78
FACULDADES INTEGRADAS DO BRASIL UNIBRASIL LUCAS RUFINO DE OLIVEIRA CONFRARIA DO SEBO: BLOG SOBRE OS SEBOS DE CURITIBA CURITIBA 2012

CONFRARIA DO SEBO: BLOG SOBRE OS SEBOS DE CURITIBA · além da visão de consumo, baseada nas satisfações e necessidades deste colecionador. Os objetos nunca se esgotam naquilo

  • Upload
    vantruc

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

FACULDADES INTEGRADAS DO BRASIL – UNIBRASIL

LUCAS RUFINO DE OLIVEIRA

CONFRARIA DO SEBO: BLOG SOBRE OS SEBOS DE CURITIBA

CURITIBA 2012

LUCAS RUFINO DE OLIVEIRA

CONFRARIA DO SEBO: BLOG SOBRE OS SEBOS DE CURITIBA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como parte dos requisitos para obtenção do grau de bacharel em Jornalismo nas Faculdades Integradas do Brasil – UniBrasil.

Orientadora: Prof.ª Laura Wolf Miranda

CURITIBA

2012

RESUMO

O presente trabalho mostra o processo de criação do blog Confraria do Sebo, um espaço voltado a assuntos sobre os sebos de Curitiba. O Confraria do Sebo está todo no meio digital, para isso foram utilizados recursos da Web 2.0: blog, mapas interativos e redes sociais. As pesquisas deste trabalho estão relacionadas ao jornalismo cultural, ao jornalismo digital e aos sebos. Entre as teorias trabalhadas, conceitos de Cibercultura e Web 2.0

Palavras chave: Sebo, Blog, Mapa, Jornalismo Cultural, Web 2.0.

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7

2. DELIMITAÇÃO TEMA ............................................................................................. 9

2.1 SEBO ................................................................................................................. 9 2.2. SEBOS EM CURITIBA ................................................................................... 12 2.3 PROBLEMATIZAÇÃO ..................................................................................... 15

3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 16

3.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 16 3.2 Objetivos Específicos....................................................................................... 16

4 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 17

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 19

5.1 INTERNET ....................................................................................................... 19 5.2. JORNALISMO DIGITAL E WEBJORNALISMO .............................................. 20 5.3 O DESENVOLVIMENTO DO JORNALISMO PRATICADO NA INTERNET E SUAS TRÊS ETAPAS ........................................................................................... 22 5.4. JORNALISMO CULTURAL ............................................................................. 24 5.5. CIBERCULTURA ............................................................................................ 26 5.6 WEB 2.0 ........................................................................................................... 28 5.7 BLOG ............................................................................................................... 29 5.8 MAPAS ............................................................................................................ 31

6. METODOLOGIA .................................................................................................... 34

6.1. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 34 6.2. PESQUISA QUANTITATIVA .......................................................................... 35 6.3. PESQUISA DE CAMPO ................................................................................. 35

7. DELINEAMENTO DO PRODUTO ......................................................................... 37

7.1 FERRAMENTAS DA WEB 2.0 ......................................................................... 37 7.2 WORDPRESS ................................................................................................. 37

7.2.1 Biografia do sebo ....................................................................................... 38

7.2.2 Seboso do internauta ................................................................................. 39

7.2.3 O que é o confraria do sebo ...................................................................... 39

7.3 GOOGLE MAPS .............................................................................................. 39 7.4 FACEBOOK ..................................................................................................... 41 7.5. TWITTER ........................................................................................................ 41 7.6. VIABILIDADE DO PRODUTO ........................................................................ 42

8. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 44

9. CRONOGRAMA DO TRABALHO ......................................................................... 45

10. REFERÊNCIAS ................................................................................................... 46

ANEXO ...................................................................................................................... 72

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Layout do blog Confraria do Sebo....................................................38

Figura 2 – Layout do Google Maps pelo Smartphone.......................................40

Figura 3 – Layout da rota no Google Maps.......................................................40

Figura 4 – Fan page do Confraria do Sebo.......................................................41

Figura 5 – Twitter do Confraria do Sebo............................................................42

Figura 6 – Sexo Predominante..........................................................................65

Figura 7 – Faixa Etária.......................................................................................66

Figura 8 – Escolaridade.....................................................................................66

Figura 9 – Renda Familiar.................................................................................67

Figura 10 - Fonte de Informação.......................................................................67

Figura11 - Na internet procura notícias onde....................................................68

Figura 12 - Frequenta os sebos de Curitiba......................................................69

Figura 13 - Quantos sebos frequentam.............................................................69

Figura 14 - Procura nos sebos...........................................................................70

Figura 15 - Vai ao sebo para.............................................................................70

Figura 16 - Acessaria um blog sobre os sebos de Curitiba...............................71

LISTA DE TABELA

Tabela 1 – Nomenclaturas sobre práticas de produção e disseminação de

informação no jornalismo contemporâneo.........................................................20

Tabela 2 – Despesas iniciais do Blog Confraria do Sebo..................................41

7

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo à produção de um blog denominado

Confraria do Sebo. Este blog será voltado para discutir, contextualizar e informar

sobre os sebos de Curitiba. O conteúdo será composto por notícias de assuntos

correlatos aos sebos, geralmente culturais: literatura, música, artes visuais e notícias

sobre os sebos, sendo esse material em específico, na maioria das vezes, elaborado

pelo próprio autor.

Com a criação deste blog pretende-se ocupar uma lacuna na produção do

jornalismo local. No jornalismo observarmos o lançamento de guias e suplementos

sobre as mais diversas temáticas: gastronomia, automóveis, educação, são alguns

desses temas, mas e os sebos?

Curitiba, hoje, tem mais de 30 estabelecimentos deste tipo espalhados por

toda a sua extensão. É verdade que a maioria encontra-se no Centro, mas o

crescimento e fortalecimento dos bairros fez com que lojas começassem a instalar-

se nesses locais. Sendo assim, o ineditismo desse projeto é um dos princípios que

orienta esta pesquisa, não o ineditismo em um âmbito nacional, visto que já há

publicações que se dedicam a falar e mostrar os sebos como o “Guia dos Sebos” de

Antônio Carlos Secchin.

Além do blog, que está no endereço virtual confrariadosebo.wordpress.com,

o produto conta com o suporte de algumas ferramentas da Web 2.0 que são as

redes sociais - Facebook e Twitter - e a ferramenta de mapas do Google, o Google

Maps, que permitiu a criação de um mapa personalizado, apontando onde estão

localizados os sebos e permitindo aos usuários sua participação através de

sugestões, críticas e avaliações.

Na delimitação do tema os seguintes assuntos são abordados: a

conceituação e definição do que é um sebo, um levantamento sobre os sebos de

Curitiba, quantos têm e onde estão. O uso de dados dos levantamentos Retratos da

Literatura, realizada pelo Instituto Pró Livro, além de pesquisa própria realizada

especificamente para este projeto, contribuem com apontamentos importantes para

a continuidade deste trabalho.

Na fundamentação teórica desta pesquisa são abordados os seguintes

tópicos: etapas de desenvolvimento do jornalismo praticado na internet; definições

8

de jornalismo digital e webjornalismo; o jornalismo cultural relacionado à internet; a

cibercultura; a Web 2.0 e a suas ferramentas; blogs, redes sociais e mapas

colaborativos, todos esses elementos juntos proporcionarão a criação do Confraria

do Sebo.

Para a realização deste trabalho também foram necessárias a realização de

um levantamento bibliográfico e de uma pesquisa quantitativa. Na pesquisa

bibliográfica autores como: Pierre Levy, André Lemos, Pollyana Ferrari, Daniel Piza

e Geane Alzamora, com seus escritos foram essenciais para o embasamento deste

trabalho.

A pesquisa quantitativa permitiu o esclarecimento de algumas imprecisões

que apareceram no decorrer do desenvolvimento do trabalho. Segundo Gil (1996)

entre as vantagens de se realizar levantamentos está o conhecimento direto da

realidade e a quantificação dos dados.

9

2. DELIMITAÇÃO TEMA

2.1 SEBO

Em uma definição rápida e até simplista, os sebos no geral, são comércios

similares às livrarias que comercializam: livros, discos, CDs, DVDs, revistas,

histórias em quadrinhos e, até mesmo objetos, de diferentes épocas, como

antiguidades. A vantagem destes locais é que, além do ato de comprar o objeto de

seu interesse, é permitida a troca, venda ou consignação de materiais que a pessoa

tenha, mas não há mais interesse em permanecer de sua posse. Outro atrativo são

os preços. Segundo o site Estante Virtual1 a compra de um material no sebo pode

representar uma economia de até 92% em comparação a qualquer livraria ou

mesmo banca de revista.

Não se sabe ao certo a origem e o significado da palavra sebo. No dicionário

Aurélio (1999) o significado para a palavra sebo é “livraria onde se vende livros

usados; caga-sebo”.

Numa pesquisa por sites da internet, uma das versões mais aceitas e

difundidas para a origem da palavra sebo, é a de que enquanto não havia a energia

elétrica a leitura dos livros era realizada a luz de velas, feitas do sebo da gordura de

animais da época. Com o decorrer do tempo e o derretimento da vela, os pingos da

cera derretida caiam sobre os livros, engordurando e sujando os mesmos.

É comum também ligar a origem da palavra sebo a alfarrabista, que significa

comerciante de livros usados, como explica Secchinn (2001, apud Antunes, 2010)

Al- Farabi (872-950) foi um filósofo mulçumano, nascido no Turquestão, que viveu em Bagdá e que, por seus conhecimentos e reputação de grande leitor, emprestou seu nome aos livros e documentos antigos e velhos de pouco préstimo ou valiosos, raros ou comuns. (Secchinn, 2001, apud Antunes, 2010, p.43)

Outra interessante definição pode ser observada na página inicial do site do

Sebo e Livraria Traça2: “Antes da invenção da xerox ou das cópias heliográficas, os

alunos da Universidade de Coimbra faziam resumos de suas matérias e os

copiavam em litografias, conhecidas como sebentas”.

1 Disponível em http://www.estantevirtual.com.br/blogdaestante/comparativo-de-precos-de-livros-do-ensino-

medio/ 2 Disponível em: http://www.traca.com.br/

10

Fato é que os sebos fazem parte das cidades como facilitadores do acesso à

cultura como mostra Paiva (1999, apud Antunes, 2010)

Espalhados pelas cidades, convivendo às vezes, lado a lado com megalivrarias, os sebos são, muitas vezes, fruto do sonho de amantes de livros que fizeram de seu ofício um exercício cotidiano de recolha deste objeto, consolidando, ao longo da história, um mercado de livros usados. Para alguns, a chance de aquisição mais em conta desse produto cultural imprescindível; para outros, a aventura em primeira edição, o encontro com o livro raro, o reencontro com uma leitura perdida no tempo, a possibilidade de investigar leituras alheias, gostos, preferências, bibliotecas pessoais descartadas. Infinitas entradas, caminhos novos a serem trilhados... (Paiva,1999 apud Antunes, 2010, p. 42)

Antunes (2010) ressalta que não se pode esquecer ainda dos garimpadores de

preciosidades, por assim dizer, colecionadores, que reviram os sebos atrás de

edições de livros raros ou únicas. Desta forma os sebos atuam como uma fonte de

preservação da cultura, de objetos que não possuem somente um valor comercial,

mas uma dimensão social carregada de uma significação mística. Sobre esse

assunto Baudrillard (1972, apud Cavedon et al., 2007) traz um pensamento que vai

além da visão de consumo, baseada nas satisfações e necessidades deste

colecionador.

Os objetos nunca se esgotam naquilo para que servem, e é nesse excesso de presença que ganham a sua significação de prestígio, que 'designam' não já o mundo, mas o ser e a categoria social de seu possuidor (Baudrillard 1972, apud Cavedon etl al., 2007, p.348)

A visão um tanto romantizada que Paiva faz dos sebos, em geral, é

compartilhada com os frequentadores deste tipo de estabelecimento. Veja esses

dois trechos do texto do repórter André Luis Mansur (2007) 3:

O bom sebo não pode ter muita luz, tem que ser um pouco na penumbra. Também não pode ser muito limpo, bastando um espanadorzinho de vez em quando, para não sufocar os alérgicos. Também não devem ser muito espaçosos, as pilhas de livros precisam formar corredores e esquinas estreitos, fazendo com que o leitor se sinta literalmente (ou literariamente) cercado por livros. (...) As seções não devem ser muito organizadas, pois um dos principais atrativos do sebo é o elemento-surpresa, é encontrar aquilo que jamais se esperaria encontrar naquela prateleira. Eu mesmo achei a melhor biografia do Machado de Assis, da Lúcia Miguel Pereira, numa prateleira que nada tinha a ver com literatura brasileira. Com capa em bom estado e por seis reais. (MANSUR, 2007, p.1)

3 Disponível em: http://oglobo.globo.com/blogs/paralelos/posts/2007/09/25/exaltacao-aos-sebos-74739.asp

11

Até escritores, como Carlos Drummond de Andrade (2004), escreveram sobre

os sebos:

É agradavelmente desarrumado, como convém ao gênero de comércio, para deixar o freguês à vontade. Os fregueses, mesmo não se dando a conhecer uns aos outros, são todos conhecidos como frequentadores crônicos de sebos. Caras peculiares. Em geral, usam roupas escuras, de certo uso (como os livros), falam baixo, andam devagar. Uns tem a ponta do dedo ressecada e gretada pela alergia à poeira, mas que remédio, se a poeira é o preço de uma alergia bibliográfica? (ANDRADE, 2004, p. 18)

A popularidade dos sebos deve-se em parte a esse público fiel que foge dos

best-sellers e das listas dos mais vendidos, como mostra a repórter Isadora Raupp

(2012) 4:

Nas listas dos livros mais vendidos nas grandes livrarias, ficções de escritores populares, autoajuda, e, com sorte, biografias, costumam ser os protagonistas dos levantamentos. Nas lojas de livros usados, os chamados sebos, ou na lista feita pelo site que reúne todos os estabelecimentos do segmento no país, o Estante Virtual, filosofia, sociologia e clássicos da literatura brasileira figuram entre os 10 mais. Deixando de lado o estigma de se dedicarem somente às “velharias”, os sebos vêm substituindo as antigas livrarias de rua e atendem a uma demanda por vezes ignorada: a de colecionadores e acadêmicos. (RAUPP, 2012, p.1)

Por fim, deve-se destacar que devido ao alto preço praticado pelas livrarias e

lojas, materiais como os livros, CDs e DVDs, ainda são considerados objetos

supérfluos, mas que quando comprados em um sebo por um valor abaixo do preço

de tabela, passam a fazer parte da vida das pessoas. Dessa forma os sebos atuam

como uma alternativa para a educação, preservação da memória e formação

sociocultural da sociedade.

