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Alfabetização 3.° ANO
Diagnose
ALFABETIZAÇÃO – 3.° ANO
Elimine os focos do Aedes aegypti.
Todos na luta contra o Aedes aegypti!
Ele não transmite só a Dengue, mas Zika e
Chikungunya também.
Adaptado de Caderno Pedagógico – Ciências 6.° Ano (2.° bimestre/2016) Profª Simone Fadel e Profª Simone Medeiros
Encha de areia, até a borda, os pratinhos dos vasos de
planta.
Entregue seus pneus velhos ao serviço de limpeza urbana ou guarde-os, sem água, em local coberto, abrigados da chuva.
Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira
bem fechada.
Mantenha a caixa d’água sempre fechada com tampa
adequada.
Não deixe a água da chuva acumulada
sobre a laje.
Remova as folhas, os galhos e tudo que possa impedir a
água de correr pelas calhas.
Troque a água e lave o vaso de sua planta pelo menos
uma vez por semana.
Guarde garrafas sempre de cabeça para baixo.
Mantenha bem tampados tonéis e barris d’água.
Lave, semanalmente, por dentro e com sabão, os tanques utilizados para
armazenar água.
ELISABETE MARTINS FEIO BRANDT FÁTIMA BLANCO CAVALCANTI VALÉRIA BARBOSA ARAUJO ELABORAÇÃO
ADRIANA KINGSBURY SAMPAIO CORRÊA LEILA CUNHA DE OLIVEIRA REVISÃO
JUREMA HOLPERIN SUBSECRETARIA DE ENSINO MARIA DE NAZARETH MACHADO DE BARROS VASCONCELLOS COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO
PÁGINA 2 ALFABETIZAÇÃO – 3.° ANO
Prezado Professor, Prezada Professora Entre os muitos desafios e satisfações que a docência proporciona a nós, educadores, a experiência em alfabetização se constitui, para muitos Professores(as), em oportunidade singular de acompanhar o desenvolvimento de todos os alunos que devem se apropriar da leitura e da escrita. Investir no progresso de uma criança, observando-a em seu processo de alfabetização, apresenta duplo viés: pode permitir tanto o encantamento diante das descobertas feitas pelos alunos quanto o enriquecimento profissional, proveniente das várias estratégias adotadas e das reflexões tecidas a partir das demandas da atuação docente. Professor(a), neste material são apresentadas algumas considerações a respeito do fazer docente em alfabetização. Dentre elas, destacam-se as reflexões sobre as especificidades e a relevância do processo de DIAGNOSE realizado no início de cada ano letivo. Como já é de nosso conhecimento, as primeiras atividades propostas aos alunos, a leitura dos relatórios provenientes da Educação Infantil e as informações obtidas junto à família oferecem informações importantes, relevantes para a organização do trabalho que será desenvolvido por você, em sua turma. Para o efetivo aproveitamento do processo de diagnose, planeje atividades diversificadas, lúdicas, vinculadas aos projetos da escola ou ampliadas a partir das atividades existentes no caderno pedagógico do aluno, para que seja possível observar cada criança. Tendo em vista a importância do registro e do acompanhamento do processo de alfabetização de cada aluno, a escola receberá um INSTRUMENTO DE OBSERVAÇÃO DA TURMA para sistematizar as informações que obtiver ao longo do período de diagnose. É de fundamental importância que todas as Unidades Escolares leiam as orientações necessárias para o preenchimento adequado do referido documento. Professor(a), fique atento às informações obtidas e, no cotidiano da escola, aposte no trabalho em equipe, durante todo o ano letivo, para a definição de projetos, atividades e, principalmente, para a compreensão das situações que surgirão durante o período de diagnose. Dessa forma, caminhos possíveis poderão ser construídos coletivamente. Outros apontamentos, presentes neste material, pretendem dar continuidades às reflexões sobre o fazer docente e as ações cotidianas dos professores alfabetizadores. Busque fortalecer o estudo e o planejamento coletivo! Cada encontro pedagógico, cada troca de experiências com os colegas certamente enriquecerá o trabalho de toda a escola. Professor(a), desejamos um ano letivo exitoso. E, na oportunidade, ratificamos o que disse Paulo Freire:
“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.” (1987)
PÁGINA 3 ALFABETIZAÇÃO – 3.° ANO
DIAGNOSE: registrando os diferentes saberes de cada aluno...
