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Introdução
Os conflitos existem desde o inÌcio da humanidade, fazem parte do processo
de evolução dos seres humanos e necessarios para o desenvolvimento e o
crescimento de qualquer sistema familiar, social, polÌtico e organizacional.
… possÌvel pensar in˙meras alternativas para indivÌduos e grupos lidarem
com os conflitos. Estes podem ser ignorados ou abafados, ou sanados e
transformados num elemento auxiliar na evoluÁ„o de uma sociedade ou orgamiozão
Se observarmos a histÛria, atÈ h· pouco tempo a ausÍncia de conflitos
era encarada como express„o de bom ambiente, boas relaÁıes e, no caso das
organizaÁıes, como sinal de competÍncia.
Alguns profissionais viam o conflito de forma negativa, como resultante
da a Á „o e do compor t amento de pe s soa s inde s e j ·ve i s , a s soc i ado ‡
agressividade, ao confronto fÌsico e verbal e a sentimentos negativos, os
quais eram considerados prejudiciais ao bom relacionamento entre as pessoas
e, conseq¸entemente, ao bom funcionamento das organizaÁıes.
1 Vis„o positiva do conflito
O conflito È fonte de idÈias novas, podendo levar a discussıes abertas
sobre determinados assuntos, o que se revela positivo, pois permite a express„o
e exploraÁ„o de diferentes pontos de vista, interesses e valores.48
CAPITAL
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Em alguns momentos, e em determinados nÌveis, o conflito pode ser
considerado necess·rio se n„o se quiser entrar num processo de estagnaÁ„o.
Assim, os conflitos n„o s„o necessariamente negativos; a maneira como
lidamos com eles È que pode gerar algumas reaÁıes.
A administraÁ„o de conflitos consiste exatamente na escolha e
implementaÁ„o das estratÈgias mais adequadas para se lidar com cada tipo
de situaÁ„o.
Para entender um pouco mais a vis„o positiva de conflito iremos
conceitu·-lo aqui como um processo onde uma das partes envolvidas percebe
que a outra parte frustrou ou ir· frustrar os seus interesses. Isto quer dizer
que no dia-a-dia vivemos o conflito de diferentes maneiras: quantas vezes as
pessoas n„o atravessam nosso caminho, dificultando ou mesmo impedindo o
atingimento de nossos objetivos? Assim, o conflito n„o deve ser visto apenas
como impulsionador de agressıes, disputas ou ataques fÌsicos, mas como um
processo que comeÁa na nossa percepÁ„o e termina com a adoÁ„o de uma
aÁ„o adequada e positiva.
2 PossÌveis causas do conflito
Para a correta administraÁ„o do conflito È importante que sejam
conhecidas as possÌveis causas que levaram ao seu surgimento. Dentre elas,
È possÌvel citar:
ï ExperiÍncia de frustraÁ„o de uma ou ambas as partes: incapacidade
de atingir uma ou mais metas e/ou de realizar e satisfazer os seus
desejos, por algum tipo de interferÍncia ou limitaÁ„o pessoal, tÈcnica
ou comportamental;
ï DiferenÁas de personalidade: s„o invocadas como explicaÁ„o para
as desavenÁas tanto no ambiente familiar como no ambiente de
trabalho, e reveladas no relacionamento di·rio atravÈs de algumas
caracterÌsticas indesej·veis na outra parte envolvida;
ï Metas diferentes: È muito comum estabelecermos e/ou recebermos
metas/objetivos a serem atingidos e que podem ser diferentes dos
de outras pessoas e de outros departamentos, o que nos leva ‡
geraÁ„o de tensıes em busca de seu alcance;
A administraÁ„o de conflitos consiste exatamente
na escolha e implementaÁ„o das estratÈgias mais
adequadas para se lidar com cada tipo de situaÁ„o49
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ï DiferenÁas em termos de informaÁıes e percepÁıes: costumeiramente
tendemos a obter informaÁıes e analis·-las ‡ luz dos nossos
conhecimentos e referenciais, sem levar em conta que isto ocorre
tambÈm com o outro lado com quem temos de conversar e/ou apresentar
nossas idÈias, e que este outro lado pode ter uma forma diferente de
ver as coisas.
