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Qual o conceito de justiça que os profetas apropriaram? O conceito de sedaqah apropriado pelos profetas, tendo como base Juízes 5.11, está relacionado aos feitos divinos, ações e intervenções de Deus na história do povo, ou seja, do período dos juízes em diante o sedaqah deve ser entendido como os atos salvíficos de Javé, sem desconsiderar o seu aspecto jurídico de soluções de problemas comunitários. Mesmo Dessa forma, o sedeqah está relacionado com o processo de formação de Israel, onde o espaço social mais importante é a terra, bem valioso dado por Deus, a terra não pode ser vendida apenas passada de geração em geração. Por isso a ética dos profetas é conservadora, governo bom e justo tem como consequência a fertilidade da natureza, sem justiça não sustentabilidade. Independente do período, juízes, monarquia, exilio e pós exilio, o protótipo foi o mesmo: êxodo da libertação do Egito demais eventos pra entrada do povo na terra prometida. Segundo Horsley, o que diferencia é a função do profeta, ora os profetas possuíam ações antecipatória de atos divino, ora os profetas apresentavam mensagens de julgamento e de libertação (profeta oracular) ou com a duas funções, como Debora no texto base. Qual a relação do conceito de justiça do Antigo Testamento com a pregação do Reino de Deus no Novo Testamento? Essa pergunta é merecedora de uma pesquisa mais detalhada, mas sendo superficial, existe uma correspondência simbólica entre os grandes atos históricos de redenção que justificam o conceito de justiça no Antigo Testamento com os movimentos proféticos do primeiro século, há então uma releitura dos atos históricos antigos que são relevantes para a interpretação da situação socioeconômica vivida no início da era cristã. Além do modelo profético de ação como o de judas da Galileia, Teudas e o profeta egípcio, temos os profetas oraculares que pregavam que o reino de Deus está próximo, não só próximo, mas iminente. Dessa forma, os

Conceito de Justiça

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Page 1: Conceito de Justiça

Qual o conceito de justiça que os profetas apropriaram?

O conceito de sedaqah apropriado pelos profetas, tendo como base Juízes 5.11, está relacionado aos feitos divinos, ações e intervenções de Deus na história do povo, ou seja, do período dos juízes em diante o sedaqah deve ser entendido como os atos salvíficos de Javé, sem desconsiderar o seu aspecto jurídico de soluções de problemas comunitários. Mesmo Dessa forma, o sedeqah está relacionado com o processo de formação de Israel, onde o espaço social mais importante é a terra, bem valioso dado por Deus, a terra não pode ser vendida apenas passada de geração em geração. Por isso a ética dos profetas é conservadora, governo bom e justo tem como consequência a fertilidade da natureza, sem justiça não há sustentabilidade. Independente do período, juízes, monarquia, exilio e pós exilio, o protótipo foi o mesmo: êxodo da libertação do Egito demais eventos pra entrada do povo na terra prometida. Segundo Horsley, o que diferencia é a função do profeta, ora os profetas possuíam ações antecipatória de atos divino, ora os profetas apresentavam mensagens de julgamento e de libertação (profeta oracular) ou com a duas funções, como Debora no texto base.

Qual a relação do conceito de justiça do Antigo Testamento com a pregação do Reino de Deus no Novo Testamento?

Essa pergunta é merecedora de uma pesquisa mais detalhada, mas sendo superficial, existe uma correspondência simbólica entre os grandes atos históricos de redenção que justificam o conceito de justiça no Antigo Testamento com os movimentos proféticos do primeiro século, há então uma releitura dos atos históricos antigos que são relevantes para a interpretação da situação socioeconômica vivida no início da era cristã. Além do modelo profético de ação como o de judas da Galileia, Teudas e o profeta egípcio, temos os profetas oraculares que pregavam que o reino de Deus está próximo, não só próximo, mas iminente. Dessa forma, os atos de redenção na formação de Israel tornaram-se uma tipologia histórica escatológico do Reino de Deus.