanto os

restantes estão a desenvolver as respectivas legislações.

Figura 5: Tendência da representação da Mulher ao nível de Parlamento nos Estados Membros da

SADC

Fonte: Estados Membros da SADC

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

%

1997

2000

2006

2009

2014

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RISDP Revisto Quarta Versão

29

3.1.2.3 Desafios

Existem vários desafios relativos a igualdade género e desenvolvimento, incluindo:

i) Transposição lenta para o direito nacional dos instrumentos de género internacionais, continentais e regionais pelos Estados Membros e inconsistências na implementação de compromissos relativos ao empoderamento da mulher e igualdade de género.

ii) A Violência com base em género (GBV) permanece uma grande preocupação em quase todos os Estados Membros da SADC, e está a aumentar nalguns casos.

iii) A capacidade para a recolha de dados desagregados de género permanece um desafio na maioria dos Estados Membros da SADC.

iv) A persistência de normas culturais e práticas patriarcais nalgumas sociedades da Região perpetua a exclusão das mulheres e dos jovens dos processos de decisão.

3.1.3 Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

3.1.3.1 Generalidades

A presente secção está relacionada com a utilização e a exploração sustentáveis do meio-ambiente e

dos seus ecossistemas a fim de garantir o desenvolvimento sustentável da Região. As principais

metas do RISDP foram:

i) Instrumento Jurídico para a cooperação regional em termos de ambiente e dos recursos

naturais finalizado até 2006;

ii) Normas e directrizes ambientais desenvolvidas e a serem implementadas até 2008;

iii) Relatórios sobre a situação do ambiente para a África Austral produzidos regularmente com

intervalos de cinco (5) anos; e

iv) Princípios de desenvolvimento sustentável integrados nas políticas e programas nacionais e

para reverter a perda dos recursos ambientais.

3.2.3.2 Destaques das Realizações Principais

i) O Protocolo sobre o Meio-Ambiente foi desenvolvido e aprovado em 2013 pelos Ministros

responsáveis pelo Meio-Ambiente e Recursos Naturais com o objectivo de promover a

utilização equitativa e sustentável dos recursos naturais e do ambiente e a gestão e a

resposta efectiva aos impactos das alterações e variabilidade climáticas;

ii) O programa sobre Alterações Climáticas envolvendo a SADC, COMESA e EAC está a ser

implementado para superar os impactos das alterações climáticas através de acções de

adaptação e mitigação que também reforçam a resiliência social e económica para as

gerações presentes e futuras. O programa também de concentra na Agricultura de

Conservação a fim de aumentar a adaptação do sector de segurança alimentar da Região;

iii) A primeira série do Relatório de Previsão Ambiental da África Austral (SAEO) foi publicado

em 2008 e sublinhou, entre outras, as tendências da situação do ambiente biofísico e

socioeconómico da Região e os principais desafios na concretização das metas para o

ambiente e desenvolvimento sustentável da Região;

iv) O Programa Regional de Educação Ambiental (REEP) sediado na Sociedade da Fauna Bravia e

Ambiente da África Austral em KwaZulu Natal, África do Sul, foi implementado desde 2008, e

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RISDP Revisto Quarta Versão

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criou a capacidade a consciencialização assim como a educação sobre o ambiente em toda a

Região.

Os principais desafios encontrados no âmbito desta área estão reflectidos na secção 3.5.3.

3.1.4 Sector Privado 3.1.4.1 Generalidades Os Estados Membros reconhecem que “o sector privado é um meio estratégico através do qual a

região da SADC concretizará os seus objectivos incluindo uma integração mais profunda e o alívio da

pobreza”. O objectivo geral desta intervenção é a criação de um ambiente e um enquadramento

para a integração do sector privado na formulação de políticas e estratégias regionais para a

concretização das metas de integração regional, do alívio da pobreza e do desenvolvimento.

Especificamente, o RISDP estabeleceu as metas seguintes relativas à concretização deste objectivo:

(i) Uma política da SADC sobre parcerias do Sector Público-Privado desenvolvida até Junho de 2004

(ii) Os MdE da SADC relativos ao Sector Privado revistos, reforçados e melhorados explicitamente permitindo o envolvimento do sector privado através das estruturas da SADC até Junho de 2004;

(iii) Adopção pela Cimeira de um Plano de Acção do Sector público-privado com base no Livro Branco da ASCI a ser implementado durante o período do RSIDP;

(iv) Inquérito sobre a Competitividade e o Clima de Negócios lançado em Setembro de 2003 e finalizado e o relatório final circulado em Junho de 2004 para facilitar o diálogo do sector público-privado numa base contínua.

(v) Institucionalizar uma Unidade do Sector Privado para realizar uma função de apoio tanto para o Secretariado como para as Instituições do Sector Privado com parte do Secretariado da SADC reestruturado até Janeiro de 2004.

(vi) Facilitar a avaliação das capacidades e o reforço das capacidades no âmbito das Associações das Câmaras de Comércio e de Indústria de Negócios da SADC a ser realizada em 2003 e, depois disso, de dois em dois anos.

(vii) Facilitar a criação das associações empresariais quando estas trazem mais-valias para o diálogo do sector público-privado.

3.1.4.2 Destaques das Realizações principais

i) Em reconhecimento da necessidade de alargamento do âmbito da cooperação através de

um largo espectro das organizações e associações do sector privado, foram celebrados dois Memorandos de Entendimento (MOU) entre o Secretariado da SADC e o Conselho das Organizações não-Governamentais da SADC e o Conselho dos Sindicatos da África Austral. Os MOU providenciam um quadro de cooperação e colaboração com os referidos intervenientes nas acções para a concretização das metas comuns de desenvolvimento sustentável, crescimento económico e redução da pobreza na Região.

ii) Foi operacionalizada uma Secção de Sector Privado da SADC no Secretariado entre Maio de

2002 e Abril de 2005 para providenciar um mecanismo institucional de coordenação da

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RISDP Revisto Quarta Versão

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participação do sector privado em todas as estruturas decisórias da SADC e garantir o Diálogo efectivo entre o Sector Público e o Sector Privado. Contudo, o mecanismo teve uma vida curta visto que estava totalmente dependente do apoio dos doadores. Apesar disto, o envolvimento com o sector privado continuou em diferentes sectores, através de várias plataformas (Associação dos Banqueiros da SADC, Centro de Recursos Financeiros para o Desenvolvimento - DRFC, COSSE, CISNA, ASCCI, FCFAAS, FESARTA) que foram criadas como as vias para o diálogo em áreas especializadas da Agenda Comum da SADC.

iii) Em 2012, foi estabelecida uma Parceria Público-Privada no seio do DFRC. A Unidade

concentra-se no desenvolvimento de acordos das PPP na área de Infra-estruturas apoiando os Estados Membros e facilitando o reforço de capacidades para a implementação dos projectos de PPP.

iv) Foi encomendado um Estudo do Banco Mundial de Avaliação das Condições Económicas na

região da SADC em 2010 com referência especial aos doze pilares de competitividade,

incluindo infraestruturas, ambiente macroeconómico, educação e formação, eficiência do

mercado de bens, eficiência do mercado de trabalho, desenvolvimento do mercado

financeiro, prontidão tecnológica e IDE e tamanho do mercado. Só quatro Estados Membros

da SADC foram classificados nos primeiros 76 dos 139 países inquiridos. No Relatório de

“Facilidade de Fazer negócio” do Banco Mundial, que contém um relatório especial sobre a

SADC, dos 183 países avaliados, só cinco Estados Membros da SADC ficaram classificados

entre os primeiros 90 países. Esta situação tem de melhorar para que as actividades

empresariais se desenvolvam e o para que o sector privado desempenhe um papel activo

nas actividades económicas da Região.

3.1.4.3 Desafios

Entre os muitos desafios que têm dificultado os objectivos e as metas do RISDP relativamente à participação activa do sector privado estão:

i) A diversidade e a fragmentação do sector privado na Região que faz com que representem um desafio para os governos e o sector privado em si na definição dos canais e estruturas de diálogo apropriadas, quer seja ao nível nacional, regional, transversal e sectorial; e

ii) A ausência do Diálogo Público-Privado (PPD), incluindo ao nível político mais elevado da Cimeira.

3.1.5 Estatística

3.1.5.1 Generalidades

O objectivo geral desta área de intervenção é apoiar a integração regional disponibilizando informações estatísticas relevantes, oportunas e exactas a serem usadas na planificação, na formulação de políticas, na monitorização de protocolos e na tomada de decisões na SADC. O RISDP reconheceu que as estatísticas constituem uma das questões transversais e identificou as seguintes metas principais:

(i) Desenvolvimento de um quadro jurídico até 2004-2005; (ii) Harmonização de estatísticas da SADC até 2015;

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RISDP Revisto Quarta Versão

32

(iii) Desenvolvimento de bases de dados integradas de estatísticas regionais em todas as áreas prioritárias incluindo a pobreza, género, sector informal, VIH e SIDA até 2015;

(iv) Desenvolvimento de indicadores para a monitorização e avaliação até 2004-2005; (v) Reforço da capacidade estatística na SADC até 2015; (vi) Desenvolvimento de modelos económicos e de mecanismos de previsão para estatísticas

até 2004-2006; (vii) Estabelecimento de um Fórum multissectorial de utilizadores e de produtores de

estatísticas até 2004; e (viii) Reforço da utilização de TIC rentáveis no intercâmbio de informações nas áreas prioritárias

até 2015.

3.1.5.2 Destaques das Realizações principais

i) Quatrocentos (400) participantes dos Estados Membros treinados na gestão dos seus respectivos Sistemas Nacionais de Estatística.

ii) Desenvolvimento e implementação da Harmonização mensal dos Índices de Preços ao Consumidor (HCPI), nas Estatísticas do Comércio Exterior de Mercadorias (IMTS). Foi também desenvolvido e aprovado em 2011 um Manual sobre a Harmonização de IMTS e para promover a harmonização de IMTS.

3.1.5.3 Desafios

Os principais desafios relacionados com o desenvolvimento de estatísticas regionais incluem mas não são limitados ao seguinte:

i) Recursos inadequados atribuídos a estatísticas nalguns Estados Membros; ii) Disparidades na capacidade estatística entre os países; iii) Ausência de um instrumento jurídico para a cooperação regional na área de estatísticas; e iv) Falta de um mecanismo de divulgação efectivo (incluindo bastes de dados e conectividade);

3.2 Comércio, Liberalização Económica e Desenvolvimento

3.2.1 Generalidades

O objetivo geral do sector de Comércio, Indústria, Finanças e Investimento, que também integra as

actividades mineiras, é facilitar a liberalização e integração do comércio e financeira; alcançar a

estabilidade e a convergência macroeconómicas, o desenvolvimento industrial competitivo e

diversificado, e o aumento do investimento na região da SADC. A liberalização e a integração

efectivas do comércio e dos mercados financeiros são essenciais para o crescimento económico e a

redução da pobreza. A evidência sugere que os países que se encontram bem integrados na

economia mundial através do comércio e do investimento têm usufruído de taxas de crescimento

económico mais elevadas e melhoramentos em muitos dos principais indicadores sociais e no nível

de vida dos seus cidadãos.

O RISDP tinha previsto que a integração económica da SADC teria lugar por fases, com uma Zona de

Comércio Livre (ZCL) até 2008; uma União Aduaneira até 2010; um Mercado Comum até 2015; uma

União Monetária até 2016 e uma União Económica com uma moeda única até 2018. Embora o

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RISDP Revisto Quarta Versão

33

avanço da agenda de integração não tenha progredido para além da ZCL, várias realizações foram

registadas como um ímpeto para as fases adicionais da integração.

3.2.2 Destaques das Realizações principais

(i) Desenvolvimento e operacionalização de políticas, quadros jurídicos, institucionais e reguladores;

(ii) resolução das barreiras ao comércio e investimento;

(iii) desenvolvimento e reforço dos mercados financeiros e de capital;

(iv) reforço da cooperação monetária; e

(v) estabilidade e convergência macroeconómicas.

Abaixo é dado um resumo das metas principais e das principais realizações alcançadas nas diferentes

áreas de intervenção:

Promoção da Integração do Mercado de Bens e Serviços

O objectivo desta Área Chave de Intervenção é concretizar a Zona de Comércio Livre na SADC e uma

União Aduaneira como o passo seguinte. Seguem-se as principais metas nesta área:

i) Estabelecer uma ZCL em Mercadorias até 2008, através da implementação efectiva do

Protocolo da SADC sobre Trocas Comerciais;

ii) Concretização da ZCL da SADC em Serviços até 2010;

iii) Harmonização dos Regimentos Internos Aduaneiros até 2008; e

iv) Conclusão das negociações para a União Aduaneira da SADC até 2010.

As principais realizações são:

i) Foram alcançadas as condições mínimas para uma ZCL em 2008 com quase todos os países

participantes na ZCL a alcançarem 85% das tarifas mercadorias reduzidas para zero. A

liberalização tarifária máxima foi alcançada em 2012 quando as tarifas sobre produtos

sensíveis foram eliminadas. A Auditoria de 2012 confirmou que o comércio no seio da SADC

aumentou substancialmente após a implementação do Protocolo da SADC sobre Trocas

Comerciais, mais que duplicou em termos absolutos entre o ano de 2000 e de 2009. O foco

actual é a consolidação da ZCL, que deve estabelecer o cenário para níveis mais elevados de

integração. O comércio total intra-SADC de 2005-2012 está reflectido na Figura 6a.

As Figuras 6b e 6c reflectem a percentagem da participação por Estados Membros nas

exportações e importações intra-SADC, respectivamente, para o período 2005-2012

Figure 6a: Comércio total intra-SADC (exportações/importações combinadas) 2005-2012

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RISDP Revisto Quarta Versão

34

Fonte: Anuário Estatístico da SADC de 2012 e Unidade de Estatística da SADC

Figura 6b: Exportações Intra-SADC (%), 2005-2012

Fonte:

0

2 000

4 000

6 000

8 000

10 000

12 000

14 000

16 000

18 000

20 000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Valo

r d

e C

om

erc

io

(Milh

oes U

SD

)

Anos

Angola Botswana DRC Lesotho Madagascar

Malawi Mauritius Mozambique Namibia Seychelles

South Africa Swaziland Tanzania Zambia Zimbabwe

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

40.00

45.00

50.00

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

%

Year

Angola

Botswana

DR Congo

Lesotho

Madagascar

Malawi

Mauritius

Mozambique

Namibia

Seychelles

South Africa

Swaziland

UR Tanzania

Zambia

Zimbabwe

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RISDP Revisto Quarta Versão

35

Figura 6c: Importações Intra-SADC (%), 2005-2012

Fonte :

ii) Desenvolvimento e operacionalização de um mecanismo on-line de monitorização, sistema de

relatórios e de eliminação das Barreiras não-Tarifárias. O mecanismo tem sido efectivo na

identificação e facilitação da resolução das barreiras não-tarifárias nas regiões da SADC e

Tripartida. Entre 2009 e 2013 foram notificadas 338 BNT das quais 300 foram resolvidas

(Figura 7).

iii) O Protocolo de Comércio de Serviços foi assinado pela Cimeira em 2012. O objectivo do

Protocolo é liberalizar progressivamente o comércio em serviços intrarregional a fim de se

criar um mercado único para serviços. Para além do desenvolvimento do Protocolo, as Linhas

Orientadoras e o Roteiro para a primeira ronda de negociações foram aprovados; e as

negociações contínuas em seis sectores prioritários, nomeadamente, transportes, finanças,

construção, comunicações, energia e turismo e devem ficar finalizadas em 2015.

0.00

2.00

4.00

6.00

8.00

10.00

12.00

14.00

16.00

18.00

20.00

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

%

Year

Angola

Botswana

DR Congo

Lesotho

Madagascar

Malawi

Mauritius

Mozambique

Namibia

Seychelles

South Africa

Swaziland

UR Tanzania

Zambia

Zimbabwe

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RISDP Revisto Quarta Versão

36

Figura 7: BNT Notificadas e resolvidas entre 2009 e 2013

BNT Notificadas BNT resolvidas

Fonte: Sistema on-line de Monitorização e Notificação de BNTs (www.tradebarriers.org)

iv) A harmonização e a simplificação dos Regulamentos Aduaneiro incluindo o desenvolvimento e

a adopção de uma lei modelo aduaneira; do Documento Administrativo Único; do sistema de

gestão de trânsito e do sistema regional de caução aduaneira; da nomenclatura pautal

comum; e de manuais de formação para o reforço das capacidades das administrações

aduaneiras na Região, concentrando-se na Avaliação, classificação pautal; Regras de Origem;

Gestão de Risco e Auditoria pós-desalfandegamento.

0

50

100

150

200

250

2009 2010 2011 2012 2013

221

28 31 35 23

0

137

95

38 30

No

. o

f N

TB

s

Year

NTBs Reported Resolved NTBs

A implementação do conceito de OSBP (Postos Fronteiriços de Paragem Única) em Chirundu (entre a Zâmbia e o Zimbabwe) foi lançada em Dezembro de 2009 e registou um progresso significativo até à data. Chirundu é o primeiro Posto Fronteiriço de Paragem única na África Subsaariana. De acordo com a informação disponível, antes do posto de paragem única estar operacional o tempo de desalfandegamento era entre três e cinco dias. Agora o desalfandegamento é feito no mesmo dia. Diariamente, uma média de 480 camiões atravessam a fronteira em Chirundu, portanto, um total de 960 a 1.920 dias de viagem estão a ser poupados. Isto significa, com uma estimativa conservadora, que cerca de USD288.000 e USD576.000 são poupados todos os dias. Não há qualquer dúvida que o Projecto de OSBP de Chirundu servirá como modelo para outros OSBPs na Região e noutras partes de África.

(Fonte: TradeMark Southern Africa 2011)

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RISDP Revisto Quarta Versão

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v) A meta para a finalização das negociações sobre a União Aduaneira até 2010 não foi

concretizada. Contudo, foi realizado muito do trabalho preparatório, incluindo a encomenda

de estudos para análise dos vários aspectos da União Aduaneira, tais como, Opções para uma

Tarifa Externa Comum; Quadro de Cobrança e Distribuição de Receitas Fiscais Aduaneiras;

Quadro/Instrumento Jurídico e Institucional; e questões de Harmonização de Políticas. Este

trabalho levou ao desenvolvimento do Relatório sobre o Enquadramento para a União

Aduaneira da SADC que foi adoptado pelo Grupo de Trabalho Ministerial sobre a Integração

Económica Regional em Novembro de 2011 e endossado pela Cimeira em Agosto de 2012.

Entre outros pontos, a Cimeira endossou a seguinte sequência de eventos direccionados à

União Aduaneira:

Consolidação da ZCL em termos da matriz do plano de acção de 15 pontos com o

foco prioritário na revisão das regras de origem; finalização da eliminação

tarifária; eliminação de NTB; e desenvolvimento de um mecanismo de apoio aos

Estados Membros que não estejam integrados na ZCL para participarem nela;

Abordagem à questão de sobreposição de afiliações; e

Avaliação dos progressos alcançados para a concretização da União Aduaneira.

Reforço da competitividade produtiva e industrial

O objectivo desta componente é o desenvolvimento de uma base industrial regional competitiva e

diversificada que optimize a utilização dos recursos locais através da agregação de mais-valias

abrangente, particularmente na exploração mineira e na agricultura. As principais metas nesta área

são:

i) Estratégia direccionada a PME na agregação de valor em sectores seleccionados

estabelecida e integrada até 2008;

ii) Cadeias de valor regionais em oito sectores desenvolvidas e lançadas até 2010; e

iii) Quadros regulamentares harmonizados nas actividades de exploração mineira, incluindo

a Estratégia de PME, implementados até 2006.

As realizações principais são:

i) O Programa da SADC de Melhoramento e Modernização Industrial foi desenvolvido e

aprovado como uma estratégia para facilitar o crescimento, a diversificação e a

competitividade nos sectores selecionados através da promoção de cadeias de valor

industrial. Foram identificados e cobertos pelo programa nove sectores prioritários após

o desenvolvimento dos estudos de cadeias de valor, nomeadamente, o processamento

agroalimentar; transformação de produtos minerais, metálicos e não-metálicos; pescas;

químicos, petrolíferos e farmacêuticos; couro e produtos de couro; actividades florestais,

madeira e produtos de madeira; têxteis e vestuário; maquinaria e equipamento; e

serviços.

ii) A Política-Quadro de Desenvolvimento Industrial da SADC e o programa de trabalho

foram aprovados em 2012, dando prioridade à abordagem da cadeia de valor regional

para a industrialização da Região. As principais áreas de intervenção da política incluem:

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RISDP Revisto Quarta Versão

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o desenvolvimento de estratégias específicas de sectores para o desenvolvimento da

cadeia de valor regional; promoção do melhoramento industrial através da inovação, da

transferência de tecnologias e de investigação e desenvolvimento; melhoramento de

normas, regulamentos técnicos, e de Infra-estruturas de apoio à qualidade;

desenvolvimento e reforço de competências para a industrialização; desenvolvimento de

um mecanismo de financiamento industrial; melhoramento de Infra-estruturas para o

desenvolvimento industrial e para a Promoção do investimento transfronteiriço local e

directo estrangeiro.

iii) Um Quadro para a Harmonização das Políticas, Normas e Questões Legislativas e

Reguladoras da Exploração Mineira e o respectivo Plano de Implementação foi adoptado

em 2009. O Plano, entre outros pontos, procura facilitar a implementação de actividades

que visam a normalização dos sistemas de dados geológicos e de informação mineira;

promoção de inovação, investigação e desenvolvimento para incrementar as mais-valias

a jusante e aumentar a competitividade da cadeia de valor mineral da SADC; facilitação

do desenvolvimento de competências e a padronização das qualificações no sector

mineiro assim como a promoção de investimento, incluindo o desenvolvimento de Infra-

estruturas específicas em áreas de potencial exploração mineira.

Desenvolvimento e Reforço dos Mercados Financeiros e de Capital

O objectivo é facilitar a livre circulação de capital e a mobilização de recursos financeiros para a

promoção do crescimento e do desenvolvimento da Região. As principais metas nesta área foram:

i) Desenvolvimento do Protocolo da SADC sobre Finanças e Investimento até 2005, e

ratificado até 2007;

ii) Estabelecimento de um Fundo Regional para o Desenvolvimento até 2006; e

iii) Apoio às DFI através do DFRC operacional até 2005.

As realizações principais são:

i) O Protocolo da SADC de Finanças e Investimento foi assinado em 2006 e entrou em

vigor em Abril de 2010. O objectivo do Protocolo é facilitar o desenvolvimento de

mercados financeiros e de capital na Região direccionados à integração monetária;

encorajar o avanço para a convergência macroeconómica bem como o desenvolvimento

e promoção de políticas de investimento sólidas. Quatro Estados Membros ainda têm de

aderir ao Protocolo.

ii) O Fundo de Preparação e Desenvolvimento de Projectos (PPDF), sendo a primeira janela

do Fundo de Desenvolvimento Regional da SADC está operacional. O fundo tem o

objectivo de facilitar a preparação de projectos de Infra-estruturas para a fase de

viabilidade bancária através de várias medidas de intervenção, tais como, formação,

preparação de estudos de viabilidade e do mercado.

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RISDP Revisto Quarta Versão

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iii) O Centro de Recursos Financeiros para o Desenvolvimento está a funcionar em pleno e a

apoiar efetivamente as Instituições de Financiamento ao Desenvolvimento. Desde 2005,

e através do apoio do DFRC, o número de membros da rede de DFI aumentou de dezoito

para trinta e dois cobrindo uma grande variedade de sectores; aproximadamente três

mil participantes participaram em cem programas de formação de apoio às

necessidades em capacidades das DFIs; e os programas de assistência técnica e de

intercâmbio internacionais foram atribuídos às DFI para promover a harmonização

regional de práticas, definição de parâmetros de referência e de desenvolvimento de

aptidões entre as DFI.

Concretização da cooperação monetária mais profunda

O objectivo da presente área de intervenção é reforçar a cooperação monetária, que leve à reforma

do Sistema bancário da SADC e à harmonização dos quadros regulamentares da banca. As principais

metas no âmbito da área são:

i) Alcançar a convertibilidade da moeda até 2008;

ii) Interligação de Sistemas de Pagamento e Compensação alcançada até 2008; e

iii) Harmonização dos quadros de supervisão bancária, incluindo as melhores práticas

desenvolvidas até 2009.

As realizações são as seguintes:

i) O Sistema Regional Integrado de Liquidação Electrónica da SADC foi desenvolvido como

o sistema de pagamento e liquidação da SADC e foi lançado em Julho de 2013 em

quatro Estados Membros da SADC em regime piloto. Presentemente, o sistema opera

como um sistema de moeda única com base no RAND. O volume de transacções

processadas aumentou de R5.6 mil milhões em Julho para R21,8 mil milhões em

Dezembro de 2013. Quatro Estados Membros adicionais estão prontos para aderirem

ao sistema.

ii) Foi adoptada em 2009 uma Lei Modelo da SADC para os Bancos Centrais para definir

normas e princípios que visam facilitar: i) a criação de uma situação coerente e

convergente nos enquadramentos jurídicos e operacionais dos Bancos Centrais da

SADC; ii) a adopção de princípios que facilitem a independência operacional dos Bancos

Centrais da SADC; e iii) a criação de normas bem definidas para a prestação de contas e

transparência nos quadros jurídicos e operacionais dos Bancos Centrais da SADC com o

objectivo final da concretização de uma legislação harmonizada para os Bancos

Centrais.

Cooperação em matéria conexa a Tributação

O objectivo é reforçar a cooperação em tributação e matéria conexa, incluindo a partilha de

informações fiscais; capacitação para as Administrações Fiscais; e o desenvolvimento de abordagens

e políticas comuns à aplicação e tratamento de incentivos fiscais e a negociação de acordos fiscais.

As principais metas foram as seguintes:

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RISDP Revisto Quarta Versão

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i) Desenvolvimento de um Tratado Modelo Fiscal para a SADC até 2006;

ii) Cooperação em informação fiscal e coordenação dos regimes fiscais até 2008; e

iii) Desenvolvimento de um regime comum de impostos indirectos até 2010.

As realizações são as seguintes:

i) Desenvolvido em 2010 um Acordo Modelo para Evitar a Tributação Dupla para assistir os

Estados Membros nas negociações de DTAA entre si. Até à data foram celebrados 52

DTAA entre os Estados Membros da SADC.

ii) O Acordo sobre Matéria conexa a Tributação foi assinado em 2012 por onze (11) Estados

Membros e ainda não está ratificado. A finalidade é facilitar o intercâmbio sobre

informações fiscais entre os Estados Membros.

Concretização da Convergência Macroeconómica

O objectivo desta área de intervenção é facilitar a convergência nas políticas económicas orientadas

para a estabilidade, implementadas através de uma estrutura e um enquadramento institucional

sólido. As metas principais para esta área são as seguintes:

i) Alcançar uma taxa de inflação de dígito único até 2008 e uma taxa de inflação de 5% até

2012;

ii) Manter um rácio de défice orçamental/PIB que não exceda 5% até 2008 e de 3% até

2012;

iii) Alcançar um rácio de dívida pública/PIB inferior a 60% até 2008 e 2012;

iv) Operacionalizar um mecanismo de monitorização e vigilância até 2006.

As realizações são as seguintes:

i) As avaliações abrangentes do Programa de Convergência Macroeconómica da SADC

foram efectuadas no fim da primeira e segunda fases do programa, em 2008 e 2012,

para avaliar o desempenho dos Estados Membros face às metas estabelecidas.

- Três países alcançaram as taxas de inflação de dígito único; todos os Estados

Membros alcançaram um défice orçamental inferior a 5% do PIB; 12 alcançaram um

rácio da dívida pública em relação ao PIB inferior a 60% em 2008.

- Em 2012 constatou-se que o desempenho era misto com a inflação a continuar a ser

o indicador que apresentava mais desafios. Só 3 Estados Membros alcançaram a

meta da inflação; 11 Estados Membros alcançaram a meta do défice fiscal e 12

concretizaram a meta do rácio dívida pública/PIB (Figura 8).

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RISDP Revisto Quarta Versão

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Figura 8: Desempenho face às Metas de Convergência Macroeconómica da SADC para 2012

Fontes: Subcomité Macroeconómico da SADC, Novembro de 2013 e Base de Dados da

Previsão Económica Mundial do FMI, Outubro de 2013

ii) O Mecanismo de Avaliação pelos Pares, cujo objectivo é providenciar um procedimento

de vigilância colectivo para monitorizar a convergência macroeconómica incluindo a

revisão e o estabelecimento de metas específicas assim como o progresso alcançado na

concretização das referidas metas, foi lançado em 2013 e os esforços continuam para o

início do processo de avaliação pelos pares para os dois primeiros países até Dezembro

de 2014.

Aumento dos níveis de Investimento Intra-SADC e de IDE

O objectivo da presente área de intervenção é promover o desenvolvimento de políticas sólidas nos

Estados Membros, melhorar o clima de investimento e reforçar os níveis de investimento intra-SADC

e de investimento directo estrangeiro na Região. As metas principais são as seguintes:

i) Desenvolvidos, harmonizados e implementados os instrumentos para a promoção de

investimento até 2008;

ii) Implementada a Política da SADC relativa às Parcerias Público-Privadas até 2005.

As realizações são as seguintes:

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RISDP Revisto Quarta Versão

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i) Foram definidos os elementos de um Programa de Acção Regional sobre Investimento,

que tem como objectivo ultrapassar as barreiras ao Investimento na Região. Foram

aprovados e estão operacionais os três elementos seguintes:

a) Base de Dados de Regimes de Investimento que facilita um regime de

investimento transparente na Região;

b) A Aprendizagem entre Pares das Agências para a Promoção do Investimento

cujo objectivo é encorajar a cooperação regional em questões de investimento a

fim de melhorar o “ambiente de negócios” na Região através da Aprendizagem;

e

c) Modelo dos Tratados Bilaterais de Investimento, cujo objectivo é,

principalmente, facilitar as negociações sobre acordos de investimento e

salvaguardar os interesses dos Estados Membros da SADC.

ii) Foi estabelecida uma Unidade de PPP no seio do DFRC em Abril de 2012 e,

subsequentemente, foi estabelecida uma rede de PPP. Em Maio de 2013, foi adoptado

um documento de estratégia regional para Parcerias Público-Privadas, esboçando os

princípios com base nos quais os Estados Membros deviam desenvolver as políticas os

enquadramentos institucionais e jurídicos para as PPP. Será desenvolvido mais tarde um

enquadramento regional para coordenação e cooperação das PPP na Região.

3.2.3 Desafios

i) Lenta transposição para o direito nacional dos quadros de políticas e jurídicos

acordados.

ii) Fraco ajustamento dos planos e programas nacionais e regionais.

iii) A ausência de um mecanismo de cumprimento dos acordos regionais para prevenir a

reversão dos compromissos pelos Estados Membros.

iv) A adesão a vários mecanismos de integração com o mesmo objectivo, (sobreposição de

afiliações), fazendo com que traga não só custos elevados mas, algumas vezes,

dificuldades em implementar o que emerge como obrigações em conflito.

v) Resolução efectiva das barreiras não-tarifárias e de outros obstáculos aos negócios na Região.

vi) Níveis diferentes de desenvolvimento económico entre os Estados Membros.

3.3 Infra-estruturas em Apoio da Integração Regional e da Erradicação da Pobreza

3.3.1 Generalidades

O sector de Infra-estruturas e serviços cobre energia, transportes, turismo, comunicações e

meteorologia. O objectivo geral das intervenções em Infra-estruturas em Apoio à Integração

Regional é garantir a disponibilidade e o acesso universal a sistemas de Infra-estruturas suficientes,

integrados, eficientes e com eficácia de custos assim como à provisão de serviços sustentáveis. O

desenvolvimento de redes regionais de Infra-estruturas e de serviços essenciais e estratégicos é

crítico para a promoção e sustentabilidade do desenvolvimento económico regional, para a

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RISDP Revisto Quarta Versão

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integração da comunidade, para a facilitação do comércio e para apoiar o Acordo da Zona de

Comércio Livre. O potencial para o aprofundamento de integração através da partilha da produção,

gestão e operações das instalações infraestruturais, de centros (hubs), de corredores de

desenvolvimento ou polos de crescimento é considerável.

3.3.2 Destaques das Realizações principais

Foram alcançados progressos na abordagem de três prioridades alargadas em Infra-estruturas e

Serviços, isto é

1. Desenvolvimento, reforma e harmonização de quadros de políticas, jurídicos,

institucionais e regulamentares para facilitar a partilha de recursos transfronteiriços

comuns, tais como recursos hídricos e atracções turísticas, do desenvolvimento de mercados

liberalizados e integrados e o fornecimento e operações dos serviços infraestruturais

transfronteiriços.

2. Desenvolvimento, construção, manutenção e reabilitação de redes de Infra-estruturas

regionais para superar os constrangimentos do lado da oferta, promover a integração

económica regional e o comércio regional; e

3. Estabelecimento de instituições regionais (bacias hidrográficas, gestão de corredores, pools

energéticos, conservação transfronteiriça, organizações regionais reguladoras e de

supervisão, etc.) e

4. O desenvolvimento de capacidades para o desenho, desenvolvimento, implementação,

manutenção e operações de projectos regionais de infraestruturas.

Os destaques das principais realizações avaliadas face às metas originais do RISDP são:

O Plano Director Regional de Desenvolvimento de Infra-estruturas da SADC (RIDMP) A adopção do Plano Director Regional de Desenvolvimento de Infra-estruturas(RIDMP) em Agosto de 2012, que é uma ferramenta integrada de planificação e coordenação desenvolvida para melhorar a eficiência do sector na concretização dos seus objectivos e metas no âmbito do RISDP. O RIDMP é o modelo e a estratégia sub-regionais para o desenvolvimento de Infra-estruturas regionais integradas que satisfaçam a procura prevista até 2027. O RIDMP está alinhado com os programas continentais de Infra-estruturas da Zona Tripartida da EAC, COMESA e SADC e dos programas continentais de Infra-estruturas da UA/NEPAD, e constitui a base para a nova definição de prioridades para o período remanescente do RISDP (2015-2020). O RIDMP será implementado em três fases – o Plano de Acção a Curto Prazo (STAP) de 2013-2017, o Plano de Acção a Médio Prazo (MTAP) de 2017-2022 e o Plano de Acção a Longo Prazo de 2022-2027. O STAP e o MTAP sobrepõem-se com a última fase do RISDP revisto. O RIDMP constitui um contributo primordial para o Plano Director Inter-regional de Infra-estruturas proposto da COMESA-EAC-SADC (Tripartido) e para o enquadramento de Infra-estruturas continentais, o Programa para o Desenvolvimento de Infra-estruturas em África (PIDA). Estas três

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RISDP Revisto Quarta Versão

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iniciativas têm como base a necessidade de uma visão comum para o desenvolvimento e para o papel vital que as Infra-estruturas desempenham na concretização dos objetivos de desenvolvimento e no cumprimento da integração regional. Energia A intervenção mais importante para energia no RISDP é: “Energia para apoiar o desenvolvimento económico, o comércio e o investimento regionais”, e isto orientou a selecção das componentes de intervenção que estão a ser avaliadas.

As metas estabelecidas para o subsector energético foram as seguintes:

i) Estabelecimento e reforço das associações regionais do sector privado, tais como a Associação dos Produtores de Petróleo e Gás e as associações regionais de reguladores, tais como a Associação Regional de Reguladores de Electricidade até 2004;

ii) Estabelecimento de bases de dados energéticos e de redes de planificação energética até 2005;

iii) Harmonização das políticas, legislação, regras, regulamentos e normas do sector energético até 2006 para facilitar a integração do mercado energético;

iv) Identificação e reforço dos centros de excelência de investigação na área de energia e desenvolvimento de tecnologias até 2008;

v) Alcance de 100% de conectividade à rede energética regional para todos os Estados Membros até 2012;

vi) 70% das comunidades rurais com acesso a formas modernas de abastecimento de energia até 2018.