4 Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?id=1268338

12

2.2. SEBOS EM CURITIBA

No mapa dos que está disponível no blog Confraria do Sebo, são 36 os sebos5

marcados. É verdade que a grande maioria encontra–se na região central da cidade,

mas como demonstra o mapa há lojas em alguns bairros, como Portão, Água Verde

e Bigorilho.

Não se sabe ao certo quando surgiu o primeiro sebo na cidade, mas um dos

primeiros sebos de Curitiba foi fundado em 1942. Aberto durante mais de 60 anos e

fechado, recentemente, em 2011. Segundo Lima6 (2009,) quando foi fundado seu

nome era “Agência Atômica” e estava localizado na Praça Osório. Ao longo dos

anos, trocou de endereço e nome. Passou a chamar–se “Ao desaperto”, por causa

do ataque a bomba atômica nas cidades de Hiroshima e Nagasaki no Japão,

durante a Segunda Guerra Mundial. Teve como endereço as ruas Desembargador

Westphalen, Voluntários da Pátria e por fim a Rua Emiliano Perneta, onde encerrou

as atividades com o nome de “Feira dos Livros Usados”.

No geral, os sebos vendem produtos usados. Livros, CDs, discos, mas, hoje,

uma boa parcela deles também vende livros novos. Desta forma denominam-se

como Sebo e Livraria, caso dos sebos Krapicho, Líder e Joaquim. É comum esses

locais trabalharem com serviços de encomenda, principalmente quando são objetos

não muito fáceis de achar.

Além dos objetos mais comuns que são os citados acima, há sebos que

trabalham com antiguidades, fotografias, correspondências e obras de arte, caso da

loja Fígaro. Outro curioso caso encontrado em Curitiba é o Sebomania, onde é

possível comprar brinquedos de diferentes épocas.

Hoje na cidade, há desde pequenas lojas, a redes com mais de uma loja como

o Sebo Releituras, três unidades – Centro, Cabral e Portão – e o Sebo Só Ler, com

cinco lojas – todas no centro. Outro diferencial são as vendas online. Dos 36 sebos

que aparecem nesse mapa, cerca de 20 realizam vendas através de sites

agregadores de sebos de todo o país como o Estante Virtual7, Sebos Online8 e o

5 Para ver a lista completa de todos os sebos, consultar anexo.

6 Disponível em: http://revista.grupouninter.com.br/index.php?edicao_id=65&menu_id=27&id=394

7 Disponível em: www.estantevirtual.com.br

8 Disponível em : sebosonline.com

13

Livronauta9.

Mesmo com toda essa variedade, quando se procura por “Sebos Curitiba” no

Google, o resultado das buscas deixa a desejar. São poucas as lojas que têm um

site próprio, e as que têm são sites com finalidade comercial, não há uma tentativa

de aproximação e relacionamento com os seus clientes. Já o único blog que aparece

ossebosdecuritiba.blogspot.com10, logo na primeira página de resultados da busca

orgânica, não é atualizado desde 2007. Muitas das informações apresentadas por

este blog estão desatualizadas, sebos que não existem mais ou trocaram de

endereços são alguns dos conteúdos.

Pode–se dizer que esse crescimento no número dos sebos em Curitiba é uma

consequência dos resultados positivos obtidos na economia do país nos últimos

anos, atrelada a uma melhoria da renda do povo brasileiro. Em reportagem

publicada no jornal Folha de São Paulo11 “em oito anos, de 2003 a 2011, 40 milhões

de pessoas passaram das classes D e E para a C no Brasil, segundo dados da

Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Rio de Janeiro”.

Um exemplo desse movimento é o recorde de venda de livros em 2011.

Segundo a revista Veja12 no Brasil foram vendidos aproximadamente 470 milhões de

exemplares de diversos livros. Outro ponto que o texto destaca é o crescimento em

outros tipos de comercialização, como supermercados e bancas de jornal, além das

livrarias.

Outro importante dado foi mostrado através da pesquisa Retratos da Leitura no

Brasil, realizada pelo Instituto Pró Livro13. De acordo com o levantamento metade da

população brasileira pode ser considerada leitor. Esse dado equivale a,

aproximadamente, 88 milhões de pessoas. A pesquisa mostra que, na média o

brasileiro lê o equivalente a quatro livros por ano, entre completos e incompletos.

Todos esses dados vão ao encontro com a análise da pesquisa quantitativa

realizada neste trabalho, pois quando perguntados o que procuram em um sebo,

88% dos entrevistados afirmaram que são os livros.

Esta mesma pesquisa mostrou que uma das atividades que as pessoas mais

gostam de fazer no seu tempo livre é navegar na internet. Com base nessas

9 Disponível em: http://www.livronauta.com.br/

10 Disponível em: http://ossebosdecuritiba.blogspot.com.br/

11 Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrissima/54479-a-menina-dos-olhos.shtml

12 Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/venda-de-livros-foi-recorde-no-brasil-em-2011

13 Disponível em: http://www.prolivro.org.br/ipl/publier4.0/texto.asp?id=2834

14

informações, vislumbrou–se uma possível viabilidade de um blog que fale sobre os

sebos da cidade.

O questionário elaborado para este trabalho contou com 11 perguntas, e

permaneceu disponível no seguinte link http://bit.ly/REv0iD. Além desse link, para a

divulgação do questionário e obtenção de respostas, foi mandado e-mail para

contatos particulares do autor, houve divulgação na rede social Facebook, na fan

page do Blog Livros e Afins14, no Blog de Bolso15, um blog de apoio para o Blog

Livros e Afins e na rede social Skoob16 nos grupos skoobers Curitiba e Traças

Curitiba. Foram obtidas 90 respostas, que serão analisadas detalhadamente no

decorrer deste relatório, em diversos capítulos, como da justificativa e da

metodologia. Para este momento é interessante analisarmos apenas alguns dados.

Segundo a pesquisa, 82% dos entrevistados utilizam a internet para informarem–se,

sendo ela o meio mais utilizado. Quando perguntados onde procuram por notícias na

internet, 73% acessam os chamados portais de notícias, 70% as redes sociais e

54% os blogs. É por isso que além do blog, o Confraria do Sebo também irá ter uma

página nas redes sociais Facebook e Twitter.

Outros dados levantados pela pesquisa mostram que 90% dos entrevistados,

afirmam frequentar sebos em Curitiba. Por fim 93% das pessoas que responderam à

pesquisa afirmaram que acessariam um blog voltado aos sebos de Curitiba.

14

Disponível em: https://www.facebook.com/livroseafins/posts/10151113840548843 15

Disponível em: http://debolso.livroseafins.com/pesquisa-blog-sobre-os-sebos-curitiba 16

O skoob é uma rede social voltada aos leitores, onde é possível a troca de informações sobre livros e autores.

Seu endereço eletrônico é o www.skoob.com.br

15

2.3 PROBLEMATIZAÇÃO

Durante essa pesquisa pode-se observar uma lacuna no jornalismo local, que é

a falta de um espaço para falar sobre os sebos, estes estabelecimentos que estão

fixos na nossa sociedade como as bibliotecas, livrarias, cinemas e restaurantes.

Não que o jornalismo não traga informações sobre o assunto, porém o que é

produzido é sempre sobre um fato pontual, não há um produto específico, voltado ao

tema. No jornalismo, é possível identificar guias, suplementos, revistas, jornais e

blogs especializados sobre vários assuntos como gastronomia, futebol, economia e

turismo, mas não há um produto semelhante voltado aos sebos.

É curioso observar como esses estabelecimentos foram aumentando com o

passar dos anos. Em um artigo do jornalista Aramis Millarch (1987) 17, a cidade tinha

apenas quatro sebos. No já citado blog ossebosdecuritiba.blogspot.com, de 2007,

aparecem 25 sebos, no entanto 10 deles já não existem mais. O Confraria do Sebo

mostra no seu mapa personalizado, que hoje a cidade possui 36 estabelecimentos.

Desta forma, como um blog, apoiado em outras ferramentas como redes

sociais e o Google Maps, podem facilitar o acesso a informações sobre os sebos de

Curitiba e suprir essa lacuna deixada pelo jornalismo local?

17

Disponível em: http://www.millarch.org/artigo/geleia-geral

16

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Proporcionar, através do Blog Confraria do Sebo, a divulgação de informações

sobre os sebos de Curitiba e assuntos correlacionados, a partir dos conteúdos

produzidos no blog e nas outras ferramentas de apoio como as redes sociais e o

mapa personalizado dos sebos de Curitiba no Google Maps.

3.2 Objetivos Específicos

Criar um espaço para a discussão sobre o assunto na internet, através do blog

Confraria do Sebo e as redes sociais Facebook e Twitter.

Trazer informações básicas sobre os sebos, como localização e horários de

funcionamento.

Retratar os sebos como fonte para a preservação da memória cultural e

simbólica da cidade.

Divulgar os sebos como um agente facilitador da cultura.

17

4 JUSTIFICATIVA

O resultado final deste projeto é a criação do blog Confraria do Sebo, um

espaço para informar sobre os sebos de Curitiba, mas também para falar sobre o

que envolve os sebos, notícias sobre cultura, dicas, eventos entre outros assuntos.

A ideia inicial para esse trabalho surgiu a partir de observações feitas pelo

autor no mapa da Baixa Gastronomia18. O mapa da Baixa Gastronomia,

basicamente, é um guia de locais da cidade que seguem os dez mandamentos

básicos da culinária ogra19. Inicialmente, o mapa da Baixa Gastronomia era formado

apenas por um mapa no Google Maps. Hoje além do mapa há um blog20 no site do

jornal Gazeta do Povo e uma página no Facebook21. Nas devidas proporções, o

objetivo deste trabalho é adaptar este formato visto no projeto do blog da Baixa

Gastronomia para falar sobre os sebos de Curitiba.

A escolha pela criação de um blog tornou-se necessária após a consulta de

pesquisas já existentes e a realizada nesse trabalho, pois observou–se que cada

vez mais as pessoas buscam informar–se através da internet. Segundo a pesquisa

Brasil Conectado – Hábitos de mídia22, realizada este ano pelo Interactive

Advertising Bureau (IAB), 82% dos entrevistados consideraram a internet o meio

mais importante. Já na pesquisa quantitativa realizada especificamente para este

trabalho, o mesmo número, 82% dos entrevistados afirmaram utilizar a internet como

o principal meio de obter informação, sendo que 54% utilizam os blogs. Por fim,

quando perguntados se acessariam um blog com informações sobre os sebos da

cidade, cerca de 93% disseram que sim.

Outro fator que motivou a escolha pela criação do blog foi, justamente, a falta

de informações sobre os sebos na internet. Como já mostrado nesse trabalho, os

sebos que possuem sites estão desatualizados, pouco interagem com o seu público

ou são voltados, exclusivamente, para o comércio, concentrados apenas nas vendas

dos seus produtos. Já um produto que tentou falar sobre o assunto que foi o blog

18

Disponível em:

https://maps.google.com/maps/ms?ie=UTF8&hl=en&msa=0&msid=211616831052107404801.0004a4a7902941

638ced3&ll=-25.43113,-49.274459&spn=0.003537,0.006968&z=18 19

O Manifesto da Culinária Ogra é um texto do jornalista André Barcinski de janeiro de 2011 que recentemente

virou o livro “Guia da Culinária Ogra – São Paulo: 195 lugares para comer até cair”. Ed. Planeta, 122págs 20

Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/blog/curitiba-baixa-gastronomia/ 21

Disponível em: https://www.facebook.com/BaixaGastronomia 22

Disponível em: http://www.iabbrasil.org.br/arquivos/IAB_Brasil_conectado_consumodemedia.pdf

18

ossebosdecuritiba.blogspot.com não é atualizado desde 2007.

Um dos objetivos do Confraria do Sebo, é gerar conteúdo e dar espaço para

que os usuários dos sebos forneçam as suas opiniões e debatam sobre o assunto.

Esse argumento justifica a originalidade do projeto, visto que ainda não há nenhum

produto similar no meio que o blog está inserido.

A pesquisa quantitativa foi essencial, pois possibilitou alguns parâmetros para a

elaboração do blog. Por meio das respostas, foi possível traçar um perfil de público,

tecnicamente empatado, mas de maioria masculina e de alto nível de escolaridade,

sendo que 67% dos entrevistados estão cursando ou já estão formados no Ensino

Superior, 12% possuem algum Curso Técnico e mais 12% já completaram o Ensino

Médio. Pode se observar o crescente número de pessoas que hoje tem como

principal meio de acesso a informação a internet, superando veículos mais

tradicionais e consolidados como o rádio e a televisão, e que, quando navegam pela

internet confiam e usam as redes sociais para se informar

Como relevância acadêmica é importante ressaltar que a pesquisa demonstra

assuntos que estão sendo estudados no meio acadêmico atualmente: jornalismo

online, o uso de mapas colaborativos e as redes sociais. Em resumo, a pesquisa

está direcionado para o segmento do jornalismo digital, uma área que está em

constante modificações, graças ao surgimento de novas ferramentas que auxiliam o

jornalista no fazer diário do seu trabalho. Por fim espera-se que o trabalho

desenvolvido aqui possa servir de fonte bibliográfica aos pesquisadores,

contribuindo para as futuras pesquisas nos diversos assuntos que são abordados.

19

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

5.1 INTERNET

O desenvolvimento da internet proporcionou o atual cenário da comunicação

jornalística. Ferrari (2003) explica que a sua criação ocorreu durante a Guerra Fria,

pelo Departamento de Defesa Norte Americano, com a finalidade de estabelecer a

comunicação no país caso acontecesse um ataque inimigo. Ferrari (2003, p.15)

aponta que depois de sua utilização militar, o tráfico de dados passou por rápida

expansão atraindo novos usuários, como pesquisadores universitários com trabalhos

nas áreas de segurança e defesa. Logo, começaram a surgir novas redes, que

possibilitaram abranger a utilização desse recurso a outras universidades e

organizações de pesquisas americanas.