3 NÌveis de conflito
Um conflito, como j· se viu, freq¸entemente pode surgir de uma pequena
diferenÁa de opiniıes, podendo se agravar e atingir um nÌvel de hostilidade
que chamamos de conflito destrutivo.
A seguir, È possÌvel acompanhar a evoluÁ„o dos conflitos e suas
caracterÌsticas:
ï NÌvel 1 - Discuss„o: È o est·gio inicial do conflito; caracteriza-se
normalmente por ser racional, aberta e objetiva;
ï NÌvel 2 - Debate: neste est·gio, as pessoas fazem generalizaÁıes e
buscam demonstrar alguns padrıes de comportamento. O grau de
objetividade existente no nÌvel 1 comeÁa a diminuir;
ï NÌvel 3 - FaÁanhas: as partes envolvidas no conflito comeÁam a
mostrar grande falta de confianÁa no caminho ou alternativa
escolhidos pela outra parte envolvida;
ï NÌvel 4 - Imagens fixas: s„o estabelecidas imagens preconcebidas
com relaÁ„o ‡ outra parte, fruto de experiÍncias anteriores ou de
preconceitos que trazemos, fazendo com que as pessoas assumam
posiÁıes fixas e rÌgidas;
ï NÌvel 5 - Loss of face (ìficar com a cara no ch„oî): trata-se da
postura de ìcontinuo neste conflito custe o que custar e lutarei atÈ
o fimî, o que acaba por gerar dificuldades para que uma das partes
envolvidas se retire;
ï NÌvel 6 - EstratÈgias: neste nÌvel comeÁam a surgir ameaÁas e as
puniÁıes ficam mais evidentes. O processo de comunicaÁ„o, uma
das peÁas fundamentais para a soluÁ„o de conflitos, fica cada vez
mais restrito;
ï NÌvel 7 - Falta de humanidade: no nÌvel anterior evidenciam-se as
ameaÁas e puniÁıes. Neste, aparecem com muita freq¸Íncia os50
CAPITAL
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primeiros comportamentos destrutivos e as pessoas passam a se
sentir cada vez mais desprovidas de sentimentos;
ï NÌvel 8 - Ataque de nervos: nesta fase, a necessidade de se
autopreservar e se proteger passa a ser a ˙nica preocupaÁ„o. A
principal motivaÁ„o È a preparaÁ„o para atacar e ser atacado;
ï NÌvel 9 - Ataques generalizados: neste nÌvel chega-se ‡s vias de
fato e n„o h· outra alternativa a n„o ser a retirada de um dos dois
lados envolvidos ou a derrota de um deles.
O mode lo apr e s ent ado apl i c a - s e a qua lque r t ipo de conf l i to.
Dependendo da import‚ncia que se d· ao conflito - ignorando-o ou reprimindoo - ele tende a crescer e a se agravar. PorÈm, quando È reconhecido e as aÁıes
corretivas s„o aplicadas imediatamente, poder· ser resolvido e transformar-se
numa forÁa positiva, capaz de mudar h·bitos e nos estimular a buscar resultados
mais positivos.
4 Tipos de conflito
O conflito È um elemento importante. Seja na din‚mica pessoal ou
organizacional, È um fator inevit·vel. Por mais que se desenvolvam esforÁos
no sentido de elimin·-lo, n„o poderemos contÍ-lo. Observam-se, hoje, in˙meros
profissionais disseminando fÛrmulas e estratÈgias para trabalhar com os
conflitos. No entanto, o que se faz necess·rio È conhecÍ-los, saber qual È sua
amplitude e como estamos preparados para trabalhar com eles.
Existem v·rios tipos de conflito e sua identificaÁ„o pode auxiliar a
detectar a estratÈgia mais adequada para administr·-lo:
ï Conflito latente: n„o È declarado e n„o h·, mesmo por parte dos
elementos envolvidos, uma clara consciÍncia de sua existÍncia.
Eventualmente n„o precisam ser trabalhados;
Para lidar com conflitos, È
importante conhecÍ-los, saber
qual È sua amplitude e como
estamos preparados para
trabalhar com eles51
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EMPRESARIAL
ï Co n f l i t o p e r c e b i d o: o s e l eme n t o s e n v o l v i d o s p e r c e b em,
racionalmente, a existÍncia do conflito, embora n„o haja ainda
manifestaÁıes abertas do mesmo;
ï Conflito sentido: È aquele que j· atinge ambas as partes, e em que
h· emoÁ„o e forma consciente;
ï Conflito manifesto: trata-se do conflito que j· atingiu ambas as
partes, j· È percebido por terceiros e pode interferir na din‚mica da
organizaÁ„o.
