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Aula 00 Conhecimentos Gerais p/ MAPA (todos os cargos) - com videoaulas Professor: Rodrigo Barreto 00000000000 - DEMO

Conhecimentos Gerais

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    Conhecimentos Gerais p/ MAPA (todos os cargos) - com videoaulas

    Professor: Rodrigo Barreto

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    AULA 0 0

    SUMRI O PGI NA0. Apresentao 2 1. Entendendo a cr ise econm ica e seus impactos no Brasil e no m undo.

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    2. Blocos econmicos 24 2.1. Mercosul 30 2.2. Nafta 32 2.3. Unio Europeia 35 3. Organism os e grupos internacionais 38 3.1. Fundo Monetrio I nternacional (FMI ) 39 3.2. ONU 41 3.3. Banco I nternacional para Reconst ruo e Desenvolvim ento (BI RD)

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    3.4. Organizao Mundial do Com rcio (OMC) 48 3.5. BRI CS 51 3.6. Unio de Naes Sul-Am ericanas (Unasul) 54 3.7. G-8 56 3.8. G-20 57 4. Questes com entadas 60 5. Lista de Questes 94 6. Gabarito 115

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    Apresentao

    Ol pessoal, preparados para essa jornada? com im ensa sat isfao que dam os incio ao nosso curso de Atualidades para MAPA - Ministrio da Agricultura . Antes de com earm os com o contedo de fato, gostar ia de m e apresentar brevem ente, falar um pouco sobre com o se dar a dinm ica do nosso curso e sobre o que penso sobre concursos.

    Meu nom e Rodrigo Barreto, sou bacharel em Cincias Sociais pela Universidade Federal Flum inense e atualm ente sou servidor efet ivo do Senado Federal na rea de Processo Legislat ivo, atuando na Coordenao de Redao Legislat iva. Alm disso, sou professor presencial em alguns cursos de Braslia e online aqui no Est ratgia Concursos, onde leciono as m atrias Atualidades, Sociologia, Cincias Polt icas, Polt icas Sociais, Estudos Sociais, Realidade Brasileira e Histr ia. Tenho ainda art igos publicados em revistas de Cincias Sociais no Brasil e tam bm no exterior.

    Mas, talvez, o fato que m ais m e habilite a lecionar para vocs que eu tam bm sou concurseiro. Por si s, isso no o suficiente para tornar algum especialista em um a m atria, m as, certam ente, ajuda, e muito, a que se tenha conhecimento das dificuldades e dos sacrifcios que so feitos para se obter um a aprovao em um concurso pblico. Eu sei que no fcil, pessoal! E m inha m isso aqui tornar a vida de voc m enos dificultosa em m inha disciplina.

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    O professor de Atualidades deve entender que o curso precisa ser preparado de form a cirrgica , ou seja, obrigao do

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    professor entender o que as bancas querem do candidato, em bora em alguns casos isso se torne quase im possvel. Para tal, necessrio que se faa um a pesquisa das questes passadas, para que possam os prever o que cair. Faremos questes de concursos anter iores por essa razo. Alis, pode at parecer paradoxal, m as algumas questes ant igas poderiam cair t ranquilamente em uma prova de Atualidades desse ano, pois alguns tpicos se mant iveram atuais sobretudo questes que se relacionam m ais a com preenso do que ao sim ples conhecim ento de que um fato aconteceu. Out ro detalhe que vocs notaro em meu material que eu t rago questes de diversas bancas. Por que no t rabalhar apenas com a banca especfica? Acontece que nossa m atria m uito dinm ica, o que faz com que algum as questes fiquem datadas, e, assim , no tenham os m aterial para t rabalhar. Diante dessa escassez, recorro a questes que eu julgue interessantes para a aprendizagem e desenvolvim ento do contedo. Ento, no nosso curso especificam ente, se voc for fazer um concurso cuja banca X, no se acanhe em fazer questo da banca Y. Eu sei que o t ipo ideal de preparao apenas fazer questes da banca responsvel pelo certam e, m as em Atualidades especificam ente o m todo de fazer questes diversas vem se m ost rando eficiente.

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    O professor de Atualidades deve, ainda, entender que os editais so abertos e abrangentes dem ais, por isso deve ele form ular um contedo bastante didt ico, capaz de atender no aos seus prprios anseios, m as sim s necessidades dos alunos. Um a das m aiores vantagens de um curso em PDF que o professor tem a possibilidade de direcionar a aula especificam ente para um concurso.

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    Dito isso, pessoal, gostaria de dizer com o ser nosso curso: o nosso curso ser pautado em inform aes claras, objet ivas e contextualizadas, visando nica e exclusivamente a que vocs sejam capazes de gabaritar as questes da prova esse afinal o objet ivo de vocs. Verem os os pontos m ais relevantes sobre os assuntos apontados pelo edital. Farem os um esforo para serm os precisos, pois caso cont rr io seriam necessrias infinitas aulas. Ao fim das aulas, farem os questes de concursos anteriores.

    Costum a-se dizer que a disciplina Atualidades d um cheque em branco para as bancas, pois costum eiro que estas cobrem assuntos im previsveis. Todavia, esta um a verdade parcial, visto que possvel que abordem os, se no todas, a m aior parte dos tem as que constaro no certam e. E isso no se d por out ra coisa que no seja a ateno com dois aspectos cruciais de nossa disciplina: a contextualizao e a factualizao.

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    O prim eiro consiste em que tenham os um a viso am pla das questes atuais, ou seja, importa que sejam abordados desde vinculaes histr icas a aspectos crt icos da polt ica e da sociedade. Por essa razo, no vou m e furtar de aprofundar os assuntos para alm da sim ples reproduo de not cias. Se fosse apenas para vocs lerem o que est nos jornais, no haveria necessidade de aquisio deste curso. No h com o com preender a atualidade sem o devido entendimento das razes histr icas, polt icas, sociais e econm icas que do contexto a um fato. Por essa razo, nosso curso cheio de idas e vindas no tem po, de apresentaes de conceitos, de t ratam ento histrico, polt ico, sociolgico e econm ico. I sso tudo

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    para que no fim voc sim plesm ente m arque o X no lugar correto. por causa da despreocupao em relao contextualizao que questes so perdidas no raras vezes. As bancas gostam de cobrar os antecedentes e tam bm as perspect ivas de uma situao.

    O segundo se t rata de apresentar os fatos m ais relevantes. Aqueles que t iveram divulgao e abordagem veiculadas em grande m edida pela im prensa. Para que no percam os tem po com fatos que no tm chances de cair, feita uma filt ragem, a fim de que sejam abordados som ente os que realm ente apresentam im portncia para fins de concursos pblicos. Nem todo fato relevante relevante para concurso. Nem todo fato relevante para ns, individualmente, importante para toda a sociedade e, consequentem ente, para a prova. S possvel com preender um fato somando-se o acontecim ento ao contexto.

    Nesse sent ido, nosso curso ser a conjugao desses dois fatores, de m odo que o fato s se faz com preensvel em sua totalidade quando inserido dent ro do contexto. Portanto, no se preocupem nos m om entos em que fao com entrios histr icos, polt icos, econm icos ou sociolgicos, toda essa abordagem necessria para sua compreenso. Quanto m ais voc entender um a situao, m ais fcil ser na hora de voc fazer a prova. Muito com um que alunos estudem apenas por revistas, jornais e st ios de not cias o que tem se most rado problemt ico, justamente pela falta de sistem at izao e de contextualizao das not cias e dos conhecim entos apresentados. Alguns pontos eu t rabalharei apenas por m eio de questes, quando achar que assim suficiente.

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    Gostaria ainda de passar para vocs um pouco da m inha experincia como professor e com o concurseiro. Nesses anos de concurso pblico aprendi que um a preparao depende basicam ente de t rs fatores fundam entais: Foco, Estratgia e Disciplina .

    Foco: voc precisa saber o que quer, escolha um concurso e se dedique a ele. De nada adianta voc tentar em um a m esm a tacada um concurso para polcia, out ro para t r ibunal, out ro para banco, out ro para o Legislat ivo e assim por diante. Lam ento informar que dificilmente voc ser aprovado em algum deles. Foque em um concurso ou em um perfil de concurso. Focar em perfil significa estudar para concursos que tenham um a est rutura de cobrana sem elhante. Por exem plo, posso estudar para Fiscal em geral e faz concursos da Receita, I SS e I CMS. Ou ento estudar para Polcia e fazer Polcia Civil e Federal. Assim por diante.

    Definido o foco, o concurso alm ejado, necessrio m ontar uma estratgia para se at ingir o alvo. Uma est ratgia com preende desde a escolha do m aterial a ser ut ilizado (sim plesm ente por estar lendo esta aula inicial, percebe-se que voc j deu o pr im eiro passo da m elhor form a possvel, no m elhor lugar que poderia encont rar um m aterial de qualidade) , at o planejam ento m inucioso dos estudos, envolvendo m etas e tem po a ser dedicado a cada disciplina. Seja m etdico! Concurso pblico um a cincia! No ache que voc estar perdendo seu precioso tem po de estudo planejando. Na realidade, voc estar poupando seu tem po futuro, j que o bom planejam ento evita o desperdcio de tem po.

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    No perca tempo com coisas que no tm chances de cair. No se aprofunde dem ais em um s tpico ou em um a s disciplina, esquecendo o restante. Veja o que quero dizer: voc tem que se aprofundar na m edida exata da cobrana. Vale pena voc saber tudo sobre Cont role de Const itucionalidade se seu concurso no tem t radio de cobrar tal tem t ica aprofundadam ente? Vale pena voc ser o m aior histor iador do m undo acerca da questo Palest ina , se sua banca s quer os acontecim entos relevantes? No, pessoal. Portanto, seja objet ivo. Estude o que vai cair . Com o? Estude sua banca, faa questes, veja o que tem cado m ais e esteja em contato com professores, pois a diferena que ns nos especializamos em uma ou em algumas matrias e, portanto, sabem os o que m ais cobrado nelas.

