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OUTUBRO DE 2007 ANO XX N 788 SEG 15 TER 16 QUA 17 QUI 18 SEX 19 SÁB 20 DOM 21 sintufrj.org.br [email protected] CONGRESSO: Assembléia às 14h desta quarta, no CT, vai indicar o local. P ÁGINA 2 O dia D da UFRJ Sessão do Consuni será transmitida por meio de telões Com transmissão pela tevê Con- suni e telões espalhados no Fundão e na Praia Vermelha, o Conselho Uni- versitário vota a partir das 9h de quinta-feira, dia 18, as propostas ela- boradas pela Reitoria para a UFRJ. O objetivo de Aloísio Teixeira é mas- sificar o debate, ultrapassando as fronteiras do Conselho. É a primeira vez que uma sessão do Consuni pode ser acompanhada por meio de telões. PÁGINAS 4 E 5 JORNADA CIENTÍFICA JORNADA CIENTÍFICA JORNADA CIENTÍFICA JORNADA CIENTÍFICA JORNADA CIENTÍFICA Número de participantes cresceu 198%. PÁGINA 6 FASUBRA FASUBRA FASUBRA FASUBRA FASUBRA Plenária diz que greve foi vitoriosa. PÁGINA 3 VALE DO RIO DOCE VALE DO RIO DOCE VALE DO RIO DOCE VALE DO RIO DOCE VALE DO RIO DOCE Mais de 3 milhões querem anulação do leilão. PÁGINA 8 Famílias ao relento As famílias da Ocupação Manoel Congo foram postas para fora do prédio da Secretaria Estadual de Fazenda na manhã de quinta- feira, 11. São cerca de 100 pessoas, uma delas recém-operada de câncer, jogadas na rua. Ne- nhum órgão estadual, inclusive a Secretaria Estadual de Ação Social, quis assumir qual- quer responsabilidade com os sem-teto que fo- ram despejados do prédio do Cine Vitória. PÁGINA 7 Arte: Luís Fernando Couto

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OUTUBRO DE 2007 ANO XX N 788 SEG 15 TER 16 QUA 17 QUI 18 SEX 19 SÁB 20 DOM 21 sintufrj.org.br [email protected]

CONGRESSO: Assembléia às 14h desta quarta,no CT, vai indicar o local. PÁGINA 2

O dia D da UFRJSessão do Consuniserá transmitidapor meio de telões

Com transmissão pela tevê Con-suni e telões espalhados no Fundãoe na Praia Vermelha, o Conselho Uni-versitário vota a partir das 9h dequinta-feira, dia 18, as propostas ela-boradas pela Reitoria para a UFRJ.O objetivo de Aloísio Teixeira é mas-sificar o debate, ultrapassando asfronteiras do Conselho. É a primeiravez que uma sessão do Consunipode ser acompanhada por meio detelões. PÁGINAS 4 E 5

JORNADA CIENTÍFICAJORNADA CIENTÍFICAJORNADA CIENTÍFICAJORNADA CIENTÍFICAJORNADA CIENTÍFICANúmero de participantes cresceu198%. PÁGINA 6

FASUBRAFASUBRAFASUBRAFASUBRAFASUBRAPlenária diz que greve foivitoriosa. PÁGINA 3

VALE DO RIO DOCEVALE DO RIO DOCEVALE DO RIO DOCEVALE DO RIO DOCEVALE DO RIO DOCEMais de 3 milhões queremanulação do leilão. PÁGINA 8

Famílias ao relentoAs famílias da Ocupação Manoel Congo

foram postas para fora do prédio da SecretariaEstadual de Fazenda na manhã de quinta-feira, 11. São cerca de 100 pessoas, uma delasrecém-operada de câncer, jogadas na rua. Ne-nhum órgão estadual, inclusive a SecretariaEstadual de Ação Social, quis assumir qual-quer responsabilidade com os sem-teto que fo-ram despejados do prédio do Cine Vitória.

PÁGINA 7

Arte: Luís Fernando Couto

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2 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 788 - 15 a 21 de outubro de 2007 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

JORNAL DO SINDICATODOS TRABALHADORESEM EDUCAÇÃO DA UFRJ

Coordenação de Comunicação Sindical: Denise Francisco Góes, Jeferson Mota Salazar e Odilon Campinas Filho / Conselho Editorial: Coordenação Geral eCoordenação de Comunicação / Edição: L.C. Maranhão / Reportagem: Ana de Angelis, Lili Amaral e Regina Rocha. / Estagiária: Silvana Sá / Secretária: KatiaBarbieri / Projeto Gráfico: Luís Fernando Couto / Diagramação: Luís Fernando Couto e Jamil Malafaia / Ilustração: André Amaral / Fotografia: Niko Júnior /Revisão: Roberto Azul / Tiragem: 11 mil exemplares / As matérias não assinadas deste jornal são de responsabilidade da Coordenação de Comunicação Sindical /Correspondência id d d C d ã d C i ã Fa 21 2260 9343 T l 2560 8615/2590 7209 i 214 215

Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJCxPostal 68030-Cep21944-970-CNPJ:42126300/0001-61

A assembléia geral que serárealizada no próximo dia 17,quarta-feira, às 14h, no auditó-rio do CT, vai discutir de definiro local de realização do próxi-mo Congresso do SINTUFRJ. Areunião da diretoria vai subme-ter ao plenário duas propostas:uma para que o congresso sejarealizado no Fundão, com re-cursos próprios do Sindicato, e ou-tra para que seja alugado localfora do campus, com utilização

Assembléia define local do Congressode recursos do fundo de greve.

Além deste encaminhamen-to aprovado na última reuniãoda diretoria executiva do SIN-TUFRJ, no dia 10, foi aprovadoainda que na pauta da assem-bléia constará também a dis-cussão dobre o Plano de Rees-truturação e Expansão (PRE) daUFRJ. A assembléia deverá ava-liar o documento construídocom os pontos convergentes apartir da análise do GT-Educa-

ção do SINTUFRJ sobre o PREda UFRJ, que será submetido àaprovação do Conselho Univer-sitário na quinta-feira, dia 18.

O 9o Congresso está previstopara os dias 10, 11, 12 e 13 dedezembro, de segunda-feira aquinta-feira. Na pauta constamtemas como conjuntura, Carrei-ra, educação e saúde, organizaçãosindical, plano de lutas, prestaçãode contas, alteração estatutária,eleição do conselho fiscal.

