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CONCILIAÇÃO, ONCILIAÇÃO, MEDIAÇÃO E … da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), deven - do recair a escolha em pessoa de elevada reputação e notável

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  • CMARA DECONCILIAO, MEDIAOE ARBITRAGEM CIESP/FIESPREGULAMENTOS E LEIS

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    A Cmara de Conciliao, Mediao e Arbitragem Ciesp/Fiesp tem por escopo administrar, com autonomia e independncia, conciliaes,

    mediaes e arbitragens envolvendo questes patrimoniais disponveis nas reas cvel e comercial.

    A Cmara zela pelo correto desenvolvimento dos procedimentos, mantendo absoluto sigilo dos conflitos que administra.

    Conhea mais sobre a Cmara: www.ciesp.com.br.

    Ciesp Centro das Indstrias do Estado de So PauloFiesp Federao das Indstrias do Estado de So Paulo

    Av. Paulista, 1.313 12o andar01311-923 So Paulo SP

    Tel: 11 3549-3240 | Fax: 11 3284-5721

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  • 1CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    SUMRIO

    REGIMENTO INTERNO DA CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESPDENOMINAO E LOCALIZAO ......................................................................................................................03OBJETIVOS ............................................................................................................................................................03DA ADMINISTRAO DA CMARA .....................................................................................................................04DOS CONCILIADORES, MEDIADORES E RBITROS .......................................................................................08REGULAMENTO DE ARBITRAGEM1. DA SUJEIO AO PRESENTE REGULAMENTO ...........................................................................................112. DAS PROVIDNCIAS PRELIMINARES ............................................................................................................123. DA ARBITRAGEM DE MLTIPLAS PARTES ...................................................................................................134. DA DECISO PRIMA FACIE ...............................................................................................................................135. DO TERMO DE ARBITRAGEM ..........................................................................................................................146. DO COMPROMISSO ARBITRAL .......................................................................................................................147. DOS RBITROS .................................................................................................................................................158. DAS PARTES ......................................................................................................................................................169. DAS NOTIFICAES, PRAZOS E ENTREGAS DE DOCUMENTOS.............................................................1610. DO PROCEDIMENTO ......................................................................................................................................1711. DAS DILIGNCIAS FORA DA SEDE DA ARBITRAGEM (LOCAL DA ARBITRAGEM) ................................1812. DA AUDINCIA DE INSTRUO ...................................................................................................................1813. MEDIDAS DE URGNCIA................................................................................................................................1814. DA SEDE DA ARBITRAGEM (DO LOCAL DA ARBITRAGEM) ......................................................................1915. DA SENTENA ARBITRAL ..............................................................................................................................1916. DO PEDIDO DE ESCLARECIMENTO.............................................................................................................2117. SENTENA HOMOLOGATRIA DE ACORDO .............................................................................................2118. DO CUMPRIMENTO DA SENTENA ARBITRAL .........................................................................................2119. CUSTAS DA ARBITRAGEM .............................................................................................................................2120. DAS DISPOSIES FINAIS ............................................................................................................................22REGULAMENTO DE MEDIAO1. DA MEDIAO ...................................................................................................................................................252. DA SUJEIO AO PRESENTE REGULAMENTO ...........................................................................................253. DAS PROVIDNCIAS PRELIMINARES ............................................................................................................254. DO TERMO DE MEDIAO ..............................................................................................................................265. DO ACORDO AMIGVEL ...................................................................................................................................276. DISPOSIES FINAIS .......................................................................................................................................27ANEXO ITABELA DE CUSTAS E HONORRIOS DOS RBITROS ..................................................................................29ANEXO IICDIGO DE TICA ................................................................................................................................................39ANEXO IIITABELA DE CUSTAS E HONORRIOS DOS MEDIADORES ............................................................................47LEI DE ARBITRAGEM. ...................................... ..................................................................................................53LEI DE MEDIAO........................................................... ....................................................................................73

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  • 2

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  • 3CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    REGIMENTO INTERNO DA CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    DENOMINAO E LOCALIZAO

    1. A Cmara de Conciliao, Mediao e Arbitragem de So Paulo

    Ciesp/Fiesp denominar-se- Cmara de Conciliao, Mediao e

    Arbitragem Ciesp/Fiesp, figurando neste instrumento com a desig-

    nao, simplesmente, de Cmara, localizada na Avenida Paulista,

    1313, em So Paulo SP.

    OBJETIVOS

    2. A Cmara tem por objetivo administrar conciliaes, mediaes e

    arbitragens que lhe forem submetidas, prestando assessoramento e

    assistncia no desenvolvimento da conciliao, mediao e arbitra-

    gem, conforme disposto nos respectivos Regulamentos, tendo, ainda,

    como atribuies:

    a) elaborar clusula-tipo de arbitragem, sem prejuzo de outra

    voluntariamente adotada pelas partes;

    b) manter relaes e filiar-se a instituies ou rgos de con-

    ciliao, mediao e arbitragem, no pas ou no exterior, bem

    como celebrar convnios ou acordos de parceria ou cooperao,

    por meio do Ciesp e/ou da Fiesp;

    c) exercer qualquer atividade relacionada com os institutos ju-

    rdicos da conciliao, mediao e arbitragem nos mbitos na-

    cional e internacional.

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  • 4

    DA ADMINISTRAO DA CMARA

    3. A Cmara ser constituda por Presidncia, Conselho Superior e Se-

    cretaria.

    3.1. A Presidncia da Cmara ser exercida na forma prevista neste

    Regimento.

    3.2. O Conselho Superior ser composto por Presidente, Vice-presi-

    dente e Conselheiros, em nmero no inferior a cinco, sempre em

    nmero mpar.

    3.3. A administrao operacional da Cmara compete ao Secretrio-geral.

    4. Compete ao Presidente da Cmara:

    a) administrar e representar a Cmara, delegando poderes

    quando necessrio;

    b) aplicar e fazer aplicar este Regimento e os Regulamentos;

    c) designar os integrantes do corpo permanente de conciliado-

    res, mediadores e rbitros;

    d) exercer demais atribuies necessrias para o cumprimento

    deste Regimento e dos Regulamentos;

    e) indicar conciliadores, mediadores e rbitros, quando no

    disposto de outra forma pelas partes, atendendo natureza e

    caracterstica do litgio, ressalvado o disposto no item 4.1;

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  • 5CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    f) expedir normas complementares e de procedimento, visan-

    do dirimir dvidas sobre aplicao deste Regimento e Regula-

    mentos referentes aos casos omissos;

    g) alterar a tabela de custas e honorrios da Cmara;

    h) proceder s alteraes necessrias nos Regulamentos;

    i) instaurar, de ofcio ou mediante requerimento, e presidir

    sindicncias na esfera administrativa, relativamente conduta

    de conciliadores, mediadores e rbitros, propondo ao Conselho

    Superior, se for o caso, a medida de desligamento da Cmara,

    assegurado o direito de defesa;

    j) participar, como membro nato, de reunies do Conselho Superior.

    4.1. Na ausncia e/ou impedimento do Presidente da Cmara, a indi-

    cao de conciliadores, mediadores e rbitros disposta na alnea e

    ser de competncia conjunta do Presidente, do Vice-presidente do

    Conselho Superior e do Vice-presidente da Cmara.

    5. Compete ao Vice-presidente da Cmara:

    a) auxiliar o Presidente no desempenho das funes, em todos

    os assuntos pertinentes;

    b) substituir o Presidente nas ausncias e nos impedimentos,

    ressalvado o disposto no item 4.1;

    c) participar de reunies do Conselho Superior.

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    6. Compete ao Conselho Superior da Cmara:

    a) a coordenao, a superviso e a orientao relativas s suas

    funes, promovendo a poltica estratgica para a consecuo

    de seus objetivos;

    b) a organizao, a disciplina e a edio de normas, para asse-

    gurar o cumprimento de suas finalidades;

    c) a divulgao de sua atuao e a disseminao da cultura de

    solues alternativas de controvrsias e conflitos de interesses,

    contribuindo para a pacificao social;

    d) propor ao Ciesp e Fiesp a celebrao de convnios e par-

    cerias, para a expanso de suas atividades, assim como a manu-

    teno de intercmbio com instituies culturais, cientficas e

    tecnolgicas, associaes profissionais e universitrias, empre-

    sas pblicas e privadas, visando ao desenvolvimento do mto-

    do alternativo de soluo de litgios;

    e) a proposio de estratgias e planejamento para a Cmara;

    f) as decises relativas aos incidentes e s deliberaes sobre

    consultas formuladas pelo Presidente da Cmara nos procedi-

    mentos de conciliao, mediao e arbitragem;

    g) sanar dvidas e auxiliar a Presidncia do Conselho em suas

    decises administrativas;

    h) homologar a designao de conciliadores, mediadores e r-

    bitros para o corpo permanente da Cmara, conforme disposto

    no item 4.c deste Regimento;

    i) imposio de medida administrativa de desligamento da lis-

    ta de Conciliadores, Mediadores e rbitros, observado o item 4.i.

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  • 7CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    7. Compete ao Presidente do Conselho Superior:

    a) representar o Conselho Superior e exercer funes inerentes

    Presidncia;

    b) designar e presidir reunies, determinando as convocaes

    necessrias;

    c) delegar atribuies a membros do Conselho Superior da Cmara.

    8. Compete ao Vice-presidente do Conselho Superior:

    a) auxiliar o Presidente no desempenho das funes, em todos

    os assuntos pertinentes aos objetivos da Cmara;

    b) substituir o Presidente nas ausncias e nos impedimentos.

    9. Compete aos Conselheiros:

    a) apresentar propostas para o melhor funcionamento da C-

    mara e do Conselho Superior;

    b) participar das reunies, dos debates e das deliberaes do

    Conselho.

    10. Compete ao Secretrio-geral:

    a) assegurar o bom desempenho dos servios da Cmara, in-

    clusive prestando as informaes necessrias s partes e aos

    procuradores;

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    b) receber e expedir notificaes e comunicados nos casos pre-

    vistos nos Regulamentos;

    c) manter sob sua guarda os documentos da Cmara e atualiza-

    dos os registros, resguardando o sigilo necessrio;

    d) diligenciar para o pagamento das custas e honorrios, forne-

    cendo s partes a respectiva documentao.

    10.1 O Secretrio-geral ser remunerado e escolhido pelo Centro das

    Indstrias do Estado de So Paulo (Ciesp), dentre profissionais com

    especialidade na matria.

    11. O Presidente e o Vice-presidente da Cmara, os do Conselho Su-

    perior e demais Conselheiros sero designados pelo Presidente do

    Centro das Indstrias do Estado de So Paulo (Ciesp) e pelo Presiden-

    te da Federao das Indstrias do Estado de So Paulo (Fiesp), deven-

    do recair a escolha em pessoa de elevada reputao e notvel saber

    jurdico ou tcnico.