5 Áreas de conflito
Os conflitos podem ser divididos nas seguintes ·reas:
ï Conflito social: surge em decorrÍncia do grau de complexidade e
implicaÁ„o social. N„o podemos esquecer que vivemos numa
sociedade altamente evoluÌda do ponto de vista social e tecnolÛgico,
mas bastante prec·ria em termos de habilidade para negociaÁıes.
AlÈm disso a violÍncia tem sido, no decorrer da histÛria, um dos
instrumentos mais utilizados na tentativa de sanar conflitos. Talvez
a fantasia de todo ser humano seja eliminar uma idÈia adversa ‡
sua, em vez de ter que questionar sua prÛpria posiÁ„o;
ï Conflitos tradicionais: pertencem ‡ histÛria e s„o aqueles que re˙nem
indivÌduos ao redor dos mesmos interesses, fortalecendo sua
solidariedade. Os conflitos aparecem por trÍs razıes principais: pela
competiÁ„o entre as pessoas, por recursos disponÌveis mas escassos;
pela divergÍncia de alvos entre as partes; e pelas tentativas de
autonomia ou libertaÁ„o de uma pessoa em relaÁ„o a outra.
Podem ser entendidos como fontes de conflito: direitos n„o atendidos
ou n„o conquistados; mudanÁas externas acompanhadas por tensıes,
ansiedades e medo; luta pelo poder; necessidade de status; desejo de Íxito
econÙmico; exploraÁ„o de terceiros (manipulaÁ„o); necessidades individuais
n„o atendidas; expectativas n„o atendidas; carÍncias de informaÁ„o, tempo
e t e cnologi a ; e s c a s s e z de r e cur sos ; ma r c ada s di f e r enÁ a s cul tur a i s e
individuais; divergÍncia de metas; tentativa de autonomia; emoÁıes n„o
expressas/inadequadas; obrigatoriedade de consenso; meio-ambiente
adverso e preconceitos.52
CAPITAL
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6 Conflitos interpessoais nas organizaÁıes
Tais conflitos se d„o entre duas ou mais pessoas e podem ocorrer por
v·rios motivos: diferenÁas de idade, sexo, valores, crenÁas, por falta de recursos
materiais, financeiros, por diferenÁas de papÈis, podendo ser divididos em
dois tipos:
ï Hier·rquicos: colocam em jogo as relaÁıes com a autoridade existente.
Ocorre quando a pessoa È respons·vel por algum grupo, n„o
encontrando apoio junto ao seus subordinados e vice-versa. Neste
caso, as dificuldades encontradas no dia-a-dia deixam a maior parte
das pessoas envolvidas desamparada quanto ‡ decis„o a ser tomada.
ï Pessoais: dizem respeito ao indivÌduo, ‡ sua maneira de ser, agir,
falar e tomar decisıes. As ìrixas pessoaisî fazem com que as
pessoas n„o se entendam e, portanto, n„o se falem. Em geral esses
conflitos surgem a partir de pequenas coisas ou situaÁıes nunca
abordadas entre os interessados. O resultado È um confronto t·cito
que reduz em muito a eficiÍncia das relaÁıes.