Atenção ao calendárioNa reunião executiva do dia 10, a diretoria aprovou também oseguinte calendário:

Dia 19/10 – data-limite para a entrega do resumo das teses(o texto deve ter 4.500 caracteres, respeitando o limite de 1página do Jornal do SINTUFRJ).

Dia 5/11 – data-limite para entrega do texto final na íntegradas teses (em meio digital, no formato PDF ou DOC, conten-do no máximo 4 páginas do Jornal do SINTUFRJ).

Dia 6/12 – data-limite para agendar reuniões por local detrabalho, com eleição de delegados.

Grupos detrabalho

A partir desta segunda-fei-ra os trabalhadores da PraiaVermelha, aposentados e atéde unidades do Centro da Ci-dade não precisarão mais sedeslocar até a Cidade Univer-sitária para resolver problemasrelacionados com a Pró-Reito-ria de Pessoal. Poderão se di-rigir ao Pólo de Atendimentoinstalado quase em frente àsubsede do SINTUFRJ no cam-pus e que contará diariamentecom três funcionários experi-entes na área de pessoal, com-putadores em rede e telefones.Todas as quartas-feiras um re-presentante da Pró-Reitoria,que pode ser o pró-reitor LuizAfonso Mariz, o superintenden-te Roberto Gambine ou algumdiretor de divisão, dará plantãono local.

O pólo vai ajudar na instru-ção de processos, orientar arespeito de legislação dos ser-vidores e movimentação dosfuncionários no âmbito da PraiaVermelha, inscreverá para cur-sos oferecidos pela PR-4 e ca-

PR-4 na Praia Vermelhadastrará aposentados, poissubstituirá o posto montadopara esta finalidade no Fórumde Ciência e Cultura. Em no-vembro, a PR-4 pretende já terdescentralizado o envio de con-tracheques e a folha de fre-qüência da Praia Vermelha. “Ospróprios chefes de Pessoal dasunidades retirarão no pólo edistribuirão aos funcionários”,informou o superintendente Ro-berto Gambine.

RecadastramentoSegundo Gambine, a idéia do

pólo na Praia Vermelha come-çou com a solicitação dos apo-sentados de um local no cam-pus para que pudessem fazer orecadastramento anual. Comcessão pelo professor Sebasti-ão Amoedo, da Escola de Comu-nicação, da sala que utilizavacomo laboratório de pesquisa, foipossível à PR-4 montar a estru-tura, garantindo comodidade aostrabalhadores. Os telefones dopólo são: 2295-5449 (direito) e3873-5095 (ramal).

O GT Anti-Racismotem reunião marcada paraas 14h de quinta-feira, dia18, na subsede do Sindica-to no HU. Na pauta: GTIntinerante e Semana daConsciência Negra.

O GT-Saúde se reúne às10h de sexta-feira, dia 19,na sede do SINTUFRJ. Napauta: Fundação Estatal deDireito Privado e SaúdeComplementar. A reuniãotambém vai discutir o Se-minário Nacional sobreFundação Estatal.

O Conselho Universitário, reu-nido no dia 11 de outubro, apro-vou, por aclamação, a moção en-caminhada pelo representantetécnico-administrativo JefersonSalazar, em homenagem à dire-tora Juliana Magalhães, pela pas-sagem do aniversário de doisanos à frente da unidade. A mo-ção foi apresentada a pedido detodo o corpo técnico-administra-tivo da Faculdade de Direito queformularam o texto. Cuja íntegraé a que se segue:

“Nós, trabalhadores em edu-cação, lotados na Faculdade Na-cional de Direito, parabenizamosa Professora Juliana Neuens-chwander Magalhães, que hojecompleta dois anos de sua ges-tão como Diretora.

Gestão esta baseada no es-

pírito democrático, inovador, hu-manístico e progressista.

Não podemos deixar de des-tacar seu compromisso e dedi-cação em superar dificuldadescomuns ao serviço público e de-senvolver um trabalho educacio-nal de qualidade, defendendo aUniversidade Pública, com ensi-no gratuito e de qualidade e rea-firmando o respeito à plurarida-de de pensamento, materializan-do o compromisso social da Uni-versidade.

Desta forma, a professora Ju-liana tem tornado real parte denosso sonho de transformação ereconstrução da FND.

Continue contando conoscopara a realização plena da árduamissão de construção da FNDque queremos.”

Consuni aprova moçãopara Juliana Magalhães

DATA16/10

17/10 19/10

22/10

24/10

24/10 25/10

29/10

31/10

UNIDADEDecania do CCMN eBiblioteca

EEFD

Gabinete do Reitor e Gab.Sub- ReitoresProcuradoria Geral, SOC,CPPD, CPPTA e AuditoriaInterna

HESFA

Escola de Serviço Social

Observatório do Valongo

Instituto de Geociências

HUCFF (DRH, DG, DAG,DEG, DFIN, CPD)

Prefeitura Fundão

HORÁRIO10 horas 11 horas 10 horas

11h30min

13 horas 15 horas 9 horas

13 horas

8 horas

LOCAL DA REUNIÃOSala 03/1 - Centro CulturalHorácio Macedo Sala 318 Salão Azul

Auditório do HESFA

Sala de Convivência Sala da Administração Corredor do IGEO - térreo

Sala 3 E 54

PAUTAEleição de Delegados(as) ao 9º Congressodo SINTUFRJ

Eleição de Delegados(as) ao 9º Congresso do SINTUFRJ

10/11 horas-Eleição de Delegados(as) ao 9º CongressodoSINTUFRJ11/12 horas - Eleição de Delegados(as) Sindicais de Base

11h30min/12h30min-Eleição de delegados(as) ao 9º Con-gressodo SINTUFRJ12h30min/13h30min - Eleição de delegados(as) Sindicais deBase

Eleição de Delegados(as) ao 9º Congresso do SINTUFRJ

Eleição de Delegados(as) ao 9º Congresso do SINTUFRJ

9/10 horas-Eleição de delegados(as) ao 9º Congresso doSINTUFRJ10/11 horas - Eleição de Delegados(as) Sindicais de Base

13/14 horas-Eleição de delegados(as) ao 9º Congresso doSINTUFRJ14/15 horas - Eleição de Delegados(as) Sindicais de Base Eleição de Delegados(as) ao 9º Congresso do SINTUFRJ

UNIDADES COM REUNIÕES POR LOCAL DE TRABALHO MARCADAS APÓS O PERÍODO DE GREVE

Na programação de outu-bro do Centro Cultural Horá-cio Macedo, CCMN, nestaquarta-feira, 17, às 12h, have-rá a apresentação do gêneroPrata da Casa. É a peça AFesta do Rei, formada por fun-cionários da UFRJ, que contaa história de um rei que resol-ve fazer a festa de 15 anos desua filha, e para isso ordena

