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Disciplina: Educação Física Professor: Nuno Santos Ano/Turma: 10ºC Alunos: João Pinto Nº9 Pedro Azevedo Nº14

CONCEITO DE DESPORTO

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Page 1: CONCEITO DE DESPORTO

Disciplina: Educação

Física

Professor: Nuno Santos

Ano/Turma: 10ºC

Alunos: João Pinto Nº9

Pedro Azevedo

Nº14

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CONCEITO DE DESPORTO

Desporto é uma actividade física sujeita a determinados regulamentos e que

geralmente visa a competição entre praticantes.

1- INTRODUÇÃO

Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Educação Física e a pedido

do professor Nuno.

O nosso grupo decidiu tratar este assunto e realizar o nosso trabalho sob a forma

de um relatório.

Como tema do trabalho, o nosso grupo optou por tratar um dos problemas mais

graves, sérios e actuais do desporto: o doping. Nós optámos por esta temática

pois achamos que hoje em dia o doping é um dos problemas mais actuais e

também um dos mais preocupantes, não só pelo facto de falsear a “verdade

desportiva” mas também porque esta prática é quase sempre muito perigosa

para os próprios atletas.

Com este trabalho o nosso grupo pretende definir e explicar em que consiste a

prática do doping, os vários métodos, técnicas e drogas usadas, explicando o

que fazem, que capacidades físicas é que melhoram e quais os problemas que

podem provocar a saúde dos desportistas. Pretendemos também falar sobre

certos casos famosos de doping, assim como reflectir um pouco sobre o que leva

aos desportistas a tal prática, assim como porque é que não é correcto utilizar

técnicas dopantes.

Esperamos que este trabalho seja apelativo e informativo, e esperamos explicar

e tratar o melhor possível este tema controverso.

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Preâmbulo Histórico

Ao longo dos tempos, os atletas têm usado substâncias e métodos artificiais para

aumentar o seu rendimento e possuírem vantagem desportiva.

O primeiro caso relatado de doping passou-se em 1886, em que um ciclista

inglês morreu de overdose por “trimetil” numa corrida em Bordéus, Paris.

Curiosamente, em 1910 já havia controlo de substâncias dopantes nos cavalos

de corrida, mas o controlo em atletas humanos surgiu apenas nos anos 60. Em

1965, Arnold Becker aplicou técnicas de cromatografia de gás para detectar

substâncias dopantes e em 1966 já a FIFA controlava os atletas, sendo que em

1968, nos olímpicos de Inverno, já havia uma lista elaborada com substâncias

ilícitas. Actualmente, existem cada vez mais substâncias dopantes, o que requer

uma constante evolução dos métodos anti-doping. No entanto, apesar da

existência de métodos muito bons, estes são muito dispendiosos, o que faz com

que o controlo anti-doping não seja a 100% ou relativamente perto de eficácia.

Existem, hoje em dia, inúmeras substâncias dopantes, que não são detectáveis

nos exames anti-doping.

DOPING

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O doping (ou dopagem) não é mais que um termo inglês que designa o uso de

drogas ou substâncias que aumentam as capacidades físicas de atletas

desportivos. O doping pode também ser considerado o uso de certas técnicas ou

métodos que alteram o estado físico do desportista para aumentar o seu

rendimento desportivo (não devemos no entanto confundir doping com treino

físico rigoroso). Também é considerado doping o uso de substâncias que

disfarçam outras substâncias dopantes, como é o caso dos diuréticos.

A prática de doping já é bastante antiga, tendo pelo menos mais de um século.

Em 1904 Thomas Hicks ganhou a maratona recorrendo a doses enormes de

conhaque e estricnina, para conseguir aguentar o desgaste físico da corrida.