Após 1996, a utilização da web não parou mais de crescer, e ainda segundo

Ferrari (2003, p17) “Para dar a dimensão do crescimento da Internet, o número de

computadores conectados ao redor do mundo pulou de 1,7 milhões em 1993 para

20 milhões em 1997”.

Pinho (2003) relata que, no Brasil, a conexão com a internet ocorreu em 1990,

juntamente com países como Argentina, Áustria e Bélgica. Também nesse ano,

surgiu o primeiro provedor de acesso comercial do mundo, o que tornou possível a

conexão através do telefone.

Para Pinho (2003), a internet pode ser compreendida como:

A internet é a rede das redes, o conjunto das centenas de redes de computadores conectados em diversos países dos continentes para compartilhar a informação e, em situações especiais, também recursos computacionais. As conexões entre elas empregam diversas tecnologias, como linhas de telefônicas comuns, linhas de transmissão de dados dedicadas, satélites, linhas de micro-ondas e cabos de fibra óptica. (PINHO, 2003, p.41)

Considerando a sua capacidade de rápida disseminação de conteúdo, para

todos os lugares do mundo, Pinho (2003) aponta a transformação divulgação da

notícia através da internet, que permitiu esse novo meio de comunicação, como suas

características próprias e bastante distintas dos meios tradicionais. Por fim, o autor

destaca como vantagem em relação aos outros veículos de comunicação seu baixo

20

custo tanto na produção como na difusão da notícia. Segundo Pinho (2003, p.53)

“Depois dos investimentos iniciais com hardware e software, o uso da rede tem um

custo pequeno: publicar uma informação na World Wide Web [...] gera despesas

irrisórias mesmo comparadas com tarifas telefônicas de longa distância”.

5.2. JORNALISMO DIGITAL E WEBJORNALISMO

O jornalismo digital trouxe grandes mudanças para a sociedade, sejam elas

comportamentais aos hábitos da sociedade. É o que afirma Pinho (2003), que ainda

ressalta que sua transformação pode também ser observada na renovação de

práticas e técnicas jornalísticas.

Para conceituar a comunicação digital, Gonçalves (2000, apud Pinho, 2003)

traça a seguinte definição sintática.

O jornalismo digital é todo o produto discursivo que constrói a realidade por meio da singularidade dos eventos, tendo como suporte de circulação as redes telemáticas ou qualquer outro tipo de tecnologia por onde transmita sinais numéricos e que comporte a interação com os usuários ao longo do processo produtivo (GONÇALVES, 2000, apud PINHO, 2003, p. 58)

Deste modo, o blog Confraria do Sebo pode ser compreendido como jornalismo

digital ou multimídia já que as ferramentas que serão utilizadas para o

desenvolvimento do produto: (Wordpress, Google Maps e as redes sociais).

Mas, ao falarmos da pratica do jornalismo na internet, uma constante dúvida

se dá na escolha da sua nomenclatura. Mielniczuk (2003, p.01), afirma que

“diferentes nomenclaturas têm sido utilizadas para designar este recente tipo de

prática jornalística. Por exemplo, alguns dos termos encontrados são

ciberjornalismo, jornalismo eletrônico, jornalismo online, jornalismo digital e

jornalismo hipertextual”.

Mielniczuk (2003) aponta também uma preferência pelo uso de determinada

terminologia de acordo com o país de origem dos autores das pesquisas.

Em linhas gerais, observa-se que autores norte-americanos utilizam o termo “jornalismo online” ou “jornalismo digital”, já os autores espanhóis preferem o termo jornalismo eletrônico. Também são utilizadas as nomenclaturas jornalismo multimídia ou ciberjornalismo. De forma genérica, pode-se dizer que autores brasileiros, seguem os norte-americanos, utilizando com maior frequência o termo “jornalismo on-line” ou “jornalismo digital”. (MIELNICZUK, 2003, p. 40)

21

Por fim, a autora destaca que todas essas definições não se excluem, “ocorre

sim é que as práticas e os produtos elaborados perpassam e enquadram-se de

forma concomitante em distintas esferas” (Mielniczuk , 2003, p.44). Para elucidar

essa discussão, a autora apresenta o quadro a seguir, propõe uma definição para

cada nomenclatura abordada.

Nomenclatura Definição

Jornalismo eletrônico utiliza equipamentos e recursos eletrônicos

Jornalismo digital ou Jornalismo multimídia

emprega tecnologia digital, todo e qualquer procedimento

que implica tratamento de dados em forma de bits.

Ciberjornalismo envolve tecnologias que utilizam o ciberespaço

Jornalismo online é desenvolvido utilizando tecnologias de transmissão de

dados em rede e em tempo real

Webjornalismo diz respeito à utilização de uma parte específica da Internet,

que é a web.

Tabela 1 – Resumo das definições de nomenclaturas sobre práticas de produção e disseminação de informação no jornalismo contemporâneo. Fonte: Mielniczuk (p.44)

Com base nesses dados, podemos afirmar que o blog Confraria do Sebo

utiliza- se das nomenclaturas Webjornalismo, pois conforme Canavilhas (2001, apud

Mielniczuk 2003, p.43), “a nomenclatura encontra-se relacionada com o suporte

técnico: para designar o jornalismo desenvolvido para a televisão, utilizamos

telejornalismo; o jornalismo desenvolvido para o rádio; chamamos de

radiojornalismo; e chamamos de jornalismo impresso àquele que é feito para os

jornais impressos em papel”.

Vale ressaltar que o conteúdo do blog, objeto desta pesquisa, irá fazer uma

abordagem de assuntos de interesse local. Sendo assim, Barbosa (2007) aponta o

surgimento de um novo conceito, o conceito de glocalização no qual:

Enquanto a ordem global é “desterritorializada”, separando o centro da ação e a sede da ação e dependente de fatores externos, a ordem local “reterritorializa”, reunindo em sua lógica interna todos os elementos: homens, empresas, instituições, formas sociais. Dessa maneira, é no âmbito local onde a cultura global hegemônica é refuncionalizada através de relações de assimilação e rejeição, constituindo no que o sociólogo inglês

22

Roland Robertson classifica de “glocalização” – processo de interação entre o local e o global e vice – versa, mistura de globalização com características locais. (BARBOSA, 2007, p. 06-07)

Por fim, Pinho (2003, p.113) destaca a presença do jornalismo e a sua função

na internet, independente da sua nomenclatura: “Qualquer que seja a sua

denominação – jornalismo digital, jornalismo on-line ou webjornalismo – o, jornalismo

marca sua presença na World Wide Web oferecendo informação e conteúdo”.

5.3 O DESENVOLVIMENTO DO JORNALISMO PRATICADO NA INTERNET E SUAS TRÊS ETAPAS

Como o jornalismo desenvolvido para a internet ainda é muito recente é

possível verificar que o processo desenvolveu-se em fases bem específicas. Esses

estágios são definidos por Pavlik, Silva Jr. (2001 apud Mielniczuk 2003), como:

transportativo, perceptivo, hipermidiáticos..

O primeiro estágio foi o transpositivo, que, nada mais era do que a total

transposição de algumas matérias que eram feitas para os jornais impresso,

reproduzidas nas páginas dos jornais online, desta forma os jornais, passavam a ter

um espaço na web. Em geral, essas matérias eram atualizadas a cada 24 horas,

num modelo totalmente diferente do formato atual, no qual a atualização de um site

é constante.

Na segunda fase, o estágio perceptivo há um aperfeiçoamento na forma de se

fazer jornalismo. O surgimento de novas tecnologias, hipertextos, hiperlinks e o uso

do e-mail para contato mais rápido com os leitores, facilitou a forma do jornalista

realizar o seu trabalho. Neste período, ocorrem as primeiras experiências com o

intuito de aproveitar caracterísiticas bem específicas que somente a internet pode

disponibilizar.

Por fim, Pavlik, Silva Jr. (2001 apud Mielniczuk 2003), aponta que no terceiro

estágio, os produtos jornalísticos produzidos na web são considerados

hipermidiáticos. Pela primeira vez a produção é focada exclusivamente para o

online. Novos recursos, como o uso de vídeos, infográficos, mapas, blogs e espaços

para comentários tornam a internet um espaço de interatividade entre o emissor e o

receptor da informação.

A totalidade desse jornalismo que está sendo desenvolvido nesse terceiro

23

estágio, para Gonzáles (2001 apud Tellaroli 2007) somente ocorrerá após a fase do

hipermidiático quando o webjornalismo será totalmente diferente do jornalismo feito

pelo impresso.

Sua principal característica é o máximo aproveitamento das possibilidades de interatividade e multimidialidade do novo meio, mediante as quais, se podem oferecer a informação em diferentes formatos (som, imagem fixa ou em movimento e texto). Espera-se que este modelo sirva para aumentar as possibilidades de escolha dos conteúdos por parte do usuário, o receptor da informação, assim como a oferta de um grande número de serviços em sentido vertical (mais bem especializados) para se distinguir dos portais horizontais com os quais nada tem a ver. (GONZÁLES apud TELLAROLI, 2007, p. 57).

Todas essas novas ferramentas que surgiram, blogs, infográficos, mapas,

redes sociais e a capacidade de unificação de várias mídias como o rádio e a

televisão em um único espaço que é a internet, fazem com que o jornalista que

trabalhe na internet tenha novos desafios de acordo com Moura (2002, p. 09).

“O profissional de comunicação de hoje tem um novo desafio: trabalhar com a Internet, entender a sua evolução e estar pronto para as modificações que a grande rede mundial fará na economia, na cultura e na linguagem entre os seres humanos. Por congregar todas as mídias numa só – sem substituir qualquer outra ao contrário do que muitas pessoas ainda acreditam – a, Internet veio para acelerar as relações do ser humano com o mundo e com os outros seres humanos”. (MOURA, 2002, p. 09)

Já Santaella (2008) afirma que todos estes recursos tecnológicos visam

aperfeiçoar a transmissão da informação e melhorar sua qualidade.

Cada vez se produz mais informação, surgem mais empregos cuja tarefa é informar, mais pessoas dependem da informação para viver. A economia mesma está crescentemente se sustentando da informação, pois esta penetra na sociedade como uma rede capilar como infraestrutura básica e, ao mesmo tempo, como geradora de conhecimentos que se convertem em recursos estratégicos. (SANTAELLA, 2008, p. 18)

Por fim, é necessário destacar que, além de todos esses estágios de

desenvolvimento pelo qual o jornalismo feito na internet. Passou, outro importante

fator que contribui para o crescimento do webjornalismo é a audiência. Pavlik (2001

apud Tellaroli 2007, p. 54) afirma que “as pessoas querem e buscam suas notícias

em tempo real, querendo saber o mais rápido possível e pela Internet elas

encontram o que procuram”.

24

5.4. JORNALISMO CULTURAL

Não é possível especificar uma data exata para o início do jornalismo cultural.

Historicamente, é possível dizer que o jornalismo cultural data do século XVII. Piza

(2004) cita dois nomes Richard Steele (1672-1729) e Jospeh Adddison (1672-1719)

como precursores desse jornalismo. Ambos, juntos, no ano de 1711 fundam uma

revista diária a The Spectator .“A revista falava de tudo – livros, óperas, costumes,

festivais de música e teatro, política – num tom de conversação espirituosa, culta

sem ser formal, reflexiva sem ser inacessível, apostando num fraseado charmoso e

irônico”. PIZA (2004, p. 12). Outro importante fator apontado pelo autor é que de

certa forma o jornalismo cultural, “nasceu na cidade e com a cidade”, visto que

antigamente as pessoas que tinham estudo eram os homens ricos e que moravam

nas propriedades rurais.

Para Piza (2004) o jornalismo cultural abrange uma vasta margem de temas,

áreas e implicações, dificultando a sua segmentação “afinal, a cultura está em tudo,

é de sua essência misturar assuntos e atravessar linguagens” (p.7). Já Faro(2006)

define o jornalismo cultural como:

A produção noticiosa e analítica referente a eventos de natureza artística e editorial pautados por secções, suplementos e revistas especializadas nessa área. O conceito de “cultura”, portanto, é o conceito genérico usualmente adotado na esfera da produção jornalística e inclui o acompanhamento que essa produção faz em torno das tendências interpretadoras que se apresentam na mídia através do processo de legitimação pública conferida por seu vínculo com problemas emergentes da sociedade contemporânea (FARO, 2006, p.1)

Por fim Rivera (2003, apud Basso, 2008) traz a seguinte definição:

Uma zona muito complexa e heterogênea de meios, gêneros e produtos que abordam com propósitos criativos, críticos, reprodutivos ou divulgatórios os terrenos das “belas artes”, as “belas letras”, as correntes do pensamento, as ciências sociais e humanas, a chamada cultura popular e muitos outros aspectos que têm a ver com produção, circulação e consumo de bens simbólicos, sem importar sua origem ou destinação (RIVERA, 2003, apud BASSO, 2008, p.2)

Sobre o jornalismo cultural no Brasil, Piza (2004, p. 32),aponta para as

primeiras experiências na década de 30 com o escritor, Mário de Andrade que

“desenvolve uma carreira particular como crítico e ensaísta [...] Escreve

25

preferencialmente sobre música e literatura, mas também faz incursões importantes

nas artes visuais”. Nessa época, o autor paulista também escreveu críticas sobre

concertos que ocorriam na cidade publicadas no jornal Diário de São Paulo e foi

colaborador de um importante veículo cultural a revista O Cruzeiro. Porém, é na

década de 50, com a divisão do jornal em diversos cadernos segmentados, como

política, esportes, economia e cultura é que o jornalismo cultural começa a ganhar a

forma dos dias atuais. Esse formato segundo Silva (1997, apud Alzamora, 2007)

deve – se “a reformulação gráfica do Jornal do Brasil, no fim dos anos 1950, que

introduziu no Brasil uma tendência emergente nos EUA de separar os assuntos

culturais, até então confinados a suplementos semanais, em um caderno próprio”

(p.2)

Uma nova mudança na forma do fazer o jornalismo cultural surge nos anos 90

com a expansão da internet. Segundo Alzamora (2006) “com a internet dá-se a

proliferação de websites não jornalísticos de conteúdo cultural, que passam a

cumprir função semelhante àquela desempenhada pelo jornalismo cultural ao longo

do século XX”. (p.3). Para a autora “Os blogs tornaram-se importante espaço de

divulgação e compartilhamento de informações culturais” (p.4).

