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conquistar um estilo de vida mais independente e fazer ... · Você não deve ter receio de fazer ou ... suas próprias decisões e assumir a responsabilidade por suas escolhas

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIAlegislação federal, estadual e municipaldocumento nacionais e internacionais

endereços interessantes

2a EdiçãoRevisada e atualizada até março de 2006

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo

Secretaria Geral ParlamentarDepartamento de Documentação e Informação

São Paulo - 2004

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Supervisão GeralAuro Augusto Caliman

CoordenaçãoMaria Helena Alves FerreiraSilvia Regina Soares Rogeri

Organização e ConferênciaAntônio Macedo, Edite Ribeiro Gonçalves, Gláucio Marques da Silva, Iram de Souza Lima, Maria

Solange Urban Ribeiro Araújo, Rosmary Barbosa.e Vanda Palanch Mekaru

Colaboraram nesta obraSecretaria Geral Parlamentar: Marco Antonio Haten Beneton.

Departamento de Comunicação: Antonio José de Figueiredo (diretor), Antônio Carlos Galban Dias eJosé Pereira Sobrinho (gráfica), Marco Cantelino e Roberto Navarro (fotógrafos).

Divisão de Pesquisa Jurídica: Edgard Baptista Pires de SáDivisão de Biblioteca e Documentação: Angela Neubauer, Arlete Akiau Morozetti, José RubensRolan, Leda Naborikawa Schechter, Maria Aparecida Gomes Heleno, Maria da Páscoa Benedetti,

Marina Akemi Sanefuji e Norma Minei.Luís Amador Galvão de França (desenhos).

Centro de Vida Independente Araci Nallin: Flavia Maria de Paiva Vital.

Projeto GráficoNadia Saad e Sandra Sciulli Vital.

PublicaçãoIMESP

São Paulo (Estado). Assembléia Legislativa. Pessoas portadoras de (d)Eficiência: legislação federal, estadual e municipal / (organizada pelo Departamento de Documentação e Informação; colaboração da Câmara

Municipal de São Paulo) São Paulo : IMESP, 2004. 460 p.

Ilustrado.

1.Deficientes (legislação) I.Departamento de Documen- tação e Informação II.Título.

CDU - 347.649

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Os Imprescindíveis

Há homens que lutam por um dia e são bons.

Há outros que lutam por um ano e são melhores.

Há outros, ainda, que lutam por muitos anos e são muito bons.

Há, porém, os que lutam por toda a vida,

Estes são os imprescindíveis.

Bertold Brecht

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AGRADECIMENTOS

AACD - Associação de Assistência à Criança Deficiente

ABDC - Associação Brasileira de Desportos para Cegos

ABDIM - Associação Brasileira de Distrofia Muscular

ABEM - Associação Brasileira de Esclerose Múltipla

AME - Amigos Metroviários dos Excepcionais

CVIAN - Centro de Vida Independente Araci Nallin

Cruz Verde - Associação Cruz Verde

Fundação Dorina Nowill

H O M E N A G E M

Aos atletas paraolímpicos que participaram deAtenas 2004 e de outras paraolimpíadas

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A LEGISLAÇÃO CIDADÃ

Dentre os fundamentos do Estado Democrático de Direito, acidadania e a dignidade da pessoa humana são valores que sedestacam e que devem receber dos Poderes Públicos toda aatenção devida, promovendo-os como forma de construção de umasociedade livre, justa e solidária. Do lado do Poder Legislativo,como caixa de ressonância das aspirações populares, a elaboraçãode leis de promoção sócio-econômica e de proteção aos cidadãos,vem crescendo. E vem crescendo, também, a quantidade de leisformuladas em prol da chamada inclusão social, abraçando todosaqueles que durante anos e anos se viram à margem da proteçãoestatal.

Por não estarem sob as asas da lei, esses grupos sociaisnão exerciam a sua cidadania em plenitude, sendo-lhes dificultadoou negado o acesso aos serviços públicos, ao consumo, ao trabalho,ao lazer ou, até mesmo, à simples livre circulação nos espaçosurbanos.

A organização popular em associações, igrejas e entidadesnão-governamentais e a sensibilidade despertada nos políticoscomeçaram a mudar esse processo de exclusão (e a exclusão é amarca da diferença entre pessoas iguais) e o Estado, na sua facelegislativa, passou a ser ativo defensor das minorias marginalizadasda população, formulando leis, promovendo debates e audiênciaspúblicas, postando-se ao lado dos excluídos numa luta incansávelpelo reconhecimento dos seus direitos.

No entanto, esta luta será vã se todos aqueles quenecessitarem da proteção estatal para o desenvolvimento dos seusdireitos não tiverem o mínimo de informação acerca da existênciade legislação que lhes beneficie.

A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, ciente

do seu papel de guardião dos mais altos interesses da populaçãopaulista, tem o seu quinhão de responsabilidade e, neste sentido,vem, com esta coletânea, reunir as leis que abordam temas eáreas da cidadania, disponibilizando a todos, de modo mais prático,o acervo legal que garante aquilo que a Declaração Universal dosDireitos Humanos, de 1948, proclama:

Todos os homens nascem livres e iguais emdignidade e direitos. São dotados de razão econsciência e devem agir em relação uns aos

outros com espírito de fraternidade.

Este trabalho é, também, uma profissão de fé que não seesgota com a simples publicação desta obra: se propagaráenquanto as desigualdades não sucumbirem.

PresidenteSIDNEY BERALDO

1º SecretárioEMÍDIO DE SOUZA

2º Secretário

JOSÉ CALDINI CRESPO

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INDICE

Apresentação.......................................................................................................................7

Dicas para quando você encontrar uma pessoa com deficiência................................11

Sumário da Legislação Federal.......................................................................................17

Legislação Federal............................................................................................................25

Sumário da Legislação Estadual...................................................................................159

Legislação Estadual........................................................................................................193

Sumário da Legislação Municipal..................................................................................291

Legislação Municipal.......................................................................................................303

Documentos Internacionais.............................................................................................469

Endereços Interessantes.................................................................................................507

Datas Comemorativas.....................................................................................................427

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para fazer outras coisas. Exatamente como todo mundo.

A maioria das pessoas com deficiência não se importa de responderperguntas, principalmente aquelas feitas por crianças, a respeito dasua deficiência e como ela realiza algumas tarefas. Mas, se vocênão tem muita intimidade com a pessoa, evite fazer muitas perguntasmuito íntimas.

Quando quiser alguma informação de uma pessoa deficiente, dirija-se diretamente a ela e não a seus acompanhantes ou intérpretes.

Sempre que quiser ajudar, ofereça ajuda. Sempre espere sua ofertaser aceita, antes de ajudar. Sempre pergunte a forma maisadequada para fazê-lo. Mas não se ofenda se seu oferecimento forrecusado. Pois, nem sempre, as pessoas com deficiência precisamde auxílio. Às vezes, uma determinada atividade pode ser maisbem desenvolvida sem assistência.

Se você não se sentir confortável ou seguro para fazer algumacoisa solicitada por uma pessoa deficiente, sinta-se livre pararecusar. Neste caso, seria conveniente procurar outra pessoa quepossa ajudar.

As pessoas com deficiência são pessoas como você. Têm osmesmos direitos, os mesmos sentimentos, os mesmos receios,os mesmos sonhos.

Você não deve ter receio de fazer ou dizer alguma coisa errada.Aja com naturalidade e tudo vai dar certo. Se ocorrer algumasituação embaraçosa, uma boa dose de delicadeza, sinceridade ebom humor nunca falham.

Pessoas CEGAS

ou com DEFICIÊNCIA VISUAL

Nem sempre as pessoas cegas ou comdeficiência visual precisam de ajuda, mas se encontrar alguma

Dicas para quando você encontrar uma pessoacom deficiência

Faça isso e você verá o quanto é importante eenriquecedor aprendermos a conviver com a diversidade!

Muitas pessoas não deficientes ficam confusas quando encontramuma pessoa com deficiência. Isso é natural. Todos nós podemosnos sentir desconfortáveis diante do “diferente”.

Esse desconforto diminui e pode até mesmo desaparecer quandoexistem muitas oportunidades de convivência entre pessoasdeficientes e não-deficientes.

Não faça de conta que a deficiência não existe. Se você se relacionarcom uma pessoa deficiente como se ela não tivesse umadeficiência, você vai estar ignorando uma característica muitoimportante dela. Dessa forma, você não estará se relacionandocom ela, mas com outra pessoa, uma que você inventou, que nãoé real.

Aceite a deficiência. Ela existe e você precisa levá-la na sua devidaconsideração. Não subestime as possibilidades, nem superestimeas dificuldades e vice-versa.

As pessoas com deficiência têm o direito, podem e querem tomarsuas próprias decisões e assumir a responsabilidade por suasescolhas.

Ter uma deficiência não faz com que uma pessoa seja melhor oupior do que uma pessoa não deficiente. Provavelmente, por causada deficiência, essa pessoa pode ter dificuldade para realizaralgumas atividades e, por outro lado, poderá ter extrema habilidade

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que pareça estar em dificuldades, identifique-se, faça-a perceberque você está falando com ela e ofereça seu auxílio. Nunca ajudesem perguntar antes como deve fazê-lo.

Caso sua ajuda como guia seja aceita, coloque a mão da pessoano seu cotovelo dobrado. Ela irá acompanhar o movimento do seucorpo enquanto você vai andando. É sempre bom você avisar,antecipadamente, a existência de degraus, pisos escorregadios,buracos e obstáculos em geral durante o trajeto. Num corredorestreito, por onde só é possível passar uma pessoa, coloque o seubraço para trás, de modo que a pessoa cega possa continuarseguindo você. Para ajudar uma pessoa cega a sentar-se, vocêdeve guiá-la até a cadeira e colocar a mão dela sobre o encosto dacadeira, informando se esta tem braço ou não. Deixe que a pessoasente-se sozinha.

Ao explicar direções para uma pessoa cega, seja o mais claro eespecífico possível, de preferência, indique as distâncias em metros(“uns vinte metros a sua frente”).

Algumas pessoas, sem perceber, falam em tom de voz mais altoquando conversam com pessoas cegas. A menos que a pessoatenha, também, uma deficiência auditiva que justifique isso, nãofaz nenhum sentido gritar. Fale em tom de voz normal.

Por mais tentador que seja acariciar um cão-guia, lembre-se deque esses cães têm a responsabilidade de guiar um dono que nãoenxerga. O cão nunca deve ser distraído do seu dever de guia.

As pessoas cegas ou com visão subnormal são como você, sóque não enxergam. Trate-as com o mesmo respeito e consideraçãoque você trata todas as pessoas.

No convívio social ou profissional, não exclua as pessoas comdeficiência visual das atividades normais. Deixe que elas decidamcomo podem ou querem participar. Proporcione às pessoas cegasou com deficiência visual a mesma chance que você tem de tersucesso ou de falhar.

Fique a vontade para usar palavras como “veja” e “olhe”. As pessoascegas as usam com naturalidade. Quando for embora, avise sempreo deficiente visual.

Pessoas com

DEFICIÊNCIA FÍSICA

É importante saber que para uma pessoasentada é incômodo ficar olhando para cimapor muito tempo, portanto, ao conversar por

mais tempo que alguns minutos com uma pessoa que usa cadeirade rodas, se for possível, lembre-se de sentar, para que você e elafiquem com os olhos no mesmo nível.

A cadeira de rodas (assim como as bengalas e muletas) é parte doespaço corporal da pessoa, quase uma extensão do seu corpo.Agarrar ou apoiar-se na cadeira de rodas é como agarrar ou apoiar-se numa pessoa sentada numa cadeira comum. Isso muitas vezesé simpático, se vocês forem amigos, mas não deve ser feito sevocês não se conhecem.

Nunca movimente a cadeira de rodas sem antes pedir permissãopara a pessoa. Empurrar uma pessoa em cadeira de rodas não écomo empurrar um carrinho de supermercado. Quando estiverempurrando uma pessoa sentada numa cadeira de rodas e pararpara conversar com alguém, lembre-se de virar a cadeira de frentepara que a pessoa também possa participar da conversa.

Ao empurrar uma pessoa em cadeira de rodas, faça-o com cuidado.Preste atenção para não bater nas pessoas que caminham à frente.Para subir degraus, incline a cadeira para trás para levantar asrodinhas da frente e apoiá-las sobre a elevação. Para descer umdegrau, é mais seguro fazê-lo de marcha à ré, sempre apoiandopara que a descida seja sem solavancos. Para subir ou descermais de um degrau em sequência, será melhor pedir a ajuda demais uma pessoa.

Se você estiver acompanhando uma pessoa deficiente que andadevagar, com auxílio ou não de aparelhos ou bengalas, procureacompanhar o passo dela.

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Mantenha as muletas ou bengalas sempre próximas à pessoadeficiente. Se achar que ela está em dificuldades, ofereça ajuda e,caso seja aceita, pergunte como deve fazê-lo. As pessoas têmsuas técnicas pessoais para subir escadas, por exemplo, e, àsvezes, uma tentativa de ajuda inadequada pode até mesmoatrapalhar. Outras vezes, a ajuda é essencial. Pergunte e saberácomo agir e não se ofenda se a ajuda for recusada.

Se você presenciar um tombo de uma pessoa com deficiência,ofereça ajuda imediatamente. Mas nunca ajude sem perguntar see como deve fazê-lo.

Esteja atento para a existência de barreiras arquitetônicas quandofor escolher uma casa, restaurante, teatro ou qualquer outro localque queira visitar com uma pessoa com deficiência física.

Pessoas com paralisia cerebral podem ter dificuldades para andar,podem fazer movimentos involuntários com pernas e braços e podemapresentar expressões estranhas no rosto. Não se intimide comisso. São pessoas comuns como você. Geralmente, têm inteligêncianormal ou, às vezes, até acima da média.

Se a pessoa tiver dificuldade na fala e você não compreenderimediatamente o que ela está dizendo, peça para que repita.Pessoas com dificuldades desse tipo não se incomodam de repetirse necessário para que se façam entender.

Não se acanhe em usar palavras como “andar” e “correr”. As pessoascom deficiência física empregam naturalmente essas mesmaspalavras.

Quando você encontrar um Paralisado Cerebral, lembre-se que eletem necessidades específicas, por causa de suas diferençasindividuais. Para lidar com esta pessoa, temos as seguintessugestões: * É muito importante respeitar o ritmo do PC, usualmenteele é mais vagaroso no que faz, como andar, falar, pegar as coisas,etc. * Tenha paciência ao ouvi-lo, a maioria tem dificuldade na fala.Há pessoas que confundem esta dificuldade e o ritmo lento comdeficiência mental. * Não trate o PC como uma criança ou incapaz.* Lembre-se que o PC não é um portador de doença grave ou

contagiosa, a paralisia cerebral é fruto da lesão cerebral, ocasionadaantes, durante ou após o nascimento, causando desordem sobreos controles dos músculos do corpo. Portanto, não é doença etampouco transmissível. É uma situação.

Trate a pessoa com deficiência com a mesma consideração erespeito que você usa com as demais pessoas.

Pessoas SURDAS ou com

DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Não é correto dizer que alguém é surdo-mudo.Muitas pessoas surdas não falam porque nãoaprenderam a falar. Muitas fazem a leitura labial,

outras não.

Quando quiser falar com uma pessoa surda, se ela não estiverprestando atenção em você, acene para ela ou toque, levemente,em seu braço. Quando estiver conversando com uma pessoa surda,fale de maneira clara, pronunciando bem as palavras, mas nãoexagere. Use a sua velocidade normal, a não ser que lhe peçampara falar mais devagar. Use um tom normal de voz, a não ser quelhe peçam para falar mais alto. Gritar nunca adianta. Fale diretamentecom a pessoa, não de lado ou atrás dela. Faça com que a suaboca esteja bem visível. Gesticular ou segurar algo em frente àboca torna impossível a leitura labial. Usar bigode também atrapalha.Quando falar com uma pessoa surda, tente ficar num lugariluminado. Evite ficar contra a luz (de uma janela, por exemplo),pois isso dificulta ver o seu rosto.

Se você souber alguma linguagem de sinais, tente usá-la. Se apessoa surda tiver dificuldade em entender, avisará. De modo geral,suas tentativas serão apreciadas e estimuladas.

Seja expressivo ao falar. Como as pessoas surdas não podem

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ouvir mudanças sutis de tom de voz que indicam sentimentos dealegria, tristeza, sarcasmo ou seriedade, as expressões faciais,os gestos e o movimento do seu corpo serão excelentes indicações doque você quer dizer.

Enquanto estiver conversando, mantenha sempre contato visual,se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversaterminou.

Nem sempre a pessoa surda tem uma boa dicção. Se tiverdificuldade para compreender o que ela está dizendo, não se acanheem pedir para que repita. Geralmente, as pessoas surdas não seincomodam de repetir quantas vezes for preciso para que sejamentendidas.

Se for necessário, comunique-se através de bilhetes. O importanteé se comunicar. O método não é tão importante.

Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete,dirija-se à pessoa surda, não ao intérprete.

Algumas pessoas mudas preferem a comunicação escrita, algumasusam linguagem em código e outras preferem códigos próprios.Estes métodos podem ser lentos, requerem paciência econcentração. Talvez você tenha que se encarregar de grande parteda conversa.

Tente lembrar que a comunicação é importante. Você pode irtentando com perguntas cuja resposta seja sim/não. Se possívelajude a pessoa muda a encontrar a palavra certa, assim ela nãoprecisará de tanto esforço para passar sua mensagem. Mas nãofique ansioso, pois isso pode atrapalhar sua conversa.

Pessoas com

DEFICIÊNCIA MENTAL

Você deve agir naturalmente ao dirigir-se a umapessoa com deficiência mental. Trate-as com

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respeito e consideração. Se for uma criança, trate como criança.Se for adolescente, trate-a como adolescente. Se for uma pessoaadulta, trate-a como tal.

Não as ignore. Cumprimente e despeça-se delas normalmente,como faria com qualquer pessoa.

Dê atenção a elas, converse e vai ver como será divertido. Sejanatural, diga palavras amistosas.

Não superproteja. Deixe que ela faça ou tente fazer sozinha tudo oque puder. Ajude apenas quando for realmente necessário. Nãosubestime sua inteligência. As pessoas com deficiência mentallevam mais tempo para aprender, mas podem adquirir muitashabilidades intelectuais e sociais.

Lembre-se: o respeito está em primeiro lugar e só existe quandohá troca de idéias, informações e vontades. Por maior que seja adeficiência, lembre-se da eficiência da pessoa que ali está.

As pessoas com deficiência mental, geralmente, são muitocarinhosas. Deficiência mental não deve ser confundida com doençamental.

Se você chegou até aqui, certamente se importacom o assunto. A maior barreira não é arquitetônica,mas a falta de informação e pré conceitos. Assim,compartilhe deste texto com todos de seurelacionamento e peça que eles façam o mesmo.

Fonte: www.acercadavida.com.br, site de Flavia Maria de Paiva Vital

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SUMÁRIO

LEGISLAÇÃO FEDERAL

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Artigos: 7º, XXXI; 23, II; 24, XIV; 37, VIII; 203, IV e V;208, III; 227, §§ 1º e 2º e 244.......................................................25

LEGISLAÇÃO FEDERAL

Decreto-lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940.Código Penal.- Arts. 1º; 140; 141; 203, § 1º, I e II, § 2º; 207, §§ 1º e 2º...................28

Decreto-lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943.Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.- Arts. 461 e 475.........................................................................31

Lei nº 1.521, de 26 de dezembro de 1951.Altera dispositivos da legislação vigente sobre crimescontra a economia popular.- Art. 4º, § 2º, IV, b.....................................................................32

Lei nº 4.169, de 4 de dezembro de 1962.Oficializa as convenções “Braille” para uso na escritae leitura dos cegos e o Código de Contrações e Abreviaturas “Braille”..................................................................32

Lei nº 4.613, de 2 de abril de 1965.Isenta dos impostos de importação e de consumo bemcomo da taxa de despacho aduaneiro, os veículosespeciais destinados a uso exclusivo de paraplégicosou de pessoa portadora de defeitos físicos, os quaisfiquem impossibilitados de utilizar os modelos comuns..................33

Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965.Institui o Código Eleitoral.- Art. 135, § 6º-A........................................................................34

Lei nº 6.538, de 22 de junho de 1978.Dispõe sobre os Serviços Postais.- Art. 47.....................................................................................34

Lei nº 7.070, de 20 de dezembro de 1982.Dispõe sobre Pensão Especial para os DeficientesFísicos que Especifica, e dá outras Providências..........................35

Lei n° 7.210, de 11 de julho de 1984.Institui a Lei de Execução Penal.- Arts. 32, § 3º; 117, III................................................................36

Lei n° 7.405, de 12 de novembro de 1985.Torna Obrigatória a Colocação do Símbolo Internacionalde Acesso em Todos os Locais e Serviços quePermitam sua Utilização por Pessoas Portadoras deDeficiência, e dá outras Providências...........................................37

Lei n° 7.713, de 22 de dezembro de 1988.Altera a legislação do Imposto de Renda e dá outrasprovidências.- Art. 6º, XIV...............................................................................39

Decreto n° 3.000, de 26 de março de 1999.Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação eadministração do Imposto sobre a Renda e Proventosde Qualquer Natureza.- Arts. 39, VI, §§ 2º e 3º; 77, § 1º, III e V; 80, §1º, V,§§ 2º e 3º..................................................................................40

Lei n° 7.853, de 24 de outubro de 1989.Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras dedeficiência, sua integração social, sobre aCoordenadoria Nacional para Integração daPessoa Portadora de Peficiência - CORDE,institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos oudifusos dessas pessoas, disciplina a atuação doMinistério Público, define crimes e dá outras providências.................42

Decreto n° 3.298, de 20 de dezembro de 1999.Regulamenta a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989,dispõe sobre a Política Nacional para a Integração daPessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas

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de proteção, e dá outras providências...........................................47

Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990.Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente,e dá outras providências.- Arts. 11; 54, III; 66; 112, § 3º; 208, II...........................................63

Lei n° 8.078, de 11 de setembro de 1990.Código de Proteção e Defesa do Consumidor.- Art. 76, IV, b.............................................................................64

Decreto n° 2.181, de 20 de março de 1997.Dispõe sobre a organização do Sistema Nacional deDefesa do Consumidor - SNDC, estabelece as normasgerais de aplicação das sanções administrativasprevistas na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990,revoga o Decreto Nº 861, de 9 julho de 1993, e dá outrasprovidências.- Art. 26, VII...............................................................................64

Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990.Dispõe sobre o Regime Jurídico dos ServidoresPúblicos Civis da União, das Autarquias e dasFundações Públicas Federais.- Arts. 5º, § 2º; 217, a.................................................................65

Lei n° 8.160, de 8 de janeiro de 1991.Dispõe sobre a Caracterização de Símbolo que Permitaa Identificação de Pessoas Portadoras deDeficiência Auditiva.....................................................................66

Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991.Dispõe sobre a organização da Seguridade Social,institui Plano de Custeio e dá outras providências.- Arts. 4º; 22, I a IV, § 4º; 23; 55, III..............................................67

Lei n° 8.213, de 24 de julho de 1991.Dispõe sobre os Planos de Benefícios da PrevidênciaSocial e dá outras providências.- Arts. 26, II; 89; 93.....................................................................70

Decreto n° 3.048, de 6 de maio de 1999.Aprova o Regulamento da Previdência Social, e dáoutras providências.

- Arts. 1º; 3º; 30, III; 136; 137; 138; 139; 140; 141; 146;206; IV, § 1º a 8º, I a IV, § 9º a 13; 209 e 316................................71

Lei n° 8.625, de 12 de fevereiro de 1993.Institui a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público,dispõe sobre normas gerais para a organização doMinistério Público dos Estados e dá outras providências................78

Lei n° 8.642, de 31 de março de 1993.Dispõe sobre a instituição do Programa Nacional deAtenção Integral à Criança e ao Adolescente -PRONAICA e dá outras providências.- Art. 2º, VI.................................................................................79

Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993.Regulamenta o artigo 37, inciso XXI, da ConstituiçãoFederal, institui normas para licitações e contratos daAdministração Pública e dá outras providências.- Art. 24, XX................................................................................79

Lei n° 8.686, de 20 de julho de 1993.Dispõe sobre o Reajustamento da Pensão Especial aosDeficientes físicos Portadores da Síndrome deTalidomida, Instituída pela Lei n.º 7.070, de 20/12/1982..................80

Lei n° 8.687, de 20 de julho de 1993.Retira da Incidência do Imposto de Renda BenefíciosPercebidos por Deficientes Mentais.............................................80

Lei n° 8.742, de 07 de dezembro de 1993.Dispõe sobre a Organização da Assistência Social e dáoutras providências.....................................................................81

Decreto n° 1.744, de 8 de dezembro de 1995.Regulamenta o benefício de prestação continuadadevido à pessoa portadora de deficiência e ao idoso,de que trata a Lei n° 8.742, de 7 de dezembro de 1993,e dá outras providências..............................................................91

Decreto n° 2.536, de 6 de abril de 1998.Dispõe sobre a concessão do Certificado de Entidadede Fins Filantrópicos a que se refere o inciso IV do art.18 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e dáoutras providências.

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- Arts. 1º e 2º, I a V.....................................................................98

Lei n° 8.899, de 29 de junho de 1994.Concede Passe Livre às Pessoas portadoras dedeficiência no Sistema de Transporte Coletivo Interestadual......................99

Decreto n° 3.691, de 19 de dezembro de 2000.Regulamenta a Lei nº 8.899, de 29 de junho de 1994,que dispõe sobre o transporte de pessoas portadorasde deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual...............................................................................99

Lei n° 8.909, de 6 de julho de 1994.Dispõe, em caráter emergencial, sobre a prestaçãode serviços por entidades de assistência social,entidades beneficentes de assistência social eentidades de fins filantrópicos e estabelece prazose procedimentos para o recadastramento de entidadesjunto ao Conselho Nacional de Assistência Social,e dá outras providências............................................................100

Lei n° 8.989, de 24 de fevereiro de 1995.Dispõe sobre a Isenção do Imposto sobre ProdutosIndustrializados - IPI, na aquisição de automóveis parautilização no transporte autônomo de passageiros,bem como por pessoas portadoras de deficiência física,e dá outras providências. (NR)...................................................102

- Ementa com redação dada pelo Art. 1º da Lei nº 10.754,

de 31/10/2003.

Lei n° 9.092, de 12 de setembro de 1995.Destina a renda líquida de um teste da Loteria EsportivaFederal à Federação Nacional das APAEs e determinaoutras providências...................................................................104

Decreto n° 2.843, de 16 de novembro de 1998.Regulamenta a Lei nº 9.092, de 12 de setembro de1995, que destina a renda líquida de um teste daLoteria Esportiva Federal à Federação Nacional das APAEs e dá outras providências................................................104

Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996.Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

- Arts. 58; 59 e 60.....................................................................105

Lei n° 9.455, de 7 de abril de 1997.Define os crimes de tortura e dá outras providências.- Art. 1º, § 4º, II.........................................................................107

Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997.Institui o Código de Trânsito Brasileiro.- Arts. 1º; 14, VI; 147, I a V, §§ 1º a 5º; 214, I a III........................108

Lei n° 9.533, de 10 de dezembro de 1997.Autoriza o Poder Executivo a conceder apoio financeiroaos Municípios que instituírem programas de garantiade renda mínima associados a ações socioeducativas.- Art. 3º; Art. 5º, § 2º.................................................................110

Lei n° 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitosautorais e dá outras providências.- Arts. 1º; 2º; 46, I, d.................................................................110

Lei n° 9.656, de 3 de junho de 1998.Dispõe sobre os planos e seguros privados deassistência à saúde.- Art. 14...................................................................................111

Lei n° 9.867, de 10 de novembro de 1999.Dispõe sobre a criação e o funcionamento deCooperativas Sociais, visando à integração socialdos cidadãos, conforme especifica.............................................112

Lei n° 9.961, de 28 de janeiro de 2000.Cria a Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANSe dá outras providências.- Art. 13, V, h............................................................................113

Lei n° 10.048, de 8 de novembro de 2000.Dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica,e dá outras providências............................................................114

Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004.Regulamenta as Leis n°s 10.048, de 8 de novembro de2000, que dá prioridade de atendimento às pessoasque especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000,que estabelece normas gerais e critérios básicos para

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a promoção da acessibilidade das pessoas portadorasde deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outrasprovidências..............................................................................115

Lei n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000.Estabelece normas gerais e critérios básicos para apromoção da acessibilidade das pessoas portadorasde deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outrasprovidências..............................................................................133

Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001.Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outrasprovidências.- Plano Nacional de Educação, 8 - Educação Especial................138

Lei n° 10.216, de 6 de abril de 2001.Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoasportadoras de transtornos mentais e redireciona omodelo assistencial em saúde mental........................................144

Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002.Institui o Código Civil.Arts. 1º ao 4º; 1.767 a 1.783; 1.963............................................146

Lei n° 10.436, de 24 de abril de 2002.Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras edá outras providências...............................................................149

Lei n° 10.671, de 15 de maio de 2003.Dispõe sobre o Estatuto de Defesa do Torcedor e dáoutras providências.- Art. 13, parágrafo único e art. 27, II...........................................150

Lei nº 10.708, de 31 de julho de 2003.Institui o auxílio-reabilitação psicossocial para pacientesacometidos de transtornos mentais egressos deinternações...............................................................................151

Lei n° 10.826, de 22 de dezembro de 2003.Dispõe sobre registro, posse e comercialização dearmas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacionalde Armas - Sinarm, define crimes e dá outrasprovidências.- Art. 13...................................................................................152

Lei n° 10.845, de 5 de março de 2004.Institui o Programa de Complementação aoAtendimento Educacional Especializado àsPessoas portadoras de deficiência, e dá outrasprovidências..............................................................................153

Lei n° 11.126, de 27 de junho de 2005.Dispõe sobre o direito do portador dedeficiência visual de ingressar e permanecerem ambientes de uso coletivo acompanhadode cão-guia..............................................................................155

Lei n° 11.133, de 14 de julho de 2005.Institui o Dia Nacional de Luta da Pessoaportadora de deficiência............................................................156

Lei n° 11.180, de 23 de setembro de 2005.Institui o Projeto Escola de Fábrica, autorizaa concessão de bolsas de permanência aestudantes beneficiários do ProgramaUniversidade para Todos - PROUNI, institui oPrograma de Educação Tutorial - PET, alteraa Lei no 5.537, de 21 de novembro de 1968,e a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1°de maio de 1943, e dá outras providências..................................156

Decreto n° 22.626 de 7 de abril de 1933.Dispõe sobre os juros dos contratos e dá outrasprovidências.- Art. 15...................................................................................157

Decreto n° 57.654, de 20 de janeiro de 1966.Regulamenta a Lei do Serviço Militar (Lei nº 4.375, de17 de agosto de 1964), retificada pela Lei nº 4.754, de18 de agosto de 1965.- Arts. 59 e 109.........................................................................157

Decreto n° 99.710, de 21 de novembro de 1990.Promulga a Convenção sobre os Direitos da Criança.- Arts. 2º e 23 da Convenção......................................................158

Decreto n° 129, de 22 de maio de 1991.Promulga a Convenção nº 159, da Organização

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Internacional do Trabalho (OIT), sobre ReabilitaçãoProfissional e Emprego de Pessoas Deficientes..........................160

Decreto n° 2.592, de 15 de maio de 1998.Aprova o Plano Geral de Metas para a Universalizaçãodo Serviço Telefônico Fixo Comutado Prestado noRegime Público.- Arts. 1º; 6º e 10 do Anexo.......................................................163

Decreto n° 3.142, de 16 de agosto de 1999.Regulamenta a contribuição social do salário-educação,prevista no art. 212, § 5o, da Constituição, no art. 15 daLei no 9.424, de 24 de dezembro de 1996, e na Lein° 9.766, de 18 de dezembro de 1998, e dá outrasprovidências.- Arts. 3º, V, a, b, c, d, e...........................................................165

Decreto n° 3.389, de 22 de março de 2000.Dispõe sobre a execução do Acordo de ComplementaçãoEconômica no 43, entre os Governos da RepúblicaFederativa do Brasil e da República de Cuba.- Arts. 1º e 2º. Art. 2º do Anexo e Anexo I ao Acordo deComplementação Econômica nº 43............................................166

Decreto n° 3.956, de 8 de outubro de 2001.Promulga a Convenção Interamericana para aEliminação de Todas as Formas de Discriminaçãocontra as Pessoas portadoras de deficiência...............................167

Decreto Legislativo n° 198, de 2001.Aprova o texto da Convenção Interamericana para aEliminação de Todas as Formas de Discriminaçãocontra as Pessoas portadoras de deficiência, concluídaem 7 de junho de 1999, por ocasião do XXIX PeríodoOrdinário de Sessões da Assembléia Geral daOrganização dos Estados Americanos, realizado noperíodo de 6 a 8 de junho de 1999, na cidade deGuatemala...............................................................................172

Decreto- lei n° 2.236, de 23 de janeiro de 1985.Altera a tabela de emolumentos e taxas aprovada peloartigo 131 da lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980.....................172

Decreto n° 2.682, de 21 de julho de 1998.Promulga a Convenção nº 168 da OIT, relativa à

Promoção do Emprego e à Proteção contra oDesemprego.- Art. 8, 1, da Convenção...........................................................173

Decreto nº 2.745, de 24 de agosto de 1998.Aprova o Regulamento do Procedimento LicitatórioSimplificado da Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRÁSprevisto no art . 67 da Lei nº 9.478, de 6 deagosto de 1997.- Capítulo II, 2.1, j do Anexo.......................................................174

Decreto n° 3.321, de 30 de dezembro de 1999.Promulga o Protocolo Adicional à Convenção Americanasobre Direitos Humanos em Matéria de DireitosEconômicos, Sociais e Culturais “Protocolo deSão Salvador”, concluído em 17 de novembro de1988, em São Salvador, El Salvador.- Arts. 1º e 2º. Arts. 6º, 1 e 2; 13, 1, 2, 3-e; 18, a, b, c, d.............175

Decreto n° 4.228, de 13 de maio de 2002.Institui, no âmbito da Administração Pública Federal, oPrograma Nacional de Ações Afirmativas e dá outrasprovidências.............................................................................177

Decreto n° 4.229, de 13 de maio de 2002.Dispõe sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH, instituído pelo Decreto no 1.904, de 13 demaio de 1996, e dá outras providências.- itens 265 a 281 do Anexo I......................................................179

Decreto n° 4.544, de 26 de dezembro de 2002.Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação eadministração do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.- Arts. 1º; 2º e parágrafo único; 52 a 55.......................................181

Decreto n° 5.085, de 19 de maio de 2004.Define as ações continuadas de assistência social......................182

Decreto de 14 de julho de 2005Convoca a 1a Conferência Nacional dos Direitos daPessoa com Deficiência e dá outras providências........................183

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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

TÍTULO IIDos Direitos e Garantias Fundamentais

......................................

CAPÍTULO IIDos Direitos Sociais

......................................

Art. 7° - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem àmelhoria de sua condição social:

......................................

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissãodo trabalhador portador de deficiência;

......................................

TÍTULO IIIDa Organização do Estado

......................................

Foto Gaspar Nóbrega/CPB

Paraolimpíadas Atenas 2004Brasil derrota Argentina nos pênaltis

e leva ouro

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

CAPÍTULO IIDa União

......................................

Art. 23 - É competência comum da União, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios:

......................................

II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantiadas pessoas portadoras de deficiência;

......................................

Art. 24 - Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislarconcorrentemente sobre:

......................................

XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras dedeficiência;

......................................

CAPÍTULO VIIDa Administração Pública

Seção IDisposições Gerais

Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dosPoderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

......................................

VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicospara as pessoas portadoras de deficiência e definirá oscritérios de sua admissão;

......................................

Seção IIDos Servidores Públicos

......................................

Art. 40 - Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suasautarquias e fundações, é assegurado regime de previdência decaráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivoente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuariale o disposto neste artigo.

.......................................

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

§ 4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciadospara a concessão de aposentadoria aos abrangidos peloregime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidosem leis complementares, os casos de servidores: (NR)

- § 4º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005

I - portadores de deficiência; (NR)

- Inciso I incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005

.......................................

TÍTULO VIIIDa Ordem Social

......................................

CAPÍTULO IIDa Seguridade Social

......................................

SEÇÃO IVDa Assistência Social

Art. 203 - A assistência social será prestada a quem delanecessitar, independentemente de contribuição à seguridade social,e tem por objetivos:

......................................

IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras dedeficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;

V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal apessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem

não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-laprovida por sua família, conforme dispuser a lei.

......................................

CAPÍTULO IIIDa Educação, da Cultura e do Desporto

Seção IDa Educação

Art. 208 - O dever do Estado com a educação será efetivadomediante a garantia de:

......................................

III - atendimento educacional especializado aos portadoresde deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

......................................

CAPÍTULO VIIDa Família, da Criança, do Adolescente e do

Idoso

......................................

Art. 227 - É dever da família, da sociedade e do Estado assegurarà criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito àvida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, àprofissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdadee à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvode toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência,crueldade e opressão.

§ 1° - O Estado promoverá programas de assistência integral àsaúde da criança e do adolescente, admitida a participação de

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28

LEGISLAÇÃO FEDERAL

entidades não governamentais e obedecendo os seguintespreceitos:

......................................

II - criação de programas de prevenção e atendimentoespecializado para os portadores de deficiência física,sensorial ou mental, bem como de integração social doadolescente portador de deficiência, mediante o treinamentopara o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aosbens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos eobstáculos arquitetônicos.

§ 2° - A lei disporá sobre normas de construção dos logradourose dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos detransporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado àspessoas portadoras de deficiência.

......................................

TÍTULO IXDas Disposições Constitucionais Gerais

......................................

Art. 244 - A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dosedifícios de uso público e dos veículos de transporte coletivoatualmente existentes a fim de garantir acesso adequado àspessoas portadoras de deficiência, conforme o disposto no art.227, § 2°.

......................................

......................................

Decreto-lei n° 2.848, de 07 de dezembro de 1940Código Penal

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere oart. 180 da Constituição, decreta a seguinte Lei:

PARTE GERAL

TÍTULO IDa Aplicação da Lei Penal

Anterioridade da lei

Art. 1° - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há penasem prévia cominação legal. (NR)

-Art. 1° com redação dada pelo art. 1° da Lei n° 7.209, de 11/07/1984.

......................................

CAPÍTULO VDos Crimes Contra a Honra

......................................

Injúria

Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.

§ 1° - O juiz pode deixar de aplicar a pena:

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I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;

II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.

§ 2° - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua naturezaou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa, além da penacorrespondente à violência.

§ 3° - Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor,etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora dedeficiência:

Pena - reclusão de um a três anos e multa. (NR)

- § 3° com redação dada pelo art. 110 da Lei n° 10.741, de 1°/10/2003.

Nota: § 3° anteriormente acrescentado pelo Art. 2° da Lei n° 9.459, de 13/05/1997.

Disposições comuns

Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, sequalquer dos crimes é cometido:

I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;

II - contra funcionário público, em razão de suas funções;

III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a

divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.

IV - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência,exceto no caso de injúria. (NR)

- Inciso IV acrescentado pelo art. 110 da Lei n° 10.741, de 1°/10/2003.

Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa derecompensa, aplica-se a pena em dobro.

......................................

TÍTULO IVDos Crimes Contra a Organização do Trabalho

......................................

Frustração de direito assegurado por lei trabalhista

Atividade artística - Associação de Assistênciaà Criança Deficiente - AACD

Foto cedida pela AACD

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Art. 203 - Frustrar, mediante fraude ou violência, direito asseguradopela legislação do trabalho:Pena - detenção de um ano a dois anos, e multa, além da penacorrespondente à violência. (NR)

- Art 203 com redação dada pelo art. 1° da Lei n° 9.777, de 29/12/1998.

§ 1° - Na mesma pena incorre quem: (NR)

- § 1° acrescentado pelo art. 1° da Lei n° 9.777, de 29/12/1998.

I - obriga ou coage alguém a usar mercadorias de determinadoestabelecimento, para impossibilitar o desligamento do serviçoem virtude de dívida; (NR)

- Inciso I acrescentado pelo art. 1° da Lei n° 9.777, de 29/12/1998.

II - impede alguém de se desligar de serviços de qualquernatureza, mediante coação ou por meio da retenção de seusdocumentos pessoais ou contratuais. (NR)

- Inciso II acrescentado pelo art. 1° da Lei n° 9.777, de 29/12/1998.

§ 2° - A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítimaé menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadorade deficiência física ou mental. (NR)

- § 2° acrescentado pelo art. 1° da Lei n° 9.777, de 29/12/1998.

......................................

Aliciamento de trabalhadores de um local para outro do territórionacional

Art. 207 - Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma paraoutra localidade do território nacional:

Pena - detenção de um a três anos, e multa. (NR)

- Art. 207 com redação dada pelo art. 1° da Lei n° 9.777, de 29/12/1998.

§ 1° - Incorre na mesma pena quem recrutar trabalhadores fora dalocalidade de execução do trabalho, dentro do território nacional,mediante fraude ou cobrança de qualquer quantia do trabalhador,ou, ainda, não assegurar condições do seu retorno ao local deorigem. (NR)

- § 1° acrescentado pelo art. 1° da Lei n° 9.777, de 29/12/1998.

§ 2° - A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítimaé menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadorade deficiência física ou mental.(NR)

- § 2° acrescentado pelo art. 1° da Lei n° 9.777, de 29/12/1998.

......................................

Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 1940; 119º daIndependência e 52º da República.

Getulio Vargas. Presidente da República.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto-lei n.° 5.452, de 1° de maio de 1943

Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.

......................................

TÍTULO VIDo Contrato Individual do Trabalho

......................................

CAPÍTULO IIDa Remuneração

......................................

Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor,prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade,corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidadeou idade. (NR)

- Art. 461 com redação dada pelo art. 1° da Lei n° 1.723, de 8/11/1952.

§ 1° - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será oque for feito com igual produtividade e com a mesma perfeiçãotécnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço nãofor superior a 2 (dois) anos. (NR)

- § 1° com redação dada pelo art. 1° da Lei n° 1.723, de 8/11/1952.

§ 2° - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando oempregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira,hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critériosde antigüidade e merecimento. (NR)

- § 2° com redação dada pelo art. 1° da Lei n° 1.723, de 8/11/1952.

§ 3° - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão serfeitas alternadamente por merecimento e por antingüidade,dentro de cada categoria profissional. (NR)

- § 3° acrescentado pelo art. 1° da Lei n° 1.723, de 8/11/1952.

§ 4° -O trabalhador readaptado em nova função por motivo dedeficiência física ou mental atestada pelo órgão competenteda Previdência Social não servirá de paradigma para fins deequiparação salarial. (NR)

- § 4° acrescentado pelo art. 1° da Lei n° 5.798, de 31/08/1972.

......................................

Art. 475 - O empregado que for aposentado por invalidez terásuspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelasleis de previdência social para a efetivação do benefício.

§ 1° - Recuperando o empregado a capacidade de trabalho esendo a aposentadoria cancelada, ser-lhe-á assegurado o direitoà função que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado,porém, ao empregador, o direito de indenizá-lo por rescisão docontrato de trabalho, nos termos dos arts. 477 e 478, salvo nahipótese de ser ele portador de estabilidade, quando aindenização deverá ser paga na forma do art. 497. (NR)

- § 1° com redação dada pelo art. 1° da Lei n° 4.824, de 5/11/1965.

§ 2° - Se o empregador houver admitido substituto para oaposentado, poderá rescindir, com este, o respectivo contratode trabalho sem indenização, desde que tenha havido ciênciainequívoca da interinidade ao ser celebrado o contrato.

......................................

Rio de Janeiro, 1º de maio de 1943; 122º da Independência e 55ºda República.

Getúlio Vargas. Presidente da República.

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Lei n° 1.521, de 26 de dezembro de 1951

Altera dispositivos da legislação vigente sobre crimes contra aeconomia popular.

......................................

Art. 4° - Constitui crime da mesma natureza a usura pecuniária oureal, assim se considerando:

......................................

§ 2° - São circunstâncias agravantes do crime de usura:

......................................

IV - quando cometido:

......................................

b) em detrimento de operário ou de agricultor; de menor de 18(dezoito) anos ou de deficiente mental, interditado ou não.

......................................

Rio de Janeiro, 26 de dezembro de 1951; 130º da Independênciae 63º da República.

Getúlio Vargas. Presidente da República.

Lei n° 4.169, de 4 de dezembro de 1962 (*)

Oficializa as convenções Braille para uso na escrita e leitura doscegos e o Código de Contrações e Abreviaturas Braille.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o CONGRESSONACIONAL decreta, e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° - São oficializadas e de uso obrigatório em todo o territórionacional, as convenções Braille, para uso na escrita e leitura doscegos e o Código de Contrações e Abreviaturas Braille, constantesda tabela anexa e aprovados pelo Congresso Brasileiro Pró-Abreviatura Braille, realizado no Instituto Benjamin Constant, nacidade do Rio de Janeiro, em dezembro de 1957.

Art. 2° - A utilização do Código de Contrações e Abreviaturas Brailleserá feita gradativamente, cabendo ao Ministro da Educação eCultura, ouvido o Instituto Benjamin Constant, baixar regulamentosobre prazos da obrigatoriedade a que se refere o artigo anterior eseu emprego nas revistas impressas pelo sistema Braille no Brasil,livros didáticos e obras de difusão cultural, literária ou científica.

Art. 3° - Os infratores da presente lei não poderão gozar de quaisquerbenefícios por parte da União, perdendo o direito aos mesmosaqueles que os tenham conseguido, uma vez verificada ecomprovada a infração pelo Instituto Benjamin Constant.

Art. 4° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Brasília, 4 de dezembro de 1962; 141º da Independência e 74ºda República.

João Goulart. Presidente da República.

(*) O alfabeto Braille encontra-se publicado no D.O.U. de 11/12/1962.

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Lei n° 4.613, de 2 de abril de 1965

Isenta dos impostos de importação e de consumo bem como da taxa de despachoaduaneiro, os veículos especiais destinados a uso exclusivo de paraplégicos ou depessoa portadora de defeitos físicos, os quais fiquem impossibilitados de utilizar osmodelos comuns.

O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sancionoa seguinte lei:

Art. 1° - É concedida isenção dos impostos de importação e de consumo, bem como dataxa de despacho aduaneiro, para os veículos que, pelas suas características e adaptaçõesespeciais, se destinarem a uso exclusivo de paraplégicos ou de pessoas portadorasde defeitos físicos, os quais fiquem impossibilitados de utilizar os modelos comuns.

Parágrafo único - A isenção de que trata esta lei não abrange o material com similarnacional.

Art. 2° - A venda dos veículos importados na conformidade do artigo anterior será permitida,pela competente estação aduaneira, somente à pessoa nas mesmas condições dedeficiência física, apuradas mediante inspeção por junta médica oficial.

Parágrafo único - Apurada fraude na importação ou na venda dos veículos importadoscom a isenção outorgada nesta lei, o infrator pagará os impostos de importação e deconsumo, bem como a taxa de despacho aduaneiro, em dobro, sem prejuízo dasdemais sanções legais aplicáveis.

Art. 3° - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4° - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 2 de abril de 1965, 144ª da Independência e 77º da República.

H. Castello Branco. Presidente da República.

Foto Roberto Navarro

Computação - Associação Brasileirade Distrofia Muscular - ABDIM

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Lei n° 4.737, de 15 de julho de 1965

Institui o Código Eleitoral

......................................

TÍTULO IVDa Votação

CAPÍTULO IDos Lugares da Votação

Art. 135 - Funcionarão as mesas receptoras nos lugares designadospelos juizes eleitorais 60 (sessenta) dias antes da eleição,publicando-se a designação.

......................................

§ 6°- A - Os Tribunais Regionais Eleitorais deverão, a cadaeleição,expedir instruções aos Juízes Eleitorais, para orientá-los na escolha dos locais de votação de mais fácil acesso parao eleitor deficiente físico. (NR)

- § 6°- A acrescentado pelo art. 1° da Lei n° 10.226, de 15/05/2001.

......................................

Brasília, 15 de julho de 1965; 144º da Independência e 77º daRepública.

H. Castello Branco. Presidente da República.

Lei n° 6.538, de 22 de junho de 1978

Dispõe sobre os Serviços Postais.

......................................

TÍTULO VIDas Definições

Art. 47 - Para os efeitos desta Lei, são adotadas as seguintesdefinições:

Carta - objeto de correspondência, com ou sem envoltório, sob aforma de comunicação escrita, de natureza administrativa, social,comercial, ou qualquer outra, que contenha informação de interesseespecífico do destinatário.

Cartão-postal - objeto de correspondência, de material consistente,sem envoltório, contendo mensagem e endereço.

Cecograma - objeto de correspondência impresso em relevo, parauso dos cegos. Considera-se também cecograma o materialimpresso para uso dos cegos.

......................................

Brasília, 22 de junho de 1978; 157º da Independência e 90º daRepública.

Ernesto Geisel. Presidente da República.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei n° 7.070, de 20 de dezembro de 1982

Dispõe sobre Pensão Especial para os Deficientes físicos queEspecifica, e dá outras Providências.

O Presidente da República.Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono aseguinte Lei:

Art. 1° - Fica o Poder Executivo autorizado a conceder pensãoespecial, mensal, vitalícia e intransferível, aos portadores dadeficiência física conhecida como “Síndrome da Talidomida”que a requererem, devida a partir da entrada do pedido de pagamentono Instituto Nacional de Previdência Social - INPS.

§ 1° - O valor da pensão especial, reajustável a cada ano posteriorà data da concessão segundo o Índice de Variação dasObrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, serácalculado em função dos pontos indicadores da natureza e dograu da dependência resultante da deformidade física, à razão,cada um, de metade do maior salário mínimo vigente no País.

§ 2° - Quanto à natureza, a dependência compreenderá aincapacidade para o trabalho, para a deambulação, para higienepessoal e para a própria alimentação, atribuindo-se a cada uma1 (um) ou 2 (dois) pontos, respectivamente, conforme seja oseu grau parcial ou total.

Art. 2° - A percepção do benefício de que trata esta Lei dependeráunicamente da apresentação de atestado médico comprobatóriodas condições constantes do artigo anterior, passado por juntamédica oficial para esse fim constituída pelo Instituto Nacional dePrevidência Social, sem qualquer ônus para os interessados.

Art. 3° - A pensão especial de que trata esta Lei, ressalvado odireito de opção, não é acumulável com rendimento ou indenização

que, a qualquer título, venha a ser paga pela União a seusbeneficiários.

§ 1° - O benefício de que trata esta Lei é de naturezaindenizatória, não prejudicando eventuais benefícios de naturezaprevidenciária, e não poderá ser reduzido em razão de eventualaquisição de capacidade laborativa ou de redução deincapacidade para o trabalho, ocorridas após a sua concessão.(NR)

- Parágrafo único acrescentado pelo artigo 8° da Lei n° 9.528, de 10/

12/1997, posteriormente transformado em §° 1° pelo artigo 13 da

Medida Provisória n° 2187, de 27/07/2001.

§ 2° - O beneficiário desta pensão especial, maior de trinta ecinco anos, que necessite de assistência permanente de outrapessoa e que tenha recebido pontuação superior ou igual aseis, conforme estabelecido no § 2° do art. 1° desta Lei, farájus a um adicional de vinte e cinco por cento sobre o valor destebenefício. (NR)

- § 2° acrescentado pelo art. 13 da Medida Provisória n° 2187,

de 27/07/2001.

Nota: De acordo com o art. 2° da Emenda Constitucional n° 32, de

11/09/2001, as medidas provisórias editadas em data anterior à

publicação deste emenda continuam em vigor até que medida

provisória ulterior as revoguem explicitamente ou até deliberação

definitiva do Congresso Nacional.

§ 3° - Sem prejuízo do adicional de que trata o § 2°, o beneficiáriodesta pensão especial fará jus a mais um adicional de trinta e cincopor cento sobre o valor do benefício, desde que comprove pelo menos:(NR)

I - vinte e cinco anos, se homem, e vinte anos, se mulher, decontribuição para a Previdência Social. (NR)

II - cinqüenta e cinco anos de idade, se homem, ou cinqüentaanos de idade, se mulher, e contar pelo menos quinze anos decontribuição para a Previdência Social. (NR)

- §° 3° e incisos acrescentados pelo art. 1° da Lei n° 10.877, de

04/06/2004.

Art. 4° - A pensão especial será mantida e paga pelo Instituto

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Nacional de Previdência Social, por conta do Tesouro Nacional.

Parágrafo único - O Tesouro Nacional porá à disposição daPrevidência Social, à conta de dotações próprias consignadasno Orçamento da União, os recursos necessários ao pagamentoda pensão especial, em cotas trimestrais, de acordo com aprogramação financeira da União.

Art. 5° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 6° - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 20 de dezembro de 1982; 162º da Independência e 95ºda República.

João Figueiredo. Presidente da República.

Lei n° 7.210, de 11 de julho de 1984

Institui a Lei de Execução Penal.

......................................

Art. 32 - Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta ahabilitação, a condição pessoal e as necessidades futuras do preso,bem como as oportunidades oferecidas pelo mercado.

......................................

§ 3° - Os doentes ou deficientes físicos somente exercerãoatividades apropriadas ao seu estado.

......................................

Art. 117 - Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário deregime aberto em residência particular quando se tratar de:

......................................

III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;

......................................

Brasília, 11 de julho de 1984; 163º da Independência e 96º daRepública.

João Figueiredo. Presidente da República.

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Lei n° 7.405, de 12 de novembro de 1985

Torna Obrigatória a Colocação do Símbolo Internacional de Acesso em Todos os Locais eServiços que Permitam sua Utilização por Pessoas portadoras de deficiência, e dáoutras Providências.

O Presidente da República. Faço saber o Congresso Nacional decreta e eu sanciono aseguinte lei:

Art. 1° - É obrigatória a colocação, de forma visível, do Símbolo Internacional de Acesso,em todos os locais que possibilitem acesso, circulação e utilização por pessoasportadoras de deficiência, e em todos os serviços que forem postos à sua disposiçãoou que possibilitem o seu uso.

Art. 2° - Só é permitida a colocação do símbolo em edificações:

I - que ofereçam condições de acesso natural ou por meio de rampas construídas comas especificações contidas nesta Lei;

II - cujas formas de acesso e circulação não estejam impedidas aos deficientes emcadeira de rodas ou aparelhos ortopédicos em virtude da existência de degraus, soleirase demais obstáculos que dificultem sua locomoção;

III - que tenham porta de entrada com largura mínima de 90 cm (noventa centímetros);

IV - que tenham corredores ou passagens com largura mínima de 120 cm (cento evinte centímetros);

V - que tenham elevador cuja largura da porta seja, no mínimo, de 100 cm (cemcentímetros); e

VI - que tenham sanitários apropriados ao uso do deficiente.

Art. 3° - Só é permitida a colocação do Símbolo Internacional de Acesso na identificação deserviços cujo uso seja comprovadamente adequado às pessoas portadoras de deficiência.

Art. 4° - Observado o disposto nos anteriores artigos 2 e 3 desta Lei, é obrigatória acolocação do símbolo na identificação dos seguintes locais e serviços, dentre outros deinteresse comunitário:

Foto Marco A. Cardelino

Artesanato - AssociaçãoBrasileira de Esclerose Múltipla - ABEM

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

I - sede dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, noDistrito Federal, nos Estados, Territórios e Municípios;

II - prédios onde funcionam órgãos ou entidades públicas, querde administração ou de prestação de serviços;

III - edifícios residenciais, comerciais ou de escritórios;

IV - estabelecimentos de ensino em todos os níveis;

V - hospitais, clínicas e demais estabelecimentos do gênero;

VI - bibliotecas;

VII - supermercados, centros de compras e lojas dedepartamento;

VIII - edificações destinadas ao lazer, como estádios, cinemas,clubes, teatros e parques recreativos;

IX - auditórios para convenções, congressos e conferências;

X - estabelecimentos bancários;

XI - bares e restaurantes;

XII - hotéis e motéis;

XIII - sindicatos e associações profissionais;

XIV - terminais aeroviários, rodoviários, ferroviários e metrôs;

XV - igrejas e demais templos religiosos;

XVI - tribunais federais e estaduais;

XVII - cartórios;

XVIII - todos os veículos de transporte coletivo que possibilitemo acesso e que ofereçam vagas adequadas ao deficiente;

XIX - veículos que sejam conduzidos pelo deficiente;

XX - locais e respectivas vagas para estacionamento, as quaisdevem ter largura mínima de 3,66 m (três metros e sessenta eseis centímetros);

XXI - banheiros compatíveis ao uso da pessoa portadora dedeficiência e à mobilidade de sua cadeira de rodas;

XXII - elevadores cuja abertura da porta tenha, no mínimo, 100cm (cem centímetros) e de dimensões internas mínimas de120 cm x 150 cm (cento e vinte centímetros por cento ecinqüenta centímetros);

XXIII - telefones com altura máxima do receptáculo de fichasde 120 cm (cento e vinte centímetros);

XXIV - bebedouros adequados;

XXV - guias de calçada rebaixadas;

XXVI - vias e logradouros públicos que configurem rota de trajetopossível e elaborado para o deficiente;

XXVII - rampas de acesso e circulação com piso antiderrapante;largura mínima de 120 cm (cento e vinte centímetros); corrimãode ambos os lados com altura máxima de 80 cm (oitentacentímetros); proteção lateral de segurança; e declive de 5%(cinco por cento) a 6% (seis por cento), nunca excedendo a8,33% (oito vírgula trinta e três por cento) e 3,50 m (três metrose cinqüenta centímetros) de comprimento;

XXVIII - escadas com largura mínima de 120 cm (cento e vintecentímetros); corrimão de ambos os lados com a altura máximade 80 cm (oitenta centímetros) e degraus com altura máximade 18 cm (dezoito centímetros) e largura mínima de 25 cm (vintee cinco centímetros).

Art. 5° - O Símbolo Internacional de Acesso deverá ser colocado,obrigatoriamente, em local visível ao público, não sendo permitidanenhuma modificação ou adição ao desenho reproduzido no anexoa esta Lei.

Art. 6° - É vedada a utilização do Símbolo Internacional de Acessopara finalidade outra que não seja a de identificar, assinalar ouindicar local ou serviço habilitado ao uso de pessoas portadorasde deficiência.

Parágrafo único - O disposto no caput deste artigo não seaplica à reprodução do símbolo em publicações e outros meiosde comunicação relevantes para os interesses do deficiente.

Art. 7° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 8° - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília , em 12 de novembro de 1985; 164º da Independência e97º da República.

José Sarney. Presidente da República.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Anexo

Símbolo Internacional de Acesso

Lei n° 7.713, de 22 de dezembro de 1988

Altera a legislação do Imposto de Renda e dá outras providências.

......................................

Art. 6° - Ficam isentos do Imposto de Renda os seguintesrendimentos percebidos por pessoas físicas:

......................................

XIV - os proventos de aposentadoria ou reforma, desde quemotivadas por acidente em serviços, e os percebidos pelosportadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienaçãomental, esclerose-múltipla, neoplasia maligna, cegueira,hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatiagrave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante,nefropatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteítedeformante), contaminação por radiação, síndrome daimunodeficiência adquirida, com base em conclusão damedicina especializada, mesmo que a doença tenha sidocontraída depois da aposentadoria ou reforma; (NR)

- Inciso XIV com redação dada pelo art. 47 da Lei n° 8.541, de

23/12/1992.

......................................

Brasília, 22 de dezembro de 1988; 167º da Independência e 100ºda República.

José Sarney. Presidente da República.

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Decreto n° 3.000, de 26 de março de 1999

Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação eadministração do Imposto sobre a Renda e Proventos de QualquerNatureza.

......................................

CAPÍTULO IIRendimento Isentos ou não Tributáveis

Seção IRendimentos Diversos

Art. 39 - Não entrarão no cômputo do rendimento bruto:

......................................

VI - os valores recebidos por deficiente mental a título depensão, pecúlio, montepio e auxílio, quando decorrentes deprestações do regime de previdência social ou de entidades deprevidência privada (Lei n° 8.687, de 20 de julho de 1993, art.1°);

......................................

§ 2° - Para efeito da isenção de que trata o inciso VI, considera-se deficiente mental a pessoa que, independentemente daidade, apresenta funcionamento intelectual subnormal com

origem durante o período de desenvolvimento e associado àdeterioração do comportamento adaptativo (Lei n° 8.687, de 1993,art. 1°, parágrafo único).

§ 3° - A isenção a que se refere o inciso VI não se comunica aosrendimentos de deficientes mentais originários de outras fontesde receita, ainda que sob a mesma denominação dos benefíciosreferidos no inciso (Lei n° 8.687, de 1993, art. 2°).

......................................

TÍTULO VDeduções

......................................

CAPÍTULO IIDedução Mensal do Rendimento Tributável

......................................

Seção IIIDependentes

Art. 77 - a determinação da base de cálculo sujeita à incidênciamensal do imposto, poderá ser deduzida do rendimento tributávela quantia equivalente a noventa reais por dependente (Lei n° 9.250,de 1995, art. 4°, inciso III).

§ 1° - Poderão ser considerados como dependentes, observadoo disposto nos arts. 4°, § 3°, e 5°, parágrafo único (Lei n° 9.250,de 1995, art. 35):

......................................

III - a filha, o filho, a enteada ou o enteado, até vinte e um anos,ou de qualquer idade quando incapacitado física oumentalmente para o trabalho;

......................................

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V - o irmão, o neto ou o bisneto, sem arrimo dos pais, até vinte e um anos, desde queo contribuinte detenha a guarda judicial, ou de qualquer idade quando incapacitadofísica ou mentalmente para o trabalho;

......................................

CAPÍTULO IIIDedução na Declaração de Rendimentos

Seção IDespesas Médicas

Art. 80 - Na declaração de rendimentos poderão ser deduzidos os pagamentos efetuados, noano-calendário, a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutasocupacionais e hospitais, bem como as despesas com exames laboratoriais, serviçosradiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias (Lei n° 9.250, de1995, art. 8°, inciso II, alínea “a”).

§ 1° - O disposto neste artigo (Lei n° 9.250, de 1995, art. 8°, § 2°):

.........................................

V - no caso de despesas com aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias,exige-se a comprovação com receituário médico e nota fiscal em nome do beneficiário.

§ 2° - Na hipótese de pagamentos realizados no exterior, a conversão em moeda nacional seráfeita mediante utilização do valor do dólar dos Estados Unidos da América, fixado para vendapelo Banco Central do Brasil para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao dopagamento.

§ 3° - Consideram-se despesas médicas os pagamentos relativos à instrução dedeficiente físico ou mental, desde que a deficiência seja atestada em laudo médicoe o pagamento efetuado a entidades destinadas a deficientes físicos ou mentais.

......................................

Brasília, 26 de março de 1999; 178° da Independência e 111° da República.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

Menino com down trabalhando - AmigosMetroviários dos Excepcionais - AME

Foto cedida pela AME

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Lei n° 7. 853, de 24 de outubro de 1989

Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência,sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional paraIntegração da Pessoa Portadora de Deficiência - CORDE,institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessaspessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimese dá outras providências.

O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacionaldecreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1° - Ficam estabelecidas normas gerais que asseguram opleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoasportadoras de deficiência, e sua efetiva integração social, nostermos desta lei.

§ 1° - Na aplicação e interpretação desta lei, serão consideradosos valores básicos da igualdade de tratamento e oportunidade,da justiça social, do respeito à dignidade da pessoa humana,do bem-estar, e outros, indicados na Constituição ou justificadospelos princípios gerais de direito.

§ 2° - As normas desta lei visam garantir às pessoas portadorasde deficiência as ações governamentais necessárias ao seucumprimento e das demais disposições constitucionais e legaisque lhes concernem, afastadas as discriminações e ospreconceitos de qualquer espécie, e entendida a matéria comoobrigação nacional a cargo do Poder Público e da sociedade.

Art. 2° - Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoasportadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitosbásicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho,ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade,e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciemseu bem-estar pessoal, social e econômico.

Parágrafo único - Para o fim estabelecido no caput desteartigo, os órgãos e entidades da Administração Direta e Indiretadevem dispensar, no âmbito de sua competência e finalidade,aos assuntos objeto desta lei, tratamento prioritário e adequado,tendente a viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintesmedidas:

I - na área da educação:

a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especialcomo modalidade educativa que abranja a educação precoce, apré-escolar, as de 1° e 2° Graus, a supletiva, a habilitação e areabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigênciasde diplomação próprios;

b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolasespeciais, privadas e públicas;

c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial emestabelecimentos públicos e de ensino;

d) o oferecimento obrigatório de programas de EducaçãoEspecial a nível pré-escolar, em unidades hospitalares econgêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ousuperior a 1 (um), educandos portadores de deficiência;

e) o acesso de alunos portadores de deficiência aosbenefícios conferidos aos demais educandos, inclusive materialescolar, merenda escolar e bolsas de estudo;

f) a matrícula compulsória em cursos regulares deestabelecimentos públicos e particulares de pessoasportadoras de deficiência capazes de se integrarem nosistema regular de ensino.

II - na área da saúde:

a) a promoção de ações preventivas, como as referentes aoplanejamento familiar, ao aconselhamento genético, aoacompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, à nutriçãoda mulher e da criança, à identificação e ao controle da gestantee do feto de alto risco, à imunização, às doenças do metabolismoe seu diagnóstico e ao encaminhamento precoce de outrasdoenças causadoras de deficiência;

b) o desenvolvimento de programas especiais de prevenção deacidentes do trabalho e de trânsito, e de tratamento adequado

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

a suas vítimas;

c) a criação de uma rede de serviços especializados emreabilitação e habilitação;

d) a garantia de acesso das pessoas portadoras dedeficiência aos estabelecimentos de saúde público e privados,e de seu adequado tratamento neles, sob normas técnicas epadrões de conduta apropriados;

e) a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao deficientegrave não internado;

f) o desenvolvimento de programas de saúde voltados para aspessoas portadoras de deficiência, desenvolvidos com aparticipação da sociedade e que lhes ensejem a integraçãosocial.

III - na área da formação profissional e do trabalho:

a) o apoio governamental à formação profissional, e a garantiade acesso aos serviços concernentes, inclusive aos cursosregulares voltados à formação profissional;

b) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e àmanutenção de empregos, inclusive de tempo parcial, destinadosàs pessoas portadoras de deficiência que não tenham acessoaos empregos comuns;

c) a promoção de ações eficazes que propiciem a inserção,nos setores público e privado, de pessoas portadoras dedeficiência;

d) a adoção de legislação específica que discipline a reserva demercado de trabalho, em favor das pessoas portadoras dedeficiência, nas entidades da Administração Pública e do setorprivado, e que regulamente a organização de oficinas econgêneres integradas ao mercado de trabalho e a situação,nelas, das pessoas portadoras de deficiência.

IV - na área de recursos humanos:

a) a formação de professores de nível médio para a EducaçãoEspecial, de técnicos de nível médio especializados nahabilitação e reabilitação, e de instrutores para formaçãoprofissional;

b) a formação e qualificação de recursos humanos que, nasdiversas áreas de conhecimento, inclusive de nível superior,

atendam à demanda e às necessidades reais das pessoasportadoras de deficiência;

c) o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico emtodas as áreas do conhecimento relacionadas com a pessoaportadora de deficiência.

V - na área das edificações:

a) a adoção e a efetiva execução de normas que garantam afuncionalidade das edificações e vias públicas, que evitem ouremovam os óbices às pessoas portadoras de deficiência,permitam o acesso destas a edifícios, a logradouros e a meiosde transporte.

Art. 3° - As ações civis públicas destinadas à proteção de interessescoletivos ou difusos das pessoas portadoras de deficiênciapoderão ser propostas pelo Ministério Público, pela União, Estados,Municípios e Distrito Federal; por associação constituída há maisde 1 (um) ano, nos termos da lei civil, autarquia, empresa pública,fundação ou sociedade de economia mista que inclua, entre suasfinalidades institucionais, a proteção das pessoas portadoras dedeficiência.

§ 1° - Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer àsautoridades competentes as certidões e informações que julgarnecessárias.

§ 2° - As certidões e informações a que se refere o parágrafoanterior deverão ser fornecidas dentro de 15 (quinze) dias daentrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só poderãoser utilizadas para a instrução da ação civil.

§ 3° - Somente nos casos em que o interesse público,devidamente justificado, impuser sigilo, poderá ser negadacertidão ou informação.

§ 4° - Ocorrendo a hipótese do parágrafo anterior, a ação poderáser proposta desacompanhada das certidões ou informaçõesnegadas, cabendo ao Juiz, após apreciar os motivos doindeferimento, e, salvo quando se tratar de razão de segurançanacional, requisitar umas e outras; feitas a requisição, oprocesso correrá em segredo de justiça, que cessará com otrânsito em julgado da sentença.

§ 5° - Fica facultado aos demais legitimados ativos habilitarem-

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

se como litisconsortes nas ações propostas por qualquer deles.

§ 6° - Em caso de desistência ou abandono da ação, qualquerdos co-legitimados pode assumir a titularidade ativa.

Art. 4° - A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível ergaomnes, exceto no caso de haver sido a ação julgada improcedentepor deficiência de prova, hipótese em que qualquer legitimado poderáintentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de novaprova.

§ 1° - A sentença que concluir pela carência ou pelaimprocedência da ação fica sujeita ao duplo grau de jurisdição,não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal.

§ 2° - Das sentenças e decisões proferidas contra o autor daação e suscetíveis de recursos, poderá recorrer qualquerlegitimado ativo, inclusive o Ministério Público.

Art. 5° - O Ministério Público intervirá obrigatoriamente nas açõespúblicas, coletivas ou individuais, em que se discutam interessesrelacionados à deficiência das pessoas.

Art. 6° - O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência,inquérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa física ou jurídica,pública ou particular, certidões, informações, exames ou perícias,no prazo que assinalar, não inferior a 10 (dez) dias úteis.

§ 1° - Esgotadas as diligências, caso se convença o órgão doMinistério Público da inexistência de elementos para apropositura de ação civil, promoverá fundamentadamente oarquivamento do inquérito civil, ou das peças informativas. Nestecaso, deverá remeter a reexame os autos ou as respectivaspeças, em 3 (três) dias, ao Conselho Superior do MinistérioPúblico, que os examinará, deliberando a respeito, conformedispuser seu Regimento.

§ 2° - Se a promoção do arquivamento for reformada, o ConselhoSuperior do Ministério Público designará desde logo outro órgãodo Ministério Público para o ajuizamento da ação.

Art. 7° - Aplicam-se à ação civil pública prevista nesta lei, no quecouber, os dispositivos da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985.

Art. 8° - Constitui crime punível com reclusão de 1 (um) a 4 (quatro)anos e multa:

I - recusar, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar,sem justa causa, a inscrição de aluno em estabelecimento deensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, por motivosderivados da deficiência que porta;

II - obstar, sem justa causa, o acesso de alguém a qualquercargo público, por motivos derivados de sua deficiência;

III - negar, sem justa causa, a alguém, por motivos derivados desua deficiência, emprego ou trabalho;

IV - recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar de prestarassistência médico-hospitalar e ambulatorial, quando possível,à pessoa portadora de deficiência;

V - deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, aexecução de ordem judicial expedida na ação civil a que aludeesta lei;

VI - recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis àpropositura da ação civil objeto desta lei, quando requisitadospelo Ministério Público.

Art. 9° - A Administração Pública Federal conferirá aos assuntosrelativos às pessoas portadoras de deficiência tratamentoprioritário e apropriado, para que lhes seja efetivamente ensejado opleno exercício de seus direitos individuais e sociais, bem comosua completa integração social.

§ 1° - Os assuntos a que alude este artigo serão objeto deação, coordenada e integrada, dos órgãos da AdministraçãoPública Federal, e incluir-se-ão em Política Nacional paraIntegração da Pessoa Portadora de Deficiência, na qualestejam compreendidos planos, programas e projetos sujeitosa prazos e objetivos determinados.

§ 2° - Ter-se-ão como integrantes da Administração PúblicaFederal, para os fins desta lei, além dos órgãos públicos, dasautarquias, das empresas públicas e sociedades de economiamista, as respectivas subsidiárias e as fundações públicas.

Art. 10 - A coordenação superior dos assuntos, açõesgovernamentais e medidas, referentes a pessoas portadoras de

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deficiência, incumbirá à Coordenadoria Nacional para a Pessoa Portadora deDeficiência - CORDE, órgão autônomo do Ministério da Ação Social, ao qual serãodestinados recursos orçamentários específicos. (NR)

- Art. 10 com redação dada pelo art. 38 da Lei n° 8.028, de 12/04/1990.

Parágrafo único - Ao órgão a que se refere este artigo caberá formular a PolíticaNacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, seus planos,programas e projetos e cumprir as instruções superiores que lhes digam respeito, coma cooperação dos demais órgãos públicos.

- Parágrafo único com redação dada pelo art. 38 da Lei n° 8.028, de 12/04/1990.

Art. 11 - Revogado

- Art. 11 revogado pelo art. 60 da Lei n° 8.028, de 12/04/1990.

Art. 12 - Compete à CORDE:

I - Coordenar as ações governamentais e medidas que se refiram às pessoas portadorasde deficiência;

II - elaborar os planos, programas e projetos subsumidos na Política Nacional paraa Integração de Pessoa Portadora de Deficiência, bem como propor as providênciasnecessárias a sua completa implantação e seu adequado desenvolvimento, inclusiveas pertinentes a recursos e as de caráter legislativo;

III - acompanhar e orientar a execução, pela Administração Pública Federal, dos planos,programas e projetos mencionados no inciso anterior;

IV - manifestar-se sobre a adequação à Política Nacional para a Integração daPessoa Portadora de Deficiência dos projetos federais a ela conexos, antes daliberação dos recursos respectivos;

V - manter, com os Estados, Municípios, Territórios, o Distrito Federal, e o MinistérioPúblico, estreito relacionamento, objetivando a concorrência de ações destinadas àintegração social das pessoas portadoras de deficiência;

VI - provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-lhe informações sobre fatosque constituam objeto da ação civil de que trata esta lei, e indicando-lhes os elementosde convicção;

VII - emitir opinião sobre os acordos, contratos ou convênios firmados pelos demaisórgãos da Administração Pública Federal, no âmbito da Política Nacional para aIntegração da Pessoa Portadora de Deficiência;

VIII - promover e incentivar a divulgação e o debate das questões concernentes àpessoa portadora de deficiência, visando à conscientização da sociedade.

Parágrafo único - Na elaboração dos planos, programas e projetos a seu cargo,

Foto cedida pela Associação Cruz Verde

Hidroginástica - Associação Cruz Verde

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

deverá a CORDE recolher, sempre que possível, a opinião daspessoas e entidades interessadas, bem como considerar anecessidade de efetivo apoio aos entes particulares voltadospara a integração social das pessoas portadoras dedeficiência.

Art. 13 - A CORDE contará com o assessoramento de órgãocolegiado, o Conselho Consultivo da Coordenadoria Nacionalpara Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.

§ 1° - A composição e o funcionamento do Conselho Consultivoda CORDE serão disciplinados em ato do Poder Executivo.Incluir-se-ão no Conselho representantes de órgãos e deorganizações ligados aos assuntos pertinentes à pessoaportadora de deficiência, bem como representante doMinistério Público Federal.

§ 2° - Compete ao Conselho Consultivo:

I - opinar sobre o desenvolvimento da Política Nacional paraIntegração da Pessoa Portadora de Deficiência;

II - apresentar sugestões para o encaminhamento dessa política;

III - responder a consultas formuladas pela CORDE.

§ 3° - O Conselho Consultivo reunir-se-á ordinariamente 1 (uma)vez por trimestre e, extraordinariamente, por iniciativa de 1/3(um terço) de seus membros, mediante manifestação escrita,com antecedência de 10 (dez) dias, e deliberará por maioria devotos dos Conselheiros presentes.

§ 4° - Os integrantes do Conselho não perceberão qualquervantagem pecuniária, salvo as de seus cargos de origem, sendoconsiderados de relevância pública os seus serviços.

§ 5° - As despesas de locomoção e hospedagem dos Conselheiros,quando necessárias, serão asseguradas pela CORDE.

Art. 14 - (Vetado).

Art. 15 - Para atendimento e fiel cumprimento do que dispõe estalei, será reestruturada a Secretaria de Educação Especial doMinistério da Educação, e serão instituídos, no Ministério doTrabalho, no Ministério da Saúde e no Ministério da Previdência eAssistência Social, órgãos encarregados da coordenação setorial

dos assuntos concernentes às pessoas portadoras dadeficiência.

Art. 16 - O Poder Executivo adotará, nos 60 (sessenta) diasposteriores à vigência desta lei, as providências necessárias àreestruturação e ao regular funcionamento da CORDE, comoaquelas decorrentes do artigo anterior.

Art. 17 - Serão incluídas no censo demográfico de 1990, e nossubseqüentes, questões concernentes à problemática da pessoaportadora de deficiência, objetivando o conhecimento atualizadodo número de pessoas portadoras de deficiência no País.

Art. 18 - Os órgãos federais desenvolverão, no prazo de 12 (doze)meses contado da publicação desta lei, as ações necessárias àefetiva implantação das medidas indicadas no artigo 2° desta lei.Art. 19 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 20 - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, em 24 de outubro de 1989; 168º da Independência e101º da República.

José Sarney. Presidente da República.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto n° 3.298, de 20 de dezembro de 1999

Regulamenta a Lei n° 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõesobre a Política Nacional para a Integração da PessoaPortadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, edá outras providências.

O Presidente da República , no uso das atribuições que lhe confereo art.84, incisos IV e VI, da Constituição, e tendo em vista o dispostona Lei n° 7.853, de 24 de outubro de 1989,

Decreta:

CAPÍTULO IDas Disposições Gerais

Art. 1° - A Política Nacional para a Integração da PessoaPortadora de Deficiência compreende o conjunto de orientaçõesnormativas que objetivam assegurar o pleno exercício dos direitosindividuais e sociais das pessoas portadoras de deficiência.

Art. 2° - Cabe aos órgãos e às entidades do Poder Público assegurarà pessoa portadora de deficiência o pleno exercício de seusdireitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, aotrabalho, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à previdência social, àassistência social, ao transporte, à edificação pública, à habitação,à cultura, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que,decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estarpessoal, social e econômico.

Art. 3° - Para os efeitos deste Decreto, considera-se:

I - deficiência - toda perda ou anormalidade de uma estruturaou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gereincapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrãoconsiderado normal para o ser humano;

II - deficiência permanente - aquela que ocorreu ou seestabilizou durante um período de tempo suficiente para nãopermitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesarde novos tratamentos; e

III - incapacidade - uma redução efetiva e acentuada dacapacidade de integração social, com necessidade deequipamentos, adaptações, meios ou recursos especiais paraque a pessoa portadora de deficiência possa receber outransmitir informações necessárias ao seu bem-estar pessoale ao desempenho de função ou atividade a ser exercida.

Art. 4° - É considerada pessoa portadora de deficiência a quese enquadra nas seguintes categorias:

I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um oumais segmentos do corpo humano, acarretando ocomprometimento da função física, apresentando-se sob a formade paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia,tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia,hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisiacerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida,exceto as deformidades estéticas e as que não produzamdificuldades para o desempenho de funções;

II - deficiência auditiva - perda parcial ou total daspossibilidades auditivas sonoras, variando de graus e níveis naforma seguinte:

a) de 25 a 40 decibéis (db) - surdez leve;

b) de 41 a 55 db - surdez moderada;

c) de 56 a 70 db - surdez acentuada;

d) de 71 a 90 db - surdez severa;

e) acima de 91 db - surdez profunda; e

f) anacusia;

III - deficiência visual - acuidade visual igual ou menor que 20/200no melhor olho, após a melhor correção, ou campo visual inferior a

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

20° (tabela de Snellen), ou ocorrência simultânea de ambas assituações;

IV - deficiência mental - funcionamento intelectualsignificativamente inferior à média, com manifestação antes dosdezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas dehabilidades adaptativas, tais como:

a) comunicação;

b) cuidado pessoal;

c) habilidades sociais;

d) utilização da comunidade;

e) saúde e segurança;

f) habilidades acadêmicas;

g) lazer; e

h) trabalho;

V - deficiência múltipla - associação de duas ou maisdeficiências.

CAPÍTULO IIDos Princípios

Art. 5° - A Política Nacional para a Integração da PessoaPortadora de Deficiência, em consonância com o ProgramaNacional de Direitos Humanos, obedecerá aos seguintes princípios;

I - desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedadecivil, de modo a assegurar a plena integração da pessoaportadora de deficiência no contexto sócio-econômico ecultural;

II - estabelecimento de mecanismos e instrumentos legais eoperacionais que assegurem às pessoas portadoras dedeficiência o pleno exercício de seus direitos básicos que,decorrentes da Constituição e das leis, propiciam o seu bem-estar pessoal, social e econômico; e

III - respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devemreceber igualdade de oportunidades na sociedade porreconhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem

privilégios ou paternalismos.

CAPÍTULO IIIDas Diretrizes

Art. 6° - São diretrizes da Política Nacional para a Integraçãoda Pessoa Portadora de Deficiência:

I - estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusãosocial da pessoa portadora de deficiência;

II - adotar estratégias de articulação com órgãos e entidadespúblicos e privados, bem assim com organismos internacionaise estrangeiros para a implantação desta Política;

III - incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadasas suas peculiaridades, em todas as iniciativas governamentaisrelacionadas à educação, à saúde, ao trabalho, à edificaçãopública, à previdência social, à assistência social, ao transporte,à habitação, à cultura, ao esporte e ao lazer;

IV - viabilizar a participação da pessoa portadora dedeficiência em todas as fases de implementação dessaPolítica, por intermédio de suas entidades representativas;

V - ampliar as alternativas de inserção econômica da pessoaportadora de deficiência, proporcionando a ela qualificaçãoprofissional e incorporação no mercado de trabalho; e

VI - garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoaportadora de deficiência sem o cunho assistencialista.

CAPÍTULO IVDos Objetivos

Art. 7° - São objetivos da Política Nacional para a Integraçãoda Pessoa Portadora de Deficiência:

I - o acesso, o ingresso e a permanência da pessoa portadorade deficiência em todos os serviços oferecidos à comunidade;

II - integração das ações dos órgãos e das entidades públicos

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e privados nas áreas de saúde, educação, trabalho, transporte, assistência social,edificação pública, previdência social, habitação, cultura, desporto e lazer, visando àprevenção das deficiências, à eliminação de suas múltiplas causas e à inclusãosocial;

III - desenvolvimento de programas setoriais destinados ao atendimento dasnecessidades especiais da pessoa portadora de deficiência;

IV - formação de recursos humanos para atendimento da pessoa portadora dedeficiência; e

V - garantia da efetividade dos programas de prevenção, de atendimento especializadoe de inclusão social.

CAPÍTULO VDos Instrumentos

Art. 8° - São instrumentos da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadorade Deficiência:

I - a articulação entre entidades governamentais e não-governamentais que tenhamresponsabilidades quanto ao atendimento da pessoa portadora de deficiência, emnível federal, estadual, do Distrito Federal e municipal;

II - o fomento à formação de recursos humanos para adequado e eficiente atendimentoda pessoa portadora de deficiência;

III - a aplicação da legislação específica que disciplina a reserva de mercado de trabalho,em favor da pessoa portadora de deficiência, nos órgãos e nas entidades públicose privados;

IV - o fomento da tecnologia de bioengenharia voltada para a pessoa portadora dedeficiência, bem como a facilitação da importação de equipamentos; e

V - a fiscalização do cumprimento da legislação pertinente à pessoa portadora dedeficiência.

CAPÍTULO VIDos Aspectos Institucionais

Art. 9° - Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta

Foto cedida pela Fundação Dorina Nowill

Prensa Braille

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

deverão conferir, no âmbito das respectivas competências efinalidades, tratamento prioritário e adequado aos assuntos relativosà pessoa portadora de deficiência, visando a assegurar-lhe opleno exercício de seus direitos básicos e a efetiva inclusão social.