Definir e redefinir os objetivos do fazer docente são ações inerentes ao trabalho do Professor(a). Diante do currículo e das demandas de aprendizagem da turma e de cada aluno, o planejamento é construído e ganha os contornos necessários, a fim de que os objetivos constantes no planejamento sejam alcançados.
Por essa razão, logo no início do ano letivo, torna-se fundamental conhecer a turma,
conhecer cada aluno e traçar caminhos para que todos avancem. É importante, por exemplo, saber
• quais as crianças que passaram pela Educação Infantil; • se estudaram na mesma turma ou escola; • se há relatórios disponíveis sobre o desenvolvimento dos alunos em suas experiências
anteriores; • quais os conceitos que construíram a respeito do sistema de escrita e de numeração
decimal; • o que já escrevem e como escrevem; • quais as características culturais e afetivas que preponderam nos lugares onde vivem; • quais são os interesses e curiosidades que possuem; • se há alunos que necessitarão de apoio específico (como suportes para a inclusão e
adaptação para crianças com deficiência). A diagnose não é uma ação pedagógica definitiva e cristalizada em relação aos perfis
apresentados pelos alunos no início do ano letivo. Ela é um momento importante, um ponto de partida para se pensar quais ações/ possibilidades serão necessárias para o avanço no processo de alfabetização específico a cada aluno, assim como no coletivo da turma.
Lembre-se de que a família deve se tornar uma grande aliada. Considere organizar
reuniões frequentes de pais e responsáveis para que você, Professor(a), possa conhecer as famílias que sempre oferecem informações relevantes sobre as vivências de cada criança. O compromisso com a frequência é algo de que não se pode abrir mão. Muitas vezes, algumas famílias não compreendem a importância da assiduidade, principalmente durante o processo de alfabetização. Aproveite esses encontros para mostrar o quanto os alunos precisam consolidar, gradativa e sistematicamente, o seu processo de alfabetização.
QUEM SÃO OS SEUS ALUNOS?
QUAIS OS CONHECIMENTOS QUE ESTÃO CONSTRUINDO?
O QUE PRECISAM APRENDER?
COMO SERÁ CONSTRUÍDO O TRABALHO PEDAGÓGICO?
PÁGINA 4 ALFABETIZAÇÃO – 3.° ANO
DIAGNOSE: registrando os diferentes saberes de cada aluno...
Diante do trabalho a ser desenvolvido no 3º Ano, identificar como os alunos estão se desenvolvendo, em cada uma das habilidades em destaque
contribuirá para a organização do planejamento. A seguir, destacam-se as habilidades que serão observadas a partir das atividades desenvolvidas para
efeito da diagnose, e ao longo de todo o bimestre, tendo em vista o que está previsto nas orientações curriculares.
Já sabemos que, durante o processo de diagnose, buscamos conhecer o que sabe cada um de nossos alunos. É preciso identificar aqueles que
estão iniciando a construção de determinados conceitos e aqueles que já avançaram nesta ou naquela habilidade específica. A diversidade, inerente
ao ser humano e, logicamente, aos nossos alunos, nos permite perceber crianças nas mais distintas etapas do processo de alfabetização. Como
precisamos atender a todos, a diagnose inicial permitirá traçar/planejar atividades/ações para que todos evoluam e se auxiliem mutuamente.