De acordo com Alzamora (2006, p.12), os blogs “configuram-se como formas

autônomas de se produzir informações culturais na internet. Esse gênero híbrido de

comunicação, que transita entre escrita íntima, jornalismo e literatura e recusa os

parâmetros editoriais oriundos do jornalismo impresso”. Desta forma segundo a

própria autora, os blogs:

Demonstram é que as delimitações editoriais não se sustentam na blogosfera, nem mesmo quando se trata de blogs produzidos por uma redação jornalística. Os blogs, assim, não apenas se tornam objeto de interesse temático para o jornalismo cultural, como também se apresentam como formato alternativo – e, não raro, complementar – para o desenvolvimento do jornalismo cultural contemporâneo. (ALZAMORA, 2007, p.6)

26

5.5. CIBERCULTURA

Lemos (2010) define a Cibercultura, como:

A ciberculutra é o conjunto tecnocultural emergente no final do século XX impulsionado pela sociabilidade pós-moderna em sinergia com a microinformática e o surgimento das redes telemáticas mundiais; uma forma sociocultural que modifica hábitos sociais, praticas de consumo cultural, ritmos de produção e distribuição da informação, criando novas relações no trabalho e no lazer, novas formas de sociabilidade e de comunicação social. (LEMOS, 2010, p. 21-22)

De acordo Lévy (1999, p.17), a cibercultura “especifica o conjunto de técnicas

(materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de

valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço”.

O autor (1999) afirma que o termo “ciberespaço” foi utilizado pela primeira vez

em 1984. Quem inventou a palavra foi o escritor americano, William Gibson, no

romance de ficção científica Neuromancer. No livro de Gibson, a palavra

ciberespaço, é designada ao universo das redes digitais, como cenário de campo de

batalha entre multinacionais, formando novas áreas de conflitos, fronteiras

econômicas e culturais. Assim que apareceu na obra, a palavra cibercultura foi

retomada imediatamente por criadores e usuários das redes digitais.

Para Lévy:

O ciberespaço é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. (LÉVY, 1999, pg.17)

Já Santaella (2005) afirma que o ciberespaço pode ser definido como:

Todo e qualquer espaço informacional multidimensional que, dependente da interação do usuário, permite a este o acesso, a manipulação, a transformação e o intercâmbio de seus fluxos de informação. Assim sendo, o ciberespaço é o espaço que se abre quando o usuário conecta-se na rede. Por isso mesmo, esse espaço também inclui os usuários dos aparelhos sem fio, na medida em que esses aparelhos permitem a conexão e troca de informações. Conclusão, ciberespaço é um espaço feito de circuitos informacionais navegáveis. Um mundo virtual da comunicação informática, um universo etéreo que se expande indefinidamente mais além da tela, por menor que esta seja, podendo caber até mesmo na palma de nossa mão. (SANTAELLA, 2005, p.8)

27

Para Lévy (1999) o ciberespaço tem como marca principal unificar todos

dispositivos e meios de comunicação, criação e gravação da informação. Com todas

essas informações digitalizadas e condensadas em um único lugar, é provável que o

ciberespaço torne-se um dos principais canais de comunicação e fonte de memórias

para a humanidade a partir do próximo século.

As principais características da cibercultura de acordo com Lemos (2010, p.

27) são “as ações de produzir, distribuir e compartilhar”. Essas características estão

intimamente ligadas aos três princípios da cibercultura discutidos pelo próprio

autorque são: a liberação do polo de emissão; conexão em rede e a reconfiguração

sociocultural.

A liberação do polo de emissão, segundo Lemos (2010, p. 45), “nada mais é

que a emergência de vozes e discursos anteriormentes reprimidos na edição da

informação pelos mass media”. O que quer dizer que o antigo receptor desse mass

media (televisão, rádios, jornais e revistas), agora, passa a produzir e difundir a

informação. Como exemplos, Lemos cita os blogs e os podcasts.

Os blogs são hoje um fenômeno mundial de emissão livre de informação sobre diversos formatos (pessoais, jornalísticos, empresariais, acadêmicos, comunitários...). Os podcasts, por sua vez, são formas livres de emissão sonora pelas quais cada usuário pode criar o seu próprio programa e disseminá-lo pela rede.

O autor explica que não basta apenas produzir, é necessário compartilhar,

trocar, circular, distribuir todas essas informações e de preferência em redes

conectadas. É por isso que o segundo princípio é o de conexão em rede. Segundo

Lemos (2010), toda essa conectividade passa pela transformação do PC

(computador pessoal, em 1970) em CC (computador coletivo) com o surgimento e

popularização da internet nas décadas de 80 e 90 e, agora, o CC móvel (a utilização

de notebooks, celulares e redes sem fio). De acordo com o próprio Lemos, é a era

chamada de “Internet das coisas” na qual “tudo comunica e tudo está em rede:

pessoas, máquinas, objetos e cidades” (p.46).

Através desses dois princípios, a emissão e a conexão, deriva o terceiro que

é a reconfiguração sociocultural. Para Lemos (2010, p. 46), a reconfiguração “trata-

se de reconfigurar práticas, modalidades midiáticas, espaços, sem a substituição de

seus respectivos antecedentes”. Essa reconfiguração para os americanos Bolter e

Grusin (2000, apud Lemos, 2010) equivale à ideia de remediação de um meio sobre

28

o outro. Como mostra Lemos:

Há, portanto, reconfiguração e remediação. Jornais fazem uso de blogs (uma reconfiguração em relação aos blogs e aos jornais) e de podcasts. Podcasts emulam programas de rádio e rádios editam suas emissões em podcasts. A televisão faz referência à internet, a internet remete à televisão. (LEMOS, 2010, p.41).

5.6 WEB 2.0

O termo Web 2.0 foi criado em 2004, segundo Lemos (2010)

para diferenciar a primeira fase do desenvolvimento do ciberespaço, onde as páginas na Internet eram mais estáticas, para a fase atual, onde diversas ferramentas e novas funcionalidades foram adicionadas aos websites, fazendo-os mais abertos e participativos (LEMOS, 2010, p.38).

Para Primo, (2006, p.1) a Web 2.0 é uma segunda fase do primeiro modelo

da internet que “caracteriza-se por potencializar as formas de publicação,

compartilhamento e organização de informações, além de ampliar os espaços para a

interação entre os participantes do processo.” Esse mesmo pensamento é

compartilhado por Bressan (2007, p.2) que denomina a Web 2.0 como uma

“segunda geração de serviços e aplicativos da rede e a recursos, tecnologias e

conceitos que permitem um maior grau de interatividade e colaboração na utilização

da Internet”.

A Web 2.0 proporcionou uma maior participação dos usuários, desta forma o

modelo antigo da Web 1.0, na qual o usuário era guiado por onde navegar e

obrigado a aceitar apenas o conteúdo já existente, torna-se obsoleto. O’REILLY

(2005, p.8) destaca como princípio básico da Web 2.0 essa participação e

colaboração dos usuários, “o serviço fica automaticamente melhor quanto mais

forem os usuários que dele se utilizam”. Através dessa massiva participação, “os

usuários adicionam valor” às ferramentas da Web 2.0.

Com a popularização da Web 2.0, o poder de influência que os meios de

comunicação exerciam sobre os usuários da internet, fica menor. Para Gillmor (apud

O’REILLY, p. 15-16) a Web 2.0 é um mundo em que “nós, a mídia” considerados “a

antiga audiência” – decidimos agora o que é importante – não mais os grupos de

comunicação que dominavam a Web 1.0

29

Hinchcliffe (2006 apud Bressan 2007, p.6) aponta cinco aspectos sobre a

Web 2.0:

- A Web e todos os dispositivos conectados como uma plataforma global de serviços e dados reutilizáveis; - Consumo e remixagem de dados de todas as fontes, especialmente dados gerados por usuários; - Atualização contínua e sem emenda de software e dado, frequentemente muito rápido; - Interfaces ricas e interativas; - Arquitetura participativa que encoraja a contribuição do usuário. (Hinchcliffe, 2006, apud Bressan 2007, p.06)

Por fim, Primo (2006, p.2) demonstra como ferramenta de destaque da Web

2.0, os blogs. Para o autor “os blogs transformaram – se em um importante espaço

de conversação”. O local ideal onde “pequenas redes de amigos ou de grupos

interessados em nichos muitos específicos podem interagir”.

Assim, para Primo (2006) toda essa troca de informações que esses grupos

podem gerar, acabam por influenciar os usuários. Desta forma não é somente o

conteúdo gerado pelos grandes portais que têm importância. O conteúdo gerado

pelos blogs, também ganha significância na web. Todo esse efeito pode ser visto

nos grandes portais que hoje em dia utilizam-se de blogs, sejam de jornalistas de

nome, personalidades ou usuários que ganharam status com os seus blogs e hoje

estão nos grandes veículos, visto a influência que exercem na internet.

5.7 BLOG

A palavra Blog, segundo Querido e Ene (2003), é uma abreviação de duas

palavras inglesas: Web (rede) e Log (diário). Ela foi utilizado pela primeira vez, no

ano de 1997, quando Jorn Barger criou o primeiro blog o robot wisdom weblog23.

Stadinik e Alves (2008), apontam que no ano de 1999 ocorreu a criação do

software blogger, pela empresa de Evan Williams. Está é uma das primeiras

ferramentas que possibilitaram a criação de blogs e que é utilizada até os dias de

hoje, juntamente com outras ferramentas como o WordPress, que será a ferramenta

utilizada para a criação e manutenção do blog Confraria do Sebo.

Segundo Komesu (2004, p.1), “a facilidade para a edição, atualização e

23

Disponível em: http://robotwisdom.com/

30

manutenção dos textos da rede, foram – e são – os principais atributos para o

sucesso e a difusão dessa chamada ferramenta de auto expressão”.

Esta praticidade também é destacada por Oliveira (2003)

O principal diferencial da nova ferramenta é que ela trouxe velocidade na criação, postagem e atualização dos ciberdiários, democratizando o acesso de não especialistas em linguagens como HTML, FTP, dentre outras, á construção e manutenção das paginas pessoais. Os blogs simplificam a linguagem da internet tanto para o editor como para o internauta que o visita. Se os bloggers não encontram barreiras em editar seus textos, os leitores irão se deparar com uma configuração simples e direta que oferece uma leitura prática e não linear, através dos hiperlinks. (OLIVEIRA, 2003, p.5)

Matos (2007) explica que:

De um modo geral os blogs se apresentam como um espaço público que servem a um número quase que infinito de propósitos. As publicações podem ser do tipo que se misturam com comentários de informações e de notícias divulgadas nos diversos meios de comunicação (os blogs jornalísticos), o dia – a – dia a vida privada do escrevente, fofocas, ou aqueles que debatem ou dão dicas como cinema música, criação literária, como um diário de viagem onde o escrevente registra relatos, fotos de lugares onde visitou (MATOS, 2007, p. 41)

Aguiar (2006) exemplifica a relação jornalista e leitor nos blogs desta forma:

Na blogosfera, a relação entre o jornalista e o leitor é radicalmente diferente daquela estabelecida entre eles na mídia convencional, já que existe uma troca constante de dados, uma produção e compartilhamento de sentidos através da relação entre os sujeitos envolvidos, e não a transmissão da informação pura e simples (AGUIAR, 2006, p.6)

Para Bolaños e Brittos (2010)

Os blogs acabaram adquirindo uma relevância inesperada na economia política da internet justamente ao se tornarem ferramenta de ação independente por parte de muitos jornalistas com posição de destaque, que ganham, assim, autonomia em relação ao “capital da notícia.(BOLAÑOS e BRITTOS, 2010, p. 244)

Para Moura (2006), os blogs são uma nova ferramenta, que acarreta uma

nova forma de comunicação, trazendo consigo grandes mudanças, principalmente

na forma como os meios de comunicação interagem com o seu público. Moura

(2006) demonstra essa mudança:

31

Como ferramenta jornalística o blog não poderia ser um instrumento melhor. Não são poucos os profissionais que se utilizam dessa mídia para publicar o que pensam [...].Os jornalistas blogueiros fazem notícia, analisam a noticia, dão furos jornalísticos, conduzem discussões políticas e o melhor, escrevem tudo o que pensam sem a preocupação de se aterem as linhas editoriais dos veículos (MOURA, 2006, p.1)

Por fim, Recuero (2003, apud Matos, 2004) aponta três linhas de atuação

dos blogs.

a) Diários Eletrônicos – São os Weblogs atualizados com pensamentos, fatos e ocorrências da vida pessoal de cada indivíduo, como diários. O escopo desta categoria de weblogs não é trazer informações ou notícias, mas servir como um canal de expressão de seu autor. [...] b) Publicações Eletrônicas – São weblogs que se destinam principalmente à informação. Trazem, como revistas eletrônicas, notícias, dicas, e comentários sobre um determinado assunto, em geral o escopo do blog. Comentários pessoais são evitados, embora algumas vezes apareçam. [...] c) Publicações Mistas – São aquelas que efetivamente misturam posts pessoais sobre a vida do autor e posts informativos, com notícias, dicas e comentários de acordo com o gosto pessoal. (RECUERO 2003, apud MATOS, 2004 p.10)

Desta forma, é possível afirmar que o Confraria do Sebo encaixa-se na

segunda linha de blogs proposta pela autora, publicações eletrônicas.

5.8 MAPAS

Os avanços tecnológicos dos últimos anos permitiu a criação de mapas cada

vez mais detalhados na internet. Com o Google Maps24 é possível traçar uma rota

para onde se deseja chegar, seja de carro, transporte público ou mesmo a pé. Além

da visualização tradicional do mapa, como somos acostumados quando utilizamos

um atlas, o que torna o Google Maps atrativo é o uso de fotos satélite e do Google

Street View. Permitindo a qualquer usuário que consulte a ferramenta a visualização

do local desejado, através de fotos tiradas, seja por satélite ou pelo carro da

empresa que é equipada por diversas câmeras.

