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CONFERÊNCIAS DE ECONOMIA SOCIAL Conhecer o Presente. Confiar no Futuro 12-16 de Setembro de 2011 Fundação Cidade de Lisboa. ECONOMIA SOCIAL Um Novo Paradigma, Económico e Civilizacional? Hélder Bruno Martins Vereador da Educação e da Cultura Câmara Municipal da Lousã - PowerPoint PPT Presentation
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CONFERÊNCIASCONFERÊNCIASDE DE ECONOMIA SOCIALECONOMIA SOCIAL
Conhecer o Presente. Confiar no FuturoConhecer o Presente. Confiar no Futuro
12-16 de Setembro de 2011Fundação Cidade de Lisboa
ECONOMIA SOCIALUm Novo Paradigma, Económico e Civilizacional?
Hélder Bruno MartinsVereador da Educação e da Cultura
Câmara Municipal da LousãInvestigador INET/UAveiro
Bolseiro FCT
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ECONOMIA SOCIALUm Novo Paradigma, Económico e Civilizacional?
Introdução
- As Autarquias e a Economia Social – parcerias estratégicas para o desenvolvimento global das comunidades
- As limitações das Autarquias e a importância da Economia Social no suprimento das necessidades das populações
- A Economia Social e a sua importância na promoção do desenvolvimento
- O modelo político-económico e a génese da crise mundial
- A Economia Social como exemplo inspirador para um novo paradigma económico e civilizacional (“Economia Social – uma constelação de esperanças” (“Economia Social – uma constelação de esperanças” Prof. Dr. Rui Namorado)
- O papel das autarquias na promoção do novo paradigma
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1) O Sistema Económico-financeiro Mundial – dos anos 70/80 (séc. XX) ao “Princípio do Fim”
EUA – anos 70 e 80 (séc. XX): Gerald Ford, Jimmy Carter e Ronald Reagan (os primeiros protagonistas do neo-liberalismo económico)
- Desregulamentação/Desregulação- Liberalização - Flexibilização do trabalho- Privatizações/ “Redução do Estado”- Benefícios e regalias atribuídas aos grandes grupos financeiros e
investidores
Em 1981, Ronald Reagan anunciava que o grande objectivo da nação era o grande objectivo da nação era o crescimento e a prosperidade económica. crescimento e a prosperidade económica.
Com a administração Reagan estas políticas direcionadas para a “indústria do lucro” foram ainda mais liberais e radicais, implementadas de forma rápida, tendo ficado conhecidas como “Reaganomics”“Reaganomics”.
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1) O Sistema Económico-financeiro Mundial – dos anos 70/80 (séc. XX) ao “Princípio do Fim” (continuação)
Inglaterra – anos 80 (séc. XX): Margaret Tatcher (enceta as políticas económicas liberais à imagem do que se estava a passar nos EUA)
- Desregulamentação/Desregulação- Liberalização - Flexibilização das Leis do Trabalho- Privatizações/ “Redução do Estado”- Benefícios e regalias atribuídas aos grandes grupos financeiros e
investidores- Assumidamente contra os sindicatos
Ficou conhecida como “A Dama de Ferro” e Ronald Reagan designou-a como “o homem forte do Reino Unido”.
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Reagan e Thatcher constituíram a dupla político-ideológica contra o Bloco de
Leste.
Ações políticas:
- Liberalização,
- Desregulamentação,
- Flexibilização,
- Privatização e alienação do Estado,
- Regalias fiscais aos grandes investidores.
Reagan e Thatcher fizeram com que no Bloco Ocidental, lhes seguissem o
caminho, não só por necessidade de dependência política, económica e
financeira, mas também devido ao facto dos políticos nacionais se
identificarem ideologicamente com os princípios político-económicos
neoliberais, como foi o caso em Portugal.