As habilidades elencadas, para serem observadas durante o processo de diagnose, consideram, dentre outros aspectos, a escrita do nome
próprio, a identificação de letras, a leitura e a produção de textos. No âmbito da Matemática, são exploradas habilidades que também envolvem
diferentes processos cognitivos. Pretende-se, neste início de ano letivo, observar o desenvolvimento de habilidades que envolvem as capacidades de
identificação, comparação, ordenação, classificação e resolução de situações-problema com cálculos simples.
O caderno pedagógico do aluno apresenta atividades que contribuirão para a observação e o desenvolvimento dessas habilidades. Também nas
páginas seguintes deste caderno, algumas possibilidades de ampliação de atividades podem ser compartilhadas.
Professor(a), ao observar seus alunos, tenha em vista as possibilidades de aprendizagem de cada um deles. Com a diagnose não se pretende
buscar o que “falta”, mas sim o que cada criança já construiu e o que ainda precisa construir para conseguir apropriar-se da leitura e da escrita,
desenvolvendo, concomitantemente, o seu raciocínio lógico. Esta é a função da escola: construir conhecimento.
A indicação de habilidades para a diagnose e para investimento efetivo ao longo do bimestre não pode ser tomada como preditiva daquilo que
as crianças deveriam saber. Deve, sim, ser tomada como referencial para que saibamos onde cada aluno se situa em relação ao que precisa
desenvolver/avançar, a partir de onde está.
Colocamo-nos à disposição para oportunidades permanentes de diálogo ao longo de todo o ano letivo. Na contracapa, estão disponibilizados os
nossos contatos.
PÁGINA 5 ALFABETIZAÇÃO – 3.° ANO
DIAGNOSE: registrando os diferentes saberes de cada aluno...
Aqui, vale destacar a seguinte observação de Cagliari (2009):
Quando o Professor(a) começa a falar de escrita para as crianças, precisa lembrar-se de que a maioria delas já tem informações a respeito. Se ele fizer com que elas explicitem essas informações, conversando a respeito do que sabem, terá um bom motivo e um caminho interessante para ensinar a ler e a escrever. [...]
[...] Por isso, o Professor(a) deve fazer esse levantamento antes de organizar o trabalho de ensino. Reconhecer e respeitar esses conhecimentos das crianças motiva-as a aprender mais rápido, uma vez que elas constatam que já sabem muita coisa. Por outro lado, esse estudo é crucial no caso daqueles alunos que sabem muito pouco ou quase nada a respeito do sistema de escrita. Com esses alunos, o Professor(a) deverá tomar cuidados especiais, devendo ensinar noções que parecem óbvias a todo mundo, mas que não foram sequer percebidas por algumas crianças. Se esses alunos não receberem uma boa distinção entre desenho e escrita ou, ainda, que escrevemos com letras representando os sons das palavras, dificilmente acompanharão explicações mais específicas a respeito do funcionamento da escrita, da leitura e da fala (Cagliari, 2009, 119).
Antes de explorar as relações existentes entre fonemas e grafemas, é importante investir no desenvolvimento da consciência fonológica.
Brinque com rimas, canções, parlendas e trava-línguas. Observe quais os
alunos são capazes de perceber sons iguais ou semelhantes. A percepção das rimas e dos sons iniciais em palavras são habilidades importantes a serem desenvolvidas durante o processo de alfabetização.
Para estabelecer relações entre fonemas e grafemas, a criança deve
ultrapassar a capacidade de somente comparar sons: ela precisará associar sons a letras.
O trabalho com o nome pode auxiliar, efetivamente, no estabelecimento
das relações entre fonemas e grafemas. Durante a chamadinha, a comparação entre nomes que começam ou não com a mesma letra deve ser estimulada. É importante que as crianças percebam a relação entre sons e letras.
Aproveite a chamadinha para observar a apropriação das relações entre
fonemas e grafemas, habilidade que as crianças vão construindo gradativamente.
Identificar relações fonema / grafema (som / letra).