Com essas nova ferramenta é possível a criação de mapas personalizados.

Sobre esse assunto, Lemos (2010, p.61) aponta que “atualmente os mapas passam

a ser ferramentas manuseadas, por qualquer um, dando assim um instrumental

interessante de conquista do espaço quotidiano”.

24

Disponível em: https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR

32

Esses mapas tornam-se referências e são cada vez mais usados no

jornalismo, vale citar o site Wikicrimes25 e um exemplo do jornalismo praticado aqui

no nosso estado.

O Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM), realizou algo

semelhante ao Wikicrimes. Durante a sua campanha contra a redução da violência

intitulada, “Paz sem voz é medo”. Que foi lançada no dia 23 de outubro de 2011, a

ferramenta Mapa do Crime26. Como cita a reportagem do jornal Gazeta do Povo27 da

data do lançamento do mapa seu principal objetivo é que:

As informações atinjam um alto grau de credibilidade. Por isso, a vítima poderá indicar pessoas que tenham presenciado o crime ou que conheçam o fato para confirmar as informações postadas. Essas pessoas receberão um e-mail para confirmação das informações. Todos os casos estarão registrados em um mapa, onde os locais de crime receberão pontos coloridos, indicando quais crimes ocorreram. Será possível registrar os crimes de agressão, homicídio, furto, roubo e tráfico de drogas. (Gazeta do Povo, online, 2011)

Sobre essa discussão, Firmino (2010) destaca essa nova função desses

mapas colaborativos realizados na Internet:

Um bom exemplo é a criação de "mapas do crime" utilizando plataformas do Google Maps. Embora essas iniciativas não me pareçam muito saudáveis, são um exemplo interessante. Nesses mapas, os usuários postam livremente suas impressões sobre o "perigo" de determinados lugares em diversas cidades e, em alguns casos, chegam a atribuir culpa a certos suspeitos – com descrição meticulosa de supostos criminosos.(FIRMINO, 2010, p.1)

As criações desses mapas específicos auxiliam a população e este

melhoramento deve-se em muito a evolução dessas novas tecnologias como

destaca Firmino (2010):

Mapas sempre serão mapas, mas eles podem complementar/esclarecer/ampliar a percepção que temos de nossas realidades espaciais; podem nos ajudar a compreender melhor, de forma

25

O Wikicrimes é um mapa digital colaborativo criado pelo professor Vasco Furtado, que permite a qualquer

pessoa registrar uma ocorrência criminal, por meio do modelo “wiki” onde os colaboradores são os responsáveis

por todo o conteúdo disponibilizado. Disponível em:

http://wikicrimes.org/main.html;jsessionid=67ACCF613BC5ECC72FE8EA0F83C74951 26

Disponível em: http://www2.gazetadopovo.com.br/pazsemvozemedo/mapadocrime/ 27

Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/pazsemvozemedo/conteudo.phtml?tl=1&id=1183764&tit=Parana-tera-

mapeamento-on-line-de-crimes

33

mais completa, diversas complexidades presentes no espaço, nos lugares, nos territórios. Assim, além da facilidade de acesso a cartografias territoriais tradicionais (topográficas, de relevo, de corpos terrestres, corpos d'água etc.) hoje temos possibilidades quase infinitas de mapear, de forma colaborativa, qualquer tipo de relação que temos com o ambiente, com o espaço, dependendo de nossos interesses e do nosso acesso aos dados para construir essas cartografias. É isso que vem acontecendo atualmente com a construção de cartografias colaborativas que, na minha opinião, são importantes porque ampliam a percepção do espaço que nos cerca e nossa capacidade de interagir com elementos complexos constituintes desse espaço. (FIRMINO, 2010, p.1)

Vale registrar que a criação e utilização de um mapa exclusivo no Google

Maps, como uma mais uma fonte de informação para este trabalho, juntamente com

o desenvolvimento do blog e das redes sociais, deve-se além dos mapas já citados

neste trabalho aos mapas da coxinha28, criado em São Paulo e o mapa da baixa

gastronomia29 em Curitiba, hoje também amparado em um blog no site do jornal

Gazeta do Povo.

28

Disponível em: https://maps.google.com.br/maps/ms?hl=pt-

BR&ie=UTF8&msa=0&msid=117175605672440926493.00043ca2f4d83674d0649&ll=-23.551116,-

46.649761&spn=0.103034,0.838866&t=h&source=embed 29

Disponível em:

https://maps.google.com/maps/ms?ie=UTF8&hl=en&msa=0&msid=211616831052107404801.0004a4a7902941

638ced3&ll=-25.43113,-49.274459&spn=0.003537,0.006968&z=18

34

6. METODOLOGIA

Neste capítulo da pesquisa será demonstrado quais foram às técnicas

metodológicas utilizadas para a realização do trabalho. Para Gil (1999, p. 43), “O

objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante

emprego de procedimentos científicos”. De acordo com o mesmo Gil (1996, p.22), a

realização de um projeto não segue regras fixas, pré-estabelecidas, “sua estrutura é

determinada pelo tipo de problema a ser pesquisado e também pelo estilo de seus

autores”. Como o blog Confraria do sebo, é um trabalho de caráter exploratório, os

seguintes métodos foram utilizados: pesquisa bibliográfica, pesquisa quantitativa e

pesquisa de campo.

6.1. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Segundo Gil (1996, p.50), “a principal vantagem da pesquisa bibliográfica

reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos

muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente”. Para a

realização deste trabalho foi feito um levantamento bibliográfico relacionado aos

vários assuntos abordados no trabalho: sebo, blog, internet e Web 2.0.

Para Gil (1996, p. 48) “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de

material já elaborado, constituído principalmente livros e artigos científicos”. Porém,

para esta pesquisa, tornou-se necessário não restringir a consulta somente aos

mesmo já citados. Reportagens de jornais online, pesquisas de institutos, uso de

fontes primárias e secundárias e pesquisa de campo foram necessárias.

Vale ressaltar a importância da pesquisa bibliográfica, pois somente ela

“oferece meios para definir resolver, não somente problemas já conhecidos, como

também explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizaram

suficientemente”. (MANZO, 1971, apud, Marconi e Lakatos, 2003, p.183).

Autores como Pierre Levy, Geane Alzamora, Luciana Mielniczuk, Tim

O’Reilly, fundamentaram, com seus estudos, conceitos sobre diversos temas que

essa pesquisa mostra como, a cibercultura, a web 2.0, webjornalismo e jornalismo

cultural.

35

6.2. PESQUISA QUANTITATIVA

Para a pesquisa quantitativa foi aplicado um questionário com 11 perguntas,

contendo perguntas básicas como sexo e faixa etária até perguntas de interesse

específico do trabalho. Gil (1996, p.51) destaca duas vantagens deste tipo de

levantamento, “o conhecimento direto da realidade e a quantificação dos dados

recolhidos”.

O conhecimento direto da realidade permite ao pesquisador que os seus

entrevistados demonstrem suas opiniões e comportamentos, já a quantificação dos

dados recolhidos permite ao pesquisador uma análise estatística, que pode ser

demonstrada através de gráficos e tabelas.

Esse levantamento de dados pode ser realizado de três formas: entrevista,

formulário e questionário. Para essa pesquisa, a opção escolhida foi o formulário,

que ficou online na internet e divulgado através do contato com amigos em redes

sociais, e-mails e em dois grupos da rede social Skoob. Decidiu-se pela escolha do

formulário por ser:

Uma das mais práticas e eficientes técnicas de coleta de dados. Por ser aplicável aos mais diversos segmentos da população e por possibilitar a obtenção de dados facilmente tabuláveis e quantificáveis, o formulário constitui hoje a técnica mais adequada (GIL, 1996 p. 91)

O mesmo autor destaca que para a obtenção de melhores resultados deve–

se atentar a elaboração das perguntas. “As questões dever ser preferencialmente

fechadas, mas com alternativas suficientemente exaustivas para abrigar ampla gama

de respostas possíveis; as perguntas devem ser formuladas de maneira clara,

concreta e precisa; a pergunta deve possibilitar uma única interpretação”. (p.91)

6.3. PESQUISA DE CAMPO

Não seria possível falar dos Sebos de Curitiba sem visita-los. A internet

facilita e auxilia o trabalho do pesquisador, mas quando se fala de um determinado

local é necessário que se visite, conheça o objeto a ser estudado. Mertens (2007, et

al., p.53) define a pesquisa de campo “como investigação empírica realizada no local

onde ocorreu o fenômeno ou que dispõe de elementos para investiga-los”.

36

De acordo com o próprio Mertens (2007), o termo “pesquisa de campo”

geralmente utiliza-se para descrever pesquisas realizadas em lugares cotidianos que

não estão nos laboratórios ou nas salas de entrevista. Desta forma, cabe ao

pesquisador sair ao campo e proceder a coleta, para depois ser feita a análise.

Sobre as pesquisas de campo Mertens (2007) aponta que elas podem ter

nove diferentes aspectos. Para este trabalho interessa o aspecto “pesquisa ação”

definida pelo próprio Mertens (2007, et al., p.54) “como um tipo de pesquisa

participante. Ela supõe intervenção participativa na realidade social. Quanto aos fins,

é tida como pesquisa intervencionista”.

Vergara (2000, apud Mertens, 2007 et al.) aponta seis diferentes finalidades

para a pesquisa: aplicada, descritiva, explicativa, exploratória, intervencionista e

metodológica. Como nesta pesquisa aborda-se a finalidade intervencionista é

importante ressaltar que “o seu objetivo é interpor-se na realidade estudada a fim de

modificá-la”. (p.53)

Essa é a proposta do Confraria do Sebo, dar maior visibilidade a estes

estabelecimentos, explorando o seu potencial que não é utilizado pelo jornalismo

local.

37

7. DELINEAMENTO DO PRODUTO

O produto final deste relatório é um blog que aborda os sebos da cidade de

Curitiba e informações correlatas. Com base nessas informações será possível ver

no blog notícias, dicas e matérias específicas sobre os sebos entre outros

conteúdos.

O blog tem a denominação de Confraria do Sebo e o seu endereço eletrônico

é o http://confrariadosebo.wordpress.com/ A ideia para o nome surgiu a partir do

objetivo principal do site, que é o de divulgar os sebos da cidade em um único

espaço. A palavra Confraria remete ao significado de sociedade, irmandade. Nos

dicionários confraria também está atrelada a um grupo de pessoas que exerçam a

mesma profissão ou que tenham um determinado modo de vida. Optou–se pelo

nome no singular ao invés do plural, visto que confrariadossebos no endereço

eletrônico, fornecia uma impressão de escrita errada e um tanto relapsa.

Além do blog, o produto vai estar disponível para os usuários nas redes

sociais, Twitter e Facebook e na ferramenta Google Maps. Com o conteúdo

produzido sendo sempre adaptado para o meio em que será utilizado.

7.1 FERRAMENTAS DA WEB 2.0

Neste relatório, já foi citado o que é a Web 2.0, e apresentada as suas

ferramentas. Para esse tópico é importante demonstrar como essas ferramentas

serão utilizadas no Confraria do Sebo.

7.2 WORDPRESS

A plataforma escolhida para a criação do blog foi o WordPress30. O processo

de código aberto da ferramenta, permitindo a qualquer usuário poder realizar as

adequações necessárias de acordo com a sua necessidade, a instalação de plug-

ins, a facilidade para inserir o conteúdo produzido e a opção de poder utilizar um dos

vários templates, layouts já disponíveis gratuitamente, fez-se com que a escolha

30

Disponível em: http://br.wordpress.org/

38

pelo WordPress fosse a mais adequada para o projeto.

O layout escolhido foi o tema Ascetica desenvolvido por Galin Simeonov.

Optou–se por escolher este tema, pois um dos objetivos é o de dar destaque ao

mapa. Uma das intenções do projeto é a de que o mapa realmente seja uma fonte

de consulta para quem for navegar pelo blog e com o tema Ascetica o mapa sempre

estará presente na parte superior do blog.

Figura 1 – Layout do blog Confraria do Sebo

Há uma barra de menu do blog no canto superior direito com as seguintes

seções: “Biografia do Sebo”; “Seboso do Internauta” e “O que é o Confraria do

Sebo”. Para cada seção o internauta irá encontrar um determinado assunto.

7.2.1 Biografia do sebo

Em “Biografia do Sebo”, o objetivo é a realização de um breve relato sobre a

história de um sebo da cidade. Quando foi inaugurado, endereços antigos, porque

foi fundado e como está atualmente. A previsão de postagens para esse espaço é

de um post por semana, desta forma inicialmente essa seção terá 36 postagens. No

futuro, com todos os sebos já inseridos, este espaço poderá ganhar novas funções.

Além da história do sebo poderão ser inseridas entrevistas com os proprietários e

clientes, em formatos que vão além do texto escrito, como vídeos e podcasts.

39

7.2.2 Seboso do internauta

O “Seboso do Internauta” é um espaço para os visitantes do site. Novamente

o objetivo é que toda semana seja postado um texto ou depoimento em vídeo, onde

a pessoa irá relatar a compra de um livro, um CD, um vinil, enfim algum objeto

comprado que tenha um significado especial para ele.

7.2.3 O que é o confraria do sebo

Já na seção “O que é o Confraria do Sebo” além dos internautas encontrarem

a proposta do blog, eles terão acesso ao e-mail para entrar em contato com o

Confraria. O endereço de e-mail é [email protected]

7.3 GOOGLE MAPS

Para a confecção do mapa a ferramenta escolhida foi o Google Maps. O

motivo da escolha por esta ferramenta está associado à facilidade que ela

proporciona para a criação de mapas personalizados. Vale relembrar que todos os

exemplos sobre mapas citados neste trabalho também se utilizaram do Google

Maps. Além do mapa cartográfico, o uso de satélites e fotos, facilitam a

compreensão de quem esta usando a ferramenta. Outro ponto a favor foi o rápido

carregamento e a fácil navegação que o mapa permite em smartphones.