As principais realizações são:

i) Todos os Estados Membros com excepção de três estão ligados à rede SAPP, sendo Angola, o Malawi e a Tanzânia as excepções. Foi alcançado progresso em relação à meta de 100% de conectividade à rede regional por todos os Estados Membros; estão em preparação várias linhas de interligação, incluindo as linhas Malawi-Moçambique, Zâmbia-Tanzânia-Quénia, Malawi-Tanzânia, Namíbia-Angola, melhoramento na linha Kafue Livingstone, Zimbabwe-Zâmbia-Botswana-Namíbia, RDC-Zâmbia, Corredor Central de Transmissão, Segunda Interligação RAS-Zimbabwe e a Segunda Interligação Moçambique-Zimbabwe.

ii) O alargamento da rede facilitou a criação de um mercado regional de energia através do Pool Energético da África Austral (Southern Africa Power Pool (SAPP) que foi criado para coordenar o desenvolvimento de Infra-estruturas de electricidade e o comércio energético. Todas as nove empresas de energia eléctrica interligadas assinaram os Instrumentos de Governação do Mercado do Dia Anterior (Day Ahead Market) e têm estado a comercializar a energia em regime de concorrência. Além disso, o SAPP coordenou o desenho e o desenvolvimento de centrais energéticas a fim de superar a actual escassez de abastecimento energético na Região. O mapa abaixo ilustra uma das interligações.

iii) Harmonização de Políticas: Onze dos 15 Estados Membros introduziram a regulação da electricidade. A Entidade Reguladora Regional de Electricidade (Regional Electricity Regulatory Association - RERA) foi formada por 10 dos reguladores nacionais de electricidade a fim de abordarem a regulação transfronteiriça de energia e harmonizar as políticas e normas.

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RISDP Revisto Quarta Versão

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iv) A sub-região deu início ao desenvolvimento de uma Estratégia e Plano de Acção de Energia Renovável da SADC.

v) Acesso melhorado aos serviços energéticos: Dez dos Estados Membros, nomeadamente, Botswana, Lesoto, Malawi, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe realizaram uma análise de lacunas da energia sustentável no âmbito do enquadramento da Iniciativa SE4ALL (Energia Sustentável para Todos) das Nações Unidas. A Figura 9 ilustra o progresso alcançado para se cumprir a meta do acesso a energia eléctrica.

Figura 9: Acesso a energia eléctrica em rede na Região da SADC, 2011

Fonte Relatórios de RESAP 2012; IRENA (Moçambique, Suazilândia e Zâmbia).

Transportes

A intervenção principal para os transportes é a provisão de Infra-estruturas e serviços de transportes

adequados, integrados e eficientes.

As metas originais do RISDP para o sector de transportes foram:

i) Liberalizar os mercados regionais de transporte até 2008; ii) Harmonizar os regulamentos, as normas e as políticas de transportes até 2008; iii) Recuperar todos os custos de manutenção de Infra-estruturas até 2008 e os custos totais do

investimento em Infra-estruturas até 2013; e iv) Remover os obstáculos e impedimentos evitáveis à circulação transfronteiriça de pessoas,

bens e serviços até 2015.

As principais realizações registadas incluem

i. A Região adoptou a Estratégia Regional de Desenvolvimento de Transporte em 2008, o que teve como resultado o programa emblemático com muito sucesso, nomeadamente o Projecto do Corredor Norte-Sul de Apoio ao Comércio. O NSC é o corredor regional de transporte mais importante do ponto de vista estratégico na SADC – transporta mais de 60% do comércio, serve 8 países e interliga 8 corredores regionais de transporte atravessando a

75 69 70

100

19

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99

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Urban

Rural

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RISDP Revisto Quarta Versão

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região de oriente a ocidente. O programa do Corredor Norte-Sul é uma iniciativa multimodal abrangente que cobre o melhoramento das Infra-estruturas rodoviárias, ferroviárias, portuárias, postos fronteiriços e Infra-estruturas energéticas e a facilitação do comércio e dos transportes. Vários troços rodoviários foram reabilitados e outros estão a ser sujeitos a estudos de viabilidade e a projectos em preparação da reabilitação. Os postos transfronteiriços mais importantes no NSC estão em fases diferentes de melhoramento infraestrutural e de operações. O mapa do NSC abaixo (Figura 10) ilustra a situação actual de desenvolvimento.

ii. O Posto Fronteiriço de Chirundu de Paragem Única entre a Zâmbia e o Zimbabwe no NSC tem sido também um projecto-piloto com sucesso que melhora a facilitação do comércio e que está a ser replicado noutros postos fronteiriços.

iii. As reformas no sector do transporte rodoviário através da separação de políticas,

regulamentos e operações foram efectuadas com sucesso por todos os Estados Membros

resultando na criação de agências rodoviárias autónomas e de fundos destinados a estradas.

Isto tem melhorado a qualidade da Rede de Estradas Nacionais Regionais.

iv. Finalização de estudos sobre a liberalização dos mercados de transporte, especialmente dos

modos de transporte aéreo e rodoviário, o estabelecimento de instituições de supervisão de

segurança na aviação civil, estabelecimento de quadros institucionais e jurídicos de

corredores.

v. As Leis Modelo, políticas, estratégias e os instrumentos jurídicos têm apoiado os Estados

Membros no processo de liberalização e harmonização.

vi. As Zonas de Facilitação de Transporte registarem uma maior coordenação no âmbito da

Zona Tripartida da EAC, COMESA e SADC.

Figura 10: Mapa do Corredor Norte-Sul

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RISDP Revisto Quarta Versão

47

Nota ao Mapa: O presente mapa representa das Redes Rodoviárias Norte-Sul de Ajuda ao Comércio que inclui

o Corredor Norte-Sul da SADC e o Corredor de Dar-es-Salam e partes dos Corredores Trans-Kalahari e Nacala

Nota: O mapa inclui igualmente algumas partes do Corredor de Lobito.

Fonte: Relatório Trimestral do Corredor Norte-Sul – Outubro de 2013 TradeMark África Austral

Água

A intervenção deste sector tem como objectivo a concretização da planificação, desenvolvimento, utilização e gestão de um modo sustentável e integrado dos recursos hídricos que contribuam para o objectivo geral da SADC de cooperação e integração regionais.

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RISDP Revisto Quarta Versão

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As metas originais para o sector da água foram:

i) A política e a estratégia regional da água a longo prazo desenvolvidas e aprovadas até Março de 2004

ii) Sensibilização aumentada, participação alargada e inserção do conceito de género no desenvolvimento e gestão dos recursos hídricos até 2005;

iii) Identificados e reforçados os centros de excelência para investigação na área dos recursos hídricos e de desenvolvimento de tecnologias até 2005;

iv) Políticas e legislação do sector da água harmonizadas até 2006; v) Estabelecidas e reforçadas pelo menos oito Organizações de Bacias Hidrográficas até 2006; vi) Base de dados de recursos hídricos e redes de planificação estabelecidas e completamente

operacionais até 2007; vii) Programas de formação e de reforço da capacidade institucional desenvolvidos e

implementados até 2008; viii) Reduzida para metade, até 2015, a percentagem de pessoas sem acesso a água potável e a

serviços de saneamento; e ix) Desenvolvidas até 2015 as Infra-estruturas de recursos hídricos necessárias para duplicar a

superfície sob irrigação.

Foi alcançado um progresso significativo na implementação dos programas de água do RISDP,

particularmente nos quadros regionais de políticas, estratégias e institucionais (RBOs).

Os destaques das principais realizações são os seguintes:

i. Estabelecidas oito instituições de cursos de água compartilhados até 2006.

ii. Planos Integrados de Gestão e Desenvolvimento dos Recursos Hídricos para orientarem a

implementação de projectos estão a ser produzidos em cerca de 4 Comissões de Bacias

Hidrográficas para orientar a implementação de projectos.

iii. As políticas/estratégias e directrizes regionais relativas aos recursos hídricos para

harmonização das legislações, políticas e estratégias nacionais da água foram desenvolvidas

e vários países adoptaram-nas.

iv. Mais de 500 Graduados em Mestrados treinados para além dos cursos de desenvolvimento

profissional a curto prazo.

v. Produzido o Mapa e o Atlas Hidrogeológicos com base na web

vi. Sistema regional de monitorização da água subterrânea iniciado no Botswana, Zimbabwe e

África do Sul na Bacia do Limpopo.

Turismo

A intervenção do Sector de Turismo tem por finalidade desenvolver, promover e apresentar a Região

como um destino de turismo único mas multifacetado, e melhorar a qualidade, a competitividade e

as normas de serviços da indústria de turismo na região da SADC.

As metas estabelecidas para o sector de turismo foram:

i) Facilitação da implementação do Protocolo de Turismo por todos os Estados Membros até 2005;

ii) Desenvolvimento do Documento da Política e da Estratégia aplicável ao Turismo até 2004;

iii) Quota da SADC de chegadas de turistas no Mercado Mundial a atingir 5% até 2005;

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RISDP Revisto Quarta Versão

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iv) Inclusão do conceito de Género na indústria de turismo até 2005; v) Aumento da quota da SADC nas receitas do turismo Mundial de 1% em 2001 para 3% até

2005; vi) Implementação do Sistema UNIVISA da SADC até 2008; vii) Harmonização de políticas, legislações e normas até 2008; viii) Posicionamento da marca SADC como um destino de escolha para o turismo.

Os destaques das principais realizações são mencionadas abaixo:

i. A coordenação pela RETOSA, que é um organismo subsidiário, tem alcançado vários resultados positivos, por exemplo, a promoção colectiva da Região através de eventos e do website;

ii. Foram desenvolvidas as linhas orientadoras para a classificação de Infra-estruturas de hotelaria e restauração.

iii. O UNIVISA foi desenvolvido e está pronto para ser implementado em regime piloto em seis

países.

iv. O RIDMP identificou as prioridades para o reforço do ambiente favorável e para o

melhoramento de Infra-estruturas no seio das Áreas de Conservação Transfronteiriças

(TFCA) que são os locais de excelência de turismo na Região.

Meteorologia

As intervenções do subsector de meteorologia têm por fim estabelecer os sistemas e as Infra-

estruturas que sejam totalmente integradas, eficientes e rentáveis para satisfazerem as

necessidades dos utilizadores e minimizarem os efeitos adversos dos fenómenos climáticos e das

condições meteorológicas severas.

As metas de meteorologia foram:

i) Melhorar a capacidade das estações terrestres para recolherem a informação de alta

resolução de satélites meteorológicos de segunda geração até 2005; e

ii) Desenvolver enquadramentos políticos e jurídicos apropriados para facilitar a recuperação

de custos operacionais, a harmonização e a integração regionais até 2006.

As realizações principais foram o estabelecimento do Centro de Serviços Meteorológicos da SADC

(SADC Climate Services Centre) e o melhoramento das Infra-estruturas de meteorologia nalguns

Estados Membros.

Tecnologias de Informação e Comunicação

As intervenções no sector de TIC procuraram criar ambientes conducentes de políticas e

regulamentares de TIC e Postais que contribuam para a difusão e uso de TIC. Procurou também

impulsionar o acesso a TIC por todas as comunidades e promover o uso de aplicações de TIC em

todos os sectores, para uma maior eficiência e produtividade.

A SADC reconhece a importância das TIC como vectores chave transversais para superar os desafios

apresentados pela globalização, facilitando a agenda de integração regional e promovendo as

perspectivas de desenvolvimento socioeconómico e político da Região. Neste contexto os Estados

Membros acordaram sobre a necessidade de desenvolverem uma sociedade toda inclusiva,

equilibrada e socialmente equitativa com base na informação e em conhecimentos que tenha como

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RISDP Revisto Quarta Versão

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fundamento as estratégias nacionais coordenadas para a integração efectiva de TIC nas políticas,

programas e estratégias de desenvolvimento regionais. Portanto a SADC continuou a implementar

as aplicações de TIC a fim de apoiar os sectores seguintes: educação, saúde, turismo, agricultura,

finanças, indústria, comércio e governo.

As metas do sector de TIC foram:

i) Desenvolver a capacidade operacional dos reguladores para responderem às expectativas dos clientes até 2007

ii) Facilitar o crescimento das parcerias público-privadas para se alcançar o acesso universal nacional aos serviços até 2010; e

iii) Separar as responsabilidades operacionais das unidades políticas e dos reguladores, particularmente para os serviços postais, até 2005.

A Região acelerou o seu ímpeto no desenvolvimento de Infra-estruturas regionais no campo de TIC e

o acesso cresceu fenomenalmente após a liberalização do sector.

Os pontos a destacar das principais realizações são os seguintes:

i. Todos os Estados Membros da SADC tiveram sucesso na introdução da separação em

três vertentes das funções entre os governos, os reguladores e os fornecedores de

serviços.

ii. Todos os Estados Membros da SADC implementaram agora novas políticas e estratégias

nacionais de TIC alinhadas às Leis Modelo, aos Regulamentos e Linhas Orientadoras da

SADC. Dez novas directrizes, políticas e leis modelos foram criadas e outras quatro,

incluindo a Política de TIC da SADC foram actualizadas desde 2005. Em 2010, o Quadro

Estratégico da SADC foi desenvolvido.

iii. Todos os Estados Membros da SADC têm agora pelo menos uma conexão em banda

larga aos cabos submarinos. Os Estados Membros do Continente têm interconexões de

fibra com todos os vizinhos imediatos, o que é superior à meta do RISDP de 2014 de

80%.

iv. A teledensidade ficou entre 30% a 150% nos finais de 2012. A penetração da Internet Fixa é,

em geral, abaixo de 10%. Todos os Estados Membros estão interconectados em mais de

80%, através das Infra-estruturas Regionais de Informação da SADC (SRII). A Figura 11 ilustra

o progresso alcançado nas subscrições móveis o que constitui uma aproximação para

demonstrar a teledensidade.

Figura 11: Subscrições de telemóveis por 100 habitantes

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RISDP Revisto Quarta Versão

51

Fonte: Dados anuais da União Internacional de Telecomunicações (UIT)

3.3.3 Desafios

Os desafios comuns enfrentados na implementação nas metas neste agrupamento/cluster são:

i. Lenta transposição dos protocolos, anexos e acordos regionais para as políticas, legislação,

regulamentos e normas nacionais.

ii. Incumprimento dos acordos regionais e proliferação de Barreiras Não-Tarifárias conexas a

transporte.

iii. Fraca capacidade administrativa e técnica dos Estados Membros para implementarem as

reformas.

iv. Financiamento inadequado para a reabilitação, construção e manutenção de infraestruturas.

v. Acesso e acessibilidade limitados a Infra-estruturas e serviços por todas as comunidades.

3.4 Agricultura e Segurança Alimentar

3.4.1 Generalidades

Os sectores de agricultura e segurança alimentar cobrem culturas agrícolas, pecuária, actividades

florestais, pescas, fauna bravia e ambiente. O objectivo destes sectores é desenvolver, promover,

coordenar e facilitar a harmonização de políticas e programas a fim de aumentar a produção,

produtividade e competitividade agrícolas; promover a utilização sustentável de recursos naturais e

do ambiente e promover o comércio de produtos agrícolas.

O sector facilita a integração regional através do abastecimento tanto de matérias-primas como de

produtos agrícolas e de recursos naturais transformados. Estes constituem o núcleo de bens e

serviços comercializados na Região. Por outro lado, o sector é também uma fonte primária de

matérias-primas para agroindústrias. O Sector também apoia a Região na concretização do acesso

sustentável a alimentos seguros e nutritivos para uma vida e saudável da população da Região.

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RISDP Revisto Quarta Versão

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3.4.2 Destaques das Realizações principais

As principais metas e realizações do RISDP para o período em revisão são descritas abaixo.

Disponibilidade de Alimentos

A disponibilidade de alimentos diz respeito ao aumento da produção, produtividade e

competitividade agrícola. As principais metas do RISDP para a disponibilidade de alimentos foram:

i) Duplicar a taxa de adopção de tecnologias comprovadas, tais como variedades melhoradas

de sementes, gestão da água e terra, até 2015;

ii) Aumentar o consumo de adubos químicos de 44,6 quilogramas por hectare de terra arável

para 65 quilogramas por hectare de terra até 2015 ( a média mundial é de 98,8 kg/ha);

iii) Estabelecer a Política de combate às pragas e doenças transfronteiriças até 2007;

iv) Reduzir a incidência de doenças animais transfronteiriças (TAD), em particular, a Febre

Aftosa para metade em 2015 com o objectivo final de eliminação das doenças;

v) Aumentar a produção pecuária num mínimo de 4% anualmente;

vi) Os Protocolos de Pescas, Actividades Florestais e Fauna Bravia e Aplicação da Lei são

ratificados e implementados.

Foram alcançados os resultados seguintes:

i) Sistema Regulamentar de Sementes Harmonizado da SADC foi aprovado em 2007

visando facilitar a livre circulação de sementes em toda a Região promovendo assim

o comércio de variedades de semente de alta qualidade entre os Estados Membros.

Integra o seguinte:

Aprovação e Registo de Variedades da SADC;

Sistema de Certificação e de Garantia de Qualidade de Sementes da SADC; e

Medidas Fitossanitárias da SADC para os Sistemas de Sementes.

ii) Uma avaliação das fábricas existentes de produção de adubos químicos foi feita em

Angola, Malawi, Maurícias, Moçambique, Tanzânia, África do Sul, Zâmbia e

Zimbabwe com o objectivo de obter o parecer técnico sobre como aumentar a

capacidade de produção destas fábricas. O estudo teve também objectivo avaliar

como é que a Região pode utilizar os seus recursos abundantes no fabrico de adubos

químicos. Alguns países reabilitaram já as suas fábricas e aumentaram a produção

de adubos químicos/fertilizantes.

iii) Foram desenvolvidos, financiados e implementados três projectos para superar os

desafios enfrentados no desenvolvimento da pecuária da Região, nomeadamente:

Promoção da Integração Regional no Sector de Pecuária (PRINT) da SADC que

desenvolveu os Sistemas de Gestão de Informação de Pecuária (LIMS) para a

monitorização do desenvolvimento da pecuária e a vigilância e o controlo das

doenças animais.

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RISDP Revisto Quarta Versão

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Projecto de Combate à Febre Aftosa da SADC (FMD da SADC) que presta apoio

para melhorar a eficácia da vacina contra a Febre Aftosa através do Instituto

de Vacinas do Botswana (Botswana Vaccine Institute - BVI).

Reforço de Instituições para a Gestão de Risco das Doenças Animais

Transfronteiriças (TAD) que estabeleceu as redes para o controlo de TAD

fazendo assim com que o gado seja um produto mais comerciável.

A implementação dos projectos de pecuária resultou num aumento anual de 4,2% na produção

pecuária na Região.

iv) Foi desenvolvida e aprovada uma estratégia regional de combate a pragas das

culturas aplicável à gestão de pragas e doenças migratórias com o objectivo de

aumentar a capacidade dos Estados Membros para gerirem as pragas e doenças de

um modo concertado, incluindo a vigilância. Foi publicado um Manual sobre “Pragas

de importância Fitossanitária e Económica na Região da SADC” para assistir os

Estados Membros na sua identificação e controlo de pragas de plantas;

v) Foram desenvolvidos, aprovados e implementados projectos de Investigação Agrária

para superar os problemas conexos à baixa divulgação, fraca adopção de tecnologias

e fracos elos de ligação entre investigação-extensão-agricultor na produção agrícola.

Estes incluem:

Implementação e Coordenação de Investigação e Formação Agrícolas (ICART);

Fundo Competitivo para os Projectos de Inovação e Colaboração em Apoio do

Desenvolvimento de Pequenos Agricultores (FIRCOP); e

Programa de Produtividade Agrícola de Países Múltiplos da SADC (SADC MAPP).

O último levou ao estabelecimento do Centro para a Coordenação de Investigação e

Desenvolvimento Agrários para a África Austral (CCARDESA), como uma Organização Sub-regional de

Investigação (SRO) da SADC para coordenar a investigação e o desenvolvimento agrários da Região.

vi) A conservação e utilização de recursos fitogenéticos ao abrigo do Centro de Recursos Fitogenéticos da SADC (SPRGC) continuaram durante o período em revisão.

vii) Foram estabelecidas doze (12) Áreas de Conservação Transfronteiriças (TFCA) e,

estão todas operacionais;

viii) Os Protocolos sobre Pescas, Actividades Florestais e Fauna Bravia e Aplicação da Lei

foram ratificados. As estratégias de implementação dos Protocolos foram

desenvolvidas, aprovadas e implementadas durante o período em revisão;

ix) O Anexo ao Protocolo de Pescas sobre Pescas Ilegais, Não-reguladas e não-

Reportadas (IUU) foi desenvolvido em 2008 e está agora a ser implementado;

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RISDP Revisto Quarta Versão

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x) Desenvolvidos os Programas sobre Redução de Emissões do Desmatamento e da

Degradação Florestal (REDD+) para apoiar as medidas de mitigação e adaptação às

alterações climáticas e o Programa Regional de Gestão de Incêndios e de

Cooperação Transfronteiriça que procura abordar a questão de incêndios

descontrolados a fim de conservar a biodiversidade florestal e garantir o

fornecimento sustentado de produtos de origem florestal para a subsistência da

comunidade.

As intervenções acima contribuíram para uma taxa anual de crescimento agrícola estimada em 2.6%

durante o período em revisão. A produção regional de cereais aumentou em 46% (2003 – 2012)

devido, principalmente, ao acréscimo na produção de milho em 40% enquanto a produção de arroz,

trigo, mapira e painço/milho-miúdo permaneceu relativamente constante. A produção de mandioca

mais que duplicou nos últimos 10 anos (Figura 12). De modo semelhante, a produção de aquacultura

durante o referido período aumentou como reflectido na Figura 13.

Figura 12: Tendências da Produção Regional de Cereais na SADC, 1999 – 2013

Fonte: Unidades Nacionais de Aviso Prévio dos Estados Membros para a Segurança Alimentar (excluindo a RDC, Madagáscar e as Seychelles).

Figura 13: Tendências na Produção de Aquacultura (por 1.000 toneladas), 2005-2010

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

Pro

du

ca

o (

'00

0 T

on

ne

s)

Anos das Colheitas

Producao Regional de Cereais (Milho, trigo, arroz, mapira e painco/milho miudo)

Maize Others Cereals Total Cereals

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RISDP Revisto Quarta Versão

55

Fonte de Dados: FAOSTAT (2013)

Acesso a Alimentos, Segurança de Alimentos e Valor Nutritivo de Alimentos

A presente intervenção trata da acessibilidade a alimentos seguros e nutritivos o que é essencial

para uma população saudável e apoia tanto o comércio regional como internacional de produtos

agrícolas. As principais metas foram:

i) Adesão a Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) e a normas em conformidade com os

Acordos da Organização Mundial do Comércio (OMC); e

ii) Reduzir para metade a percentagem de crianças com menos de cinco (5) anos com peso

abaixo do normal, entre 1990 e 2015.

As realizações foram:

i) O desenvolvimento, a aprovação e a implementação de Directrizes relativas aos

produtos para protecção de culturas, medicamentos de veterinária e segurança e

gestão de medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS). As Directrizes oferecem aos

Estados Membros as ferramentas necessárias para o reforço de sistemas

regulamentares de SPS e de segurança de alimentos;

ii) Foi finalizado em 2011 um estudo para promover o comércio intrarregional e inter-

regional e para melhorar o acesso ao Mercado de produtos de origem animal. O

estudo levou à adopção pela OIE do conceito de comércio de produtos de base (CBT)

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

Produção de Aquacultura

2005

2006

2007

2008

2009

2010

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RISDP Revisto Quarta Versão

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que permite o comércio de carne de vaca proveniente de zonas livres de Febre

Aftosa (FMD) por meio de vacinação; e

iii) A capacidade dos Estados Membros para desenvolverem as Políticas de SPS foi

reforçada através do aprovisionamento de equipamento de laboratório para os

ensaios de produtos alimentícios no âmbito do Projecto de Segurança de Alimentos

(2008-12). Dez (10) laboratórios foram reforçados em 8 Estados Membros (Angola,

Namíbia, Malawi, Tanzânia, República Democrática do Congo, Seychelles, Zâmbia e

Zimbabwe) e foi efectuada a formação relevante de formadores.

Preparação para Calamidades relativamente à Segurança Alimentar

A presente secção pretende garantir a preparação e a sensibilização regional para calamidades em

termos da segurança alimentar, dado que a região da SADC é afectada frequentemente por

calamidades naturais e causadas pelo homem que levam à insegurança alimentar. As principais

metas foram:

i) O Estabelecimento de um Fundo de Reserva Alimentar;

ii) O Desenvolvimento de um Sistema Integrado de Informação Agrícola Regional; e

iii) O reforço dos sistemas de aviso prévio e das capacidades de avaliação da vulnerabilidade

Foi alcançado o seguinte:

i) Foi efectuado o Estudo para o estabelecimento do Fundo de Reserva Alimentar

Físico; contudo, os Estados Membros manifestaram a preferência por um Fundo de

Reserva Alimentar Financeiro;

ii) Foi estabelecido um Sistema de Gestão de Informação Agrícola (AIMS) para facilitar

a recolha, análise, arquivo de informações e integração de vários sistemas de

informação no seio da Região. Foi desenvolvido um website para permitir que os

Estados Membros tenham acesso atempado aos dados do comércio agrícola, a

informações sobre surtos de doenças, a segurança alimentar, ambiente, saúde

animal, produção e comercialização dos Estados Membros.

iii) Foram estabelecidas em 12 Estados Membros as Unidades de Aviso Prévio para

recolher, analisar e divulgar as informações de aviso prévio que cobrem a

precipitação sazonal e o desenvolvimento das culturas, a previsão das colheitas, a

monitorização das importações e exportações, das reservas alimentares, dos preços

e dos mercados. Esta informação é publicada regularmente aos níveis nacional e

regional. De modo semelhante, os Comités de Avaliação e Análise da

Vulnerabilidade (VAAC) foram também estabelecidos em 12 Estados Membros para

avaliar a disponibilidade de alimentos, efectuar o perfil da subsistência e as

vulnerabilidades e avaliar as necessidades em casos de emergência e de resposta. As

avaliações são usadas pelos Estados Membros para informar a formulação de

políticas, o desenvolvimento de programas e de intervenções de emergência que

levam à redução da vulnerabilidade no contexto da segurança alimentar.

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RISDP Revisto Quarta Versão

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Quadro Institucional e Capacidade para a implementação da segurança alimentar Este ponto diz respeito ao estabelecimento dos quadros jurídicos relevantes, à promoção de redes

efectivas e ao reforço de capacidades das instituições de intervenientes aos níveis regional e

nacional. As principais metas foram:

i) Acordos sobre Políticas comuns finalizados até 2009; e

ii) Redes Temáticas Prioritárias operacionais até 2006 e estabelecidos os Centros de Excelência

As realizações foram:

i) Em Junho de 2013 foi desenvolvida e aprovada uma Política Agrícola Regional (RAP) e espera-se que providencie um quadro para a harmonização das políticas agrícolas da SADC. Coloca todas as políticas, objectivos e investimentos agrícolas sob um mesmo enquadramento para uma melhor coordenação, um aumento na eficiência e na aplicação;

ii) Estabelecimento das instituições relevantes para a coordenação regional de programas, tais como, o Centro para a Coordenação da Investigação e Desenvolvimento Agrário da África Austral (CCARDESA) como um organismo sub-regional autónomo com a responsabilidade pela Agenda de Investigação e Desenvolvimento Agrícola da Região;

iii) Estabelecimento de um Secretariado para a coordenação da Área de Conservação Transfronteiriça Kavango-Zambeze (KAZA TFCA) que é, potencialmente, a área de conservação mais extensa do mundo, cobrindo aproximadamente 287 132 km² em cinco países da África Austral (Angola, Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe), circundando a área de Caprivi-Chobe-Victoria Falls;

iv) Estabelecimento da Comissão da Corrente de Benguela (BCC) que é uma iniciativa intergovernamental multissectorial que cobre Angola, Namíbia e a África do Sul para a promoção da gestão sustentável e protecção do Grande Ecossistema Marinho da Corrente de Benguela (BCLME). O BCC promove a cooperação entre os países participantes visto que se direcciona a uma abordagem regional integrada com base na ciência para a conservação, protecção e uso e gestão sustentável do BCLME; e

v) Estabelecimento de Centros de Excelência que apoiam o reforço de capacidades em várias áreas de cooperação regional na área de agricultura, tais como a Universidade de Kwazulu Natal nas Avaliações de Segurança e Vulnerabilidade Alimentar; a Universidade de Sokoine em Fauna Bravia e o Centro de Combate à Carraça e Doenças transmitidas pela Carraça no Malawi.

3.4.3 Desafios

Os desafios que afectaram a implementação das intervenções em agricultura, segurança alimentar e

ambiente incluem os seguintes:

i) O passo lento da transposição para o direito nacional e da implementação das políticas

principais tais como a Declaração de Dar-es-Salam; dos Protocolos sobre Actividades

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RISDP Revisto Quarta Versão

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Florestais, Pescas e Conservação da Fauna Bravia e Aplicação da Lei, o Anexo sobre SPS do

Protocolo sobre Trocas Comerciais; e as directrizes relativas à segurança de alimentos e

ambiente;

ii) Falta de cumprimento pelos Estados Membros dos quadros jurídicos e falta do mecanismo

jurídico para implementar as posições acordadas tais como as relativas a IUU e CITES e a

caça furtiva ao rinoceronte;

iii) Fraca monitorização da implementação dos protocolos, programas e projectos regionais

devido, principalmente, à capacidade limitada para se recolher atempadamente os dados

fiáveis; e

iv) Falta de recursos para a sustentabilidade a longo prazo de programas regionais.

3.5 Desenvolvimento Social e Humano e Programas Especiais 3.5.1 Generalidades O cluster de Desenvolvimento Social e Humano cobre as áreas de Educação e Desenvolvimento de Aptidões, Saúde e Fármacos, Emprego e Mão-de-Obra, Órfãos, Crianças e Jovens Vulneráveis – como questões transversais – VIH e SIDA, e Ciências, Tecnologia e Inovação. A Direcção de Desenvolvimento Social e Humano e Programas Especiais (SHD&SP) tem como mandato garantir a disponibilidade de recursos humanos educados, competentes, saudáveis, produtivos necessários à promoção do investimento, eficiência, e competitividade da Região na economia global, assim como ao melhoramento da qualidade de vida da população da Região. As metas gerais para o desenvolvimento humano e social que foram alinhadas às dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) foram:

i) Todos os Estados Membros devem alcançar a meta de ensino primário universal e garantir

que todas as crianças completem o ensino primário, até 2015. Além disso, as lacunas de ingressos entre os rapazes e as raparigas no ensino primário e secundário devem ser eliminadas, preferivelmente até 2005 e, em todos os níveis de ensino, até 2015, o mais tardar. Para apoiar a concretização da meta geral do ODM referido acima, foram estabelecidas metas regionais específicas. Estas incluíram:

o Melhoramento do acesso, qualidade, eficiência e relevância de educação e formação a todos os níveis, particularmente do ensino secundário, educação e formação técnicas e vocacional (TVET), educação de professores e ensino superior; e

o Facilitação da implementação das disposições do Protocolo sobre Educação e Formação, incluindo o desenvolvimento do Quadro Regional de Qualificações (RQF); estabelecimento e reforço de Centros de Especialização e Excelência na Região.

ii) Todos os Estados Membros devem parar e começar a reverter a incidência de doenças

transmissíveis (VIH e SIDA, Tuberculose e malária) e de outras doenças de importância até 2015. A fim de apoiar a concretização da meta geral do ODM referida acima ODM, entre outras estiveram as metas regionais específicas foram:

o Desenvolvimento do quadro regional de avaliação do desempenho na implementação dos compromissos internacionais (tais como ODM) Declarações e Convenções de Abuja;

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RISDP Revisto Quarta Versão

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o Desenvolvimento de um quadro e mecanismos para o melhoramento sustentável da disponibilidade e acesso a medicamentos essenciais e a suplementos nutricionais para o combate às doenças transmissíveis mais importantes como o VIH e SIDA, Tuberculose, Malaria e doenças que reemergem (poliomielite e Ébola);

o Desenvolvimento de um Plano de Acção para a implementação do Protocolo de Saúde;

o Desenvolvidos e harmonizados os programas regionais para a prevenção, tratamento e cuidados relativos a VIH e SIDA até 2005;

o Pelo menos 9% das pessoas infectadas por VIH que necessitam de tratamento e cuidados receberam-nos até 2005;

o Os Estados Membros da SADC devem atribuir 15% dos seus orçamentos nacionais ao sector da saúde.

iii) Desenvolvimento do Quadro Regional de Avaliação monitorizando o desempenho na

implementação dos programas de produtividade, das políticas de trabalho e emprego

assim como das convenções fundamentais, dos códigos e das declaração e o

estabelecimento de um Sistema e Estrutura Regional Tripartidos.

3.5.2 Destaques das Realizações principais

Foi alcançado o seguinte: Educação e Formação

i) A adopção de nove (9) anos de ensino básico pelos Estados Membros da SADC como parte da implementação das disposições do Protocolo de Educação e Formação tem contribuído para o melhoramento do acesso ao ensino primário, como reflectido na Figura 14. Além disso, a maioria dos Estados Membros alcançou ou está prestes a alcançar a paridade de género com o Índice de paridade de Género de 1 tanto no ensino primário como secundário.

ii) A implementação do Protocolo sobre Educação e Formação foi coordenada efectivamente e é contínua. Foi desenvolvido um Plano Regional de Educação e Formação (RETIP) para facilitar a implementação do Protocolo da SADC sobre Educação e Formação, tendo em conta os compromissos continentais e globais, tais como as metas do Plano de Acção da Segunda Década da União Africana e da Educação para Todos (EFA). Várias áreas no Protocolo foram facilitadas, incluindo a Educação e Formação Técnica Vocacional (TVET), Ensino Superior e Ensino Aberto e à Distância (EAD), o estabelecimento de Organismos regulamentares e de garantia da qualidade e de Associações de Profissionais.

iii) A capacitação tem sido facilitada através do estabelecimento de Centros de Especialização na Planificação e Gestão da Política de Educação na Universidade de Dar-es-Salam, Universidade de Witwatersrand (África do Sul) e a Universidade Pedagógica (Moçambique); Administração e Gestão Públicas na Universidade do Botswana; e o Ensino Aberto e à Distância (ODL) para professores e para o ensino secundário na Universidade Aberta da Tanzânia (OUT) e no Colégio de Ensino à Distância do Malawi.

iv) Vários Estados Membros desenvolveram e estão a implementar os respectivos Quadros Nacionais de Qualificações (NQF). Isto levou ao desenvolvimento um projecto de Quadro

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RISDP Revisto Quarta Versão

60

Regional de Qualificações (RQF) que contém 10 níveis de indicadores, ao Portal de Qualificações e às directrizes de garantia de qualidade.

v) Foi desenvolvido um Sistema comum que é usado periodicamente para a recolha e a

comunicação de informações e dados pelos Estados Membros sobre a provisão actual de educação e formação na Região. Além disso, para facilitar o melhoramento de Sistemas de EMIS ao nível do ensino primário e secundário nos Estados Membros, as Normas e Regulamentos da SADC para o Sistema de Informação de Gestão de Educação (EMIS) foram desenvolvidos e estão a ser implementados.

