CONCEITO E ATRIBUIÇÕES

Ministério Público Estadual, Federal, do Trabalho e dos Tribunais de Contas

� há 4 mil anos a.C.;

� Magiaí, antigos servidores do Faraó, no velho Egito que eram “a língua e os olhos do Rei” (Berto Valori, citado por

Roberto Lyra);

� competiam castigar os rebeldes, reprimir os violentos, � competiam castigar os rebeldes, reprimir os violentos, ser o pai dos órfãos e o marido da viúva, entre outras funções compatíveis com as atuais (1).

1-JATAHY, Carlos Roberto de C. O Ministério Público e o estado democrático de direito. Perspectivas constitucionais

de atuação institucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007, pág. 08. PIERANGELLI, José Henrique. Processo Penal: evolução história e fontes legislativas. Bauru: Jalovi, 1983, pág.179.

� As origens próximas do atual MP;

� Frederico Marques, citado por Pierangelli (2):� “os antecedentes dos atuais promotores de justiça são os

advogados e procuradores do rei;

� les gens du roi, que antes do século XVI, eram apenas os � les gens du roi, que antes do século XVI, eram apenas os representantes dos interesses privados do monarca perante os tribunais” ;

� Foi gradativamente ampliando-se pari passu com o fortalecimento dos poderes dinásticos e se tornaram eles, assim agentes do poder público junto aos tribunais” .

2-PIERANGELLI, José Henrique, op. cit. Pág. 185.

� O ministério Público brasileiro teve origem direta no direito lusitano;

� Entre 1500 a 1530 (Brasil pré – colonial): não havia estruturaadministrativa no Brasil tendo o território conhecido apenas a açãopredatória de seus exploradores. (FIORINI);

� Até o ano de 1521: Ordenações Afonsinas, ;� Até o ano de 1521: Ordenações Afonsinas, ;

� Até o ano de 1903: Ordenações Manuelinas ;

� De 1603 a 1916: Ordenações Filipinas;

� A partir de 1916: Código Civil de 1916 entre outros diplomas legais;

� O conjunto das Ordenações ficou conhecido como Ordenações do Reino e até o ano de 1534,não se sabia como foram aplicadas as ordenações, sendo um período de completa obscuridadeneste tema.

� Em todas essas Ordenações já se previa a figura do Promotor de Justiça, cabendo a ele a fiscalização da jurisdição estatal em relação à eclesiástica, devendo :

1. “requerer todas as coisas que pertençam à Justiça e à conservação de Nossa Jurisdição”. (3);

2. “a representação gratuita dos interesses das viúvas, órfãos e miseráveis”;miseráveis”;

� Contudo, a essa época, seu estabelecimento não se deu na Colônia, estando prevista a instituição nas referidas ordenações, isso porque “a administração da justiça, no período das capitanias hereditárias, estava entregue aos senhores donatários que, como possuidores soberanos da terra, exerciam as funções de administradores, chefes militares e juízes” (4).

3-Ordenações Manuelinas, Livro II, Título XXXIV4- WOLKMER, Antônio Carlos. História do direito no Brasil. Rio de Janeiro: Forense, 2009. Pág. 74/75

� Em 7 de março de 1609, com a criação na Bahia do Tribunal da Relação é que se começou a organizar a justiça no Brasil, composto de Ouvidor-Geral, Capitães Mores e Ouvidores de Capitania;

� Em 1652, passaram a chamar-se de Desembargadores, que julgavam em definitivo as decisões dos juízes de 1ª instância, havendo a criação de um cargo de Procurador da Coroa e julgavam em definitivo as decisões dos juízes de 1ª instância, havendo a criação de um cargo de Procurador da Coroa e Fazenda, com funções de Promotor de Justiça, competindo a este tratar e requerer tudo quanto se relacionasse com a justiça pública contra os presos e com aqueles que deviam ser acusados, promovendo e acompanhando os processos instaurados. Também deveria efetivar o livramento daqueles que deveriam ser soltos e controlar o cumprimento dos deveres dos demais serventuários da justiça. (5)