Como resultado, desmaiou assim que ganhou a maratona, tendo sido necessário

várias horas para que ele fosse reanimado e recuperasse os sentidos. Pensa-se

que esta prática começou-se a desenvolver intensamente a partir do momento

em que começaram a haver grandes eventos desportivos, onde vários países

competiam entre si. Por volta de 1936 pensa-se que os atletas da Alemanha Nazi

já usavam os primeiros esteróides à base de testosterona. Em 1954 houve

rumores que durante o campeonato do Mundo de levantamento de pesos os

desportistas soviéticos usavam injecções de testosterona (o que é certo é que

nesse ano vários recordes mundiais foram batidos pelos soviéticos). Mais tarde,

em 1962, o doutor Jonh Ziegler, antigo médico da União Soviética, foi trabalhar

para a equipa dos EUA. Nesse ano a equipa dos EUA dominou no levantamento

de pesos (pensa-se que ele deu aos atletas americanos dianabol, um esteróide

anabolizante). Mas só foi por volta de 1960 é que se iniciou a era moderna do

doping, quando o ciclista dinamarquês Knut Jensen morreu durante o Giro de

Itália, uma das mais importantes provas de ciclismo do mundo. Depois deste

acontecimento o Comité Olímpico Internacional decidiu adoptar medidas

antidoping em todas as provas oficiais e principalmente nos Jogos Olímpicos.

Desde então tanto as técnicas como os meios de procura de doping têm

evoluído, ainda que as técnicas dopantes estejam a evoluir mais rapidamente

que os testes antidoping. Infelizmente até testes surpresa não são assim tão

surpreendentes uma vez que os atletas conhecem bem os procedimentos

antidoping.

A prática de doping pode assumir muitas formas e existem inúmeras maneiras

de aumentar as várias capacidades físicas humanas, dependendo do desporto

em causa. Para quem não sabe, hoje em dia já existem práticas de dopagem

para desportos como o xadrez e outro desportos mentalmente muito exigentes.

Quais são então as várias práticas de doping?

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Substâncias dopantes

Estimulantes pseudoefedrina, efedrina,

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anfetamina, cocaína, cafeína, …

Analgésicos morfina, codeína, propoxifeno,

petidina, buprenorfina, metadona,

heroína, …

Canabinóides haxixe, marijuana,…

Esteróides anabolizantes nandrelona, testosterona,

estanozolol, …

Hormonas peptídicas hormona de crescimento,

eritropoietina, insulina,

corticotropina, …

Beta-agonistas adrenalina, dobutamina,

isoprenalina, …

Beta-bloqueantes acebutolol, propranolol, atenolol,

metoprolol, …

Diuréticos epitesterona, hidroclorotiazida,

furosemido, espironolactona,

triamtereno, …

Glucocorticoesteróides cortisona, …

Teste anti-doping

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Os testes de doping realizam-se através da urina. Isto deve-se ao facto da urina

transportar todas as impurezas do corpo, inclusive drogas que, por ventura,

tenham sido tomadas.

A principal função da urina é a eliminação da amónia, que surge quando as

células produzem proteínas. A amónia é tóxica e, por isso, deve ser eliminada

rapidamente. Então o nosso organismo transporta-a até o fígado, onde ela é

transformada em ureia. A ureia, por sua vez, é menos solúvel e menos tóxica.

Quando o sangue passa pelos rins, toda a ureia, restos de amónia, excessos de

sal, ácidos e outras impurezas são retiradas através de uma filtragem e

eliminados na forma de urina. Essa filtragem é muito importante, pois é ela que

mantém a composição do sangue.

DOPING: DROGAS E MÉTODOS

De entre todas as drogas e substâncias dopantes que encontrámos podemos

dividi-las em vários grupos e classes, sendo estes:

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- Esteróides anabolizantes

- Estimulantes

- Analgésicos

- Beta-bloqueantes

- Hormonas peptídicas

- Agentes mascarantes

- Beta-agonistas

ESTERÓIDES ANABOLIZANTES:

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Os esteróides anabolizantes são as drogas mais utilizadas no desporto de alta

competição, especialmente nos desportos que necessitam grande força física e

consequentemente, grande força muscular.

Como podem observar na imagem acima mostrada, os esteróides anabolizantes

desenvolvem a massa muscular. Obviamente e como podem com certeza

perceber, esta imagem é um caso EXTREMO de uso de anabolizantes. De facto,

se tal homem com tais músculos existir, duvidamos que ele não tenha um

ataque cardíaco muito em breve...

Os esteróides existem naturalmente no nosso organismo, principalmente em

indivíduos masculinos. Um dos exemplos mais comuns é a testosterona, a

principal hormona esteróide masculina e que existe em ambos os sexos mas que

apresenta concentrações 20 mais elevadas nos homens do que nas mulheres.