    Nesse tem po de aula vi m uito aluno bom no ser aprovado por ter perdido tem po dem ais estudando o que no tem possibilidades de cair. Aprenda a andar com suas prprias pernas: no se esquea de que estamos aqui para ajudar, mas voc quem deve correr at rs! E tenha m uita hum ildade: jam ais subest im e seus colegas (concorrentes) e seus professores. No ache que sabe m ais do que os out ros: queira sem pre aprender com todas as situaes que surgirem no cam inho que vocs escolheram t r ilhar. Aprender inclusive com erros, prprios ou de terceiros, tam bm fundam ental.

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    Definidos o foco e a est ratgia, a hora m ais difcil, a tal da disciplina . H um a im ensido de pessoas querendo um a vaga em algum cargo pblico, isto fato. No entanto, para chegar aonde poucos chegam , necessrio fazer o que poucos fazem . Faa um

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    horrio de estudos realista e cum pra-o. Ser cansat ivo, desgastante e tortuoso, m as tam bm ser grat ificante e recompensador. Tenha prazer nos estudos, faa com alegria, sem a tal da sndrom e da hiena Hardy: Oh Vida, Oh Cus! . Lembre-se que quando voc resolveu fazer um concurso, o com prom isso assum ido foi com voc m esm o, ento cum pra este com prom isso que, com certeza, os louros da vitr ia sero colhidos.

    Nas horas difceis lem bre-se do que o m ot ivou a estudar. Estabilidade? Rem unerao? Qualidade de vida? Sonhos? Ajudar a fam lia? Status? Com prar um carro? Casa prpria? Dar um futuro m elhor aos filhos? Sinceram ente, a m im no me importa. Mas im porta m uito a voc. Pois, sabendo o que te faz querer lutar, o que te faz fazer sacrifcios, que voc poder superar as adversidades, as lim itaes e o cansao. No fcil, am igos, m as m uito possvel. Se eu pude, vocs podem .

    Agora que vocs j esto cientes de qual ser a at itude daqui para frente, vejam os o cronograma do nosso curso.

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    CRONOGRAMA

    Aula 0 0

    ( 3 1 / 0 1 / 2 0 1 4 ) Panoram a internacional I

    Aula 0 1

    ( 0 7 / 0 2 / 2 0 1 4 ) Panoram a internacional I I

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    Aula 0 2

    ( 1 4 / 0 2 / 2 0 1 4 ) Panoram a internacional I I I

    Aula 0 3

    ( 2 1 / 0 2 / 2 0 1 4 ) Desenvolvim ento sustentvel, ecologia e m eio am biente

    Aula 0 4

    ( 2 8 / 0 2 / 2 0 1 4 ) Panoram a nacional

    Aula 5

    ( 0 8 / 0 3 / 2 0 1 4 ) Sim ulado

    Dito isto, vam os ao que interessa!

    1 . Entendendo a cr ise econm ica e seus im pactos no Brasil e no m undo.

    Pessoal, gostar ia de com ear o nosso curso falando um pouco sobre a cr ise m undial iniciada em 2008. O tem a cr ise financeira tem sido bastante cobrado por todas as bancas e com a de vocs poder no ser diferente. Em bora o incio da cr ise tenha sido em 2008, ela ainda faz parte do nosso panoram a polt ico-econm ico e por isso im portante em nosso curso. Os efeitos dessa cr ise ainda so sent idos por todo o m undo. Sem m ais delongas, vam os a ela e a seus desdobram entos. Farem os um panoram a geral e depois os pontos especficos.

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    Em 15 de setembro de 2008, a quebra do banco am ericano Lehm an Brothers m arcou o incio daquela que foi a m aior cr ise financeira desde a Grande Depresso de 1929. Com a recusa inicial

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    do Banco Cent ral dos Estados Unidos em ajudar em presas, atendendo a um paradigm a liberal, e a quebra de diversas inst ituies financeiras o tem or se espalhou pelo mundo. Diante desse cenrio, os bancos pararam de em prestar dinheiro e as econom ias globalizadas ent raram em recesso.

    Na Europa, a situao de Portugal, I tlia, I r landa, Grcia e Espanha, que form am o cham ado PI I GS, foi desast rosa e tais pases t iveram de ser socorr idos. Desem prego, problem as com m oradia, falta de invest im entos sociais, acmulo de dvidas, problemas polt icos, dficit oramentrio tornavam o cenrio ainda m ais catast rfico. Benefcios sociais foram sendo cortados, o que causou revolta nas populaes desses pases. Diversas m anifestaes populares ocorreram , destacando-se as gregas e espanholas. A Europa de m odo geral fora afetada.

    Em 2011, os Estados Unidos t iveram sua nota de crdito rebaixada, o que levou os norte-am ericanos a injetarem bilhes de dlares na econom ia e reduziram a taxa de juros a zero, na tentat iva de reverter esse quadro. Na realidade, os EUA realizaram invest imentos e resgates ainda em 2008, a fim de evitar a falncia geral do sistem a, de m aneira que essa interveno brusca no m ercado representou um a m udana de paradigm as. Atualm ente, a econom ia norte-americana tem dado sinais de recuperao e a zona do euro saiu oficialm ente da recesso.

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    O Brasil, por sua vez, no sofreu tanto quando os PI I GS, vivendo um a recesso tcnica em 2009, m as logo se recuperou e chegou a se tornar o queridinho da vez para o m ercado e para

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    im prensa internacional. Lem bram -se daquela foto do Cristo Redentor voando (Brazil takes off) na The Econom ist? Todavia, a realidade j no to prom issora, os invest idores tm se afastado e o pas cresce m enos. Analistas apontam um cenrio com plicado, com m enos invest im entos e crescim ento. Mesm o a im prensa internacional no d o mesmo destaque ao Brasil nem m esm o o v com o olhar ot im ista de antes.

    Em 2010, nosso pas chegou a ter um crescim ento de 7,5% , m as em 2012 a coisa desandou e o crescim ento foi de apenas 0,9% , dando sinais que a econom ia brasileira no estava m ais to quente. O cenrio j no era o m elhor para o Brasil. Devem os lem brar que a China, ainda que esteja crescendo, o faz em r itmo desacelerado e os juros norte-am ericanos de m odo geral subiram , o que dificulta as relaes com erciais brasileiras. Com problem as sociais e de infraest rutura, invest idores tm deixado ou evitado o pas. A situao de Eike Bat ista e do Grupo X dem onst ra bem essa m udana de cenrio.

    Feita essa brevssim a apresentao, vejamos um cronogram a dos fatos m ais im portantes da cr ise, para depois aprofundarm os a discusso. No necessrio que vocs o decorem , m as por m eio dele vocs podero visualizar o desenrolar dos fatos e depois, com a devida explicao, ter a com preenso deles. Entender a cr ise nos ajuda bastante a entender o m undo hoje.

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    x Em 2007, com eavam a aparecer os sinais da cr ise em razo da negociao com clientes subprim e nos Estados Unidos. Os bancos com erciais ofertavam crditos a clientes com risco de

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    endividam ento e inadim plncia. Aconteceu que os clientes desse grupo dem onst raram no ter condies de arcar com suas dvidas e, poster iorm ente, houve o estouro da bolha im obilir ia. A cr ise se deu com a inadimplncia do grupo subprim e, a retom ada dos im veis vendidos e a consequente oferta maior que a demanda, fazendo com que os preos despencassem e as inst ituies financeiras t ivessem grande prejuzo. O grupo subprim e apontando como origem da cr ise.

    x As empresas financeiras, ao negociarem com clientes subprim e, colocavam juros m ais altos para eles e as prprias casas negociadas com o garant ias. Com o esses clientes no pagavam , j que no possuam condies, perdiam o im vel adquir ido e as parcelas pagas. Houve cr ise de dvida e de oferta m uito m aior que a dem anda. Em presas financeiras acum ularam prejuzo. Todo o sistem a financeiro vir ia a ser afetado.

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    x No incio, o problem a era rest r ito aos EUA. Todavia, invest idores de vrios pases haviam invest ido nos EUA. Bancos com erciais, de invest im entos, securit izadoras e fundos de penso estavam envolvidos no processo. Com o calote generalizado dos cliente subprim e, todo o sistema financeiro global ficou prejudicado (efeito dom in) , tornando a cr ise um fenm eno global em 2008. A quebra do banco Lehm an Brothers, aps 158 anos de existncia, um sm bolo da cr ise. Muitos out ros bancos, de todo o m undo, quebraram , out ros tantos foram salvos com invest im entos governam entais. Tam bm houve fuses bancrias.

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    x Diversos bancos no m undo inteiro quebram . Nessa situao, os governos, inclusive o norte-americano, se veem obrigados a intervir para evitar a falncia dessas inst ituies e a piora do cenrio. Os seis pr incipais bancos cent rais do m undo anunciam um a m edida coordenada com a injeo de bilhes de dlares no m ercado financeiro para evitar a falta de liquidez ( falta de dinheiro em circulao) . x Em 2009, o Brasil ent ra no not icir io internacional com o um

    em ergente com boas condies de retorno para invest idores. Revistas com o Newsweek e The Economist destacam o pas. No m esm o ano, o Brasil torna-se credor do Fundo Monetrio I nternacional (FMI ) . O governo adota m edidas de aquecimento da econom ia com o reduo ou iseno de im postos, por exem plo o I PI sobre carros, elet rodomst icos, m veis e m ateriais de const ruo. H aum ento do consum o pela populao brasileira. x H estudiosos, com o Marcelo Neri, que entendem que a

    pr im eira dcada do sculo XXI representou no Brasil a dcada da incluso social, j que m ilhes de brasileiros ter iam deixado a classe pobre (D e E) ascendendo para a classe m dia (C) . Essa ent rada de brasileiros gerou a chamada nova classe m dia . x A ent rada desses brasileiros na nova classe mdia ter ia se

    dado principalm ente em razo de program as sociais de t ransferncia direta, com o o Bolsa Fam lia. Alm disso, o bom m om ento econm ico, a expanso do crdito, o est m ulo ao consum o e bom ndice de em pregos fom entaram tal situao.