5- PIERANGLLI - Ob. citada, pág.73 e 74

� Com a Constituição de 1824, o Ministério Público que aindanão tinha esse nome, ficou identificado como órgãoacusador na figura do procurador da Coroa, segundo o art.48 daquela Constituição: “No Juizo dos crimes, cujaaccusação não pertence á Camara dos Deputados, accusaráo Procurador da Corôa, e Soberania Nacional.” As demaisfunções de MP eram extraídas ainda das Ordenaçõesfunções de MP eram extraídas ainda das OrdenaçõesManuelinas, como curador de órfãos, dementes, viúvas ,etc., além das funções de representar a Coroa em juízo;

� Somente com a Constituição de 1934 é que se instituiu emâmbito constitucional o Ministério Público com esse nome,sendo seguida pelas demais até a de 1988, onde nesta operfil revolucionou a forma de agir dessa instituição.

� Até 1988, o Ministério Público, instituição que abrigava os Promotores Públicos era tido como órgão meramente acusatório no juízo penal e como curador especial no juízo cível, cabendo eventualmente a defesa dos interesses do Estado, como previsto na Constituição de 1937:

“Art 109 - Das sentenças proferidas pelos Juízes de primeira“Art 109 - Das sentenças proferidas pelos Juízes de primeirainstância nas causas em que a União for interessada como autoraou ré, assistente ou oponente, haverá recurso diretamente para oSupremo Tribunal Federal.

Parágrafo único - A lei regulará a competência e os recursos nas ações paraa cobrança da divida ativa da União podendo cometer ao Ministério Públicodos Estados a função de representar em Juízo a Fazenda Federal.”

Constituição de 1988, art 127:

• “o Ministério Público é instituição • “o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.”

� Assim, diante do conceito legal, o MP é:

� instituição, posto que foi instituído, isto é criado,estabelecido por um Poder Constituinte;

� permanente, na medida em que é definitivo,� permanente, na medida em que é definitivo,duradouro, que não se acaba;

� essencial à função jurisdicional do Estado não podendoser dispensada sua participação nos processos em que alei considera vital sua intervenção.

� As funções do Estado são identificadas pelos Poderes estatais:

Executivo

• Administraçào pública e conduta do governo.• Administraçào pública e conduta do governo.

Legislativo• Elaboração das leis e fiscalização dos demais poderes

Judiciário

• Encarregado de aplicar o direito (as leis) nos casos de conflitos de interesses entre partes oposta.

� Dentro do conceito a Lei Maior traz também aincumbência ou destinação do Ministério Público, qualseja:

� A defesa da ordem jurídica. O MP destina-se a defender o impérioda Lei contra suas possíveis violações por parte de quem quer queseja, porém, “isso não significa que esta instituição deva zelar pelocumprimento de cada uma das leis do País, mas sim daquelas que seinsiram dentro das finalidades gerais da instituição.” (6);insiram dentro das finalidades gerais da instituição.” (6);

� Defesa do Regime Democrático. O art. 1º da Constituição daRepública diz que o Brasil é um Estado Democrático de Direito,instituindo a Democracia como forma de governo, ao contrário damonarquia. Assim toda e qualquer ação de qualquer do poderes darepública, ou de grupos populares tendentes a abolir a democracia,caberá a defesa judicial desta pelo Ministério Público;

� Defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis:

� Sociais: aqueles que afetam toda a sociedade de forma difusa, como meio ambiente, patrimônio público, infância e juventude, consumidores, idosos, saúde pública, segurança pública, cidades, etc.;

� Individuais indisponíveis: são interesses particulares de pessoas determinadas concernentes a questões vitais para a pessoa, como alimentos, direitos básicos de determinada criança, adolescente, idoso. Direitos que não são objetos de troca ou barganha.

� São princípios imanentes ao MP (C.F. art. 127, § 1º) :

Unidade

• instituição que se apresenta como sendo um só órgão dentro de cada unidade federada, onde seus integrantes exercem o mesmo ofício, o de ministério público, ou de promotor de justiça. A função de todo ministério público, ou de promotor de justiça. A função de todo Ministério Público é promover a justiça..

