Conceitos Norteadores Para Compreensão Da Discussão Sobre Desajustamentos e Ordenamento No Serviço Social

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Contribuição à discussão sobre desajustamentos e ordenamento no Serviço Social, no período correspondente à fase inicial de sua profissionalização

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  • Conceitos norteadores para compreenso da discusso sobre desajustamentos e

    ordenamento no Servio Social.

    LEANDRO ROCHA DA SILVA*

    As notas presentes neste texto so parte das reflexes estabelecidas a partir da

    pesquisa desenvolvida no decorrer do curso de mestrado realizado no Programa de Ps-

    graduao em Histria das Cincias e da Sade, vinculado Casa de Oswaldo Cruz/ Fiocruz.

    A pesquisa tem por objetivo oferecer contribuio histria da assistncia pobreza (em

    geral) e do Servio Social (em particular), atravs da anlise da relao de construo da

    imagem profissional da categoria de trabalhadoras sociais no Brasil, mais especificamente no

    Rio de Janeiro, no perodo entre as dcadas de 1940 e 1950.

    A discusso sobre a construo de uma imagem de Servio Social exige que seja

    despendido um esforo no sentido de estabelecer os conceitos bsicos para a anlise daquilo

    que configura a seara de interveno das categorias atuantes neste escopo, ou seja, da questo

    social e suas diversas formas de expresso. No perodo em tela, os efeitos e expresses desta

    questo social eram considerados desajustamentos sociais, cujo conceito Pinheiro sintetiza ao

    afirmar que:

    A sociedade estabelece constantemente verdadeiros padres mnimos de vida que

    devem ser atingidos pelos indivduos dos diferentes grupos sociais. Quando a

    atividade do indivduo ou da famlia se afasta dessa rbita, estabelecem-se os

    desajustamentos e conflitos consequentes (PINHEIRO, 1939: 14).

    Sendo os desajustamentos considerados o oposto da perfeita concordncia entre o

    indivduo e o meio (FONTOURA, 1949: 27), se torna fundamental para a promoo da paz social a

    identificao e interveno junto a fatores relacionados a eles, tendo como foco principal aes de

    assistncia a segmentos especficos da sociedade.

    Neste quadro, trabalharemos ento com o conceito de assistncia de Robert Castel,

    onde o mesmo define que

    Assistir abrange um conjunto extraordinariamente diversificado de prticas que se inscrevem, entretanto, numa estrutura comum determinada pela existncia de

    certas categorias de populaes carentes e pela necessidade de atend-las

    (CASTEL, 2010: 47).

    * Assistente Social graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestrando do Programa de Ps

    Graduao em Histria das Cincias e da Sade, da Casa de Osvaldo Cruz FIOCRUZ, sob orientao da Professora Gisele Porto Sanglard.

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    O que tambm nos suscita a necessidade de definio de outro conceito importante

    para este debate, ou seja, a definio de quem o pobre que carece desta assistncia ou, de

    forma mais ampla, do que considerado como pobreza.

    Obviamente, este no um conceito esttico, sendo necessria a observao de que

    sua abrangncia admite diversas definies, de acordo com a sociedade e perodo estudado.

    Bronislaw Geremek (1987) nos provoca a reflexo sobre a multiplicidade de

    significados que os conceitos de pobre e pobreza adquiriram ao longo da Idade Mdia. Para o

    autor, esta multiplicidade impossibilitaria a identificao de um sentido nico universalmente

    adotado para estes conceitos e que refletisse a realidade social. No entanto, sinaliza que

    durante este perodo ocorre uma gradual restrio do seu campo semntico, onde,

    inicialmente, o termo parece designar todos os que no pertencem elite

    privilegiada da sociedade feudal, com o tempo, o seu sentido vai tornando-se mais

    restrito e acaba por abarcar apenas os indivduos que subsistem graas s esmolas

    ou assistncia social (GEREMEK, 1987: 66).

    Ainda segundo Geremek, medida que estes termos vo assumindo uma associao

    mais direta questo da desclassificao social e da misria, eles passam a constituir um

    indicativo de um processo de pauperizao, entendido como processo de deteriorao da vida

    material, onde os indivduos se encontram em situao onde necessitam de auxlio externo

    para obter o mnimo necessrio para sua sobrevivncia.

    Castel tambm apresenta contribuio interessante para a compreenso da pobreza

    enquanto fenmeno social ao desenvolver os conceitos de sociabilidade primria e

    sociabilidade secundria, formulados pelo socilogo Alain Caill.