Art. 10 - Na execução deste Decreto, a Administração PúblicaFederal direta e indireta atuará de modo integrado e coordenado,seguindo planos e programas, com prazos e objetivos determinados,aprovados pelo Conselho Nacional dos Direitos da PessoaPortadora de Deficiência - CONADE.Art. 11 - Ao CONADE, criado no âmbito do Ministério da Justiçacomo órgão superior de deliberação colegiada, compete:

I - zelar pela efetiva implantação da Política Nacional paraIntegração da Pessoa Portadora de Deficiência;

II - acompanhar o planejamento e avaliar a execução das políticassetoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social,transporte, cultura, turismo, desporto, lazer, política urbana eoutras relativas à pessoa portadora de deficiência;

III - acompanhar a elaboração e a execução da propostaorçamentária do Ministério da Justiça, sugerindo as modificaçõesnecessárias à consecução da Política Nacional paraIntegração da Pessoa Portadora de Deficiência;

IV - zelar pela efetivação do sistema descentralizado eparticipativo de defesa dos direitos da pessoa portadora dedeficiência;

V - acompanhar e apoiar as políticas e as ações do Conselhodos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência no âmbitodos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

VI - propor a elaboração de estudos e pesquisas que objetivema melhoria da qualidade de vida da pessoa portadora dedeficiência;

VII - propor e incentivar a realização de campanhas visando àprevenção de deficiências e à promoção dos direitos da pessoaportadora de deficiência;

VIII - aprovar o plano de ação anual da Coordenadoria Nacionalpara Integração da Pessoa Portadora de Deficiência -CORDE;

IX - acompanhar, mediante relatórios de gestão, o desempenho

dos programas e projetos da Política Nacional paraIntegração da Pessoa Portadora de Deficiência; e

X - elaborar o seu regimento interno.

Art. 12 - O CONADE será constituído, paritariamente, porrepresentantes de instituições governamentais e da sociedade civil,sendo a sua composição e o seu funcionamento disciplinados emato do Ministro de Estado da Justiça.

Parágrafo único - Na composição do CONADE, o Ministro deEstado da Justiça disporá sobre os critérios de escolha dosrepresentantes a que se refere este artigo, observando, entreoutros, a representatividade e a efetiva atuação, em nívelnacional, relativamente à defesa dos direitos da pessoaportadora de deficiência.

Art. 13 - Poderão ser instituídas outras instâncias deliberativaspelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, queintegrarão sistema descentralizado de defesa dos direitos dapessoa portadora de deficiência.

Art. 14 - Incumbe ao Ministério da Justiça, por intermédio daSecretaria de Estado dos Direitos Humanos, a coordenaçãosuperior, na Administração Pública Federal, dos assuntos, dasatividades e das medidas que se refiram às pessoas portadorasde deficiência.

§ 1° - No âmbito da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos,compete à CORDE:

I - exercer a coordenação superior dos assuntos, das açõesgovernamentais e das medidas referentes à pessoa portadorade deficiência;

II - elaborar os planos, programas e projetos da PolíticaNacional para Integração da Pessoa Portadora deDeficiência, bem como propor as providências necessárias àsua completa implantação e ao seu adequado desenvolvimento,inclusive as pertinentes a recursos financeiros e as de caráterlegislativo;

III - acompanhar e orientar a execução pela AdministraçãoPública Federal dos planos, programas e projetos mencionados

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

no inciso anterior;

IV - manifestar-se sobre a Política Nacional para aIntegração da Pessoa Portadora de Deficiência dos projetosa ela conexos, antes da liberação dos recursos respectivos;

V - manter com os Estados, o Distrito Federal, os Municípios eo Ministério Público, estreito relacionamento, objetivando aconcorrência de ações destinadas à integração das pessoasportadoras de deficiência;

VI - provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-lheinformações sobre fatos que constituam objeto da ação civil deque trata a Lei n° 7.853, de 24 de outubro de 1989, e indicando-lhe os elementos de convicção;

VII - emitir opinião sobre os acordos, contratos ou convêniosfirmados pelos demais órgãos da Administração Pública Federal,no âmbito da Política Nacional para a Integração da PessoaPortadora de Deficiência; e

VIII - promover e incentivar a divulgação e o debate das questõesconcernentes à pessoa portadora de deficiência, visando àconscientização da sociedade.

§ 2° - Na elaboração dos planos e programas a seu cargo, aCORDE deverá:

I - recolher, sempre que possível, a opinião das pessoas eentidades interessadas; e

II - considerar a necessidade de ser oferecido efetivo apoio àsentidades privadas voltadas a integração social da pessoaportadora de deficiência.

CAPÍTULO VIIDa Equiparação de Oportunidades

Art. 15 - Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federalprestarão direta ou indiretamente à pessoa portadora dedeficiência os seguintes serviços:

I - reabilitação integral, entendida como o desenvolvimento daspotencialidades da pessoa portadora de deficiência,

destinada a facilitar sua atividade laboral, educativa e social;

II - formação profissional e qualificação para o trabalho;

III - escolarização em estabelecimentos de ensino regular coma provisão dos apoios necessários, ou em estabelecimentosde ensino especial; e

IV - orientação e promoção individual, familiar e social.

SEÇÃO IDa Saúde

Art. 16 - Os órgãos e as entidades da Administração PúblicaFederal direta e indireta responsáveis pela saúde devem dispensaraos assuntos objeto deste Decreto tratamento prioritário eadequado, viabilizando, sem prejuízo de outras, as seguintesmedidas:

I - a promoção de ações preventivas, como as referentes aoplanejamento familiar, ao aconselhamento genético, aoacompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, ànutrição da mulher e da criança, à identificação e ao controleda gestante e do feto de alto risco, à imunização, às doençasdo metabolismo e seu diagnóstico, ao encaminhamento precocede outras doenças causadoras de deficiência, e à detecçãoprecoce das doenças crônico-degenerativas e a outraspotencialmente incapacitantes;

II - o desenvolvimento de programas especiais de prevenção deacidentes domésticos, de trabalho, de trânsito e outros, bemcomo o desenvolvimento de programa para tratamento adequadoa suas vítimas;

III - a criação de rede de serviços regionalizados,descentralizados e hierarquizados em crescentes níveis decomplexidade, voltada ao atendimento à saúde e reabilitaçãoda pessoa portadora de deficiência, articulada com osserviços sociais, educacionais e com o trabalho;

IV - a garantia de acesso da pessoa portadora dedeficiência aos estabelecimentos de saúde públicos eprivados e de seu adequado tratamento sob normas técnicas

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

e padrões de conduta apropriados;

V - a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao portadorde deficiência grave não internado;

VI - o desenvolvimento de programas de saúde voltados paraa pessoa portadora de deficiência, desenvolvidos com aparticipação da sociedade e que lhes ensejem a inclusãosocial; e

VII - o papel estratégico da atuação dos agentes comunitáriosde saúde e das equipes de saúde da família na disseminaçãodas práticas e estratégias de reabilitação baseada nacomunidade.

§ 1° - Para os efeitos deste Decreto, prevenção compreende asações e medidas orientadas a evitar as causas das deficiênciasque possam ocasionar incapacidade e as destinadas a evitarsua progressão ou derivação em outras incapacidades.

§ 2° - A deficiência ou incapacidade deve ser diagnosticadae caracterizada por equipe multidisciplinar de saúde, para finsde concessão de benefícios e serviços.

§ 3° - As ações de promoção da qualidade de vida da pessoaportadora de deficiência deverão também assegurar aigualdade de oportunidades no campo da saúde.

Art. 17 - É beneficiária do processo de reabilitação a pessoa queapresenta deficiência, qualquer que seja sua natureza, agentecausal ou grau de severidade.

§ 1° - Considera-se reabilitação o processo de duração limitadae com objetivo definido, destinado a permitir que a pessoa comdeficiência alcance o nível físico, mental ou social funcionalótimo, proporcionando-lhe os meios de modificar sua própriavida, podendo compreender medidas visando a compensar aperda de uma função ou uma limitação funcional e facilitar ajustesou reajustes sociais.

§ 2° - Para efeito do disposto neste artigo, toda pessoa queapresente redução funcional devidamente diagnosticada porequipe multiprofissional terá direito a beneficiar-se dos processosde reabilitação necessários para corrigir ou modificar seu estadofísico, mental ou sensorial, quando este obstáculo para sua

integração educativa, laboral e social.

Art. 18 - Incluem-se na assistência integral à saúde e reabilitaçãoda pessoa portadora de deficiência a concessão de órteses,próteses, bolsas coletoras e materiais auxiliares, dado que taisequipamentos complementam o atendimento, aumentando aspossibilidades de independência e inclusão da pessoa portadorade deficiência.

Art. 19 - Consideram-se ajudas técnicas, para os efeitos desteDecreto, os elementos que permitem compensar uma ou maislimitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoaportadora de deficiência, com o objetivo de permitir-lhe superaras barreiras da comunicação e da mobilidade e de possibilitar suaplena inclusão social.

Parágrafo único - São ajudas técnicas:

I - próteses auditivas, visuais e físicas;

II - órteses que favoreçam a adequação funcional;

III - equipamentos e elementos necessários à terapia ereabilitação da pessoa portadora de deficiência;

IV - equipamentos, maquinarias e utensílios de trabalhoespecialmente desenhados ou adptados para uso por pessoaportadora de deficiência;

V - elementos de mobilidade, cuidado e higiene pessoalnecessários para facilitar a autonomia e a segurança da pessoaportadora de deficiência;

VI - elementos especiais para facilitar a comunicação, ainformação e a sinalização para pessoa portadora dedeficiência;

VII - equipamentos e material pedagógico especial paraeducação, capacitação e recreação da pessoa portadora dedeficiência;

VIII - adaptações ambientais e outras que garantam o acesso,a melhoria funcional e a autonomia pessoal; e

IX - bolsas coletoras para os portadores de ostomia.

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Art. 20 - É considerado parte integrante do processo de reabilitação o provimento demedicamentos que favoreçam a estabilidade clínica e funcional e auxiliem na limitação daincapacidade, na reeducação funcional e no controle das lesões que geram incapacidades.

Art. 21 - O tratamento e a orientação psicológica serão prestados durante as distintasfases do processo reabilitador, destinados a contribuir para que a pessoa portadora dedeficiência atinja o mais pleno desenvolvimento de sua personalidade.

Parágrafo único - O tratamento e os apoios psicológicos serão simultâneos aostratamentos funcionais e, em todos os casos, serão concedidos desde a comprovaçãoda deficiência ou do início de um processo patológico que possa originá-la.

Art. 22 - Durante a reabilitação, será propiciada, se necessária, assistência em saúdemental com a finalidade de permitir que a pessoa submetida a esta prestação desenvolvaao máximo suas capacidades.

Art. 23 - Será fomentada a realização de estudos epidemiológicos e clínicos, comperiodicidade e abrangência adequadas, de modo a produzir informações sobre a ocorrênciade deficiências e incapacidades.

SEÇÃO IIDo Acesso à Educação

Art. 24 - Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indiretaresponsáveis pela educação dispensarão tratamento prioritário e adequado aos assuntosobjeto deste Decreto, viabilizando, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:

I - a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicosparticulares de pessoa portadora de deficiência capazes de se integrar na rederegular de ensino;

II - a inclusão, no sistema educacional, da educação especial como modalidade deeducação escolar que permeia transversalmente todos os níveis e as modalidades deensino;

III - a inserção, no sistema educacional, das escolas ou instituições especializadaspúblicas e privadas;

IV - a oferta, obrigatória e gratuita, da educação especial em estabelecimentospúblicos de ensino;

Foto cedida pela ABDC

Paraolimpíadas Atenas 2004

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

V - o oferecimento obrigatório dos serviços de educaçãoespecial ao educando portador de deficiência em unidadeshospitalares e congêneres nas quais esteja internado por prazoigual ou superior a um ano; e

VI - o acesso de aluno portador de deficiência aos benefíciosconferidos aos demais educandos, inclusive material escolar,transporte, merenda escolar e bolsas de estudo.

§ 1° - Entende-se por educação especial, para os efeitos desteDecreto, a modalidade de educação escolar oferecidapreferencialmente na rede regular de ensino para educandocom necessidades educacionais especiais, entre eles oportador de deficiência.

§ 2° - A educação especial caracteriza-se por constituirprocesso flexível, dinâmico e individualizado, oferecidoprincipalmente nos níveis de ensino considerados obrigatórios.

§ 3° - A educação do aluno com deficiência deverá iniciar-sena educação infantil, a partir de zero ano.

§ 4° - A educação especial contará com equipemultiprofissional, com a adequada especialização, e adotaráorientações pedagógicas individualizadas.

§ 5° - Quando da construção e reforma de estabelecimentos deensino deverá ser observado o atendimento as normas técnicasda Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT relativasà acessibilidade.

Art. 25 - Os serviços de educação especial serão ofertados nasinstituições de ensino público ou privado do sistema de educaçãogeral, de forma transitória ou permanente, mediante programas deapoio para o aluno que está integrado no sistema regular de ensino,ou em escolas especializadas exclusivamente quando a educaçãodas escolas comuns não puder satisfazer as necessidadeseducativas ou sociais do aluno ou quando necessário ao bem-estardo educando.

Art. 26 - As instituições hospitalares e congêneres deverãoassegurar atendimento pedagógico ao educando portador dedeficiência internado nessas unidades por prazo igual ou superiora um ano, com o propósito de sua inclusão ou manutenção no

processo educacional.

Art. 27 - As instituições de ensino superior deverão ofereceradaptações de provas e os apoios necessários, previamentesolicitados pelo aluno portador de deficiência, inclusive tempoadicional para realização das provas, conforme as característicasda deficiência.

§ 1° - As disposições deste artigo aplicam-se, também, aosistema geral do processo seletivo para ingresso em cursosuniversitários de instituições de ensino superior.

§ 2° - O Ministério da Educação, no âmbito da sua competência,expedirá instruções para que os programas de educação superiorincluam nos seus currículos conteúdos, itens ou disciplinasrelacionados à pessoa portadora de deficiência.

Art. 28 - O aluno portador de deficiência matriculado ou egressodo ensino fundamental ou médio, de instituições públicas ouprivadas, terá acesso à educação profissional, a fim de obterhabilitação profissional que lhe proporcione oportunidades de acessoao mercado de trabalho.

§ 1° - A educação profissional para a pessoa portadora dedeficiência será oferecida nos níveis básico, técnico etecnológico, em escola regular, em instituições especializadase nos ambientes de trabalho.

§ 2° - As instituições públicas e privadas que ministram educaçãoprofissional deverão, obrigatoriamente, oferecer cursosprofissionais de nível básico à pessoa portadora dedeficiência, condicionando a matrícula à sua capacidade deaproveitamento e não a seu nível de escolaridade.

§ 3° - Entende-se por habilitação profissional o processodestinado a propiciar à pessoa portadora de deficiência, emnível formal e sistematizado, aquisição de conhecimentos ehabilidades especificamente associados a determinada profissãoou ocupação.

§ 4° - Os diplomas e certificados de cursos de educaçãoprofissional expedidos por instituição credenciada pelo Ministérioda Educação ou órgão equivalente terão validade em todo oterritório nacional.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Art. 29 - As escolas e instituições de educação profissionaloferecerão, se necessário, serviços de apoio especializado paraatender às peculiaridades da pessoa portadora de deficiênciatais como:

I - adaptação dos recursos instrucionais: material pedagógico,equipamento e currículo;

II - capacitação dos recursos humanos: professores, instrutorese profissionais especializados; e

III - adequação dos recursos físicos: eliminação de barreirasarquitetônicas, ambientais e de comunicação.

SEÇÃO IIIDa Habilitação e da Reabilitação Profissional

Art. 30 - A pessoa portadora de deficiência, beneficiária ou nãodo Regime Geral de Previdência Social, tem direito às prestaçõesde habilitação e reabilitação profissional para capacitar-se a obtertrabalho, conservá-lo e progredir profissionalmente.

Art. 31 - Entende-se por habilitação e reabilitação profissional oprocesso orientado a possibilitar que a pessoa portadora dedeficiência, a partir da identificação de suas potencialidadeslaborativas, adquira o nível suficiente de desenvolvimento profissionalpara ingresso e reingresso no mercado de trabalho e participar davida comunitária.

Art. 32 - Os serviços de habilitação e reabilitação profissionaldeverão estar dotados dos recursos necessários para atender todapessoa portadora de deficiência, independentemente da origemde sua deficiência, desde que possa ser preparada para trabalhoque lhe seja adequado e tenha perspectivas de obter, conservar enele progredir.

Art. 33 - A orientação profissional será prestada pelos

correspondentes serviços de habilitação e reabilitação profissional,tendo em conta as potencialidades da pessoa portadora dedeficiência, identificadas com base em relatório de equipemultiprofissional, que deverá considerar:

I - educação escolar efetivamente recebida e por receber;

II - expectativa de promoção social;

III - possibilidades de emprego existentes em cada caso;

IV - motivações, atitudes e preferências profissionais; e

V - necessidades do mercado de trabalho.

SEÇÃO IVDo Acesso ao Trabalho

Art. 34 - É finalidade primordial da política de emprego a inserçãoda pessoa portadora de deficiência no mercado de trabalho ousua incorporação ao sistema produtivo mediante regime especialde trabalho protegido.

Parágrafo único - Nos casos de deficiência grave ou severa,o cumprimento do disposto no caput deste artigo poderá serefetivado mediante a contratação das cooperativas sociais deque trata a Lei n° 9.867, de 10 de novembro de 1999.

Art. 35 - São modalidades de inserção laboral da pessoa portadorade deficiência:

I - colocação competitiva: processo de contratação regular, nostermos da legislação trabalhista e previdenciária, que independeda adoção de procedimentos especiais para sua concretização,não sendo excluída a possibilidade de utilização de apoiosespeciais;

II - colocação seletiva: processo de contratação regular, nostermos da legislação trabalhista e previdenciária, que dependeda adoção de procedimentos e apoios especiais para suaconcretização; e

III - promoção do trabalho por conta própria: processo de

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

fomento da ação de uma ou mais pessoas, mediante trabalhoautônomo, cooperativado ou em regime de economia familiar,com vista à emancipação econômica e pessoal.

§ 1° - As entidades beneficentes de assistência social, na formada lei, poderão intermediar a modalidade de inserção laboral deque tratam os incisos II e III, nos seguintes casos:

I - na contratação para prestação de serviços, por entidade públicaou privada, da pessoa portadora de deficiência física, mentalou sensorial; e

II - na comercialização de bens e serviços decorrentes deprogramas de habilitação profissional de adolescente e adultoportador de deficiência em oficina protegida de produção outerapêutica.

§ 2° - Consideram-se procedimentos especiais os meiosutilizados para a contratação de pessoa que, devido ao seugrau de deficiência, transitória ou permanente, exija condiçõesespeciais, tais como jornada variável, horário flexível,proporcionalidade de salário, ambiente de trabalho adequadoàs suas especificidades, entre outros.

§ 3° - Consideram-se apoios especiais a orientação, a supervisãoe as ajudas técnicas entre outros elementos que auxiliem oupermitam compensar uma ou mais limitações funcionaismotoras, sensoriais ou mentais da pessoa portadora dedeficiência, de modo a superar as barreiras da mobilidade eda comunicação, possibilitando a plena utilização de suascapacidades em condições de normalidade.

§ 4° - Considera-se oficina protegida de produção a unidade quefunciona em relação de dependência com entidade pública oubeneficente de assistência social, que tem por objetivodesenvolver programa de habilitação profissional para adolescentee adulto portador de deficiência, provendo-o com trabalhoremunerado, com vista à emancipação econômica e pessoalrelativa.

§ 5° - Considera-se oficina protegida terapêutica a unidade quefunciona em relação de dependência com entidade pública oubeneficente de assistência social, que tem por objetivo aintegração social por meio de atividades de adaptação ecapacitação para o trabalho de adolescente e adulto que devidoao seu grau de deficiência, transitória ou permanente, não

possa desempenhar atividade laboral no mercado competitivode trabalho ou em oficina protegida de produção.

§ 6° - O período de adaptação e capacitação para o trabalho deadolescente e adulto portador de deficiência em oficinaprotegida terapêutica não caracteriza vínculo empregatício e estácondicionado a processo de avaliação individual que considereo desenvolvimento biopsicosocial da pessoa.

§ 7° - A prestação de serviços será feita mediante celebraçãode convênio ou contrato formal, entre a entidade beneficente deassistência social e o tomador de serviços, no qual constará arelação nominal dos trabalhadores portadores de deficiênciacolocados à disposição do tomador.

§ 8° - A entidade que se utilizar do processo de colocaçãoseletiva deverá promover, em parceria com o tomador de serviços,programas de prevenção de doenças profissionais e de reduçãoda capacidade laboral, bem assim programas de reabilitaçãocaso ocorram patologias ou se manifestem outrasincapacidades.

Art. 36 - A empresa com cem ou mais empregados está obrigadaa preencher de dois a cinco por cento de seus cargos combeneficiários da Previdência Social reabilitados ou com pessoaportadora de deficiência habilitada, na seguinte proporção:

I - até duzentos empregados, dois por cento;

II - de duzentos e um a quinhentos empregados, três por cento;

III - de quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento; ou

IV - mais de mil empregados, cinco por cento.

§ 1° - A dispensa de empregado na condição estabelecida nesteartigo, quando se tratar de contrato por prazo determinado,superior a noventa dias, e a dispensa imotivada, no contrato porprazo indeterminado, somente poderá ocorrer após a contrataçãode substituto em condições semelhantes.

§ 2° - Considera-se pessoa portadora de deficiência habilitadaaquela que concluiu curso de educação profissional de nívelbásico, técnico ou tecnológico, ou curso superior, comcertificação ou diplomação expedida por instituição pública ouprivada, legalmente credenciada pelo Ministério da Educaçãoou órgão equivalente, ou aquela com certificado de conclusão

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de processo de habilitação ou reabilitação profissional fornecido pelo Instituto Nacionaldo Seguro Social - INSS.

§ 3° - Considera-se, também, pessoa portadora de deficiência habilitada aquelaque, não tendo se submetido a processo de habilitação ou reabilitação, esteja capacitadapara o exercício da função.

§ 4° - A pessoa portadora de deficiência habilitada nos termos dos §§ 2° e 3° desteartigo poderá recorrer à intermediação de órgão integrante do sistema público deemprego, para fins de inclusão laboral na forma deste artigo.

§ 5° - Compete ao Ministério do Trabalho e Emprego estabelecer sistemática defiscalização, avaliação e controle das empresas, bem como instituir procedimentos eformulários que propiciem estatísticas sobre o número de empregados portadoresde deficiência e de vagas preenchidas, para fins de acompanhamento do disposto nocaput deste artigo.

Art. 37 - Fica assegurado à pessoa portadora de deficiência o direito de se inscreverem concurso público, em igualdade de condições com os demais candidatos, paraprovimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que éportador.

§ 1° - O candidato portador de deficiência, em razão da necessária igualdade decondições, concorrerá a todas as vagas, sendo reservado no mínimo o percentual decinco por cento em face da classificação obtida.

§ 2° - Caso a aplicação do percentual de que trata o parágrafo anterior resulte emnúmero fracionado, este deverá ser elevado até o primeiro número inteiro subseqüente.

Art. 38 - Não se aplica o disposto no artigo anterior nos casos de provimento de:

I - cargo em comissão ou função de confiança, de livre nomeação e exoneração; e

II - cargo ou emprego público integrante de carreira que exija aptidão plena do candidato.

Art. 39 - Os editais de concursos públicos deverão conter:

I - o número de vagas existentes, bem como o total correspondente à reserva destinadaà pessoa portadora de deficiência;

II - as atribuições e tarefas essenciais dos cargos;

III - previsão de adaptação das provas, do curso de formação e do estágio probatório,conforme a deficiência do candidato; e

IV - exigência de apresentação, pelo candidato portador de deficiência, no ato dainscrição, de laudo médico atestando a espécie e o grau ou nível da deficiência, com

Odair Ferreira dos Santos (atleta) e RafaelSilva (Deputado) - Sessão Solene na

Assembléia Legislativa de São Paulo emhomenagem aos atletas paraolímpicos

Atenas - 2004

Foto Marco A. Cardelino

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

expressa referência ao código correspondente da ClassificaçãoInternacional de Doença CID, bem como a provável causa dadeficiência.

Art. 40 - É vedado à autoridade competente obstar a inscrição depessoa portadora de deficiência em concurso público paraingresso em carreira da Administração Pública Federal direta eindireta.

§ 1° - No ato da inscrição, o candidato portador de deficiênciaque necessite de tratamento diferenciado nos dias do concursodeverá requerê-lo, no prazo determinado em edital, indicandoas condições diferenciadas de que necessita para a realizaçãodas provas.

§ 2° - O candidato portador de deficiência que necessitarde tempo adicional para realização das provas deverá requerê-lo, com justificativa acompanhada de parecer emitido porespecialista da área de sua deficiência, no prazo estabelecidono edital do concurso.

Art. 41 - A pessoa portadora de deficiência, resguardadas ascondições especiais previstas neste Decreto, participará deconcurso em igualdade de condições com os demais candidatosno que concerne:

I - ao conteúdo das provas;

II - à avaliação e aos critérios de aprovação;

III - ao horário e ao local de aplicação das provas; e

IV - à nota mínima exigida para todos os demais candidatos.

Art. 42 - A publicação do resultado final do concurso será feita emduas listas, contendo, a primeira, a pontuação de todos oscandidatos, inclusive a dos portadores de deficiência, e asegunda, somente a pontuação destes últimos.

Art. 43 - O órgão responsável pela realização do concurso terá aassistência de equipe multiprofissional composta de trêsprofissionais capacitados e atuantes nas áreas das deficiênciasem questão, sendo um deles médico, e três profissionais

integrantes da carreira almejada pelo candidato.

§ 1° - A equipe multiprofissional emitirá parecer observando:

I - as informações prestadas pelo candidato no ato da inscrição;

II - a natureza das atribuições e tarefas essenciais do cargo ouda função a desempenhar;

III - a viabilidade das condições de acessibilidade e asadequações do ambiente de trabalho na execução das tarefas;

IV - a possibilidade de uso, pelo candidato, de equipamentosou outros meios que habitualmente utilize; e

V - a CID e outros padrões reconhecidos nacional einternacionalmente.

§ 2° - A equipe multiprofissional avaliará a compatibilidade entreas atribuições do cargo e a deficiência do candidato durante oestágio probatório.

Art. 44 - A análise dos aspectos relativos ao potencial de trabalhodo candidato portador de deficiência obedecerá ao dispostono art. 20 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Art. 45 - Serão implementados programas de formação equalificação profissional voltados para a pessoa portadora dedeficiência no âmbito do Plano Nacional de Formação Profissional- PLANFOR.

Parágrafo único - Os programas de formação e qualificaçãoprofissional para pessoa portadora de deficiência terão comoobjetivos:

I - criar condições que garantam a toda pessoa portadora dedeficiência o direito a receber uma formação profissionaladequada;

II - organizar os meios de formação necessários para qualificara pessoa portadora de deficiência para a inserção competitivano mercado laboral; e

III - ampliar a formação e qualificação profissional sob a basede educação geral para fomentar o desenvolvimento harmônicoda pessoa portadora de deficiência, assim como parasatisfazer as exigências derivadas do progresso técnico, dos

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

novos métodos de produção e da evolução social e econômica.

SEÇÃO VDa Cultura, do Desporto, do Turismo e do Lazer

Art. 46 - Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federaldireta e indireta responsáveis pela cultura, pelo desporto, peloturismo e pelo lazer dispensarão tratamento prioritário e adequadoaos assuntos objeto deste Decreto, com vista a viabilizar, semprejuízo de outras, as seguintes medidas:

I - promover o acesso da pessoa portadora de deficiênciaaos meios de comunicação social;

II - criar incentivos para o exercício de atividades criativas,mediante:

a) participação da pessoa portadora de deficiência emconcursos de prêmios no campo das artes e das letras; e

b) exposições, publicações e representações artísticas depessoa portadora de deficiência;

III - incentivar a prática desportiva formal e não-formal comodireito de cada um e o lazer como forma de promoção social;

IV - estimular meios que facilitem o exercício de atividadesdesportivas entre a pessoa portadora de deficiência e suasentidades representativas;

V - assegurar a acessibilidade às instalações desportivas dosestabelecimentos de ensino, desde o nível pré-escolar até àuniversidade;

VI - promover a inclusão de atividades desportivas para pessoaportadora de deficiência na prática da educação físicaministrada nas instituições de ensino públicas e privadas;

VII - apoiar e promover a publicação e o uso de guias de turismocom informação adequada à pessoa portadora de deficiência;e

VIII - estimular a ampliação do turismo à pessoa portadorade deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a oferta

de instalações hoteleiras acessíveis e de serviços adaptadosde transporte.

Art. 47 - Os recursos do Programa Nacional de Apoio à Culturafinanciarão, entre outras ações, a produção e a difusão artístico-cultural de pessoa portadora de deficiência.

Parágrafo único - Os projetos culturais financiados comrecursos federais, inclusive oriundos de programas especiaisde incentivo à cultura, deverão facilitar o livre acesso da pessoaportadora de deficiência, de modo a possibilitar-lhe o plenoexercício dos seus direitos culturais.

Art. 48 - Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federaldireta e indireta, promotores ou financiadores de atividadesdesportivas e de lazer, devem concorrer técnica e financeiramentepara obtenção dos objetivos deste Decreto.

Parágrafo único - Serão prioritariamente apoiadas amanifestação desportiva de rendimento e a educacional,compreendendo as atividades de:

I - desenvolvimento de recursos humanos especializados;

II - promoção de competições desportivas internacionais,nacionais, estaduais e locais;

III - pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico,documentação e informação; e

IV - construção, ampliação, recuperação e adaptação deinstalações desportivas e de lazer.

CAPÍTULO VIIIDa Política de Capacitação de Profissionais

Especializados

Art. 49 - Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federaldireta e indireta, responsáveis pela formação de recursos humanos,devem dispensar aos assuntos objeto deste Decreto tratamentoprioritário e adequado, viabilizando, sem prejuízo de outras, asseguintes medidas:

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

I - formação e qualificação de professores de nível médio esuperior para a educação especial, de técnicos de nível médioe superior especializados na habilitação e reabilitação, e deinstrutores e professores para a formação profissional;

II - formação e qualificação profissional, nas diversas áreas deconhecimento e de recursos humanos que atendam àsdemandas da pessoa portadora de deficiência; e

III - incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico emtodas as áreas do conhecimento relacionadas com a pessoaportadora de deficiência.

CAPÍTULO IXDa Acessibilidade na Administração Pública

Federal

Art. 50 - Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federaldireta e indireta adotarão providências para garantir a acessibilidadee a utilização dos bens e serviços, no âmbito de suas competências,à pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida,mediante a eliminação de barreiras arquitetônicas e obstáculos,bem como evitando a construção de novas barreiras.

Art. 51 - Para os efeitos deste Capítulo, consideram-se:

I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance parautilização, com segurança e autonomia, dos espaços,mobiliários e equipamentos urbanos, das instalações eequipamentos esportivos, das edificações, dos transportes edos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadorade deficiência ou com mobilidade reduzida;

II - barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeçao acesso, a liberdade de movimento e a circulação comsegurança das pessoas, classificadas em:

a) barreiras arquitetônicas urbanísticas: as existentes nas viaspúblicas e nos espaços de uso público;

b) barreiras arquitetônicas na edificação: as existentes no interior

dos edifícios públicos e privados;

c) barreiras nas comunicações: qualquer entrave ou obstáculoque dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento demensagens por intermédio dos meios ou sistemas decomunicação, sejam ou não de massa.

III - pessoa portadora de deficiência ou com mobilidadereduzida: a que temporária ou permanentemente tenha limitadasua capacidade de relacionar-se com o meio ambiente e deutilizá-lo;

IV - elemento da urbanização: qualquer componente das obrasde urbanização, tais como os referentes a pavimentação,saneamento, encanamentos para esgotos, distribuição deenergia elétrica, iluminação pública, abastecimento e distribuiçãode água, paisagismo e os que materializam as indicações doplanejamento urbanístico; e

V - mobiliário urbano: o conjunto de objetos existentes nas viase espaços públicos, superposto ou adicionados aos elementosda urbanização ou da edificação, de forma que sua modificaçãoou translado não provoque alterações substanciais nesteselementos, tais como semáforo, postes de sinalização, cabinestelefônica, fontes públicas, lixeiras, toldos, marquises, quiosquese quaisquer outros de natureza análoga.

Art. 52 - A construção, ampliação e reforma de edifícios, praçasequipamentos esportivos e de lazer, públicos e privados, destinadosao uso coletivo deverão ser executadas de modo que sejam ou setornem acessíveis à pessoa portadora de deficiência ou commobilidade reduzida.

Parágrafo único - Para os fins do disposto neste artigo, naconstrução, ampliação ou reforma de edifícios, praças eequipamentos esportivos e de lazer, públicos e privados,destinados ao uso coletivo por órgãos da Administração PúblicaFederal, deverão ser observados, pelo menos, os seguintesrequisitos de acessibilidade:

I - nas áreas externas ou internas da edificação, destinadas agaragem e a estacionamento de uso público, serão reservadosdois por cento do total das vagas à pessoa portadora dedeficiência ou com mobilidade reduzida, garantidas no mínimo

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três, próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas ecom as especificações técnicas de desenho e traçado segundo as normas da ABNT;

II - pelo menos um dos acessos ao interior da edificação deverá estar livre de barreirasarquitetônicas e de obstáculos que impeçam ou dificultem a acessibilidade da pessoaportadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;

III - pelo menos um dos itinerários que comuniquem horizontal e verticalmente todasas dependências e serviços do edifício, entre si e com o exterior, cumprirá os requisitosde acessibilidade;

IV - pelo menos um dos elevadores deverá ter a cabine, assim como sua porta deentrada, acessíveis para pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida,em conformidade com norma técnica específica da ABNT; e

V - os edifícios disporão, pelo menos, de um banheiro acessível para cada gênero,distribuindo-se seus equipamentos e acessórios de modo que possam ser utilizadospor pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Art. 53 - As bibliotecas, os museus, os locais de reuniões, conferências, aulas e outrosambientes de natureza similar disporão de espaço reservado para pessoas que utilizecadeira de rodas e de lugares específicos para pessoas portadoras de deficiênciaauditiva e visual, inclusive acompanhantes, de acordo com as normas técnicas da ABNT,de modo a facilitar-lhes as condições de acesso, circulação e comunicação.

Art. 54 - Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal, no prazo de trêsanos a partir da publicação deste Decreto, deverão promover as adaptações, eliminaçõese supressões de barreiras arquitetônicas existentes nos edifícios e espaços de uso públicoe naqueles que estejam sob sua administração ou uso.

CAPÍTULO XDo Sistema Integrado de Informações

Art. 55 - Fica instituído, no âmbito da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos doMinistério da Justiça, o Sistema Nacional de Informações sobre Deficiência, sob aresponsabilidade da CORDE, com finalidade de criar e manter bases de dados, reunir edifundir informação sobre a situação das pessoas portadoras de deficiência e fomentara pesquisa e o estudo de todos os aspectos que afetem a vida dessas pessoas.

Parágrafo único - Serão produzidas, periodicamente, estatísticas e informações,podendo esta atividade realizar-se conjuntamente com os censos nacionais, pesquisasnacionais, regionais e locais, em estreita colaboração com universidades, institutos

Foto cedida pela AACD

Atividade musical - Associação de Assistência àCriança Deficiente - AACD

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

de pesquisa e organizações para pessoas portadoras dedeficiência.

CAPÍTULO XIDas Disposições Finais e Transitórias

Art. 56 - A Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, com basenas diretrizes e metas do Plano Plurianual de Investimentos, porintermédio da CORDE, elaborará, em articulação com outros órgãose entidades da Administração Pública Federal, o Plano Nacionalde Ações Integradas na Área das Deficiências.Art. 57 - Fica criada, no âmbito da Secretaria de Estado dos DireitosHumanos, comissão especial, com a finalidade de apresentar, noprazo de cento e oitenta dias, a contar de sua constituição,propostas destinadas a:

I - implementar programa de formação profissional mediante aconcessão de bolsas de qualificação para a pessoa portadorade deficiência, com vistas a estimular a aplicação do dispostono art. 36; e

II - propor medidas adicionais de estímulo à adoção de trabalhoem tempo parcial ou em regime especial para a pessoaportadora de deficiência.

Parágrafo único - A comissão especial de que trata o caputdeste artigo será composta por um representante de cada órgãoe entidade a seguir indicados:

I - CORDE;

II - CONADE;

III - Ministério do Trabalho e Emprego;

IV - Secretaria de Estado de Assistência Social do Ministérioda Previdência e Assistência Social;

V - Ministério da Educação;

VI - Ministério dos Transportes;

VII - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; e

VIII - INSS.

Art. 58 - A CORDE desenvolverá, em articulação com órgãos eentidades da Administração Pública Federal, programas defacilitação da acessibilidade em sítios de interesse histórico,turístico, cultural e desportivo; mediante a remoção de barreirasfísicas ou arquitetônicas que impeçam ou dificultem a locomoçãode pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Art. 59 - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 60 - Ficam revogados os Decretos n°s 93.481, de 29 de outubrode 1986, 914, de 6 de setembro de 1993, 1.680, de 18 de outubrode 1995, 3.030, de 20 de abril de 1999, o § 2° do art. 141 doRegulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto n° 3.048,de 6 de maio de 1999, e o Decreto n° 3.076, de 1° de junho de1999.

Brasília, 20 de dezembro de 1999; 178º da Independência e 111ºda República.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990

Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, e dá outrasprovidências.

.........................................

Art. 11 - É assegurado atendimento médico à criança e aoadolescente, através do Sistema Único de Saúde, garantido oacesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção,proteção e recuperação da saúde.

§ 1° - A criança e o adolescente portadores de deficiênciareceberão atendimento especializado.

§ 2° - Incumbe ao Poder Público fornecer gratuitamente àquelesque necessitarem os medicamentos, próteses e outros recursosrelativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.

......................................

Art. 54 - É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

......................................

III - atendimento educacional especializado aos portadoresde deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

......................................

Art. 66 - Ao adolescente portador de deficiência é asseguradotrabalho protegido.

......................................

CAPÍTULO IVDas Medidas Sócio-Educativas

Seção IDisposições Gerais

Art. 112 - Verificada a prática de ato infracional, a autoridadecompetente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:

......................................

§ 3° - Os adolescentes portadores de doença ou deficiênciamental receberão tratamento individual e especializado, em localadequado às suas condições.

......................................

CAPÍTULO VIIDa Proteção Judicial dos Interesses Individuais,

Difusos e Coletivos

Art. 208 - Regem-se pelas disposições desta lei as ações deresponsabilidade por ofensa aos direitos assegurados à criança eao adolescente, referentes, ao não-oferecimento ou oferta irregular:

......................................

II - de atendimento educacional especializado aos portadoresde deficiência;

......................................

Brasília, 13 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º daRepública.

Fernando Collor. Presidente da República.

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Lei n° 8.078, de setembro de 1990

Código de Proteção e Defesa do Consumidor

......................................

Art. 76 - São circunstâncias agravantes dos crimes tipificados nesteCódigo:

......................................

IV - quando cometidos:

......................................

b) em detrimento de operário ou rurícola; de menor de 18 (dezoito)ou maior de 60 (sessenta) anos ou de pessoas portadoras dedeficiência mental, interditadas ou não;

......................................

Brasília, 11 de setembro de 1990; 169º da Independência e 102ºda República.

Fernando Collor. Presidente da República.

Decreto n° 2.181, de 20 de março de 1997

Dispõe sobre a organização do Sistema Nacional de Defesa doConsumidor - SNDC, estabelece as normas gerais de aplicaçãodas sanções administrativas previstas na Lei n° 8.078, de 11 desetembro de 1990, revoga o Decreto N° 861, de 9 julho de 1993, edá outras providências.

......................................

Art. 26 - Consideram-se circunstâncias agravantes:

......................................

VII - ter a prática infrativa ocorrido em detrimento de menor dedezoito ou maior de sessenta anos ou de pessoas portadorasde deficiência física, mental ou sensorial, interditadas ou não;

......................................

Brasília, 20 de março de 1997; 176º da Independência e 109º daRepública.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

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Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990

Dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias edas Fundações Públicas Federais.

......................................

Título IIDo Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição

Capítulo IDo Provimento

Seção IDisposições Gerais

Art. 5° - São requisitos básicos para investidura em cargo público:

......................................

§ 2° - Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscreverem concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveiscom a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.

......................................

Trabalho manual - Associação Brasileirade Distrofia Muscular - ABDIM

Foto Roberto Navarro

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Capítulo IIDos Benefícios

......................................

Seção VIIDa Pensão

Art. 217 - São beneficiários das pensões:

......................................

e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos e a pessoaportadora de deficiência, que vivam sob a dependênciaeconômica do servidor;

......................................

Brasília, 11 de dezembro de 1990; 169º da Independência e 102ºda República.

Fernando Collor. Presidente da República.

Lei n° 8.160, de 8 de janeiro de 1991

Dispõe sobre a Caracterização de Símbolo que Permita aIdentificação de Pessoas Portadoras de Deficiência Auditiva.

Art. 1° - É obrigatória a colocação, de forma visível, do “SímboloInternacional de Surdez” em todos os locais que possibilitemacesso, circulação e utilização por pessoas portadoras dedeficiência auditiva, e em todos os serviços que forem postos àsua disposição ou que possibilitem o seu uso.

Art. 2° - O “Símbolo Internacional de Surdez” deverá sercolocado, obrigatoriamente, em local visível ao público, não sendopermitida nenhuma modificação ou adição ao desenho reproduzidono anexo a esta Lei.

Art. 3° - É proibida a utilização do “Símbolo Internacional deSurdez” para finalidade outra que não seja a de identificar, assinalarou indicar local ou serviço habilitado ao uso de pessoas portadorasde deficiência auditiva.

Parágrafo único - O disposto no caput deste artigo não seaplica à reprodução do símbolo em publicações e outros meiosde comunicação relevantes para os interesses do deficienteauditivo, a exemplo de adesivos específicos para veículos porele conduzidos.

Art. 4° - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo denoventa dias, a contar de sua vigência.

Art. 5° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 6° - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, em 8 de Janeiro de 1991; 170º da Independência e 103ºda República.

Fernando Collor. Presidente da República.

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ANEXO

(art. 2° da Lei n° 8.160, de 08 de janeiro de 1991)

“SÍMBOLO INTERNACIONAL DE SURDEZ”

Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991

Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Planode Custeio e dá outras providências.

......................................

TÍTULO IVDa Assistência Social

Art. 4° - A Assistência Social é a política social que provê o atendimentodas necessidades básicas, traduzidas em proteção à família, àmaternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoaportadora de deficiência, independentemente de contribuição àSeguridade Social.

......................................

Capítulo IVDa Contribuição da Empresa

Art. 22 - A contribuição a cargo da empresa, destinada à SeguridadeSocial, além do disposto no art. 23, é de:

I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidasou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos seguradosempregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços,destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma,inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma deutilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial,quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termosda lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivode trabalho ou sentença normativa. (NR)

- Inciso I com redação dada pelo art. 1° da Lei n° 9.876, de 26/11/1999.

II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidosem razão do grau de incidência de incapacidade laborativadecorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total dasremunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aossegurados empregados e trabalhadores avulsos: (NR)

- Inciso II com redação dada pelo art. 1° da Lei n° 9.732, de 11/12/1998.

a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividadepreponderante o risco de acidentes do trabalho seja consideradoleve;

b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividadepreponderante esse risco seja considerado médio;

c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividadepreponderante esse risco seja considerado grave.

III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas oucreditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos seguradoscontribuintes individuais que lhe prestem serviços; (NR)

- Inciso III acrescentado pelo art. 1° da Lei n° 9.876, de 26/11/1999.

IV - quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou faturade prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe sãoprestados por cooperados por intermédio de cooperativas detrabalho. (NR)

- Inciso IV acrescentado pelo art. 1° da Lei n° 9.876, de 26/11/1999.

......................................

§ 4° - O Poder Executivo estabelecerá, na forma da lei, ouvido oConselho Nacional da Seguridade Social, mecanismos deestímulo às empresas que se utilizem de empregadosportadores de deficiências física, sensorial e/ou mental comdesvio do padrão médio.

......................................

Art. 23 - As contribuições a cargo da empresa provenientes dofaturamento e do lucro, destinadas à Seguridade Social, além dodisposto no art. 22 são calculadas mediante a aplicação dasseguintes alíquotas:

I - 2% (dois por cento) sobre sua receita bruta, estabelecidasegundo o disposto no § 1° do art. 1° do Decreto-Lei n° 1.940,de 25 de maio de 1982, com a redação dada pelo art. 22, doDecreto-Lei n° 2.397, de 21 de dezembro de 1987, e alteraçõesposteriores;

II - 10% (dez por cento) sobre o lucro líquido do período-baseantes da provisão para o Imposto de Renda, ajustado na formado art. 2° da Lei n° 8.034, de 12 de abril de 1990.

§ 1° - No caso das instituições citadas no § 1° do art. 22 destalei, a alíquota da contribuição prevista no inciso II é de 15%(quinze por cento).

§ 2° - O disposto neste artigo não se aplica às pessoas de quetrata o art. 25.

......................................

Capítulo XIDa Prova de Inexistência de Débito

......................................

Título VIIDas Disposições Gerais

......................................

Art. 55 - Fica isenta das contribuições de que tratam os arts. 22 e23 desta Lei a entidade beneficente de assistência social que atendaaos seguintes requisitos cumulativamente:

......................................

III - promova, gratuitamente e em caráter exclusivo, a assistência

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social beneficente a pessoas carentes, em especial a crianças, adolescentes, idosose portadores de deficiência; (NR)

- Inciso III com redação dada pelo art. 1° da Lei n° 9.732, de 11/12/1998.

......................................

Brasília, em 24 de julho de 1991; 170º da Independência e 103º da República.

Fernando Collor. Presidente da República.

Foto Marco A. Cardelino

Artesanato - AssociaçãoBrasileira de Esclerose Múltipla - ABEM

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Lei n° 8.213, de 24 de julho de 1991

Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dáoutras providências.

.......................................

Capítulo IIDas Prestações em Geral

......................................

Seção IIDos Períodos de Carência

......................................

Art. 26 - Independe de carência a concessão das seguintesprestações:

......................................

II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos deacidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissionalou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, apósfiliar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometidode alguma das doenças e afecções especificadas em listaelaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e daPrevidência Social a cada três anos, de acordo com os critérios

de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fatorque lhe confira especificidade e gravidade que mereçamtratamento particularizado;

......................................

Subseção IIDa Habilitação e da Reabilitação Profissional

Art. 89 - A habilitação e a reabilitação profissional e social deverãoproporcionar ao beneficiário incapacitado parcial ou totalmente parao trabalho, e às pessoas portadoras de deficiência, os meiospara a (re)educação e de (re)adaptação profissional e socialindicados para participar do mercado de trabalho e do contexto emque vive.

Parágrafo único - A reabilitação profissional compreende:

a) o fornecimento de aparelho de prótese, órtese e instrumentosde auxílio para locomoção quando a perda ou redução dacapacidade funcional puder ser atenuada por seu uso e dosequipamentos necessários à habilitação e reabilitação social eprofissional;

b) a reparação ou a substituição dos aparelhos mencionadosno inciso anterior, desgastados pelo uso normal ou porocorrência estranha à vontade do beneficiário;

c) o transporte do acidentado do trabalho, quando necessário.

......................................

Art. 93 - A empresa com 100 (cem) ou mais empregados estáobrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento)dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoasportadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:

I - até 200 empregados ......................2%

II - de 201 a 500 .......................... 3%

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

III - de 501 a 1.000 ..........................4%

IV - de 1.001 em diante ..................... 5%

§ 1° - A dispensa de trabalhador reabilitado ou de deficientehabilitado ao final de contrato por prazo determinado de maisde 90 (noventa) dias, e a imotivada, no contrato por prazoindeterminado, só poderá ocorrer após a contratação desubstituto de condição semelhante.

§ 2° - O Ministério do Trabalho e da Previdência Social deverágerar estatísticas sobre o total de empregados e as vagaspreenchidas por reabilitados e deficientes habilitados,fornecendo-as, quando solicitadas, aos sindicatos ou entidadesrepresentativas dos empregados.

......................................

Brasília, em 24 de julho de 1991; 170º da Independência e 103ºda República.

Fernando Collor. Presidente da República.

Decreto n° 3.048, de 6 de maio de 1999

Aprova o Regulamento da Previdência Social, e dá outrasprovidências.

......................................

REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

LIVRO IDa Finalidade e dos Princípios Básicos

TÍTULO IDa Seguridade Social

Art. 1° - O Regulamento da Previdência Social passa a vigorar naforma do texto apenso ao presente Decreto, com seus anexos.

......................................

TÍTULO IIIDa Assistência Social

Art. 3° - A assistência social é a política social que provê oatendimento das necessidades básicas, traduzidas em proteçãoà família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e àpessoa portadora de deficiência, independentemente decontribuição à seguridade social.

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Parágrafo único - A organização da assistência socialobedecerá às seguintes diretrizes:

I - descentralização político-administrativa; e

II - participação da população na formulação e controle dasações em todos os níveis.

......................................

LIVRO IIDos Benefícios da Previdência Social

......................................

TÍTULO IIDo Regime Geral de Previdência Social

......................................

CAPÍTULO IIDas Prestações em Geral

......................................

SEÇÃO IIDa Carência

......................................

Art. 30 - Independe de carência a concessão das seguintesprestações:

......................................

III - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos deacidente de qualquer natureza ou causa, bem como nos casosde segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de PrevidênciaSocial, for acometido de alguma das doenças ou afecçõesespecificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e

da Previdência e Assistência Social a cada três anos, de acordocom os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiênciaou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade quemereçam tratamento particularizado;

......................................

CAPÍTULO VDa Habilitação e da Reabilitação Profissional

Art. 136 - A assistência (re)educativa e de (re)adaptação profissional,instituída sob a denominação genérica de habilitação e reabilitaçãoprofissional, visa proporcionar aos beneficiários, incapacitadosparcial ou totalmente para o trabalho, em caráter obrigatório,independentemente de carência, e às pessoas portadoras dedeficiência, os meios indicados para proporcionar o reingressono mercado de trabalho e no contexto em que vivem.

§ 1° - Cabe ao Instituto Nacional do Seguro Social promover aprestação de que trata este artigo aos segurados, inclusiveaposentados, e, de acordo com as possibilidadesadministrativas, técnicas, financeiras e as condições locais doórgão, aos seus dependentes, preferencialmente mediante acontratação de serviços especializados.

§ 2° - As pessoas portadoras de deficiência serão atendidasmediante celebração de convênio de cooperação técnico-financeira.

Art. 137 - O processo de habilitação e de reabilitação profissionaldo beneficiário será desenvolvido por meio das funções básicas de:

I - avaliação do potencial laborativo; (NR)

- Inciso I com redação dada pelo art. 1° do Decreto n° 3.668, de 22/11/2000.

II - orientação e acompanhamento da programação profissional;

III - articulação com a comunidade, inclusive mediante a celebraçãode convênio para reabilitação física restrita a segurados quecumpriram os pressupostos de elegibilidade ao programa de

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reabilitação profissional, com vistas ao reingresso no mercado de trabalho; e (NR)

- Inciso III com redação dada pelo art. 1° do Decreto n° 4.729, de 09/06/2003.

IV - acompanhamento e pesquisa da fixação no mercado de trabalho.

§ 1° - A execução das funções de que trata o caput dar-se-á, preferencialmente, medianteo trabalho de equipe multiprofissional especializada em medicina, serviço social,psicologia, sociologia, fisioterapia, terapia ocupacional e outras afins ao processo,sempre que possível na localidade do domicílio do beneficiário, ressalvadas as situaçõesexcepcionais em que este terá direito à reabilitação profissional fora dela.

§ 2° - Quando indispensáveis ao desenvolvimento do processo de reabilitaçãoprofissional, o Instituto Nacional do Seguro Social fornecerá aos segurados, inclusiveaposentados, em caráter obrigatório, prótese e órtese, seu reparo ou substituição,instrumentos de auxílio para locomoção, bem como equipamentos necessários àhabilitação e à reabilitação profissional, transporte urbano e alimentação e, na medidadas possibilidades do Instituto, aos seus dependentes.

§ 3° - No caso das pessoas portadoras de deficiência, a concessão dos recursosmateriais referidos no parágrafo anterior ficará condicionada à celebração de convêniode cooperação técnico-financeira.

§ 4° - O Instituto Nacional do Seguro Social não reembolsará as despesas realizadascom a aquisição de órtese ou prótese e outros recursos materiais não prescritos ounão autorizados por suas unidades de reabilitação profissional.

Art. 138 - Cabe à unidade de reabilitação profissional comunicar à perícia médica a ocorrênciade que trata o § 2° do art. 337.

Art. 139 - A programação profissional será desenvolvida mediante cursos e/ou treinamentos,na comunidade, por meio de contratos, acordos e convênios com instituições e empresaspúblicas ou privadas, na forma do art. 317.

§ 1° - O treinamento do reabilitando, quando realizado em empresa, não estabelecequalquer vínculo empregatício ou funcional entre o reabilitando e a empresa, bem comoentre estes e o Instituto Nacional do Seguro Social.

§ 2° - Compete ao reabilitando, além de acatar e cumprir as normas estabelecidas noscontratos, acordos ou convênios, pautar-se no regulamento daquelas organizações.

Art. 140 - Concluído o processo de reabilitação profissional, o Instituto Nacional do SeguroSocial emitirá certificado individual indicando a função para a qual o reabilitando foicapacitado profissionalmente, sem prejuízo do exercício de outra para a qual se julguecapacitado.

Foto cedida pela AME

Acessibilidade - Visita ao metrô 4 - AmigosMetroviários dos Excepcionais- AME

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

§ 1° - Não constitui obrigação da previdência social a manutençãodo segurado no mesmo emprego ou a sua colocação em outropara o qual foi reabilitado, cessando o processo de reabilitaçãoprofissional com a emissão de certificado a que se refere ocaput.

§ 2° - Cabe à previdência social a articulação com a comunidade,com vistas ao levantamento da oferta do mercado de trabalho,ao direcionamento da programação profissional e à possibilidadede reingresso do reabilitando no mercado formal.

§ 3° - O acompanhamento e a pesquisa de que trata o inciso IVdo art. 137 é obrigatório e tem como finalidade a comprovaçãoda efetividade do processo de reabilitação profissional.

Art. 141 - A empresa com cem ou mais empregados está obrigadaa preencher de dois por cento a cinco por cento de seus cargoscom beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras dedeficiência, habilitadas, na seguinte proporção:

I - até duzentos empregados, dois por cento;

II - de duzentos e um a quinhentos empregados, três por cento;

III - de quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento; ou

IV - mais de mil empregados, cinco por cento.

§ 1° - A dispensa de empregado na condição estabelecida nesteartigo, quando se tratar de contrato por tempo superior a noventadias e a imotivada, no contrato por prazo indeterminado, somentepoderá ocorrer após a contratação de substituto em condiçõessemelhantes.

§ 2° - Revogado

- § 2° revogado pelo art. 60 do Decreto n° 3.298, de 20/12/1999.

CAPÍTULO VIDa Justificação Administrativa

Art. 146 - Não podem ser testemunhas:

I - os loucos de todo o gênero;

II - os cegos e surdos, quando a ciência do fato, que se querprovar, dependa dos sentidos, que lhes faltam;

III - os menores de dezesseis anos; e

IV - o ascendente, descendente ou colateral, até o terceiro grau,por consangüinidade ou afinidade.

......................................

LIVRO IIIDo Custeio da Seguridade Social

Título IDo Financiamento da Seguridade Social

......................................

Capítulo IVDas Contribuições da Empresa e do Empregador

Doméstico

......................................

Seção IIDa Isenção de Contribuições

Art. 206 - Fica isenta das contribuições de que tratam os arts.201, 202 e 204 a pessoa jurídica de direito privado beneficente deassistência social que atenda, cumulativamente, aos seguintesrequisitos:

......................................

IV - promova, gratuitamente e em caráter exclusivo, a assistênciasocial beneficente a pessoas carentes, em especial a crianças,

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

adolescentes, idosos e portadores de deficiência;

......................................

§ 1° - Para os fins deste artigo, entende-se por assistência socialbeneficente a prestação gratuita de benefícios e serviços a quemdestes necessitar.

§ 2° - Considera-se pessoa carente a que comprove não possuirmeios de prover a própria manutenção, nem tê-la provida por suafamília, bem como ser destinatária da Política Nacional deAssistência Social, aprovada pelo Conselho Nacional deAssistência Social.

§ 3° - Para efeito do parágrafo anterior, considera-se não possuirmeios de prover a própria manutenção, nem tê-la provida porsua família, a pessoa cuja renda familiar mensal corresponda a,no máximo, R$271,99 (duzentos e sessenta e um reais e noventae nove centavos), reajustados nas mesmas épocas e com osmesmos índices utilizados para o reajustamento do benefíciode prestação continuada da assistência social.

§ 4° - Considera-se também de assistência social beneficente apessoa jurídica de direito privado que, anualmente, ofereça epreste efetivamente, pelo menos, sessenta por cento dos seusserviços ao Sistema Único de Saúde, não se lhe aplicando odisposto nos §§ 2° e 3° deste artigo.

§ 5° - A isenção das contribuições é extensiva a todas asentidades mantidas, suas dependências, estabelecimentos eobras de construção civil da pessoa jurídica de direito privadobeneficente, quando por ela executadas e destinadas a usopróprio.

§ 6° - A isenção concedida a uma pessoa jurídica não é extensivae nem abrange outra pessoa jurídica, ainda que esta seja mantidapor aquela, ou por ela controlada.

§ 7° - O Instituto Nacional do Seguro Social verificará,periodicamente, se a pessoa jurídica de direito privadobeneficente continua atendendo aos requisitos de que trata esteartigo.

§ 8° - O Instituto Nacional do Seguro Social cancelará a isençãoda pessoa jurídica de direito privado beneficente que não atenderaos requisitos previstos neste artigo, a partir da data em quedeixar de atendê-los, observado o seguinte procedimento:

I - se a fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Socialverificar que a pessoa jurídica a que se refere este artigo deixoude cumprir os requisitos nele previstos, emitirá Informação Fiscalna qual relatará os fatos que determinaram a perda da isenção;

II - a pessoa jurídica de direito privado beneficente serácientificada do inteiro teor da Informação Fiscal, sugestões econclusões emitidas pelo Instituto Nacional do Seguro Sociale terá o prazo de quinze dias para apresentação de defesa eprodução de provas;

III - apresentada a defesa ou decorrido o prazo semmanifestação da parte interessada, o Instituto Nacional doSeguro Social decidirá acerca do cancelamento da isenção,emitindo Ato Cancelatório, se for o caso; e

IV - cancelada a isenção, a pessoa jurídica de direito privadobeneficente terá o prazo de trinta dias contados da ciência dadecisão, para interpor recurso com efeito suspensivo aoConselho de Recursos da Previdência Social. (NR)

- Inciso IV com redação dada pelo art. 1° do Decreto n° 4.862, de

21/10/2003.

§ 9° - Não cabe recurso ao Conselho de Recursos daPrevidência Social da decisão que cancelar a isenção comfundamento nos incisos I, II e III do caput.

§ 10 - O Instituto Nacional do Seguro Social comunicará àSecretaria de Estado de Assistência Social, à SecretariaNacional de Justiça, à Secretaria da Receita Federal e aoConselho Nacional de Assistência Social o cancelamento deque trata o § 8°.

§ 11 - As pessoas jurídicas de direito privado beneficentes,resultantes de cisão ou desmembramento das que se encontramem gozo de isenção nos termos deste artigo, poderão requerê-la, sem qualquer prejuízo, até quarenta dias após a cisão ou odesmembramento, podendo, para tanto, valer-se da mesma

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

documentação que possibilitou o reconhecimento da isençãoda pessoa jurídica que lhe deu origem.

§ 12 - A existência de débito em nome da requerente, observado odisposto no § 13, constitui motivo para o cancelamento da isenção,com efeitos a contar do primeiro dia do segundo mês subseqüenteàquele em que a entidade se tornou devedora de contribuiçãosocial. (NR)

- § 12 acrescentado pelo art. 1° do Decreto n° 4.032, de 26/11/2001.

§ 13 - Considera-se entidade em débito, para os efeitos do § 12deste artigo e do 3 ° do art. 208, quando contra ela constarcrédito da seguridade social exigível, decorrente de obrigaçãoassumida como contribuinte ou responsável, constituído por meiode notificação fiscal de lançamento, auto-de-infração, confissãoou declaração, assim entendido, também, o que tenha sidoobjeto de informação na Guia de Recolhimento do Fundo deGarantia do Tempo de Serviço e Informações à PrevidênciaSocial. (NR)

- § 13 acrescentado pelo art. 1° do Decreto n° 4.032, de 26/11/2001.

......................................

Art. 209 - A pessoa jurídica de direito privado beneficiada com aisenção de que trata os arts. 206 ou 207 é obrigada a apresentar,anualmente, até 30 de abril, ao órgão do Instituto Nacional do SeguroSocial jurisdicionante de sua sede, relatório circunstanciado desuas atividades no exercício anterior, na forma por ele definida,contendo as seguintes informações e documentos:

I - localização de sua sede;

II - nome e qualificação completa de seus dirigentes;

III - relação dos seus estabelecimentos e obras de construçãocivil identificados pelos respectivos números do CadastroNacional da Pessoa Jurídica ou no Cadastro Específico doInstituto Nacional do Seguro Social;

IV - descrição pormenorizada dos serviços assistenciais, deeducação ou de saúde prestados a pessoas carentes, em

especial a crianças, adolescentes, idosos e portadores dedeficiência, mencionando a quantidade de atendimentos e osrespectivos custos, para o caso da pessoa jurídica de direitoprivado a que se refere o art. 206;

V - demonstrativo mensal por atividade, no qual conste aquantidade de atendimentos gratuitos oferecidos a pessoascarentes, o valor efetivo total das vagas cedidas, a receitaproveniente dos atendimentos prestados ao Sistema Único deSaúde, o valor da receita bruta, da contribuição social devida, opercentual e o valor da isenção usufruída, para o caso da pessoajurídica de direito privado a que se refere o art. 207; e

VI - resumo de informações de assistência social.

§ 1° - A pessoa jurídica de direito privado de que trata o caputserá, ainda, obrigada a manter à disposição do Instituto Nacionaldo Seguro Social, durante dez anos, os seguintes documentos:

I - balanço patrimonial e da demonstração de resultado doexercício, com discriminação das receitas e despesas, relativosao exercício anterior, para o caso da pessoa jurídica de direitoprivado de que trata o art. 206;

II - demonstrações contábeis e financeiras relativas ao exercícioanterior, para o caso da pessoa jurídica de direito privado deque trata o art. 207, abrangendo:

a) balanço patrimonial;

b) demonstração de resultado do exercício, com discriminaçãodas receitas e despesas;

c) demonstração de mutação de patrimônio; e

d) notas explicativas.

§ 2° - A pessoa jurídica de direito privado de que trata o caputdeverá apresentar, até 31 de janeiro de cada ano, plano de açãodas atividades a serem desenvolvidas durante o ano em curso.

§ 3° - A pessoa jurídica de direito privado manterá, ainda, asfolhas de pagamento relativas ao período, bem como osrespectivos documentos de arrecadação que comprovem orecolhimento das contribuições ao Instituto Nacional do SeguroSocial, além de outros documentos que possam vir a ser

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solicitados pela fiscalização do Instituto, devendo, também, registrar na suacontabilidade, de forma discriminada, os valores aplicados em gratuidade, bem comoo valor correspondente à isenção das contribuições previdenciárias a que fizer jus.

§ 4° - O Ministério da Previdência e Assistência Social poderá determinar à pessoajurídica de direito privado isenta das contribuições sociais nos termos dos arts. 206 ou207 que obedeça a plano de contas padronizado segundo critérios por ele definidos,aos princípios fundamentais de contabilidade e às normas emanadas do ConselhoFederal de Contabilidade.

§ 5° - Aplicam-se à pessoa jurídica de direito privado no exercício do direito à isençãoas demais normas de arrecadação, fiscalização e cobrança estabelecidas nesteRegulamento.

§ 6° - A falta da apresentação do relatório anual circunstanciado ou de qualquerdocumento que o acompanhe ao Instituto Nacional do Seguro Social constitui infraçãoao inciso III do caput do art. 225.

§ 7° - A pessoa jurídica de direito privado que se enquadre nos arts. 206 ou 207 deverámanter, em seu estabelecimento, em local visível ao público, placa indicativa darespectiva disponibilidade de serviços gratuitos de assistência social, educacionais oude saúde a pessoas carentes, em especial a crianças, adolescentes, idosos eportadores de deficiência, indicando tratar-se de pessoa jurídica de direito privadoabrangida pela isenção de contribuições sociais, segundo modelo estabelecido peloMinistério da Previdência e Assistência Social.

......................................

LIVRO VDa Organização da Seguridade Social

......................................

TÍTULO IIDos Convênios, Contratos, Credenciamentos e Acordos

......................................

Art. 316 - O Instituto Nacional do Seguro Social, de acordo com as possibilidadesadministrativas e técnicas das unidades executivas de reabilitação profissional, poderáestabelecer convênios e/ou acordos de cooperação técnico-financeira, para viabilizar o

Foto cedida pela Associação Cruz Verde

Fisioterapia - Associação Cruz Verde

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

atendimento às pessoas portadoras de deficiência.

......................................

Brasília, 6 de maio de 1999; 178º da Independência e 11º daRepública.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

Lei n° 8.625, de 12 de fevereiro de 1993

Institui a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público, dispõe sobrenormas gerais para a organização do Ministério Público dos Estadose dá outras providências.

......................................

Art. 25 - Além das funções previstas nas Constituições Federal eEstadual, Lei Orgânica e em outras leis, incumbe, ainda, aoMinistério Público:

......................................

VI - exercer a fiscalização dos estabelecimentos prisionais edos que abriguem idosos, menores, incapazes ou pessoasportadoras de deficiência;

......................................

Brasília, 12 de fevereiro de 1993; 172º da Independência e 105ºda República.

Itamar Franco. Presidente da República.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei n° 8.642, de 31 de março de 1993

Dispõe sobre a instituição do Programa Nacional de Atenção Integralà Criança e ao Adolescente - PRONAICA e dá outras providências.

......................................

Art. 2° - O PRONAICA terá as seguintes áreas prioritárias deatuação:

......................................

VI - assistência a crianças portadoras de deficiência;

......................................

Brasília, 31 de março de 1993; 172º da Independência e 105º daRepública.

Itamar Franco. Presidente da República.

Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993

Regulamenta o artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, instituinormas para licitações e contratos da Administração Pública e dáoutras providências.

......................................

Art. 24 - É dispensável a licitação:

......................................

XX - na contratação de associação de portadores dedeficiência física, sem fins lucrativos e de comprovadaidoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública,para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra,desde que o preço contratado seja compatível com o praticadono mercado.

......................................

Brasília, 21 de junho de 1993; 172º da Independência e 105º daRepública.

Itamar Franco. Presidente da República.

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Lei n° 8.686, de 20 de julho de 1993

Dispõe sobre o Reajustamento da Pensão Especial aos Deficientesfísicos Portadores da Síndrome de Talidomida, Instituída pela Lein° 7.070, de 20/12/1982.

Art. 1° - A partir de 1° de maio de 1993, o valor da pensão especialinstituída pela Lei n° 7.070, de 20 de dezembro de 1982, serárevisto, mediante a multiplicação do número total de pontosindicadores da natureza e do grau de dependência resultante dadeformidade física, constante do processo de concessão, pelo valorde Cr$ 3.320.000,00 (três milhões, trezentos e vinte mil cruzeiros).

Parágrafo único - O valor da pensão de que trata esta Lei nãoserá inferior a um salário mínimo.

Art. 2° - A partir da competência de junho de 1993, o valor dapensão de que trata esta Lei será reajustado nas mesmas épocase segundo os mesmos índices aplicados aos benefícios deprestação continuada mantidos pela Previdência Social.

Art. 3° - Os portadores da “Síndrome de Talidomida” terãoprioridade no fornecimento de aparelhos de prótese, órtese e demaisinstrumentos de auxílio, bem como nas intervenções cirúrgicas ena assistência médica fornecidas pelo Ministério da Saúde, atravésdo Sistema Único de Saúde - SUS.

Art. 4° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 20 de julho de 1993; 172º da Independência e 105º daRepública.

Itamar Franco. Presidente da República.

Lei n° 8.687, de 20 de julho de 1993

Retira da Incidência do Imposto de Renda Benefícios Percebidospor Deficientes Mentais.

Art. 1° - Não se incluem entre os rendimentos tributáveis peloImposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza asimportâncias percebidas por deficientes mentais a título depensão, pecúlio, montepio e auxílio, quando decorrentes deprestações do regime de previdência social ou de entidades deprevidência privada.

Parágrafo único - Para fins do disposto nesta Lei, considera-se deficiente mental a pessoa que, independentemente daidade, apresenta funcionamento intelectual subnormal comorigem durante o período de desenvolvimento e associado àdeterioração do comportamento adaptativo.

Art. 2° - A isenção do Imposto de Renda conferida por esta Lei nãose comunica aos rendimentos de deficientes mentais origináriosde outras fontes de receita, ainda que sob a mesma denominaçãodos benefícios referidos no artigo anterior.

Art. 3° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4° - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 20 de julho de 1993; 172º da Independência e 105º daRepública.

Itamar Franco. Presidente da República.

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Lei n° 8.742 de 07 de dezembro de 1993

Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eusanciono a seguinte lei:

LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

CAPÍTULO IDas Definições e dos Objetivos

Art. 1º - A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de SeguridadeSocial não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjuntointegrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento àsnecessidades básicas.

Art. 2º - A assistência social tem por objetivos:

I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;

II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;

III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;

IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoçãode sua integração à vida comunitária;

V - a garantia de 1 (um) salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora dedeficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própriamanutenção ou de tê-la provida por sua família.

Parágrafo único - A assistência social realiza-se de forma integrada às políticassetoriais, visando ao enfrentamento da pobreza, à garantia dos mínimos sociais, aoprovimento de condições para atender contingências sociais e à universalização dosdireitos sociais.

Foto cedida pela AACD

Centro cirúrgico - Associação de Assistência àCriança deficiente - AACD

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Art. 3º - Consideram-se entidades e organizações de assistênciasocial aquelas que prestam, sem fins lucrativos, atendimento eassessoramento aos beneficiários abrangidos por esta lei, bemcomo as que atuam na defesa e garantia de seus direitos.

CAPÍTULO IIDos Princípios e das Diretrizes

SEÇÃO IDos Princípios

Art. 4º - A assistência social rege-se pelos seguintes princípios:

I - supremacia do atendimento às necessidades sociais sobreas exigências de rentabilidade econômica;

II - universalização dos direitos sociais, a fim de tornar odestinatário da ação assistencial alcançável pelas demaispolíticas públicas;

III - respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seudireito a benefícios e serviços de qualidade, bem como àconvivência familiar e comunitária, vedando-se qualquercomprovação vexatória de necessidade;

IV - igualdade de direitos no acesso ao atendimento, semdiscriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalênciaàs populações urbanas e rurais;

V - divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas eprojetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos peloPoder Público e dos critérios para sua concessão.

SEÇÃO IIDas Diretrizes

Art. 5º - A organização da assistência social tem como base asseguintes diretrizes:

I - descentralização político-administrativa para os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios, e comando único das açõesem cada esfera de governo;

II - participação da população, por meio de organizaçõesrepresentativas, na formulação das políticas e no controle dasações em todos os níveis;

III - primazia da responsabilidade do Estado na condução dapolítica de assistência social em cada esfera de governo.

CAPÍTULO IIIDa Organização e da Gestão

Art. 6º - As ações na área de assistência social são organizadasem sistema descentralizado e participativo, constituído pelasentidades e organizações de assistência social abrangidas por estalei, que articule meios, esforços e recursos, e por um conjunto deinstâncias deliberativas compostas pelos diversosParágrafo único - A instância coordenadora da Política Nacionalde Assistência Social é o Ministério do Bem-Estar Social.

Art. 7º - As ações de assistência social, no âmbito das entidadese organizações de assistência social, observarão as normasexpedidas pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS),de que trata o art. 17 desta lei.

Art. 8º - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,observados os princípios e diretrizes estabelecidos nesta lei, fixarãosuas respectivas Políticas de Assistência Social.

Art. 9º - O funcionamento das entidades e organizações deassistência social depende de prévia inscrição no respectivoConselho Municipal de Assistência Social, ou no Conselho deAssistência Social do Distrito Federal, conforme o caso.

§ 1º - A regulamentação desta lei definirá os critérios de inscriçãoe funcionamento das entidades com atuação em mais de ummunicípio no mesmo Estado, ou em mais de um Estado ou

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Distrito Federal.

§ 2º - Cabe ao Conselho Municipal de Assistência Social e aoConselho de Assistência Social do Distrito Federal a fiscalizaçãodas entidades referidas no caput na forma prevista em lei ouregulamento.

§ 3° - A inscrição da entidade no Conselho Municipal deAssistência Social, ou no Conselho de Assistência Social doDistrito Federal, é condição essencial para o encaminhamentode pedido de registro e de certificado de entidade beneficentede assistência social junto ao Conselho Nacional de AssistênciaSocial - CNAS).(NR)

- § 3° com redação dada pelo art. 5º da Medida Provisória nº 2.187-

13, de 24/08/2001.

Nota: Redação original do § 3° do art. 9° da Lei n° 8.742, de 07/12/1993.

§ 4º - As entidades e organizações de assistência social podem,para defesa de seus direitos referentes à inscrição e aofuncionamento, recorrer aos Conselhos Nacional, Estaduais,Municipais e do Distrito Federal.

Art. 10 - A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federalpodem celebrar convênios com entidades e organizações deassistência social, em conformidade com os Planos aprovadospelos respectivos Conselhos.

Art. 11 - As ações das três esferas de governo na área de assistênciasocial realizam-se de forma articulada, cabendo a coordenação e

as normas gerais à esfera federal e a coordenação e execuçãodos programas, em suas respectivas esferas, aos Estados, aoDistrito Federal e aos Municípios.

Art. 12 - Compete à União:

I - responder pela concessão e manutenção dos benefícios deprestação continuada definidos no art. 203 da ConstituiçãoFederal;

I - apoiar técnica e financeiramente os serviços, os programase os projetos de enfrentamento da pobreza em âmbito nacional;

III - atender, em conjunto com os Estados, o Distrito Federal eos Municípios, às ações assistenciais de caráter de emergência.

Art. 13 - Compete aos Estados:

I - destinar recursos financeiros aos Municípios, a título departicipação no custeio do pagamento dos auxílios natalidadee funeral, mediante critérios estabelecidos pelos ConselhosEstaduais de Assistência Social;

II - apoiar técnica e financeiramente os serviços, os programase os projetos de enfrentamento da pobreza em âmbito regionalou local;

III - atender, em conjunto com os Municípios, às açõesassistenciais de caráter de emergência;

IV - estimular e apoiar técnica e financeiramente as associaçõese consórcios municipais na prestação de serviços de assistênciasocial;

V - prestar os serviços assistenciais cujos custos ou ausênciade demanda municipal justifiquem uma rede regional de serviços,desconcentrada, no âmbito do respectivo Estado.

Art. 14 - Compete ao Distrito Federal:

I - destinar recursos financeiros para o custeio do pagamentodos auxílios natalidade e funeral, mediante critérios estabelecidospelo Conselho de Assistência Social do Distrito Federal;

II - efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral;

“§ 3° - A inscrição da entidade no Conselho Minicipalde Assistência Social, ou no Conselho de AssistênciaSocial do Distrito Federal, é condição essencial parao encaminhamento de pedido de registro e decertificado de entidade de fins filantrópicos junto aoConselho Nacional de Assistência Social (CNAS)”.

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

III - executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindoa parceria com organizações da sociedade civil;

IV - atender às ações assistenciais de caráter de emergência;

V - prestar os serviços assistenciais de que trata o art. 23 destalei.

Art. 15 - Compete aos Municípios:

I - destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dosauxílios natalidade e funeral, mediante critérios estabelecidaspelos Conselhos Municipais de Assistência Social;

II - efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral;

III - executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindoa parceria com organizações da sociedade civil;

IV - atender às ações assistenciais de caráter de emergência;

V - prestar os serviços assistenciais de que trata o art. 23 destalei.

Art. 16 - As instâncias deliberativas do sistema descentralizado eparticipativo de assistência social, de caráter permanente ecomposição paritária entre governo e sociedade civil, são:

I - o Conselho Nacional de Assistência Social;

II - os Conselhos Estaduais de Assistência Social;

III - o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal;

IV - os Conselhos Municipais de Assistência Social.

Art. 17 - Fica instituído o Conselho Nacional de Assistência Social(CNAS), órgão superior de deliberação colegiada, vinculado àestrutura do órgão da Administração Pública Federal responsávelpela coordenação da Política Nacional de Assistência Social, cujosmembros, nomeados pelo Presidente da República, têm mandatode 2 (dois) anos, permitida uma única recondução por igual período.

§ 1º - O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) écomposto por 18 (dezoito) membros e respectivos suplentes,cujos nomes são indicados ao órgão da Administração PúblicaFederal responsável pela coordenação da Política Nacional deAssistência Social, de acordo com os critérios seguintes:

I - 9 (nove) representantes governamentais, incluindo 1 (um)representante dos Estados e 1 (um) dos Municípios;

II - 9 (nove) representantes da sociedade civil, dentrerepresentantes dos usuários ou de organizações de usuários,das entidades e organizações de assistência social e dostrabalhadores do setor, escolhidos em foro próprio sobfiscalização do Ministério Público Federal.

§ 2º - O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) épresidido por um de seus integrantes, eleito dentre seusmembros, para mandato de 1 (um) ano, permitida uma únicarecondução por igual período.

§ 3º - O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS)contará com uma Secretaria Executiva, a qual terá sua estruturadisciplinada em ato do Poder Executivo.

§ 4º - Os Conselhos de que tratam os incisos II, III e IV do art.16 deverão ser instituídos, respectivamente, pelos Estados, peloDistrito Federal e pelos Municípios, mediante lei específica.

Art. 18 - Compete ao Conselho Nacional de Assistência Social:

I - aprovar a Política Nacional de Assistência Social;

II - normatizar as ações e regular a prestação de serviços denatureza pública e privada no campo da assistência social;

III - observado o disposto em regulamento, estabelecerprocedimentos para concessão de registro e certificado deentidade beneficente de assistência social às instituiçõesprivadas prestadoras de serviços e assessoramento deassistência social que prestem serviços relacionados com seusobjetivos institucionais; (NR)

- Inciso III com redação dada pelo art. 5º da Medida Provisória nº

2.187-13, de 24/08/2001.

III - fixar normas para a concessão de registro e certificadode fins filantrópicos às entidades privadas prestadorasde serviços e assessoramento de assistência social;

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- Nota: Redação original do inciso III do art. 18 da Lei n° 8.742, de 07/12/1993.

IV - conceder registro e certificado de entidade beneficente de assistência social; (NR)

- Inciso IV com redação dada pelo art. 5º da Medida Provisória nº 2.187-13, de 24/08/2001.

- Nota: Redação original do inciso IV do art. 18 da Lei n° 8.742, de 07/12/1993.

V - zelar pela efetivação do sistema descentralizado e participativo de assistênciasocial;

VI - a partir da realização da II Conferência Nacional de Assistência Social em 1997,convocar ordinariamente a cada quatro anos a Conferência Nacional de AssistênciaSocial, que terá a atribuição de avaliar a situação da assistência social e propor diretrizespara o aperfeiçoamento do sistema; (NR)

- Inciso VI com redação dada pelo art. 1º Lei nº 9.720, de 26/04/1991.

VII - (Vetado.)

VIII - apreciar e aprovar a proposta orçamentária da Assistência Social a ser encaminhadapelo órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da PolíticaNacional de Assistência Social;

IX - aprovar critérios de transferência de recursos para os Estados, Municípios e DistritoFederal, considerando, para tanto, indicadores que informem sua regionalização maiseqüitativa, tais como: população, renda per capita, mortalidade infantil e concentraçãode renda, além de disciplinar os procedimentos de repasse de recursos para asentidades e organizações de assistência social, sem prejuízo das disposições da Leide Diretrizes Orçamentárias;

X - acompanhar e avaliar a gestão dos recursos, bem como os ganhos sociais e odesempenho dos programas e projetos aprovados;

XI - estabelecer diretrizes, apreciar e aprovar os programas anuais e plurianuais doFundo Nacional de Assistência Social (FNAS);

XII - indicar o representante do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) juntoao Conselho Nacional da Seguridade Social;

XIII - elaborar e aprovar seu regimento interno;

XIV - divulgar, no Diário Oficial da União, todas as suas decisões, bem como as

IV - conceder atestado de registro e certificado deentidades de fins filantrópicos, na forma do regulamentoa ser fixado, observado o disposto no art. 9° desta lei;

Evelyne Ribeiro Cantanhede (atleta) e Davi FariaCosta (ABDC) - Sessão Solene na Assembléia

Legislativa de São Paulo em homenagemaos atletas paraolímpicos

Atenas - 2004

Foto Marco A. Cardelino

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

contas do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) e osrespectivos pareceres emitidos.

Parágrafo único - Das decisões finais do Conselho Nacionalde Assistência Social, vinculado ao Ministério da Assistência ePromoção Social, relativas à concessão ou renovação doCertificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, caberárecurso ao Ministro de Estado da Previdência Social, no prazode trinta dias, contados da data da publicação do ato no DiárioOficial da União, por parte da entidade interessada, do InstitutoNacional do Seguro Social - INSS ou da Secretaria da ReceitaFederal do Ministério da Fazenda. (NR)

- Parágrafo único acrescentado pelo art. 21 da Lei nº 10.684, de

30/05/2003.

Art. 19 - Compete ao órgão da Administração Pública Federalresponsável pela coordenação da Política Nacional de AssistênciaSocial:

I - coordenar e articular as ações no campo da assistênciasocial;

II - propor ao Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS)a Política Nacional de Assistência Social, suas normas gerais,bem como os critérios de prioridade e de elegibilidade, além depadrões de qualidade na prestação de benefícios, serviços,programas e projetos;

III - prover recursos para o pagamento dos benefícios deprestação continuada definidos nesta lei;

IV - elaborar e encaminhar a proposta orçamentária daassistência social, em conjunto com as demais da SeguridadeSocial;

V - propor os critérios de transferência dos recursos de quetrata esta lei;

VI - proceder à transferência dos recursos destinados àassistência social, na forma prevista nesta lei;

VII - encaminhar à apreciação do Conselho Nacional deAssistência Social (CNAS) relatórios trimestrais e anuais deatividades e de realização financeira dos recursos;

VIII - prestar assessoramento técnico aos Estados, ao DistritoFederal, aos Municípios e às entidades e organizações deassistência social;

IX - formular política para a qualificação sistemática e continuadade recursos humanos no campo da assistência social;

X - desenvolver estudos e pesquisas para fundamentar asanálises de necessidades e formulação de proposições para aárea;

XI - coordenar e manter atualizado o sistema de cadastro deentidades e organizações de assistência social, em articulaçãocom os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;

XII - articular-se com os órgãos responsáveis pelas políticas desaúde e previdência social, bem como com os demaisresponsáveis pelas políticas sócio-econômicas setoriais, visandoà elevação do patamar mínimo de atendimento às necessidadesbásicas;

XIII - expedir os atos normativos necessários à gestão do FundoNacional de Assistência Social (FNAS), de acordo com asdiretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de AssistênciaSocial (CNAS);

XIV - elaborar e submeter ao Conselho Nacional de AssistênciaSocial (CNAS) os programas anuais e plurianuais de aplicaçãodos recursos do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).

CAPÍTULO IVDos Benefícios, dos Serviços, dos Programas e

dos Projetos de Assistência Social

SEÇÃO IDo Benefício de Prestação Continuada

Art. 20 - O benefício de prestação continuada é a garantia de 1(um) salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiênciae ao idoso com 70 (setenta) anos ou mais e que comprovem não

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la providapor sua família.

§ 1° - Para os efeitos do disposto no caput, entende-se comofamília o conjunto de pessoas elencadas no art. 16 da Lei n° 8.213,de 24 de julho de 1991, desde que vivam sob o mesmo teto. (NR)

- § 1° com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 9.720, de 30/11/1998.

§ 2º - Para efeito de concessão deste benefício, a pessoaportadora de deficiência é aquela incapacitada para a vidaindependente e para o trabalho.

§ 3º - Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoaportadora de deficiência ou idosa a família cuja renda mensalper capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo.

§ 4º - O benefício de que trata este artigo não pode seracumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito daseguridade social ou de outro regime, salvo o da assistênciamédica.

§ 5º - A situação de internado não prejudica o direito do idoso oudo portador de deficiência ao benefício.

§ 6° - A concessão do benefício ficará sujeita a exame médicopericial e laudo realizados pelos serviços de perícia médica doInstituto Nacional do Seguro Social - INSS. (NR)

- § 6° com redação dada pelo art. 1º Lei nº 9.720, de 30/11/1998.