Indivisibilidade• No sentido de que os membros do MP podem substituírem-se uns aos

outros sem que haja alteração de parte no processo. Quem tem atuação funcional é o Ministério Público, mesmo que vários promotores atuem sucessivamente num processo ou procedimento administrativo próprio.

Independência Funcional

• Não existe hierarquia entre os membros do MP.

� São funções inerentes ao Ministério Público (Art. 129 daC.R.):

I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;

II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;

III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;

IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;

V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;

VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;

VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;

VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;

IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

� São garantias inerentes ao cargo:

I - as seguintes garantias:

a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;julgado;

b) b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa;

c) c) irredutibilidade de subsídio.

� São previstas as seguintes vedações (C.R. Art. 128, II):a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários,

percentagens ou custas processuais;

b) b) exercer a advocacia;

c) c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;

d) d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;

e) e) exercer atividade político-partidária;

f) f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;

g) exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração (art.95, § ún, V).

� Consonante o art. 128 da C.R., o MP abrange:

• MP Federal• MP do Trabalho• MP Militar

Ministério Público da União • MP Militar

• MP do Distrito Federal e TerritóriosUnião

Ministérios Públicosdos Estados

� A União é um ente federativo.

� No dizer de Alexandre de Moraes:

“pessoa jurídica de direito público interno, cabendo-lhe exercer as atribuições da soberania do Estado brasileiro. Não se confunde com atribuições da soberania do Estado brasileiro. Não se confunde com Estado Federal este sim, pessoa jurídica de Direito Internacional e

formado pelo conjunto de União, Estados membros Distrito Federal e municípios.

� As atribuições do MPF são comuns à de toda instituição.Conforme art. 37 da Lei Complementar n.º 75/93, OMinistério Público Federal exercerá as suas funções:

I - nas causas de competência do Supremo Tribunal Federal, doSuperior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais eSuperior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais edos Juízes Federais, e dos Tribunais e Juízes Eleitorais;

II - nas causas de competência de quaisquer juízes e tribunais,para defesa de direitos e interesses dos índios e das populaçõesindígenas, do meio ambiente, de bens e direitos de valorartístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, integrantesdo patrimônio nacional.

� São órgãos do MPF:

I - o Procurador-Geral da República;

II - o Colégio de Procuradores da República;

III - o Conselho Superior do Ministério Público Federal;III - o Conselho Superior do Ministério Público Federal;

IV - as Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal;

V - a Corregedoria do Ministério Público Federal;

VI - os Subprocuradores-Gerais da República;

VII - os Procuradores Regionais da República;

VIII - os Procuradores da República.

� Exerce a chefia administrativa do MPF, oficiandoperante o STF.

� Perante o STF o PGR poderá propor:

I- a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou atoI- a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou atonormativo federal ou estadual e o respectivo pedido demedida cautelar;

II - a representação para intervenção federal nos Estados e noDistrito Federal, nas hipóteses do art. 34, VII, da ConstituiçãoFederal;

III - as ações cíveis e penais cabíveis.

� A representação para intervenção nos estados ocorrerápara assegurar a observância dos seguintes princípiosconstitucionais:

a) forma republicana, sistema representativo e regimedemocrático;

b) direitos da pessoa humana;b) b) direitos da pessoa humana;

c) c) autonomia municipal;

d) d) prestação de contas da administração pública, diretae indireta. (art. 34, VII da C.R.).

� Composto por todos os membros do MPF em atividade épresidido pelo PGR e tem competência para:

I - elaborar a lista sêxtupla para a composição do SuperiorTribunal de Justiça;

II - elaborar a lista sêxtupla para a composição dos TribunaisII - elaborar a lista sêxtupla para a composição dos TribunaisRegionais Federais;

III - eleger, dentre os Subprocuradores-Gerais da Repúblicaquatro membros que irão compor o Conselho Superior doMinistério Público Federal;

IV - opinar sobre assuntos gerais de interesse da instituição.(LC 75/93, art. 53)

� Presidido pelo PGR e tem entre suas atribuições:� Exercer o poder normativo no âmbito do Ministério Público Federal,

elaborando o regimento interno dos diversos órgãos do MPF;