As hormonas esteróides possuem basicamente 2 funções no organismo: a função

androgénica e a função anabolizante. A função androgénica dos esteróides é

responsável pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais masculinos,

nomeadamente o crescimento da barba, pêlos púbicos, engrossamento da voz,

desenvolvimento do pénis e testículos, enfim, responsável pelas características

denominadas masculinas. Depois, temos a outra função dos esteróides, a função

anabólica: esta é responsável pelo desenvolvimento da massa muscular e massa

óssea. Este é o efeito mais procurado pelos atletas, o efeito anabolizante, e é por

isso que se tentam criar esteróides que maximizam o efeito anabólico mas que

reduzem o efeito androgénico, pois desta maneira as células dos músculos serão

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as principais receptores dos esteróides, não sendo estes “desperdiçados” com

outros órgãos que tenham receptores para o efeito androgénico do esteróide

(maximizando assim o seu efeito de aumento muscular).

Hoje em dia não existem esteróides unicamente anabolizantes, havendo no

entanto diversos produtos que conseguiram diminuir bastante o efeito

androgénico.

Os esteróides anabolizantes são altamente proibidos na maior parte dos

desporto pois dão uma vantagem, muitas vezes decisiva, aos atletas que

utilizam este tipo de doping, contrariando a igualdade desportivo e a própria

máxima do Barão de Courbertin (principal responsável pelos jogos olímpicos da

era moderna), que dizia que o importante no desporto é a competição e não a

procura desenfreada por resultados. Este tipo de drogas pode ser tomados

oralmente ou através de injecções, sendo geralmente injectados em vez de

consumidos oralmente uma vez que quando tomados oralmente, os esteróides

passam pelo fígado, no qual sofrem um processo de alcalinalização, processo

esse extremamente prejudicial ao fígado.

Os esteróides anabolizantes apresentam muitos problemas a nível físico e o seu

consumo prolongado pode provocar danos muito sérios no organismo, pois cada

homem está geneticamente “programado” para um certo nível de hormonas

androgénicas, como a testosterona, e ultrapassado esse limite, o organismo não

terá capacidade suficiente para responder, existindo diversos tipos de efeitos

como: calvície, acne, aumento da agressividade, ginecomastia (desenvolvimento

anormal dos seios), hipertensão arterial, hipertrofia da próstata e de outros

órgãos (como o coração), paragem de crescimento (quando utilizados durante a

puberdade), impotência sexual, esterilidade, insónias, desregulações ao nível do

colesterol (os esteróides são feitos à base de colesterol) com a diminuição dos

níveis de bom colesterol e aumento dos níveis de mau colesterol, complicações

cardíacas, atrofia testicular, redução na produção de espermatozóides,

fragilidade nas articulações, mau hálito, problemas hepáticos e tremores. Caso

sejam consumidos por mulheres estas podem começar a desenvolver caracteres

secundários masculinos e também podem sofrer de hipertrofia do clitóris.

Está provado que o uso prolongado de esteróides conduz a graves problemas

cardíacos e hepáticas no anos seguintes, aumentando grandemente o risco de

ataque cardíaco quando o atleta atinge o patamar dos 40, 50 e 60 anos.

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Aqui temos um dos melhores exemplos do que os esteróides fazem a um corpo e

o que acontece quando o corpo já não aguenta mais o seu uso... Este é Arnold

Schwarzenegger, talvez o culturista mais conhecido do mundo, com esteróides

nos anos 70 e 80 à esquerda e sem esteróides no início do século XXI à direita.

Não é lá muito agradável de se ver...