Figura 14: Rácio Bruto de Ingressos e Índice de Paridade de Género no Ensino Primário, 2011

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RISDP Revisto Quarta Versão

61

Fonte: Dados recebidos dos Estados Membros da SADC

Saúde e Fármacos No âmbito do Plano de Implementação do Protocolo sobre Saúde da SADC foi alcançado o seguinte:

i) Um sistema para monitorizar os progressos no combate das doenças transmissíveis (VIH

e SIDA, Tuberculose e Malária). O Sistema faz o acompanhamento do progresso dos

compromissos continentais e mundiais (por exemplo, Declaração de Abuja, UNGASS,

ODM, Declaração de Maseru, WHA) numa base anual;

ii) Foi desenvolvido um Quadro Regional sobre Fármacos e está a ser implementado

cobrindo as áreas seguintes:

Uso racional de medicamentos essenciais;

Investigação, desenvolvimento e produção regional;

Regulação de medicamentos;

Aquisição em grosso e em conjunto;

020406080

100120140160180200

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Gross Enrolment Ratio

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1.2

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Ind

ex

Parity Index

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RISDP Revisto Quarta Versão

62

Medicamentos Tradicionais Africanos

Direitos de Propriedade Intelectual conexos ao Comércio (TRIPS) e

patentes;

Recursos humanos para fármacos; e

Necessidades farmacêuticas de emergência.

iii) Estão a ser implementados dois Planos Regionais de combate à Malária e Eliminação da

Malária. Como resultado, o fardo da malária foi reduzido com sete (7) Estados Membros

a alcançarem a meta de redução de morbilidade em 50% até 2010;

iv) Foram estabelecidos cinco (5) Centros Regionais de Especialização em Doenças

Transmissíveis (VIH e SIDA, Tuberculose e Malária;

v) Estão estabelecidas várias Directrizes que abordam a Saúde Pública, a saúde sexual e

reprodutiva para transposição para o direito nacional. As directrizes para a

documentação das melhores práticas em VIH e SIDA pediátrico, tuberculose e malária

foram operacionalizadas; e

vi) Foi desenvolvido o Plano Estratégico para a Medicina Tradicional Africanos foi também

desenvolvido. O Plano aborda os ensaios. Utilização, regulação/legislação aplicáveis aos

produtos e práticas.

Emprego e Trabalho

i) Os Estados Membros da SADC alcançaram 100% de ratificação das oito Convenções

Fundamentais da Organização Internacional do Trabalho. Foi estabelecido um Mecanismo

Regional de Avaliação pelos Pares, com base na Organização Internacional de Trabalho (OIT)

para monitorizar o cumprimento das Convenções ratificadas;

ii) Foram formulados e estão em implementação os Códigos de Conduta que orientam os

Estados Membros para que superem os desafios relativos ao trabalho infantil; o uso seguro

de químicos, incluindo as normas de Segurança e Saúde Ocupacional (OSH) e o VIH e SIDA no

mundo do trabalho e as respectivas ferramentas de monitorização e avaliação;

iii) O projecto de Protocolo relativo ao Emprego e Trabalho foi produzido em 2012 e foi

apresentado para aprovação pelo Conselho de Ministros;

iv) Está estabelecido um Fórum Regional Tripartido para facilitar a formulação, implementação

e monitorização de políticas e a consolidação da harmonia industrial;

v) Foi formulado e está a ser implementado o Sistema de Informação do Mercado de Trabalho

da SADC (LMIS) para providenciar informação sobre o mercado de trabalho, incluindo as

oportunidades de emprego e empreendedorismo para os intervenientes de modo a facilitar

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RISDP Revisto Quarta Versão

63

o acesso e a planificação e utilização efectivas dos recursos humanos e materiais no

mercado de trabalho; e

vi) Foi formulado e está a ser implementado o Programa de Trabalho Decente da SADC para

orientar os Estados Membros na promoção da criação de emprego, normas laborais, diálogo

social e protecção social na Região.

Combate à Pandemia de VIH e SIDA

i) As novas infecções de VIH na população adulta diminuíram em 32% entre 2001 e 2011 e o declínio correspondente nas infecções em crianças com menos de 15 anos foi de 48%. A tendência em novas infecções de VIH está reflectida na Figura 15.

Figura 15: Número de novos casos de VIH na SADC, 1990-2010

Fonte: Estimativas de UNAIDS, 2010

ii) Todos os Estados Membros estão a implementar as intervenções de Prevenção da

Transmissão da Mãe para o Filho (PMTCT) e a cobertura de PMTCT em 2011 foi de 76%. Até ao fim de 2011, 6 Estados Membros tinha concretizado as metas de acesso universal ao tratamento para 2015.

iii) Sessenta e três por cento (63%) da população adulta elegível para tratamento estava a ser tratada no fim de 2011. Esta percentagem é calculada com base no limite de CD4 de 350. Até ao fim de 2011, 6 Estados Membros tinham alcançado as metas universais de acesso universal ao tratamento para 2015. Cerca de 20% das crianças com menos de 15 anos elegíveis ao tratamento estavam a ser tratadas até ao fim de 2011.

iv) Foi criado e está operacional um Fundo da SADC de Combate ao VIH e SIDA. O Fundo financiou a implementação de intervenções inovadoras no âmbito da Agenda regional de Investigação.

No. of New HIV Infections in SADC Region, 1990-2010

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Years

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HIV

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(00

0)

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RISDP Revisto Quarta Versão

64

v) Estão a ser implementados os programas de prevenção e tratamento de infecções por VIH para as populações migrantes como um modo de aumentar o acesso a serviços.

Ciência, Tecnologia e Inovação

i) Foi desenvolvido e adoptado o Protocolo sobre Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) em Agosto de 2008, e um projecto Plano Estratégico sobre CTI para a operacionalização do Protocolo foi desenvolvido e espera aprovação.

ii) Em 2009 foi lançada uma Semana de Ciências, Engenharia e Tecnologia da SADC (SET) e os Estados Membros realizam Semanas de SET anualmente. Os Estados Membros têm mecanismos bilaterais e oferecem apoio mútuo, especialmente através da participação nos eventos da Semana SET.

iii) Foram estabelecidas várias parcerias estratégicas com os principais Parceiros de Cooperação Internacionais, tais como, Finlândia e a Comissão da União Europeia sobre o Programa de Apoio à Inovação na África Austral e CCAST-NET, respectivamente.

iv) Foram estabelecidos em colaboração com a NEPAD, Centros de Excelências Regionais ou

redes tais como a Rede da África Austral para Biociência; a Rede da África Austral de Centros

de Excelência da Água; Instituto Africano de Ciências Matemáticas e a Rede Pan-Africana de

Ciências de Laser – Centro Africano de Laser.

3.5.3 Desafios Para além da falta geral tanto de recursos financeiros como humanos, os desafios principais que foram enfrentados foram:

i) A lenta transposição e operacionalização pelos Estados Membros de todos os

instrumentos regionais acordados; ii) A ausência de estruturas nacionais adequadas de garantia de qualidade e de

qualificações para servirem como uma base para o desenvolvimento do Quadro Regional de Qualificações (RQF) atrasaram a finalização do RQF;

iii) Falta de financiamento sustentável da resposta ao VIH e SIDA a fim de satisfazer a procura crescente;

iv) A fraca resposta dos Estados Membros às solicitações de dados e informações o que resultou numa falta de base de dados regional consolidada para providenciar uma verdadeira imagem da procura e oferta no mercado de trabalho;

v) Progresso lento na finalização dos mecanismos com as organizações subsidiárias para implementarem os programas conexos ao desenvolvimento social e humano, especialmente nas áreas de Informação, Cultura e Desporto, para as quais foram definidas de novo as prioridades em 2007.

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RISDP Revisto Quarta Versão

65

3.6 Conclusão

É evidente que a implementação do RISDP tem progredido bem apesar os desafios enfrentados e

que o papel da SADC como facilitadora do desenvolvimento na Região tem tido sucesso em muitos

níveis e numa gama de áreas. É também certo que a com base no que foi lançado e melhorando o

desempenho na implementação do RISDP dentro dos prazos estabelecidos, exigirá um aumento nos

esforços, a reorganização de algumas prioridades, mas mais importante ainda, uma racionalização

dos recursos disponíveis.

As realizações descritas no presente capítulo contribuíram certamente para o melhoramento da vida dos habitantes da região da SADC. Contudo, seria necessário realizar-se a investigação específica para se confirmar o nível do impacto, e os benefícios alcançados, como resultado das intervenções com base no RISDP.

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RISDP Revisto Quarta Versão

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CAPÍTULO 4: Prioridades do RISDP para 2015-2020

4.1 Fundamento Lógico da Nova Definição de Prioridades

A nova definição de prioridades do RISDP, aprovada pelo Conselho de Ministros da SADC, na sua

reunião realizada em Agosto de 2007, tinha como objectivo o realinhamento das prioridades

existentes com a afectação de recursos em termos da sua importância relativa e maior impacto na

integração regional. O fundamento lógico do exercício foi definir melhor o foco da implementação

do RISDP e estabelecer um enquadramento de modo a atribuir os recursos para um maior impacto.

As prioridades para 2007 foram identificadas como sendo as seguintes:

a. Liberalização do Comércio/Económica e desenvolvimento, incluindo:

i. Livre circulação de bens, serviços e de factores de produção; ii. Convergência macroeconómica orientada para a estabilidade; iii. Integração do Mercado financeiro e cooperação monetária; iv. Investimento intrarregional e investimento directo estrangeiro. v. Competitividade produtiva e capacidade do lado da oferta

b. Infra-estruturas em Apoio à Integração Regional. c. Cooperação nas áreas de paz e segurança (como pré-requisito para a concretização da

Agenda de Integração Regional). d. Programas Especiais de dimensão regional no âmbito de Educação e Desenvolvimento de

Recursos Humanos, Saúde, VIH e SIDA e outras Doenças Transmissíveis, Segurança Alimentar e Recursos Nacionais Transfronteiriços, Estatísticas, Igualdade de Género, e Ciências, Tecnologia e Inovação e Investigação e Desenvolvimento.8

O RISDP Revisto toma em conta as experiências e as lições retiradas assim como os novos

desenvolvimentos que ocorreram desde 2007, e a análise SWOT apresentada no Capítulo 2. Assim,

para o período de 2015-2020 as prioridades acima, que são os principais pilares da cooperação e

integração regionais permanecem relevantes e foram reorganizadas do modo seguinte:

a) Prioridade A – Desenvolvimento Industrial e Integração do Mercado, incluindo:

Desenvolvimento industrial sustentável, competitividade produtiva e capacidade do lado da oferta;

Livre circulação de bens, serviços e de factores de produção;

Convergência macroeconómica orientada para a estabilidade;

Integração do Mercado financeiro e cooperação monetária;

Investimento intrarregional e investimento directo estrangeiro; e

Aprofundamento da integração regional.

b) Prioridade B - Infra-estruturas em Apoio à Integração Regional, incluindo:

Energia

Transportes (terrestre, aéreo e intermodal)

Turismo

TIC

Meteorologia

8 SADC, 2007, Acta da reunião do Conselho de Ministros realizada em Lusaka, Zâmbia, 14-15 de Agosto de 2007. Ponto

7.3.6

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RISDP Revisto Quarta Versão

67

Recursos Hídricos c) Prioridade C - Cooperação nas áreas de paz e segurança (como pré-requisito para a

concretização da Agenda de Integração Regional). d) Prioridade D - Programas Especiais de dimensão regional no âmbito de:

Educação e Desenvolvimento de Recursos Humanos;

Saúde, VIH e SIDA e outras Doenças de importância na saúde pública;

Emprego e Trabalho

Segurança Alimentar e Nutricional;

Recursos Naturais Transfronteiriços;

Meio-ambiente;

Estatística;

Sector Privado;

Igualdade de Género; e

Ciências, Tecnologia e Inovação e Investigação e Desenvolvimento

Para se avançar com a implementação do RISDP, o foco serão as Prioridades A e B. As metas no

âmbito da Prioridade D serão implementadas para apoiar a concretização e o cumprimento das

Prioridades A, B, e C. As inter-relações entre as quatro prioridades estão refletidas na Figura 16, o

que demonstra que a Prioridade é o catalisador para a concretização das Prioridades A, B e C em

termos de aprovisionamento de educação, competências, saúde, comunicação e outras dimensões

humanas. Os detalhes do processo estão apresentados abaixo.

Figura 16: Sinergias e Inter-relações entre as Prioridades A, B, C e D

A – Desenvolvimento Industrial e Integração do Mercado

B – Infra-estruturas em apoio da integração regional

C – Cooperação nas áreas de paz e segurança

D- Programas especiais de dimensão regional

A –

C- B -

D

B

A

C

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RISDP Revisto Quarta Versão

68

4.2 Cadeia de Resultados do RISDP Revisto

A hierarquia das metas e dos objectivos que orientarão as acções da SADC nos próximos anos está reflectida na Figura 17. Esta reflecte as relações causais entre os insumos, as actividades, os resultados, resultados tangíveis e o impacto. Os objectivos estratégicos e específicos para as Prioridades, definidos na cadeia de resultados são as seguintes:

Prioridade A: Objectivo Estratégico: Desenvolvimento industrial sustentável, integração do comércio e a cooperação financeira Objectivos específicos:

Aumentadas as cadeias de valor regionais e a agregação de valor para os produtos agrícolas e não agrícolas

Consolidada a ZCL da SADC

Melhorado o ambiente macroeconómico

Melhorados os sistemas do mercado financeiro e a cooperação monetária

Aumentado o investimento intrarregional e o investimento directo estrangeiro

(…..)

Incrementado o Comércio Intra-África

Aumentado o envolvimento do sector privado na integração regional

Incrementado o progresso no aprofundamento da integração regional. Prioridade B: Objectivo Estratégico: Infra-estruturas regionais melhoradas e integradas Objectivos Específicos:

Estratégias, políticas e quadros regulamentares harmonizados para o desenvolvimento e as operações de Infra-estruturas e serviços transfronteiriços

Melhoradas as Infra-estruturas e redes integradas

Incrementada a capacidade para construção, manutenção e operação das Infra-estruturas e serviços regionais

Aumentado o acesso e a acessibilidade a Infra-estruturas e serviços

Aumentada a competitividade e a liberalização dos mercados regionais para energia, TIC, transportes e turismo

Prioridade C: Objectivo estratégico: Melhorada a cooperação nas áreas de paz e segurança Objectivos específicos:

Reforçada a edificação da paz regional

Reforçada a prevenção, resolução e gestão de conflitos

Reforçada a gestão de risco de calamidades

Reforçada a defesa regional colectiva

Reforçado o sistema regional de aviso prévio

Reforçada a segurança transfronteiriça

Reforçadas as Operações de Apoio à Paz

Reforçada a gestão na área da migração e refugiados

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RISDP Revisto Quarta Versão

69

Prioridade D: Objectivo estratégico: Melhoradas as capacidades humanas para o desenvolvimento socioeconómico Objectivos específicos:

Melhorada a monitorização e análise das tendências da pobreza na Região

Aumentado o acesso a educação e competências de qualidade para o desenvolvimento industrial e outras áreas para a integração e desenvolvimento social e económico

Aumentada a disponibilidade e o acesso a serviços e produtos de qualidade na área da saúde, VIH e SIDA

Reforçada a criação de emprego, as relações laborais, as informações sobre o mercado de trabalho e a produtividade laboral para o desenvolvimento industrial

Aumentada a produção, produtividade e competitividade de culturas, pecuária, actividades florestais, pescas e fauna bravia em apoio ao comércio, indústria e segurança alimentar na Região.

Incrementado o acesso ao Mercado de produtos agrícolas (culturas, pecuária e recursos naturais)

Reduzida a vulnerabilidade social e económica no contexto de segurança alimentar e nutricional

Reforçadas a gestão e conservação sustentáveis dos recursos naturais, do meio-ambiente e dos recursos fitogenéticos e genéticos animais.

Reforçada a igualdade e equidade de género

Melhorada a qualidade das estatísticas regionais

Reforçada a aplicação da ciência, tecnologia e inovação em apoio às prioridades da integração regional

Reforçado o desenvolvimento, a capacitação e a participação da juventude em todos os aspectos de desenvolvimento social e económico e da integração regional.

As áreas de intervenção, a par das Prioridades definidas, assim como das questões transversais, estão definidas na secção 4.3. É importante reconhecer que o maior valor das acções projectadas em cada uma destas áreas,

mesmo produzindo resultados importantes como actividades independentes, reside no facto que

reforçam e contribuem significativamente para acções noutras áreas e para a concretização de

metas mais elevadas. Os seus efeitos são sinergéticos, interligados, complementares e cumulativos.

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RISDP Revisto Quarta Versão

70

Figura 17: Cadeia de Resultados do RISDP Revisto

Objectivo

geral

Objectivos Estratégicos

Objectivos específicos

Visão

-Politica e quadro regulamentar harmonizados para o desenvolvimento de infra-estruturas e serviços transfronteiriços

- Melhorado o portfolio de projectos bancáveis - Infraestruturas e redes integradas melhoradas -Capacidade aumentada para a construção, manutenção e operação de infraestruturas e serviços regionais -Aumentado o acesso e acessibilidade a infra-estruturas e serviços -Aumentada a competitividade e a liberalização de mercados regionais para energia, TIC e transporte.

-Reforçada a construção da paz regional -Reforçadas a prevenção, resolução e gestão de conflitos -Reforçada a gestão do risco de calamidades -Reforçada a defesa regional colectiva -Reforçado o aviso prévio regional -Reforçada a segurança transfronteiriça -Reforçada a formação em Operações de Apoio à Paz -Reforçada a gestão da migração e de refugiados

-Melhorada a monitorização e análise de tendências da pobreza na Região. -Aumentado o acesso a educação e competências de qualidade e relevantes - Aumentado o acesso à disponibilidade de serviços e produtos de saúde e tratamento de VIH e SIDA - Reforçada a criação de emprego, relações laborais, informação do mercado e produtividade - Reduzida a vulnerabilidade social no contexto de segurança alimentar e nutricional -Reforçada a gestão e conservação sustentáveis dos recursos naturais, do meio ambiente e dos recursos fitogenéticos e recursos genéticos animai -Reforçada a igualdade e equidade de género - Melhorada a qualidade de estatísticas regionais -Reforçada a aplicação de ciências, tecnologia e inovação -Reforçado o desenvolvimento e a capacitação da juventude.

Resultados específ icos – ver o Texto e a Matr iz dos Resul tados (Anexo 2)

- Reforçado o desenvolvimento industrial - Aumentadas as cadeias de valor e a agregação de valor para produtos agrícolas e não-agrícolas - ZCL da SADC consolidada -Melhorado o ambiente macroeconómico -Reforçados os sistemas de mercado financeiro e a cooperação monetária -Melhorado o investimento intra-regional e o investimento directo estrangeiro *……+ -Aumentado o comércio intra-África -Melhorado o envolvimento do sector privado na integração regional - Incrementado o progresso no aprofundamento da integração regional

Bem-estar económico, melhoramento dos padrões de vida e da qualidade de vida, liberdade e justiça social e paz e

segurança para a população da Africa Austral

Crescimento económico e o desenvolvimento socioeconómico sustentáveis e equitativos através de sistemas produtivos

eficientes, da cooperação e integração mais profundas, boa governação e paz e segurança duradouras para que a Região

surja como um interveniente competitivo nas relações internacionais e na economia mundial.

Desenvolvimento

Industrial Sustentável, a

integração do comércio e

a cooperação financeira

Infraestruturas regionais melhoradas

e integradas

Melhorada a cooperação nas áreas de paz e segurança

Melhoradas as capacidades humanas para o desenvolvimento socioeconómico

Actividades

Contribuições

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28 de Abril de 2014/12:30

4.3 Áreas de Intervenção Prioritárias

O objectivo geral das áreas de intervenção permanece mais ou menos o mesmo que foi descrito no

RISDP original. As mudanças pertinentes aplicam-se às principais áreas de intervenção e onde as

mudanças tiveram lugar as estratégias correspondentes foram também modificadas. Estas estão

descritas nas secções que se seguem, e os resultados específicos estão descritos com mais detalhe no

Anexo 2.

4.3.1 Questões Transversais

4.3.1.1 Redução da Pobreza

Objectivo Geral O objectivo geral da área de intervenção relativa à pobreza garantir o objectivo último da erradicação da pobreza. Áreas de intervenção A redução da pobreza é abordada em todas as áreas de integração e cooperação regionais. As áreas específicas de intervenção estão elaboradas no Plano Regional de Redução da Pobreza da SADC, nomeadamente:

i) Quadro macroeconómico pró-pobre; ii) Desenvolvimento social e humano; iii) Agricultura, segurança alimentar e recursos naturais; iv) Infra-estruturas para a integração regional; e v) Questões transversais tais como género e desenvolvimento, VIH e SIDA, Estatística e

desenvolvimento do sector privado.

Estratégias

Operacionalizar o Plano Regional da SADC para a Redução da Pobreza;

Reforçar as parcerias e colaboração com intervenientes;

Harmonizar dos indicadores de pobreza;

Estabelecer redes e divulgar informação sobre as tendências da pobreza;

Desenvolver os perfis da pobreza e dos mapas da pobreza para os Estados Membros da SADC;

Coordenar a implementação dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) pós 2015

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SADC RISDP Revisto T Versão

72

Resultados específicos seleccionados

1. Plataforma para partilha das melhores práticas sobre parcerias de negócios estabelecida e operacional até 2017

2. Estratégias de redução de pobreza desenvolvidas e adoptadas até 2019 3. 4. Indicadores da SADC para o rastreio da pobreza e das condições de vida adoptados até 2015 5. Base de dados harmonizada de perfis e mapas da pobreza para os Estados Membros criada

até 2016

Os resultados específicos detalhados estão reflectidos no Anexo 2. 4.3.1.2 Combate à Pandemia de VIH e SIDA Objectivo Geral O objectivo geral desta área de intervenção é diminuir o número de indivíduos e famílias infectados e afectados por VIH e SIDA na região da SADC de modo a que o VIH e SIDA já não seja um risco para a saúde pública e para o desenvolvimento socioeconómico. Áreas de intervenção De acordo com a Declaração de Maseru sobre VIH e SIDA o foco será o seguinte:

i) Prevenção de VIH: Desenvolvimento de uma estratégia regional de prevenção do VIH para superar as questões emergentes e considere as populações especiais, tais como, os jovens, as mulheres e raparigas, populações migrantes;

ii) Tratamento de VIH: Melhoramento do acesso ao tratamento para crianças e adolescentes,

melhorando a qualidade de tratamento em termos de acompanhamento do doente, gestão da adesão e eficácia de artigos necessários e reforço e sustentabilidade da cobertura do tratamento;

iii) Financiamento sustentável: Facilitação da mobilização efectiva de recursos aos níveis nacional e

regional para se suster e alargar os ganhos na prevenção, tratamento, cuidados e mitigação do impacto;

iv) Transposição para o direito nacional: divulgação, implementação e monitorização de políticas e

enquadramentos;

v) Inclusão da problemática de VIH e SIDA: Promoção da integração da problemática de VIH nas funções fundamentais dos vários sectores e desenvolvimento das capacidades para a inclusão tanto aos níveis de políticas e de programas; e

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SADC RISDP Revisto T Versão

73

vi) Monitorização e Avaliação: Reforço da monitorização e avaliação dos compromissos mundiais aumentando a eficácia dos sistemas de M&E de acordo com a perspectiva de género e através do reforço de capacidades.

Estratégias

Desenvolver e harmonizar as políticas para facilitar as respostas harmonizadas e integradas ao VIH e SIDA;

Reforçar as capacidades para a programação, planificação e gestão efectivas das respostas integradas ao VIH e SIDA;

Mobilizar os recursos para respostas multissectoriais sustentáveis e incrementadas;

Monitorizar a avaliação dos progressos direccionados aos compromissos regionais, continentais e mundiais;

Promover parcerias e a colaboração com os principais intervenientes na luta contra o VIH e SIDA

Resultados Específicos Seleccionados

1. Estratégia regional de prevenção do VIH e SIDA revista e implementada até 2017 2. Iniciativas Transfronteiriças de combate ao VIH e Coinfecção da Tuberculose totalmente

implementadas até 2020 3. Mulheres, homens, crianças e adolescentes beneficiam de estratégias, políticas e programas

harmonizados e sustentáveis para um maior acesso e tratamento, cuidados e apoio de qualidade até 2020.

4. Problemática de VIH e SIDA/Tuberculose inserida ao nível do Secretariado da SADC e nos principais sectores até 2018.

5. Todos os Estados Membros estabeleceram sistemas de reforço de capacidade e harmonizados para o acompanhamento e gestão de recursos até 2018.

Os detalhes dos resultados específicos estão reflectidos no Anexo 2.

4.3.1.3 Igualdade de Género e Desenvolvimento

Objectivo Geral O objectivo geral da presente área de intervenção é facilitar a concretização do empoderamento da Mulher e a igualdade de género, e a promoção de desenvolvimento que seja sensível ao conceito de género, centrado nos seres humanos e no alívio da pobreza a fim de contribuir para a inclusão e justiça social. Áreas de Intervenção

i) Desenvolvimento de políticas e harmonização de quadros regionais e nacionais e a implementação do Protocolo da SADC sobre Género e Desenvolvimento;

ii) Inclusão do Conceito de Género em todas as estruturas e instituições da SADC e ao nível dos Estados Membros;

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SADC RISDP Revisto T Versão

74

iii) Empoderamento económico da Mulher

iv) Igual participação e representação da Mulher nos processos políticos e de decisão;

v) Violência com base de Género;

vi) Investigação, Monitorização e Avaliação da implementação dos compromissos na área de Género na SADC.

Estratégias

Transpor para o nível nacional e implementar as políticas-quadro regionais e internacionais, tais como, o Protocolo da SADC sobre Género e Desenvolvimento e a Política de Género da SADC e o Quadro da SADC para a Concretização da Paridade de Género nos cargos políticos e de tomadas de decisão;

Capacitar sobre a inclusão do conceito de género em todas as políticas, programas e actividades sectoriais aos níveis nacionais e regionais usando o Toolkit para a Inclusão do Conceito de Género da SADC;

Implementar a Estratégia da SADC de Combate à Violência com base em Género e do Plano de Acção Estratégico da SADC para 10 anos para o Combate ao Tráfico de Pessoas, especialmente de mulheres e crianças (2009-2019);

Desenvolver um programa regional multidimensional sobre o Empoderamento Económico da Mulher;

Estabelecer parcerias e colaboração com os principais intervenientes para acelerar a implementação do Protocolo da SADC sobre Género e Desenvolvimento; e

Realizar investigação, monitorizar e avaliar o progresso alcançado pelos Estados Membros na implementação do Protocolo da SADC sobre Género e Desenvolvimento.

Resultados específicos seleccionados

1. Políticas Nacionais de Género e Planos de Acção alinhados com a Política de Género da SADC, e o Protocolo sobre Género e Desenvolvimento implementados até 2020.

2. A capacidade para a inclusão do conceito de Género desenvolvida e/ou reforçada até 2020 3. Os progressos da SADC direccionados à concretização da paridade de género a todos os

níveis monitorizados até 2020.

4. Implementação da Estratégia da SADC de Combate à Violência com Base em Género e do

Plano de Acção Estratégico da SADC para 10 anos sobre o Combate ao Tráfico de Pessoas,

especialmente de mulheres e crianças (2009-2019) monitorizada até 2020

5. Programa regional multidimensional para a capacitação económica da Mulher desenvolvido

e implementado até 2020

6. SADC Gender Monitor sobre a implementação do Protocolo da SADC sobre Género e Desenvolvimento produzido de dois em dois anos.

Os detalhes dos resultados específicos estão reflectidos no Anexo 2.

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SADC RISDP Revisto T Versão

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4.3.1.4 Ciência, Tecnologia e Inovação

O objectivo geral é criar um ambiente conducente para a utilização da ciência, tecnologia e inovação (CTI) como uma ferramenta para superar os desafios socioeconómicos tendo em vista o desenvolvimento socioeconómico na Região. Áreas de Intervenção

i) Desenvolvimento e harmonização das políticas de ciências, tecnologia e inovação na Região; ii) Atrair e promover Parcerias Público-Privadas (PPP), o investimento em CTI e em Infra-estruturas

de Investigação e Desenvolvimento; iii) Desenvolvimento e promoção de investigação, inovação e transferência de tecnologias; iv) Promoção da compreensão do público, a defesa e a sensibilização sobre ciência, tecnologia e

inovação; v) Desenvolvimento e reforço das capacidades regionais em CTI; vi) Fomento e reforço da protecção dos Direitos de Propriedade Intelectual (IPR); vii) Promoção da participação da Mulher e dos Jovens em ciência, engenharia e tecnologia; e viii) Promoção e reforço da cooperação regional em ciência, tecnologia e inovação.

Estratégias

Desenvolver e harmonizar as políticas e programas de CTI;

Transpor para o direito nacional do Protocolo sobre CTI;

Estabelecer os programas regionais colaborativos de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (R&DI) em áreas prioritárias;

Desenvolver e reforçar as capacidades regionais sobre CTI;

Criar Centros de Especialização e Excelência regionais em áreas prioritárias de CTI e reforçar as redes e dos centros existentes;

Estabelecer parcerias regionais estratégicas para promoção da colaboração e estabelecimento de redes em ciência, tecnologia e inovação; e

Criar instrumentos ou mecanismos de financiamento regional para apoiar a pesquisa e desenvolvimento, assim como os programas de inovação; e

Coordenar, monitorizar e avaliar os programas de CTI na Região.

Resultados Específicos Seleccionados

1. Protocolo sobre Ciência, Tecnologia e Inovação (e outros quadros continentais e mundiais tais como a Estratégia da UA para CTI - STISA -2024) ratificados, transpostos para o direito nacional e implementado até 2020.

2. Plano Estratégico de CTI da SADC para 2015-2020 implementado até 2016 3. Directrizes Regionais nas áreas de Direitos de Propriedade Intelectual desenvolvidas e

implementadas até 2020. 4. Programas regionais para facilitar a investigação, inovação e transferência de tecnologias

estabelecidos e implementados até 2018. 5. Portal Regional sobre CTI estabelecido e operacional até 2016 6. Carta Regional sobre a Mulher em Ciência, Engenharia e Tecnologia aprovada e

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SADC RISDP Revisto T Versão

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implementada até 2020.

Os detalhes dos resultados específicos estão reflectidos no Anexo 2. 4.3.1.5 Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Objectivo Geral

O objectivo geral desta área de intervenção é garantir o uso equitativo e sustentável do ambiente para benefício das gerações presentes e futuras. A gestão sustentável do ambiente também apoiará a Estratégia Mundial da Economia Verde Azul. Áreas de Intervenção

i) Desenvolvimento e transposição para o nível nacional dos quadros jurídicos e regulamentares; ii) Inclusão do ambiente em todas as áreas prioritárias de intervenção; iii) Desenvolvimento de sistemas regionais para avaliação, monitorização e elaboração os relatórios

sobre as condições e tendências ambientais; iv) Promoção de parcerias com os principais intervenientes sobre questões ambientais.

Estratégias

Desenvolver e implementar as políticas, enquadramentos jurídicos e regulamentares regionais relativos ao ambiente e recursos naturais;

Desenvolver a ferramentas que facilitem a inclusão das questões ambientais noutros sectores;

Envolver e reforçar os Centros de Excelência para a gestão ambiental;

Gerar, documentar e compartilhar informação sobre o meio-ambiente e recursos naturais;

Coordenar os fóruns regionais e desenvolver programas, estratégias e linhas orientadoras regionais para a transposição para o direito nacional e implementação dos Acordos Multilaterais sobre o Ambiente.

Resultados Específicos Seleccionados

1) Intervenções de gestão ambiental ao abrigo do Protocolo sobre o Ambiente transpostas para o direito nacional até 2019

2) Apoiada e monitorizada até 2019 a implementação de programas sobre as Alterações Climáticas, Biodiversidade, Gestão de Resíduos, Desenvolvimento Sustentável, a Estratégia Sub-regional de Combate à Desertificação e o Fundo da SADC de Apoio à Reforma Agrária

3) Desenvolvidos até 2020 as Estratégias e os Planos de Acção Regionais da SADC de Economia Azul e Verde

4) Desenvolvidos até 2019 a Previsão do Ambiente na África Austral, os relatórios de previsão temáticos, Directrizes e Normas para a Avaliação Ambiental

5) Coordenada e facilitada até 2020 a implementação de Acordos Multilaterais sobre o Ambiente (MEA) (UNFCC, CBD, CCD, RAMSAR, CITES, etc.)

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Os detalhes dos resultados específicos estão indicados no Anexo 2 sob o ponto Agricultura, Segurança Alimentar e Recursos Naturais. 4.3.1.6 Sector Privado Objectivo Geral O objectivo é melhorar o ambiente de fazer negócios (Doing Business) na Região bem como garantir os mecanismos políticos e institucionais efectivos para o Diálogo Público-Privado. Áreas de Intervenção O foco será:

Quadro de políticas e institucional para o envolvimento do sector privado;

Levantamentos da Competitividade e do Clima empresarial; e

Definição de prioridades das actividades de criação de emprego.

Estratégias

Desenvolver e estabelecer um mecanismo institucional para envolvimento do sector privado;

Desenvolver uma parceria e estratégia de colaboração com o sector privado; e

Implementar os inquéritos do ambiente de negócio regional.

Resultados Específicos Seleccionados

1. Desenvolvida e implementada até 2017 a Estratégia Regional sobre Negócios Inclusivos 2. Desenvolvida e implementada até 2016 a Estratégia de Parceria e Colaboração Regional do Sector

Privado

Os detalhes dos resultados específicos estão reflectidos no Anexo 2

4.3.1.7 Estatística

Objectivo Geral A compilação e a divulgação de estatísticas desagregadas regionais de qualidade através da realização de programas de reforço de capacidade e formação, da harmonização de dados estatísticos e o uso de inovações tecnológicas mais avançadas e do avanço através da implementação da Estratégia Regional para o Desenvolvimento de Estatísticas serão a prioridade da Região. Áreas de Intervenção As áreas de intervenção serão as seguintes em conformidade com a Estratégia Regional para o Desenvolvimento de Estatísticas:

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(i) Harmonização das Estatísticas Regionais; (ii) Desenvolvimento do Protocolo sobre Estatística; (iii) Parcerias e redes na área de estatísticas na Região; (iv) Reforço de capacidades e formação em estatísticas na Região; e (v) Base de Dados Integrada de Estatísticas Regionais Integrada

Estratégias

Estabelecer mecanismos e ferramentas efectivos para a recolha de dados e a compilação de estatísticas regionais;

Implementar enquadramentos acordados e normas e métodos de estatística comuns adaptados às circunstâncias regionais para facilitar a harmonização de estatísticas;

Desenvolver e implementar um Protocolo sobre Estatística para a coordenações das estatísticas regionais;

Estabelecer o fórum utilizador-produtor ao nível regional para promover a participação dos intervenientes principais nas actividades da área de estatísticas regionais;

Reforçar o uso de Inovações Tecnológicas modernas de Informação e Comunicação para o desenvolvimento e manutenção de base de dados de estatística integrada;

Promover parcerias e redes entre os Sistemas Nacionais de Estatísticas e as instituições de formação tanto ao nível nacional como regional e em estatísticas oficiais.

Resultados Específicos Seleccionados 1. Desenvolvidos até 2017 os Manuais e as linhas orientadoras para a produção de estatísticas

normalizadas e harmonizadas. 2. Desenvolvido e implementado até 2020 o Quadro de Políticas e Jurídico para a coordenação de

estatísticas regionais 3. Implementados até 2018 os quadros acordados e normas e métodos comuns de estatística

adaptados às circunstâncias regionais para facilitar a harmonização de estatísticas 4. Estabelecido até 2018 o Fórum do utilizador-produtor ao nível regional para promover a

participação dos intervenientes principais nas actividades de estatística regionais.

Os detalhes dos resultados específicos estão reflectidos no Anexo 2.

4.3.2 Desenvolvimento Industrial e Integração do Mercado

Objectivo Geral O objectivo geral da presente área de intervenção é facilitar o desenvolvimento industrial competitivo e

diversificado, a liberalização e a integração do comércio e financeira, a estabilidade macroeconómica,

assim como o aumento no investimento para a integração regional mais aprofundada e a erradicação da

pobreza.

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Na área de integração do desenvolvimento industrial sustentável, a competitividade produtiva e a

capacidade do lado da oferta o objectivo é promover as cadeias de valor regionais e aumentar a

agregação de valor para os produtos agrícolas e não agrícolas através de:

Implementação do Programa de Melhoramento e Modernização Industrial (IUMP);

Operacionalização da Política-Quadro Industrial;

Desenvolvimento do Protocolo sobre Indústria;

Implementação do Protocolo sobre Actividades Mineiras; e

Implementação da Política Agrícola Regional.

Na área de integração do mercado de bens e serviços, o objectivo é aumentar o comércio intra-SADC e

extra-SADC com base em acordos comerciais justos, equitativos e com benefícios mútuos. Isto será

alcançado através da consolidação da ZCL da SADC abordando as questões de:

Regras de Origem;

Implementação das listas de Redução tarifária;

Adesão pelos Estados não-Partes ao Protocolo sobre Trocas Comerciais da SADC

BNT;

Facilitação do Comércio;

Comércio de Serviços.