§ 7° - Na hipótese de não existirem serviços no município deresidência do beneficiário, fica assegurado, na forma previstaem regulamento, o seu encaminhamento ao município maispróximo que contar com tal estrutura. (NR)

- § 7° com redação dada pelo art. 1º Lei nº 9.720, de 30/11/1998.

§ 8° - A renda familiar mensal a que se refere o § 3o deverá serdeclarada pelo requerente ou seu representante legal, sujeitando-se aos demais procedimentos previstos no regulamento para odeferimento do pedido. (NR)

- § 8° com redação dada pelo art. 1º Lei nº 9.720, de 30/11/1998.

Art. 21 - O benefício de prestação continuada deve ser revisto acada 2 (dois) anos para avaliação da continuidade das condiçõesque lhe deram origem.

§ 1º - O pagamento do benefício cessa no momento em queforem superadas as condições referidas no caput, ou em casode morte do beneficiário.

§ 2º - O benefício será cancelado quando se constatarirregularidade na sua concessão ou utilização.

SEÇÃO IIDos Benefícios Eventuais

Art. 22 - Entendem-se por benefícios eventuais aqueles que visamao pagamento de auxílio por natalidade ou morte às famílias cujarenda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do saláriomínimo.

§ 1º - A concessão e o valor dos benefícios de que trata esteartigo serão regulamentados pelos Conselhos de AssistênciaSocial dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,mediante critérios e prazos definidos pelo Conselho Nacional deAssistência Social (CNAS).

§ 2º - Poderão ser estabelecidos outros benefícios eventuaispara atender necessidades advindas de situações devulnerabilidade temporária, com prioridade para a criança, afamília, o idoso, a pessoa portadora de deficiência, agestante, a nutriz e nos casos de calamidade pública.

§ 3º - O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS),ouvidas as respectivas representações de Estados e Municípiosdele participantes, poderá propor, na medida dasdisponibilidades orçamentárias das três esferas de governo, ainstituição de benefícios subsidiários no valor de até 25% (vintee cinco por cento) do salário mínimo para cada criança de até6 (seis) anos de idade, nos termos da renda mensal familiarestabelecida no caput.

SEÇÃO IIIDos Serviços

Art. 23 - Entendem-se por serviços assistenciais as atividades

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

continuadas que visem à melhoria de vida da população e cujasações, voltadas para as necessidades básicas, observem osobjetivos, princípios e diretrizes estabelecidas nesta lei.

Parágrafo único - Na organização dos serviços será dadaprioridade à infância e à adolescência em situação de riscopessoal e social, objetivando cumprir o disposto no art. 227 daConstituição Federal e na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990(Estatuto da Criança e do Adolescente).

SEÇÃO IVDos Programas de Assistência Social

Art. 24 - Os programas de assistência social compreendem açõesintegradas e complementares com objetivos, tempo e área deabrangência definidos para qualificar, incentivar e melhorar osbenefícios e os serviços assistenciais.

§ 1º - Os programas de que trata este artigo serão definidospelos respectivos Conselhos de Assistência Social, obedecidosos objetivos e princípios que regem esta lei, com prioridadepara a inserção profissional e social.

§ 2º - Os programas voltados ao idoso e à integração da pessoaportadora de deficiência serão devidamente articulados como benefício de prestação continuada estabelecido no art. 20desta lei.

SEÇÃO VDos Projetos de Enfrentamento da Pobreza

Art. 25 - Os projetos de enfrentamento da pobreza compreendema instituição de investimento econômico-social nos grupospopulares, buscando subsidiar, financeira e tecnicamente, iniciativasque lhes garantam meios, capacidade produtiva e de gestão paramelhoria das condições gerais de subsistência, elevação do padrãoda qualidade de vida, a preservação do meio-ambiente e sua

organização social.

Art. 26 - O incentivo a projetos de enfrentamento da pobreza assentar-se-á em mecanismos de articulação e de participação de diferentesáreas governamentais e em sistema de cooperação entre organismosgovernamentais, não governamentais e da sociedade civil.

CAPÍTULO VDo Financiamento da Assistência Social

Art. 27 - Fica o Fundo Nacional de Ação Comunitária (Funac),instituído pelo Decreto nº 91.970, de 22 de novembro de 1985, ratificadopelo Decreto Legislativo nº 66, de 18 de dezembro de 1990,transformado no Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).

Art. 28 - O financiamento dos benefícios, serviços, programas eprojetos estabelecidos nesta lei far-se-á com os recursos da União,dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das demaiscontribuições sociais previstas no art. 195 da Constituição Federal,além daqueles que compõem o Fundo Nacional de AssistênciaSocial (FNAS).

§ 1º - Cabe ao órgão da Administração Pública Federalresponsável pela coordenação da Política Nacional deAssistência Social gerir o Fundo Nacional de Assistência Social(FNAS) sob a orientação e controle do Conselho Nacional deAssistência Social (CNAS).

§ 2º - O Poder Executivo disporá, no prazo de 180 (cento eoitenta) dias a contar da data de publicação desta lei, sobre oregulamento e funcionamento do Fundo Nacional de AssistênciaSocial (FNAS)

Art. 28-A- Constitui receita do Fundo Nacional de Assistência Social,o produto da alienação dos bens imóveis da extinta FundaçãoLegião Brasileira de Assistência. (NR)

- Art. 28 - A acrescentado pelo art. 5º da Medida Provisória

nº 2.187-13, de 24/08/2001.

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Art. 29 - Os recursos de responsabilidade da União destinados à assistência social serãoautomaticamente repassados ao Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), à medidaque se forem realizando as receitas.

Parágrafo único - Os recursos de responsabilidade da União destinados aofinanciamento dos benefícios de prestação continuada, previstos no art. 20, poderãoser repassados pelo Ministério da Previdência e Assistência Social diretamente aoINSS, órgão responsável pela sua execução e manutenção. (NR)

- Parágrafo único acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 9.720, de 30/11/1998.

Art. 30 - É condição para os repasses, aos Municípios, aos Estados e ao Distrito Federal,dos recursos de que trata esta lei, a efetiva instituição e funcionamento de:

I - Conselho de Assistência Social, de composição paritária entre governo e sociedadecivil;

II - Fundo de Assistência Social, com orientação e controle dos respectivos Conselhosde Assistência Social;

III - Plano de Assistência Social.

Parágrafo único - É, ainda, condição para transferência de recursos do FNAS aosEstados, ao Distrito Federal e aos Municípios a comprovação orçamentária dos recursospróprios destinados à Assistência Social, alocados em seus respectivos Fundos deAssistência Social, a partir do exercício de 1999. (NR)

- Parágrafo único acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 9.720, de 30/11/1998.

CAPÍTULO VIDas Disposições Gerais e Transitórias

Art. 31 - Cabe ao Ministério Público zelar pelo efetivo respeito aos direitos estabelecidosnesta lei.

Art. 32 - O Poder Executivo terá o prazo de 60 (sessenta) dias, a partir da publicaçãodesta lei, obedecidas as normas por ela instituídas, para elaborar e encaminhar projeto delei dispondo sobre a extinção e reordenamento dos órgãos de assistência social do Ministériodo Bem-Estar Social.

§ 1º - O projeto de que trata este artigo definirá formas de transferências de benefícios,serviços, programas, projetos, pessoal, bens móveis e imóveis para a esfera municipal.

§ 2º - O Ministro de Estado do Bem-Estar Social indicará Comissão encarregada de

Foto Marco Gaspar Nóbrega/CPB

Antonio Tenório ganha ouro no judô -Paraolimpíadas Atenas 2004

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

elaborar o projeto de lei de que trata este artigo, que contarácom a participação das organizações dos usuários, detrabalhadores do setor e de entidades e organizações deassistência social.

Art. 33 - Decorrido o prazo de 120 (cento e vinte) dias dapromulgação desta lei, fica extinto o Conselho Nacional de ServiçoSocial (CNSS), revogando-se, em conseqüência, os Decretos-Leinºs 525, de 1º de julho de 1938, e 657, de 22 de julho de 1943.

§ 1º - O Poder Executivo tomará as providências necessáriaspara a instalação do Conselho Nacional de Assistência Social(CNAS) e a transferência das atividades que passarão à suacompetência dentro do prazo estabelecido no caput, de formaa assegurar não haja solução de continuidade.

§ 2º - O acervo do órgão de que trata o caput será transferido,no prazo de 60 (sessenta) dias, para o Conselho Nacional deAssistência Social (CNAS), que promoverá, mediante critériose prazos a serem fixados, a revisão dos processos de registro ecertificado de entidade de fins filantrópicos das entidades eorganização de assistência social, observado o disposto no art.3º desta lei.

Art. 34 - A União continuará exercendo papel supletivo nas açõesde assistência social, por ela atualmente executadas diretamenteno âmbito dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal,visando à implementação do disposto nesta lei, por prazo máximode 12 (doze) meses, contados a partir da data da publicação destalei.

Art. 35 - Cabe ao órgão da Administração Pública Federalresponsável pela coordenação da Política Nacional de AssistênciaSocial operar os benefícios de prestação continuada de que trataesta lei, podendo, para tanto, contar com o concurso de outrosórgãos do Governo Federal, na forma a ser estabelecida emregulamento.

Parágrafo único - O regulamento de que trata o caput definiráas formas de comprovação do direito ao benefício, as condiçõesde sua suspensão, os procedimentos em casos de curatela e

tutela e o órgão de credenciamento, de pagamento e defiscalização, dentre outros aspectos.

Art. 36 - As entidades e organizações de assistência social queincorrerem em irregularidades na aplicação dos recursos que lhesforem repassados pelos poderes públicos terão cancelado seuregistro no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), semprejuízo de ações cíveis e penais.

Art. 37 - O benefício de prestação continuada será devido após ocumprimento, pelo requerente, de todos os requisitos legais eregulamentares exigidos para a sua concessão, inclusiveapresentação da documentação necessária, devendo o seupagamento ser efetuado em até quarenta e cinco dias apóscumpridas as exigências de que trata este artigo. (NR)

- Art. 37 com redação dada pelo art. 1º Lei nº 9.720, de 30/11/1998.

I - 12 (doze) meses, para os portadores de deficiência;

II - 18 (dezoito) meses, para os idosos.

Parágrafo único - No caso de o primeiro pagamento ser feitoapós o prazo previsto no caput, aplicar-se-á na sua atualizaçãoo mesmo critério adotado pelo INSS na atualização do primeiropagamento de benefício previdenciário em atraso. (NR)

- Parágrafo único acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 9.720,

de 30/11/1998.

Art. 38 - A idade prevista no art. 20 desta Lei reduzir-se-á parasessenta e sete anos a partir de 1° de janeiro de 1998. (NR)

- Art. 38 com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 9.720, de 30/11/1998.

Art. 39 - O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), pordecisão da maioria absoluta de seus membros, respeitados oorçamento da seguridade social e a disponibilidade do FundoNacional de Assistência Social (FNAS), poderá propor ao PoderExecutivo a alteração dos limites de renda mensal per capitadefinidos no § 3º do art. 20 e caput do art. 22.

Art. 40 - Com a implantação dos benefícios previstos nos arts. 20

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

e 22 desta lei, extinguem-se a renda mensal vitalícia, o auxílio-natalidade e o auxílio-funeral existentes no âmbito da PrevidênciaSocial, conforme o disposto na Lei nº 8.213, de 24 de julho de1991. (Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Sociale dá outras providências).

§ 1º - A transferência dos benefíciários do sistema previdenciáriopara a assistência social deve ser estabelecida de forma que oatendimento à população não sofra solução de continuidade.(NR)

- § 1º com redação dada pelo art. 25 da Lei nº 9.711, de 20/11/1998.

§ 2º - É assegurado ao maior de setenta anos e ao inválido odireito de requerer a renda mensal vitalícia junto ao INSS até 31de dezembro de 1995, desde que atenda, alternativamente, aosrequisitos estabelecidos nos incisos I, II ou III do § 1º do art.139 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. (NR)

Nota: o art. 139 da Lei n° 8.213, de 24/07/1991 foi revogado pelo art.

15 da Lei n° 9.528, de 10/12/1997.

- § 2º com redação dada pelo art. 25 da Lei nº 9.711, de 20/11/1998.

Art. 41 - Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.

Art. 42 - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 7 de dezembro de 1993, 172º da Independência e 105ºda República.

ITAMAR FRANCO. Presidente da República.

Decreto n° 1.744, de 8 de dezembro de 1995

Regulamenta o benefício de prestação continuada devido à pessoaportadora de deficiência e ao idoso, de que trata a Lei n° 8.742,de 7 de dezembro de 1993, e dá outras providências.

O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere oart. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto noart. 20 da Lei n° 8.742, de 7 de dezembro de 1993.

Decreta:

CAPÍTULO IDo Benefício de Prestação Continuada e do

Beneficiário

Art. 1° - O benefício de prestação continuada previsto no art. 20 daLei n° 8.742, de 7 de dezembro de 1993, é a garantia de um saláriomínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso,com setenta anos ou mais que comprovem não possuir meios deprover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família.

Art. 2° - Para os fins deste Regulamento, considera-se:

I - família: a unidade mononuclear, vivendo sob o mesmo teto,cuja economia é mantida pela contribuição de seus integrantes;

II - pessoa portadora de deficiência: aquela incapacitadapara a vida independente e para o trabalho em razão deanomalias ou lesões irreversíveis de natureza hereditária,congênitas ou adquiridas, que impeçam o desempenho dasatividades da vida diária e do trabalho;

III - família incapacitada de prover a manutenção de pessoaportadora de deficiência ou idosa: aquela cuja renda mensalde seus integrantes, dividida pelo número destes, seja inferior

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

ao valor previsto no § 3° do art. 20 da Lei n° 8.742, de 1993.Art. 3° - A condição de internado não prejudica o direito do idoso oudo portador de deficiência ao recebimento do benefício.

Parágrafo único - Entende-se por condição de internado, paraefeitos do caput deste artigo, aquela relativa a internamentosem hospitais, asilos, sanatórios, instituições que abriguempessoa portadora de deficiência ou instituições congêneres.

Art. 4° - São também beneficiários os idosos e as pessoasportadoras de deficiência estrangeiros naturalizados edomiciliados no Brasil, desde que não amparados pelo sistemaprevidenciário do país de origem.

CAPÍTULO IIDa Habilitação, do Indeferimento, da Concessão,

da Representação e da Manutenção

SEÇÃO IDa Habilitação e do Indeferimento

Art. 5° - Para fazer jus ao salário mínimo mensal, o beneficiárioidoso deverá comprovar que:

I - possui setenta anos de idade ou mais;

II - não exerce atividade remunerada;

III - a renda familiar mensal per capita é inferior à prevista no §3° do art. 20 da Lei n° 8.742, de 1993.

Art. 6° - Para fazer jus ao salário mínimo mensal, o beneficiárioportador de deficiência deverá comprovar que:

I - é portador de deficiência que o incapacite para a vidaindependente e para o trabalho;

II - a renda familiar mensal per capita é inferior a prevista no §3° do art. 20 da Lei n° 8.742, de 1993.

Art. 7° - O benefício de prestação continuada deverá ser requerido

junto aos Postos de Benefícios do Instituto Nacional do SeguroSocial - INSS, ao órgão autorizado ou à entidade conveniada.

§ 1° - Os formulários de requerimento para a habilitação dobeneficiário serão fornecidos pelos Postos de Benefícios doInstituto Nacional do Seguro Social - INSS, pelo órgão autorizadoou pela entidade conveniada.

§ 2° - A apresentação de documentação incompleta não constituimotivo de recusa limitar de requerimento do beneficio.

Art. 8° - A comprovação da idade do beneficiário idoso, a que serefere o inciso I do art. 5°, far-se-á mediante apresentação de umdos seguintes documentos:

I - certidão de nascimento;

II - certidão de casamento;

III - certidão de reservista;

IV - carteira de identidade;

V - carteira de trabalho e previdência social emitida há mais decinco anos;

VI - certidão de inscrição eleitoral.

Art. 9° - A prova de idade do beneficiário idoso estrangeironaturalizado e domiciliado no Brasil, far-se-á pela apresentação deum dos seguintes documentos:

I - título declaratório de nacionalidade brasileira;

II - certidão de nascimento;

III - certidão de casamento;

IV - passaporte;

V - certidão ou guia de inscrição consular ou certidão dedesembarque devidamente autenticadas;

VI - carteira de identidade;

VII - carteira de trabalho e previdência social, emitida há maiscinco anos;

VIII - certidão de inscrição eleitoral.

Art. 10 - Caso a data de expedição dos documentos mencionados

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nos arts. 8° e 9° remonte há menos de cinco anos da data da apresentação do requerimento,deverão ser solicitados outros documentos expedidos anteriormente, para reforço da provade idade.

Parágrafo único - Na hipótese do caput , poderão ser examinados documentos efeitas perícias, sempre que necessário, a critério do Instituto Nacional do Seguro Social- INSS.

Art. 11 - A pessoa portadora de deficiência será identificada mediante a apresentaçãode um dos documentos mencionados no art. 8°.

Parágrafo único - A pessoa estrangeira portadora de deficiência, naturalizada edomiciliada no Brasil, identificar-se-á mediante a apresentação de um dos documentosmencionados no art. 9°.

Art. 12 - Para comprovação da inexistência de atividade remunerada do beneficiário idoso,admitir-se-á como prova declaração dos Conselhos de Assistência Social dos Estados,do Distrito Federal e dos Municípios.

§ 1° - Nas localidades onde não existir Conselho de Assistentes social, admitir-se-áprova mediante declaração de profissionais assistentes sociais em situação regularjunto aos Conselhos Regionais de Serviço Social, e de autoridades locais identificadase qualificadas.

§ 2° - São autoridades locais para os fins do dispostos no parágrafo anterior, além deoutras declaradas em ato do Ministro de Estado da Previdência e Assistência Social:os juizes, os juizes de paz, os promotores de justiça, os comandantes militares doExército, da Marinha, da Aeronáutica e das Forças Auxiliares e os delegados de polícia.

§ 3° - Não será exigido o reconhecimento da firma dos signatários das declarações aque se refere o caput e os parágrafos anteriores.

§ 4° - A declaração que não contiver dados fidedignos acarretará ao declarante aspenas prevista em lei.

Art. 13 - A comprovação da renda familiar mensal per capita será feita mediante aapresentação de um dos seguintes documentos por parte de todos os membros da famíliado requerente que exerçam atividade remunerada:

I - Carteira de Trabalho e Previdência Social com anotações atualizadas;

II - contracheque de pagamento ou documento expedido pelo empregador;

III - carnê de contribuição para o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS;

IV - extrato de pagamento de beneficio ou declaração fornecida pelo Instituto Nacional

Foto Roberto Navarro

Fisioterapia - Associação Brasileira deDistrofia Muscular - ABDIM

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

do Seguro Social - INSS ou outro regime de previdência socialpúblico ou privado;

V - declaração de entidade, autoridade ou profissional a que serefere o art. 12.

§ 1° - A apresentação de um dos documentos mencionadosnos incisos I a V deste artigo, não exclui a faculdade de o InstitutoNacional do Seguro Social - INSS emitir parecer sobre a situaçãosócio-econômica da família do beneficiário.

§ 2° - A declaração de que trata o inciso V será aceita somentenos casos de trabalhadores que, excepcionalmente, estejamimpossibilitados de comprovar sua renda mediante adocumentação mencionada nos incisos I a IV.

Art. 14 - A deficiência será comprovada mediante avaliação elaudo expedido por serviço que conte com equipe multiprofissionaldo Sistema Único de Saúde - SUS ou do Instituto Nacional doSeguro Social - INSS.

§ 1° - Na inexistência de equipe multiprofissional no município,o beneficiário poderá apresentar, no mínimo, dois parecerestécnicos, sendo um emitido por profissional da área médica, eoutro por profissional das áreas terapêutica ou educacional, ouainda laudo de avaliação emitido por uma entidade dereconhecida competência técnica.

§ 2° - Na hipótese de não existirem serviços no município deresidência do beneficiário, fica assegurado o seuencaminhamento ao município mais próximo que contar comesses serviços.

§ 3° - Quando o beneficiário deslocar-se por determinação doInstituto Nacional do Seguro Social - INSS, para submeter-se aavaliação em localidade diversa da de sua residência, deverá ainstituição custear o seu transporte e pagar-lhe a diária.

§ 4° - Caso o beneficiário, a critério do Instituto Nacional do SeguroSocial - INSS necessite de acompanhante, a viagem deste deveráser autorizada, aplicando-se o disposto no parágrafo anterior.

§ 5° - O valor da diária paga ao beneficiário e a seu acompanhanteserá igual ao valor da diária concedida aos beneficiários doRegime Geral de Previdência Social.

Art. 15 - Para efeito de habilitação ao benefício de que trata esteRegulamento, serão apresentados o requerimento e documentosque comprovem as condições exigidas, não sendo obrigatória apresença do requerente para esse fim.

§ 1° - O requerimento será feito em formulário próprio, devendoser assinado pelo interessado ou por procurador, tutor ou curador,a representante legal.

§ 2° - Na hipótese de o requerente ser analfabeto ou estarimpossibilitado de assinar, será admitida a aposição daimpressão digital, na presença de funcionário do Instituto Nacionaldo Seguro Social - INSS, ou do órgão autorizado ou da entidadeconveniada, que o identificará, ou a assinatura a rogo, empresença de duas testemunhas.

§ 3° - A existência de formulário próprio não impedirá que sejaaceito qualquer requerimento pleiteando o benefício, sendo,entretanto, indispensável que nele constem os dadosimprescindíveis ao processamento.

§ 4° - Quando se tratar de pessoa em condição de internado, naforma prevista neste Regulamento, admitir-se-á requerimentoassinado pela direção do estabelecimento onde o requerenteencontra-se internado.

Art. 16 - O benefício será indeferido, caso o beneficiário não atentaàs exigências contidas neste Regulamento.

Parágrafo único - No caso de indeferimento, caberá recursopara o Conselho de Recursos da Previdência Social, a contardo recebimento da comunicação, na forma estabelecida no seuregimento interno.

SEÇÃO IIDa Concessão

Art. 17 - O benefício de prestação continuada não está sujeito adesconto de qualquer contribuição e não gera direito a abono anual.

Art. 18 - O benefício de que trata este Regulamento não pode seracumulado com qualquer outro benefício pecuniário no âmbito da

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Seguridade Social ou de outro regime previdenciário ou assistencial.

§ 1° - É indispensável que seja verificada a existência de registrode benefício previdenciário em nome do requerente.

§ 2° - Competirá ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS,ou ao órgão autorizado ou à entidade conveniada, quandonecessário, promover verificações junto a outras instituiçõesde previdência ou de assistência social, bem como junto aosatestantes ou vizinhos do requerente.

Art. 19 - O benefício de prestação continuada será devido a maisde um membro da mesma família, enquanto for atendido o dispostono inciso III do art. 2° deste Regulamento, passando o valor debenefício a compor a renda familiar, para a concessão de umsegundo benefício.

Art. 20 - Fica o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS obrigadoa emitir e enviar aos beneficiários o aviso de concessão do benefício.

SEÇÃO IIIDa Representação e da Manutenção

Art. 21 - O benefício será pago diretamente ao beneficiário ou aseu procurador, tutor ou curador.

§ 1° - A procuração, renovável a cada doze meses, deverá ser,preferencialmente, lavrada em Cartório, podendo ser admitidaprocuração feita em formulário próprio do Instituto Nacional doSeguro Social - INSS, desde que comprovado o motivo daausência.

§ 2° - O procurador, tutor ou curador do beneficiário deverá firmar,perante o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, o órgãoautorizado ou a entidade conveniada, termo de responsabilidademediante o qual se comprometa a comunicar qualquer eventoque possa anular a procuração, tutela ou curatela, principalmenteo óbito do outorgante, sob pena de incorrer nas sançõescriminais cabíveis.

Art. 22 - O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, o órgão

autorizado ou a entidade conveniada somente poderão negar-se aaceitar procuração quando se manifestarem indícios de inidoneidadedo documento ou do procurador, sem prejuízo, no entanto, dasprovidências que se fizerem necessárias.

Art. 23 - Somente será aceita a constituição de procurador commais de uma procuração ou procuração coletiva nos casos derepresentantes de instituições que abriguem pessoas na condiçãode internado.

Art. 24 - Não poderão ser procuradores:

I - os servidores públicos ativos, civis ou militares, salvo separentes até o segundo grau.

II - os incapazes para os atos da vida civil, ressalvado o dispostono art. 1.298 do Código civil.

Parágrafo único - Nas demais disposições relativas àprocuração, observar-se-á, subsidiariamente, o disposto noCódigo Civil.

Art. 25 - O procurador fica obrigado, no caso de transferência dobenefício de uma localidade para outra, à apresentação de novoinstrumento de mandato na localidade de destino.

Art. 26 - A procuração perderá a validade, efeito ou eficácia nosseguintes casos:

I - quando o outorgante passar a receber pessoalmente obeneficio, declarando, por escrito, que cancela a procuraçãoexistente;

II - quando o outorgante sub-rogar a procuração;

III - pela expiração do prazo fixado ou pelo cumprimento ouextinção da finalidade outorgada;

IV - por morte do outorgante ou do procurador;

V - por interdição de uma das partes;

VI - por desistência do procurador, desde que por escrito.

Art. 27 - Não podem outorgar procuração, devendo serrepresentados por tutor ou curador, o menor de 21 anos, exceto se

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

assistido após os 16 anos ou emancipado após os 18 anos, e oincapaz para os atos da vida civil.

Art. 28 - O benefício devido ao beneficiário incapaz será pago acônjuge, pai, mãe, tutor ou curador, admitindo-se, na sua falta, epor período não superior a seis meses, o pagamento a herdeironecessário, mediante termo de compromisso firmado no ato dorecebimento.

§ 1° - O curador ou tutor pode outorgar procuração a terceiros,com poderes para recebimento do beneficio e, nesta hipótese,a outorga, obrigatoriamente, será feita por instrumento público.

§ 2° - A procuração não isenta o tutor ou curador da condiçãooriginal de mandatário titular da tutela ou curatela.

Art. 29 - O pagamento do benefício de prestação continuada nãoserá antecipado.

Art. 30 - Os benefícios serão pagos na rede bancária autorizada e,nas localidades onde não houver estabelecimento bancário, opagamento será efetuado por órgão autorizado ou entidadeconveniada.

Art. 31 - O pagamento de benefício decorrente de sentença judicialfar-se-á com a observância da prioridade garantida aos créditosalimentícios, na forma da lei.

CAPÍTULO IIIDo Acompanhamento e Controle

Art. 32 - Compete ao Ministério da Previdência e Assistência Social,por intermédio da Secretaria de Assistência Social, a coordenaçãogeral, o acompanhamento, e a avaliação da prestação do benefício.

Parágrafo único - O Instituto Nacional do Seguro Social - INSSé o responsável pela operacionalização do benefício de prestaçãocontinuada previsto neste Regulamento.

Art. 33 - Qualquer pessoa física ou jurídica, de direito público ou

privado, especialmente os Conselhos de Direitos e as OrganizaçõesRepresentativas de pessoas portadoras de deficiência e depessoas idosas, é parte legitima para a provocar a iniciativa dasautoridades do Ministério da Previdência e Assistência Social,fornecendo-lhes informações sobre irregularidades na aplicaçãodeste Regulamento, se for o caso.

CAPÍTULO IVDa Suspensão e do Cancelamento

Art. 34 - O benefício de que trata este Regulamento deverá sersuspenso se comprovada qualquer irregularidade.

§ 1° - Verificada a irregularidade, será concedido ao interessadoo prazo de trinta dias para prestar esclarecimento e produzir, sefor o caso, prova cabal da veracidade dos fatos alegados.

§ 2° - Esgotado esse prazo, sem manifestação da parte, serácancelado o pagamento do benefício e aberto o prazo de quinzedias para recurso à Junta de Recursos da Previdência Social.

Art. 35 - O pagamento do benefício cessa:

I - no momento em que forem superadas as condições que lhederam origem;

II - em caso de morte do beneficiário;

III - em caso de morte presumida, declarada em juízo;

IV - em caso de ausência, declarada em juízo, do beneficiário.

Art. 36 - O benefício de prestação continuada é intransferível, nãogerando direito a pensão. (NR)

- Art. 36 com redação dada pelo art. 1° do Decreto n° 4.712,

de 29/05/2003.

Parágrafo único - O valor do resíduo não recebido em vidapelo beneficiário será pago aos herdeiros ou sucessores, naforma da lei civil. (NR)

- Parágrafo único com redação dada pelo art. 1° do Decreto n° 4.712,

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de 29/05/2003, anteriormente acrescentado pelo Decreto n° 4.360, de 05/09/2002.

CAPÍTULO VDa Renovação

Art. 37 - O benefício de prestação continuada deverá ser revisto a cada dois anos, parareavaliação das condições que lhe deram origem.

Art. 38 - Para reavaliar as condições que deram origem ao benefício, será necessáriocomprovar a situação prevista no art. 13 deste Regulamento.

CAPÍTULO VIDas Disposições Finais

Art. 39 - A partir de 1° de janeiro de 1996, ficam extintos o auxílio-natalidade, o auxílio-funeral e a renda mensal vitalícia.

Parpagrafo único - É assegurado ao maior de setenta anos e ao inválido o direito derequerer a renda mensal vitalícia junto ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSSaté 31 de dezembro de 1995, desde que atenda, alternativamente, aos requisitosestabelecidos nos incisos I, II ou III do § 1° do art. 139 da Lei n° 8.213, de 24 de julhode 1991.

Art. 40 - O benefício de prestação continuada devido ao idoso e à pessoa portadora dedeficiência, criado pela Lei n° 8.742, de 1993, somente poderá ser requerido a partir de 1°de janeiro de 1996.

Art. 41 - As despesas com o pagamento do benefício de que trata este Regulamento far-se-ão com recursos do Fundo Nacional da Assistência Social - FNAS.

Art. 42 - A partir de 1° de janeiro de 1998, a idade prevista no inciso I do art. 5° desteRegulamento reduzir-se-á para 67 anos e, a partir de 1° de janeiro de 2000, para 65 anos.

Art. 43 - Compete ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS expedir as instruções einstituir formulários e modelos de documentos necessários à operacionalização do benefíciode prestação continuada previsto neste Regulamento.

Artesanato - AssociaçãoBrasileira de Esclerose Múltipla - ABEM

Foto Marco A. Cardelino

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Art. 44 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 45 - Revoga-se o Decreto n° 1.330, de 8 de dezembro de 1994.

Brasília, 8 de dezembro de 1995; 174º da Independência e 107ºda República.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

Decreto n° 2.536, de 6 de abril de 1998

Dispõe sobre a concessão do Certificado de Entidade de FinsFilantrópicos a que se refere o inciso IV do art. 18 da Lei n° 8.742,de 7 de dezembro de 1993, e dá outras providências.

O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere oart. 84, inciso IV, da Constituição, e de acordo com o disposto noinciso IV do art. 18 da Lei n° 8.742, de 7 de dezembro de 1993,

DECRETA:

Art. 1° - A concessão ou renovação do Certificado de Entidade deFins Filantrópicos pelo Conselho Nacional de Assistência Social -CNAS, de que trata o inciso IV do art. 18 da Lei no 8.742, de 7 dedezembro de 1993, obedecerá ao disposto neste Decreto. (NR)

- Art. 1° com redação dada pelo art. 1° do Decreto n° 3.504, de 13/06/2000.

Art. 2° - Considera-se entidade beneficente de assistência social,para os fins deste Decreto, a pessoa jurídica de direito privado,sem fins lucrativos, que atue no sentido de:

I - proteger a família, a maternidade, a infância, a adolescênciae a velhice;

II - amparar crianças e adolescentes carentes;

III - promover ações de prevenção, habilitação e reabilitação depessoas portadoras de deficiências;

IV - promover, gratuitamente, assistência educacional ou de saúde;

V - promover a integração ao mercado de trabalho.......................................

Brasília, 6 de abril de 1998; 177º da Independência e 110º daRepública.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei n° 8.899, de 29 de junho de 1994

Concede Passe Livre às Pessoas portadoras de deficiênciano Sistema de Transporte Coletivo Interestadual.

Art. 1° - É concedido passe livre às pessoas portadoras dedeficiência, comprovadamente carentes, no sistema de transportecoletivo interestadual.

Art. 2° - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo denoventa dias a contar de sua publicação.

Art. 3° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4° - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 29 de junho de 1994; 173º da Independência e 106º daRepública.

Itamar Franco. Presidente da República.

Decreto n° 3.691, de 19 de dezembro de 2000

Regulamenta a Lei n° 8.899, de 29 de junho de 1994, que dispõesobre o transporte de pessoas portadoras de deficiência nosistema de transporte coletivo interestadual.

O Presidente da República, no uso das atribuições que lhe confereo art. 84, incisos IV e VI, da Constituição, e tendo em vista odisposto no art. 1° da Lei no 8.899, de 29 de junho de 1994,

Decreta :

Art. 1° - As empresas permissionárias e autorizatárias de transporteinterestadual de passageiros reservarão dois assentos de cadaveículo, destinado a serviço convencional, para ocupação daspessoas beneficiadas pelo art. 1° da Lei n° 8.899, de 29 de junhode 1994, observado o que dispõem as Leis n°s 7.853, de 24 deoutubro de 1989, 8.742, de 7 de dezembro de 1993, 10.048, de 8de novembro de 2000, e os Decretos n°s 1.744, de 8 de dezembrode 1995, e 3.298, de 20 de dezembro de 1999.

Art. 2° - O Ministro de Estado dos Transportes disciplinará, noprazo de até trinta dias, o disposto neste Decreto.

Art. 3° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 19 de dezembro de 2000; 179° da Independência e 112°da República.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

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100

LEGISLAÇÃO FEDERAL

Lei n° 8.909, de 6 de julho de 1994

Dispõe, em caráter emergencial, sobre a prestação de serviçospor entidades de assistência social, entidades beneficentes deassistência social e entidades de fins filantrópicos e estabeleceprazos e procedimentos para o recadastramento de entidades juntoao Conselho Nacional de Assistência Social, e dá outrasprovidências

O Presidente da República.Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono aseguinte Lei:

Art. 1° - As entidades beneficentes de assistência social ou de finsfilantrópicos, cujo Certificado de Fins Filantrópicos não tenha sidodefinitivamente cancelado pelo Conselho Nacional de Serviço Socialou pelo Conselho Nacional de Assistência Social, em caráterexcepcional e exclusivamente para a celebração de convênio comórgão ou entidade da Administração Pública, para a prestação deserviços e outras atividades ligadas ao atendimento a criançascarentes de zero a seis anos de idade, a adolescentes em situaçãode risco pessoal ou social, ao idoso e a pessoas portadoras dedeficiência, ficam dispensadas, até 31 de dezembro de 1994, daapresentação da Certidão Negativa de Débito - CND emitida peloInstituto Nacional do Seguro Social - INSS, correspondente àcomprovação de inexistência de débito de que trata o inciso I doartigo 47 da Lei n 8.212, de 24 de julho de 1991.

Art. 2° - As entidades registradas no Conselho Nacional de ServiçoSocial ou no Conselho Nacional de Assistência Social devemrequerer o seu recadastramento junto ao Conselho Nacional deAssistência Social até 31 de março de 1995.

§ 1° - As entidades que não observarem o disposto no caputdeste artigo terão seus registros cancelados.

§ 2° - O Conselho Nacional de Assistência Social divulgará, porresolução, no prazo máximo de sessenta dias, a contar dapublicação desta lei, os critérios para realização dorecadastramento, que devem ser de fácil entendimento e debaixo custo para as entidades.

§ 3° - Às entidades que, por força do Decreto n° 984, de 12 denovembro de 1993, tenham apresentado o pedido derecadastramento, até a data de publicação desta lei, seráassegurado o direito de terem seus pedidos analisados à luz dalegislação então vigente ou à luz dos critérios que serãoestabelecidos, conforme determina o § 2° deste artigo,prevalecendo a situação que beneficiar a entidade requerente.

Art. 3° - O Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS firmaráacordo de cooperação técnica com a Fundação Legião Brasileirade Assistência - LBA, no prazo de até trinta dias a partir dapublicação desta lei, para a execução das atividades relacionadascom a recepção, cadastro, análise inicial e parecer técnico sobrepedidos de registros e de concessão de Certificado de Entidade deFins Filantrópicos, para posterior homologação pelo referidoConselho, até que venham a ser implantados os ConselhosEstaduais, do Distrito Federal e Municipais de Assistência Social.

Art. 4° - Os pedidos de registro protocolizados no prazo de aténoventa dias, a partir da publicação desta lei, serão apreciadospelo Conselho Nacional de Assistência Social de acordo com oscritérios estabelecidos pela Lei n° 1.493, de 13 de dezembro de1951.

Art. 5° - Os pedidos de Certificado de Entidade de Fins Filantrópicosprotocolizados no prazo de até noventa dias, a partir da publicaçãodesta lei, serão apreciados e decididos pelo Conselho Nacional deAssistência Social de acordo com os critérios estabelecidos peloDecreto n° 752, de 16 de fevereiro de 1993 e alterações neleintroduzidas.

Art. 6° - O Conselho Nacional de Assistência Social tem o prazode noventa dias, a partir da publicação desta lei, para, em

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101

cumprimento ao inciso III do artigo 18 da Lei n° 8.742, de 7 de dezembro de 1993, fixar, porresolução, as normas para a concessão de registro e certificado de fins filantrópicos.

Art. 7° - O Conselho Nacional de Assistência Social tem, o prazo de cento e oitenta dias,a partir da publicação desta lei, para regularizar todos os processos pendentes, transferidosà sua competência em decorrência do artigo 33 da Lei n° 8.742, de 7 de dezembro de1993.

Art. 8° - Os pedidos de Registro ou de Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos,formalizados ao Conselho Nacional de Assistência Social, a partir da data de publicaçãodesta lei, deverão ser analisados e concluídos no prazo máximo de noventa dias,resguardando-se, ao interessado, o direito de pedido de reconsideração.

Art. 9° - Os pedidos de regularização de débito junto ao Instituto Nacional de SeguroSocial - INSS, formulados por entidade de que trata o artigo 1° desta lei, deverão receberparecer conclusivo no prazo máximo de trinta dias, a contar da data de sua protocolização.

Art. 10 - O Conselho Nacional de Assistência Social e o Conselho Nacional de SeguridadeSocial deverão, no prazo de cento e oitenta dias, a partir da publicação desta lei, estabeleceras normas para a apresentação de relatórios periódicos e prestação de contas das entidadesbeneficentes, com vistas a reduzir procedimentos burocráticos e custos às entidadesbeneficentes de assistência social.

Art. 11 - Os Certificados de Entidade de Fins Filantrópicos, emitidos pelo Conselho Nacionalde Serviço Social para as entidades beneficentes de assistência social, filantrópicas e deassistência social, a que se refere o artigo 1° desta lei, que tenham sido emitidos até 31de maio de 1992, têm sua validade prorrogada para 31 de dezembro de 1994.

Art. 12 - Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisória n° 501,de 20 de maio de 1994.

Art. 13 - Revogam-se o Decreto n° 984, de 12 de novembro de 1993, o Decreto n° 1.097,de 23 de março de 1994, e todas as disposições em contrário.

Art. 14 - Esta Lei entra em vigor a partir da data de sua publicação.

Brasília, 6 de julho de 1994; 173º da Independência, 106º da República.

Itamar Franco. Presidente da República.

Foto cedida pela Ame

Terapia ocupacional - Amigos Metroviáriosdos Excepcionais - AME

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102

LEGISLAÇÃO FEDERAL

Lei n° 8.989, de 24 de fevereiro de 1995

Dispõe sobre a Isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados- IPI, na aquisição de automóveis para utilização no transporteautônomo de passageiros, bem como por pessoas portadorasde deficiência física, e dá outras providências. (NR)

- Ementa da Lei n° 8.989, de 24/02/1995, com redação dada pelo art. 1°

da Lei n° 10.754, de 31/10/2003.

Faço saber que o Presidente da República adotou a MedidaProvisória n° 856, de 1995, que o Congresso Nacional aprovou, eeu, José Sarney, Presidente do Senado Federal, para os efeitos dodisposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal,promulgo a seguinte lei:

Art. 1° - Ficam isentos do Imposto Sobre Produtos Industrializados- IPI os automóveis de passageiros de fabricação nacional,equipados com motor de cilindrada não superior a dois milcentímetros cúbicos, de no mínimo quatro portas inclusive a deacesso ao bagageiro, movidos a combustíveis de origem renovávelou sistema reversível de combustão, quando adquiridos por: (NR)

- Art. 1° com redação dada pelo art. 2° da Lei n° 10.690, de 16/06/2003.

......................................

IV - pessoas portadoras de deficiência física, visual, mentalsevera ou profunda, ou autistas, diretamente ou por intermédiode seu representante legal; (NR)

- Inciso IV com redação dada pelo art. 2° da Lei n° 10.690, de

16/06/2003.

......................................

§ 1° - Para a concessão do benefício previsto no art. 1° éconsiderada também pessoa portadora de deficiência físicaaquela que apresenta alteração completa ou parcial de um oumais segmentos do corpo humano, acarretando ocomprometimento da função física, apresentando-se sob a formade paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia,tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia,hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisiacerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida,exceto as deformidades estéticas e as que não produzamdificuldades para o desempenho de funções. (NR)

- § 1° acrescentado pelo art. 2° da Lei n° 10.690, de 16/06/2003.

§ 2° - Para a concessão do benefício previsto no art. 1° éconsiderada pessoa portadora de deficiência visual aquelaque apresenta acuidade visual igual ou menor que 20/200 (tabelade Snellen) no melhor olho, após a melhor correção, ou campovisual inferior a 20°, ou ocorrência simultânea de ambas assituações. (NR)

- § 2° acrescentado pelo art. 2° da Lei n° 10.690, de 16/06/2003.

§ 3° - Na hipótese do inciso IV, os automóveis de passageiros aque se refere o caput serão adquiridos diretamente pelaspessoas que tenham plena capacidade jurídica e, no caso dosinterditos, pelos curadores; (NR)

- § 3° acrescentado pelo art. 2° da Lei n° 10.690, de 16/06/2003.

§ 4° - A Secretaria Especial dos Diretos Humanos da Presidênciada República, nos termos da legislação em vigor e o Ministério daSaúde definirão em ato conjunto os conceitos de pessoasportadoras de deficiência mental severa ou profunda, ouautistas, e estabelecerão as normas e requisitos para emissãodos laudos de avaliação delas. (NR)

§ 4° acrescentado pelo art. 2° da Lei n° 10.690, de 16/06/2003.

§ 5° - Os curadores respondem solidariamente quanto ao impostoque deixar de ser pago, em razão da isenção de que trata esteartigo. (NR)

- § 5° acrescentado pelo art. 2° da Lei n° 10.690, de 16/06/2003.

§ 6° - A exigência para aquisição de automóveis equipados com

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

motor de cilindrada não superior a dois mil centímetros cúbicos,de no mínimo quatro portas, inclusive a de acesso ao bagageiro,movidos a combustíveis de origem renovável ou sistema reversívelde combustão não se aplica aos portadores de deficiênciade que trata o inciso IV do caput deste artigo. (NR)

- § 6° acrescentado pelo art. 2° da Lei n° 10.690, de 16/06/2003,

posteriormente alterado pelo art. 2° da Lei n° 10.754, de 31/10/2003.

Art. 2° - A isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI deque trata o art. 1° somente poderá ser utilizada uma vez, salvo se oveículo tiver sido adquirido há mais de três anos. (NR)

- Art. 2° com redação dada pelo art. 3° da Lei n° 10.690,

de 16/06/2003.

Art. 3° - A isenção será reconhecida pela Secretaria da ReceitaFederal do Ministério da Fazenda, mediante prévia verificação deque o adquirente preenche os requisitos previstos nesta lei.

Art. 4° - Fica assegurada a manutenção do crédito do Impostosobre Produtos Industrializados (IPI) relativo às matérias-primas,aos produtos intermediários e ao material de embalagemefetivamente utilizados na industrialização dos produtos referidosnesta lei.

Art. 5° - O imposto incidirá normalmente sobre quaisquer acessóriosopcionais que não sejam equipamentos originais do veículoadquirido.

Art. 6° - A alienação do veículo, adquirido nos termos desta lei oudas Leis n°s 8.199, de 28 de junho de 1991, e 8.843, de 10 dejaneiro de 1994, antes de três anos contados da data de suaaquisição, a pessoas que não satisfaçam às condições e aosrequisitos estabelecidos nos referidos diplomas legais, acarretaráo pagamento pelo alienante do tributo dispensado, atualizado naforma da legislação tributária.

Parágrafo único - A inobservância do disposto neste artigosujeita ainda o alienante ao pagamento de multa e jurosmoratórios previstos na legislação em vigor para a hipótese de

fraude ou falta de pagamento do imposto devido.

Art. 7° - No caso de falecimento ou incapacitação do motoristaprofissional alcançado pelos incisos I e II do art. 1° desta lei, semque tenha efetivamente adquirido veículo profissional, o direito serátransferido ao cônjuge, ou ao herdeiro designado por esse ou pelojuízo, desde que seja motorista profissional habilitado e destine oveículo ao serviço de táxi.

Art. 8° - Ficam convalidados os atos praticados com base naMedida Provisória n° 790, de 29 de dezembro de 1994.

Art. 9° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, vigorandoaté 31 de dezembro de 1995. (NR)

Nota: Prorrogada a vigência até 31 de dezembro de 2006, pelo art. 2°

da Lei n° 10.690, de 16/06/2003.

Art. 10 - Revogam-se as Leis n°s 8.199, de 1991, e 8,843, de1994.

Senado Federal, 24 de fevereiro de 1995; 174º da Independênciae 107º da República.

Senador José Sarney. Presidente do Senado.

Nota: Lei n° 10.182, de 12 de fevereiro de 2001 - “Restaura a vigênciada Lei n° 8.989, de 24 de fevereiro de 1995, que dispõe sobre a isençãodo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição deautomóveis destinados ao transporte autônomo de passageiros eao uso de portadores de deficiência física, reduz o imposto deimportação para os produtos que especifica, e dá outrasprovidências”.

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Lei n° 9.092, de 12 de setembro de 1995

Destina a renda líquida de um teste da Loteria Esportiva Federal àFederação Nacional das APAEs e determina outras providências.

O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacionaldecreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° - Será destinada anualmente à Federação Nacional dasAssociações de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAEs arenda líquida de um teste da Loteria Esportiva Federal ou teste quea suceder.

Parágrafo único - A Federação Nacional das Associaçõesde Pais e Amigos dos Excepcionais - APAEs fica obrigada aprestar contas públicas, na forma da lei, do dinheiro que receberna forma deste dispositivo.

Art. 2° - O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo desessenta dias de sua publicação.

Art. 3° - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4° - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 12 de setembro de 1995; 174º da Independência e 107ºda República.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

Decreto n° 2.843, de 16 de novembro de 1998

Regulamenta a Lei n° 9.092, de 12 de setembro de 1995, que destinaa renda líquida de um teste da Loteria Esportiva Federal àFederação Nacional das APAEs e dá outras providências.

O Presidente da República , no uso da atribuição que lhe confereo art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o dispostona Lei n° 9.092, de 12 de setembro de 1995,

Decreta:

Art. 1° - O Ministério da Justiça, por intermédio da SecretariaNacional dos Direitos Humanos, repassará anualmente àFederação Nacional das Associações de Pais e Amigos dosExcepcionais - APAEs, o valor correspondente à renda líquida deum teste da Loteria Esportiva Federal ou teste que a suceder.

Art. 2° - O Ministro de Estado da Fazenda, à vista de manifestaçãoda Caixa Econômica Federal, da Federação Nacional das APAEs,e da Secretaria do Tesouro Nacional, publicará em portaria específicao número e a data do teste cuja renda será objeto do repasse deque trata o artigo anterior.

Art. 3° - A Caixa Econômica Federal recolherá ao Tesouro Nacionalos recursos correspondentes ao valor da renda do teste de quetrata o artigo anterior, na forma estabelecida pela Secretaria daReceita Federal para o recolhimento da renda líquida dos concursosprognósticos.

Parágrafo único - A Caixa Econômica Federal expedirácorrespondência à Secretaria do Tesouro Nacional, informandoo valor da arrecadação e a data do recolhimento da receita de

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que trata o caput.

Art. 4° - A Federação Nacional das APAEs prestará contas, ao Sistema de Controle Internodo Poder Executivo, da utilização dos recursos recebidos na forma prevista neste Decreto.

Art. 5° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 16 de novembro de 1998; 177º da Independência e 110º da República.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

Foto cedida pela Associação Cruz Verde

Hidroginástica - Associação Cruz Verde

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996

Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.O Presidente da República Faço saber que o Congresso Nacionaldecreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO IDa Educação

......................................

TÍTULO VDos Níveis e das Modalidades de Educação e

Ensino

......................................

CAPÍTULO VDa Educação Especial

Art. 58 - Entende-se por educação especial, para os efeitos destaLei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmentena rede regular de ensino, para educandos portadores denecessidades especiais.

§ 1° - Haverá, quando necessário, serviços de apoioespecializado, na escola regular, para atender às peculiaridadesda clientela de educação especial.

§ 2° - O atendimento educacional será feito em classes, escolasou serviços especializados, sempre que, em função dascondições específicas dos alunos, não for possível a sua

integração nas classes comuns de ensino regular.

§ 3° - A oferta de educação especial, dever constitucional doEstado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante aeducação infantil.

Art. 59 - Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos comnecessidades especiais:

I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos eorganização específicos, para atender às suas necessidades;

II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingiro nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, emvirtude de suas deficiências, e aceleração para concluir emmenor tempo o programa escolar para os superdotados;

III - professores com especialização adequada em nível médioou superior, para atendimento especializado, bem comoprofessores do ensino regular capacitados para a integraçãodesses educandos nas classes comuns;

IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetivaintegração na vida em sociedade, inclusive condições adequadaspara os que não revelarem capacidade de inserção no trabalhocompetitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins,bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superiornas áreas artística, intelectual ou psicomotora;

V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociaissuplementares disponíveis para o respectivo nível do ensinoregular.

Art. 60 - Os órgãos normativos dos sistemas de ensinoestabelecerão critérios de caracterização das instituições privadassem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva emeducação especial, para fins de apoio técnico e financeiro peloPoder Público.

Parágrafo único - O Poder Público adotará, como alternativapreferencial, a ampliação do atendimento aos educandos comnecessidades especiais na própria rede pública regular deensino, independentemente do apoio às instituições previstas

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

neste artigo.

......................................

Brasília, 20 de dezembro de 1996; 175º da Independência e 108ºda República.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

Lei n° 9.455, de 7 de abril de 1997

Define os crimes de tortura e dá outras providências.

......................................

Art. 1° - Constitui crime de tortura:

......................................

§ 4° - Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:

......................................

II - se o crime é cometido contra criança, gestante, portador dedeficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;

......................................

Brasília, 7 de abril de 1997; 176º da Independência e 109º daRepública.

Fernando Henrique Cardoso.

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108

LEGISLAÇÃO FEDERAL

Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997

Institui o Código de Trânsito Brasileiro.

O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacionaldecreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO IDisposições Preliminares

Art. 1° - O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres doterritório nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código.

......................................

CAPÍTULO IIDo Sistema Nacional de Trânsito

......................................

SEÇÃO IIDa Composição e da Competência do Sistema

Nacional de Trânsito

...........................................

Art. 14 - Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRANe ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE:

...........................................

VI - indicar um representante para compor a comissãoexaminadora de candidatos portadores de deficiência físicaà habilitação para conduzir veículos automotores;

...........................................

Art. 147 - O candidato à habilitação deverá submeter-se a examesrealizados pelo órgão executivo de trânsito, na seguinte ordem:

I - de aptidão física e mental;

II - (VETADO)

III - escrito, sobre legislação de trânsito;

IV - de noções de primeiros socorros, conforme regulamentaçãodo CONTRAN;

V - de direção veicular, realizado na via pública, em veículo dacategoria para a qual estiver habilitando-se.

§1° - Os resultados dos exames e a identificação dos respectivosexaminadores serão registrados no RENACH. (NR)

- Parágrafo único renumerado para § 1° pelo art. 2° da Lei n° 9.602,

de 21/01/1998.

§ 2° - O exame de aptidão física e mental será preliminar erenovável a cada cinco anos, ou a cada três anos para condutorescom mais de sessenta e cinco anos de idade, no local deresidência ou domicílio do examinado. (NR)

- § 2° acrescentado pelo art. 2° da Lei n° 9.602, de 21/01/1998.

§ 3° - O exame previsto no § 2° incluirá avaliação psicológicapreliminar e complementar sempre que a ele se submeter ocondutor que exerce atividade remunerada ao veículo, incluindo-se esta avaliação para os demais candidatos apenas no examereferente à primeira habilitação. (NR)

- § 3° com redação dada pelo art. 1° da Lei n° 10.350, de 21/12/2001.

§ 4° - Quando houver indícios de deficiência física, mental, oude progressividade de doença que possa diminuir a capacidadepara conduzir o veículo, o prazo previsto no § 2° poderá serdiminuído por proposta do perito examinador. (NR)

- § 5° acrescentado pelo § 2° da Lei n° 9.602, de 21/01/1998.

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§ 5° - O condutor que exerce atividade remunerada ao veículo terá essa informaçãoincluída na sua Carteira Nacional de Habilitação, conforme especificações do ConselhoNacional de Trânsito - Contran. (NR)

- § 5° acrescentado pelo art. 1° da Lei n° 10.350, de 21/12/2001.

..........................................

CAPÍTULO XVDas Infrações

...........................................

Art. 214 - Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo não motorizado:

I - que se encontre na faixa a ele destinada;

II - que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra sinal verde para o veículo;

III - portadores de deficiência física, crianças, idosos e gestantes:

Infração - gravíssima;

Penalidade - multa.

..........................................

Brasília, 23 de setembro de 1997; 176º da Independência e 109 da República.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

Foto cedida pela Fundação Dorina Nowill

Revisora Braille - Fundação Dorina Nowill

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110

LEGISLAÇÃO FEDERAL

Lei n° 9.533, de 10 de dezembro de 1997

Autoriza o Poder Executivo a conceder apoio financeiro aosMunicípios que instituírem programas de garantia de renda mínimaassociados a ações socioeducativas.

..........................................

Art. 3° - Poderão ser computados, como participação do Municípioe do Estado no financiamento do programa, os recursos municipaise estaduais destinados à assistência socioeducativa, em horáriocomplementar ao da freqüência no ensino fundamental para osfilhos e dependentes das famílias beneficiárias, inclusive portadoresde deficiência.

..........................................

Art. 5° - Observadas as condições definidas nos arts. 1° e 2°, esem prejuízo da diversidade de limites adotados pelos programasmunicipais, os recursos federais serão destinados exclusivamentea famílias que se enquadrem nos seguintes parâmetros,cumulativamente:

..........................................

§ 2° - Serão computados para cálculo da renda familiar os valoresconcedidos a pessoas que já usufruam de programas federaisinstituídos de acordo com preceitos constitucionais, tais comoprevidência rural, seguro-desemprego e renda mínima a idosose deficientes, bem como programas estaduais e municipaisde complementação pecuniária.

..........................................

Brasília, 10 de dezembro de 1997; 176º da Independência e 109ºda República.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

Lei n° 9.610, de 19 de fevereiro de 1998

Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais edá outras providências.

O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacionaldecreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO IDisposições Preliminares

Art. 1° - Esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sobesta denominação os direitos de autor e os que lhes são conexos.

Art. 2° - Os estrangeiros domiciliados no exterior gozarão daproteção assegurada nos acordos, convenções e tratados em vigorno Brasil.

Parágrafo único - Aplica-se o disposto nesta lei aos nacionaisou pessoas domiciliadas em país que assegure aos brasileirosou pessoas domiciliadas no Brasil a reciprocidade na proteçãoaos direitos autorais ou equivalentes.

.......................................

CAPÍTULO IVDas Limitações aos Direitos Autorais

Art. 46 - Não constitui ofensa aos direitos autorais: I - a reprodução:

......................................

d) de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivode deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

comerciais, seja feita mediante o sistema Braille ou outroprocedimento em qualquer suporte para esses destinatários;

..........................................

Brasília, 19 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110ºda República.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

Lei n° 9.656, de 3 de junho de 1998

Dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde.

..........................................

Art. 14 - Em razão da idade do consumidor, ou da condição depessoa portadora de deficiência, ninguém pode ser impedidode participar de planos privados de assistência à saúde.

..........................................

Brasília, 3 de junho de 1998; 177º da Independência e 110º daRepública.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

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112

LEGISLAÇÃO FEDERAL

Lei n° 9.867, de 10 de novembro de 1999

Dispõe sobre a criação e o funcionamento de Cooperativas Sociais,visando à integração social dos cidadãos, conforme especifica.

O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacionaldecreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° - As Cooperativas Sociais, constituídas com a finalidade deinserir as pessoas em desvantagem no mercado econômico, pormeio do trabalho, fundamentam-se no interesse geral dacomunidade em promover a pessoa humana e a integração socialdos cidadãos, e incluem entre suas atividades:

I - a organização e gestão de serviços sociossanitários eeducativos; e

II - o desenvolvimento de atividades agrícolas, industriais,comerciais e de serviços.

Art. 2° - Na denominação e razão social das entidades a que serefere o artigo anterior, é obrigatório o uso da expressão “CooperativaSocial”, aplicando-se-lhes todas as normas relativas ao setor emque operarem, desde que compatíveis com os objetivos desta Lei.

Art. 3° - Consideram-se pessoas em desvantagem, para os efeitosdesta Lei:

I - os deficientes físicos e sensoriais;

II - os deficientes psíquicos e mentais, as pessoasdependentes de acompanhamento psiquiátrico permanente, eos egressos de hospitais psiquiátricos;

III - os dependentes químicos;

IV - os egressos de prisões;

V - (VETADO);VI - os condenados a penas alternativas à detenção;

VII - os adolescentes em idade adequada ao trabalho e situaçãofamiliar difícil do ponto de vista econômico, social ou afetivo.

§ 1° - (VETADO).§ 2° - As Cooperativas Sociais organizarão seu trabalho,especialmente no que diz respeito a instalações, horários ejornadas, de maneira a levar em conta e minimizar asdificuldades gerais e individuais das pessoas em desvantagemque nelas trabalharem, e desenvolverão e executarão programasespeciais de treinamento com o objetivo de aumentar-lhes aprodutividade e a independência econômica e social.

§ 3° - A condição de pessoa em desvantagem deve ser atestadapor documentação proveniente de órgãos da administraçãopública, ressalvando-se o direito à privacidade.

Art. 4° - O estatuto da Cooperativa Social poderá prever uma oumais categorias de sócios voluntários, que lhe prestem serviçosgratuitamente, e não estejam incluídos na definição de pessoasem desvantagem.

Art. 5° - (VETADO)

Parágrafo único - (VETADO).

Art. 6° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 10 de novembro de 1999; 178° da Independência e 111°da República.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

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113

Lei n° 9.961, de 28 de janeiro de 2000

Cria a Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS e dá outras providências.

..........................................

Art. 13 - A Câmara de Saúde Suplementar será integrada:

..........................................

V - por um representante de cada entidade a seguir indicada:

...........................................

h) das entidades de portadores de deficiência e de patologias especiais.

..........................................

Brasília, 28 de janeiro de 2000; 179º da Independência e 112º da República.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

Antonio Tenório da Silva(Atleta), Vital SeverinoNeto (Presidente do CBP), Lars Grael

(Secretário), Sidney Beraldo (Presidente daAlesp), Célia Leão (Deputada), ÁLvaro

Lazzarini (Presidente do TRE) e Davi FariasCosta (Presidente da ABDC) - Sessão Solene

na Assembléia Legislativa de São Paulo emhomenagem aos atletas paraolímpicos

Atenas - 2004

Foto Marco A. Cardelino

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Lei n° 10.048 de 8 de novembro de 2000

Dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e dáoutras providências

O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacionaldecreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° - As pessoas portadoras de deficiência, os idosos comidade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, aslactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo terãoatendimento prioritário, nos termos desta Lei. (NR)

- Art. 1° com redação dada pelo art. 114 da Lei n° 10.741, de 01/10/2003.

Art. 2° - As repartições públicas e empresas concessionárias deserviços públicos estão obrigadas a dispensar atendimentoprioritário, por meio de serviços individualizados que asseguremtratamento diferenciado e atendimento imediato às pessoas a quese refere o art. 1°.

Parágrafo único - É assegurada, em todas as instituiçõesfinanceiras, a prioridade de atendimento às pessoasmencionadas no art. 1°.

Art. 3° - As empresas públicas de transporte e as concessionáriasde transporte coletivo reservarão assentos, devidamenteidentificados, aos idosos, gestantes, lactantes, pessoasportadoras de deficiência e pessoas acompanhadas por criançasde colo.

Art. 4° - Os logradouros e sanitários públicos, bem como os edifíciosde uso público, terão normas de construção, para efeito delicenciamento da respectiva edificação, baixadas pela autoridadecompetente, destinadas a facilitar o acesso e uso desses locaispelas pessoas portadoras de deficiência.

Art. 5° - Os veículos de transporte coletivo a serem produzidosapós doze meses da publicação desta Lei serão planejados deforma a facilitar o acesso a seu interior das pessoas portadorasde deficiência.

§ 1° - (VETADO).§ 2° - Os proprietários de veículos de transporte coletivo emutilização terão o prazo de cento e oitenta dias, a contar daregulamentação desta Lei, para proceder às adaptaçõesnecessárias ao acesso facilitado das pessoas portadoras dedeficiência.

Art. 6° - A infração ao disposto nesta Lei sujeitará os responsáveis:

I - no caso de servidor ou de chefia responsável pela repartiçãopública, às penalidades previstas na legislação específica;

II - no caso de empresas concessionárias de serviço público, amulta de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 2.500,00 (dois mil equinhentos reais), por veículos sem as condições previstas nosarts. 3° e 5°;

III - no caso das instituições financeiras, às penalidades previstasno art. 44, incisos I, II e III, da Lei n° 4.595, de 31 de dezembro de1964.

Parágrafo único - As penalidades de que trata este artigo serãoelevadas ao dobro, em caso de reincidência.

Art. 7° - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo desessenta dias, contado de sua publicação.

Art. 8° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 8 de novembro de 2000; 179° da Independência e 112°da República.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004

Regulamenta as Leis n°s 10.048, de 8 de novembro de 2000, quedá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098,de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais ecritérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoasportadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dáoutras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lheconfere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista odisposto nas Leis n°s 10.048, de 8 de novembro de 2000, e 10.098,de 19 de dezembro de 2000,

DECRETA:

CAPÍTULO IDisposições Preliminares

Art. 1º - Este Decreto regulamenta as Leis n°s 10.048, de 8 denovembro de 2000, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000.

Art. 2º - Ficam sujeitos ao cumprimento das disposições desteDecreto, sempre que houver interação com a matéria neleregulamentada:

I - a aprovação de projeto de natureza arquitetônica e urbanística,de comunicação e informação, de transporte coletivo, bem comoa execução de qualquer tipo de obra, quando tenham destinaçãopública ou coletiva;II - a outorga de concessão, permissão, autorização ouhabilitação de qualquer natureza;III - a aprovação de financiamento de projetos com a utilizaçãode recursos públicos, dentre eles os projetos de naturezaarquitetônica e urbanística, os tocantes à comunicação einformação e os referentes ao transporte coletivo, por meio de

qualquer instrumento, tais como convênio, acordo, ajuste,contrato ou similar; e

IV - a concessão de aval da União na obtenção de empréstimose financiamentos internacionais por entes públicos ou privados.

Art. 3º - Serão aplicadas sanções administrativas, cíveis e penaiscabíveis, previstas em lei, quando não forem observadas as normasdeste Decreto.

Art. 4º - O Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa portadorade deficiência, os Conselhos Estaduais, Municipais e do DistritoFederal, e as organizações representativas de pessoas portadorasde deficiência terão legitimidade para acompanhar e sugerirmedidas para o cumprimento dos requisitos estabelecidos nesteDecreto.

CAPÍTULO IIDo Atendimento Prioritário

Art. 5° - Os órgãos da administração pública direta, indireta efundacional, as empresas prestadoras de serviços públicos e asinstituições financeiras deverão dispensar atendimento prioritárioàs pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidadereduzida.

§ 1° - Considera-se, para os efeitos deste Decreto:

I - pessoa portadora de deficiência, além daquelas previstasna Lei n° 10.690, de 16 de junho de 2003, a que possui limitaçãoou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadranas seguintes categorias:

a) deficiência física: alteração completa ou parcial de um oumais segmentos do corpo humano, acarretando ocomprometimento da função física, apresentando-se sob a formade paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia,tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia,hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro,paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidadecongênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e asque não produzam dificuldades para o desempenho de funções;

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

b) deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, dequarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiogramanas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz;

c) deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual éigual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correçãoóptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casosnos quais a somatória da medida do campo visual em ambosos olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultâneade quaisquer das condições anteriores;

d) deficiência mental: funcionamento intelectualsignificativamente inferior à média, com manifestação antes dosdezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas dehabilidades adaptativas, tais como:

1 - comunicação;2 - cuidado pessoal;3 - habilidades sociais;4 - utilização dos recursos da comunidade;5 - saúde e segurança;6 - habilidades acadêmicas;7 - lazer; e8 - trabalho;

e) deficiência múltipla - associação de duas ou maisdeficiências; eII - pessoa com mobilidade reduzida, aquela que, não seenquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiência,tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentar-se,permanente ou temporariamente, gerando redução efetiva damobilidade, flexibilidade, coordenação motora e percepção.§ 2° - O disposto no caput aplica-se, ainda, às pessoas comidade igual ou superior a sessenta anos, gestantes, lactantes epessoas com criança de colo.§ 3° - O acesso prioritário às edificações e serviços dasinstituições financeiras deve seguir os preceitos estabelecidosneste Decreto e nas normas técnicas de acessibilidade daAssociação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, no que nãoconflitarem com a Lei n° 7.102, de 20 de junho de 1983,observando, ainda, a Resolução do Conselho Monetário Nacional

n° 2.878, de 26 de julho de 2001.

Art. 6° - O atendimento prioritário compreende tratamento diferenciadoe atendimento imediato às pessoas de que trata o art. 5°.

§ 1° - O tratamento diferenciado inclui, dentre outros:

I - assentos de uso preferencial sinalizados, espaços einstalações acessíveis;

II - mobiliário de recepção e atendimento obrigatoriamenteadaptado à altura e à condição física de pessoas em cadeira derodas, conforme estabelecido nas normas técnicas deacessibilidade da ABNT;

III - serviços de atendimento para pessoas com deficiênciaauditiva, prestado por intérpretes ou pessoas capacitadas emLíngua Brasileira de Sinais - LIBRAS e no trato com aquelasque não se comuniquem em LIBRAS, e para pessoassurdocegas, prestado por guias-intérpretes ou pessoascapacitadas neste tipo de atendimento;

IV - pessoal capacitado para prestar atendimento às pessoascom deficiência visual, mental e múltipla, bem como àspessoas idosas;

V - disponibilidade de área especial para embarque edesembarque de pessoa portadora de deficiência ou commobilidade reduzida;

VI - sinalização ambiental para orientação das pessoas referidasno art. 5°;

VII - divulgação, em lugar visível, do direito de atendimentoprioritário das pessoas portadoras de deficiência ou commobilidade reduzida;

VIII - admissão de entrada e permanência de cão-guia ou cão-guia de acompanhamento junto de pessoa portadora dedeficiência ou de treinador nos locais dispostos no caput doart. 5°, bem como nas demais edificações de uso público enaquelas de uso coletivo, mediante apresentação da carteirade vacina atualizada do animal; e

IX - a existência de local de atendimento específico para aspessoas referidas no art. 5º.

§ 2° - Entende-se por imediato o atendimento prestado àspessoas referidas no art. 5º, antes de qualquer outra, depois de

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concluído o atendimento que estiver em andamento, observado o disposto no inciso Ido parágrafo único do art. 3° da Lei n° 10.741, de 1° de outubro de 2003 (Estatuto doIdoso).

§ 3° - Nos serviços de emergência dos estabelecimentos públicos e privados deatendimento à saúde, a prioridade conferida por este Decreto fica condicionada àavaliação médica em face da gravidade dos casos a atender.

§ 4° - Os órgãos, empresas e instituições referidos no caput do art. 5° devem possuir,pelo menos, um telefone de atendimento adaptado para comunicação com e por pessoasportadoras de deficiência auditiva.

Art. 7° - O atendimento prioritário no âmbito da administração pública federal direta eindireta, bem como das empresas prestadoras de serviços públicos, obedecerá àsdisposições deste Decreto, além do que estabelece o Decreto n° 3.507, de 13 de junho de2000.

Parágrafo único - Cabe aos Estados, Municípios e ao Distrito Federal, no âmbito desuas competências, criar instrumentos para a efetiva implantação e o controle doatendimento prioritário referido neste Decreto.

CAPÍTULO IIIDas Condições Gerais da Acessibilidade

Art. 8° - Para os fins de acessibilidade, considera-se:I - acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia, total ouassistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dosserviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação einformação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;II - barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdadede movimento, a circulação com segurança e a possibilidade de as pessoas secomunicarem ou terem acesso à informação, classificadas em:a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias públicas e nos espaços de uso público;b) barreiras nas edificações: as existentes no entorno e interior das edificações de usopúblico e coletivo e no entorno e nas áreas internas de uso comum nas edificações deuso privado multifamiliar;c) barreiras nos transportes: as existentes nos serviços de transportes; ed) barreiras nas comunicações e informações: qualquer entrave ou obstáculo quedificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédiodos dispositivos, meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa, bemcomo aqueles que dificultem ou impossibilitem o acesso à informação;

Foto cedida pela ABDC

Paraolimpíadas Atenas 2004

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

III - elemento da urbanização: qualquer componente das obrasde urbanização, tais como os referentes à pavimentação,saneamento, distribuição de energia elétrica, iluminação pública,abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os quematerializam as indicações do planejamento urbanístico;

IV - mobiliário urbano: o conjunto de objetos existentes nasvias e espaços públicos, superpostos ou adicionados aoselementos da urbanização ou da edificação, de forma que suamodificação ou traslado não provoque alterações substanciaisnestes elementos, tais como semáforos, postes de sinalizaçãoe similares, telefones e cabines telefônicas, fontes públicas,lixeiras, toldos, marquises, quiosques e quaisquer outros denatureza análoga;

V - ajuda técnica: os produtos, instrumentos, equipamentos outecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorara funcionalidade da pessoa portadora de deficiência ou commobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ouassistida;

VI - edificações de uso público: aquelas administradas porentidades da administração pública, direta e indireta, ou porempresas prestadoras de serviços públicos e destinadas aopúblico em geral;

VII - edificações de uso coletivo: aquelas destinadas àsatividades de natureza comercial, hoteleira, cultural, esportiva,financeira, turística, recreativa, social, religiosa, educacional,industrial e de saúde, inclusive as edificações de prestação deserviços de atividades da mesma natureza;

VIII - edificações de uso privado: aquelas destinadas à habitação,que podem ser classificadas como unifamiliar ou multifamiliar; e

IX - desenho universal: concepção de espaços, artefatos eprodutos que visam atender simultaneamente todas as pessoas,com diferentes características antropométricas e sensoriais, deforma autônoma, segura e confortável, constituindo-se noselementos ou soluções que compõem a acessibilidade.

Art. 9° - A formulação, implementação e manutenção das açõesde acessibilidade atenderão às seguintes premissas básicas:

I - a priorização das necessidades, a programação emcronograma e a reserva de recursos para a implantação das

ações; e

II - o planejamento, de forma continuada e articulada, entre ossetores envolvidos.

CAPÍTULO IVDa Implementação da Acessibilidade

Arquitetônica e Urbanística

SEÇÃODas Condições Gerais

Art. 10 - A concepção e a implantação dos projetos arquitetônicose urbanísticos devem atender aos princípios do desenho universal,tendo como referências básicas as normas técnicas deacessibilidade da ABNT, a legislação específica e as regras contidasneste Decreto.

§ 1° - Caberá ao Poder Público promover a inclusão de conteúdostemáticos referentes ao desenho universal nas diretrizescurriculares da educação profissional e tecnológica e do ensinosuperior dos cursos de Engenharia, Arquitetura e correlatos.

§ 2° - Os programas e as linhas de pesquisa a seremdesenvolvidos com o apoio de organismos públicos de auxílio àpesquisa e de agências de fomento deverão incluir temas voltadospara o desenho universal.

Art. 11 - A construção, reforma ou ampliação de edificações de usopúblico ou coletivo, ou a mudança de destinação para estes tiposde edificação, deverão ser executadas de modo que sejam ou setornem acessíveis à pessoa portadora de deficiência ou commobilidade reduzida.

§ 1° - As entidades de fiscalização profissional das atividadesde Engenharia, Arquitetura e correlatas, ao anotarem aresponsabilidade técnica dos projetos, exigirão aresponsabilidade profissional declarada do atendimento àsregras de acessibilidade previstas nas normas técnicas deacessibilidade da ABNT, na legislação específica e nesteDecreto.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

§ 2° - Para a aprovação ou licenciamento ou emissão decertificado de conclusão de projeto arquitetônico ou urbanísticodeverá ser atestado o atendimento às regras de acessibilidadeprevistas nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT, nalegislação específica e neste Decreto.

§ 3° - O Poder Público, após certificar a acessibilidade deedificação ou serviço, determinará a colocação, em espaçosou locais de ampla visibilidade, do “Símbolo Internacional deAcesso”, na forma prevista nas normas técnicas deacessibilidade da ABNT e na Lei n° 7.405, de 12 de novembrode 1985.

Art. 12 - Em qualquer intervenção nas vias e logradouros públicos,o Poder Público e as empresas concessionárias responsáveis pelaexecução das obras e dos serviços garantirão o livre trânsito e acirculação de forma segura das pessoas em geral, especialmentedas pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidadereduzida, durante e após a sua execução, de acordo com o previstoem normas técnicas de acessibilidade da ABNT, na legislaçãoespecífica e neste Decreto.

Art. 13 - Orientam-se, no que couber, pelas regras previstas nasnormas técnicas brasileiras de acessibilidade, na legislaçãoespecífica, observado o disposto na Lei n° 10.257, de 10 de julhode 2001, e neste Decreto:

I - os Planos Diretores Municipais e Planos Diretores deTransporte e Trânsito elaborados ou atualizados a partir dapublicação deste Decreto;

II - o Código de Obras, Código de Postura, a Lei de Uso eOcupação do Solo e a Lei do Sistema Viário;

III - os estudos prévios de impacto de vizinhança;

IV - as atividades de fiscalização e a imposição de sanções,incluindo a vigilância sanitária e ambiental; e

V - a previsão orçamentária e os mecanismos tributários efinanceiros utilizados em caráter compensatório ou de incentivo.

§ 1° - Para concessão de alvará de funcionamento ou suarenovação para qualquer atividade, devem ser observadas ecertificadas as regras de acessibilidade previstas neste Decreto

e nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT.

§ 2° - Para emissão de carta de “habite-se” ou habilitaçãoequivalente e para sua renovação, quando esta tiver sido emitidaanteriormente às exigências de acessibilidade contidas nalegislação específica, devem ser observadas e certificadas asregras de acessibilidade previstas neste Decreto e nas normastécnicas de acessibilidade da ABNT.

SEÇÃO IIDas Condições Específicas

Art. 14 - Na promoção da acessibilidade, serão observadas asregras gerais previstas neste Decreto, complementadas pelasnormas técnicas de acessibilidade da ABNT e pelas disposiçõescontidas na legislação dos Estados, Municípios e do DistritoFederal.

Art. 15 - No planejamento e na urbanização das vias, praças, doslogradouros, parques e demais espaços de uso público, deverãoser cumpridas as exigências dispostas nas normas técnicas deacessibilidade da ABNT.

§ 1° - Incluem-se na condição estabelecida no caput:I - a construção de calçadas para circulação de pedestres ou aadaptação de situações consolidadas;

II - o rebaixamento de calçadas com rampa acessível ouelevação da via para travessia de pedestre em nível; e

III - a instalação de piso tátil direcional e de alerta.

§ 2° - Nos casos de adaptação de bens culturais imóveis e deintervenção para regularização urbanística em áreas deassentamentos subnormais, será admitida, em caráterexcepcional, faixa de largura menor que o estabelecido nasnormas técnicas citadas no caput, desde que haja justificativabaseada em estudo técnico e que o acesso seja viabilizado deoutra forma, garantida a melhor técnica possível.

Art. 16 - As características do desenho e a instalação do mobiliáriourbano devem garantir a aproximação segura e o uso por pessoaportadora de deficiência visual, mental ou auditiva, a aproximação

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

e o alcance visual e manual para as pessoas portadoras dedeficiência física, em especial aquelas em cadeira de rodas, e acirculação livre de barreiras, atendendo às condições estabelecidasnas normas técnicas de acessibilidade da ABNT.

§ 1° - Incluem-se nas condições estabelecida no caput:

I - as marquises, os toldos, elementos de sinalização, luminosose outros elementos que tenham sua projeção sobre a faixa decirculação de pedestres;

II - as cabines telefônicas e os terminais de auto-atendimentode produtos e serviços;

III - os telefones públicos sem cabine;

IV - a instalação das aberturas, das botoeiras, dos comandos eoutros sistemas de acionamento do mobiliário urbano;

V - os demais elementos do mobiliário urbano

VI - o uso do solo urbano para posteamento; e

VII - as espécies vegetais que tenham sua projeção sobre afaixa de circulação de pedestres.

§ 2° - A concessionária do Serviço Telefônico Fixo Comutado -STFC, na modalidade Local, deverá assegurar que, no mínimo,dois por cento do total de Telefones de Uso Público - TUPs,sem cabine, com capacidade para originar e receber chamadaslocais e de longa distância nacional, bem como, pelo menos,dois por cento do total de TUPs, com capacidade para originare receber chamadas de longa distância, nacional e internacional,estejam adaptados para o uso de pessoas portadoras dedeficiência auditiva e para usuários de cadeiras de rodas, ouconforme estabelecer os Planos Gerais de Metas deUniversalização.

§ 3° - As botoeiras e demais sistemas de acionamento dosterminais de auto-atendimento de produtos e serviços e outrosequipamentos em que haja interação com o público devem estarlocalizados em altura que possibilite o manuseio por pessoasem cadeira de rodas e possuir mecanismos para utilizaçãoautônoma por pessoas portadoras de deficiência visual eauditiva, conforme padrões estabelecidos nas normas técnicasde acessibilidade da ABNT.

Art. 17 - Os semáforos para pedestres instalados nas vias públicas

deverão estar equipados com mecanismo que sirva de guia ouorientação para a travessia de pessoa portadora de deficiênciavisual ou com mobilidade reduzida em todos os locais onde aintensidade do fluxo de veículos, de pessoas ou a periculosidadena via assim determinarem, bem como mediante solicitação dosinteressados.

Art. 18 - A construção de edificações de uso privado multifamiliare a construção, ampliação ou reforma de edificações de uso coletivodevem atender aos preceitos da acessibilidade na interligação detodas as partes de uso comum ou abertas ao público, conforme ospadrões das normas técnicas de acessibilidade da ABNT.

Parágrafo único - Também estão sujeitos ao disposto no caputos acessos, piscinas, andares de recreação, salão de festas ereuniões, saunas e banheiros, quadras esportivas, portarias,estacionamentos e garagens, entre outras partes das áreasinternas ou externas de uso comum das edificações de usoprivado multifamiliar e das de uso coletivo.

Art. 19 - A construção, ampliação ou reforma de edificações deuso público deve garantir, pelo menos, um dos acessos ao seuinterior, com comunicação com todas as suas dependências eserviços, livre de barreiras e de obstáculos que impeçam ou dificultema sua acessibilidade.

§ 1° - No caso das edificações de uso público já existentes,terão elas prazo de trinta meses a contar da data de publicaçãodeste Decreto para garantir acessibilidade às pessoasportadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

§ 2° - Sempre que houver viabilidade arquitetônica, o PoderPúblico buscará garantir dotação orçamentária para ampliar onúmero de acessos nas edificações de uso público a seremconstruídas, ampliadas ou reformadas.

Art. 20 - Na ampliação ou reforma das edificações de uso púbicoou de uso coletivo, os desníveis das áreas de circulação internasou externas serão transpostos por meio de rampa ou equipamentoeletromecânico de deslocamento vertical, quando não for possíveloutro acesso mais cômodo para pessoa portadora de deficiênciaou com mobilidade reduzida, conforme estabelecido nas normastécnicas de acessibilidade da ABNT.

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Art. 21 - Os balcões de atendimento e as bilheterias em edificação de uso público ou deuso coletivo devem dispor de, pelo menos, uma parte da superfície acessível paraatendimento às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, conformeos padrões das normas técnicas de acessibilidade da ABNT.

Parágrafo único - No caso do exercício do direito de voto, as urnas das seçõeseleitorais devem ser adequadas ao uso com autonomia pelas pessoas portadoras dedeficiência ou com mobilidade reduzida e estarem instaladas em local de votaçãoplenamente acessível e com estacionamento próximo.

Art. 22 - A construção, ampliação ou reforma de edificações de uso público ou de usocoletivo devem dispor de sanitários acessíveis destinados ao uso por pessoa portadorade deficiência ou com mobilidade reduzida.

§ 1° - Nas edificações de uso público a serem construídas, os sanitários destinados aouso por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida serãodistribuídos na razão de, no mínimo, uma cabine para cada sexo em cada pavimentoda edificação, com entrada independente dos sanitários coletivos, obedecendo àsnormas técnicas de acessibilidade da ABNT.

§ 2° - Nas edificações de uso público já existentes, terão elas prazo de trinta meses acontar da data de publicação deste Decreto para garantir pelo menos um banheiroacessível por pavimento, com entrada independente, distribuindo-se seus equipamentose acessórios de modo que possam ser utilizados por pessoa portadora de deficiênciaou com mobilidade reduzida.

§ 3° - Nas edificações de uso coletivo a serem construídas, ampliadas ou reformadas,onde devem existir banheiros de uso público, os sanitários destinados ao uso porpessoa portadora de deficiência deverão ter entrada independente dos demais eobedecer às normas técnicas de acessibilidade da ABNT.

§ 4° - Nas edificações de uso coletivo já existentes, onde haja banheiros destinados aouso público, os sanitários preparados para o uso por pessoa portadora de deficiênciaou com mobilidade reduzida deverão estar localizados nos pavimentos acessíveis, terentrada independente dos demais sanitários, se houver, e obedecer as normas técnicasde acessibilidade da ABNT.

Art. 23 - Os teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios de esporte, casas deespetáculos, salas de conferências e similares reservarão, pelo menos, dois por cento dalotação do estabelecimento para pessoas em cadeira de rodas, distribuídos pelo recintoem locais diversos, de boa visibilidade, próximos aos corredores, devidamente sinalizados,evitando-se áreas segregadas de público e a obstrução das saídas, em conformidade com

Foto cedida pela AACD

Reabilitação - Assistência à CriançaDeficiente - AACD

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

as normas técnicas de acessibilidade da ABNT.

§ 1° - Nas edificações previstas no caput, é obrigatória, ainda, adestinação de dois por cento dos assentos para acomodaçãode pessoas portadoras de deficiência visual e de pessoascom mobilidade reduzida, incluindo obesos, em locais de boarecepção de mensagens sonoras, devendo todos ser devidamentesinalizados e estar de acordo com os padrões das normastécnicas de acessibilidade da ABNT.

§ 2° - No caso de não haver comprovada procura pelos assentosreservados, estes poderão excepcionalmente ser ocupados porpessoas que não sejam portadoras de deficiência ou quenão tenham mobilidade reduzida.

§ 3° - Os espaços e assentos a que se refere este artigo deverãosituar-se em locais que garantam a acomodação de, no mínimo,um acompanhante da pessoa portadora de deficiência oucom mobilidade reduzida.

§ 4° - Nos locais referidos no caput, haverá, obrigatoriamente,rotas de fuga e saídas de emergência acessíveis, conformepadrões das normas técnicas de acessibilidade da ABNT, a fimde permitir a saída segura de pessoas portadoras dedeficiência ou com mobilidade reduzida, em caso deemergência.

§ 5° - As áreas de acesso aos artistas, tais como coxias ecamarins, também devem ser acessíveis a pessoas portadorasde deficiência ou com mobilidade reduzida.

§ 6° - Para obtenção do financiamento de que trata o inciso IIIdo art. 2°, as salas de espetáculo deverão dispor de sistema desonorização assistida para pessoas portadoras de deficiênciaauditiva, de meios eletrônicos que permitam o acompanhamentopor meio de legendas em tempo real ou de disposições especiaispara a presença física de intérprete de LIBRAS e de guias-intérpretes, com a projeção em tela da imagem do intérprete deLIBRAS sempre que a distância não permitir sua visualizaçãodireta.