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    x A crise afetou o Brasil, m as o governo brasileiro adotou m edidas de incent ivo ao consum o e de expanso de crdito

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    que surt iram bons efeitos, evitando que a cr ise fosse m ais violenta aqui. x Em 2010, na Europa, a situao da Grcia piora. Com o

    desem prego e o corte de benefcios sociais, a populao grega sai s ruas. Diversas manifestaes ocorrem. Uma greve geral convocada e o FMI e a Unio Europeia (UE) decidem ajudar com um em prst imo inicial de 110 bilhes de euros. No m esm o ano a UE aprova um a ajuda de 750 bilhes para a zona do euro. x Em 2011, diante da cr ise instaurada, ocorre um a onda de

    m anifestaes cham ada de Occupy Wall St reet , no cent ro financeiro de Nova York. As manifestaes se espalham pelo mundo. x Em 2012, a Grcia d o m aior calote de sua histr ia, mas

    consegue renegociar suas dvidas com os credores do setor pr ivado, que no t inham m elhor opo e aceitam perder parte dos invest im entos. Em m eio a protestos, o pas aprova um a srie de m edidas cont ra a cr ise, incluindo aum ento de im postos e corte de salr ios, penses e empregos. Os gregos conseguem um novo pacote de emprst imos. Na Espanha a cr ise se agrava e os problem as de desem prego e m oradia se tornam ainda m ais intensos. A Espanha tam bm recorre a em prst im os.

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    x Em 2012, na Espanha, mais de 500 fam lias foram despejadas de suas casas por dia, porque no conseguiam pagar o aluguel ou as prestaes de financiam ento imobilir io. Na ocasio, o governo espanhol decidiu congelar por dois anos os despejos de proprietr ios endividados.

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    x Na zona do euro, que form ada por pases que usem o euro como moeda, o desemprego bate recorde. A Espanha e a Grcia so os pases m ais afetados. Para conseguirem em pregos, alguns cidados europeus passam a m ent ir em seus currculos. A ironia? Para parecerem m enos qualificados. x Em 2013, a cr ise chega ao Chipre. Um acordo no pas fecha

    bancos e confisca depsitos acim a de cem m il euros. Nos Estados Unidos, em recuperao, o desem prego o m enor desde o incio da cr ise. Na Grcia o desem prego at inge novo recorde. Sobre o Brasil, cresce a percepo negat iva internacional. Grandes m anifestaes ocorrem em junho e o cenrio j no m ais de perspect ivas posit ivas, diante de baixo crescim ento econm ico, problem as infraest ruturais e sociais. As m anifestaes brasileiras t iveram com o estopim o problem a do t ransporte pblico, m as no se circunscreveram a ele.

    Bom , m eus am igos e am igas, agora vocs j tm em m os um arsenal de inform aes im portantes para que possam os enfrentar boa parte das questes de prova. Ento vam os t rabalhar o entendim ento desses fatos, ok!? Devem os sem pre ter em m ente que as questes de Atualidades t rabalham com fatos e com com preenso deles. Vam os que vam os...

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    Em 2008, os Estados Unidos at ravessaram um a forte cr ise que teve or igem no m ercado im obilir io do pas. Essa cr ise do m ercado im obilir io, por sua vez, gerou uma crise no sistem a de crditos norte-americanos e essa, em uma espcie de efeito dom in, at ingiu

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    o sistem a de crditos m undial e o mercado financeiro de maneira global. Percebam , portanto, que toda a econom ia integrada. Alis, no se esqueam de que vivem os em um a poca de globalizao.

    O m ercado imobilir io norte-americano vivenciou um a grande expanso no incio dos anos 2000, baseada em um a polt ica de juros baixos, o que fez com que a dem anda por im veis aum entasse consideravelm ente. Em 2005, o m ercado im obilir io norte-am ericano havia se expandido de sobrem aneira, j que com prar um a casa a juros baixos havia se tornado um grande negcio. Tudo parecia cam inhar m uito bem e o m ercado estava lucrando m uito com os im veis nos EUA. Todavia, a clientela prime era finita e, diante de seu esgotam ento, os bancos passaram a negociar com os subprim e. Foi a que a coisa realm ente saiu dos eixos.

    Os subprim e, que so clientes sem vnculo em pregat cio, sem comprovante de renda e at com histrico ruim de pagamento, recorreram a essas hipotecas a fim de conseguirem financiam ento para aquisio de im veis. Acontece que as em presas financeiras venderiam para essa clientela m ediante alienao fiducir ia, ou seja, em caso de no pagam ento, os im veis seriam tom ados, as parcelas no seriam devolvidas e o im vel novam ente negociado.

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    Acontece que em prst im os subprim e so considerados em prst im os de alto r isco, visto que a possibilidade de inadim plncia m aior. Vejam que doideira: com o so clientes ruins, as inst ituies financeiras cobraram juros m ais altos justam ente desses clientes (que t inham m enor poder de pagam ento) e

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    colocariam como garant ia a prpria casa com prada, a alienao fiducir ia de que falam os. Adivinhem o que ir ia acontecer? Assim , por exem plo, se nosso am igo subprim e, Hardy, com prasse um a casa, ele pagaria juros m aiores por ela, justam ente por ser subprim e, e, em caso de no pagam ento e sendo a casa sua prpria garant ia, ele a perderia, alm de no ter devolvidas as parcelas j pagas. Eu t falando pra vocs que se o cara m ais pobre ele pagaria m ais juros. Entendam dessa forma que j t bom !

    I m aginem que Hardy tenha comprado um imvel. Ele, um cliente subprim e, conseguira um em prst imo com juros mais altos do que o normal, aplicado aos clientes prime. Acontece que toda a galera subprim e pensou com o nosso am igo Hardy e, em consequncia dos juros e da falta de condies para pagar, as casas adquir idas foram retom adas pelos vendedores, que agora t inham muitas casas para vender e pouca gente para comprar. A ent ra a fam osa lei de oferta e procura! Dvidas sem condies de pagam entos foram geradas e m uitos im veis retom ados. Com o havia m uitos imveis disponveis, o preo deles despencou, as dvidas apareceram , clientes com baixo poder aquisit ivo se endividaram e o bom invest im ento no se confirm ou. As em presas no conseguiam m ais vender seus im veis nem conseguiam que as dvidas fossem pagas.

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    Essa situao fez com que os juros gerais passassem a subir progressivam ente e, com isso, os subprim es no conseguiam pagar os im veis que haviam com prado nem os em prst im os que haviam tom ado. Com o se no bastasse, os juros altos afastavam possveis

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    novos com pradores e a bolha imobilir ia estourava, diante da inadim plncia e da oferta de im veis m aior que a dem anda! ! !

    Os Estados Unidos passaram a sofrer com o seguinte cenrio: aumento da inadimplncia, medo de novos calotes (o que impedia novos em prst im os e dim inua a credibilidade) , desacelerao da economia, m enor liquidez (dinheiro disponvel no m ercado financeiro) , queda nas compras e, consequentem ente, nos lucros e, para finalizar o pandem nio, aum ento do desem prego. Foi um a verdadeira bola de nove! Prim eiro os bancos com ercias foram afetados, depois os de invest im ento. Houve um prejuzo incalculvel! A coisa ficou to crt ica que se considera que essa foi a pior cr ise enfrentada pelos norte-am ericanos desde a quebra da bolsa de Nova I orque em 1929.

    Em 2009, a cr ise financeira iniciada nos Estados Unidos j havia se alast rado, e a econom ia m undial se encont rava em um a crise generalizada, at ingindo as principais econom ias do planeta. Num m undo globalizado, tem -se a dinm ica do efeito borboleta . O que ocorre em um ponto do globo im plica autom at icam ente consequncias no resto do m undo.

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    Para resum ir: a cr ise financeira basicam ente se iniciou com os bancos negociando com clientes subprim e, que posteriorm ente demonst rariam no ter condies de pagar. Essa situao levou falncia de im portantes bancos, com o, por exem plo, o Lehm an Brothers caso este o m ais em blem t ico. Em um m undo globalizado, se a economia da m aior potncia econm ica at ingida,

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    no demora m uito para a economia do resto do m undo seja at ingida tam bm . Out ra questo que esse m ercado pouco regulado nos Estados Unidos, o que fez com que as em presas financeiras negociassem da form a que quisessem , sem fiscalizao governam ental, ou seja, longe de regras que no fossem as ditadas pelo m ercado. Em um prim eiro momento, o FED (Banco Cent ral dos EUA) no quis socorrer os bancos, argum entando que eles deveriam arcar com as consequncias de sua m polt ica. Todavia, a coisa ficaria to cat ica que teve de haver interveno no m ercado, instalando-se o neokeynesianism o econmico.

    Assim evidenciou-se a necessidade de que houvesse interveno governam ental, por m ais que essa prt ica parecesse no fazer parte da polt ica dos pases neoliberais, com o os Estados Unidos; por essa razo tal cr ise considerada um a cr ise que m odificou o paradigm a econm ico. Se antes os EUA no interfer iam no m ercado, agora eles o far iam a fim de evitar a falncia do sistem a. O problem a que quando os governos passam a invest ir em em presas (para que essas no quebrassem e, dessa m aneira, no piorassem a cr ise) os gastos pblicos so elevados consideravelm ente. Com a elevao dos gastos pblicos, aum enta-se o dficit pblico, pois a econom ia m undial at ravessava um a crise e os pases param de invest ir uns nos out ros. O aum ento dos gastos pblicos considerado, por parte de econom istas e governantes, um problem a em cenrios de cr ise econm ica.

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    Out ra situao interessante foi que houve injeo de dlares pr im eiram ente em alguns bancos, a fim de que eles repassassem

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    para o restante do sistem a. Mas o que esses bancos fizeram ? Seguraram a grana e se tornaram grandes dem ais para quebrar. Os bancos socorr idos no se preocuparam com o resto do sistema, m as to som ente em se salvaguardar.

    claro que a Europa no ficaria de fora da cr ise. Pases com o a Espanha, Grcia, I r landa, I tlia, Portugal (que form am o cham ado PI I GS) , ent re out ros, sofreram gravemente os efeitos da cr ise m undial. Esses pases se encont ram em um a situao na qual houve um endividam ento descont rolado e, a fim de pagar as dvidas, pegaram volum osos em prst im os em diversas inst ituies financeiras. Com a cr ise e a consequente dim inuio da liquidez no m ercado, alm do aum ento dos juros, esses pases no foram capazes de pagar os em prst im os que haviam cont rados.

