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O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país
INAUGURAÇÃO – NOVOS ESPAÇOS DO SINDICATOAMANHÃ, A PARTIR DAS 19h
Edição Diária 7264 | Salvador, terça-feira, 01.08.2017 Presidente Augusto Vasconcelos
CONFERÊNCIA NACIONAL
Conjuntura em debate no Encontro da Juventude
Desemprego aumenta busca pelo Bolsa Família
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Reunidos em São Paulo, durante a Conferência Nacional, os bancários definiram as estratégias de enfrentamento aos ataques do governo e em defesa dos bancos públicos, dos direitos e dos empregos. É o fortalecimento da luta contra o desmonte feito por Temer. Página 3
Barrar o desmonte
Na 19ª Conferência Nacional, bancários aprovam plano de lutas a e estratégias para a Campanha Nacional
jaílton garcia / caetano ribas
o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, terça-feira, 01.08.20172 BANCÁRIOS
Encontro acontece sábado e domingo, em SaubaraFAbiANA PAChECo [email protected]
manoel porto
Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933
O BANCÁRIO
Fim de semana para a juventude em Saubara
informativo do Sindicato dos bancários da bahia. Editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-bahia. CEP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - [email protected] responsável: Rogaciano Medeiros - Reg. MTE 879 DRT-bA. Chefe de Reportagem: Rose Lima - Reg. MTE 4645 DRT-bA. Repórteres: Ana beatriz Leal - Reg. MTE 4590 DRT-bA e Rafael barreto - Reg. SRTE-bA 4863. Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar. Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.
O 6º ENCONTRO da Juventu-de Bancária promete muitas
discussões. O evento acontece sábado e domingo, no Águas Claras Beach Resort, municí-pio de Saubara. Podem par-ticipar, bancários com até 35 anos de idade.
O tema deste ano é Desafios do novo mundo do trabalho. O momento requer análises pro-fundas sobre a atual conjun-
tura nacional e as mudanças no mundo do trabalho com a aprovação da reforma traba-lhista e da terceirização. As no-vas leis retiram direitos fun-damentais dos trabalhadores brasileiros.
Os debates prometem. A programação está bem diver-sificada e conta com temas de extrema importância. Sábado, o encontro começa às 9h com uma análise sobre a situação econômica e política do Brasil, com o deputado federal Da-niel Almeida e o professor de economia da UFBA, José Sér-gio Gabrielli.
À tarde, tem palestra com o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, sobre os impac-tos imediatos das reformas tra-balhista e da Previdência e da lei da terceirização. Antes, tem discussão sobre os impactos das novas tecnologias no mundo do trabalho com o presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza. A plenária fi-nal é domingo, às 9h.
Deu Chapa 1 na Fundação Itaú UnibancoCOM 1.879 votos, a Chapa 1 - Convicção e Experiência foi eleita para os conselhos Deliberativo e Fiscal - Ativos da Fundação Itaú Unibanco. A chapa contou com o apoio do Sindicato dos Bancários da Bahia.
Os titulares do Conselho Deliberativo são Erica Mon-teiro de Godoy Mauri e Ser-gio Martins de Souza e os su-plentes, Carlos Mauricio de Oliveira e Cesar Gomes Cal-dana. No Conselho Fiscal en-traram Ted Silvino Ferreira e Onisio Paulo Machado como titulares, e José Ribamar Pa-checo e Antonio Augusto Borges (suplentes).
A votação para os con-selhos Deliberativo e Fis-cal - Assistido também foi expressiva. Ao todo, 2.973 participantes votaram na chapa 1 e elegeram Eurí-pedes Arantes de Freitas e Manoel de Jesus Valverde como titulares do Conselho Deliberativo, e Maria Lúcia Machado e José Carlos La-vecchia, suplentes.
O SINDICATO reuniu os bancá-rio integrantes das ações do ex-tinto Baneb, hoje Bradesco, em assembleia, na noite de ontem, na sede da entidade, para dar informes sobre o andamento dos processos.
A ação do 13º salário está em fase de discussão de cálculo. Já sobre a de bonificação de fé-rias, o Sindicato dos Bancários aguarda audiência para julgar a execução. Os trabalhadores aprovaram ainda o percentual de honorários advocatícios.