    11.1 O Presidente, o Vice-presidente da Cmara e os integrantes do

    Conselho Superior no sero remunerados a qualquer ttulo pelo

    exerccio das atribuies, que so consideradas honorficas.

    DOS CONCILIADORES, MEDIADORES E RBITROS

    12. Os conciliadores, mediadores e rbitros sero integrantes do res-

    pectivo quadro permanente e devero ter reputao ilibada e reco-

    nhecido saber jurdico ou tcnico, mediante designao pelo Presi-

    dente da Cmara e homologao pelo Conselho Superior;

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  • 9CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    12.1 No desempenho das funes, os conciliadores, mediadores e

    rbitros devero ser independentes, imparciais, discretos, competen-

    tes, diligentes e observar as normas do Cdigo de tica.

    13. No mbito da Cmara, o Presidente, o Vice-presidente, os mem-

    bros do Conselho Superior, o Secretrio-geral e os servidores da Se-

    cretaria estaro impedidos de participar dos procedimentos de conci-

    liao, mediao e arbitragem se tiverem interesse no litgio.

    14. Salvo disposio das partes em contrrio, esto impedidos de atuar

    como rbitros, conciliadores e mediadores que tiverem participado de

    conciliaes e mediaes anteriores subsequente arbitragem.

    15. Toda e qualquer mudana a ser realizada na estrutura ou no Re-

    gimento Interno da Cmara dever, obrigatoriamente, passar pela

    aprovao do Presidente do Ciesp e da Fiesp.

    So Paulo, 6 de outubro de 2011

    Centro das Indstrias do Estado de So Paulo (Ciesp)

    Federao das Indstrias do Estado de So Paulo (FIESP)

    Paulo Antonio Skaf

    Presidente

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  • 10

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  • 11CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    REGULAMENTO DE ARBITRAGEM

    1. DA SUJEIO AO PRESENTE REGULAMENTO

    1.1. As partes que avenarem, mediante conveno de arbitragem,

    submeter qualquer controvrsia Cmara de Conciliao, Mediao

    e Arbitragem Ciesp/Fiesp, doravante denominada Cmara, aceitam e

    ficam vinculadas ao presente Regulamento e ao Regimento Interno

    da Cmara.

    1.2. Qualquer alterao das disposies deste Regulamento acordada

    pelas partes s ter aplicao ao caso especfico.

    1.3. A Cmara no resolve por si mesma as controvrsias que lhe so

    submetidas, administrando e zelando pelo correto desenvolvimento

    do procedimento arbitral, indicando e nomeando rbitro(s), quando

    no disposto de outra forma pelas partes.

    1.4. Este Regulamento aplicar-se- sempre que a conveno de ar-

    bitragem estipular a adoo das regras de arbitragem da Cmara de

    Conciliao, Mediao e Arbitragem Ciesp/Fiesp, da Cmara de Conci-

    liao, Mediao e Arbitragem de So Paulo Ciesp/Fiesp, da Cmara

    de Mediao e Arbitragem de So Paulo, da Cmara de Arbitragem da

    Fiesp, ou quando fizer referncia Cmara de Arbitragem pertencen-

    te a qualquer uma das entidades Ciesp e Fiesp.

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  • 12

    2. DAS PROVIDNCIAS PRELIMINARES

    2.1. A instaurao de procedimento arbitral far-se- mediante reque-

    rimento da parte interessada, indicando, desde logo, a conveno de

    arbitragem que estabelea a competncia da Cmara, a matria objeto

    da arbitragem, o seu valor, o nome e a qualificao completa da(s)

    outra(s) parte(s), anexando cpia do contrato e demais documentos

    pertinentes ao litgio.

    2.2. A Secretaria da Cmara enviar cpia da notificao recebida (s)

    outra(s) parte(s), convidando-a(s) para, no prazo de 15 (quinze) dias,

    indicar rbitro, consoante estabelecido na conveno de arbitragem,

    e encaminhar a relao dos nomes que integram seu Quadro de r-

    bitros, bem como exemplar deste Regulamento e do Cdigo de tica.

    A(s) parte(s) contrria(s) ter(o) idntico prazo para indicar rbitro.

    2.3. A Secretaria da Cmara informar s partes a respeito da indicao

    de rbitro da parte contrria e solicitar a apresentao de currculo

    do rbitro indicado, salvo se este for integrante do Quadro de rbitros.

    2.4. O presidente do Tribunal Arbitral ser escolhido de comum acor-

    do pelos rbitros indicados pelas partes, preferencialmente dentre os

    membros do Quadro de rbitros da Cmara. Os nomes indicados sero

    submetidos aprovao do Presidente da Cmara. Os rbitros aprova-

    dos sero instados a manifestar sua aceitao e a firmar o Termo de In-

    dependncia, com o que se considera iniciado o procedimento arbitral.

    A Secretaria, no prazo de 10 (dez) dias do recebimento da aprovao dos

    rbitros, notificar as partes para a elaborao do Termo de Arbitragem.

    2.5. Se qualquer das partes deixar de indicar rbitro no prazo estabe-

    lecido no item 2.2, o Presidente da Cmara far a nomeao. Caber-

    -lhe-, igualmente, indicar, preferencialmente dentre os membros do

    Quadro de rbitros da Cmara, o rbitro que funcionar como Presi-

    dente do Tribunal Arbitral, na falta de indicao.

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  • 13CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    2.6. O Tribunal Arbitral ser composto por 3 (trs) rbitros, podendo

    as partes acordar que o litgio seja dirimido por rbitro nico, por elas

    indicado, no prazo de 15 (quinze) dias. Decorrido esse prazo sem indi-

    cao, este ser designado pelo Presidente da Cmara, preferencial-

    mente dentre os membros do Quadro de rbitros.

    2.7. A instituio da arbitragem por rbitro nico obedecer ao mes-

    mo procedimento previsto neste Regulamento para as arbitragens

    com trs rbitros (Tribunal Arbitral).

    3. DA ARBITRAGEM DE MLTIPLAS PARTES

    3.1. Quando forem vrios demandantes ou demandados (arbitragem

    de partes mltiplas), as partes integrantes do mesmo polo no pro-

    cesso indicaro de comum acordo um rbitro, observando-se o esta-

    belecido nos itens 2.1 a 2.5. Na ausncia de acordo, o Presidente da

    Cmara nomear todos os rbitros que integraro o Tribunal Arbitral.

    4. DA DECISO PRIMA FACIE

    4.1. Caber ao Presidente da Cmara examinar em juzo preliminar, ou

    seja, prima facie, antes de constitudo o Tribunal Arbitral, as questes

    relacionadas existncia, validade, eficcia e ao escopo da con-

    veno de arbitragem, bem como sobre a conexo de demandas e a

    extenso da clusula compromissria, cabendo ao Tribunal Arbitral

    deliberar sobre sua jurisdio, confirmando ou modificando a deci-

    so da Presidncia.

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  • 14

    5. DO TERMO DE ARBITRAGEM

    5.1. O Termo de Arbitragem ser elaborado pela Secretaria da Cmara

    em conjunto com os rbitros e com as partes e conter os nomes e

    qualificao das partes, dos procuradores e dos rbitros, o lugar em

    que ser proferida a sentena arbitral, autorizao ou no de julga-

    mento por equidade, o objeto do litgio, o seu valor e a responsabili-

    dade pelo pagamento das custas processuais, honorrios dos peritos

    e dos rbitros, bem como a declarao de que o Tribunal Arbitral ob-

    servar o disposto no Termo e neste Regulamento.

    5.2. As partes firmaro o Termo de Arbitragem juntamente com os r-

    bitros e o representante da Cmara. O Termo de Arbitragem permane-

    cer arquivado na Cmara. A ausncia de assinatura de qualquer das

    partes no impedir o regular processamento da arbitragem.

    5.3. Aps a assinatura do Termo de Arbitragem, as partes no podero

    formular novas pretenses, salvo se aprovado pelo Tribunal Arbitral.

    6. DO COMPROMISSO ARBITRAL

    6.1. Inexistindo clusula arbitral e havendo interesse das partes em

    solucionar o litgio por arbitragem, a sua instaurao poder fundar-

    -se em compromisso arbitral acordado pelas Partes.

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  • 15CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    7. DOS RBITROS

    7.1. Podero ser nomeados rbitros pessoas de ilibada reputao.

    7.2. A pessoa indicada como rbitro dever revelar por escrito quais-

    quer fatos ou circunstncias cuja natureza possa levantar dvida jus-

    tificada sobre sua independncia e imparcialidade. A Cmara dever

    comunicar tal informao s partes por escrito e estabelecer prazo

    para apresentarem seus eventuais comentrios.

    7.3. Arguido o impedimento ou a suspeio do rbitro, a qualquer

    tempo, ser concedido prazo para que o rbitro impugnado manifes-

    te-se, bem como as partes, se assim desejarem. A matria ser deci-

    dida por um comit formado por 03 (trs) integrantes do Quadro de

    rbitros da Cmara, designado pelo Presidente da Cmara.

    7.4. Se, no curso do procedimento arbitral, sobrevier algumas das

    causas de impedimento ou suspeio ou ocorrer morte ou incapaci-

    dade de qualquer dos rbitros, ser ele substitudo por outro indica-

    do pela mesma parte e, se for o caso, pelo Presidente da Cmara, na

    forma disposta neste Regulamento.

    7.5. O rbitro, no desempenho de sua funo, alm de ser indepen-

    dente e imparcial, dever ser discreto, diligente, competente e obser-

    var o Cdigo de tica.

    7.6. Os rbitros indicados devero responder questionrio encaminhado

    pela Secretaria da Cmara, bem como firmar Termo de Independncia.

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    8. DAS PARTES

    8.1. As partes podem se fazer representar por procurador com pode-

    res suficientes para atuar em seu nome no procedimento arbitral.

    9. DAS NOTIFICAES, PRAZOS E ENTREGA DE DOCUMENTOS

    9.1. Para os fins previstos neste Regulamento, as notificaes sero

    efetuadas por carta, fax, correio eletrnico ou meio equivalente, com

    confirmao de recebimento da via fsica.

    9.2. A contagem do prazo se inicia a partir do dia til seguinte ao da

    entrega da via fsica da comunicao ou da notificao, podendo as

    partes estabelecer forma diversa no Termo de Arbitragem.

    9.3. Todo documento endereado ao Tribunal Arbitral ser recebido

    mediante registro na Secretaria da Cmara, em nmero de vias equi-

    valentes ao de rbitros, de partes e um exemplar para arquivo na Se-

    cretaria da Cmara. No sero aceitos documentos apresentados em

    nmero de vias insuficientes.