Na área de integração do mercado financeiro e de cooperação financeira o objectivo é criar um

ambiente favorável ao crescimento sustentável e para o avanço da cooperação, coordenação e

harmonização nos sectores financeiro e de investimento, implementando o Protocolo sobre Finanças e

Investimento, em particular:

Convergência macroeconómica;

Políticas harmonizadas do mercado financeiro;

Reforçada a cooperação monetária; e

Programa de Acção Regional sobre o Investimento

Áreas de Intervenção

i) Desenvolvimento Industrial, Cadeias de Valor Regionais (cooperação industrial) e Agregação de Valor;

ii) A ZCL da SADC iii) A ZCL Tripartida (ZCLT); iv) Programa de Acção Regional sobre Investimento (RAPI) v) Integração e Cooperação do Mercado Financeiro

Estratégias

Desenvolver e implementar as estratégias regionais relativas a cadeias de valor e agregação de valor em sectores prioritários selecionados, concentrando-se em operações de mão-de-obra intensiva;

Implementar o Programa de Melhoramento e Modernização Industrial (IUMP)

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Operacionalizar a Política-Quadro de Desenvolvimento Industrial, de acordo com o número 2 do Artigo 4º do Protocolo sobre Trocas Comerciais;

Utilizar o RISDMP para catalisar o desenvolvimento industrial

Implementar a Matriz do Plano de Acção da SADC relativo à Consolidação da ZCL da SADC;

Concluir as negociações e implementar a ZCL Tripartida;

Implementar a Iniciativa para o Fomento do Comércio Intra-Africano (BIAT)

Concluir as negociações e implementar o Protocolo sobre Trocas de Serviços (relativamente aos seis sectores prioritários);

Desenvolver o Protocolo sobre Indústria;

Operacionalizar as duas primeiras rubricas do Fundo de Desenvolvimento da SADC;

Operacionalizar o Mecanismo de Avaliação pelos Pares;

Desenvolver e Implementar o Plano de Investimento na Política Agrícola Regional;

Avaliar o progresso alcançado rumo à União Aduaneira da SADC, incluindo as implicações da sobreposição de afiliações.

Resultados Específicos Seleccionados

1. Estratégia Regional de Industrialização e Roteiros desenvolvidos até 2015 2. Estratégias Regionais de cadeias de valor e agregação de valor agrícolas e não agrícolas em

sectores seleccionados desenvolvidas e implementadas até 2020 3. Políticas e Estratégias para a exploração de oportunidades de desenvolvimento industrial em

cooperação com outras regiões desenvolvidas e implementadas até 2018 4. Centros industriais regionais de excelência e especialização para sectores prioritários

seleccionados identificados e implementados e reforçados até 2020 5. Capacidade Jurídica e Institucional para a formulação, implementação e aplicação dos direitos de

propriedade intelectual (IPR), incluindo Conhecimento Tradicional e Biodiversidade desenvolvidos até 2020

6. Leis e regulamentos modelos para sectores prioritários elaborados e implementados até 2017 7. Finalizada até 2018 a Estratégia para a utilização do Plano Director Regional de Desenvolvimento

de Infra-estruturas (RIDMP) para catalisar o desenvolvimento industrial finalizado e operacionalizados até 2016

8. Adesão ao Protocolo sobre Trocas Comerciais pelos Estados Membros ainda pendentes até 2020 9. Regras de Origem da SADC revistas até 2019 10. Quadro de Desenvolvimento e Promoção do Comércio Regional desenvolvido e implementado até

2018 11. Negociações sobre o Comércio de Serviços em seis sectores prioritários finalizadas até 2016 12. Protocolo sobre o Comércio de Serviços ratificado e implementado até 2020 13. Mecanismo de Pagamento Transfronteiriço desenvolvido e implementado na totalidade até 2020 14. Fundo de Desenvolvimento da SADC operacionalizado até 2020 15. Protocolo sobre Indústria desenvolvido e operacionalizado até 2020 16. Programa de Acção Regional sobre Investimento (RAPI) desenvolvido integralmente e

operacionalizado até 2017 17. Regime de comércio transfronteiriço simplificado desenvolvido e implementado até 2018 18. Plano Regional de Investimento da Política Agrícola desenvolvido e operacionalizado até 2017

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Os detalhes dos resultados específicos estão reflectidos no Anexo 2.

4.3.3 Infra-estruturas em Apoio à Integração Regional

Objectivo Geral O objectivo geral desta área de intervenção é alcançar redes e serviços de Infra-estruturas

transfronteiriças eficientes, contínuas, integradas e com eficácia de custos que permitirão o

desenvolvimento económico, a integração regional e o alívio da pobreza na Região.

Áreas de Intervenção

i) Desenvolvimento, reforma e harmonização de políticas, instrumentos jurídicos, institucionais e

regulamentares;

ii) Desenvolvimento, construção, manutenção e reabilitação das redes de Infra-estruturas

regionais através da implementação dos Planos de Acção a Curto e Médio Prazos do Plano

Director Regional de Desenvolvimento de Infra-estruturas (RIDMP)

iii) Estabelecimento de instituições e quadros regionais (em áreas, tais como, bacias hidrográficas,

transporte, corredores, pools energéticos, áreas de turismo transfronteiriças, meteorologia,

organizações regionais de inspecção regulamentar, etc.).

iv) Desenvolvimento de capacidades para o desenho, desenvolvimento, implementação,

manutenção e operações das redes, programas e projectos infraestruturais.

Estratégias

Implementar o Plano de Acção a Curto Prazo do RIDMP (STAP) para 2012-2017 e o Plano de

Acção a Médio Prazo (MTAP) para 2018-2023

Promover e reforçar as Parcerias Público-Privadas para o desenvolvimento, financiamento e

operacionalização de infraestruturas;

Coordenar a preparação de projectos para garantir a disponibilidade de projectos bancáveis;

Liberalizar e integrar os mercados regionais para serviços de infraestruturas;

Harmonizar a Estratégias, Políticas, Regulamentos, Sistemas e Normas;

Estabelecer e reforçar as instituições regionais para coordenação de Infra-estruturas e serviços

Resultados Específicos Seleccionados

1. Os mecanismos institucionais entre países para a coordenação e implementação do STAP e MTAP do RIDMP operacionalizados até 2015

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2. Plano de Expansão de Geração e Capacidade de Transmissão de Energia Eléctrica implementado até 2020

3. Reforçada a capacidade institucional das organizações de bacias hidrográficas da SADC até 2020 4. Interconectividade da banda larga na região da SADC reforçada e implementada até 2020 5. Roteiro da SADC para a Migração de Difusão Digital e Televisão Terrestre Pós Digital (DTT)

finalizado e implementado até 2020 6. Organização de Segurança da Aviação da SADC (SASO) estabelecida e operacionalizada até 2016 7. Serviços Meteorológicos Nacionais e Regionais reforçados para estarem em conformidade com

as normas e práticas internacionais até 2020 8. Estratégia de Corredores Marítimos para os Estados Membros Oceânicos desenvolvida e

implementada até 2020

Os detalhes dos resultados específicos estão reflectidos no Anexo 2.

4.3.4 Cooperação nas Áreas de Paz e Segurança

A cooperação política é também necessária para fins de actualização da interdependência e complementaridade do RISDP e do Plano Estratégico Indicativo do Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança (SIPO). Portanto, o futuro acordo prevê que os dois planos traduzir-se-ão numa única estratégia, que providenciará uma abordagem holística para as questões relativas ao desenvolvimento económico sustentável, paz e segurança na região da SADC. Em vista do acima, as principais metas/actividades específicas para esta área de intervenção não estão incluídas neste documento visto já aparecerem no SIPO Revisto (2010).

4.3.5 Agricultura, Segurança Alimentar e Recursos Naturais

Objectivo Geral O objectivo geral da presente área de intervenção é desenvolver, promover e coordenar e facilitar a harmonização de políticas e programas que visam o aumento da produção, produtividade e competitividade do sector agrícola e dos recursos naturais, a promoção do comércio agrícola, a fim de garantir a segurança alimentar e o desenvolvimento económico sustentável na Região.

Áreas de Intervenção

i) Produção, Produtividade e Competitividade dos produtos agrícolas (culturas, pecuária, pescas, actividades florestais e fauna bravia) numa base sustentável através de:

Melhorar o acesso, apropriação e utilização da terra, dos factores de produção, incluindo mão-de-obra, capital e competências empresariais;

Reduzir a incidência de doenças e pragas de plantas e animais transfronteiriças;

Reforçar o cumprimento das medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS) e de segurança dos alimentos;

Reduzir as perdas pós-colheitas de produtos agrícolas; e

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Aumentar a produção de aquacultura.

ii) Segurança alimentar e nutricional e a mudança dos ambientes económico e climático através

de:

Redução da vulnerabilidade social e económica; e

Desenvolvimento da resiliência a longo prazo e das capacidades de adaptação em

termos de segurança alimentar e nutrição.

iii) Gestão sustentável dos recursos naturais através de:

Facilitação e monitorização da implementação de Protocolos sobre Actividades Florestais, Pescas e Fauna Bravia e a Aplicação da Lei.

iv) Conservação e utilização dos recursos fitogenéticos e genéticos animais através de:

Consolidação da conservação de recursos fitogenéticos;

Promoção da conservação de recursos fitogenéticos; e

Promoção da conservação de recursos genéticos animais.

Estratégias

Desenvolver e implementar o Plano de Investimento na Política Agrícola Regional (RAP) abordando os Enquadramentos de Política, Regulamentar e Institucional para melhoria: (i) Produção, produtividade e competitividades agrícola (ii) Comercialização e comércio agrícola (iii) Serviços financeiros e de investimento agrícola (iv) Segurança alimentar e nutricional (v) Adaptação dos sistemas de produção agrícola às alterações climáticas.

Transpor para o direito nacional os Protocolos sobre Actividades Florestais, Pescas e Fauna Bravia e Aplicação da Lei;

Desenvolver e implementar as SPS e as normas e directrizes de segurança de alimentos;

Desenvolver as directrizes para reduzir as perdas pós-colheitas;

Reforçar as capacidades regionais e nacionais em conservação e utilização de recursos fitogenéticos;

Estabelecer as redes de informação agrícola, de aviso prévio e de sistemas de avaliação da vulnerabilidade aos níveis regional e nacional; e

Estabelecer parcerias e a colaboração com os intervenientes principais.

Resultados Específicos seleccionados

1) Plano de Investimento na Política Agrícola Regional (RPA) desenvolvido e implementado para operacionalizar a Política Agrícola Regional (PAR) até 2017;

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2) Estratégias e programas para o melhoramento da disponibilidade e acesso à terra, a factores de produção agrícola desenvolvidos, operacionalizados e implementados até 2019;

3) Transposição para o Direito nacional das intervenções de gestão dos recursos naturais ao abrigo da RAP, dos Protocolos sobre Pescas, Actividades Florestais e Conservação da Fauna Bravia e Aplicação da Lei até 2020;

4) Estratégia da SADC relativa à Segurança Alimentar e Nutrição implementada até 2018; 5) Unidades de Aviso Prévio e dos Comités Nacionais de Vulnerabilidade (NVC) funcionais em

todos os Estados Membros até 2017; 6) Desenvolvida e implementada a Estratégia de Sustentabilidade para os Centros Regionais e

Nacionais de Recursos Fitogenéticos até 2017.

Os detalhes dos resultados específicos estão reflectidos no Anexo 2.

4.3.6 Desenvolvimento Social e Humano

Objectivo Geral O objectivo geral da presente área de intervenção *…+ é reforçar as capacidades e a utilização humanas e reduzir a vulnerabilidade, erradicar a pobreza humana e alcançar o bem-estar dos cidadãos da SADC. Áreas de Intervenção

i) Educação e Desenvolvimento de Aptidões: Facilitação da implementação e monitorização do Protocolo sobre Educação e Formação;

ii) Emprego e Trabalho: Coordenação da operacionalização do Protocolo sobre Emprego e Trabalho;

iii) Saúde e Fármacos: Prevenção e controlo de doenças de importância na saúde pública; aquisição

a granel e colectiva e produção regional de medicamentos essenciais e de produtos da área da saúde; e

iv) Órfãos, Crianças Vulneráveis (OVC) e Desenvolvimento e Empoderamento da Juventude: o

foco será no empreendedorismo da juventude, criação de emprego decente e riqueza; protecção social de órfãos, crianças e jovens vulneráveis (OVC).

Estratégias

Desenvolver e harmonizar as políticas;

Desenvolver e implementar a estratégia regional de empoderamento de jovens;

Estabelecer e reforçar os Centros de Especialização e dos Centros de Excelência;

Desenvolver e implementar o Quadro Regional de Qualificações;

Implementar o Protocolo sobre Emprego e Trabalho;

Coordenar a aquisição em conjunto e a produção regional de medicamentos essenciais;

Prevenir e controlar as doenças de importância na saúde pública;

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Estabelecer parcerias e colaborar com os principais intervenientes; e

Monitorizar, avaliar, promover e comunicar na área de desenvolvimento social e humano.

Resultados específicos seleccionados

1. Quadro Regional de Qualificações (RQF em TVET e Saúde) aprovado e implementado até 2017 2. Centros de Especialização e Centros de Excelência em sectores prioritários para o

desenvolvimento industrial e infraestrutural assim como outros sectores de cooperação e integração regionais estabelecidos, reforçados e operacionais até 2020

3. Protocolo da SADC relativo a Emprego e Trabalho transposto para o direito nacional e implementado até 2020;

4. Portabilidade transfronteiriça dos instrumentos de protecção social desenvolvida e operacionalizada até 2018

5. Quadro de Política de Promoção de Emprego Jovem e Plano Estratégico aprovados, implementados e monitorizados até 2019

6. Estratégias, Directrizes e Normas para a prevenção e combate a doenças de preocupação em saúde pública desenvolvidas, actualizadas, aprovadas e implementadas até 2020

7. Enquadramento da Medicina Tradicional Africana adoptado e implementado até 2020 8. Programas Preferenciais para o empoderamento de jovens não ingressados no sistema escolar

estabelecido e implementado até 2018 9. Normas de protecção social para crianças e jovens vulneráveis implementadas até 2020.

Os detalhes dos resultados específicos estão reflectidos no Anexo 2.

4.4 Desenvolvimento da Visão de 2050 da SADC Com o termo do SIPO e do RISDP à vista, em Agosto de 2015 e em finais de 2020 respectivamente, serão realizadas actividades iniciais como parte da implementação do RISDP Revisto para definir a Visão da SADC 2050, em conformidade com a decisão da Cimeira da SADC de 2012, referida na Secção 2.5. No âmbito do SIPO, será desenvolvido o Plano a Médio Prazo do Órgão para o período de 2015-2020, com o objectivo de assegurar uma harmonização total do RISDP e do SIPO, tal como descrito na Cadeia de Resultados do RISDP Revisto. Isto culminará com a Visão da SADC 2050, que constitui uma estratégia a longo prazo para a agenda de cooperação e integração regional da SADC.

Resultado Específico Projecto de Visão 2050 da SADC desenvolvido e aprovado até 2020

O Roteiro proposto para orientar o desenvolvimento deste documento estratégico é apresentado no Anexo 3.

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C A P Í T U L O 5: Mecanismos de Implementação e Coordenação

O Tratado da SADC preconiza os quadros jurídicos, políticos e institucionais que orientam e apoiam a Região para a concretização das suas metas e objectivos de cooperação e integração regionais. Os quadros jurídicos e institucionais oferecem a base para as tomadas de decisão e acções e definem o ambiente operacional do RISDP.

5.1 Princípios para a Implementação do RISDP

A reunião do Conselho de Ministros da SADC realizada em Lusaka, Zâmbia, em Agosto de 2007 que

definiu as prioridades dos programas da SADC de cooperação e integração regionais também definiu

claramente os princípios aplicáveis à implementação do RISDP. São os seguintes:

(i) Adicionalidade: São prioritários os programas que ofereçam agregação de valor à integração

regional ou que reforçam as capacidades para se concretizarem os objectivos da SADC. Isto significa que a essência do RISDP é que deve contribuir com benefícios ou gerar soluções para problemas comuns que os Estados Membros enfrentam.

(ii) Subsidiariedade: A gestão dos programas do RISDP adopta o princípio da subsidiariedade, segundo o qual todos os programas e actividades estão aos níveis que melhor os podem executar. Portanto, é promovido e encorajado o envolvimento de instituições, autoridades e agências externas às estruturas da SADC, para iniciarem e implementarem programas regionais usando os seus próprios recursos. Isto significa assegurar que a capacidade disponível do Secretariado seja utilizada para o desenvolvimento e a harmonização de políticas, e para a coordenação e gestão de programas.

(iii) Geometria variável: A implementação do RISDP permite que se tenha em consideração especial que alguns Estados Membros podem avançar mais rapidamente em certas actividades, providenciando assim a oportunidade para os Estados Membros replicarem a experiência de outros.

(iv) Orientação para o Desenvolvimento: A base na definição das prioridades dos programas é a sua

contribuição potencial para a erradicação da pobreza.

Estes princípios de implementação são necessários para que a implementação do RISDP seja efectiva, pois são a base para o estabelecimento da aceitação, confiança e empenhamento dos Estados Membros e para uma compreensão comum das interacções, funções e papel das várias estruturas da SADC. Os princípios estão incorporados na Política da SADC para o Desenvolvimento, Planificação, Monitorização e Avaliação de Estratégias. São ainda relevantes e válidos para o período remanescente da implementação do RISDP.

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SADC RISDP Revisto T Versão

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5.2 Política e Supervisão da Implementação do RISDP As principais instituições que oferecem a orientação política e a supervisão da implementação do RISDP ao nível Regional são a Cimeira de Chefes de Estado ou Governo da SADC, o Conselho de Ministros, os Comités Ministeriais Sectoriais e de Clusters; o Comité Permanente de Altos Funcionários; o Tribunal da SADC e o Secretariado. Ao nível dos Estados Membros as instituições principais são os Pontos de Contacto Nacionais (NCP) da SADC e as Comissões Nacionais da SADC (SNC). A Figura 18 representa o diagrama da estrutura institucional da SADC.

Figura 18: Estrutura Institucional da SADC

5.2.1 Funções e responsabilidades das principais instituições

Ao abrigo do Tratado da SADC (emendado) as funções, responsabilidades e papel das principais instituições são as seguintes:

a) Nível de política

CIMEIRA DE CHEFES

DE ESTADO E

GOVERNO

TRIBUNAL

CONSELHO DE MINISTROS COMITÉ MINISTERIAL DO

ÓRGÃO

COMITÉ DE MINISTROS

SECTORIAIS

COMITÉ PERMANENTE DE

ALTOS FUNCIONÁRIOS

SECRETARIADO

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SADC RISDP Revisto T Versão

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i. A Cimeira dos Chefes de Estado ou Governo

Ao nível político a Cimeira da SADC é o órgão com poderes supremos na elaboração de políticas e é responsável pela orientação política geral e o controlo das funções da SADC. Também adopta os instrumentos jurídicos para a implementação das disposições do Tratado.

ii. O Conselho de Ministros

O Conselho de Ministros aprova as políticas da SADC e supervisiona a implementação das referidas políticas pelos Ministros Sectoriais da SADC ou Ministros de Clusters da SADC. Especificamente as responsabilidades do Conselho são:

Supervisionar o funcionamento e desenvolvimento da SADC e a execução adequada dos seus programas;

Aconselhar a Cimeira sobre matéria de política geral e o funcionamento e desenvolvimento harmonioso e eficiente da SADC;

Aprovar as políticas, estratégias e os programas de trabalho da SADC;

Orientar, coordenar e supervisionar as operações das instituições subsidiárias da SADC;

Recomendar à Cimeira, para aprovação, o estabelecimento de direcções, comités, outras instituições e órgãos; e

Desenvolver e implementar a Agenda Comum da SADC e as prioridades estratégicas.

iii. Comités Ministeriais Sectoriais e de Cluster

As responsabilidades dos Comités dos Ministros Sectoriais e de Clusters são:

Supervisionar as actividades das áreas cerne da integração, incluindo a monitorização e o controlo da implementação do RISDP nas suas áreas de competência;

Providenciar aconselhamento político ao Conselho nas suas áreas de competência; e

Tomar decisões para garantir a rápida implementação de programas aprovados pelo Conselho e sob as respectivas responsabilidades.

b) Nível operacional O nível operacional envolver o Comité Permanente de Altos Funcionários, os Estados Membros e o Secretariado.

i. O Comité Permanente de Altos Funcionários

O Comité Permanente de Altos Funcionários, apoiado pelos relevantes comités técnicos nas respectivas áreas de tutela, serve de comité consultivo junto do Conselho. Processa a documentação dos Comités Ministeriais Sectoriais e de Clusters para o Conselho.

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ii. Os Estados Membros

Os Estados Membros da SADC que participam nos Programas da SADC têm a responsabilidade e garantir o sucesso dos programas e a sustentabilidade pós-Programas. Os Pontos Nacionais de Contacto nos Estados Membros da SADC providenciam um ponto de entrada e o elo de ligação entre o Secretariado da SADC e os Estados Membros. As Comissões Nacionais da SADC (SNCs) são fulcrais na implementação do RISDP, com as seguintes responsabilidades:

Garantir consultas alargadas e inclusivas para que se obtenham as contribuições nacionais ao nível dos Estados Membros;

Coordenar e mobilizar o consenso nacional sobre questões de importância regional;

Apresentar contribuições críticas no processo de formulação políticas e estratégias regionais tendo em conta as peculiaridades e interesses de certos Estados Membros;

Garantir a harmonização entre as políticas nacionais e regionais, e a inclusão das actividades do RISDP nos planos nacionais de desenvolvimento;

Criar comités diretivos e técnicos nacionais para garantir a implementação acelerada de programas; e

Produzir e submeter relatórios ao Secretariado.

É através das SNC que os intervenientes relevantes na implementação de programas específicos no âmbito do RISDP podem estar envolvidos.

iii. O Secretariado

O Secretariado é a principal instituição executiva da SADC e tem a responsabilidade geral de gestão do dia-a-dia, coordenação e implementação do RISDP através das acções seguintes:

Revisão e actualização contínua do RISDP;

Coordenação institucional dos vários intervenientes;

Coordenação de programas para garantir interface e sinergias adequadas entre os diferentes resultados e actividades;

Harmonização de políticas e programas e respectiva apresentação ao Conselho para apreciação e aprovação;

Coordenação da participação e contribuições dos Estados Membros;

Ligação com os patrocinadores (os Estados Membros e os Parceiros de Cooperação Internacionais) de modo a garantir que os fundos utilizados produzam os resultados projectados;

Monitorização e avaliação da implementação das políticas e programas regionais;

Coordenação e supervisão dos Agentes executores de modo a garantir a submissão oportuna dos relatórios de balanço das actividades; e

Informação dos Ministros Sectoriais e de Clusters sobre os progressos e o Conselho.

c) Outras Instituições relevantes na implementação do RISDP

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SADC RISDP Revisto T Versão

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i. O Tribunal da SADC A responsabilidade do Tribunal da SADC é garantir a adesão e a interpretação devida das disposições do Tratado e dos instrumentos subsidiários e decidir sobre os litígios que lhe forem remetidos. *…+.

ii. Os Intervenientes da SADC Para além dos governos dos Estados Membros, o Tratado da SADC indica os principais intervenientes, tais como o sector privado, sociedade civil, organizações não-governamentais e organizações de trabalhadores e de empregadores. Os Intervenientes da SADC oferecem as contribuições e apoiam a implementação na respectiva área de competências. De acordo com o Tratado, as SNC deviam integrar todos os intervenientes principais, reflectindo as áreas núcleo da integração e cooperação da SADC. 5.3 Desafios encontrados na implementação do RISDP A implementação do RISDP depende da implementação efectiva dos princípios mencionados acima e da disponibilidade de capacidades tanto ao nível regional como nacional. De acordo com os mecanismos acima, os desafios mais importantes enfrentados na implementação do RISDP incluem:

i. Capacidades inadequadas ao nível dos Estados Membros e do Secretariado; ii. Baixos níveis de ratificação e de transposição para o direito nacionais dos Protocolos por parte

dos Estados Membros; iii. Não alinhamento dos planos de desenvolvimento nacionais dos Estados Membros com as

prioridades do RISDP; iv. Baixos níveis de cumprimento das obrigações comunitárias pelos Estados Membros; v. Mecanismos de aplicação comunitários não desenvolvidos; vi. Coordenação insuficiente da implementação do RISDP e do SIPO; e vii. Sistemas não desenvolvidos de monitorização, análise, relatórios e de revisão.

5.4 Estratégias de implementação das prioridades contidas no RISDP, 2015-2020

A implementação com sucesso do RISDP depende da execução efectiva das funções e responsabilidades das diversas estruturas. As intervenções a curto prazo visam melhorar a focalização da implementação no fortalecimento da capacidade institucional, na melhoria da prestação de contas e no reforço da fiscalização jurídica da cooperação e integração regionais. As estratégias a serem aplicadas no período remanescente de implementação (2015-2020) são:

a) Desenvolvimento de capacidades ao nível dos Estados Membro, através do fortalecimento das

Comissões Nacionais da SADC, para que tenham capacidade para assumir as suas responsabilidades de realizar consultas e de representar todas as partes interessadas, liderar os esforços nacionais nos domínios da cooperação e integração regionais e servir de elo de ligação entre os Estados Membros e o Secretariado.

b) Melhoria do envolvimento da SADC com os intervenientes principais. Este objectivo pode ser

alcançado mediante a introdução de um mecanismo estruturado de envolvimento dos actores estatais e não estatais, bem como as agências das Nações Unidas. Neste processo, o princípio de subsidiariedade constituirá o veículo principal de envolvimento e serão desenvolvidos os respectivos planos de implementação.

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SADC RISDP Revisto T Versão

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c) Melhoria do alinhamento entre as prioridades de desenvolvimento regionais e nacionais.

Enquanto as prioridades ao nível regional devem ser integradas nas actividades de desenvolvimento nacionais, os programas regionais devem reflectir as preocupações importantes dos Estados Membros. Este alinhamento pode ser atingido mediante o estabelecimento de um mecanismo regional destinado a facilitar as consultas com as instituições de planificação nacionais.

d) Melhoria da capacidade de prestação de serviços e da eficiência do Secretariado da SADC,

mediante o esclarecimento dos papéis do Secretariado e de outros intervenientes na implementação do RISDP. Este objectivo pode ser alcançado mediante a adopção de um instrumento jurídico que esclareça e delineie as funções e os papéis dos Estados Membros e das instituições nacionais, do Secretariado e de outros organismos executores.

e) Fortalecimento do Grupo de Trabalho Ministerial sobre a Integração Económica Regional. A

composição actual do Grupo de Trabalho (Ministros do Comércio e Indústria, Finanças, Investimento e Planificação) deve ser alargada ara incluir os Ministros responsáveis pelo pelouro de Infra-estruturas e os Governadores dos Bancos Centrais. Outros organismos relevantes poderão ser convidados a tomar parte sempre que se tornar necessário.

f) Desenvolvimento de um quadro/directrizes legais/sobre políticas visando aumentar o

cumprimento pelos Estados Membros das obrigações assumidas ao nível da Comunidade. Este objectivo envolverá o reforço da monitorização e da prestação de contas sobre a implementação dos diversos protocolos, MOU e outros instrumentos jurídico-legais orientados para a realização de iniciativas de cooperação e integração regionais. Esta acção também exigirá a criação de um mecanismo de aplicação para promover a implementação dos compromissos dos Estados Membros. O mecanismo deve ligar os compromissos a quaisquer programas complementares que tenham sido acordados pela Região.

g) Implementação da decisão da Cimeira da SADC realizada em Agosto de 2003, em Dar-es-Salam,

sobre a coordenação e a racionalização da implementação do RISDP e do SIPO, com vista a maximizar as sinergias inerentes entre si. Este objectivo pode ser alcançado em áreas comuns tais como o desenvolvimento e divulgação de valores comuns da SADC; a promoção dos princípios e das instituições democráticas e de práticas que respeitam os direitos humanos; e a gestão dos riscos e das respostas a calamidades.

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SADC RISDP Revisto T Versão

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CAPÍTULO 6: Mobilização Sustentável de Recursos do RISDP Revisto

6.1 Generalidades

O RISDP reconhece que são necessários compromissos importantes em termos de recursos financeiros e humanos para financiar as necessidades chave de desenvolvimento na região nas áreas prioritárias indicadas, nomeadamente, o Desenvolvimento Industrial e a Integração de Mercado e Infra-estruturas em apoio da integração regional assim como outros programas que tenham dimensão regional nos sectores sociais, de segurança alimentar, clima e gestão de recursos naturais. Em conformidade com o referido acima, o RISDP identifica e define como prioritárias as seguintes fontes estratégicas de financiamento:

a. Contribuições estatutárias dos Estados Membros b. Apoio Oficial ao Desenvolvimento (ODA) c. Atracção de investimento directo local e estrangeiro d. Uso do alívio da dívida e. Financiamento e poupanças públicas nacionais

É neste contexto que o RISDP Revisto é direccionado à promoção de mecanismos de financiamento tais como:

a. Parcerias Público-Privadas (PPP) b. Mercados internos financeiros e de capital c. Participações privadas d. O Fundo Regional de Desenvolvimento da SADC e. Capital de risco

Para que os mecanismos de financiamento referidos acima funcionem, é necessário que haja um ambiente favorável para a geração de receitas nacionais, poupanças e investimento. Neste contexto, o RISDP já articula a seguinte orientação estratégica para a mobilização de recursos sustentáveis para a sua implementação, tais como a necessidade de se manterem políticas económicas sólidas, boa governação económica e mobilização interna de financiamento público.

6.2 Destaques das principais Realizações Contribuições Estatutárias dos Estados Membros

Os Estados Membros continuaram a apoiar os programas da SADC com recursos para as funções de

coordenação administrada pelo Secretariado. O nível de financiamento para o período de 2013/2014 foi

de USD 35,3 milhões e espera-se que aumente para USD 36 milhões no período de 2014/2015.

Enquanto o nível de financiamento permaneceu consistente durante anos, a participação dos recursos

dos Estados Membros em relação ao envelope total tem permanecido mais baixo do que a dos ICP. Até

ao presente, não existe um enquadramento para medir a parcela das contribuições dos Estados

Membros e do sector privado no financiamento de programas de dimensão regional e implementados

ao nível nacional. Para além das contribuições estatutárias, os Estados Membros também financiam

projectos de desenvolvimento importantes para a implementação da agenda de cooperação e

integração regionais, tais como Infra-estruturas físicas.

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Fundo de Desenvolvimento Regional da SADC

Continuam as acções para operacionalizar o Fundo de Desenvolvimento Regional da SADC. Após as

recomendações feitas através de vários estudos, em Agosto de 2012, o Conselho de Ministros da SADC

aprovou as propostas sobre a operacionalização do Fundo de Desenvolvimento Regional da SADC com

rubricas para infraestruturas, indústria, Integração Social e Económica e Financiamento ao Ajustamento.

O Fundo será desenhado para potenciar as subvenções dos doadores, do sector privado e as

contribuições dos Estados Membros e reuni-las com o investimento e capital a longo prazo reduzindo

assim o custo médio ponderado de capital.

Embora o processo de operacionalização do Fundo de Desenvolvimento Regional da SADC esteja a ter

lugar, foi estabelecido um Fundo de Preparação e Desenvolvimento de Projectos (PPDF) ao abrigo da

primeira rubrica do Fundo de Desenvolvimento da SADC, para superar o défice do financiamento de

preparação de projectos.

Outros Fundos Regionais de Financiamento da SADC já existentes

Desde 2003 foram estabelecidos vários Fundos de Financiamento Regionais para facilitar a

implementação de programas da SADC definidos no RISDP. Tais Fundos incluem:

(i) O Fundo da SADC para o Desenvolvimento de Infra-estruturas Resistentes ao Clima (CRIDF) foi estabelecido para apoiar o desenvolvimento, apresentação de projectos, a implementação de projectos assim como a mobilização de investimento em Infra-estruturas hídricas resistentes ao clima.

(ii) O Fundo da SADC de Combate ao VIH e SIDA foi estabelecido para apoiar a luta contra o VIH e SIDA nos Estados Membros da SADC e é parte da Declaração de Maseru sobre VIH e SIDA. O seu objectivo é financiar pequenos projectos e actividades direccionadas ao reforço de capacidades, resultados ou do impacto dos programas de combate ao VIH e SIDA já existentes nos Estados Membros.

(iii) O Fundo Regional da SADC para as Infra-estruturas Hídricas e de Saneamento Básico é

direccionado ao apoio à preparação de projectos de Infra-estruturas hídricas até à fase em que são bancáveis e à implementação de projectos seleccionados de Infra-estruturas hídricas. Está a decorrer o trabalho para a operacionalização deste fundo.

Espera-se que os fundos existentes sejam de origem interna para garantirem a sustentabilidade em

termos de recursos para a implementação dos programas prioritários do RISDP e que tais fundos

possam, eventualmente, incorporados nas rubricas aprovadas do Fundo de Desenvolvimento da SADC.

Recursos Internos através de Financiamento e Poupanças Estatais

Foram desenvolvidos vários instrumentos tais como os Protocolos de Finanças e Investimento,

Directrizes e Quadros Fiscais para os Incentivos Fiscais, instrumentos de Política e Promoção de

Investimentos da SADC e PPP. Embora tivessem sido desenvolvidos, a maioria destes instrumentos não

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SADC RISDP Revisto T Versão

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foi implementada na sua totalidade devido a várias razões, incluindo os desafios em termos de

capacidades. A fim de abordar as questões de fuga de capitais da Região, ter-se-á de acordar sobre

instrumentos apropriados ao nível regional para implementação ao nível nacional de modo a reduzir as

incidências tais como a avaliação incorrecta das transacções comerciais, evasão fiscal, isenções ad hoc

de direitos e circulação de um modo ilícito os recursos públicos para mãos privadas.

Também será necessário um enquadramento para calcular o montante de recursos necessários para os

vários projectos prioritários da SADC e um mecanismo para avaliar o nível da contribuição de cada

Estado Membro para a transposição para o nível nacional e para a implementação dos quadros de

mobilização dos recursos acordados.

Ajuda Oficial ao Desenvolvimento Em termos da eficácia da ajuda, em Abril de 2006, a SADC e os Parceiros de Cooperação Internacionais

(ICP) adoptaram a Declaração de Windhoek numa nova Parceria para orientar a cooperação entre a

SADC e os ICP na concretização das prioridades da SADC no âmbito do RISDP e do SIPO. A Declaração de

Windhoek esboça os princípios orientadores da cooperação, compromissos de parcerias, estrutura do

diálogo e principais áreas de cooperação com base nas prioridades do RISDP. Em conformidade com o

mencionado, a SADC através do RISDP adoptará um quadro de mobilização de recursos com base em

programas que tem como objectivo apoiar as prioridades estratégicas integradas a longo prazo, em

oposição a um quadro com base em projectos que é caracterizado por muitas intervenções onerosas e

pequenas que não são sustentáveis a longo prazo.

Estratégia de Mobilização de Recursos

Em seguimento da Declaração de Windhoek e em reconhecimento da necessidade de reduzir a

dependência dos ICP em termos de recursos para a implementação dos programas da SADC e para

alinhar o apoio dos ICP direccionado às prioridades da SADC, foi desenvolvida e aprovada pelo Conselho

de Ministros da SADC em Agosto de 2012 uma Estratégia de Mobilização de Recursos. O objectivo geral

da estratégia é garantir que exista uma abordagem clara, sistemática, previsível e bem coordenada para

solicitar, adquirir e para a utilização, gestão, para os sistemas de relatórios, monitorização e avaliação do

apoio dos ICP em apoio da RISDP. Os princípios chave que orientam a Estratégia incluem: respeito pelas

necessidades de desenvolvimento da região da SADC; promoção da eficiência e da eficácia no uso de

recursos internos e externos; construção de sinergias nacionais, regionais e internacionais; reforço das

capacidades nacionais e regionais para gerar e usar recursos; e adoptar uma abordagem com base em

resultados.