Em assembleia, Sindicato trata de ações do extinto Baneb
integrantes do extinto baneb lotam auditório do Sindicato para receber informes sobre as ações movidas pela entidade
o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, terça-feira, 01.08.2017 3CONFERÊNCIA NACIONAL
Ações para proteger o emprego, os bancos públicos, a democracia e os sindicatosRAFAEL bARRETo [email protected]
jaílton garcia / caetano ribas
jaílton garcia / caetano ribas
Plano em defesa dos direitos
O REAJUSTE salarial com re-posição da inflação mais 1% de aumento real deste ano foi
garantido no acordo bianual da campanha salarial de 2016. Mas, se os bancos pensam que
isso fará parar as mobilizações contra a ofensiva neoliberal, es-tão muito enganados.
Na 19ª Conferência Na-cional dos Bancários, ocorri-da no fim de semana, em São Paulo, a categoria traçou um plano de lutas para enfrentar os retrocessos impostos pelo
bancos de menor porte em extinçãoESTÁ na cartilha do sistema financeiro. Para favorecer os grandes bancos privados, é preciso sucatear, o máximo possível, os públicos e extinguir as pequenas empresas do setor. É isso que faz o governo Temer.
Além de promover reestruturações no Banco do Brasil e na Caixa, a equipe econô-mica, adepta ao entreguismo, retira recur-
governo Temer. Entre as ban-deiras, a defesa contra a reti-rada de direitos prevista pelas reformas trabalhista e da Pre-vidência, contra a ampliação das terceirizações, contra o desmonte dos bancos públicos e a digitalização para reduzir os empregos.
Os bancários aprovaram ain-da um documento que deve ser entregue à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), no dia 8 de agosto, explicitando cada desrespeito colocado em prática pelo governo, especialmente so-bre a reforma trabalhista.
Foram aprovadas moções contra a reforma trabalhista, o ataque ao Estado Democrático de Direito e o uso político da operação Lava Jato. A campa-nha será de muita conscientiza-ção política e combate público aos desmontes.
Com Temer, Cassi corre sério riscoOS FUNCIONÁRIOS do Banco do Brasil devem ampliar as mobilizações para evitar perdas irreparáveis. As ações do governo Temer vão além do desmonte da estatal. O ataque é também contra a Cassi.
Uma resolução da Comissão Interminis-terial de Governança Corporativa e Admi-nistrativa, vinculada ao Ministério do Pla-nejamento, prevê mudanças no convênio de autogestão, criando limites de custeio e ou-tras regras. O documento circula pelas re-des sociais e tem causado revolta.
Entre as alterações, paridade de custeio entre o mantenedor e funcionários. Hoje, o BB paga 4,5% e os bancários 3%. As me-didas preveem ainda limite de gastos com assistência à saúde a 8% da folha de paga-mento de ativos e aposentados e estabelece que novas adesões aos planos existentes só podem ser feitas se as contribuições forem distintas por faixa etária e faixa salarial.
Por fim, o documento determina que todo plano de empresa estatal cobre copar-ticipação nos serviços de saúde. A resolução fere os princípios básicos dos planos de saú-de, pois acaba com a solidariedade da Cassi. Hoje todos pagam 3% do salário.
sos do BNB e tenta a privatização de bancos regionais e estaduais como o Banrisul, Ba-desul e BRB, assim como na época do go-verno FHC, que deixou centenas de desem-pregados ao liquidar o Baneb, o Banespa e o Banerj. A 19ª Conferência Nacional dos Bancários aprovou moções de repúdio a es-sas tentativas desrespeitosas.
Sindicato dos bancários da bahia defende a unidade da categoria para derrotar o neoliberalismo no brasil
Durante a Conferência, os delegados da bahia chamam atenção para o desmonte das estatais
o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, terça-feira, 01.08.20174
SAQUE
RETROCESSO
Desemprego alto faz com que milhares recorram ao benefício. É o neoliberalismoRoSE LiMA [email protected]
Bolsa Família recebe 143 mil
O GOVERNO de Michel Temer é um desastre total, sobretudo para a população mais carente.
O agravamento da crise eco-nômica e o aumento da taxa de desemprego fizeram mais
de 143 mil retornarem para o Bolsa Família. A fila de espera também cresceu. Hoje, 525 mil aguardam o benefício.
O estado de São Paulo tem o maior número de pessoas que voltaram a receber o programa, 20.458. A Bahia aparece na se-gunda posição, 16.781, seguido de Minas Gerais, 13.258 e Per-nambuco, 11.973.