40

Figura 2 – Layout do Google Maps pelo Smartphone

Poder traçar rotas dentro do mapa de acordo com a forma de locomoção é

outro atrativo. Por fim, a possibilidade de o mapa ser colaborativo, permitindo que os

internautas,indiquem melhorias, forneçam dicas e possam salvar adaptem o mapa

de acordo com suas necessidades.

Figura 3 – Layout da rota no Google Maps

41

7.4 FACEBOOK

No Facebook os leitores poderão curtir a fan page do Confraria, e através

dela acompanhar as notícias que estão sendo divulgadas no blog, sempre com links

remetendo para ele. Além de servir como suporte para o blog, o Facebook será a

ferramenta utilizada para a divulgação de notícias.

Para o início do projeto serão inseridas de uma a duas postagens na rede

social por dia. Sempre que houver novidades no blog, uma postagem será

remetendo ao blog e a outra alguma notícia compatível com a proposta do blog.

Quando não houver novidades no blog serão duas notícias.

Figura 4 – Fan page do Confraria do Sebo

7.5. TWITTER

No Twitter, devido a sua restrição de 140 caracteres, serão feitas postagens

sintéticas. Compartilhamento de links, o retweet de postagens de terceiros e dicas

curtas, como o preço de um produto em determinado sebo, ou algum evento

especial que os sebos participem.

42

Como no Facebook serão de um a dois tweets por dia. Seguindo os mesmos

critérios citados já anteriormente.

Figura 5 – Twitter do Confraria do Sebo

7.6. VIABILIDADE DO PRODUTO

Como a proposta do Confraria é falar sobre os sebos de Curitiba estão

previstos gastos. Transporte, telefone, internet são algumas das despesas iniciais do

projeto. Outro gasto será a remuneração do profissional que irá manter o blog. A

tabela a seguir demonstra esses gastos.

Tipo de Despesa Custo em valor R$

Pró Labore 2.323,68

Telefone e Internet 104,80

Transporte 78,00

Total 2.554,00 Tabela 2 – Despesas iniciais do Blog Confraria do Sebo

O valor do Pró Labore ficou estabelecido de acordo com a convenção

43

coletiva31 de trabalho 2011/2012 em vigor para o piso de jornalista no estado do

Paraná. O gasto de telefone e internet é baseado na contratação do serviço “Power

Combo 2 em 1” da empresa GVT32. Neste plano o valor a ser pago pela franquia de

telefone é de R$49,90 e o plano de banda larga de 5 mega é de R$54,90. Como o

gasto em transporte não é um valor fixo, podendo variar de mês para mês de acordo

com a necessidade de uso, para cálculo foi estabelecido uma média mensal de 30

passagens de ônibus. O valor unitário da tarifa é de R$2,60, multiplicado esse valor

por 30, chega-se a soma de R$78,00.

É importante ressaltar que o Confraria do Sebo por se tratar de um produto do

jornalismo digital, não se faz necessário à existência de uma sede comercial, pode-

se optar pelo trabalho em Home Office, barateando seus custos iniciais.

Uma das formas de fonte de arrecadação do Confraria encontra–se no próprio

blog. No canto inferior direito a um espaço destinado para a colocação de banners

de divulgação de possíveis parceiros, para não poluir muito a página e permanecer

uma estética agradável aos usuários do blog o espaço será limitado a colocação de

nove banners, mas se for necessário pode-se acrescentar mais.

Como demonstrado no blog entre os possíveis parceiros estão os próprios

sebos que ganham um novo espaço para se promoverem. Para a inserção do

banner será feito um contrato com o parceiro que deseja ocupar o espaço.

Inicialmente serão três modelos de contratos, todos baseado no tempo de exposição

que o banner irá ficar no blog do Confraria. Haverá contratos com duração de 4

meses, 8 meses e 1 ano (equivalente a 12 meses).

Para cada mês será cobrado o valor de R$300,00. Com a totalidade dos

novos espaços preenchidos, a arrecadação do Confraria será de R$2.700,00

31

Disponível em: http://www.sindijorpr.org.br/convencao/4 32

Disponível em: http://www.gvt.com.br/portal/monte-o-seu/monte-o-

seu.jsp?segmento=residencial&modalidade=DUAL

44

8. CONCLUSÃO

Ao término deste projeto conclui-se que a temática principal do trabalho, os

sebos de Curitiba, ainda são pouco explorados pelos meios de comunicação

tradicionais como o jornal impresso. Percebeu-se uma lacuna no jornalismo local,

que não utilizam os sebos como matéria prima para a elaboração de matérias como

outros assuntos são utilizados e até transformados em material especial, como guias

ou suplementos. Mesmo eles despertando o interesse de uma parcela da população

com um bom nível escolar, a maioria com curso superior (completo ou incompleto) e

renda satisfatória, girando em torno de três a cinco salários mínimos, como mostrou

a pesquisa realizada.

Uma forma de complementar essa lacuna é a criação de um canal na

internet. Pesquisas citadas neste relatório e a pesquisa quantitativa realizada junto a

este projeto, demonstraram o crescimento da internet como meio de informação para

a população. Vale relembrar que a criação sozinha de um blog, não sustenta o

projeto. Através dos assuntos que foram vistos nesse trabalho como a cibercultura, a

Web 2.0 e suas ferramentas como as redes sociais hoje são de extrema importância,

como suporte para o produto principal. Elas permitem uma proximidade e criação de

uma identificação com quem se deseja falar.

Outra contribuição acadêmica que este trabalho deixa, é a crescente

utilização de mapas como fonte de informação. Aos exemplos mostrados nessa

pesquisa, soma-se o Mapa dos Sebos que foi elaborado

O projeto da criação de um blog, aqui denominado Confraria do Sebo, teve

como objetivo mostrar, discutir, refletir sobre os sebos de Curitiba. Com o blog criou-

se um espaço para falar sobre o assunto.

45

9. CRONOGRAMA DO TRABALHO

ALUNO/EQUIPE: Lucas Rufino de Oliveira

Descrição de Atividades

MÊS (a partir do início do 7º período até a defesa)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Levantamento Bibliográfico X X X X X X

Pesquisa de Campo X X X X X X X X

Orientação X X X

Pesquisa Quantitativa X

Elaboração do Mapa X

Elaboração do Layout X

Produção de Conteúdo X

Elaboração do Relatório Monográfico X X X X X X

Entrega do Trabalho X

Banca X

46

10. REFERÊNCIAS

AGUIAR, Kátia F. Blog-jornalismo: interatividade e construção coletiva da informação. Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/aguiar-katia-blog-jornalismo.pdf Acessado em: 26 setembro 2012. ALZAMORA, Geane. Do texto diferenciado ao hipertexto multimidiático: perspectivas para o jornalismo cultural. Disponível em: http://www.itaucultural.org.br/bcodemidias/000754.pdf Acessado em: 20 setembro 2012. ______. Para além do jornalismo de massa: a diversidade da informação cultural na internet. Disponível em: http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CCQQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.fca.pucminas.br%2Fsaogabriel%2Fci%2Femredes%2Ftextos%2Fgeane%2Fpara_alem_geane.doc&ei=VNaJUOLzBNK_0QHeuoHoAw&usg=AFQjCNHizs_wt_4UfbhPje6y7hwCi1E6qg&sig2=n7XpAADML-w4mJoVYly0BA Acessado em: 20 setembro 2012. ______; GOLIN, Cida; SEGURA, Aylton. Jornalismo Cultural – Trajetória e Reflexões. Disponível em: http://www.ufrgs.br/lead/producao_pesquisa/6.Segura_golin_alzamora.pdf Acessado em: 20 setembro 2012. ANTUNES, Graciele. A. da Silva. A organização da informação em sebos de Porto Alegre. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/27829/000766900.pdf?sequence=1> Acesso em: 20 ago. 2012 BARBOSA, Suzana. A informação de proximidade no jornalismo online. Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/barbosa-suzana-proximidade-online.pdf Acessado em: 13 setembro 2012. BASSO, Eliane Corti. Jornalismo cultural – subsídios para uma reflexão. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/5624278/Jornalismo-Cultural-Subsidios-para-uma-reflexao Acessado em: 20 setembro 2012 BOLAÑO, César R. S.; BRITTOS, Valério C. Blogosfera, espaço público e campo jornalístico: o caso das eleições presidenciais brasileiras de 2006. Disponível em: http://www.portcom.intercom.org.br/revistas/index.php/revistaintercom/article/view/155/148 Acessado em: 27 setembro 2012. BRESSAN, Renato Teixeira. Dilemas da rede: Web 2.0, conceitos, tecnologias e modificações. Disponível em: http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/anagrama/article/view/6247/5668 Acessado em: 23 setembro 2012. CAMPOS, P. C. Jornalismo Digital: novos paradigmas de produção, emissão e

47

recepção do discurso. Disponível em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/showNews/da311020014.htm Acessado em: 11 de setembro de 2012. CAVEDON, Neusa Rolita, et al. Consumo, colecionismo e identidade dos Bibliófilos: Uma etnografia em dois sebos de Porto Alegre. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ha/v13n28/a14v1328.pdf Acessado em: 22 de agosto 2012. DRUMMOND, Carlos de Andrade. O Sebo. In A paixão pelos livros. Org. SILVEIRA, Julio; RIBAS, Martha. Rio de Janeiro, Casa da Palavra, 2004. Estante Virtual. Disponível em: <http://www.estantevirtual.com.br> FARO, J. S. Jornalismo Cultural: Nem tudo que reluz é ouro: contribuição para uma reflexão teórica sobre o jornalismo cultural. Disponível em: http://sbpjor.kamotini.kinghost.net/sbpjor/admjor/arquivos/ind_j_s_faro.pdf Acessado em: 18 setembro 2012. FERRARI, Pollyana. Jornalismo Digital. São Paulo: Contexto, 2003. FIRMINO, Rodrigo. Empresa Google revolucionou a maneira de se lidar com mapas, reconfigurando as relações da sociedade com o espaço urbano. ComCiência no.123 Campinas Nov. 2010. Disponível em: http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542010000900013&lng=en&nrm=iso Acessado em 26 setembro 2012. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. Ed. Atlas. São Paulo, 1996. ______. Métodos e técnicas de pesquisa social. Ed. Atlas. São Paulo, 1999. KOMESU, Fabiana. Blogs e as práticas de escrita sobre si na internet. Disponível em http://www.ufpe.br/nehte/artigos/blogs.pdf Acessado em: 25 setembro 2012. LEMOS, André. Cibercultura como território recombinante. Disponível em http://abciber.org/publicacoes/livro1/textos/cibercultura-como-territorio-recombinante1/ Acessado em: 22 agosto 2012. LEMOS, André; LEVY, Pierre. O futuro da internet: em direção a uma ciberdemocracia planetária. Paulus. São Paulo, 2010. LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Coleção Trans, 1999. Lima, Mariana. Sebos uma atividade que vai do antigo ao contemporâneo. Revista Eletrônica do Grupo Educacional Uninter. Curitiba, n.52, agosto 2009. Disponível em: http://revista.grupouninter.com.br/index.php?edicao_id=65&menu_id=27&id=394 Acessado em: 21 agosto 2012. MANSUR, André Lemos. Exaltação aos sebos. O Globo. Rio de Janeiro, 25 set.

48

2007. Blog Paralelos. Disponível em: http://oglobo.globo.com/blogs/paralelos/posts/2007/09/25/exaltacao-aos-sebos-74739.asp Acessado em: 21 agosto 2012. MARCONI, Marina de A.; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. Ed. Atlas. São Paulo, 2003. MARINHEIRO, Vaguinaldo. A menina dos olhos. Folha de São Paulo. São Paulo,15 jul. 2012. Ilustríssima. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrissima/54479-a-menina-dos-olhos.shtml Acessado em: 22 agosto 2012. MATOS, Maria do C. Rocha. O acaso do discurso, o discurso do acaso: práticas de escrita de si no blogs. Disponível em: http://www.portais.unincor.br/novapos/images/stories/mestrado/letras/dissertacoes/2007/MARIA_DO_CARMO_ROCHA_MATOS.pdf Acessado em: 26 setembro 2012. ______. Blogs como fenômeno de escrita: um olhar através o tempo. Disponível em: http://bibliotecadigital.unec.edu.br/ojs/index.php/unec03/article/viewFile/294/370 Acessado em: 26 setembro 2012. MERTENS, Roberto S. Kahlmeyer, et al. Como elaborar projetos de pesquisa: Linguagem e método. FGV Editora. Rio de Janeiro, 2007. MIELNICZUK, Luciana. Sistematizando alguns conhecimentos sobre jornalismo na web. In: MACHADO, Elias; PALACIOS, Marcos (org.). Modelos de jornalismo digital. Edições GJOL, 2003. ______. Características e implicações do jornalismo na Web. 2003. Disponível em: http://comunicaufma.webs.com/mielniczuk_caracteristicasimplicacoes.pdf Acessado em: 12 setembro 2012. MILLARCH, Aramis. Geléia Geral. O Estado do Paraná. Curitiba, 15 mar. 1987.Almanaque. Disponível em: http://www.millarch.org/artigo/geleia-geral Acessado em: 21 agosto 2012. MOURA, Andréia. Evolução da comunicação. Disponível em: http://www.canaldaimprensa.com.br/canalant/63edicao/reportagem.htm Acessado em: 26 setembro 2012. MOURA, Leonardo. Como escrever na rede: Manual de conteúdo e redação para Internet. Rio de Janeiro. Record. 2002. NOVA FRONTEIRA. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, p. 1825. São Paulo, Editora Nova Fronteira, 1999. OLIVEIRA, Rosa Meire Carvalho de. De onda em onda: a evolução dos ciberdiários a simplificação das interfaces. Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/oliveira-rosa-meire-De-onda-onda.pdf Acessado em: 25 setembro 2012.