PÁGINA 6 ALFABETIZAÇÃO – 3.° ANO
DIAGNOSE: registrando os diferentes saberes de cada aluno...
Reconhecer a palavra como unidade gráfica no texto.
O conhecimento de que a fala e os textos escritos são compostos por conjuntos de palavras deve ser disseminado entre os alunos, durante a fase de alfabetização. É importante que, gradativamente, as crianças se apropriem do conceito de palavra.
Para auxiliar os alunos nesse processo, proponha atividades por meio das
quais eles possam:
• encontrar determinada palavra em um ou mais textos, verificando, ainda, quantas vezes a palavra se repete;
• contar palavras em uma quadrinha, trava-línguas ou adivinha; • sobrepor, fazendo uso de colagem, determinadas palavras em um texto
que seja familiar aos alunos. A sobreposição pode servir para destacar determinada palavra ou, ainda, resultar na reconstrução do texto. Por exemplo, na canção “o sapo não lava o pé...”, ao colocar no lugar da palavra sapo outra palavra é possível que se tenha de substituir as palavras pé, lagoa, chulé e o artigo;
• substituir os nomes dos dias da semana em um calendário; • marcar a primeira e a última palavra em um texto.
Você pode criar um glossário com os seus alunos. Nele, escreva o
significado das palavras que as crianças mostrarem curiosidade ou que não forem conhecidas por elas. Durante as atividades de leitura, é comum elas se depararem com termos desconhecidos.
Identificar a finalidade do texto pelo reconhecimento do suporte, do gênero e das características gráficas.
Ao elaborar seu planejamento, selecione textos que
possam ser reconhecidos com base nas características
gráficas, como bilhetes, convites, receitas, bulas de remédio.
Sabe-se que essa habilidade está presente nas Orientações
Curriculares, nos vários anos de escolaridade. O importante,
nessa etapa de alfabetização, é que os alunos percebam a
finalidade dos textos que mais circulam na sociedade. Durante
todo o ano, diferentes textos devem ser explorados em sala
de aula.
PÁGINA 7 ALFABETIZAÇÃO – 3.° ANO
Antecipar o assunto de um texto a partir do título, subtítulo e imagens. Localizar informações explícitas em um texto
A compreensão leitora faz parte do cotidiano escolar.
A leitura de mundo se complementa na escola. Por essa razão,
os alunos devem ser expostos a situações coletivas de compreensão
textual e necessitam ouvir a leitura de textos e também lê-los
individualmente.
As Rodas de Leitura devem ser utilizadas com frequência. Elas
são importantes para o desenvolvimento da compreensão leitora. Tal
habilidade relaciona-se à localização das informações que se
encontram claramente escritas na superfície do texto.
Explore os títulos, os subtítulos e as imagens dos textos apresentados aos alunos.
Registre como os alunos realizam antecipações e quais são eles. Ao ler textos (narrativas, poemas, notícias), explore os títulos e
as manchetes, levantando hipóteses a respeito do assunto. Da mesma forma, explore as imagens em capas de livros. Esconder os títulos amplia a observação.
Após a realização das atividades de leitura, faça a turma refletir sobre o assunto principal dos textos lidos.
Observe se há alunos que possuem maior facilidade para
demonstrar algumas habilidades quando os textos são lidos para eles e não por eles.
DIAGNOSE: registrando os diferentes saberes de cada aluno...
PÁGINA 8 ALFABETIZAÇÃO – 3.° ANO
Encoraje seus alunos a escrever. Guarde as primeiras produções (faça uso do portfólio). Situações como a elaboração de convites a outra turma para uma determinada atividade, a produção de diários, de acrósticos, de pequenas narrativas ou listas, dentre tantas possibilidades, devem ser estimuladas. O importante é que escrever tenha sentido e espaço no seu planejamento diário.
Criando momentos para que os alunos escrevam, você poderá observar o quanto já caminharam no desenvolvimento das habilidades a serem desenvolvidas.