Peça A Festa do Rei será dia 17que sejam destruídas as la-vouras de milho e de feijãopara cederem lugar a umimenso jardim de rosas e jas-mim. Neste conflito surge en-tre os súditos do reino umagricultor que se revolta e re-solve desafiar e enfrentar aordem do rei. A peça é da au-toria do dramaturgo RacineSantos, encenada por Carlos

Alberto. Com a participação deGil Fernandes, Valquíria Félix,Carlos Alberto, Andréa Fer-nandes, Tânia Oliveira, AnaRosa, Tatiane Góes e ElianeSoares. A Companhia de Te-atro foi criada a partir de umaoficina de artes dramáticasinstituída pelo Codep (PR-4).As inscrições da oficina estãoabertas aos interessados.

As inscrições para a fiscalização das provas do Vestibular 2008poderão ser feitas entre os dias 15 e 22 de outubro via internet: http://vestibular.ufrj.br/fiscalização2008.

Vestibular 2008

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Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 788 - 15 a 21 de outubro de 2007 - www.sintufrj.org.br - [email protected] – 3

Movimento

Plenária “Che Guevara” afirmavitória da greve dos 100 diasNa avaliação da plenária, o conjunto da categoria teve papel fundamental nesta conquista, queacreditou na condução do movimento e realizou todos os esforços no encaminhamento da luta

N a plenária nacional “Che Guevara” da Fasubra ( a de- nominação foi homena-

gem aos 40 anos do assassinato dolíder revolucionário), com a parti-cipação de 122 delegados e 21 ob-servadores, a greve de 100 dias desteano foi reconhecida como vitorio-sa. A unidade e a manutenção daintegralidade do caráter federati-vo, democrático e plural da Federa-ção foram destacados como ganhopolítico.

“Esta greve simboliza na his-tória da Fasubra Sindical a consta-tação de que somente através daunidade da luta pode-se continuaravançando na conquista para oconjunto da categoria”, afirma odocumento oficial da Direção Na-cional resultante da plenária. A ple-nária reafirmou que, mesmo nãogarantindo na totalidade os parâ-metros definidos nas instâncias daFasubra, foram assegurados ele-mentos que, dado o seu caráter es-tratégico, propiciaram a permanên-cia da centralidade da concepçãoda Carreira, defendida pelo Movi-mento: Matriz Única e Paridadeentre Ativos e Aposentados.

Mas este não foi o posiciona-mento da totalidade dos delegadospresentes à plenária. Um manifes-to Em Defesa do Resgate da Carrei-ra foi distribuído aos presentes commais de 300 assinaturas de mili-tantes de mais de 14 universidadesfederais, apontando a necessidadeda categoria reabrir o debate de qualcarreira de fato desejamos, quandodestacam a quebra da linearidadee da própria concepção. O manifes-to distribuído está em consonân-cia com a avaliação aprovada pelaassembléia do SINTUFRJ e de todaa discussão realizada na UFRJ du-rante a greve. Movimento legitimadoMovimento legitimadoMovimento legitimadoMovimento legitimadoMovimento legitimado

De acordo com o informe daDireção Nacional de 8 de outubro,a aprovação da política encami-nhada pelo CNG/Fasubra, delibe-rada em 34 entidades de base, legi-timou o encaminhamento da gre-ve, afirmando a importância, nes-ta conjuntura, de mais uma con-quista dos Trabalhadores em Edu-cação Técnico-Administrativos dasIFES. A Federação, ao longo de suahistória, com seu perfil de garantiro espaço democrático de negocia-ção, obteve conquistas significati-vas, com destaque para a incorpo-ração da Gratificação de AtividadeExecutiva (GAE), em 2001, e a con-quista da Carreira, em 2004.

“Do ponto de vista político, amaior conquista desta greve foi acapacidade de resistência e de lutada categoria em deflagrar a greve,cujo eixo não se limitava apenas àdefesa da Evolução Salarial. Por-tanto, o grau desta vitória não semede apenas pelos ganhos mate-riais. O principal elemento é o pa-trimônio político que marca estaluta: Unidade da Categoria. A cons-tatação da inexistência de votaçãono CNG, que acatou a posição dasAssembléias de Base referendando

a política indicada pelo CNG, de-monstra o amadurecimento polí-tico da categoria. De todas as grevesda Fasubra, esta teve o maior nú-mero de entidades aderindo à lutae à orientação nacional, desde adeflagração da Greve à saída unifi-cada”, constata o documento.

Governo derrotadoGoverno derrotadoGoverno derrotadoGoverno derrotadoGoverno derrotadoA Fasubra entende que toda gre-

ve tem seu limite político e tempo-ral. A greve da Fasubra atingiu seulimite, tendo avanço significativo

As conquistassalariais obtidasnesta greve, acimada inflação, naprimeira etapa daCarreira,representam, semdúvida alguma, umpasso importante

No campo da Fasubra, ficoudefinido:

Acompanhar o cumprimen-to do termo de compromisso;aprimoramento da carreira; res-peito às prerrogativas da lei daCarreira cobrando o funciona-mento da Comissão Nacional deSupervisão da Carreira (CNSC);cobrar do MEC definição orça-mentária de recursos para Capa-

no cumprimento do Eixo da Greve.Este avanço deve ser consideradosob o prisma do grau de dificulda-des enfrentadas desde o início dagreve, onde o governo manifestousua opinião, que não concordavacom a lógica de nossa Carreira,questionando a paridade entre ati-vos e aposentados e mais, que oauxílio-saúde só seria a partir de2008, e apenas para uma parcelada categoria. O governo foi derro-tado nessa política!!!

O plano de lutascitação – 1% folha; atuar nasIFES, através da Comissão Internade Supervisão (CIS) e das entida-des de base, para garantir a imple-mentação dos Programas de Ava-liação; pressão pelo dimensiona-mento; seguir o trabalho do GTRacionalização e cobrar instala-ção do GT Terceirização; posicio-namento sobre PDE/Reuni; reali-zação de plenárias temáticas; lu-

tar para defender o auxílio-ali-mentação para os aposentados equestionar o governo sobre aEmenda 41 que limita o venci-mento ao teto do INSS; partici-par da marcha da CUT dia 5 dedezembro propondo a inclusãona plataforma do lema “Reesta-tização da Vale do Rio Doce”;financiamento da Saúde/HUs.