49

O’REILLY. Tim. O que é Web 2.0. Padrões de design e modelos de negócios para a nova geração de softwares. Disponível em: http://pressdelete.files.wordpress.com/2006/12/o-que-e-web-20.pdf Acessado em: 24 setembro 2012. PINHO, J.B. Jornalismo na Internet: Planejamento e produção da informação online. São Paulo: Summus, 2003. PIZA, Daniel. Jornalismo Cultural. Ed. Contexto. São Paulo, 2004. PRIMO, Alex. O aspecto relacional das interações na Web 2.0. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/1264/000548498.pdf?sequence=1 Acessado em: 23 setembro 2012. QUERIDO, Paulo; ENE, Luís. Blogs. Lisboa, 2003. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=mjVjmIv_EtkC&printsec=frontcover&dq=Blogs&source=bl&ots=75bMKns3Y_&sig=YaL80ImouC8WB_5WrQkkxHNMwPI&hl=pt-BR&sa=X&ei=sBZ4UIKkCMyN0QHo_ICwDw&ved=0CDgQ6AEwAA#v=onepage&q&f=false Acessado em: 24 setembro 2012. RAUPP, Isadora. Livros “difíceis” em destaque nas estantes. Gazeta do Povo. Curitiba, 24 jul. 2012. Caderno G. Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?id=1268338 Acessado em: 21 agosto 2012. RIBEIRO, Diego. Paraná terá mapeamento on-line de crimes. Gazeta do Povo. Curitiba, 23 out. 2011. Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/pazsemvozemedo/conteudo.phtml?tl=1&id=1183764&tit=Parana-tera-mapeamento-on-line-de-crimes Acessado em: 26 setembro 2012. SANTAELLA, L. Os espaços líquidos da cibermídia. Disponível em: http://www.compos.org.br/seer/index.php/e-compos/article/viewFile/26%3E/27 Acessado em: 17 setembro 2012. ______ O impacto das novas mídias sobre a cultura. In. Novas mídias digitais. Org. Fábio Villares. Rio de Janeiro, E -papers, 2008. STADNIK, Lálika K.; ALVES, Suelen S. Ramos de S. Interação Jovem: blog como ferramenta de interatividade jornalística entre os estudantes do Colégio Estadual Pedro Macedo. Curitiba, 2008. TELLAROLI, Taís M. Gestão da informação no jornalismo online: estudo do portal Campo Grande News. Bauru, 2007. Disponível em: http://www4.faac.unesp.br/posgraduacao/Pos_Comunicacao/pdfs/tais.pdf Acessado em: 16 setembro 2012. Venda de livros foi recorde no Brasil em 2011. Veja, São Paulo. 11 jul 2012. Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/venda-de-livros-foi-recorde-no-brasil-em-2011 Acessado em: 20 agosto 2012.

50

APÊNDICES

A. CONTEÚDO ONLINE DO CONFRARIA DO SEBO.....................................51

B. CONTEÚDO OFFLINE DO CONFRARIA DO SEBO...................................52

C. QUESTIONARIO..........................................................................................69

D. ANÁLISE DA PESQUISA QUANTITATIVA..................................................71

51

A. CONTEÚDO ONLINE DO CONFRARIA DO SEBO

Para acessar o conteúdo online do Confraria do Sebo, acesse:

Blog: www.confrariadosebo.wordpress.com

Facebook: https://www.facebook.com/ConfrariaDoSebo

Twitter: https://twitter.com/confrariadosebo

52

Adaptação de Gabriela estimula a leitura da obra

A novela das 11, Gabriela, exibida na TV Globo, de terça a sexta termina nessa

semana. Baseada no livro de Jorge Amado, Gabriela Cravo e Canela, a obra conta a

história do romance entre o sírio Nacib e a jovem Gabriela, tendo como pano de

fundo a cidade de Ilhéus e a sua modernização durante a década de 20, graças às

fazendas de Cacau.

Publicado em 1958, o livro é um dos mais vendidos de Jorge Amado e é adaptado

para a televisão pela segunda vez, mesmo não se tratando de um remake, destaca

Walcyr Carrasco autor desta nova versão.

Em 1975 foi ao ar a primeira versão da novela. Armando Bogus e Sônia Braga

interpretaram o casal. Em 1983 o livro foi transportado para o cinema, com direção

de Bruno Barreto e novamente Sônia Braga no papel de Gabriela e Marcelo

Mastroianni interpretando Nacib.

Para descobrir se essa nova versão da televisão cativou os telespectadores a ler o

livro, o Confraria visitou dois sebos da cidade para ver se houve um aumento na

procura pela obra.

No sebo Ousados, não houve um aumento na procura, nem por Gabriela, nem por

outras obras de Jorge Amado que se estivesse vivo completaria 100 anos. Já no

sebo Releituras, do bairro Cabral a movimentação atrás do livro foi boa. Para

Vanessa, funcionária da loja, sempre que um livro é citado em um programa ou

adaptado para a televisão ou cinema a procura aumenta. “Com a minissérie,

vendemos em torno de 5 a 10 exemplares do livro e ainda temos um no estoque”.

Vanessa Meira é uma telespectadora que decidiu ler o livro por influência da

minissérie. Ela destaca as diferenças entre o livro e o seriado. “Fiquei curiosa para

saber como acabava e também queria ver as diferenças entre o que está escrito no

livro e o que passa na TV. Gostei muito e fiquei bem surpresa com as atitudes de

alguns personagens e com os detalhes que só aparecem na minissérie”.

53

Dicas para conservar o seu Vinil

Ele definitivamente voltou. É cada vez mais comum aparecer na vitrine das livrarias,

ganhou espaço nas lojas de música novamente e até programa de televisão,

apresentado pelo ex-baterista dos Titãs, Charles Gavin. O Vinil ao que parece não é

mais somente artigo de colecionador e vem conquistando uma nova geração de

ouvintes. Hoje além do tradicional CD, o compartilhamento e venda de música pela

internet, os músicos agora lançam suas novas obras em vinil também.

Em um momento onde estamos acostumados a termos tudo na mão, celulares,

tablets e tocadores de música cada vez menores, como guardar e conservar um

disco?

Uma das primeiras dicas é sobre como guardar seus discos. Os discos não vêm com

capa à toa. Ao contrário dos CDs em que podemos utilizar porta – CDs é

recomendável guardar o seu disco na capa, preferencialmente de pé para que ele

não entorte. O ambiente deve ser arejado e não muito quente assim evita-se a

umidade e consequentemente as bactérias e fungos.

Para a conservação da capa é recomendado a limpeza com lenços umedecidos.

Com o passar do tempo o plástico que protege a capa tende-se a ir se deteriorar. É

por este motivo que é recomendável torca-lo a cada dois anos.

E para lavar o seu “bolachão”, deve-se utilizar produtos especiais ou água corrente e

sabão. Este é o principal ponto de discordância entre seus usuários. Aqui vamos

optar pelo básico. Primeiramente retira a poeira acumulada com um pano, coloque

uma proteção no selo que fica no centro do disco e molhe o vinil. Na sequência, com

sabão neutro e uma esponja macia, limpe com cuidado. Enxague, retire todo o

sabão e coloque para secar de pé. Se precisar utilize o espaço para os pratos do

seu escorredor de louça. Após secos, seque novamente com um pano macio e

guarde.

55

Sebo Joaquim participa da FLIM

O sebo Joaquim está com um estande na Festa Literária do Medianeira (FLIM). Em

sua segunda edição, a Feira de Livros do Colégio Medianeira promove bate – papos,

palestras e oficinas com diversos autores como José Castello, Luci Collin, José

Miguel Wisnik e Fabrício Carpinejar.

A Flim vai até o dia 27 de outubro (sábado) o horário da feira é de segunda a sexta,

das 08h10 às 20h30 e sábado das 08h10 às 13h30.

Para mais informações, acesse o site do evento da FLIM

56

Domingo é dia de sebo também

Ir ao shopping, visitar algum parque da cidade, praticar esportes, almoçar nos

restaurantes italianos do bairro de Santa Felicidade, todas essas atividades são

realizadas por milhares de curitibanos aos domingos. Outro evento bastante

concorrido no período da manhã é a visitação a Feira do Largo da Ordem.

Ocupando em torno de oito quadras no centro histórico da cidade, a feira tem mais

de mil barracas que oferecem diversos produtos artesanais e opções gastronômicas.

A feira foi fundada em 1974 e inicialmente era voltada para a prática do escambo,

onde os meninos em geral encontravam0se para trocarem gibis e revistas. Com o

passar dos anos a feira foi crescendo e hoje estima-se que a cada domingo circulam

pelas barracas mais de 15 mil pessoas por domingo.

Para aproveitar toda essa movimentação que em um único dia, supera a circulação

diária de pedestres na região que alguns sebos próximos à feira abrem aos

domingos. Acompanhando o horário da feira que vai das 09h às 15h, os sebos,

Sebomania, Solaris, Líder II e Ferreira & Santos abrem suas portas.

“Abro o sebo para aproveitar o movimento da feira, geralmente o público que se

interessa em vir na feira no domingo pela manhã, também é o meu público.”, afirma

Santos, um dos proprietários do Ferreira & Santos. Além dos sebos há comerciantes

de livro, discos e antiguidades espalhados por algumas barracas da feira. A grande

maioria está concentrada próxima ao bebedouro e o Memorial da Cidade, mas na

Rua Kellers também é possível encontrar barracas que vendem livros, discos e

antiguidades.

Então não se esqueça, quando for a Feira do Largo da Ordem aproveite para visitar

os sebos que abrem aos domingos e para saber a localização exata de cada um

deles, acesse o nosso mapa dos sebos de Curitiba http://goo.gl/maps/WhwyU.

57

Graciliano Ramos 120 Anos

Para comemorar os 120 anos do nascimento de Graciliano Ramos, o Confraria

buscou na internet alguns links para você navegar.

Site oficial do escritor http://www.graciliano.com.br/novidades_34.html obra, vida,

artigos tudo para você ficar informado sobre o próximo homenageado da FLIP 2013.

Globo News Literatura em homenagem ao autor de Vidas Secas

http://g1.globo.com/globo-news/literatura/videos/t/todos-os-videos/v/globo-news-

literatura-presta-homenagem-aos-120-anos-de-graciliano-ramos/2211197/

Caixa com 10 livros de Graciliano, incluindo, Infância e São Bernardo, por R$100

nos Sebos e Livrarias Só Ler da Monsenhor Celso e da Vicente Machado. Acesse o

nosso mapa http://goo.gl/maps/WhwyU e vá comprar a sua.

58

Resumo da Semana

Aqui você encontra, em apenas um post, tudo que aconteceu durante a semana,

tanto no Blog do Confraria, como no Facebook e o Twitter.

Blog

Adaptação de Gabriela estimula a leitura da obra http://bit.ly/SeunyZ

Dicas para conservar o seu Vinil http://bit.ly/WJqS7b

Sebo Joaquim participa da Flim http://bit.ly/Xqzte0

Domingo é dia de sebo também http://bit.ly/Pwbc5H

Biografia do sebo: Fígaro http://bit.ly/RwBlh2

Facebook e Twitter.

Revolução dos Bichos de George Orwell no cinema http://bit.ly/TmZknp

Beatles relançados em vinil http://bit.ly/VmPeyJ

ZIraldo 80 anos http://glo.bo/TTVhd2

59

Sebo Fígaro

O Sebo Fígaro – Loja de Cultura surgiu a partir de uma necessidade. O proprietário

Paulo José da Costa anteriormente era funcionário do Banco do Brasil desde 1971.

No final dos anos 80 uma nova política do Banco determinou o achatamento dos

salários dos funcionários. Com a redução, as contas no final do mês não fechavam e

para complementar a renda, Paulo começou a vender seus próprios discos. Um dos

seus primeiros clientes foi a livraria Osório, hoje fechada e que atende somente

como sebo virtual. A partir deste momento, Paulo passou a distribuir cartõezinhos

em diversos locais da cidade como a saída dos concertos no Teatro Guaíra, colocou

anúncio em jornais e chegou a ir até a casa das pessoas vender seus Lps.

“Acho que levei bem um ano nesse primeiro período de economia informal, quando

percebi que devia montar uma loja, que eu iria ganhar mais que no Banco”, afirma

Paulo. Ele ainda estava no Banco quando um dia pela janela do local onde

trabalhava observou uma placa de “Aluga – se” na Rua Emiliano Perneta 509. Assim

em 1989 é fundada a Fígaro.

A primeira sede da loja era composta duas salas no piso térreo e mais duas salas

num segundo andar, e para abrir a loja o Paulo utilizou 90% do seu acervo pessoal.

Segundo Paulo “No começo, quem praticamente tocava a loja era a minha mulher a

Valéria, eu ia para a Fígaro no horário do almoço e no final da tarde”. Outra

dificuldade encontrada pelo casal no início da empreitada, era em relação à

reposição do estoque. “Era difícil captar material para repor o estoque até que uns

dois meses depois da loja aberta, um senhor, funcionário da Caixa Econômica

procurou-nos com um grande acervo de discos e livros de arte, filosofia, música,

literatura. Exatamente o perfil da loja.”

Paulo afirma que de certo modo a loja é um reflexo da sua personalidade, por isso

quem for até o local não irá encontrar livros de ponta de estoque ou encalhe das

editoras como há em outras lojas da cidade.

60

Em 1999 a loja mudou – se para o seu atual endereço, na Rua Lamenha Lins, no

centro. Com um acervo de aproximadamente 17 mil livros, a loja também vende

CDs, DVDs, objetos de arte e principalmente discos, uma paixão do discófilo Paulo.

Além do sebo Fígaro, Paulo também é proprietário em sociedade com a sua mulher

Valéria em outro sebo da cidade, o Trovatore, mas isso é história para outro

Biografia do Sebo.

61

A Autoridade do Crente – Keeneth E Hagin

Quando do falecimento de meu pai, isso me afetou a minha saúde física e emocional

(tomava remédio tarja preta), e eu estava quase desistindo de vender livros, mas um

dia apareceu um senhor que trabalha num ferro velho e me convidou para ir lá, pois

tinham recebido 2 toneladas de livros e revistas sobre automóveis de um

colecionador.

Adquiri vários livros nacionais e importados, mas junto àquela montanha havia um

livro chamado “A autoridade do crente” do autor cristão Kenneth Hagin.

Comecei a ler este livro numa madrugada e comparar o que estava escrito com a

Bíblia e vendo racionalmente que havia um firme fundamento na tese do autor,

então comecei no mesmo instante a orar sobre a minha saúde e em nome de Jesus,

graças a Deus fui instantaneamente curado e pude prosseguir a minha vida e

continuar realizando os meus sonhos.