As intervenções precisam ser bastante específicas, de modo a atender cada habilidade e cada necessidade de cada aluno.
Verifique as dificuldades que eles possuem para escrever e trabalhe a partir delas. Por exemplo: • caso não estabeleçam relações fonográficas, explore essas
relações em sala de aula, desenvolvendo jogos orais, atividades que envolvam a formação de palavras, o troca-troca de letras etc.;
• caso possuam dificuldades com determinados fonemas, explore cada um deles;
• observando que a dificuldade encontra-se na produção de textos, invista na escrita coletiva e incentive as crianças a realizar produções individuais;
• trabalhe o espaço entre palavras, solicitando que pintem os espaços existentes em um determinado texto.
Escrever palavras. Escrever frases.
DIAGNOSE: registrando os diferentes saberes de cada aluno...
Identificar elementos que compõem a narrativa, como tempo, espaço e personagem.
Para desenvolver essa habilidade, é importante, Professor(a):
• a escolha de textos narrativos que contenham todos os elementos que você, Professor(a), pretende explorar: a leitura de textos que os alunos possam relacionar de forma evidente, clara e objetiva.
Aproveite, por exemplo, a leitura do texto “João e o pé de feijão” para explorar os elementos (tempo / espaço / personagem) que constroem a narrativa. Converse com seus alunos sobre a história “João e o pé de feijão” e pergunte: • Quem gostou da história? Por quê? (Peça que a recontem). • Onde acontece a história? • Quando acontece a história? • Qual o personagem principal? Converse sobre a reação da mãe de João ao tomar conhecimento de que a vaquinha havia sido trocada pelos feijões mágicos. Destaque expressões contidas no texto, como: “passos que pareciam trovões”; “sono profundo” e outras que você considerar pertinentes.
PÁGINA 9 ALFABETIZAÇÃO – 3.° ANO
Utilizar recursos coesivos em suas produções individuais e/ou coletivas.
Professor(a), planeje a revisão de textos
com a participação efetiva dos alunos,
marcando palavras e/ou expressões que
“costuram” as ideias do texto.
Converse com eles sobre as frases soltas
e reflita, ainda, sobre as palavras que poderiam
ser acrescentadas ao texto para favorecer sua
coesão.
Produzir textos de acordo com as condições de produção (finalidade, gênero e interlocutor).
Professor(a), planeje situações diversas em que o aluno possa vivenciar a escrita.
A produção coletiva de textos se constitui em atividade significativa. Você terá a
oportunidade de intervir nas questões em que os alunos precisam avançar (adequação da
linguagem ao gênero proposto, distribuição espacial, uso de letras maiúsculas, paragrafação,
coerência, coesão e sequência lógico-temporal).
Utilizar assuntos/temas de preferência dos alunos para a produção de textos é uma
forma de estimulá-los à produção textual. No seu planejamento, sugerimos que inclua,
diariamente, atividades de produção textual, iniciando com o incentivo a pequenos textos.
Para os alunos que ainda não constituíram a autonomia da escrita, trabalhe com listas
de suas preferências. Oriente que utilizem, quando necessário, o apoio do blocão e de
outros recursos que devem estar, permanentemente, expostos na sala de aula.
DIAGNOSE: registrando os diferentes saberes de cada aluno...
PÁGINA 10 ALFABETIZAÇÃO – 3.° ANO
Inferir uma informação implícita em um texto exige do leitor a busca por informações que não estão presentes, explicitamente, no texto.
O aluno precisará ler, atentamente, o texto como um todo a fim de perceber marcas que possibilitem a dedução da informação solicitada, com
vistas à produção de sentido.
Inicialmente, proponha aos seus alunos que realizem inferências de forma coletiva. Leve-os a observar o texto de forma global. Utilize-se
de textos não verbais ou do repertório usual dos alunos, como cantigas de roda ou músicas infantis, para que as crianças possam realizar suas
primeiras inferências.