De entre os principais esteróides anabolizantes temos:

Nome Genérico

Nome Comercial

Formu-lação

Aromati-zação

Anabólico Andro-gênico

Hepato-toxidade

Androisoxazol Neopondren Neoponden

Comprimi-dos 5 mg

Mínima Bastante Pouco Sim

Androstano- Androlone Oral(10-25mg)

Não Bastante Pouco Pouca

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lona

NeodrolAnabolexAnaprotinProtona

Injetável(100mg/ml)

Boldenona Equipoise Parenabol

Injetável (50 mg/ml)

Pouca Bastante Médio Pouca

EtilestrenolDurabolino MaxibolinOrabolin

Oral (2 mg)

Pouca Pouco Pouco Bastante

Fluoximes-terona

Halotestin Oral (5 mg )

Bastante Bastante Bastante Bastante

Mesterolona Androviron Proviron

Oral (25 mg/ml)

Não Bastante Médio Pouca

Metandie-nona

Danabol Dianabol

Oral (5 mg )

Pouca Bastante Pouco Bastante

Metenolona Primobolan Primonabol

Oral (5 mg)

InjetávelNão Bastante Pouco Pouca

Nandrolona Deca-durabolin

Injetável Pouco Bastante Pouco Pouca

Oxandrolona Anavar Lipidex

Oral (2,5 mg )

Pouco Bastante Pouco Bastante

Oximetolona Hemogenin Oral (5 e 50 mg)

Pouco Bastante Pouco Bastante

Stanozolol Winstrol Stromba-jet

Oral (2 e 5 mg )injetável(25 mg/ml )

Pouca Bastante Pouco Bastante

Testosterona Cristalina

Durateston Oral e Sublingual

Média Bastante Bastante Não

Trembolona Parabolan Injetável Pouco Bastante Pouco Pouca

É de salientar que aromatização é um processo de conversão dos esteróides

anabolizantes em hormonas femininas (estrogénios), sendo por isso frequente os

utilizadores de esteróides tomaram inibidores de estrogénio. Devemos também

notar que no exames antidoping certas quantidades de hormonas esteróides

(como a testosterona), que existem naturalmente no nosso organismo, são

permitidas.

Estimulantes:

Estimulantes são substâncias que estimulam e aceleram a actividade cerebral, o

que faz com que a resposta nervosa seja mais rápida, aumento a actividade dos

atletas e diminuindo o seu cansaço.

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O uso de estimulantes é muito frequente entre os atletas (é o mais frequente a

seguir ao consumo de esteróides) que tomam drogas como anfetaminas,

estricnina, cafeína ou até mesmo cocaína, para reduzirem o cansaço e

aumentarem a sua resposta cerebral. Os estimulantes podem ser tomados por

via oral, em pó, através da inspiração nasal, injecções e podem mesmo ser

fumados...

Este tipo de drogas é proibido numa grande panóplia de desportos e

actualmente pensa-se que já existe consumo de estimulantes nervosos em

desportos como o xadrez, que requer um grande actividade cerebral durante

torneios de vários dias.

Estas drogas são proibidas pois dão uma vantagem injusta aqueles que as usam

(pois o seu sistema nervoso está muito mais activo) e além disso podem

também ter outras consequências para a saúde, pois estes aumentam a pressão

arterial, podem fazer com que o atleta emagreça, o uso contínuo pode destruir

células nervosas (a hiperactividade contínua provoca a sua destruição), pode

provocar insónias, euforia, alterações de comportamento, tremores, respiração

acelerada, confusão cerebral, e ainda há a possibilidade de ataques cardíacos e

overdoses quando tomados em excesso.

É de salientar que Portugal foi o primeiro país a implementar medidas antidoping

nas competições de xadrez.

ANALGÉSICOS

Analgésicos são droga calmantes muito frequentemente usadas em quase todos

os desportos fisicamente exigentes e que viam diminuir a dor. Podem ter como

efeito, por exemplo, reduzir a dor de certas lesões ou actividades, fazendo com

que o atleta aguente mais tempo e que aguente mais dor, aumentando a sua

Page 14: CONCEITO DE DESPORTO

resistência natural, sendo por isso muito utilizados em desportos como a

maratona e o triatlo (fisicamente muito exigentes).

Exemplos de analgésicos: morfina, metadona, petidina, entre outras.

Os analgésicos apresentam alguns perigos para o organismo pois o seu uso,

visto reduzir a dor sentida, pode fazer com que um atleta agrave uma lesão,

podem levar também à perda de equilíbrio e coordenação, náuseas e vómitos,

insónias e depressão, diminuição da frequência cardíaca e ritmo respiratório e

diminuição da capacidade de concentração.