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1) O Sistema Económico-financeiro Mundial – dos anos 70/80 (séc. XX) ao “Princípio do Fim” (continuação)
1989/1990
- Falência de centenas de pequenas companhias de crédito e poupança
- 124.000 Milhões de USD
- Aumento da concentração de riqueza
- Atualmente, mais de 40% da riqueza concentrada em 1% da humanidade.
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1) O Sistema Económico-financeiro Mundial – dos anos 70/80 (séc. XX) ao “Princípio do Fim” (continuação)
Alan Greenspan, Presidente da Reserva Federal (nomeado por Reagan, Clinton e G. W. Bush)
- Maior desregulação/desregulamentação e liberalização dos mercados (quase total) e arriscada para os pequenos e micro investidores
- Wall Street controlava o lobby financeiro de Democratas e de Republicanos
O setor financeiro estava consolidado, concentrado e controlado em poucas firmas financeiras, cada uma delas verdadeiramente gigantesca à escala global. A falência de uma destas firmas arrastaria consigo todo o sistema financeiro.
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1) O Sistema Económico-financeiro Mundial – dos anos 70/80 (séc. XX) ao “Princípio do Fim” (continuação)
1998
- Administração Clinton » Citicorp e Travelers fundiram-se para formar a Citigroup
- Violação Lei Glass-Steagall Act,
"Esta fusão foi ilegal. Alan Greenspan não atuou e compactuou, não só por ter deixado avançar a fusão, mas também por lhes ter concedido um ano de isenções fiscais”.
Robert Gnaizda, Director do Greenling Institute
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1) O Sistema Económico-financeiro Mundial – dos anos 70/80 (séc. XX) ao “Princípio do Fim” (continuação)
1999
- o Congresso aprova o Gramm-Leach-Bliley Act, que ficou conhecido como a “Despenalização da criação do Citigroup” ou como a “Lei da Modernização dos Serviços Financeiros (!)”
- Esta nova Lei revogou a Glass-Steagall e abriu o caminho para futuras fusões
No final da década de 90 (séc. XX) » nova crise provocada pelos investimentos avultados feitos pelos bancos em produtos de internet – a “Nova Bolha”.
- o crash de 2001, causou perdas de 5 Triliões de USD para pequenos investidores, direcionados em lucros para os grandes investidores.
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2) O Caso da Islândia – antes do ano 2000
"We had almost end-of-history status."(Andri Magnason, escritor e realizador islandês)
- População: 320.000 habit.- PIB: 13.000 M de USD- Democracia sólida- Elevado nível de vida - Taxa de desemprego residual- Dívida pública residual- Infra-estruturalmente desenvolvida- Indústria ecológica e sustentável- Energia limpa- Excelente qualidade do ar- Produção agrícola sustentável- Actividade piscatória com sistema de quotas a geri-la- Cultura, Educação e Saúde públicas e com elevada qualidade- Taxa de criminalidade residual- Altos índices de qualidade de vida
(Gylfi Zoega, prof. de economia na Universidade da Islândia, actual Presidente do Banco Central da Islândia)
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2.1) O Caso da Islândia – depois do ano 2000
O governo iniciou uma política de liberalização económica, através da flexibilização e da desregulamentação do mercado e da economia nacionais.
Desta forma, o Governo Islandês abriu a porta para a entrada dos especuladores e investidores internacionais, o que resultou numa das maiores e mais puras experiências acerca das políticas económico-financeiras neoliberais e de desregulamentação alguma vez posta em prática em tão pouco tempo.
Em fevereiro de 2007, as agências de rating subiram a avaliação dos bancos islandeses para a nota máxima: AAA.
Em Setembro de 2008, o colapso internacional arrastou a Islândia para a maior crise financeira da sua história: os bancos islandeses estiveram no limiar da falência, o desemprego triplicou em 6 meses, a consternação popular despoletou em massa.
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3) Economia Social – muito para além do 3.º Setor, uma filosofia económica para o Século XXI
A procura louca pelos lucros empresariais está a ameaçar-nos a todos. Não há dúvida que devemos apoiar o crescimento económico e o desenvolvimento, mas apenas num contexto mais alargado que promova a sustentabilidade ambiental e os valores da compaixão e da honestidade necessários para a confiança social.