Leia em voz alta e converse sobre os possíveis usos dos textos propostos. Converse sobre as características e significados existentes;
sinalize as ideias explicitas e implícitas a serem observadas.
É fundamental que seus alunos consigam articular as informações que estão impressas na superfície do texto com aquelas que não estão
ali explicitadas, tendo como referência pistas e marcas disponíveis.
Inferir informação implícita em um texto.
DIAGNOSE: registrando os diferentes saberes de cada aluno...
PÁGINA 11 ALFABETIZAÇÃO – 3.° ANO
As ideias de juntar e retirar são trabalhadas desde a Educação Infantil. Ao iniciar o 3º Ano, já se espera que o aluno consiga resolver situações simples que envolvam essas operações. Sugerimos, Professor(a), que apresente, cotidianamente, situações-problema diversas para registrar o desempenho de cada aluno.
• Caso observe que há alunos com dificuldades, proponha, em pequenos grupos, a resolução de cálculos simples. Evite propor cálculos com
quantidades elevadas. Permita que utilizem o suporte de materiais concretos.
• Comparações envolvendo os termos “mais que/menos que” podem ser assimiladas, quando comparados em fileiras: estimula-se a contagem das peças e a comparação das quantidades.
• O uso do jogo “Nunca Dez” favorece o desenvolvimento dessas ideias. Na medida em que as crianças ficam atentas às suas pontuações, passam, naturalmente, a comparar, completar e retirar cubinhos para trocar por barrinhas. Estimule jogadas em situações livres e dirigidas. Vale a pena!
• É importante que o trabalho realizado em qualquer área do conhecimento se dê sempre a partir das vivências do aluno. Iniciar o ensino dos algoritmos por meio de situações-problema torna a aprendizagem mais significativa.
• Ressaltamos a importância da discussão, com os alunos, das ideias da adição ou da subtração envolvidas na resolução de situações-problema.
• Problematize situações do cotidiano e proponha que a turma resolva, em grupos, o que foi proposto. Caminhe pela sala e perceba o desenvolvimento do raciocínio dos alunos.
• Ao corrigir os problemas, desenvolva o raciocínio passa a passo, para que os alunos tenham oportunidade de acompanhar e realizar as intervenções que se fizerem necessárias.
Resolver situações-problema que envolvam os significados da adição (juntar e acrescentar) e da subtração (retirar, completar e comparar).
DIAGNOSE: registrando os diferentes saberes de cada aluno...
PÁGINA 12 ALFABETIZAÇÃO – 3.° ANO
Ler e interpretar informações e dados apresentados em tabelas ou gráficos.
Professor(a), é importante que os alunos comecem a perceber que tabelas e gráficos são formas de organizar informações. Trabalhe,
coletiva e oralmente, atividades que façam uso dessa habilidade, explorando, por exemplo, o número de brincadeiras de que os alunos mais
gostam.
A utilização de gráficos e tabelas é importante para desenvolver o hábito da organização de dados, além de ajudar no desenvolvimento
de habilidades como analisar, refletir, registrar e agrupar.
Esta é uma oportunidade relevante para se trabalhar oralmente com as crianças, explorando os conceitos de mais, menos, mais que,
menos que.
Utilize situações do cotidiano para a construção de gráficos e tabelas: preferências da turma, número de alunos e alunas...
Crie gráficos ou tabelas com a participação dos alunos, a partir do uso de cartões coloridos, organizados e colados em forma de colunas.
Dessa forma, eles poderão estabelecer comparações, visualizando e construindo os conceitos sobre tabelas ou gráficos.
DIAGNOSE: registrando os diferentes saberes de cada aluno...
PÁGINA 13 ALFABETIZAÇÃO – 3.° ANO
Reconhecer figuras geométricas espaciais: paralelepípedo, cubo, cilindro, cone e esfera.
Professor(a), leve os alunos a perceber as semelhanças existentes entre os objetos que fazem parte da vida cotidiana e a representação de suas formas e faces na perspectiva da planificação.