BETA-BLOQUEANTES

Os beta-bloqueantes são utilizados no desporto de uma forma semelhante aos

analgésico pois também eles ajudam a combater o nervosismo, stress e

ansiedade. Estas drogas actuam nomeadamente no coração, diminuindo o ritmo

cardíaco.

Page 15: CONCEITO DE DESPORTO

Esta função é altamente proveitosa para certos desportos de alta precisão,

sendo por isso altamente proibida em desportos com o tiro ao alvo, tiro com

arco, bilhar, xadrez, natação sincronizada... Exemplos de beta-bloqueantes:

acebutolol, alprenolol, atenolol, labetolol, metipranolol, pindolol...

O consumo de beta-bloqueantes é perigosos pois a diminuição do ritmo cardíaco

pode provar hipotensão (tensão arterial baixa) e pode mesmo provocar paragens

cardíacas. Pode também provocar asma, hipoglicémia (falta de glicose no

sangue), insónias e impotência sexual.

HORMONAS PEPTÍDICAS

As hormonas peptídicas possuem diversas funções. Uma das suas principais

funções é a fixação peptídica, isto é, estas hormonas ajudam os músculos nas

suas reacções anabólicas, ajudando a fixar os aminoácidos necessários para a

construção destes. Existem vários tipos de hormonas peptídicas, e com diversas

funções, de entre as quais se destacam:

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- a eritropoietina, também denominada de EPO. Esta hormona, que existe no

nosso organismo, estimula a produção de glóbulos vermelhos, aumentando

assim a resistência do atleta (pois os músculos são fornecidos com uma

maior quantidade de oxigénio). A eritropoietina está assim associada a um

tipo de doping especifico, o incremento do transporte do oxigénio, que

falaremos mais à frente.

- a hCG, uma hormona produzida pelo feto durante a gravidez, é também

usada pelos homens para aumentar a produção de esteróides no organismo.

Existem também mulheres que engravidam, pois a hCG faz aumentar as

concentrações de hormonas femininas e com tais concentrações ditas

“naturais” muitas outras drogas dopantes que podem existir em certas

concentrações são disfarçadas. Depois do teste de controlo, as atletas

abortam...

- HC, hormona do crescimento, hormona essa que tal como o nome indica é

produzida em grande quantidade durante a puberdade e permite o

crescimento dos indivíduos, é também usada na construção e recuperação

de tecidos musculares.

- LH, hormona que existe naturalmente no nosso organismo, é usada para

estimular a produção de testosterona nos testículos.

O uso destas drogas pode provocar deformações ósseas, distúrbios hormonais,

miopia, hipertensão, coágulos sanguíneos, diabetes, doenças articulares...

A utilização de hormonas não peptídicas está também proibido quando

apresentam estrutura e função semelhante as estas.

DIURÉTICOS

Os diuréticos, ou substâncias mascarantes, são outro grande grupo de

substâncias proibidas. Este tipo de substâncias tem como função aumentar a

quantidade de urina produzida, o que leva a alterações no controlo desta visto a

maior parte das substâncias ser ilegal quando detectada em concentrações

elevadas. Ao aumentar a quantidade de urina, as concentrações de substâncias

dopantes vão diminuir, não podendo por isso serem consideradas dopantes

abaixo de certos níveis. Além desta função, os diuréticos são também usados

Page 17: CONCEITO DE DESPORTO

para perda de peso, nomeadamente em desportos divididos por categorias de

peso ou até mesmo de forma a que certas substâncias (nomeadamente

dopantes) sejam expulsas rapidamente do organismo. Os principais diuréticos

usados são o triantereno e a furosemida.

Como efeitos secundários prejudiciais, os diuréticos podem causar desidratação,

caibras, doenças renais, perda de sais minerais, alterações no volume do sangue

e no ritmo cardíaco. Se os problemas cardíacos e renais tornarem-se muito

graves, podem mesmo levar à morte do atleta.

BETA-AGONISTAS

Este é o último grande grupo de drogas dopantes. Os beta-agonistas são drogas

que se destinam a aumentar a massa muscular e diminuir a massa gorda. Uma

droga beta-agonista muito conhecida é a adrenalina, que existe naturalmente no

nosso organismo e que é libertada quando estamos sujeitos a situações de

grande tensão (é por isso que, quando ameaçados ou em perigo, o homem

consegue faz certas proezas ou utilizar certa força que normalmente não

conseguiria usar). Este grupo de drogas é conhecido pela sua capacidade de

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controlar a distribuição de fibras musculares e de aumentar o ritmo cardíaco,

aumentando o fluxo de sangue para músculos e cérebro.