    Essa situao levou a exigncias de que, para que conseguissem novos em prst im os, seria necessria a adoo de medidas de austeridade fiscal. I sso significava dim inuir os gastos pblicos, cortando benefcios sociais e postos de t rabalho no setor pblico, alm de aum entar a arrecadao at ravs do aum ento e cr iao de im postos. claro que a populao no assist ir ia a esse cenrio de form a com pletam ente passiva. Essas m edidas de austeridade geraram revoltas, nas populaes desses pases, o que se deu em m anifestaes, protestos e greves. A prem i alem, Angela Merkel, foi a grande defensora de m edidas de austeridade para os pases endividados. Enquanto os EUA adotavam uma postura neokeynesiana, a Europa de modo geral adotava o neoliberalismo.

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    Gostaria de destacar um importante ponto: na cr ise norte-americana, a quebra dos bancos somada incapacidade dos devedores em pagarem suas dvidas foi o cent ro do problem a. Agora a incapacidade dos pases europeus em pagar as dvidas que cont raram (e as consequncias da adoo de m edidas de austeridade) que passaram a ser o cerne da questo. por essa razo que a cr ise europeia tam bm cham ada de cr ise da dvida.

    Assim , pessoal, a cr ise europeia est, pr incipalmente, nas alt ssim as dvidas que foram cont radas e na incapacidade de geri-las. A relao ent re o Produto I nterno Bruto e as dvidas cont radas gera um coeficiente reduzido, ou seja, as r iquezas geradas por esses pases no so capazes de por fim ao dficit .

    Em out ras palavras, os pases europeus endividados no so capazes de gerar supervit e essa situao faz com que os invest idores parem de invest ir nesses pases ou m esm o t ransfiram recursos para pases que eles entendam momentaneamente m ais seguros. Mas fiquem atentos, pois esta no a nica razo. Podem os, por exem plo, apontar os nveis de corrupo, m uito evidenciados na I tlia, e a incapacidade gerencial e infraest rutural, com o na Grcia.

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    Um a questo que tem sido bastante cobrada de com o esse cenrio de cr ise tem im pactado o Brasil. Prim eiram ente, devem os ter em m ente que as exportaes ent re o Brasil e os Estados Unidos j no so to significat ivas ao ponto de um a crise norte-am ericana significar de im ediato um a crise brasileira. Contudo, o problem a que m esm o que a relao direta ent re Estados Unidos e Brasil j

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    no seja um a relao de tanta dependncia, boa parte do restante dos pases para os quais o Brasil exporta depende dos Estados Unidos.

    Vejam que no estou dizendo que um a crise nos Estados Unidos no im pacta o Brasil nem estou dizendo que o Brasil no m antenha im portante relao com ercial com os Estados Unidos. Claro que im pacta e claro que m antm ! Mas com o o Brasil tem out ros acordos com erciais im portantes, esse im pacto atualm ente m enor do que seria h 20 ou 30 anos. Atualm ente a China vem a ser nosso grande parceiro com ercial. Mas, afinal, o Brasil foi ou no foi im pactado pela cr ise m undial? Sim , ele foi im pactado, porm esse im pacto no foi suficientem ente forte para nos levar a um cenrio to ruim quanto o dos PI I GS.

    No Brasil, o m ercado im obilir io no era to fluido quanto o norte-am ericano. As condies de venda e com pra de im veis no Brasil so m ais r gidas, mais reguladas e m ais burocrt icas do que aquelas que perm it iram a cr ise nos Estados Unidos. Essa situao foi certo obstculo para que t ivssem os um a crise igual cr ise norte-am ericana por aqui. Out ra circunstncia que abrandou os efeitos da cr ise m undial no Brasil foi que o governo brasileiro adotou uma srie de medidas para manter a econom ia aquecida (como, por exem plo, a reduo do I PI sobre diversos produtos) . Alm disso, o Brasil faz parte de um grupo de pases em ergentes que encont raram na lt im a dcada boas condies de crescim ento econmico e recebera m uitos invest im entos externos.

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    Com m edidas de est m ulo econm ico o governo brasileiro pretendeu evitar que a cr ise mundial chegasse at ns, pois se objet ivava aquecer a econom ia por m eio da elevao do consum o. Mas e a, pessoal, podem os dizer que a cr ise m undial no chegou ao Brasil? No, isso no pode ser afirm ado. No dessa m aneira. O que ns podem os afirm ar que a regulam entao e a burocracia para venda e com pra de im veis som adas s m edidas de aquecim ento da econom ia (aumento do consumo interno) adotadas pelo governo, apoiada em crescim ento econmico de anos anteriores, com a ent rada de m ilhes de brasileiros na nova classe mdia e a expanso de crdito conseguiram dim inuir a fora da cr ise m undial aqui, ou seja, reduziram o im pacto.

    No se esqueam daquela situao que eu m encionei anter iorm ente... qual m esm o, professor? . . . aquela situao de que em bora o Brasil no seja m ais to dependente dos Estados Unidos, boa parte do mundo o . Com a economia globalizada, vrios pases do m undo foram diretam ente afetados e, nessas circunstncias, as exportaes brasileiras dim inuram em dois sent idos: dim inuio das exportaes para os Estados Unidos e dim inuio das exportaes para pases afetados m ais intensam ente pela cr ise. Vejam bem , m ais um a vez, no estou dizendo que o Brasil no tenha um a im portante relao com ercial com os Estados Unidos o que est sendo colocado que essa relao j no m ais um a relao de forte dependncia com o havia anteriorm ente.

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    Alis, fiquem sabendo que a China se consolidou com a pr incipal parceira com ercial do Brasil. J em 2012, a China fechou o ano com o principal or igem das im portaes e dest ino das

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    exportaes brasileiras e vem se m antendo nessa situao desde ento. Segundo dados do Ministr io do Desenvolvim ento, I ndst r ia e Com rcio Exterior, as im portaes provenientes do pas asit ico responderam por 15,3% de todas as com pras externas feitas em 2012 pelo Brasil.

    Em 2013 o cenrio no se m ost rou dos m elhores para a econom ia brasileira com certa recesso e oscilao, o que vem acarretando cautela no m ercado. A indst r ia tam bm vem tendo com portam ento irregular, de m aneira que, m esm o quando h m elhora nos ndices, essa no se d significat ivam ente. De form a geral, o discurso de econom istas parece pessim ista para 2014, o que certam ente no ajuda na retom ada do crescim ento. A alta da inflao vivenciada durante 2013, bem com o a alta do dlar, no fizeram bem econom ia brasileira, afastando invest im entos.

    2 . Globalizao e Blocos econm icos

    Pessoal, antes de falarm os sobre os blocos de m aneira especfica gostaria de contextualizar m elhor essa histr ia e, para com eo de conversa, falem os um pouco sobre essa tal globalizao.

    profrodrigobarreto@gmail.comwww.estrategiaconcursos.com.br24de115

    A ideia m ais bsica de globalizao a que diz que a globalizao se t rata de um fenm eno que se d em escala m undial. Assim , a globalizao um fenm eno de integrao polt ica, econm ica, cultural e social em escala m undial. Um a boa definio para a globalizao a que a t rata com o o aum ento das t rocas em nvel m undial. Out ro conceito fundam ental o que a entende com o

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    um fenmeno que dim inuiu a distncia relat iva por causa do desenvolvim ento das tecnologias de t ransporte e de inform ao.

    O termo globalizao surgiu basicamente aps a Guerra Fria, ainda que ela no seja um fenm eno recente, e sugere, alm da integrao, a unificao do m undo no capitalism o. Dessa form a, podem os dizer que globalizao um processo no qual ocorre um aumento considervel da t roca polt ica, social, cultural e econm ica por todo o m undo.

    profrodrigobarreto@gmail.comwww.estrategiaconcursos.com.br25de115

    Segundo Cast ro, a globalizao est longe de ser um a consequncia m ecnica do desenvolvim ento econm ico ou das novas tecnologias; ela o resultado de um a polt ica, im plem entada por governos nacionais e inst ituies internacionais, m ediante inst rum entos m uito especficos, tais com o abertura dos m ercados de capitais, bens e servios, a desregulam entao do m ercado de t rabalho e a elim inao de qualquer obstculo legal ou burocrt ico livre empresa e, sobretudo, aos invest idores internacionais. A globalizao visa, portanto, a cr iar as condies de dom inao das grandes corporaes e fundos de invest im ento, que confrontam as em presas nacionais num a concorrncia m uito desigual em m ercados abertos. O m ercado globalizado de capitais tende a reduzir a autonom ia econm ica dos governos nacionais, elim inando a possibilidade de m anipular as taxas de cm bio, as taxas de juros ou de recorrer a financiam entos oramentrios deficitr ios. Esse part icularm ente visvel no Brasil, cuja polt ica econmica est fortem ente condicionada pelas regras da globalizao neoliberal. Tudo isso perm ite afirm ar que a globalizao antes de m ais nada

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    um m ito legit im ador da hegem onia do capital financeiro, predom inantem ente especulat ivo .

    O processo de globalizao foi fom entado durante o sculo XX, por novas tecnologias, principalmente nas telecom unicaes e na inform t ica e pelo aperfeioam ento dos m eios de t ransporte. Essa situao possibilitou que o m undo se tornasse cada vez m ais inter ligado e, consequentem ente, globalizado. Nesse sent ido, se diz que as distncias foram reduzidas. Estam os conectados de um ponto a vrios out ros, de m odo que a inform ao e m esm o os bens fsicos t rafegam com velocidade. Hoje a informao, as pessoas e as m ercadorias chegam a qualquer lugar do m undo de m aneira cada vez m ais gil.

    Out ra caracterst ica im portante da globalizao que esta dispensa a ocupao terr itor ial, pois ela se d, no pela ocupao fsica perm anente, m as pela ent rada de m ercadorias, servios, capitais, inform aes e pelo fluxo de pessoas. A ut ilizao da internet tam bm faz com que essa caracterst ica se acentue.