� elaborar normas e instruções para o concurso de ingresso na carreira;

� elaborar os critérios de promoção por merecimento na carreira;

� aprovar a destituição do Procurador Regional Eleitoral;� aprovar a destituição do Procurador Regional Eleitoral;

� destituir, por iniciativa do Procurador-Geral da República e pelo voto dedois terços de seus membros, antes do término do mandato, oCorregedor-Geral;

� elaborar a lista tríplice para Corregedor-Geral do MPF;

� determinar a instauração de processos administrativos em que oacusado seja membro do MPF;

� determinar o afastamento preventivo do exercício de suas funções, domembro do Ministério Público Federal, indiciado ou acusado emprocesso disciplinar, e o seu retorno, entre outras atribuições previstasno art. 57 da LC 75/93.

� São órgãos de coordenação, de integração e de revisão doexercício funcional na instituição, competindo-lhes:

� promover a integração e a coordenação dos órgãos institucionaisque atuem em ofícios ligados ao setor de sua competência;

� manter intercâmbio com órgãos ou entidades que atuem em áreasafins;

� manter intercâmbio com órgãos ou entidades que atuem em áreasafins;

� encaminhar informações técnico-jurídicas aos órgão institucionaisque atuem em seu setor;

� manifestar-se sobre o arquivamento de inquérito policial, inquéritoparlamentar ou peças de informação, exceto nos casos decompetência originária do Procurador-Geral

� decidir os conflitos de atribuições entre os órgãos do MinistérioPúblico Federal. (LC 75/93, art. 62)

� É órgão fiscalizador das atividades funcionais e da conduta dosmembros do Ministério Público, competindo ao CorregedorGeral:

I - participar, sem direito a voto, das reuniões do Conselho Superior;

II - realizar, de ofício, ou por determinação do Procurador-Geral ou doConselho Superior, correições e sindicâncias, apresentando osConselho Superior, correições e sindicâncias, apresentando osrespectivos relatórios;

III - instaurar inquérito contra integrante da carreira e propor aoConselho Superior a instauração do processo administrativoconseqüente;

IV - acompanhar o estágio probatório dos membros do MinistérioPúblico Federal;

V - propor ao Conselho Superior a exoneração de membro doMinistério Público Federal que não cumprir as condições do estágioprobatório. (LC 75/93, art. 65).

� São órgãos de execução designados para oficiar junto aoSupremo Tribunal Federal, ao Superior Tribunal de Justiça,ao Tribunal Superior Eleitoral e nas Câmaras deCoordenação e Revisão, competindo-lhes privativamente, oexercício das funções de:

I - Vice-Procurador-Geral da República;I - Vice-Procurador-Geral da República;

II - Vice-Procurador-Geral Eleitoral;

III - Corregedor-Geral do Ministério Público Federal;

IV - Procurador Federal dos Direitos do Cidadão;

V - Coordenador de Câmara de Coordenação e Revisão. (LC 75/93, ART. 67).

� São os órgãos de execução do MPF que atuam junto aos juízes federais e juntoaos Tribunais Regionais Eleitorais onde não tiver sede a Procuradoria Regionalda República. Atuam perante os juízes federais nas causas:

I - em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal foreminteressadas na condição de autoras, rés, exceto as de falência, as de acidentes detrabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

II - entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoaII - entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoadomiciliada ou residente no País;

III - fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ouorganismo internacional;

IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens,serviços ou interesse da União ou de suas autarquias ou empresas públicas,ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;

V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada aexecução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, oureciprocamente;

V- relativas a direitos humanos;

VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;

VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;

VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;

IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;

X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;

XI - a disputa sobre direitos indígenas.