Como efeitos secundários prejudiciais temos o aparecimento de insónias,

agressividade, tremores e náuseas, falta de concentração, distúrbios psíquicos,

aumento da pressão arterial, problemas cardiovasculares...

Como substâncias proibidas nas competições internacionais temos ainda o

álcool, todo o tipo de narcóticos estupefacientes e ainda drogas anti-

estrogénicas, drogas que se destinam a inibir a produção destas hormonas. Este

tipo de drogas é proibido pois está geralmente associado ao consumo de

esteróides anabolizantes (são utilizadas devido ao efeito aromatizante dos

esteróides).

Por fim, e a apesar de não serem propriamente drogas dopantes, existem

também técnicas e métodos proibidos no desporto. São eles:

- aumento do transporte de oxigénio: esta técnica consiste no uso de

substâncias (como o EPO) para aumentarem o número de glóbulos

vermelhos ou a transfusão de sangue previamente retirado e enriquecido

com glóbulos vermelhos. Este método é perigoso pois maior número de

glóbulos vermelhos significa sangue mais viscoso, e como tal há um maior

risco de ataque cardíaco.

- manipulação química e física: conjunto de técnicas que visa alterar a

validade e a integridade das amostras de urina e sangue usadas nos

controlos antidoping. Entre elas destacamos a alteração das amostras de

urina, a inibição da excreção renal, cateterização e o uso de substâncias

mascarantes.

- doping genético: a dopagem genética é definida como o uso não terapêutico

de genes, elementos genéticos ou células que tenham a capacidade de

aumentar o rendimento desportivo. Este tipo de doping está ainda em

desenvolvimento e ainda não é muito viável, mas poderá ser uma realidade

num futuro bem próximo. Esse tipo de doping é usado com recurso a vírus

ou bactérias que alteram certos genes em certos músculo do organismo,

tornando-o mais adaptado à actividade que pratica.

Page 19: CONCEITO DE DESPORTO

DOPING: CORRECTO OU INCORRECTO?

VOLUNTÁRIO OU NECESSÁRIO?

Será que utilizar o doping como meio de obtenção de resultados é correcto? Esta

é a questão, e a resposta é pura e simplesmente NÃO. O nosso grupo é unânime

em considerar que a prática do doping não deve ser utilizada, e isto deve-se

essencialmente devido a dois problemas que levanta:

- o doping vai contra a máxima do desporto que é “o mais importante é

participar, não é ganhar”. O doping visa apenas o resultado, ignorando

completamente a ética do desporto. Além disso, todos os atletas devem

partir em iguais condições para todos as competições. O uso de doping dá

uma vantagem injusta a quem o utiliza, até porque o que se quer avaliar

Page 20: CONCEITO DE DESPORTO

numa competição desportiva não é qual o atleta com mais dopantes, mas

sim o melhor atleta numa determinada disciplina...

- o doping é uma prática altamente perigosa. Infelizmente (ou não) quase

todas as técnicas dopantes apresentam perigos para saúde humana, o que

só por si devia ser suficiente para dissuadir os desportistas de a usar.

Outro problema que se levanta muitas vezes é o facto de os desportistas serem

quase “obrigados” a usar doping. Muitas vezes um atleta, mesmo sabendo que é

o melhor no desporto que pratica, tem demasiadas pressões sobre ele: pode ser

um atleta novo que precisa de ganhar uma determinada competição para obter

um contracto, um atleta em fim de carreira que já não consegue as proezas

físicas de quando era mais jovem, um atleta que vem duma lesão grave... Enfim,

muitas vezes acontece que é a necessidade e a pressão que levam certos atletas

a usar técnicas dopantes, e a necessidade é algo muito difícil de combater.

De qualquer forma, nos deixamos aqui o nosso apelo antidoping, devido às

razões acima mencionadas. Gostávamos também de salientar que o doping e os

métodos antidopantes estão em constante progressão. Hoje em dia já existem

técnicas de detecção de dopantes avançadas, mas visto estas técnicas serem

sempre em resposta ao aparecimento de certas substâncias, quando tais

procedimentos são adoptados, já a substância dopante foi largamente utilizada.