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    Desde o incio dos anos 1990, com o fim da Guerra Fria e a solidificao da globalizao, ampliou-se a tendncia m undial de regionalizao por m eio dos blocos econm icos. Dessa form a, a globalizao e a regionalizao no so fenm enos excludentes ou antagnicos, m as sim fenm enos com uns e com plem entares. Vejam que o que parece antagnico no o . Com a globalizao em curso, os pases perceberam que era necessrio integrar-se regionalm ente a fim de cr iar condies m ais favorveis de negociao frente aos dem ais pases e blocos. Out ro aspecto dos blocos a necessidade

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    da integrao de m ercados de consumo, tornando a circulao de m ercadorias m ais intensa.

    Assim , podemos dist inguir a regionalizao da globalizao no sent ido de que o pr im eiro fenm eno est m ais associado s est ratgias de polt ica geoeconm ica e economia, sendo resultado de acordos ent re os Estados que objet ivam se fortalecer econom icam ente, protegendo seus interesses perante out ros pases. O segundo fenm eno m ais abrangente, envolvendo tam bm cultura e inform ao.

    Na regionalizao, os pases abrem m o de parcela de sua soberania a fim de obter vantagens econm icas e polt icas alis, a Cincia Polt ica vem apontando que tanto a regionalizao quanto a globalizao colocam em xeque o conceito de soberania. Dessa m aneira, alguns autores colocam que quanto m aior for o bloco, maior ser a perda de soberania, pois m aiores concesses os pases tero de fazer para que seja possvel firm ar um acordo. No podem os esquecer que a lgica da regionalizao est diretam ente relacionada com a possibilidade de, ao se integrar as econom ias, aum entar os m ercados consum idores e, consequentem ente, o lucro.

    profrodrigobarreto@gmail.comwww.estrategiaconcursos.com.br27de115

    Outro aspecto da regionalizao que com o fortalecim ento da globalizao - que gera fluxo livre de m ercadorias, inform aes, servios, pessoas e capitais houve a necessidade de que os pases cr iassem alguns m ecanism os para dim inuir as barreiras que a diviso do m undo em Estados nacionais gerava. Em out ras palavras, anteriorm ente globalizao, o mundo era basicam ente dividido em Estados Nacionais. Nessa configurao, as barreiras para a

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    globalizao eram m uito m ais evidentes. Para diluir tais barreiras, os Estados passaram a se organizar cada vez m ais em blocos. Organizando-se em blocos tais barreiras so dim inudas regionalm ente e aum enta-se a possibilidade de circulao de m ercadorias, alm de fortalecer econom icam ente os pases que dos blocos part icipam perante as dem ais econom ias m undiais.

    Segundo Moreira e Sene, os pases part icipantes de blocos econmicos tm buscado acordos regionais para facilitar o fluxo de capitais, servios e, sobretudo, de m ercadorias. A livre circulao de pessoas tem ficado em segundo plano. A liberalizao no feita de form a hom ognea. Dependendo do grau de integrao, possvel definir quat ro t ipos de blocos econm icos: rea de livre com rcio, unio aduaneira, m ercado com um e unio econm ica e m onetria .

    Vejam os ento as caracterst icas m ais im portantes de cada um a dessas espcies de blocos.

    Na rea de livre com rcio os pases firm am acordos a fim de reduzir gradualm ente suas tar ifas alfandegrias ou aduaneiras, ou seja, os pases firm am acordos buscando dim inuir as tar ifas cobradas sobre os produtos im portados quando estes at ravessam as fronteiras. Assim , na rea de livre com rcio as m ercadorias que circulam ent re os pases m em bros deixam de pagar im postos. Nas reas de livre com rcio h ainda a livre circulao de servios.

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    Na unio aduaneira , alm de no serem cobrados im postos no com rcio ent re os pases m em bros, com o ocorre na rea de livre comrcio, h ainda uma tarefa externa comum para mercadorias

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    que tenham origem em pases que no fazem parte do bloco. Dessa maneira, na unio aduaneira uma mercadoria que venha de um pas no m em bro ir pagar as m esm as taxas para adent rar em qualquer pas m em bro. Por essa razo, se diz que h na unio aduaneira um a tentat iva de tornar a polt ica externa m ais coesa, na m edida em que se aplica a m esm a Tarifa Externa Com um (TEC) .

    O Mercosul pode ser considerado uma espcie de unio aduaneira; contudo, tal bloco, tem sido classificado com o unio aduaneira incom pleta (ou im perfeita) , pois nele ainda circulam produtos com tar ifas dist intas ent re os pases.

    Muitos alunos acreditam que o Mercado Com um do Sul (MERCOSUL) classificado com o m ercado com um , m as na verdade t rata-se de um a unio aduaneira ( im perfeita ou incom pleta) .

    J no m ercado com um , alm da livre circulao de m ercadorias com a respect iva im plem entao de uma tarifa externa com um , ocorre ainda a livre circulao de pessoas, servios e capitais. Dessa m aneira, se diz que no mercado comum no h barreiras para o fluxo de pessoas, servios, m ercadorias ou capitais.

    profrodrigobarreto@gmail.comwww.estrategiaconcursos.com.br29de115

    Na unio econm ica e m onetria ocorre a acumulao de todas as caracterst icas citadas nas espcies anteriores de blocos. A diferena que na unio econm ica e monetria h ainda a ut ilizao de uma moeda nica e a padronizao das polt icas m acroeconm icas, com o gastos pblicos, taxas de juros e taxas de

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    cm bio. Essa a espcie m ais abrangente de integrao. Nela ainda se procura um a polt ica externa hom ognea, com program as de defesa iguais.

    Agora, pessoal, verem os separadam ente os pr incipais blocos econmicos.

    2 .1 . Mercosul

    O Mercado Com um do Sul, que um a unio aduaneira im perfeita, um bloco econmico regional cujos m em bros so o Brasil, a Argent ina, o Uruguai, o Paraguai e a VENEZUELA. Destaco que, desde 31 de julho de 2012, a Venezuela passou a integrar o Mercosul isso vem sendo reiteradamente cobrado em provas de Atualidades. Um detalhe: as questes de concurso, em geral, no citam o term o im perfeita . Portanto, caso caia um a questo para vocs dizerem qual espcie de bloco o Mercosul, colocar que se t rata de um a unio aduaneira j suficiente.

    O Mercosul foi estabelecido em 1991, a part ir da assinatura do Tratado de Assuno, ent rando em vigor em 1 de abril de 1995. Contudo, as or igens desse bloco so um pouco anteriores, j que em 1985 houve a cham ada Declarao de I guau, na qual ocorreu a form alizao da cooperao econm ica e com ercial ent re o Brasil e a Argent ina.

    profrodrigobarreto@gmail.comwww.estrategiaconcursos.com.br30de115

    Professor, por que o nome Mercado Comum do Sul e no Unio Aduaneira do Sul? A razo m uito sim ples: pelo Tratado de Assuno, o objet ivo do bloco se tornar posteriormente um

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    mercado comum, embora ainda falte bastante para at ingir esse objet ivo, tendo em vista que os pases integrantes do bloco so m uito dist intos polt ica, econm ica e socialm ente.

    Out ro ponto que vocs devem ter em m ente que no Mercosul no h nenhum rgo supranacional cujas decises devero ser obedecidas pelos pases m em bros. I sso significa dizer que no Mercosul no h uma inst ituio com capacidade norm at iva-vinculante cujas norm as se im ponham aos pases m em bros.

    Mais um ponto que eu gostar ia de destacar em relao ao Mercosul, pois tem aparecido em provas, em relao ao protecionismo. O protecionism o ocorre quando um pas adota m edidas econm icas a fim de im pedir a ent rada de m ercadorias est rangeiras, protegendo, assim , a produo nacional. Nos lt im os anos, tanto o Brasil quanto a Argent ina tm se caracter izado pela adoo de m edidas protecionistas.

    Tem havido tenso ent re a Argent ina e o Brasil em razo da adoo de prt icas protecionistas de am bos os lados. Essas prt icas, com o eu assinalei, pretendem a defesa da produo nacional em det r imento da produo est rangeira. Claro que tais prt icas no se com pat ibilizam com a ideia de m ercado com um e elas tm sido cr it icadas por out ros pases, com o a China, que apontou o Brasil e a Argent ina com o os pases m ais protecionistas do m undo, e por organism os internacionais, com o a Organizao Mundial do Com rcio (OMC) .

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    Outra situao im portante a relao do Paraguai com o Mercosul. Desde a queda do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo a relao do Paraguai com o bloco ficou est rem ecida, pois os lderes desse bloco decidiram suspender tem porariam ente o Paraguai do bloco. Assim , o Paraguai ficar ia pela pr im eira vez em vinte anos de fora das reunies do bloco. Essa suspenso foi um a resposta ao processo de im peachm ent do presidente paraguaio, pois este processo foi considerado inconst itucional pelos lderes do Mercosul.

    Apesar disso, no houve sano econm ica ao Paraguai, que m esm o suspenso cont inuou gozando da Tarifa Externa Com um do bloco. Um detalhe im portante que o Paraguai no aceitava a ent rada da Venezuela ao bloco. Os ex-presidentes Fernando Lugo (Paraguai) e Hugo Chvez (Venezuela) no m ant inham boas relaes. Destaca-se que o Paraguai sofre problem as sociais graves, com quase m etade da populao sua populao considerada pobre ou abaixo da linha da pobreza. Este o pas sul-am ericano que m enos dim inuiu a pobreza neste sculo.

    2 .2 . Nafta

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    O Acordo de Livre Com rcio da Am rica do Norte ou Tratado Norte-americano de Livre Comrcio um bloco que envolve os Estados Unidos, o Canad e o Mxico, possuindo com o principal objet ivo a elim inao das barreiras comerciais ent re os pases m em bros, dent ro de um contexto de econom ia neoliberal, ou seja, na qual no deve haver interveno estatal e na qual o m ercado livre fom entaria a concorrncia. O Nafta classificado com o um a rea de livre com rcio.

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    Ocorre que no Nafta h um a gigantesca diferena ent re as economias, sobretudo ent re a dos Estados Unidos e a do Mxico. O prprio Canad, pas que possui econom ia forte e alta qualidade de vida, dependente econom icam ente dos Estados Unidos. Assim , a cr iao do Nafta solidificou ainda m ais a liderana norte-am ericana na regio e a liberdade com ercial favoreceu m ais as em presas dos Estados Unidos do que as dos dem ais pases.