A Estratégia é ancorada em 4 pilares, nomeadamente:

Planificação, Elaboração de Orçamentos, Monitorização e Avaliação;

Capacidade para a Mobilização de Recursos;

Alargamento dos Canais de Recursos; e

Quadro de Diálogo com os Parceiros de Cooperação Internacionais (ICP).

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SADC RISDP Revisto T Versão

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A operacionalização da Estratégia está a ser concretizada através de actividades contínuas de

desenvolvimento de um Plano de Mobilização de Recursos.

6.3 Desafios enfrentados na Implementação do RISDP

Os desafios principais encontrados incluem os seguintes:

Desequilíbrio entre o financiamento dos Estados Membros e o financiamento dos ICP: A Avaliação Intercalar do RISDP constatou que em várias áreas os fundos doados pelos ICP constituem uma parcela substancial do financiamento em comparação com os recursos dos Estados Membros e esta tendência compromete a apropriação e a sustentabilidade da implementação. Contudo, para além das contribuições estatutárias, os Estados Membros contribuem para a Agenda de Integração da SADC de modos diferentes, incluindo o desenvolvimento de infraestruturas.

Embora os Estados Membros continuem a explorar as modalidades de aumentar a parcela das contribuições para suster a implementação efectiva das prioridades do RISDP, é importante considerar outros mecanismos de autofinanciamento com o objectivo de aumentar o pool de recursos para financiar as prioridades do RISDP.

Disparidade entre as prioridades da SADC e as áreas financiadas pelos ICP: Embora a SADC tenha

acordado com os ICP em trabalhar no contexto da Declaração de Windhoek e da Estratégia de

Mobilização de Recursos da SADC, alguns ICP, de acordo com a revisão intercalar, indicaram que eles

eram guiados pelas suas políticas nacionais em termos daquilo que vão financiar. É essencial que a SADC

adopte uma nova abordagem no envolvimento dos Parceiros de Desenvolvimento de modo a garantir a

eficácia de desenvolvimento e afastar-se do apoio de projectos para apoio de programas. O apoio a

projectos resulta muitas vezes em consequências não previstas, tais como, o não-alinhamento com as

prioridades, estruturas/unidades múltiplas de gestão de projectos e a insustentabilidade de acções de

projectos para além do fim do projecto.

Volume de ajuda reduzido após a crise financeira mundial: A crise financeira e a recessão mundial têm

tido um impacto negativo no financiamento pelos doadores visto que a maioria dos ICP estão a diminuir

o seu apoio. Isto significa que existe a necessidade de mobilização dos recursos internos da SADC para

financiar o RISDP. Assim, é importante que os Estados Membros da SADC tenham as suas reservas

próprias de que poderão depender para mitigar e fazer frente aos choques financeiros externos

negativos imprevisíveis. Isto significará trabalhar em várias estratégias, tais como:

(i) Diversificação económica;

(ii) Melhoria do Ambiente de Fazer Negócios para promover o investimento interno e

estrangeiro;

(iii) Promoção de remessas pela comunidade da região da SADC na diáspora;

(iv) Eliminação e minimização da fuga de capital; e

(v) Alargar a cooperação Sul-Sul.

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Limitado Financiamento ao desenvolvimento mobilizado através de fontes como as Finanças estatais,

o Alívio da Dívida, as Poupanças Internas, o Investimento Directo Estrangeiro e as redes de

financiamento ao desenvolvimento. A maioria dos Estados Membros da SADC ainda enfrenta desafios

com as respectivas economias e, como tal são incapazes de mobilizar os recursos suficientes para

financiar os projectos previstos no âmbito da RISDP. A instabilidade macroeconómica e os baixos níveis

de investimento afectam vários países o que resulta na baixa capacidade de suficientes poupanças e

receitas internas para financiar os programas regionais. A maioria dos países ainda é afectada pelos

desafios da dívida e não podem ter acesso a linhas de crédito para desenvolver as respectivas indústrias.

A colaboração entre o sector Público e Privado é também muito baixa visto que existe um envolvimento

limitado do sector privado no financiamento dos projectos de Infra-estruturas da SADC.

6.4 Estratégias para a Mobilização de Recursos para financiar o RISDP Revisto

O objectivo da mobilização de recursos é atrair e garantir os recursos para a implementação dos programas da SADC e alargar a base de recursos para assegurar a sustentabilidade. Portanto, o foco será o estabelecimento de abordagens inovadoras para a mobilização de recursos a fim de se concretizar a agenda de cooperação e integração regionais da SADC. As estratégias principais incluirão:

(i) Operacionalização do Fundo de Desenvolvimento Regional da SADC.

(ii) Operacionalização de Mecanismos de Enquadramento, incluindo o reforço de capacidades para combinarem os níveis nacionais e regionais através de desenvolvimento de quadros combinados e linhas orientadoras operacionais.

(iii) Institucionalização de mecanismos de autofinanciamento, incluindo as contribuições

voluntárias pelos Estados Membros, Diáspora, Sociedade Civil e Sector Privado.

(iv) Promoção de Parceiros de Desenvolvimento não-tradicionais no desenvolvimento e financiamento de infraestruturas.

(v) Promoção do uso de Parcerias Público-privadas no desenvolvimento e financiamento de

infraestruturas.

(vi) Políticas e instrumentos de institucionalização e operacionalização que minimizem a fuga de capital, incluindo fluxos financeiros ilícitos, para fora da Região.

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C A P Í T U L O 7: Mecanismo de Monitorização e Avaliação

7.1 Generalidades O presente capítulo esboça o enquadramento de monitorização e avaliação do RISDP revisto para o período de 2015-2020. O capítulo fundamenta-se no Mecanismo de Monitorização e Avaliação do RISDP (RISDP MEM) apresentado no Capítulo 7 do RISDP original. O resumo do RISDP MEM é apresentado pondo em destaque os objectivos da monitorização e avaliação, os diferentes níveis de monitorização, as modalidades de avaliações a serem efectuadas e um resumo dos papéis e responsabilidades aos vários níveis. O Capítulo ainda analisa o RISDP MEM em termos da sua eficácia e relevância para fazer o acompanhamento da implementação na primeira fase do RISDP. Os esforços envidados pela SADC para superar as deficiências do RISDP MEM são elaborados e formam a base para o RISDP MEM revisto. 7.2 Resumo do RISDP MEM Os objectivos do RISDP MEM previstos no Capítulo 7 são:

Garantir que as metas de referência (marcos de monitorização) correctas, como projectadas, estejam a ser alcançadas;

Actuar como um Sistema de aviso prévio nos casos em que as metas não têm probabilidades de serem alcançadas;

Providenciar informação regular a todos os intervenientes sobre os progressos do RISDP e uma base informada para qualquer revisão; e

Garantir o melhoramento e o foco contínuos das estratégias e assistir na mobilização das intervenções apropriadas.

O RISDP MEM tem como base as Matrizes do RISDP e o Plano de Implementação do RISDP (2005-2020). O sistema concentra-se na monitorização a três níveis: a) político e de orientação política; b) operacional e técnico; e c) intervenientes. 7.2.1 Níveis político e de orientação política A Cimeira, o Conselho de Ministros e o Comité Integrado de Ministros (agora eliminado e substituído pelos Ministros sectoriais/cluster) devem providenciar a supervisão da implementação (planificação e elaboração de orçamento) do Plano para garantir a consistência dos resultados face a Visão, Missão e a concretização das metas estabelecidas e o reajustamento do foco e das estratégias.

7.2.2 Níveis Operacional e Técnico

O Secretariado da SADC e as Comissões Nacionais da SADC devem ser responsáveis por monitorizar o progresso, com as últimas a monitorizarem a implementação ao nível nacional e a apresentarem relatórios ao Secretariado numa base contínua. O Secretariado deve também desenvolver um sistema de monitorização integrado para monitorizar a implementação de Protocolos, MOU e instrumentos chave da integração regional. Deve também actuar como um facilitador e assessor garantindo a implementação adequada dos programas.

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7.2.3 Nível de Intervenientes

Os intervenientes devem ser envolvidos nas revisões anuais dos relatórios produzidos pelo Secretariado através de um workshop anual de intervenientes do RISDP. Este processo deve permitir a finalização dos relatórios do balanço das actividades a ser apresentado ao Conselho.

7.2.4 Avaliação

O RISDP MEM destaca dois tipos de avaliações, nomeadamente, a) auto-avaliação; e b) avaliação independente aprofundada.

A auto-avaliação deve ser a abordagem principal usada para rever o progresso da implementação do programa a médio prazo assim como para acordar sobre a reorientação das actividades em alinhamento com os objectivos do RISDP.

A avaliação independente aprofundada deve ser a ferramenta principal para avaliar de um modo analítico o desempenho do RISDP comparando as realizações face aos objectivos. A avaliação intercalar devia concentrar-se nas modificações possíveis da implementação projectada do RISDP através de programas sucessivos a médio prazo, enquanto a avaliação do de encerramento deve concentrar-se na conveniência e viabilidade de actividades futuras.

7.3 Desafios na implementação do RISDP MEM durante 2005-2012 O acompanhamento do progresso e a avaliação das realizações da implementação do RISDP foram limitados. Os desafios práticos que tiveram impacto na função de monitorização e avaliação do MEM incluem:

As Comissões Nacionais da SADC não orientaram adequadamente a monitorização de Protocolos e de outros instrumentos;

A capacidade limitada do Secretariado para facilitar e prestar assistência na monitorização e avaliação;

Ausência de uma Cadeia de Impacto da SADC acordada em comum, o que levou ao acompanhamento de indicadores com base em resultados em vez de ser em resultados tangíveis projectados em termos das mudanças que ocorreriam através da implementação de intervenções, e, por sua vez isto não promoveu a prestação de contas;

Objectivos e planos estratégicos não claros e que não se complementaram mutuamente e, portanto, comprometeram o alinhamento da estratégia com a planificação operacional no Secretariado da SADC e nos Estados Membros. Além disso, a planificação esteve desligada da implementação, o que teve como resultado que o Secretariado não dependeu das suas estratégias e planos para operar, fazendo assim com que a monitorização e a avaliação se tornassem um desafio;

Ausência de linhas orientadoras bem definidas com processos, terminologias e formatos acordados mutuamente para a planificação e monitorização;

Ausência de parâmetros de base de referência abrangentes em termos de desempenho, especialmente de metas para os resultados tangíveis; e

Integração limitada de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nos processos de monitorização tornando o processo complexo.

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7.4 A Política da SADC relativa ao Desenvolvimento, Planificação, Monitorização e Avaliação da Estratégia

A fim de superar os desafios acima, em Março de 2012, o Conselho de Ministros da SADC aprovou a Política da SADC relativa ao Desenvolvimento, Planificação, Monitorização e Avaliação da Estratégia (SPME) cuja finalidade é “reforçar o processo de tomada de decisão da SADC relativamente à definição de prioridades, atribuição de recursos e gestão de programas para melhorar o desempenho na concretização dos objectivos da SADC”. Os objectivos específicos da Política de SPME são:

i) Consolidar os mecanismos institucionais para o Secretariado da SADC melhorar a sua

capacidade em desenvolvimento, planificação, monitorização e avaliação da estratégia; ii) Reforçar a capacidade do Secretariado na mobilização de recursos e na coordenação dos

esforços da organização e apoio dos intervenientes em apoio das prioridades da SADC; iii) Providenciar mecanismos efectivos para elaborar os relatórios sobre os progressos alcançados

na concretização dos resultados específicos com base na evidência a diferentes níveis (Secretariado, Estados Membros, Projectos, etc.); e

iv) Reforçar a aprendizagem, apropriação, compromisso e prestação de contas em relação aos Resultados para todos os intervenientes da SADC.

7.4.1 Âmbito da SPME e Princípio Orientador

Em termos de âmbito, a SPME cobre o seguinte:

Articula o elo de ligação entre a Planificação, Monitorização, Avaliação e Elaboração do

Orçamento e a Mobilização de Recursos tendo em vista garantir uma política-quadro coerente e

o uso efectivo dos recursos da SADC;

Estabelece a base para o desenvolvimento subsequente de ferramentas apropriadas, incluindo

as linhas orientadoras e os sistemas que definirão o processo através do qual será efectuado o

desenvolvimento, a planificação, monitorização e avaliação da estratégia numa base diária; e

A política integra as operações que são iniciadas pela SADC assim como as que são iniciadas em

cooperação com os parceiros.

A SPME adere aos princípios de Gestão com base em Resultados que se concentram no seguinte:

A concretização de resultados que contribuem efectivamente para a concretização da Missão da SADC;

Aumento do conhecimento institucional relativamente aos factores que afectam as operações da SADC;

Melhoria das tomadas de decisão; e

Promoção de uma cultura de prestação de contas em relação aos resultados. 7.5 Mecanismo de Monitorização e Avaliação para o RISDP revisto para 2015-2020 Simultaneamente com a Política relativa a SPME, e para além dos objectivos do RISDP MEM original, os objectivos do RISDP MEM para o período de 2015-2020 são:

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Garantir que as intervenções e estratégias sejam implementadas por diferentes intervenientes de acordo com o plano;

Garantir a relevância e a eficácia das intervenções e estratégias para a concretização da Missão da SADC; e

Verificar a importância das intervenções no reforço da capacidade do Secretariado da SADC para a concretização da visão da SADC.

7.5.1 Monitorização A monitorização do RISDP será feita a dois níveis (Níveis Político e de Orientação Política, e Operacional e Técnico) numa base contínua para que seja dado feedback sobre a consistência ou discrepâncias entre o desempenho projectado e o desempenho real ou sobre o cumprimento dos compromissos. Portanto, a monitorização providenciará o aviso prévio na possibilidade de concretização dos resultados projectados. Níveis Político e de Orientação Política

Ao abrigo do Tratado, a Cimeira será responsável pela aprovação e revisão das estratégias e protocolos da SADC a longo prazo e podem instruir para que se mude o foco;

O Conselho será responsável pela aprovação de relatórios semestrais e anuais sobre a implementação das intervenções do RISDP Revisto; e

Os Comités Ministeriais Sectoriais e de Clusters monitorizarão e controlarão a implementação do RISDP Revisto e dos Protocolos respectivos.

Níveis Operacional e Técnico A monitorização estará associada aos planos seguintes que apoiam a implementação do RISDP Revisto:

Estratégia a Médio Prazo (MTS) que oferece um cenário claro das realizações possíveis dentro de 5 anos com base na evidência disponível, nos pressupostos aceitáveis e na avaliação dos factores de risco;

O Plano Operacional Quinquenal Consolidado derivado do RISDP Revisto que dá os detalhes dos resultados, marcos de monitorização e indicadores específicos para cinco (5) anos; e

Planos Operacionais Sectoriais Anuais que estabelecem metas trimestrais de desempenho em termos de resultados, actividades e quadros responsáveis.

O Secretariado elaborará os relatórios seguintes para monitorizar a implementação do RISDP Revisto e o seu plano de Operações:

(i) Relatórios trimestrais de desempenho sobre a execução dos Planos Operacionais Anuais do

Sector para revisão ao nível adequado da gestão do Secretariado; (ii) Relatórios semestrais de desempenho sobre a execução do Plano Operacional Anual

Consolidado para revisão pelo Conselho e pelos organismos técnicos relevantes; e (iii) Relatório Anual do Desempenho sobre a execução do Plano Operacional Anual Consolidado

para revisão pelo Conselho e organismos consultivos relevantes. O Secretariado estabelecerá os sistemas e procedimentos necessários de modo a garantir que:

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SADC RISDP Revisto T Versão

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(i) Os relatórios sobre a execução dos planos operacionais ofereçam uma avaliação fiável dos

progressos alcançados na implementação tendo em conta os custos, resultados, qualidade e oportunidade da prestação de serviços e dos métodos de implementação usados;

(ii) Os relatórios sobre a execução do Plano Operacional Anual Consolidado apoiem adequadamente as decisões na área de políticas e de atribuição de recursos;

(iii) A informação relacionada com os custos e os resultados seja recolhida, documentada e armazenada electronicamente e acedida numa base sistemática para facilitar a monitorização continua em oposição à recolha ocasional de informações;

(iv) Os indicadores relevantes, as linhas de referência e os indicadores para a medição dos progressos na implementação das várias intervenções da SADC são definidos no lançamento e contidos nos planos de operações para apoiar a monitorização com base na evidência;

(v) As tarefas de monitorização tornam-se uma parte integrante de todas as funções de gestão do Secretariado; e

(vi) Os Estados Membros desenvolvem os planos de implementação dos protocolos que os apoiam no processo de transposição para o direito nacional e de implementação.

Ao nível dos Estados Membros, as Comissões Nacionais da SADC (SNC), sob a liderança dos Pontos de Contacto Nacionais (NCPs) providenciarão a função de coordenação na monitorização das intervenções do RISDP Revisto, incluindo a implementação dos Protocolos. Os NCP envolverão os intervenientes nacionais, em particular, o sector privado e a sociedade civil tendo em vista a obtenção o envolvimento e a participação plenos nos planos, implementação e monitorização da integração e cooperação regionais. Através dos NCP, as SNC submeterão os relatórios ao Secretariado da SADC numa base regular. O Secretariado produzirá relatórios anuais sobre os progressos alcançados, por sector, a serem partilhados com os intervenientes e os parceiros de implementação, de modo a promover a transparência e a prestação de contas. 7.5.2 Avaliação A Política relativa a SPME prevê que as avaliações devem oferecer uma base clara e concisa para as tomadas de decisão sobre as prioridades de implementação. Indica que as avaliações devem apoiar a atribuição dos recursos e promover a implementação normalizada da estratégia garantindo a prestação de contas e aprendizagem, ao mesmo tempo que facilita a conformidade da SADC com as melhores práticas internacionais e as normas de qualidade. As avaliações do RISDP Revisto serão informadas por critérios integrados que se concentrarão na avaliação do grau em que os resultados identificados foram avaliados (com estipulado na cadeia de resultados e no quadro de resultados); determinarão a eficiência de insumos vis-à-vis os resultados, definirão a eficácia face ao grau em que são concretizados os resultados tangíveis desejados, como ilustrado na Figura 19.

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Adaptado das Bases Metodológicas OCDE-DAC para Avaliações

Os critérios para a avaliação do RISDP Revisto serão: relevância, eficiência, eficácia, impacto, equidade,

sustentabilidade e utilidade externa. Será efectuada uma Avaliação Documental em 2019 para avaliar

até que ponto foram concretizados os resultados projectados e isto informará os termos de referência

para a Avaliação Final Independente do RISDP que ocorrerá em 2020.

Eficiência

Relevância Eficácia, sustentabilidade de

Coerência mais-valias por impacto

Figura 19 – Critérios de Avaliação

Efeitos

Efeitos

projectados

Insumos Resultados

Impactos

Resultados

Objectivos

Necessidades

Desafios

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RISDP REVISTO Quarta Versão

Anexo 1: Áreas de Intervenção, Metas e Realizações quanto ao RISDP

Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

Erradicação da Pobreza Realizar um crescimento do PIB de pelo menos 7% por ano Não foi realizado. O crescimento do PIB da SADC continua inferior a 7% por ano.

Reduzir a metade a proporção da população que sobrevive com menos de US$1 por dia entre 1990 e 2015

Não foi realizado embora tenha sido desenvolvido em 2010 um Quadro Regional para Redução da Pobreza e tenha sido estabelecido um Observatório Regional da SADC para a Pobreza (e esteja em curso o trabalho para a sua operacionalização) para contribuir para este objectivo dos ODM

Combate à Epidemia do VIH e SIDA Redução da incidência do VIH entre grupos vulneráveis na SADC

Prevalência do VIH entre mulheres grávidas com idades entre 15 e 24 anos de idade reduzida em 25% até 2009

O indicador “Prevalência do VIH entre mulheres grávidas com idades compreendidas entre 15 e 24 anos” não é monitorizado ao nível regional. Por isso, os avanços rumo ao alcance desta meta não podem ser aferidos. Os dados disponíveis relacionam-se com a prevalência do VIH entre pessoas com idades entre 15 e 24 anos. Até 2012, a variação da prevalência do VIH entre este grupo etário era estimada entre 2,8% e 14,4%.

Todos os Estados Membros deviam conter e começas a inverter o alastramento do VIH até 2015

Foi realizado bom progresso. Contudo, a maior parte dos Estados Membros não conseguiu ainda conter e inverter o alastramento do VIH. Foram elaboradas uma Estratégia de Prevenção do VIH, as Directivas sobre PTV (PMTCT), as Directivas sobre o teste do VIH e a Gestão Harmonizada do VIH, para acelerar a redução do VIH e SIDA. Contudo, ainda é necessário que as directivas e os quadros sejam enquadrados no ordenamento jurídico interno dos EM.

Integração do VIH e SIDA nos programas e actividades de todas Direcções até 2006.

O VIH e SIDA foram integrados em políticas e programas do SHD&SP o que não foi ainda efectuado noutras Direcções. As Direcções da SADC e os EM foram capacitados no que respeita à integração do VIH em uma perspectiva de género e Direitos Humanos. Foram desenvolvidas directivas para integração do VIH, género, saúde e outras questões sociais na avaliação do impacto ambiental. Estas directivas aguardam aprovação e adaptação a nível interno dos EM.

Mitigação do impacto socioeconómico do VIH e SIDA

Não foi definida no RISDP qualquer meta específica para esta área focal

Embora não tenham sido definidas metas específicas foram atingidos os seguintes marcos: - Quadro Estratégico Regional e Plano de Negócios para Órfãos, Crianças e

Jovens Vulneráveis (OVC&Y); Pacote Abrangente de Serviços para OVC&Y; - Principais indicadores e Sistema para Gestão de Informação para OVC&Y; e - Quadro Psicossocial para OVC&Y.

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

Foi desenvolvida e está sendo implementada presentemente uma iniciativa transfronteiras para o VIH e SIDA a qual proporciona serviços a trabalhadores de sexo, motoristas de camiões e populações em zonas fronteiriças.

Rever, desenvolver e harmonizar políticas, estratégias e legislação relativa à prevenção, cuidados e apoio e tratamento do VIH no seio da região da SADC

Estabelecimento de abordagens regionais acordadas para a prevenção, cuidados, apoio e tratamento do VIH até 2005 Desenvolvimento e harmonização de programas regionais para prevenção, tratamento e cuidados para o VIH e SIDA até 2005

Algumas normas mínimas em política regional e programas harmonizados foram desenvolvidos entre 2005 e 2012 a fim de facilitar a harmonização.

Pelo menos 9% das pessoas infectadas com o VIH (seropositivas) e necessitam de tratamento e cuidados devem recebê-los até 2005.

Realizado, de acordo com a informação disponível.

Mobilização e coordenação de recursos para uma resposta multissectorial ao VIH e SIDA na região da SADC

Os Estados Membros da SADC devem disponibilizar 15% dos seus orçamentos nacionais para o sector da Saúde (Declaração de Abuja, 2001)

Não foi concretizado embora seja necessário o empenho no financiamento interno sustentável no que respeita à saúde e VIH.

Fortalecimento da capacidade institucional para Monitorização e Avaliação (M&E)

Inclusão de metas regionais e internacionais nos Planos dos Estados Membros até 2006

Os Estados Membros apresentam anualmente relatórios de progresso com base em indicadores regionais acordados.

Estabelecimento de uma Base de Dados sobre a prevalência regional do VIH e SIDA até 2005

Foi criada em 2006 uma Base de Dados e Portal de Informação Regionais para o VIH e SIDA

Igualdade do Género e Desenvolvimento

Desenvolvimento e fortalecimento de políticas nacionais e quadros institucionais para o género até 2003 Harmonização de políticas nacionais pelo Secretariado e desenvolvimento de uma Política Regional para o Género até meados de 2004

A Política Regional para o Género foi adoptada pelo Conselho de Ministros em 2007. Os Estados Membros estão a alinhar as suas Políticas Nacionais para o Género à Política para o Género e ao Protocolo sobre Género e Desenvolvimento da SADC. O Protocolo sobre Género e Desenvolvimento foi assinado por treze Estados membros em 2008. 11 dos 13 signatários ratificaram o protocolo o qual entrou em vigor desde então. O Secretariado facilitou o desenvolvimento de um Plano de Acção da SADC para o Género e Desenvolvimento (2011-2016) de acordo com o Protocolo da SADC sobre Género e Desenvolvimento.

Estabelecimento de mecanismos de aplicação e de instituições Doze (12) dos 15 EM possuem Ministérios para os Assuntos do Género / da

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

de prestação de serviços até meados de 2006

Mulher autónomos.

Adopção de processos de planeamento, orçamento e implementação dedicados ao género, programas regulares para desenvolvimento de capacidade e formação; e mecanismos para recolha de dados desagregados relativos ao género até ao fim de 2006

Foi desenvolvido um Toolkit para Integração do Género e as Direcções sectoriais da SADC e unidades independentes foram treinados para uso do Toolkit na integração do género. Os EM da SADC foram treinados quanto ao uso do Toolkit da SADC para Integração do Género, incluindo altos funcionários dos Ministérios das Finanças e Planeamento Económico em todos os Estados Membros da SADC. Foi desenvolvida e aplicada a Política da SADC para o Género no Local de Trabalho. Todos os EM da SADC realizaram progressos notáveis em programas e projectos para integração do género. Oito EM da SADC adoptaram processos de planeamento, orçamento e implementação incluindo o género. O desenvolvimento de capacidade para integração do género tem lugar em várias políticas, projectos e processos nas Direcções e Unidades da SADC, p. ex., Órgão sobre Paz, Segurança e Defesa, TIFI, FANR, I&S e SHD e SP

Assinatura, acessão e ratificação de instrumentos internacionais e regionais sobre igualdade do género por parte dos EM até meados de 2004 e respectiva incorporação até ao fim de 2004

Todos os EM da SADC são parte à Convenção da Nações Unidas sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Contra Mulheres (CEDAW), incorporando o princípio de igualdade de mulheres e homens em legislação e destinado a abolir leis discriminatórias com base no género.

Revogação de disposições discriminatórias quanto ao género nas constituições, leis, políticas e quaisquer outros documentos em vigor nos Estados Membros da SADC até meados de 2005 e promulgação de disposições que garantam equidade substantiva quanto ao género até ao fim de 2005

Direitos Constitucionais: Todos os EM da SADC dispõem de disposições constitucionais para assegurar a igualdade entre géneros; foram produzidas reformas constitucionais nos EM. Revisões constitucionais em alguns EM deram origem à inclusão de algumas cláusulas sensíveis ao género. Legislação Interna: Os EM desenvolveram e promulgaram leis e políticas assegurando a habilitação de mulheres e a igualdade entre géneros. Os EM identificaram leis discriminatórias contra as mulheres e, na maior parte dos casos, estas leis foram revogadas ou postas de parte para efeitos de revisão/alteração. Entre estas encontram-se leis que governam o casamento, herança, custódia de crianças, subsistência, etc. Acesso à Justiça: Segundo pesquisas efectuadas, as mulheres na África Austral continuam a depender da lei consuetudinária que nem é justa nem equitativa para

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

elas, em especial para as mulheres rurais, devido a assistência insuficiente no terreno.

Desenvolvimento, fortalecimento e implementação de programas específicos para a habilitação económica das mulheres até ao fim de 2007

Em Novembro de 2011 foi desenvolvida uma Estratégia Regional para Habilitação Económica das Mulheres. Tem-se verificado um aumento do número de mulheres em posições de tomada de decisões económicas mas, em termos gerais, as mulheres na África Austral representam 23% de todos os decisores em assuntos económicos nos governos. Foi feita uma análise das políticas económicas e comerciais dos EM da SADC e as recomendações dela resultantes serão utilizadas para pressionar no sentido da integração da igualdade entre géneros. Feiras Comerciais e Fóruns para Investimento Anuais para Mulheres nos Estados Membros da SADC. Foram desenvolvidas em 2013 Directivas da SADC relativas a Orçamentos para o Género. Foram desenvolvidas em alguns EM da SADC políticas para aumentar o acesso a terra e a facilidades de crédito por parte das mulheres e salvaguardar os seus direitos ao uso de propriedade. A maior parte dos Estados Membros está envolvida em iniciativas para inclusão efectiva do género em orçamentos.

A concretização por todos os Estados Membros de: • Pelo menos 30% de mulheres em posições de tomada de decisões a nível do governo autárquico, parlamento, conselho de ministros e posições seniores no sector público até 2005, ou medidas de acção afirmativa estabelecidas para acelerar a consecução desta meta;

Os EM deram alguns passos e realizaram progresso quanto à participação e representação de mulheres em política e posições de tomada de decisão, sobretudo em Conselhos de Ministros, Parlamentos, Governos Centrais e Autárquicos e no sector público. O Malawi é o primeiro Estado Membro na Região a ter como Presidente uma mulher que desempenha igualmente papéis de liderança em várias questões fundamentais a nível regional, continental e global. A nível de Conselho de Ministros tem-se verificado uma tendência constante e consistente no que respeita ao crescimento da representação de mulheres que presentemente se situa em 22%, embora a representação de mulheres em parlamentos seja presentemente de 25,7%. A nível de governo nacional e autárquico na região, a representação de mulheres encontra-se presentemente em uma média de 27% e 26,8% respectivamente.

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

Foi elaborado, aprovado e adoptado pelo Conselho de Ministros em 2009, o Quadro da SADC para Consecução de Paridade entre Géneros quanto a Posições Políticas e de Tomada de Decisões até 2015, como guia para os Estados Membros acelerarem o processo para consecução da meta definida de 50:50.

Pelo menos 50% de mulheres em posições de tomada de decisões a nível do governo autárquico, parlamento, conselho de ministros e posições seniores no sector público até 2015, ou medidas de acção afirmativa estabelecidas para acelerar a consecução desta meta;

A proporção de mulheres em parlamentos aumentou para uma média de 25,7% valor que é superior à média global de 18,5% e à média da África Subsariana de 18,6%. A nível de parlamentos tem-se verificado uma tendência constante e crescente em um número significativo de Estados Membros. Existe uma relação entre a percentagem de mulheres em parlamentos e os tipos de Sistemas Eleitorais adoptados. Os Estados Membros que usam o sistema de Representação Proporcional e os que usam uma combinação de diferentes sistemas eleitorais conseguiram aumentar progressivamente o número de mulheres em parlamentos. Por outro lado, Estados Membros que usam o Sistema de Círculos Eleitorais (maioria simples de votos) não conseguiram manter nem aumentar o número de mulheres no Parlamento. Através do intercâmbio de informação entre os Estados Membros facilitado pelo Secretariado, os Estados Membros estão a rever e/ou alterar as suas constituições e sistemas eleitorais para melhorarem a participação e representação de mulheres em política e tomada de decisões. Práticas eficazes adoptadas pelos EM incluem lugares especiais e quotas legisladas; quotas voluntárias e pressão para a inclusão de mulheres em nomeações directas feitas por Chefes de Estado e ou de Governo.

Erradicação e redução de todas as formas de violência contra mulheres e crianças

Todos os Estados Membros da SADC são parte à Convenção das Nações Unidas para Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra Mulheres (CEDAW). Todos os EM dispõem de legislação ou instrumentos similares para prevenção de Violência com Base no Género e 9 EM da SADC dispõem de legislação específica relativa a delitos sexuais. A aplicação deste tipo de legislação é importante. O Plano Estratégico da SADC com duração de 10 anos para Acção sobre o Combate de Tráfico de Seres Humanos foi adoptado pelo Conselho de Ministros

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

da SADC em 2009. 10 EM da SADC desenvolveram legislação específica para combate ao tráfico humano enquanto os restantes EM estão ainda a elaborar este tipo de legislação. A SADC desenvolveu uma Estratégia para abordagem de VBC em zonas de conflito e de pós-conflito e um Quadro para integração do género em arquitectura para paz e segurança.

Ciência, Tecnologia e Inovação

Fortalecimento da cooperação regional em C&T na SADC

Criação de uma Unidade de Ciência e Tecnologia (C&T) no Secretariado

Unidade/gabinete foi parcialmente operacionalizado. Um Gabinete para CTI foi estabelecido com um funcionário destacado pela África do Sul.

Estabelecimento de comités de representantes dos Estados Membros

Realizado parcialmente. Existem grupos de trabalho/comités ad hoc para mudança climática, Mulheres em Ciências, Engenharia e Tecnologia

Produção de políticas para C&T Realizado parcialmente. Foi desenvolvido um projecto de Estratégia para operacionalização do Protocolo o qual aguarda a sua finalização e aprovação.

Produção de políticas para C&T O Protocolo sobre CTI foi adoptado em Agosto de 2008 mas ainda não entrou em vigor.

Promoção do desenvolvimento e harmonização de políticas de C&T na região

Instituição de um programa indicador de C&T Não foi realizado.

Apoio a iniciativas de desenvolvimento de políticas nacionais Registado algum progresso a nível de Estados Membros. Foi concebido um curso para formação em políticas de CTI destinado a apoiar o desenvolvimento de políticas nacionais.

Assegurar a protecção de direitos de propriedade intelectual (IPR)

Registado algum progresso a nível regional. Foi iniciado um programa para IPR em 2009 e facilitada a troca de informação.

Obter apoio e cooperação internacional em iniciativas de R&D

Negociar a obtenção de apoio destinado a C&T através de instrumentos como o Programa Regional Indicativo da UE

Não foi realizado progresso a nível regional. Contudo, os Estados Membros conseguiram obter apoio dos ICP por si próprios.

Iniciar discussões com outras entidades regionais para cooperação em C&T

UA/NEPAD dispõe de redes regionais como SANBio, Water Sciences, que estão activas na SADC. CAAST-Net tem projectos em sete EM.

- Identificar centros de excelência Não foi realizado.

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

- Aumentar a conectividade entre centros - Desenvolver um conceito para as instalações de pesquisa - Criar as instalações - Angariar fundos para o projecto

Promover a compreensão do público quanto a Ciência e Tecnologia

Apoiar a apreciação e compreensão por parte do público sobre programas para Ciências, Engenharia e Tecnologia (PUSET)

Progresso limitado. Os EM dispõem de arranjos bilaterais e oferecem-se apoio moral uns aos outros, em especial através da presença em eventos de uma semana sobre Ciência, Engenharia e Tecnologia (CET).

Realização anual de uma semana dedicada a CET na SADC

SADC CET Regional foi lançada nas Maurícias em 2009.

Desenvolvimento, transferência e difusão de tecnologia.

Criação de incentivos e identificação de áreas prioritárias para investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (R&D)

Não se registou nenhum progresso

Adaptação da melhor política e prática na SADC e fora da SADC

Não se registou nenhum progresso

Sector Privado Desenvolvimento de uma política da SADC sobre parcerias entre o sector público e o privado até Junho de 2004. Revisão, melhoramento e assinatura de MOU com o Sector Privado da SADC, permitindo explicitamente o envolvimento do sector privado através das estruturas da SADC até Junho de 2004. Adopção pela Cimeira de um Plano de Acção para o sector público e privado com base no Livro Branco do ASCCI a ser implementado durante o período do RISDP. Inquérito sobre Competitividade e Clima para Negócios concluído para facilitar o diálogo constante entre o sector público e o privado. Institucionalização de uma Unidade para o Sector Privado para exercer uma função de apoio ao Secretariado e a instituições do sector privado como parte de um Secretariado reestruturado até Janeiro de 2004. Facilitação da criação de associações do sector empresarial

As metas do RISDP para a criação de espaço, condições e quadros para o envolvimento do sector privado na integração regional não foram atingidas em grande parte. Adicionalmente, várias metas planeadas do RISDP podem requerer clarificação ou redefinição adicional no contexto de um ambiente em mudança para o diálogo e parceiras entre o sector público e o privado.

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

quando estas possam acrescentar valor ao diálogo constante entre o sector público e o privado

Estatística Desenvolvimento de um quadro jurídico entre 2004 e 2006

Foi elaborada uma nota conceptual sobre o quadro jurídico. O desenvolvimento de uma nova Estratégia Regional para Desenvolvimento de Estatísticas (RSDS) 2013-18 aprovado em princípio pelo Conselho em 2013, necessitava de alinhamento do quadro jurídico à RSDS. O Quadro Jurídico deve estar concluído em 2016.