Destacamos por exemplo o DMT, um esteróide sintético que o corredor dos 100

e 200 metros Kelli White admitiu utilizar e sobre o qual não existem medidas

antidoping...

Por fim gostávamos de falar dalguns casos famosos de atletas que usaram a

prática do doping:

- Por volta do século VIII a.C. os atletas olímpicos da Grécia comiam testículos

de carneiro, fontes de testosterona. Por volta de III a.C. sabe-se que também

já tomavam cogumelos alucinógenos, que possuem propriedades

estimulantes.

- Em 1904 Thomas Hicks ganhou a maratona de St. Louis depois de tomar

conhaque e estricnina.

- Em 1967 Tom Simpson desmaiou durante a volta França, morrendo antes de

chegar ao hospital de helicóptero. Foram encontrados 2 tubos de

anfetaminas cheios mais um vazio no seu fato de treino...

- Nos jogos olímpicos de verão de 1988 Ben Jonhson ganhou a medalha de

ouro, tendo sido apanhado a tomar esteróides anabolizantes, hormona do

crescimento humano, entre outras coisas. Devido a este acontecimento a

Page 21: CONCEITO DE DESPORTO

medalha de outro foi entregue a Carl Lewis, que mais tarde foi acusado de

também ter usado drogas, acabando também ele por perder a medalha de

ouro.

- Durante as décadas 70 e 80 os países da antiga URSS foram acusados de

várias práticas antidoping, confirmadas anos mais tarde quando alguns

documentos foram encontrados relativamente a esse assunto. Pensa-se que,

de entre as práticas usadas, as nadadores femininas da URSS foram

masculinizadas, assim como a maior parte dos desportistas que precisavam

de massa muscular tomaram esteróides anabolizantes; também se pensa

que em categorias como a ginástica, as atletas femininas tinham a sua

puberdade retardada de forma a terem menos massa óssea e como tal,

menos peso.

- Em 1998 a equipa de ciclismo Festina foi excluída depois de terem sido

encontradas várias drogas dopantes num carro da equipa.

- Roberto Heras, vencedor da Volta a Espanha em 2005, perdeu o seu título e

foi suspenso por 2 anos depois de acusar EPO.

- Em 2006 alguns companheiros de Lance Armstrong, vencedor 7 vezes

consecutivo da Volta à França, admitiram tomar EPO. Durante a pré-época

cerca de um litro de sangue enriquecido com glóbulos vermelhos devido a

EPO era recolhido, sendo meio litro injectado antes do início da época e o

outro meio litro a meio da Volta, quando o cansaço se começasse a notar.

Depois disso houve várias acusações a Armstrong, nomeadamente pelo

facto de ele ter usado o pretexto do cancro nos testículos para tomar ou

encobrir drogas ilegais.

- Em 2006 o ciclista Floyd Landis foi acusado por apresentar um ratio

testosterona/epitestosterona muito elevado. No entanto, parece que o

ciclista apresenta deficiência nos níveis de epitestosterona. A decisão de lhe

retirar o título está neste momento por decidir.

- Ainda no mesmo ano, a equipa de ciclismo Liberty Seguros teve o seu

director geral e outros funcionários presos depois de um alegado escândalo

de doping.

Este são apenas alguns dos muitos casos de doping registados. Até entre nós,

mesmo em Portugal, existem casos de doping. Por exemplo, podemos salientar o

caso do Nuno Assis, do Abel Xavier ou do Fernando Couto, jogadores de futebol

apanhados a usar substâncias dopantes.

Page 22: CONCEITO DE DESPORTO

Para terminar deixamos a nossa esperança de que no futuro, e com o avanço da

genética, seja possível, através do código genético de cada um, perceber

facilmente que tipo de doping os atletas estão a usar com uma simples análise

de sangue, acabando de vez, ou pelo menos reprimindo grandemente, qualquer

tipo de doping. É de notar que já existem avanços neste campo, nomeadamente

em exames antidoping para a EPO.