    9.4. O Tribunal Arbitral poder fixar prazos para cumprimento de pro-

    vidncias processuais. Os prazos previstos neste Regulamento pode-

    ro ser modificados, a critrio do Tribunal Arbitral ou do Presidente

    da Cmara, no que concerne ao item 2.2 (indicao de rbitro).

    9.5. Na ausncia de prazo estipulado para providncia especfica ser

    considerado o prazo de 5 (cinco) dias.

    9.6. Documentos em idioma estrangeiro sero vertidos para o portu-

    gus por traduo simples, quando necessrio, a critrio do Presiden-

    te da Cmara ou do Tribunal Arbitral.

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  • 17CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    10. DO PROCEDIMENTO

    10.1. Iniciando-se a arbitragem, o Tribunal Arbitral, atravs da Secre-

    taria da Cmara, poder convocar as partes para audincia preliminar

    a ser realizada por meio mais oportuno. Sero as partes esclarecidas

    a respeito do procedimento, tomando-se as providncias necessrias

    para o regular desenvolvimento da arbitragem.

    10.2. No Termo de Arbitragem, as partes e os rbitros podero conven-

    cionar os prazos para apresentar suas peas processuais e documen-

    tos, bem como estabelecer calendrio provisrio sobre os eventos.

    No havendo consenso, o Tribunal Arbitral estabelecer os prazos, os

    cronogramas, a ordem e a forma da produo das provas.

    10.3. A Secretaria da Cmara, aps o recebimento das alegaes das

    partes e dos documentos anexados, far a sua remessa aos rbitros e

    s partes.

    10.4. Caber ao Tribunal Arbitral deferir as provas que considerar

    teis, necessrias e pertinentes, bem como a forma de sua produo.

    10.5. A Secretaria da Cmara providenciar cpia estenogrfica dos

    depoimentos, bem como servios de intrpretes ou tradutores, de-

    vendo os custos correspondentes serem suportados pelas partes.

    10.6. vedado aos membros da Cmara, aos rbitros e s partes divul-

    gar informaes a que tenham tido acesso em decorrncia de ofcio

    ou de participao no procedimento arbitral, salvo em atendimento

    determinao legal.

    10.7. O procedimento prosseguir revelia de qualquer das partes,

    desde que notificada para dele participar, bem como de todos os atos

    subsequentes. A sentena arbitral no poder fundar-se na revelia de

    uma das partes.

    CAMARA_2016.indd 17 05/09/16 12:17

  • 18

    11. DAS DILIGNCIAS FORA DA SEDE DA ARBITRAGEM (LOCAL DA ARBITRAGEM)

    11.1. Desde que o Tribunal Arbitral considere necessria diligncia

    fora da sede da arbitragem, este comunicar s partes a data, a hora e

    o local da sua realizao, facultando-lhes acompanh-la.

    11.2. Realizada a diligncia, o Presidente do Tribunal Arbitral poder la-

    vrar termo, contendo relato das ocorrncias e concluses do Tribunal

    Arbitral, comunicando-o s partes, que podero sobre ele manifestar-se.

    12. DA AUDINCIA DE INSTRUO

    12.1. Havendo necessidade de produo de prova oral, o Tribunal Ar-

    bitral, por meio da Secretaria da Cmara, convocar as partes para a

    audincia de instruo em dia, hora e local designados previamente.

    12.2. A audincia observar as normas de procedimento estabeleci-

    das pelo Tribunal Arbitral previstas no Termo de Arbitragem ou em

    Ordem Processual.

    12.3. Encerrada a instruo, o Tribunal Arbitral fixar prazo para as

    partes apresentarem alegaes finais.

    13. MEDIDAS DE URGNCIA

    13.1. O Tribunal Arbitral tem competncia para determinar as medi-

    das cautelares, coercitivas e antecipatrias necessrias para o correto

    desenvolvimento do procedimento arbitral.

    CAMARA_2016.indd 18 05/09/16 12:17

  • 19CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    14. DA SEDE DA ARBITRAGEM (DO LOCAL DA ARBITRAGEM)

    14.1. Na ausncia da fixao pelas partes, o local da arbitragem ser a

    cidade de So Paulo, salvo se de outra forma decidir o Tribunal Arbi-

    tral, aps ouvir as partes.

    15. DA SENTENA ARBITRAL

    15.1. O Tribunal Arbitral proferir a sentena arbitral no prazo de 60

    (sessenta) dias contados do dia til seguinte ao da data fixada para a

    apresentao das alegaes finais, podendo ser prorrogado por mais

    60 (sessenta) dias a critrio do Tribunal Arbitral. Em casos excepcio-

    nais e por motivo justificado, poder o Tribunal Arbitral solicitar ao

    Presidente da Cmara nova prorrogao.

    15.2. A sentena arbitral ser proferida por maioria de votos, cabendo

    a cada rbitro um voto. Se no houver acordo majoritrio, prevalece-

    r o voto do Presidente do Tribunal Arbitral. A sentena arbitral ser

    reduzida a escrito pelo Presidente do Tribunal Arbitral e assinada por

    todos os rbitros. Caber ao Presidente do Tribunal Arbitral, na hip-

    tese de algum dos rbitros no poder ou no querer assinar a senten-

    a, certificar tal fato.

    15.3. O rbitro que divergir da maioria poder fundamentar o voto

    vencido, que constar da sentena arbitral.

    15.4. A sentena arbitral conter, necessariamente:

    a) relatrio com o nome das partes e resumo do litgio;

    b) os fundamentos da deciso, que dispor quanto s questes

    de fato e de direito, com esclarecimento, quando for o caso, de

    ter sido proferida por equidade;

    CAMARA_2016.indd 19 05/09/16 12:17

  • 20

    c) o dispositivo com todas as suas especificaes e prazo para

    cumprimento da sentena, se for o caso;

    d) o dia, o ms, o ano e o lugar em que foi proferida, observado

    o item 15.5. a seguir.

    15.5. A sentena arbitral ser considerada proferida na sede (local) da

    arbitragem e na data nela referida, salvo disposio em contrrio pelas

    partes.

    15.6. Da sentena arbitral constar, tambm, a fixao dos encargos,

    das despesas processuais, dos honorrios advocatcios, bem como o

    respectivo rateio.

    15.7. Proferida a sentena arbitral, dar-se- por finda a arbitragem, de-

    vendo o Presidente do Tribunal Arbitral encaminhar a deciso para a Se-

    cretaria da Cmara para que esta a envie s partes, por via postal ou por

    outro meio de comunicao, mediante comprovao de recebimento.

    15.8. A Secretaria da Cmara cumprir o disposto no item 15.7 aps a

    efetiva comprovao do pagamento total das custas e honorrios dos

    rbitros por uma ou ambas as partes, nos termos do Anexo I Tabela

    de Custas e Honorrios dos rbitros.

    15.9. O Tribunal Arbitral poder proferir sentena parcial, aps a qual

    dar continuidade ao procedimento com instruo restrita parte da

    controvrsia no resolvida pela sentena parcial.

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  • 21CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    16. DO PEDIDO DE ESCLARECIMENTO

    16.1. No prazo de 10 (dez) dias, a contar do recebimento da notificao

    ou da cincia pessoal da sentena arbitral, a parte interessada, me-

    diante comunicao Secretaria da Cmara, poder apresentar Pedi-

    do de Esclarecimento ao Tribunal Arbitral, em virtude de obscurida-

    de, de omisso ou de contradio da sentena arbitral, solicitando ao

    Tribunal Arbitral que esclarea obscuridade, supra omisso ou sane

    contradio da sentena arbitral.

    16.2. O Tribunal Arbitral decidir no prazo de 10 (dez) dias, aditando

    a sentena arbitral, quando couber, notificando as partes de acordo

    com o previsto no item 15.7.

    17. SENTENA HOMOLOGATRIA DE ACORDO

    17.1. Se, durante o procedimento arbitral, as partes chegarem a um

    acordo quanto ao litgio, o Tribunal Arbitral poder proferir sentena

    homologatria.

    18. DO CUMPRIMENTO DA SENTENA ARBITRAL

    18.1. A sentena arbitral definitiva, ficando as partes obrigadas a

    cumpri-la na forma e nos prazos consignados.

    19. CUSTAS NA ARBITRAGEM

    19.1. A Cmara elaborar tabela de custas e honorrios dos rbitros e

    demais despesas, estabelecendo o modo e a forma dos pagamentos,

    podendo esta ser periodicamente por ela revista.

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  • 22

    20. DAS DISPOSIES FINAIS

    20.1. Competir s partes a escolha de regras ou a lei aplicvel ao m-

    rito da controvrsia, o idioma da arbitragem e a autorizao ou no

    para que os rbitros julguem por equidade. No havendo previso ou

    consenso a respeito, competir ao Tribunal Arbitral indicar as regras

    ou a lei aplicvel que julguem apropriadas, bem como o idioma.

    20.2. Caber ao Tribunal Arbitral interpretar e aplicar o presente Regu-

    lamento aos casos especficos, inclusive lacunas existentes, em tudo

    o que concerne aos seus poderes e obrigaes.

    20.3. As dvidas e as lacunas decorrentes da aplicao deste Regula-

    mento, antes de constitudo o Tribunal Arbitral, bem como os casos

    omissos, sero dirimidos pelo Presidente da Cmara.

    20.4. Poder a Cmara publicar em Ementrio excertos da sentena

    arbitral, sendo sempre preservada a identidade das partes.

    20.5. Quando houver interesse das partes e, mediante expressa auto-

    rizao, poder a Cmara divulgar a ntegra da sentena arbitral.

    20.6. A Secretaria da Cmara poder fornecer s partes, mediante so-

    licitao escrita, cpias certificadas de documentos relativos arbi-

    tragem.

    20.7. A Cmara poder exercer a funo de autoridade de nomeao

    de rbitros em arbitragens ad hoc por meio de sua Presidncia, quan-

    do acordado pelas partes em conveno de arbitragem.

    20.8. A Cmara poder, a pedido das partes, administrar o procedi-

    mento arbitral seguindo o Regulamento da Uncitral Comisso das

    Naes Unidas para o Direito Comercial Internacional , observando-

    -se a Tabela de Custas anexa ao presente Regulamento.

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  • 23CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    20.9. As convenes arbitrais firmadas ou estabelecidas antes da vi-

    gncia deste Regulamento que determinavam a utilizao de Arbitra-

    gem Expedita sero administradas na forma deste Regulamento.

    20.10. O presente Regulamento aprovado na forma estatutria, em 29

    de novembro de 2012, passa a vigorar a partir de 1o de agosto de 2013.

    20.11. Aplica-se o presente Regulamento aos procedimentos inicia-

    dos a partir da data de sua vigncia.

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  • 24

    CAMARA_2016.indd 24 05/09/16 12:17

  • 25CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    REGULAMENTO DE MEDIAO

    1. DA MEDIAO

    1.1. A mediao meio no adversarial de soluo pacfica de contro-

    vrsias com resultados reconhecidamente eficazes.