Sugestões:
• Peça aos alunos que tragam embalagens vazias para a sala de aula.
• Contribua com embalagens variadas, algumas de forma piramidal, outras em cone (chapéus de festa de aniversário, por exemplo).
• Junte a essas embalagens figuras planas (círculos, quadrados, retângulos...).
• Providencie, também, algumas bolas de diferentes tamanhos.
• Divida a turma em grupos e distribua, entre eles, algumas figuras planas, uma bola e algumas embalagens. Solicite que organizem as figuras em dois grupos: planas e não planas.
• Peça que explicitem as diferenças entre os dois grupos.
• Monte com os alunos caixas de diferentes tamanhos. Assim, eles perceberão a diferença entre formas planas e espaciais, por meio do volume que apresentam. Peça que identifiquem, por meio do tato, as arestas.
DIAGNOSE: registrando os diferentes saberes de cada aluno...
PÁGINA 14 ALFABETIZAÇÃO – 3.° ANO
Reconhecer figuras planas: triângulo, quadrado, retângulo e círculo.
Sugestões:
• Professor(a), leve seus alunos a observar as figuras planas (triângulos, quadrados, retângulos e círculos), seus lados e os cantos, perguntando se
a forma geométrica possui lados, quantos são, se os lados são de tamanhos iguais ou diferentes e até mesmo o nome de um objeto que lembre
determinada forma. Sugerimos que realize a atividade com todas as figuras disponíveis.
• Desenhe com giz, no chão, em tamanho grande, triângulos, quadrados, retângulos e círculos. Coloque uma música animada e peça que os
alunos se movimentem entre as figuras desenhadas. Faça pausas na música e a cada pausa fale o nome de uma das figuras desenhadas no chão
para que as crianças entrem nela: se você falar quadrado, os alunos poderão entrar em qualquer um dos quadrados desenhados no chão.
Se você for brincar com as crianças no pátio, leve folhas com as imagens das figuras e seus respectivos nomes para quem elas possam recorrer
em caso de dúvida.
DIAGNOSE: registrando os diferentes saberes de cada aluno...
PÁGINA 15 ALFABETIZAÇÃO – 3.° ANO
Estabelecer trocas entre moedas e cédulas.
Pergunte aos alunos se eles sabem quais são as moedas
e cédulas que circulam no Brasil.
Ofereça a eles réplicas de notas e moedas de real.
Registre quais são as crianças que as reconhecem e as que
ainda apresentam dificuldades no reconhecimento.
Utilize encartes com produtos de interesse dos alunos
(podem ser brinquedos) e réplicas de cédulas e moedas para
que os alunos simulem compra e venda de produtos.
Realize, em grupo, operações de trocas entre cédulas e
moedas: organize moedas de um real em grupos de dez e faça
a troca por uma nota de dez reais.
Junte duas moedas de R$0,50 ou 4 moedas de R$0,25,
trocando-as por R$1,00. A utilização do Material Dourado e
do Quadro Valor de Lugar(QVL) podem ajudar no
desenvolvimento das atividades relativas ao estudo desse
conceito.
Utilizar unidades de medida padronizadas para medir tempo (hora),
comprimento (metro), capacidade (litro) e massa (quilo), a partir de
situações do cotidiano.
Os alunos que têm, frequentemente, contato com calendários e
relógios podem compreender com mais facilidade a forma como se
organizam as unidades de tempo (minutos, horas, dias, meses etc.).
Ensine-os a manipulá-los.
Ao usar uma fita métrica e a balança, lembre-se de fazê-los
observar que ambas começam com o número zero. Mostre a
importância de coincidir a extremidade do objeto com o número zero da
fita métrica e não com o número 1. O mesmo deve ocorrer quando o
aluno for utilizar a balança.
DIAGNOSE: registrando os diferentes saberes de cada aluno...