    Out ra consequncia do Nafta que, com a adeso a esse bloco, tanto o Mxico quanto o Canad viram suas econom ias se tornarem ainda m ais ligadas dos Estados Unidos. Quando a econom ia norte-am ericana vai bem , as desses pases tam bm vo bem . Quando a econom ia norte-am ericana vai m al, as desses pases tam bm vo m al.

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    Pessoal, vocs podem estar se perguntando a razo do Mxico ter sido convidado a ent rar no bloco e a razo de ele ter aceitado. O principal m ot ivo para o Mxico ter sido convidado foi que esse pas possui um enorme mercado consum idor o que bom para a econom ia norte-am ericana. Dessa form a, tendo em vista a potencialidade de tal m ercado, Estados Unidos e Canad perceberam que com o Nafta as em presas desses pases ter iam um a enorm e possibilidade de aum entar suas vendas. Mas no apenas isso. O Mxico tam bm apresenta vantagens locacionais para as indst r ias desses pases, ou seja, por ele ter incent ivos fiscais, m o de obra barata, legislao t rabalhista e am biental frgil, ent re out ros fatores, EUA e Canad se veem at rados para instalarem em presas em solo m exicano.

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    J que estam os falando do Canad, abro um parntese para destacar que, no incio de 2013, o Canad foi eleito, pelo Frum Mundial, o 2 pas com m elhor r isco global ficando at rs apenas de Cingapura. I sso significa dizer que, segundo tal eleio, o Canad seria o 2 pas com m enor r isco para invest im entos em cenrios de cr ise.

    Voltem os ao Nafta. Um a preocupao norte-am ericana foi com a ent rada ilegal de im igrantes m exicanos nos Estados Unidos. A cr iao do Nafta possibilitou que em presas norte-am ericanas fossem instaladas no Mxico, cr iando novos postos de t rabalho e fazendo com os m exicanos se m ant ivessem m ais em seu pas. Essa situao tam bm fez com que essas m esm as em presas se ut ilizassem da m o de obra m ais barata no Mxico, dim inuindo os seus custos. claro que a im igrao ilegal est longe de ser solucionada, m as a instalao de em presas norte-americanas em terr itr io mexicano cam inha nesse sent ido, alm de se aproveitarem de mo de obra barata, im postos m enores e um am plo m ercado de consum o. Os EUA esto const ruindo um muro para tentar im pedir a ent rada ilegal de m exicanos, arm as, prost itutas e drogas.

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    A pretenso final dos Estados Unidos, com a cr iao do Nafta, expandir sua liderana econm ica, polt ica e cultural sobre os dem ais pases am ericanos. Nesse sent ido, props que o Chile se tornasse um m em bro do bloco o que ainda no ocorreu. Segundo alguns analistas, a ideia norte-americana de expanso do Nafta est associada ideia de im plem entao da ALCA, o que fortaleceria

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    ainda m ais os Estados Unidos na regio e perante o resto do m undo.

    2 .3 . Unio Europeia

    O Tratado de Maast r icht , assinado em 1992, foi um m arco histr ico do processo integracionista da Europa implementando um modelo de integrao polt ica e econm ica. Por meio desse t ratado, a ant iga Comunidade Europeia foi subst ituda pela atual Unio Europeia, que, por sua vez, const itui o bloco econm ico em estado m ais avanado no m undo. A Unio Europeia um a unio econm ica e m onetria.

    Atualm ente, a Unio Europeia conta com 27 pases membros alm dos que esto em processo de adeso (Crocia, Turquia e Macednia) . Com o alargam ento desse bloco, foi necessrio rever suas inst ituies. Nesse sent ido, foi assinado em 2007 o Tratado de Lisboa que tem com o um de seus principais objet ivos a m elhoraria do processo de tom ada de deciso dent ro da Unio Europeia, com um presidente possuindo mandato fixo, previso da possibilidade de um membro deixar de s- lo e ampliar as at r ibuies do Parlam ento Europeu, aumentando a part icipao democrt ica dos pases membros do bloco.

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    No posso deixar de destacar a adoo do euro enquanto m oeda nica o que nos rem ete ideia de unio m onetria. Segundo os term os do Tratado de Maast r icht , para que um pas m em bro da Unio Europeia adote o euro como moeda, necessrio que esse pas tenha, em tese, dent re out ras caracterst icas

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    econmicas, o equilbr io de suas despesas pblicas, o cont role inflacionrio e taxas de juros baixas, sobretudo as de longo prazo.

    Um detalhe im portante: no confundam Unio Europeia com zona do euro. A zona do euro aquela da qual fazem partes os pases da Unio Europeia que ut ilizam o euro como moeda. Ento, possvel um pas fazer parte da Unio Europeia e no pertencer a zona do euro. Esse o caso da I nglaterra e da Dinam arca.

    CuidadoparanoconfundiremUnioEuropeiaezonado Euro! A Unio Europeia contm a zona do euro,masnemtodosospasesdaUnioEuropeiaestonazona do euro. Significa dizer que s fazem parte dazona do euro os pases da Unio Europeia queadotaram o euro. A Inglaterra, por exemplo, noadotouoeuro.

    Para fins de concurso pblico, o que est sendo m ais cobrado atualm ente a cr ise sobre a qual falam os no com eo da aula. Para que revisem os e aprofundem os a questo, gostar ia de ressaltar alguns pontos.

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    A cr ise financeira na Europa teve incio basicam ente em razo de problem as fiscais e oram entrios, agravados com a cr ise norte-am ericana. Alguns pases, com o, por exem plo, Grcia e I r landa, gastaram m ais do que arrecadavam com os im postos o que gerou altos dficits pblicos. Vim os tam bm que esses pases cont raram m uitas dvidas. Apesar de o Tratado de Maast r icht estabelecer um

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    lim ite na relao ent re o endividam ento e o PIB, m uitos pases m em bros da Unio Europeia ult rapassaram essa porcentagem .

    No caso da Grcia, que o pior dos casos, a relao ent re endividamento e PI B chegou a quase o dobro do lim ite im posto pelo Tratado o que dem onst ra a m agnitude do deficit pblico grego. Nesse contexto, os invest idores pararam de invest ir , m uitas vezes t ransferindo seus invest im entos para out ros pases m ais seguros, nessas econom ias debilitadas. A Grcia permanece em situao desalentadora, o que fez com que alguns pases recomendassem ao FMI a reviso das polt icas im postas Grcia.

    Os primeiros sinais da cr ise que vir ia a se instalar, na verdade, apareceram em 2007, junto com os sinais de que a bolha do m ercado im obilir io norte-am ericano estouraria. Com a crise de 2008, os pases foram levados a invest ir bilhes nas economias mais afetadas o que, por sua vez, resultou no aprofundam ento do dficit pblico.

    Os cham ados PI I GS (Portugal, I r landa, I tlia, Grcia e Espanha) foram os pases m ais afetados nesse contexto, pois foram exatam ente os pases que m ais indisciplinadam ente gastaram , aum ento o dficit pblico. Esses pases, alm de possurem um a elevada relao dvida/ PI B, tm altos dficits oram entrios, em razo de suas est ruturas de gastos pblicos. Estou sendo repet it ivo nesse ponto, pois ele est aparecendo bastante nas provas. No nada com plexo, basta com preender o contexto.

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    Out ro ponto im portante que, em bora haja, na est rutura da Unio Europeia, o Banco Cent ral Europeu, no h um a inst ituio de fato capaz de regular a econom ia de todos os pases m em bros. Assim , houve m uita dem ora em se descobrir que os pases pr incipalm ente os PI I GS estavam passando por um m om ento de descont role das finanas pblicas. Mesmo os acordos que previam sanes para as naes que no conseguissem equilibrar suas dvidas no conseguiram se m ost rar eficientes para que esses pases cont rolassem seus gastos.

    Portanto, podem os afirm ar que a indisciplina fiscal e o descont role nas contas pblicas, principalmente nos PI I GS, levaram a Unio Europeia a um a situao de cr ise financeira sem precedentes no bloco. Soma-se a isso a descoberta de que os gregos m anipulavam os nm eros, o que aum entou a dem ora em se descobrir os altos nveis da dvida grega gerando a queda da confiana dos dem ais pases e dos invest idores internacionais. 3 . Organism os internacionais

    Pessoal, m uito com um em nossa disciplina que os professores com ecem seus cursos conversando sobre o perodo do ps-Guerra e da Conferncia de Bret ton-Woods. Esta conferncia ocorreu em 1944, pouco antes do fim da Segunda Guerra Mundial, e a pr incipal preocupao que nela se discut ia era o estabelecim ento de um a ordem m onetria internacional em um contexto que se evidenciava o fortalecim ento dos Estados Unidos com o a grande potncia m undial.

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    Em tal conferncia, foram criados o Fundo Monetrio I nternacional e o BI RD que seriam as bases do novo sistem a econm ico m undial e exatam ente sobre esses organism os que conversarem os agora.

    3 .1 . Fundo Monetrio I nternacional ( FMI )

    Voltando um pouco m ais no tem po, podem os dizer que a histr ia do FMI est relacionada com a Crise de 1929 (Quebra da Bolsa de Nova I orque) . Com tal cr ise, os pases passaram a adotar prt icas protecionistas, o que impedia o fluxo com ercial. Nesse contexto, o m ercado internacional encont rava-se com pletam ente desregulam entado, o que prejudicava as negociaes internacionais.

    O FMI surge em 1944 exatam ente para auxiliar o desenvolvim ento do com rcio m undial e evitar que as polt icas que resultaram na Crise de 1929, bem com o a adoo de m edidas protecionistas, cont inuassem sendo implementadas. Nesse sent ido, so objet ivos do FMI :

    x Prom over a estabilidade das taxas de cm bio.

    x Auxiliar financeiram ente os pases que se encont rem em dificuldade econm ica.

    x Prestar auxlio tcnico e t reinam ento aos pases

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    x Planejar e m onitorar as polt icas de reest ruturao econm ica e financeiras dos pases

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    x Prom over a cooperao m onetria internacional

    Em relao est rutura do FMI , tem -se a Assem bleia de Governadores do Fundo Monetrio I nternacional com o rgo de deliberao m xim a. Tal Assem bleia se form a por um representante e um suplente de cada pas m em bro. Esse representante costum a ser o Minist ro das Finanas, da Econom ia ou m esm o o Presidente do Banco Cent ral dos pases.