§ 7° - O sistema de sonorização assistida a que se refere o § 6°será sinalizado por meio do pictograma aprovado pela Lei n°8.160, de 8 de janeiro de 1991.

§ 8° - As edificações de uso público e de uso coletivo referidas

no caput, já existentes, têm, respectivamente, prazo de trintae quarenta e oito meses, a contar da data de publicação desteDecreto, para garantir a acessibilidade de que trata o caput eos §§ 1° a 5°.

Art. 24 - Os estabelecimentos de ensino de qualquer nível, etapaou modalidade, públicos ou privados, proporcionarão condições deacesso e utilização de todos os seus ambientes ou compartimentospara pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidadereduzida, inclusive salas de aula, bibliotecas, auditórios, ginásiose instalações desportivas, laboratórios, áreas de lazer e sanitários.

§ 1° - Para a concessão de autorização de funcionamento, deabertura ou renovação de curso pelo Poder Público, oestabelecimento de ensino deverá comprovar que:

I - está cumprindo as regras de acessibilidade arquitetônica,urbanística e na comunicação e informação previstas nas normastécnicas de acessibilidade da ABNT, na legislação específicaou neste Decreto;

II - coloca à disposição de professores, alunos, servidores eempregados portadores de deficiência ou com mobilidadereduzida ajudas técnicas que permitam o acesso às atividadesescolares e administrativas em igualdade de condições comas demais pessoas; e

III - seu ordenamento interno contém normas sobre o tratamentoa ser dispensado a professores, alunos, servidores eempregados portadores de deficiência, com o objetivo decoibir e reprimir qualquer tipo de discriminação, bem como asrespectivas sanções pelo descumprimento dessas normas.

§ 2° - As edificações de uso público e de uso coletivo referidasno caput, já existentes, têm, respectivamente, prazo de trinta equarenta e oito meses, a contar da data de publicação desteDecreto, para garantir a acessibilidade de que trata este artigo.

Art. 25 - Nos estacionamentos externos ou internos das edificaçõesde uso público ou de uso coletivo, ou naqueles localizados nasvias públicas, serão reservados, pelo menos, dois por cento dototal de vagas para veículos que transportem pessoa portadorade deficiência física ou visual definidas neste Decreto, sendo

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

assegurada, no mínimo, uma vaga, em locais próximos à entradaprincipal ou ao elevador, de fácil acesso à circulação de pedestres,com especificações técnicas de desenho e traçado conforme oestabelecido nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT.

§ 1° - Os veículos estacionados nas vagas reservadas deverãoportar identificação a ser colocada em local de ampla visibilidade,confeccionado e fornecido pelos órgãos de trânsito, quedisciplinarão sobre suas características e condições de uso,observando o disposto na Lei n° 7.405, de 1985.

§ 2° - Os casos de inobservância do disposto no § 1° estarãosujeitos às sanções estabelecidas pelos órgãos competentes.

§ 3° - Aplica-se o disposto no caput aos estacionamentoslocalizados em áreas públicas e de uso coletivo.

§ 4° - A utilização das vagas reservadas por veículos que nãoestejam transportando as pessoas citadas no caput constituiinfração ao art. 181, inciso XVII, da Lei n° 9.503, de 23 desetembro de 1997.

Art. 26 - Nas edificações de uso público ou de uso coletivo, éobrigatória a existência de sinalização visual e tátil para orientaçãode pessoas portadoras de deficiência auditiva e visual, emconformidade com as normas técnicas de acessibilidade da ABNT.

Art. 27 - A instalação de novos elevadores ou sua adaptação emedificações de uso público ou de uso coletivo, bem assim ainstalação em edificação de uso privado multifamiliar a serconstruída, na qual haja obrigatoriedade da presença de elevadores,deve atender aos padrões das normas técnicas de acessibilidadeda ABNT.

§ 1° - No caso da instalação de elevadores novos ou da trocados já existentes, qualquer que seja o número de elevadoresda edificação de uso público ou de uso coletivo, pelo menosum deles terá cabine que permita acesso e movimentaçãocômoda de pessoa portadora de deficiência ou commobilidade reduzida, de acordo com o que especifica as normastécnicas de acessibilidade da ABNT.

§ 2° - Junto às botoeiras externas do elevador, deverá estarsinalizado em braile em qual andar da edificação a pessoa se

encontra.

§ 3° - Os edifícios a serem construídos com mais de umpavimento além do pavimento de acesso, à exceção dashabitações unifamiliares e daquelas que estejam obrigadas àinstalação de elevadores por legislação municipal, deverão disporde especificações técnicas e de projeto que facilitem a instalaçãode equipamento eletromecânico de deslocamento vertical parauso das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidadereduzida.

§ 4° - As especificações técnicas a que se refere o § 3° devematender:

I - a indicação em planta aprovada pelo poder municipal dolocal reservado para a instalação do equipamentoeletromecânico, devidamente assinada pelo autor do projeto;

II - a indicação da opção pelo tipo de equipamento (elevador,esteira, plataforma ou similar);

III - a indicação das dimensões internas e demais aspectos dacabine do equipamento a ser instalado; e

IV - demais especificações em nota na própria planta, tais comoa existência e as medidas de botoeira, espelho, informação devoz, bem como a garantia de responsabilidade técnica de quea estrutura da edificação suporta a implantação do equipamentoescolhido.

SEÇÃO IIIDa Acessibilidade na Habitação de Interesse

Social

Art. 28 - Na habitação de interesse social, deverão ser promovidasas seguintes ações para assegurar as condições de acessibilidadedos empreendimentos:

I - definição de projetos e adoção de tipologias construtivaslivres de barreiras arquitetônicas e urbanísticas;

II - no caso de edificação multifamiliar, execução das unidadeshabitacionais acessíveis no piso térreo e acessíveis ouadaptáveis quando nos demais pisos;

III - execução das partes de uso comum, quando se tratar de

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

edificação multifamiliar, conforme as normas técnicas deacessibilidade da ABNT; e

IV - elaboração de especificações técnicas de projeto que facilitea instalação de elevador adaptado para uso das pessoasportadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Parágrafo único - Os agentes executores dos programas eprojetos destinados à habitação de interesse social, financiadoscom recursos próprios da União ou por ela geridos, devemobservar os requisitos estabelecidos neste artigo.

Art. 29 - Ao Ministério das Cidades, no âmbito da coordenação dapolítica habitacional, compete:

I - adotar as providências necessárias para o cumprimento dodisposto no art. 28; e

II - divulgar junto aos agentes interessados e orientar a clientelaalvo da política habitacional sobre as iniciativas que promoverem razão das legislações federal, estaduais, distrital emunicipais relativas à acessibilidade.

SEÇÃO IVDa Acessibilidade aos Bens Culturais Imóveis

Art. 30 - As soluções destinadas à eliminação, redução ousuperação de barreiras na promoção da acessibilidade a todos osbens culturais imóveis devem estar de acordo com o que estabelecea Instrução Normativa no 1 do Instituto do Patrimônio Histórico eArtístico Nacional - IPHAN, de 25 de novembro de 2003.

CAPÍTULO VDa Acessibilidade ao Serviços de Transportes

Coletivos

SEÇÃO IDas Condições Gerais

Art. 31 - Para os fins de acessibilidade aos serviços de transportecoletivo terrestre, aquaviário e aéreo, considera-se como integrantes

desses serviços os veículos, terminais, estações, pontos de parada,vias principais, acessos e operação.

Art. 32 - Os serviços de transporte coletivo terrestre são:

I - transporte rodoviário, classificado em urbano, metropolitano,intermunicipal e interestadual;

II - transporte metroferroviário, classificado em urbano emetropolitano; e

III - transporte ferroviário, classificado em intermunicipal einterestadual.

Art. 33 - As instâncias públicas responsáveis pela concessão epermissão dos serviços de transporte coletivo são:

I - governo municipal, responsável pelo transporte coletivomunicipal;

II - governo estadual, responsável pelo transporte coletivometropolitano e intermunicipal;

III - governo do Distrito Federal, responsável pelo transportecoletivo do Distrito Federal; e

IV - governo federal, responsável pelo transporte coletivointerestadual e internacional.

Art. 34 - Os sistemas de transporte coletivo são consideradosacessíveis quando todos os seus elementos são concebidos,organizados, implantados e adaptados segundo o conceito dedesenho universal, garantindo o uso pleno com segurança eautonomia por todas as pessoas.

Parágrafo único. A infra-estrutura de transporte coletivo a serimplantada a partir da publicação deste Decreto deverá seracessível e estar disponível para ser operada de forma a garantiro seu uso por pessoas portadoras de deficiência ou commobilidade reduzida.

Art. 35 - Os responsáveis pelos terminais, estações, pontos deparada e os veículos, no âmbito de suas competências,assegurarão espaços para atendimento, assentos preferenciais emeios de acesso devidamente sinalizados para o uso das pessoas

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portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Art. 36 - As empresas concessionárias e permissionárias e as instâncias públicasresponsáveis pela gestão dos serviços de transportes coletivos, no âmbito de suascompetências, deverão garantir a implantação das providências necessárias na operação,nos terminais, nas estações, nos pontos de parada e nas vias de acesso, de forma aassegurar as condições previstas no art. 34 deste Decreto.

Parágrafo único. As empresas concessionárias e permissionárias e as instânciaspúblicas responsáveis pela gestão dos serviços de transportes coletivos, no âmbito desuas competências, deverão autorizar a colocação do “Símbolo Internacional de Acesso”após certificar a acessibilidade do sistema de transporte.

Art. 37 - Cabe às empresas concessionárias e permissionárias e as instâncias públicasresponsáveis pela gestão dos serviços de transportes coletivos assegurar a qualificaçãodos profissionais que trabalham nesses serviços, para que prestem atendimento prioritárioàs pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

SEÇÃO IIDa Acessibilidade no Transporte Coletivo Rodoviário

Art. 38 - No prazo de até vinte e quatro meses a contar da data de edição das normastécnicas referidas no § 1°, todos os modelos e marcas de veículos de transporte coletivorodoviário para utilização no País serão fabricados acessíveis e estarão disponíveis paraintegrar a frota operante, de forma a garantir o seu uso por pessoas portadoras dedeficiência ou com mobilidade reduzida.

§ 1° - As normas técnicas para fabricação dos veículos e dos equipamentos de transportecoletivo rodoviário, de forma a torná-los acessíveis, serão elaboradas pelas instituiçõese entidades que compõem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e QualidadeIndustrial, e estarão disponíveis no prazo de até doze meses a contar da data dapublicação deste Decreto.

§ 2° - A substituição da frota operante atual por veículos acessíveis, a ser feita pelasempresas concessionárias e permissionárias de transporte coletivo rodoviário, dar-se-á de forma gradativa, conforme o prazo previsto nos contratos de concessão e permissãodeste serviço.

§ 3° - A frota de veículos de transporte coletivo rodoviário e a infra-estrutura dos serviçosdeste transporte deverão estar totalmente acessíveis no prazo máximo de cento evinte meses a contar da data de publicação deste Decreto.

§ 4° - Os serviços de transporte coletivo rodoviário urbano devem priorizar o embarque

Foto Roberto Navarro

Fisioterapia - Associação Brasileira de DistrofiaMuscular - ABDIM

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

e desembarque dos usuários em nível em, pelo menos, um dosacessos do veículo.

Art. 39 - No prazo de até vinte e quatro meses a contar da data deimplementação dos programas de avaliação de conformidade descritosno § 3°, as empresas concessionárias e permissionárias dos serviçosde transporte coletivo rodoviário deverão garantir a acessibilidade dafrota de veículos em circulação, inclusive de seus equipamentos.

§ 1° - As normas técnicas para adaptação dos veículos e dosequipamentos de transporte coletivo rodoviário em circulação,de forma a torná-los acessíveis, serão elaboradas pelasinstituições e entidades que compõem o Sistema Nacional deMetrologia, Normalização e Qualidade Industrial, e estarãodisponíveis no prazo de até doze meses a contar da data dapublicação deste Decreto.

§ 2° - Caberá ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização eQualidade Industrial - INMETRO, quando da elaboração das normastécnicas para a adaptação dos veículos, especificar dentre essesveículos que estão em operação quais serão adaptados, em funçãodas restrições previstas no art. 98 da Lei n° 9.503, de 1997.

§ 3° - As adaptações dos veículos em operação nos serviços detransporte coletivo rodoviário, bem como os procedimentos eequipamentos a serem utilizados nestas adaptações, estarãosujeitas a programas de avaliação de conformidade desenvolvidose implementados pelo Instituto Nacional de Metrologia,Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO, a partir deorientações normativas elaboradas no âmbito da ABNT.

SEÇÃO IIIDa Acessibilidade no Transporte Coletivo

Aquaviário

Art. 40 - No prazo de até trinta e seis meses a contar da data deedição das normas técnicas referidas no § 1°, todos os modelos emarcas de veículos de transporte coletivo aquaviário serão fabricadosacessíveis e estarão disponíveis para integrar a frota operante, deforma a garantir o seu uso por pessoas portadoras de deficiênciaou com mobilidade reduzida.

§ 1° - As normas técnicas para fabricação dos veículos e dosequipamentos de transporte coletivo aquaviário acessíveis, aserem elaboradas pelas instituições e entidades que compõemo Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e QualidadeIndustrial, estarão disponíveis no prazo de até vinte e quatromeses a contar da data da publicação deste Decreto.

§ 2° - As adequações na infra-estrutura dos serviços destamodalidade de transporte deverão atender a critériosnecessários para proporcionar as condições de acessibilidadedo sistema de transporte aquaviário.

Art. 41 - No prazo de até cinqüenta e quatro meses a contar dadata de implementação dos programas de avaliação deconformidade descritos no § 2°, as empresas concessionárias epermissionárias dos serviços de transporte coletivo aquaviário,deverão garantir a acessibilidade da frota de veículos em circulação,inclusive de seus equipamentos.

§ 1° - As normas técnicas para adaptação dos veículos e dosequipamentos de transporte coletivo aquaviário em circulação,de forma a torná-los acessíveis, serão elaboradas pelasinstituições e entidades que compõem o Sistema Nacional deMetrologia, Normalização e Qualidade Industrial, e estarãodisponíveis no prazo de até trinta e seis meses a contar dadata da publicação deste Decreto.

§ 2° - As adaptações dos veículos em operação nos serviçosde transporte coletivo aquaviário, bem como os procedimentose equipamentos a serem utilizados nestas adaptações, estarãosujeitas a programas de avaliação de conformidade desenvolvidose implementados pelo INMETRO, a partir de orientaçõesnormativas elaboradas no âmbito da ABNT.

SEÇÃO IVDa Acessibilidade no Transporte Coletivo

Metroferroviário e Ferroviário

Art. 42 - A frota de veículos de transporte coletivo metroferroviário eferroviário, assim como a infra-estrutura dos serviços deste

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

transporte deverão estar totalmente acessíveis no prazo máximode cento e vinte meses a contar da data de publicação deste Decreto.

§ 1° - A acessibilidade nos serviços de transporte coletivometroferroviário e ferroviário obedecerá ao disposto nas normastécnicas de acessibilidade da ABNT.

§ 2° - No prazo de até trinta e seis meses a contar da data dapublicação deste Decreto, todos os modelos e marcas deveículos de transporte coletivo metroferroviário e ferroviário serãofabricados acessíveis e estarão disponíveis para integrar a frotaoperante, de forma a garantir o seu uso por pessoas portadorasde deficiência ou com mobilidade reduzida.

Art. 43 - Os serviços de transporte coletivo metroferroviário eferroviário existentes deverão estar totalmente acessíveis no prazomáximo de cento e vinte meses a contar da data de publicaçãodeste Decreto.

§ 1° - As empresas concessionárias e permissionárias dosserviços de transporte coletivo metroferroviário e ferroviáriodeverão apresentar plano de adaptação dos sistemas existentes,prevendo ações saneadoras de, no mínimo, oito por cento aoano, sobre os elementos não acessíveis que compõem osistema.

§ 2° - O plano de que trata o § 1° deve ser apresentado em atéseis meses a contar da data de publicação deste Decreto.

SEÇÃO VDa Acessibilidade no Transporte Coletivo Aéreo

Art. 44 - No prazo de até trinta e seis meses, a contar da data dapublicação deste Decreto, os serviços de transporte coletivo aéreoe os equipamentos de acesso às aeronaves estarão acessíveis edisponíveis para serem operados de forma a garantir o seu uso porpessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Parágrafo único - A acessibilidade nos serviços de transportecoletivo aéreo obedecerá ao disposto na Norma de Serviço daInstrução da Aviação Civil NOSER/IAC - 2508-0796, de 1° denovembro de 1995, expedida pelo Departamento de Aviação Civildo Comando da Aeronáutica, e nas normas técnicas de

acessibilidade da ABNT.

SEÇÃO VIDas Disposições Finais

Art. 45 - Caberá ao Poder Executivo, com base em estudos epesquisas, verificar a viabilidade de redução ou isenção de tributo:

I - para importação de equipamentos que não sejam produzidosno País, necessários no processo de adequação do sistemade transporte coletivo, desde que não existam similaresnacionais; e

II - para fabricação ou aquisição de veículos ou equipamentosdestinados aos sistemas de transporte coletivo.

Parágrafo único. Na elaboração dos estudos e pesquisas aque se referem o caput, deve-se observar o disposto no art. 14da Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000, sinalizandoimpacto orçamentário e financeiro da medida estudada.

Art. 46 - A fiscalização e a aplicação de multas aos sistemas detransportes coletivos, segundo disposto no art. 6°, inciso II, da Lein° 10.048, de 2000, cabe à União, aos Estados, Municípios e aoDistrito Federal, de acordo com suas competências.

CAPÍTULO VIDo Acesso à Informação e à Comunicação

Art. 47 - No prazo de até doze meses a contar da data de publicaçãodeste Decreto, será obrigatória a acessibilidade nos portais e sítioseletrônicos da administração pública na rede mundial decomputadores (internet), para o uso das pessoas portadoras dedeficiência visual, garantindo-lhes o pleno acesso às informaçõesdisponíveis.

§1° - Nos portais e sítios de grande porte, desde que sejademonstrada a inviabilidade técnica de se concluir osprocedimentos para alcançar integralmente a acessibilidade, oprazo definido no caput será estendido por igual período.

§2° - Os sítios eletrônicos acessíveis às pessoas portadoras

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

de deficiência conterão símbolo que represente aacessibilidade na rede mundial de computadores (internet), aser adotado nas respectivas páginas de entrada.

§ 3° - Os telecentros comunitários instalados ou custeados pelosGovernos Federal, Estadual, Municipal ou do Distrito Federaldevem possuir instalações plenamente acessíveis e, pelo menos,um computador com sistema de som instalado, para usopreferencial por pessoas portadoras de deficiência visual.

Art. 48 - Após doze meses da edição deste Decreto, aacessibilidade nos portais e sítios eletrônicos de interesse públicona rede mundial de computadores (internet), deverá ser observadapara obtenção do financiamento de que trata o inciso III do art. 2º.

Art. 49 - As empresas prestadoras de serviços de telecomunicaçõesdeverão garantir o pleno acesso às pessoas portadoras dedeficiência auditiva, por meio das seguintes ações:

I - no Serviço Telefônico Fixo Comutado - STFC, disponível parauso do público em geral:

a) instalar, mediante solicitação, em âmbito nacional e em locaispúblicos, telefones de uso público adaptados para uso porpessoas portadoras de deficiência;

b) garantir a disponibilidade de instalação de telefones para usopor pessoas portadoras de deficiência auditiva para acessosindividuais;

c) garantir a existência de centrais de intermediação decomunicação telefônica a serem utilizadas por pessoasportadoras de deficiência auditiva, que funcionem em tempointegral e atendam a todo o território nacional, inclusive comintegração com o mesmo serviço oferecido pelas prestadorasde Serviço Móvel Pessoal; e

d) garantir que os telefones de uso público contenhamdispositivos sonoros para a identificação das unidades existentese consumidas dos cartões telefônicos, bem como demaisinformações exibidas no painel destes equipamentos;

II - no Serviço Móvel Celular ou Serviço Móvel Pessoal:

a) garantir a interoperabilidade nos serviços de telefonia móvel,para possibilitar o envio de mensagens de texto entre celulares

de diferentes empresas; e

b) garantir a existência de centrais de intermediação decomunicação telefônica a serem utilizadas por pessoasportadoras de deficiência auditiva, que funcionem em tempointegral e atendam a todo o território nacional, inclusive comintegração com o mesmo serviço oferecido pelas prestadorasde Serviço Telefônico Fixo Comutado.

§ 1° - Além das ações citadas no caput, deve-se considerar oestabelecido nos Planos Gerais de Metas de Universalizaçãoaprovados pelos Decretos n°s 2.592, de 15 de maio de 1998, e4.769, de 27 de junho de 2003, bem como o estabelecido pelaLei n° 9.472, de 16 de julho de 1997.

§ 2° - O termo pessoa portadora de deficiência auditiva e dafala utilizado nos Planos Gerais de Metas de Universalização éentendido neste Decreto como pessoa portadora dedeficiência auditiva, no que se refere aos recursos tecnológicosde telefonia.

Art. 50 - A Agência Nacional de Telecomunicações - ANATELregulamentará, no prazo de seis meses a contar da data depublicação deste Decreto, os procedimentos a serem observadospara implementação do disposto no art. 49.

Art. 51 - Caberá ao Poder Público incentivar a oferta de aparelhosde telefonia celular que indiquem, de forma sonora, todas asoperações e funções neles disponíveis no visor.

Art. 52 - Caberá ao Poder Público incentivar a oferta de aparelhosde televisão equipados com recursos tecnológicos que permitamsua utilização de modo a garantir o direito de acesso à informaçãoàs pessoas portadoras de deficiência auditiva ou visual.

Parágrafo único. Incluem-se entre os recursos referidos nocaput:

I - circuito de decodificação de legenda oculta;

II - recurso para Programa Secundário de Áudio (SAP); e

III - entradas para fones de ouvido com ou sem fio.

Art. 53 - A ANATEL regulamentará, no prazo de doze meses a

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contar da data de publicação deste Decreto, os procedimentos a serem observados paraimplementação do plano de medidas técnicas previsto no art. 19 da Lei n° 10.098, de2000.

§ 1° - O processo de regulamentação de que trata o caput deverá atender ao dispostono art. 31 da Lei n° 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

§ 2° - A regulamentação de que trata o caput deverá prever a utilização, entre outros,dos seguintes sistemas de reprodução das mensagens veiculadas para as pessoasportadoras de deficiência auditiva e visual:

I - a subtitulação por meio de legenda oculta;

II - a janela com intérprete de LIBRAS; e

III - a descrição e narração em voz de cenas e imagens.

§ 3° - A Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa portadora de deficiência- CORDE da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Repúblicaassistirá a ANATEL no procedimento de que trata o § 1°.

Art. 54 - Autorizatárias e consignatárias do serviço de radiodifusão de sons e imagensoperadas pelo Poder Público poderão adotar plano de medidas técnicas próprio, comometas antecipadas e mais amplas do que aquelas as serem definidas no âmbito doprocedimento estabelecido no art. 53.

Art. 55 - Caberá aos órgãos e entidades da administração pública, diretamente ou emparceria com organizações sociais civis de interesse público, sob a orientação do Ministérioda Educação e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, por meio da CORDE,promover a capacitação de profissionais em LIBRAS.

Art. 56 - O projeto de desenvolvimento e implementação da televisão digital no País deverácontemplar obrigatoriamente os três tipos de sistema de acesso à informação de quetrata o art. 52.

Art. 57 - A Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidênciada República editará, no prazo de doze meses a contar da data da publicação desteDecreto, normas complementares disciplinando a utilização dos sistemas de acesso àinformação referidos no § 2° do art. 53, na publicidade governamental e nos pronunciamentosoficiais transmitidos por meio dos serviços de radiodifusão de sons e imagens.

Parágrafo único - Sem prejuízo do disposto no caput e observadas as condiçõestécnicas, os pronunciamentos oficiais do Presidente da República serão acompanhados,obrigatoriamente, no prazo de seis meses a partir da publicação deste Decreto, desistema de acessibilidade mediante janela com intérprete de LIBRAS.

Foto Marco A. Cardelino

Artesanato - AssociaçãoBrasileira de Esclerose Múltipla - ABEM

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Art. 58 - O Poder Público adotará mecanismos de incentivo paratornar disponíveis em meio magnético, em formato de texto, asobras publicadas no País.

§ 1° - A partir de seis meses da edição deste Decreto, a indústriade medicamentos deve disponibilizar, mediante solicitação,exemplares das bulas dos medicamentos em meio magnético,braile ou em fonte ampliada.

§ 2° - A partir de seis meses da edição deste Decreto, osfabricantes de equipamentos eletroeletrônicos e mecânicos deuso doméstico devem disponibilizar, mediante solicitação,exemplares dos manuais de instrução em meio magnético, braileou em fonte ampliada.

Art. 59 - O Poder Público apoiará preferencialmente os congressos,seminários, oficinas e demais eventos científico-culturais queofereçam, mediante solicitação, apoios humanos às pessoas comdeficiência auditiva e visual, tais como tradutores e intérpretesde LIBRAS, ledores, guias-intérpretes, ou tecnologias de informaçãoe comunicação, tais como a transcrição eletrônica simultânea.

Art. 60 - Os programas e as linhas de pesquisa a seremdesenvolvidos com o apoio de organismos públicos de auxílio àpesquisa e de agências de financiamento deverão contemplar temasvoltados para tecnologia da informação acessível para pessoasportadoras de deficiência.

Parágrafo único. Será estimulada a criação de linhas de créditopara a indústria que produza componentes e equipamentosrelacionados à tecnologia da informação acessível para pessoasportadoras de deficiência.

CAPÍTULO VIIDas Ajudas Técnicas

Art. 61 - Para os fins deste Decreto, consideram-se ajudas técnicasos produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptadosou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade dapessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida,favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida.

§ 1° - Os elementos ou equipamentos definidos como ajudastécnicas serão certificados pelos órgãos competentes, ouvidasas entidades representativas das pessoas portadoras dedeficiência.

§ 2° - Para os fins deste Decreto, os cães-guia e os cães-guiade acompanhamento são considerados ajudas técnicas.

Art. 62 - Os programas e as linhas de pesquisa a seremdesenvolvidos com o apoio de organismos públicos de auxílio àpesquisa e de agências de financiamento deverão contemplar temasvoltados para ajudas técnicas, cura, tratamento e prevenção dedeficiências ou que contribuam para impedir ou minimizar o seuagravamento.

Parágrafo único. Será estimulada a criação de linhas de créditopara a indústria que produza componentes e equipamentos deajudas técnicas.

Art. 63 - O desenvolvimento científico e tecnológico voltado para aprodução de ajudas técnicas dar-se-á a partir da instituição deparcerias com universidades e centros de pesquisa para a produçãonacional de componentes e equipamentos.

Parágrafo único. Os bancos oficiais, com base em estudos epesquisas elaborados pelo Poder Público, serão estimulados aconceder financiamento às pessoas portadoras de deficiênciapara aquisição de ajudas técnicas.

Art. 64 - Caberá ao Poder Executivo, com base em estudos epesquisas, verificar a viabilidade de:

I - redução ou isenção de tributos para a importação deequipamentos de ajudas técnicas que não sejam produzidosno País ou que não possuam similares nacionais;

II - redução ou isenção do imposto sobre produtosindustrializados incidente sobre as ajudas técnicas; e

III - inclusão de todos os equipamentos de ajudas técnicaspara pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidadereduzida na categoria de equipamentos sujeitos a dedução deimposto de renda.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Parágrafo único. Na elaboração dos estudos e pesquisas aque se referem o caput, deve-se observar o disposto no art. 14da Lei Complementar n° 101, de 2000, sinalizando impactoorçamentário e financeiro da medida estudada.

Art. 65 - Caberá ao Poder Público viabilizar as seguintes diretrizes:

I - reconhecimento da área de ajudas técnicas como área deconhecimento;

II - promoção da inclusão de conteúdos temáticos referentes aajudas técnicas na educação profissional, no ensino médio, nagraduação e na pós-graduação;

III - apoio e divulgação de trabalhos técnicos e científicosreferentes a ajudas técnicas;

IV - estabelecimento de parcerias com escolas e centros deeducação profissional, centros de ensino universitários e depesquisa, no sentido de incrementar a formação de profissionaisna área de ajudas técnicas; e

V - incentivo à formação e treinamento de ortesistas e protesistas.

Art. 66 - A Secretaria Especial dos Direitos Humanos instituiráComitê de Ajudas Técnicas, constituído por profissionais que atuamnesta área, e que será responsável por:

I - estruturação das diretrizes da área de conhecimento;

II - estabelecimento das competências desta área;

III - realização de estudos no intuito de subsidiar a elaboraçãode normas a respeito de ajudas técnicas;

IV - levantamento dos recursos humanos que atualmentetrabalham com o tema; e

V - detecção dos centros regionais de referência em ajudastécnicas, objetivando a formação de rede nacional integrada.

§ 1° - O Comitê de Ajudas Técnicas será supervisionado pelaCORDE e participará do Programa Nacional de Acessibilidade,com vistas a garantir o disposto no art. 62.

§ 2° - Os serviços a serem prestados pelos membros do Comitêde Ajudas Técnicas são considerados relevantes e não serãoremunerados.

CAPÍTULO VIIIDo Programa Nacional de Acessibilidade

Art. 67 - O Programa Nacional de Acessibilidade, sob a coordenaçãoda Secretaria Especial dos Direitos Humanos, por intermédio daCORDE, integrará os planos plurianuais, as diretrizes orçamentáriase os orçamentos anuais.

Art. 68 - A Secretaria Especial dos Direitos Humanos, na condiçãode coordenadora do Programa Nacional de Acessibilidade,desenvolverá, dentre outras, as seguintes ações:

I - apoio e promoção de capacitação e especialização derecursos humanos em acessibilidade e ajudas técnicas;

II - acompanhamento e aperfeiçoamento da legislação sobreacessibilidade;

III - edição, publicação e distribuição de títulos referentes àtemática da acessibilidade;

IV - cooperação com Estados, Distrito Federal e Municípiospara a elaboração de estudos e diagnósticos sobre a situaçãoda acessibilidade arquitetônica, urbanística, de transporte,comunicação e informação;

V - apoio e realização de campanhas informativas e educativassobre acessibilidade;

VI - promoção de concursos nacionais sobre a temática daacessibilidade; e

VII - estudos e proposição da criação e normatização do SeloNacional de Acessibilidade.

CAPÍTULO IXDas Disposições Finais

Art. 69 - Os programas nacionais de desenvolvimento urbano,os projetos de revitalização, recuperação ou reabilitação urbanaincluirão ações destinadas à eliminação de barreirasarquitetônicas e urbanísticas, nos transportes e na comunicação

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

e informação devidamente adequadas às exigências desteDecreto.

Art. 70 - O art. 4° do Decreto n° 3.298, de 20 de dezembro de1999, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 4º .......................................................

I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um oumais segmentos do corpo humano, acarretando ocomprometimento da função física, apresentando-se sob a formade paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia,tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia,hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro,paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidadecongênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e asque não produzam dificuldades para o desempenho de funções;

II - deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, dequarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiogramanas freqüências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz;

III - deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual éigual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correçãoóptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casosnos quais a somatória da medida do campo visual em ambosos olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultâneade quaisquer das condições anteriores;

IV - ..........................................................

............................................

d) utilização dos recursos da comunidade;

............................................

Art. 71 - Ficam revogados os arts. 50 a 54 do Decreto n° 3.298, de

20 de dezembro de 1999.

Art. 72 - Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

Brasília, 2 de dezembro de 2004; 183° da Independência e 116°da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

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Lei n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000

Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade daspessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sancionoa seguinte Lei:

CAPÍTULO IDisposições Gerais

Art. 1° - Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção daacessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida,mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, nomobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e decomunicação.

Art. 2° - Para os fins desta Lei são estabelecidas as seguintes definições:

I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurançae autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dostransportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora dedeficiência ou com mobilidade reduzida;

II - barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdadede movimento e a circulação com segurança das pessoas, classificadas em:

a) barreiras arquitetônicas urbanísticas: as existentes nas vias públicas e nos espaçosde uso público;

b) barreiras arquitetônicas na edificação: as existentes no interior dos edifícios públicose privados;

c) barreiras arquitetônicas nos transportes: as existentes nos meios de transportes;

d) barreiras nas comunicações: qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ouimpossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos meios

Foto cedida pela Ame

Deficiente visual andando com autonomia - AmigosMetroviários dos Excepcionais - AME

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa;

III - pessoa portadora de deficiência ou com mobilidadereduzida: a que temporária ou permanentemente tem limitadasua capacidade de relacionar-se com o meio e de utilizá-lo;

IV - elemento da urbanização: qualquer componente das obrasde urbanização, tais como os referentes a pavimentação,saneamento, encanamentos para esgotos, distribuição deenergia elétrica, iluminação pública, abastecimento edistribuição de água, paisagismo e os que materializam asindicações do planejamento urbanístico;

V - mobiliário urbano: o conjunto de objetos existentes nas viase espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elementosda urbanização ou da edificação, de forma que sua modificaçãoou traslado não provoque alterações substanciais nesteselementos, tais como semáforos, postes de sinalização esimilares, cabines telefônicas, fontes públicas, lixeiras, toldos,marquises, quiosques e quaisquer outros de natureza análoga;

VI - ajuda técnica: qualquer elemento que facilite a autonomiapessoal ou possibilite o acesso e o uso de meio físico.

CAPÍTULO IIDos Elementos da Urbanização

Art. 3° - O planejamento e a urbanização das vias públicas, dosparques e dos demais espaços de uso público deverão serconcebidos e executados de forma a torná-los acessíveis para aspessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Art. 4° - As vias públicas, os parques e os demais espaços de usopúblico existentes, assim como as respectivas instalações deserviços e mobiliários urbanos deverão ser adaptados, obedecendo-se ordem de prioridade que vise à maior eficiência das modificações,no sentido de promover mais ampla acessibilidade às pessoasportadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Art. 5° - O projeto e o traçado dos elementos de urbanizaçãopúblicos e privados de uso comunitário, nestes compreendidos ositinerários e as passagens de pedestres, os percursos de entrada

e de saída de veículos, as escadas e rampas, deverão observar osparâmetros estabelecidos pelas normas técnicas de acessibilidadeda Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

Art. 6° - Os banheiros de uso público existentes ou a construir emparques, praças, jardins e espaços livres públicos deverão seracessíveis e dispor, pelo menos, de um sanitário e um lavatórioque atendam às especificações das normas técnicas da ABNT.

Art. 7° - Em todas as áreas de estacionamento de veículos,localizadas em vias ou em espaços públicos, deverão ser reservadasvagas próximas dos acessos de circulação de pedestres,devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoasportadoras de deficiência com dificuldade de locomoção.

Parágrafo único - As vagas a que se refere o caput desteartigo deverão ser em número equivalente a dois por cento dototal, garantida, no mínimo, uma vaga, devidamente sinalizadae com as especificações técnicas de desenho e traçado deacordo com as normas técnicas vigentes.

CAPÍTULO IIIDo Desenho e da Localização do Mobiliário

Urbano

Art. 8° - Os sinais de tráfego, semáforos, postes de iluminação ouquaisquer outros elementos verticais de sinalização que devamser instalados em itinerário ou espaço de acesso para pedestresdeverão ser dispostos de forma a não dificultar ou impedir acirculação, e de modo que possam ser utilizados com a máximacomodidade.

Art. 9° - Os semáforos para pedestres instalados nas vias públicasdeverão estar equipados com mecanismo que emita sinal sonorosuave, intermitente e sem estridência, ou com mecanismoalternativo, que sirva de guia ou orientação para a travessia depessoas portadoras de deficiência visual, se a intensidade dofluxo de veículos e a periculosidade da via assim determinarem.

Art. 10 - Os elementos do mobiliário urbano deverão ser projetados

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

e instalados em locais que permitam sejam eles utilizados pelaspessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

CAPÍTULO IVDa Acessibilidade nos Edifícios Públicos ou de

Uso Coletivo

Art. 11 - A construção, ampliação ou reforma de edifícios públicosou privados destinados ao uso coletivo deverão ser executadas demodo que sejam ou se tornem acessíveis às pessoas portadorasde deficiência ou com mobilidade reduzida.

Parágrafo único - Para os fins do disposto neste artigo, naconstrução, ampliação ou reforma de edifícios públicos ouprivados destinados ao uso coletivo deverão ser observados,pelo menos, os seguintes requisitos de acessibilidade:

I - nas áreas externas ou internas da edificação, destinadas agaragem e a estacionamento de uso público, deverão serreservadas vagas próximas dos acessos de circulação depedestres, devidamente sinalizadas, para veículos quetransportem pessoas portadoras de deficiência comdificuldade de locomoção permanente;

II - pelo menos um dos acessos ao interior da edificação deveráestar livre de barreiras arquitetônicas e de obstáculos queimpeçam ou dificultem a acessibilidade de pessoa portadorade deficiência ou com mobilidade reduzida;

III - pelo menos um dos itinerários que comuniquem horizontale verticalmente todas as dependências e serviços do edifício,entre si e com o exterior, deverá cumprir os requisitos deacessibilidade de que trata esta Lei; e

IV - os edifícios deverão dispor, pelo menos, de um banheiroacessível, distribuindo-se seus equipamentos e acessórios demaneira que possam ser utilizados por pessoa portadora dedeficiência ou com mobilidade reduzida.

Art. 12 - Os locais de espetáculos, conferências, aulas e outros denatureza similar deverão dispor de espaços reservados para pessoasque utilizam cadeira de rodas, e de lugares específicos para pessoascom deficiência auditiva e visual, inclusive acompanhante, de

acordo com a ABNT, de modo a facilitar-lhes as condições deacesso, circulação e comunicação.

CAPÍTULO VDa Acessibilidade nos Edifícios de Uso Privado

Art. 13 - Os edifícios de uso privado em que seja obrigatória ainstalação de elevadores deverão ser construídos atendendo aosseguintes requisitos mínimos de acessibilidade:

I - percurso acessível que una as unidades habitacionais com oexterior e com as dependências de uso comum;

II - percurso acessível que una a edificação à via pública, àsedificações e aos serviços anexos de uso comum e aos edifíciosvizinhos;

III - cabine do elevador e respectiva porta de entrada acessíveispara pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidadereduzida.

Art. 14 - Os edifícios a serem construídos com mais de umpavimento além do pavimento de acesso, à exceção das habitaçõesunifamiliares, e que não estejam obrigados à instalação de elevador,deverão dispor de especificações técnicas e de projeto que facilitema instalação de um elevador adaptado, devendo os demaiselementos de uso comum destes edifícios atender aos requisitosde acessibilidade.

Art. 15 - Caberá ao órgão federal responsável pela coordenação dapolítica habitacional regulamentar a reserva de um percentualmínimo do total das habitações, conforme a característica dapopulação local, para o atendimento da demanda de pessoasportadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

CAPÍTULO VIDa Acessibilidade nos Veículos de Transporte

Coletivo

Art. 16 - Os veículos de transporte coletivo deverão cumprir os

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

requisitos de acessibilidade estabelecidos nas normas técnicasespecíficas.

CAPÍTULO VIIDa Acessibilidade nos Sistemas de Comunicação

e Sinalização

Art. 17 - O Poder Público promoverá a eliminação de barreiras nacomunicação e estabelecerá mecanismos e alternativas técnicasque tornem acessíveis os sistemas de comunicação e sinalizaçãoàs pessoas portadoras de deficiência sensorial e com dificuldadede comunicação, para garantir-lhes o direito de acesso à informação,à comunicação, ao trabalho, à educação, ao transporte, à cultura,ao esporte e ao lazer.

Art. 18 - O Poder Público implementará a formação de profissionaisintérpretes de escrita em braile, linguagem de sinais e de guias-intérpretes, para facilitar qualquer tipo de comunicação direta àpessoa portadora de deficiência sensorial e com dificuldade decomunicação.

Art. 19 - Os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagensadotarão plano de medidas técnicas com o objetivo de permitir ouso da linguagem de sinais ou outra subtitulação, para garantir odireito de acesso à informação às pessoas portadoras dedeficiência auditiva, na forma e no prazo previstos emregulamento.

CAPÍTULO VIIIDisposições sobre Ajudas Técnicas

Art. 20 - O Poder Público promoverá a supressão de barreirasurbanísticas, arquitetônicas, de transporte e de comunicação,mediante ajudas técnicas.

Art. 21 - O Poder Público, por meio dos organismos de apoio à

pesquisa e das agências de financiamento, fomentará programasdestinados:

I - à promoção de pesquisas científicas voltadas ao tratamentoe prevenção de deficiências;

II - ao desenvolvimento tecnológico orientado à produção deajudas técnicas para as pessoas portadoras de deficiência;

III - à especialização de recursos humanos em acessibilidade.

CAPÍTULO IXDas Medidas de Fomento à Eliminação de

Barreiras

Art. 22 - É instituído, no âmbito da Secretaria de Estado de DireitosHumanos do Ministério da Justiça, o Programa Nacional deAcessibilidade, com dotação orçamentária específica, cujaexecução será disciplinada em regulamento.

CAPÍTULO XDisposições Finais

Art. 23 - A Administração Pública federal direta e indireta destinará,anualmente, dotação orçamentária para as adaptações,eliminações e supressões de barreiras arquitetônicas existentesnos edifícios de uso público de sua propriedade e naqueles queestejam sob sua administração ou uso.

Parágrafo único - A implementação das adaptações,eliminações e supressões de barreiras arquitetônicas referidasno caput deste artigo deverá ser iniciada a partir do primeiroano de vigência desta Lei.

Art. 24 - O Poder Público promoverá campanhas informativas eeducativas dirigidas à população em geral, com a finalidade deconscientizá-la e sensibilizá-la quanto à acessibilidade e àintegração social da pessoa portadora de deficiência ou commobilidade reduzida.

Art. 25 - As disposições desta Lei aplicam-se aos edifícios ou

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imóveis declarados bens de interesse cultural ou de valor histórico-artístico, desde que asmodificações necessárias observem as normas específicas reguladoras destes bens.

Art. 26 - As organizações representativas de pessoas portadoras de deficiência terãolegitimidade para acompanhar o cumprimento dos requisitos de acessibilidadeestabelecidos nesta Lei.

Art. 27 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 19 de dezembro de 2000; 179° da Independência e 112° da República.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

Foto cedida pela Associação Cruz Verde

Fonoaudiologia - Associação Cruz Verde

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei n° 10.172, de 9 de janeiro de 2001

Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências.

..........................................

8. EDUCAÇÃO ESPECIAL8.1 Diagnóstico

A Constituição Federal estabelece o direito de as pessoas comnecessidades especiais receberem educação preferencialmentena rede regular de ensino (art. 208, III). A diretriz atual é a daplena integração dessas pessoas em todas as áreas dasociedade. Trata-se, portanto, de duas questões - o direito àeducação, comum a todas as pessoas, e o direito de receberessa educação sempre que possível junto com as demaispessoas nas escolas “regulares”.

A legislação, no entanto, é sábia em determinar preferência paraessa modalidade de atendimento educacional, ressalvando oscasos de excepcionalidade em que as necessidades doeducando exigem outras formas de atendimento. As políticasrecentes do setor têm indicado três situações possíveis para aorganização do atendimento: participação nas classes comuns,de recursos, sala especial e escola especial. Todas aspossibilidades têm por objetivo a oferta de educação de qualidade.

Diante dessa política, como está a educação especialbrasileira?

O conhecimento da realidade é ainda bastante precário, porquenão dispomos de estatísticas completas nem sobre o númerode pessoas com necessidades especiais nem sobre oatendimento. Somente a partir do ano 2000 o Censo Demográficofornecerá dados mais precisos, que permitirão análises maisprofundas da realidade.

A Organização Mundial de Saúde estima que em torno de 10%da população têm necessidades especiais. Estas podem serde diversas ordens - visuais, auditivas, físicas, mentais, múltiplas,distúrbios de conduta e também superdotação ou altashabilidades. Se essa estimativa se aplicar também no Brasil,teremos cerca de 15 milhões de pessoas com necessidadesespeciais. Os números de matrícula nos estabelecimentosescolares são tão baixos que não permitem qualquer confrontocom aquele contingente. Em 1998, havia 293.403 alunos,distribuídos da seguinte forma: 58% com problemas mentais;13,8%, com deficiências múltiplas; 12%, com problemas deaudição; 3,1% de visão; 4,5%, com problemas físicos; 2,4%,de conduta. Apenas 0,3% com altas habilidades ou eramsuperdotados e 5,9% recebiam “outro tipo deatendimento”(Sinopse Estatística da Educação Básica/CensoEscolar 1998, do MEC/INEP).

Dos 5.507 Municípios brasileiros, 59,1% não ofereciameducação especial em 1998. As diferenças regionais sãograndes. No Nordeste, a ausência dessa modalidade aconteceem 78,3% dos Municípios, destacando-se Rio Grande do Norte,com apenas 9,6% dos seus Municípios apresentando dadosde atendimento. Na região Sul, 58,1% dos Municípios ofereciameducação especial, sendo o Paraná o de mais alto percentual(83,2%). No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul tinhaatendimento em 76,6% dos seus Municípios. Espírito Santo éo Estado com o mais alto percentual de Municípios que oferecemeducação especial (83,1%).

Entre as esferas administrativas, 48,2% dos estabelecimentosde educação especial em 1998 eram estaduais; 26,8%,municipais; 24,8%, particulares e 0,2%, federais. Como osestabelecimentos são de diferentes tamanhos, as matrículasapresentam alguma variação nessa distribuição: 53,1% são dainiciativa privada; 31,3%, estaduais; 15,2%, municipais e 0,3%,federais. Nota-se que o atendimento particular, nele incluído ooferecido por entidades filantrópicas, é responsável por quasemetade de toda a educação especial no País. Dadas asdiscrepâncias regionais e a insignificante atuação federal, hánecessidade de uma atuação mais incisiva da União nessaárea.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Segundo dados de 1998, apenas 14% desses estabelecimentospossuíam instalação sanitária para alunos com necessidadesespeciais, que atendiam a 31% das matrículas. A região Norteé a menos servida nesse particular, pois o percentual dosestabelecimentos com aquele requisito baixa para 6%. Os dadosnão informam sobre outras facilidades como rampas ecorrimãos... A eliminação das barreiras arquitetônicas nasescolas é uma condição importante para a integração dessaspessoas no ensino regular, constituindo uma meta necessáriana década da educação. Outro elemento fundamental é omaterial didático-pedagógico adequado, conforme asnecessidades específicas dos alunos. Inexistência, insuficiência,inadequação e precariedades podem ser constatadas em muitoscentros de atendimento a essa clientela.

Em relação à qualificação dos profissionais de magistério, asituação é bastante boa: apenas 3,2% dos professores (melhordito, das funções docentes), em 1998, possuíam o ensinofundamental, completo ou incompleto, como formação máxima.Eram formados em nível médio 51% e, em nível superior, 45,7%.Os sistemas de ensino costumam oferecer cursos de preparaçãopara os professores que atuam em escolas especiais, por isso73% deles fizeram curso específico. Mas, considerando a diretrizda integração, ou seja, de que, sempre que possível, as crianças,jovens e adultos especiais sejam atendidos em escolasregulares, a necessidade de preparação do corpo docente, e docorpo técnico e administrativo das escolas aumentaenormemente. Em princípio, todos os professores deveriam terconhecimento da educação de alunos especiais.

Observando as modalidades de atendimento educacional,segundo os dados de 1997, predominam as “classes especiais”,nas quais estão 38% das turmas atendidas. 13,7% delas estãoem “salas de recursos” e 12,2% em “oficinas pedagógicas”.Apenas 5% das turmas estão em “classes comuns com apoiopedagógico” e 6% são de “educação precoce” . Em “outrasmodalidades” são atendidas 25% das turmas de educaçãoespecial. Comparando o atendimento público com o particular,verifica-se que este dá preferência à educação precoce, a oficinaspedagógicas e a outras modalidades não especificadas noInforme, enquanto aquele dá prioridade às classes especiais e

classes comuns com apoio pedagógico. As informações de1998 estabelecem outra classificação, chamando a atençãoque 62% do atendimento registrado está localizado em escolasespecializadas, o que reflete a necessidade de um compromissomaior da escola comum com o atendimento do aluno especial.

O atendimento por nível de ensino, em 1998, apresenta oseguinte quadro: 87.607 crianças na educação infantil; 132.685,no ensino fundamental; 1.705, no ensino médio; 7.258 naeducação de jovens e adultos. São informados como “outros”64.148 atendimentos. Não há dados sobre o atendimento doaluno com necessidades especiais na educação superior. Oparticular está muito à frente na educação infantil especial (64%)e o estadual, nos níveis fundamental e médio (52 e 49%,respectivamente), mas o municipal vem crescendosensivelmente no atendimento em nível fundamental.

As tendências recentes dos sistemas de ensino são asseguintes:

- integração/inclusão do aluno com necessidades especiais nosistema regular de ensino e, se isto não for possível em funçãodas necessidades do educando, realizar o atendimento emclasses e escolas especializadas;

- ampliação do regulamento das escolas especiais paraprestarem apoio e orientação aos programas de integração,além do atendimento específico;

- melhoria da qualificação dos professores do ensino fundamentalpara essa clientela;

- expansão da oferta dos cursos de formação/especializaçãopelas universidades e escolas normais.

Apesar do crescimento das matrículas, o déficit é muito grandee constitui um desafio imenso para os sistemas de ensino,pois diversas ações devem ser realizadas ao mesmo tempo.Entre elas, destacam-se a sensibilização dos demais alunos eda comunidade em geral para a integração, as adaptaçõescurriculares, a qualificação dos professores para o atendimentonas escolas regulares e a especialização dos professores parao atendimento nas novas escolas especiais, produção de livrose materiais pedagógicos adequados para as diferentesnecessidades, adaptação das escolas para que os alunos

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

especiais possam nelas transitar, oferta de transporte escolaradaptado, etc.

Mas o grande avanço que a década da educação deveria produzirserá a construção de uma escola inclusiva, que garanta oatendimento à diversidade humana.

8.2 Diretrizes

A educação especial se destina às pessoas com necessidadesespeciais no campo da aprendizagem, originadas quer dedeficiência física, sensorial, mental ou múltipla, quer decaracterísticas como altas habilidades, superdotação outalentos.

A integração dessas pessoas no sistema de ensino regular éuma diretriz constitucional (art. 208, III), fazendo parte da políticagovernamental há pelo menos uma década. Mas, apesar desserelativamente longo período, tal diretriz ainda não produziu amudança necessária na realidade escolar, de sorte que todasas crianças, jovens e adultos com necessidades especiais sejamatendidos em escolas regulares, sempre que for recomendadopela avaliação de suas condições pessoais. Uma políticaexplícita e vigorosa de acesso à educação, de responsabilidadeda União, dos Estados e Distrito Federal e dos Municípios, éuma condição para que às pessoas especiais sejamassegurados seus direitos à educação. Tal política abrange: oâmbito social, do reconhecimento das crianças, jovens e adultosespeciais como cidadãos e de seu direito de estarem integradosna sociedade o mais plenamente possível; e o âmbitoeducacional, tanto nos aspectos administrativos (adequação doespaço escolar, de seus equipamentos e materiais pedagógicos),quanto na qualificação dos professores e demais profissionaisenvolvidos. O ambiente escolar como um todo deve sersensibilizado para uma perfeita integração. Propõe-se uma escolaintegradora, inclusiva, aberta à diversidade dos alunos, no que aparticipação da comunidade é fator essencial. Quanto às escolasespeciais, a política de inclusão as reorienta para prestaremapoio aos programas de integração.

A educação especial, como modalidade de educação escolar,terá que ser promovida sistematicamente nos diferentes níveis

de ensino. A garantia de vagas no ensino regular para os diversosgraus e tipos de deficiência é uma medida importante.

Entre outras características dessa política, são importantes aflexibilidade e a diversidade, quer porque o espectro dasnecessidades especiais é variado, quer porque as realidadessão bastante diversificadas no País.

A União tem um papel essencial e insubstituível no planejamentoe direcionamento da expansão do atendimento, uma vez queas desigualdades regionais na oferta educacional atestam umaenorme disparidade nas possibilidades de acesso à escola porparte dessa população especial. O apoio da União é maisurgente e será mais necessário onde se verificam os maioresdéficits de atendimento.

Quanto mais cedo se der a intervenção educacional, mais eficazela se tornará no decorrer dos anos, produzindo efeitos maisprofundos sobre o desenvolvimento das crianças. Por isso, oatendimento deve começar precocemente, inclusive como formapreventiva. Na hipótese de não ser possível o atendimentodurante a educação infantil, há que se detectarem asdeficiências, como as visuais e auditivas, que podem dificultara aprendizagem escolar, quando a criança ingressa no ensinofundamental. Existem testes simples, que podem ser aplicadospelos professores, para a identificação desses problemas eseu adequado tratamento. Em relação às crianças com altashabilidades (superdotadas ou talentosas), a identificação levaráem conta o contexto sócio-econômico e cultural e será feitapor meio de observação sistemática do comportamento e dodesempenho do aluno, com vistas a verificar a intensidade, afreqüência e a consistência dos traços, ao longo de seudesenvolvimento.

Considerando as questões envolvidas no desenvolvimento e naaprendizagem das crianças, jovens e adultos com necessidadesespeciais, a articulação e a cooperação entre os setores deeducação, saúde e assistência é fundamental e potencializa aação de cada um deles. Como é sabido, o atendimento não selimita à área educacional, mas envolve especialistas sobretudoda área da saúde e da psicologia e depende da colaboração dediferentes órgãos do Poder Público, em particular os vinculadosà saúde, assistência e promoção social, inclusive em termos

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de recursos. É medida racional que se evite a duplicação de recursos através daarticulação daqueles setores desde a fase de diagnóstico de déficits sensoriais até asterapias específicas. Para a população de baixa renda, há ainda necessidade de ampliar,com a colaboração dos Ministérios da Saúde e da Previdência, órgãos oficiais eentidades não-governamentais de assistência social, os atuais programas paraoferecimento de órteses e próteses de diferentes tipos. O Programa de Renda MínimaAssociado a Ações Sócio-educativas (Lei n.9.533/97) estendido a essa clientela, podeser um importante meio de garantir-lhe o acesso e à freqüência à escola.

A formação de recursos humanos com capacidade de oferecer o atendimento aoseducandos especiais nas creches, pré-escolas, centros de educação infantil, escolasregulares de ensino fundamental, médio e superior, bem como em instituiçõesespecializadas e outras instituições é uma prioridade para o Plano Nacional de Educação.Não há como ter uma escola regular eficaz quanto ao desenvolvimento e aprendizagemdos educandos especiais sem que seus professores, demais técnicos, pessoaladministrativo e auxiliar sejam preparados para atendê-los adequadamente. As classesespeciais, situadas nas escolas “regulares”, destinadas aos alunos parcialmenteintegrados, precisam contar com professores especializados e material pedagógicoadequado.

As escolas especiais devem ser enfatizadas quando as necessidades dos alunosassim o indicarem. Quando esse tipo de instituição não puder ser criado nos Municípiosmenores e mais pobres, recomenda-se a celebração de convênios intermunicipais ecom organizações não-governamentais, para garantir o atendimento da clientela.

Certas organizações da sociedade civil, de natureza filantrópica, que envolvem os paisde crianças especiais, têm, historicamente, sido um exemplo de compromisso e deeficiência no atendimento educacional dessa clientela, notadamente na etapa daeducação infantil. Longe de diminuir a responsabilidade do Poder Público para com aeducação especial, o apoio do governo a tais organizações visa tanto à continuidadede sua colaboração quanto à maior eficiência por contar com a participação dos paisnessa tarefa. Justifica-se, portanto, o apoio do governo a essas instituições comoparceiras no processo educacional dos educandos com necessidades especiais.

Requer-se um esforço determinado das autoridades educacionais para valorizar apermanência dos alunos nas classes regulares, eliminando a nociva prática deencaminhamento para classes especiais daqueles que apresentam dificuldades comunsde aprendizagem, problemas de dispersão de atenção ou de disciplina. A esses deveser dado maior apoio pedagógico nas suas próprias classes, e não separá-los comose precisassem de atendimento especial.

Considerando que o aluno especial pode ser também da escola regular, os recursosdevem, também, estar previstos no ensino fundamental. Entretanto, tendo em vista as

Foto cedida pela Fundação Dorina Nowill

Livro falado - Fundação Dorina Nowill

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

especificidades dessa modalidade de educação e a necessidadede promover a ampliação do atendimento, recomenda-sereservar-lhe uma parcela equivalente a 5 ou 6% dos recursosvinculados à manutenção e desenvolvimento do ensino.

8.3 Objetivos e Metas

1. Organizar, em todos os Municípios e em parceria com asáreas de saúde e assistência, programas destinados a ampliara oferta da estimulação precoce (interação educativa adequada)para as crianças com necessidades educacionais especiais,em instituições especializadas ou regulares de educação infantil,especialmente creches.

2. Generalizar, em cinco anos, como parte dos programas deformação em serviço, a oferta de cursos sobre o atendimentobásico a educandos especiais, para os professores em exercíciona educação infantil e no ensino fundamental, utilizando inclusivea TV Escola e outros programas de educação a distância.

3. Garantir a generalização, em cinco anos, da aplicação detestes de acuidade visual e auditiva em todas as instituições deeducação infantil e do ensino fundamental, em parceria com aárea de saúde, de forma a detectar problemas e oferecer apoioadequado às crianças especiais.

4. Nos primeiros cinco anos de vigência deste plano,redimensionar conforme as necessidades da clientela,incrementando, se necessário, as classes especiais, salas derecursos e outras alternativas pedagógicas recomendadas, deforma a favorecer e apoiar a integração dos educandos comnecessidades especiais em classes comuns, fornecendo-lheso apoio adicional de que precisam.

5. Generalizar, em dez anos, o atendimento dos alunos comnecessidades especiais na educação infantil e no ensinofundamental, inclusive através de consórcios entre Municípios,quando necessário, provendo, nestes casos, o transporte escolar.

6. Implantar, em até quatro anos, em cada unidade da Federação,em parceria com as áreas de saúde, assistência social, trabalhoe com as organizações da sociedade civil, pelo menos um centroespecializado, destinado ao atendimento de pessoas com severadificuldade de desenvolvimento

7. Ampliar, até o final da década, o número desses centros, desorte que as diferentes regiões de cada Estado contem comseus serviços.

8. Tornar disponíveis, dentro de cinco anos, livros didáticos falados,em Braille e em caracteres ampliados, para todos os alunoscegos e para os de visão sub-normal do ensino fundamental.

9. Estabelecer, em cinco anos, em parceria com as áreas deassistência social e cultura e com organizações não-governamentais, redes municipais ou intermunicipais para tornardisponíveis aos alunos cegos e aos de visão sub-normal livrosde literatura falados, em Braille e em caracteres ampliados.

10. Estabelecer programas para equipar, em cinco anos, asescolas de educação básica e, em dez anos, as de educaçãosuperior que atendam educandos surdos e aos de visão sub-normal, com aparelhos de amplificação sonora e outrosequipamentos que facilitem a aprendizagem, atendendo-se,prioritariamente, as classes especiais e salas de recursos.

11. Implantar, em cinco anos, e generalizar em dez anos, oensino da Língua Brasileira de Sinais para os alunos surdos e,sempre que possível, para seus familiares e para o pessoal daunidade escolar, mediante um programa de formação demonitores, em parceria com organizações não-governamentais.

12. Em coerência com as metas n° 2, 3 e 4, da educaçãoinfantil e metas n° 4.d, 5 e 6, do ensino fundamental:

a) estabelecer, no primeiro ano de vigência deste plano, ospadrões mínimos de infra-estrutura das escolas para orecebimento dos alunos especiais;

b) a partir da vigência dos novos padrões, somente autorizar aconstrução de prédios escolares, públicos ou privados, emconformidade aos já definidos requisitos de infra-estrutura paraatendimento dos alunos especiais;

c) adaptar, em cinco anos, os prédios escolares existentes,segundo aqueles padrões.

13. Definir, em conjunto com as entidades da área, nos doisprimeiros anos de vigência deste plano, indicadores básicos dequalidade para o funcionamento de instituições de educaçãoespecial, públicas e privadas, e generalizar, progressivamente,sua observância.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

14. Ampliar o fornecimento e uso de equipamentos de informáticacomo apoio à aprendizagem do educando com necessidadesespeciais, inclusive através de parceria com organizações dasociedade civil voltadas para esse tipo de atendimento.

15. Assegurar, durante a década, transporte escolar com asadaptações necessárias aos alunos que apresentem dificuldadede locomoção.

16. Assegurar a inclusão, no projeto pedagógico das unidadesescolares, do atendimento às necessidades educacionaisespeciais de seus alunos, definindo os recursos disponíveis eoferecendo formação em serviço aos professores em exercício.

17. Articular as ações de educação especial e estabelecermecanismos de cooperação com a política de educação para otrabalho, em parceria com organizações governamentais e não-governamentais, para o desenvolvimento de programas dequalificação profissional para alunos especiais, promovendo suacolocação no mercado de trabalho. Definir condições para aterminalidade para os educandos que não puderem atingir níveisulteriores de ensino.

18. Estabelecer cooperação com as áreas de saúde, previdênciae assistência social para, no prazo de dez anos, tornar disponíveisórteses e próteses para todos os educandos com deficiências,assim como atendimento especializado de saúde, quando for ocaso.

19. Incluir nos currículos de formação de professores, nos níveismédio e superior, conteúdos e disciplinas específicas para acapacitação ao atendimento dos alunos especiais.

20. Incluir ou ampliar, especialmente nas universidades públicas,habilitação específica, em níveis de graduação e pós-graduação,para formar pessoal especializado em educação especial,garantindo, em cinco anos, pelo menos um curso desse tipoem cada unidade da Federação.

21. Introduzir, dentro de três anos a contar da vigência desteplano, conteúdos disciplinares referentes aos educandos comnecessidades especiais nos cursos que formam profissionaisem áreas relevantes para o atendimento dessas necessidades,como Medicina, Enfermagem e Arquitetura, entre outras.

22. Incentivar, durante a década, a realização de estudos e

pesquisas, especialmente pelas instituições de ensino superior,sobre as diversas áreas relacionadas aos alunos queapresentam necessidades especiais para a aprendizagem.

23. Aumentar os recursos destinados à educação especial, afim de atingir, em dez anos, o mínimo equivalente a 5% dosrecursos vinculados à manutenção e desenvolvimento do ensino,contando, para tanto, com as parcerias com as áreas de saúde,assistência social, trabalho e previdência, nas ações referidasnas metas n° 6, 9, 11, 14, 17 e 18.

24. No prazo de três anos a contar da vigência deste plano,organizar e pôr em funcionamento em todos os sistemas deensino um setor responsável pela educação especial, bemcomo pela administração dos recursos orçamentáriosespecíficos para o atendimento dessa modalidade, que possaatuar em parceria com os setores de saúde, assistência social,trabalho e previdência e com as organizações da sociedade civil.

25. Estabelecer um sistema de informações completas efidedignas sobre a população a ser atendida pela educaçãoespecial, a serem coletadas pelo censo educacional e peloscensos populacionais.

26. Implantar gradativamente, a partir do primeiro ano desteplano, programas de atendimento aos alunos com altashabilidades nas áreas artística, intelectual ou psicomotora.

27. Assegurar a continuidade do apoio técnico e financeiro àsinstituições privadas sem fim lucrativo com atuação exclusivaem educação especial, que realizem atendimento dequalidade, atestado em avaliação conduzida pelo respectivosistema de ensino.

28. Observar, no que diz respeito a essa modalidade de ensino,as metas pertinentes estabelecidas nos capítulos referentesaos níveis de ensino, à formação de professores e aofinanciamento e gestão.

..........................................

Brasília, 9 de janeiro de 2001; 180º da Independência e 113º daRepública.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei n° 10.216, de 6 de abril de 2001

Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras detranstornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúdemental.

O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacionaldecreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° - Os direitos e a proteção das pessoas acometidas detranstorno mental, de que trata esta Lei, são assegurados semqualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientaçãosexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família,recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evoluçãode seu transtorno, ou qualquer outra.

Art. 2° - Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza,a pessoa e seus familiares ou responsáveis serão formalmentecientificados dos direitos enumerados no parágrafo único desteartigo.

Parágrafo único - São direitos da pessoa portadora detranstorno mental:

I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde,consentâneo às suas necessidades;

II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesseexclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar suarecuperação pela inserção na família, no trabalho e nacomunidade;

III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;

IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas;

V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, paraesclarecer a necessidade ou não de sua hospitalizaçãoinvoluntária;

VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;

VII - receber o maior número de informações a respeito de suadoença e de seu tratamento;

VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menosinvasivos possíveis;

IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitáriosde saúde mental.

Art. 3° - É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da políticade saúde mental, a assistência e a promoção de ações de saúdeaos portadores de transtornos mentais, com a devida participaçãoda sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimentode saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidadesque ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornosmentais.

Art. 4° - A internação, em qualquer de suas modalidades, só seráindicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrareminsuficientes.

§ 1° - O tratamento visará, como finalidade permanente, areinserção social do paciente em seu meio.

§ 2° - O tratamento em regime de internação será estruturadode forma a oferecer assistência integral à pessoa portadora detranstornos mentais, incluindo serviços médicos, de assistênciasocial, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros.

§ 3° - É vedada a internação de pacientes portadores de transtornosmentais em instituições com características asilares, ou seja, aquelasdesprovidas dos recursos mencionados no § 2° e que não asseguremaos pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art. 2°.

Art. 5° - O paciente há longo tempo hospitalizado ou para o qualse caracterize situação de grave dependência institucional,decorrente de seu quadro clínico ou de ausência de suporte social,será objeto de política específica de alta planejada e reabilitaçãopsicossocial assistida, sob responsabilidade da autoridade sanitáriacompetente e supervisão de instância a ser definida pelo PoderExecutivo, assegurada a continuidade do tratamento, quando

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necessário.

Art. 6° - A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médicocircunstanciado que caracterize os seus motivos.

Parágrafo único - São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica:

I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;

II - internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e apedido de terceiro; e

III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.

Art. 7° - A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve assinar,no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento.

Parágrafo único - O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escritado paciente ou por determinação do médico assistente.

Art. 8° - A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por médico devidamenteregistrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o estabelecimento.

§ 1° - A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, sercomunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento noqual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectivaalta.

§ 2° - O término da internação involuntária dar-se-á por solicitação escrita do familiar,ou responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista responsável pelotratamento.

Art. 9° - A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente,pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento,quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários.

Art. 10 - Evasão, transferência, acidente, intercorrência clínica grave e falecimento serãocomunicados pela direção do estabelecimento de saúde mental aos familiares, ou aorepresentante legal do paciente, bem como à autoridade sanitária responsável, no prazomáximo de vinte e quatro horas da data da ocorrência.

Art. 11 - Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos não poderão ser realizadassem o consentimento expresso do paciente, ou de seu representante legal, e sem a devidacomunicação aos conselhos profissionais competentes e ao Conselho Nacional de Saúde.

Joon Sok Seo (atleta) - Sessão Solene naAssembléia Legislativa de São Paulo

em homenagem aos atletas paraolímpicosAtenas - 2004

Foto Marco A. Cardelino

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Art. 12 - O Conselho Nacional de Saúde, no âmbito de sua atuação,criará comissão nacional para acompanhar a implementação destaLei.

Art. 13 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 6 de abril de 2001; 180° da Independência e 113° daRepública.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002

Institui o Código Civil.

O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacionaldecreta e eu sanciono a seguinte Lei:

P A R T E G E R A L

LIVRO IDas Pessoas

TÍTULO IDas Pessoas Naturais

CAPÍTULO IDa Personalidade e da Capacidade

Art. 1° - Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

Art. 2° - A personalidade civil da pessoa começa do nascimentocom vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos donascituro.

Art. 3° - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmenteos atos da vida civil:

I - os menores de dezesseis anos;

II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiveremo necessário discernimento para a prática desses atos;

III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimirsua vontade.

Art. 4° - São incapazes, relativamente a certos atos, ou à

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

maneira de os exercer:

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, pordeficiência mental, tenham o discernimento reduzido;

III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;

IV - os pródigos.

Parágrafo único - A capacidade dos índios será regulada porlegislação especial.

..........................................

TÍTULO IVDa Tutela e da Curatela

..........................................

CAPÍTULO IIDa Curatela

Seção IDos Interditos

Art. 1.767 - Estão sujeitos a curatela:

I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, nãotiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil;

II - aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimira sua vontade;

III - os deficientes mentais, os ébrios habituais e os viciadosem tóxicos;

IV - os excepcionais sem completo desenvolvimento mental;

V - os pródigos.

Art. 1.768 - A interdição deve ser promovida:

I - pelos pais ou tutores;

II - pelo cônjuge, ou por qualquer parente;

III - pelo Ministério Público.

Art. 1.769 - O Ministério Público só promoverá interdição:

I - em caso de doença mental grave;

II - se não existir ou não promover a interdição alguma daspessoas designadas nos incisos I e II do artigo antecedente;

III - se, existindo, forem incapazes as pessoas mencionadasno inciso antecedente.

Art. 1.770 - Nos casos em que a interdição for promovida peloMinistério Público, o juiz nomeará defensor ao suposto incapaz;nos demais casos o Ministério Público será o defensor.

Art. 1.771 - Antes de pronunciar-se acerca da interdição, o juiz,assistido por especialistas, examinará pessoalmente o argüido deincapacidade.

Art. 1.772 - Pronunciada a interdição das pessoas a que se referemos incisos III e IV do art. 1.767, o juiz assinará, segundo o estadoou o desenvolvimento mental do interdito, os limites da curatela,que poderão circunscrever-se às restrições constantes do art. 1.782.

Art. 1.773 - A sentença que declara a interdição produz efeitosdesde logo, embora sujeita a recurso.

Art. 1.774 - Aplicam-se à curatela as disposições concernentes àtutela, com as modificações dos artigos seguintes.

Art. 1.775 - O cônjuge ou companheiro, não separado judicialmenteou de fato, é, de direito, curador do outro, quando interdito.

§1° - Na falta do cônjuge ou companheiro, é curador legítimo o paiou a mãe; na falta destes, o descendente que se demonstrarmais apto.

§ 2° - Entre os descendentes, os mais próximos precedem aosmais remotos.

§ 3° - Na falta das pessoas mencionadas neste artigo, compete

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

ao juiz a escolha do curador.

Art. 1.776 - Havendo meio de recuperar o interdito, o curadorpromover-lhe-á o tratamento em estabelecimento apropriado.

Art. 1.777 - Os interditos referidos nos incisos I, III e IV do art.1.767 serão recolhidos em estabelecimentos adequados, quandonão se adaptarem ao convívio doméstico.

Art. 1.778 - A autoridade do curador estende-se à pessoa e aosbens dos filhos do curatelado, observado o art. 5°.

Seção IIDa Curatela do Nascituro e do Enfermo ou

Portador de Deficiência Física

Art. 1.779 - Dar-se-á curador ao nascituro, se o pai falecer estandográvida a mulher, e não tendo o poder familiar.

Parágrafo único - Se a mulher estiver interdita, seu curadorserá o do nascituro.

Art. 1.780 - A requerimento do enfermo ou portador de deficiênciafísica, ou, na impossibilidade de fazê-lo, de qualquer das pessoasa que se refere o art. 1.768, dar-se-lhe-á curador para cuidar detodos ou alguns de seus negócios ou bens.

Seção IIIDo Exercício da Curatela

Art. 1.781 - As regras a respeito do exercício da tutela aplicam-seao da curatela, com a restrição do art. 1.772 e as desta Seção.

Art. 1.782 - A interdição do pródigo só o privará de, sem curador,emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ouser demandado, e praticar, em geral, os atos que não sejam demera administração.

Art. 1.783 - Quando o curador for o cônjuge e o regime de bens do

casamento for de comunhão universal, não será obrigado àprestação de contas, salvo determinação judicial.

..........................................

TITULO IIIDa Sucessão Testamentária

..........................................

CAPÍTULO XDa Deserdação

..........................................

Art. 1.963 - Além das causas enumeradas no art. 1.814, autorizama deserdação dos ascendentes pelos descendentes:

I - ofensa física;

II - injúria grave;

III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou ado neto, ou com o marido ou companheiro da filha ou o da neta;

IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental ougrave enfermidade

..........................................

Brasília, 10 de janeiro de 2002; 181º da Independência e 114º daRepública.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

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Lei n° 10.436, de 24 de abril de 2002

Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências.

O Presidente da República, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sancionoa seguinte Lei:

Art. 1° - É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileirade Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.

Parágrafo único - Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a formade comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico detransmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas doBrasil.

Art. 2° - Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionáriasde serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileirade Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente dascomunidades surdas do Brasil.

Art. 3° - As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos deassistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadoresde deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor.

Art. 4° - O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipaise do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de EducaçãoEspecial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensinoda Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros CurricularesNacionais - PCNs, conforme legislação vigente.

Parágrafo único - A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir amodalidade escrita da língua portuguesa.

Foto Wander Roberto/CPB

Gilson dos Anjos ganha a prata nos 800m -Paraolimpíadas Atenas 2004

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Art. 5° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 24 de abril de 2002; 181º da Independência e 114º daRepública.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

Lei n° 10.671, de 15 de maio de 2003

Dispõe sobre o Estatuto de Defesa do Torcedor e dá outrasprovidências.

Art. 13 - O torcedor tem direito a segurança nos locais onde sãorealizados os eventos esportivos antes, durante e após a realizaçãodas partidas.

Parágrafo único - Será assegurado acessibilidade ao torcedorportador de deficiência ou com mobilidade reduzida.

..........................................

Art. 27 - A entidade responsável pela organização da competição ea entidade de prática desportiva detentora do mando de jogosolicitarão formalmente, direto ou mediante convênio, ao PoderPúblico competente:

..........................................

II - meio de transporte, ainda que oneroso, para condução deidosos, crianças e pessoas portadoras de deficiência físicaaos estádios, partindo de locais de fácil acesso, previamentedeterminados.

..........................................

Brasília, 15 de maio de 2003; 182º da Independência e 115º daRepública.

Luiz Inácio Lula da Silva. Presidente da República.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei n° 10.708, de 31 de julho de 2003

Institui o auxílio-reabilitação psicossocial para pacientes acometidosde transtornos mentais egressos de internações.

O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacionaldecreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° - Fica instituído o auxílio-reabilitação psicossocial paraassistência, acompanhamento e integração social, fora de unidadehospitalar, de pacientes acometidos de transtornos mentais,internados em hospitais ou unidades psiquiátricas, nos termos destaLei.

Parágrafo único - O auxílio é parte integrante de um programade ressocialização de pacientes internados em hospitais ouunidades psiquiátricas, denominado “De Volta Para Casa”, sobcoordenação do Ministério da Saúde.

Art. 2° - O benefício consistirá em pagamento mensal de auxíliopecuniário, destinado aos pacientes egressos de internações,segundo critérios definidos por esta Lei.

§ 1° - É fixado o valor do benefício de R$ 240,00 (duzentos equarenta reais), podendo ser reajustado pelo Poder Executivode acordo com a disponibilidade orçamentária.

§ 2° - Os valores serão pagos diretamente aos beneficiários,mediante convênio com instituição financeira oficial, salvo nahipótese de incapacidade de exercer pessoalmente os atos davida civil, quando serão pagos ao representante legal do paciente.

§ 3° - O benefício terá a duração de um ano, podendo serrenovado quando necessário aos propósitos da reintegraçãosocial do paciente.

Art. 3° - São requisitos cumulativos para a obtenção do benefíciocriado por esta Lei que:

I - o paciente seja egresso de internação psiquiátrica cuja duraçãotenha sido, comprovadamente, por um período igual ou superior adois anos;

II - a situação clínica e social do paciente não justifique apermanência em ambiente hospitalar, indique tecnicamente apossibilidade de inclusão em programa de reintegração sociale a necessidade de auxílio financeiro;

III - haja expresso consentimento do paciente, ou de seurepresentante legal, em se submeter às regras do programa;

IV - seja garantida ao beneficiado a atenção continuada emsaúde mental, na rede de saúde local ou regional.

§ 1° - O tempo de permanência em Serviços ResidenciaisTerapêuticos será considerado para a exigência temporal doinciso I deste artigo.

§ 2° - Para fins do inciso I, não poderão ser consideradosperíodos de internação os de permanência em orfanatos ououtras instituições para menores, asilos, albergues ou outrasinstituições de amparo social, ou internações em hospitaispsiquiátricos que não tenham sido custeados pelo SistemaÚnico de Saúde - SUS ou órgãos que o antecederam e quehoje o compõem.

§ 3° - Egressos de Hospital de Custódia e TratamentoPsiquiátrico poderão ser igualmente beneficiados, procedendo-se, nesses casos, em conformidade com a decisão judicial.

Art. 4° - O pagamento do auxílio-reabilitação psicossocial serásuspenso:

I - quando o beneficiário for reinternado em hospital psiquiátrico;

II - quando alcançados os objetivos de reintegração social eautonomia do paciente.

Art. 5° - O pagamento do auxílio-reabilitação psicossocial seráinterrompido, em caso de óbito, no mês seguinte ao do falecimentodo beneficiado.

Art. 6° - Os recursos para implantação do auxílio-reabilitaçãopsicossocial são os referidos no Plano Plurianual 2000-2003,sob a rubrica “incentivo-bônus”, ação 0591 do Programa Saúde

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Mental n° 0018.

§ 1° - A continuidade do programa será assegurada no orçamentodo Ministério da Saúde.

§ 2° - O aumento de despesa obrigatória de caráter continuadoresultante da criação deste benefício será compensado dentrodo volume de recursos mínimos destinados às ações e serviçospúblicos de saúde, conforme disposto no art. 77 do Ato dasDisposições Constitucionais Transitórias.

Art. 7° - O controle social e a fiscalização da execução do programaserão realizados pelas instâncias do SUS.

Art. 8° - O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei.

Art. 9° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 31 de julho de 2003; 182° da Independência e 115° daRepública.

Luiz Inácio Lula da Silva. Presidente da República.

Lei n° 10.826, de 22 de dezembro de 2003

Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogoe munição, sobre o Sistema Nacional de Armas - Sinarm, definecrimes e dá outras providências.

..........................................

Art. 13 - Deixar de observar as cautelas necessárias para impedirque menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora dedeficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sobsua posse ou que seja de sua propriedade:

Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

..........................................

Brasília, 22 de dezembro de 2003; 182º da Independência e 115ºda República.

Luiz Inácio Lula da Silva. Presidente da República.

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Lei n° 10.845, de 5 de março de 2004

Institui o Programa de Complementação ao Atendimento Educacional Especializado àsPessoas portadoras de deficiência, e dá outras providências.

O Presidente da RepúblicaFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° - Fica instituído, no âmbito do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação -FNDE, Programa de Complementação ao Atendimento Educacional Especializadoàs Pessoas portadoras de deficiência - PAED, em cumprimento do disposto no incisoIII do art. 208 da Constituição, com os seguintes objetivos:

I - garantir a universalização do atendimento especializado de educandos portadoresde deficiência cuja situação não permita a integração em classes comuns de ensinoregular;

II - garantir, progressivamente, a inserção dos educandos portadores de deficiêncianas classes comuns de ensino regular.

Art. 2° - Para os fins do disposto no art. 1° desta Lei, a União repassará, diretamente àunidade executora constituída na forma de entidade privada sem fins lucrativos que presteserviços gratuitos na modalidade de educação especial, assistência financeira proporcionalao número de educandos portadores de deficiência, conforme apurado no censo escolarrealizado pelo Ministério da Educação no exercício anterior, observado o disposto nestaLei.

§ 1° - O Conselho Deliberativo do FNDE expedirá as normas relativas aos critérios dealocação dos recursos, valores per capita, unidades executoras e caracterização deentidades, bem como as orientações e instruções necessárias à execução do PAED.

§ 2° - A transferência de recursos financeiros, objetivando a execução do PAED, seráefetivada automaticamente pelo FNDE, sem necessidade de convênio, ajuste, acordoou contrato, mediante depósito em conta-corrente específica.

§ 3° - A transferência de recursos financeiros às entidades é condicionada à aprovaçãoprévia pelos Conselhos Municipais de Acompanhamento e Controle Social do Fundode Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do

Foto cedida pela AACD

Menino desenhando - Associação de Assistênciaà Criança Deficiente - AACD

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Magistério - FUNDEF, de programa de aplicação que atendaaos objetivos estabelecidos no art. 1° desta Lei.

§ 4° - Os recursos recebidos à conta do PAED deverão seraplicados pela entidade executora em despesas consideradascomo de manutenção e desenvolvimento do ensino, de acordocom os arts. 70 e 71 da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de1996.

Art. 3° - Para os fins do disposto no art. 1° desta Lei e no art. 60 daLei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, é facultado aos Estados,ao Distrito Federal e aos Municípios prestar apoio técnico e financeiroàs entidades privadas sem fins lucrativos que oferecem educaçãoespecial, na forma de:

I - cessão de professores e profissionais especializados da redepública de ensino, bem como de material didático e pedagógicoapropriado;

II - repasse de recursos para construções, reformas, ampliaçõese aquisição de equipamentos;

III - oferta de transporte escolar aos educandos portadoresde deficiência matriculados nessas entidades.

Parágrafo único - Os profissionais do magistério cedidos nostermos do caput deste artigo, no desempenho de suasatividades, serão considerados como em efetivo exercício noensino fundamental público, para os fins do disposto no art. 7°da Lei n° 9.424, de 24 de dezembro de 1996, que instituiu oFundo de Manutenção e Desenvolvimento do EnsinoFundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF.

Art. 4° - O PAED será custeado por:

I - recursos consignados ao FNDE, observados os limites demovimentação e empenho e de pagamento da programaçãoorçamentária e financeira;

II - doações realizadas por entidades nacionais ou internacionais,públicas ou privadas;

III - outras fontes de recursos que lhe forem especificamentedestinadas.

Parágrafo único - Os recursos de que trata o inciso I deste

artigo não excederão, por educando portador de deficiência,ao valor de que trata o § 1° do art. 6° da Lei n° 9.424, de 24 dedezembro de 1996.

Art. 5° - No exercício de 2003, os valores per capita de que tratao § 1° do art. 2° serão fixados em 2/12 (dois duodécimos) docalculado para o ano.Art. 6° - A prestação de contas dos recursos recebidos à contado PAED, constituída dos documentos definidos pelo ConselhoDeliberativo do FNDE, será apresentada pela entidade executoraao Conselho que houver aprovado o respectivo programa deaplicação, até 28 de fevereiro do ano subseqüente ao de recebi-mento dos recursos.

§ 1° - O Conselho que houver aprovado o programa de aplicaçãoconsolidará as prestações de contas, emitindo parecer conclusivosobre cada uma, e encaminhará relatório circunstanciado aoFNDE até 30 de abril do ano subseqüente ao de recebimentodos recursos.

§ 2° - Fica o FNDE autorizado a suspender o repasse dosrecursos do PAED à unidade executora que:

I - descumprir o disposto no caput deste artigo;

II - tiver sua prestação de contas rejeitada; ou

III - utilizar os recursos em desacordo com os critériosestabelecidos para a execução do PAED, conforme constatadopor análise documental ou auditoria.

Art. 7° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 5 de março de 2004; 183º da Independência e 116º daRepública.

Luiz Inácio Lula da Silva. Presidente da República.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei nº 11.126, de 27 de junho de 2005

Dispõe sobre o direito do portador de deficiência visual deingressar e permanecer em ambientes de uso coletivoacompanhado de cão-guia.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o CongressoNacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° - É assegurado à pessoa portadora de deficiência visualusuária de cão-guia o direito de ingressar e permanecer com oanimal nos veículos e nos estabelecimentos públicos e privadosde uso coletivo, desde que observadas as condições impostas poresta Lei.

§ 1° - A deficiência visual referida no caput deste artigorestringe-se à cegueira e à baixa visão.

§ 2° - O disposto no caput deste artigo aplica-se a todas asmodalidades de transporte interestadual e internacional comorigem no território brasileiro.

Art. 2° - (VETADO)

Art. 3° - Constitui ato de discriminação, a ser apenado cominterdição e multa, qualquer tentativa voltada a impedir ou dificultaro gozo do direito previsto no art. 1° desta Lei.

Art. 4° - Serão objeto de regulamento os requisitos mínimos paraidentificação do cão-guia, a forma de comprovação de treinamentodo usuário, o valor da multa e o tempo de interdição impostos àempresa de transporte ou ao estabelecimento público ou privadoresponsável pela discriminação.