Harmonização de estatísticas da SADC até 2015

Realizações notáveis na harmonização de estatísticas, nomeadamente em três áreas: (i) O desenvolvimento e implementação da Harmonização dos Índices

Mensais dos Preços ao Consumidor (HCPI),

(ii) Estatísticas sobre Preços Internacionais de Mercadorias. Foi elaborado e adoptado um Manual sobre Harmonização de IMTS para uso pelos Estados Membros para promoverem a harmonização de IMTS entre os Estados Membros. Este Manual foi aprovado pelo Conselho em 2011.

(iii) Estatísticas de Contas Nacionais através da implementação do programa para Desenvolvimento de Capacidade em Estatísticas entre 2005 e 2009, financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento

Foi iniciado o trabalho em áreas emergentes, incluindo estatísticas vitais, população, agricultura, etc.

Desenvolvimento de bases de dados estatísticos regionais integrados em todas as áreas prioritárias incluindo pobreza, género, sector informal, VIH e SIDA até 2015.

O progresso foi limitado de um modo geral. Foi concebida e desenvolvida uma Base de Dados regional sobre Estatísticas Comerciais Integradas (ITSD) mas ainda não estava concluída em Dezembro de 2013.

Desenvolvimento de indicadores para monitoria e avaliação em 2004-2005

Não foi concretizado

Melhoramento da capacidade estatística na SADC até 2015

Realizações importantes registadas no melhoramento da capacidade estatística através da implementação do Projecto da SADC para Formação em Estatísticas financiado pela União Europeia entre 2001 e 2007. Foram desenvolvidos materiais para formação em estatísticas para serem

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

utilizados para esse efeito. Estes materiais envolvem um curso básico em estatísticas, um programa de cursos de curta duração e diploma avançado em estatísticas oficiais. Foram realizados mais de 20 cursos de formação de curta duração a nível regional para cerca de 400 participantes dos EM em áreas como estatísticas sobre economia, contas nacionais, amostragem, sistemas de informação geográfica, estatísticas sobre agricultura e registos comerciais como quadros de amostras.

Desenvolvimento de modelos económicos e mecanismos de previsão para estatísticas até 2004-2006

Não se registou progresso nesta área

Estabelecimento de um Fórum multissectorial de utilizadores e produtores de estatísticas até 2004

Foi conseguido um progresso limitado. Prevê-se a criação de comités utilizador-produtor durante o quadro de implementação da Estratégia Regional para o Desenvolvimento de Estatísticas para 2013-2018.

Melhoramento da utilização de TIC económicas para partilha de informação nas áreas prioritárias até 2015

Foi conseguido progresso limitado. Em 2009, com o apoio das Nações Unidas, foi desenvolvido um portal para intercâmbio de informação e dados o qual não pode ser mantido.

Comércio, Liberalização Económica e Desenvolvimento Melhoramento/Promoção da Integração do Mercado de Bens e Serviços

- Estabelecimento de uma ZCL (FTA) para Produtos até 2008 através da implementação efectiva do Protocolo da SADC sobre Comércio

- A ZCL (FTA) foi conseguida em 2008 com 85% das tarifas em zero para os países participantes na ZCL (FTA).

- Máxima redução tarifária foi alcançada com a maioria dos Estados Membros a implementarem a liberalização tarifária em 2012

- Entre 2005 e 2012 foram realizadas auditorias anuais à implementação do

Protocolo sobre Comércio para avaliação do progresso quanto à consecução dos objectivos do Protocolo.

- Tratamento com carácter permanente de barreiras não tarifárias (BNT) (NTB)

através de um sistema on-line para efeitos de monitoria, comunicação e eliminação de BNT abrangendo a região do Tripartido da COMESA, EAC e SADC

- Revisão das Regras de Origem efectuada na sequência da Revisão

Intercalar do Protocolo sobre Comércio em 2004, deixando apenas as referentes a têxteis e vestuário requerendo dupla transformação e farinha de trigo ainda por definir.

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SADC RISDP Revisto T Versão

112

Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

- Concretização da ZCL da SADC para Serviços até 2010 - Protocolo da SADC sobre Serviços assinado em 2012. Até à data, somente dois Estados Membros ratificaram o Protocolo.

- Os Estados Membros acordaram quanto ao roteiro para a conclusão da

Primeira Ronda de Negociações (Dezembro – Junho de 2015)

- Desenvolvimento até 2006 e implementação até 2010 dos Anexos relativos a medidas Sanitárias e Fitossanitárias e Barreiras Técnicas ao Comércio SPS/TBT

- Anexos sobre SPS e TBT adoptados pelo CMC (CMT) em 2008 e estabelecidas as necessárias estruturas institucionais, ou seja, o Comité de Ligação da SADC para Regulamentos Técnicos (SADCTRLC) e o Comité da SADC para Coordenação de SPS.

- Em 2009 foi estabelecido um organismo regional para acreditação, o Serviço

de Acreditação da SADC (SADCAS), a fim de proporcionar acreditação nas áreas de testes, calibração, certificação e inspecção aos Estados Membros da SADC.

- Harmonização dos Regulamentos e dos Procedimentos Aduaneiros até 2008

- Foi desenvolvida e adoptada em 2007 pelo CMT um Lei Aduaneira Modelo, como referência para harmonização de regulamentos e procedimentos aduaneiros na região.

- Outros procedimentos aduaneiros comuns desenvolvidos para efeitos de

adopção incluem o Documento Administrativo Único da SADC, o Sistema de Gestão de Trânsito e a Nomenclatura Tarifária Comum.

- Uso de sistemas de avaliação comuns e adopção de nomenclatura tarifária

aduaneira baseada no Sistema Harmonizado (HS). - O CMT acordou em 2012 que os Estados Membros da SADC deviam aceder

e implementar as disposições da Convenção de Quioto Revista, um instrumento da Organização Mundial das Alfândegas proporcionando um modelo para processos aduaneiros modernos e eficientes para facilitação do comércio. Vários Estados Membros acederam à Convenção.

- A cooperação em assuntos aduaneiros entre os Estados Membros foi

melhorada, incluindo o desenvolvimento de capacidade em questões relativas à gestão aduaneira.

Desenvolvimento de um Quadro Regional de Política de Concorrência em 2006 e respectiva lei em 2010

- Em 2009, a Cimeira assinou uma Declaração sobre Cooperação Regional em Concorrência e Leis e Políticas relativas ao Consumidor.

- O Comité da SADC para Concorrência e Política e Lei do Consumidor

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SADC RISDP Revisto T Versão

113

Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

(CCOPOLC) foi estabelecido para implementar um sistema de cooperação entre os Estados Membros, incluindo um programa regional para desenvolvimento de capacidade a fim de facilitar o desenvolvimento e implementação de leis e políticas nacionais relativas ao consumidor bem como cooperação e diálogo entre autoridades para a concorrência.

- Alguns Estados Membros da SADC já desenvolveram estas leis e políticas e

estabeleceram autoridades relevantes para a concorrência.

- Conclusão até 2010 das negociações relativas à União Aduaneira da SADC

- Não foi concretizada embora tenham sido realizados vários estudos técnicos para informarem o processo preparatório e modelo para possíveis opções quanto a uma União Aduaneira da SADC.

- O Relatório sobre o Quadro para a União Aduaneira da SADC foi aprovado

pelo Grupo de Trabalho Ministerial e endossado pela Cimeira, em Novembro de 2011 e Agosto de 2012, respectivamente, no qual se encontram definidas as metas e referências e é proposto um modelo de União Aduaneira da SADC bem como a sequência de actividades para o estabelecimento da União Aduaneira da SADC, devendo ser dada prioridade à consolidação da ZCL (FTA) da SADC, abordando a afiliação sobreposta e, subsequentemente, efectuando uma avaliação, após 2015, quanto ao progresso realizado no sentido do estabelecimento da União Aduaneira.

- Participação efectiva e cumprimento no que respeita a acordos/arranjos internacionais

- Em 2008, a OMC foi notificada quanto à ZCL da SADC, no âmbito do Artigo 24 do GATT 1994.

- Os Estados Membros da SADC concordaram também quanto ao

estabelecimento de uma ZCL Continental até 2017, em continuação da ZCL do Tripartido.

Desenvolvimento e Fortalecimento dos Mercados Financeiros e de Capitais

- Desenvolvimento do Protocolo sobre Finanças e Investimento (PFI) (FIP) até 2005 para se ratificado até 2007.

- O PFI foi assinado em 2006 e entrou em vigor em 2010.

- Liberalização da conta corrente até 2006 e da conta de capital até 2010

- A maior parte dos Estados Membros já procedeu à liberalização das suas contas correntes com excepção de alguns controlos administrativos.

- Desenvolvimento até 2010 do Quadro Regulatório Financeiro e de Capital

- Não foi concretizado.

- Estabelecimento até 2006 de um Fundo Regional de Desenvolvimento

- Está sendo operacionalizada a primeira janela do fundo, nomeadamente o Mecanismo para Preparação e Desenvolvimento de Projectos.

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

- Apoio aos DFI da SADC através de DFRC funcional até 2005

- O Centro de Recursos para Financiamento do Desenvolvimento (Development Finance Resource Centre) (DFRC) encontra-se totalmente funcional e está a apoiar os DFI no Desenvolvimento de Capacidade.

Consecução de Cooperação Monetária Mais Profunda

- Conseguir a Convertibilidade Monetária até 2008 - Interconexão de sistemas de pagamento e compensação

até 2008 - Desenvolvimento da harmonização de quadros de

supervisão bancária, incluindo melhores práticas, até 2008

- Não foi concretizado - O Sistema Integrado da SADC para Pagamento Electrónico (SIRESS) foi

desenvolvido e inaugurado em 2013. - Todos os EM adoptaram provisoriamente os Princípios de Basileia (Basel

Principles) para supervisão bancária.

- Estabelecimento de uma Associação Regional de Autoridades Financeiras para supervisão bancária até 2010

- Autonomia dos Bancos Centrais até 2010

- Não foi concretizado. Este é um organismo regulatório e de supervisão no que respeita a operações bancárias.

- Lei Modelo para Bancos Centrais foi desenvolvida em 2009 como documento

de referência para boas práticas bancárias de bancos centrais, incorporando a autonomia de bancos centrais como um dos princípios de melhores práticas.

Cooperação em Tributação e Matérias Conexas

- Desenvolvimento de um Tratado Modelo para Tributação na SADC até 2006

- Cooperação em informação sobre impostos e

coordenação de regimes de tributação até 2008 - Desenvolvimento de um regime comum de tributação

indirecta até 2010

- A SADC desenvolveu em 2010 um acordo modelo para Evitar a Dupla Tributação.

- Foi assinado em 2012 um Acordo sobre Assistência relativa a Assuntos

Fiscais.

- Não foi concretizado. Esta meta provou ser difícil de concretizar.

Concretização da Convergência Macroeconómica

- Conseguir uma inflação de 5% até 2012. - Manter um rácio défice orçamental/PIB de 3% até 2012.

- Conseguir um rácio dívida pública/PIB inferior a 60% até 2008.

- Operacionalizar um mecanismo de monitoria e vigilância até

2005.

- Em 2008 e 2012 foram efectuadas avaliações abrangentes quanto ao desempenho dos Estados Membros em relação aos indicadores definidos.

- Apenas quatro EM atingiram a meta de inflação até 2012.

- Metade dos Estados Membros atingiu a meta de défice fiscal até 2012

- 12 EM atingiram a meta.

- Em 2013 foi realizado um estudo para reexaminar os Critérios de Convergência Macroeconómica da SADC.

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

- Em 2013 foi lançado o mecanismo de revisão entre pares para avaliação do desempenho dos estados membros em relação às metas de convergência macroeconómica.

Aumento dos Níveis de Investimento Intra-SADC e do Investimento Directo Estrangeiro (IDE)

- Adopção de Directivas e Quadro Fiscal para Incentivos Fiscais até 2006.

- Desenvolvimento, harmonização e implementação de

instrumentos para promoção de investimento até 2008. - Desenvolvimento de uma política da SADC para parcerias

entre o sector público e o privado até 2005

- Não foi concretizado. Estão sendo desenvolvidas directivas.

- Encontra-se parcialmente desenvolvido um Programa Regional de Acção

sobre Investimento (RAPI), incluindo a base de dados sobre regimes de investimento, a aprendizagem entre pares e o tratado modelo para investimento bilateral.

- Em 2013, foi estabelecida a Rede PPP e desenvolvido um Quadro para PPP os quais foram adoptados pelo Comité de Ministros das Finanças.

Aumento da Competitividade Produtiva e Industrial

- Desenvolvimento e integração até 2008 de uma Estratégia para PME quanto a adição de valor em sectores seleccionados.

- Desenvolvimento e implantação até 2010 de estratégias

regionais para cadeias de valor em oito subsectores - Ligação entre centros de indústria produtiva e ciência e

- O Programa da SADC para Melhoramento e Modernização Industrial (IUMP) foi desenvolvido e adoptado pelo CMT em Junho de 2008, com o objective de melhorar a competitividade da capacidade industrial existente e promover o desenvolvimento de cadeias regionais de valor em oito sectores prioritários.

- Foi desenvolvido e adoptado pelo CMT, em Novembro de 2012, o Quadro de

Política da SADC para Desenvolvimento Industrial, priorizando a promoção de cadeias de valor e redes de produção em toda a região, tendo como principais prioridades o processamento agro-alimentar, a beneficiação de minérios e produtos farmacêuticos.

- Não foi concretizado devido à falta das necessárias especializações.

- Em 2006 foi desenvolvido e adoptado pelos Ministros das Minas um Quadro

para Harmonização de Políticas de Exploração Mineira, Normas e questões Regulatórias.

- Foi estabelecido um Subcomité para Minerais para melhoramento da

cooperação no sentido do desenvolvimento da beneficiação e cadeias de valor de minerais.

- Não foi concretizado devido à falta da necessária especialização em

exploração mineira no Secretariado.

- [Como acima referido]

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

tecnologia até 2008 - Estabelecimento até 2006 de quadros regulatórios

harmonizados para exploração Mineira, incluindo uma estratégia para PME

- Estabelecido até 2010 e um sistema de informação

competitivo para geociências e exploração mineira - Estabelecimento até 2010 de uma Rede Regional

funcional para Desenvolvimento de Recursos Humanos em Exploração Mineira.

- Estabelecimento até 2006 de um mecanismo para

Monitorização do Desenvolvimento de Recursos Humanos em Exploração Mineira

- [Como acima referido]

Infra-estruturas em Apoio à Integração Regional Comunicações e TIC Quadros de Política e Regulatórios para TIC

Harmonização de leis, política, regulamentos e estratégias para promoção da integração de redes e serviços de TIC

A maior parte dos países dispõe de políticas novas ou actualizadas alinhadas às leis, políticas e regulamentos modelo da SADC.

Infra-estrutura de TIC Integrada e Acesso a Redes

Interligação de 80% da rede regional, pelo menos 10% de teledensidade.

Todos os países interligados em mais e 80% através da Infra-estrutura Regional de Informação da SADC (SRII). Em fins de 2012 a teledensidade variava entre 30% e 150%. Penetração da internet fixa inferior a 10% em geral devido à preferência e escolha de internet móvel.

Desenvolvimento de Recursos Humanos, Desenvolvimento de Capacidade Institucional e Pesquisa e Desenvolvimento

Desenvolvidos planos de formação; Especialização adequada em política, regulamentação e prestação de serviços. Criação de pelo menos 4 centros de excelência regionais para TIC na região da SADC

Foram criados centros de excelência regionais através da Associação para Telecomunicações da África Austral (SATA). Foram realizados vários seminários de sensibilização.

Aplicações Sectoriais de TIC

A adopção varia Segundo os rendimentos nacionais dos países.

Transformação de Serviços Postais Política e quadro jurídico modelo foram desenvolvidos,

Foi estabelecido o organismo regulatório regional. (Associação de Reguladores de Comunicações da África Austral - CRASA)

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

Foram desenvolvidas disposições legislativas modelo; Foi estabelecida uma associação regional regulatória

Não foram estabelecidas leis modelo. Está sendo elaborada a política postal regional.

Energia Estabelecimento de um mercado regional de energia integrado, competitivo e eficiente

Encontra-se operacional o regulador regional para a electricidade. Foi estabelecida a Associação Regional para Petróleo e Gás (REPGA). O Plano para Expansão da Produção de Electricidade (Plano Conjunto) foi aprovado e está sendo implementado. Mercado de Energia a Curto Prazo (STEM) alargado para abranger 80% dos Estados Membros conectados

Onze (11) Estados Membros estabeleceram reguladores para electricidade. A Associação Regional de Reguladores de Electricidade - RERA foi estabelecida e encontra-se operacional. Foi aprovada a formação da REPGA mas a instituição não foi ainda constituída e, por isso, não se encontra em funcionamento. Foi estabelecido o Plano Conjunto SAPP. O mercado diário (Day Ahead) foi estabelecido em 2009 e substituiu o STEM. O Post DAM Market (PDAM) foi desenvolvido em 2013 para aumentar o volume de comércio. O comércio competitivo continua ainda baixo, em 1% de toda a electricidade comercializada, a maior parte do comércio tem ainda lugar através de contratos bilaterais.

Uso acrescido/eficiente de fontes de energia renováveis e outras fontes de energia de baixo custo (biomassa, solar, eólica, etc.)

Encontram-se estabelecidos programas e estratégias nacionais para gestão de energia de biomassa renovável. 10% das comunidades rurais têm acesso a NRES

Os EM dispõem das suas próprias estratégias e programas para fontes novas e renováveis de energia (NRSE). Excluindo grandes centrais de energia hidroeléctrica e de biomassa tradicionais, o objectivo de se atingir 10% de parcela de NRSE como Principal Fonte de Energia em muitos EM não foi ainda conseguido.

Maior acesso a electricidade de baixo custo em áreas rurais.

30% de acesso a electricidade em zonas rurais (100% até 2012)

A maior parte dos EM deram início a programas de electrificação rural, usando a rede de distribuição e fora da rede de distribuição, mas metade dos EM apresentam um acesso inferior a 30% em zonas rurais. Exceptuando os Estados Insulares, nenhum dos restantes EM conseguiu 100% de acesso até 2012.

Meteorologia Transformação de Serviços Meteorológicos

Política e quadro jurídico modelo encontram-se em elaboração O princípio de recuperação de custos foi adoptado por todos os EM e a implementação encontra-se em níveis diferentes e segundo modelos diferentes. Algumas Instituições de Meteorologia continuam sendo propriedade do governo enquanto outras estão a tornar-se autónomas.

Realização parcial em alguns EM Alguns EM não dispõem de estações meteorológicas adequadas, actualizadas e bem calibradas, para além da falta de pessoal qualificado, sistemas de telecomunicações e instalações para processamento de dados e disseminação de informação. As instituições para desenvolvimento de capacidade, Centro Regional para Formação Meteorológica (RMTC) em Angola e a Calibração Regional de Instrumentos no Botswana têm necessidade de ser revitalizados com urgência

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

para aliviar a escassez.

Contribuição para a prontidão em caso de calamidades

Foi estabelecido o Centro para Serviços Climáticos da SADC (SCSC).

O SCSC está equipado para fornecer o serviço a que se destina mas encontra-se limitado por falta de recursos humanos e financeiros. Com a iminência da mudança climática, esta intervenção será mais importante e devia receber atenção ao mais alto nível nos Estados Membros. Alguns EM já começaram a dar a necessária atenção ao mais alto nível dos seus governos.

Turismo Efectuar o Marketing da região como destino turístico único mas multifacetado

A Organização Regional para o Turismo da África Austral (RETOSA) foi fortalecida. A estratégia para promoção da Taça do Mundo de 2010 na região foi desenvolvida até 2005. Restrições de viagem e Vistos foram removidas até 2009.

A restruturação da RETOSA foi concluída em 2007. A estratégia para a Taça do Mundo foi desenvolvida e implementada. O UNIVSA foi desenvolvido.

Melhorar as Normas quanto a serviço e infra-estruturas na Indústria do Turismo

Plano para Educação e Formação foi desenvolvido até 2006. A infra-estrutura, serviços e normas para o Turismo foram harmonizados até 2008. Rede para pesquisa, estatísticas e troca de informações sobre turismo foi estabelecida até 2007.

O plano para educação e formação não foi ainda desenvolvido. Foram elaboradas as normas para infra-estrutura. Estatísticas encontram-se disponíveis no portal electrónico da RETOSA.

Assegurar equidade, equilíbrio e complementaridade na indústria do Turismo na SADC

Políticas, estratégias e legislação foram harmonizadas até 2009.

A harmonização de políticas e estratégias está em curso.

Promover uma maior participação de Pequenas e Médias Empresas (PME) e grupos em desvantagem

Facilitação de um ambiente propício para fluxos de investimento para áreas marginalizadas. Integração do género em todas as iniciativas de turismo até 2008.

Ainda não foi concretizado.

Transportes Manutenção e modernização da infra-estrutura de transportes

Estabelecimento de sistemas de pagamento pelo usuário Abordagem harmonizada quanto ao excesso de carga em veículos.

Ainda não foi concretizado. Normas e regulamentos para Controlo do Excesso de Carga de Veículos, incluindo os limites de carga por eixo, foram acordados e aprovados. A implementação coordenada, incluindo a adaptação a nível interno, está presentemente em curso.

Reabilitação da infra-estrutura para Foram identificadas as necessidades de reabilitação em Angola As necessidades foram identificadas através de estudos de viabilidade e de

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

transportes e RDC. design.

Construção das ligações em falta nos transportes regionais

Foram identificadas ligações em falta para transportes regionais e foram realizados estudos detalhados.

As ligações em falta foram identificadas anteriormente e no presente, como parte do RIDMP e encontram-se em diferentes estágios de desenvolvimento

Acessibilidade para comunidades rurais

Desenvolvimento de directivas regionais para estradas de ligação.

Foram elaboradas directivas e alguns EM dispõem de projectos, ou seja, o Malawi, Suazilândia e Moçambique, que estão a bordar esta questão e a beneficiar PME/comunidades.

Infra-estrutura e serviços de transportes integrados

Desenvolvimento de um modelo para transportes integrados e respectivo quadro jurídico.

Até ao presente não foi desenvolvido qualquer modelo integrado para política de transportes na SADC e os transportes integrados (ligação estradas, vias férreas, portos interiores, via aérea) não se encontram bem desenvolvidos em políticas de transportes na maior parte dos EM.

Liberalização dos mercados de transportes

Implementação de planos desenvolvidos para cada um consoante o modo.

Foi concluído um estudo sobre a liberalização do mercado de transportes rodoviários o qual está a aguardar validação antes de ser implementado. Foi desenvolvida uma estratégia e revitalização ferroviária baseada na liberalização do sector mas a implementação é lenta. Para os transportes aéreos, implementação gradual da decisão de Yamoussoukro.

Regulamentação de serviços de transportes

Regras de concorrência entre modos e fornecedores de serviços. Directivas sobre a protecção e segurança. Desenvolvimento de regulamentos.

Regras de concorrência foram adoptadas para o Transporte Aéreo a nível do Tripartido. Ainda não foram desenvolvidas para outros modos. Foram desenvolvidas políticas/directivas/normas de segurança rodoviária/ferroviária através de associações como a Associação Ferroviária da África Austral (SARA). Desenvolvido um Programa para Segurança Rodoviária de acordo com a Década de Acção das Nações Unidas para Segurança Rodoviária. Desenvolvido um Programa para Segurança Aérea. A aviação e o transporte marítimo seguem as directivas e normas de segurança da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) e da Organização Marítima Internacional (IMO) respectivamente.

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

O transporte transfronteiras é regulamentado através de um acordo bilateral para transportes rodoviários com base em modelos desenvolvidos pela SADC; transporte aéreo através de um Acordo Bilateral para Serviços de Transporte Aéreo e transporte ferroviário através de um acordo comercial e de operação entre serviços ferroviários.

Facilitação de movimento transfronteiriço

Processos e documentação de trânsito harmonizados. Requisitos transfronteiras existentes são baseados em acordos bilaterais entre EM. O estabelecimento do posto de fronteira de uma paragem em Chirundu considerado um projecto-piloto com êxito para harmonização de processos aduaneiros. Alguns postos de fronteira foram modernizados, dispõem de programas para melhoramento de fronteiras, incluindo a gestão coordenada de fronteiras, janela única e OSBP - posto de Fronteira de Uma Paragem.

Desenvolvimento de Corredores de Transportes

Estudos de viabilidade sobre corredores prioritários. Foram realizados estudos sobre a maior parte dos corredores, incluindo o NSC, o de Nacala, Lobito e Dar-es-Salam.

Desenvolvimento de Capacidade Desenvolvimento de Planos de Formação. Especialização adequada em política, regulamentação e prestação de serviços.

Algumas acções de formação realizadas nos EM mas não são adequadas para suprir as necessidades.

Água Estabelecimento/fortalecimento de Instituições de Gestão dos Cursos de Água Compartilhados

Estabelecimento de oito instituições para cursos de água partilhados até 2006. Cinco instituições para cursos de água partilhados com Planos Integrados para a Gestão e Desenvolvimento de Recursos Hídricos (IWRMD).

As instituições definidas foram criadas. Foram concluídos os Planos de IWRMD/ Estratégias em 6 bacias hidrográficas e estão sendo produzidos planos em três Comissões de Bacias Hidrográficas a fim de orientar a implementação de projectos.

Melhorar o quadro jurídico e regulatório para gestão e desenvolvimento de recursos hídricos.

Política/estratégia regional para a água até 2005. Directivas para harmonização de legislação, política e estratégia nacionais para a água até 2005. Pelo menos cinco países com legislação harmonizada para a água até 2009.

A política e estratégia regionais encontram-se estabelecidas e foram definidas no prazo estabelecido. Foram desenvolvidas directivas. Legislação harmonizada para a água em Lesoto, Zâmbia, Zimbabwe, Suazilândia, Moçambique e Botswana

Melhorar a base de conhecimentos e SADC HYCOS Phase II operacional até 2009. Meta atingida – operacional a nível dos EM e a nível regional.

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

informação sobre a disponibilidade e procura de recursos hídricos

Mapa hidrogeológico e base de dados regional até 2009. Iniciado o estabelecimento de um sistema regional de monitorização de aquíferos até 2009. Avaliação de base de recursos hídricos – água de superfície e aquíferos até 2006. Realização da avaliação de recursos hídricos em cinco bacias hidrográficas partilhadas até 2009.

Realizado – Produzido em 2010 um Mapa Hidrogeológico e Atlas com base na Internet. Sistema regional para monitorização de aquíferos iniciado em 2009 no Botswana, Zimbabwe, e RSA, na bacia do Limpopo. Realizado – bacia hidrográfica – monografias e estratégias para as bacias do Púngue e Zambeze, Buzi, Save e Rovuma. Realizado – Bacias do Orange-Senqu, Okavango, Limpopo, Púngue e Zambeze.

Desenvolver infra-estrutura estratégica regional para água

Implementação de programas para Abastecimento de Água e Saneamento (WS&S) a terem início até 2006. Infra-estrutura estratégica regional para água desenvolvida até 2006. Estudos para implementação realizados em dois sistemas de transferência entre bacias hidrográficas e três barragens importantes até 2006.

Realizado mas não teve início a tempo. Projectos presentemente em curso em Cunene-Angola/Namíbia e Lomahasha/Namaacha Suazilândia/Moçambique. Programa elaborado e aprovado pelos Ministros. Realizado para LHWP Fase 2-Lesoto-África do Sul. Estudos realizados para barragens de Batoka (Zâmbia/Zimbabwe) e Mpanda Nkuwa – Moçambique.

Fortalecer a capacidade em IWRMD na região

100 profissionais treinados em IWRM até 2008. Pelo menos dez centros de excelência para IWRM identificados e melhorados até 2009. Centro de Excelência melhorado e oferecendo formação em IWRM. Estratégia para Waternet implementada até 2006. Waternet a funcionar como instituição autofinanciada e autónoma segundo o princípio de subsidiariedade até 2005.

Conseguidos 500 graduados com Mestrado para além de cursos de desenvolvimento profissional de curta duração. Foi estabelecido na Universidade do Free State o Instituto para Gestão de Aquíferos. Waternet foi melhorado. Realizado, Waternet está a oferecer formação em IWRM. Waternet tem tido êxito até à data no impulsionamento do desenvolvimento de capacidade em IWRMD. Estatuto de subsidiário conseguido em 2012.

Assegurar a participação e sensibilização no que respeita a IWRMD

Estratégia de comunicação sobre IWRM até 2006. Directivas sobre participação de intervenientes em projectos para água até 2006.

Estratégia de Comunicação Desenvolvida e Aprovada pelo Conselho em 2008 – Realizado.

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

Directivas para integração do género na gestão de recursos hídricos desenvolvidas até 2006.

Agricultura e Segurança Alimentar/Segurança Alimentar Sustentável Assegurar a disponibilidade de alimentos

Estabelecimento de serviços técnicos para apoio a programas de reforma agrária até 2005/6

- Os Serviços de Apoio à Reforma Agrária da SADC (SLRSF) foram desenvolvidos e aprovados pelos Estados Membros

Foram mobilizados recursos para o Programa Regional para Irrigação e Gestão de Água.

Aumento do consumo de fertilizantes, de 44,6 quilogramas por hectare de terra arável para 65 quilogramas por hectare de terra arável até 2015 (a média global é de 98,8 Kg/ha)

- Foi desenvolvido o Sistema Regulatório Harmonizado da SADC para Sementes, o qual foi aprovado e o Memorando de Entendimento assinado e ratificado em 2013.

- Foi estabelecido em Lusaca, Zâmbia, o Centro para Sementes da SADC. - Foi melhorado o acesso a insumos agrícolas chave na região da SADC. - Foi desenvolvido o Quadro para o Mercado Comum de Insumos Agrícolas

(sementes e fertilizantes)

Aumento do rendimento da produção de cereais, em quilogramas por hectare, de uma média de 1.392 para 2.000 (média global) até 2015

- A produção de cereais é ainda muito inferior a 1,5 t/ha na maior parte dos países.

- Foram facilitados programas de pesquisa através de 14 subvenções para apoio a desenvolvimento tecnológico em vários aspectos.

Redução da incidência de doenças animais Transfronteiriças (TAD) em particular a Febre Aftosa, em 50% até 2015, sendo a erradicação o objectivo final.

- Está sendo facilitada a vigilância, controlo e erradicação de doenças animais transfronteiras.

- Foi proporcionado o treino necessário para vigilância e controlo de TAD. - Foi fornecido equipamento apropriado para facilitação do teste a TAD. - Instituições veterinárias em cinco EM foram equipadas para melhor gerirem o

risco que doenças animais transfronteiras (TAD) representam através de formação, fornecimento de equipamento de laboratório e reabilitação de infra-estrutura.

- Foi melhorada a capacidade dos EM para efeitos de controlo e gestão do alastramento da Febre Aftosa na região.

- Foi publicado um Manual sobre „Pragas de importância fitossanitária e económica na região da SADC‟ para assistir os EM a identificarem pragas de plantas e a tomarem decisões para o seu controlo.

- Onze Estados Membros são presentemente signatários à Convenção Internacional para Protecção de Plantas e têm estado muito activos na contribuição para o desenvolvimento de normas internacionais para medidas fitossanitárias.

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

Aumento da produção de gado em pelo menos 4% por ano;

A produção regional de produtos de pecuária aumentou em 3-9% com base em uma média de cinco anos (2007-2011) comparada com o valor de base referente a 2007.

Duplicação das terras cultivadas sob irrigação, de 3,5% para 7% como percentagem do total até 2015.

Protocolo Revisto sobre Cursos de Água Compartilhados Plano de Acção Estratégico para Gestão Integrada de Recursos Hídricos Facilitado o desenvolvimento do programa regional para gestão de recursos hídricos.

Duplicar a taxa de adopção de tecnologias comprovadas como variedades melhoradas de sementes, gestão de água e de terras, até 2015.

- A capacidade regional para pesquisa agrícola foi melhorada através do apoio à formação de cientistas regionais.

- Instituições terciárias para formação em agronomia foram habilitadas para satisfazer as necessidades de capacidade exigidas pela procura em um mercado em mudança.

- Foram implementados vários projectos para fortalecimento de instituições regionais de pesquisa incluindo os seguintes: (i) Fortalecimento da Capacidade para Pesquisa Agrícola e Desenvolvimento em África, (SCARDA) (ii) Programa da SADC para Vários Países para Produtividade Agrícola (SADC MAPP) (iii) Fundo para Projectos Colaborativos Inovadores para Apoio ao Desenvolvimento de Pequenos Agricultores (FIRCOP) (iv) Programa ICART.

- Foi estabelecido o Centro para Coordenação de Pesquisa Agrícola na África Oriental e Austral (CCARDESA) para liderar a pesquisa na região.

- Foi facilitado o intercâmbio de informação e melhores práticas quanto a produção, tecnologias e questões de terras e segurança e valor nutritivo.

Assegurar o acesso a alimentos

Adesão a normas e Medidas SPS de acordo com os Acordos da OMC.

- Participação no desenvolvimento catalisado de Normas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS);

- Participação em negociações para facilitação do comércio de produtos de pecuária com o mercado internacional.

- Foi feita a implementação de um Projecto de Segurança Alimentar destinado a promover o comércio de produtos agrícolas através do fortalecimento das capacidades dos EM para cumprirem as normas SPS, para efeitos de entrada na UE e em outros mercados mundiais.

- Em colaboração com o TIFI foi facilitada a eliminação de Barreiras ao Comércio Agrícola na Região da SADC; e

- Foi facilitado o desenvolvimento de políticas e programas para promoção da Adição de Valor a Produtos Agrícolas.

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

Facilitação de políticas e programas para promoção da adição de valor em produtos agrícolas.

Através do projecto ICART foram encomendados dois projectos para tratar de questões de marketing. Os dois projectos identificaram os estrangulamentos em marketing e fizeram a sua abordagem em uma análise de cadeia de valor.

Assegurar a segurança alimentar e o valor nutritivo dos alimentos

Aumentar o valor energético e proteico da alimentação diária per capita, de 2.160 kcal para 2.700 kcal e de 49g para 68g respectivamente, até 2015.

- Isto não foi facilitado a nível regional. - A Estratégia Alimentar e Nutricional encontra-se subdesenvolvida.

Reduzir a metade a proporção de pessoas vítimas de fome até 2015.

Reduzir a metade a proporção de crianças com menos de cinco anos que apresentam peso deficiente entre 1990 e 2015.

- Foram realizadas actividades relacionadas com o desenvolvimento de capacidade em normas para processos (Boa Prática Agrícola (GAP), Boa Prática de Higiene (GHP), Boa Prática de Manufactura (GMP) e Análise de Perigo e Ponto de Controlo Crítico (HACCP).

- Foi adquirido de distribuído aos EM equipamento de laboratório. Foi realizada formação quanto ao uso do equipamento.

- Foram facilitadas várias actividades por parte da SQAM (Normas, Qualidade, Acreditação e Metrologia da SADC) para coordenar eficientemente a gestão de assuntos de SPS.

- Foram elaboradas Directivas Regionais para a Regulação de Segurança de alimentos, Produtos para protecção de Culturas, Medicamentos Veterinários, e Directivas Regionais para Gestão de Assuntos Relativos a SPS.

- Foram elaboradas directivas para segurança de alimentos. - Foi facilitada a Harmonização de Normas Regionais para a Segurança de

Alimentos e Registo de químicos agrícolas e veterinários.

Assegurar a prontidão para enfrentar calamidades no que respeita a segurança alimentar

Não foram definidas metas específicas para esta estratégia/medida no RISDP, embora na narrativa das áreas de intervenção, o RISDP se refira ao seguinte: 1. Estabelecimento de Instalações para Reserva de

Alimentos; 2. Desenvolvimento de um Sistema Regional Integrado para

Informação sobre Agricultura; e 3. Fortalecimento de Sistemas de Alerta Prévio redução da

vulnerabilidade.

- Em 2007 foi desenvolvido um quadro para o estabelecimento e gestão de instalações para reserva de alimentos.

- Doze EM dispõem de Unidades Nacionais para Alerta Prévio (NEWU) e estão em curso processos para o desenvolvimento de NEWU nos restantes EM.

