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07/02/2015 Conheça cinco mulheres que não querem ter filhos – sem lugar a arrependimentos | iOnline http://www.ionline.pt/artigos/portugal/childfree-quando-nao-ter-filhos-uma-opcao-sem-lugar-ao-arrependimento/pag/-1 1/5 PUB // Portugal Conheça cinco mulheres que não querem ter filhos – sem lugar a arrependimentos 4 Tweet 1 3 Em Portugal, 8% dos adultos em idade fértil não querem ter filhos, mas o estigma social não lhes dá descanso. O i falou com cinco mulheres que já tomaram a decisão há alguns anos. E não se arrependeram Não querer ter filhos é já uma opção admitida por muitas mulheres em Portugal. Apesar de não se poder comparar com países como a Holanda (onde o chamado “childfree definitivo” chega aos 18%), a verdade é que o número de pessoas que não têm nem pretendem vir a ter filhos está a aumentar – eram 8% dos portugueses em idade fértil em 2013, segundo dados recolhidos pelo INE e pela Pordata. O i falou com algumas mulheres que não vêem – ou não viram – na maternidade uma prioridade das suas vidas. E que não se sentem diferentes das mulheres que optaram por ter filhos, numa altura em que o fenómeno “childfree” – o termo engloba pessoas que não têm nem pretendem vir a ter filhos – está em movimento ascendente um pouco por todo o mundo. Rita Valadão tem 35 anos e há cerca de 20 percebeu que para ela não fazia sentido ter filhos. Adoptar, sim. Mas pôr crianças no mundo? “Acho que para ter filhos biológicos é preciso ter um espírito algo egoísta”, afirmou ao i. “Porque as pessoas têm mais filhos para salvar o vazio, para não se sentirem sozinhas... parece um bocado inconsciente.” Para a técnica de estudos de mercados, no entanto, não está fora de questão adoptar uma criança. Aliás, esse foi sempre o seu desejo. “Não me lembro de, em miúda, ter brincadeiras muito maternais. Brincava às professoras, aos escritórios, às cabeleireiras. Nunca fui uma mulher muito maternal, apesar de achar que ia ter filhos. Mas creio que tinha 16 anos quando vi uma reportagem na televisão sobre meninas que eram abandonadas em orfanatos na China só porque tinham nascido meninas. Lembrome de pensar que queria adoptar uma menina chinesa quando quisesse ser mãe.” O clique do relógio biológico nunca chegou, mas nos planos de Rita ainda está adoptar uma criança, o que significa que se inseriria mais no grupo dos que apoiam a “gravidezfree”: “Casais ou pessoas com possibilidade de serem pais que optam por não ter filhos biológicos mas adoptam uma criança”, explica ao i o sociólogo João Moura. “Optar por não ter filhos não significa não gostar de crianças, ou não ter instinto maternal”, continua o especialista. “É uma escolha voluntária e consciente”, que acaba por ser suportada pela própria evolução da sociedade. Susy Matos tem 41 anos e explica que a vontade de não ser mãe se foi adensado “pelas situações em si, pelo rumo da vida”, e começou “a não ter vontade”. “O trabalho, os horários, o estilo de vida que temos não ajuda”, diz. “Não me sinto numa fase em Por Margarida Vaqueiro Lopes publicado em 7 Fev 2015 11:00 Share 193 Like Share 07 Fev 2015 INICIAR SESSÃO REGISTAR SUBSCREVER NEWSLETTER FOTOGALERIA TV INFOGRAFIAS PASSATEMPOS IYOU LOJA Pesquisar no i HOJE PORTUGAL MUNDO DINHEIRO MAIS DESPORTO SURF RUNNING TECNOLOGIA VIAGENS SUPLEMENTO LIV

Conheça cinco mulheres que não querem ter filhos – sem lugar … · 2018-04-30 · 07/02/2015 Conheça cinco mulheres que não querem ter ... contrário do que muita gente pensa

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07/02/2015 Conheça cinco mulheres que não querem ter filhos – sem lugar a arrependimentos | iOnline

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Conheça cincomulheres que nãoquerem ter filhos –sem lugar aarrependimentos