Art. 5° - (VETADO)

Art. 6° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 27 de junho de 2005; 184° da Independência e 117° daRepública.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei nº 11.133, de 14 de julho de 2005

Institui o Dia Nacional de Luta da Pessoa portadora dedeficiência.

O VICE PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo dePRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o CongressoNacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° - É instituído o Dia Nacional de Luta da Pessoa portadorade deficiência, que será celebrado no dia 21 de setembro.

Art. 2° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 14 de julho de 2005; 184° da Independência e 117° daRepública.

JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA

Lei n° 11.180, de 23 de setembro de 2005

Institui o Projeto Escola de Fábrica, autoriza a concessão de bolsasde permanência a estudantes beneficiários do ProgramaUniversidade para Todos - PROUNI, institui o Programa deEducação Tutorial - PET, altera a Lei n° 5.537, de 21 de novembrode 1968, e a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovadapelo Decreto-Lei n° 5.452, de 1° de maio de 1943, e dá outrasprovidências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o CongressoNacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

..................................................

Art. 2° - Os jovens participantes do Projeto Escola de Fábricadeverão ter idade entre 16 (dezesseis) e 24 (vinte e quatro) anos,renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo e meioe estar matriculados na educação básica regular da rede públicaou na modalidade de Educação de Jovens e Adultos,prioritariamente no ensino de nível médio, observadas as restriçõesfixadas em regulamento.

......................................................

§ 2° - Os portadores de deficiência, assim definidos em lei,terão tratamento adequado às suas necessidades em todo oProjeto Escola de Fábrica.

......................................................

Art. 19 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 23 de setembro de 2005; 184° da Independência e 117°da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto n° 22.626 de 7 de abril de 1933

Dispõe sobre os juros dos contratos e dá outras providências.

..........................................

Art. 15 - São consideradas circunstâncias agravantes o fato de,para conseguir aceitação de exigências contrárias a esta lei, valer-se o credor da inexperiência ou das paixões do menor, ou dadeficiência ou doença mental de alguém, a que não esteja interditoou de circunstâncias aflitivas em que se encontre o devedor.

..........................................

Rio de Janeiro, 7 de abril de 1933, 112º da Independência e 145ºda República.

Getúlio Vargas. Presidente da República.

Decreto n° 57.654, de 20 de janeiro de 1966

Regulamenta a Lei do Serviço Militar (Lei n° 4.375, de 17 de agostode 1964), retificada pela Lei n° 4.754, de 18 de agosto de 1965.

..........................................

Art 59 - Os portadores de lesão, defeito físico ou doençaincurável, notoriamente incapazes para o Serviço Militar, a partirdo ano em que completarem 17 (dezessete) anos de idade, poderãorequerer o Certificado de Isenção às CSM, ou órgãoscorrespondentes da Marinha e da Aeronáutica, se residentes noPaís, e à DSM, DPM ou DPAer, por intermédio dos Consulados,se residentes no exterior. Estas prescrições também são aplicáveisaos residentes em municípios não tributários.

Parágrafo único - Os requerimentos, a que se refere êsteartigo, serão instruídos com documentos necessários paracomprovar a situação alegada e caberá às CSM, ou órgãoscorrespondentes da Marinha e da Aeronáutica, e aos Consuladosdo Brasil, tomar as providências necessárias à verificação davariedade do alegado, seja diretamente por seus órgãos, sejapor solicitação a outros órgãos oficiais disponíveis.

..........................................

Art 109 - São isentos do Serviço Militar:

1) por incapacidade física ou mental definitiva, em qualquertempo, os que forem julgados inaptos em seleção ou inspeçãode saúde e considerados irrecuperáveis para o Serviço Militarnas Forças Armadas;

..........................................

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

§ 1° - Serão considerados irrecuperáveis para o Serviço Militaros portadores de lesões, doenças ou defeitos físicos, que ostornem incompatíveis para o Serviço Militar nas Fôrças Armadase que só possam ser sanados ou removidos com odesenvolvimento da ciência.

§ 2° - para a comprovação dos indícios a que se refere o número2 do presente artigo, as sindicâncias a serem instauradas,durante o trabalho das CS, deverão obter, entre outros elementosdas autoridades locais.

..........................................

Brasília, 20 de janeiro de 1966; 145º da Independência e 78º daRepública.

H. Castello Branco. Presidente da República.

Decreto n° 99.710, de 21 de novembro de 1990

Promulga a Convenção sobre os Direitos da Criança.

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confereo art. 84, inciso IV, da Constituição, e

Considerando que o Congresso Nacional aprovou, pelo DecretoLegislativo n° 28, de 14 de setembro de 1990, a Convenção sobreos Direitos da Criança, a qual entrou em vigor internacional em 02de setembro de 1990, na forma de seu artigo 49, inciso 1;

Considerando que o Governo brasileiro ratificou a referida Convençãoem 24 de setembro de 1990, tendo a mesma entrado em vigorpara o Brasil em 23 de outubro de 1990, na forma do seu artigo 49,inciso 2;

DECRETA:

Art. 1° - A Convenção sobre os Direitos da Criança, apensa porcópia ao presente decreto, será executada e cumprida tãointeiramente como nela se contém.

Art. 2° - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3° - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 21 de novembro de 1990; 169° da Independência e102° da República.

Fernando Collor. Presidente da República.

..........................................

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Artigo 2

1 - Os Estados Partes respeitarão os direitos enunciados napresente Convenção e assegurarão sua aplicação a cada criançasujeita à sua jurisdição, sem distinção alguma,independentemente de raça, cor, sexo, idioma, crença, opiniãopolítica ou de outra índole, origem nacional, étnica ou social,posição econômica, deficiências físicas, nascimento ouqualquer outra condição da criança, de seus pais ou de seusrepresentantes legais.

..........................................

Artigo 23

1 - Os Estados Partes reconhecem que a criança portadorade deficiências físicas ou mentais deverá desfrutar de umavida plena e decente em condições que garantam sua dignidade,favoreçam sua autonomia e facilitem sua participação ativa nacomunidade.

2 - Os Estados Partes reconhecem o direito da criançadeficiente de receber cuidados especiais e, de acordo com osrecursos disponíveis e sempre que a criança ou seusresponsáveis reúnam as condições requeridas, estimularão eassegurarão a prestação da assistência solicitada, que sejaadequada ao estado da criança e às circunstâncias de seuspais ou das pessoas encarregadas de seus cuidados.

3 - Atendendo às necessidades especiais da criançadeficiente, a assistência prestada, conforme disposto noparágrafo 2 do presente artigo, será gratuita sempre que possível,levando-se em consideração a situação econômica dos pais oudas pessoas que cuidem da criança, e visará a assegurar àcriança deficiente o acesso efetivo à educação, à capacitação,aos serviços de saúde, aos serviços de reabilitação, à preparaçãopara o emprego e às oportunidades de lazer, de maneira que acriança atinja a mais completa integração social possível e omaior desenvolvimento individual factível, inclusive seu

desenvolvimento cultural e espiritual.

4 - Os Estados Partes promoverão, com espírito de cooperaçãointernacional, um intercâmbio adequado de informações noscampos da assistência médica preventiva e do tratamentomédico, psicológico e funcional das crianças deficientes,inclusive a divulgação de informações a respeito dos métodosde reabilitação e dos serviços de ensino e formação profissional,bem como o acesso a essa informação, a fim de que os EstadosPartes possam aprimorar sua capacidade e seus conhecimentose ampliar sua experiência nesses campos. Nesse sentido, serãolevadas especialmente em conta as necessidades dos paísesem desenvolvimento.

..........................................

..........................................

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto n° 129, de 22 de maio de 1991

Promulga a Convenção n° 159, da Organização Internacional doTrabalho (OIT), sobre Reabilitação Profissional e Emprego dePessoas Deficientes.

O Presidente da República , usando da atribuição que lhe confereo art. 84, inciso IV, da Constituição e

Considerando que a Convenção n° 159, da Organização Internacionaldo Trabalho (OIT), sobre Reabilitação Profissional e Emprego dePessoas Deficientes foi concluída em Genebra, a 1° de junho de1983;Considerando que o Congresso Nacional aprovou a Convenção,por meio do Decreto Legislativo n° 51, de 25 de agosto de 1989;Considerando que a Carta de Ratificação da Convenção, orapromulgada, foi depositada em 18 de maio de 1990;Considerando que a Convenção n° 159 sobre ReabilitaçãoProfissional e Emprego de Pessoas Deficientes entrará em vigorpara o Brasil, em 18 de maio de 1991, na forma se seu artigo 11,parágrafo 3,

Decreta:

Art. 1° - A Convenção n° 159, da Organização Internacional doTrabalho (OIT), sobre Reabilitação Profissional e Emprego dePessoas Deficientes, apensa por cópia ao presente decreto, seráexecutada e cumprida tão inteiramente como nela se contém.

Art. 2° - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de maio de 1991; 170° da Independência e 103° daRepública.

Fernando Collor. Presidente da República.

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DO TRABALHOCONVENÇÃO 159

CONVENÇÃO SOBRE REABILITAÇÃO PROFISSIONAL EEMPREGO DE PESSOAS DEFICIENTES

A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho:

Convocada em Genebra pelo Conselho de Administração doEscritório Internacional do Trabalho e realizada nessa cidade em1° de junho de 1983, em sua sexagésima nona reunião;

Tendo tomado conhecimento das normas internacionais existentese contidas na Recomendação sobre a habilitação e reabilitaçãoprofissionais dos deficientes, 1955, e na Recomendação sobre odesenvolvimento dos recursos humanos, 1975;

Tomando conhecimento de que, desde a adoção da Recomendaçãosobre a habilitação e reabilitação profissionais dos deficientes, 1955,foi registrado um significativo progresso na compreensão dasnecessidades da reabilitação, na extensão e organização dos serviçosde reabilitação e na legislação e no desempenho de muitos Países-Membros em relação às questões cobertas por essa recomendação;

Considerando que a Assembléia Geral das Nações Unidasproclamou 1981 o Ano Internacional das Pessoas Deficientes,com o tema “Participação Plena e Igualdade”, e que um programamundial de ação relativo às pessoas deficientes permitiria aadoção de medidas eficazes a nível nacional e internacional paraatingir as metas da “participação plena” das pessoas deficientesna vida social e no desenvolvimento, assim como de “igualdade”;

Depois de haver decidido que esses progressos tornaram oportunaa conveniência de adotar novas normas internacionais sobre oassunto, que levem em consideração, em particular, a necessidadede assegurar, tanto nas zonas rurais como nas urbanas, aigualdade de oportunidade e tratamento a todas as categorias depessoas deficientes no que se refere a emprego e integração nacomunidade;

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Depois de haver determinado que estas proposições devam ter aforma de uma Convenção, adota com a data de vinte de junho demil novecentos e oitenta e três, a presente “Convenção sobreReabilitação e Emprego (Pessoas Deficientes), 1983”.

PARTE IDefinições e Campo de Aplicação

Artigo 1

1 - Para efeitos desta Convenção, entende-se por “pessoadeficiente” todas as pessoas cujas possibilidades de obter econservar um emprego adequado e de progredir no mesmofiquem substancialmente reduzidas devido a uma deficiênciade caráter físico ou mental devidamente comprovada.

2 - Para efeitos desta Convenção, todo o País-Membro deveráconsiderar que a finalidade da reabilitação profissional é a depermitir que a pessoa deficiente obtenha e conserve umemprego e progrida no mesmo, e que se promova, assim aintegração ou a reintegração dessa pessoa na sociedade.

3 - Todo País-Membro aplicará os dispositivos desta Convençãoatravés de medidas adequadas às condições nacionais e deacordo com a experiência (costumes, uso e hábitos) nacional.

4 - As proposições desta Convenção serão aplicáveis a todasas categorias de pessoas deficientes.

PARTE IIPrincípios da Política de Reabilitação Profissional

e Emprego para Pessoas Deficientes

Artigo 2

De acordo com as condições nacionais, experiências epossibilidades nacionais, cada País-Membro formulará, aplicaráe periodicamente revisará a política nacional sobre reabilitaçãoprofissional e emprego de pessoas deficientes.

Artigo 3

Essa política deverá ter por finalidade assegurar que existam

medidas adequadas de reabilitação profissional ao alcance detodas as categorias de pessoas deficientes e promoveroportunidades de emprego para as pessoas deficientes nomercado regular de trabalho.

Artigo 4

Essa política deverá ter como base o princípio de igualdade deoportunidades entre os trabalhadores deficientes e dostrabalhadores em geral. Dever-se-á respeitar a igualdade deoportunidades e de tratamento para as trabalhadoras deficientes.As medidas positivas especiais com a finalidade de atingir a igualdadeefetiva de oportunidades e de tratamento entre os trabalhadoresdeficientes e os demais trabalhadores, não devem ser vistas comodiscriminatórias em relação a estes últimos.

Artigo 5

As organizações representativas de empregadores e deempregados devem ser consultadas sobre a aplicação dessapolítica e em particular, sobre as medidas que devem ser adotadaspara promover a cooperação e coordenação dos organismospúblicos e particulares que participam nas atividades de reabilitaçãoprofissional. As organizações representativas de e para deficientesdevem, também, ser consultadas.

PARTE IIIMedidas a Nível Nacional para o

Desenvolvimento de Serviços de ReabilitaçãoProfissional e Emprego para Pessoas

Deficientes

Artigo 6

Todo o País-Membro, mediante legislação nacional e por outrosprocedimentos, de conformidade com as condições e experiênciasnacionais, deverá adotar as medidas necessárias para aplicar osArtigos 2, 3, 4 e 5 da presente Convenção.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Artigo 7

As autoridades competentes deverão adotar medidas paraproporcionar e avaliar os serviços de orientação e formaçãoprofissional, colocação, emprego e outros semelhantes, a fim deque as pessoas deficientes possam obter e conservar um empregoe progredir no mesmo; sempre que for possível e adequado, serãoutilizados os serviços existentes para os trabalhadores em geral,com as adaptações necessárias.

Artigo 8

Adotar-se-ão medidas para promover o estabelecimento edesenvolvimento de serviços de reabilitação profissional e de empregopara pessoas deficientes na zona rural e nas comunidades distantes.

Artigo 9

Todo o País-Membro deverá esforçar-se para assegurar a formaçãoe a disponibilidade de assessores em matérias de reabilitação eoutro tipo de pessoal qualificado que se ocupe da orientaçãoprofissional, da formação profissional, da colocação e do empregode pessoas deficientes.

PARTE IVDisposições Finais

Artigo 10

As ratificações formais da presente Convenção serão comunicadaspara o devido registro, ao Diretor-Geral do Escritório Internacionaldo Trabalho.

Artigo 11

1 - Esta Convenção obrigará unicamente aqueles PaísesMembros da Organização Internacional do Trabalho, cujasratificações tenham sido registradas pelo Diretor-Geral.

2 - Entrará em vigor doze meses após a data em que asratificações de dois dos Países Membros tenham sido

registradas pelo Diretor-Geral.

3 - A partir desse momento, esta Convenção entrará em vigor,para cada País Membro, doze meses após a data em quetenha sido registrada sua ratificação.

Artigo 12

1 - Todo o País Membro que tenha ratificado esta Convençãopoderá suspender, por um período de dez anos, a partir da dataem que tenha sido posta inicialmente em vigor, mediante umcomunicado ao Diretor-Geral do Trabalho, para o devido registro.A suspensão somente passará a vigorar um ano após a dataem que tenha sido registrada.

2 - Todo País Membro que tenha ratificado esta Convenção eque, no prazo de um ano após a expiração do período de dezanos mencionado no parágrafo anterior, não tenha feito uso dodireito de suspensão previsto neste Artigo será obrigado,durante um novo período de dez anos, e no ano seguinte poderásuspender esta Convenção na expiração de cada período dedez anos, nas condições previstas neste Artigo.

Artigo 13

1 - O Diretor-Geral da Organização Internacional do Trabalhonotificará todos os Países Membros da OrganizaçãoInternacional do Trabalho, o registro do número de ratificações,declarações e suspensões que lhe forem comunicadas poraqueles.

2 - Ao notificar os Países Membros da Organização, o registroda segunda ratificação que lhe tenha sido comunicada, o Diretor-Geral chamará a atenção dos Países Membros da Organizaçãosobre a data em que entrará em vigor a presente Convenção.

Artigo 14

O Diretor-Geral do Escritório Internacional do Trabalho comunicaráao Secretário-Geral das Nações Unidas, os efeitos do registro ede acordo com o art. 102 da Carta das Nações Unidas, uma

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

informação completa sobre todas as ratificações, declarações eofícios de suspensão que tenha registrado de acordo com os Artigosanteriores.

Artigo 15

Cada vez que considere necessário, o Conselho Administrativo doEscritório Internacional do Trabalho apresentará na Conferência umrelatório sobre a aplicação da Convenção, e considerará aconveniência de incluir na ordem do dia da Conferência a questãoda sua revisão total ou parcial.

Artigo 16

1 - No caso da Conferência adotar uma nova Convenção queimplique uma revisão total ou parcial da presente, e a menosque uma nova Convenção contenha dispositivos em contrário.

a) a ratificação, por um País Membro, de novo Convênio,implicará, ipso jure, a notificação imediata deste Convênio, nãoobstante as disposições contidas no artigo 12, sempre que onovo Convênio tenha entrado em vigor;

b) a partir da data em que entre em vigor o novo Convênio, opresente Convênio cessará para as ratificações pelos PaísesMembros.

2 - Este Convênio continuará em vigor, em todo caso, em suaforma e conteúdo atuais, para os Países Membros, que o tenhamratificado e não ratifiquem um Convênio revisado.

Artigo 17

As versões inglesa e francesa do texto deste Convênio sãoigualmente autênticas.

Decreto n° 2.592, de 15 de maio de 1998

Aprova o Plano Geral de Metas para a Universalização do ServiçoTelefônico Fixo Comutado Prestado no Regime Público.

O Presidente da República, no uso das atribuições que lhe confereo art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o dispostona Lei n° 9.472, de 16 de julho de 1997,

Decreta:

Art. 1° - Fica aprovado na forma do Anexo a este Decreto, o PlanoGeral de Metas para a Universalização do Serviço Telefônico FixoComutado Prestado no Regime Público.

Art. 2° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 15 de maio de 1998; 177º da Independência e 110º daRepública.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

ANEXO

NO PLANO GERAL DE METAS PARA A UNIVERSALIZAÇÃODO SERVIÇO TELEFÔNICO FIXO COMUTADO PRESTADO NOREGIME PÚBLICO

CAPITULO IDas Disposições Gerais

Art. 1° - Para efeito deste Plano, entende-se por universalização odireito de acesso de toda pessoa ou instituição, independentementede sua localização e condição sócio-econômica, ao ServiçoTelefônico Fixo Comutado destinado ao uso do público em geral,prestado no regime público, conforme definição do art. 1° do PlanoGeral de Outorgas, aprovado pelo Decreto n° 2.534, de 2 de abril de1998, bem como a utilização desse serviço de telecomunicaçõesem serviços essenciais de interesse público, nos termos do art. 79da Lei n° 9.472, de 16 de julho de 1997, e mediante o pagamentode tarifas estabelecidas na regulamentação especifica.

..........................................

CAPÍTULO IIDas Metas de Acessos Individuais

..........................................

Art. 6° - A partir de 31 de dezembro de 1999, em localidades comServiço Telefônico Fixo Comutado, com acessos individuais, aConcessionária deverá assegurar condições de acesso ao serviçopara deficientes auditivo e da fala, que disponham da aparelhagemadequada à sua utilização, observando as seguintes disposições:

I - tornar disponível centro de atendimento para intermediaçãoda comunicação;

II - atender às solicitações de acesso individual, nos seguintes

prazos máximos:

a) a partir de 31 de dezembro de 1999, em doze semanas;

b) a partir de 31 de dezembro de 2000, em seis semanas;

c) a partir de 31 de dezembro de 2001, em três semanas;

d) a partir de 31 de dezembro de 2002, em duas semana;

e) a partir de 31 de dezembro de 2003, em uma semana.

CAPÍTULO IIIDas Metas de Acessos Coletivos

............................

Art. 10 - A Concessionária do Serviço Telefônico Fixo Comutadona modalidade Local deverá assegurar que, nas localidades ondeo serviço estiver disponível, pelo menos dois por cento dos Telefonesde Uso Público sejam adaptados para uso por deficientes auditivose da fala e para os que utilizam cadeira de rodas, mediantesolicitação dos interessados, observados os critérios estabelecidosna regulamentação, inclusive quanto à sua localização edestinação.

Parágrafo único - As solicitações de que trata o caput deverãoser atendidas nos prazos máximos a seguir:

I - a partir de 31 de dezembro de 1999, em oito semanas;

II - a partir de 31 de dezembro de 2000, em quatro semanas;

III - a partir de 31 de dezembro de 2001, em duas semanas;

IV - a partir de 31 de dezembro de 2003, em uma semana.

..........................................

..........................................

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto n° 3.142, de 16 de agosto de 1999

Regulamenta a contribuição social do salário-educação, previstano art. 212, § 5°, da Constituição, no art. 15 da Lei n° 9.424, de 24de dezembro de 1996, e na Lei n° 9.766, de 18 de dezembro de1998, e dá outras providências.

..........................................

Art. 3° - Estão isentas do recolhimento da contribuição social dosalário-educação:

..........................................

V - as organizações hospitalares e de assistência social, desdeque atendam, cumulativamente, aos seguintes requisitos:

a) sejam reconhecidas como de utilidade pública federal eestadual ou do Distrito Federal ou municipal;

b) sejam portadoras do Certificado e do Registro de Entidadede Fins Filantrópicos, fornecidos pelo Conselho Nacional deAssistência Social, renovado a cada três anos;

c) promovam, gratuitamente e em caráter exclusivo, a assistênciasocial beneficente a pessoas carentes, em especial a crianças,adolescentes, idosos e portadores de deficiência;

d) não percebam seus diretores, conselheiros, sócios,instituidores ou benfeitores, remuneração e não usufruamvantagens ou benefícios a qualquer título;

e) apliquem integralmente o eventual resultado operacional namanutenção e no desenvolvimento de seus objetivosinstitucionais, apresentando, anualmente, ao órgão do Instituto

Nacional do Seguro Social - INSS competente, relatóriocircunstanciado de suas atividades.

..........................................

Brasília, 16 de agosto de 1999; 178° da Independência e 111° daRepública.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto n° 3.389, de 22 de março de 2000

Dispõe sobre a execução do Acordo de ComplementaçãoEconômica no 43, entre os Governos da República Federativa doBrasil e da República de Cuba.

O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o art.84, inciso IV, da Constituição,Considerando que Tratado de Montevidéu de 1980, que criou aAssociação Latino-Americana de Integração (ALADI), firmado peloBrasil em 12 de agosto de 1980 e aprovado pelo CongressoNacional, por meio do Decreto Legislativo no 66, de 16 de novembrode 1981, prevê a modalidade de Acordo de ComplementaçãoEconômica;Considerando que os Plenipotenciários da República Federativado Brasil e da República de Cuba, com base no Tratado deMontevidéu de 1980, assinaram, em 22 de dezembro de 1999, emMontevidéu, o Acordo de Complementação Econômica no 43, entreos Governos da República Federativa do Brasil e da República deCuba, que tem por objetivo adequar o Acordo de Alcance Parcialno 21, celebrado em 16 de outubro de 1989, entre os Governosdos dois Países, à condição de Cuba como membro pleno daALADI, nos termos da Resolução 51 do Conselho de Ministros daALADI;

DECRETA :

Art. 1° - O Acordo de Complementação Econômica no 43, entreos Governos da República Federativa do Brasil e da República deCuba, apenso por cópia ao presente Decreto, será executado ecumprido tão inteiramente como nele se contém.

Art. 2° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de março de 2000; 179° da Independência e 112° daRepública.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

ANEXO

ACORDO DE COMPLEMENTAÇÃO ECONÔMICA N° 43CELEBRADO ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILE A REPÚBLICA DE CUBA

..........................................

CAPÍTULO IITratamentos à importação

Art. 2° - Nos Anexos I e II, que fazem parte do presente Acordo,registram-se as preferências, tratamentos e demais condiçõesacordadas pelos países signatários para a importação dos produtosnegociados, originários de seus respectivos territórios, classificadose descritos de conformidade com a Nomenclatura vigente daAssociação baseada no Sistema Harmonizado de Designação eCodificação de Mercadorias (NALADI/SH), e registradas ascorrelações com as respectivas tarifas aduaneiras nacionais.As preferências a que se refere o parágrafo anterior consistem numaredução percentual dos gravames registrados em suas respectivastarifas aduaneiras para importação de terceiros países.

..........................................

ANEXO I AO ACORDO DE COMPLEMENTAÇÃOECONÔMICA N° 43

PREFERÊNCIAS OUTORGADAS PELO BRASIL

Abreviatura: NCM (Nomenclatura Comum do MERCOSUL)

..........................................

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

NALADI/SADESCRIÇÃOREGIME DO ACORDO

Pref.Perc.OBSERVAÇÃO

........................

9021 Artigos e aparelhos ortopédicos, incluídas as cintas e fundas médico-cirúrgicas e as muletas; talas, esteiras e outros artigos e aparelhospara fraturas; artigos e aparelhos de prótese; aparelhos para facilitara audição dos surdos e outros aparelhos para compensardeficiências ou enfermidades, que se destinam a ser transportadosà mão ou sobre as pessoas ou a ser implantados no organismo100

FIXADORES EXTERNOS

NCM Brasil902119109021.1Próteses articulares e outros aparelhos de ortopedia ou para fraturas

9021.19Outros

9021.19.10Artigos e aparelhos ortopédicos

Decreto n° 3.956, de 8 de outubro de 2001

Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todasas Formas de Discriminação contra as Pessoas portadoras dedeficiência.

O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere oart. 84, inciso VIII, da Constituição,

Considerando que o Congresso Nacional aprovou o texto daConvenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formasde Discriminação contra as Pessoas portadoras de deficiênciapor meio do Decreto Legislativo n° 198, de 13 de junho de 2001;

Considerando que a Convenção entrou em vigor, para o Brasil, em 14de setembro de 2001, nos termos do parágrafo 3, de seu artigo VIII;

Decreta:

Artigo 1° - A Convenção Interamericana para a Eliminação de Todasas Formas de Discriminação contra as Pessoas portadoras dedeficiência, apensa por cópia ao presente Decreto, será executadae cumprida tão inteiramente como nela se contém.

Artigo 2° - São sujeitos à aprovação do Congresso Nacionalquaisquer atos que possam resultar em revisão da referidaConvenção, assim como quaisquer ajustes complementares que,nos termos do art. 49, inciso I, da Constituição, acarretem encargosou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Artigo 3° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 8 de outubro de 2001; 180° da Independência e 113° daRepública.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas asFormas de Discriminação contra as Pessoas portadoras dedeficiência

Os Estados Partes nesta Convenção,

Reafirmando que as pessoas portadoras de deficiência têm osmesmos direitos humanos e liberdades fundamentais que outraspessoas e que estes direitos, inclusive o direito de não sersubmetidas a discriminação com base na deficiência, emanamda dignidade e da igualdade que são inerentes a todo ser humano;

Considerando que a Carta da Organização dos Estados Americanos,em seu artigo 3, j, estabelece como princípio que “a justiça e asegurança sociais são bases de uma paz duradoura”;

Preocupados com a discriminação de que são objeto as pessoasem razão de suas deficiências;

Tendo presente o Convênio sobre a Readaptação Profissional e oEmprego de Pessoas Inválidas da Organização Internacional doTrabalho (Convênio 159); a Declaração dos Direitos do RetardadoMental (AG.26/2856, de 20 de dezembro de 1971); a Declaraçãodas Nações Unidas dos Direitos das Pessoas portadoras dedeficiência (Resolução n° 3447, de 9 de dezembro de 1975); oPrograma de Ação Mundial para as Pessoas portadoras dedeficiência, aprovado pela Assembléia Geral das Nações Unidas(Resolução 37/52, de 3 de dezembro de 1982); o Protocolo Adicionalà Convenção Americana sobre Direitos Humanos em Matéria deDireitos Econômicos, Sociais e Culturais, “Protocolo de SanSalvador” (1988); os Princípios para a Proteção dos Doentes Mentaise para a Melhoria do Atendimento de Saúde Mental (AG.46/119, de17 de dezembro de 1991); a Declaração de Caracas da OrganizaçãoPan-Americana da Saúde; a resolução sobre a situação das pessoasportadoras de deficiência no Continente Americano [AG/RES.1249 (XXIII-O/93)]; as Normas Uniformes sobre Igualdade deOportunidades para as Pessoas portadoras de deficiência (AG.48/96, de 20 de dezembro de 1993); a Declaração de Manágua, de 20

de dezembro de 1993; a Declaração de Viena e Programa de Açãoaprovados pela Conferência Mundial sobre Direitos Humanos, dasNações Unidas (157/93); a resolução sobre a situação das pessoasportadoras de deficiência no Hemisfério Americano [AG/RES.1356 (XXV-O/95)] e o Compromisso do Panamá com as Pessoasportadoras de deficiência no Continente Americano [AG/RES.1369 (XXVI-O/96)]; e

Comprometidos a eliminar a discriminação, em todas suas formase manifestações, contra as pessoas portadoras de deficiência,Convieram no seguinte:

Artigo I

Para os efeitos desta Convenção, entende-se por:

1 - Deficiência

O termo “deficiência” significa uma restrição física, mental ousensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita acapacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais davida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico esocial.

2 - Discriminação contra as pessoas portadoras dedeficiência

a) o termo “discriminação contra as pessoas portadoras dedeficiência” significa toda diferenciação, exclusão ou restriçãobaseada em deficiência, antecedente de deficiência,conseqüência de deficiência anterior ou percepção dedeficiência presente ou passada, que tenha o efeito oupropósito de impedir ou anular o reconhecimento, gozo ouexercício por parte das pessoas portadoras de deficiênciade seus direitos humanos e suas liberdades fundamentais.

b) Não constitui discriminação a diferenciação ou preferênciaadotada pelo Estado Parte para promover a integração socialou o desenvolvimento pessoal dos portadores de deficiência,desde que a diferenciação ou preferência não limite em si mesmao direito à igualdade dessas pessoas e que elas não sejamobrigadas a aceitar tal diferenciação ou preferência. Nos casosem que a legislação interna preveja a declaração de interdição,

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

quando for necessária e apropriada para o seu bem-estar, estanão constituirá discriminação.

Artigo II

Esta Convenção tem por objetivo prevenir e eliminar todas as formasde discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência epropiciar a sua plena integração à sociedade.

Artigo III

Para alcançar os objetivos desta Convenção, os Estados Partescomprometem-se a:

1 - Tomar as medidas de caráter legislativo, social, educacional,trabalhista, ou de qualquer outra natureza, que sejam necessáriaspara eliminar a discriminação contra as pessoas portadorasde deficiência e proporcionar a sua plena integração àsociedade, entre as quais as medidas abaixo enumeradas, quenão devem ser consideradas exclusivas:

a) medidas das autoridades governamentais e/ou entidadesprivadas para eliminar progressivamente a discriminação epromover a integração na prestação ou fornecimento de bens,serviços, instalações, programas e atividades, tais como oemprego, o transporte, as comunicações, a habitação, o lazer,a educação, o esporte, o acesso à justiça e aos serviços policiaise as atividades políticas e de administração;

b) medidas para que os edifícios, os veículos e as instalaçõesque venham a ser construídos ou fabricados em seus respectivosterritórios facilitem o transporte, a comunicação e o acesso daspessoas portadoras de deficiência;

c) medidas para eliminar, na medida do possível, os obstáculosarquitetônicos, de transporte e comunicações que existam, coma finalidade de facilitar o acesso e uso por parte das pessoasportadoras de deficiência; e

d) medidas para assegurar que as pessoas encarregadas deaplicar esta Convenção e a legislação interna sobre esta matériaestejam capacitadas a fazê-lo.

2 - Trabalhar prioritariamente nas seguintes áreas:

a) prevenção de todas as formas de deficiência preveníveis;

b) detecção e intervenção precoce, tratamento, reabilitação,educação, formação ocupacional e prestação de serviçoscompletos para garantir o melhor nível de independência equalidade de vida para as pessoas portadoras de deficiência;e

c) sensibilização da população, por meio de campanhas deeducação, destinadas a eliminar preconceitos, estereótipos eoutras atitudes que atentam contra o direito das pessoas aserem iguais, permitindo desta forma o respeito e a convivênciacom as pessoas portadoras de deficiência.

Artigo IV

Para alcançar os objetivos desta Convenção, os Estados Partescomprometem-se a:

1 - Cooperar entre si a fim de contribuir para a prevenção eeliminação da discriminação contra as pessoas portadorasde deficiência.

2 - Colaborar de forma efetiva no seguinte:

a) pesquisa científica e tecnológica relacionada com aprevenção das deficiências, o tratamento, a reabilitação e aintegração na sociedade de pessoas portadoras dedeficiência; e

b) desenvolvimento de meios e recursos destinados a facilitarou promover a vida independente, a auto-suficiência e aintegração total, em condições de igualdade, à sociedade daspessoas portadoras de deficiência.

Artigo V

1 - Os Estados Partes promoverão, na medida em que isto forcoerente com as suas respectivas legislações nacionais, aparticipação de representantes de organizações de pessoasportadoras de deficiência, de organizações não-governamentais que trabalham nessa área ou, se essasorganizações não existirem, de pessoas portadoras dedeficiência, na elaboração, execução e avaliação de medidas

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e políticas para aplicar esta Convenção.

2 - Os Estados Partes criarão canais de comunicação eficazesque permitam difundir entre as organizações públicas e privadasque trabalham com pessoas portadoras de deficiência osavanços normativos e jurídicos ocorridos para a eliminação dadiscriminação contra as pessoas portadoras de deficiência.

Artigo VI

1 - Para dar acompanhamento aos compromissos assumidosnesta Convenção, será estabelecida uma Comissão para aEliminação de Todas as Formas de Discriminação contra asPessoas portadoras de deficiência, constituída por umrepresentante designado por cada Estado Parte.

2 - A Comissão realizará a sua primeira reunião dentro dos 90dias seguintes ao depósito do décimo primeiro instrumento deratificação. Essa reunião será convocada pela Secretaria-Geralda Organização dos Estados Americanos e será realizada nasua sede, salvo se um Estado Parte oferecer sede.

3 - Os Estados Partes comprometem-se, na primeira reunião, aapresentar um relatório ao Secretário-Geral da Organização paraque o envie à Comissão para análise e estudo. No futuro, osrelatórios serão apresentados a cada quatro anos.

4 - Os relatórios preparados em virtude do parágrafo anteriordeverão incluir as medidas que os Estados membros tiveremadotado na aplicação desta Convenção e qualquer progressoalcançado na eliminação de todas as formas de discriminaçãocontra as pessoas portadoras de deficiência. Os relatóriostambém conterão todas circunstância ou dificuldade que afeteo grau de cumprimento decorrente desta Convenção.

5 - A Comissão será o foro encarregado de examinar o progressoregistrado na aplicação da Convenção e de intercambiarexperiências entre os Estados Partes. Os relatórios que aComissão elaborará refletirão o debate havido e incluirãoinformação sobre as medidas que os Estados Partes tenhamadotado em aplicação desta Convenção, o progresso alcançadona eliminação de todas as formas de discriminação contra aspessoas portadoras de deficiência, as circunstâncias ou

dificuldades que tenham tido na implementação da Convenção,bem como as conclusões, observações e sugestões gerais daComissão para o cumprimento progressivo da mesma.

6 - A Comissão elaborará o seu regulamento interno e o aprovarápor maioria absoluta.

7 - O Secretário-Geral prestará à Comissão o apoio necessáriopara o cumprimento de suas funções.

Artigo VII

Nenhuma disposição desta Convenção será interpretada no sentidode restringir ou permitir que os Estados Partes limitem o gozo dosdireitos das pessoas portadoras de deficiência reconhecidospelo Direito Internacional consuetudinário ou pelos instrumentosinternacionais vinculantes para um determinado Estado Parte.

Artigo VIII

1 - Esta Convenção estará aberta a todos os Estados membrospara sua assinatura, na cidade da Guatemala, Guatemala, em8 de junho de 1999 e, a partir dessa data, permanecerá abertaà assinatura de todos os Estados na sede da Organização dosEstados Americanos até sua entrada em vigor.

2 - Esta Convenção está sujeita a ratificação.

3 - Esta Convenção entrará em vigor para os Estados ratificantesno trigésimo dia a partir da data em que tenha sido depositadoo sexto instrumento de ratificação de um Estado membro daOrganização dos Estados Americanos.

Artigo IX

Depois de entrar em vigor, esta Convenção estará aberta à adesãode todos os Estados que não a tenham assinado.

Artigo X

1 - Os instrumentos de ratificação e adesão serão depositados

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

na Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanos.

2 - Para cada Estado que ratificar a Convenção ou aderir a eladepois do depósito do sexto instrumento de ratificação, aConvenção entrará em vigor no trigésimo dia a partir da data emque esse Estado tenha depositado seu instrumento de ratificaçãoou adesão.

Artigo XI

1 - Qualquer Estado Parte poderá formular propostas de emendaa esta Convenção. As referidas propostas serão apresentadasà Secretaria-Geral da OEA para distribuição aos Estados Partes.

2 - As emendas entrarão em vigor para os Estados ratificantesdas mesmas na data em que dois terços dos Estados Partestenham depositado o respectivo instrumento de ratificação. Noque se refere ao restante dos Estados Partes, entrarão em vigorna data em que depositarem seus respectivos instrumentos deratificação.

Artigo XII

Os Estados poderão formular reservas a esta Convenção nomomento de ratificá-la ou a ela aderir, desde que essas reservasnão sejam incompatíveis com o objetivo e propósito da Convençãoe versem sobre uma ou mais disposições específicas.

Artigo XIII

Esta Convenção vigorará indefinidamente, mas qualquer EstadoParte poderá denunciá-la. O instrumento de denúncia serádepositado na Secretaria-Geral da Organização dos EstadosAmericanos. Decorrido um ano a partir da data de depósito doinstrumento de denúncia, a Convenção cessará seus efeitos para oEstado denunciante, permanecendo em vigor para os demaisEstados Partes. A denúncia não eximirá o Estado Parte dasobrigações que lhe impõe esta Convenção com respeito a qualqueração ou omissão ocorrida antes da data em que a denúncia tiverproduzido seus efeitos.

Artigo XIV

1 - O instrumento original desta Convenção, cujos textos emespanhol, francês, inglês e português são igualmenteautênticos, será depositado na Secretaria-Geral da Organizaçãodos Estados Americanos, que enviará cópia autenticada de seutexto, para registro e publicação, ao Secretariado das NaçõesUnidas, em conformidade com o artigo 102 da Carta das NaçõesUnidas.

2 - A Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanosnotificará os Estados membros dessa Organização e osEstados que tiverem aderido à Convenção sobre as assinaturas,os depósitos dos instrumentos de ratificação, adesão oudenúncia, bem como sobre as eventuais reservas.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto Legislativo n° 198, de 2001

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Jader Barbalho,Presidente do Senado Federal, nos termos do art. 48, item 28, doRegimento Interno, promulgo o seguinte

Aprova o texto da Convenção Interamericana para a Eliminação deTodas as Formas de Discriminação contra as Pessoas portadorasde deficiência, concluída em 7 de junho de 1999, por ocasião doXXIX Período Ordinário de Sessões da Assembléia Geral daOrganização dos Estados Americanos, realizado no período de 6 a8 de junho de 1999, na cidade de Guatemala.

O Congresso Nacional decreta:

Artigo 1° - Fica aprovado o texto da Convenção Interamericanapara a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra asPessoas portadoras de deficiência, concluída em 7 de junho de1999, por ocasião do XXIX Período Ordinário de Sessões daAssembléia Geral da Organização dos Estados Americanos,realizado no período de 6 a 8 de junho de 1999, na cidade daGuatemala.

Parágrafo único - Ficam sujeitos à aprovação do CongressoNacional quaisquer atos que possam resultar em revisão dareferida Convenção, bem como quaisquer ajustescomplementares que, nos termos do inciso I do art. 49 daConstituição Federal, acarretem encargos ou compromissosgravosos ao patrimônio nacional.

Artigo 2° - Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de suapublicação.

Senado Federal, em 13 de junho de 2001.

Jader Barbalho. Presidente do Senado.

Decreto-lei n° 2.236, de 23 de janeiro de 1985

Altera a tabela de emolumentos e taxas aprovada pelo artigo 131da lei n° 6.815, de 19 de agosto de 1980.

O Presidente da República , usando de atribuições que lhe confereo artigo 55, item II, da Constituição,

Decreta:

Art. 1° - A tabela de emolumentos e taxas aprovada pelo artigo131 da Lei n° 6.815, de 19 de agosto de 1980, alterada pela Lei n°6.964, de 09 de dezembro de 1981, passa a vigorar com a seguinteredação e valores, no que se refere à emissão de documento deidentidade e pedido de passaporte para estrangeiro ou laissez-passer :

I - Pedido de passaporte para estrangeiro ou Iaissez-passer

- 1,0 (um) maior valor de referência;

II - Emissão de documento de identidade (artigos 33 e 132):

Primeira via - 1,0 (um) maior valor de referência;

Outras vias - 1,5 (um e meio) maior valor de referência;

Substituição - 0,6 (seis décimos) do maior valor de referência.

Art. 2° - O documento de identidade para estrangeiro serásubstituído a cada 4 anos, a contar da data de sua expedição, ouna Prorrogação do prazo de estada.

Parágrafo único - Ficam dispensados da substituição de quetrata o caput deste artigo os estrangeiros portadores de vistopermanente que tenham participado de recadastramentoanterior e que: (NR)

I - tenham completado sessenta anos de idade, até a data dovencimento do documento de identidade; (NR)

II - sejam deficientes físicos. (NR)

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

- Parágrafo único acrescentado pelo art. 1° da Lei n° 9.505,

de 15/10/1997

Art. 3° - Este Decreto-lei entra em vigor em 1° de janeiro de 1985,revogando-se, as disposições em contrário.

Brasília, 23 de janeiro de 1985; 164º da Independência e 97º daRepública.

João Figueiredo. Presidente da República.

Decreto n° 2.682, de 21 de julho de 1998

Promulga a Convenção n° 168 da OIT, relativa à Promoção doEmprego e à Proteção contra o Desemprego.

O Presidente da República, no uso das atribuições que lhe confereo art. 84, inciso VIII, da Constituição Federal,

..........................................

DECRETA:

Art. 1° - Convenção n° 168 da OIT, relativa à Promoção do Empregoe à Proteção contra o Desemprego, assinada em Genebra, em 1°de julho de 1988, apensa por cópia ao Presente Decreto, deveráser cumprida tão inteiramente como nela se contém.

Art. 2° - O Presente Decreto entra em vigor na data de suapublicação.

Brasília, em 21 de julho de 1998; 177º da Independência e 110ºda República.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

..........................................

Artigo 8

1 - Todo Membro deverá se esforçar para adotar, com reservada legislação e da prática nacionais, medidas especiais parafomentar possibilidades suplementares de emprego e a ajuda

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

ao emprego bem como para facilitar o emprego produtivo elivremente escolhido de determinadas categorias de pessoasdesfavorecidas que tenham ou possam ter dificuldades paraencontrar emprego duradouro, como as mulheres, os trabalhosjovens, os deficientes físicos, os trabalhadores de idadeavançada, os desempregados durante um período longo, ostrabalhadores migrantes em situação regular e os trabalhadoresafetados por reestruturações.

..........................................

..........................................

Decreto n° 2.745, de 24 de agosto de 1998

Aprova o Regulamento do Procedimento Licitatório Simplificadoda Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRÁS previsto no art . 67 daLei n° 9.478, de 6 de agosto de 1997.

O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere oart. 84, inciso IV, da Constituição Federal, e tendo em vista odisposto no art. 67 da Lei n° 9.478, de 6 de agosto de 1997,

DECRETA:

Art. 1° - Fica aprovado o Regulamento do Procedimento LicitatórioSimplificado da Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRÁS, na formado Anexo deste Decreto.

Art. 2° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 24 de agosto de 1998; 177º da Independência e 110º daRepública.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

..........................................

CAPÍTULO IIDISPENSA E INEXIGIBILIDADE DA LICITAÇÃO

2.1 - A licitação poderá ser dispensada nas seguintes hipóteses:

..........................................

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

j) na contratação de instituições brasileiras, sem fins lucrativos,incumbidas regimental ou estatutariamente da pesquisa, ensino,desenvommento institucional, da integração de portadores dedeficiência física, ou programas baseados no Estatuto daCriança e do Adolescente (Lei n° 8.069, de 13 de Julho de 1990),desde que detenham inquestionável reputação ético-profissional;

..........................................

..........................................

Decreto n° 3.321, de 30 de dezembro de 1999

Promulga o Protocolo Adicional à Convenção Americana sobreDireitos Humanos em Matéria de Direitos Econômicos, Sociais eCulturais “Protocolo de São Salvador”, concluído em 17 de novembrode 1988, em São Salvador, El Salvador.O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere oart. 84, inciso VIII, da Constituição;Considerando que o Protocolo Adicional à Convenção Americanasobre Direitos Humanos em Matéria de Direitos Econômicos,Sociais e Culturais, “Protocolo de São Salvador” foi concluído em17 de novembro de 1988, em São Salvador, El Salvador;Considerando que o Congresso Nacional aprovou o ato multilateralem epígrafe por meio do Decreto Legislativo no 56, de 19 de abrilde 1995;Considerando que o Protocolo em tela entrou em vigor internacionalem 16 de novembro de 1999;Considerando que o Governo brasileiro depositou o Instrumentode Adesão do referido ato em 21 de agosto de 1996, passando omesmo a vigorar, para o Brasil, em 16 de novembro de 1999;

DECRETA:

Art.1° - O Protocolo Adicional à Convenção Americana sobreDireitos Humanos em Matéria de Direitos Econômicos, Sociais eCulturais, “Protocolo de São Salvador”, concluído em 17 denovembro de 1988, em São Salvador, El Salvador, apenso por cópiaa este Decreto, deverá ser executado e cumprido tão inteiramentecomo nele se contém.

Art. 2° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 30 de dezembro de 1999; 178° da Independência e 111°da República.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

ANEXO

PROTOCOLO ADICIONAL À CONVENÇÃO AMERICANASOBRE DIREITOS HUMANOS EM MATÉRIA DE DIREITOSECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS (PROTOCOLO DESÃO SALVADOR)

..........................................

Artigo 6°

Direito ao Trabalho

1 - Toda pessoa tem direito ao trabalho, o que inclui aoportunidade de obter os meios para levar uma vida digna edecorosa através do desempenho de atividade lícita, livrementeescolhida ou aceita.

2 - Os Estados-Partes comprometem-se a adotar medidas quegarantam plena efetividade do direito ao trabalho, especialmenteas referentes à consecução do pleno emprego, à orientaçãovocacional e ao desenvolvimento de projetos de treinamentotécnico-profissional, particularmente os destinados aosdeficientes. Os Estados-Partes comprometem-se também aexecutar e a fortalecer programas que coadjuvem o adequadoatendimento da família, a fim de que a mulher tenha realpossibilidade de exercer o direito ao trabalho.

..........................................

Artigo 13

Direito à Educação

1 - Toda pessoa tem direito à educação.

2 - Os Estados-Partes neste Protocolo convêm em que aeducação deverá orientar-se para o pleno desenvolvimento dapersonalidade humana e do sentido de sua dignidade, e deveráfortalecer o respeito pelos direitos humanos, pelo pluralismoideológico, pelas liberdades fundamentais, pela justiça e pela

paz. Convêm também em que a educação deve tornar todas aspessoas capazes de participar efetivamente de uma sociedadedemocrática e pluralista e de conseguir uma subsistência digna;bem como favorecer a compreensão, a tolerância e a amizadeentre todas as nações e todos os grupos raciais, étnicos oureligiosos, e promover as atividades em prol da manutenção dapaz.

3 - Os Estados-Partes neste Protocolo reconhecem que, a fimde conseguir o pleno exercício do direito à educação:

..........................................

e) deverão ser estabelecidos programas de ensino diferenciadospara os deficientes, a fim de proporcionar instrução especial eformação a pessoas com impedimentos físicos ou deficiênciamental.

..........................................

Artigo 18

Proteção de DeficientesToda pessoa afetada pela diminuição de suas capacidades físicase mentais tem direito a receber atenção especial, a fim de alcançaro máximo desenvolvimento de sua personalidade. Os Estados-Partes comprometem-se a adotar as medidas necessárias paraesse fim e, especialmente, a:

a) executar programas específicos destinados a proporcionaraos deficientes os recursos e o ambiente necessário paraalcançar esse objetivo, inclusive programas de trabalhoadequados a suas possibilidades e que deverão ser livrementeaceitos por eles ou, quando for o caso, por seus representanteslegais;

b) proporcionar formação especial aos familiares dosdeficientes, a fim de ajudá-los a resolver os problemas deconvivência e a convertê-los em elementos atuantes dodesenvolvimento físico, mental e emocional dos deficientes;

c) incluir, de maneira prioritária, em seus planos dedesenvolvimento urbano a consideração de soluções para os

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

requisitos específicos decorrentes das necessidades dessegrupo;

d) promover a formação de organizações sociais nas quais osdeficientes possam desenvolver uma vida plena.

..........................................

..........................................

Decreto n° 4.228, de 13 de maio de 2002

Institui, no âmbito da Administração Pública Federal, o ProgramaNacional de Ações Afirmativas e dá outras providências.O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere oart. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,

DECRETA:

Art. 1° - Fica instituído, no âmbito da Administração Pública Federal,o Programa Nacional de Ações Afirmativas, sob a coordenação daSecretaria de Estado dos Direitos Humanos do Ministério da Justiça.

Art. 2° - O Programa Nacional de Ações Afirmativas contemplará,entre outras medidas administrativas e de gestão estratégica, asseguintes ações, respeitada a legislação em vigor:

I - observância, pelos órgãos da Administração Pública Federal,de requisito que garanta a realização de metas percentuais departicipação de afrodescendentes, mulheres e pessoasportadoras de deficiência no preenchimento de cargos emcomissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS;

II - inclusão, nos termos de transferências negociadas derecursos celebradas pela Administração Pública Federal, decláusulas de adesão ao Programa;

III - observância, nas licitações promovidas por órgãos daAdministração Pública Federal, de critério adicional depontuação, a ser utilizado para beneficiar fornecedores quecomprovem a adoção de políticas compatíveis com os objetivosdo Programa; e

IV - inclusão, nas contratações de empresas prestadoras deserviços, bem como de técnicos e consultores no âmbito deprojetos desenvolvidos em parceria com organismosinternacionais, de dispositivo estabelecendo metas percentuaisde participação de afrodescendentes, mulheres e pessoasportadoras de deficiência.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Art. 3° - Fica constituído o Comitê de Avaliação e Acompanhamentodo Programa Nacional de Ações Afirmativas, com a finalidade de:

I - propor a adoção de medidas administrativas e de gestãoestratégica destinadas a implementar o Programa;

II - apoiar e incentivar ações com vistas à execução do Programa;

III - propor diretrizes e procedimentos administrativos com vistasa garantir a adequada implementação do Programa, suaincorporação aos regimentos internos dos órgãos integrantesda estrutura organizacional da Administração Pública Federal ea conseqüente realização das metas estabelecidas no inciso Ido art. 2°;

IV - articular, com parceiros do Governo Federal, a formulaçãode propostas que promovam a implementação de políticas deação afirmativa;

V - estimular o desenvolvimento de ações de capacitação comfoco nas medidas de promoção da igualdade de oportunidadese de acesso à cidadania;

VI - promover a sensibilização dos servidores públicos para anecessidade de proteger os direitos humanos e eliminar asdesigualdades de gênero, raça e as que se vinculam às pessoasportadoras de deficiência;

VII - articular ações e parcerias com empreendedores sociais erepresentantes dos movimentos de afrodescendentes, demulheres e de pessoas portadoras de deficiência;

VIII - sistematizar e avaliar os resultados alcançados pelo Programae disponibilizá-los por intermédio dos meios de comunicação; e

IX - promover, no âmbito interno, os instrumentos internacionaisde que o Brasil seja parte sobre o combate à discriminação e apromoção da igualdade.

Parágrafo único - O Comitê de Avaliação e Acompanhamentodo Programa Nacional de Ações Afirmativas apresentará, noprazo de sessenta dias, propostas de ações e metas a seremimplementadas pelos órgãos da Administração Pública Federal.

Art. 4° - O Comitê de Avaliação e Acompanhamento do ProgramaNacional de Ações Afirmativas tem a seguinte composição:

I - Secretário de Estado dos Direitos Humanos, que o presidirá;

II - Presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada -IPEA, que substituirá o presidente em suas faltas e impedimentos;III - um representante da Presidência da República;IV - um representante do Ministério das Relações Exteriores;V - um representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário;VI - um representante do Ministério da Ciência e Tecnologia;VII - um representante do Ministério do Planejamento,Orçamento e Gestão;VIII - um representante do Ministério do Trabalho e Emprego;IX - um representante do Ministério da Cultura;X - um representante do Conselho Nacional dos Direitos daMulher - CNDA;XI - um representante do Conselho Nacional dos Direitos daPessoa Portadora de Deficiência - CONADE;XII - um representante do Conselho Nacional de Combate àDiscriminação - CNCD; eXIII - um representante do Grupo de Trabalho Interministerial eValorização da População Negra.§ 1° - O Presidente do Comitê de Avaliação e Acompanhamentodo Programa Nacional de Ações Afirmativas poderá convidarpara participar das reuniões um membro do Ministério Públicodo Trabalho.§ 2° - Os membros de que tratam os incisos III a XIII serãoindicados pelos titulares dos órgãos representados e designadospelo Ministro de Estado da Justiça.

Art. 5° - Os trabalhos de Secretaria-Executiva do Comitê deAvaliação e Acompanhamento de Ações Afirmativas serãoprestados pelo IPEA.

Art. 6° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 13 de maio de 2002; 181° da Independência e 114° daRepública.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Constituição, especialmente os inscritos em seu art. 5°.

Art. 3° - A execução das ações constantes do PNDH será detalhadaem Planos de Ação anuais, na forma do Plano de Ação 2002, queconsta do Anexo II deste Decreto.

Art. 4° - O acompanhamento da implementação do PNDH será deresponsabilidade da Secretaria de Estado dos Direitos Humanosdo Ministério da Justiça, com a participação e o apoio dos órgãosda Administração Pública Federal.

Parágrafo único - Cada órgão envolvido na implementação doPNDH designará um interlocutor responsável pelas ações einformações relativas à implementação e avaliação dos Planosde Ação anuais.

Art. 5° - O Secretário de Estado dos Direitos Humanos expedirá osatos necessários à execução do PNDH.

Art. 6° - As despesas decorrentes do cumprimento do PNDHcorrerão à conta de dotações orçamentárias dos respectivos órgãosparticipantes.

Art. 7° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 8° - Fica revogado o Decreto no 1.904, de 13 de maio de 1996.

Brasília, 13 de maio de 2002; 181° da Independência e 114° daRepública.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

Decreto n° 4.229, de 13 de maio de 2002

Dispõe sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH,instituído pelo Decreto no 1.904, de 13 de maio de 1996, e dá outrasprovidências.

O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere oart. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,

DECRETA:

Art. 1° - O Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH,instituído pelo Decreto no 1.904, de 13 de maio de 1996, contémpropostas de ações governamentais para a defesa e promoçãodos direitos humanos, na forma do Anexo I deste Decreto.

Art. 2° - O PNDH tem como objetivos:

I - a promoção da concepção de direitos humanos como umconjunto de direitos universais, indivisíveis e interdependentes,que compreendem direitos civis, políticos, sociais, culturais eeconômicos;

II - a identificação dos principais obstáculos à promoção e defesados diretos humanos no País e a proposição de açõesgovernamentais e não-governamentais voltadas para a promoçãoe defesa desses direitos;

III - a difusão do conceito de direitos humanos como elementonecessário e indispensável para a formulação, execução eavaliação de políticas públicas;

IV - a implementação de atos, declarações e tratadosinternacionais dos quais o Brasil é parte;

V - a redução de condutas e atos de violência, intolerância ediscriminação, com reflexos na diminuição das desigualdadessociais; e

VI - a observância dos direitos e deveres previstos na

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

ANEXO I

PROPOSTAS DE AÇÕES GOVERNAMENTAIS

..........................................

Pessoas portadoras de deficiência

265 - Apoiar as atividades do Conselho Nacional dos Direitosda Pessoa Portadora de Deficiência - CONADE, bem comodos conselhos estaduais e municipais.

266 - Instituir medidas que propiciem a remoção de barreirasarquitetônicas, ambientais, de transporte e de comunicação paragarantir o acesso da pessoa portadora de deficiência aosserviços e áreas públicas e aos edifícios comerciais.

267 - Regulamentar a Lei n° 10.048/2000 de modo a assegurara adoção de critérios de acessibilidade na produção de veículosdestinados ao transporte coletivo.

268 - Observar os requisitos de acessibilidade nas concessões,delegações e permissões de serviços públicos.

269 - Formular plano nacional de ações integradas na área dadeficiência, objetivando a definição de estratégias de integraçãodas ações governamentais e não-governamentais, com vistasao cumprimento do Decreto n° 3298/99.

270 - Adotar medidas que possibilitem o acesso das pessoasportadoras de deficiência às informações veiculadas em todosos meios de comunicação.

271 - Estender a estados e municípios o Sistema Nacional deInformações sobre Deficiência - SICORDE.

272 - Apoiar programas de tratamentos alternativos à internaçãode pessoas portadoras de deficiência mental e portadoresde condutas típicas - autismo.

273 - Apoiar programas de educação profissional para pessoasportadoras de deficiência.

274 - Apoiar o treinamento de policiais para lidar com portadoresde deficiência mental, auditiva e condutas típicas - autismo.

275 - Adotar medidas legais e práticas para garantir o direitodos portadores de deficiência ao reingresso no mercado detrabalho, mediante adequada reabilitação profissional.

276 - Ampliar a participação de representantes dos portadoresde deficiência na discussão de planos diretores das cidades.

277 - Desenvolver ações que assegurem a inclusão do quesitoacessibilidade, de acordo com as especificações da AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas - ABNT, nos projetos de moradiafinanciados por programas habitacionais.

278 - Adotar políticas e programas para garantir o acesso e alocomoção das pessoas portadoras de deficiência, segundoas normas da ABNT.

279 - Garantir a qualidade dos produtos para portadores dedeficiência adquiridos e distribuídos pelo Poder Público -órteses e próteses.

280 - Apoiar a inclusão de referências à acessibilidade parapessoas portadoras de deficiência nas campanhaspromovidas pelo Governo Federal e pelos governos estaduais emunicipais.

281 - Promover a capacitação de agentes públicos, profissionaisde saúde, lideranças comunitárias e membros de conselhossobre questões relativas às pessoas portadoras dedeficiência.

..........................................

..........................................

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto n° 4.544, de 26 de dezembro de 2002

Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação eadministração do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

O Presidente da República, no uso das atribuições que lhe confereo art. 84, inciso IV, da Constituição,

DECRETA:

Art. 1° - O Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI serácobrado, fiscalizado, arrecadado e administrado em conformidadecom o disposto neste Decreto.

TÍTULO IDa Incidência

CAPÍTULO IDinsposição Preliminar

Art. 2° - O imposto incide sobre produtos industrializados, nacionaise estrangeiros, obedecidas as especificações constantes da Tabelade Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI(Lei n° 4.502, de 30 de novembro de 1964, art. 1°, e Decreto-lei n°34, de 18 de novembro de 1966, art. 1°).

Parágrafo único - O campo de incidência do imposto abrangetodos os produtos com alíquota, ainda que zero, relacionadosna TIPI, observadas as disposições contidas nas respectivasnotas complementares, excluídos aqueles a que corresponde anotação “NT” (não-tributado) (Lei n° 10.451,de 10 de maio de2002, art. 6°).

..........................................

Seção IIIDas Isenções por Prazo Determinado

Táxis e Veículos para Deficientes Físicos

Art. 52 - São isentos do imposto, até 31 de dezembro de 2003, osautomóveis de passageiros de fabricação nacional de até cento evinte e sete HP de potência bruta (SAE), de no mínimo quatroportas, inclusive a de acesso ao bagageiro, movidos a combustíveisde origem renovável, quando adquiridos por (Lei n° 8.989, de 24 defevereiro de 1995, art. 1°, Lei n° 9.317, de 5 de dezembro de 1996,art. 29, e Lei n° 10.182, de 12 de fevereiro de 2001, arts. 1° e 2°).

I - motoristas profissionais que exerçam, comprovadamente,em veículo de sua propriedade, a atividade de condutor autônomode passageiros, na condição de titular de autorização, permissãoou concessão do Poder Público e que destinam o automóvel àutilização na categoria de aluguel (táxi);

II - motoristas profissionais autônomos titulares de autorização,permissão ou concessão para exploração do serviço detransporte individual de passageiros (táxi), impedidos decontinuar exercendo essa atividade em virtude de destruiçãocompleta, furto ou roubo do veículo, desde que destinem o veículoadquirido à utilização na categoria de aluguel (táxi);

III - cooperativas de trabalho que sejam permissionárias ouconcessionárias de transporte público de passageiros, nacategoria de aluguel (táxi), desde que tais veículos se destinemà utilização nessa atividade; e

IV - pessoas que, em razão de serem portadoras de deficiênciafísica, não possam dirigir automóveis comuns.

Art. 53 - A exigência para aquisição de automóvel de quatro portas,de até cento e vinte e sete HP de potência bruta (SAE) e movidos acombustíveis de origem renovável não se aplica aos deficientesfísicos de que trata o inciso IV do art. 52 (Lei n° 8.989, de 1995, art.1°, parágrafo único, e Lei n° 10.182, de 2001, art. 1°, § 2° e art. 2°).

Art. 54 - A isenção de que trata o art. 53 será reconhecida pela

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

SRF, mediante prévia verificação de que o adquirente preenche osrequisitos e condições previstos na Lei n° 8.989, de 1995, com asalterações das Leis n° 9.317, de 1996 e n° 10.182, de 2001 (Lei n°8.989, de 1995, art. 3°, Lei n° 9.317, de 1996, art. 29, e Lei n°10.182, de 2001, art. 1° ).Art. 55 - O imposto incidirá normalmente sobre quaisqueracessórios opcionais que não sejam equipamentos originais doveículo adquirido (Lei n° 8.989, de 1995, art. 5°).

..........................................

Brasília, 26 de dezembro de 2002; 181º da Independência e 114ºda República.

Fernando Henrique Cardoso. Presidente da República.

Decreto n° 5.085, de 19 de maio de 2004

Define as ações continuadas de assistência social.O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere oart. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto noart. 6o da Medida Provisória no 2.187, de 24 de agosto de 2001,

DECRETA:

Art. 1° - São consideradas ações continuadas de assistência socialaquelas financiadas pelo Fundo Nacional de Assistência Socialque visem ao atendimento periódico e sucessivo à família, à criança,ao adolescente, à pessoa idosa e à portadora de deficiência,bem como as relacionadas com os programas de Erradicação doTrabalho Infantil, da Juventude e de Combate à Violência contraCrianças e Adolescentes.

Art. 2° - Fica revogado o Decreto n° 3.409, de 10 de abril de 2000.

Art. 3° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 19 de maio de 2004; 183° da Independência e 116° daRepública.

Luiz Inácio Lula da Silva. Presidente da República.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto de 14 de julho de 2005

Convoca a 1a Conferência Nacional dos Direitos da Pessoacom Deficiência e dá outras providências.

O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo dePRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lheconfere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,

DECRETA:

Art. 1° - Fica convocada a 1a Conferência Nacional dos Direitosda Pessoa com Deficiência, a ser realizada em Brasília, DistritoFederal, no período de 19 a 23 de março de 2006, sob a coordenaçãoda Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência daRepública.

Art. 2° - A 1a Conferência Nacional dos Direitos da Pessoacom Deficiência será precedida de conferências estaduais emunicipais, de acordo com calendário estabelecido pela SecretariaEspecial dos Direitos Humanos.

Art. 3° - A Conferência desenvolverá seus trabalhos sob a inspiraçãodo tema: “Acessibilidade - Você também tem compromisso”.

Art. 4° - A Conferência será presidida pelo Secretário Especial dosDireitos Humanos, e, na sua ausência ou impedimento legal, peloPresidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoaportadora de deficiência - CONADE.

Art. 5° - O Secretário Especial dos Direitos Humanos fará publicar,mediante portaria, o regimento interno da 1a Conferência Nacionaldos Direitos da Pessoa com Deficiência, a ser elaborado eaprovado pelo CONADE.

Art. 6° - As despesas com a 1a Conferência Nacional dos Direitos

da Pessoa com Deficiência correrão por conta de recursos daSecretaria Especial dos Direitos Humanos.

Art. 7° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 14 de julho de 2005; 184° da Independência e 117° daRepública.

JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

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SUMÁRIOLEGISLAÇÃO ESTADUAL

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Artigos: 97, I; 115, IX; 219; 223, II, g e IX; 234; 239,§ 2º; 245, parágrafo único; 250, § 2º; 258; 266, V;267; 277, parágrafo único e II; 278, II, IV e VI; 279,I, II e parágrafo único; 280; 281; ADCT artigos 55, 56e parágrafo único......................................................................193

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Lei Complementar nº 666, de 26 de novembro de 1991.Autoriza o Poder Executivo a conceder isenção detarifas de transporte às pessoas portadoras dedefciência e dá outras providências............................................198

Decreto nº 34.753, de 1º de abril de 1992.Regulamenta a Lei Complementar nº 666, de 26 denovembro de 1991, que concede isenção de pagamentode tarifas de transporte coletivo urbano e dáprovidências correlatas..............................................................200

Lei Complementar nº 683, de 18 de setembro de 1992.Dispõe sobre reserva, nos concursos públicos, depercentual de cargos e empregos para portadores dedeficiência e dá providências correlatas......................................201

Lei Complementar nº 791, de 9 de março de 1995.Estabelece o Código de Saúde no Estado..................................203

Lei nº 2.795, de 15 de abril de 1981.Institui o “Dia do Deficiente Físico”.............................................205

Lei nº 3.710, de 4 de janeiro de 1983.Estabelece condições para acesso aos edifíciospúblicos pelos deficientes físicos...............................................205

Decreto nº 33.824, de 21 de setembro de 1991.Dispõe sobre adequação de próprios estaduais àutilização de portadores de deficiências, e dáoutras providências...................................................................206

Lei nº 5.869, de 28 de outubro de 1987.Obriga as empresas permissionárias, queespecifica, a permitir a entrada de deficientesfísicos pela porta dianteira dos coletivos.....................................207

Lei nº 6.374, de 1º de março de 1989.Dispõe sobre a instituição do Imposto sobreOperações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de TransporteInterestadual e Intermunicipal e deComunicações (ICMS).- Artigo 5º, § 4º, 1.....................................................................208

Decreto nº 45.490, de 30 de novembro de 2000.Aprova o Regulamento do Imposto sobre OperaçõesRelativas à Circulação de Mercadorias e sobrePrestações de Serviços de Transporte Interestaduale Intermunicipal e de Comunicação (RICMS)...............................209

Lei nº 6.606, de 20 de dezembro de 1989.Dispõe a respeito do Imposto sobre a Propriedadede Veículos Automotores.- Artigo 9º, VIII..........................................................................214

Lei nº 7.466, de 1º de agosto de 1991.Dispõe sobre atendimento prioritário a idosos,portadores de deficiência e gestantes.........................................215

Lei nº 7.859, de 25 de maio de 1992.Dispõe sobre a inserção de campo destinado aoregistro de familiar portador de deficiênciafísica, nas fichas de inscrição para aquisiçãode casa própria.........................................................................216

Lei nº 7.944, de 8 de julho de 1992.Institui a semana de Prevenção das Deficiênciase dá outras providências............................................................216

Lei nº 8.894, de 16 de setembro de 1994.Dispõe sobre o financiamento de equipamentos

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corretivos a portadores de deficiência.........................................217

Lei nº 9.086, de 3 de março de 1995.Determina aos órgãos da Administração Direta eIndireta a adequação de seus projetos, edificações,instalações e mobiliário ao uso de pessoas portadorasde defciências..........................................................................218

Lei nº 9.165, de 18 de maio de 1995.Dispõe sobre a concessão de pensões aos portadoresde hanseníase..........................................................................219

Lei nº 9.167, de 18 de maio de 1995.Cria o Programa Estadual de Educação Especial........................220

Lei nº 9.486, de 4 de março de 1997.Institui o Dia Estadual de Luta das PessoasPortadoras de Defciência...........................................................222

Lei nº 9.880, de 10 de dezembro de 1997.Institui o Dia Estadual de Combate à Hanseníase........................222

Lei nº 9.919, de 16 de março de 1998.Dispõe sobre o aproveitamento, pelas empresas sobcontrole acionário do Estado, de empregadosportadores de deficiência...........................................................223

Lei nº 9.938, de 17 de abril de 1998.Dispõe sobre os direitos da pessoa portadora dedeficiência................................................................................224

Lei nº 10.083, de 23 de setembro de 1998.Dispõe sobre o Código Sanitário do Estado.- Artigo 31, VII..........................................................................226

Lei nº 10.099, de 26 de novembro de 1998.Cria o programa de lazer e esporte para os portadoresde deficiência física, sensorial ou mental....................................226

Lei nº 10.294, de 20 de abril de 1999.Dispõe sobre proteção e defesa do usuário do serviçopúblico do Estado de São Paulo e dá outras providências.- Artigo 7º, II.............................................................................227

Lei nº 10.313, de 20 de maio de 1999.Veda qualquer forma de discriminação no acesso aos

elevadores de todos os edifícios públicos ou particulares,comerciais, industriais e residenciais multifamiliaresexistentes no Estado de São Paulo............................................228

Lei nº 10.321, de 8 de junho de 1999.Cria o “Programa Emergencial de Auxílio-Desemprego”e dá providências correlatas.- Artigo 1º, § 2º, 2.....................................................................229

Lei nº 10.383, de 29 de setembro de 1999.Institui o “Dia do Deficiente Auditivo”...........................................230

Lei nº 10.385, de 22 de outubro de 1999.Dispõe sobre autorização especial às linhasintermunicipais de transporte coletivo no Estado deSão Paulo................................................................................231

Lei nº 10.464, de 20 de dezembro de 1999.Determina à autoridade policial e aos órgãos desegurança pública a busca imediata de pessoadesaparecida menor de 16 (dezesseis) anos oupessoa de qualquer idade portadora de deficiênciafísica, mental ou sensorial.........................................................232

Lei nº 10.498, de 5 de janeiro de 2000.Dispõe sobre a obrigatoriedade de notificaçãocompulsória de maus-tratos em crianças e adolescentes................232

Lei nº 10.778, de 9 de março de 2001.Institui o “Dia do Policial Militar Portador de deficiência”...............234

Lei nº 10.779, de 9 de março de 2001.Obriga os “shopping centers” e estabelecimentossimilares, em todo o Estado, a fornecer cadeirasde rodas para pessoas portadoras de defciência epara idosos..............................................................................235

Lei nº 10.784, de 16 de abril de 2001.Dispõe sobre o ingresso e permanência de cães-guiaem locais públicos e privados....................................................236

Lei nº 10.838, de 4 de julho de 2001.Institui o “Dia das Associações de Pais e Amigos dosExcepcionais - APAEs”.............................................................237

Lei nº 10.844, de 5 de julho de 2001.Dispõe sobre a comercialização pelo Estado de imóveis

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populares, reservando percentagem para portadores dedeficiência ou famílias de portadores de deficiência......................237

Lei nº 10.938, de 19 de outubro de 2001.Dispõe sobre a Política Estadual de Medicamentos edá outras providências...............................................................238

Lei nº 10.958, de 27 de novembro de 2001.Torna oficial a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS edá outras providências...............................................................242

Lei nº 11.263, de 12 de novembro de 2002.Estabelece normas e critérios para a acessibilidade daspessoas portadoras de defciência ou com mobilidadereduzida, e dá outras providências..............................................243

Lei nº 11.369, de 28 de março de 2003.Veda qualquer forma de discriminação racial, ao idoso,à pessoa portadora de necessidades especiais, àmulher e dá outras providências.................................................248

Lei nº 11.676, de 13 de janeiro de 2004.Institui o “Dia Estadual de Combate às Barreiras àsPessoas Portadoras de Defciência”............................................249

Lei nº 12.059, de 26 de setembro de 2005.Institui a “Semana de Conscientização sobre aSíndrome de Downpara profissionais das Áreasda Educação e Saúde”..............................................................249

Lei nº 12.060, de 26 de setembro de 2005.Dispõe sobre a substituição por ações de saúde mentaldo procedimento de internação hospitalar psiquiátricano Sistema Único de Saúde do Estado.......................................250

Lei n° 12.085, de 05 de outubro de 2005Autoriza a criação do Centro de Criação eEncaminhamento para Pessoas com NecessidadesEspeciais e Famílias e dá providências correlatas.......................252

Lei n° 12.107, de 11 de outubro de 2005.Obriga o fornecimento gratuito de veículos motorizadospara facilitar a locomoção de portadores de deficiência

física e idosos..........................................................................253

Lei nº 12.295, de 7 de março de 2006Dispõe sobre a impressão na linguagem Braille dos livros,apostilas e outros materiais pedagógicos....................................254

Decreto nº 24.714, de 6 de julho de 1955.Dispõe sobre a organização do ensino e adaptaçãosocial do cego..........................................................................255

Decreto nº 31.187, de 08 de março de 1958.Dispõe sobre criação do “Museu Industrial para Cegos”................256

Decreto nº 47.186, de 21 de novembro de 1966.Institui o Serviço de Educação Especial noDepartamento de Educação e dá outras providências...................257

Decreto nº 10.040, de 25 de julho de 1977.Dispõe sobre a terminologia oficial relativa àHanseníase e dá providências correlatas.....................................259

Decreto nº 20.660, de 2 de março de 1983.Dispõe sobre exames médicos pré-admissionais, noserviço público, de portadores de deficiências físicas esensoriais, nomeados em virtude de aprovação em concurso.................260

Decreto nº 23.250, de 1º de fevereiro de1985.Determina atendimento preferencial a idosos, deficientesfísicos e gestantes, por parte dos órgãos estaduais queprestam atendimento direto ao público........................................261

Decreto nº 25.087, de 28 de abril de 1986.Dispõe sobre medida para assegurar às pessoasdeficientes condições adequadas de participação nosconcursos públicos e processos seletivos...................................262

Decreto nº 33.823, de 21 de setembro de1991.Institui o Programa Estadual de Atenção à PessoaPortadora de Deficiência............................................................262

Decreto nº 38.641, de 17 de maio de 1994.Institui o Programa de Atendimento ao Deficiente Visualem idade escolar......................................................................264

Decreto nº 39.847, de 28 de dezembro de1994.Dispõe sobre atribuição de competências para o

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atendimento aos pacientes psiquiátricos e aosportadores de deficiências.........................................................265

Decreto nº 40.495, de 29 de novembro de 1995.Altera a denominação do Conselho Estadual paraAssuntos da Pessoa Deficiente, dispõe sobre suaorganização e dá providências correlatas....................................266

Decreto nº 41.979, de 18 de julho de 1997.Reorganiza o Centro de Desenvolvimento do Portadorde Deficiência Mental - CEDEME, da Secretaria daSaúde e dá providências correlatas............................................268

Decreto nº 46.804, de 6 de junho de 2002.Autoriza a Secretaria Estadual de Assistência eDesenvolvimento Social a, representando o Estado,celebrar convênios com municípios do Estado de SãoPaulo, visando à transferência de recursos financeirospara os fins que especifica........................................................274

Decreto nº 48.060, de 1º de setembro de 2003.Autoriza a Secretaria da Educação a, representando oEstado, celebrar convênios com instituições sem finslucrativos, com atuação em educação especial, parapromover o atendimento de educandos portadores denecessidades especiais e dá providências correlatas...................278

Decreto nº 49.709, de 23 de junho de 2005.Introduz alterações no Regulamento do Imposto sobreCirculação de Mercadorias e Prestações de Serviços- RICMS, aprova protocolos e dá outras providências...................285

Decreto nº 50.572, de 1 de março de 2006.Regulamenta a Lei nº 12.085, de 5 de outubro de 2005,cria o Centro de Orientação e Encaminhamento paraPessoas com Necessidades Especiais e respectivasFamílias e dá providências correlatas.........................................288

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

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CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Artigos: 97, I; 115, IX; 219; 223, II, g e IX; 234; 239, § 2º; 245, parágrafo único; 250, § 2º; 258;266, V; 267; 277, parágrafo único e II; 278, II, IV e VI; 279, I, II e parágrafo único; 280; 281;ADCT artigos 55, 56 e parágrafo único.

............................

TÍTULO IIDa Organização dos Poderes

............................

CAPÍTULO VDas Funções Essenciais à Justiça

............................

Artigo 97 - Incumbe ao Ministério Público, além de outras funções:

............................

I - exercer a fiscalização dos estabelecimentos prisionais e dos que abriguem idosos,menores, incapazes ou portadores de deficiências, sem prejuízo da correição judicial;

............................

Natação - Associação de Assistênciaà Criança Deficiente - AACD

Foto cedida pela AACD

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

CAPÍTULO IDa Administração Pública

SEÇÃO IDisposições Gerais

............................

Artigo 115 - Para a organização da administração pública direta eindireta, inclusive as fundações instituídas ou mantidas por qualquerdos Poderes do Estado, é obrigatório o cumprimento das seguintesnormas:

............................

IX - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicospara os portadores de deficiências, garantindo as adaptaçõesnecessárias para a sua participação nos concursos públicos edefinirá os critérios de sua admissão;

TÍTULO VIIDa Ordem Social

............................

CAPÍTULO IIDa Seguridade Social

............................

SEÇÃO IIDa Saúde

Artigo 219 - A saúde é direito de todos e dever do Estado.

............................

Artigo 223 - Compete ao sistema único de saúde, nos termos dalei, além de outras atribuições:

............................

II - a identificação e o controle dos fatores determinantes econdicionantes da saúde individual e coletiva, mediante,especialmente, ações referentes à:

............................

g) saúde dos portadores de deficiências;

............................

IX - a implantação de atendimento integral aos portadores dedeficiências, de caráter regionalizado, descentralizado ehierarquizado em níveis de complexidade crescente, abrangendodesde a atenção primária, secundária e terciária de saúde, atéo fornecimento de todos os equipamentos necessários à suaintegração social;

............................

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195

SEÇÃO IIIDa Promoção Social

............................

Artigo 234 - O Estado subvencionará os programas desenvolvidos pelas entidades assistenciaisfilantrópicas e sem fins lucrativos, com especial atenção às que se dediquem à assistênciaaos portadores de deficiências, conforme critérios definidos em lei, desde que cumpridasas exigências de fins dos serviços de assistência social a serem prestados.

............................

CAPÍTULO IIIDa Educação, da Cultura e dos Esportes e Lazer

SEÇÃO IDa Educação

............................

Artigo 239 - O Poder Público, organizará o Sistema Estadual de Ensino, abrangendo todosos níveis e modalidades, incluindo a especial, estabelecendo normas gerais de funcionamentopara as escolas públicas estaduais e municipais, bem como para as particulares.

............................

§ 2º - O Poder Público oferecerá atendimento especializado aos portadores dedeficiências, preferencialmente na rede regular de ensino.

............................

Foto cedida pela ABDC

Paraolimpíadas Atenas 2004

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Artigo 245 - Nos três níveis de ensino, será estimulada a práticade esportes individuais e coletivos, como complemento à formaçãointegral do indivíduo.

Parágrafo único - A prática referida no caput, sempre quepossível, será levada em conta em face das necessidades dosportadores de deficiências.

............................

Artigo 250 - O Poder Público responsabilizar-se-á pela manutençãoe expansão do ensino médio, público e gratuito, inclusive para osjovens e adultos que, na idade própria, a ele não tiveram acesso,tomando providências para universalizá-lo.

............................

§ 2º - Além de outras modalidades que a lei vier a estabelecerno ensino médio, fica assegurada a especificidade do curso deformação do magistério para a pré-escola e das quatro primeirasséries do ensino fundamental, inclusive com formação dedocentes para atuarem na educação de portadores dedeficiências.

............................

Artigo 258 - O Poder Público poderá, mediante convênio, destinarparcela dos recursos de que trata o artigo 255 a instituiçõesfilantrópicas, definidas em lei, para a manutenção e odesenvolvimento de atendimento educacional, especializado egratuito a educandos portadores de necessidades especiais.(NR)

- Artigo 258 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 13

de 4/12/2001.

............................

SEÇÃO IIIDos Esportes e Lazer

............................

Artigo 266 - As ações do Poder Público e a destinação de recursosorçamentários para o setor darão prioridade:

............................

V - à adequação dos locais já existentes e previsão de medidasnecessárias quando da construção de novos espaços, tendoem vista a prática de esportes e atividades de lazer por partedos portadores de deficiências, idosos e gestantes, demaneira integrada aos demais cidadãos.

............................

Artigo 267 - O Poder Público incrementará a prática esportiva àscrianças, aos idosos e aos portadores de deficiências.

CAPÍTULO VIIDa Proteção Especial

SEÇÃO I

Da Família, da Criança, do Adolescente, do Idoso e dos Portadoresde deficiências.

Artigo 277 - Cabe ao Poder Público, bem como à família, assegurarà criança, ao adolescente, ao idoso e aos portadores dedeficiências, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, àalimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura,

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar ecomunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma denegligência, discriminação, exploração, violência, crueldade eagressão.

Parágrafo único - O direito à proteção especial, conforme alei, abrangerá, entre outros, os seguintes aspectos:

............................

2 - obrigação de empresas e instituições, que recebam do Estadorecursos financeiros para a realização de programas, projetos eatividades culturais, educacionais, de lazer e outros afins, depreverem o acesso e a participação de portadores dedeficiências.

Artigo 278 - O Poder Público promoverá programas especiais,admitindo a participação de entidades não governamentais e tendocomo propósito:

............................

II - concessão de incentivo às empresas para adequação deseus equipamentos, instalações e rotinas de trabalho aosportadores de deficiências.

............................

IV - integração social de portadores de deficiências, mediantetreinamento para o trabalho, convivência e facilitação do acessoaos bens e serviços coletivos.

............................

VI - instalação e manutenção de núcleos de atendimentoespecial e casas destinadas ao acolhimento provisório decrianças, adolescentes, idosos, portadores de deficiênciase vítimas de violência, incluindo a criação de serviços jurídicos

de apoio às vítimas, integrados a atendimento psicológico esocial;

............................

Artigo 279 - Os Poderes Públicos estadual e municipal assegurarãocondições de prevenção de deficiências, com prioridade para aassistência pré-natal e à infância, bem como integração social deportadores de deficiências, mediante treinamento para o trabalhoe para a convivência, mediante:

I - criação de centros profissionalizantes para treinamento,habilitação e reabilitação profissional de portadores dedeficiências, oferecendo os meios adequados para esse fimaos que não tenham condições de freqüentar a rede regular deensino;

II - implantação de sistema “Braille” em estabelecimentos darede oficial de ensino, em cidade pólo regional, de forma a atenderàs necessidades educacionais e sociais dos portadores dedeficiências.

Parágrafo único - As empresas que adaptarem seusequipamentos para o trabalho de portadores de deficiênciaspoderão receber incentivos, na forma da lei.

Artigo 280 - É assegurado na forma da lei, aos portadoresdeficiências e aos idosos, acesso adequado aos logradouros eedifícios de uso público, bem como aos veículos de transportecoletivo urbano.

Artigo 281 - O Estado propiciará, por meio de financiamentos, aosportadores de deficiências, a aquisição dos equipamentos quese destinam a uso pessoal e que permitam a correção, diminuiçãoe superação de suas limitações, segundo condições a seremestabelecidas em lei.

............................

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAISTRANSITÓRIAS

............................

Artigo 55 - A lei disporá sobre a adaptação dos logradourospúblicos, dos edifícios de uso público e dos veículos de transportecoletivo, a fim de garantir acesso adequado aos portadores dedeficiências.

Artigo 56 - No prazo de cinco anos, a contar da promulgaçãodesta Constituição, os sistemas de ensino municipal e estadualtomarão todas as providências necessárias à efetivação dosdispositivos nela previstos, relativos à formação e reabilitação dosportadores de deficiências, em especial e quanto aos recursosfinanceiros, humanos, técnicos e materiais.

Parágrafo único - Os sistemas mencionados neste artigo, nomesmo prazo, igualmente, garantirão recursos financeiros,humanos, técnicos e materiais, destinados a campanhaseducativas de prevenção de deficiências.

............................

............................

