Conforto Ambiental

Estudo de eficiência de protetores solares

Universidade De FortalezaTurma: M4ab/M6abcd

Disciplina: Conforto Ambiental I

Equipe: Bárbara Mylena Delgado Da Silva Erika Nogueira Tavares

Professor: Amando Candeira

Sumário

ŸIntrodução............................................................................................................................................... 1ŸLocalização e Análise do entorno................................................................... 2ŸAnálise do Edifício.......................................................................................................................... 4ŸAnálise dos Elementos de Proteção.................................................................. 6ŸEficiência dos Protetores.................................................................................................. 7ŸConclusão................................................................................................................................................... 9ŸReferências Bibliográficas............................................................................................... 10

Introdução

O presente relatório irá apresentar um modesto estudo, acerca da eficiência dos protetores solares presentes no Edifício Raul Barbosa.

Primeiramente se analisou o local onde o edifício está inserido, posteriormente foram apresentadas as referências e a descrição do projeto, mostrando fotos, plantas e cortes.

Partindo-se de um contexto geral, chegou-se há uma análise mais objetiva, focada nos elementos de proteção. Procurou-se descrever os protetores solares falando sobre o material e as dimensões que os constituem. Além de discorrer sobre a eficiência dos elementos analisados, apresentando a orientação do edifício, os períodos de insolação recebidos sobre a fachada analisada durante o ano, mostrando respectivamente a máscara de sombra dos elementos e pontuando algumas análises e recomendações.

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Localização e Análise do entorno

O Edifício Raul Barbosa, também conhecido como Prédio do BNB (pois foi construído para abrigar as atividades desenvolvidas pelo BANCO DO NORDESTE DO BRASIL), foi inaugurado em 19 de julho de 1982 na época do Presidente da República João Baptista de Oliveira Figueiredo.

O edifício se destaca dos demais prédios do entorno, por causa da sua verticalidade e características modernas. Está locado em um terreno de 2416 m² e possui a fachada principal (Fachada Sul) voltada para a Rua Pedro I em frente à Praça Murilo Borges, e fica compreendido entra as ruas da Assunção e Floriano Peixoto, localizado na parte central da cidade de Fortaleza, CE, Brasil.

A região apresenta uma intensa atividade comercial de varejo e atacado, com um grande fluxo de pessoas e veículos. As ruas não são tão generosas a ponto de suportar esse intenso fluxo.

Os lugares próximos possuem calçadas estreitas e sem padronização, as faixas de rolamento são asfaltadas, os passeios não possuem vegetação, os edifícios estão localizados nos limites dos terrenos e muito próximos uns dos outros, além de possuírem uma estatura mediana.

Essas características urbanas acabam contribuindo para um micro-clima desconfortável, pois as ruas asfaltadas e escuras aumentam a absorção da energia solar e posteriormente a sua dissipação, a inexistência de vegetação provocar uma maior exposição das pessoas à radiação solar causando um desconforto térmico e os edifícios muito próximos aumenta as reflexões solares por formarem paredões, somando-se a poluição gerada pelos automóveis, constitui-se a criação de ilhas de calor.

Localização do Banco do Nordeste (BNB)Fonte: Google Maps

Croqui do Entorno do Edifício Raul Barbosa

Antigo entorno do edifícioFonte: Centro Cultural Banco do Nordeste

Fonte: Centro Cultural Banco do Nordeste

N

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Localização e Análise do entorno

Entorno do edifício Raul Barbosa Entorno do edifício Raul Barbosa

Entorno do edifício Raul Barbosa

Entorno do edifício Raul BarbosaEntorno do edifício Raul Barbosa Entorno do edifício Raul Barbosa

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Análise do Edifício

O projeto do edifício do BNB foi concebido por uma junta de arquitetos, os quais são:

Ÿ Antonio Carlos Campelo CostaŸ Carlos Alberto Faria CostaŸ José Alberto de AlmeidaŸ Nelson Serra e NevesŸ Executado pela Construtora Norberto Odebrecht S.A

O prédio é localizado no início da quadra, atrás de uma praça e cercado por edifícios de menor porte ao se comparar com ele.

Tem quinze andares mas dois deles servem como andares ‘’corta-fogo’’ ( são andares projetados para a circulação de ventos e para, em caso de incêndios, ser um local de escape das pessoas, porém estes andares estão sendo usados para algumas atividades). Uma curiosidade é que o edifício foi projetado para mais dez andares alé dos seus quinze.

A sua base compõe um formato mais horizontal até o terceiro andar e a partir do quarto andar até o décimo quinto se constitui um volume mais vertical.

As fachadas norte e sul são compostas por planos de vidro e resguardadas por elementos de proteção, mas somente na parte vertical, pois a parte horizontal é vedada, contendo apenas os acessos.