Jeffrey Sachsprofessor de economia e diretor do Instituto da Terra da Universidade de Columbia; Concelheiro do Secretário Geral das Nações Unidas para os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Emergência de uma nova consciência global, mais solidária, humanista, ecológica.
"Parem de mimar os super-ricos" Warren Buffett – multimilionário EUA.
Buffet afirma que no último ano, somente pagou 17,4% dos seus rendimentos tributáveis
A esmagadora maioria das pessoas pagam entre 33% e 41% .
“Enquanto a maior parte dos americanos luta para fazer face às despesas, nós os mega-ricos continuamos a ter isenções fiscais extraordinárias [...] E para aqueles que defendem que as taxas mais altas impedem a criação de empregos, eu digo apenas que foram criados 40 milhões de postos entre 1980 e 2000. Sabem o que tem acontecido desde aí: impostos muito mais baixos e muito menor criação de emprego”. (Warren Buffet)
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11 de Setembro de 2001 » o marco simbólico para o princípio do fim deste sistema
A Economia Social como fonte inspiradora para um novo sistema económico uma nova organização política e social.
Exclusão definitiva do neoliberalismo, da flexibilização das leis laborais, da desregulação, da especulação.
“Economia baseada em recursos”Jacques Fresco – engenheiro social, mentor do Vénus Project
Uma economia que respeite o Capital em função do trabalho e da produção.
Uma economia que coloque as pessoas no centro das decisões dos governos.
Regulação, supervisão, sistemas fiscais e leis laborais com enquadramento mundial.
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3.1) O papel das autarquias na promoção do novo paradigma
Comendador João Elisário de Carvalho Montenegro
- emigrou para o Brasil na segunda metade do séc. XIX
- Em São Paulo, funda a Colónia Nova Lousã:• libertou o trabalho escravo e tornou-o assalariado• as decisões eram tomadas em plenários de trabalhadores• as mulheres estavam autorizadas a votar• os lucros eram distribuídos pelos trabalhadores
O Comendador fez fortuna e implementou uma rede de caminho de ferro e apoiou a construção do hospital local entre outras ações de benemerência. Nunca se esqueceu da Lousã, onde foi o principal impulsionador da construção do hospital de S. João (1866) e da Biblioteca Municipal (1868).
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Economia Social no Concelho da Lousã
Parceiros Estratégicos da Câmara Municipal:
• Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados da Lousã (ARCIL)• Santa Casa da Misericórdia da Lousã• ACTIVAR• Associação de Defesa do Idoso e da Criança (ADIC)• Centro Social de Casal de Ermio• Centro Social da Ponte Velha• Associação de Desenvolvimento Social e Cultural dos Cinco Lugares• Associação Recreativa Cultural e Social das Gândarasentre outras existentes nas várias freguesias.
Intervêm socialmente, criam emprego, geram riqueza, desenvolvem o Concelho.
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As autarquias como importantes agentes de promoção da Economia Social enquanto paradigma de desenvolvimento.
Potenciar a exploração sustentável dos recursos endógenos, geo-humanos
Reestruturar o tecido económico, com nichos de negócio ou com a criação de unidades de produção » respostas de combate ao desemprego
Alguns casos de desempregados estão em vias resolução através da criação do seu próprio negócio.
A filosofia da Economia Social é central na abordagem feita junto de cada munícipe que procura a CMLousã para apresentar o seu problema ou o seu projeto.
A Economia Social, para que seja alargada a todos os setores económicos, obrigará o Estado a regular e controlar os lucros e a redistribuir melhor a riqueza.
Hélder Bruno MartinsVereador da Educação e da Cultura
Câmara Municipal da LousãInvestigador INET/UAveiro
Bolseiro FCT
Lisboa, 14 de setembro de 2011.