    Para Castel, uma sociedade cuja organizao se pauta na sociabilidade primria uma

    sociedade organizada atravs da ligao de pertencimento entre os membros de um grupo,

    estabelecendo redes de interdependncia sem a necessidade de instituies especficas

    atuando como mediadoras. Quando a relao de interdependncia rompida por conta de

    fatores que levam o indivduo a uma condio de dependncia (tais como enfermidade ou

    acidente que incapacite o indivduo para o trabalho ou, ainda, a questo da orfandade) ocorre

    o que Castel conceitua como desfiliao, sendo a mesma considerada uma ruptura das redes

    de integrao primria. O autor ainda complementa alegando que:

    H risco de desfiliao quando o conjunto das relaes de proximidade que um

    indivduo mantm a partir de sua inscrio territorial, que tambm sua inscrio

    familiar e social, insuficiente para reproduzir sua existncia e assegurar sua

    proteo (CASTEL, 2010: 51).

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    A ocorrncia de fatores que acarretem na desfiliao de um ou mais indivduos, traz a

    esta comunidade a necessidade de distenso de sua sociabilidade primria, de modo que o

    grupo possa absorver e suprir as demandas e os impactos provenientes deste fenmeno, bem

    como buscar a remisso das condies que culminaram na desfiliao.

    medida que o desenvolvimento destas sociedades (e o consequente aumento na

    complexidade das estruturas e relaes encontradas em seu interior) incide sobre o

    afrouxamento dos laos de sociabilidade primria, o atendimento das demandas associadas

    aos processos de pauperizao e desfiliao passa a necessitar da organizao de um aparato

    baseado no que Castel define como sociabilidade secundria, a qual

    Se trata de sistemas relacionais deslocados em relao aos grupos de pertencimento

    familiar, de vizinhana, de trabalho. A partir deste desatrelamento, vo se

    desenvolver montagens cada vez mais complexas que do origem a estruturas de

    atendimento assistencial cada vez mais sofisticadas (CASTEL, 2010: 57).

    Castel definiria ainda, cinco caractersticas formais pertencentes a esta modalidade de

    organizao social. Considerando que so identificadas como formais, no sentido de que so

    reconhecidas como condies gerais de possibilidade de qualquer campo assistencial, as

    apresenta da seguinte forma: 1) construo de um conjunto de prticas de interveno da

    sociedade sobre si mesma com funo protetora, integradora e, posteriormente, preventiva; 2)

    existncia nestas prticas de esboos de especializao e profissionalizao futura; 3)

    tecnicizao das prticas para avaliao das situaes e orientao das aes; 4) localizao

    das prticas, ou seja, dos locais onde prestada a assistncia e; 5) definio de critrios para

    estabelecimento de quem so os assistidos e quem ser rejeitado em sua demanda por

    assistncia (onde podemos destacar a centralidade dos critrios de pertencimento comunitrio

    e de inaptido para o trabalho nesta distino entre assistidos e no assistidos).

    Mas estaria a determinao de quem seria classificado como pobre vinculada apenas

    ao aspecto material das relaes sociais? Franco defende a necessidade de contemplar outros

    fatores nesta equao ao afirmar que

    As definies do vocbulo na poca moderna devem levar em conta, pelo menos,

    trs consideraes fundamentais: a questo material, afinal a pobreza tem um dado

    imediato que a impossibilidade de se manter materialmente; os aspectos

    espirituais e religiosos que pulverizavam as noes e relativizavam bastante as

    ideias de riqueza e pobreza a partir de percepes individuais e coletivas; e, por

    fim, a hierarquia que imputava qualidade do nascimento maior ou menor

    dignidade, escalonando, portanto, os diferentes graus de riqueza e pobreza

    (FRANCO, 2011: 13).

    Os elementos apontados por Franco possibilitam refletir sobre as gradaes presentes

    no espectro entre pobreza e riqueza, admitindo a existncia de categorias intermedirias que,

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    analisadas sob estes prismas, possibilitam a identificao de divises que permitem melhor

    compreenso das diferentes imagens que lhe so imputadas e das formas de relacionamento

    que socialmente se estabeleciam com cada uma destas.

    A ascenso do Estado moderno e do capitalismo, associados a um processo de

    industrializao dos meios de produo, trouxe nova perspectiva pobreza e aos problemas

    relacionados desigualdade entre ricos e pobres, passando a evidenci-los como expresses

    da questo social.

    Ainda que durante a Primeira Repblica o predomnio na economia brasileira fosse da

    agricultura, o crescimento da indstria apresentou significativo impacto nas relaes sociais e

    econmicas. A preocupao com um processo de expanso das cidades e de modernizao do

    pas, a exemplo dos casos europeus, nortearia as discusses das elites e intelectuais,

    mobilizando instituies e personalidades para o reordenamento social rumo modernidade

    capitalista.