    Alm da Assem bleia de Governadores, h tam bm o Conselho da Adm inist rao que responsvel pela direo execut iva do FMI . Esse rgo com pe-se de 24 m em bros, sendo que oito pases possuem assento permanente no Conselho. So eles: Estados Unidos, Alem anha, Japo, China, Rssia, Arbia Saudita, Reino Unido e Frana. O restante dos pases escolhido em eleio. O Conselho da Adm inist rao subordina-se Assem bleia de Governadores, devendo reportar-se a ela anualm ente. H ainda rgos com o o Com it I nter ino e o Com it de Desenvolvim ento, que prestam assessoria Assem bleia de Governadores.

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    O FMI possui o cham ado Direito Especial de Saque (DES) , que visa concesso de ajuda financeira aos pases em dificuldade, evitando que cr ises em pases especficos se alast rem e contam inem o restante das economias. Cada pas tem direito a fazer um saque de acordo com s suas cont r ibuies para o FMI . Quando um pas efetua um saque superior ao que cont r ibui, ele paga juros o que o insere num a lgica de endividam ento cclico. Os pases que em vez de realizarem saques, em prestam para out ros com o o Brasil fez

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    para a Grcia - passam a ser rem unerados, a part ir do que se ganha com os juros pagos pelos pases endividados.

    Os pases m em bros do FMI fazem jus a um a cota que se baseia nos indicadores econm icos desses pases. Quanto mais um pas cont r ibuir com o FMI , m aior ser a sua cota e, dessa form a, m aior ser o peso do voto desses pases para as decises do FMI .

    Assim , podem os dizer que no FMI h um mecanismo duplo , na m edida em que alguns pases so rem unerados pelas suas cont r ibuies financeiras com recursos oriundos dos pagam entos de juros por out ros pases que m uitas vezes tm dificuldade em se recuperar econom icam ente. Portanto, o FMI tem servido para fortalecer econm ica e polit icam ente alguns pases, ao passo que enfraquece out ros. Tudo isso, claro, dent ro de um a lgica capitalista baseada nos preceitos do neoliberalismo.

    3 .2 . ONU

    A Organizao das Naes Unidas foi cr iada em 1945, logo aps o fim da Segunda Guerra, tendo com o objet ivo pr incipal assegurar a paz m undial por m eio da interm ediao das questes polt icas ent re os pases. A ONU se baseia no princpio de que pela cooperao m tua os pases podero alcanar a paz e o desenvolvim ento. So ainda objet ivos da ONU os seguintes:

    x Garant ir a proteo aos direitos hum anos

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    x Auxiliar na dim inuio da desigualdade social

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    x Prom over o desenvolvim ento social e econm ico das naes

    x Criar m ecanism os que garantam a just ia e observncia s norm as de Direito I nternacional.

    Atualm ente a ONU composta por 193 pases, que se renem para deliberar na Assem bleia Geral. A Assem bleia Geral um dos dois principais rgos, sendo o out ro o Conselho de Segurana. A Assem bleia Geral se d com a part icipao de todos os m em bros, conform e j assinalam os, e suas decises so tom adas a part ir do que decide essa m aioria, sendo de 2/ 3 o qurum para aprovao de decises.

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    J o Conselho de Segurana se d com a reunio de quinze m em bros, dez dos quais so rotat ivos e out ros cinco so perm anentes. Atualm ente, so m em bros permanentes do Conselho de Segurana os Estados Unidos, a Rssia, a Frana, a China e o Reino Unido. Ser m em bro perm anente d a cada um desses pases o poder de vetar as decises. Suponhamos, que, dos 15 membros do Conselho, 14 votem a favor de determ inada m edida e um vote cont ra. Se esse pas que votou cont ra for um dos m em bros perm anentes, a m edida no ser aprovada. Recentem ente, a proposta de interveno m ilitar na Sr ia no foi aprovada; pois, cont ra ela votaram a Rssia e a China.

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    Questoque vem sendo reiteradamente cobradaemprova a que questiona se o Brasil tem ou nopretensesde ingressarnoConselhodeSeguranadaONU.Arespostaafirmativa.OBrasilvisaasetornarmembro permanente de tal Conselho.Outros pasescomoJapo,ndiaeAlemanhatambmpleiteiamessaentrada.

    Muitos pases tm pleiteado a reform a inst itucional da ONU, argum entando que est rutura da ONU arcaica, pois basicam ente a mesma desde a sua cr iao, e que dent ro dessa est rutura h um a relao desigual ent re os pases. Ent re os pases que mais tem m ilitado nesse sent ido, encont ram-se Brasil, ndia, Japo e Alemanha. Esses pases tambm tm atuado na tentat iva de se tornarem m em bros perm anentes do Conselho de Segurana, ou seja, justam ente aqueles que possuem poder de veto.

    Dent ro da tentat iva desses pases em se tornar m em bros perm anentes nesse conselho, necessrio destacar dois pontos: o pr im eiro que em bora Japo e Alem anha estejam ent re as m aiores econom ias do m undo, no podem os esquecer que esses pases, durante a Segunda Guerra Mundial, faziam parte do Eixo, que foi derrotado, e no dos Aliados. O out ro ponto que h disputas regionais, de form a que alguns pases que se ope a ent rada de out ros. Por exemplo, o Paquisto se ope ferrenham ente ent rada da ndia, assim com o a China se ope ent rada do Japo.

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    Dentro da est rutura da ONU h ainda o cham ado Sistem a das Naes Unidas que congrega diversos organism os especializados,

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    dent re os quais se destacam a Organizao Mundial da Sade (OMS) , Organizao I nternacional do Trabalho (OI T) , Organizao para a Educao, a Cincia e a Cultura (UNESCO) e a Organizao das Naes Unidas para a Alim entao e Agricultura. Recentem ente, a Palest ina passou a integrar a Unesco de m aneira que esse rgo passa a ser o pr im eiro na est rutura da ONU integrado pela Palest ina.

    Em relao s sanes im postas pelo Conselho de Segurana da ONU ao I r, gostar ia de lem brar que, em 2010, houve um acordo ent re a Turquia e o I r, m ediado pelo Brasil. No caso em questo, o governo do I r concordou em enviar para a Turquia m ais de um a tonelada de urnio e em receber urnio enriquecido para ser ut ilizado em reatores solucionando um ant igo impasse na ONU. Essa part icipao do Brasil se enquadra justamente no direcionam ento das polt icas externas brasileiras de dar m aior destaque ao Brasil, com o na m isso de paz no Hait i.

    Apesar desse acordo, a ONU por meio de seu Conselho de Segurana sem aprovao do Brasil, que era o interm edir io da questo, decidiu adotar novas sanes cont ra o I r. O problem a do I r envolve no s a possibilidade de esse pas possuir arm as nucleares, m as tam bm o apoio que ele tem dado aos grupos fundam entalistas Ham as e Hezbollah. O I r tem se colocado abertam ente com o cont ra I srael, alm de ser com um ente acusado de desrespeitar os direitos hum anos.

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    Pessoal, para que fique bem claro: tanto o Hezbollah quanto o Ham as so grupos considerados fundam entalistas, com atuao

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    polt ica e param ilitar. O Hezbollah caracter iza-se por um a posio xiita, ou seja, um a posio islm ica- radical, com atuao no Lbano. Esse grupo com eou com o um pequeno part ido polt ico, m as ao longo do tem po foi se t ransform ando em um a m ilcia. Com a ajuda financeira prestada pelo I r e tam bm pela Sr ia, o Hezbollah cresceu consideravelm ente, aum entado seu poderio m ilitar e sua influncia na regio.

    J o Ham as um a organizao palest ina, que tam bm possui vertentes polt icas e m ilitares. O Ham as const itui o m ais im portante grupo islm ico palest ino que se notabilizou pela luta arm ada cont ra I srael. O objet ivo pr incipal desse grupo form ar um estado palest ino independente. Aqui quero ressaltar um ponto m uito im portante, pois a ONU, apesar das posies em cont rr io, elevou, em novem bro de 2012, a Palest ina condio de pas observador no m em bro.

    A Palestina tornou?se observador no membro naONU. Apesar dos protestos de Estados Unidos eIsrael, esse significou um passo em direo aoreconhecimento do Estado da Palestina. O BrasilapoiouaPalestinanaquelaquesto.

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    A Assem bleia Geral da ONU, decidindo de form a cont rr ia aos Estados Unidos e a I srael, concedeu Autoridade Nacional da Palest ina a condio de Estado observador no m em bro. Esse reconhecim ento no d Palest ina o direito ao voto, contudo aum enta as chances de integrarem a Palest ina em out ras organizaes ligadas ONU, alm de consist ir em um im portante

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    passo rum o ao reconhecim ento da Palest ina com o estado independente.

    A condio de pas observador no membro no d direito ao voto, com o dissem os, ficando aqum do reconhecim ento de um Estado pleno, m as representa um avano para os palest inos. Contudo, essa posio da Assem bleia Geral da ONU foi durante cr it icada por Estados Unidos e I srael.

    3 .3 . Banco I nternacional para Reconstruo e Desenvolvim ento ( BI RD)

    A Prim eira Guerra Mundial colocou fim ao crescim ento acelerado da qualidade de vida que acontecia nos 50 anos anteriores a sua ecloso. O fim do prim eiro grande conflito m undial deixou marcas nos pases envolvidos e os indcios de que a situao no estava resolvida, pairando no ar ainda o clim a de guerra. Esta vir ia a estourar alguns anos mais tarde e com intensidade ainda maior. A Segunda Guerra envolveu ainda mais pases e foi mais ainda m ais dest rut iva. Com o a m aior parte dos conflitos aconteceu em terr itr io europeu, este cont inente saiu com pletam ente arrasado aps o evento.