    1.2. A mediao caracteriza-se por ser procedimento espontneo, in-

    formal e confidencial.

    2. DA SUJEIO AO PRESENTE REGULAMENTO

    2.1. A Cmara de Conciliao, Mediao e Arbitragem Ciesp/Fiesp (C-

    mara) estabelece o presente Regulamento de Mediao, que poder

    ser utilizado pelos interessados para a soluo de conflitos de nature-

    za patrimonial que versem sobre direitos disponveis.

    2.2. Qualquer parte, em controvrsias de natureza patrimonial, po-

    der solicitar os servios da Cmara, visando soluo amigvel de

    conflito referente interpretao ou ao cumprimento de contrato ce-

    lebrado com a outra parte.

    3. DAS PROVIDNCIAS PRELIMINARES

    3.1. A parte interessada em propor procedimento de mediao noti-

    ficar, por escrito, a Secretaria da Cmara, que designar dia e hora

    para que a parte comparea, podendo, se desejar, estar acompanha-

    da de advogado, para entrevista isenta de custas e sem compromisso,

    denominada pr-mediao, apresentando a metodologia de trabalho

    e as responsabilidades dos mediados e mediadores.

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  • 26

    3.2. A parte ter 2 (dois) dias para verificar se considera til e apropria-

    do ao caso o procedimento de mediao. Em caso positivo, a Secreta-

    ria da Cmara convidar a outra parte para comparecer, procedendo

    de modo idntico ao estatudo no item 3.1.

    3.3. A outra parte ter o prazo de 2 (dois) dias para se manifestar. Em

    caso positivo, a Secretaria da Cmara apresentar s partes o rol de

    mediadores, para que escolham, de comum acordo, o profissional

    que conduzir o procedimento de mediao, no prazo de 5 (cinco)

    dias. No havendo consenso, o mediador ser indicado pelo Presi-

    dente da Cmara.

    4. DO TERMO DE MEDIAO

    4.1. Em seguida, ser designada reunio que, salvo estipulao em

    contrrio pelas partes, realizar-se- no prazo mximo de 3 (trs) dias

    aps a indicao do mediador, na qual as partes e seus advogados,

    se houver, e o mediador fixaro o cronograma de reunies, firmando

    o Termo de Mediao, bem como recolhendo os encargos devidos e

    estimados pela Cmara, fixados na Tabela de Custas.

    4.2. Salvo disposio em contrrio pelas partes, o procedimento de

    mediao no poder ultrapassar 30 (trinta) dias a contar da assina-

    tura do Termo de Mediao.

    4.3. As reunies de mediao sero realizadas na sede da Cmara, sal-

    vo estipulao em contrrio do mediador.

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  • 27CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    5. DO ACORDO AMIGVEL

    5.1. Obtendo xito a mediao, por meio de acordo amigvel das par-

    tes, o mediador redigir o respectivo Termo de Acordo em conjunto

    com as partes e seus advogados. Uma via original do Termo de Acordo

    ficar arquivada na Cmara para registro e garantia das partes.

    6. DISPOSIES FINAIS

    6.1. O mediador ou qualquer das partes poder interromper o pro-

    cedimento de mediao a qualquer momento, se entenderem que o

    impasse criado insanvel.

    6.2. No sendo possvel o acordo, o mediador registrar tal fato e re-

    comendar s partes, quando couber, que a questo seja submetida

    arbitragem.

    6.3. Salvo conveno em contrrio das partes, qualquer pessoa que

    tiver funcionado como mediador ficar impedida de atuar como rbi-

    tro, caso o litgio venha a ser submetido arbitragem.

    6.4. Nenhum fato ou circunstncia revelado ou ocorrido durante a

    fase de mediao prejudicar o direito de qualquer das partes, em

    eventual procedimento arbitral ou judicial que seguir, na hiptese de

    a mediao frustrar-se.

    6.5. O procedimento de mediao rigorosamente sigiloso, sendo

    vedado aos membros da Cmara, ao mediador e s prprias partes

    divulgar quaisquer informaes relacionadas a ele, a que tenham

    acesso em decorrncia de ofcio ou de participao no referido pro-

    cedimento.

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  • 28

    6.6. Encerrado o procedimento de Mediao, o Secretrio-geral da C-

    mara prestar contas s partes das quantias pagas, conforme estipu-

    lado na Tabela de Custas e Honorrios dos Mediadores, solicitando a

    complementao de verbas, se houver, bem como devolvendo even-

    tual saldo existente .

    6.7. O Corpo de Mediadores da Cmara ser integrado por profissio-

    nais de ilibada reputao e reconhecida capacitao tcnica, obser-

    vando as mesmas causas de impedimentos para os rbitros.

    6.8. As dvidas decorrentes da aplicao deste regulamento sero di-

    rimidas pelo Presidente da Cmara, bem como os casos omissos.

    6.9. O presente Regulamento, aprovado na forma estatutria em 29

    de novembro de 2012, passa a vigorar a partir de 1o de agosto de 2013.

    6.10. Salvo disposio em contrrio das partes, aplica-se o presente

    Regulamento aos procedimentos que ingressarem a partir desta data.

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  • 29CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    ANEXO I

    TABELA DE CUSTAS E HONORRIOS DOS RBITROS

    Consoante dispe o Regulamento de Arbitragem, doravante denomi-

    nado simplesmente Regulamento, os custos dos procedimentos arbi-

    trais comportam1:

    1. TAXA DE REGISTRO

    1.1. A Taxa de Registro ser devida e recolhida pelo Requerente na

    data em que for solicitada a instaurao do procedimento arbitral, na

    quantia de 1% (um por cento) do valor envolvido no conflito, obser-

    vando o seguinte critrio:

    a) O valor mnimo ser R$ 3.000,00 (trs mil reais);

    b) O valor mximo ser R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

    1.2. No sendo possvel definir o valor envolvido, o Requerente deve-

    r recolher o valor mnimo, a ttulo de Taxa de Registro, que dever ser

    complementado quando o valor da demanda for fixado no Termo de

    Arbitragem ou apurado posteriormente.

    1.3. A Taxa de Registro no ser reembolsvel.

    1 O caput foi alterado pela Resoluo no 2/2016, de 18/08/2016, em razo da criao de uma tabela especfica para custas e honorrios dos Mediadores (Anexo III).

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  • 30

    2. TAXA DE ADMINISTRAO

    2.1. A Taxa de Administrao ser equivalente a 2% (dois por cento) do

    valor envolvido no conflito, observando o seguinte critrio:

    Valor da CausaAt R$ 30.000.000,00, o mnimo ser R$ 10.000,00 e o mximo ser R$ 120.000,00.

    De At Taxa de Administrao (teto)

    R$ 30.000.000,01 R$ 45.000.000,00 R$ 140.000,00

    R$ 45.000.000,01 R$ 120.000.000,00 R$ 170.000,00

    R$ 120.000.000,01 R$ 250.000.000,00 R$ 180.000,00

    A partir de 250.000.000,01 R$ 190.000,00

    2.2. No sendo possvel definir o montante envolvido na controvrsia,

    as Partes devero recolher o valor mnimo, que dever ser comple-

    mentado quando da fixao no Termo de Arbitragem e/ou apurado

    no decorrer do procedimento.

    2.3. A Taxa de Administrao ser devida em igual proporo de 50%

    (cinquenta por cento) por polo no procedimento.

    2.4. O Secretrio-geral da Cmara, aps recebido o pedido de instau-

    rao, notificar as Partes para recolher a Taxa de Administrao no

    prazo de 15 (quinze) dias.

    2.5. A Taxa de Administrao no ser reembolsvel.

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  • 31CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    3. HONORRIOS DOS RBITROS

    3.1. Os honorrios do(s) rbitro(s) devero ser recolhidos em partes

    iguais, na proporo de 50% (cinquenta por cento) por polo, de acor-

    do com a seguinte tabela:

    3.1.1. Causas de valor at R$ 7.999.999,99:

    VALOR Mnimo de Horas por rbitro Por hora (R$)At 100.000,00 20 500,00

    De 100.000,01 a 500.000,00 40 500,00De 500.000,01 a 1.000.000,00 80 500,00De 1.000.000,01 a 3.000.000,00 100 500,00De 3.000.000,01 a 7.999.999,99 105 500,00

    3.1.2. Causas de valor igual ou superior a R$ 8.000.000,00:

    VALOR DA CAUSA HONORRIOSMnimo Mximo Mnimo Intermedirio Mximo8.000.000 10.000.000 103.700 mnimo + 0,574% * 115.18010.000.001 15.000.000 115.180 mnimo + 0,352% * 132.78015.000.001 20.000.000 132.780 mnimo + 0,337% * 149.63020.000.001 25.000.000 149.630 mnimo + 0,128% * 156.03025.000.001 50.000.000 156.030 mnimo + 0,099% * 180.78050.000.001 100.000.000 180.780 mnimo + 0,094% * 227.780100.000.001 150.000.000 227.780 mnimo + 0,070% * 262.780150.000.001 200.000.000 262.780 mnimo + 0,070% * 297.780200.000.001 250.000.000 297.780 mnimo + 0,051% * 323.280250.000.001 300.000.000 323.280 mnimo + 0,051% * 348.780300.000.001 350.000.000 348.780 mnimo + 0,051% * 374.280350.000.001 400.000.000 374.280 mnimo + 0,051% * 399.780400.000.001 450.000.000 399.780 mnimo + 0,049% * 424.280450.000.001 500.000.000 424.280 mnimo + 0,049% * 448.780500.000.001 550.000.000 448.780 mnimo + 0,049% * 473.280550.000.001 600.000.000 473.280 mnimo + 0,049% * 497.780600.000.001 - 497.780 mnimo + 0,049% * -* da diferena entre o valor mnimo da faixa e o valor da causa

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  • 32

    3.1.3. Os valores previstos no item 3.1.2 devero ser multiplica-

    dos pelo nmero de rbitros, cabendo ao Presidente do Tribu-

    nal Arbitral 40% (quarenta por cento) dos honorrios totais e

    30% (trinta por cento) a cada corbitro.

    3.1.4. Para os casos previstos no item 3.1.2, salvo disposio ex-

    pressa em contrrio no Termo de Arbitragem, o encerramento

    por desistncia ou acordo entre as Partes acarreta pagamento

    dos honorrios segundo os seguintes critrios2:

    a) aps a assinatura do Termo de Arbitragem, e antes da audincia

    de instruo, sero devidos 70% dos honorrios fixados;

    b) aps a audincia de instruo sero devidos 100% dos hono-

    rrios fixados.

    Pargrafo nico. Em caso de encerramento antes da celebrao

    do Termo de Arbitragem, sero devidas as horas efetivamente

    trabalhadas, tanto nos casos do item 3.1.1 quanto do item 3.1.2.