Os delegados chegaram à

conclusão de que a luta conti-nua diante da continuidade daimplementação da Carreira,contra o PLP 01 e a FundaçãoEstatal de Direito Privado, comotambém é necessário avançar emoutras pautas como definição dasDiretrizes de Plano de Carreira;Benefícios; Reajuste Salarial eIsonomia salarial, assim comolutar pela Ascensão Funcional.

Diante da greve e das inúmerasatividades programadas, a direção

da Fasubra submeteu ao conjuntodos delegados a resolução do adia-

mento do XX Confasubra. A plenáriadecidiu encaminhar para consulta

as entidades de base que devem darsua resposta até o dia 12 de outubro.

Plenária decide adiar o XX Congresso da Fasubra

NA LUTA. Num dos momentos de mobilização da greve, trabalhadores da UFRJ fecham a Linha Amarela

Avaliação da Plenária

Foto: Niko Júnior

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O dia D para a UFRJReitoria quer massificar o debate além das fronteiras do Conselho Universitário

Nesta quinta-feira, 18, ses-são extraordinária do ConselhoUniversitário, com previsão deinício para as 9h30, vai delibe-rar sobre o Programa de Rees-truturação e Expansão da Uni-versidade, que será enviado aoMinistério da Educação. E o rei-tor Aloísio Teixeira está empe-nhado em transpor as fronteirasdo colegiado máximo de deci-sões da instituição, dando divul-gação da discussão final dessaprimeira etapa do projeto quedelineia o futuro da institui-ção.

Aloísio quer transformar estemomento histórico, “que per-mitirá a UFRJ avançar aindamais na sua trajetória de uni-versidade pública, gratuita e dequalidade”, num grande eventode massa. Por isso está convi-dando os estudantes, técnicos-administrativos, professores, di-retores de unidades, membrosdos colegiados superiores, diri-gentes das entidades e dos fó-runs de representação de alunose professores e funcionários paraparticipar desta sessão especialdo Consuni.

Ao ConsuniAo ConsuniAo ConsuniAo ConsuniAo ConsuniA versão final do Programa

de Reestruturação e Expansão(PRE) da UFRJ que o ConselhoUniversitário deliberará é com-posta de três módulos. O pri-meiro trata da ampliação devagas nos cursos já existentesna Universidade e da criação denovos, e sua execução será ime-diata, tão logo cheguem os re-cursos: R$ 20 milhões, espera-dos para o primeiro semestre de2008. O segundo diz respeito ba-sicamente à implantação dosciclos básicos, criação de cursosinterdisciplinares com a parti-cipação de diferentes unidadese centros e reformas curricula-res que diminuam a carga ho-rária de disciplinas obrigatóri-as na graduação. E o terceirocontém as propostas de diversi-ficação das modalidades de gra-duação, de validação de novosmecanismos de acesso à Univer-sidade e de ampliação das polí-ticas de assistência estudantil,principalmente.

Os dois últimos módelos ain-da passarão por um período deoito meses de discussões com acomunidade universitária, acontar da data do Consuni,quando serão elaboradas as di-retrizes, metas e ações necessá-rias para a implantação.

UFRJ EM XEQUE

Do conjunto de propostasapresentado pela Reitoria, umaproposta tem sido secundariza-da pela polêmica do “vai-não-vai-pro-Fundão”. Na propostaoriginal havia a criação dos ci-clos básicos e os cursos de termi-nalidade breve, que para algunssignifica os bacharelados inter-disciplinares da UniversidadeNova e para outros a possibilida-de de reorganizar a carga horá-ria diária dos cursos – ou seja,mudanças acadêmicas de fundoo que tem trazido muitas duvi-

Mais polêmicas nas propostas

Transmissãoao vivo

A sessão do Consuni que discutirá o PRE daReitgoria terá transmissão ao vivo pela tevê Consunie será retransmitido através de telões espalhados nosdois campi, da Cidade Universitária e Praia Verme-lha, numa iniciativa da Reitoria para garantir que omaior número possível de integrantes da comunida-de da UFRJ assista ao debate e acompanhe a votaçãodo PRE.

Veja onde estarão instalados os telões no Fundão:Prédio da Reitoria, salão nobre e hall de entrada;Centro de Ciências da Saúde (CCS), Centro Tecnoló-gico (CT) e Centro de Ciências Matemáticas e daNatureza (CCMN). Na Praia Vermelha são dois: audi-tório do CFCH e possivelmente no Salão Pedro Cal-mon ou outro local que ofereça condições técnicas.

Projeto da UFRJ deve ser submetido ao Consuni e enviado até o dia 29

A Secretaria de Ensino Superior doMEC informou a alteração dos prazospara apresentação dos planos das univer-sidades ao Reuni. Desde 24 de setembroestá disponível no Sistema Integrado dePlanejamento, Orçamento e Finanças(Simec), módulo específico para o enca-minhamento das propostas de participa-ção no programa.

As universidades que concluírem seusplanos e estes forem aprovados pelos con-

Olho no calendário

das à comunidade universitária.Apesar de não constar do projetode resolução, pelo menos da for-ma como foi apresentado.

Que proposta é essa afinal?Na proposta original constava

da criação de ciclos básicos queseriam em grande áreas de conhe-cimento - CCS, CT/CCMN e CCJE/CFCH) de modo a criar 1.500 va-gas em cinco anos e permitir mo-bilidade estudantil; introdução damodalidade de ensino de gradua-ção com terminalidade breve comduas mil vagas.

Na proposta atual consta ape-nas a criação de cursos interdisci-plinares envolvendo diferentes uni-dades e centros e reformas curricu-lares que permitam a revisão darelação de carga horária entre dis-ciplinas obrigatórias e optativas.

A pró-reitora de GraduaçãoBelkis Waldman explicou que defato está se propondo adoção demodelos novos como a adoção deciclos básicos. Já há, segundo ela,discussão no CCMN, no CCS, porexemplo. Ela acrescentou, no en-tanto, que o que irá definir o

perfil do ciclo básico a ser ado-tado será o resultado desta dis-cussão e que poderá ser adota-do, inclusive, propostas diver-sas de acordo com a decisão doscentros.

E já há formalizado na pro-posta de curso com formação“integradora entre unidades”,como os cursos de Biotecnolo-gia, Nanotecnologia e Metrolo-gia, em Xerém, reunindo o Ins-tituto de Biofísica, BioquímicaMédica, Química, Física, Esco-la de Química e Politécnica.

selhos superiores até 29 de outubro pode-rão encaminhá-los pelo SIMEC e terãoprioridade de análise e da liberação derecursos no primeiro semestre de 2008.