Lei Complementar nº 666, de 26 de novembro de 1991

(Projeto de Lei Complementar nº 20/1990, do Poder Executivo)

Autoriza o Poder Executivo a conceder isenção de tarifas detransporte às pessoas portadoras de deficiência e dá outrasprovidências.

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei complementar:

Artigo 1º - Ficam isentos do pagamento de tarifas nosserviços de transporte coletivo urbano de responsabilidade doEstado:

I - as pessoas portadoras de deficiência cuja gravidadecomprometa sua capacidade de trabalho, bem como o menorde 14 (quatorze) anos, portador de deficiência que igualmentejustifique o benefício;

II - os maiores de 65 (sessenta e cinco) anos.

Parágrafo único - A isenção de que trata este artigo poderáser estendida a um acompanhante do deficiente, devidamenteregistrado junto à entidade ou órgão prestador do serviço,atendidas as condições fixadas em regulamento.

Artigo 2º - O Poder Executivo, mediante decreto, poderá em caráterexcepcional, conceder a isenção de que trata o artigo anterior, porprazo determinado, em favor de segmentos da populaçãoespecialmente atingidos por situações de calamidade pública oude grave crise social ou econômica.

Artigo 3º - O Poder Executivo expedirá instruções aosrepresentantes da Fazenda do Estado nas empresas referidas noartigo 2º; inciso II, do Decreto-lei Complementar nº 7, de 6 denovembro de 1969, para concretização das providências

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administrativas e operacionais necessárias à efetivação das isenções de que trata esta leicomplementar.

Artigo 4º - Esta lei complementar entrará em vigor na data de sua publicação, devendoser regulamentada no prazo de 60 (sessenta) dias.

Palácio dos Bandeirantes, 26 de novembro de 1991.

Luiz Antonio Fleury Filho. Governador.

Foto Roberto Navarro

Menino desenhando - Associação Brasileirade Distrofia Muscular - ABDIM

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Decreto nº 34.753, de 1º de abril 1992

Regulamenta a Lei Complementar nº 666, de 26 de novembro de1991, que concede isenção de pagamento de tarifas de transportecoletivo urbano e dá providências correlatas

Luiz Antonio Fleury Filho, Governador do Estado de São Paulo, nouso de suas atribuições legais,

Decreta:

Artigo 1º - A isenção de pagamento de tarifas nos serviços detransporte coletivo urbano de responsabilidade do Estado, de quetrata a Lei Complementar nº 666, de 26 de novembro de 1991, ficaregulamentada nos termos deste decreto.

Artigo 2º - A concessão de isenção às pessoas portadoras dedeficiência dependerá de avaliação por equipe multiprofissional,realizada em unidade médica da Secretaria da Saúde.

§ 1º - A avaliação de que trata o caput deverá levar em conta ocomprometimento da capacidade de trabalho, em decorrênciada gravidade da deficiência de que é portadora, considerando oimpedimento ou a dificuldade no exercício de suas funçõesorgânicas, bem como as limitações na execução de atividadesde forma autônoma e independente.

Artigo 3º - Realizada a avaliação, deverá ser entregue à pessoaportadora de deficiência laudo, do qual deverá constar:

I - dados de identificação;

II - informações sobre a gravidade da deficiência da qual éportadora;

III - manifestação conclusiva sobre o comprometimento dacapacidade de trabalho;

IV - declaração sobre a necessidade de um acompanhante,em virtude das limitações de autonomia e independência;

V - condições de reavaliação.

Parágrafo único - No caso do menor de 14 (quatorze) anos deidade deverá constar do laudo o mencionado nos incisos I, II, IVe V deste artigo, exigindo-se nova avaliação quando completara aludida idade.

Artigo 4º - De posse do laudo, a pessoa portadora de deficiênciapoderá se cadastrar junto às empresas concessionárias oupermissionárias de transporte coletivo urbano de responsabilidadedo Estado, na forma a ser disciplinada por resolução do Titular daPasta que a empresa estiver vinculada.

Parágrafo único - O cadastramento do acompanhantesomente deverá ser efetuado quando do laudo de avaliaçãoconstar sua expressa necessidade.

Artigo 5º - O Secretário da Saúde, mediante resolução, definirá:

I - a composição da equipe multiprofissional, responsável pelaavaliação;

II - as unidades médicas da Pasta capacitadas a realizar aavaliação;

III - modelo do laudo a ser expedido.

Artigo 6º - Deverá ser dada ampla divulgação dos locais paraavaliação e cadastramento, bem como dos procedimentos exigidospara estes fins.

Artigo 7º - O uso indevido da isenção de que trata este decretoacarretará o cancelamento do cadastramento, sem prejuízo dassanções penais e civis cabíveis.

Artigo 8º - Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos será exigidaapenas a apresentação da carteira de identidade para fazer jus aobenefício.

Artigo 9º - Fica estabelecido o prazo de 60 (sessenta) dias para a

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

conclusão das medidas operacionais e administrativas que sefizerem necessárias à efetiva implantação da isenção de que tratadeste decreto.Artigo 10 - Ficam os Secretários dos Transportes Metropolitanose da Infra-Estrutura Viária autorizados a editar normascomplementares definindo os percursos e linhas de serviços detransporte coletivo urbano, abrangidos por este decreto, para aconsecução dos objetivos nele tratados.

Artigo 11 - A isenção, de que trata o artigo 2º da Lei Complementarnº 666, de 26 de novembro de 1991, dependerá de decreto específicoa ser editado quando das situações de calamidade pública ou degrave crise social ou econômica.

Artigo 12 - Os representantes da Fazenda do Estado nas empresaspor ela controladas deverão promover a necessária adaptação dosrespectivos Estatutos Sociais às disposições deste decreto, demodo a tornar efetiva a isenção nele referida.

Artigo 13 - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 1º de abril de 1992.

Luiz Antonio Fleury Filho. Governador.

Lei Complementar nº 683, de 18 de setembro de 1992

(Projeto de Lei Complementar nº 11/1992, do Poder Executivo)

Dispõe sobre reserva, nos concursos públicos, de percentual decargos em empregos para portadores de deficiência e dáprovidências correlatas.

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei complementar:

Artigo 1º - O provimento de cargos e empregos públicos, nos órgãose entidades da administração direta, indireta e fundacional,obedecido o princípio do concurso público de provas ou de provase títulos, far-se-á com reserva do percentual de até 5% (cinco porcento) para pessoas portadoras de deficiência.

§ 1º - Para gozar dos benefícios desta lei complementar, osportadores de deficiência deverão declarar, no ato de inscriçãoao concurso público, o grau de incapacidade que apresentam.

§ 2º - O órgão responsável pela realização do concurso públicogarantirá aos portadores de deficiência as condições especiaisnecessárias à sua participação nas provas.

.§ 3º - As frações decorrentes do cálculo do percentual de quetrata este artigo só serão arredondadas para o número inteirosubseqüente quando maiores ou iguais a 5 (cinco).

§ 4º - Mesmo que o percentual não atinja o decimal de 0,5(cinco décimos), quando o concurso indicar a existência decinco a dez vagas, uma delas deverá ser preenchidaobrigatoriamente por pessoa portadora de deficiência. (NR)

- § 4º acrescentado pelo artigo 2º da Lei Complementar nº 932,

de 8/11/2002.

Artigo 2º - Os portadores de deficiência participarão dos

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

concursos públicos em igualdade de condições com os demaiscandidatos, no que respeita ao conteúdo e à avaliação das provas.

§ 1º - Após o julgamento das provas, serão elaboradas duaslistas, uma geral, com a relação de todos os candidatosaprovados, e uma especial, com a relação dos portadores dedeficiências aprovados.

§ 2º - As vagas, reservadas nos termos do artigo 1º desta leicomplementar, ficarão liberadas se não tiver ocorrido inscrição,no concurso, ou aprovação de candidatos portadores dedeficiência.

§ 3º - Na hipótese prevista no parágrafo anterior, será elaboradasomente uma lista de classificação geral, prosseguindo oconcurso nos seus ulteriores termos.

§ 4º - O tempo para a realização de provas a que serãosubmetidos os deficientes deverá ser diferente daquele previstopara os candidatos considerados normais, levando-se em contao grau de dificuldade para a leitura e escrita em Braille, bemcomo o grau de dificuldade provocado por outras modalidadesde deficiência. (NR)

- § 4º acrescentado pelo artigo 3º da Lei Complementar nº 932, de 8/11/

2002.

Artigo 3º - No prazo de 5 (cinco) dias contados da publicação daslistas de classificação, os portadores de deficiência aprovadosdeverão submeter-se à perícia médica, para verificação dacompatibilidade de sua deficiência com o exercício das atribuiçõesdo cargo ou emprego.

§ 1º - A perícia será realizada no órgão médico oficial do Estado,por especialista na área de deficiência de cada candidato,devendo o laudo ser proferido no prazo de 5 (cinco) dias contadosdo respectivo exame.

§ 2º - Quando a perícia concluir pela inaptidão do candidato,constituir-se-á, no prazo de 5 (cinco) dias, junta médica paranova inspeção, da qual poderá participar profissional indicadopelo interessado.

§ 3º - A indicação de profissional pelo interessado deverá ser

feita no prazo de 5 (cinco) dias contados da ciência do laudoreferido no § 1º.

§ 4º - A junta médica deverá apresentar conclusão no prazo de5 (cinco) dias contados da realização do exame.

§ 5º - Não caberá qualquer recurso da decisão proferida pela juntamédica.

Artigo 4º - O concurso só poderá ser homologado depois darealização dos exames mencionados no artigo anterior, publicando-se as listas geral e especial, das quais serão excluídos osportadores de deficiência considerados inaptos na inspeçãomédica.

Artigo 5º - Os editais de concurso a serem publicados a partir davigência desta Lei Complementar conterão os elementosnecessários ao conhecimento do que nela se contém, sob penade nulidade.

Artigo 6º - Esta lei complementar e sua Disposição Transitóriaentrarão em vigor na data de sua publicação.

Disposição Transitória

Artigo Único - Esta lei complementar não se aplica aos concursoscujos editais tenham sido publicados anteriormente à sua vigência..

Palácio dos Bandeirantes, 18 de setembro de 1992.

Luiz Antonio Fleury Filho. Governador.

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Lei Complementar nº 791, de 9 de março de 1995

(Projeto de Lei Complementar nº 15/91, do Deputado Roberto Gouveia e outros)

Estabelece o Código de Saúde no Estado

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:

Disposição Preliminar

Artigo 1º - Este Código estabelece normas de ordem pública e interesse social para apromoção, defesa e recuperação da saúde, nos termos da Constituição da República e daConstituição do Estado, e dispõe sobre a organização, a regulamentação, a fiscalização e ocontrole das ações e dos serviços de saúde nas esferas estadual e municipal.

§ 1º - As ações e os serviços de saúde compreendem, isoladamente e no seu conjunto,as iniciativas do Poder Público que tenham por objetivo a promoção, defesa e recuperaçãoda saúde, individual ou coletiva, e serão desenvolvidos pelo Poder Público com o apoio ea vigilância da sociedade, a quem cabe também propor qualquer medida sanitária deinteresse coletivo.

§ 2º - Na organização e no funcionamento do Sistema Único de Saúde - SUS, o PoderPúblico atuará sob a orientação de que o desenvolvimento econômico é instrumento dodesenvolvimento social e do bem-estar coletivo, e que as metas econômicas devem serformuladas em função das metas sociais.

PARTE SEGUNDA

Da Estrutura e do Funcionamento do Sistema Único de Saúde

TÍTULO IDa Organização do Sistema Único de Saúde no Estado

..................................................

Artesanato - AssociaçãoBrasileira de Esclerose Múltipla - ABEM

Foto Marco A. Cardelino

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

CAPÍTULO IIDa Competência do Estado e do Município

..................................................

SEÇÃO IIDa Competência do Estado

.................................................

Artigo 17 - Compete, ainda, à direção estadual do SUS:

..................................................

II - realizar, em articulação com os Municípios e outros setoresda administração pública estadual:

a) medidas de proteção especial à criança, ao adolescente, aoidoso, ao portador de deficiência e à pessoa acometida detranstorno mental;

b) o atendimento integral aos portadores de deficiências, decaráter regionalizado, descentralizado e hierarquizado em níveisde complexidade crescente, abrangendo desde a atençãoprimária de saúde até o fornecimento dos equipamentosnecessários à sua integração social;

..................................................

TÍTULO IVDisposições Finais

..................................................

Artigo 72 - O Estado, pelos seus órgãos competentes, poderá celebrarconvênios com a União, outros Estados-membros, os Municípios ecom entidades públicas e privadas, nacionais, estrangeiras einternacionais, objetivando a execução de preceitos específicos desteCódigo.

Artigo 73 - O Estado e os Municípios poderão constituir, por atoadministrativo conjunto, mecanismo próprio com a finalidade depropor solução consensual de eventuais conflitos ou impasses denatureza político-administrativa surgidos na implementação dasações e dos serviços de saúde e que não tenham sido resolvidospelos órgãos ou procedimentos regulares da administração estaduale municipal.

Parágrafo único - As recomendações ou conclusões do órgãoou instrumento de que trata este artigo não impedem apostulação das partes interessadas perante as instânciasjurisdicionais, mas, uma vez acolhidas pelas partes, e desdeque não haja violação de norma legal, implicarão compromissoinstitucional terminativo do conflito ou impasse.

Artigo 74 - Sem prejuízo da atuação direta do SUS, prevista nesteCódigo, o Poder Executivo adotará as medidas necessárias para aexecução continuada de programas integrados referentes à proteçãoespecial à criança, ao adolescente, ao idoso, ao deficiente, aotoxicodependente, à família carente do egresso de hospitalpsiquiátrico do Estado e à população favelada.

Parágrafo único - A direção do SUS nas esferas estadual emunicipal, estabelecerá, em articulação com as áreas deeducação, trabalho, promoção social e outras, programas emecanismos integrados de atenção ambulatorial a segmentosda população que, transitoriamente, por sua condição de vida,exijam cuidados diferenciados.

...................................

Palácio dos Bandeirantes, 9 de março de 1995

Mário Covas. Governador.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Lei nº 2.795, de 15 de abril de 1981

(Projeto de Lei nº 196/1979, do deputado Osmar Ribeiro Fonseca)

Institui o Dia do Deficiente Físico

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte Lei:

Artigo 1º - Fica instituído o Dia do Deficiente Físico, a sercomemorado, anualmente, em 11 de outubro.

Artigo 2º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 15 de abril de 1981.

Paulo Salim Maluf. Governador.

Lei nº 3.710, de 4 de janeiro de 1983

(Projeto de Lei nº 216/1980, do deputado José Felício Castellano)

Estabelece condições para acesso aos edifícios públicos pelosdeficientes físicos.

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - O Estado tomará providências para que todos osedifícios, praças e estádios públicos estaduais tenham a facilidadede acesso para os deficientes físicos. (NR).

- Artigo 1º com redação dada pelo artigo 1º da Lei nº 5.500,

de 31/12/1986.

Artigo 2º - O Poder Executivo regulamentará esta lei, após 60(sessenta) dias da sua publicação.

Artigo 3º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 4 de janeiro de 1983.

José Maria Marin. Governador.

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Decreto nº 33.824, de 21 de setembro de 1991

Dispõe sobre adequação de próprios estaduais à utilização deportadores de deficiências, e dá outras providências

Luiz Antonio Fleury Filho, Governador do Estado de São Paulo, nouso de suas atribuições legais, e

Considerando que a Constituição do Estado, em seu artigo 280,assegura aos portadores de deficiências, na forma da lei, acessoadequado aos logradouros e edifícios públicos;

Considerando que a Lei nº 3.710, de 4 de janeiro de 1983, com aredação alterada pela Lei nº 5.500, de 31 de dezembro de 1986,estabeleceu que o Estado tomará providências para adequaçãodos edifícios, praças e estádios públicos estaduais ao uso deportadores de deficiências;

Considerando que ambas as leis citadas no Considerando anteriorforam recepcionadas pela vigente Constituição do Estado,

Decreta:

Artigo 1º - Os órgãos da administração pública direta e indireta doEstado deverão adequar seus projetos, suas edificações, suasinstalações e seu mobiliário à utilização dos portadores dedeficiências, observadas as normas NBR 9050 da AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas.

Artigo 2º - As construções, ampliações e reformas de próprios doEstado ou que estejam sob sua guarda ou custódia, somentepoderão ser autorizados se incluírem as adequações exigidas noartigo 1º deste Decreto.

Artigo 3º - A Companhia Paulista de Obras e Serviços - CPOS,

vinculada à Secretaria da Administração e Modernização do ServiçoPúblico, será encarregada, pelos órgãos públicos interessados,das medidas destinadas às adequações exigidas por este Decreto.

Artigo 4º - Nos convênios celebrados com os Poderes Municipaisdo Estado, para edificação de próprios de uso público, deverãoconstar cláusulas que garantam a observância do disposto nesteDecreto.

Artigo 5º - A Companhia Paulista de Obras e Serviços - CPOS eoutros órgãos e Entidades Públicas do Estado deverão prestaraos Municípios que a solicitarem, toda cooperação técnicanecessária à eliminação de barreiras arquitetônicas e ambientais,que dificultem o acesso de portadores de deficiências.

Artigo 6º - O Fundo Social de Solidariedade do Estado de SãoPaulo acompanhará a execução por parte dos órgãos, entidades eempresas mencionadas no artigo 1º deste Decreto e buscaráestimular a iniciativa privada com o fim de eliminar as barreirasarquitetônicas e ambientais que dificultam o acesso dosportadores de deficiências aos edifícios e logradourosparticulares.

Artigo 7º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,ficando revogado o Decreto nº 27.383, de 22 de setembro de 1987.

Palácio dos Bandeirantes, 21 de setembro de 1991.

Luiz Antonio Fleury Filho. Governador.

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Lei nº 5.869, de 28 de outubro de 1987

(Projeto de Lei nº 379/1986, do deputado Geraldo Siqueira)

Obriga as empresas permissionárias, que especifica, a permitir a entrada de deficientesfísicos pela porta dianteira dos coletivos.

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - As empresas permissionárias de transporte coletivo intermunicipal ficam obrigadasa permitir o embarque e o desembarque, pela mesma porta, dos usuários portadores dedeficiência física e mental. (NR)

- Artigo 1º com redação dada pelo artigo 1º da Lei nº 9.732, de 15/09/1997.

Parágrafo único - Nos casos em que se fizer necessário, a permissão referida seráestendida ao acompanhante do usuário em questão. (NR).

- Parágrafo único acrescentado pelo artigo 1º da Lei nº 9.732, de 15/09/1997.

Artigo 2º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 28 de outubro de 1987.

Orestes Quércia. Governador.

Fisioterapia - Amigos Metroviáriosdos Excepcionais - AME

Foto cedida pela Ame

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Lei nº 6.374, de 1º de março de 1989

(Projeto de Lei nº 01/1989, do Poder Executivo)

Dispõe sobre a instituição do Imposto sobre Operações Relativasà Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços deTransporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações -ICMS

O Governador do Estado de São Paulo. Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

TÍTULO IDo Imposto

............................

CAPÍTULO IIDos Benefícios Fiscais

............................

Seção IIDas Isenções e Demais Benefícios

Artigo 5º - As isenções ou quaisquer outros incentivos ou benefíciosfiscais serão concedidos ou revogados nos termos das deliberaçõesdos Estados e do Distrito Federal, na forma prevista na alínea “g”do inciso XII do § 2º do artigo 155 da Constituição Federal.

............................................

§ 4º - Atendido o disposto no caput fica isenta: (NR)

1 - a saída de veículo automotor com adaptação e característicasespeciais indispensáveis ao uso do adquirente paraplégico ouportador de deficiência física, impossibilitado de utilizarmodelos comuns, excluído o acessório opcional que não sejaequipamento original do veículo; (NR)

- § 4º acrescentado pelo inciso I do artigo 4º da Lei nº 8.991,

de 23/12/1994.

............................

Palácio dos Bandeirantes, 1º de março de 1989.

Orestes Quércia. Governador.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Decreto nº 45.490, de 30 de novembro de 2000

Aprova o Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas àCirculação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços deTransporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação(RICMS).

Mário Covas, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suasatribuições legais e objetivando regulamentar a aplicação da Lei nº6.374, de 1º/03/1989, com as alterações das Leis nº 6.556, de 30/11/1989, 7.646, de 26/12/1991, 8.198, de 15/12/1992, 8.456, de08/12/1993, 8.991, de 23/12/1994, 8.996, de 26/12/1994, 9.176,de 02/10/1995, 9.278, de 19/12/1995, 9.329, de 26/12/1995, 9.355,de 30/05/1996, 9.359, de 18/06/1996, 9.399, de 21/11/1996, 9.794,de 30/09/1997, 9.903, de 30/12/1997, 9.973, de 15/05/1998, 10.134,de 23/12/1998, 10.136, de 23/12/1998, 10.532, de 30/03/2000 e10.619, de 19/07/2000, e da Lei nº 10.086, de 19/11/1998,

Decreta:

Artigo 1º - Fica aprovado o Regulamento do Imposto SobreOperações Relativas à Circulação de Mercadorias e SobrePrestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipale de Comunicação - RICMS anexo a este decreto.

Artigo 2º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação,produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2001, quando entãoficarão revogados o Decreto nº 33.118, de 14/03/1991 e oregulamento por ele aprovado, com todas as suas modificações eo Decreto nº 43.738, de 30/12/1998

..............................................

LIVRO IDas Disposições Básicas

TÍTULO IDo Imposto

.............................................

CAPÍTULO IIDos Benefícios Fiscais

.............................................

SEÇÃO IIIDa Isenção

.............................................

Artigo 8º - Ficam isentas do imposto as operações e as prestaçõesindicadas no Anexo I:

.............................................

LIVRO VIDos Anexos

ANEXO IIsenções

Isenções a que se refere o artigo 8 deste regulamento)

.............................................

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Artigo 16 - (DEFICIENTES - CADEIRA DE RODAS E PRÓTESES)- Operação realizada com os produtos adiante indicados,classificados na posição, subposição ou código da NomenclaturaBrasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado - NBM/SH(Convênio ICMS-47/97, cláusulas primeira e segunda):

I - cadeira de rodas e outros veículos para deficientes físicos,mesmo com motor ou outro mecanismo de propulsão:

a) sem mecanismos de propulsão, 8713.10.00;

b) outros, 8713.90.00;

II - partes e acessórios destinados exclusivamente a aplicaçãoem cadeiras de rodas ou outros veículos para inválidos,8714.20.00;

III - próteses articulares:

a) femurais, 9021.11.10;

b) mioelétricas, 9021.11.20;

c) outras, 9021.11.90;

IV - outros artigos e aparelhos ortopédicos, 9021.19.10;

V - outros artigos e aparelhos para fraturas, 9021.19.20;

VI - partes e acessórios de artigos e aparelhos de ortopedia,articulados, 9021.19.91; VII - outras partes e acessórios,9021.19.99;

VIII - partes de próteses modulares que substituem membrossuperiores ou inferiores, 9021.30.91;

IX - outros, 9021.30.99;

X - aparelhos para facilitar a audição dos surdos, exceto aspartes e acessórios, 9021.40.00

XI - partes e acessórios de aparelhos para facilitar a audiçãodos surdos, 9021.90.92.

Parágrafo único - Não se exigirá o estorno do crédito doimposto relativo às mercadorias beneficiadas com a isençãoprevista neste artigo.

Artigo 17 - (DEFICIENTES - PRODUTOS DIVERSOS) - Operação

interna que destine os produtos adiante indicados a pessoasportadoras de deficiência física, visual ou auditiva, classificados naposição, subposição ou código da Nomenclatura Brasileira deMercadorias - Sistema Harmonizado - NBM/SH (Convênio ICMS-55/98):

I - acessórios e adaptações especiais para serem instaladosem veículo automotor pertencente a pessoa portadora dedeficiência física:

a) embreagem manual, suas partes e acessórios, 8708.93.00;

b) embreagem automática, suas partes e acessórios,8708.93.00;

c) freio manual, suas partes e acessórios, 8708.31.00;

d) acelerador manual, suas partes e acessórios, 8708.99.00;

e) inversão do pedal do acelerador, suas partes e acessórios,8708.99.00;

f) prolongamento de pedais, suas partes e acessórios,8708.99.00;

g) empunhadura, suas partes e acessórios, 8708.99.00;

h) servo acionadores de volante, suas partes e acessórios,8708.99.00;

i) deslocamento de comandos do painel, suas partes eacessórios, 8708.29.99;

j) plataforma giratória para deslocamento giratório do assentode veículo, suas partes e acessórios, 9401.20.00;

l) trilho elétrico para deslocamento do assento dianteiro paraoutra parte do interior do veículo, suas partes e acessórios,9401.20.00;

II - plataforma de elevação para cadeira de rodas, manual, eletro-hidráulica ou eletromecânica, especialmente desenhada efabricada para uso por pessoa portadora de deficiência física,suas partes e acessórios, 8428.10.00;

III - rampa para cadeira de rodas, suas partes e acessórios,para uso por pessoa portadora de deficiência física, 7308.90.90;

IV - guincho para transportar cadeira de rodas, suas partes e

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acessórios, para uso por pessoa portadora de deficiência física, 8425.39.00;

V - destinados ao uso de pessoa portadora de deficiência visual:

a) bengala inteiriça, dobrável ou telescópica, com ponteira de nylon, 6602.00.00;

b) relógio em braille com sintetizador de voz com mostrador ampliado, 9102.99.00;

c) termômetro digital com sistema de voz, 9025.1;

d) calculadora digital com sistema de voz, com verbalização dos ajustes de minutos ehoras, tanto no modo horário, como no modo alarme, e comunicação por voz dos dígitosde cálculo e resultados, 8470.10.00, 8470.2 e 8470.30.00; e) agenda eletrônica com tecladoem braille, com ou sem sintetizador de voz, 8471.30.11; f) reglete para escrita em braille,8442.50.00; g) display braille e teclado em Braille para uso em microcomputador, comsistema interativo para introdução e leitura de dados por meio de tabelas de caracteresBraille, 8471.60.52;

h) máquina de escrever para escrita braille, manual ou elétrica, com teclado de datilografiacomum ou na formação Braille, 8469.12, 8469.20.00 e 8469.30;

i) impressora de caracteres braille para uso com microcomputadores, com sistema defolha solta ou dois lados da folha, com ou sem sistema de comando de voz, com ou semsistema acústico, 8471.60.1 e 8471.60.2;

j) equipamento sintetizador para reprodução em voz de sinais gerados pormicrocomputadores, permitindo a leitura de dados de arquivos, de uso interno ou externo,com padrão de protocolo SSIL de interface com softwares leitores de tela, 8471.80.90;

VI) - produtos destinados ao uso de pessoas com deficiência auditiva:

a) aparelho telefônico com teclado alfanumérico e visor luminoso, com ou sem impressoraembutida, que permite converter sinais transmitidos por sistema telefônico em caracterese símbolos visuais, 8517.19; b) relógio despertador vibratório e/ou luminoso, 9102.99.

§ 1º - Não se exigirá o estorno do crédito do imposto relativo às mercadorias beneficiadascom a isenção prevista neste artigo.

§ 2º - Relativamente aos produtos indicados no inciso I, a fruição do benefício dependeráde reconhecimento prévio na forma estabelecida pela Secretaria da Fazenda.

Artigo 18 - (DEFICIENTES - PRODUTOS PARA INSTITUIÇÃO PÚBLICA OU ENTIDADEASSISTENCIAL) - Saída interna ou interestadual de equipamento ou acessório indicadono § 1º com destino a instituição pública ou entidade assistencial para atendimentoexclusivo de pessoa portadora de deficiência física, auditiva, mental, visual ou múltipla(Convênios ICMS-38/91, com alteração do Convênio ICMS-47/97, cláusula terceira, e

Foto cedida pela Associação Cruz Verde

Fisioterapia - Associação Cruz Verde

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

ICMS-5/99, cláusula primeira, IV, 5).

§ 1º - A isenção de que trata este artigo aplica-se aos seguintesprodutos classificados segundo códigos ou posições daNomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado- NBM/SH vigente em 31 de dezembro de 1996:

1 - instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologiae veterinária, incluídos os aparelhos para cintolografia e outrosaparelhos eletrônicos, bem como os aparelhos para testesvisuais, aparelhos de eletrodiagnóstico (incluídos os aparelhosde exploração funcional e os de verificação de parâmetrosfisiológicos):

a) eletrocardiógrafos, 9018.11.0000;

b) eletroencefalógrafos, 9018.19.0100;

c) outros, 9018.19.9900;

d) aparelhos de raios ultravioleta ou infravermelhos,9018.20.0000;

2 - outros artigos e aparelhos de prótese (exceto as partes eacessórios) 9021.30;

3 - tomógrafo computadorizado, 9022.11.0401;

4 - aparelhos de raios X, móveis, não compreendidos nassubposições anteriores, 9022.11.05;

5 - aparelhos de radiocobalto (bomba de cobalto), 9022.21.0100;

6 - aparelhos de radioterapia (curieterapia), 9022.21.0200;

7 - aparelhos de gamaterapia, 9022.21.0300;

8 - outros, 9022.21.9900;

9 - densímetros, areômetros, pesa-líqüidos, e instrumentosflutuantes semelhantes, termômetros, pirômetros, barômetros,higrômetros e psicômetros, registradores ou não, mesmocombinados entre si, 9025.

§ 2º - A isenção se estende ao desembaraço aduaneiro deequipamentos ou acessórios importados do exterior pelasinstituições ou entidades mencionadas, desde que não existasimilar de fabricação nacional.

§ 3º - O benefício fiscal previsto neste artigo será concedidodesde que:

1 - a instituição pública estadual ou entidade assistencial estejavinculada a programa de recuperação do portador de deficiência;

2 - a entidade assistencial não tenha finalidade lucrativa e suarenda líquida seja integralmente aplicada na manutenção deseus objetivos assistenciais, no país, sem distribuição dequalquer parcela a título de lucro ou participação;

§ 4º - A isenção será reconhecida pela Secretaria da Fazenda,a requerimento da interessada, em cada caso.

§ 5º - Este benefício vigorará até 30 de abril de 2005 (ConvênioICMS-30/03, cláusula primeira, II, “c”). (NR)

- § 5º com redação dada pelo inciso VII do artigo 1º do Decreto nº47.858, de 03/06/2003.

Artigo 19 - (DEFICIENTE FÍSICO - VEÍCULO AUTOMOTOR) - Saídainterna ou interestadual de veículo automotor novo, com até 127HP de potência bruta (SAE), que se destinar a uso exclusivo doadquirente paraplégico ou portador de deficiência físicaimpossibilitado de utilizar modelos comuns, excluído o acessórioopcional que não seja equipamento original do veículo (ConvênioICMS-35/99, com alteração dos Convênios ICMS-71/99, cláusulasegunda, ICMS-29/00 e ICMS-85) (NR)

- Artigo 19 com redação dada pelo inciso XII do artigo 1° do Decreto45.644, de 26/01/2001.

§ 1º - A isenção será previamente reconhecida pelo fisco,mediante requerimento do interessado instruído com:

1 - declaração expedida pelo vendedor, na qual conste:

a) o número de inscrição do interessado no Cadastro dePessoas Físicas do Ministério da Fazenda - CPF;

b) que o benefício será repassado ao adquirente;

c) que o veículo se destinará a uso exclusivo do adquirente,paraplégico ou deficiente físico, impossibilitado de fazer uso demodelo comum;

2 - laudo de perícia médica, fornecido pelo Departamento

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Estadual de Trânsito - DETRAN - onde residir em caráterpermanente o interessado, que ateste sua completaincapacidade para dirigir veículo comum e sua habilitação parafazê-lo com veículo especialmente adaptado, bem como queespecifique o tipo de deficiência física e as adaptaçõesnecessárias.

3 - comprovação, pelo adquirente, de sua capacidade econômico-financeira compatível para aquisição do veículo.

§ 2º - Não será acolhido, para fins de concessão do benefício, olaudo referido no item 2 do parágrafo anterior que não contivertodos os requisitos ali mencionados, de forma detalhada.

§ 3º - O adquirente do veículo deverá recolher o imposto comatualização monetária e acréscimos legais, a contar daaquisição, na hipótese de:

1 - transmiti-lo a qualquer título, dentro do prazo de 3 (três)anos da data da aquisição, a pessoa que não faça jus ao mesmotratamento fiscal;

2 - modificação das características do veículo, para retirar-lhe ocaráter de especial;

3 - emprego do veículo em finalidade ou por pessoa que nãoseja a que justificou a isenção.

§ 4º - O estabelecimento que efetuar a operação isenta, nostermos deste artigo, deverá:

1 - indicar no documento fiscal o número de inscrição doadquirente no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério daFazenda - CPF;

2 - entregar à repartição fiscal a que estiver vinculado, até o 15°dia útil contado da data da operação, cópia reprográfica da 1ªvia do correspondente documento fiscal.

§ 5º - Ressalvados casos excepcionais de destruição completado veículo ou de seu desaparecimento, o benefício somentepoderá ser utilizado uma única vez no período de 3 (três) anoscontados da data de aquisição do veículo.

§ 6º - Em relação à operação beneficiada com a isenção previstaneste artigo, não se exigirá o estorno de crédito do imposto.

§ 7º - Este benefício terá aplicação em relação aos pedidosprotocolizados até 31 de outubro de 2004, cuja saída do veículoocorra até 31 de dezembro de 2004 (Convênio ICMS-40/04,cláusula segunda). (NR)

- § 7º com redação dada pelo inciso IX do artigo 1º do Decreto

48.831, de 29/07/2004.

.........................................................

Artigo 31 - (ENTIDADE ASSISTENCIAL OU DE EDUCAÇÃO -PRODUÇÃO PRÓPRIA) - Saída de mercadoria de produção própriapromovida por instituição de assistência social ou de educação,desde que (Convênios ICM-38/82, com alteração do Convênio ICM-47/89, ICMS-52/90 e ICMS-121/95, cláusula primeira, VII, “b”):

I - a entidade não tenha finalidade lucrativa e sua renda líqüidaseja integralmente aplicada na manutenção de seus objetivosassistenciais ou educacionais no país, sem distribuição dequalquer parcela a título de lucro ou participação;

II - o valor das vendas de mercadoria da espécie, realizadaspela beneficiária no ano anterior, não tenha ultrapassado o limiteestabelecido para a isenção de microempresa;

III - a isenção seja reconhecida pela Secretaria da Fazenda, arequerimento da interessada.

.....................................................

Artigo 47 - (MICROCOMPUTADOR USADO - DOAÇÃO) - Saídade microcomputador usado (semi-novo), em decorrência de doaçãoefetuada diretamente pelo estabelecimento fabricante ou suas filiais,a escola pública especial e profissionalizante, a associação deportadores de deficiência ou à comunidade carente (ConvênioICMS-43/99).

.....................................................

Artigo 95 - (FURNAS - DOAÇÃO) - Ficam isentas as saídas, em

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214

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

decorrência de doação realizada pela empresa Furnas CentraisElétricas S/A, de material de consumo, equipamentos e outrosbens móveis, para associações de amparo a portadores dedeficiência física, comunidades carentes, órgãos da AdministraçãoPública Federal, Estadual ou Municipal, inclusive suas escolas euniversidades, bem como fundações de direito público, autarquiase corporações mantidas pelo poder público (Convênio ICMS-120/02). (NR)

Parágrafo único - Na hipótese de o bem a ser doado pertencerao ativo imobilizado, não se exigirá o estorno do crédito doimposto previsto na legislação. (NR)

- Artigo 95 e parágrafo único acrescentados pelo inciso VI do artigo

2° do Decreto 47.278, de 29/10/2002.

.....................................................

.....................................................

Palácio dos Bandeirantes, 30 de novembro de 2000.

Mário Covas. Governador.

Lei nº 6.606 , de 20 de dezembro de 1989

(Projeto de Lei nº 499/1989, do Poder Executivo)

Dispõe a respeito do Imposto sobre a Propriedade de VeículosAutomotores.

O Governador do Estado de São Paulo.Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

............................

Artigo 9º - São isentos do pagamento do imposto:

............................

VIII - os veículos especialmente adaptados, de propriedade dedeficientes físicos.

............................

Palácio dos Bandeirantes, 20 de dezembro de 1989.

Orestes Quércia. Governador.

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215

Lei nº 7.466, de 1º de agosto de 1991

(Projeto de Lei nº 196/1990, do deputado Rubens Lara)

Dispõe sobre atendimento prioritário a idosos, portadores de deficiência e gestantes.

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Os órgãos da Administração Estadual Direta, Indireta, Fundacional e Autárquicaficam obrigados a instituir, no âmbito de suas repartições, setor especial que priorize oatendimento de idosos, portadores de deficiência e gestantes.

Parágrafo único - O disposto neste artigo será regulamentado por decreto do PoderExecutivo.

Artigo 2º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 1º de agosto de 1991.

Luiz Antonio Fleury Filho. Governador.

Foto cedida pela Fundação Dorina Nowill

Leitura Braille - Fundação Dorina Nowill

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216

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Lei nº 7.859, de 25 de maio de 1992

(Projeto de Lei nº 275/1991, da deputada Roseli Thomeu)

Dispõe sobre a inserção de campo destinado ao registro de familiarportador de deficiência física, nas fichas de inscrição paraaquisição de casa própria.

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte Lei:

Artigo 1º - Os órgãos da Administração Direta ou Indireta do Estado,as fundações ou instituições financeiras instituídas e mantida peloEstado, ou da qual ele faça parte como acionista majoritário, quandoefetuarem venda de casa própria deverão fazer constar, em campoapropriado do documento ou ficha de inscrição, informação sobrese o candidato ou interessado na aquisição possui familiarportador de deficiência física.

Artigo 2º - A entrega dos imóveis objeto da inscrição, dar-se-á,sempre que possível, de forma adaptada e preferencial aos inscritos,na forma do artigo anterior, permitindo-se a escolha das unidadesque melhor se prestem à moradia destes em cada lote ofertado,respeitada a ordem prévia da inscrição geral.

Artigo 3º - As despesas decorrentes da presente Lei, correrão porconta de dotação própria.

Artigo 4º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 25 de maio de 1992.

Luiz Antonio Fleury Filho. Governador.

Lei nº 7.944, de 8 de julho de 1992

(Projeto de Lei nº 531/1991, do deputado Edinho Araújo)

Institui a semana de Prevenção das Deficiências e dá outrasprovidências.

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte Lei:

Artigo 1º - Fica instituída a Semana de Prevenção dasDeficiências a ser comemorada, anualmente, no período de 21 a28 de agosto.

Artigo 2º - Esta Lei, entrará em vigor na data de sua publicação,ficando revogada a Lei nº 4.512, de 17 de janeiro de 1985.

Palácio dos Bandeirantes, 8 de julho de 1992.

Luiz Antonio Fleury Filho. Governador.

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217

PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Lei nº 8.894, de 16 de setembro de 1994

(Projeto de Lei nº 126/1992, dos deputados Antenor Chicarino eAntônio Palocci)

Dispõe sobre o financiamento de equipamentos corretivos aportadores de deficiência

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado decreta e eupromulgo, nostermos do § 7º do artigo 28 da Constituição do Estado, a seguintelei:

Artigo 1º - O financiamento previsto no artigo 281 da ConstituiçãoEstadual, destinado à aquisição, pelo portador de deficiência,de equipamento que permitam a correção, será concedido peloPoder Executivo, através dos Bancos Estadual, mediante asseguintes condições:

I - o interessado deverá comprovar o uso, exclusivamentepessoal, dos equipamentos;

II - os equipamentos, obrigatoriamente, deverão ter caráterclínico-médico para fisioterapia ou terapêutico-ocupacional;

III - para a quitação do valor do financiamento, o interessadopagará parcelas mensais que não excederão a 10% (dez porcento) da sua renda familiar e sobre o débito não será aplicadataxa de juros superior a 12% (doze por cento) ao ano.

Artigo 2º - As despesas decorrentes da aplicação desta lei correrãopor conta das dotações orçamentárias próprias.

Artigo 3º - O Poder Executivo regulamentará a presente lei noprazo de 90 (noventa) dias.

Artigo 4º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 16 de setembro de 1994.

Luiz Antonio Fleury Filho. Governador.

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Lei nº 9.086, de 3 de março de 1995

(Projeto de Lei nº 446/1991, da deputada Célia Leão)

Determina aos órgãos da Administração Direta e Indireta aadequação de seus projetos, edificações, instalações e mobiliárioao uso de pessoas portadoras de deficiências.

O Governador do Estado de São PauloFaço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - Os órgãos da Administração Direta e Indireta do Estadodeverão adequar seus projetos, suas edificações, suas instalaçõese seu mobiliário ao uso de pessoas portadoras de deficiências,observadas as normas NBR 9050 da Associação Brasileira deNormas Técnicas.

Artigo 2º - As construções, ampliações e reformas de próprios doEstado, ou que estejam sob sua guarda ou custódia, somentepoderão ser autorizadas se incluírem as adequações previstas noartigo 1º desta lei.

Artigo 3º - As edificações que vierem a ser reformadas deverãoobedecer aos preceitos técnicos oficialmente estabelecidos parafacilitar o acesso de pessoas portadoras de deficiência,excetuados os prédios tombados pelo patrimônio histórico, quandotal medida implique em prejuízo arquitetônico do ponto de vistahistórico.

Artigo 4º - A Companhia Paulista de Obras e Serviços - CPOS,vinculada à Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras,será encarregada, pelos órgãos públicos interessados, dasmedidas destinadas às adequações necessárias.

Artigo 5º - A Companhia Paulista de Obras e Serviços - CPOS e

outros órgãos e entidades públicas do Estado deverão prestar aosMunicípios que solicitarem, toda cooperação técnica necessária àeliminação de barreiras arquitetônicas e ambientais, que dificultemo acesso de pessoas portadoras de deficiências.

Artigo 6º - O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de60 (sessenta) dias a partir da data de sua publicação.

Artigo 7º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 3 de março de 1995.

Mário Covas. Governador.

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Lei nº 9.165, de 18 de maio de 1995

(Projeto de Lei nº 609/1992, do deputado Daniel Marins)

Dispõe sobre a concessão de pensões aos portadores de hanseníase.

O Presidente da Assembléia Legislativa:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo, nos termos do artigo 28, §8º, da Constituição do Estado, a seguinte lei:

Artigo 1º - Ficam concedidas, nos termos da presente lei, pensões mensais vitalícias eintransferíveis aos portadores de hanseníase, em tratamento nas unidades da rede doSistema Unificado de Saúde - SUS/SP.

Artigo 2º - São considerados beneficiários das pensões de que trata o artigo anterior, osdoentes que possuem no mínimo 2 (dois) graus de incapacidade para o trabalho, segundo oscritérios da OMS (Organização Mundial de Saúde) e, que não tenham condições econômico-financeiras de subsistência, achando-se em tratamento nas unidades da rede do SistemaUnificado de Saúde SUS/SP.

Artigo 3º - As pensões de que trata esta lei serão intransferíveis e terão seus valores fixadosna base de 100% (cem por cento) da referência l da Escala de Vencimentos - Comissão,observadas as revalorizações futuras. (NR)

- Art. 3° com redação dada pelo artigo 1º da Lei nº 9.481, de 04/03/1997.

Artigo 4º - Os pedidos de pensão, devidamente instruídos e com parecer conclusivo decomissões previamente designadas, serão submetidos à consideração do Secretário da Saúde,que, se os aprovar, os encaminhará à decisão final do Governador, a quem compete concederos benefícios.

Artigo 5º - O benefício de que trata esta lei não poderá ser acumulado com qualquer outropago a mesmo título pelos cofres públicos, facultada a opção pelos benefícios da presente lei.

Sessão Solene na Assembléia Legislativa deSão Paulo em homenagemaos atletas paraolímpicos

Atenas - 2004

Foto Marco A. Cardelino

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220

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Artigo 6º - O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de30 (trinta) dias contados de sua publicação.

Artigo 7º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrãoà conta das dotações próprias consignadas no orçamento vigentee suplementadas, se necessário.

Artigo 8º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 18 de maio de1995.

Ricardo Trípoli. Presidente

Lei nº 9.167, de 18 de maio de 1995

(Projeto de Lei nº 66/1993, do deputado Marcelo Gonçalves)

Cria o Programa Estadual de Educação Especial.

O Presidente da Assembléia Legislativa:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo,nos termos do artigo 28, § 8º, da Constituição do Estado, a seguintelei:

Artigo 1º - Fica criado, sob a responsabilidade da Secretaria deEstado da Educação, o Programa Estadual de Educação Especial,visando ao atendimento educacional das pessoas portadoras dedeficiência.

Parágrafo único - Para efeito desta lei, entende-se comoEducação Especial a aplicação de métodos, técnicas,conteúdos e equipamentos diferenciados que atendam àsespecificidades das pessoas portadoras de deficiência física,mental ou sensorial, visando a proporcionar-lhes como elementode auto-realização preparação para o trabalho e para o exercícioconsciente da cidadania.

Artigo 2º - O programa previsto nesta lei atenderá aos seguintesobjetivos:

I - Inclusão de disciplinas relativas à educação especial noscurrículos dos cursos de formação para o Magistério.

II - Criação de cursos de preparação de pessoal especializadona educação ligada às diferentes áreas de deficiência.

III - Realização de pesquisas e estudos sobre métodos, técnica,conteúdos e equipamentos adequados à Educação Especial.

IV - Levantamento periódico de recursos humanos, financeiros,científicos e tecnológicos para a Educação Especial.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

V - Estabelecimento em legislação específica de estímulosfuncionais especializados em Educação Especial.

VI - Realização de censos escolares periódicos visando a:

a) identificar as pessoas que necessitam de EducaçãoEspecial;

b) verificar a eficácia e a eficiência da Educação Especial.

VII - Encaminhamento da pessoa portadora de deficiência acursos preparatórios de mão-de-obra qualificada.

VIII - Interiorização da Educação Especial.

Artigo 3º - A Secretaria de Estado da Educação criará Grupo deTrabalho visando à elaboração, implementação, acompanhamentoe avaliação do Programa previsto nesta lei.

Artigo 4º - O Grupo de Trabalho a que se refere o artigo anterior,será composto por representantes indicados:

I - Membros do Conselho Estadual da Educação.

II - Membros do Conselho Estadual dos Assuntos da PessoaDeficiente.

III - Pelas entidades DE e PARA portadoras de deficiência.

§ 1º - O Grupo de Trabalho referido neste artigo deverá ter emsua composição portadores das deficiências envolvidas naEducação Especial, ressalvados os casos inequívocos deimpossibilidade de representação própria.

§ 2º - Deverá haver paridade entre os representantes dosdiferentes segmentos de portadores de deficiência envolvidosna Educação Especial que sejam indicados pelas EntidadesDE e PARA portadores de deficiência.

§ 3º - O Grupo de Trabalho referido neste artigo deverá ter emsua composição portadores de deficiências envolvidos naEducação Especial que sejam indicados pelas Entidades DEe PARA portadores de deficiência.

Artigo 5º - Os recursos financeiros necessários ao desenvolvimento

do Programa a que se refere esta lei serão provenientes de dotaçãoorçamentária própria.

Artigo 6º - O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de180 dias.

Artigo 7º - A presente lei entrará em vigor na data de suapublicação, revogadas as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 18 demaio de 1995.

Ricardo Trípoli. Presidente.

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Lei nº 9.486, de 4 de março de 1997

(Projeto de Lei nº 674/1995, da deputada Célia Leão)

Institui o Dia Estadual de Luta das Pessoas Portadoras deDeficiência.

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - Fica instituído o “Dia Estadual de Luta das PessoasPortadoras de Deficiência”, a ser comemorado, anualmente, nodia 21 de setembro.

Artigo 2º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 4 de março de 1997.

Mário Covas. Governador.

Lei nº 9.880, de 10 de dezembro de 1997

(Projeto de Lei nº 285/1997, do deputado Caldini Crespo - PFL)

Institui o Dia Estadual de Combate à Hanseníase.

Artigo 1.º - Fica instituído o “Dia Estadual de Combate àHanseníase”, a ser comemorado no último domingo do mês dejaneiro de cada ano.

Artigo 2º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 10 de dezembro de 1997.

Mário Covas. Governador.

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Lei nº 9.919, de 16 de março de 1998

(Projeto de Lei nº 10/1998, do Poder Executivo)

Dispõe sobre o aproveitamento, pelas empresas sob controle acionário do Estado, deempregados portadores de deficiência.

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Os representantes da Fazenda do Estado junto às empresas sob controle acionáriodo Estado, não abrangidas pelo Programa Estadual de Desestatização, instituído pela Lei nº9.361, de 5 de julho de 1996, adotarão providências destinadas a possibilitar o aproveitamento,nos quadros de pessoal dessas entidades, dos atuais empregados das empresas abrangidaspelo referido Programa, bem como dos empregados das empresas que venham a ser neleincluídas, que sejam portadores de deficiência.

Artigo 2º - O aproveitamento de que trata o artigo anterior fica subordinado a manifestaçãode vontade do empregado.

Artigo 3º - No aproveitamento deverão ser observadas as seguintes condições:I - o empregado será mantido, tanto quanto possível, em função equivalente à ocupada naempresa a ser desestatizada;

II - o empregado terá assegurado o direito ao uso de equipamentos e materiais especiaispróprios para deficientes, necessários ao adequado desempenho das funções que vier aexercer; e

III - a empresa que receber o empregado assumirá todas as obrigações decorrentes docontrato de trabalho mantido com a empresa a ser desestatizada.

Parágrafo único - Caso não seja possível o aproveitamento na forma indicada no incisoI deste artigo, a nova empregadora adotará as providências necessárias para promover aadaptação do empregado a outras funções.

Artigo 4º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, aos 16 de março de 1998.

Mário Covas. Governador.

Foto cedida pela AACD

Oficina de aparelhos - Associação de Assistênciaà Criança Deficiente - AACD

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224

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Lei nº 9.938, de 17 de abril de 1998

(Projeto de Lei nº 158/1997, do deputado Chico Bezerra)

Dispõe sobre os direitos da pessoa portadora de deficiência.

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - São direitos da pessoa portadora de deficiência,que ao Estado incumbe prover:

I - acesso específico aos serviços de saúde;

II - reabilitação;

III - integração ou reintegração social;

IV - locomoção e acesso aos bens e serviços públicos;

V - outros explícitos ou implícitos, decorrentes do direito positivoem geral.

Artigo 2º - Para fins desta lei, considera-se portadora dedeficiência a pessoa que apresenta em certo grau umadeficiência mental, física ou sensorial com caráter habitual decronicidade e persistência de alteração da vida.

Artigo 3º - O direito ao acesso específico aos serviços de saúdecompreende:

I - assistência médica, clínica e cirúrgica, universal e gratuita,através do Sistema Único de Saúde e dos demais órgãos eserviços sanitários em geral do Estado, assegurado atendimentopersonalizado e prioritário;

II - internação em hospitais públicos ou conveniados com o

Poder Público;

III - transporte, sempre que indispensável à viabilização daassistência;

IV - dispensa da espera em filas comuns;

V - fornecimento de medicamentos, na medida dadisponibilidade, para tratamento ambulatorial.

Artigo 4º - O direito à reabilitação compreende:

I - o provimento de ações terapêuticas em favor do portadorde deficiência, visando suprimir ou recuperar a deficiência,sempre que possível eliminando ou minorando-lhe os efeitos;

II - a concessão de financiamento para a aquisição deequipamentos de uso pessoal que permitam a correção,diminuição e superação de suas limitações, através deprogramas próprios do Estado e Municípios.

.Artigo 5º - O direito à integração ou reintegração comunitária seráassegurado pela educação especial e treinamento para o trabalho,de modo a permitir-lhe a participação na vida social e especialmenteno mercado de trabalho.

§ 1º - A educação especial e o treinamento profissional de quecuida o caput deste artigo serão administrados emestabelecimentos próprios do Estado, comunitários e privados,ajustando-se, sempre que possível, à parceria não-governamentalpara esse fim.

§ 2º - O Estado estimulará os segmentos interessados, visandoà parceria na integração ou reintegração social das pessoasportadoras de deficiência, podendo criar, mediante leiespecífica, incentivos para tal fim.

Artigo 6º - A integração e a reintegração social também serãoobjeto de programas de convívio social, a serem desenvolvidos peloEstado e Municípios.

Artigo 7º - O direito de acesso aos bens e serviços públicos

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

compreende:

I - a criação de meios que facilitem a locomoção das pessoasportadoras de deficiência nas vias, logradouros,estabelecimentos e prédios públicos em geral;

II - o tratamento preferencial das pessoas portadoras dedeficiência no acesso aos bens e serviços em geral.

Artigo 8º - O Poder Público, em todas as esferas, proverá paraque seja assegurado aos portadores de deficiência, o acessoadequado aos prédios, vias, logradouros e serviços públicos,especialmente os transportes coletivos.

Artigo 9º - Vetado.

Parágrafo único - Vetado.

Artigo 10 - Fica instituída a “Semana da Pessoa Portadora deDeficiência”, destinada a estudos, exposições e participação narespectiva área, a ser cumprida a cada dois anos a partir do corrente,em todas as unidades escolares existentes no Estado, a qual serárealizada sempre no mês de setembro, junto ao dia 21 (vinte e um)- “Dia Estadual de Luta das Pessoas portadoras de deficiência”.

Artigo 11 - Fica criada a “Cartilha da Pessoa Portadora deDeficiência”, publicação oficial do Estado, com o resumo de todosos direitos da pessoa portadora de deficiência e modo de seuexercício, que servirá de manual de orientação geral e será objetode distribuição gratuita, através de órgãos estaduais eorganizações não-governamentais de apoio à pessoaportadora de deficiência.

Artigo 12 - O Conselho Estadual para Assuntos das Pessoasportadoras de deficiência proporá, aos órgãos competentes,regulamentos e medidas administrativas necessárias à viabilizaçãodos direitos garantidos pela presente lei.

Artigo 13 - As despesas com a execução da presente lei correrãoà conta das verbas próprias do Orçamento, suplementadas senecessário.

Artigo 14 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Palácio dos Bandeirantes, aos 17 de abril de 1998.

Mário Covas. Governador.

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Lei nº 10.083, de 23 de setembro de 1998

(Projeto de Lei nº 320/1997, do Poder Executivo)

Dispõe sobre o Código Sanitário do Estado.

O Vice-Governador, em exercício no cargo de Governador do Estadode São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

............................

Artigo 31 - Os órgãos executores das ações de saúde dotrabalhador deverão desempenhar suas funções, observando osseguintes princípios e diretrizes:

............................

VII - estabelecer normas técnicas para a proteção da saúde notrabalho, da mulher no período de gestação, do menor e dosportadores de deficiências;

............................

Palácio dos Bandeirantes, 23 de setembro de 1998.

Geraldo Alckmin Filho. Governador.

Lei nº 10.099, de 26 de novembro de 1998

(Projeto de Lei nº 464/1997, do deputado Aldo Demarchi)

Cria o programa de lazer e esporte para os portadores dedeficiência física, sensorial ou mental.

O Presidente da Assembléia Legislativa:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo, nostermos do artigo 28, § 8º da Constituição do Estado, a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica criado o programa de lazer e esporte para osportadores de deficiência física, sensorial ou mental.

Artigo 2º - Os próprios esportivos estaduais terão, em seucalendário, datas reservadas para a realização desses eventos.

Artigo 3º - O Estado promoverá a realização dos eventos de quetrata o artigo 1º, admitida a participação de entidades nãogovernamentais na sua promoção.

Parágrafo único - Para a elaboração desta programação serãoouvidas as entidades que tratam dos deficientes físicos,sensoriais ou mentais.

Artigo 4º - As despesas decorrentes da execução desta lei,correrão à conta das dotações orçamentárias vigentes,suplementadas se necessário.

Artigo 5º - O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de180 (cento e oitenta) dias.

Artigo 6º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 26 denovembro de 1998.

Paulo Kobayashi. Presidente.

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Lei nº 10.294, de 20 de abril de 1999

(Projeto de Lei nº 578/1998, do Poder Executivo)

Dispõe sobre proteção e defesa do usuário do serviço público do Estado de São Paulo e dáoutras providências.

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

............................

Artigo 7º - O direito à qualidade do serviço exige dos agentes públicos e prestadores deserviço público:

............................

II - atendimento por ordem de chegada, assegurada prioridade a idosos, grávidas, doentese deficientes físicos;

............................

Palácio dos Bandeirantes, 20 de abril de 1999.

Mário Covas. Governador.

Foto cedida pela ABDC

Paraolimpíadas Atenas 2004

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Lei nº 10.313, de 20 de maio de 1999

(Projeto de Lei nº 431/1996, do deputado Djalma Bom)

Veda qualquer forma de discriminação no acesso aos elevadoresde todos os edifícios públicos ou particulares, comerciais, industriaise residenciais multifamiliares existentes no Estado de São Paulo.

O Presidente da Assembléia Legislativa:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo,nos termos do artigo 28, § 8º da Constituição do Estado, a seguintelei:

Artigo 1º - Fica vedada qualquer forma de discriminação em virtudede raça, sexo, cor, origem, condição social, idade, porte oupresença de deficiência ou doença não contagiosa por contatosocial no acesso aos elevadores de todos os edifícios públicos ouparticulares, comerciais, industriais e residenciais multifamiliaresexistentes no Estado de São Paulo.

Parágrafo único - Os responsáveis legais pela administraçãodos edifícios citados no caput deste artigo ficam autorizados aregulamentar o acesso a esses imóveis, assim como acirculação dentro deles e o uso de suas áreas de uso comum eabertas ao uso público, através de regras gerais e impessoaisnão discriminatórias.

Artigo 2º - Fica estabelecido que, para maior conforto, segurançae igualdade entre os usuários, o elevador social é o meio normalde transporte de pessoas que utilizem as dependências dosedifícios, independentemente do estatuto pelo qual o fazem e desdeque não estejam deslocando cargas, para as quais podem serutilizados os elevadores especiais.

Artigo 3º - Para garantir o disposto no artigo 1º, fica determinadaa obrigatoriedade da colocação de avisos no interior dos edifícios,

a fim de se assegurar o conhecimento da presente lei.

§ 1º - Os avisos de que trata o caput deste artigo devemconfigurar-se em forma de cartaz, placa ou plaqueta com osseguintes dizeres: “É vedada qualquer forma de discriminaçãoem virtude de raça, sexo, cor, origem, condição social, idade,porte ou presença de deficiência ou doença não contagiosa porcontato social no acesso aos elevadores deste edifício”.

§ 2º - Fica o responsável pelo edifício, administrador ou síndico,conforme for o caso, obrigado no prazo de 60 (sessenta) dias apartir da publicação desta lei, a colocar na entrada do edifício ede forma bem visível o aviso de que trata o caput deste artigo.

Artigo 4º - Recomenda-se ao Poder Estadual desenvolver açõesde cunho educativo e de combate à discriminação racial, de cor,sexo, origem, idade, condição social, doença não contagiosa porcontato social, de porte ou presença de deficiência ou qualqueroutro tipo de preconceito nos serviços públicos e demais atividadesexercidas no Estado, conforme o disposto no artigo 204, I, daConstituição Federal e artigo 4º, II, III e IV da Lei Federal nº 8.742,de 1993.

Artigo 5º - O Poder Executivo regulamentará a presente lei noprazo máximo de 30 (trinta) dias a contar de sua publicação.

Artigo 6º - As eventuais despesas decorrentes da aplicação destalei correrão à conta de dotações orçamentárias próprias,suplementadas se necessário.

Artigo 7º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 20 demaio de 1999.

Vanderlei Macris. Presidente.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Lei nº 10.321, de 8 de junho de 1999

(Projeto de Lei nº 368/1999, do Poder Executivo)

Cria o “Programa Emergencial de Auxílio-Desemprego” e dáprovidências correlatas.

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - Fica criado o “Programa Emergencial de Auxílio-Desemprego”, de caráter assistencial, a ser coordenado pelaSecretaria do Emprego e Relações do Trabalho, visando proporcionarocupação, qualificação profissional e renda para até 50.000(cinqüenta mil) trabalhadores de todas as idades, inclusive os jovensde 18 (dezoito) a 25 (vinte e cinco) anos, integrantes de parte dapopulação desempregada residente no Estado.

............................

§ 2º - Do total das vagas previsto no caput deste artigo, havendointeressados e funções compatíveis, serão destinados:

............................

2 - 3% (três por cento) para os portadores de deficiência.(NR)

- Item 2 com redação dada pelo inciso II do artigo 1º da Lei nº 10.618,

de 19/07/2000.

Artigo 2º - O programa referido no artigo 1º consiste na concessão

de bolsa auxílio-desemprego, no valor mensal de R$ 150,00 (centoe cinqüenta reais), no fornecimento de cesta básica e na realizaçãode curso de qualificação profissional.

Parágrafo único - Os benefícios de que trata o caput serãoconcedidos pelo prazo de 6 (seis) meses, prorrogáveis em até3 (três) meses.

Artigo 3º - As condições para o alistamento no programa, medianteseleção simples, serão definidas em regulamento, observados osseguintes requisitos:

I - situação de desemprego igual ou superior a 1 (um) ano,desde que não seja beneficiário de seguro-desemprego ouqualquer outro programa assistencial equivalente;

II - residência, no mínimo pelo período de 2 (dois) anos, emlocal próximo ao da colaboração prevista no artigo 4º;

III - apenas 1 (um) beneficiário por núcleo familiar.

Parágrafo único - No caso do número de alistamentos superaro de vagas, a preferência para participação no programa serádefinida mediante aplicação, pela ordem,dos seguintes critérios:

1 - maiores encargos familiares;

2 - mulheres arrimo de família;

3 - maior tempo de desemprego;

4 - mais idade.

Artigo 4º - A participação no programa implica a colaboração, emcaráter eventual, com a prestação de serviços de interesse dacomunidade local, do município ou com órgãos públicos como:Companhia do Metropolitano de São Paulo - METRÔ, CompanhiaPaulista de Trens Metropolitanos - CPTM, Companhia deSaneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP,Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estadode São Paulo - CDHU, DERSA - Desenvolvimento Rodoviário S/A,além de outros da Administração Pública direta ou indireta, semvínculo de subordinação e sem comprometimento das atividadesjá desenvolvidas por esses órgãos.

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Parágrafo único - A jornada de atividade no programa será de6 (seis) horas por dia, 4 (quatro) dias por semana, mais 1 (um)dia de curso de qualificação profissional ou alfabetização.

............................

Palácio dos Bandeirantes, 8 de junho de 1999.

Mário Covas. Governador.

Lei nº 10.383, de 29 de setembro de 1999

(Projeto de Lei nº 465/1998, do deputado Sidney Beraldo)

Institui o “Dia do Deficiente Auditivo”.

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - Fica instituído no Estado de São Paulo o “Dia doDeficiente Auditivo”, a ser comemorado, anualmente, no últimodomingo de setembro.

Artigo 2º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 29 de setembro de 1999.

Mário Covas. Governador.

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Lei nº 10.385, de 22 de outubro de 1999

(Projeto de Lei nº 124/1996, do deputado Waldir Cartola)

Dispõe sobre autorização especial às linhas intermunicipais de transporte coletivo no Estadode São Paulo.

O Presidente da Assembléia Legislativa:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo, nos termos do artigo 28, §8º, da Constituição do Estado, a seguinte lei:

Artigo 1º - Os ônibus das linhas intermunicipais de transporte coletivo do Estado de SãoPaulo ficam autorizados a parar fora dos pontos obrigatórios de parada, para desembarquede passageiros portadores de deficiência física.

Artigo 2º - Os portadores de deficiência física poderão indicar o melhor local paradesembarque, desde que o itinerário original da linha seja respeitado.

Artigo 3º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão à conta das dotaçõesorçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Artigo 4º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições emcontrário.

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, 22 de outubro de 1999.

Vanderlei Macris. Presidente.

Foto Roberto Navarro

Fisoterapia - Associação Brasileirade Distrofia Muscular - ABDIM

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Lei nº 10.464, de 20 de dezembro de 1999

(Projeto de Lei nº 479/1999, do deputado Luiz Gonzaga Vieira)

Determina à autoridade policial e aos órgãos de segurança públicaa busca imediata de pessoa desaparecida menor de 16 (dezesseis)anos ou pessoa de qualquer idade portadora de deficiênciafísica, mental ou sensorial.

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - É de responsabilidade da autoridade policial e dosórgãos de segurança pública, recebida a notícia dodesaparecimento de pessoa com idade de até 16 (dezesseis)anos ou pessoa de qualquer idade portadora de deficiênciafísica, mental ou sensorial, proceder a imediata busca elocalização.

Artigo 2º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Palácio dos Bandeirantes, 20 de dezembro de 1999.

Mário Covas. Governador.

Lei nº 10.498, de 5 de janeiro de 2000

(Projeto de Lei nº 788/99, do deputado Edmur Mesquita - PSDB)

Dispõe sobre a obrigatoriedade de notificação compulsória de maus-tratos em crianças e adolescentes

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - A notificação compulsória de maus-tratos é obrigatórianos casos que envolvam crianças e adolescentes até 18 (dezoito)anos incompletos e portadores de deficiência.

§ 1º - A notificação será emitida pelos órgãos públicos dasáreas de saúde, educação e segurança pública; pelo médico,professor, responsável pelo estabelecimento de saúde, de ensinofundamental, pré-escola ou creche e delegacia de polícia.

§ 2º - A emissão da notificação ocorrerá do conhecimento de ato,suspeito ou confirmado, de violência contra criança ou adolescente.

§ 3º - A ficha de notificação, modelo anexo, passará a ser utilizadaimediatamente após a promulgação desta lei, configurando-secomo única maneira de registro dos casos, suspeitos ouconfirmados, de maus-tratos contra criança ou adolescente.

Artigo 2º - A notificação será encaminhada através dos responsáveispelas unidades de educação, saúde e segurança pública aoConselho Tutelar ou, na falta deste, à Vara da Infância e Juventudeou ao Ministério Público.

Artigo 3º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 5 de janeiro de 2000.

Mário Covas. Governador.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

- Retificação do D.O. de 11/01/2000

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

De acordo com a resolução n° (SES-1999, esta notificação deveráser encaminhada:

1 - Ao Conselho Tutelar e na sua ausência ao Juizado da Infânciae Juventude da respectiva localidade (art. 13 do Estatuto daCriança e do Adolescente)

2 - A Secretaria Municipal de Saúde, que deverá intervir emconjunto com o Conselho Tutelar e que semanalmente enviarápara a Secretaria Estadual de Saúde. (art. 245 do Estatuto daCriança e do Adolescente’)

“Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratoscontra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicadosao Conselho Tutelar, em sua falta, os casos deverão ser notificadosao Juizado da Infância e Juventude, da respectiva localidade, semprejuízo de outras providências legais.

*Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável porestabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental,pré-escola ou creche, de comunicar ã autoridade competente oscasos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ouconfirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente:

Pena - multa de três a vinte salários de referência aplicando-se odobro em caso de reincidência.

Fonte: Estatuto da Criança e do Adolescente

Lei nº 10.778, de 9 de março de 2001

(Projeto de Lei nº 660/1999, do deputado Wilson Morais)

Institui o “Dia do Policial-Militar Portador de deficiência”.

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - Fica estabelecido o dia 11 de outubro como o “Dia doPolicial-Militar Portador de deficiência” no Estado de São Paulo.

Artigo 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 09 de março de 2001.

Geraldo Alckmin. Governador.

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Lei nº 10.779, de 9 de março de 2001

(Projeto de Lei nº 981/1999, do deputado Márcio Araújo)

Obriga os shopping centers e estabelecimentos similares, em todo o Estado, a fornecercadeiras de rodas para pessoas portadoras de deficiência e para idosos.

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica obrigatório o fornecimento de cadeiras de rodas para pessoas portadorasde deficiência e idosos, pelos shopping centers e estabelecimentos similares, em todo oEstado.

Artigo 2º - O fornecimento das cadeiras de rodas referido no artigo 1º será gratuito, semqualquer ônus para o usuário, cabendo exclusivamente aos estabelecimentos comerciaismencionados o fornecimento e a manutenção das mesmas, em perfeitas condições de uso.

Artigo 3º - Os estabelecimentos obrigados deverão afixar em suas dependências internas,inclusive nas garagens, cartazes ou placas indicativas dos locais onde as cadeiras de rodasse encontram disponíveis aos usuários.

Artigo 4º - O estabelecimento que violar o previsto nesta lei incorrerá em multa diária no valorde 500 (quinhentas) UFESPs - Unidades Fiscais do Estado de São Paulo.

Artigo 5º - O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 90 (noventa) dias,disciplinando qual o órgão competente para a aplicação da multa prevista no artigo anterior.

Artigo 6º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições emcontrário.

Palácio dos Bandeirantes, 09 de março de 2001.

Geraldo Alckmin. Governador.

Foto Marco A. Cardelino

Artesanato - AssociaçãoBrasileira de Esclerose Múltipla - ABEM

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Lei nº 10.784, de 16 de abril de 2001

(Projeto de Lei nº 511/2000, do deputado Walter Feldman)

Dispõe sobre o ingresso e permanência de cães-guia em locaispúblicos e privados

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - Fica assegurado ao portador de deficiência visualacompanhado de cão-guia o ingresso e permanência em qualquerlocal público ou privado, meio de transporte ou em qualquerestabelecimento comercial ou industrial, de serviços de promoção,proteção e cooperação de saúde, desde que observadas ascondições impostas por esta lei.

Parágrafo único - Entende-se por deficiência visual, aquelacaracterizada por cegueira ou baixa visão.

Artigo 2º - Todo cão-guia portará identificação, e seu condutor,sempre que solicitado, deverá apresentar documento comprobatóriode registro expedido por escola de cães-guia, devidamentevinculada à Federação Internacional de Cães-Guia,acompanhado de atestado de sanidade do animal, fornecido peloórgão competente, ou documento equivalente.

Parágrafo único - Os requisitos mínimos de identificação, bemcomo a comprovação do treinamento do usuário do cão-guia,deverão ser objeto de regulamentação.

Artigo 3º - Considerar-se-á violação aos direitos humanos qualquertentativa de impedimento ou dificuldade de acesso de pessoasportadoras de deficiência visual, acompanhadas de cães-guia,a locais públicos, quaisquer meios de transportes municipais,

estaduais, intermunicipais e interestaduais ou estabelecimentosaos quais outras pessoas têm direito ou permissão de acesso.

Parágrafo único - Nos locais elencados no caput, deverá serassegurado o acesso, sem discriminação, quanto ao uso deentrada, elevador principal ou de serviço.

Artigo 4º - Os estabelecimentos, empresas ou órgãos que deremcausa à discriminação serão punidos com pena de interdição atéque cesse a discriminação, podendo cumular com pena de multa.

Artigo 5º - É admitida a posse, guarda ou abrigo de cães-guia emzona urbana e em residências ou condomínios, utilizados porpessoas portadoras de deficiência visual, sejam eles moradoresou visitantes.

Artigo 6º - Aos instrutores e treinadores reconhecidos pelaFederação Internacional de Cães-Guia e às famílias deacolhimento autorizadas pelas escolas de treinamento, filiadas àFederação Internacional de Cães-Guia, serão garantidos osmesmos direitos do usuário previstos nesta lei.

Parágrafo único - Entende-se por treinador, aquela pessoaque ensina comandos ao cão; por instrutor, aquele que treina adupla cão-usuário; e por família de acolhimento, aquela queacolhe o cão na fase de socialização.

Artigo 7º - O Poder Executivo regulamentará a presente lei noprazo de 90 (noventa) dias, contados da data de sua publicação.

Artigo 8º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 16 de abril de 2001.

Geraldo Alckmin. Governador.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Lei nº 10.838, de 4 de julho de 2001

(Projeto de Lei nº 190/1994, do deputado Afanasio Jazadji)

Institui o “Dia das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais- APAEs”

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - Fica instituído o “Dia das Associações de Pais eAmigos dos Excepcionais - APAEs”, a ser comemorado,anualmente, no dia 25 de março.

Artigo 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 4 de julho de 2001.

Geraldo Alckmin. Governador.

Lei nº 10.844, de 5 de julho de 2001

(Projeto de Lei nº 123/1997, do deputado Rafael Silva)

Dispõe sobre a comercialização pelo Estado de imóveis populares,reservando percentagem para portadores de deficiência oufamílias de portadores de deficiência.

O Governador do Estado de São Paulo:

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado decreta e eupromulgo, nos termos do § 7º do artigo 28 da Constituição do Estado,a seguinte lei:

Artigo 1º - 7% (sete por cento) de todos os imóveis popularescomercializados pelo Estado de São Paulo, como apartamentos,casas e lotes urbanizados, com ou sem cestas básicas de materiaisde construção, deverão ser destinados a pessoas portadoras dedeficiência ou famílias que as possuam em seu seio.

§ 1º - Tais deficiências, devidamente comprovadas pordocumentos médicos, deverão ser graves e irreversíveis, demaneira a impossibilitar, dificultar ou diminuir a capacidade detrabalho do indivíduo ou criar dependência de seus familiares,exigindo cuidados especiais.

§ 2º - Quando da aplicação do percentual citado no caput desteartigo resultar número fracionário, será considerado o númerointeiro imediatamente posterior.

Artigo 2º - Vetado.

Artigo 3º - Vetado.

Artigo 4º - Caso o número de pessoas selecionadas, com direito àreserva aludida no artigo 1º, não atinja o percentual de 7% (sete

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

por cento) (vetado), os imóveis remanescentes poderão sercomercializados com outros pretendentes, respeitadas ascondições estabelecidas.

Artigo 5º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Palácio dos Bandeirantes, 5 de julho de 2001.

Geraldo Alckmin. Governador.

Lei nº 10.938, de 19 de outubro de 2001

(Projeto de lei nº 525/2000, do deputado Roberto Gouveia - PT)

Dispõe sobre a Política Estadual de Medicamentos e dá outrasprovidências

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - A Política Estadual de Medicamentos terá como objetivodesenvolver a integralidade das ações de saúde, com base nosprincípios estabelecidos na Lei Complementar nº 791, de 9 demarço de 1995 - Código de Saúde do Estado, e na Lei nº 10.083,de 23 de setembro de 1998 - Código Sanitário do Estado, bemcomo nas definições a seguir:

I - política de medicamentos - parte integrante da política desaúde, um conjunto de princípios que orienta a tomada dedecisões e as ações que visam assegurar o acesso universal eigualitário a medicamentos seguros e eficazes e de qualidade,nos termos do § 8º, do artigo 24, da Lei Complementar nº 791,de 9 de março de 1995, a todos que deles necessitem;

II - medicamento - qualquer substância contida num produtofarmacêutico, usada para modificar ou explorar sistemasfisiológicos ou estados patológicos em benefício do recebedor;

III - medicamentos essenciais - os que servem para satisfazeras necessidades de atenção à saúde da maioriada população,devendo estar disponíveis em quantidade suficiente e nas formasfarmacêuticas adequadas;

IV - medicamento genérico ou produto farmacêutico de múltiplaorigem - produto em cuja composição tomam parte princípiosativos que já estão fora do período de proteção de patente, e

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são bioequivalentes com o produto original (ou inovador), identificado pela denominaçãocomum internacional (DCI) ou denominação comum brasileira (DCB), seguida do nome daempresa fabricante;

V - uso racional de medicamentos - processo que inclui:

a) medicamento correto - com indicação de uso apropriada, que tem por baseconsiderações médicas claras para sua prescrição;

b) medicamento apropriado - o que compreende eficácia, segurança, com adequaçãopara as características do usuário;

c) dose apropriada - tendo-se em conta a administração e duração do tratamento;

d) usuário adequado para receber o tratamento medicamentoso - aquele para o qual nãoexistem contra-indicações e a probabilidade de reações medicamentosas adversas mínima;

e) dispensação correta - informação apropriada aos usuários acerca dos produtosfarmacêuticos prescritos;

f) observância do tratamento pelo usuário;

VI - medicamentos especiais ou de alto custo - produtos relacionados em formulários, ouindicados em ações programáticas ou normas técnicas necessárias ao tratamento oumanutenção da saúde ou da vida, de indivíduos ou grupos sociais portadores de doençase insuficiências, ou que apresentem necessidades especiais;

VII - farmacoterapêutica racional - o tratamento farmacológico de uma doença no qual seconsidera a eficácia, a relação benefício/risco e a relação benefício/custo, na escolha domedicamento utilizado e reconsideração periódica do esquema terapêutico;

VIII - propaganda farmacêutica - todas as atividades informativas e de persuasãodesenvolvidas por fabricantes e distribuidores, com o objetivo de induzir à prescrição, aofornecimento, à aquisição e à utilização de medicamentos e de outros produtos relacionadosà saúde;

IX - farmacovigilância - identificação e avaliação dos efeitos do uso agudo e prolongado detratamentos farmacológicos, no conjunto da população ou em grupos de pacientes expostosa tratamentos específicos;

X - assistência farmacêutica - conjunto de atividades inter-relacionadas, técnica ecientificamente fundamentadas com critérios de eqüidade, qualidade, custo e efetividade,integrados às ações de saúde para a promoção, a proteção, a recuperação e a reabilitação,centradas nos cuidados farmacêuticos ao paciente e à coletividade.

Artigo 2º - Serão princípios, diretrizes e bases para uma Política Estadual de Medicamentos:

Foto cedida pela Ame

Deficiente físico trabalhando - Amigos Metroviáriosdos Excepcionais - AME

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

I - a formulação e a efetivação de um programa de assistênciafarmacêutica nos serviços públicos de saúde, em colaboraçãocom os Municípios, com a participação de entidades civisorganizadas e mediante critérios de natureza epidemiológica;

II - a produção de medicamentos essenciais e/ou genéricospara suprir as necessidades da população do Estado, com autilização prioritária dos recursos da Fundação para o RemédioPopular - FURP;

III - a educação permanente dos recursos humanos dos serviçospúblicos de saúde para o uso racional de medicamentos;

IV - a efetivação de ações de vigilância à saúde, por meio doslaboratórios de saúde pública, para garantir a qualidade dosprodutos;

V - o estabelecimento de uma Relação Estadual deMedicamentos Essenciais;

VI - a garantia de acesso universal e igualitário dos usuários doSistema Único de Saúde - SUS aos medicamentos essenciaise aos medicamentos especiais e de alto custo, bem como aosdemais medicamentos, nos termos do § 8º, do artigo 24, da LeiComplementar nº 791/95;

VII - a garantia de acesso a medicações específicas e cuidadosespeciais de assistência farmacêutica ao idoso, ao portador dedeficiência e a outros grupos sociais vulneráveis, nos termosdo artigo 17, inciso II, “a”, da Lei Complementar nº 791/95;

VIII - a participação da sociedade civil, em especial entidadestécnico-científicas, universidades públicas, associações emovimentos de usuários, na elaboração, acompanhamento,fiscalização e controle da Política Estadual de Medicamentos.

Artigo 3º - Caberá ao Estado, por intermédio dos órgãoscompetentes:

I - coordenar o processo de articulação intersetorial para odesenvolvimento da Política Estadual de Medicamentos,apresentando-a anualmente ao Conselho Estadual de Saúde;

II - prestar cooperação técnica, material e financeira aosMunicípios, no desenvolvimento dos distintos aspectos da

Política Estadual de Medicamentos;

III - elaborar periodicamente a relação de medicamentosessenciais para o Estado de São Paulo, com base na RelaçãoNacional de Medicamentos Essenciais - RENAME e na Lista-Modelo de Medicamentos Essenciais da Organização Mundialda Saúde;

IV - definir, periodicamente e com a participação de associaçõesrepresentativas de usuários, a relação de substâncias e oscritérios, fluxos e procedimentos para a obtenção demedicamentos especiais e de alto custo;

V - definir as normas técnicas relativas à assistênciafarmacêutica previstas na Lei nº 10.083/98, Código Sanitáriodo Estado;

VI - definir as competências para decisões quanto à adoção demecanismos para a garantia de qualidade dos processos deaquisição, armazenamento, distribuição e dispensação demedicamentos;

VII - garantir a realização de estudos sobre utilização demedicamentos nos serviços públicos de saúde, para subsidiara avaliação do programa de assistência farmacêutica e de outrosprogramas de saúde;

VIII - estabelecer o Sistema Estadual de Farmacovigilância,que englobará a notificação, a criação de centros de informação,de medicamentos, a capacitação de recursos humanos paraestas atividades, a incorporação de programas de redução deiatrogenias, farmacoterapêutica racional, estudosfarmacoepidemiológicos e outros, conforme regulamentaçãoespecífica;

IX - realizar estudos sobre a utilização dos medicamentosespeciais e de alto custo, visando garantir seu uso racional, e aformulação de estratégias de universalização e redução decustos, por meio da FURP e demais instituições públicas;

X - criar linhas de pesquisa na área farmacêutica, em especialnaquelas consideradas estratégicas para a capacitação e odesenvolvimento tecnológicos, e incentivar a revisão dastecnologias de formação farmacêutica;

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

XI - estimular a fabricação de medicamentos essenciais,genéricos ou não, pelo parque produtor estadual, incluindo aprodução de matérias-primas e de insumos necessários àelaboração desses produtos;

XII - garantir a produção de imunobiológicos e de hemoderivados.

§ 1º - O Estado atuará com os consórcios intermunicipais desaúde na execução da Política Estadual de Medicamentos.

§ 2º - A relação mencionada no inciso III deste artigo deveráconsiderar as regiões e a situação epidemiológica do Estado.

Artigo 4º - Caberá ao Estado, por intermédio do Centro de VigilânciaSanitária, do Centro de Vigilância Epidemiológica e dos institutosde pesquisa, a coordenação e o acompanhamento da política demedicamentos, garantida a participação dos diversos setores dasociedade comprometidos com o desenvolvimento do Sistema Únicode Saúde.

Parágrafo único - Caberá ao Conselho Estadual de Saúde afiscalização e o controle das referidas no caput deste artigo.

Artigo 5º - O uso racional de medicamentos será promovido eincentivado, mediante:

I - o desenvolvimento dos recursos humanos dos serviçospúblicos de saúde, para sua promoção junto aos profissionaisde saúde, a educação permanente, a capacitação de pessoalde nível médio, a atualização e o aprimoramento de prescritores,dispensadores e cuidadores de saúde;

II - a promoção de atividades permanentes, com vistas àeducação de consumidores quanto ao uso racional demedicamentos;

III - o controle da propaganda farmacêutica de qualquer natureza,mediante normalização específica, com caráter suplementar àregulamentação federal, atendendo ao disposto nos artigos 46e 47 da Lei nº 10.083/98.

Parágrafo único - Será assegurada a qualidade dos processosde inspeção sanitária dos estabelecimentos e dos produtosfarmacêuticos, mediante investimentos na estrutura física e nos

equipamentos, e na capacitação dos recursos humanos dosórgãos responsáveis por essa atividade de vigilância à saúde,nos termos da Lei nº 10.083/98.

Artigo 6º - Para a Política Estadual de Medicamentos caberá àFundação para o Remédio Popular - FURP, além das finalidadesjá estabelecidas em lei:

I - fornecer medicamentos aos órgãos de saúde pública e deassistência médica da União, dos Estados e dos Municípios,bem como às entidades particulares do Estado, que prestemassistência médica e social à população, reconhecidas deutilidade pública e previamente cadastradas na Fundação;

II - vender medicamentos para estabelecimentos comerciaisfarmacêuticos, incluídos em seu preço final os valorescorrespondentes aos tributos pagos pelos demais laboratórios.

Artigo 7º - Para o ajuste das finalidades da FURP, estabelecidasna Lei nº 10.071, de 10 de abril de 1968, ficam revogados o incisoIII e o § 3º do artigo 2º, com a reordenação que se fizer necessária.

Artigo 8º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrãoà conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas senecessário.

Artigo 9º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 19 de outubro de 2001.

Geraldo Alckimin. Governador.

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242

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Lei nº 10.958, de 27 de novembro de 2001

(Projeto de Lei nº 900/1999, do deputado Lobbe Neto)

Torna oficial a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e dá outrasprovidências

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - Fica reconhecida oficialmente a Língua Brasileira deSinais - LIBRAS - e os demais recursos de expressão a elaassociados como meio de comunicação objetiva e de uso correnteda Comunidade Surda.

Parágrafo único - Por recursos de expressão associados àLíngua Brasileira de Sinais - LIBRAS - entende-secomunicação gestual e visual com estrutura gramatical própria,cuja singularidade possa ser incorporada ao acervo cultural daNação.

Artigo 2º - Vetado

Artigo 3º - Vetado

Artigo 4º - Vetado.

§ 1º - Vetado.

§ 2º - Vetado

Artigo 5º - Vetado.

Artigo 6º - Vetado

Artigo 7º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 27 de novembro de 2001.

Geraldo Alckmin. Governador.