    3.2. Quando o pedido de instaurao no indicar o valor exato da con-

    trovrsia, o Secretrio-geral da Cmara determinar o recolhimento

    do valor mnimo dos honorrios dos rbitros, que poder ser comple-

    mentado no curso do procedimento, em conformidade com o que for

    apurado.

    3.2.1. Os rbitros podero, a qualquer momento, informar o

    Secretrio-geral da Cmara acerca da existncia de elementos

    que justifiquem a modificao do valor da causa. Caber ao Pre-

    sidente da Cmara, levados em conta os elementos informados,

    decidir a respeito.

    2 Item 3.1.4 e seu pargrafo nico foram incorporados ao Anexo I Tabela de Custas e Honorrios dos rbitros pela Resoluo no 2/2015, de 16/12/2015.

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  • 33CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    3.3. O Secretrio-geral da Cmara enviar notificao de cobrana s

    Partes do adiantamento dos honorrios dos rbitros, no prazo de 15

    (quinze) dias da instaurao do procedimento arbitral.

    3.4. O pagamento aos rbitros ser efetuado em trs parcelas, da se-

    guinte forma:

    a) 30% (trinta por cento) na apresentao das Rplicas;

    b) 30% (trinta por cento) no trmino da instruo; e

    c) 40% (quarenta por cento) aps a entrega da sentena.

    3.5. O rbitro dever enviar relatrio de despesas incorridas, com os

    comprovantes originais, quando solicitado pelo Secretrio-geral da

    Cmara.

    3.6. Por ocasio da prolao da sentena arbitral, os rbitros apresen-

    taro relatrio das horas trabalhadas, podendo o Secretrio-geral da

    Cmara solicitar relatrios ao longo do procedimento.

    4. REVOGADO3.

    5. DESPESAS

    5.1. O adiantamento de despesas ser recolhido, em partes iguais, na

    proporo de 50% (cinquenta por cento) por polo, quando solicitado

    pelo Secretrio-geral da Cmara.

    3 O Item 4 e seus incisos foram revogados pela Resoluo no 2/2016, de 18/08/2016, em razo da criao de uma tabela especfica para custas e honorrios dos Mediadores (Anexo III).

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  • 34

    5.2. A Parte que requerer qualquer providncia dever antecipar a

    despesa para sua realizao.

    5.3. As Partes devero fazer o recolhimento antecipado, quando so-

    licitado pelo Secretrio-geral da Cmara, das despesas dos rbitros

    com gastos de viagem, das custas relativas impugnao de rbitro,

    das diligncias fora do local da arbitragem, da realizao de reunies

    fora do horrio de funcionamento da Cmara ou em outra localidade,

    dos honorrios e das despesas de perito(s) que atuar(em) no procedi-

    mento, dos servios de intrprete, de estenotipia e de outros recursos

    utilizados para o andamento do procedimento.

    5.4. A parte que requerer percia antecipar os seus custos, salvo dis-

    posio em contrrio do Tribunal Arbitral. Os trabalhos periciais sero

    iniciados somente aps o recolhimento integral dos honorrios dos

    peritos. O Secretrio-geral da Cmara efetuar o pagamento ao perito

    conforme relatrio de horas por ele enviado.

    5.5. Quando o idioma do procedimento arbitral for estrangeiro, a Se-

    cretaria da Cmara poder contratar um(a) secretrio(a) com fluncia

    na lngua escolhida, cujos honorrios e despesas devero ser ratea-

    dos entre as partes.

    6. DISPOSIES GERAIS

    6.1. Os custos da arbitragem incluem os honorrios e as despesas dos

    rbitros, a Taxa de Registro, a Taxa de Administrao, em conformida-

    de com a tabela em vigor na data de instaurao da arbitragem, bem

    como os honorrios e as despesas de peritos nomeados pelo Tribunal

    Arbitral e as despesas incorridas para o desenvolvimento do procedi-

    mento arbitral.

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  • 35CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    6.2. O Presidente da Cmara poder, no caso previsto no item 3.1.2,

    fixar os honorrios dos rbitros em valores inferiores ou superiores,

    em at 20% (vinte por cento), do valor estipulado na Tabela de Hono-

    rrios, se assim entender necessrio, em virtude das circunstncias

    excepcionais do caso, tais como nmero de partes, complexidade da

    demanda, valor envolvido etc.

    6.3. Se uma das partes deixar de recolher a quantia que lhe couber,

    de acordo com o disposto neste Anexo I e/ou conveno das partes,

    poder a outra parte faz-lo para impedir a suspenso ou extino do

    procedimento arbitral.

    6.4. Quando o pagamento for realizado pela outra parte, o Secretrio-

    -geral da Cmara informar s partes e ao Tribunal Arbitral para que

    no analise os pleitos da parte inadimplente, se existentes.

    6.5. Caso no haja recolhimento na data estipulada para pagamento,

    o Secretrio-geral da Cmara, aps consulta ao Presidente da Cma-

    ra e/ou Tribunal Arbitral, poder suspender o procedimento por at

    2 (dois) meses. Esgotado este prazo sem o recolhimento, o procedi-

    mento poder ser extinto, a critrio do Presidente da Cmara e/ou do

    Tribunal Arbitral.

    6.6. Qualquer das partes poder, no prazo estipulado no item 6.5, re-

    querer o desarquivamento do procedimento, desde que recolha os

    custos e despesas pendentes.

    6.7. Apresentado pedido reconvencional, ao valor da demanda prin-

    cipal ser somado o do reconvencional. Definido o valor, este ser re-

    colhido, em partes iguais (na proporo de cinquenta por cento por

    polo), quando solicitado pela Secretaria da Cmara.

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  • 36

    6.8. A Cmara poder se recusar a administrar o procedimento arbi-

    tral caso no sejam recolhidas as taxas, os honorrios dos rbitros e

    as despesas.

    6.9. Eventuais pedidos de ressarcimento dos custos da arbitragem,

    bem como recolhimento dos custos da arbitragem de forma diversa,

    sero analisados pelo Presidente da Cmara.

    6.10. Os casos omissos ou situaes particulares sero decididos pelo

    Presidente da Cmara.

    6.11. O Secretrio-geral da Cmara poder conceder prazo suplemen-

    tar para as partes efetuarem eventuais depsitos.

    6.12. Nos procedimentos arbitrais administrados pela Cmara, os ca-

    sos em que for deferido o pedido de parcelamento de custas e ho-

    norrios dos rbitros, s tero prosseguimento aps o pagamento da

    ltima parcela.

    6.13. As demais provises de despesas, bem como complementaes

    de custos da arbitragem, sero solicitadas pelo Secretrio-geral da

    Cmara s partes, conforme seja necessrio.

    6.14. competncia exclusiva do Presidente da Cmara deliberar a

    respeito de custas referentes aos procedimentos arbitrais, salvo em

    casos que entender necessria a deliberao do Tribunal Arbitral.

    6.15. No trmino do procedimento arbitral, o Secretrio-geral da C-

    mara apresentar s partes demonstrativo das custas, dos honorrios

    dos rbitros e das despesas, solicitando-lhes que efetuem eventuais

    pagamentos remanescentes, observando o disposto na sentena ar-

    bitral quanto responsabilidade pelo pagamento de referidas custas.

    6.16. A sentena arbitral definir a responsabilidade pelos custos da

    arbitragem.

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  • 37CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    6.17. Revogado4.

    6.18. vedada qualquer alterao e/ou negociao dos valores refe-rentes aos honorrios dos rbitros entre partes e rbitros.

    6.19. Nos procedimentos de arbitragem ad hoc em que a Cmara, por meio de sua Presidncia, exercer a funo de autoridade de nomea-o de rbitros, quando acordado pelas partes em conveno de ar-bitragem, ser devido pela parte solicitante, em razo da nomeao do(s) rbitro(s), o valor mximo correspondente Taxa de Registro prevista nesta tabela em vigor na data da solicitao.

    6.20. No caso de impugnao de rbitro, a parte impugnante dever, juntamente com o pedido, recolher o valor mnimo da Taxa de Admi-nistrao e o adiantamento dos honorrios devidos aos integrantes do Comit instaurado nos termos do item 7.3 do Regulamento de Ar-bitragem, que faro jus s horas efetivamente trabalhadas na apre-ciao da impugnao, garantido o mnimo de 10 horas para cada integrante. O valor da hora ser de R$ 500,00. O no pagamento das verbas devidas importar no arquivamento do pedido, dando-se prosseguimento arbitragem5.

    6.21. A sentena arbitral, proferida no mbito dos procedimentos ar-bitrais administrados pela Cmara, somente ser entregue s Partes aps o pagamento integral dos custos da arbitragem.

    6.22. Diante da ausncia de recolhimento dos custos da arbitragem, o Centro das Indstrias do Estado de So Paulo poder pleitear judicial e extrajudicialmente as taxas, os honorrios dos rbitros e despesas previstas neste Anexo I.

    6.23. Este Anexo I parte integrante do Regulamento de Arbitragem expedido pela Cmara, aprovado na forma estatutria em 29 de no-

    vembro de 2012, e em vigor a partir de 1o de agosto de 2013.

    4 O Item 6.17 foi revogado pela Resoluo no 2/2016, de 18/08/2016, em razo da criao de uma tabela especfica para custas e honorrios dos Mediadores (Anexo III). 5 Redao dada pela Resoluo no 1/2016, de 13/07/2016.

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  • 39CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    ANEXO II

    CDIGO DE TICA

    PREMBULO

    Os enunciados deste Cdigo de tica tm como escopo estabelecer

    princpios a serem observados pelos rbitros, pelas partes, por seus

    procuradores e pela Cmara de Conciliao, Mediao e Arbitragem

    Ciesp/Fiesp na conduo do procedimento arbitral.

    Os princpios estabelecidos devem ser observados tambm na fase

    que precede a instaurao da arbitragem.

    Sem prejuzo das demais normas que instruem a conduta profissional

    do rbitro, este Cdigo de tica no exclui outros preceitos de condu-

    ta, tais como atuar com independncia, imparcialidade, competn-

    cia, diligncia e manter confidencialidade quanto matria tratada

    na arbitragem e quanto s partes envolvidas.

    O rbitro dever pautar o seu comportamento em normas condizen-

    tes com a de um profissional de reputao ilibada.

    A Cmara entregar um exemplar deste Cdigo de tica aos rbitros e

    s partes. O rbitro declarar no Termo de Independncia t-lo lido e

    estar ciente de seu contedo.

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  • 40

    1. PRINCPIOS FUNDAMENTAIS

    1.1. Os rbitros devem agir de forma diligente e eficiente para garantir

    s partes justa e eficaz resoluo das controvrsias a eles submetidas.

    1.2. Os rbitros devem guardar sigilo sobre toda e qualquer informa-

    o recebida no curso do procedimento em que atuarem.