Depois disso dei o livro, pois aquilo que é bom a gente divide, mas hoje coleciono

vários títulos deste autor, que ainda é o meu preferido.

Depoimento de Sílvio Almeida, proprietário do Sebo Presença Cultural.

62

C. QUESTIONÁRIO

Problema: Descobrir se as pessoas acessariam um blog que fale sobre os

sebos de Curitiba.

Objetivo Geral: Criar um blog que aborde os sebos de Curitiba e assunto

correlatos a eles.

Objetivos Específicos: Descobrir quais objetos buscam no sebo; se vão

aos sebos para comprar, vender ou trocar, público alvo de um blog que fale sobre os

sebos de Curitiba

Público Alvo: 13 anos a 60 anos.

Número de amostragem: 90 entrevistas.

Período: 01/10/2012 a 11/102012

Questionário:

Qual o seu sexo? *

Masculino

Feminino

Faixa Etária? *

Até 12 anos

De 13 anos a 21 anos

De 21 anos a 30 anos

De 31 anos a 40 anos

De 41 anos a 50 anos

Mais de 51 anos

Qual seu nível de escolaridade? *

Ensino Fundamental

Ensino Médio

Curso Técnico

Superior Incompleto

Superior Completo

Superior com Pós - Graduação, Mestrado, Doutorado

63

Renda Familiar? *Salário mínimo hoje é de R$622,00

Um salário mínimo

Dois salários mínimos

Três salários mínimos

Quatro salários mínimos

Cinco salários mínimos

Mais de cinco salários mínimos

Quais meios de comunicação que você utiliza para se informar? *Pode escolher mais de uma opção

Jornal impresso

Rádio

Televisão

Revistas

Internet

Na Internet você procura por notícias onde? *Pode escolher mais de uma opção

Portais

Sites de jornais impresso

Redes Sociais

Blogs

Você frequenta os sebos de Curitiba? *

Sim

Não

Quantos? Só responda se marcou Sim na pergunta anterior

Um

Dois

Três

Quatro

Cinco

Mais de cinco

O que você procura nos sebos? Pode marcar mais de uma opção

Livros

Cds

64

Dvds

Vinil

Revistas

Gibis, HQs

Fitas VHS

Você vai aos sebos para?

Comprar

Vender

Trocar

Deixar o seu material em consignação

Você acessaria um blog com informações sobre os sebos de Curitiba e assuntos relacionados? *

Sim

Não

65

D. ANÁLISE DA PESQUISA QUANTITATIVA

Gráfico 01 – Sexo

Figura 6 – Sexo Predominante

Dentre os 90 entrevistados, houve quase um empate técnico entre os sexos

masculino e feminino, uma diferença de apenas dois homens a mais responderam a

pesquisa em relação as mulheres, totalizando 46 homens e 44 mulheres.

66

Gráfico 02 – Faixa Etária

Figura 7 – Faixa Etária

56% dos entrevistados afirmaram ter entre 21 a 30 anos. A segunda opção

mais escolhida, com 24%, aponta para idade entre 31 a 40 anos. Em terceiro com

14%, pessoas entre 41 a 50 anos. Essas três respostas definem que a maioria do

público do Confraria tem entre 21 a 50 anos.

Gráfico 03 - Escolaridade

Figura 8 - Escolariedade

As duas respostas mais apontadas foram superior completo, 40% e

incompleto 27% justificam a faixa etária apresentado pela maioria dos entrevistados

na pergunta anterior. Outra importante dado que o gráfico demonstra é o bom nível

de escolaridade dos entrevistados, com uma pessoa apontando ter feito somente o

67

Ensino fundamental.

Gráfico 04 – Renda Familiar

Figura 9 – Renda Familiar

As três opções mais escolhidas, por ordem: cinco salários 30%, quatro

salários 29% e três salários 22%, demonstram um bom padrão de vida dos

entrevistados, com rendimentos que variam entre R$1.866,00 a R$3.110,00 que a

faixa compreendida pelas opções escolhidas.

Gráfico 05 - Fonte de Informação

Figura 10 - Fonte de Informação

Aqui, como os entrevistados podiam escolher mais de uma opção,foi

68

possível verificar altos índices em quase todas as alternativas. A internet com 82%

foi a opção mais escolhida. Esse dado complementa outras pesquisada já citadas

neste trabalho que mostram o avanço da internet em relação as outras mídias como

o rádio e os jornais impressos, e reforça a idéia da criação do blog como o meio

ideal para se discutir e informar sobre os sebos, em vez de se fazer uma revista ou

um programa de rádio.

Gráfico 06 - Na internet procura notícias onde

Figura11 - Na internet procura notícias onde

As pessoas ainda buscam a informação nos grandes veículos, já

consagrados. Mas a pesquisa mostrou que cresce a confiança das pessoas nas

informações adquiridas através das redes socias (70%) e os blogs com um bom

índice 54%. É por isso que além do blog, o Confraria do Sebo terá conta nas redes

sociais Facebook e Twitter.

69

Gráfico 07 – Frequenta os sebos de Curitiba

Figura 12 - Frequenta os sebos de Curitiba

Com 90 de respostas dizendo sim, a pesquisa mostra que é um hábito dos

entrevistados frequentar os sebos da cidade.

Gráfico 08 – Quantos sebos frequentam

Figura 13 - Quantos sebos frequentam

Ao apontarem a quantos sebos vão, percebe-se que os entrevistados tem

preferência por frequentar somente uma loja, mesmo o mapa dos sebos, apontando

proximidade entre as lojas e uma grande concentração de sebos no centro da

cidade.

70

Gráfico 09 – Procura nos sebos

Figura 14 - Procura nos sebos

Como a maioria procura por livros 88%, fica cada vez mais explicito que o

público alvo do Confraria do Sebo, são os leitores e os estudantes. Na sequência

foramos músicos e as pessoas que gostam de música visto que CDs e Vinil foram

respectivamente o segundo e terceiro item mais apontado.

Gráfico 10 - Vai ao sebo para

Figura 15 - Vai ao sebo para

Visto que a maioria dos entrevistados 41% respondeu que quando vai ao

sebo seu objetivo é comprar. O blog pode explorar esse dado no direcionamento das

pautas a serem trabalhadas. Tendo como foco, notícias sobre liquidações, compra

71

de um bom lote por um sebo, dicas de livros, vinis, participação dos sebos em feiras,

consequentemente serão boas informações para o blog trabalhar e divulgar

repercutirão no blog.

Gráfico 11 - Acessaria um blog sobre os sebos de Curitiba

Figura 16 - Acessaria um blog sobre os sebos de Curitiba

93% dos entrevistados afirmaram que acessariam um blog sobre os sebos

de Curitiba e assunto relacionados como música, literatura e artes visuais, essa

resposta caracteriza viabilidade do projeto.

72

ANEXO

73

A. SEBOS DE CURITIBA

Fígaro - Loja de Cultura

Rua Lamenha Lins, 62 A Centro

Telefone: 3224 - 7795

Site: http://www.sebofigaro.com.br/

Horários de atendimento: Seg. a sex das 10h às 19h e Sábado das 09h às 14h

Sebomania

Rua São Francisco, 308 Centro

Telefone: 3018 - 0447

Site: http://www.sebomania.com.br/

Horários de atendimento: Ter a sex das 10h às 19h Sábado das 10h às 16h e

Domingo 09h às 15h

Sebo e Livraria Só Ler

Rua João Negrão, 186 Centro

Telefone:3223 - 3636

Horários de atendimento: Seg a sex das 09h às 19h Sábado das 09h às 14h

Sebo e Livraria Só Ler

Rua José Loureiro, 504 Centro

Telefone: 3222- 6558

Horários de atendimento: Seg a sex das 09h às 19h Sábado das 09h às 14h

Sebo e Livraria Só Ler

Rua Monsenhor Celso, 271 Centro

Telefone: 3323 - 9198

Horários de atendimento: Seg a sex das 09h às 19h Sábado das 09h às 14h

Sebo e Livraria Só Ler

Rua Ébano Pereira, 157 Centro

Telefone: 3222- 5688

Horários de atendimento: Seg a sex das 09h às 19h Sábado das 09h às 14h

74

Sebo e Livraria Só Ler

Rua Vicente Machado, 110 Centro

Telefone: 3233 - 1511

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h às 19h Sábado das 09h às 14h

Sebo Novo

Rua José Loureiro, 310 Centro

Telefone: 3029 - 5131

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h às 19h Sábado das 09h às 14h

Túnel do Tempo Livros Usados

Rua Visconde de Nácar, 999 Centro

Telefone: 3039 - 9382

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h às 18h30 Sábado das 09h às 13h

Acervo Almon

Rua Saldanha Marinho, 459 Centro

Telefone:3224 -8982

Site: http://www.acervoalmon.com.br

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h30 às 18h30 Sábado das 09h30 às

13h30

Sebo Releituras – Portão

Av. República Argentina, 2417, Portão

Telefone: 3018- 9844

Site: http://www.seboreleituras.com.br/

Horário de atendiento: Seg a sex das 09h às 19h Sábado das 09h às 15h

Sebo Releituras – Centro

Rua Barão do Serro Azul, 71 Centro

Telefone:3304 - 7641

Site: http://www.seboreleituras.com.br/

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h às 19h Sábado das 09h às 15h

Sebo Releituras- Cabral

Av. Munhoz da Rocha, 438, Cabral

Telefone: 3022 - 2868

75

Site: http://www.seboreleituras.com.br/

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h às 19h Sábado das 09h às 15h

Sebo Ousados

Rua Conselheiro Araújo, 126 Centro

Telefone: 3029- 4325

Site: http://www.ousados.com.br/

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h às 18h Fecha p/ almoço das 13h às

14h

Sebo Espaço Alternativo

Rua Pres. Carlos Cavalcanti, 603 Loja 02 São Francisco

Telefone:3323 - 7603

Site: http://www.seboespacoalternativo.com.br/

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h30 às 18h30 Sábado das 09h30 às

13h30

Sebo Kapricho

Rua Comendador Araújo, 432, centro

Telefone: 3079- 1949

Site: www.sebokapricho.com.br

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h às 19h Sábado das 09h às 15h

Sebo Líder

Rua Emiliano Perneta, 424 Centro

Telefone: 3029 - 7274

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h às 19h Sábado das 09h às 15h

Sebo Líder II

Rua do Rosário, 53 Centro

Telefone: 3322 - 0081

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h às 19h Sab. e Dom das 09h às 14h

Taborda Livros Lidos

Av. República Argentina, 1617, Água Verde

Telefone: 3277 - 1100

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h às 18h Sábado das 09h às 13h

76

Sebo e Livraria Alexandria

Travessa Nestor de Castro, 223 Loja 02 Centro

Telefone: 3027- 4741

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h às 19h Sábado das 09h às 15h

Sebo e Livraria Papirus

Travessa Nestor de Castro, 235 Centro

Telefone: 3222 - 0410

Site: https://www.sebopapirus.com.br/

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h30 às 19h Sábado das 09h30 às 13h

Sebo R.S. Raridades

Rua Des. Otávio do Amaral

Telefone: 3014- 7615

Site: http://www.rsraridades.com.br/sebo/

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h às 17h30 Sábado das 09h às 12h30

Arcádia Sebo e Livraria

Rua Treze de Maio, 601 Centro

Telefone: 3223 - 2880

Site: http://www.arcadialivraria.com.br/

Horário de atendimento: Seg a sex das 10h às 12h45 - 13h30 às 19h Sábado

das 10h30 às 13h

Sebo Leitura

Av. Marechal Floriano Peixoto, 461, centro

Telefone: 3079 - 9454

Site: http://seboleitura.com.br/

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h às 19h Sábado das 09h às 15h

Sebo dos Andarilhos

Rua Tibagi, 107 Centro

Telefone: 3027 - 0117

Site: http://www.sebodosandarilhos.com.br/

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h às 18h30 Sábado das 10h às 14h

77

Joaquim Sebo e Livraria

Rua Alfredo Bufren, 51 Centro

Telefone: 3078 - 5990

Site: http://joaquimlivraria.wordpress.com/

Horário de atendimento: Seg. a sex das 10h às 19h Sábado das 10 às 15h

Sebo e Livraria Real

Av. Getúlio Vargas, 650 Rebouças

Telefone: 3079 - 6670

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h30 às 18h30 Sábado das 09h30 às

13h30

Astral Sebo e Livraria

Av. Marechal Floriano Peixoto, 1825 Rebouças

Telefone: 3333 - 4443

Horário de atendimento: Seg a sex das 08h30 às 18h

Sebo Raridade

Rua Professor Fernando Moreira, 135 Centro

Telefone:3049 - 1300

Horário de atendimento: Seg a sex das 10h às 19h Sábado das 10h às 17h

Sebo Mundial

Rua Barão do Rio Branco, 263 Centro

Telefone: 3042 - 2211

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h às 19h Sábado das 09h às 18h

Solaris Discos, Livros e Cultura

Rua Doutor Claudino dos Santos, 48 São Francisco

Telefone: 3155 - 0026

Horário de atendimento: Seg das 10h às 19h, Terça fechado, Quarta a Sáb das

13h às 19h e Domingo das 10h às 15h

Trovatore Loja do Colecionador

Rua Comendador Araújo, 241, loja 12 Centro

Telefone:3223 - 7404

78

Horários de atendimento: Seg. a sex das 10h ás 19h Sábado das 09h às 14h

Hi Fi Sebo

Rua Cruz Machado, 145, Loja 06 Centro

Telefone: 3013 - 6430

Horários de atendimento : Seg. a sex das 10h às 19h Sábado das 10h às 15h

Ferreira & Santos

Rua Mateus Leme, 71 São Francisco

Telefone: 3232 - 2812

Horário de atendimento: Seg. a sex. das 09h às 18h Sab. e dom das 09h às 13h

Presença Cultural

Av. Munhoz da Rocha, 1472 Cabral.

Telefone: 3205 - 9901

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h30 às 19h Sábado 09h30 às 14h

Ronaldo Livros

Rua Tibagi 386 Centro.

Telefone: 3223 - 0446

Horário de atendimento: Seg a sex das 09h às 18h Sábado das 09h às 13h

Domingo na Feira do Largo da Ordem