    A preocupao em organizar esta sociedade passa ento por trs pilares: a pobreza, o

    trabalho e a sade.

    Mas a que pobreza nos referimos neste perodo? E de que forma esta socialmente e

    culturalmente qualificada ou desqualificada?

    A pobreza urbana na primeira fase do perodo republicano apresenta como

    caracterstica de sua composio a presena expressiva de ex-escravos e de descendentes

    destes, alm de imigrantes (vindos principalmente da Europa), e uma massa de migrantes que

    rumaram dos campos para as cidades em busca de oportunidades nos espaos que se abriam

    na indstria e comrcio.

    O segmento pobre que advinha de relaes escravistas convivia com a dificuldade de

    insero no mercado de trabalho, que lhe relegava a situaes de desemprego crnico ou

    busca por trabalhos no remunerados junto a famlias ricas.

    No caso dos imigrantes, havia as dificuldades referentes s condies de trabalho,

    desterritorializao, ao preconceito e ao medo de que os estes difundissem ideias de cunho

    socialista e/ou anarquista na sociedade brasileira.

    A concentrao destes atores sociais e as trocas relacionais que advm destes

    encontros neste perodo de transio entre modos de produo e modelos de governo,

    exigiram maior dedicao no que tange ao desenvolvimento de estratgias voltadas para

    integrao destes grupos nova realidade que se construa.

    Lapa sintetizaria da seguinte forma estas preocupaes e a busca por respostas a elas:

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    Motivar e impelir para o trabalho, dentro do controle social, disciplinar e reprimir,

    se necessrio for, para que a pobreza seja til, desde que mantida nos lugares que

    lhe so destinados, com o comportamento moral que os valores burgueses exigem.

    Estes so os cdigos que parecem prevalecer nesta transio. Essa a pobreza necessria reproduo do sistema, que, sob controle, no para gerar tenses nem constituir ameaa (LAPA, 2008: 18).

    Neste sentido, a preocupao com as classes menos abastadas no s era compatvel

    com a busca pela ordem pblica que norteava a Proclamao da Repblica, como tambm

    visava empreender as condies para desenvolvimento desta sociedade frente as alteraes na

    poltica mundial.

    Para tal, era necessrio alterar a forma como o trabalho era visto em nossa sociedade,

    cujo sistema de produo se baseou em sculos de trabalho escravo. Ocorre ento um

    investimento de intelectuais, Igreja e outros atores sociais com maior poder de comunicao,

    no sentido de apresentar um discurso de valorizao do trabalho como contribuio social e

    forma de superao da pobreza.

    interessante neste momento ressaltarmos que as diferenas entre o processo de

    constituio de uma classe trabalhadora no Brasil e na Inglaterra passam pela anlise da

    percepo do trabalho e dos trabalhadores no perodo anterior ao do estabelecimento do

    capitalismo industrial: enquanto na Inglaterra havia forte preocupao em adequar uma

    expressiva categoria de artesos ao novo modelo de produo e organizao social,

    combatendo e reprimindo conflitos que eventualmente emergissem vinculados,

    principalmente, a esta categoria que detinha centralidade no processo produtivo at ento; no

    Brasil, recm-sado de um perodo de tradio escravista e ainda fortemente ligado ao seu

    carter agrcola, a resistncia proposta capitalista no se mostrou to organizada ou mesmo

    to aguerrida quanto no caso ingls.

    Ocorre desta forma a qualificao da pobreza a partir de uma identificao

    vinculao de trabalho, onde o pobre trabalhador reconhecido como elemento til

    sociedade e partcipe importante, ainda que de forma muito limitada, sua manuteno.

    Mas, se por um lado, o trabalho justificava e legitimava a existncia da pobreza; por

    outro, a preocupao com o acmulo desta e seu impacto continuava recorrente nos debates

    que versavam sobre a necessidade do ordenamento urbano.

    A pobreza, ainda que socialmente til, estava condicionada a um olhar moralizante

    que lhe atribua a caracterstica de perigosa ou de possvel ameaa, no s por conta das

    possibilidades de revoltas ou conflitos, mas tambm por sua associao sujeira e doenas. A

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    partir desta concepo a pobreza seria patologizada e passvel de ser associada causa fsica

    e/ou moral de diversas doenas e vcios.

    Estas questes se tornaram alvo de estudos e propostas de interveno de diversos

    atores sociais, dentre os quais podemos destacar o protagonismo do movimento sanitarista

    brasileiro, que cada vez mais trazia voga a noo de interdependncia entre os diversos

    segmentos da sociedade e apontava a necessidade da interveno estatal na preveno dos

    problemas de sade pblica.