7 Conseq¸Íncias do conflito
Entre os v·rios aspectos do conflito, alguns podem ser considerados
como negativos e aparecem com freq¸Íncia dentro das organizaÁıes. Os mais
visÌveis podem ser identificados nas seguintes situaÁıes:
ï quando desviam a atenÁ„o dos reais objetivos, colocando em
perspectiva os objetivos dos grupos envolvidos no conflito e
mobilizando os recursos e os esforÁos para a sua soluÁ„o;
ï quando tornam a vida uma eterna derrota para os grupos de
ìperdedores habituaisî, interferindo na sua percepÁ„o e na
socializaÁ„o daqueles que entram na organizaÁ„o;
ï quando favorecem a percepÁ„o estereotipada a respeito dos
envolvidos, como ocorre freq¸entemente em organizaÁıes. Se por
um lado existem os estereÛtipos genÈricos referentes ‡s categorias
profissionais, dentro de cada organizaÁ„o, alÈm dos tipos que
fazem parte de sua cultura individual, como seus herÛis, mitos,
tipos ideais, comeÁam a surgir seus ìperdedoresî, ìganhadoresî,
ìculpadosî e ìinimigosî.53
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EMPRESARIAL
Esses aspectos podem ser observados em todas as organizaÁıes e s„o
c o n s i d e r a d o s n e g a t i v o s ( s a l v o d i a n t e d e a l g u n s o b j e t i v o s m e n o s
confess·veis). No entanto, existem potenciais efeitos benÈficos dos conflitos,
a saber:
ï s„o bons elementos de socializaÁ„o, pois oferecem aos novos
participantes de um grupo a sensaÁ„o de envolvimento com
alguma causa;
ï ajudam a equilibrar as relaÁıes de poder dentro da organizaÁ„o,
pois em qualquer episÛdio de conflito pode haver diferentes
ganhadores (independentemente das percepÁıes anteriores);
ï propiciam a formaÁ„o de alianÁas com o objetivo de ganhar num
conflito especÌfico mas tambÈm de garantir mais poder.
Sejam eles positivos ou negativos, os conflitos podem ser considerados
˙teis pelo papel que desempenham na vida das pessoas. O chamado
ìcomportamento polÌtico na organizaÁ„oî, tambÈm inevit·vel, tem uma forte
vinculaÁ„o com o conflito pois sua relaÁ„o È direta, ou seja, quanto mais
conflito mais comportamento polÌtico. Assim, quando h· d˙vidas sobre a
s o b r e v i v Í n c i a d a o r g a n i z a Á „ o , s o b r e s u a r e s p o s t a ‡ s n e c e s s i d a d e s
organizacionais, sobre aspectos sucessÛrios, mais voltada para a formaÁ„o de
alianÁas e para negociaÁıes ser· a atuaÁ„o de seus membros.
Lidar com o conflito implica trabalhar com grupos e tentar romper alguns
dos estereÛtipos vigentes na organizaÁ„o, sabendo que essas mesmas
estratÈgias dever„o ser repetidas periodicamente.
Criar tarefas a serem executadas em conjunto por grupos diferentes È
uma forma de ga r ant i r que s eu cumpr imento s e j a r e conhe c ido pe l a
potencializaÁ„o do trabalho dos grupos. Quaisquer estratÈgias de confronto
podem ser utilizadas caso o conflito j· seja franco, desde que exista entre as
partes alguÈm que desempenhe um papel moderador.
Lidar com o conflito implica trabalhar
com grupos e tentar romper alguns dos
estereÛtipos vigentes na organizaÁ„o54
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8 Como administrar os conflitos
Para uma eficaz resoluÁ„o dos conflitos È preciso compatibilizar alguns
passos a serem seguidos, conhecer e aplicar alguns ìsaberesî e, tambÈm,
definir o estilo a ser adotado.
Os seguintes passos s„o considerados de suma import‚ncia:
a) criar uma atmosfera afetiva;
b) esclarecer as percepÁıes;
c) focalizar em necessidades individuais e compartilhadas;
d) construir um poder positivo e compartilhado;
e) olhar para o futuro e, em seguida, aprender com o passado;
f) gerar opÁıes de ganhos m˙tuos;
g) desenvolver passos para a aÁ„o a ser efetivada;
h) estabelecer acordos de benefÌcios m˙tuos.
Para que a negociaÁ„o possa ocorrer, È necess·rio que ambas as partes
tenham as seguintes capacidades:
Saber comunicar
ï sem di·logo n„o h· comunicaÁ„o nem soluÁ„o possÌvel para os
problemas;
ï a maioria dos erros, omissıes, irritaÁıes, atrasos e conflitos È
causada por uma comunicaÁ„o inadequada.
Saber ouvir
ï ouvir ativamente, pois metas e intenÁıes n„o compreendidas levam
sempre a uma resoluÁ„o sem sucesso;
ï demonstrar interesse genuÌno pela pessoa que fala e pelo assunto;
ï evitar criticar ou tentar dirigir a conversa;
ï adotar uma posiÁ„o afirmativa, mostrando respeito pela outra pessoa.
Saber perguntar
Saber perguntar È uma outra faceta do ouvir ativamente, pois quem
pergunta conduz a conversa.