� É a parte do MPU responsável pela defesa dos direitostrabalhistas, competindo-lhe:

I - promover as ações que lhe sejam atribuídas pela ConstituiçãoFederal e pelas leis trabalhistas;

II - manifestar-se em qualquer fase do processo trabalhista,II - manifestar-se em qualquer fase do processo trabalhista,acolhendo solicitação do juiz ou por sua iniciativa, quando entenderexistente interesse público que justifique a intervenção;

III - promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho,para defesa de interesses coletivos, quando desrespeitados osdireitos sociais constitucionalmente garantidos;

IV - propor as ações cabíveis para declaração de nulidade de cláusulade contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva que viole asliberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuaisindisponíveis dos trabalhadores;

V - propor as ações necessárias à defesa dos direitos e interessesdos menores, incapazes e índios, decorrentes das relações detrabalho;

VI- recorrer das decisões da Justiça do Trabalho, quandoentender necessário, tanto nos processos em que for parte,como naqueles em que oficiar como fiscal da lei, bem comopedir revisão dos Enunciados da Súmula de Jurisprudência doTribunal Superior do Trabalho;

VII- funcionar nas sessões dos Tribunais Trabalhistas,manifestando-se verbalmente sobre a matéria em debate,sempre que entender necessário, sendo-lhe assegurado odireito de vista dos processos em julgamento, podendosolicitar as requisições e diligências que julgar convenientes;

VIII- instaurar instância em caso de greve, quando a defesa daordem jurídica ou o interesse público assim o exigir;

IX- promover ou participar da instrução e conciliação em dissídios decorrentes da paralisação de serviços de qualquer natureza, oficiando obrigatoriamente nos processos, manifestando sua concordância ou discordância, em eventuais acordos firmados antes da homologação, resguardado o direito de recorrer em caso de violação à lei e à Constituição Federal;

X - promover mandado de injunção, quando a competência for da Justiça do Trabalho;

XI - atuar como árbitro, se assim for solicitado pelas partes, nos XI - atuar como árbitro, se assim for solicitado pelas partes, nos dissídios de competência da Justiça do Trabalho;

XII - requerer as diligências que julgar convenientes para o correto andamento dos processos e para a melhor solução das lides trabalhistas;

XIII - intervir obrigatoriamente em todos os feitos nos segundo e terceiro graus de jurisdição da Justiça do Trabalho, quando a parte for pessoa jurídica de Direito Público, Estado estrangeiro ou organismo internacional.

� São órgãos do Ministério Público do Trabalho:

I - o Procurador-Geral do Trabalho;

II - o Colégio de Procuradores do Trabalho;

III - o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho;

IV - a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho;Público do Trabalho;

V - a Corregedoria do Ministério Público do Trabalho;

VI - os Subprocuradores-Gerais do Trabalho;

VII - os Procuradores Regionais do Trabalho;

VIII - os Procuradores do Trabalho.

� Todos com idênticas funções e atribuições do MPF.

� É a parte do MPU destinada a promover as ações eintervenções no âmbito militar naquilo que for pertinenteao MP. Nos Estados federados as atribuições são realizadaspor Promotor de Justiça.

� Compete ao Ministério Público Militar o exercício das� Compete ao Ministério Público Militar o exercício dasseguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça Militar:

I - promover, privativamente, a ação penal pública;

II - promover a declaração de indignidade ou de incompatibilidade para o oficialato;

III - manifestar-se em qualquer fase do processo, acolhendo solicitação do juiz ou por sua iniciativa, quando entender existente interesse público que justifique a intervenção.

� Os órgão do MPM são os mesmos dos anteriores e tem idênticas atribuições. Resquícios da época da ditadura a Justiça Militar é um órgão sem sentido nos dias atuais.

� Com organização idêntica aos anteriores, é órgão quefunciona no DF e tem a mesma natureza do MPE, cabendo-lhe:

� exercer a defesa dos direitos constitucionais do cidadão,sempre que se cuide de garantir-lhes o respeito:sempre que se cuide de garantir-lhes o respeito:

I - pelos Poderes Públicos do Distrito Federal e dos Territórios;

II - pelos órgãos da administração pública, direta ou indireta, doDistrito Federal e dos Territórios;

III - pelos concessionários e permissionários do serviço público doDistrito Federal e dos Territórios;

IV - por entidades que exerçam outra função delegada do DistritoFederal e dos Territórios.

� O MPE, como os demais, configura-se:

Instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos da ordem jurídica, do regime democrático e dos

interesses sociais e individuais indisponíveis.