Curiosidades

. Por volta do século VIII a.C. os atletas olímpicos da Grécia comiam testículos

de carneiro, fontes de testosterona. Por volta de III a.C., sabe-se que também

já tomavam cogumelos alucinógeneos, que possuem propriedades

estimulantes.

. Em 1904 Thomas Hicks ganhou a maratona de St. Louis depois de tomar

conhaque e estricnina.

. Em 1967 Tom Simpson desmaiou durante a volta à França, morrendo antes de

chegar ao hospital de helicóptero. Foram encontrados dois tubos de

anfetaminas cheios e um vazio no seu fato de treino.

. Nos jogos olímpicos de Verão em 1988, Ben Johnson ganhou a medalha de

ouro, tendo sido apanhado a tomar esteróides anabolizantes, hormonas do

crescimento, entre outras coisas. Devido a este acontecimento, a medalha de

Page 23: CONCEITO DE DESPORTO

ouro foi entregue a Carl Lewis, que mais tarde foi acusado de também ter

usado drogas, acabando também ele por perder a medalha de ouro.

. Durante as décadas 70 e 80, os países da Antiga URSS foram acusados de

várias práticas de doping, confirmadas anos mais tarde quando alguns

documentos foram encontrados relativamente a esse assunto. Pensa-se que,

de entre as práticas usadas, as nadadoras femininas da URSS foram

masculinizadas, assim como a maior parte dos desportistas que precisavam

de massa muscular tomaram esteróides anabolizantes; também se pensa que

em categorias como a ginástica, as atletas femininas tinham a sua puberdade

retardada de forma a terem menos massa óssea e como tal, menos peso.

. Em 1998 a equipa de ciclismo Festina foi excluída depois de terem sido

encontradas várias drogas dopantes num carro da equipa.

. Roberto Heras, vencedor da volta à Espanha em 2005, perdeu o seu título e foi

suspenso por dois anos depois de acusar EPO (Hormonas Sintéticas de

Eritropoetina).

. Em 2006, alguns companheiros de Lance Armstrong, vencedor sete vezes

consecutivas da volta à França, admitiram tomar EPO. Durante a pré-época,

cerca de um litro de sangue enriquecido com glóbulos vermelhos devido a

EPO era recolhido, sendo meio litro injectado antes do início da época e o

outro meio litro a meio da volta, quando o cansaço se começasse a notar.

Depois disso houve várias acusações a Armstrong, nomeadamente pelo facto

de ele ter usado o pretexto de cancro nos testículos para tomar ou encobrir

drogas ilegais.

. Em 2006, a equipa de ciclismo Liberty Seguros teve o seu director geral e

outros funcionários presos depois de um alegado escândalo de doping.

. Jogadores de futebol portugueses, como Nuno Assis, Abel Xavier e Fernando

Couto foram apanhados a usar substâncias dopantes.

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CONCLUSÃO

Este trabalho foi realizado com empenho e pensamos que cumprimos os

objectivos propostos à partida.

Com este trabalho, nós pretendemos informar e alertar todos sobre o prática do

doping e dos seus verdadeiros perigos, e pensamos que depois de ler o nosso

trabalho compreenderá melhor o que é o doping, como é utilizado e

principalmente quais os perigos que acarreta para a saúde humana.

Como comentários finais, gostaríamos de acrescentar que gostámos de realizar

este relatório pois adquirimos muita informação nova sobre o doping um dos

temas mais importantes e actuais da realidade desportiva.

Esperamos que goste.

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BIBLIOGRAFIA

http://en.wikipedia.org/wiki/Doping_(sport)

http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0405/Nandrolona/Doping.htm

http://xlandxs.wordpress.com/2006/09/08/os-perigos-do-doping/

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1218008&idCanal=13

http://dn.sapo.pt/2005/06/13/temas/as_super_hormonas_escapam_doping.html

http://www.saudenainternet.com.br/corporesano/corporesano_17.shtml

http://www.saudenarede.com.br/?p=av&id=Doping

http://www.saude.inf.br/cebrid/cestero.htm

http://www.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/quest_drogas/

esteroides_anabolizantes.htm

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-

86922003000100004&script=sci_arttext

http://www.omundodacorrida.com/epo.htm

http://www.saudelar.com/edicoes/2001/setembro/principal.asp?send=saude.htm

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