As que não concluírem seus planosaté esta data podem enviá-los, desde queaprovados pelos conselhos, até 17 de de-zembro. Para estas o recurso será libera-do no segundo semestre.

As propostas para início de 2009 po-dem ser inseridas até 28 de fevereiro.

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UFRJ EM XEQUE

Muito além do ReuniReitoria elaborou propostas que apontam para a reestruturação da universidade

A posição do reitor da UFRJ éque a proposta que irá à avaliaçãodo Consuni vai muito além doReuni. Para participar do Reuni,bastava ter apresentado as propos-tas de ampliação de vagas e criaçãode novos cursos das unidades, poiso decreto do governo não impõe àsinstituições o atendimento de to-das as diretrizes. Mas a Reitoriapretende, além da expansão, reali-zar uma reestruturação de fato daUFRJ, o que inclui um reordena-mento espacial da Universidade.

Reuni: promessas de recursosReuni: promessas de recursosReuni: promessas de recursosReuni: promessas de recursosReuni: promessas de recursosO governo promete destinar re-

cursos às instituições federais deensino superior (Ifes) que aderi-rem ao Programa de Apoio a Pla-nos de Reestruturação e Expansãodas Universidades Federais — de-nominado Reuni. O objetivo doReuni, segundo o governo, é criarcondições para ampliação do aces-so e de permanência na educaçãosuperior, no nível de graduação, emelhor aproveitamento da estru-tura física e de recursos humanosdas IFES.

O governo diz que a meta doprograma é a elevação gradual dataxa de conclusão média dos cur-sos de graduação presenciais para90% e da relação aluno/professorpara 18/1. Isso ao fim de cinco anos,a contar do início de cada plano. Asdiretrizes são: redução de taxas deevasão; ocupação de vagas ociosas;aumento de vagas de ingresso, es-pecialmente no período noturno;ampliação da mobilidade estudan-

til (com circulação de estudantesentre instituições, cursos e progra-mas); reorganização dos cursos degraduação; diversificação das mo-dalidades de graduação — prefe-rencialmente as não voltadas à pro-fissionalização precoce e especia-lizada –; ampliação de políticasde inclusão e assistência estudan-til; e articulação da graduação coma pós e da educação superior com aeducação básica.

O MEC diz que destinará aoprograma recursos que serão reser-vados a cada universidade federalna medida da apresentação dos pla-nos de reestruturação, a fim de sus-tentar as despesas decorrentes dasiniciativas propostas. Isso incluiconstrução e readequação de infra-estrutura e equipamentos, comprade bens e serviços, despesas de cus-teio e de pessoal associadas à ex-pansão das atividades decorrentesdo plano de reestruturação.

O acréscimo de recursos será li-mitado a 20% das despesas de cus-teio e pessoal da universidade, noperíodo de cinco anos. Esse acrésci-mo tem por base o orçamento doano inicial da execução do plano,incluindo a expansão programadae excluindo os inativos (uma vezque o recurso deste pagamento é doTesouro e não do MEC). O decretodiz que o atendimento dos planosé condicionado à capacidade or-çamentária operacional do Minis-tério da Educação. No caso daUFRJ significa cerca de R$ 180milhões a mais no orçamento emcinco anos.

A reestruturação e expansãoda UFRJ proposta pela Reitoriase baseia no Plano de Desenvol-vimento Institucional (PDI) quefoi amplamente discutido na co-munidade universitária pelomenos desde 2006 e se divide emmódulos. A parte que será levadaà deliberação do Consuni, e quefoi apresentada no CEG pelo pró-reitor de Desenvolvimento e Pla-nejamento, Carlos Levi, dia 3,considera a necessidade de de-mocratização e expansão das va-gas, criação de novos mecanis-mos de acesso, redução da eva-são e garantia de permanênciade estudantes com políticas ati-vas de assistência estudantil. AUFRJ se compromete a expandire melhorar os serviços de ali-mentação, transporte e moradiapara estudantes na Cidade Uni-versitária e consolidar seu pro-grama de bolsas.

Expansãode vagas

Em 2008 — Noscursos diurnos está pre-vista a expansão de 70vagas; no noturno, 30;fora da sede, em Macaé,220, e 150 em Xerém. AReitoria pretende implan-tar em Macaé, em 2008,os cursos de Engenha-ria Civil, Mecânica e deProdução. Em Xerém, di-versas unidades se aglu-tinarão para criação decursos de Biotecnologia,Nanotecnologia e Metro-logia.

Em 2009 — Noscursos diurnos está pre-vista expansão de 682vagas; 674 no noturno;360 em cursos novos diur-nos; 326 fora da sede e350 cursos diurnos de na-tureza interdisciplinar;criação de bachareladoem Ciências Matemáti-cas e da Terra e de Rela-ções Internacionais, ànoite com oferta de 600vagas.

Grana:R$110milhões

Na proposta que seráencaminhada ao MEC se-rão indicadas prioridadesde investimento de 2008 a2011: R$ 50 milhões nocomplexo acadêmico in-tegrado; R$ 20 milhões noSistema de Bibliotecas;R$ 10 milhões em assis-tência estudantil com no-vos alojamentos e dois re-feitórios; R$ 8 milhões nosistema de gerenciamen-to acadêmico; R$ 18 mi-lhões para racionalizaçãodo consumo de energia eR$ 4 milhões em infra-es-trutura de acesso, trans-porte, iluminação e segu-rança, num total de R$110 milhões.

PDI foi a base para a ReitoriaTécnicos-administrativosTécnicos-administrativosTécnicos-administrativosTécnicos-administrativosTécnicos-administrativos

Em relação à categoria, a Rei-toria propõe o aproveitamento devagas ociosas na graduação, desti-nando-as a servidores técnico-ad-ministrativos matriculados emoutras instituições, mas median-te processo seletivo específico, as-sim como a revisão de normas noscolegiados para flexibilização cur-ricular e integração acadêmica.Prevê apoio ao desenvolvimentodo Colégio de Aplicação e a cons-trução de um complexo para aeducação infantil e o ensino fun-damental, médio e técnico na Ci-dade Universitária.

A Reitoria propõe, ainda, reto-mar a discussão e deliberar emoito meses sobre o Programa Pilo-to de Acesso aos Cursos de Gradua-ção da UFRJ elaborado pela Pró-Reitoria de Graduação para a RedePública Estadual, que foi apre-sentado aos Centros, discutido no

CEG em 26 de outubro de 2005 eencaminhado às unidades paraconsulta.