    A preocupao com a sade pblica elencava, atravs da anlise de tcnicos e

    sanitaristas, a moradia como questo central a ser resolvida pela interveno do poder pblico

    no sentido de adotar medidas para garantia de condies minimamente higinicas de

    sobrevivncia. Uma destas aes seria o investimento na construo de casas populares

    baratas e que estivessem, desde seu planejamento, dentro das normas de higiene preconizadas.

    A necessidade de atenuar os agravos da questo social vinculados modernizao da

    sociedade, em especial no que tange constituio da pobreza urbana, coloca em evidncia as

    aes de assistncia e a importncia de estas sejam pautadas a partir das contribuies da

    filantropia cientfica, adquirindo um carter mais racional e tcnico frente s aes

    tradicionalmente realizadas. Convm neste ponto destacar que esta gesto filantrpica da

    assistncia no nega sua tradio junto caridade crist. Na verdade mantm a compreenso

    da assistncia como dever moral e no como direito, fornecendo a esta o substrato tcnico

    cientfico para uma realizao mais eficiente.

    Sanglard e Ferreira (2014) apontam a filantropia como uma das facetas da sociedade

    da Belle poque carioca, sendo vinculada tambm influncia europeia predominante no

    perodo e absoro das noes higienistas pela sociedade civil, que proporcionaram o apoio

    e manuteno de instituies de assistncia pobreza.

    No perodo conhecido como era Vargas, o trabalho assume lugar central na

    organizao social como elemento unificador e como seara privilegiada na qual Estado e

    trabalhadores desenvolvem uma relao de compromisso poltico e moral.

    Este entendimento tambm traria discusso sobre o enfrentamento da questo social

    a convico de que a resoluo da questo social estaria ligada aos problemas sociais e

    econmicos que impactavam sobre o bem-estar da populao.

    Gomes aponta dois elementos centrais do discurso estatal presente neste perodo, em

    especial no Estado Novo: em primeiro lugar, a apropriao de demandas trazidas pelos

    trabalhadores j na Primeira Repblica e; em segundo, a dinmica desenvolvida entre a

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    ideologia poltica e o aparato normativo do regime, de forma que as leis so promulgadas

    como materializao das propostas contidas em seu projeto poltico.

    Desta forma, o desenvolvimento da nao estaria atrelado ao investimento no

    trabalhador e em uma organizao cientfica do trabalho, justificando a adoo de medidas

    administrativas e legislativas que intervenham nas condies objetivas de vida da populao.

    Neste contexto, so criados o Ministrio do Trabalho Indstria e Comrcio (MTIC) e o

    Ministrio da Educao e Sade Pblica (MESP), que, em linhas voltadas para segmentos

    diferentes da populao, se tornam responsveis por estas questes.

    Sobre este processo, Gomes diria que

    O Estado nacional, por meio destas iniciativas, ampliava o escopo de seu

    intervencionismo para poder atingir as causas mais profundas da pobreza/doena,

    promovendo a satisfao das necessidades bsicas do homem: alimentao,

    habitao e educao (GOMES, 1999: 61).

    Essa relao entre a pobreza e a doena - que figurava como uma preocupao j na

    Primeira Repblica - avana na considerao de que mais do que refletir a pobreza individual,

    a doena atesta a pobreza da nao em um sentido mais amplo e, portanto, o investimento na

    manuteno, promoo e recuperao da sade e fora dos trabalhadores constituiria o

    fortalecimento da nao como um todo.

    neste contexto que se desenvolve o processo de organizao profissional do Servio

    Social, priorizando as aes voltadas para o combate s mazelas advindas do processo de

    industrializao, o investimento em uma cultura da valorizao do trabalho enquanto

    categoria central na sociedade industrial e a ordenao da vida cotidiana deste trabalhador e

    sua famlia. Pinheiro destacaria este ltimo aspecto ao afirmar que

    A assistente social, captando a confiana das famlias, adquire prestgio e

    autoridade que se estendem direo moral dos adultos e educao das crianas;

    traa rumos orientao profissional dos filhos e procura encaminh-los; desperta

    em todos o interesse pela vida sadia cujos prazeres aponta e seleciona. Ainda mais,

    procura ensinar quais so os benefcios, direitos e regalias que a lei garante aos

    trabalhadores, s gestantes, aos menores, enfim a todos os que vivem do trabalho e

    precisam de proteo. Ministra conhecimentos para organizao do oramento do

    lar nos limites da receita, sobre a maneira de aproveitar e conservar a roupa, de

    tomar o banho dirio, de fazer a limpeza da casa e o arejamento da mesma, e ainda

    sobre o horrio do trabalho e das refeies. So noes, por vezes, rudimentares

    que exigem, entretanto, cuidado e carinho (PINHEIRO, 1939:. 25-26)

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