    1.3. Os rbitros devem levar sempre em considerao que a arbitra-

    gem fundada na autonomia privada, devendo garantir que esta seja

    respeitada.

    2. IMPARCIALIDADE E INDEPENDNCIA

    2.1. Os rbitros devem ser e permanecer imparciais e independentes

    durante a arbitragem.

    2.2. O rbitro no deve manter vnculo com quaisquer das partes, de

    modo a preservar a sua independncia at a deciso final.

    2.3. O rbitro deve atuar com imparcialidade, formando a sua livre

    convico com base na prova produzida no processo.

    2.4. O rbitro, embora indicado pela parte, no representa os seus in-

    teresses no procedimento arbitral e deve evitar manter contato com

    as partes ou com seus procuradores e quaisquer pessoas envolvidas

    alm do estrito limite do procedimento arbitral, sem conhecimento

    dos demais rbitros e das demais partes envolvidas.

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  • 41CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    3. DEVER DE REVELAO

    3.1. O rbitro deve revelar qualquer fato ou circunstncia que possa

    levantar dvidas justificadas sobre sua independncia e imparciali-

    dade. A ausncia dessa revelao pode justificar o impedimento do

    rbitro.

    3.2. As revelaes do rbitro devem abranger fatos e circunstncias re-

    levantes relacionadas s partes e controvrsia objeto da arbitragem.

    3.3. Entende-se por fato ou circunstncia passvel de revelao o que

    pode suscitar dvidas justificadas quanto imparcialidade e inde-

    pendncia do rbitro.

    3.4. A revelao deve ser feita por escrito e enviada Secretaria da

    Cmara, para ser encaminhada s partes e aos demais rbitros.

    3.5. O dever de revelao deve ser observado na fase prvia e durante

    todo procedimento arbitral. Ao tomar conhecimento de um fato que

    possa suscitar dvida justificada quanto sua independncia e im-

    parcialidade, dever do rbitro comunic-lo imediatamente.

    3.6. Em caso de grupos societrios, caber parte, se entender conve-

    niente, fornecer nomes das sociedades deles integrantes, para fins de

    verificao de eventual conflito pelo rbitro.

    4. DILIGNCIA, COMPETNCIA E PRONTIDO

    4.1. O rbitro dever assegurar o correto e adequado andamento do

    procedimento arbitral com observncia da igualdade de tratamento

    das partes e do disposto no Termo de Arbitragem.

    CAMARA_2016.indd 41 05/09/16 12:17

  • 42

    4.2. Ao procedimento arbitral devero ser empregados os melhores

    esforos do rbitro, bem como a prudncia e a eficincia, a fim de

    atender aos fins a que se destina a arbitragem.

    4.3. Ao aceitar a incumbncia da arbitragem, o rbitro dever declarar

    possuir tempo e disponibilidade para se dedicar conduo do pro-

    cesso arbitral, evitando demora nas decises e custos desnecessrios

    que onerem as partes.

    4.4. A pessoa indicada para ser rbitro deve aceitar a sua investidu-

    ra somente se tiver conhecimento da matria da arbitragem e de seu

    idioma.

    4.5. O rbitro deve tratar partes, testemunhas, advogados e demais

    rbitros de modo corts e manter um convvio urbano, sempre respei-

    tando a equidistncia que o rbitro deve ter das partes.

    4.6. obrigao do rbitro dedicar sua ateno, seu tempo e seu co-

    nhecimento para garantir a efetividade do procedimento arbitral.

    4.7. O rbitro deve zelar pelos documentos e informaes que estive-

    rem em sua posse durante a arbitragem e colaborar ativamente com

    o desenvolvimento do trabalho da Cmara.

    5. DEVER DE CONFIDENCIALIDADE

    5.1. As deliberaes do Tribunal Arbitral, o contedo da sentena,

    bem como os documentos, as comunicaes e os assuntos tratados

    no procedimento arbitral so confidenciais.

    5.2. Mediante autorizao expressa das partes ou para atender dispo-

    sio legal, podero ser divulgados documentos ou informaes da

    arbitragem.

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  • 43CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    5.3. As informaes a que o rbitro teve acesso e conhecimento no

    processo arbitral no devem ser utilizadas para outro propsito se-

    no ao desse procedimento. No deve propor ou obter vantagens

    pessoais para si ou para terceiros com base nas informaes colhidas

    durante o procedimento arbitral.

    5.4. Qualquer informao que possa revelar ou sugerir identificao

    das partes envolvidas na arbitragem devem ser evitadas.

    5.5. As ordens processuais, as decises e as sentenas do Tribunal Ar-

    bitral destinam-se, exclusivamente, ao procedimento a que se refe-

    rem, no devendo ser antecipadas pelos rbitros, nem por eles divul-

    gadas, competindo Cmara adotar as providncias para cientificar

    as partes envolvidas.

    5.6. Os rbitros devem manter total discrio e confidencialidade

    quanto s deliberaes do colegiado de rbitros.

    6. ACEITAO DE INDICAO

    6.1. inadequado contatar partes para solicitar indicaes para atuar

    como rbitro.

    6.2. Consultado pela parte para verificar a possibilidade de ser indica-

    do como rbitro, deve abster-se de efetuar qualquer comentrio ou

    avaliaes prvias do conflito a ser dirimido na arbitragem.

    6.3. Uma vez aceita a indicao, o rbitro obriga-se a seguir o Regula-

    mento, o Regimento Interno da Cmara, as normas relacionadas ao

    procedimento, a lei aplicvel, os termos convencionados por ocasio

    de sua investidura e o Termo de Arbitragem.

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  • 44

    6.4. No deve o rbitro renunciar sua investidura no curso do pro-

    cedimento, salvo por motivo relevante ou pela impossibilidade de

    continuar no processo por fato superveniente instaurao da arbi-

    tragem, seja por motivo de foro ntimo ou que comprometa ou possa

    comprometer sua independncia ou imparcialidade.

    7. COMUNICAES COM AS PARTES

    7.1. As partes e seus procuradores devem evitar o contato direto com

    os rbitros, no que se relaciona a todo e qualquer assunto envolvido

    no procedimento arbitral. Se for imprescindvel o contato, deve o Tri-

    bunal Arbitral providenciar preferencialmente meio de comunicao

    que permita a participao dos rbitros e das partes envolvidas no

    processo.

    7.2. Para atuar com a prontido e a diligncia necessrias conduo

    do procedimento arbitral, o rbitro, consultando as partes e/ou pro-

    curadores e com a participao de todos, deve fazer uso dos meios de

    comunicao hbeis e teis que se encontram sua disposio, tais

    como conferncias telefnicas, videoconferncias, etc.

    7.3. Caso algum rbitro tome conhecimento de comunicaes inade-

    quadas entre outro rbitro e uma das partes, ele deve comunicar de

    imediato o Secretrio-geral da Cmara e os demais rbitros para que

    a questo seja apreciada.

    7.4. Nenhum rbitro deve aceitar presentes, hospitalidade, benefcio

    ou favor, para si ou para membros de sua famlia, direta ou indireta-

    mente, oferecidos por uma das partes.

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  • 45CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    8. DISPOSIES FINAIS

    8.1. O disposto neste Cdigo aplica-se tambm aos mediadores e aos

    conciliadores.

    8.2. Este Anexo II parte integrante do Regulamento de Arbitragem e

    do Regulamento de Mediao expedidos pela Cmara, aprovado na

    forma estatutria em 29 de novembro de 2012, e em vigor a partir de

    1o de agosto de 2013.

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  • 47CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    ANEXO III

    TABELA DE CUSTAS E HONORRIOS DOS MEDIADORES

    Consoante dispe o Regulamento de Mediao, os custos dos proce-

    dimentos de mediao comportam:

    1. TAXA DE ADMINISTRAO

    1.1. A Taxa de Administrao ser equivalente a 1% (um por cento) do

    valor envolvido no conflito, observando o seguinte critrio:

    a) O valor mnimo ser R$ 1.000,00 (hum mil reais);

    b) O valor mximo ser R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

    1.2. No sendo possvel definir o valor envolvido, o Secretrio-geral

    da Cmara solicitar o recolhimento do valor mnimo, que dever ser

    complementado no curso do procedimento, em conformidade com o

    que for apurado.

    1.3. A Taxa de Administrao ser devida integralmente por cada uma

    das partes antes de firmado o Termo de Mediao e no ser reem-

    bolsvel.

    2. HONORRIOS DO MEDIADOR

    2.1. Os honorrios do mediador devero ser recolhidos em partes

    iguais, na proporo de 50% (cinquenta por cento) por polo, de acor-

    do com a seguinte tabela:

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    VALOR ESTIMADO DA CONTROVRSIA VALOR DA HORAAt R$ 500.000,00 R$ 350,00

    R$ 500.000,01 a R$ 1.000.000,00 R$ 500,00

    R$ 1.000.000,01 a R$ 2.000.000,00 R$ 700,00

    R$ 2.000.000,01 a R$ 10.000.000,00 R$ 900,00

    Acima de R$ 10.000.000,01 R$ 1.000,00

    2.1.1. Nos casos abaixo de R$ 500.000,00 sero devidas ao mediador

    apenas as horas efetivamente trabalhadas. Antes da assinatura do

    Termo de Mediao, as Partes devero recolher o equivalente a 10 ho-

    ras, sendo que eventual saldo remanescente ser devolvido ao final

    do procedimento.

    2.1.2. Nos casos acima de R$ 500.000,00 ser garantido o pagamento

    de, no mnimo, 20 horas ao mediador, sujeito complementao ao

    longo do procedimento. As horas mnimas devero ser recolhidas pe-

    las Partes antes da assinatura do Termo de Mediao.

    2.1.2.1. O mediador s far jus ao recebimento das horas mnimas

    se houver a realizao de, no mnimo, uma reunio de mediao.

    2.1.2.2. Caso uma das Partes desista da mediao aps a assina-

    tura do Termo de Mediao e antes da primeira reunio de me-

    diao, o mediador s far jus s horas efetivamente trabalhadas.

    2.2. Em situaes excepcionais, as Partes, com o acordo do mediador,

    podero estabelecer uma forma diferenciada de remunerao.

    2.3. Quando no for mencionado o valor da controvrsia, o Secret-

    rio-geral da Cmara determinar o recolhimento do valor mnimo dos

    honorrios do mediador, o que poder ser complementado no curso

    do procedimento, em conformidade com o que for apurado.

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  • 49CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    2.3.1. O mediador poder, a qualquer momento, informar o Secre-

    trio-geral da Cmara acerca da existncia de elementos que justifi-

    quem a modificao do valor da controvrsia. Caber ao Presidente

    da Cmara, levados em conta os elementos informados, decidir a

    respeito.

    2.4. Os honorrios do mediador sero adiantados pelas Partes quan-

    do solicitado pelo Secretrio-geral da Cmara.