O governo ainda reduziu o número de bolsas disponíveis à população. Justamente no mo-mento em que os mais pobres
precisam. Em um ano, 2,8 mi-lhões de famílias foram exclu-ídas do programa que atende agora 12,7 milhões.
Alegando corte de despesa, Temer suspendeu, em junho, o reajuste de 4,6% previsto para o Bolsa Família. No entanto, o presidente segue abrindo a mão para comprar voto dos parlamentares, na tentativa de fugir da denúncia de cri-me de corrupção passiva e as-sim continuar à frente do país. Vergonhoso.
Juros do cartão chegam a 460% ao ano. ExplosãoSEM fiscalização, os bancos continuam a explorar os con-sumidores brasileiros. O cliente que atrasa o pagamento míni-mo da fatura tem de desembol-sar 460,7% só de juros. Os da-dos são do Banco Central.
A taxa de juro médio total cobrada no rotativo do cartão de crédito também está bem salgada, registrou 378,3% em junho. Outra modalidade que costuma dar muita dor de cabe-ça é o cheque especial. O índice segue bem acima dos 300%. Fe-chou junho em 322,6%.
Com a liberdade que os ban-cos têm no Brasil, o cidadão deve fazer um bom planeja-
mento para não ficar endivi-dado e entrar em uma bola de neve. Os bancos não aliviam. A política é tirar tudo o que pode do consumidor.
É o desespero. Fila de espera para o bolsa Família tem 525 mil pessoas
Rotativo do cartão doi no bolso
DOMINADO Amanhã, a Câmara Federal define o futuro do presidente da República e os destinos do Brasil. Apesar de rejei-tado por mais de 90% da população, do agravamento da crise econômica, de a Globo anunciar televisionamento direto e da pesquisa Ibope, divulgada ontem, de que para 73% dos brasilei-ros deputado que apoia Temer também é corrupto e não merece ser reeleito, as possibilidades maiores são de negação do proces-so no STF. O Planalto abriu o cofre, e diante de um Parlamento demasiadamente fisiológico, a tendência é o homem se salvar.
DECISIVO Assim como aconteceu na Comissão de Constitui-ção e Justiça, o apoio do PSDB será decisivo para a salvação de Temer. É o pagamento dos tucanos em troca da operação co-mandada pelo Palácio do Planalto, que garantiu a devolução do mandato de senador de Aécio Neves (MG), suspenso pelo STF depois de ter sido flagrado em crimes de obstrução da Justiça, cobrança de propina e plano para assassinato.
COLADO Pré-candidato ao governo do Estado, ACM Neto (DEM) está fechado com o esquemão para salvar Temer. Inclu-sive, é acusado de ter usado a amizade com o presidente para impedir a liberação de empréstimo de R$ 200 milhões para a Bahia. Dinheiro seria aplicado em estradas, saúde e educação. Quer dizer, para atingir o governador Rui Costa ele prejudica toda a população. Liderados pelo prefeito de Salvador, os quatro deputados do Democratas – José Carlos Aleluia, Cláudio Cajado, Elmar Nascimento e Paulo Azi - votam pela salvação de Temer.
OFERECIDO A entrevista do procurador federal Carlos Fer-nando Lima à Folha de São Paulo, semana passada, continua a gerar furor entre políticos, juristas e advogados. Ganha força a proposta de uma intervenção do Conselho Nacional do Minis-tério Público. Como se não bastasse o fato de ter insistido em condenação sem provas e não esconder a manipulação política na Lava Jato, ele teve o desplante de se oferecer para o mercado. Se colocou à disposição de empresas. Admitiu que a operação foi criada para facilitar o impeachment.
ESPELHO A barbaridade cometida pela desembargadora Tâ-nia Borges, de Mato Grosso do Sul, que no dia 21 de julho foi pessoalmente ao presídio onde o filho Breno estava preso, por ter sido flagrado com 130 quilos de maconha mais munição para fuzil, e o levou para casa, reflete a exacerbação dos abusos de poder que tomaram conta do Brasil a partir do golpe do impea-chment. Os maus exemplos partem do STF, do Ministério Públi-co, da PGR, do Parlamento, que não respeitam a Constituição e demais leis. É a desordem institucional. Um grande perigo.