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Em Portugal, 8% dos adultos em idade fértil não querem ter filhos, mas o estigmasocial não lhes dá descanso. O i falou com cinco mulheres que já tomaram adecisão há alguns anos.  E não se arrependeram Não querer ter filhos é já uma opção admitida por muitas mulheres em Portugal. Apesarde não se poder comparar com países como a Holanda (onde o chamado “childfreedefinitivo” chega aos 18%), a verdade é que o número de pessoas que não têm nempretendem vir a ter filhos está a aumentar – eram 8% dos portugueses em idade fértilem 2013, segundo dados recolhidos pelo INE e pela Pordata. O i falou com algumasmulheres que não vêem – ou não viram – na maternidade uma prioridade das suasvidas. E que não se sentem diferentes das mulheres que optaram por ter filhos, numaaltura em que o fenómeno “childfree” – o termo engloba pessoas que não têm nempretendem vir a ter filhos – está em movimento ascendente um pouco por todo omundo. Rita Valadão tem 35 anos e há cerca de 20 percebeu que para ela não fazia sentido terfilhos. Adoptar, sim. Mas pôr crianças no mundo? “Acho que para ter filhos biológicos épreciso ter um espírito algo egoísta”, afirmou ao i. “Porque as pessoas têm mais filhospara salvar o vazio, para não se sentirem sozinhas... parece um bocado inconsciente.”Para a técnica de estudos de mercados, no entanto, não está fora de questão adoptaruma criança. Aliás, esse foi sempre o seu desejo. “Não me lembro de, em miúda, terbrincadeiras muito maternais. Brincava às professoras, aos escritórios, às cabeleireiras.Nunca fui uma mulher muito maternal, apesar de achar que ia ter filhos. Mas creio quetinha 16 anos quando vi uma reportagem na televisão sobre meninas que eramabandonadas em orfanatos na China só porque tinham nascido meninas. Lembromede pensar que queria adoptar uma menina chinesa quando quisesse ser mãe.” O clique do relógio biológico nunca chegou, mas nos planos de Rita ainda está adoptaruma criança, o que significa que se inseriria mais no grupo dos que apoiam a“gravidezfree”: “Casais ou pessoas com possibilidade de serem pais que optam por nãoter filhos biológicos mas adoptam uma criança”, explica ao i o sociólogo João Moura.“Optar por não ter filhos não significa não gostar de crianças, ou não ter instintomaternal”, continua o especialista. “É uma escolha voluntária e consciente”, que acabapor ser suportada pela própria evolução da sociedade. 

 Susy Matos tem 41 anos e explica que a vontade de não ser mãe se foi adensado“pelas situações em si, pelo rumo da vida”, e começou “a não ter vontade”. “O trabalho,os horários, o estilo de vida que temos não ajuda”, diz. “Não me sinto numa fase em

Por Margarida Vaqueiro Lopespublicado em 7 Fev 2015  11:00

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que me vejo com um filho. E isso tem vindo tornarse mais marcado com o passar doanos”, acrescenta. João Moura nota que a evolução, até “em termos médicos, o conhecimentoaprofundado do ciclo de reprodução da mulher, dos métodos anticontraceptivos ou daesterilização”, têm de ser tidos em conta quando se pensa nas mulheres que vãosentido esta vontade de não ter filhos. “Também o facto de haver uma menornecessidade de uma estrutura familiar de suporte na velhice”, uma vez que o Estadosocial acabou por assumir esse papel, influenciam a forma de pensar das geraçõesmais recentes. “E não se pode deixar de falar na redefinição do papel social dos filhosno seio da família: antes um filho era considerado mãodeobra, portanto quanto maisfilhos se tivesse melhor. Além de que aumentava a rede apoio na velhice.” João Mourarealça ainda a “redefinição do papel da mulher na sociedade e a crescente participaçãoactiva da mulher no mercado de trabalho” como um dos pontos que acabam por levar aque muitas mulheres ou casais não ponham os filhos no topo das prioridades. Biologia ou ideologia? Para a demógrafa Maria João Valente Rosa, “o debate sobre anatalidade é essencialmente ideológico”. E nota que o urbanismo parece ser o principalresponsável por este novo paradigma da fecundidade – não ter filhos ou ter menosfilhos. “As expectativas de sucesso do projecto de parentalidade são cada vez maisarticuladas com outras dimensões da vida que o mundo urbano também abre, como acultura, o trabalho ou profissão, o divertimento ou lazer”, nota ainda a directora daPordata ao i. “A efectiva conciliação de tempos entre família e filhos e os restantesprojectos de vida é um assunto mal resolvido na sociedade portuguesa, em que apartilha das responsabilidades domésticas e familiares penaliza especialmente asmulheres e se agrava quando estas se tornam mães”, acrescenta. Suzy Matos dizacreditar que “nós, mulheres, devemos, biologicamente, ter filhos. Eu sinto um certovazio, fazme falta qualquer coisa, mas não sei se é um filho”, refere a esteticista. “Setivesse um filho só por isso depois não saberia bem como me sentiria.” 