As laterais leste e oeste são totalmente vedadas do quarto ao último andar. Na fachada leste há um acesso para o Banco e na oeste a entrada para o Centro Cultural Banco do Nordeste.

A planta constitui um formato retangular com a intenção de se formar um grande vão livre que seria fatiado com divisórias de acordo com a função que cada espaço desempenharia.

Construção do BNBFonte: Centro Cultural do Banco do Nordeste

Fachada com Elementos de ProteçãoFonte: Centro Cultural do Banco do Nordeste

Maquete do BNBFonte: Centro Cultural do Banco do Nordeste

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Fonte: Seção de Administração predial do Edifício Raul Barbosa

Análise do Edifício

Reunião com os presidentes do BNBFonte: Centro Cultural do Banco do Nordeste

Praça M. BorgesFonte: Centro Cultural do Banco do Nordeste

Detalhe do BriseFonte: Centro Cultural do Banco do Nordeste

Fachada de NoiteFonte: Centro Cultural do Banco do Nordeste

Andar ‘’Corta-Fogo’’

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Praça M. BorgesFonte: Centro Cultural do Banco do Nordeste

Análise dos Elementos de Proteção

Para a análise dos elementos de proteção, foram escolhidos os protetores da fachada sul por ser a fachada principal.

Os protetores escolhidos para esse projeto foram os verticais por serem mais eficientes em relação ao azimute do edifício que é de 200º, protegendo contra os raios solares advindos do leste e oeste.

Supõe-se que foi adotado esse modelo de protetor, também, pois ao mesmo tempo em que protege a fachada do sol, consegue-se visualizar o entorno quando está dentro do edifício.

São lâminas verticais de concreto fixas compreendidas por dois suporte horizontais dispostas 65 cm de distância uma da outra, tem 10 cm de espessura, 90 cm de largura e 9 m de altura. E afastadas 50 cm da fachada de vidro, proporcionando uma livre circulação do ar ao longo da fachada, dificultando assim a transmissão de calor por condução para o interior.

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Eficiência dos Protetores7

9m

1m

1m

ASV

90cm

50cm

10cm

65cm

15cm

ASH

0m 1 2 3 4 5

0m 10 205 15 25

O elemento de proteção é predominantemente Vertical, porém o suporte dele também se tornou um protetor horizontal contra os raios solares possível de se identificar nesse corte esquemático acima.

É possível perceber que, com o ângulo solar vertical de 85º, o elemento protege totalmente a fachada analisada assim como ocorre com o ângulo horizontal que, tanto o direito quanto o esquerdo, sombreiam totalmente a fachada de vidro com um ângulo de 35º.

Os protetores desempenham a sua função de forma satisfatória, sombreando de forma inteligente a lâmina de vidro. E como são afastados do prédio evitam conduzir mais calor para dentro do edifício.

N

0m 4 8 12 16 20

Eficiência dos Protetores8

N

Sombreamentodo elemento horizontal

Sombreamentodo elemento vertical

Interseção

Máscara de Sombra

Observando a máscara de sombra, nota-se que os protetores sombreiam tanto parte do solstício de inverno como durante todo solstício de verão.

Ao optar por elementos verticais se comprova a eficiência destes na orientação sul, pois os elementos horizontais só seriam efetivos nas fachadas norte e em horas perto do meio-dia.

Uma proposta para melhorar ainda mais a eficiência dos protetores é tentar projetar um elemento horizontal para maior proteção dos raios de incidência vertical, pois a estrutura que fornece a proteção desses raios é, no caso, um elemento estrutural que sustenta os brises.

A fachada do edifício q escolhemos para a análise, como especificado anteriormente, está localizada à 200º de azimute então está virada para o sudoeste.

Conclusão9

Os elementos de proteção além de conseguirem resolver o problema proposto de insolação, foram incorporados à fachada expondo uma estética agradável aos olhos dos observadores.

Um bom resultado se obteve, também, com a decisão de colocar os protetores afastados do plano da edificação; dessa forma o ar circula livremente ao longo de toda fachada, dificultando assim a transmissão de calor por condução para o interior.

Dessa forma, compreendemos o quanto é indispensável o controle solar das aberturas, e que cada fachada tem seu estudo exclusivo, de acordo com a orientação solar, com a finalidade de projetar um ambiente confortável.

Referências Bibliográficas10

Ÿ COBELLA, Oscar; YANNAS, Simmos. Em busca de uma arquitetura sustentável para os trópicos. Rio de Janeiro: Revan, 2003.

Ÿ DESLANDES, P. (Org.). Elementos Arquitetônicos: Niemeyer, Corbusier, Tangi e outros. Tradução de Affonso Blacheyre. 1 ed. Brasil: Hemus, 2004.

Ÿ CENTRO CULTURAL DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL. Banco do Nordeste do Brasil: fotos de fachadas e do entorno.