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    Com o fim da Segunda Guerra, novas m edidas foram tom adas para que im possibilitasse o surgimento de um novo conflito, o que poderia ser ainda pior diante da evoluo da capacidade de dest ruio dos arm am entos. Foram criadas inst ituies com o intuito de prom over a paz m undial e afastar as ocorrncias de guerras. Um a dessas inst ituies cr iadas, ainda em 1944, foi o

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    Banco I nternacional para Reconst ruo e Desenvolvim ento, (BI RD) . Este t inha com o objet ivo inicial auxiliar na reconst ruo dos pases europeus, os quais ficaram dest rudos econom icam ente e socialm ente. O BI RD captou recursos a fim de levantar um cont inente dest rudo pelas bom bas.

    Com o passar do tem po e com o sucesso na recuperao da Europa, o BI RD passou a assum ir funes m ais am plas. A inst ituio ligada Organizao das Naes Unidos (ONU)e junto a esta busca, em tese, prom over a qualidade de vida no m undo por m eio do desenvolvim ento econm ico.

    O BI RD concede em prst im os financeiros e assistncia para o desenvolvim ento para os pases que tenham antecedentes de crdito respeitveis. O dinheiro que em prestado pelo BI RD tem origem na venda de t tulos nos mercados internacionais de capital.

    Assim , o BI RD atua em prestando dinheiro a juros baixos ou m esm o sem juros aos pases, promove o intercambio de conhecim ento tcnico e investe em program as variados de recuperao do m eio-am biente.

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    Lembro que o BIRD foi cr iado com o acordo de Bret ton Woods de 1944. As conferncias de Bret ton Woods definiram o Sistem a Bret ton Woods de gerenciamento econmico internacional, estabeleceram as regras para as relaes com erciais e financeiras ent re os pases mais indust r ializados do m undo. O sistem a Bret ton Woods foi o pr im eiro exem plo, na histr ia m undial, de um a ordem

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    m onetria totalmente negociada, tendo com o objet ivo governar as relaes m onetrias ent re Naes-Estado independentes.

    3 .4 . Organizao Mundial do Com rcio ( OMC)

    O surgim ento da OMC foi um im portante m arco na ordem internacional que com eara a ser delineada ao fim da Segunda Guerra Mundial. Essa organizao surge a part ir dos preceitos estabelecidos pela Organizao I nternacional do Com rcio (OIC) , consolidados na Carta de Havana, e, um a vez que esta no foi levada adiante pela no aceitao do Congresso dos Estados Unidos, pr incipal econom ia do planeta.

    A Organizao Mundial do Com rcio (OMC) um foro m ult ilateral responsvel pela regulam entao do com rcio internacional. Seus diversos rgos se renem regularm ente para m onitorar a im plem entao dos acordos em vigor, bem com o a execuo da polt ica com ercial dos pases membros, a negociao do acesso de novos part icipantes e acom panhar as at ividades relacionadas com o processo de soluo de cont rovrsia.

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    A part icipao do Brasil na Segunda Guerra, ao lado dos Aliados, garant iu- lhe um a part icipao, ainda que perifr ica, na reconst ruo econm ica m undial do ps-guerra. O Brasil part icipou das negociaes da fracassada Carta de Havana (OI C) e tambm do GATT. Mesm o com poucos anos de existncia, j na dcada de 50, a percepo dos pases subdesenvolvidos era de que o GATT favorecia as naes m ais r icas. Percepo esta que foi com provada pelo fato de que as negociaes de m aior significncia e im portncia se

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    davam quase exclusivam ente ent re os pases desenvolvidos, e as concesses prat icadas ent re estes m arginalizavam ainda m ais os pases subdesenvolvidos.

    Atualmente, dado o desenvolvimento do G-20 e os conflitos apresentados na OMC, o Brasil se encont ra numa posio mais favorvel no plano internacional, no sent ido que sua opinio se tornou m ais relevante para a elaborao dos acordos no m bito da OMC.

    de se considerar tam bm que o Brasil, no final de 2003, foi considerado com o m em bro dos BRI C - term o para designar os quat ro pr incipais pases em ergentes do m undo, a saber: Brasil, Rssia, ndia e China que podero se tornar a m aior fora na econom ia m undial. Esse fato tam bm cont r ibuiu para o aum ento da im portncia do Brasil na OMC. Assunto de relevncia para o Brasil a polem ica do bicom bust vel e da cr ise dos alim entos, um a vez que, segundo o Brasil, os biocom bust veis se apresentam com o a soluo m ais real para acabar com a dependncia do pet rleo.

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    O Brasil, dessa m aneira, part icipa dos processos de consulta e negociao, cujos pr incipais objet ivos so o fortalecim ento do sistem a m ult ilateral de com rcio, inclusive o Mecanism o de Soluo de Cont rovrsias, a fim de perm it ir a expanso das t rocas internacionais em um am biente estvel, no discr im inatrio e favorvel ao desenvolvim ento; a busca pelo aprim oram ento cont nuo das regras de com rcio internacional, inclusive para buscar disposit ivos que atendam s necessidades prprias dos pases em desenvolvim ento (seja por m eio de m aior flexibilidade na aplicao

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    de determ inadas regras e na forma com o se processa a abertura com ercial, seja na elim inao de assim et r ias prejudiciais a esses pases) ; e a garant ia da crescente abertura dos mercados internacionais para bens e servios brasileiros.

    TantooBRICSquantooG?20sogruposinformais,ouseja,nopossuemtratadosconstitutivos.

    O brasileiro Roberto Azevdo assum iu, em 1 de setem bro de 2013, a direo-geral da Organizao Mundial do Com rcio (OMC) , o rgo m xim o do com rcio internacional. Ele o sexto diretor-geral da organizao e ficar no cargo por quat ro anos. Ele foi escolhido para a funo em m aio deste ano. O principal desafio de Azevdo ser desbloquear as negociaes da Rodada do Desenvolvimento de Doha para liberalizar o com rcio m undial, lanadas em 2001 e estagnadas h anos.

    Roberto Azevdo, escolhido para o cargo de diretor-geral da Organizao Mundial do Com rcio (OMC) , ser o pr im eiro brasileiro e o pr imeiro lat ino-am ericano frente do rgo que responsvel por supervisionar as t rocas com erciais em todo o globo e que , junto com ONU (Organizao das Naes Unidas) , FMI (Fundo Monetrio I nternacional) e Banco Mundial, um dos principais organism os da polt ica internacional.

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    Diplom ata de carreira, Azevdo tem vasta experincia em comrcio global e conhece a OMC a fundo. Desde 2008, ele o

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    representante perm anente do Brasil na organizao e esteve frente do contencioso vencido pelo Brasil cont ra os Estados Unidos pelos subsdios do algodo e tam bm da vitr ia brasileira sobre a Unio Europeia pelos subsdios exportao de acar.

    Azevdo subst ituir o francs Pascal Lam y na direo-geral do rgo e ter um m andato de quat ro anos. Lam y, no cargo desde 2005, term inou o m andato ao final de agosto. O novo diretor da OMC foi escolhido m ediante consulta aos 159 pases m em bros. Nove candidatos se apresentaram para suceder Lam y. No fim de abril, a OMC com unicou que t inham passado fase final apenas Azevdo e o m exicano Herm nio Blanco, que acabou derrotado pelo brasileiro.

    3 .5 . BRI CS

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    O term o BRI C foi cr iado pelo econom ista Jim ONill, em 2001, para refer ir-se aos quat ro pases que, em tese, apresentaro m aiores taxas de crescim ento econm ico at 2050. BRI C so as inicias de Brasil, Rssia, ndia e China, pases em desenvolvim ento, que, conform e projees, sero m aiores, conjunta e econom icam ente que o atual G6 (Estados Unidos, Japo, Alem anha, Reino Unido, Frana e I tlia) .

    O BRI C no um bloco econm ico, e sim uma associao com ercial, onde os pases integrantes apresentam situaes econm icas e ndices de desenvolvim ento parecidos, cuja unio visa cooperao para alavancar suas economias em escala global.

    Brasil, Rssia, ndia e China apresentam vrios fatores em

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    com um , ent re eles podem ser citados: grande extenso terr itor ial; estabilidade econm ica recente; Produto I nterno Bruto (PI B) em ascenso; disponibilidade de m o de obra; m ercado consum idor em alta; grande disponibilidade de recursos naturais; aum ento nas taxas de ndice de Desenvolvim ento Hum ano ( I DH) ; valor izao nos m ercados de capitais; invest im entos de em presas nos diversos setores da econom ia.

    O governo sul-afr icano procurou os m em bros do BRI C em 2010 e o processo de adm isso com eou logo em agosto de 2010. A fr ica do Sul foi adm it ida com o um a nao do BRIC em dezem bro de 2010, aps ser convidada, pr incipalmente pela China, para part icipar do grupo. A let ra "S" em BRI CS representa exatam ente a fr ica do Sul.

    Jim O'Neill, expressou surpresa quando a fr ica do Sul se juntou ao BRI C, j que a economia sul-afr icana um quarto do tam anho da econom ia da Rssia (a nao com o m enor poder econmico do BRI C) . Ele acreditava que o potencial at estava l, mas no previu a incluso da fr ica do Sul nesta fase. J Martyn Davies, especialista no m ercado em ergente sul-afr icano, argum entou que a deciso de convidar a fr ica do Sul faz pouco sent ido com ercial, m as foi polit icam ente astuta, dadas as tentat ivas da China em estabelecer uma presena na fr ica. Alm disso, a incluso da fr ica do Sul no BRI CS pode t raduzir-se a um m aior apoio sul-afr icano para a China nos fruns globais.

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    Ainda segundo Jim ONeill, em art igo publicado no incio de 2012, a m aior oportunidade da histr ia dos m ercados de

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    crescim ento a ascenso de suas classes m dias e o enorm e aum ento do seu consum o. De acordo com ele, essa seria a questo est ratgica fundam ental da atualidade, que proporcionaria um a chance fabulosa a todos, inclusive s principais em presas ocidentais. At o fim desta dcada, o valor do consum o nas econom ias de crescim ento ser m aior do que o dos EUA, de acordo com vrias projees, e todas as em presas globais com am bies precisaro ser bem sucedidas nos Brics, do cont rr io, ficaro para t rs em relao aos com pet idores.

    Troyjo, professor do I BMEC, coloca que uma das razes pelas quais os pases do ento Grupo BRI C Svm send