    2.5. O mediador dever enviar relatrio das horas trabalhadas e das

    despesas incorridas, com os comprovantes originais, quando solicita-

    do pelo Secretrio-geral da Cmara.

    2.5.1. O pagamento ao mediador ser efetuado ao final do procedi-

    mento. Nos casos acima de R$ 500.000,00, o mediador poder solici-

    tar o levantamento das horas mnimas depositadas quando o nmero

    de horas trabalhadas ultrapassar o mnimo, sendo que o saldo rema-

    nescente das horas trabalhadas ser pago ao final do procedimento.

    3. DESPESAS

    3.1. O adiantamento de despesas ser devido, em partes iguais, na

    proporo de 50% (cinquenta por cento) por polo, quando solicitado

    pelo Secretrio-geral da Cmara.

    3.1.1. Para requerer a instaurao do procedimento de mediao, a

    Parte Requerente dever recolher antecipadamente o montante ne-

    cessrio para constituio de um fundo de despesas, conforme soli-

    citado pelo Secretrio-geral. A outra parte dever antecipar o mesmo

    montante quando solicitado pelo Secretrio-geral da Cmara.

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  • 50

    3.2. A Parte que requerer qualquer providncia dever antecipar a

    despesa para sua realizao.

    3.3. As Partes devero fazer o recolhimento antecipado, quando so-

    licitado pelo Secretrio-geral da Cmara, das despesas do mediador

    com gastos de viagem, das despesas relativas s reunies de media-

    o, correio, portador ou qualquer outro recurso utilizado para o an-

    damento do procedimento.

    4. DISPOSIES GERAIS

    4.1. Os custos da mediao incluem a Taxa de Administrao, os ho-

    norrios e as despesas dos mediadores, bem como as despesas incor-

    ridas para o desenvolvimento do procedimento de mediao.

    4.2. Se uma das partes deixar de recolher a quantia que lhe couber,

    de acordo com o disposto neste Anexo III e/ou conveno das partes,

    poder a outra parte faz-lo para impedir a suspenso ou extino do

    procedimento de mediao.

    4.3. Caso no haja recolhimento na data estipulada para pagamento,

    o procedimento poder ser extinto a critrio do Presidente da Cmara

    e/ou do Mediador.

    4.4. A Cmara poder se recusar a administrar o procedimento de me-

    diao caso no sejam recolhidas as taxas de administrao, os hono-

    rrios do mediador e as despesas.

    4.5. Eventuais pedidos de ressarcimento dos custos da mediao,

    bem como recolhimento dos custos da mediao de forma diversa,

    sero analisados pelo Presidente da Cmara.

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  • 51CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    4.6. Os casos omissos ou situaes particulares sero decididos pelo

    Presidente da Cmara.

    4.7. O Secretrio-geral da Cmara poder conceder prazo suplemen-

    tar para as partes efetuarem eventuais depsitos.

    4.8. As demais provises de despesas, bem como complementaes

    dos custos da mediao, sero solicitadas pelo Secretrio-geral da

    Cmara s partes, conforme seja necessrio.

    4.9. competncia exclusiva do Presidente da Cmara deliberar a res-

    peito de custas referentes aos procedimentos de mediao, salvo em

    casos que entender necessria a deliberao do Mediador.

    4.10. No trmino do procedimento de mediao, o Secretrio-geral da

    Cmara apresentar s partes demonstrativo das custas, dos honor-

    rios do mediador e das despesas.

    4.11. Caso uma das Partes seja associada do Ciesp, haver desconto

    de 10% na taxa de administrao e nos honorrios do mediador para

    todas as Partes envolvidas no procedimento.

    4.12. Caso haja a instaurao de um procedimento arbitral entre as

    mesmas Partes envolvidas no procedimento de mediao, o valor de-

    vido a ttulo de taxa de registro pela parte que requerer a instaurao

    da arbitragem ser descontado da taxa de administrao recolhida

    por aquela parte no procedimento de mediao. Se o valor recolhido

    for menor que o valor da taxa de registro devida, a parte dever reco-

    lher a diferena quando solicitar a instaurao da arbitragem.

    4.13. A Parte que apresentar pacote de pelo menos 5 causas para me-

    diao na mesma data ter desconto de 20% na taxa de administra-

    o devida para cada caso.

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  • 52

    4.14. Diante da ausncia de recolhimento dos custos da mediao, o

    Centro das Indstrias do Estado de So Paulo poder pleitear judicial

    e extrajudicialmente as taxas, os honorrios do mediador e despesas

    previstas neste Anexo III.

    4.15. Este Anexo III parte integrante do Regulamento de Mediao

    expedido pela Cmara, aprovado na forma estatutria em 18 de agos-

    to de 2016, e aplica-se aos procedimentos que ingressarem a partir

    desta data.

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  • 53CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    LEI DE ARBITRAGEM

    Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996,atualizada de acordo com as alteraes da Lei no 13.129, de 26 de maio de 2015.O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sancionoa seguinte Lei:

    CAPTULO IDISPOSIES GERAIS

    Art. 1o As pessoas capazes de contratar podero valer-se da arbitra-

    gem para dirimir litgios relativos a direitos patrimoniais disponveis.

    1o A administrao pblica direta e indireta poder utilizar-se da ar-

    bitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais dispo-

    nveis. (Includo pela Lei no 13.129, de 2015)

    2o A autoridade ou o rgo competente da administrao pblica dire-

    ta para a celebrao de conveno de arbitragem a mesma para a rea-

    lizao de acordos ou transaes. (Includo pela Lei no 13.129, de 2015)

    Art. 2oA arbitragem poder ser de direito ou de eqidade, a critrio

    das partes.

    1oPodero as partes escolher, livremente, as regras de direito que

    sero aplicadas na arbitragem, desde que no haja violao aos bons

    costumes e ordem pblica.

    CAMARA_2016.indd 53 05/09/16 12:17

  • 54

    2o Podero, tambm, as partes convencionar que a arbitragem se

    realize com base nos princpios gerais de direito, nos usos e costumes

    e nas regras internacionais de comrcio.

    3o A arbitragem que envolva a administrao pblica ser sempre

    de direito e respeitar o princpio da publicidade. (Includo pela Lei no 13.129, de 2015).

    CAPTULO IIDA CONVENO DE ARBITRAGEM E SEUS EFEITOS

    Art. 3oAs partes interessadas podem submeter a soluo de seus litgios

    ao juzo arbitral mediante conveno de arbitragem, assim entendida a

    clusula compromissria e o compromisso arbitral.

    Art. 4oA clusula compromissria a conveno atravs da qual as

    partes em um contrato comprometem-se a submeter arbitragem os

    litgios que possam vir a surgir, relativamente a tal contrato.

    1o A clusula compromissria deve ser estipulada por escrito, po-

    dendo estar inserta no prprio contrato ou em documento apartado

    que a ele se refira.

    2o Nos contratos de adeso, a clusula compromissria s ter efi-

    ccia se o aderente tomar a iniciativa de instituir a arbitragem ou con-

    cordar, expressamente, com a sua instituio, desde que por escrito

    em documento anexo ou em negrito, com a assinatura ou visto espe-

    cialmente para essa clusula.

    3o (VETADO). (Includo pela Lei no 13.129, de 2015)

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  • 55CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    4o (VETADO). (Includo pela Lei no 13.129, de 2015)

    Art. 5o Reportando-se as partes, na clusula compromissria, s re-

    gras de algum rgo arbitral institucional ou entidade especializada,

    a arbitragem ser instituda e processada de acordo com tais regras,

    podendo, igualmente, as partes estabelecer na prpria clusula, ou

    em outro documento, a forma convencionada para a instituio da

    arbitragem.

    Art. 6o No havendo acordo prvio sobre a forma de instituir a arbi-

    tragem, a parte interessada manifestar outra parte sua inteno

    de dar incio arbitragem, por via postal ou por outro meio qualquer

    de comunicao, mediante comprovao de recebimento, convocan-

    do-a para, em dia, hora e local certos, firmar o compromisso arbitral.

    Pargrafo nico. No comparecendo a parte convocada ou, compa-

    recendo, recusar-se a firmar o compromisso arbitral, poder a outra

    parte propor a demanda de que trata o art. 7o desta Lei, perante o r-

    go do Poder Judicirio a que, originariamente, tocaria o julgamento

    da causa.

    Art. 7oExistindo clusula compromissria e havendo resistncia quan-

    to instituio da arbitragem, poder a parte interessada requerer a

    citao da outra parte para comparecer em juzo a fim de lavrar-se o

    compromisso, designando o juiz audincia especial para tal fim.

    1o O autor indicar, com preciso, o objeto da arbitragem, instruindo

    o pedido com o documento que contiver a clusula compromissria.

    2o Comparecendo as partes audincia, o juiz tentar, previamen-

    te, a conciliao acerca do litgio. No obtendo sucesso, tentar o juiz

    conduzir as partes celebrao, de comum acordo, do compromisso

    arbitral.

    CAMARA_2016.indd 55 05/09/16 12:17

  • 56

    3o No concordando as partes sobre os termos do compromisso, de-

    cidir o juiz, aps ouvir o ru, sobre seu contedo, na prpria audincia

    ou no prazo de dez dias, respeitadas as disposies da clusula com-

    promissria e atendendo ao disposto nos arts. 10 e 21, 2o, desta Lei.

    4o Se a clusula compromissria nada dispuser sobre a nomeao

    de rbitros, caber ao juiz, ouvidas as partes, estatuir a respeito, po-

    dendo nomear rbitro nico para a soluo do litgio.

    5o A ausncia do autor, sem justo motivo, audincia designada

    para a lavratura do compromisso arbitral, importar a extino do

    processo sem julgamento de mrito.

    6o No comparecendo o ru audincia, caber ao juiz, ouvido o

    autor, estatuir a respeito do contedo do compromisso, nomeando

    rbitro nico.

    7o A sentena que julgar procedente o pedido valer como compro-

    misso arbitral.

    Art. 8o A clusula compromissria autnoma em relao ao contrato

    em que estiver inserta, de tal sorte que a nulidade deste no implica,

    necessariamente, a nulidade da clusula compromissria.

    Pargrafo nico. Caber ao rbitro decidir de ofcio, ou por provoca-

    o das partes, as questes acerca da existncia, validade e eficcia

    da conveno de arbitragem e do contrato que contenha a clusula

    compromissria.

    Art. 9oO compromisso arbitral a conveno atravs da qual as partes

    submetem um litgio arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo

    ser judicial ou extrajudicial.

    1o O compromisso arbitral judicial celebrar-se- por termo nos au-

    tos, perante o juzo ou tribunal, onde tem curso a demanda.

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  • 57CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    2o O compromisso arbitral extrajudicial ser celebrado por escrito par-

    ticular, assinado por duas testemunhas, ou por instrumento pblico.