� É no MPE onde se verifica a maior atuação do Ministério Público, pois amplas são suas atribuições, não havendo restrições de quaisquer naturezas, apenas as exceções quanto às atribuições dos outros MPs, no entanto, em alguns casos a atuação é concorrente.

� Desde a defesa individual de direitos de crianças e � Desde a defesa individual de direitos de crianças e adolescentes, a atuação como órgão acusador perante o Tribunal do Júri e juízes comuns até a defesa de interesses difusos e coletivos é no MPE que se verifica efetivamente a maior prática em defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais.

� São órgãos da Administração Superior do MinistérioPúblico:

I - a Procuradoria-Geral de Justiça;

II - o Colégio de Procuradores de Justiça;II - o Colégio de Procuradores de Justiça;

III - o Conselho Superior do Ministério Público;

IV - a Corregedoria-Geral do Ministério Público;

V - as Procuradorias de Justiça;

VI - as Promotorias de Justiça.

� São órgãos de execução do Ministério Público:

I - o Procurador-Geral de Justiça;

II - o Conselho Superior do Ministério Público;

III - os Procuradores de Justiça;

IV - os Promotores de Justiça.

� São órgãos auxiliares do Ministério Público, além deoutros criados pela Lei Orgânica:

I - os Centros de Apoio Operacional;

II - a Comissão de Concurso;II - a Comissão de Concurso;

III - o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional;

IV - os órgãos de apoio administrativo;

V - os estagiários.

� A PGJ é o centro administrativo do MPE, sendo o chefe o Procurador Geral de Justiça.

� escolhido pelo Governador do Estado numa lista tríplice formada pelo voto plurinominal de todos os integrante do MPE;integrante do MPE;

� Para ser candidato o integrante do MPE deve ter no mínimo 35 anos de idade e 5 anos de exercício. O mandato é de dois anos, prorrogável por mais dois, observado o mesmo processo para a prorrogação.

� Enquanto Órgão da Administração do MPE cabe ao PGJ,entre outras atribuições:

I- exercer a chefia do Ministério Público, representando-ojudicial e extrajudicialmente;

II- submeter ao Colégio de Procuradores de Justiça asII- submeter ao Colégio de Procuradores de Justiça aspropostas de criação e extinção de cargos e serviços auxiliarese de orçamento anual;

III- encaminhar ao Poder Legislativo os projetos de lei deiniciativa do Ministério Público;

IV- praticar atos e decidir questões relativas à administraçãogeral e execução orçamentária do Ministério Público;

V- dirimir conflitos de atribuições entre membros do Ministério Público, designando quem deva oficiar no feito;

VI- decidir processo disciplinar contra membro do Ministério Público, aplicando as sanções cabíveis;

VII- prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços VII- prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, etc. (art. 10 da Lei Federal n.º 8.625/93)

� Composto por todos os Procuradores de justiça, oColégio de Procuradores de Justiça é órgão deadministração do MPE, ao lado do PGJ, tendo comoprincipais funções:

I- propor ao Procurador-Geral de Justiça a criação de cargos eserviços auxiliares, modificações na Lei Orgânica eprovidências relacionadas ao desempenho das funçõesinstitucionais;

II- aprovar a proposta orçamentária anual do MinistérioPúblico, elaborada pela Procuradoria-Geral de Justiça, bemcomo os projetos de criação de cargos e serviços auxiliares;

III- propor ao Poder Legislativo a destituição doProcurador-Geral de Justiça, pelo voto de dois terços deseus membros e por iniciativa da maioria absoluta deseus integrantes em caso de abuso de poder, condutaincompatível ou grave omissão nos deveres do cargo,assegurada ampla defesa;

IV- eleger o Corregedor-Geral do Ministério Público;IV- eleger o Corregedor-Geral do Ministério Público;

V- recomendar ao Corregedor-Geral do Ministério Públicoa instauração de procedimento administrativodisciplinar contra membro do Ministério Público, etc.(art. 12 da Lei 8.625/93).