Para atender ao módulo de ex-pansão e reestruturação, a Reito-ria pretende propor ao Consunique aprove diretrizes para contra-tação de pessoal docente e técni-co-administrativo, com a desti-nação de mil vagas mediante con-curso público.

Prioridades dos recursosPrioridades dos recursosPrioridades dos recursosPrioridades dos recursosPrioridades dos recursosDos recursos destinados à des-

pesas de capital, serão considera-dos como prioridade a consolida-ção, expansão e conclusão do pro-cesso de implementação do cam-pus do Fundão; expansão das ati-vidades acadêmicas de gradua-çãocom instalações de uso comparti-lhado pelas unidades; melhora dascondições de acesso, transporte, se-gurança, manutenção, conserva-ção e iluminação.

Reordenamento espacialReordenamento espacialReordenamento espacialReordenamento espacialReordenamento espacialPara o reordenamento espa-

cial de unidades e órgãos daUFRJ, serão constituídos gruposde trabalho e definidas ações,como autorizar a imediata revi-são pelo Consuni do Plano Dire-tor em oito meses; realização deestudos para definir usos de espa-ços como o do Palácio Universi-tário, o campus da Praia Verme-lha, IFCS e Faculdade de Direitoe estabelecer como “princípio deadesão” o processo de reordena-mento espacial das unidades aca-dêmicas.

Para melhorar a infra-estru-tura do campus, as ações previs-tas são: a continuidade de estu-dos para ampliação de vias deacesso, melhora de administra-ção do tráfego, ampliação daoferta de transporte; melhora doserviço de segurança, ilumina-ção e saneamento.

MARATONA. Reitor no SINTUFRJ, defendendo propostas

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Ciência, arte e culturana jornada do Fundão

A universidade viveumomentos de efervescên-cia nos dias 9, 10 e 11, coma 29a edição da JornadaGiulio Massarani de Inicia-ção Científica, Artística eCultural da UFRJ. A jorna-da anual é organizada pelaPró-Reitoria de Pós-Gradu-ação e Pesquisa (PR-2).

Alunos ansiosos para mostrar suaprodução nas mais diversas áreas deestudo, painéis e o resultado de suaspesquisas. A maioria deles, acompa-nhados de orientadores docentes etécnicos-administrativos, ocupousalas ou corredores dos centros, dis-putando a atenção de visitantes eavaliadores dos órgãos de fomentoque garantem bolsas para uma par-te desses jovens.

A coordenadora-geral da Jor-nada, Sandra Azevedo, informouque o número de participantes cres-ceu 198% nos últimos seis anos. Apró-reitora de Graduação, BelkisWaldman, destacou o papel de in-

Nos últimos seis anos, o número departicipantes cresceu 198%, o queindica o sucesso da iniciativa

tegração entre as áreas artísticas,cultuais e científicas. A pró-reitorade Pós-Graduação, Ângela Uller, ex-plicou que estudantes de gradua-ção que fazem iniciação científicaterminam seu mestrado em idadeinferior aos que não fazem, e quehá intenção de incentivar os estu-dantes a começarem a pós antesmesmo de terminar a graduação.

Da política à astronomiaDa política à astronomiaDa política à astronomiaDa política à astronomiaDa política à astronomiaO hall do CCMN em torno do

Roxinho foi tomado pelos painéischeios de estudantes que explica-vam seus trabalhos. Trabalhos detodos os centros estavam expostosali, como uma mostra do que seviu em toda a UFRJ.

Aluna do Instituto de Geogra-fia, Marianna Fernandes Moreiraapresentou dados e controvérsias dodéficit habitacional no Brasil e noRio de Janeiro. Carolina Magalhães,do curso de Ciências Sociais, com-parou políticas de segurança públi-ca dos governos Brizola e Garotinho.

Clarissa Dudenhoeffer discutia

o financiamento público da cam-panha da eleição 2006 para o go-verno do Estado: “A importânciade um evento assim é a gente poderolhar para a nossa política e refle-tir sobre isso. Não necessariamente

produzir solução, mas produzir de-bate. Trazer idéias para reflexão e oque precisa ser mudado”.

Igor Borgo, do curso de Astro-nomia, apresentou um vídeo queproduziu utilizando um software

chamado Celestinha – mostrandoseu potencial como material didá-tico. “A Jornada mostra o que aspessoas fazem. Às vezes fica obscu-ro. Os estudantes podem ver o tra-balho dos outros”, elogia Igor.

Foto: Niko Júnior

Técnicos-administrativos na jornadaClaudia Lage Rebello da Motta,

representante técnico-administrati-va no Conselho de Pós-Graduação,explica que este ano número maiorde técnicos-administrativos foi con-templado com bolsas de iniciaçãocientífica, graças o CEG e CEPG,que trabalham há muito tempo noedital de bolsas PIBIC, que permiteao técnico concorrer à bolsa, “traba-lho que resultou num número mai-or de pessoas contempladas, maisalunos incluídos em mais projetosde iniciação científica”.

O técnico pleiteia a bolsa parao projeto que orienta – o projeto éavaliado –, e um ou dois alunossão beneficiados.

Ela aponta o engajamento cadavez maior de técnicos, mais cons-

cientes de que podem concorrer, “eseus projetos estão sendo contem-plados. Isso significa que mais alu-nos de iniciação estão podendo in-teragir e acompanhar os projetosdas unidades”.

Ela diz ainda que os critériosque estão sendo utilizados vêmcontemplando cada vez mais ori-entadores: “as bolsas não ficammais só em projetos grandes, re-cém-doutores e outras categoriasque antes não eram contempladas,com essa nova proposta de avalia-ção podem ter seu projeto contem-plado”.

Na manhã do dia 11, na salade aula do Departamento de Ciên-cia da Computação, alguns exem-plos destes projetos orientados por

técnicos (foto) mostram a exce-lência desta participação.

“Várias pessoas contempladassão do NCE. Entre estas, 10 são téc-nicos-administrativos”, explicaClaudia que também tem um o-rientando expondo projetos inte-ressantes. Junto com Roberto Ro-drigues, ela orienta Thiago Tan-gel, bolsista PIBIC, que desenvolveo projeto ActivUFRJ, uma comuni-dade virtual de aprendizado quetem como um dos principais obje-tivos fomentar a interação entre osalunos da universidade através dediscussões sobre os mais variadostemas. Ele desenvolveu estudos so-bre a utilização de fóruns de deba-tes na Internet e o resultado foiapresentado na Jornada.