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Lei nº 11.263, de 12 de novembro de 2002

(Projeto de Lei nº 295/1999, da deputada Célia Leão - PSDB)

Estabelece normas e critérios para a acessibilidade das pessoas portadoras dedeficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

O Presidente da Assembléia Legislativa, em Exercício no Cargo de Governador do Estado deSão Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

CAPÍTULO IDas Disposições Gerais

Artigo 1º - Esta lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção daacessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida,mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliáriourbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.

Artigo 2º - Para os fins desta lei são estabelecidas as seguintes definições:

I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança eautonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dostransportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora dedeficiência ou com mobilidade reduzida;

II - barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade demovimento e a circulação com segurança das pessoas, classificadas em:

a) barreiras arquitetônicas urbanísticas: as existentes nas vias públicas e nos espaçosde uso público;

b) barreiras arquitetônicas nas edificações: as existentes no interior dos edifícios públicose privados;

c) barreiras arquitetônicas nos transportes: as existentes nos meios de transporte;

d) barreiras nas comunicações: qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ou impossibilite

Foto cedida pela Fundação Dorina Nowill

Orientação e mobilidade - Fundação Dorina Nowill

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédiodos meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não demassa;

III - pessoa portadora de deficiência ou com mobilidadereduzida: a que, temporária ou permanentemente, tem limitadasua capacidade de relacionar-se com o meio e de utilizá-lo;

IV - elemento da urbanização: qualquer componente das obrasde urbanização, tais como os referentes a pavimentação,saneamento, encanamentos para esgotos, distribuição deenergia elétrica, iluminação pública, abastecimento edistribuição de água, paisagismo e os que materializam asindicações do planejamento urbanístico;

V - mobiliário urbano: o conjunto de objetos existentes nas viase espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elementosda urbanização ou da edificação, de forma que sua modificaçãoou traslado não provoque alterações substanciais nesteselementos, tais como semáforos, postes de sinalização esimilares, cabines telefônicas, fontes públicas, lixeiras, toldos,marquises, quiosques e quaisquer outros de natureza análoga;

VI - ajuda técnica: qualquer elemento que facilite a autonomiapessoal ou possibilite o acesso e o uso do meio físico.

CAPÍTULO IIDos Elementos da Urbanização

Artigo 3º - O planejamento e a urbanização das vias públicas, dosparques e dos demais espaços de uso público deverão serconcebidos e executados de forma a torná-los acessíveis para aspessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Artigo 4º - As vias públicas, os parques e os demais espaços deuso público existentes, assim como as respectivas instalações deserviços e mobiliários urbanos deverão ser adaptados, obedecendo-se ordem de prioridade que vise à maior eficiência das modificações,no sentido de promover mais ampla acessibilidade às pessoasportadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Artigo 5º - O projeto e o traçado dos elementos de urbanizaçãopúblicos e privados de uso comunitário, nestes compreendidos ositinerários e as passagens de pedestres, os percursos de entradae de saída de veículos, as escadas e rampas, deverão observar osparâmetros estabelecidos pelas normas técnicas de acessibilidadeda NBR 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

Artigo 6º - Os banheiros de uso público existentes ou a construirem parques, praças, jardins e espaços livres públicos deverão seracessíveis e dispor, pelo menos, de um sanitário e de um lavatórioque atendam às especificações da NBR 9050 da ABNT.

Artigo 7º - Em todas as áreas de estacionamento de veículos,localizadas em vias ou em espaços públicos, deverão ser reservadasvagas próximas dos acessos de circulação de pedestres,devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoasportadoras de deficiências com dificuldades de locomoção.‘

Parágrafo único - As vagas a que se refere o caput desteartigo deverão ser em número equivalente a 2% (dois por cento)do total, garantindo-se, no mínimo, uma vaga, devidamentesinalizada e com as especificações técnicas de desenho etraçado de acordo com as normas técnicas vigentes.

CAPÍTULO IIIDo Desenho e da Localização do Mobiliário

Urbano

Artigo 8º - Os sinais de tráfego, semáforos, postes de iluminaçãoou quaisquer outros elementos verticais de sinalização que devamser instalados em itinerário ou espaço de acesso para pedestresdeverão ser dispostos de forma a não dificultar ou impedir acirculação, e de modo a que possam ser utilizados com a máximacomodidade.

Artigo 9º - Os semáforos para pedestres instalados nas vias públicasdeverão estar equipados com mecanismo que emita sinal sonorosuave, intermitente e sem estridência, ou com mecanismo

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

alternativo, que sirva de guia ou orientação para a travessia depessoas portadoras de deficiência visual, se a intensidade dofluxo de veículos e a periculosidade da via assim determinarem.

Artigo 10 - Os elementos do mobiliário urbano deverão serprojetados e instalados em locais que permitam sejam elesutilizados pelas pessoas portadoras de deficiência ou commobilidade reduzida.

CAPÍTULO IVDa Acessibilidade nos Edifícios Públicos ou de

Uso Coletivo

Artigo 11 - A construção, ampliação ou reforma de edifícios públicosou privados destinados ao uso coletivo deverão ser executadas demodo a que sejam ou se tornem acessíveis às pessoas portadorasde deficiência ou com mobilidade reduzida.

Parágrafo único - Para os fins do disposto neste artigo, naconstrução, ampliação ou reforma de edifícios públicos ouprivados destinados ao uso coletivo deverão ser observados,pelo menos, os seguintes requisitos de acessibilidade:

1 - nas áreas externas ou internas da edificação, destinadas agaragem e a estacionamento de uso público, deverão serreservadas vagas próximas dos acessos de circulação depedestres, devidamente sinalizadas, para veículos quetransportem pessoas portadoras de deficiência comdificuldade de locomoção permanente;

2 - pelo menos um dos acessos ao interior da edificação deveráestar livre de barreiras arquitetônicas e de obstáculos queimpeçam ou dificultem a acessibilidade da pessoa portadorade deficiência ou com mobilidade reduzida;

3 - pelo menos um dos itinerários que comuniquem horizontal everticalmente todas as dependências e serviços do edifício, entresi e com o exterior, deverá cumprir os requisitos deacessibilidade de que trata esta lei;

4 - os edifícios deverão dispor, pelo menos, de um banheiroacessível, distribuindo-se seus equipamentos e acessórios demaneira a que possam ser utilizados por pessoa portadorade deficiência ou com mobilidade reduzida.

Artigo 12 - Os locais de espetáculos, conferências, aulas e outrosde natureza similar deverão ser acessíveis às pessoas portadorasde deficiência ou com mobilidade reduzida e dispor deespaços reservados para pessoas que utilizam cadeira de rodas,e de lugares específicos para pessoas com deficiência auditiva evisual, inclusive acompanhante, de acordo com a NBR 9050 daABNT, de modo a facilitar-lhes as condições de acesso, circulaçãoe comunicação.

CAPÍTULO VDa Acessibilidade nos Edifícios de Uso Privado

Artigo 13 - Os edifícios de uso privado, em que seja obrigatória ainstalação de elevadores, deverão, ao serem construídos, ampliadosou reformados atender aos seguintes requisitos mínimos deacessibilidade:

I - percurso acessível, que comunique as unidades habitacionaiscom o exterior e com as dependências de uso comum;

II - percurso acessível que una a edificação à via pública, àsedificações e aos serviços anexos de uso comum e aos edifíciosvizinhos;

III - cabine do elevador e respectiva porta de entrada acessíveispara pessoa portadora de deficiência ou com mobilidadereduzida.

Artigo 14 - Os edifícios a serem construídos, ampliados oureformados, com mais de um pavimento, à exceção das habitaçõesunifamiliares, e que não estejam obrigados à instalação de elevador,deverão dispor de especificações técnicas e de projeto que facilitema instalação de um elevador adaptado, devendo os demaiselementos de uso comum destes edifícios atender aos requisitos

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

de acessibilidade.

Artigo 15 - Vetado.

CAPÍTULO VIDa Acessibilidade nos Veículos de Transporte

Coletivo

Artigo 16 - Os veículos de transporte coletivo deverão cumprir osrequisitos de acessibilidade estabelecidos nas normas técnicasespecíficas.

CAPÍTULO VIIDa Acessibilidade nos Sistemas de Comunicação

e Sinalização

Artigo 17 - O Poder Público promoverá a eliminação de barreirasna comunicação e estabelecerá mecanismos e alternativas técnicasque tornem acessíveis os sistemas de comunicação e sinalizaçãoàs pessoas portadoras de deficiência sensorial e comdificuldade de comunicação, para garantir-lhes o direito deacesso à informação, comunicação, trabalho, educação, transporte,cultura, esporte e lazer.

Artigo 18 - O Poder Público implementará a formação deprofissionais intérpretes de escrita Braille, linguagem de sinais ede guias-intérpretes, para facilitar qualquer tipo de comunicaçãodireta à pessoa portadora de deficiência sensorial e comdificuldade de comunicação.

Artigo 19 - Os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagensadotarão plano de medidas técnicas com o objetivo de permitir ouso da linguagem de sinais ou outra sub-titulação, para garantir

o direito de acesso à informação das pessoas portadoras dedeficiência auditiva, na forma e no prazo previstos emregulamento.

CAPÍTULO VIIIDas Disposições Sobre Ajudas Técnicas

Artigo 20 - O Poder Público promoverá a supressão de barreirasurbanísticas, arquitetônicas, de transporte e de comunicação,mediante ajudas técnicas.

Artigo 21 - O Poder Público, por meio dos organismos de apoio àpesquisa e das agências de financiamento, fomentará programasdestinados:

I - à promoção de pesquisas científicas voltadas ao tratamentoe prevenção de deficiências;

II - ao desenvolvimento tecnológico orientado à produção deajudas técnicas para as pessoas portadoras de deficiência;

III - à especialização de recursos humanos em acessibilidade.

CAPÍTULO IXDas Medidas de Fomento à Eliminação de

Barreiras

Artigo 22 - Fica instituído, no âmbito da Secretaria da Justiça e daDefesa da Cidadania, o Programa Estadual de Eliminação deBarreiras Arquitetônicas, Urbanísticas, de Transporte e deComunicação, cuja execução será disciplinada em regulamentoespecífico.

CAPÍTULO XDisposições Finais

Artigo 23 - A administração pública estadual direta e indiretadestinará, anualmente, dotação orçamentária para as adaptações,

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eliminações e supressões de barreiras arquitetônicas existentes nos edifícios de uso públicode sua propriedade e naqueles que estejam sob sua administração ou uso.

§ 1º - A implementação das adaptações, eliminações e supressões de barreirasarquitetônicas referidas no caput deste artigo deverá ser iniciada a partir do primeiro anode vigência desta lei e completada em até quatro anos.

§ 2º - Os requisitos de acessibilidade dos artigos 13 e14 para os imóveis já existentes,deverão ser iniciados imediatamente para implementação em até três anos.

Artigo 24 - A ausência da acessibilidade, desde logo, não poderá, em nenhuma hipótese,impedir a realização do ato que normalmente seria praticado com o acesso normal no edifíciopúblico ou privado.

Artigo 25 - O Poder Público promoverá campanhas informativas e educativas dirigidas àpopulação em geral, com a finalidade de conscientizá-la e sensibilizá-la quanto àacessibilidade e à integração social da pessoa portadora de deficiência ou commobilidade reduzida.

Artigo 26 - As disposições desta lei aplicam-se aos edifícios ou imóveis declarados bens deinteresse cultural ou de valor histórico, desde que as modificações necessárias observem asnormas específicas reguladoras destes bens.

Artigo 27 - As organizações representativas de pessoas portadoras de deficiência terãolegitimidade para acompanhar o cumprimento dos requisitos de acessibilidade estabelecidosnesta lei.

Artigo 28 - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão à conta das dotaçõespróprias consignadas no orçamento.

Artigo 29 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 12 de novembro de 2002.

Walter Feldman. Governador.

Foto cedida pela AACD

Reabilitação - Associação de Assistência à CriançaDeficiente - AACD

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Lei nº 11.369, de 28 de março de 2003

(Projeto de lei nº 565/2000, do deputado Carlinhos Almeida - PT)

Veda qualquer forma de discriminação racial, ao idoso, à pessoaportadora de necessidades especiais, à mulher e dá outrasprovidências

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - É vedada no Estado de São Paulo qualquer forma dediscriminação:

I - racial;

II - ao idoso;

III - à pessoa portadora de necessidades especiais;

IV - à mulher.

Artigo 2º - Constitui discriminação por motivo racial ou ao idoso, àmulher e à pessoa portadora de necessidades especiais:

I - impedir, dificultar, obstar ou recusar a livre locomoção emestabelecimentos da Administração Direta ou Indireta e dasconcessionárias de serviços públicos;

II - impedir, dificultar, obstar ou restringir o acesso àsdependências de bares, restaurantes, hotéis, cinemas, teatros,clubes, centros comerciais e similares;

III - fazer exigências específicas para a obtenção ou manutençãodo emprego;

IV - induzir ou incitar à prática de atos discriminatórios;

V - veicular pelos meios de comunicação de massa, mídia

eletrônica ou publicação de qualquer natureza a discriminaçãoou o preconceito;

VI - praticar qualquer ato relacionado à condição pessoal quecause constrangimento;

VII - ofender a honra ou a integridade física.

§ 1º - Incide nas discriminações previstas nos incisos I e IIdeste artigo a alegação da existência de barreiras arquitetônicaspara negar, dificultar ou restringir atendimento ou serviço àspessoas protegidas por esta lei.

§ 2º - A ausência de atendimento preferencial ao idoso e àpessoa portadora de necessidades especiais forma deprática discriminatória abarcada nos incisos VI e VII deste artigo.

Artigo 3º - O descumprimento desta lei acarretará ao infrator asseguintes penalidades:

I - multa;

II - vetado.

§ 1º - A multa, a ser aplicada na primeira infração, corresponderáao valor monetário equivalente a 500 (quinhentas) UnidadesFiscais do Estado de São Paulo - UFESPs.

§ 2º - Vetado.

Artigo 4º - Vetado.

Artigo 5º - As despesas decorrentes da execução desta lei serãosuportadas pelas dotações orçamentárias próprias.

Artigo 6º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 28 de março de 2003.

Geraldo Alckmin. Governador.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Lei nº 11.676, de 13 de janeiro de 2004

(Projeto de Lei nº 123/2003, da deputada Maria Lúcia Prandi -PT)

Institui o “Dia Estadual de Combate às Barreiras às Pessoasportadoras de deficiência”.

O Governador do Estado de São Paulo:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - Fica instituído o “Dia Estadual de Combate àsBarreiras às Pessoas portadoras de deficiência”, a sercelebrado, anualmente, no dia 3 de dezembro.

Artigo 2º - O objetivo da data de que trata esta lei é despertar aconsciência da população paulista sobre a importância de eliminaras barreiras e o preconceito aos portadores de necessidadesespeciais.

Artigo 3º - Vetado.

Artigo 4º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 13 de janeiro de 2004.

Geraldo Alckmin. Governador.

Lei nº 12.059, de 26 de setembro de 2005

(Projeto de lei nº 417/2005, do deputado Roberto Morais - PPS)

Institui a “Semana de Conscientização sobre a Síndrome de Downpara profissionais das Áreas da Educação e Saúde”

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - Ficam instituídos, como um conjunto de ações do PoderPúblico e da sociedade, voltados para a compreensão, apoio,educação, saúde, qualidade de vida, trabalho e combate aopreconceito com relação às pessoas com Síndrome de Down, seusfamiliares, educadores e agentes de saúde, os seguintes eventos:

I - “Semana de Conscientização sobre a Síndrome de Down”, aser realizada anualmente;

II - “Programa Estadual de Orientação sobre a Síndrome deDown para Profissionais das Áreas de Saúde e Educação”.

Parágrafo único - O programa de que trata o inciso II do caputé constituído dos seguintes componentes:

1 - orientação técnica ao pessoal das áreas da saúde eeducação;

2 - informações gerais à comunidade a respeito das principaisquestões envolvidas na convivência e trato das pessoascomsíndrome de Down;

3 - interação entre profissionais da saúde, educação, familiarese portadores da síndrome, tendente à melhoria da qualidade devida destes últimos e ao aprimoramento dos profissionais efamiliares quanto à aplicação de conceitos técnicos naconvivência com aqueles;

4 - ações de esclarecimento e coibição de preconceitos

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

relacionados à síndrome e a portadores desta.

Artigo 2º - O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de120 (cento e vinte) dias.

Artigo 3º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrãoà conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas senecessário.

Artigo 4º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação

Palácio dos Bandeirantes, 26 de setembro de 2005.

Geraldo Alckmin. Governador.

Lei nº 12.060, de 26 de setembro de 2005

(Projeto de lei nº 926/1999, do deputado Pedro Tobias - PDT)

Dispõe sobre a substituição por ações de saúde mental doprocedimento de internação hospitalar psiquiátrica no SistemaÚnico de Saúde do Estado.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - No âmbito do Sistema Único de Saúde, o procedimentode internação hospitalar psiquiátrica será gradativamentesubstituído por ações de saúde mental extra-hospitalares, deconformidade com o Código de Saúde do Estado, artigo 33 da LeiComplementar nº 791, de 9 de março de 1995.

§ 1º - O procedimento de internação hospitalar psiquiátrica seráutilizado como último recurso terapêutico e objetivará a maisbreve recuperação da pessoa acometida de transtorno mental.

§ 2º - Quando necessária, a internação hospitalar psiquiátricadar-se-á, preferencialmente, em leitos hospitalaresespecializados em Saúde Mental, em Hospitais Gerais.

Artigo 2º - Os Hospitais Gerais que integram o Sistema Único deSaúde deverão providenciar em 3 (três) anos, a contar da publicaçãodesta lei, a implantação de leitos psiquiátricos junto aos leitos deoutras especialidades.

Artigo 3º - Os Hospitais Gerais em construção e aqueles quevierem a ser construídos no Estado para integrar o Sistema Únicode Saúde deverão acatar o estabelecido no artigo 2º desta lei,adequando-se estrutural e fisicamente à instalação da unidade ouEnfermaria de Saúde Mental.

Parágrafo único - A adequação prevista no caput deste artigo

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contará com o apoio do Departamento Técnico de Edificações da Secretaria da Saúdepara a necessária planificação.

Artigo 4º - O Poder Executivo poderá subvencionar órgãos públicos municipais e entidadesfilantrópicas que mantêm convênio com o Sistema Único de Saúde para que, através deprojeto específico, implantem nos Hospitais Municipais e nos Filantrópicos o estabelecidonesta lei.

Artigo 5º - O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 90 (noventa) dias contadosde sua publicação.

Artigo 6º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão à conta das dotaçõespróprias consignadas no orçamento vigente, suplementadas se necessário.

Artigo 7º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 26 de setembro de 2005.

Geraldo Alckmin. Governador.

Foto cedida pela ABDC

Paraolimpíadas Atenas 2004

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Lei n° 12.085, de 05 de outubro de 2005

(Projeto de lei nº 777/2004 do deputado José Carlos Stangarlini -PSDB)

Autoriza a criação do Centro de Criação e Encaminhamento paraPessoas com Necessidades Especiais e Famílias e dá providênciascorrelatas

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - Fica, o Governo do Estado de São Paulo, autorizado acriar o Centro de Orientação e Encaminhamento para Pessoascom Necessidades Especiais e Famílias.

Artigo 2º - O Centro terá como principais finalidades:

I - Disponibilizar para as pessoas com necessidades especiais,com deficiências auditivas, físicas, mentais, visuais e distúrbiosde comportamento e suas famílias, informações necessáriassobre recursos para atendimento de suas necessidades,contemplando serviços de saúde, de educação, jurídicos esociais;

II - Disponibilizar para a população em geral informações quepossibilitem a valorização da diversidade humana efortalecimento da aceitação das diferenças individuais,contribuindo, assim, para a formação de personalidadessaudáveis dos indivíduos, sem qualquer discriminação;

III - Orientação geral aos pais, a partir do período pré-natal, narede pública de saúde, com continuidade nas fases seguintesdo desenvolvimento da pessoa.

Artigo 3º - Para viabilizar a criação do Centro de Orientação e

Encaminhamento para Pessoas com Necessidades Especiais eFamílias, o Poder Executivo poderá celebrar convênios com ÓrgãosPúblicos Federais e Municipais.

Artigo 4º - O Poder Executivo regulamentará esta lei, no prazo de90 (noventa) dias.

Artigo 5º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 5 de outubro de 2005.

GERALDO ALCKMIN. Governador.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Lei n° 12.107, de 11 de outubro de 2005

(Projeto de lei nº 531/2004, dos deputados Nivaldo Santana eAna Martins - PC do B)

Obriga o fornecimento gratuito de veículos motorizados para facilitara locomoção de portadores de deficiência física e idosos.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - Os centros comerciais, shopping centers, hiper esupermercados, no âmbito do Estado, deverão fornecer,gratuitamente, veículos motorizados para facilitar a locomoção dedeficientes físicos e idosos.

Artigo 2º - Deverão ser afixadas em local de grande visibilidadenas dependências, externa e interna, dos centros comerciais,shopping centers, hiper e supermercados, placas indicativas dospostos de retirada dos veículos motorizados.

Artigo 3º - A não observância desta lei sujeitará os infratores àmulta pecuniária de 50 (cinqüenta) Unidades Fiscais do Estado deSão Paulo - UFESPs, que será aplicada em dobro em caso dereincidência.

Artigo 4º - A fiscalização do cumprimento desta lei caberá aosórgãos competentes do Poder Executivo.

Artigo 5º - O Poder Executivo regulamentará a presente lei.

Artigo 6º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrãoà conta de dotações orçamentárias próprias.

Artigo 7º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, aos 11 de outubro de 2005.

Geraldo Alckmin. Governador.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Lei nº 12.295, de 7 de março de 2006

(Projeto de lei nº 798/2001, do Deputado Edson Gomes - PPB)

Dispõe sobre a impressão na linguagem Braille dos livros, apostilase outros materiais pedagógicos.

O VICE-GOVERNADOR, EM EXERCÍCIO NO CARGO DEGOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo aseguinte lei:

Artigo 1º - A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo ficaautorizada a atender as solicitações dos alunos portadores dedeficiência visual, matriculados nas escolas estaduais eparticulares, para a impressão em Braille dos livros, apostilas eoutros materiais pedagógicos.

Parágrafo único - Os autores ficam autorizados a fornecer àSecretaria da Educação cópia do texto integral das obrasmencionadas no “caput”, em meio digital, para o atendimentodas solicitações.

Artigo 2º - As editoras, instaladas ou não no Estado, que noterritório paulista comercializem livros, apostilas ou outras obrasliterárias de quaisquer gêneros, ficam autorizadas a atender assolicitações dos consumidores portadores de deficiência visualpara impressão em Braille das obras que editam.

Artigo 3º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrãoà conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas senecessário.

Artigo 4º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, aos 07 de março de 2006.

CLÁUDIO LEMBO. Vice-governador em exercício.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Decreto nº 24.714, 6 de Julho de 1955

Dispõe sobre a organização do ensino e adaptação social docego.

Considerando que a recuperação social do cego é, porexcelência, um problema de educação especializada que oEstado, nas condições presentes, não pode oferecer com aamplitude que se faz mister;

Considerando que o caráter assistencial do auxílio aos cegos éassunto superado, em face dos modernos serviços de adaptaçãodos portadores de deficiências visuais, de todos os graus, noscentros mais adiantados do mundo, onde esse encargo competeao ensino e à educação;

Considerando que se eleva a vários milhares o número de crianças,só na Capital do Estado, portadoras de cegueira total e, emconseqüência, necessitadas de ensino e educação especializada(Braille);

Considerando que o Estado não dispõe de recursos técnicos emateriais para solucionar, na Capital e no Interior, tão graveproblema social;

Considerando, por outro lado, a existência nesta Capital, dainstituição especializada, humanitária, sem fins lucrativos,denominada “Fundação Para o Livro do Cego no Brasil”, derenome mundial, que se propõe, entre outras atividades, a“promover, coordenar e orientar programas de educação ereabilitação dos cegos”;

Considerando que é de absoluta conveniência a transferência, paraas entidades especializadas, dos serviços desta natureza,estimulando-se, ao mesmo passo as fundações particulares que

se consagram missionariamente a tão úteis e necessáriasatividades educacionais e escolarizantes;

Considerando que é de imediato interesse público e social ainstalação, nesta Capital e no Interior, da campanha de educaçãoe readaptação social dos cegos, sob a forma de convênios comas instituições capazes de promovê-las;

Considerando, finalmente, que o problema de recuperação socialdo cego e da prevenção da cegueira, precisa ser encarado,sem mais delongas, com decisão e objetividade, para que seconcretizem os resultados que a legislação estadual vigente visouproduzir,

Decreta:

Artigo 1º - Fica a Secretaria de Estado dos Negócios da Educaçãoautorizada, a contratar, sob a forma de convênio, com a FundaçãoPara o Livro do Cego do Brasil, a execução da Lei nº 2.287, de3 de setembro de 1953.

Artigo 2º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Palácio dos Bandeirantes, 6 de julho de 1955.

Jânio Quadros. Governador.

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256

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Decreto nº 31.187, de 08 de março de 1958

Dispõe sobre criação do “Museu Industrial para Cegos”.

Artigo 1º - Fica criado, diretamente subordinado ao Governador do Estado, o “MuseuIndustrial para Cegos”, destinado ao treinamento vocacional do cego no campo industrial.

Artigo 2º - Ao “Museu Industrial para Cegos”, compete:

I - manter entendimentos com as entidades de classe interessadas no problema doamparo ao cego para o melhor aproveitamento do curso;

II - promover campanha de esclarecimento junto às indústrias visando a concessão depeças adequadas ao treinamento;

III - proceder à seleção do material obtido, classificando-o conforme as categoriasprofissionais a que se destina;

IV - fazer o treinamento dos cegos interessados, fornecendo-lhes, na conclusão do curso,diploma de capacidade profissional na categoria em que tiverem sido habilitados;

V - publicar, periodicamente, a relação dos cegos diplomados, com a indicação de suacategoria profissional, para conhecimento dos interessados na sua contratação.

Parágrafo único - A cooperação da indústria e das entidades de classe será dada àpublicidade.

Artigo 3º - O “Museu Industrial para Cegos” será dirigido por um “Chefe de Serviço”, depreferência cego, sem ônus para o Estado.

Artigo 4º - O “Museu Industrial para Cegos” instituirá, a título de prêmio, medalhas, nosgraus de “Gratidão”, “Interesse” e “Amizade”, a serem conferidas nas seguintes hipóteses:

I - “Gratidão”, aos industriais que admitirem maior número de cegos portadores de diploma;

II - “Interesse”, aos industriais que adaptarem maior número de máquinas para oaproveitamento do cego no trabalho;

III - “Amizade”, aos industriais que fornecerem maior número de peças destinadas aotreinamento do cego, e às pessoas que prestarem cooperação à entidade.

Foto Roberto Navarro

Computação - Associação Brasileirade Distrofia Muscular - ABDIM

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257

PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Artigo 5º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Artigo 6º - Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio dos Bandeirantes, 8 de março de 1958.

Jânio Quadros. Governador.

Decreto nº 47.186, de 21 de novembro de 1966

Institui o Serviço de Educação Especial no Departamento deEducação e dá outras providências.

Artigo 1º - É instituído, no Departamento de Educação da Secretariade Estado da Educação, o Serviço de Educação Especial, comas seguintes áreas de atividades:

- Educação de Deficientes Auditivos;

- Educação de Deficientes Físicos;

- Educação de Deficientes Mentais;

- Educação de Deficiente Visuais.

Artigo 2º - Compete ao Serviço de Educação Especial:

a) o estudo, elaboração e execução de programas que visemdar cumprimento ao disposto nos artigos 88 e 89 da Lei deDiretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal nº 4.024,de 20 de dezembro de 1961);

b) a orientação pedagógica e fiscalização das unidades deensino especial oficial;

c) propor a criação de novas unidades estaduais de ensinoespecializado;

d) fiscalizar as unidades escolares especiais, municipais eparticulares;

e) dar parecer sobre pedidos de registro de unidades de ensinoespecial, bem como elaborar na realização de exames para omagistério especializado;

f) promover esclarecimento público sobre os vários aspectosda educação da criança excepcional;

g) promover pesquisas, levantamentos estatísticos, censos e

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258

PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

inquéritos visando a melhor estruturação do sistema estadualde educação especial;

h) promover reuniões periódicas de estudo e debates, assimcomo participar, sempre que possível, de reuniões ou congressosde educação especial que se realizem no país ou no exterior;

i) proporcionar orientação vocacional e encaminhamento dascrianças excepcionais que evidenciem condições deajustamento social e de trabalho;

j) sugerir outras providências tendentes a ampliar e aperfeiçoaro atendimento da educação dos excepcionais.

Artigo 3º - O Serviço de Educação Especial será dirigido porum diretor, recrutado entre educadores que se hajam revelado noestudo dos problemas da educação dos excepcionais, comsuficiente e comprovada experiência de direção.

Artigo 4º - Cada área especializada terá um orientador chefe,escolhido entre técnicos de comprovada experiência naespecialização

Artigo 5º - O Diretor do Serviço assim como os orientadores chefesda Educação Especial serão designados por ato do Secretário daEducação.

Artigo 6º - Os orientadores chefes a que se refere o artigo 4º ,constituirão a Consultoria Técnica do Serviço de EducaçãoEspecial.

Parágrafo único - A Consultoria Técnica funcionará sob apresidência do diretor do Serviço e opinará sobre os assuntosde ordem geral e de maneira especial sobre os planos eprogramas anuais de atividade do Serviço.

Artigo 7º - O Secretário da Educação arbitrará uma gratificação aoDiretor do Serviço e aos orientadores chefes de que tratam os artigos3º e 4º.

Artigo 8º - Ficam subordinados ao Serviço de Educação Especialos professores que ora servem em funções docentes nos serviçosde educação de surdos, de cegos, de deficientes mentais ede deficientes físicos.

Artigo 9º - O Secretário da Educação, por proposta do DiretorGeral do Departamento de Educação, porá à disposição do Serviçode Educação Especial os funcionários que se fizerem necessários.

Artigo 10 - Este Decreto entrará em vigor na data da sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Palácio dos Bandeirantes, 21 de novembro de 1966.

Laudo Natel. Governador.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Decreto nº 10.040, de 25 de julho de 1977

Dispõe sobre a terminologia oficial relativa à Hanseníase e dáprovidências correlatas

Paulo Egydio Martins, Governador do Estado de São Paulo, nouso de suas atribuições legais e,

Considerando os inconvenientes, especialmente no tocante aosaspectos sociais e sanitário, decorrentes da imprópria utilizaçãodo termo lepra, para designar a infecção causada peloMycobacterium leprae;

Considerando as recomendações da Conferência Nacional paraAvaliação da Política de Controle da Hanseníase, já adotadaspelo Ministério da Saúde, efetivadas na Portaria Ministerial nº 165- BSB, de 14 de maio de 1976, do Senhor Ministro de Estado daSaúde, pela qual o termo lepra e seus derivados ficam proscritosda linguagem utilizada nos documentos oficiais daquele Ministério,

Decreta:

Artigo 1º - O termo “lepra” e seus derivados não poderão serutilizados na linguagem empregada nos documentos oficiais daAdministração Centralizada e Descentralizada do Estado.

Artigo 2º - Na designação da doença e de seus derivados, far-se-á uso da terminologia oficia constante da relação abaixo:

Artigo 3º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 25 de julho de 1977.

Paulo Egydio Martins. Governador.

laicifOaigolonimreT adíutitsbuSaigolonimreT

esaínesnah arpel

esaínesnahedetneod arpeledetneod,osorpel

aigolonesnah aigolorpel

atsigolonesnah atsigolorpel

ocinêsnah ocitórpel

ediónesnah ediórpel

edinêsnah edirpel

amonesnah amorpel

anaivohcrivesaínesnah asotamorpelarpel

ediólucrebutesaínesnah ediólucrebutarpel

afromidesanesnah afromidarpel

adanimretedniesaínesnah adanimretedniarpel

adustiMedonegítna animorpel

aigolotamreDedlatipsohaigolotaPed,airátinaS

seralimisuolaciporT

,oimôcorpel,oirásorpel,oirótanaS,ainôloC-olisa

ainôloc-latipsoh

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Decreto nº 20.660, de 2 de março de 1983

Dispõe sobre exames médicos pré-admissionais, no serviço público, de portadores dedeficiências físicas e sensoriais, nomeados em virtude de aprovação em concurso.

José Maria Marin, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,

Considerando que o justo aproveitamento, no serviço público, dos deficientes físicos esensoriais, nos limites de sua capacitação, deve ser desenvolvido e disciplinado;

Considerando que o direito de integração social e econômica do deficiente físico foi erigidoem norma constitucional, consubstanciada na Emenda nº 12, de 17 de outubro de 1978, àConstituição Federal, e na Emenda nº 23, de 20 de novembro de 1980, à Constituição doEstado de São Paulo;

Considerando as proposições da Comissão Estadual de Apoio e Estímulo ao Desenvolvimentodo Ano Internacional das Pessoas Deficientes (Decreto nº 16.742, de 5 de março de1981), mormente a voltada à integração das pessoas deficientes na vida de trabalho,

Decreta:

Artigo 1º - O Departamento Médico do Serviço Civil do Estado e os demais órgãos a que serefere o artigo 202 da Lei Complementar nº 180, de 12 de maio de 1978, por ocasião deexames médicos pré-admissionais em deficientes físicos e sensoriais, nomeados em virtudede aprovação em concurso público de qualquer natureza, deverão observar, como princípio, anecessidade de integração do candidato no serviço público, sempre que a deficiência deque seja portador não impossibilite, na época do exame, o exercício das funções básicas docargo para o qual tenha sido nomeado.Artigo 2º - Na hipótese de o deficiente ser considerado inapto, o órgão que realizou ainspeção constituirá, de ofício, no prazo de 30 (trinta) dias, junta médica para os exames aque se refere o artigo anterior.

§ 1º - Da junta médica farão parte, no mínimo, 1 (um) médico clínico, 2 (dois) médicosespecialistas na deficiência de que é portador o candidato e 1 (um) médico comconhecimento da reabilitação da mesma deficiência.

Foto Marco A. Cardelino

Artesanato - AssociaçãoBrasileira de Esclerose Múltipla - ABEM

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

§ 2º - É facultado ao candidato indicar 1 (um) médico, a seucritério, para integrar a junta médica referida neste artigo.

Artigo 3º - Mantida, pela junta médica, a inaptidão, poderá ocandidato, no prazo de 30 (trinta) dias, interpor recurso ao Secretárioda Administração, que decidirá, ouvida a Comissão de Assuntosde Assistência à Saúde.

Artigo 4º - Durante o processamento dos exames a que se refereeste Decreto, o prazo para posse ficará suspenso até o máximode 120 (cento e vinte) dias.

Artigo 5º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 2 de março de 1983.

José Maria Marin. Governador.

Decreto nº 23.250, de 1º de fevereiro de 1985

Determina atendimento preferencial a idosos, deficientes físicose gestantes, por parte dos órgãos estaduais que prestamatendimento direto ao público.

Franco Montoro, Governador do Estado de São Paulo, no uso desuas atribuições legais, considerando sugestão apresentada porocasião da Semana Paulista de Desburocratização daAdministração Estadual Centralizada e Descentralizada, instituídapelo Decreto nº 22.370, de 14 de junho de 1984, e diante daexposição de motivos do Secretário Extraordinário deDescentralização e Participação,

Decreta:

Artigo 1º - Os órgãos e entidades da Administração PúblicaEstadual Centralizada e Descentralizada que, sob qualquer forma,atuem ou venham a atuar no atendimento direto ao público, deverão,no âmbito de suas atribuições, providenciar atendimento prioritárioa idosos, deficientes físicos e gestantes.

Artigo 2º - O Conselho Estadual Para Assuntos da PessoaDeficiente encaminhará diretamente a cada órgão ou entidade daAdministração Estadual sugestões concretas para execução desteDecreto.

Artigo 3º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, em 1º de fevereiro de 1985.

Franco Montoro. Governador.

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262

PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Decreto nº 25.087, de 28 de abril de 1986

Dispõe sobre medida para assegurar às pessoas deficientescondições adequadas de participação nos concursos públicos eprocessos seletivos.

Franco Montoro, Governador do Estado de São Paulo, no uso desuas atribuições legais,

Decreta:

Artigo 1º - Os órgãos do Sistema de Administração de Pessoal daAdministração Centralizada e das Autarquias Estaduais, por ocasiãoda execução de concurso público para provimento de cargo emcaráter efetivo ou de processo seletivo para preenchimento defunção-atividade de natureza permanente, deverão propiciar àspessoas deficientes inscritas condições para realização dasprovas de maneira compatível com a situação física de cada uma.

Artigo 2º - O disposto no artigo anterior aplica-se, também:

I - aos demais órgãos da Administração Centralizada e dasAutarquias Estaduais incumbidos da realização de concursospúblicos e processos seletivos;

II - aos órgãos de recursos humanos das Fundações e EmpresasIntegrantes da Administração Descentralizada do Estado.

Artigo 3º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 28 de abril de 1986.

Franco Montoro. Governador.

Decreto nº 33.823, de 21 de setembro de 1991

Institui o Programa Estadual de Atenção à Pessoa Portadorade Deficiência.

Luiz Antonio Fleury Filho, Governador do Estado de São Paulo, nouso de suas atribuições legais e

Considerando que, por força de preceitos constitucionais, cabe aoEstado assegurar e garantir aos portadores de deficiência aproteção aos seus direitos especiais e de cidadania;

Considerando que, por disposição constitucional, cabe ainda, aoPoder Público a promoção de programas especiais com o propósitode possibilitar a integração dos portadores de deficiências nasociedade;

Considerando a conveniência de se reunir em um único e geralprograma todas as providências necessárias à prestação de umaatenção especial às pessoas portadoras de deficiências, demodo a concentrar esforços, canalizar recursos e otimizarresultados, decreta:

Artigo 1º - Fica instituído o Programa Estadual de Atenção àPessoa Portadora de Deficiência, a ser executado em caráterpermanente e em desenvolvimento progressivo.

Artigo 2º - São objetivos do Programa instituído pelo artigo anterior:

I - implantar e implementar projetos e medidas de atendimentoàs necessidades básicas e especiais dos portadores dedeficiência nas áreas da saúde, educação, trabalho,transportes, cultura, esportes e lazer.

II - promover medidas destinadas a assegurar aos portadoresde deficiência condições de integração na vida comunitária,envolvendo os Poderes Públicos Municipais e do Estado;

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

III - desenvolver ações que estabeleçam condições deprevenção de deficiências envolvendo os Poderes PúblicosMunicipais e do Estado.

Artigo 3º - O Programa Estadual de Atenção à PessoaPortadora de Deficiência, nos moldes dos objetos estabelecidosno artigo anterior, será executado, de forma conjunta e integrada,observadas as respectivas áreas de atuação e a competência legaldos dirigentes, pelas seguintes Secretarias de Estado e suasentidades vinculadas:

I - da Educação;

II - da Cultura;

III - da Fazenda;

IV - do Menor;

V - de Esportes e Turismo;

VI - da Saúde;

VII - da Infra-Estrutura Viária;

VIII - do Trabalho e da Promoção Social;

IX - dos Transportes Metropolitanos;

X - do Governo.

Parágrafo único - Outras Secretarias, e suas entidadesvinculadas serão incluídas para execução do Programa deque trata o caput, na medida em que, durante seudesenvolvimento, forem detectadas atribuições própriasdesses organismos.

Artigo 4º - O Ministério Público do Estado será convidado aparticipar do Programa, no âmbito de suas atribuições, no sentidode garantir os direitos assegurados aos portadores de deficiência.

Artigo 5º - Revogado

- Artigo 5º revogado pelo artigo 1º do Decreto nº 40.061, de

26/04/1995.

Artigo 6º - Aos Secretários de Estado, aos dirigentes de órgãospúblicos e de entidades, abrangidos pelo artigo 3º deste Decreto,caberá expedir os atos necessários ao cabal cumprimento desteDecreto.Artigo 7º - As despesas decorrentes da execução deste Decretocorrerão à conta das dotações próprias consignadas no Orçamento-Programa das Secretarias de Estado, dos órgãos das entidadesenvolvidas.

Artigo 8º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 21 de setembro de 1991.

Luiz Antonio Fleury Filho. Governador.

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Decreto nº 38.641, de 17 de maio de 1994

Institui o Programa de Atendimento ao Deficiente Visual em idade escolar.

Luiz Antonio Fleury Filho, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuiçõeslegais,

Decreta:

Artigo 1º - Fica instituído, no âmbito da Secretaria da Educação, o Programa de Atendimentoao Deficiente Visual em idade escolar com as seguintes finalidades:

I - garantir aos alunos portadores de cegueira e de visão subnormal os instrumentosnecessários para o acesso ao conteúdo programático desenvolvido na escola comum, àleitura, à pesquisa e à cultura;

II - promover a melhoria da qualidade do ensino através do aperfeiçoamento constante dos professoresespecializados na área;

III - informatizar a produção de material específico e agilizar sua distribuição para deficientesvisuais, principalmente aos alunos da rede estadual de ensino.

Artigo 2º - O desenvolvimento e a execução do Programa, instituído pelo artigo anterior, sefará em consonância com as diretrizes do Programa Estadual de Atenção à PessoaPortadora de Deficiência, coordenado pelo Fundo Social de Solidariedade do Estado deSão Paulo.

Artigo 3º - A Secretaria da Educação, no prazo de 60 (sessenta) dias contados da data depublicação deste decreto, deverá propor as medidas necessárias ao seu cumprimento.

Artigo 4º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 17 de maio de 1994.

Luiz Antonio Fleury Filho. Governador.

Foto cedida pela Ame

Pellegrini autonomia e independência - AmigosMetroviários dos Excepcionais - AME

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Decreto nº 39.847, de 28 de dezembro de1994

Dispõe sobre atribuição de competências para o atendimento aospacientes psiquiátricos e aos portadores de deficiências

Luiz Antonio Fleury Filho, Governador do Estado de São Paulo, nouso de suas atribuições legais e tendo em vista o relatório do Grupode Trabalho Intersecretarial, Secretaria da Criança, Família e Bem-Estar Social e Secretaria da Saúde, e a necessidade de propiciaro atendimento integral aos pacientes psiquiátricos e aosportadores de deficiência mental,

Decreta:

Artigo 1º - Fica atribuída à Secretaria da Saúde a competência doatendimento integral aos pacientes psiquiátricos, e, no que se refereao atendimento devido ao portador de deficiência mental, acompetência de:

I - proceder à realização de avaliação, diagnóstico, tratamento,acompanhamento e encaminhamento do cliente, através deequipe multiprofissional;

II - prestar atendimento ambulatorial e hospitalar ao portadorde deficiência (mental) que deles necessite;

III - prestar atendimento institucionalizado ao portador dedeficiência mental no grau severo e no grau profundo.

Artigo 2º - Fica atribuída à Secretaria da Criança, Família e Bem-Estar Social, no que tange ao atendimento devido ao portador dedeficiência mental, a competência de prestar atendimento, emmeio aberto, ou abrigo, ao portador de deficiência mental emgrau moderado e em grau leve.

Artigo 3º - Para atendimento da implantação e aplicação das

normas e das práticas previstas no presente decreto, as Secretariasda Saúde e da Criança, Família e Bem-Estar Social proporão asprovidências necessárias, no sentido de compatibilizar osorçamentos, a fim de haver disponibilidade dos recursosnecessários.

Artigo 4º - Fica prevista a inclusão, a qualquer tempo, daparticipação da Secretaria da Educação, com o intuito de asseguraraos pacientes enquadrados no artigo 2º deste decreto o direito àeducação especial.

Artigo 5º - As unidades de recepção e as sistemáticas doatendimento ao portador de deficiência mental, na esfera decada Secretaria, deverão ser estabelecidas em Resolução no prazode 90 (noventa) dias, contados da data da publicação deste decreto.

Artigo 6º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 28 de dezembro de 1994.

Luiz Antonio Fleury Filho. Governador.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Decreto nº 40.495, de 29 de novembro de 1995

Altera a denominação do Conselho Estadual para Assuntos daPessoa Deficiente, dispõe sobre sua organização e dá providênciascorrelatas.

Mário Covas, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suasatribuições legais,

Decreta:

Artigo 1º - O Conselho Estadual para Assuntos da PessoaDeficiente, da Casa Civil, criado pelo artigo 1º do Decreto nº 23.131,de 19 de dezembro de 1984, passa a denominar-se ConselhoEstadual para Assuntos da Pessoa Portadora de Deficiência.(NR)

- Artigo 1º com redação dada pelo inciso I do artigo 1º do Decreto

nº 48.878, de 17/08/2004·

Artigo 2º - O Conselho Estadual para Assuntos da PessoaPortadora de Deficiência é órgão consultivo de aconselhamentoe assessoramento ao Governo do Estado de São Paulo nasquestões da pessoa portadora de deficiência, cabendo-lhe:

I - acompanhar e avaliar as políticas voltadas para a pessoaportadora de deficiência, propondo as alterações consideradasnecessárias;

II - propor políticas públicas, campanhas de sensibilização e deconscientização e/ou programas educativos, a seremdesenvolvidos por órgãos estaduais e/ou em parceria comentidades da sociedade civil;

III - promover a divulgação, no âmbito da Administração PúblicaEstadual, de idéias ou estudos referentes à sua área de atuação;

IV - articular-se com o Conselho Estadual de Assistência Social,

o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humanae com outros órgãos colegiados afins;

V - articular-se com os órgãos estaduais, de planejamento e/ouexecução, nas políticas voltadas para a pessoa portadora dedeficiência, objetivando uma atuação integrada e efetiva;

VI - opinar sobre assuntos que lhe forem encaminhados.

Artigo 3º - O Conselho Estadual para Assuntos da PessoaPortadora de Deficiência será integrado pelos seguintesmembros, designados pelo Governador do Estado:

I - 10 (dez) titulares e 5 (cinco) suplentes representantes demovimentos de pessoas portadoras de deficiência, atendendoà globalidade das deficiências;

II - 10 (dez) titulares e 5 (cinco) suplentes representantes deentidades prestadoras de serviços às pessoas portadoras dedeficiência, atendendo à globalidade das deficiências;

III - 10 (dez) representantes do Governo Estadual e seusrespectivos suplentes, pertencentes aos seguintes órgãos:

a) Casa Civil;

b) Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social;

c) Secretaria da Cultura;

d) Secretaria da Educação;

e) Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer;

f) Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania;

g) Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho;

h) Secretaria da Saúde;

i) Secretaria dos Transportes Metropolitanos;

j) Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo -FUSSESP. (NR)

- Inciso j com redação dada pelo inciso II do artigo 1º do Decreto nº

48.878, de 17/08/2004.

§ 1º - Será, ainda, convidado a participar do Conselho, na

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

qualidade de membro, 1 (um) representante do MinistérioPúblico do Estado de São Paulo.

§ 2º - Os membros, titulares e suplentes, a que se referem osincisos I e II deste artigo serão escolhidos por critérios próprios,em seminário estadual convocado para esse fim.

§ 3º - Os membros a que se refere o inciso III deste artigo serãoindicados pelos respectivos Secretários de Estado e peloPresidente do Fundo Social de Solidariedade do Estado de SãoPaulo - FUSSESP, dentre profissionais de comprovadoconhecimento e/ou atuação nos assuntos da pessoa portadorade deficiência.

§ 4º - Os membros do Conselho serão designados para ummandato de 2 (dois) anos, permitida uma recondução.

§ 5º - As funções de membro do Conselho não serãoremuneradas, sendo, porém, consideradas como de serviçopúblico relevante.

Artigo 4º - O Presidente e os responsáveis pelas demais atividadesexecutivas do Conselho Estadual para Assuntos da PessoaPortadora de Deficiência serão designados pelo Governador doEstado, dentre os membros indicados em lista tríplice por seuspares.

Artigo 5º - O Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa Portadorade Deficiência contará com o suporte administrativo da Casa Civil e acolaboração técnica dos demais órgãos estaduais nele representados.(NR)

- Artigo 5º com redação dada pelo inciso III do artigo 1º do Decreto n°

48.878, de 17/08/2004.

Artigo 6º - Revogado

- Artigo 6º revogado pelo inciso XVI do artigo 162 do Decreto nº 44.723,

de 23/02/2000.

Artigo 7º - O Conselho Estadual para Assuntos da PessoaPortadora de Deficiência, dentro do prazo de 30 (trinta) dias

contados a partir da data da designação dos seus membros, deverá,sob a presidência do representante da Secretaria da Justiça e daDefesa da Cidadania:

I - baixar o seu Regimento Interno;

II - indicar, em lista tríplice, os nomes para as designações deque trata o artigo 4º deste decreto.

Artigo 8º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,ficando derrogado o artigo 1º do Decreto nº 23.131, de 19 dedezembro de 1984, alterado pelo artigo 1º do Decreto nº 27.267,de 7 de agosto de 1987, na parte que define as atribuições doConselho Estadual para Assuntos da Pessoa Deficiente, erevogados os artigos 2º, 3º e 4º do Decreto nº 23.131, de 19 dedezembro de 1984, e os Decretos nºs 25.086, de 28 de abril de1986, e 37.182, de 4 de agosto de 1993.

Palácio dos Bandeirantes, 29 de novembro de 1995.

Mário Covas. Governador.

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Decreto nº 41.979, de 18 de julho de 1997

Reorganiza o Centro de Desenvolvimento do Portador de deficiência mental - CEDEME,da Secretaria da Saúde e dá providências correlatas

Mário Covas, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, e àvista da manifestação da Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público,

Decreta:

SEÇÃO IDisposição Preliminar

Artigo 1º - O Centro de Desenvolvimento do Portador de Deficiência Mental - CEDEME,da Coordenadoria de Saúde do Interior, da Secretaria da Saúde, fica reorganizado nos termosdeste Decreto.

Parágrafo único - O Centro de Desenvolvimento do Portador de Deficiência Mental- CEDEME, tem nível de Divisão Técnica de Saúde.

SEÇÃO IIDas Finalidades

Artigo 2º - O CEDEME tem por finalidade:

I - desenvolver o potencial de pacientes para habilitá-los e reintegrá-los ao convíviosocial;

II - servir de centro de capacitação e aprimoramento de profissionais de atividadesafins;

III - integrar-se no Sistema Único de Saúde - SUS, como parte necessária no sistema dereferência e contra-referência;

IV - atender e prestar informações ambulatoriais e de internação a fim de garantir o repassede recursos.

Ivanildo Pessoa de Freitas (atleta) - Sessão Solenena Assembléia Legislativa de São Paulo

em homenagem aos atletas paraolímpicosAtenas - 2004

Foto Marco A. Cardelino

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269

PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

SEÇÃO IIIDa Estrutura

Artigo 3º - O CEDEME tem a seguinte estrutura:

I - Assistência Técnica;

II - Núcleo de Reinserção Psicossocial, com:

a) Equipe de Apoio Assistencial;

b) Equipe Técnica;

III - Núcleo de Recursos Humanos, com Centro de ConvivênciaInfantil;

IV - Núcleo de Apoio Administrativo, com:

a) Equipe de Finanças e Suprimentos;

b) Equipe de Infra-estrutura;

V - Célula de Apoio Administrativo.

Parágrafo único - A Assistência Técnica e a Célula de ApoioAdministrativo não se caracterizam como unidadesadministrativas.

SEÇÃO IVDas Atribuições

SUBSEÇÃO IDa Assistência Técnica

Artigo 4º - A Assistência Técnica tem por atribuição:

I - assistir ao Diretor do Centro no desempenho de suasatribuições;

II - acompanhar e avaliar as atividades relacionadas aoplanejamento e ao desempenho do Centro de modo geral;

III - elaborar e implantar sistema de acompanhamento e controledas atividades desenvolvidas;

IV - produzir informações gerenciais para subsidiar as decisõesdo dirigente da unidade;

V - controlar e acompanhar as atividades decorrentes decontratos, acordos e ajustes;

VI - emitir pareceres e realizar estudos sobre assuntos relativosà sua área de atuação;

VII - verificar a regularidade das atividades técnicas eadministrativas do Centro.

SUBSEÇÃO IIDo Núcleo de Reinserção Psicossocial

Artigo 5º - O Núcleo de Reinserção Psicossocial tem por atribuição:

I - promover ações integradas que objetivem a reinserçãopsicossocial dos pacientes;

II - promover a reinserção das crianças em escola públicaregular;

III - promover atividades de saúde, higiene e nutrição paramelhoria da qualidade de vida dos pacientes;

IV - coletar e classificar dados de saúde;

V - receber registros referentes a pacientes e controlar suamovimentação;

VI - elaborar relatórios gráficos e tabelas;

VII - por meio da Equipe de Apoio Assistencial:

a) atuar no processo diagnóstico para definição de açõesterapêuticas de atendimento ao paciente, tanto preventiva comoemergencial, incluindo cuidados de enfermagem;

b) prestar assistência integral aos pacientes e dar atendimentoàs intercorrências;

c) controlar o estoque, e a qualidade dos medicamentos;

d) manter atualizados registros e fichas de medicamentossujeitos a controle especial;

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

e) planejar, programar, supervisionar e preparar as dietasalimentares e refeições;

f) programar os insumos para a produção de dietas alimentarese refeições;

g) distribuir dietas e refeições, conforme programação;

h) prever, requisitar e receber gêneros alimentícios e utensílios.

SUBSEÇÃO IIIDo Núcleo de Recursos Humanos

Artigo 6º - O Núcleo de Recursos Humanos tem por atribuição:

I - recrutar e selecionar o pessoal necessário ao Centro,observadas as normas legais;

II - desenvolver e executar programas de treinamento edesenvolvimento de pessoal, em consonância com as propostastécnicas da unidade;

III - exercer o previsto nos artigos 11 a 15, do Decreto nº 13.242,de 12 de fevereiro de 1979;

IV - por meio do Centro de Convivência Infantil o previsto noartigo 7º do Decreto nº 33.174, de 8 de abril de 1991.

SUBSEÇÃO IVDo Núcleo de Apoio Administrativo

Artigo 7º - O Núcleo de Apoio Administrativo tem por atribuição:

I - por meio da Equipe de Finanças e Suprimentos:

a) em relação aos Sistemas de Administração Financeira eOrçamentária, o previsto no artigo 10 do Decreto-lei nº 233, de28 de abril de 1970;

b) em relação à administração de material e patrimônio:

1 - organizar e manter atualizado o cadastro de fornecedores demateriais e serviços;

2 - colher informações de outros órgãos sobre a idoneidade dasempresas para fins de cadastramento;

3 - preparar os expedientes referentes à aquisição de materiaisou à prestação de serviços;

4 - analisar propostas de fornecimentos e de prestação deserviços;

5 - elaborar contratos relativos à compra de materiais ou àprestação de serviços;

6 - analisar a composição dos estoques, verificando suacorrespondência com as necessidades efetivas e relacionar osmateriais considerados excedentes ou em desuso;

7 - fixar níveis de estoque;

8 - controlar o cumprimento, pelos fornecedores, das condiçõespropostas e constantes das encomendas efetuadas,comunicando, às unidades responsáveis, a ocorrência de atrasose outras irregularidades;

9 - receber, conferir, guardar e distribuir, mediante requisição,os materiais adquiridos;

10 - manter atualizados registros de entrada e saída e de valoresdos materiais em estoque;

11 - realizar balancetes mensais e inventários físicos e financeirosdo material em estoque;

12 - realizar levantamento de consumo anual, para orientar aelaboração do orçamento;

13 - cadastrar e chapear o material permanente recebido;

14 - registrar a movimentação de bens móveis;

15 - verificar, periodicamente, o estado dos bens móveis eequipamentos e solicitar providências para a sua manutenção,substituição ou baixa patrimonial;

16 - providenciar o seguro dos bens móveis e imóveis;

17 - proceder, periodicamente, ao inventário de todos os bensmóveis constantes do cadastro;

18 - remover medidas administrativas necessárias à defesa dosbens patrimoniais;

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

II - por meio da Equipe de Infra-estrutura:

a) em relação ao Sistema de Administração dos TransportesInternos Motorizados, a prevista no artigo 9º do Decreto nº 9.543,de 1º de março de 1977;

b) em relação às comunicações administrativas:

1 - receber, registrar, autuar, distribuir e expedir papéis eprocessos;

2 - preparar o expediente;

3 - acompanhar e prestar informações sobre o andamento depapéis e processos;

4 - manter arquivos dos papéis e processos;

5 - receber, preparar e expedir malotes e correspondências;

c) em relação à zeladoria:

1 - manter, ou fiscalizar, quando a cargo de terceiros, a vigilânciano âmbito do Centro;

2 - zelar pela conservação e limpeza do imóvel;

3 - controlar a entrada e saída de pessoas e veículos;

4 - executar serviços de portaria e copa;

d) em relação à manutenção:

1 - executar os serviços de manutenção de bens móveis eimóveis, instalações e equipamentos;

2 - manter e conservar sistemas elétricos, hidráulicos e decomunicações;

3 - executar reparos e reformas de móveis, equipamentos eoutros materiais de trabalho;

4 - executar serviços de marcenaria, carpintaria e serralheria;

5 - zelar pela conservação, manutenção e limpeza das máquinas,equipamentos e instalações;

e) em relação à Lavanderia e Limpeza:

1 - proceder à lavagem e desinfecção das roupas hospitalares;

2 - controlar o estoque e distribuição das roupas;

3 - reaproveitar e reparar roupas no geral;

4 - controlar produtos químicos e de limpeza;

5 - efetuar a higienização e limpeza dos prédios e pátios.

SUBSEÇÃO VDa Célula de Apoio Administrativo

Artigo 8º - A Célula de Apoio Administrativo tem por atribuição:

I - receber, registrar, distribuir e expedir papéis e processos;

II - preparar o expediente da diretoria;

III - exercer outras atividades que se caracterizem como apoioadministrativo.

SEÇÃO VDos Níveis Hierárquicos

Artigo 9º - As unidades administrativas do CEDEME têm osseguintes níveis hierárquicos:

I - de Serviço Técnico de Saúde, o Núcleo de ReinserçãoPsicossocial;

II - de Equipe Técnica de Saúde, a Equipe de Apoio Assistencial;

III - de Serviço Técnico, o Núcleo de Recursos Humanos;

IV - de Serviço, o Núcleo de Apoio Administrativo;

V - de Seção Técnica, o Centro de Convivência Infantil;

VI - de Seção:

a) a Equipe de Finanças e Suprimentos;

b) a Equipe de Infra-estrutura.

SEÇÃO VIDos Órgãos dos Sistemas de Administração

Geral

Artigo 10 - São órgãos subsetoriais dos Sistemas de Administração

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

de Pessoal e Financeira e Orçamentária o Núcleo de RecursosHumanos e a Equipe de Finanças e Suprimentos, respectivamente.

SEÇÃO VIIDas Competências

SUBSEÇÃO IDo Diretor do Centro

Artigo 11 - Ao Diretor do Centro, além de outras competências quelhe forem conferidas por lei ou decreto, compete:

I - dirigir, orientar e acompanhar as atividades das unidades doCentro;

II - subscrever certidões, declarações ou atestados oficiais;

III - autorizar a transferência de pacientes para outros órgãosou entidades;

IV - expedir normas internas de organização;

V - em relação aos Sistemas de Administração Financeira eOrçamentária, exercer, enquanto dirigente de unidade dedespesa, o previsto no artigo 14, do Decreto-lei nº 233, de 28 deabril de 1970;

VI - em relação ao Sistema de Administração de Pessoal,exercer o previsto no artigo 30 do Decreto nº 13.242, de 12 defevereiro de 1979;

VII - em relação à administração de material e patrimônio,exercer o previsto no artigo 51 do Decreto nº 9.361, de 31 dedezembro de 1976.

SUBSEÇÃO IIDos Diretores dos Núcleos

Artigo 12 - Aos Diretores dos Núcleos, em suas respectivas áreasde atuação, além de outras competências que lhes forem conferidaspor lei ou decreto compete:

I - em relação ao Sistema de Administração de Pessoal, exercer oprevisto no artigo 30 do Decreto nº 13.242, de 12 de fevereiro de 1979;

II - referendar as escalas de serviços e propor a classificaçãodos servidores nas unidades subordinadas.

SUBSEÇÃO IIIDo Diretor do Núcleo de Recursos Humanos

Artigo 13 - Ao Diretor do Núcleo de Recursos Humanos, competeainda, em relação ao Sistema de Administração de Pessoal, exercero previsto no artigo 33 do Decreto nº 13.242, de 12 de fevereiro de 1979.

Artigo 14 - Ao Diretor do Núcleo de Apoio Administrativo compete,ainda:

I - aprovar a prestação de contas referente a adiantamentos;

II - assinar cheques, ordens de pagamento e outros tipos dedocumentos, em conjunto com o Chefe da Equipe de Finançase Suprimentos;

III - designar o responsável pela guarda e encaminhamento doscadáveres;

IV - autorizar a baixa dos bens móveis.

SUBSEÇÃO IVDo Supervisor de Equipe Técnica de Saúde até o

Nível de Chefe de Equipe

Artigo 15 - Ao Supervisor de Equipe Técnica até o nível de Chefe deEquipe, em suas respectivas áreas de atuação, compete ainda, emrelação ao Sistema de Administração de Pessoal, exercer o previstono artigo 31 do Decreto nº 13.242, de 12 de fevereiro de 1979;

Artigo 16 - Ao Chefe da Equipe de Finanças e Suprimentoscompete, ainda:

I - em relação aos Sistemas de Administração Financeira eOrçamentária, exercer o previsto no artigo 17, do Decreto-lei

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

nº 233, de 28 de abril de 1970;

II - aprovar as relações de materiais a serem adquiridos emantidos em estoque no Centro;

III - assinar convites e editais de tomadas de preço;

IV - requisitar material.

SUBSEÇÃO VDas Competências Comuns

Artigo 17 - São competências comuns ao Diretor do Centro até onível de Diretor de Núcleo:

I - orientar e acompanhar as atividades dos servidoressubordinados;

II - promover o entrosamento das unidades subordinadas,garantindo o desenvolvimento integrado dos trabalhos;

III - determinar o arquivamento de papéis em que inexistamprovidências a tomar ou cujos pedidos careçam de fundamentolegal;

IV - em relação ao Sistema de Administração de Pessoal,exercer o previsto no artigo 34 do Decreto nº 13.242, de 12 defevereiro de 1979;

V - em relação à administração de material e patrimônio,autorizar a transferência de bens móveis entre as unidadessubordinadas.

Artigo 18 - São competências comuns ao Diretor do Centro até onível de Chefe de Equipe:

I - elaborar ou participar da elaboração dos programas detrabalho;

II - em relação ao Sistema de Administração de Pessoal, exercer oprevisto no artigo 35 do Decreto nº 13.242, de 12 de fevereiro de 1979;

III - requisitar material permanente e de consumo;

IV - zelar pelo uso adequado e pela conservação dos

equipamentos e materiais;

V - orientar e acompanhar as atividades dos servidoressubordinados.

SEÇÃO VIIIDo Pro Labore

Artigo 19 - Para fins de atribuição da gratificação pro labore deque trata o artigo 11 da Lei Complementar nº 674, de 8 de abril de1992, ficam caracterizadas como específicas de Médico, as funçõesadiante enumeradas, destinadas às unidades administrativas doCEDEME, na seguinte conformidade:

I - 1 (uma) de Diretor Técnico de Divisão de Saúde, destinadaao CEDEME;

II - 1 (uma) de Diretor Técnico de Serviço de Saúde, destinadaao Núcleo de Reinserção Psicossocial;

III - 1 (uma) de Supervisor de Equipe Técnica de Saúde,destinada à Equipe de Apoio Assistencial.

Parágrafo único - Para efeito de atribuição do pro labore deque trata este artigo, serão exigidos dos servidores a seremdesignados, além da habilitação legal para o exercício damedicina, experiência profissional na área de assistência aodeficiente mental e reabilitação de, no mínimo:

a) 3 (três) anos para a função de Diretor Técnico de Divisão deSaúde;

b) 2 (dois) anos para a função de Diretor Técnico de Serviço deSaúde;

c) 1 (um) ano para a função de Supervisor de Equipe Técnicade Saúde.

SEÇÃO IXDisposições Finais

Artigo 20 - As atribuições das unidades e as competências dasautoridades de que trata este decreto serão exercidas na

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

conformidade da legislação pertinente, podendo ser disciplinadas,mediante resolução do Secretário da Saúde.

Artigo 21 - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,ficando revogadas as disposições em contrário, em especial oDecreto nº 39.890, de 30 de dezembro de 1994.

Palácio dos Bandeirantes, 18 de julho de 1997.

Mário Covas. Governador.

Decreto nº 46.804, de 6 de junho de 2002

Autoriza a Secretaria Estadual de Assistência e DesenvolvimentoSocial a, representando o Estado, celebrar convênios communicípios do Estado de São Paulo, visando à transferência derecursos financeiros para os fins que especifica.

Geraldo Alckmin, Governador do Estado de São Paulo, no uso desuas atribuições legais,

Decreta:

Artigo 1º - Fica a Secretaria Estadual de Assistência eDesenvolvimento Social autorizada a, representando o Estado,celebrar convênios com municípios do Estado de São Paulo, quevenham a constar de relação aprovada por despacho governamentale publicada no Diário Oficial do Estado, tendo por objeto atransferência de recursos financeiros para a aquisição deequipamentos e materiais de natureza permanente, destinados aequipar unidades municipais de atendimento à família, à criança eao adolescente, ao idoso, à pessoa portadora de deficiência eao migrante população de rua, visando minorar, prevenir ou revertera situação de carência dos atendidos.

Artigo 2º - A instrução dos processos referentes a cada convêniodeverá compreender manifestação da Consultoria Jurídica que serveà Pasta e a observância do disposto nos artigos 5º, incisos II a V,e 8º do Decreto nº 40.722, de 20 de março de 1996, cabendo,ainda, após a assinatura do instrumento respectivo, a adoção doprocedimento estipulado no artigo 11 do referido decreto.

Artigo 3º - As despesas decorrentes da execução das atividadesprevistas neste decreto correrão à conta das dotações hábeis,alocadas no Orçamento-Programa da Secretaria Estadual de

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Assistência e Desenvolvimento Social.

Artigo 4º - O instrumento-padrão das avenças deverá obedecer aomodelo do Anexo, deste decreto.

Artigo 5º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 6 de junho de 2002.

Geraldo Alckmin. Governador.

ANEXO a que se refere o artigo 4º do Decreto nº46.804, de 6 de junho de 2002

PROCESSO Nº

TERMO DE CONVÊNIO QUE ENTRE SI CELEBRAM O ESTADODE SÃO PAULO, POR INTERMÉDIO DA SECRETARIA ESTADUALDE ASSISTÊNCIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL E OMUNICÍPIO DE , OBJETIVANDO A TRANSFERÊNCIA DERECURSOS FINANCEIROS PARA OS FINS QUE ESTABELECE.

Pelo presente instrumento, o Estado de São Paulo, por suaSecretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, nesteato representada pelo Secretário de Estado , devidamenteautorizado pelo Senhor Governador, através do Decreto nº , de 2002,doravante designada SECRETARIA e o Município de , com sede à, neste ato, representado pelo(a) Prefeito(a) Municipal Sr.(a) ,devidamente autorizado pela Lei Municipal nº , de de , doravantedenominado MUNICÍPIO, celebram o presente Convênio, medianteas cláusulas e condições seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA

Do Objeto

Constitui objeto deste Convênio a transferência de recursos

financeiros, da SECRETARIA para o MUNICÍPIO, visando aaquisição de equipamentos e materiais de natureza permanente,conforme plano de trabalho e cronograma físico-financeiroconstantes do projeto apresentado, que constitui parte integrantedeste ajuste, independente de transcrição, destinados a equipar aUnidade de Atendimento , sita à Rua .

Parágrafo único - O projeto mencionado no caput deste artigo,poderá ser alterado parcialmente, mediante prévia autorizaçãoda SECRETARIA, desde que vise sua melhor adequação aosrecursos repassados.

CLÁUSULA SEGUNDA

Das Obrigações da SECRETARIA

São obrigações da SECRETARIA:

I - repassar ao MUNICÍPIO, em conformidade com as etapasconstantes do cronograma físico-financeiro, os recursos previstosna Cláusula anterior e nas condições explicitadas na CláusulaQuarta, mediante crédito a seu favor em conta vinculada, naAgência , Conta nº , do Banco Nossa Caixa S.A., situada noMunicípio ou, se for o caso, em Município vizinho, observadasas disposições do artigo 116, da Lei Federal nº 8.666, de 21 dejunho de 1993 e suas alterações posteriores;

II - fiscalizar a execução do objeto conveniado, propondo, aqualquer tempo, dentro das suas atribuições legais, asreformulações que entender cabíveis se não estiverem sendoalcançadas as finalidades visadas;

III - analisar e aprovar, se for o caso, as prestações de contasdos recursos repassados.

CLÁUSULA TERCEIRA

Das Obrigações do MUNICÍPIO

São obrigações do MUNICÍPIO:

I - adquirir os equipamentos e materiais de naturezapermanente, conforme o projeto mencionado na Cláusula

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Primeira, sob sua inteira e total responsabilidade técnica, nosprazos e condições estabelecidos, observando a legislaçãopertinente e os melhores padrões de qualidade e economia;

II - submeter à aprovação da SECRETARIA, com a antecedêncianecessária, quaisquer alterações que venham a ser feitas noprojeto estabelecido;

III - aplicar os recursos repassados pela SECRETARIA, no intervaloentre a liberação dos recursos e a sua efetiva utilização, emcadernetas de poupança de instituição financeira oficial se aprevisão de seu uso for igual ou superior a um mês, ou em fundode aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercadoaberto lastreada em títulos da dívida pública, quando a utilizaçãodos mesmos verificar-se em prazos menores que um mês;

IV - apresentar mensalmente à SECRETARIA demonstrativo dacorreta aplicação dos recursos transferidos, em estritaconformidade com o Projeto e Plano de Aplicação previamenteaprovados, anexando extrato bancário, demonstrativo domovimento diário dos recursos financeiros aplicados,independentemente da prestação de contas devida ao Tribunalde Contas do Estado;

V - permitir e facilitar à SECRETARIA o acompanhamento, asupervisão e fiscalização da execução do objeto deste Convênio,inclusive, colocando à sua disposição a documentação referenteà aplicação dos recursos;

VI - complementar, com recursos próprios, a execução do objetodeste Convênio se os recursos repassados pela SECRETARIAforem insuficientes;

VII - prestar contas nos moldes das instruções específicas eeditadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, àSECRETARIA, na forma especificada na cláusula sexta desteinstrumento.

CLÁUSULA QUARTA

Do Valor e dos Recursos

O valor total do convênio é de R$ ( ), que onerará o Órgão 035 - Secretaria

Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, U. O. - U.G.O. - ,U.G.E.- , Programa de Trabalho - e Natureza de Despesa , do exercíciovigente.

Parágrafo único - As receitas financeiras, auferidas em razãoda aplicação dos recursos, serão obrigatoriamente computadasa crédito do Convênio e aplicadas, exclusivamente, no objetodescrito na Cláusula Primeira deste Termo, devendo constar dedemonstrativo específico que integrará a prestação de contas.

CLÁUSULA QUINTA

Da Liberação dos Recursos

Os recursos de que trata a Cláusula anterior serão repassados aoMUNICÍPIO, em conformidade com o cronograma físico-financeiro,transferindo-se a primeira parcela em até ( ) dias após a assinaturado convênio, e as demais parcelas em até ( ) dias, após a aprovaçãodas contas referentes à parcela anterior.

CLÁUSULA SEXTA

Da Prestação de Contas

A prestação de contas deverá ser apresentada à SECRETARIA, noprazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar do vencimento da vigênciadesta avença, composta dos seguintes documentos:

I - cópia do Termo de Convênio;

II - cópia do Plano de Trabalho;

III - relatório de execução físico-financeira;

IV - demonstrativo da execução da receita e despesa,evidenciando o saldo e, quando for o caso, os rendimentosauferidos de aplicação no mercado financeiro;

V - conciliação do saldo bancário;

VI - cópia do extrato da conta bancária vinculada ao presenteconvênio;

VII - relação dos bens adquiridos com os repasses financeirosda SECRETARIA;

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

VIII - comprovante bancário, com autenticação mecânica derecolhimento dos recursos não aplicados, quando for o caso, àconta indicada pela SECRETARIA.

Parágrafo único - As faturas, notas fiscais, recibos e quaisqueroutros documentos comprobatórios de despesas serão emitidosem nome do MUNICÍPIO, e mantidos em arquivo em boa ordem,no próprio local em que forem contabilizados, à disposição dosórgãos de controle internos e externos, pelo prazo de 5 (cinco)anos,contados da emissão do parecer conclusivo sobre aprestação de contas pelo gestor da SECRETARIA, observadasas normas do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo,Resolução 9/98, Instrução nº 1, ou outras que vierem a substituí-las.

CLÁUSULA SÉTIMA

Da Execução e Fiscalização do Convênio

O controle e fiscalização da execução do presente ajuste incumbirá,pela SECRETARIA, ao Diretor da Divisão Regional de Assistênciae Desenvolvimento Social de e pelo MUNICÍPIO ao seurepresentante indicado para tal finalidade pelo Prefeito Municipal.

CLÁUSULA OITAVA

Da Vigência

O presente Convênio vigorará por ( ) meses, a contar da data desua celebração, podendo ser prorrogado por motivo relevante,devidamente justificado e após aprovação do Titular daSECRETARIA, mediante Termo Aditivo, pelo prazo suficiente paraas aquisições dos equipamentos e materiais permanentes, até oprazo máximo de 60 (sessenta) meses.

Parágrafo único - A mora na liberação dos recursos ensejaráa prorrogação automática deste Convênio pelo mesmo númerode dias relativos ao atraso da respectiva liberação,independentemente de Termo de Aditamento, desde quedevidamente comprovada nos autos e autorizada pelo Titular daPasta.

CLÁUSULA NONA

Da Rescisão e da Denúncia

Este Convênio poderá, a qualquer tempo, ser denunciado porqualquer dos partícipes mediante notificação com antecedênciamínima de 60 (sessenta) dias.

§ 1º - O descumprimento de quaisquer obrigações previstas nopresente Convênio ensejará a sua rescisão sem que caiba aoMUNICÍPIO qualquer direito a indenização.

§ 2º - Ocorrendo a rescisão ou a denúncia do presente Convênio,cada partícipe responderá por suas obrigações até a data dorompimento do acordo, devendo o MUNICÍPIO apresentar àSECRETARIA, no prazo de até 30 (trinta) dias do ato, adocumentação comprobatória do cumprimento das obrigaçõesassumidas até aquela data.

CLÁUSULA DÉCIMA

Dos Saldos Financeiros Remanescentes

Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do Convênio,os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientesdas receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, serãodevolvidos através de guia de recolhimento, no prazo improrrogávelde 30 (trinta) dias do evento, sob pena de imediata instauração detomada de contas especial do responsável providenciada pelaSECRETARIA.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA

Da Responsabilidade do MUNICÍPIO

Obriga-se o MUNICÍPIO, nos casos de não utilização dos recursospara o fim conveniado ou de aplicação indevida destes recursos, adevolvê-los à Fazenda do Estado, acrescidos da remuneração devidapela aplicação em caderneta de poupança a partir da data do seurepasse, juntando-se o comprovante do recolhimento.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA

Do Compromisso do MUNICÍPIO

Compromete-se o MUNICÍPIO a não alienar, pelo prazo de 5 (cinco)anos e sem prévia autorização da SECRETARIA, os bensadquiridos com recursos do presente convênio.

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA

Do Foro

Fica eleito o Foro da Comarca da Capital para dirimir as questõesoriundas deste Convênio, com renúncia de qualquer outro por maisprivilegiado que seja.E por estarem de acordo, firmam o presente Termo em 2 (duas)vias de igual teor juntamente com as testemunhas abaixo.São Paulo, de 2002

SECRETÁRIO ESTADUAL DE ASSISTÊNCIA EDESENVOLVIMENTO SOCIAL (A) PREFEITO MUNICIPALTestemunhas:1._________________________ 2.__________________________Nome: Nome:R.G.: R.G.:CPF.: CPF.:

Decreto nº 48.060, de 1º de setembro de 2003

Autoriza a Secretaria da Educação a, representando o Estado,celebrar convênios com instituições sem fins lucrativos, com atuaçãoem educação especial, para promover o atendimento deeducandos portadores de necessidades especiais e dáprovidências correlatas.

Geraldo Alckmin, Governador do Estado de São Paulo, no uso desuas atribuições legais,

Decreta:

Artigo 1º - Fica a Secretaria da Educação autorizada a,representando o Estado, celebrar convênios com instituições semfins lucrativos, com atuação em educação especial, para promovero atendimento de educandos portadores de necessidadesespeciais, cuja situação não permita a integração em classescomuns de ensino regular.

Artigo 2º - O atendimento dos educandos dar-se-á mediante:

I - a inserção em classes mantidas pela própria instituição,nos termos do fixado no modelo do Anexo I; ou

II - a instalação na instituição de classes descentralizadas,vinculadas a uma escola da rede estadual de ensino, regidaspor Professores do Quadro do Magistério, na forma estabelecidano modelo do Anexo II.

Artigo 3º - Aos convênios de que trata o inciso I do artigo 2ºdeste decreto aplicam-se as seguintes disposições:

I - a instituição prestará a educação especial, nos termosda normatização estabelecida pela Secretaria da Educação;

II - o pagamento das despesas com a manutenção dos

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

serviços escolares, especialmente os decorrentes da contrataçãodos docentes, serão de responsabilidade da instituição;

III - o Estado promoverá o ressarcimento das despesas oriundasda prestação de educação especial aos alunos encaminhadosà instituição na seguinte forma:

a) os recursos serão transferidos em 3 (três) parcelas, nosmeses de março, junho e setembro, salvo por ocasião daassinatura do termo, quando ocorrerá o repasse da primeiraparcela, independentemente do mês;

b) o cálculo do montante a ser repassado será obtido pelamultiplicação do número de alunos, cadastrados e matriculadosna instituição, pelo valor fixado pela Secretaria da Educação,tendo como referência o valor estimado pelo Fundo deManutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e deValorização do Magistério - FUNDEF, em janeiro de cadaexercício, e para a Quota Estadual do Salário da Educação -QESE pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação -FNDE/Ministério da Educação.

Artigo 4º - Aos convênios de que trata o inciso II do artigo2º deste decreto aplicar-se-á o seguinte:

I - o Estado ressarcirá a instituição pelas despesas com ainstalação das classes, aquisição de bens e equipamentos, edemais serviços necessários à prestação da educação especial;

II - os recursos serão transferidos em 3 (três) parcelas, nosmeses de março, junho e setembro, salvo por ocasião daassinatura do termo, quando ocorrerá o repasse da primeiraparcela, independentemente do mês;

III - o valor devido será obtido por meio da multiplicação donúmero de alunos, cadastrados e matriculados na instituição,pelo valor fixado pela Secretaria da Educação, tendo comoreferência até 40% (quarenta por cento) do valor estimado parao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do EnsinoFundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF emjaneiro de cada exercício, e para a Quota Estadual do Salárioda Educação - QESE pelo Fundo Nacional de Desenvolvimentoda Educação - FNDE/Ministério da Educação.

Artigo 5º - A instituição conveniada poderá propor a alteraçãodo modelo de ajuste, mediante requerimento protocolado naDiretoria de Ensino, até 90 (noventa) dias antes do final doexercício.

Parágrafo único - A modificação prevista no caput seráformalizada por termo de aditamento, firmado pelo Secretárioda Educação, após aprovação de plano de trabalho e juntadaaos autos dos documentos necessários, na forma estabelecidapela Pasta.

Artigo 6º - As instituições, para os fins deste decreto, deverãoapresentar:

I - cópia do ato constitutivo, eventuais alterações e respectivoregistro;

II - indicação da previsão estatutária, que autoriza a celebraçãode ajustes com o Estado de São Paulo;

III - cópia do ato de eleição e posse da diretoria em exercício;

IV - prova da regularidade perante a seguridade social e o Fundode Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrandosituação regular no cumprimento dos encargos sociaisinstituídos por lei;

V - cumprimento da regulamentação editada pela Secretaria daEducação.

Artigo 7º - A Secretaria da Educação editará normascomplementares para a execução do presente decreto.

Artigo 8º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação,ficando revogados os Decretos nº 46.264, de 9 de novembro de2001 e nº 46.489, de 9 de janeiro de 2002, respeitada até 31 dedezembro de 2003 a vigência dos convênios e aditamentoscelebrados nos termos de sua disciplina normativa.

Palácio dos Bandeirantes, 1º de setembro de 2003.

Geraldo Alckmin. Governador.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

ANEXO I a que se refere o inciso I do artigo 2º doDecreto nº 48.060, de 1º de setembro de 2003

Termo de Convênio que entre si celebram o Estado de São Paulo,por intermédio da Secretaria da Educação e , para promoveratendimento de educandos portadores de necessidadesespeciais (Processo )O Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Educação,representada neste ato por seu Titular, , devidamente autorizadopelo Governador do Estado, nos termos do Decreto nº , de de de2003, doravante designada SECRETARIA, e , inscrita no CNPJ,sob nº , com sede , representada, de acordo com o seu estatuto,por , portador do R.G. nº , doravante denominada INSTITUIÇÃO,observadas as disposições da Lei Federal nº 8.666, 21 de junho de1993 e da Lei nº 6.544, de 22 de novembro de 1989, no que couber,celebram o presente convênio mediante as cláusulas e condiçõesseguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA

Do Objeto

Constitui objeto deste convênio a ação compartilhada daSECRETARIA e da INSTITUIÇÃO, com vista à promoção doatendimento de educandos portadores de necessidadesespeciais, decorrentes de deficiência física, mental, auditiva,visual, múltipla ou com condutas típicas de síndromes comcomprometimentos severos, cuja situação não permita a integraçãoem classes comuns do ensino regular, conforme plano de trabalhode fls. do Processo nº , o qual, aprovado pela SECRETARIA, passaa fazer parte integrante do presente instrumento,independentemente de sua transcrição.

CLÁUSULA SEGUNDA

Das Obrigações

I - da SECRETARIA:

a) aprovar o quadro docente da INSTITUIÇÃO, responsável

pela execução do objeto do ajuste;

b) encaminhar à INSTITUIÇÃO os alunos cadastrados, quenão puderem ser integrados nas classes comuns, bem comoreceber na rede estadual os alunos da INSTITUIÇÃO, cujaavaliação pedagógica assim o recomendar;

c) acompanhar, fiscalizar e avaliar as ações necessárias àexecução do objeto conveniado, por intermédio da Diretoriade Ensino;

d) transferir à INSTITUIÇÃO os recursos financeirosconsignados na Cláusula Quarta deste ajuste;

II - da INSTITUIÇÃO:

a) ministrar a modalidade de ensino prevista na CláusulaPrimeira, na forma da legislação vigente, de acordo com asdiretrizes traçadas pela SECRETARIA, bem como contratar ocorpo docente e técnico necessário;

b) garantir vagas aos alunos encaminhados pelaSECRETARIA, em qualquer época do ano;

c) encaminhar à SECRETARIA os alunos cuja avaliaçãopedagógica recomende a inserção em classes comuns da redeestadual;

d) realizar o cadastramento dos alunos junto à SECRETARIA, deacordo com os critérios estabelecidos, mantendo-o atualizado;

e) assegurar às autoridades da SECRETARIA a orientação, oacompanhamento e a avaliação das atividades escolaresdesenvolvidas na INSTITUIÇÃO;

f) administrar os recursos financeiros, na forma do previstona Cláusula Quarta deste ajuste.

CLÁUSULA TERCEIRA

Dos Recursos Humanos

Não se estabelecerá nenhum vínculo de natureza trabalhista ou dequalquer espécie entre a SECRETARIA e o pessoal contratado pelaINSTITUIÇÃO para a execução das ações descritas neste convênio.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

CLÁUSULA QUARTA

Dos Recursos Financeiros

Os recursos financeiros para atendimento ao previsto na CláusulaSegunda, para o exercício serão no montante de R$ ( ), onerandoas Classificações Econômica e Funcional Programática ,vinculadas à Unidade de Despesa .

§ 1º - A SECRETARIA providenciará, se necessário, a previsãonos orçamentos dos exercícios seguintes das dotaçõescorrespondentes.

§ 2º - Os valores serão repassados na forma do disposto noinciso III do artigo 3º do Decreto nº , de de de 2003, e nãosofrerão reajustes durante o exercício.

§ 3º - Os recursos financeiros transferidos deverão serobrigatoriamente aplicados em cadernetas de poupança deinstituição financeira oficial, se a previsão de seu uso for igualou superior a um mês, ou em fundo de aplicação financeira decurto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em títulosda dívida pública, quando a sua utilização verificar-se em prazosmenores que um mês.