� Também como órgão de administração, o CSMP, é composto emAlagoas pelo PGJ que o preside, pelo Corregedor Geral e por maiscinco Procuradores de Justiça eleitos pelos integrantes do MPE,tendo como principais atribuições:

I- indicar ao Procurador-Geral de Justiça, em lista tríplice, oscandidatos a remoção ou promoção por merecimento;candidatos a remoção ou promoção por merecimento;

II- eleger, na forma da Lei Orgânica, os membros doMinistérioPúblico que integrarão a Comissão de Concurso deingresso na carreira;

III- decidir sobre vitaliciamento de membros do MinistérioPúblico;

IV- determinar a disponibilidade ou remoção de membros doMinistério Público, por interesse público (art. 15 da Lei n.º

8.625/93).

� A Corregedoria-Geral do Ministério Público é o órgãoorientador e fiscalizador das atividades funcionais e daconduta dos membros do Ministério Público,incumbindo-lhe, dentre outras atribuições:

� I - realizar correições e inspeções;

� II - realizar inspeções nas Procuradorias de Justiça;

� III - instaurar, de ofício ou por provocação dos demais órgãos da Administração Superior do MP, processo disciplinar contra membro da instituição, presidindo-o e aplicando as sanções administrativas cabíveis (art.17).

� São as unidades ocupadas por cada Procurador deJustiça que se auto-administram, competindo-lhe:

I- escolher o Procurador de Justiça responsável pelosserviços administrativos da Procuradoria (coletiva);

II - propor ao Procurador-Geral de Justiça a escala deférias de seus integrantes;

III - solicitar ao Procurador-Geral de Justiça, em caso delicença de Procurador de Justiça ou afastamento de suasfunções junto à Procuradoria de Justiça, que convoquePromotor de Justiça da mais elevada entrância oucategoria para substituí-lo.

� São unidade administrada pelos Promotores de Justiçae concentram os meios e pessoal necessário à atividadefim do Promotor.

� Poderão ser judiciais ou extrajudiciais, especializadas,� Poderão ser judiciais ou extrajudiciais, especializadas,gerais ou cumulativas.

� As atribuições das Promotorias de Justiça e dos cargosdos Promotores de Justiça que a integram serão fixadasmediante proposta do Procurador-Geral de Justiça,aprovada pelo Colégio de Procuradores de Justiça.

� São funções gerais dos Órgãos de Execução do MP:

I - propor ação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais, em face à Constituição Estadual;

II - promover a representação de inconstitucionalidade para efeito de intervenção do Estado nos Municípios;

III - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei

IV - promover o inquérito civil e a ação civil pública, na forma da lei:

a) para a proteção, prevenção e reparação dos danos causados aomeio ambiente, ao consumidor, aos bens e direitos de valorartístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, e a outrosinteresses difusos, coletivos e individuais indisponíveis ehomogêneos;

b) para a anulação ou declaração de nulidade de atos lesivos aob) para a anulação ou declaração de nulidade de atos lesivos aopatrimônio público ou à moralidade administrativa do Estado oude Município, de suas administrações indiretas ou fundacionaisou de entidades privadas de que participem;

V - manifestar-se nos processos em que sua presença sejaobrigatória por lei e, ainda, sempre que cabível a intervenção,para assegurar o exercício de suas funções institucionais, nãoimportando a fase ou grau de jurisdição em que se encontremos processos;

VI - exercer a fiscalização dos estabelecimentosprisionais e dos que abriguem idosos, menores,incapazes ou pessoas portadoras de deficiência;

VII - deliberar sobre a participação em organismosestatais de defesa do meio ambiente, nestecompreendido o do trabalho, do consumidor, de políticapenal e penitenciária e outros afetos à sua área deatuação;atuação;

VIII - ingressar em juízo, de ofício, para responsabilizaros gestores do dinheiro público condenados portribunais e conselhos de contas;

IX - interpor recursos ao Supremo Tribunal Federal e aoSuperior Tribunal de Justiça;

� No exercício de suas funções, o Ministério Público poderá:

I - instaurar inquéritos civis e outras medidas e procedimentos administrativos pertinentes e, para instruí-los:

a) expedir notificações para colher depoimento ou esclarecimentos e, em caso de não comparecimento injustificado, requisitar em caso de não comparecimento injustificado, requisitar condução coercitiva, inclusive pela Polícia Civil ou Militar, ressalvadas as prerrogativas previstas em lei;

b) b) requisitar informações, exames periciais e documentos de autoridades federais, estaduais e municipais, bem como dos órgãos e entidades da administração direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

c) c) promover inspeções e diligências investigatórias junto às autoridades, órgãos e entidades a que se refere a alínea anterior;

II - requisitar informações e documentos a entidades privadas, para instruir procedimentos ou processo em que oficie;

III - requisitar à autoridade competente a instauração de sindicância ou procedimento administrativo cabível;

IV - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial e de inquérito policial militar, podendo acompanhá-los;

V - praticar atos administrativos executórios, de caráter preparatório;

VI - dar publicidade dos procedimentos administrativos não VI - dar publicidade dos procedimentos administrativos não disciplinares que instaurar e das medidas adotadas;

VII - sugerir ao Poder competente a edição de normas e a alteração da legislação em vigor, bem como a adoção de medidas propostas, destinadas à prevenção e controle da criminalidade;

VIII - manifestar-se em qualquer fase dos processos, acolhendo solicitação do juiz, da parte ou por sua iniciativa, quando entender existente interesse em causa que justifique a intervenção.

� Como órgão de Execução, entre outras atribuições,cabe ao PGJ;

I - representar aos Tribunais locais por inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais, em face da Constituição estaduais ou municipais, em face da Constituição Estadual;

III - representar o Ministério Público nas sessões plenárias dos Tribunais;

V - ajuizar ação penal de competência originária dos Tribunais; (Art. 29 da lei 8.625/93).

� rever o arquivamento de inquérito civil, na forma dalei.

� Exercer as atribuições junto aos Tribunais, desde quenão cometidas ao Procurador-Geral de Justiça, einclusive por delegação deste.

� Além de outras funções cometidas nas ConstituiçõesFederal e Estadual, na Lei Orgânica e demais leis, competeaos Promotores de Justiça, dentro de suas esferas deatribuições:

I - impetrar habeas-corpus e mandado de segurança eI - impetrar habeas-corpus e mandado de segurança erequerer correição parcial, inclusive perante os Tribunaislocais competentes;

II - atender a qualquer do povo,tomando as providênciascabíveis;

III - oficiar perante à Justiça Eleitoral de primeira instância,com as atribuições do Ministério Público Eleitoral

� O MP junto ao Tribunal de Contas é um órgão especialformado por quadros próprios com mesmos direitos evedações, contudo, sem a possibilidade de atuaçãoampla que tem os demais MPs, posto que atua deforma apenas opinativa, sem o poder do exercício dasforma apenas opinativa, sem o poder do exercício dasações cíveis e penais que tem o MPE e o MPF.

� Opinando sobre a regularidade dos processos detomada de contas do TC, havendo indícios de crimesou infrações administrativas, deverá remeter asinformações ao MPF ou MPE a fim de que este tome asdevidas providências.

� A carreira do Ministério Público junto ao Tribunal deContas da União é constituída pelos cargos desubprocurador-geral e procurador.

� Competem ao procurador-geral junto ao Tribunal deContas da União:

I - promover a defesa da ordem jurídica, requerendo, peranteo Tribunal de Contas da União as medidas de interesse dajustiça, da administração e do Erário;

II - comparecer às sessões do Tribunal e dizer de direito,verbalmente ou por escrito, em todos os assuntos sujeitos àdecisão do Tribunal, sendo obrigatória sua audiência nosprocessos de tomada ou prestação de contas e nosconcernentes aos atos de admissão de pessoal e de concessãode aposentadorias, reformas e pensões.

� Aos subprocuradores-gerais e procuradores compete, pordelegação do procurador-geral, exercer as funções previstasno artigo anterior

� Em Alagoas é prevista, com as mesmas atribuições as figuras do Procurador Chefe e dos Procuradores de Contas.

OBRIGADO!OBRIGADO!