MOVIMENTAÇÃO. A jornada atraiu centenas de pessoas na semana passada

A coordenadora Sandra Aze-vedo não tinha tabulado ainda onúmero de projetos orientadospor técnicos-administrativos,mas apontou que este levanta-mento seria da maior importân-cia e que a participação destesprofissionais deve ser cada vezmais estimulada.

Segundo ela, há excelentestécnicos que fizeram trabalho dedestaque e que devem ter seu mé-rito reconhecido. Agora, oficial-mente, por que os Conselhos deEnsino de Graduação e Pós apro-varam editais que possibilitam aostécnicos que orientam estudantesreivindicar bolsas e ter o créditopelo projeto (antes era precisoconstar o nome de um docente).

Marcos Borges e AmauriMarques da Cunha, profissionaisdo NCE, também orientam aestudante Ana Alice Monteiro,que também apresentou seu tra-balho na manhã no dia 11. Mar-cos avalia a importância do re-conhecimento da participaçãode técnicos e aponta que estesfazem trabalho de pesquisaavançada, com reflexos na for-mação de alunos de graduaçãoem trabalhos de iniciação cien-tífica e orientação de pesquisasde mestrado. Para ele, estes fun-cionários desenvolvem pesquisade extrema importância tam-bém para a área científica.

Mais detalhes no sitewww.sigma.ufrj.br.

Quase 30 anos de históriaA Jornada foi criada em 1978

pelo professor Massarani envol-vendo, a princípio, o CT e CCMN,e com o passar dos anos, todos oscentros. Em 1993, quando a UFRJpassou a participar do programa

institucional de bolsas de inicia-ção científica (PIBIC) do Conse-lho Nacional de Desenvolvimen-to Científico e Tecnológico(CNPq), a Jornada passou a sertambém um fórum de apresenta-

ção dos bolsistas do programa.É um espaço para discussão e

exposição de trabalhos e projetosartísticos, científicos e culturais ede integração entre alunos de gra-duação e pós-graduação das diver-

sas áreas orientados por docentesou técnicos-administrativos comparticipação obrigatória apenaspara os bolsistas do CNPq. Avalia-dores externos – docentes de outrasuniversidades – verificam a quali-

dade dos trabalhos. Os melhoresprojetos são premiados. As premi-ações serão feitas na sessão de en-cerramento, no dia 22 de novem-bro, a partir das 9h, no auditóriodo CT.

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Fotos: Niko Júnior

agoniaUma dura

A sacrificante agonia daespera por uma soluçãodas autoridades terminouao anoitecer. Mas ninguémprecisou ir para o abrigo demendigos, como propôs asecretária de Ação Social,Benedita da Silva.

Quando o oficial de justiça che-gou acompanhado de soldados daPolícia Militar, às 9h, na segunda-feira, 8, o fio de esperança que ali-mentava as cerca de 100 famílias deconseguir permanecer no Cine Vitó-ria se extinguiu. A realidade cruel seimpôs pela força da lei, e ganhar arua com pertences às costas foi o querestou para aquele contingente de pes-soas, homens e mulheres de todas asidades e 27 crianças, entre os quaisdois bebês: um de três e outro de seismeses.

Durante nove dias eles estive-ram abrigados sob o que restou doprédio do Cine Vitória, na Rua Se-nador Dantas, 45, socializando ali-mentos e água potável doados porentidades como o Sindicato dos Ar-quitetos e o SINTUFRJ, os afazeresdomésticos e o cuidado com os fi-lhos. Mesmo sem água corrente eluz elétrica, cortados pela NigriEngenharia, proprietária do imó-vel, o local esteve sempre limpo,inclusive os banheiros.

Mais um dia de desesperançaMais um dia de desesperançaMais um dia de desesperançaMais um dia de desesperançaMais um dia de desesperançaCarregando suas bandeiras e sa-

colas, os integrantes do Centro de Re-sistência Manoel Congo – nome es-colhido para a ocupação que home-nageia o líder de um Quilombo noEstado do Rio de Janeiro – atravessa-ram o Centro da Cidade até a Secreta-ria Estadual de Habitação, na Rua daAjuda. Eles chamavam a atenção dosapressados pedestres com suas pala-vras de ordem desconhecidas da gran-de maioria da população, pois o Mo-vimento Nacional de Luta pela Mo-radia (MNLM) ainda não conquis-tou a adesão necessária de todos ossetores combativos da sociedade paraforçar os governos a adotarem umapolítica de habitação popular.

“Até agora cadastramos no Mu-nicípio do Rio 480 famílias quenão têm onde morar. Os chefes defamília vivem de biscates, subem-pregados ou estão desempregados.Não têm dinheiro para pagar se-quer o aluguel de um quarto paraacomodar no mínimo quatro pes-soas”, disse a coordenadora mu-nicipal do Movimento pela Mora-dia, Elisete da Silva. Por isso oslogan do MNLM é “Resistir e ocu-par pra morar”, porque “Quandomorar é um privilégio, ocupar é

que vamos ficar na rua?” – essa eraa preocupação principalmente dasmães e dos mais velhos, como Iracide Amorim, 57 anos, ex-balconistada Papelaria América e sem casa deparentes para se “encostar”.

O almoço desse dia foi garan-tido pelos gabinetes dos deputa-dos federal Chico Alencar e esta-dual Marcelo Freixo, ambos doPSOL. Todos se sentaram no chãopara comer as quentinhas; as cri-anças e os idosos descansaram em

colchonetes. Depois de muita ne-gociação, foi permitido que usas-sem os banheiros do primeiro an-dar da Secretaria. Mais tarde, oSindicato dos Arquitetos arrema-tou uma carrocinha de refrescosque fez a festa dos pequenos, jun-to com sanduíches e leite doadospelo Comando do 13º Batalhão dePolícia Militar, que também ga-rantiu que os utensílios dos sem-teto ficassem guardados no CineVitória.

um direito” e “Moradia não émercadoria, é necessidade básicae direito social”.

Durante as 12 horas que durouas negociações entre a comissão dossem-teto com o secretário de Habi-tação, Noel de Carvalho, seu vice,Fernando William, um assessor daSecretaria de Ação Social e o geren-te do Serviço de Patrimônio daUnião, Paulo Simões, os expulsosdo Cine Vitória ficaram concentra-dos em frente ao prédio da Secreta-ria. No início, cantaram e se ma-nifestaram, mas aos poucos o can-saço e a tensão os calaram. “Será

agonia

Atéquando?