- Foram facilitadas discussões com PCI sobre auxílio alimentar entre os EM. Foi acordado na generalidade que o auxílio alimentar devia ser obtido na região.

- Foi facilitada a monitorização, avaliação e disseminação sobre a Oferta e Procura de Alimentos Regionais; e

- Foram operacionalizados Planos para Gestão de Calamidades.

Fortalecimento do quadro institucional Desenvolvimento de instrumentos jurídicos relevantes sobre - A Política Regional da SADC para a Agricultura (RAP) foi desenvolvida e

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

e de capacidade para implementação da segurança alimentar.

Segurança Alimentar e Agricultura, até 2006/2007 aprovada em princípio em Junho de 2013. - Em 2013 foi iniciado um projecto para controlo da Mosca Asiática da Fruta,

uma praga grave para culturas hortícolas nos EM da SADC. - A Análise e Avaliação Regional da Vulnerabilidade (RVAA) estabeleceu

centros de excelência na África do Sul, Malawi e Zimbabwe para apoiar a formação dos EM quanto a questões relativas a segurança alimentar e avaliação de vulnerabilidade.

- Foi estabelecido o Centro para Carraças e Doenças Causadas por Carraças no Malawi e um centro de excelência para a produção de vacinas contra a Febre da Costa Oriental.

- Foram estabelecidas Redes Eficazes e foi estabelecido o Diálogo na região.

Desenvolvimento de um Plano de Acção a Médio Prazo relativo ao programa para segurança alimentar até 2004.

- Nada foi realizado quanto a esta meta.

Conclusão do Anexo ao Protocolo sobre Comércio até 2005. - Nada foi realizado quanto a esta meta.

Implementação dos protocolos existentes sobre Pescas, Silvicultura e Fauna Bravia a ter continuação até 2015.

- Ver comentários relativos à área de intervenção para o Ambiente e Recursos Naturais.

Gestão do Ambiente e Recursos Naturais

Finalização de um instrumento jurídico para cooperação regional quanto ao ambiente e recursos naturais até 2006.

- Protocolo sobre o Meio Ambiente desenvolvido e aprovado pelos Ministros Responsáveis pelo Ambiente e Recursos Naturais.

- O Protocolo sobre Silvicultura foi ratificado por 10 EM da SADC em Maio de 2009.

- O Protocolo sobre Pescas foi ratificado por 11 EM, em Agosto de 2008. - O Protocolo sobre Fauna Bravia e Aplicação da Lei foi ratificado em

Novembro de 2003 e a Estratégia de Implementação foi aprovada em 2007. - Os EM estão a utilizar os 3 Protocolos em níveis diferentes.

Normas e directivas ambientais desenvolvidas e em implementação até 2008.

- O Plano de Acção Ambiental Sub-regional da SADC foi desenvolvido e finalizado.

- A Estratégia da SADC para a Biodiversidade e directivas regionais para gestão de espécies estrangeiras invasoras foram aprovadas em 2007.

- Está em curso o desenvolvimento de um programa regional para Gestão de Desperdícios e para Mudança Climática.

- O Plano Regional de Acção para a Biodiversidade está sendo finalizado. - Foi realizada a formação de negociadores da SADC em preparação para a

17ª Conferência das Partes à UNFCCC. - Está sendo implementado o programa do Tripartido para Mudança Climática

envolvendo a SADC, COMESA e EAC.

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

Relatórios sobre a Situação do Ambiente para a África Austral produzidos com regularidade de cinco em cinco anos.

- A primeira série dos Relatórios sobre a Situação do Ambiente na África Austral (SAEO) foi publicada em 2008 e lançada em Novembro de 2009.

Estratégia e Programa para Gestão da Degradação do Ambiente (brown environment) na África Austral finalizada e em implementação até 2005.

Finalização da Estratégia e Programa para Gestão da Degradação do Ambiente na África Austral.

O manual para integração do ambiente foi iniciado no início de 2010 e está em vias de ser finalizado.

Adopção de planeamento responsivo ao ambiente e processos de implementação, desenvolvimento de capacidade com regularidade para o ambiente e desenvolvimento sustentável e programas de formação até 2007.

Implementação de pelo menos 50% dos programas e projectos para gestão de recursos naturais transfronteiras, de acordo com a NEPAD iniciada até 2008.

- O quadro da SADC para Áreas de Conservação Transfronteiras (ACTF) foi aprovado em 2007.

- Foram implementados os Programas Regionais da SADC para ACTF e Gestão de Rinocerontes.

- Programas sobre Gestão de Incêndios Transfronteiras foram aprovados em 2010.

- Redução de Emissões em resultado de Desflorestação e Degradação de Florestas (REDD+) foi aprovado em 2011 e a implementação teve início em 2012.

- Aplicação, Governação e Comércio no âmbito da Lei da Floresta (FLEGT); e Gestão e Conservação Sustentável Floresta foram também aprovados.

Facilitação Programas para desenvolvimento de capacidade até 2010

- O Secretariado facilitou o desenvolvimento de capacidade em Financiamento Inovador para Biodiversidade e o Programa Regional para Educação Ambiental (SADC REEP) com base em KwaZulu Natal, África do Sul. As redes do programa junto dos EM da SADC e outras iniciativas regionais para educação ambiental (EE) como a Associação da África Austral para Educação Ambiental (EEASA) e organizações internacionais como a UNEP, UNESCO, Universidade das Nações Unidas, IUCN, UNDP e DANIDA. A Universidade de Rhodes desempenhou um papel importante nas áreas de formação e pesquisa.

- Foi estabelecida na região uma forte comunidade de prática de EE/ESD (Edução para o Desenvolvimento Sustentável). Em 2007, o SADC REEP recebeu o Prémio do Presidente da EEASA pelas suas realizações extraordinárias e, em 2009, foi seleccionado pela UNESCO como modelo internacional de melhores práticas em EE e ESD.

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

- Foi facilitado o desenvolvimento de posições comuns da SADC para alguns Acordos Ambientais Multilaterais prioritários, incluindo a 15ª e 16ª Conferência da UNFCC, CITES das Nações Unidas e a 10ª Conferência das Partes à Convenção sobre Diversidade Biológica (UNCBD).

Posições regionais coordenadas nas negociações e implementação de MEA e outros acordos

- Foi facilitado o desenvolvimento de posições regionais sobre mudança climática.

- Os Estados membros foram treinados em técnicas de negociação sobre assuntos ambientais internacionais.

- Foi facilitada a finalização da Estratégia para Mudança Climática. - Está sendo facilitado o desenvolvimento e implementação do Programa para

Mudança Climática.

Desenvolvimento Social e Humano Concretização do sistema regionalmente integrado para educação e formação na SADC

Facilitação da implementação das disposições do Protocolo sobre Educação e Formação

A implementação do Protocolo da SADC sobre Educação e Formação foi efectivamente coordenada e está em curso. Foi desenvolvido um Plano de Implementação e estão sendo implementadas as seguintes áreas do Protocolo: EMIS, TVET, harmonização de políticas para o ensino primário, ensino superior e educação à distância. As áreas ainda por implementar incluem harmonização de currículos, desenvolvimento de professores, pesquisa e desenvolvimento.

Desenvolvimento de capacidade institucional a nível regional para desenvolvimento, planeamento e gestão de políticas de educação

Foi conseguido um progresso considerável tendo sido estabelecido o Centro de Especialização que se encontra funcional.

Desenvolvimento do Quadro Regional para Avaliação de Qualificações (RQF)

O projecto do RQF foi elaborado e aguarda a sua finalização (contém descritores para 10 níveis, o Portal para Qualificações e directivas para garantia de qualidade).

Desenvolvimento e implementação de um Sistema comum para recolha e comunicação de informação pelos EM quanto à situação actual e à futura procura e oferta.

As normas e padrões para o Sistema de Informação para Gestão da Educação (EMIS) foram desenvolvidos e implementados. Contudo, não existe uma Base de Dados Regional consolidada quanto à oferta e procura.

Estabelecimento e fortalecimento de Centros de Especialização e Excelência na Região.

Foram estabelecidos Centros de Especialização (CoS) para Planeamento e Gestão de Políticas Educacionais; Administração e Gestão Públicas; e Educação Aberta e à Distância (ODL) para o ensino secundário e formação de professores, para além de outros sectores como Saúde, Agricultura e Água. Todavia, a sustentabilidade constitui um desafio.

Melhoramento do acesso, qualidade, eficiência e relevância da educação e formação a todos os níveis, em particular no ensino secundário, ensino e formação técnica vocacional, formação de professores e ensino terciário.

Foi conseguido um progresso notável no que respeita ao melhoramento do acesso e à paridade entre géneros no ensino primário. Portanto, as metas 1 e 2 dos ODM devem ser concretizadas até 2015. Contudo, a qualidade do ensino primário, o acesso ao ensino secundário, TVET e ensino terciário continua a

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

constituir um desafio. Observam-se ainda disparidades quanto ao género no ensino secundário, terciário e em TVET. Está sendo implementado um Projecto para Ensino Aberto e à Distância destinado melhorar o acesso ao ensino, entre outros aspectos.

Foram desenvolvidos, com a inclusão de indicadores, dois Quadros Regionais para um Plano de Monitorização e Avaliação para Educação e Formação Regional (RETIP) e para Ensino Aberto e à Distância (ODL). Um instrumento para Monitorização de RETIP foi desenvolvido e é utilizado para solicitar dados e informação aos EM. Isto levou à produção de relatórios de progresso Anuais/Bienais para a reunião dos Ministros de Educação e Formação da SADC. O Quadro Regional para Monitorização e Avaliação em ODL foi totalmente adaptado em apenas três Estados Membros.

Sistemas e Serviços de Saúde racionalizados e melhorados na Região da SADC

Desenvolvimento de um Plano de Acção para implementação do Protocolo sobre Saúde.

O Plano de Implementação da SADC para o Protocolo sobre Saúde foi já desenvolvido e abrange quatro áreas amplas: Controlo de doenças, Saúde Reprodutiva e Infantil, Educação e Promoção da Saúde e fortalecimento dos Sistemas de Saúde. Este Plano encontra-se em fase de implementação.

Desenvolvimento de um quadro regional para avaliação do desempenho na implementação de compromissos internacionais (como os ODM, Abuja), Declarações e Convenções.

Encontra-se estabelecido um quadro para monitorização do progresso em doenças transmissíveis (VIH e SIDA, TB, Malária). Este quadro faz também o rastreio do progresso anual no que respeita a compromissos continentais e globais (p. ex., Abuja, UNGASS, ODM, Declaração de Maseru, WHA). Relatórios recentes revelam progresso na redução da morbidade e mortalidade associadas ao VIH e SIDA, TB e Malária. Contudo é improvável que a região venha a atingir as metas definidas.

Desenvolvimento de um quadro e mecanismo para melhoramento da disponibilidade e do acesso sustentáveis a medicamentos e suplementos nutritivos essenciais para o combate às principais doenças transmissíveis como o VIH e SIDA, TB, Malária e doenças que estão a reaparecer como a Poliomielite e Ébola.

Foi desenvolvido um Quadro Regional para Produtos Farmacêuticos o qual está sendo presentemente implementado. Abrange as áreas de i) uso racional de medicamentos essenciais; ii) pesquisa, desenvolvimento e produção regional, regulamentos sobre medicamentos, aquisições agrupadas, Medicamentos Tradicionais Africanos, Direitos de Propriedade Intelectual Relativos o Comércio (TRIPs) e patentes, recursos humanos para produtos farmacêuticos, necessidades urgentes de produtos farmacêuticos. O desenvolvimento de uma estratégia sobre nutrição está ainda em curso. Directivas para suplementos nutritivos não foram ainda desenvolvidas.

Desenvolvimento de um quadro regulatório harmonizado para a saúde e capacidade institucional para teste e utilização de

O Quadro Estratégico para Medicina Tradicional Africana foi já desenvolvido. O quadro aborda o teste e utilização de medicamentos tradicionais, regulação e

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

medicamentos tradicionais

legislação quanto ao produto e prática.

Desenvolvimento de um quadro e mecanismo para a troca de experiências e melhores práticas para a abordagem de desafios importantes para a saúde pública, em especial o combate a doenças importantes como o VIH e SIDA, TB, Malária e doenças em reaparecimento e outras

O Quadro já se encontra estabelecido. A sua operacionalização foi iniciada com a documentação de melhores práticas em VIH e SIDA, TB e Malária pediátricos. Contudo, a adaptação a nível interno nos Estados Membros não foi ainda efectuada.

Desenvolvimento de um quadro para encaminhamento de pacientes para cuidados terciários

O Quadro Estratégico para encaminhamento de pacientes para cuidados terciários ainda não foi desenvolvido. Contudo foi desenvolvido um formulário para encaminhamento de casos de TB entre fronteiras o qual está sendo usado experimentalmente. A TB foi priorizada devido a casos de MDR, XDR e à presença de TB nas minas.

Desenvolvimento de políticas e estratégias para a retenção de funcionários da saúde na região.

A Estratégia da SADC para Recursos Humanos na Saúde (2007-2019) foi desenvolvida e está sendo implementada. Uma avaliação do Registo, Recrutamento e Emprego de Profissionais de Saúde na Região da SADC está aguardando finalização.

Desenvolvimento de sistemas de informação e vigilância sobre saúde para doenças transmissíveis importantes e doenças em reaparecimento.

Foi desenvolvido um Sistema de Vigilância Regional Harmonizado para doenças transmissíveis e uma base para relatórios anuais sobre a situação quanto ao VIH e SIDA, TB e Malária. Foram também estabelecidos Laboratórios de Referência Supranacionais e Centros de Excelência em Garantia de Qualidade e Desenvolvimento de Recursos Humanos em Laboratórios. Nenhuma destas políticas se encontra ainda operacionalizada.

Consecução de um ambiente regional propício para o desenvolvimento social

Desenvolvimento de um mecanismo para coordenação e monitorização do estabelecimento e implementação de sistemas de segurança social nos Estados Membros.

Encontra-se estabelecido e em implementação um Código sobre Segurança Social que define directivas quanto à provisão de assistência social e subsídios sociais e um instrumento de monitoria e avaliação para o Código. Carta de Direitos Sociais Fundamentais para orientação do programa regional para emprego e assuntos laborais encontra-se estabelecida e está sendo implementada. Normas para cuidados e apoio para órfãos e crianças vulneráveis foram desenvolvidas e estão sendo implementadas.

Desenvolvimento de um quadro e directivas para monitorização e implementação de convenções internacionais e normas

Códigos de conduta para orientação dos EM quanto à abordagem de desafios relativos a trabalho infantil, uso de químicos com segurança, VIH e SIDA no

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

acordadas. mundo do trabalho e respectivos instrumentos de Monitoria e Avaliação foram desenvolvidos e estão sendo implementados e monitorizados.

Implementação do Protocolo sobre o Combate a Drogas Ilícitos

Esta área foi considerada não prioritária pela SADC em 2007.

Desenvolvida uma cultura dinâmica e orientada para o desenvolvimento na região

Desenvolvimento de directivas e código de conduta para assistir os Estados Membros na abordagem a problemas relativos ao uso de narcóticos durante eventos culturais/desportivos.

Isto foi delegado para efeitos de implementação no âmbito do princípio de subsidiariedade da SADC. Este assunto está sendo implementado por organizações subsidiárias da Zona VI.

Desenvolvimento de directivas para implementação da promoção e monitorização de políticas de recreio desportivo

Isto foi delegado para efeitos de implementação no âmbito do princípio de subsidiariedade da SADC. Contudo, o progresso tem sido lento devido a desafios relativos à finalização de arranjos junto das organizações subsidiárias.

Desenvolvimento de um quadro para integração de elementos relevantes da cultura regional nos desportos

Esta actividade foi delegada para implementação no âmbito do princípio subsidiariedade da SADC. Contudo, os avanços alcançados foram lentos devido a desafios relativos aos arranjos de finalização com as organizações subsidiárias.

Melhoria de estilos de vida saudáveis Identificação de valores, atitudes e práticas culturais positivas A comemoração de estilos de vida saudáveis da SADC foi lançada em 2008 e está sendo celebrada nos Estados Membros da SADC como parte da disseminação de informação e promoção de atitudes e comportamentos positivos para uma boa saúde.

Desenvolvimento de directivas para valorização de estilos de vida saudáveis

Isto enquadra-se na área da Cultura que foi considerada não prioritária pela SADC em 2007.

Implementação de mecanismos para prevenção, reabilitação e tratamento do abuso de substâncias

Esta área foi considerada não prioritária pela SADC em 2007.

Desenvolvimento de uma Cultura Regional Rica, Diversa e Competitiva

Desenvolvimento de directivas para identificação de uma cultura regional rica, diversa e competitiva

Isto foi delegado para efeitos de implementação no âmbito do princípio de subsidiariedade da SADC. Contudo, o progresso tem sido lento devido a desafios relativos à finalização de arranjos junto das organizações subsidiárias.

Facilitação da Integração Cultural e Identidade Regional

Identificação de elementos comuns para integração cultural e identidade na região

Isto foi delegado para efeitos de implementação no âmbito do princípio de subsidiariedade da SADC.

Desenvolvimento de directivas para identificação de elementos comuns para integração e identidade cultural na região

Isto foi delegado para efeitos de implementação no âmbito do princípio de subsidiariedade da SADC. Contudo, o progresso tem sido lento devido a desafios relativos à finalização de arranjos junto das organizações subsidiárias.

Criação de Oportunidades Iguais e de Integração do Género nos Programas do Directorado Bom progresso. A integração foi efectuada em quadro de política regional no

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

um Ambiente Propício ao Desenvolvimento Social

(SHD&SP) âmbito de SHD&SP. Desenvolvimento de capacidade e formação realizados no Directorado bem como em outros Direcções.

Estabelecimento de uma base de dados e sistema de informação desagregados no que respeita a componentes importantes de Desenvolvimento Social e Humano.

Bom progresso em todos os principais componentes de SHD&SP.

Desenvolvimento de directivas para monitorizar a implementação de políticas de género nos principais componentes de Desenvolvimento Social e Humano

Bom progresso. Envidados esforços especiais para integração do género em todos os programas de desenvolvimento Social e Humano.

Desenvolvimento de Directivas sobre Políticas para Eliminação de Lacunas entre Rapazes e Raparigas a todos os níveis de Ensino e Formação.

Foi iniciado o desenvolvimento de directivas para criação de currículos. Contudo tem ainda que ser realizado mais trabalho quanto à sua adaptação a nível dos Estados Membros.

Desenvolvimento de um Mercado de Trabalho Regional e Competitivo Integrado

Estabelecimento de um Sistema e Estrutura Regionais a nível do Tripartido.

Foi estabelecido um Fórum Regional do Tripartido a nível técnico e Ministerial para facilitar a formulação, implementação e consolidação de políticas industriais regionais harmonizadas.

Desenvolvimento de um quadro e directivas para o livre movimento de mão-de-obra na região.

Foi desenvolvido e aguarda aprovação pelo Conselho o Protocolo da SADC para o Emprego e Trabalho contendo disposições sobre a mobilidade da mão-de-obra.

Desenvolvimento de um Quadro Regional de Avaliação da monitoria do desempenho na implementação de programas de produtividade, políticas de trabalho e emprego bem como das principais convenções, códigos e declarações.

Encontram-se desenvolvidos os instrumentos para M&E da SADC para a política regional sobre trabalho infantil, segurança social, VIH e SIDA, Segurança Ocupacional e Saúde. Embora 100% dos EM da SADC tenham ratificado as Convenções sobre Trabalho e Emprego da OIT, a monitorização da sua implementação a nível interno continua sendo um desafio para a maior parte dos Estados Membros.

Desenvolvimento de um Quadro e Política Regionais para Retenção e Atracção de mão-de-obra qualificada no seio da região.

Não se registou nenhum progresso. Isto é devido sobretudo à finalização e aprovação pendentes do Protocolo sobre o Emprego e Mão-de-obra.

Desenvolvimento do Protocolo da SADC sobre Emprego e Mão-de-obra

O projecto do Protocolo da SADC sobre Emprego e Mão-de-obra foi elaborado em 2012. O progresso tem sido lento; o projecto do Protocolo tem ainda que ser aprovado pelo Conselho de Ministros.

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Área de Intervenção Metas do RISDP para 2005-2010

Realizações

Facilitação do Livre Fluxo e Troca de Informação no contexto da Região da SADC.

Desenvolvimento de um mecanismo para coordenação e monitorização da implementação de políticas de informação e políticas para os órgãos de comunicação social

Foi elaborado um projecto de Política Regional de Informação

Ratificação do Protocolo sobre Cultura, Informação e Desporto

Realizado. O Protocolo sobre Cultura, Informação e Desporto foi já ratificado.

Desenvolvimento de um Quadro para facilitação da implementação de Convenções Internacionais e Regionais, Instrumentos, Declarações sobre questões de Informação/Meios de Comunicação Social

Esta área foi considerada não prioritária pela SADC em 2007.

Disponibilidade de informação apropriada e relevante na região da SADC

Desenvolvimento de um Mecanismo para recolha, troca e disseminação de informação regional

Não se registou nenhum progresso.

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Anexo 2: Projecto de Quadro de Resultados do RISDP Revisto, 2015-2020

Redução da Pobreza

Resultados Imediatos

Indicadores-chave de Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

O objectivo específico no domínio da Redução da Pobreza contribui sobretudo para a materialização do objectivo estratégico de „Aumentar a capacidade humana para o desenvolvimento socioeconómico‟ bem como de outros objectivos estratégicos referidos em seguida, juntamente com os correspondentes indicadores-chave de desempenho.

Melhor monitorização e análise das tendências da pobreza na região

Monitorização, análise e comunicação de tendências da pobreza a nível regional harmonizadas

Desenvolvidos perfis de pobreza para os EM da SADC

Disponíveis dados de base sobre as tendências de pobreza

Participação e envolvimento totais de todos os EM Harmonização de estratégias nacionais e estratégias regionais para erradicação da pobreza

Plataforma para a partilha das melhores práticas sobre a criação de parcerias empresariais inclusivas criada e em funcionamento Desenvolvidas e adoptadas as estratégias para a redução da pobreza Adoptados os indicadores da SADC para acompanhamento da pobreza e das condições de vida Criada a base de dados harmonizada para o perfil e mapas da pobreza para os Estados Membros

Até 2017 Até 2019 Até 2015 Até 2016

Secretariado, Estados Membros Secretariado, Estados Membros Secretariado. Estados Membros Secretariado, Estados Membros

Nota: Estados Membros integram o Governo, a Sociedade Civil e o Sector Privado

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SADC RISDP Revisto T Versão

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SADC RISDP Revisto T Versão

135

Combate à Pandemia do VIH e SIDA

Resultados

Imediatos

Indicadores-chave de

Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

O objectivo específico no domínio do VIH e SIDA contribui sobretudo para a materialização do objectivo estratégico de „Aumentar a capacidade humana para o desenvolvimento

socioeconómico‟ bem como de outros objectivos estratégicos referidos em seguida, juntamente com os correspondentes indicadores-chave de desempenho.

Maior

disponibilidade e

acesso a serviços e

produtos de saúde

de qualidade e

serviços para o VIH

e SIDA

Percentagem de jovens infectados com o VIH entre os 15 e os 24 anos de idade

Percentagem de populações vulneráveis e marginalizadas infectadas com o VIH

Percentagem de pessoas em estado avançado de infecção com o VIH a receber terapia anti-retroviral

Número de EM a implementarem mecanismos de financiamento inovadores

Participação e

envolvimento totais de

todos os EM

Revista e implementada a estratégia

regional para a prevenção do VIH e SIDA

Populações vulneráveis e marginalizadas

beneficiam de políticas, legislação e

programas para satisfação das suas

necessidades de prevenção.

Totalmente implementadas iniciativas

transfronteiras para co-infecção com VIH e

TB

Mulheres, homens, crianças e adolescentes

beneficiam de estratégias, políticas e

programas harmonizados e sustentáveis

para maior acesso e qualidade de

tratamentos, cuidados e apoio.

Até 2017

Até 2020

Até 2020

Até 2020

Secretariado, Estados

Membros

Secretariado, Estados

Membros

Secretariado, Estados

Membros

Secretariado, Estados

Membros

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SADC RISDP Revisto T Versão

136

VIH e SIDA/TB integrados a nível do

Secretariado da SADC e de sectores chave

Todos os EM estabeleceram maior

capacidade e sistemas harmonizados para

restaurar o rastreio e gestão de recursos

Implementados os compromissos e

instrumentos Regionais, Continentais e

Mundiais sobre VIH e Sida

Até 2018

Até 2018

Até 2020

Secretariado, Estados

Membros

Secretariado, Estados

Membros

Secretariado, Estados

Membros

Nota: Estados Membros compreendem o Governo, a Sociedade Civil e o Sector Privado

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SADC RISDP Revisto T Versão

137

Igualdade do Género e Desenvolvimento

Resultados Imediatos

Indicadores-chave de Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

O objectivo específico no domínio do Género e Desenvolvimento contribui sobretudo para a materialização do objectivo estratégico de „Aumentar a capacidade humana para o desenvolvimento socioeconómico‟ bem como de outros objectivos estratégicos referidos em seguida, juntamente com os correspondentes indicadores-chave de desempenho.

Melhor igualdade e equidade do género a todos os níveis da sociedade na região

Número de Estados Membros com políticas nacionais para o género harmonizadas e Planos de Acção Nacionais de Género com custos

Nível de sensibilização sobre género das instituições, políticas e programas da SADC

% de participação e representação de mulheres em estruturas chave de política e tomada de decisões a todos os níveis

Nível de conhecimentos, comunicação e processos judiciais sobre VBG, incluindo sobre Tráfico de Pessoas.

Nível de comércio e programas empresariais dirigidos a mulheres no sector formal e no informal

Número de projectos específicos para mulheres para acesso a crédito, financiamento e capital

Índice sobre a Desigualdade de Género

Vontade política e empenho em implementar medidas de política como quotas e acção afirmativa pelos EM

Reconhecimento da importância da integração do género e compromissos para integração do género em todas as políticas sectoriais

Compromisso quanto a implementar efectivamente legislação sobre VCG

Implementadas as políticas Nacionais para o Género e Planos de Acção alinhados às Políticas da SADC sobre Género e protocolo sobre Género

Até 2020

Secretariado, Estados Membros

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SADC RISDP Revisto T Versão

138

Resultados Imediatos

Indicadores-chave de Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

Desenvolvida e/ou reforçada a capacidade de inclusão do conceito de género na Região Monitorizado o progresso da SADC direcionado à concretização da paridade de género Monitorizada a implementação do Programa de Combate à Violência Baseada no Género e do Plano de Acção Estratégico da SADC de 10 Anos para o Combate ao Tráfico de Seres Humanos, Particularmente de Mulheres e Crianças (2009-2019) Desenvolvidos e implementados programas multidimensionais regionais para a habilitação económica das mulheres Produzida a publicação Gender Monitor da SADC sobre a implementação do Protocolo sobre Género e Desenvolvimento.

Até 2020 Até 2020 Até 2020 Até 2020 Bienal

Secretariado, Estados Membros Secretariado, Estados Membros Secretariado, Estados Membros Secretariado, Estados Membros Secretariado, Estados Membros

Nota: Estados Membros compreendem o Governo, a Sociedade Civil e o Sector Privado

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SADC RISDP Revisto T Versão

139

Ciência, Tecnologia e Inovação

Resultados Imediatos Indicadores-chave de

Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

O objectivo específico no domínio da Ciência, Tecnologia e Inovação contribui sobretudo para o objectivo estratégico de „Aumentar a capacidade humana para o desenvolvimento

socioeconómico‟ bem como de outros objectivos estratégicos referidos em seguida, juntamente com os correspondentes indicadores-chave de desempenho.

Melhor aplicação da

Ciência, Tecnologia e

Inovação para apoiar

a estratégia de

industrialização e

outras prioridades de

integração regional

Protocolo sobre Ciência,

Tecnologia e Inovação

ratificado e transposto em

ordenamentos nacionais

Número de oportunidades de

investimento através de

Parceiras Público-Privado

(PPP) negociadas e atraídas

para apoiar o desenvolvimento

de infra-estrutura de CT&I e de

Pesquisa e Desenvolvimento

(P&D) na região.

Número de Estados Membros

com despesas melhoradas do

PIB para (P&D) de 1%.

Número de programas

regionais de transferência

tecnológica, inovação e

pesquisa identificados e

implementados para apoiar a

estratégia de industrialização

Número de Estados Membros

que têm políticas e

instrumentos de inovação

estabelecidos para apoiar o

desenvolvimento industrial

nacional e regional.

Promoção da Mulher em

Ciências, Engenharia e

Compromisso dos EM

para ratificar e transpor o

Protocolo no ordenamento

jurídico nacional

Interesse dos sectores

público e privado em

apoiar o desenvolvimento

de infra-estruturas de CTI

e Pesquisa e

Desenvolvimento na

região

Afectação de recursos

para a implementação do

Plano Estratégico de CTI,

incluindo outros

programas

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SADC RISDP Revisto T Versão

140

Tecnologia

Protocolo sobre CTI (e outros quadros

continentais e mundiais tais como a

Estratégia da UA sobre CTI para África -

STISA - 2024), ratificado, transposto no

ordenamento jurídico nacional e

implementado a nível nacional

Plano Estratégico de CTI da SADC 2015-

2020 implementado

Directivas Regionais sobre Direitos de

Propriedade Intelectual elaboradas e

implementadas

Oportunidades de Parcerias Público

Privadas negociadas e implementadas em

apoio ao desenvolvimento de infra-estrutura

de CT&I e P&D na região

Programas regionais destinados a facilitar a

pesquisa, a inovação e transferência de

tecnologia concebidos e implementados

Portal regional sobre CT&I estabelecido e

operacional

Carta Regional sobre Mulheres na Ciência,

Engenharia e Tecnologia aprovada e

implementada

Capacidade regional e CTI na Região

desenvolvida e reforçada para estimular o

desenvolvimento de economia de

conhecimento

Até 2020

Até 2020

Até 2020

Até 2020

Até 2020

Até 2020

Até 2020

Até 2018

Até 2020

Secretariado,

Estados Membros

Secretariado,

Estados Membros

Secretariado,

Estados Membros

Secretariado,

Estados Membros

Secretariado,

Estados Membros

Secretariado,

Estados Membros

Secretariado,

Estados Membros

Secretariado da

SADC, Estados

Membros

Secretariado da

SADC

Estados Membros

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SADC RISDP Revisto T Versão

141

Centros Regionais de Excelência e Redes

nas principais áreas prioritárias de CTI

criados, reforçados e funcionais em apoio

às Prioridades de RISDP.

Campanhas regionais de sensibilização

sobre CTI e programas de promoção e

advocacia criados e implementados.

Desenvolvido e implementado o programa

de Monitorização e Avaliação sobre CTI

Até 2020

Até 2020

Até 2020

Secretariado da

SADC, Estados

Membros

Secretariado da

SADC e Estados

Membros

Secretariado da

SADC e Estados

Membros

Nota: Estados Membros compreendem o Governo, a Sociedade Civil e o Sector Privado

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SADC RISDP Revisto T Versão

142

Sector Privado

Resultados

Imediatos

Indicadores-chave de

Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais

Pressupostos

O objectivo específico no domínio do Sector Privado contribui sobretudo para a materialização do objectivo estratégico de „Aumentar a competitividade produtiva, a integração do

comércio e a cooperação financeira”, bem como de outros objectivos estratégicos referidos em seguida, juntamente com os correspondentes indicadores-chave de desempenho.

Maior envolvimento

do sector privado na

integração regional

Número de Parcerias Público-

Privadas activas (PPP)

Classificação dos Estados

Membros da SADC sobre a

facilidade de Fazer Negócio e

Competitividade

Existência de espaço e

condições para

participação activa do

sector privado na agenda

de integração regional

Desenvolvida e implementada a Estratégia

de Parceria e Colaboração Regional com o

Sector Privado

Estratégia Regional sobre Negócios

Inclusivos desenvolvida a implementada

Até 2016

Até 2017

Secretariado, Estados

Membros

Secretariado, Estados

Membros

Nota: Estados Membros compreendem o Governo, a Sociedade Civil e o Sector Privado

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SADC RISDP Revisto T Versão

143

Estatística

Resultados Imediatos Indicadores-chave de

Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

O objectivo específico no domínio da Estatística contribui sobretudo para a materialização do objectivo estratégico de „Aumentar a capacidade humana para o desenvolvimento socioeconómico‟ bem como de outros objectivos estratégicos referidos em seguida, juntamente com os correspondentes indicadores-chave de desempenho.