 Maria Gomes (nome fictício) tem 40 anos e nunca quis ter filhos. Assume publicamentea sua decisão, mas pediu ao i que preservasse a sua identidade, não pelo tema, maspela sua própria individualidade.“Se estivesse a falar sobre bifanas pediria o mesmo”,diz entre gargalhadas. E explica que apesar de nunca ter querido ser mãe não faz dissouma causa. “Não tenho nenhuma causa, não sou militante, não sou da brigadaantifilhos. Não me sinto superior por não os ter, mas não me sinto, decididamente,inferior.” Maria trabalha cerca de 16 horas por dia, e admite que a profissão possa terinfluenciado o facto de não ter tido – nem ter vontade de ter – filhos. Não marcou no tempo “o momento” em que percebeu que não queria ter filhos.“Comigo as coisas vão acontecendo. Vou fazendo coisas e elas vão acontecendo. Nãosei se isso diz algo sobre mim”, diz a sorrir. “Nunca fui muito maternal ou muitoconvencional e tradicionalista”, acrescenta. Apesar de ter estudado num colégio católicoe de ter nascido numa “família tradicionalista”, nunca pensou que quisesse casar nemsonhou ter 20 filhos. “Nunca fui de ver bebés ou de delirar com bebés. Mas adoro depaixão os meus sobrinhos e os filhos dos meus amigos próximos”, sublinha. O psicoterapeuta Nuno Cristiano de Sousa explicou ao i que “há crianças que desdecedo, pelo desejo de agradar aos familiares, adoptam como seus os valores que narealidade são dos adultos. Por exemplo, o desejo de ser como a mãe e criar umafamília nos moldes que observou em casa”. Rita Valadão conta ao i que a mãe, porexemplo, “quase chorava de pena por” ela“não querer ter filhos”. “Mas eu nunca penseimuito nisso”, garante. Nuno Cristiano de Sousa nota que, por outro lado, “outras crianças podem sentirse tãopressionadas pelos valores que lhes tentam incutir que rejeitam à partida aceitar essapassagem de testemunho. Como forma de se sentirem livres dessas pressões, excluemde todo a possibilidade de cumprir esses valores”. Mas a família e a educação nãodeterminam tudo, afirma ainda o especialista. “A escolha de não ter filhos pode ser umapreferência genuína da mulher por se sentir realizada com projectos de vida de outranatureza. Diria que esta é a situação mais saudável porque não é reactiva a factoresexternos da personalidade e será consonante com um desejo interior da mulher”,explica. Teresa Amaro tem 57 anos e também nunca quis ter filhos. “Se tivesse que mearrepender julgo que já me teria arrependido”, conta esta professora de Biologia que, aocontrário do que muita gente pensa sobre as pessoas que optam por não ter filhos,também gosta de crianças. “Não de todas”, admite. “O estatuto de criança nunca me fezimediatamente sentir empatia com algumas delas. E ter filhos nunca foi para mim umarejeição das crianças. Até porque os filhos só são crianças durante algum tempo. Nãoassocio a ideia de ter filhos às crianças. Penso num compromisso para toda a vida. Aidade infantil é sempre transitória.” Acredita que encontrou a plenitude, o sentimento de“mulher completa” de que tantas mulheres gostam de falar, noutras coisas. “Tenhotantas outras ‘plenitudes’ que, na verdade, desconhecendo essa, se acaso assim for,não me sinto nada diminuída. 