    Art. 10. Constar, obrigatoriamente, do compromisso arbitral:

    I o nome, profisso, estado civil e domiclio das partes;

    II o nome, profisso e domiclio do rbitro, ou dos rbitros, ou,

    se for o caso, a identificao da entidade qual as partes dele-

    garam a indicao de rbitros;

    III a matria que ser objeto da arbitragem; e

    IV o lugar em que ser proferida a sentena arbitral.

    Art. 11 Poder, ainda, o compromisso arbitral conter:

    I local, ou locais, onde se desenvolver a arbitragem;

    II a autorizao para que o rbitro ou os rbitros julguem por

    eqidade, se assim for convencionado pelas partes;

    III o prazo para apresentao da sentena arbitral;

    IV a indicao da lei nacional ou das regras corporativas apli-

    cveis arbitragem, quando assim convencionarem as partes;

    V a declarao da responsabilidade pelo pagamento dos ho-

    norrios e das despesas com a arbitragem; e

    VI a fixao dos honorrios do rbitro, ou dos rbitros.

    Pargrafo nico. Fixando as partes os honorrios do rbitro, ou dos

    rbitros, no compromisso arbitral, este constituir ttulo executivo ex-

    trajudicial; no havendo tal estipulao, o rbitro requerer ao rgo

    do Poder Judicirio que seria competente para julgar, originariamen-

    te, a causa que os fixe por sentena.

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  • 58

    Art. 12. Extingue-se o compromisso arbitral:

    I escusando-se qualquer dos rbitros, antes de aceitar a no-

    meao, desde que as partes tenham declarado, expressamen-

    te, no aceitar substituto;

    II falecendo ou ficando impossibilitado de dar seu voto algum

    dos rbitros, desde que as partes declarem, expressamente,

    no aceitar substituto; e

    III tendo expirado o prazo a que se refere o art. 11, inciso III,

    desde que a parte interessada tenha notificado o rbitro, ou o

    presidente do tribunal arbitral, concedendo-lhe o prazo de dez

    dias para a prolao e apresentao da sentena arbitral.

    CAPTULO IIIDOS RBITROS

    Art. 13. Pode ser rbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confian-

    a das partes.

    1o As partes nomearo um ou mais rbitros, sempre em nmero m-

    par, podendo nomear, tambm, os respectivos suplentes.

    2o Quando as partes nomearem rbitros em nmero par, estes es-

    to autorizados, desde logo, a nomear mais um rbitro. No havendo

    acordo, requerero as partes ao rgo do Poder Judicirio a que toca-

    ria, originariamente, o julgamento da causa a nomeao do rbitro,

    aplicvel, no que couber, o procedimento previsto no art. 7o desta Lei.

    3o As partes podero, de comum acordo, estabelecer o processo de

    escolha dos rbitros, ou adotar as regras de um rgo arbitral institu-

    cional ou entidade especializada.

    CAMARA_2016.indd 58 05/09/16 12:17

  • 59CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    4o As partes, de comum acordo, podero afastar a aplicao de dis-

    positivo do regulamento do rgo arbitral institucional ou entidade

    especializada que limite a escolha do rbitro nico, corbitro ou pre-

    sidente do tribunal respectiva lista de rbitros, autorizado o contro-

    le da escolha pelos rgos competentes da instituio, sendo que,

    nos casos de impasse e arbitragem multiparte, dever ser observado

    o que dispuser o regulamento aplicvel. (Redao dada pela Lei no 13.129, de 2015)

    5o O rbitro ou o presidente do tribunal designar, se julgar conve-

    niente, um secretrio, que poder ser um dos rbitros.

    6o No desempenho de sua funo, o rbitro dever proceder com im-

    parcialidade, independncia, competncia, diligncia e discrio.

    7o Poder o rbitro ou o tribunal arbitral determinar s partes o

    adiantamento de verbas para despesas e diligncias que julgar neces-

    srias.

    Art. 14. Esto impedidos de funcionar como rbitros as pessoas que te-

    nham, com as partes ou com o litgio que lhes for submetido, algumas

    das relaes que caracterizam os casos de impedimento ou suspeio

    de juzes, aplicando-se-lhes, no que couber, os mesmos deveres e res-

    ponsabilidades, conforme previsto no Cdigo de Processo Civil.

    1o As pessoas indicadas para funcionar como rbitro tm o dever de

    revelar, antes da aceitao da funo, qualquer fato que denote dvi-

    da justificada quanto sua imparcialidade e independncia.

    2o O rbitro somente poder ser recusado por motivo ocorrido aps

    sua nomeao. Poder, entretanto, ser recusado por motivo anterior

    sua nomeao, quando:

    CAMARA_2016.indd 59 05/09/16 12:17

  • 60

    a)no for nomeado, diretamente, pela parte; ou

    b) o motivo para a recusa do rbitro for conhecido posterior-

    mente sua nomeao.

    Art. 15. A parte interessada em argir a recusa do rbitro apresentar,

    nos termos do art. 20, a respectiva exceo, diretamente ao rbitro ou

    ao presidente do tribunal arbitral, deduzindo suas razes e apresen-

    tando as provas pertinentes.

    Pargrafo nico. Acolhida a exceo, ser afastado o rbitro suspeito

    ou impedido, que ser substitudo, na forma do art. 16 desta Lei.

    Art. 16. Se o rbitro escusar-se antes da aceitao da nomeao, ou,

    aps a aceitao, vier a falecer, tornar-se impossibilitado para o exer-

    ccio da funo, ou for recusado, assumir seu lugar o substituto indi-

    cado no compromisso, se houver.

    1o No havendo substituto indicado para o rbitro, aplicar-se-o as

    regras do rgo arbitral institucional ou entidade especializada, se as

    partes as tiverem invocado na conveno de arbitragem.

    2o Nada dispondo a conveno de arbitragem e no chegando as

    partes a um acordo sobre a nomeao do rbitro a ser substitudo,

    proceder a parte interessada da forma prevista no art. 7o desta Lei, a

    menos que as partes tenham declarado, expressamente, na conven-

    o de arbitragem, no aceitar substituto.

    Art. 17. Os rbitros, quando no exerccio de suas funes ou em razo

    delas, ficam equiparados aos funcionrios pblicos, para os efeitos da

    legislao penal.

    Art. 18. O rbitro juiz de fato e de direito, e a sentena que proferir

    no fica sujeita a recurso ou a homologao pelo Poder Judicirio.

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  • 61CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    CAPTULO IVDO PROCEDIMENTO ARBITRAL

    Art. 19. Considera-se instituda a arbitragem quando aceita a nomea-

    o pelo rbitro, se for nico, ou por todos, se forem vrios.

    1o Instituda a arbitragem e entendendo o rbitro ou o tribunal arbi-

    tral que h necessidade de explicitar questo disposta na conveno

    de arbitragem, ser elaborado, juntamente com as partes, adendo fir-

    mado por todos, que passar a fazer parte integrante da conveno

    de arbitragem. (Includo pela Lei no 13.129, de 2015)

    2o A instituio da arbitragem interrompe a prescrio, retroagindo

    data do requerimento de sua instaurao, ainda que extinta a arbitra-

    gem por ausncia de jurisdio. (Includo pela Lei no 13.129, de 2015)

    Art. 20. A parte que pretender argir questes relativas competn-

    cia, suspeio ou impedimento do rbitro ou dos rbitros, bem como

    nulidade, invalidade ou ineficcia da conveno de arbitragem, deve-

    r faz-lo na primeira oportunidade que tiver de se manifestar, aps a

    instituio da arbitragem.

    1o Acolhida a argio de suspeio ou impedimento, ser o rbitro

    substitudo nos termos do art. 16 desta Lei, reconhecida a incompe-

    tncia do rbitro ou do tribunal arbitral, bem como a nulidade, inva-

    lidade ou ineficcia da conveno de arbitragem, sero as partes re-

    metidas ao rgo do Poder Judicirio competente para julgar a causa.

    2o No sendo acolhida a argio, ter normal prosseguimento a ar-

    bitragem, sem prejuzo de vir a ser examinada a deciso pelo rgo

    do Poder Judicirio competente, quando da eventual propositura da

    demanda de que trata o art. 33 desta Lei.

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  • 62

    Art. 21. A arbitragem obedecer ao procedimento estabelecido pelas

    partes na conveno de arbitragem, que poder reportar-se s regras

    de um rgo arbitral institucional ou entidade especializada, facul-

    tando-se, ainda, s partes delegar ao prprio rbitro, ou ao tribunal

    arbitral, regular o procedimento.

    1o No havendo estipulao acerca do procedimento, caber ao r-

    bitro ou ao tribunal arbitral disciplin-lo.

    2o Sero, sempre, respeitados no procedimento arbitral os princ-

    pios do contraditrio, da igualdade das partes, da imparcialidade do

    rbitro e de seu livre convencimento.

    3o As partes podero postular por intermdio de advogado, respei-

    tada, sempre, a faculdade de designar quem as represente ou assista

    no procedimento arbitral.

    4o Competir ao rbitro ou ao tribunal arbitral, no incio do procedi-

    mento, tentar a conciliao das partes, aplicando-se, no que couber,

    o art. 28 desta Lei.

    Art. 22. Poder o rbitro ou o tribunal arbitral tomar o depoimento

    das partes, ouvir testemunhas e determinar a realizao de percias

    ou outras provas que julgar necessrias, mediante requerimento das

    partes ou de ofcio.

    1o O depoimento das partes e das testemunhas ser tomado em lo-

    cal, dia e hora previamente comunicados, por escrito, e reduzido a

    termo, assinado pelo depoente, ou a seu rogo, e pelos rbitros.

    2o Em caso de desatendimento, sem justa causa, da convocao

    para prestar depoimento pessoal, o rbitro ou o tribunal arbitral le-

    var em considerao o comportamento da parte faltosa, ao proferir

    sua sentena; se a ausncia for de testemunha, nas mesmas circuns-

    tncias, poder o rbitro ou o presidente do tribunal arbitral requerer

    CAMARA_2016.indd 62 05/09/16 12:17

  • 63CMARA DE CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM CIESP/FIESP

    autoridade judiciria que conduza a testemunha renitente, compro-

    vando a existncia da conveno de arbitragem.

    3o A revelia da parte no impedir que seja proferida a sentena ar-

    bitral.

    4o (Revogado pela Lei no 13.129, de 2015)

    5o Se, durante o procedimento arbitral, um rbitro vier a ser substi-

    tudo fica a critrio do substituto repetir as provas j produzidas.

    CAPTULO IV-A(Includo pela Lei no 13.129, de 2015)

    DAS TUTELAS CAUTELARES E DE URGNCIA

    Art. 22-A. Antes de instituda a arbitragem, as partes podero recorrer

    ao Pod