Quanto ao estilo a ser adotado, È recomend·vel adotar um estilo que
leve ‡ soluÁ„o do conflito da forma mais pacÌfica possÌvel. O que vai definir
seu atual estilo de administrar conflitos est· diretamente ligado a duas
importantes caracterÌsticas de comportamento: assertividade e cooperaÁ„o.55
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A seguir, relacionam-se alguns estilos e algumas de suas caracterÌsticas:
CompetiÁ„o
ï busca satisfaÁ„o dos interesses, independentemente do impacto
que isto possa causar na outra parte envolvida;
ï tenta convencer a outra parte de que sua conclus„o est· correta e
a dela est· equivocada;
ï leva a outra parte a aceitar a culpa por um problema qualquer.
ColaboraÁ„o
ï contempla os interesses das partes envolvidas no conflito;
ï busca um resultado benÈfico para todas as partes envolvidas.
EvitaÁ„o
ï trata-se de estilo considerado n„o-assertivo e n„o-cooperativo;
ï evita todo e qualquer envolvimento com o conflito, chegando a negar
sua existÍncia e o contato com as pessoas que podem caus·-lo.
AcomodaÁ„o
ï trata-se de estilo considerado n„o-assertivo e cooperativo;
ï a parte que utiliza este estilo tende a apaziguar a situaÁ„o, chegando a
colocar as necessidades e interesses da outra parte acima dos seus.
Compromisso
Este estilo encontra-se no padr„o mÈdio de assertividade e cooperaÁ„o,
em que uma das partes envolvidas no conflito desiste de alguns pontos ou
itens, levando a distribuir os resultados entre ambas as partes.
ConsideraÁıes finais
O manejo de situaÁıes de conflito È essencial para as pessoas e as
organizaÁıes como fonte geradora de mudanÁas, pois das tensıes conflitivas,
dos diferentes interesses das partes envolvidas È que nascem oportunidades
de crescimento m˙tuo.56
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In˙meros fatores podem influenciar o surgimento do conflito, n„o ficando
restrito ‡s questıes relacionadas ao trabalho ou ‡ estrutura organizacional. Os
mais comuns s„o as diferenÁas individuais, os diversos nÌveis de competÍncia
interpessoal, as diferentes visıes de mundo, entre outros.
N„o devemos esquecer que somos seres com capacidade e habilidade
para ouvir e entender melhor nossos semelhantes. Com esta postura, silenciamos
nossa voz interna e deixamos crescer a voz do outro, permitindo que soe clara
dentro de nÛs. O desejo mais profundo do coraÁ„o humano È o de ser
compreendido, e perceber isto È possibilitar um processo eficaz de comunicaÁ„o.
Bibliografia recomendada
CHALVIN, Dominique; EYSSETTE, FranÁois. Como resolver pequenos conflitos
no trabalho. S„o Paulo: Nobel, 1989.
DIMITRIUS, JÙ-Ellan; MAZARELLA, Mark. Decifrar pessoas: como entender e
prever o comportamento humano. S„o Paulo: Alegro, 2000.
MARTINELLI, Dante P.; ALMEIDA, Ana Paula de. NegociaÁ„o e soluÁ„o de
conflitos. S„o Paulo: Atlas, 1998.
ROBBINS, Stephen P. AdministraÁ„o: mudanÁas e perspectivas. S„o Paulo:
Saraiva, 2001.
WAGNER, John A.; HOLLENBECK, John R. Comportamento organizacional:
criando vantagem competitiva. S„o Paulo: Saraiva, 2000.
Resumo
Para um entendimento mais preciso sobre a din‚mica dos conflitos, devemos
ter uma vis„o mais abrangente de suas in˙meras possibilidades, pois, para
algumas pessoas o termo conflito pode ocasionar um medo intenso, no entanto,
se faz necess·rio reconhecer que existe um modo destrutivo e um modo
construtivo de proceder. Na diferenÁa em se tratar o conflito pode estar o sinal
do saud·vel, podendo se fazer representar por duas possibilidades para uma
aÁ„o mais efetiva, uma negativista, que percebe o conflito como algo prejudicial,
devendo ser evitado a todo custo, e a segunda alternativa È trabalh·-lo,
procurando os benefÌcios que as diferenÁas de opiniıes e os posicionamentos
contr·rios podem gerar a nÌvel de aprendizagem pessoal e profissional.