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07/02/2015 Conheça cinco mulheres que não querem ter filhos – sem lugar a arrependimentos | iOnline

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 Também, por género, nunca poderia conhecer a ‘plenitude’ de ser pai”, brinca. Aopinião é partilhada por Maria Gomes. “Não tenho inveja nenhuma” das pessoas quetêm filhos. “E não sinto que estou a perder alguma coisa. Nunca senti”, garante. Depoisde dois namoros longos – de quase uma década cada um – acredita também – “apesarde nunca ter pensado muito sobre isso” – que não foi por falta de oportunidade que nãolhe surgiu a vontade de ter filhos. “Não sei se foi a vida que foi me ocupando com outrascoisas, mas acho que nunca tive essa vontade expressa. Não foi uma questão denunca ter tido hipótese.” Joana Gaspar tem 35 anos e acredita que “quando investimos numa área da vida, aoutra poderá ficar comprometida”, mas que se pode “ser simultaneamente boa mãe eboa profissional”, ainda que seja um equilíbrio difícil. No entanto, não foi a carreira quea fez não querer ser mãe. “Fuime apercebendo de que para mim ter filhos não era uma prioridade, nem sequerum objectivo de vida. A opção começou a ser mais evidente a partir do momento emque os amigos começaram a casar e a ter filhos, o que de certa forma nos fazquestionar as nossas próprias decisões”, admite. Não acredita na “ideia enraizada deque todos devem casar e ter filhos como prérequisito da felicidade”, e garante que nãose sente “diminuída por não ser mãe, nem menos mulher por esse motivo”. Manter o que se tem Maria Gomes é taxativa ao afirmar que quer “ter um life style quegostava de manter”. Embora não fosse a razão primordial para não se sentir atraídapela maternidade – “sinceramente nunca pensei nisso” –, sabe que é um pensamentorecorrente em quem, tendo optado pela maternidade, olha para quem não tem filhos.“Na minha idade, o que eu quero é companheirismo. É poder ir passarinesperadamente um fimdesemana fora com o meu marido”, reitera Suzy Matos, comum sorriso. “Nunca vou saber o que é sentir amor por um filho ou de um filho. Masacredito que tenho outras coisas que me compensam”, sublinha. Nuno Cristiano de Sousa concorda e reitera que “actualmente, entre os vários direitosque têm sido conquistados na sociedade, existe o direito a viver com prazer. Aspessoas têm mais áreas em que se podem sentir realizadas e portanto o conceito defamília tradicional já não tem o mesmo peso que tinha. Viajar, desenvolver hobbies,investir nas amizades, são projectos que ganham relevância na vida dos adultos, eportanto o sentimento de realização pessoal já não está tão dependente de se terfilhos”. Mas as pressões sociais são, ainda assim, elevadas para as mulheres que assumemnão ver na maternidade um modo de vida. “Se houver alguém que pense que éegoísmo, não me interessa minimamente”, argumenta Maria Gomes. Joana Gasparconcorda e refere que “cada um tem direito à sua opinião” e que não a “incomoda”quem pensa de forma diferente.

Suzy Matos diz que inevitavelmente quando está entre amigas com filhos ouve a típicafrase: “Tu não sabes porque não tens filhos.” Mas, diz, “é verdade, não sei”. No entanto,garante que não se incomoda com isso. E que apesar de não poder dizer que “nunca”se vai arrepender, a verdade é que acredita que não. “Estamos, eu e o meu marido,muito tranquilos com a nossa decisão”, assegura.

 Já Teresa Amaro nota, divertida: “Se tivesse de me arrepender, julgo que já me teriaarrependido. Nem penso vir a arrependerme. Ser uma ‘boa’ filha preocupame muitomais”, brinca. Maria Gomes sublinha que esta decisão comporta invariavelmente consequências. Sese arrepender “amargamente” sabe que “na altura foi em consciência” que optou poresse caminho. Uma opinião partilhada por Joana Gonçalves:“Neste momento a opção éconsciente. Não nego que poderei arrependerme, mas o mesmo pode acontecer comoutra qualquer decisão”, remata. João Moura nota que as pessoas que optam por não ter filhos são “constantementequestionados pela decisão”, o que pode levar a alguma sentimento de isolamento”. “Astradições sociais portuguesas, como as profundas raízes religiosas, são as principaisresponsáveis pelos estigmas”, nota ainda o sociólogo. Muitos ainda acreditam que “opapel mais importante da vida de uma pessoa é ser pai, pelo contributo que decorrepara a continuidade e desenvolvimento da humanidade”. E porque o “ideal de família –apesar de vivermos num contexto em que o mesmo está profundamente reconfigurado– ainda está muito enraizado”. Fruto da evolução social, questão ideológica ou simples decisão dos casais, a verdadeé que assumir a decisão de não ter filhos é cada vez menos tabu um pouco por todo omundo – nos EUA há vários movimentos que apoiam o chamado movimento childfree,

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