Melhor qualidade de estatísticas regionais

Existência de estatísticas regionais baseadas em dados comparáveis produzidos pelos Estados Membros usando directivas e manuais acordados

Número de Estados Membros a publicarem estatísticas com base em normas e quadros internacionais aplicáveis usando as melhores práticas

Número de Estados Membros usando o quadro jurídico regional para implementar os programas regionais

Número de Estados Membros realizando regularmente inquéritos e censos por amostragem para reunirem os necessários dados e indicadores estatísticos

Número de Estados Membros que usam as inovações tecnológicas mais recentes para o desenvolvimento de estatísticas

Capacidade dos EM para acordarem quanto a normas comuns, fontes e métodos adequados para a região

Empenho e capacidade dos EM para planearem e executarem inquéritos e censos amostra

Crescente e relativamente elevada taxa de penetração de avanços tecnológicos e instalações para internet

Capacitação em estatísticas, incluindo

formação para estatísticas regionais

harmonizadas promovida e implementada

Elaborados os Manuais e directivas para a

produção das estatísticas normalizadas e

harmonizadas

Até 2018

Até 2017

Secretariado,

Estados Membros

Secretariado,

Estados Membros

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SADC RISDP Revisto T Versão

144

Quadros, normas e métodos estatísticos

acordados comuns adaptados a

circunstâncias regionais a fim de facilitar a

harmonização de estatísticas

implementadas

Quadro de política e jurídico para a

coordenação de estatísticas regionais

desenvolvidas e implementado

Criado fórum de utilizadores e produtores a

nível regional para promover a participação

de intervenientes-chave em actividades

estatísticas regionais

Utilizada a inovações de topo em

Tecnologias de Informação e Comunicação

(TIC) para o desenvolvimento de

estatísticas

Até 2018

Até 2020

Até 2018

Até 2020

Secretariado,

Estados Membros

Secretariado,

Estados Membros

Secretariado,

Estados Membros

Estados Membros

Secretariado

Nota: Estados Membros compreendem o Governo, a Sociedade Civil e o Sector Privado

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SADC RISDP Revisto T Versão

145

Desenvolvimento Industrial e Integração dos Mercados Resultados Imediatos Indicadores-chave de

Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

Objectivo estratégico: Desenvolvimento industrial sustentável, integração do comércio e cooperação financeira

Indicadores-chave de Desempenho:

% de participação de produtos manufacturados nas exportações totais

% de crescimento no valor acrescentado da indústria transformadora

% de postos de trabalho no sector de fabrico

% do aumento de crédito no sector de fabrico

Número de direitos de propriedade intelectual registados

Taxa de crescimento do comércio intra-SADC

% da participação da SADC no comércio mundial

% de crescimento no fluxo de capital transfronteiriço

Aumentadas as cadeias de valor e a agregação de valor para os produtos agrícolas e não agrícolas

Número de cadeias de valor regionais e de produtos de valor acrescentado nos sectores prioritários

Existe convergência e forte interesse entre os EM para o desenvolvimento de estratégias e planos de acção para desenvolvimento industrial

Estratégia e Roteiro para Industrialização Regional desenvolvidos Estratégias regionais de cadeias de valor e acréscimo de valor dos produtos agrícolas e não agrícolas em sectores seleccionados desenvolvidas e implementadas

Políticas e Estratégias para a exploração de oportunidades de desenvolvimento industrial em cooperação com outras regiões implementadas

Centros Regionais de excelência e de especialização industriais regionais de

Até 2015/16 Até 2020 Até 2018

Estados Membros, Secretariado Estados Membros. Secretariado

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SADC RISDP Revisto T Versão

146

Resultados Imediatos Indicadores-chave de

Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

sectores prioritários identificados e reforçados Capacidade Jurídica e Institucional para a formulação, implementação e execução dos Direitos de Propriedade Intelectual (IPR) incluindo Conhecimentos Tradicionais e Biodiversidade desenvolvidos. Protocolo sobre Indústria desenvolvido e operacionalizado Legislação modelo e regulamentos para sectores prioritários desenvolvidos e implementados Modelo regional de previsão de competências para orientar programas de formação para industrialização desenvolvido e implementado e quadro regional de acreditação desenvolvido (a ser retirado no âmbito dos resultados sobre educação e habilidades) Estratégia de alavancagem do Plano Director Regional de Desenvolvimento de Infraestruturas (RIDMP) para catalisar o desenvolvimento industrial finalizada Programa de Melhoria e Modernização Industrial (IUMP) implementado

Até 2020 Até 2020 Até 2020 Até 2017 Até 2020 Até 2018

ZCL da SADC

Consolidada

Nº de Estados Membros que concluíram o processo de eliminação das tarifas

Nº de BNT comunicadas e resolvidas

Nº de sectores de serviços cobertos

Desafios para a adesão e cumprimento do STP por parte dos EM satisfatoriamente abordados

Forte vontade política de

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SADC RISDP Revisto T Versão

147

Resultados Imediatos Indicadores-chave de

Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

Classificação dos serviços aduaneiros do Estados Membros da SADC relativos ao índice de desenvolvimento de logística

Número de instituições de infra-estruturas de qualidade funcionais internacionalmente reconhecidos

Nº de medidas SPS harmonizadas

realizar as metas da ZCL

Adesão ao Protocolo sobre Trocas Comerciais pelos Estados Membros restantes

Regras de origem da SADC revistas

Resolução atempada das BNT à medida

que são notificadas

Quadro Regional para o Desenvolvimento e Promoção do Comércio desenvolvido e implementado Negociações sobre serviços em seis sectores prioritários concluídas Protocolo sobre Comércio de Serviços ratificado e implementado Sectores Adicionais (fase 2) para negociações identificados Mecanismo de Apoio da SADC para Estratégia Comercial desenvolvida e implementada Capacidade dos Estados Membros para desenvolver e aplicar políticas e legislação

Até 2020 Até 2019 Até 2020 Até 2018

Até 2016

Até 2020

Até 2020

Até 2017

Estados Membros

Secretariado

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SADC RISDP Revisto T Versão

148

Resultados Imediatos Indicadores-chave de

Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

de concorrência reforçada Programa Regional sobre Facilitação do Comércio desenvolvido e implementado Operações aduaneiras nos Estados Membros modernizadas e harmonizadas Projecto de TRF sobre Protocolo Comercial e EPA implementado Infra-estrutura Regional SQAM reforçada

Reforçadas as Agências Regionais

Reguladoras de Medidas Sanitárias e

Fitossanitárias (SPS)

Desenvolvido e implementado o regime de

comércio Transfronteiriço simplificado

Até 2020

Até 2020

Até 2020

Até 2020

Até 2020

Até 2020

Até 2018

Progressos consolidados para o aprofundamento do processo de integração Regional

Realização atempada dos objectivos/metas definidas para o aprofundamento da integração regional

Avaliação dos progressos sobre integração regional de acordo com os prazos de execução de actividades para a União Aduaneira da SADC realizada

Até 2016/17 Estados Membros

Secretariado

Acordo sobre ZCL Tripartida assinado e ratificado

Até 2016

Estados Membros, Secretariado

Pilar de desenvolvimento industrial da Até 2019 Estados Membros,

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SADC RISDP Revisto T Versão

149

Resultados Imediatos Indicadores-chave de

Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

tripartida concluído Secretariado

Comércio Intra-Africano melhorado

Mudança na percentagem em comércio intra-regional

Estados Membros

Secretariado

Plano de Implementação Regional de BIAT desenvolvido e implementado

Até 2015 Estados Membros Secretariado

Acordo da Zona de Comércio Livre Continental (ZCLC) negociado

Até 2019

Sistemas dos mercados financeiros e cooperação monetária melhorados

Nº de Estados Membros que usam o Sistema Regional Integrado de Liquidação Electrónica (SIRESS) Número de projectos de infra-estruturas e industriais financiados através de Fundos de Desenvolvimento Regional da SADC

Forte vontade política e convergência para a implementação do FIP

Mecanismo de Pagamento Transfronteiriço desenvolvido e implementado totalmente Mecanismo para a monitorização da liberalização da conta corrente e de capital criado

Quadros reguladores para os mercados de capital e financeiros desenvolvidos Fundo de Desenvolvimento Regional da SADC operacionalizado Quadro modelo regulador e jurídico para DFI com base em Normas prudenciais, Directrizes e Sistema de Notação (PSGRS) estabelecido

Até 2020 Até 2016 Até 2018 Até 2020 Até 2017

Estados membros e

secretariado

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SADC RISDP Revisto T Versão

150

Resultados Imediatos Indicadores-chave de

Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

Estratégia para a inclusão financeira e acesso ao financiamento das PMEs desenvolvida, implementada e monitorizada Legislação Contra Financiamento do Terrorismo AML/CFT harmonizada

Até 2020 Até 2020

Maior investimento intra-regional e investimento directo estrangeiro

Classificação dos Estados Membros nos índices de facilidade de Fazer Negócio (Doing Business) e de Competitividade Mundial

Níveis de influxo de investimento

Nº de PPP

Existência de consenso e de uma estratégia comum para melhorar o ambiente de investimento na região

Programa Regional de Acção para Investimento (RAPI) completamente elaborado e operacionalizado Desenvolvidos os quadros para a cooperação efectiva em tributação e matéria conexa

Até 2017 Até 2018

Estados Membros, Secretariado

Ambiente macroeconómico melhorado

Número dos Estados Estados Membros que alcançaram as metas definidas de indicadores primários

Forte vontade política e convergência para implementar o FIP

Desempenho dos Estados Membros sobre Programa de Convergência Macroeconómica (MEC)

Anualmente Estados Membros Secretariado

Nota: Estados Membros compreendem o Governo, a Sociedade Civil e o Sector Privado

Page 151: COMUNIDADE DE DESENVOLVIMENTO DA ÁFRICA AUSTRAL … · correspondentes que contribuiriam para a integração regional no período remanescente do RISDP. 4. Avaliação de Factores

SADC RISDP Revisto T Versão

151

Infra-estruturas em Apoio à Integração Regional

Resultados Imediatos

Indicadores-chave de Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

Objectivo Estratégico: Infra-estrutura regional melhorada e integrada Indicadores-chave de Desempenho:

Custo de Transporte

Número de habitantes com acesso a água potável

Número de subscrições por 10 habitantes (teledensidade)

Capacidade de novos abastecimentos para satisfazerem a procura regional de electricidade

Parcela da SADC quanto ao mercado global de turismo (%)

Maior eficiência na previsão do tempo

Número de eventos climáticos adversos previstos de forma precisa e atempada

Estratégias, políticas e quadro regulamentar harmonizados para desenvolvimento de infra-estrutura e serviços transfronteiriços

Aprovado e transposto um quadro regulatório harmonizado para Ciber Segurança

Número de Estados Membros com políticas e estratégias nos domínios de energia, TIC, transporte, turismo, água e meteorologia harmonizadas

Leis harmonizadas para o turismo implementadas em pelo menos 5 Estados Membros

Ratificado o acordo multilateral para transporte rodoviário transfronteiriço por pelo menos 6 dos Estados Membros continentais

Número de políticas e programas harmonizados Tripartidos desenvolvidos e implementados na SADC

Adoptado um quadro regional para adaptação às alterações

Estados Membros enquadram os acordos regionais no ordenamento jurídico interno

Page 152: COMUNIDADE DE DESENVOLVIMENTO DA ÁFRICA AUSTRAL … · correspondentes que contribuiriam para a integração regional no período remanescente do RISDP. 4. Avaliação de Factores

SADC RISDP Revisto T Versão

152

climáticas em planeamento, desenvolvimento e Gestão de recursos hídricos

Nº de Estratégias/Planos para a Gestão de Bacias Hidrográficas Compartilhadas adoptadas

Harmonizados e implementados os Quadros Reguladores sobre a Ciber Segurança de Equipas de Resposta de Emergência de Informática (CERTS) e Infraestruturas-Chave Públicas (PKI) Implementadas as Políticas, Normas e Quadros Regulamentares Modelos Harmonizados da SADC Implementado o Roteiro para a Migração de Difusão Digital e da Migração Terrestre Pós-Digital (DTT) Estratégia para Energia Renovável e Plano de Acção da SADC implementados em todos os Estados Membros. Implementado o Protocolo da SADC sobre Energia Implementadas leis harmonizadas para o Turismo com base na Estratégia de Crescimento e Desenvolvimento (2013) Desenvolvido e adoptado o acordo multilateral para transporte rodoviário transfronteiriço Implementada a Iniciativa da Gestão da Carga de Viaturas (VLML) por todos os Estados Membros da SADC Adoptadas e Implementadas as normas políticas, os quadros estratégicos e

Até 2018 Até 2020 Até 2020 Até 2019 Até 2020 Até 2020 Até 2018 Até 2020

Secretariado, Estados Membros e CRASA Secretariado, Estados Membros Secretariado, Estados Membros Secretariado e Estados Membros Secretariado, Estados Membros Secretariado, Estados Membros Secretariado e Estados Membros continentais Secretariado e Estados Membros

Page 153: COMUNIDADE DE DESENVOLVIMENTO DA ÁFRICA AUSTRAL … · correspondentes que contribuiriam para a integração regional no período remanescente do RISDP. 4. Avaliação de Factores

SADC RISDP Revisto T Versão

153

reguladores de redes de infraestruturas de transportes regionais Desenvolvidas e implementadas as Estratégias do Corredores Marítimos para os Estados Membros Oceânicos Estratégia regional de adaptação às alterações climáticas integrada no quadro intersectorial da SADC e implementadas as componentes de apoio à Redução de Risco de Calamidades (DRR) e Sistemas de Aviso Prévio das Inundações implementadas. Adoptadas Estratégias/Planos de Gestão de Bacias Hidrográficas Compartilhadas em pelo menos 3 RBO até 2020. Desenvolvidas as Directrizes para a implementação do Protocolo sobre Cursos de Água compartilhados Desenvolvidas as normas para a melhoria da qualidade de água e controlo de ervas aquáticas exóticas ao nível nacional e transfronteiriço. Coordenada a sensibilização e comunicação sobre o Desenvolvimento e Gestão Integrados dos Recursos Hídricos (IWRMD) e a sua contribuição para o desenvolvimento regional Serviços Meteorológicos Nacionais e Regionais reforçados para cumprirem as normas e práticas internacionais

Até 2020 Até 2020 Até 2020 Até 2020 Até 2018 Até 2020 Até 2020

Secretariado e Estados Membros Secretariado e Estados Membros Secretariado e Estados Membros Secretariado e Estados Membros e RBO Secretariado e Estados Membros Secretariado e Estados Membros Secretariado e Estados Membros

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SADC RISDP Revisto T Versão

154

Até 2020

Secretariado e Estados Membros

Infraestruturas e redes integradas melhoradas

Qualidade de Infraestruturas Integradas

Adequação das infraestruturas e redes integradas

Número de projectos de RIDMP implementados no período do STAP

Estabelecido 1 Centro Regional para Internet

Centro Nacional de Internet estabelecido em todos os Estados Membros

Número de Estados Membros que migraram para Televisão Digital Terrestre (DTT)

Nível de capacidade de nova geração inaugurada

Nível de frequência de trânsito em viagens transfronteiriças

Frequência de produção atempada de produtos relativos ao tempo, clima e hidrologia

Nível de acesso a água potável para comunidades seleccionadas em fronteiras

Nível de armazenamento de água para apoio a desenvolvimentos económicos

Recursos adequados mobilizados para desenvolvimento e construção de projectos A Unidade para Preparação e Implementação de Projectos continua a funcionar O PPDF e outros mecanismos de financiamento são operacionalizados Os EM aprovam e implementam políticas e leis que possibilitem as PPP Os instrumentos jurídicos e estruturas de governação necessárias para gestão de projectos transfronteiras são assinados e implementados Estados Membros adoptam internamente os acordos regionais

Implementado o Plano de Acção a curto prazo para RIDMP e iniciada a implementação do Plano de Acção do RIDMP a médio prazo Implementados sistemas integrados de satélites para aumentar as redes terrestres

Até 2018 Até 2020

Secretariado, Estados Membros, Instituições Subsidiárias e ouros parceiros Secretariado, Estados Membros e SATA

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SADC RISDP Revisto T Versão

155

para redundância e melhor acesso Reforçada e Implementada na Região da SADC a interconectividade em Banda Larga

a. a. Estabelecidos transportadores regionais de internet e centros regionais para internet.

b. Estabelecidos centros de internet nacionais em todos os Estados Membros.

Planificado o Plano de Capacidade de Expansão da Geração e Transmissão de Energia Eléctrica Instalados os sistemas em rede de observatórios meteorológicos. Implementados nas fronteiras prioritárias a política, os projectos e os programas para melhoramento de postos fronteiriços Infra-estrutura de abastecimento transfronteiriço de água e saneamento implementada

Até 2020 Até 2020 Até 2018 Até 2020 Até 2020 Até 2018 Até 2020

Secretariado, Estados Membros e SATA Secretariado, Estados Membros Secretariado, Estados Membros Secretariado, Estados Membros Secretariado, Estados Membros Secretariado, Estados Membros

Maior capacidade para a construção, manutenção e operação de infra-estruturas e de serviços regionais

Número de Centros de Excelência estabelecidos por sector de infra-estrutura

Número de organismos regulatórios regionais estabelecidos nos sectores de transportes e energia

Número de Estados Membros com agências reguladoras do sector energético

Número de Organizações de Bacias Hidrográficas estabelecidas e operacionais

RIDMP é implementado Instrumentos para governação para gestão conjunta de instituições regionais comuns são assinados e implementados

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SADC RISDP Revisto T Versão

156

Mecanismos institucionais inter-países para a coordenação e implementação do STAP e do MTAP do RIDMP operacionalizados

Estabelecidos e ou melhorados os Centros de Excelência Regionais para pesquisa e formação nos sectores de TIC, Meteorologia, Água e Energia de acordo com as disposições do Protocolo sobre Educação e Formação Desenvolvido o sistema regulador transversal do sector energético regional Estabelecida e operacionalizada a Organização da SADC para Segurança na Aviação (SASO) Fortalecida a capacidade institucional das organizações de 5 bacias hidrográficas da SADC

Até 2020 Até 2020 Até 2018 Até 2016 Até 2020

Secretariado, Estados Membros e instituições subsidiárias e outros parceiros

Maior acesso e acessibilidade em termos de custo a infra-estruturas e serviços

Níveis das Tarifas de Energia

Nível de acesso a tecnologias e serviços de TIC

Número de serviços melhorados e com eficácia de custos providenciados pelo sector postal

Número de Estados Membros com estruturas energéticas rurais

Divulgação oportuna de previsões meteorológicas precisas para melhor planificação

Os Estados Membros adaptam internamente os acordos regionais

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Desenvolvida e implementada a Política-Quadro de Banda Larga da SADC em pelo menos 12 Estados Membros Conceito de correio electrónico (automatização de sistemas postais, acesso a internet pública, transferências electrónicas de fundos e serviços de governação electrónica) implementado para liberalizar e modernizar os serviços postais em pelo menos 12 Estados Membros. Tarifas de telefonia móvel com roaming com base nos custos implementado na Região da SADC Desenvolvidas as tarifas de energia eléctrica que reflictam os custos Estabelecidas as instituições dedicadas à electrificação rural Reforçada a capacidade dos peritos dos Estados Membros para gerarem e divulgarem os produtos meteorológicos Reforçado o Sistema Regional Integrado de Aviso Prévio

Até 2020 Até 2020 Até 2020 Até 2020 Até 2020 Até 2020 Até 2020

Secretariado, Estados Membros e instituições subsidiárias e outros parceiros

Maior competitividade e liberalização de mercados regionais para energia, TIC, transportes e turismo

Número de Estados Membros com plataformas de Comércio electrónico (e-commerce)

Número de chegadas turistas aos países piloto na aplicação do UNIVISA

Nível dos custos de operação de transportes entre os participantes no Projecto-piloto de Auto Regulação

Os Estados Membros adaptam internamente os acordos regionais

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SADC RISDP Revisto T Versão

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para Gestão de Transporte Rodoviário no Corredor Norte-Sul

Fase piloto do UNIVISA implementada em seis (6) Estados Membros (cinco destes abrangidos pela Área de Conservação Transfronteiras do Kavango-Zambeze – (KAZA-TFCA) Operacionalizada a Autoridade Conjunta Tripartida para a Concorrência para fiscalizar a implementação da Decisão de Yamoussoukro sobre a Liberalização do Acesso ao Mercado do Transporte Aéreo Observatório de TIC da SADC desenvolvido e operacional Adoptado o Enquadramento para a implementação do Projeto do Centro de Controlo do Espaço Aéreo Superior da SADC (UACC)

Até 2020 Até 2020 Até 2020 Até 2020

Secretariado, Estados Membros e instituições subsidiárias e outros parceiros

Nota: Estados Membros compreendem o Governo, a Sociedade Civil e o Sector Privado

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Agricultura e Segurança Alimentar e Recursos Naturais Resultados Imediatos

Indicadores-chave de

Desempenho Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

Resultado Intermédio: Melhores capacidades humanas para desenvolvimento socioeconómico Indicadores-chave de Desempenho:

Volume e valor dos produtos agrícolas (culturas, pecuária, pescas, silvicultura)

Produção agrícola por unidade de recursos escassos (t/ha, unidades/ha de cabeças de gado, etc.)

Número de pessoas que necessitam de ajuda alimentar

Maior produção produtividade e competitividade em culturas, gado, silvicultura, pescas e fauna selvagem para apoiar o comércio indústria e segurança alimentar na região. (Nota: Este resultado está directamente ligado ao objectivo estratégico relacionado com a prioridade A mas, por razões operacionais, são colocados nesta área de intervenção)

Produção e produtividade agrícola, agro-pecuária, de silvicultura, fauna bravia, pescas e aquacultura da SADC (valor, rendimento e volume)

Comércio intra e inter-regional para produtos agrícolas e recursos naturais (valor e volume)

Contribuição das cadeias de valor agrícolas para a indústria

Contribuição para a segurança alimentar e nutricional

Os Estados Membros estão empenhados em adaptar o RAP internamente bem como outras políticas e programas harmonizados relativos ao desenvolvimento agrícola

Desenvolvida e implementada a Política Agrícola Regional (PAR) para operacionalizar a Política Agrícola Regional (PAR) Desenvolvidas, operacionalizadas e implementadas estratégias e programas para aumentar a disponibilidade e acesso à terra e aos factores de produção agrícola Desenvolvidas e implementadas estratégias para aumentar a produção , a produtividade e a competitividade das culturas, a

Até 2017 Até 2019 Até 2020

Secretariado e Estados Membros Secretariado e Estados Membros Secretariado e Estados Membros

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pecuária, das pescas, da silvicultura e da fauna bravia Supervisão da política de investigação agrícola e de desenvolvimento para as instituições regionais prevista . Desenvolvidos e implementados quadros reguladores para o controlo das doenças e das pragas de culturas e do gado transfronteiriças e para o movimento transfronteiriço de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e de Organismos Vivos Modificados (OVM)

Até 2020 Até 2020

Secretariado Secretariado e Estados Membros

Maior acesso aos mercados dos produtos agrícolas (culturas, pecuários e recursos naturais) (Nota: este resultado está directamente ligado ao resultado intermediário relacionado com a Prioridade A, mas, por razões operacionais, é colocado sob esta área de intervenção)

Volume de produtos agrícolas com acesso aos mercados regionais e internacionais

Directivas Regionais de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias sobre o processamento de alimentos e de produtos agrícolas implementadas, apoiadas e monitorizadas. Directivas sobre o manuseamento, armazenagem e processamento de produtos agrícolas e recursos naturais desenvolvidas Sistema de Gestão de Informação do Mercado Agrícola (AIMS) para apoiar alimentação, agricultura e recursos naturais

Até 2019 Até 2020 Até 2018

Secretariado Secretariado Secretariado

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desenvolvido. Melhores práticas sobre o acréscimo de valor compartilhadas e promovidas

Até 2020

Secretariado

Melhor gestão sustentável de recursos naturais (pescas, silvicultura e fauna bravia) na região

Florestas sob gestão sustentável (ha)

Taxa de desflorestação Produção de Fauna Bravia (números e valor)

Taxa de redução de reservas de peixe

Incidentes de pesca ilegal

Pesca não regulada e não comunicada

Incidentes de caça ilegal

Os Estados Membros adaptam internamente Protocolos sobre Pescas, Silvicultura e Conservação da Fauna Bravia e Aplicação da Lei

Intervenções de gestão dos recursos naturais ao abrigo da RAP, dos Protocolos sobre Pescas, Actividades Florestais e Conservação da Fauna Bravia e Aplicação da Lei transpostas para os sistemas jurídicos nacionais Implementados os programas sobre pescas, actividades florestais e fauna bravia e áreas de conservação transfronteiras (ACTF/TFCA) Desenvolvidas as Directrizes sobre as Melhores Práticas da SADC para as TFCA Desenvolvida uma estratégia de combate à caça furtiva

Até 2020 Até 2020 Até 2020 Até 2020

Secretariado e Estados Membros Secretariado e Estados Membros Secretariado e Estados Membros Secretariado e Estados Membros

Gestão sustentável do ambiente para o desenvolvimento socioeconómico na região melhorado

Perda de biodiversidade

Emissões de gases de estufa

Gestão da poluição e desperdícios

Os Estados Membros adaptam internamente Instrumentos Jurídicos para o Ambiente e implementam vários MEA

Desenvolvidas as Estratégias regionais e os Planos de Acção da SADC para a

Até 2020

Secretariado e Estados Membros

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Economia Azul e Verde

Intervenções na área de gestão ambiental ao abrigo do Protocolo sobre o Ambiente transpostas para o ordenamento jurídico interno Desenvolvido e implementado o Sistema de monitorização para o Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Apoiada e monitorizada a implementação de programas sobre as Mudanças Climáticas, a Biodiversidade, a Gestão de Desperdícios, o Desenvolvimento Sustentável, e a Estratégia Sub-regional de Combate à Desertificação e o Fundo de Apoio à Reforma Agrária da SADC Elaborados os relatórios sobre a previsão Ambiental da África Austral, previsões temáticas, Directrizes e Normas de Avaliação Ambiental Coordenada e facilitada a implementação de Acordos Multilaterais relativos ao Ambiente (MEA) (UNFCCC, CBD, CCD, RAMSAR, CITES, etc.).

Até 2019 Até 2019 Até 2017 Até 2019 Até 2020

Secretariado e Estados Membros Secretariado e Estados Membros Secretariado e Estados Membros Secretariado e Estados Membros Secretariado e Estados Membros Secretariado e Estados Membros

Vulnerabilidade social e económica reduzida no contexto de segurança alimentar e nutricional

Nº de pessoas necessitando de apoio alimentar e monetário

Rácio de défice/importação de cereais

Rácio de défice/reservas de alimentos

Taxa de má-nutrição

Todos os Estados Membros continuam a institucionalizar Unidade de Alerta Prévio e NVC

Implementada a Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional

Até 2018

Secretariado e Estados Membros

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Realizado o estudo de viabilidade sobre o estabelecimento de um Fundo Regional de Reserva Financeira Alimentar Unidades de Alerta Prévio e Comités Nacionais sobre Vulnerabilidade (CNV) funcionais em todos os Estados Membros

Até 2017 Até 2017

Secretariado e Estados Membros Secretariado e Estados Membros

Melhor conservação e utilização de recursos genéticos de plantas e animais para melhorar a produção agrícola e manutenção da diversidade de espécies para as gerações presentes e futuras.

Diversidade de espécies, genética e de ecossistemas

Nº de EM a conservar material genético

Plantas ameaçadas mantidas no seu habitat natural

Os Estados Membros institucionalizam a conservação de recursos genéticos de plantas

Plano de sustentabilidade do Centro Regional de Recursos Fitogenéticos implementado

Até 2017

SPGRC

Nota: Estados Membros compreendem o Governo, a Sociedade Civil e o Sector Privado

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Desenvolvimento Social e Humano Resultados Imediatos

Indicadores-chave de Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais

Pressupostos

Objectivo Estratégico: Aumentar a capacidade humana para o desenvolvimento socioeconómico Indicadores-chave de Desempenho:

Esperança de vida à nascença

Padrão Decente de Vida (Rendimento Nacional Bruto per Capita)

Taxa de Emprego/Desemprego entre jovens e mulheres

Níveis de literacia entre jovens e adultos

Nível de participação da juventude no desenvolvimento

Maior acesso a educação e competências de qualidade e relevantes para o desenvolvimento industrial e outras áreas de integração e desenvolvimento económico e social

Nº de Estados Membros com quadros nacionais de qualificações alinhados ao Quadro de Qualificações Regional

Número de Estados Membros que implementam qualificações em TVET nacionais referenciadas às Qualificações TVET Regionais

Número de Estados Membros implementando o Plano Estratégico Regional para EAD e utilizando EAD na sua prestação de educação e desenvolvimento de competências

Número de Estados Membros que estabeleceram ocupações críticas com equivalências necessárias para o desenvolvimento industrial e de infraestruturas

Taxas de desistências

Taxas de progressão

Número de instituições estabelecidas e operacionais como Centros de Especialização e Centros de Excelência nas áreas prioritárias para o desenvolvimento industrial e a integração socioeconómica

Número e tipo de estudos

Estados Membros e Instituições de Ensino Terciário estão dispostos a referenciar as suas NQF e o quadro de qualificações de subsectores bem como as suas normas para qualificações Participação de todos os Estados Membros e outros intervenientes Compromisso dos Estados Membros para transporem para o direito nacional e implementarem Disponibilidade de capacidades nos Estados Membros e no Secretariado da SADC

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Resultados Imediatos

Indicadores-chave de Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

efectuados que contribuem para o melhoramento da industrialização

Aprovados e implementados os Quadros Regionais de Qualificações (RQF em EFTP e Saúde) Desenvolvidas e implementadas estratégias e programas para aumentar o acesso e reduzir as taxas de diminuição do número de professores nos sistemas de educação Estabelecidos, fortalecidos e totalmente operacionais Centros de Especialização e Centros de Excelência em sectores prioritários para o desenvolvimento industrial e infraestrutural assim como de outros sectores para a cooperação e integração regionais Desenvolvido, enquadrado no ordenamento jurídico interno e implementado um quadro de políticas e directivas para facilitação do movimento de estudantes, académicos e investigadores. Desenvolvida e implementada a Base de Dados ou Portal regionais que reflictam a oferta e procura de educação e formação às necessidades do mercado de trabalho Protocolo da SADC sobre Educação e Formação, compromissos globais como a Segunda Década de Educação da UA, Educação para Todos, e quadros de política e estratégicos regionais pós-2015 enquadrados no ordenamento jurídico interno e implementados Desenvolvidos os Planos de Desenvolvimento de Competências de

Até 2017 Até 2020 Até 2020 Até 2020 Até 2020 Até 2020

Secretariado, Estados Membros Secretariado, Estados Membros Instituições de Ensino Terciário Secretariado, Estados Membros Instituições de Ensino Terciário Secretariado, Estados Membros Instituições de Ensino Terciário Secretariado, Estados Membros Secretariado, Estados Membros Instituições de Formação

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Resultados Imediatos

Indicadores-chave de Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

Recursos Humanos Regionais para os sectores chave nas prioridades A, B E C e outras áreas para a integração social e económica.

Até 2020

Reforçada a criação de emprego, as relações laborais, a informação do mercado de trabalho e a produtividade da mão-de-obra para o desenvolvimento industrial

Nº de Estados Membros a adoptar o diálogo para a harmonia industrial

Número de trabalhadores e empregadores em sectores chave de industrialização sensibilizados sobre os princípios de Produtividade

Número de Estados Membros com sistemas de informação do mercado de trabalho funcionais para apoiar a industrialização e a integração regional

Número de Estados Membros a implementarem a política-quadro de migração de mão-de-obra da SADC para facilitar a circulação da mão-de-obra de apoio ao desenvolvimento industrial em toda a Região.

Percentagem da população em emprego decente na Região

Número de Estados Membros a implementarem a Política da SADC para Promoção do Emprego da Juventude

Percentagem de jovens empregados desagregados por sexo

Percentagem de mulheres empregadas

Participação plena tripartida social em todos os Estados Membros e outros intervenientes chave

Participação total dos parceiros sociais tripartidos e de outros intervenientes chave em todos os Estados Membros

Portabilidade transfronteiriça de Até 2018 Secretariado,

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Resultados Imediatos

Indicadores-chave de Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

instrumentos de protecção social

desenvolvida e operacionalizada

Implementado, monitorizado e revisto o Programa da SADC para o Trabalho Decente (2013/2019) Implementadas as normas mínimas sobre a protecção social para a juventude Quadro da Política e Plano Estratégico da SADC para Promoção do Emprego da Juventude aprovado, implementado e monitorizado Sistemas de Informação da SADC sobre o Mercado de Trabalho (LMIS) implementados e monitorizados Quadro de Política da SADC para Migração de Mão-de-obra aprovado e implementado no contexto da facilitação do movimento de pessoas Centros de Especialização e Centros de Excelência em sectores-chave de integração e cooperação regionais, incluindo a produtividade, estabelecidos, fortalecidos e operacionais Protocolo da SADC sobre Emprego e Trabalho, compromissos globais, continentais e regionais adaptados internamente e implementados

Até 2020 Até 2020 Até 2019 Até 2020 Até 2020 Até 2020 Até 2020

Estados Membros, Parceiros Sociais Secretariado, Estados Membros, Parceiros Sociais Secretariado, Estados Membros, Parceiros Sociais Secretariado, Estados Membros, Parceiros Sociais Secretariado, Estados Membros, Parceiros Sociais Secretariado, Estados Membros, Parceiros Sociais Secretariado, Estados Membros, Parceiros Sociais Secretariado Estados Membros Parceiros Sociais

Maior disponibilidade e acesso a serviços de qualidade e na área da saúde e serviços e

Nº de Estados Membros adoptando internamente e implementando Estratégias, Directivas e Normas para a prevenção e controlo de

Participação e envolvimento total de todos os Estados Membros

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Resultados Imediatos

Indicadores-chave de Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

produtos para o VIH e SIDA

doenças importantes para a saúde pública na região

Percentagem de crianças com menos de cinco anos sofrendo de desnutrição

Percentagem do orçamento nacional anual dedicado ao sector da saúde.

Nº de Estados Membros que usam o mecanismo de aquisição grossista para medicamentos e outros produtos essenciais

Estratégias, directivas e normas para a prevenção e controlo de doenças relativas à saúde pública desenvolvidas, actualizadas, aprovadas e implementadas Estratégias, directivas e normas sobre os cuidados maternos, da criança, dos adolescentes e parto seguro desenvolvidos e implementados Estratégias e directivas sobre os diferentes pilares do fortalecimento dos Sistemas de Saúde aprovados e continuando a ser implementados Compromissos e instrumentos regionais, continentais e globais relativos à saúde enquadrados no ordenamento jurídico interno e implementados. Mecanismo para a aquisição em grupo e a produção regional aprovado e implementado Produção Regional de Medicamentos Essenciais e Produtos Sanitários estabelecida e funcional

Até 2020 Até 2020 Até 2020 Até 2020 Até 2018 Até 2020

Secretariado, Estados Membros Secretariado, Estados Membros Secretariado, Estados Membros Secretariado, Estados Membros Secretariado, Estados Membros Secretariado,

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Resultados Imediatos

Indicadores-chave de Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

Quadro sobre Medicina Tradicional Africana adoptado e implementado Quadro regional para a Vigilância/Monitorização e Avaliação, com indicadores, desenvolvido e implementado

Até 2020 Até 2016

Estados Membros Secretariado, Estados Membros Secretariado, Estados Membros

Maior desenvolvimento, habilitação e participação da juventude e das crianças vulneráveis em todos os aspectos do desenvolvimento socioeconómico

Nº de Estados Membros que tenham enquadrado nos seus ordenamentos jurídicos nacionais a Declaração sobre o Desenvolvimento e Habilitação da Juventude

Nº de Estados Membros que implementam as normas de protecção para Jovens

Nº de organizações e iniciativas lideradas e concentradas na juventude que satisfazem normas acordadas para liderança e participação

Número de Estados Membros que apresentam efectivamente relatórios sobre um conjunto de indicadores da SADC relativos ao desenvolvimento da Juventude

Estados Membros (Governo, COS e Sector Privado) investem em políticas e programas dirigidos aos mais vulneráveis e abordam a desigualdade Ambiente propício para crescimento económico e criação de emprego

Elaborada e implementada a Declaração sobre o desenvolvimento e a habilitação de jovens Directivas e modelos para o desenvolvimento de inovação e empreendedorismo e produtividade da juventude desenvolvidos e implementados

Até 2020 Até 2017

Secretariado, Estados Membros Organizações de Juventude Secretariado, Estados Membros Organizações de Juventude

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SADC RISDP Revisto T Versão

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Resultados Imediatos

Indicadores-chave de Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

Estratégia de TVET da SADC revista relativamente ao desenvolvimento e capacitação da juventude Normas mínimas de protecção social de jovens implementadas Programas preferenciais para habilitar os jovens não integrados no sistema escolar estabelecidos e implementados Reforçada a capacidade dos Estados Membros (sector da Juventude) em Normas Mínimas para a Integração de VIH/SRH Programas, normas e directivas para desenvolvimento da liderança e participação da juventude estabelecidos e implementados Estruturas e sistemas para coordenação da participação da juventude estabelecidos e implementados Estabelecidos Centros de Especialização para o desenvolvimento e capacitação da liderança da juventude em aspectos chave do desenvolvimento industrial Agenda de pesquisa, monitorização, avaliação e prestação de relatórios sobre os compromissos globais, continentais e regionais sobre a juventude desenvolvida e implementada

Até 2020 Até 2020 Até 2018 Até 2020 Até 2020 Até 2016 Até 2019 Até 2016

Secretariado, Estados Membros Organizações de Juventude

Secretariado, Estados Membros Organizações de Juventude Secretariado, Estados Membros Organizações de Juventude Secretariado, Estados Membros Organizações de Juventude Secretariado, Estados Membros Organizações de Juventude Secretariado, Estados Membros Organizações de Juventude Secretariado, Estados Membros, Organizações da Juventude Secretariado, Estados Membros, Organizações da Juventude

Page 171: COMUNIDADE DE DESENVOLVIMENTO DA ÁFRICA AUSTRAL … · correspondentes que contribuiriam para a integração regional no período remanescente do RISDP. 4. Avaliação de Factores

SADC RISDP Revisto T Versão

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Resultados Imediatos

Indicadores-chave de Desempenho

Realizações Visadas Prazo Responsável Principais Pressupostos

Nota: Estados Membros compreendem o Governo, a Sociedade Civil e o Sector Privado

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Anexo 3: Proposta de roteiro para o desenvolvimento da Visão 2050 da SADC

RISDP Revisto Quarta Versão

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Anexo 3: Proposta de roteiro para o desenvolvimento da Visão 2050 da SADC

Resultados Projectados Prazo:

1. Projecto de Nota Conceptual/Termos de Referência para, entre outros aspectos, determinar as implicações orçamentais, elaborado e submetido ao Conselho

Agosto de 2015

2. Painel de Personalidades Eminentes oriundas da Região para orientar o desenvolvimento da visão de longo prazo criado e em funcionamento

Março de 2016

3. Estabelecido e operacional o Grupo de Trabalho composto por especialistas seniores oriundos da Região e do Secretariado da SADC para coordenar os aspectos organizativos, logísticos e técnicos para o desenvolvimento da Visão da a longo prazo.

Agosto de 2016

4. Primeiro projecto da Visão 2050 da SADC elaborado Agosto de 2017

5. Realizadas as consultas e validação do primeiro projecto da Visão da SADC aos níveis nacional e regional

Agosto de 2018

6. Projecto de Visão 2050 da SADC submetido ao Conselho para aprovação Julho de 2019

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RISDP REVISTO Quarta Versão

Glossário (A inserir posteriormente)