A sacrificante agonia da es-pera de uma solução das autori-dades terminou ao anoitecer.Mas ninguém precisou ir para oabrigo de mendigos, como pro-pôs a secretária de Ação Social,Benedita da Silva. As famíliasdo Centro de Resistência Ma-noel Congo se instalaram emdois andares ociosos da Secreta-ria Estadual de Fazenda, na RuaRegente Feijó, 7, Centro da Ci-dade, sem autorização de ne-nhum órgão. Até quando per-mitirão que esse contingente desem-teto fique lá não se sabe.

O MNLM, que organizou aocupação, mobilizaforças para obrigar osgovernos a construircasas populares edestinar prédios ociosospara moradia deinteresse social

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Mais de 3 milhões querem aVale do Rio Doce de volta

Cerca de 95% dos 3.729.538 consultados no plebiscito popular responderam NÃO à privatização da Companhia

O resultado do plebis-cito sobre a anulação doleilão de privatização daCompanhia Vale do RioDoce (CVRD) foi divulgadodia 8 de outubro, às 15h,no plenário 9 da Câmarados Deputados, em Brasí-lia, pelas 64 entidades eorganizações dos movi-mentos sociais, sindicatose igrejas que participaramda organização da tercei-ra consulta popular feitaà população brasileira.

Dos 3.729.538 votantes, 94,5%disseram Não à permanência dacompanhia nas mãos do capitalprivado. Os participantes tambémrepudiaram o fato de o governocontinuar priorizando o paga-mento dos juros da dívida exter-na e interna; o alto preço da ener-gia elétrica explorada pelo capi-tal privado; e a reforma da Previ-dência que retira direitos dos tra-balhadores.

As três perguntas relativas aestes temas não foram feitas emtodos os estados, pois a decisãosobre a quantidade de perguntasfoi tomada pelos Comitês Esta-duais do Plebiscito. Destes resul-tados, dos mais de 2 milhões deconsultados, mais de 90% tam-bém se manifestaram contra.

Em alguns estados houveuma quinta pergunta. NaBahia e em Sergipe, a popula-ção foi indagada se concordavacom a transposição do rio SãoFrancisco, e 144.780, 90% dosvotante se posicionaram contraa transposição.

Na semana do resultado ofi-cial foram realizadas audiênciasem Brasília para levar ao PoderPúblico o resultado do plebiscito.A audiência com o presidente daCâmara de Deputados, ArlindoChinaglia, foi na quarta-feira, dia10, às 9h. As entidades exigem aanulação do leilão da Vale, umprojeto nacional de desenvolvi-mento com políticas alternati-vas sem ingerência do FMI, umnovo modelo energético para oBrasil que contemple a partici-pação da população e uma refor-ma da Previdência que incorporea rede de proteção social previstana Constituição.

As audiências para entregar oresultado a representantes dos ou-tros dois poderes, até o fechamen-to desta edição, não tinham datadefinida.

Os participantes também repudiaram o

fato de o governo continuar priorizando o

pagamento dos juros da dívida externa e

interna; o alto preço da energia elétrica

explorada pelo capital privado; e a reforma

da Previdência que retira direitos dos

trabalhadores.

Consulta envolveu57% dos municípios

O plebiscito da Vale mobilizou cerca de 104.592voluntários e foi realizado em 3.157 municípios, o quecorresponde a 57% do total de municípios brasileiros. Oobjetivo foi instigar o diálogo com a população e des-pertar o sentimento de que ela pode e deve manifestar-se, interferindo nas questões importantes para o país.

Tal experiência foi realizada em 2000, quando opovo, 6 milhões de votantes, se mostrou contra o paga-mento da dívida externa; e em 2002, quando 98% dosvotos de mais de 10 milhões de participantes foramcontra a assinatura do governo brasileiro integrar a Áreade Livre Comércio das Américas (Alca).

O coordenador do Núcleo Piratininga de Comuni-cação (NPC), Vito Giannotti, uma das organizaçõesparticipantes do plebiscito pela anulação do leilão daVale, assimcomo MST, Conlutas, Intersindical, CUT,UNE, explica que a questão dos números deste plebiscito– menor do que os anteriores – reflete a atual conjun-tura de divisão das forças da esquerda diante do governoLula, mas não desmerece seu resultado e as perspectivascolocadas. “Não houve uma unidade como nos outrosplebiscitos, até por conta da conjuntura já num segun-do mandato do governo Lula. O resultado mostra quetemos que caminhar muito para vencer a batalha ideo-lógica contra o neoliberalismo. Demos um passo, poisreabrimos a discussão e construímos uma frente contrao leilão e a questão da privatização. Conseguimos ata-car o coração do projeto neoliberal, que é a privatizaçãodas empresas estatais. Esse foi um primeiro degrau paraconseguirmos conscientizar a população que é necessá-rio termos outro projeto popular para o Brasil”, afir-mou Vito.

Plebiscito oficialPlebiscito oficialPlebiscito oficialPlebiscito oficialPlebiscito oficialO plebiscito fez com que as pessoas se informassem

sobre tudo isso e também retomou essa discussão entreos políticos. Uma urna foi colocada no Plenário daCâmara dos Deputados para colher os votos dos parla-mentares e funcionários da Casa. Na última quinta-feira, dia 4, segundo informações da Agência Brasil deFato, o deputado federal, Ivan Valente (PSOL-SP), apre-sentou um projeto de decreto legislativo que propõe arealização de um plebiscito oficial para recolher a opi-nião da população, favorável ou contrária, sobre a reto-mada do controle acionário da Companhia Vale do RioDoce pelo Estado brasileiro.

No entanto, para que o projeto seja votado e aprova-do na Câmara, o povo terá que pressionar muito osdeputados que elegeu para representá-lo, pois tanto ogoverno quanto a oposição de direita são contra reabriro debate sobre a privatização da CVRD.

O que exigem asentidades

As entidades exigem a anulação doleilão da Vale, um projeto nacional dedesenvolvimento com políticas alterna-tivas sem ingerência do FMI, um novomodelo energético para o Brasil quecontemple a participação da populaçãoe uma reforma da Previdência que in-corpore a rede de proteção social pre-vista na Constituição.

NAS RUAS. Manifestantes diante do escritório central da Vale do RioDoce, no Centro do Rio. A campanha pela anulação do leilão mobilizouentidades em todo o país

Foto: Niko Júnior