§ 4º - As receitas financeiras auferidas na forma do parágrafoanterior serão obrigatoriamente computadas a crédito doconvênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de suafinalidade, devendo constar de demonstrativo específico queintegrará as prestações de contas do ajuste.

§ 5º - O montante dos recursos financeiros, recebidos pelaINSTITUIÇÃO, destinar-se-á ao pagamento de salários dosprofessores regentes das classes conveniadas bem como dasdespesas com a manutenção das condições necessárias aodesenvolvimento dos serviços escolares relativos à EducaçãoEspecial.

§ 6º - Os recursos serão depositados em conta de crédito especial,indicada pela INSTITUIÇÃO, no Banco Nossa Caixa S.A..

§ 7º - Os saldos financeiros provenientes da transferência e desua administração financeira não utilizados na execução deste

convênio, deverão ser recolhidos por intermédio do Banco NossaCaixa S.A., de acordo com a legislação vigente.

§ 8º - Para fazer jus ao repasse da primeira parcela doano seguinte, a INSTITUIÇÃO deverá encaminhar a prestaçãode contas da verba recebida no ano anterior, acompanhadadas guias de recolhimento, se houver, até o último dia útil domês de dezembro de cada ano.

§ 9º - No caso de aplicação indevida dos recursos ou da receitaproveniente de sua aplicação financeira, será exigida sua devoluçãoacrescida da remuneração básica das cadernetas de poupança,desde a data do crédito até o seu recolhimento, devendo aINSTITUIÇÃO encaminhar a guia de recolhimento à SECRETARIA.

§ 10 - Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção doconvênio, os saldos financeiros remanescentes, inclusive osprovenientes das receitas obtidas das aplicações financeirasrealizadas, serão devolvidos à SECRETARIA, no prazoimprorrogável de 30 (trinta) dias do evento.

CLÁUSULA QUINTA

Da Prestação de Contas

A INSTITUIÇÃO prestará contas dos recursos recebidos na formado exigido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e doestabelecido pela SECRETARIA.

CLÁUSULA SEXTA

Das Alterações

As disposições do plano de trabalho poderão ser alteradas medianteproposta anual da INSTITUIÇÃO, devidamente aprovada pelaSECRETARIA.

CLÁUSULA SÉTIMA

Da Denúncia e Rescisão

Este convênio poderá ser denunciado, durante o prazo de vigência,

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

por mútuo consentimento dos partícipes, ou por desinteresse dequalquer deles, com antecedência mínima de 90 (noventa) dias, eserá rescindido, por infração legal ou convencional, em especial,na hipótese de interrupção, paralização ou insuficiência técnica naprestação dos serviços conveniados.

§ 1º - O Secretário da Educação e o Responsável pelaINSTITUIÇÃO são as autoridades competentes para denunciarou rescindir este ajuste.

§ 2º - No caso de encerramento das atividades conveniadas, aINSTITUIÇÃO e a SECRETARIA, por intermédio da Diretoria deEnsino, deverão assegurar a continuidade de atendimento aoseducandos.

CLÁUSULA OITAVA

Da Vigência

O presente convênio vigorará a partir da data de sua assinatura até, podendo ser prorrogado por períodos de 12 (doze) meses, até olimite de 60 (sessenta) meses, mediante termo aditivo, a ser firmadopelo titular da SECRETARIA, após proposta justificada e plano detrabalho apresentado pela INSTITUIÇÃO.

CLÁUSULA NONA

Do Acompanhamento e Controle

O acompanhamento e o controle da execução do presente acordoserão realizados pelo Diretor da Escola da INSTITUIÇÃO e pelaDiretoria de Ensino da SECRETARIA, em cuja jurisdiçãodesenvolvam-se as atividades objeto deste instrumento.

CLÁUSULA DÉCIMA

Do Foro

Fica eleito o Foro da Comarca da Capital do Estado de SãoPaulo para dirimir todas as questões decorrentes da execuçãodo convênio, que não puderem ser resolvidas de comum acordo

pelos partícipes.E por estarem concordes, assinam o presente convênio em 3(três) vias de igual teor, na presença das testemunhas abaixo.São Paulo, de deSECRETÁRIO DA EDUCAÇÃOREPRESENTANTE DA ENTIDADETestemunhas:1.______________________________Nome:R.G.:CIC:2.______________________________Nome:R.G.:CIC:

ANEXO II a que se refere o inciso II do artigo 2ºdoDecreto nº 48.060, de 1º de setembro de 2003

Termo de Convênio que entre si celebram o Estado de São Paulo,por intermédio da Secretaria da Educação e , para promoveratendimento de educandos portadores de necessidadesespeciais (Processo )O Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Educação,representada neste ato por seu Titular, , devidamente autorizadopelo Governador do Estado, nos termos do Decreto nº , de de de2003, doravante designada SECRETARIA, e , inscrita no CNPJ,sob nº , com sede , representada, de acordo com o seu estatuto,por , portador do R.G. nº , doravante denominada INSTITUIÇÃO,observadas as disposições da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junhode 1993 e da Lei nº 6.544, de 22 de novembro de 1989, no quecouber, celebram o presente convênio mediante as cláusulas econdições seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA

Do Objeto

Constitui objeto deste convênio a ação compartilhada da

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

SECRETARIA e da INSTITUIÇÃO, com vista à promoção doatendimento de educandos portadores de necessidadesespeciais, decorrentes de deficiência física, mental, auditiva,visual, múltipla ou com condutas típicas de síndromes comcomprometimentos severos, cuja situação não permita a integraçãoem classes comuns do ensino regular, conforme plano de trabalhode fls. do Processo nº , o qual, aprovado pela SECRETARIA, passaa fazer parte integrante do presente instrumento,independentemente de sua transcrição.

CLÁUSULA SEGUNDA

Das Obrigações

I - da SECRETARIA:

a) instalar nas dependências da INSTITUIÇÃO o número declasses previstas no plano de trabalho, com serviços deeducação especial, vinculada à (Unidade da Rede Estadual),regida(s) por Professor(es) do Quadro do Magistério.

b) encaminhar à INSTITUIÇÃO os alunos cadastrados, quenão puderem ser integrados nas classes comuns, bem comoreceber na rede estadual os alunos da INSTITUIÇÃO, cujaavaliação pedagógica assim o recomendar;

c) acompanhar, fiscalizar e avaliar as ações necessárias àexecução do objeto conveniado, por intermédio da Diretoria deEnsino;

d) transferir à INSTITUIÇÃO os recursos financeirosconsignados na Cláusula Quarta deste ajuste;

II - da INSTITUIÇÃO:

a) garantir o espaço físico necessário ao funcionamento damodalidade de ensino prevista na Cláusula Primeira, na formada legislação vigente, de acordo com as diretrizes traçadas pelaSECRETARIA, bem como contratar o corpo técnico necessário;

b) garantir vagas aos alunos encaminhados pelaSECRETARIA, em qualquer época do ano;

c) encaminhar à SECRETARIA os alunos cuja avaliação

pedagógica recomende a inserção em classes comuns da redeestadual;

d) realizar o cadastramento dos alunos junto à SECRETARIA,de acordo com os critérios estabelecidos, mantendo-oatualizado;

e) assegurar às autoridades da SECRETARIA a orientação, oacompanhamento e a avaliação das atividades escolaresdesenvolvidas na INSTITUIÇÃO;

f) administrar os recursos financeiros, na forma do previsto naCláusula Quarta.

CLÁUSULA TERCEIRA

Dos Recursos Humanos

Não se estabelecerá nenhum vínculo de natureza trabalhista ou dequalquer espécie entre a SECRETARIA e o pessoal contratadopela INSTITUIÇÃO para a execução das ações descritas nesteconvênio.

CLÁUSULA QUARTA

Dos Recursos Financeiros

Os recursos financeiros para atendimento ao previsto na CláusulaSegunda, para o exercício de serão no montante de R$ ( ), onerandoas Classificações Econômica e Funcional Programática ,vinculadas à Unidade de Despesa.

§ 1º - A SECRETARIA providenciará, se necessário, a previsãonos orçamentos dos exercícios seguintes das dotaçõescorrespondentes.

§ 2º - Os valores serão repassados na forma do disposto noinciso III do artigo 3º do Decreto nº , de de de 2003, e nãosofrerão reajustes durante o exercício.

§ 3º - Os recursos financeiros transferidos deverão serobrigatoriamente aplicados em cadernetas de poupança deinstituição financeira oficial, se a previsão de seu uso for igualou superior a um mês, ou em fundo de aplicação financeira de

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em títulosda dívida pública, quando a sua utilização verificar-se em prazosmenores que um mês.

§ 4º - As receitas financeiras auferidas na forma do parágrafoanterior serão obrigatoriamente computadas a crédito doconvênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de suafinalidade, devendo constar de demonstrativo específicoque integrará as prestações de contas do ajuste.

§ 5º - O montante dos recursos financeiros, recebidospela INSTITUIÇÃO, destinar-se-á ao pagamento dasdespesas com a instalação das classes, aquisição debens e equipamentos e demais serviços necessários àprestação da Educação Especial.

§ 6º - Os recursos serão depositados em conta de créditoespecial, indicada pela INSTITUIÇÃO, no Banco Nossa CaixaS.A..

§ 7º - Os saldos financeiros provenientes da transferência e desua administração financeira não utilizados na execução desteconvênio, deverão ser recolhidos por intermédio do Banco NossaCaixa S.A., de acordo com a legislação vigente.

§ 8º - Para fazer jus ao repasse da primeira parcela doano seguinte, a INSTITUIÇÃO deverá encaminhar a prestaçãode contas da verba recebida no ano anterior, acompanhadadas guias de recolhimento, se houver, até o último dia útil domês de dezembro de cada ano.

§ 9º - No caso de aplicação indevida dos recursos ou da receitaproveniente de sua aplicação financeira, será exigida suadevolução acrescida da remuneração básica das cadernetasde poupança, desde a data do crédito até o seu recolhimento,devendo a INSTITUIÇÃO encaminhar a guia de recolhimento àSECRETARIA.

§ 10 - Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção doconvênio, os saldos financeiros remanescentes, inclusive osprovenientes das receitas obtidas das aplicações financeirasrealizadas, serão devolvidos à SECRETARIA, no prazoimprorrogável de 30 (trinta) dias do evento.

CLÁUSULA QUINTA

Da Prestação de Contas

A INSTITUIÇÃO prestará contas dos recursos recebidos na formado exigido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e doestabelecido pela SECRETARIA.

CLÁUSULA SEXTA

Das Alterações

As disposições do plano de trabalho poderão ser alteradas medianteproposta anual da INSTITUIÇÃO, devidamente aprovada pelaSECRETARIA.

CLÁUSULA SÉTIMA

Da Denúncia e Rescisão

Este convênio poderá ser denunciado, durante o prazo de vigência,por mútuo consentimento dos partícipes, ou por desinteresse dequalquer deles, com antecedência mínima de 90 (noventa) dias, eserá rescindido, por infração legal ou convencional, em especial,na hipótese de interrupção, paralisação ou insuficiência técnica naprestação dos serviços conveniados.

§ 1º - O Secretário da Educação e o Responsável pelaINSTITUIÇÃO são as autoridades competentes para denunciar ourescindir este ajuste.

§ 2º - No caso de encerramento das atividades conveniadas, aINSTITUIÇÃO e a SECRETARIA, por intermédio da Diretoria deEnsino, deverão assegurar a continuidade de atendimento aoseducandos.

CLÁUSULA OITAVA

Da Vigência

O presente convênio vigorará a partir da data de sua assinatura até

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

podendo ser prorrogado por períodos de 12 (doze) meses, até olimite de 60 (sessenta) meses, mediante termo aditivo, a ser firmadopelo titular da SECRETARIA, após proposta justificada e plano detrabalho apresentado pela INSTITUIÇÃO.

CLÁUSULA NONA

Do Acompanhamento e Controle

O acompanhamento e o controle da execução do presente acordoserão realizados pelo Diretor da Escola da INSTITUIÇÃO e pelaDiretoria de Ensino da SECRETARIA e, em cujas jurisdiçõesdesenvolvam-se as atividades objeto deste instrumento.

CLÁUSULA DÉCIMA

Do Foro

Fica eleito o Foro da Comarca da Capital do Estado de SãoPaulo para dirimir todas as questões decorrentes da execução doconvênio, que não puderem ser resolvidas de comum acordopelos partícipes.E por estarem concordes, assinam o presente convênio em 3(três) vias de igual teor, na presença das testemunhas abai-xo.

São Paulo, de deSECRETÁRIO DA EDUCAÇÃOREPRESENTANTE DA ENTIDADETestemunhas:1. __________________________Nome:R.G.:CIC:2. __________________________Nome:R.G.:CIC:

Decreto nº 49.709, de 23 de junho de 2005

Introduz alterações no Regulamento do Imposto sobre Circulaçãode Mercadorias e Prestações de Serviços - RICMS, aprovaprotocolos e dá outras providências.

GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, nouso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto nosConvênios ICMS-09/05, 16/05, 17/05, 18/05, 19/05, 24/05, 27/05,29/05, 38/05 e 50/05 e no Protocolo ICMS-09/05, todos celebradosem Maceió, AL, no dia 1° de abril de 2005, ratificados ou aprovadospelo Decreto 49.547, de 19 de abril de 2005, exceto o ProtocoloICMS-09/05, aprovado por este decreto,

Decreta:

Artigo 1º - Passam a vigorar com a seguinte redação os dispositivosadiante enumerados do Regulamento do Imposto sobre Circulaçãode Mercadorias e sobre Prestações de Serviços, aprovado peloDecreto nº 45.490, de 30 de novembro de 2000:

.....................................................

II - o parágrafo único do artigo 4° do Anexo I:

"Parágrafo único - Este benefício vigorará até 30 de abril de2008 (Convênio ICMS-18/05, cláusula primeira, V",b ")".(NR);

.......................................................

V - o artigo 16 do Anexo I:

"Artigo 16 (DEFICIENTES - CADEIRA DE RODAS EPRÓTESES) - Operação realizada com os produtos adiante

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

indicados, classificados na posição, subposição ou código daNomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado- NBM/SH (Convênio ICMS-47/97, cláusulas primeira e segunda,com alteração dos Convênios ICMS-94/03 e 38/05):

I - cadeira de rodas e outros veículos para deficientes físicos,mesmo com motor ou outro mecanismo de propulsão:

a) sem mecanismos de propulsão, 8713.10.00;

b) outros, 8713.90.00;

II - partes e acessórios destinados exclusivamente a aplicaçãoem cadeiras de rodas ou outros veículos para deficientes físicos,8714.20.00;

III - próteses articulares:

a) femurais, 9021.31.10;

b) mioelétricas, 9021.31.20;

c) outras, 9021.31.90;

IV - outros artigos e aparelhos ortopédicos, 9021.10.10;

V - outros artigos e aparelhos para fraturas, 9021.10.20;

VI - partes e acessórios de artigos e aparelhos de ortopedia,articulados, 9021.10.91;

VII - outras partes e acessórios, 9021.10.99;

VIII - partes de próteses modulares que substituem membrossuperiores ou inferiores, 9021.39.91;

IX - outros, 9021.39.99;

X - aparelhos para facilitar a audição dos surdos, exceto aspartes e acessórios, 9021.40.00;

XI - partes e acessórios de aparelhos para facilitar a audiçãodos surdos, 9021.90.92.

XII - barra de apoio para portador de deficiência física, 7615.20.00.

Parágrafo único - Não se exigirá o estorno do crédito doimposto relativo às mercadorias beneficiadas com a isençãoprevista neste artigo." (NR);

VI - o "caput" do inciso I do artigo 17 do Anexo I, mantidas assuas alíneas:

"I - acessórios e adaptações especiais para serem instaladosem veículo automotor destinado ao uso exclusivo de pessoaportadora de deficiência física impossibilitada de dirigir veículoconvencional (modelo comum):" (NR);

VII - o § 2° do artigo 17 do Anexo I:

"§ 2° - Relativamente aos produtos indicados no inciso I, a fruiçãodo benefício:

1 - dependerá de reconhecimento prévio da Secretaria daFazenda, nos termos de disciplina por ela estabelecida;

2 - somente se aplica se o adquirente não tiver débitos paracom a Secretaria da Fazenda e nem tiver usufruído da isençãoprevista no artigo 19 deste Anexo nos últimos 3 (três) anos,ressalvada a hipótese do § 12 desse mesmo artigo." (NR);

VIII - o § 5° do artigo 18 do Anexo I:

"§ 5º - Este benefício vigorará até 31 de outubro de 2007(Convênio ICMS-18/05, cláusula primeira, IV, "b")."(NR);

IX - o § 11 do artigo 19 do Anexo I:

" § 11 - O benefício previsto neste artigo somente se aplica se oadquirente não tiver:

1 - débitos para com a Secretaria da Fazenda;

2 - usufruído da isenção prevista no inciso I do artigo 17 desteAnexo nos últimos 3 (três) anos, contados da data do protocolodo requerimento a que se refere o § 2°." (NR);

X - o § 14 do artigo 19 do Anexo I, passando o atual § 14 adenominar -se § 15:

"§ 14 - Na hipótese de o interessado residir em território paulista,aplica -se também o benefício na aquisição de veículo automotornovo, com até 127 HP de potência bruta (SAE), sem a instalaçãoprévia de acessórios e adaptações especiais, desde que sejaapresentado pedido para fruição da isenção prevista no inciso Ido artigo 17 deste Anexo e observada a disciplina estabelecidapela Secretaria da Fazenda." (NR);

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

...................................................

Artigo 2º - Ficam acrescentados os dispositivos adiante indicadosao Regulamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias esobre Prestações de Serviços, aprovado pelo Decreto nº 45.490,de 30 de novembro de 2000, com a seguinte redação:

...................................................

II - ao artigo 17 do Anexo I, o § 3°:

"§ 3° - O adquirente dos produtos indicados no inciso I deverárecolher o imposto, com atualização monetária e acréscimoslegais, sem prejuízo das sanções penais cabíveis, a contar dadata da emissão do documento fiscal relativo à aquisição, nahipótese de:

1 - transmissão, a qualquer título, do veículo adaptado para seuuso exclusivo a pessoa que não faça jus ao mesmo tratamentofiscal, nos 3 (três) primeiros anos contados da data da aquisiçãodos produtos beneficiados com a isenção;

2 - modificação das características do veículo, para retirar -lhe ocaráter de especialmente adaptado;

3 - emprego do veículo em finalidade ou por pessoa que nãoseja a que justificou a isenção."(NR);

...................................................

Artigo 3º - Ficam revogados os dispositivos adiante indicados doRegulamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias ePrestações de Serviços, aprovado pelo Decreto nº 45.490, de 30de novembro de 2000:

.....................................................

II - o item 5 do § 2º do artigo 19 do Anexo I.

Artigo 4º - Ficam aprovados o Protocolo ECF-01/05 e os Protocolos

07/05 e 09/05, publicados na Seção I, páginas 55 a 57, do DiárioOficial da União de 12 de abril de 2005.

Artigo 5º - Ficam convalidados os procedimentos adotados combase no Convênio ICMS-09/05, de 1° de abril de 2005, no períodode 25 de abril de 2005 até a publicação deste decreto, desde quenão resultem em falta de pagamento do imposto (Convênio ICMS-09/05, cláusula sétima).

........................................................

Palácio dos Bandeirantes, 23 de junho de 2005

GERALDO ALCKMIN.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Decreto nº 50.572, de 1 de março de 2006

Regulamenta a Lei nº 12.085, de 5 de outubro de 2005, cria oCentro de Orientação e Encaminhamento para Pessoas comNecessidades Especiais e respectivas Famílias e dá providênciascorrelatas

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃOPAULO, no uso de suas atribuições legais e em cumprimento aodisposto no artigo 4º da Lei nº 12.085, de 5 de outubro de 2005 ,

Decreta:

Artigo 1º - Fica criado, na Secretaria Estadual de Assistência eDesenvolvimento Social, junto à Coordenadoria de Ação Social, oCentro de Orientação e Encaminhamento para Pessoas comNecessidades Especiais e respectivas Famílias.

Parágrafo único - O Centro criado por este artigo é unidadecom nível de Divisão Técnica.

Artigo 2º - O Centro de Orientação e Encaminhamento paraPessoas com Necessidades Especiais e respectivas Famílias tempor finalidades:

I - disponibilizar para as pessoas com necessidades especiais,com deficiências auditivas, físicas, mentais, visuais e distúrbiosde comportamento e a suas famílias, informações necessáriassobre recursos para atendimento de suas necessidades,contemplando serviços de saúde, de educação, jurídicos esociais;

II - disponibilizar, para a população em geral, informações quepossibilitem a valorização da diversidade humana e ofortalecimento da aceitação das diferenças individuais,contribuindo, assim, para a formação de personalidadessaudáveis dos indivíduos, sem qualquer discriminação;

III - promover a orientação geral aos pais, a partir do períodopré-natal, na rede pública de saúde, com continuidade nas fasesseguintes do desenvolvimento da pessoa.

Artigo 3º - O Centro de Orientação e Encaminhamento paraPessoas com Necessidades Especiais e respectivas Famíliaspromoverá o mapeamento dos recursos e serviços disponíveisàs pessoas portadoras de necessidades especiais no Estadode São Paulo, de modo a possibilitar a elaboração de um manualde informações e guia de serviços, a ser atual izadoperiodicamente.

Artigo 4º - A divulgação das informações e dos serviçosdisponíveis às pessoas portadoras de necessidades especiaisdeverá se dar da maneira mais ampla possível, envolvendo arede pública de ensino, os postos de saúde, os postos doPOUPATEMPO - Centrais de Atendimento ao Cidadão e osdemais órgãos e entidades aptos a colaborar na execução dopresente regulamento.

Artigo 5º - Para a consecução de suas finalidades, o Centro deOrientação e Encaminhamento para Pessoas com NecessidadesEspeciais e respectivas Famílias poderá, na conformidade doDecreto nº 40.722, de 20 de março de 1996, alterado pelo Decretonº 45.059, de 12 de julho de 2000 , articular:

I - a formalização de termos de cooperação, objetivando contarcom a colaboração de outros órgãos e Poderes do Estado;

II - a celebração de convênios visando a obter participação deterceiros, inclusive da União e de Municípios do Estado.

Artigo 6º - O Diretor do Centro de Orientação e Encaminhamentopara Pessoas com Necessidades Especiais e respectivasFamílias tem, em sua área de atuação, as competências deque tratam os artigos 67, 68 e 85 do Decreto nº 49.688, de 17de junho de 2005 .

Artigo 7º - As despesas decorrentes da aplicação deste decretocorrerão à conta das dotações próprias consignadas no orçamentovigente.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

Artigo 8º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 1º de março de 2006

GERALDO ALCKMIN. Governador.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d) EFICIÊNCIA

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SUMÁRIO

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei nº 5.440, de 20 de dezembro de 1957.Estabelece medidas de proteção em benefíciodos vendedores ambulantes de capacidade físicareduzida...................................................................................299

Decreto nº 4.575, de 27 de janeiro de 1960.Regulamenta a Lei nº 5.440, de 20 de dezembrode 1957 que estabelece medidas de proteção embenefício dos vendedores ambulantes de capacidadefísica reduzida..........................................................................300

Decreto n.º 4.883, de 22 de setembro de 1960Dispõe sôbre a criação do Instituto Municipal deEducação de Surdos e dá outras providências.............................301

Decreto nº 14.369, de 25 de fevereiro de 1977.Dispõe sobre programação e localização de vendedoresambulantes portadores de defeitos físicos de naturezagrave, na área geográfica da Administração Regionalda Sé......................................................................................303

Lei nº 5.690, de 08 de fevereiro de 1960.Dispõe que os surdos e surdos-mudos poderão sernomeados ou admitidos para cargos ou funçõespúblicas, cujo desempenho seja compatível com adeficiência de que forem portadores, e dá outrasprovidências.............................................................................307

Decreto n° 6.303, de 03 de dezembro de 1965.Regulamenta a Lei n° 5.690, de 8 de fevereiro de 1960,e dá outras providências............................................................308

Lei nº 8.438, de 20 de setembro de 1976.Dispõe sobre organização da educação de DeficientesAuditivos, no Ensino Municipal, e dá outras providências..............309

Lei nº 10.012, de 13 de dezembro de 1985.Dispõe sobre assentos reservados para uso por

gestantes, mulheres portando bebês ou crianças decolo, idosos e deficientes físicos, nos veículos detransporte coletivo de passageiros..............................................311

Lei nº 10.072, de 09 de junho de 1986.Dispõe sobre a instalação de bancas de jornais erevistas em logradouros públicos, e dá outrasprovidências.

- Arts. 1º; 2º; 5º, § 1º................................................................312

Decreto n° 22.709, de 05 de setembro de 1986.Regulamenta a Lei n° 10.072, de 9 de junho de 1986,que dispõe sobre a instalação de bancas de jornais erevistas em logradouros públicos, e dá outras providências.

- Arts. 1º; 2º, II; §§ 2º, a, 3º, 4º; 5º, I, IV a VII; 6º eparágrafo único e 30..................................................................313

Lei nº 10.205, de 04 de dezembro de 1986.Disciplina a expedição de licença de funcionamento edá outras providências.

- Art. 1º e parágrafo único..........................................................314

Lei nº 10.508, de 04 de maio de 1988.Dispõe sobre a Limpeza nos imóveis, o fechamento deterrenos não edificados e a construção de passeios, edá outras providências.

- Art. 10 e parágrafo único..........................................................315

Decreto nº 27.505, de 14 de dezembro de 1988.Regulamenta a Lei nº 10.508 de 4 de maio de 1988,que dispõe sobre a limpeza nos imóveis, o fechamentode terrenos não edificados e a construção de passeios,e dá outras providências.

- Arts. 27 e parágrafo único; 28..................................................316

Lei nº 10.832, de 05 de janeiro de 1990.Determina tratamento prioritário a pessoas portadorasde deficiências físicas...............................................................317

Lei nº 10.880, de 17 de setembro de 1990Autoriza o Executivo Municipal a criar escolas paracrianças portadoras de deficiência mentais, e dá outrasprovidências.............................................................................318

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Lei nº 11.039, de 23 de agosto de 1991.Disciplina o exercício do comércio ou prestação deserviços ambulantes nas vias e logradouros públicos domunicípio de São Paulo.............................................................318

Decreto nº 42.600, de 11 de novembro de 2002.Regulamenta a Lei n° 11.039, de 23 de agosto de 1991,que disciplina o exercício do comércio e a prestação deserviços ambulantes nas vias e logradouros públicos doMunicípio de São Paulo, de acordo com o disposto naLei n° 13.399, de 1º de agosto de 2002, que dispôssobre a criação das Subprefeituras.............................................325

Lei nº 11.056, de 04 de setembro de 1991.Autoriza o Executivo Municipal a celebrar convênios comentidades, reconhecidas como de utilidade pública, quemantenham cursos básicos ou especiais de alfabetizaçãopara crianças excepcionais.......................................................332

Decreto nº 31.384, de 30 de março de 1992.Regulamenta o disposto na Lei nº 11.056, de 4 desetembro de 1991, e dá outras providências................................332

Lei nº 11.065, de 04 de setembro de 1991.Torna obrigatória a adaptação dos estádios desportivospara facilitar o ingresso, locomoção e acomodação dosdeficientes físicos, especialmente paraplégicos...........................333

Lei nº 11.101, de 29 de outubro de 1991.Dispõe sobre a entrega de livros aos deficientes físicosem suas residências, para leitura e pesquisa nasBibliotecas Municipais..............................................................333

Decreto nº 31.285, de 28 de fevereiro de 1992.Regulamenta a Lei nº 11.101, de 29 de outubro de1991, que dispõe sobre a entrega de livros aosdeficientes físicos, em suas residências, para leiturae pesquisa nas Bibliotecas Municipais, e dá outrasprovidências.............................................................................334

Lei nº 11.109, de 31 de outubro de 1991.Institui nos órgãos da Administração Municipal, setorespecial para atendimento de idosos, gestantes eportadores de deficiência...........................................................335

Lei nº 11.111, de 31 de outubro de 1991.Altera o valor das multas pela prática de infrações àsnormas reguladoras do comércio ambulante, e dáoutras providências...................................................................336

Lei nº 11.119, de 08 de novembro de 1991.Dispõe sobre a construção de salas, para cinema eteatro em Centros Comerciais do Município de São Paulo.

- Art. 3º....................................................................................337

Decreto nº 31.335, de 19 de março de 1992.Regulamenta a Lei nº 11.119, de 08 de novembro de1991, e dá outras providências.

- Art. 3º....................................................................................337

Lei nº 11.228, de 25 de junho de 1992.Dispõe sobre as regras gerais e específicas a seremobedecidas no projeto, licenciamento, execução,manutenção e utilização de obras e edificações,dentro dos limites dos imóveis, revoga a Lei nº 8.266,de 20 de junho de 1975, com as alterações adotadaspor leis posteriores, e dá outras providências..............................338

Decreto nº 32.329, de 23 de setembro de 1992.Regulamenta a Lei nº 11.228, de 25 de junho de1992 - Código de Obras e Edificações, e dá outrasprovidências..............................................................................343

- Arts. 1º; 23; 27; Anexos: 9 (9.E.2); 12 (12.C.1);13 (13.C.1 e 13.C.2-A); 17 (17.C.4 e 17.C.4.1).

Lei nº 11.248, de 1º de outubro de 1992.Dispõe sobre o atendimento preferencial de gestantes,mães com crianças de colo, idosos e deficientes emestabelecimentos comerciais, de serviço e similares,e dá outras providências............................................................346

Decreto nº 32.975, de 28 de janeiro de 1993.Regulamenta a Lei nº 11.248, de 1º de outubro de 1992,que dispõe sobre o atendimento preferencial de gestantes,mães com crianças de colo, idosos e deficientes emestabelecimentos comerciais, de serviço e similares, edá outras providências...............................................................348

Lei nº 11.250, de 1º de outubro de 1992.Dispõe sobre a isenção de tarifa no sistema de transporte

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coletivo do Município aos deficientes físicos e mentais, edá outras providências...............................................................349

Lei nº 11.257, de 07 de outubro de 1992.Autoriza a Prefeitura do Município de São Paulo aimplantar o serviço de Rádio-Perua, destinado aoatendimento das pessoas portadoras de deficiência física................350

Decreto nº 32.223, de 14 de setembro de 1992.Institui, no Sistema de Transporte Individual dePassageiros, por veículos de aluguel providos detaxímetro, à categoria “Perua-Rádio-Táxi”, e dá outrasprovidências..............................................................................352

Lei nº 11.315, de 21 de dezembro de 1992.Dispõe sobre o Conselho Municipal da PessoaDeficiente - CMPD, e dá outras providências...............................353

Decreto nº 36.842, de 08 de maio de 1997.Aprova o Regimento Interno do Conselho Municipalda Pessoa Deficiente - CMPD, e dá outras providências...............357

Lei nº 11.326, de 30 de dezembro de 1992.Dispõe sobre o atendimento aos alunos portadoresde necessidades especiais........................................................362

Decreto nº 33.793, de 08 de novembro de 1993Regulamenta a Lei nº 11.326 ,de 30 de dezembro de1992, e dá outras providências...................................................363

Lei nº 11.345, de 14 de abril de 1993.Dispõe sobre a adequação das edificações à pessoaportadora de deficiência, e dá outras providências........................364

Decreto nº 45.122, de 12 de agosto de 2004.Consolida a regulamentação das Leis nº 11.345,de 14 de abril de 1993, nº 11.424, de 30 de setembrode 1993, nº 12.815, de 6 de abril de 1999, e nº 12.821,de 7 de abril de 1999, que dispõem sobre a adequaçãodas edificações à acessibilidade das pessoascom deficiência ou com mobilidade reduzida...............................365

Lei nº 11.353, de 22 de abril de 1993.Fica a rede hospitalar do Município de São Pauloobrigada a fornecer, quando necessário, próteses e

cadeiras de rodas para deficientes físicos...................................370

Lei nº 11.369, de 17 de maio de 1993.Cria uma classe especial para alunos excepcionaismentais educáveis, a cada nova implantação deEscola Municipal......................................................................370

Lei nº 11.424, de 30 de setembro de 1993.Dispõe sobre o acesso de pessoas deficientes físicas acinemas, teatros e casas de espetáculos...................................371

Lei nº 11.441, de 12 de novembro de 1993.Dispõe sobre instalação ou adaptação de box com sanitáriosdestinados aos usuários de cadeiras de rodas............................372

Lei nº 11.468, de 12 de janeiro de 1994.Dispõe sobre a colocação de assento nas farmácias e drogarias, edá outras providências...............................................................373

Decreto nº 35.070, de 19 de abril de 1995.Regulamenta a Lei nº 11.468, de 12 de janeiro de 1994................374

Lei nº 11.506, de 13 de abril de 1994.Dispõe sobre a criação de vagas especiais paraestacionamento de veículos dirigidos ou conduzindopessoas deficientes nas vias públicas municipais, edá outras providências...............................................................376

Lei nº 11.602, de 12 de julho de 1994.Autoriza o Executivo a adaptar pelo menos um veículo àsnecessidades das pessoas deficientes físicas em todasas linhas de ônibus da cidade de São Paulo, e dá outrasprovidências.............................................................................376

Lei nº 11.607, de 13 de julho de 1994.Dispõe sobre a criação de Oficinas Abertas de Trabalhopara ensino e profissionalização de deficientes físicos.................377

Decreto nº 35.824, de 23 de janeiro de 1996.Regulamenta a Lei nº 11.607, de 13 de julho de 1994,que dispõe sobre a criação de Oficinas Abertas deTrabalho para ensino e profissionalização de deficientesfísicos......................................................................................378

Lei nº 11.656, de 18 de outubro de 1994.Dispõe sobre a obrigatoriedade de demarcação, pelospostos de serviços e de abastecimento de combustíveis,de faixa para passagem de pedestres nas calçadas....................379

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Decreto nº 35.250, de 28 de junho de 1995.Regulamenta a Lei nº 11.656, de 18 de outubro de 1994,que dispõe sobre a obrigatoriedade de demarcação,pelos postos de serviços e abastecimento de combustíveis,de faixa para passagem de pedestres nas calçadas,e dá outras providências............................................................380

Lei n° 11.859, de 31 de agosto de 1993.Acrescenta subitem ao item 9.5.3 da Seção 9.5 doCapítulo 9 do Anexo 8 da Lei Municipal n° 11.228,de 25 de junho de 1992.............................................................382

Lei nº 11.987, de 16 de janeiro de 1996.Dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação nosparques do Município de São Paulo, de pelo menos umbrinquedo destinado para crianças portadoras dedoenças mentais, ou deficiência física, e dá outrasprovidências.............................................................................383

Lei nº 11.992, de 16 de janeiro de 1996.Dispensa a parada dos ônibus urbanos nos pontosnormais de parada de embarque e desembarque depassageiros para desembarque de portadores dedeficiência física.......................................................................384

Lei nº 11.995, de 16 de janeiro de 1996.Veda qualquer forma de discriminação no acesso aoselevadores de todos os edifícios públicos municipais ouparticulares, comerciais, industriais e residenciaismultifamiliares existentes no município de São Paulo..................384

Decreto nº 36.434, de 04 de outubro de 1996.Regulamenta os dispositivos da Lei n° 11.995, de 16 dejaneiro de 1996, que veda qualquer forma de discriminaçãono acesso aos elevadores de todos os edifícios públicosmunicipais ou particulares, comerciais, industriais eresidenciais multifamiliares existentes no Municípiode São Paulo...........................................................................386

Lei nº 12.002, de 23 de janeiro de 1996.Dispõe sobre permissão de uso de passeio públicofronteiriço a bares, confeitarias, restaurantes,lanchonetes e assemelhados, para colocação de toldos,mesas e cadeiras, e dá outras providências................................387

Decreto nº 36.594, de 28 de novembro de 1996.Regulamenta a Lei n°12.002, de 23 de janeiro de 1996,que permite a colocação de mesas, cadeiras e toldosno passeio público fronteiriço a bares, confeitarias,restaurantes, lanchonetes e assemelhados, e dá outrasprovidências.

- Arts. 1º; 2º, I, § 1º...................................................................388

Lei nº 12.037, de 11 de abril de 1996.Dispõe sobre a prioridade para os deficientes no usodas piscinas e outros equipamentos dos clubesmunicipais................................................................................389

Decreto nº 36.428, de 04 de outubro de 1996.Regulamenta a Lei nº 12.037, de 11 de abril de 1996,que dispõe sobre a prioridade para pessoas portadorasde deficiência no uso das piscinas e outros equipamentosdos clubes municipais, e dá outras providências..........................390

Lei nº 12.117, de 28 de junho de 1996.Dispõe sobre o rebaixamento de guias e sarjetas parapossibilitar a travessia de pedestres portadores dedeficiências físicas....................................................................390

Decreto nº 37.031, de 27 de agosto de 1997.Regulamenta a Lei nº 12.117, de 28 de junho de 1996,que dispõe sobre o rebaixamento de guias e sarjetas parapossibilitar a travessia de pedestres portadores deeficiência..................................................................................391

Lei nº 12.155, de 30 de julho de 1996.Autoriza o Executivo a celebrar convênio com a FundaçãoDorina Nowill para cegos, e dá outras providências......................393

Lei nº 12.360, de 13 de junho de 1997.Dispõe sobre a obrigatoriedade de manutenção decadeiras de rodas dotadas de cesto acondicionadorde compras em supermercados de grande porte, edá outras providências...............................................................396

Lei nº 12.363, de 13 de junho de 1997.Dispõe sobre a obrigatoriedade da utilização decardápios impressos em “braille” em bares, restaurantes,lanchonetes, hotéis e similares, no Município deSão Paulo................................................................................396

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Decreto nº 36.999, de 12 de agosto de 1997.Regulamenta a Lei nº 12.363, de 13 de junho de 1997,que dispõe sobre a obrigatoriedade da utilização decardápios impressos em “braille”, em bares, restaurantes,lanchonetes, hotéis e similares, no Município de SãoPaulo, e dá outras providências..................................................398

Lei nº 12.365, de 13 de junho de 1997.Dispõe sobre a obrigatoriedade de atendimentopreferencial a deficientes físicos, idosos e gestantesnos postos de saúde e hospitais municipais...............................399

Decreto nº 37.030, de 27 de agosto de 1997.Regulamenta a Lei nº 12.365, de 13 de junho de 1997,que dispõe sobre a obrigatoriedade de atendimentopreferencial a deficientes físicos, idosos e gestantesnos postos de saúde e hospitais municipais, e dá outrasprovidências.............................................................................399

Lei nº 12.368, de 13 de junho de 1997.Dispõe sobre a adequação das unidades esportivasmunicipais a deficientes, idosos e gestantes...............................401

Lei nº 12.471, de 16 de setembro de 1997.Institui o “Dia do Surdo” no Município de São Paulo.....................402

Lei nº 12.492, de 10 de outubro de 1997.Assegura o ingresso de cães guia para deficientesvisuais em locais de uso público ou privado.................................402

Lei nº 12.495, de 10 de outubro de 1997.Institui no âmbito do Município de São Paulo o“Dia do Lazer para o Deficiente físico”, e dá outrasprovidências.............................................................................403

Decreto n° 37.484, de 18 de junho de 1998.Regulamenta a Lei nº 12.495, de 10 de outubro de 1997,que institui o “Dia do Lazer para o Deficiente físico”, edá outras providências...............................................................403

Lei nº 12.556, de 08 de janeiro de 1998.Institui o Programa de Saúde Auditiva para crianças noMunicípio de São Paulo, e dá outras providências........................404

Decreto nº 42.214, de 22 de julho de 2002.Regulamenta a Lei nº 12.556, de 8 de janeiro de 1998,

que institui o Programa de Saúde Auditiva para criançasno Município de São Paulo........................................................406

Lei nº 12.561, de 08 de janeiro de 1998.Dispõe sobre a criação de locais específicos, reservadosexclusivamente para deficientes físicos que necessitemde cadeiras de rodas para sua locomoção, nos Estádiosde Futebol e Ginásios Esportivos do Município de SãoPaulo, e dá outras providências..................................................407

Lei nº 12.575, de 24 de março de 1998.Institui o dia da pessoa portadora de deficiência, e dáoutras providências...................................................................408

Lei nº 12.597, de 16 de abril de 1998.Dispõe sobre a destinação preferencial dos apartamentoslocalizados nos andares térreos dos edifícios construídospelo Poder Público Municipal, nos programas de habitaçãopopular, para os deficientes físicos, e dá outras providências...................409

Lei nº 12.753, de 04 de novembro de 1998.Institui no município de São Paulo o programa deintegração e escolarização de deficientes visuais........................410

Lei n° 12.821, de 07 de abril de 1999.Dispõe sobre a obrigatoriedade dos estabelecimentosbancários com acesso único através de porta-giratóriamanterem acesso, em rampa quando for o caso, parapessoas portadoras de deficiência física, que selocomovem em cadeira de rodas, e dá outras providências.....................411

Lei n° 12.867, de 1º de julho de 1999.Institui e oficializa o campeonato municipal do atletaportador de deficiência física, e dá outras providências.................412

Decreto nº 39.879, 22 de setembro de 2000.Regulamenta a Lei nº 12.867, de 1º de julho de 1999,que institui e oficializa o Campeonato Municipal do AtletaPortador de Deficiência Física, e dá outras providências...............413

Lei nº 12.975, de 22 de março de 2000.Dispõe sobre a concessão de meia-entrada para maioresde 65 anos e portadores de deficiência nos espetáculosculturais, artísticos e esportivos promovidos ousubsidiados pelo governo municipal ou órgão da

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administração indireta...............................................................414

Lei Nº 13.131, 18 de maio de 2001.Disciplina a criação, propriedade, posse, guarda, uso etransporte de cães e gatos no Município de São Paulo.

- Arts. 1º; 22, §§ 1º e 2º............................................................414

Lei nº 13.224, de 27 de novembro de 2001.Institui a “Semana de Prevenção às Deficiências”, a serrealizada, anualmente, no período de 21 a 28 de agosto,e dá outras providências............................................................415

Decreto nº 42.259, de 6 de agosto de 2002.Regulamenta a Lei nº 13.224, de 27 de novembro de 2001,que instituiu a “Semana de Prevenção às Deficiências”................415

Lei nº 13.383, de 03 de julho de 2002.Dispõe sobre a concessão de aposentadoria em razãode doença grave, contagiosa ou incurável, regulamentandoo artigo 166, inciso I da Lei nº 8.989, 29 de outubro de1979 e dá outras providências....................................................420

Lei n° 13.398, de 31 de julho de 2002.Dispõe sobre o acesso de pessoas portadoras dedeficiência a cargos e empregos públicos da Prefeiturado Município de São Paulo, nos limites que especifica,e dá outras providências............................................................422

Lei nº 13.430, de 13 de setembro de 2002.Plano Diretor Estratégico.

Artigos nºs: 22; 26; 32, §4º, a; 35, X; 37, XIV; 38, § 4º,I e II; 43, II; 68, IV; 81, VI; 82, IX, e 84, VI, VII e VIII......................426

Decreto nº 44.667, de 26 de abril de 2004.Regulamenta as disposições da Lei nº 13.430, de 13de setembro de 2002, que institui o Plano DiretorEstratégico, relativas às Zonas Especiais deInteresse Social e aos respectivos Planos deUrbanização, e dispõe sobre normas específicas para aprodução de Empreendimentos de Habitação deInteresse Social, Habitação de Interesse Social eHabitação do Mercado Popular.

- Arts. 42, parágrafo único; 49, parágrafo único; 58, V...................428

Lei nº 13.714, de 7 de janeiro de 2004.Dispõe sobre a implantação de dispositivos para

instalação de equipamento de telefonia destinado aouso de pessoas portadoras de deficiência auditiva,deficiência da fala e surdas, em edificações queespecifica, e dá outras providências...........................................430

Lei nº 14.012, de 23 de junho de 2005Cria o Disque-Informações para o Deficiente Visual, edá outras providências...............................................................431

Lei nº 14.073, de 18 de outubro de 2005Dispõe sobre a criação do Programa Municipal paraCuidar de Políticas Públicas e Ações Voltadas àsPessoas com Deficiência Visual, no âmbito doMunicípio de São Paulo.............................................................432

Decreto nº 4.883, de 22 de setembro de 1960.Dispõe sobre a criação do Instituto Municipal deEducação de Surdos e dá outras providências.............................434

Decreto nº 16.942, de 08 de outubro de 1980.Dispõe sobre os equipamentos a serem utilizados pelosambulantes portadores de defeito físico de naturezagrave, com área de atuação localizada nos passeiosdos logradouros públicos, e dá outras providências......................435

Decreto nº 17.261, de 09 de abril de 1981.Dispõe sobre reserva de assento, em ônibus e tróleibus,destinado ao uso preferencial de pessoas portadoras dedeficiência física, e dá outras providências..................................436

Decreto n° 17.593, de 14 de outubro de 1981.Permite, a título precário e remunerado, nas áreassituadas nas pontas das feiras livres, a venda deprodutos diversos, e dá outras providências.................................437

Decreto nº 21.994, de 10 de março de 1986.Proíbe a localização de vendedores ambulantes nazona central, e dá outras providências........................................438

Decreto nº 23.269, de 07 de janeiro de 1987.Dispõe sobre medidas destinadas a assegurar àspessoas deficientes condições adequadas departicipação em concursos públicos e demais processosseletivos...................................................................................439

Decreto nº 28.004, de 21 de agosto de 1989.Dispõe sobre a criação, junto à Secretaria dos Negócios

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Extraordinários, do Conselho Municipal da PessoaDeficiente - CMPD, e dá outras providências...............................439

Decreto nº 32.066, de 18 de agosto de 1992.Institui Programa de Atendimento aos Portadores denecessidades especiais, e dá outras providências.......................441

Decreto nº 33.891, de 16 de dezembro de 1993.Institui o Programa de Atendimento aos Portadores de necessidadesespeciais na Rede Municipal de Ensino, e dá outrasprovidências..............................................................................444

Decreto n° 35.072, de 20 de abril de 1995.Dispõe sobre as Salas de Leitura nas EscolasMunicipais, e dá outras providências..........................................447

Decreto nº 35.161, de 30 de maio de 1995.Institui a Semana da Pessoa Portadora de Deficiência,e dá outras providências............................................................448

Decreto nº 36.071, de 09 de maio de 1996.Institui, no Sistema de Transporte Coletivo dePassageiros do Município de São Paulo, ModalidadeComum, serviço destinado a atender pessoas commobilidade reduzida, e dá outras providências.............................450

Decreto nº 36.073, de 09 de maio de 1996.Dispõe sobre a reserva de vaga nos estacionamentosrotativos pagos, tipo Zona Azul, para veículos dirigidosou conduzindo pessoas portadoras e deficiênciaambulatorial, e dá outras providências........................................451

Decreto nº 36.314, de 20 de agosto de 1996.Institui Política de Assistência à Pessoa Portadora deDeficiência, no âmbito da Secretaria Municipal daFamília e Bem-Estar Social (FABES); oficializa oPrograma de Atendimento aos Portadores deDeficiência (PRODEF), e dá outras providências..........................452

Decreto nº 36.834, de 02 de maio de 1997.Disciplina a verificação de sanidade, condição física ouinvalidez em interessados em exercer comércio ouprestação de serviço ambulante em vias ou logradourospúblicos e parques municipais, ou instalar banca dejornais e revistas em logradouros públicos, e dá outras

providências.............................................................................457

Decreto n° 37.648, de 25 de setembro de 1998.Institui o Selo de Acessibilidade, torna obrigatório o seuuso nos bens que especifica, e dá outras providências.................458

Decreto nº 39.651, 27 de julho de 2000.Institui a Comissão Permanente de Acessibilidade - CPA,e dá outras providências............................................................459

Decreto nº 45.415, de 18 de outubro de 2004Estabelece diretrizes para a Política de Atendimento aCrianças, Adolescentes, Jovens e Adultos comNecessidades Educacionais Especiais no SistemaMunicipal de Ensino..................................................................461

Decreto nº 45.552, de 29 de novembro de 2004Dispõe sobre o Selo de Acessibilidade, instituído peloDecreto nº 37.648, de 25 de setembro de 1998...........................464

Decreto nº 45.811, de 1º de abril de 2005Dispõe sobre a organização da Secretaria Especial daPessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida -SEPED; altera a denominação e a lotação dos cargosde provimento em comissão que especifica................................465

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

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Lei nº 5.440, de 20 de dezembro de 1957

Estabelece medidas de proteção em benefício dos vendedores ambulantes de capacidadefísica reduzida.

Art. 1° - Ficam isentos dos impostos municipais incidentes sobre o comércio ambulanteos profissionais dessa categoria portadores de defeitos físicos permanentes, de naturezagrave - tais como a cegueira, a paralisia e a falta de membros superiores ou inferiores - queos impossibilitem de, por outros meios, obterem os recursos financeiros necessários àsua subsistência.

§ 1º - Quando não se tratar de lesão permanente, a concessão do benefício dependeráde exame médico, procedido pela unidade competente do Hospital Municipal e renovadoanualmente.

§ 2º - A unidade competente do Hospital Municipal a que se refere o parágrafo anterior,emitirá um atestado do qual constará o fim específico para o qual é fornecido.

Art. 2° - Os vendedores ambulantes, nas condições a que se refere o artigo 1º, poderão serautorizados, em caráter excepcional, a exercer suas atividades nas vias públicas doMunicípio, em locais previamente designados pela Prefeitura, mediante autorização expressa,para cada caso, da repartição competente, e requerimento do interessado.

Art. 3° - Em regulamento a ser expedido pelo Prefeito, serão estabelecidas as normasnecessárias à execução desta lei.

Art. 4° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições emcontrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 20 de dezembro de 1957.

Adhemar Pereira de Barros. Prefeito.

Foto cedida pela AACD

Fisioterapia - Associação de Assistênciaà Criança Deficiente - AACD

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Decreto nº 4.575, de 27 de janeiro de 1960

Regulamenta a Lei nº 5.440, de 20 de dezembro de 1957 queestabelece medidas de proteção em benefício dos vendedoresambulantes de capacidade física reduzida.

Art. 1° - Ficam isentos dos impostos municipais incidentes sobreo comércio ambulante os profissionais dessa categoria portadoresde defeitos físicos permanentes, de natureza grave - tais comoa cegueira, a paralisia e a falta de membros superiores e inferiores- que os impossibilitem de, por outros meios, obterem os recursosfinanceiros necessários à sua subsistência.

Art. 2° - A condição referida no artigo 1° deste decreto, mesmoquando manifesta, deverá ser verificada por exame médico, renovadoanualmente, procedido pela unidade competente da Divisão doHospital Municipal, que emitirá um atestado do qual constará o fimespecífico para o qual é fornecido.

Art. 3° - Para a obtenção dos benefícios consignados pela lei que opresente regulamenta, deverão os interessados requerê-losanualmente. (NR)

- Art. 3° com redação dada pelo art. 1º do Decreto nº 5.112, de 24/03/1961.

Art. 4° - O requerimento, que deverá conter a qualificação completado interessado, sendo por este ou a seu rogo assinado, seráinstruído com os seguintes documentos:

a) duas fotografias de frente, 3 x 4 cms.;

b) atestado de antecedentes criminais fornecido pela repartiçãocompetente;

c) atestado de pobreza, passado pela delegacia de polícia distrital;

d) atestado do Hospital Municipal de que não sofre de moléstiacontagiosa, infecto-contagiosa ou repugnante, assim como oexigido no artigo 2° deste Decreto;

e) quando se tratar de gêneros destinados à alimentação,atestado do Serviço Sanitário do Estado, do qual conste nãohaver impedimento para o exercício do comércio.

§ 1° - O atestado a que se refere a alínea “d” do presente artigoserá expedido mediante guia da Divisão Hospital Municipal(Serviço Médico) do Departamento de Higiene e Saúde daSecretaria da Higiene.

§ 2° - Não desejando ou não podendo se locomover, ointeressado mencionará o ponto pretendido para estacionar.

Art. 5° - Para a concessão do benefício será obrigatoriamente ouvidaa Divisão do Serviço Social do Município, que se pronunciará apósproceder ao estudo social necessário.

§ 1° - Poderá ser negado o beneficio, desde que, a Juízo daadministração, considerados seus antecedentes, osinteressados não se recomendem ao gênero de comércioreferido.

§ 2° - É vedado a outorga de mais de uma licença à mesmapessoa, sob pena de cassação da já concedida.

Art. 6° - Deferido o requerimento, serão fornecidos ao interessadoo cartão de licença pessoal e intransferível - e uma chapa numerada,cujo número constará também do cartão, através da Secção deTributos não lançados.

§ 1° - Além das anotações necessárias à perfeita caracterizaçãodo licenciado, o cartão de licença designará - se for o caso e atítulo precário - o ponto de estacionamento onde poderá exercero seu comércio.

§ 2° - Sempre que possível, a designação recairá no pontopretendido.

§ 3° - A designação dos pontos de estacionamento dependerá

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

sempre de prévia audiência da Divisão de FiscalizaçãoFazendária, que terá por critério evitar a concentração decomerciantes enquadrados na categoria de que fala o art. 1° dopresente decreto.

Art. 7° - O cartão de licença deverá ser exibido aos encarregadosda fiscalização, quando solicitado, e a chapa prevista no art. 6º,colocada em lugar bem visível.

Art. 8° - O beneficiado pelo presente decreto é obrigado a manterseu ponto em boas condições de asseio, inclusive as imediações,sob pena de ser-lhe cassada a licença.

§ 1° - Incumbe a fiscalização da Divisão de Limpeza Pública àestrita observância do presente artigo.

§ 2° - Em caso de desobediência, será lavrado um auto deadvertência e, na reincidência, um auto de cassação de licença.

§ 3° - A hipótese prevista no presente artigo deverá ser submetidaà Divisão de Serviço Social do Município e, eventualmente, aDivisão do Hospital Municipal.

Art. 9° - Os beneficiados pelo presente decreto terão suasmercadorias apreendidas e recolhidas ao Deposito Municipal,quando encontrados sem o cartão de licença ou fora do localdesignado.

Art. 10 - Poderá ser cassada a licença do beneficiado que praticarreiteradas infrações.

Art. 11 - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 27 de janeiro de 1960.

Adhemar Pereira de Barros. Prefeito.

Decreto n.º 4.883, de 22 de setembro de 1960

Dispõe sôbre a criação do Instituto Municipal de Educação deSurdos e dá outras providências

Art. 1º - Fica autorizado, em caráter provisório, o funcionamentodo Instituto Municipal de Educação de Surdos, diretamentesubordinado à Secretaria de Educação e Cultura.

Art. 2º - O Instituto de que trata o artigo anterior funcionará noprédio localizado no Jardim da Aclimação, no bairro do mesmonome, e promoverá o ensino especializado e profissional decrianças e de adolescentes surdos.

Art. 3º - Para o desenvolvimento do ensino previsto, ficam criadasou ampliadas as séries funcionais de extranumerários-mensalistase funções de extranumerários-diaristas, da forma seguinte:

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

§ 1º - As funções de contínuo, serviçal, zelador, ficamclassificadas na classe “A-1”; as de cozinheiro e de ajudantede cozinheiro, nas classes “D-2” e “C-2”, respectivamente.

§ 2º - Para o provimento das séries funcionais e funções de quetrata o presente artigo, dar-se-á preferência ao pessoal que jávem prestando serviços junto à Escola Municipal de CriançasSurdas, observada, especialmente, sua comprovada habilitaçãona educação de surdos.

Art. 4º - O pessoal integrante do Instituto Municipal de Educaçãode Surdos não poderá servir em qualquer outra unidade da Prefeitura,nem ser comissionado para prestação de serviços junto a entidadesestranhas à Prefeitura Municipal de São Paulo.

Art. 5º - As despesas decorrentes da execução dêste Decretocorrerão por conta das dotações consignadas em verbasorçamentárias próprias.

Art. 6º - Êste Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto nº 14.369, de 25 de fevereiro de 1977

Dispõe sobre programação e localização de vendedores ambulantesportadores de defeitos físicos de natureza grave, na áreageográfica da Administração Regional da Sé.

Olavo Egydio Setubal, Prefeito do Município de São Paulo, usandodas atribuições que lhe são conferidas por lei, e à vista dasdisposições contidas na Lei nº 5.440, de 20 de dezembro de 1957,e nos Decretos nºs 11.214, de 8 de agosto de 1974, e 14.027, de19 de novembro de 1976, e

Considerando a urgente necessidade de ser disciplinada,convenientemente, a localização dos Ambulantes Portadores deDefeitos Físicos Graves, na área Central da Capital;

Considerando, por conseguinte, indispensável, uma racionalprogramação de fixação de “Áreas de Ação” para o desempenhodos serviços dos referidos Ambulantes nas vias públicas, dentrodo perímetro geográfico da Administração Regional da Sé;

Considerando que o controle deve ser racionalizado para umprocedimento de fiscalização rigorosa e eficiente, de modo a impedira ingerência de atravessadores, “marreteiros” e sublocadores dospermissionários que, invariavelmente, infestam o centro urbano;

Considerando, afinal, o remanejamento, conseqüente, daquelesvendedores ambulantes que se localizavam nas “Ruas de Pedestres”instituídas pelo Decreto nº 14.027, de 19 de novembro de 1976,decreta:

Art. 1° - Os ambulantes, portadores de defeitos físicos de

natureza grave, conforme definidos no artigo 1º da Lei nº 5.440,de 20 de dezembro de 1957, impossibilitados de, por outros meios,obter recursos necessários à sua subsistência e que já tenhampermissão para ocupar “pontos” na área Central do Município, naforma prevista no Decreto nº 11.214, de 8 de agosto de 1974, deverãoser remanejados para os novos locais, ora denominados “Áreas deAção”, programados pela AR-Sé e aprovados por este Decreto,conforme Tabela anexa nº I.

Parágrafo único - As “Áreas de Ação”, ora instituídas, consistemnos locais designados para prestação de serviços dos ambulantes,caracterizados neste artigo, e correspondem à totalidade ou apenasa trechos de vias ou logradouros públicos da Capital.

Art. 2° - Aos ambulantes, nas condições do artigo anterior, sãoconcedidos 60 (sessenta) dias de prazo para regularização de suassituações, nos termos do presente Decreto, ficando, destarte,automaticamente, revogadas as permissões anteriormenteoutorgadas.

Parágrafo único - Os ambulantes, cujas permissões foramora revogadas, serão remanejados para as novas áreas da AR-Sé, durante o prazo estabelecido neste artigo, a partir da datada publicação deste Decreto.

Art. 3° - A título precário, as novas permissões para o exercício daatividade nas “Áreas de Ação”, constantes da Tabela anexa nº I,serão concedidas mediante observação da ordem cronológica daspermissões regulares expedidas em exercícios anteriores,prevalecendo, sempre, a antigüidade, desde que atendidas ascondições fixadas nos decretos vigentes à época.

Art. 4° - Os ambulantes, portadores de defeitos físicos denatureza grave, ficam autorizados a contar com auxiliaresespeciais para ajuda na sua locomoção, ou para tração de seusveículos indispensáveis ao trânsito ou transporte pelas vias elogradouros públicos.

Parágrafo único - Aos auxiliares especiais não serãoconcedidas quaisquer autorizações para comerciar.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Art. 5° - As novas permissões serão formalizadas por meio dedespachos da Administração Regional da Sé: nos processos depedidos dos interessados e, em seguida, expedidos, pela AR-Sé,os “Certificados de Permissão”, com validade de 2 (dois) anos,sendo certo, entretanto, que, dada à precariedade do ato, poderãoser revogados a qualquer tempo, a critério da Prefeitura.

§ 1° - O “Certificado de Permissão” será concedido desde queatendidas as condições fixadas nos artigos anteriores,observadas, ainda, as seguintes:

a) deverá ser comprovada a ordem cronológica da entrada do pedidopelo protocolo da AR-Sé, em havendo vaga na “Área de Ação”;

b) comprovação da necessidade sócio-econômica dopretendente, por parecer plenamente justificado da Chefia daUnidade de Desenvolvimento Comunitário;

c) comprovação das condições higiênico-sanitárias dos produtosa serem comercializados, quando se tratar de gênerosalimentícios, por meio de parecer da Unidade de ControleSanitário da AR;

d) apresentação dos documentos exigidos no artigo 22 doDecreto nº 11.214, de 8 de agosto de 1974.

§ 2º - Não atendida qualquer das condições exigidas neste artigo,a Administração denegará o pedido ou concederá o prazo máximo de30 (trinta) dias para apresentação de prova em contrário, prevalecendo,neste caso, o critério cronológico de pedido de permissão.

§ 3° - No “Certificado de Permissão” devem constar necessariamente:

a) a “Área de Ação” em que é permitida a prestação de serviçosdo ambulante;

b) nome do permissionário, com fotografia 2 x 2 devidamentechancelada pela AR-Sé;

c) o número correspondente do permissionário, bem com onúmero dos 2 (dois) auxiliares se forem devidamente autorizadosdentro dos mesmos critérios e regimes determinados;

d) descrição do equipamento a ser utilizado pelo permissionárioe a sua chapa numerada;

e) prazo máximo de validade do certificado, que não poderáexceder de 2 (dois) anos, podendo, entretanto, ser revogado, aqualquer tempo, a juízo da Administração;

f) horário de atividade do permissionário, bem como dos seusauxiliares.

§ 4° - Em separado, deverá acompanhar o documento derecolhimento anual da taxa correspondente à atividade.

Art. 6° - Ao mesmo titular não será concedida localização em outra“Área de Ação”.

Parágrafo único - Para pleno controle e fiscalização, a Unidadede Controle Sanitário da Regional manterá um Cadastro dosCertificados de Permissão, permanente atualizado.

Art. 7° - A critério da Administração Municipal, a programação oufixação de “Áreas de Ação” poderá, a qualquer tempo, serreformulada.

Art. 8° - Os ambulantes, portadores de defeitos físicos graves,que não atenderem ou não se adequarem às disposições oraeditadas, ficam sujeitos à apreensão de seus “Certificados dePermissão” e de seus equipamentos como, ainda, suas permissões,passíveis de revogação.

Art. 9° - Fica fazendo parte integrante deste Decreto a Tabela Anexanº I das “Áreas de Ação” para a AR-Sé.

Art. 10 - Este Decreto entrará em vigor na data de sua Publicação,revogado o Decreto nº 11.214, de 8 de agosto de 1974, no queconflitar com o presente.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 25 de fevereiro de 1977.

Olavo Egydio Setubal. Prefeito.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

TABELA ANEXA Nº I INTEGRANTE DO DECRETO Nº 14.369,DE 25 DE FEVEREIRO DE 1977

VAGAS NAS “ÁREAS DE AÇÃO” DA ADMINISTRAÇÃOREGIONAL DA SÉ PARA AMBULANTES PORTADORES DEDEFEITOS FÍSICOS DE NATUREZA GRAVE

LOCAL Nº de ambulantes porlocal

ANHANGABAÚ, Vale do 10 vagasALFREDO ISSA, Praça 05 vagasANTÔNIO PRADO, Praça 04 vagasANTÔNIO DE GODOY, Rua(Santa Ifigênia até Rio Branco) 02 vagasAFONSO KHERLAKIAN, Rua(toda a extensão) 02 vagasAROUCHE, Largo do 07 vagasALEGRIA, Rua da (toda a extensão) 02 vagasAMARAL GURGEL, Rua (toda a extensão) 02 vagasACLIMAÇÃO, Avenida 03 vagasALCÂNTARA MACHADO, Avenida(até Rua Piratininga) 06 vagasANDRÉ, Santo, Rua (toda extensão) 01 vagasBANDEIRA, Praça (após a conclusão) 30 vagasBARRA FUNDA, Rua (toda a extensão) 05 vagasBUENOS AIRES, Praça 04 vagasBENTO, Padre, Praça 03 vagasBASILIO JAFÉT, CAVALHEIRO, Rua 02 vagas(toda a extensão)CASPER LIBERO, Avenida 10 vagasCONSOLAÇÃO, Rua da 20 vagas(São Luiz até Paulista)CLÓVIS BEVILÁQUA. Praça 10 vagasCRISPINIANO, CONSELHEIRO, Rua(até 24 de Maio) 04 vagas

CORREIO, Praça do 06 vagasCARLOS DE SOUZA NAZARETH, Dr, Rua(toda a extensão) 02 vagasCARMO, Rua do (toda a extensão) 05 vagasCLEVELAND, Alameda (toda a extensão) . 05 vagasCASTRO ALVES, Rua (toda a extensão) 01 vagasCAXIAS, DUQUE, Avenida 15 vagasCESÁRIO MOTA JR., Doutor, Rua(toda a extensão) 02 vagasCAETANO PINTO, Rua (toda a extensão) 02 vagasCANINDÉ, Rua (toda a extensão) 01 vagasCARDIM, Maestro, Rua (toda a extensão) 02 vagasDEODORO MARECHAL, Praça 06 vagasDEGRAN 06 vagasDUPRAT BARÃO DE, Rua (toda a extensão) 02 vagasDINO BUENO, Alameda (toda a extensão) 02 vagasESTADO, Avenida (até a Rua da Moóca) 03 vagasIFIGÊNIA SANTA, Rua (toda a extensão) 10 vagasFORMOSA, Rua (toda a extensão) 04 vagasFLORÊNCIO DE ABREU, Rua(toda a extensão) 08 vagasFERNANDO COSTA, Praça 20 vagasFURTADO CONSELHEIRO, Rua(seguindo João Mendes) 04 vagasGUAIANAZES, Rua (toda a extensão) 02 vagasGLETE, Alam. (toda a extensão) 02 vagasGALVÃO BRIGADEIRO, Rua (toda a extensão) 03 vagasGLICÉRIO - INPS 04 vagasGAZÔMETRO, Rua do (toda a extensão) 02 vagasITU, Marquês, Rua (toda a extensão) 02 vagasITALIANOS Rua (toda a extensão) 02 vagasIZABEL PRINCESA, Praça 30 vagasIVETE, Alam. (toda a extensão) 02 vagasISABEL SANTA. Rua (toda a extensão) 02 vagasIPIRANGA, Avenida 10 vagasJOÃO MENDES, Praça 10 vagasJOÃO SÃO, Ladeira da Avenida(Canteiro Central) 02 vagasJOSÉ PAULINO, Rua (toda a extensão) 04 vagasJÚLIO CONCEIÇÃO, Rua (toda a extensão) 03 vagas

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

JÚLIO PRESTES, Praça 04 vagasJOÃO SÃO, Avenida (Praça do Correioaté Avenida Duque de Caxias) 20 vagasJÚLIO MESQUITA, Praça 06 vagasLUIZ COELHO, Rua (toda a extensão) 02 vagasLUZ, Jardim da 40 vagasLIBERDADE, Avenida 10 vagasLUIZ ANTÔNIO BRIGADEIRO, Avenida(até Armando Braga) . 20 vagasLUIZ ANTÔNIO BRIGADEIRO, Viaduto(toda a extensão) 04 vagasMAUÁ, Rua (toda a extensão) 10 vagasMAR’MNS FONTES, Rua (toda a extensão) 04 vagasMAR’NM BURCHARD, Rua (toda a extensão) 02 vagasMEMÓRIA, Ladeira da 02 vagasMARIA ANTÓNIA, Rua (toda a extensão) 02 vagasMARIA PAULA, Rua (toda a extensão) 06 vagasMARIA PAULA, Viaduto (toda a extensão) 06 vagasNOVE DE JULHO, Viaduto (toda a extensão) 02 vagasNOVE DE JULHO, Avenida 04 vagasOSÓRIO GENERAL, Largo 06 vagasOSCAR CINTRA GORDINHO, Rua(toda a extensão) 01 vagasOLÍMPIO DA SILVEIRA, GENERAL Rua(toda a extensão) .. 02 vagasPALMEIRAS, Rua (toda a extensão) 02 vagasPRATES, Rua (toda a extensão) 03 vagasPAISSANDU, Largo(em toda a extensão dos 2 lados) 05 vagasPONTE PEQUENA(próximo à Estação do METRO) 04 vagasPRESTES MAIA, Avenida (próximo ao METRO) 06 vagasPEDRO LESSA, Praça 10 vagasPEDRO II, D., Parque 100 vagasPARI Largo do 03 vagasQUEIROS SENADOR, Avenida(Rua Cantareira até Avenida Casper Líbero) 10 vagasQUATORZE BIS, Praça 04 vagasRIBEIRO DE LIMA, Rua (toda a extensão) 06 vagas

RUDGE, Avenida 02 vagasRANGEL PESTANA, Avenida 20 vagasREPÚBLICA, Praça da 08 vagasREGO FREITAS (toda a extensão) 04 vagasRIO BRANCO, Avenida(em toda extensão dos 2 lados) 30 vagasSILVA PINTO, Rua (toda a extensão) 04 vagasSÉRGIO TOMAS, Avenida 02 vagasSEBASTIÃO PEREIRA, Rua (toda) 06 vagasSÉ, Praça da 10 vagasSETE DE SETEMBRO, Largo 04 vagasSARZEDAS, CONDE DE, Rua(toda a extensão) 02 vagasTOBIAS, BRIGADEIRO. Rua (toda a extensão) 02 vagasTIRADENTES, Avenida 03 vagasTAPIRA, Rua (toda a extensão) 01 vagaVERGUEIRO, Rua (toda a extensão) 12 vagasVICENTE DE PAULA, São, Rua(toda a extensão) 03 vagasVEIGA FILHO DR., Rua (toda a extensão) 01 vagaVICENTE SÃO, Rua (toda a extensão) 01 vagaVINTE E CINCO DE MARÇO, Praça 06 vagasVENCESLAU BRAZ, Rua (toda a extensão) 04 vagasTotal 749 vagas

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Lei nº 5.690, de 08 de fevereiro de 1960

Dispõe que os surdos e surdos-mudos poderão ser nomeados ou admitidos para cargosou funções públicas, cujo desempenho seja compatível com a deficiência de que foremportadores, e dá outras providências.

Art. 1° - Os surdos e surdos-mudos poderão ser nomeados ou admitidos para cargos oufunções públicas, cujo desempenho seja compatível com a deficiência de que foremportadores.

§ 1º - Para os efeitos desta lei são considerados:

a) Surdos - aqueles que apresentem uma queda de audição nas freqüências que vãode 512 (quinhentos e doze) a 2.048 (dois mil e quarenta e oito) superior a 30 (trinta)decibels.

b) Surdos-Mudos - aqueles que uma surdez congênita grave impediu que aprendessemnaturalmente a falar.

§ 2º - Os surdos que apresentem audição em grau superior ao previsto no item “a” doparágrafo 1º do artigo 1º e que, sob orientação médica, possam corrigir ou diminuir oseu déficit auditivo abaixo deste limite por meio de um aparelho protético adequadodevem ser aproveitados em serviço como pessoas normais.

§ 3° - O ingresso no quadro efetivo ou no de extranumerário dependerá da determinaçãodo grau de surdez e de provas práticas de aptidão para o exercício da função ou docargo, por órgãos ou pessoal especializados, observados os demais preceitos legaisaplicáveis à espécie.

Art. 2° - Os funcionários admitidos nas condições desta lei só poderão ser efetivados apósdecorrido o prazo de dois anos, sempre que nesse prazo hajam comprovado sua capacidadepara o exercício do respectivo cargo ou função.

Parágrafo único - Aos servidores nomeados ou admitidos na forma desta lei não seráconcedida aposentadoria por invalidez, com fundamento nas deficiências sensoriaisexistentes na data da nomeação ou admissão, ainda que agravadas posteriormente. (NR)

- Parágrafo único acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 6.665, de 01/06/1965.

Paraolimpíadas Atenas 2004

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312

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Art. 3° - A admissão de surdos e surdos-mudos aos quadros dofuncionalismo municipal deverá ser precedida de um levantamentode cargos e funções que possam ser eficientemente exercidas porpessoas portadoras dessas deficiências, a ser executado porcomissão constituída por especialistas no assunto, designada paraesse fim pelo Executivo.

Parágrafo único - Para determinação do cargo a ser exercidopor um surdo-mudo deve ser levado em conta o grau derecuperação que ele tenha adquirido em cursos especializados.

Art. 4° - A administração municipal deverá promover, nos termoslegais e após laudo médico, a reabilitação vocacional dos servidoresque vieram a sofrer perda ou limitação do sentido da audição.

Art. 5° - O Executivo expedirá dentro de 60 dias o regulamentonecessário para a execução desta lei.

Art. 6° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 8 de fevereiro de 1960.

Adhemar Pereira de Barros. Prefeito.

Decreto n° 6.303, de 3 de dezembro de 1965

Regulamenta a Lei n° 5.690, de 8 de fevereiro de 1960, e dá outrasprovidências.

Art. 1° - Poderão ser admitidos para o exercício de cargos ou funçõesde Desenhista, Fotógrafo, Mecanógrafo e Protético, bem como parapostos de diaristas, quando se trata do exercício exclusivo dasfunções de Carpinteiro, Gráfico, Jardineiro, Pintor e Serralheiro ossurdos e surdos-mudos, nas condições estabelecidas na lei n°5.690, de 8 de fevereiro de 1960.

Art. 2° - Exigir-se-á do candidato ao ingresso no serviço públicoprova de recuperação parcial das suas deficiências sensoriais,fornecida por instituição adequada e legalmente reconhecida.

Art. 3° - Antes do provimento de cargos ou funções por surdos esurdos-mudos os candidatos serão submetidos, na Divisão“Hospital”, (Hig. 2), a exame especializado, efetuado por juntamédica, designada pelo Diretor do Departamento de Higiene eSaúde, e composta de um otorrinolaringologista, um neuropsiquiatrae um clínico, a qual se manifestará sobre a capacidade dopretendente ao exercício dos cargos ou funções públicas indicadosno artigo 1°.

Art. 4° - Quatro meses antes do prazo de dois anos da admissãodo surdo ou surdo-mudo, o Departamento do Expediente e doPessoal, por seu órgão especializado, diligenciará a formalaudiência dos chefes imediato e mediato do servidor, os quais,fundamentadamente, dirão sobre a verificada capacidade funcionaldo servidor, para os fins previstos no artigo 2° da Lei n° 5.690, de 8de fevereiro de 1960.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Art. 5° - O servidor admitido em razão do disposto na Lei n° 5.690,de 8 de fevereiro de 1960, e neste regulamento, não poderá, sobpretexto algum, ser transferido de cargo ou função para o qual foinomeado e nem aposentado, com fundamento em quaisquerdeficiências otológicas.

Art. 6° - O servidor municipal que vier a sofrer perda ou limitação dosentido da audição será, por seu chefe imediato e após orecebimento de expressa e formal comunicação do seu subalterno,encaminhado ao Departamento de Higiene e Saúde, que,imediatamente e na forma prevista no artigo 4°, procederá ao examedo paciente, o qual deverá se submeter ao prescrito tratamento,inclusive freqüentar cursos especializados na reabilitação desurdos, se for o caso.

Art. 7° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 3 de dezembro de1965.

José Vicente de Faria Lima. Prefeito.

Lei nº 8.438, de 20 de setembro de 1976

Dispõe sobre organização da educação de Deficientes Auditivos,no Ensino Municipal, e dá outras providências.

Olavo Egydio Setubal, Prefeito do Município de São Paulo, usandodas atribuições que lhe são conferidas por lei.

Faço saber que a Câmara Municipal, em sessão de 6 de setembrode 1976, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - A educação de deficientes auditivos, nas EscolasMunicipais, desenvolver-se-á na faixa etária dos três até quatorzeanos, abrangendo o ensino especializado pré-escolar e de 1º Grau.

Art. 2° - Fica o Executivo autorizado a criar classes especiais paradeficientes auditivos junto às Unidades escolares de EducaçãoInfantil e do Ensino de 1º Grau.

Art. 3° - O plano de ensino a ser ministrado deverá compreender,obrigatoriamente, nas duas últimas séries do 1º Grau, a exploraçãovocacional e a iniciação para o trabalho.

Art. 4º - Passa a denominar-se Escola Municipal de Educaçãode Deficientes Auditivos “Helen Keller” o atual Instituto deEducação de Crianças Excepcionais “Helen Keller”.

Art. 5° - A Escola Municipal de Educação de DeficientesAuditivos “Helen Keller” integrará a rede de Escolas doDepartamento Municipal de Ensino, mantendo, exclusivamente,classes especiais para a educação de deficientes auditivos.

§ 1º - A Escola Municipal de Educação de Deficientes

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Auditivos “Helen Keller” funcionará complementarmente:

a) como unidade central para exame, triagem e encaminhamentode deficientes auditivos às classes especiais que foremcriadas nas escolas de educação infantil e no ensino de 1ºGrau, da Rede Municipal;

b) como centro de atualização e treinamento de professoresespecializados, que se destinarem às classes de deficientesauditivos da Rede Municipal.

§ 2º - Na medida de suas possibilidades e de sua capacidadede atendimento, a Escola Municipal de Educação deDeficientes Auditivos “Helen Keller” funcionará em regimede semi-internato.

Art. 6° - A Escola Municipal de Educação de DeficientesAuditivos “Helen Keller” terá estrutura básica das Escolas de1º Grau, acrescida de técnicos especializados para o alcance deseus fins.

Art. 7° - Ficam criados e incorporados ao Anexo II a que se referea Lei nº 8.209, de 4 de março de 1975, os cargos constantes daTabela anexa à presente Lei.

Art. 8° - O primeiro provimento do cargo de Diretor de Escola deDeficientes Auditivos será feito por acesso, dentre professoresefetivos do Ensino Municipal, de 1º Grau, de educação infantil e deeducação de deficientes auditivos, portadores de diploma delicenciatura plena em Pedagogia com habilitação em AdministraçãoEscolar e com experiência mínima de cinco anos em funções dedireção no ensino especializado em educação de deficientes daaudição.

Art. 9° - Para o primeiro provimento dos cargos de Professor deEducação de Deficientes Auditivos, serão admitidos ao concurso,excepcionalmente, portadores de diplomas de Cursos deEspecialização em Educação de Deficientes da Audição, expedidospor Institutos de Educação.

Parágrafo único - Os técnicos especializados paracomplementação do quadro serão admitidos por contrato, naforma da legislação vigente.

Art. 10 - O Executivo estabelecerá, mediante decreto, as normascomplementares necessárias à organização e funcionamento daEscola Municipal de Educação de Deficientes Auditivos “HelenKeller”, em consonância com as diretrizes fixadas nesta Lei.

Art. 11 - A Secretaria Municipal de Educação fixará, medianteportaria, o Regimento Interno da Escola Municipal de Educação deDeficientes Auditivos “Helen Keller”, bem como das classesespeciais anexas às Escolas Municipais.

Art. 12 - Fica o Executivo autorizado a celebrar acordos ouconvênios com órgãos da Administração Pública, entidadesparaestatais e instituições particulares, para organização emanutenção de escolas e classes destinadas a deficientesauditivos.

Art. 13 - As despesas com a execução da presente Lei correrãopor conta das dotações orçamentárias próprias.

Art. 14 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 20 de setembro de1976.

Olavo Egydio Setubal. Prefeito.

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Lei nº 10.012, de 13 de dezembro de 1985

Dispõe sobre assentos reservados para uso por gestantes, mulheres portando bebês oucrianças de colo, idosos e deficientes físicos, nos veículos de transporte coletivo depassageiros.

Mário Covas, Prefeito do Município de São Paulo, usando das atribuições que lhes sãoconferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 20 de novembro de 1985, decretou e eupromulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Todos os veículos empregados nas linhas de transporte coletivo de passageiros,no Município de São Paulo, deverão ter os 4 (quatro) primeiros lugares sentados, da suaparte dianteira, reservado para uso por gestantes, mulheres portando bebês ou criançasde colo, idosos e deficientes físicos.

Art. 2° - Tais lugares serão marcados com placa indicativa com os seguintes dizeres:

“Assento reservado para o uso de gestantes, mulheres portando bebês ou criançasde colo, idosos e deficientes físicos. Ausentes pessoas nessas condições, o uso élivre”.

Art. 3° - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 13 de dezembro de 1985.

Mário Covas. Prefeito.

Foto Roberto Navarro

Fisioterapia - Associação Brasileirade Distrofia Muscular - ABDIM

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei nº 10.072, de 09 de junho de 1986

Dispõe sobre a instalação de bancas de jornais e revistas emlogradouros públicos, e dá outras providências.

Jânio da Silva Quadros, Prefeito do Município de São Paulo, usandodas atribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 22 de maio de1985, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - A instalação de bancas destinadas à venda de livrosculturais, jornais e revistas novos, bem como destes mesmosperiódicos usados, em logradouros públicos, somente se darámediante permissão de uso, em locais designados previamentepelo Executivo, na forma desta lei. (NR)

- Art. 1° com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 10.875, de 20/07/1990.

Parágrafo único - Aos que estejam exercendo a atividade devenda de livros, jornais e revistas usados, em banca instaladaem logradouro público, na data desta Lei, terão regularizadassua situação. (NR)

- Parágrafo único com redação dada pelo art. 1º da Lei nº

10.875, de 20/07/1990.

Art. 2° - As permissões de que trata o artigo anterior serãooutorgadas na seguinte conformidade:

I - 2/3 (dois terços), quando em pontos vagos, mediante prévioprocedimento licitatório, a qualquer cidadão habilitado;

II - 1/3 (um terço), mediante sorteio público e independente delicitação, a viúvas e cidadãos com invalidez permanente oude idade avançadas, desprovidos de recursos necessários àsubsistência.

Parágrafo único - O procedimento licitatório de que trata oinciso I deste artigo versará sobre o valor do preço anual a serpago pelo permissionário, e, em caso de igualdade de propostas,a permissão será concedida mediante sorteio público.

..............................................

Art. 5° - Para a licitação de que trata o inciso I do artigo 2º, destaLei, os interessados na permissão deverão apresentar os seguintesdocumentos, além do que mais seja exigido no competente edital:

a) prova de identidade;

b) prova de sanidade física e mental, expedido pelo órgãocompetente da Prefeitura;

c) declaração de antecedentes;

d) título de eleitor.

§ 1º - Para os fins previstos no inciso II, do artigo 2º, desta Lei,sem embargo da apresentação dos documentos referidos nositens “a”, “c” e “d”, deste artigo, deverão ser ouvidas, também, aAssessoria de Serviço Social da Secretaria das AdministraçõesRegionais quanto às condições de carência de recursos, e aSupervisão de Saúde da mesma Secretaria no que respeita àcomprovação de invalidez permanente.

..........................................

..........................................

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 9 de junho de 1986.

Jânio da Silva Quadros. Prefeito.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto n° 22.709, de 5 de setembro de 1986

Regulamenta a Lei n° 10.072, de 9 de junho de 1986, que dispõesobre a instalação de bancas de jornais e revistas em logradourospúblicos, e dá outras providências.

Jânio da Silva Quadros, Prefeito do Município de São Paulo, usandodas atribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

CAPÍTULO IDa Permissão de Uso

Art. 1° - A instalação de bancas destinadas à venda de jornais erevistas, em logradouros públicos, será permitida, a título precário,em locais designados previamente pelos órgãos competentes daPrefeitura, na forma da Lei n° 10.072, de 9 de junho de 1986,obedecidas as disposições estabelecidas neste Decreto.

Art. 2° - As permissões, de que trata o artigo anterior, serãooutorgadas na seguinte conformidade:

..........................................

II - 1/3 (um terço) dos locais vagos a viúvas e cidadãos cominvalidez permanente ou de idade avançada, e que sejam,cumulativamente, desprovidos de recursos necessários à própriasubsistência, mediante sorteio público, dispensada, nestahipótese, a licitação.

..........................................

§ 2° - Para o mesmo fim considera-se:

a) cidadão com invalidez permanente, a pessoa portadorade defeito ou deficiência física de caráter permanente, quenão a torne incapacitada para o exercício do comércio de vendade jornais e revistas em logradouros públicos;

.............................................................

§ 3° - O estado de invalidez permanente, bem assim acapacidade para o exercício do comércio de venda de jornais erevistas, serão comprovadas por atestado médico expedido pelaSupervisão de Saúde da Administração Regional competente.

§ 4° - A falta de recursos necessários à subsistência, previstano inciso II deste artigo, será aferida pela Assessoria deServiço Social da Secretaria-Geral das Subprefeituras, que seutilizará, se necessário, de outras Unidades da Secretaria-Geraldas Subprefeituras - SEGESP ou da Prefeitura.

..........................................

CAPÍTULO IIDa Licitação e do Sorteio

..........................................

Art. 5° - Para inscrição no sorteio, a que se refere o inciso II, doartigo 2°, deste Decreto, os interessados deverão protocolarrequerimento na SADVIAS - Supervisão de Atividades Diversas nasVias e Logradouros Públicos, no prazo de 60 (sessenta) dias,contados a partir da publicação da relação dos locais vagos, daSubprefeitura correspondente, objeto de permissão, instruído comos seguintes documentos:

I - prova de identidade;

...........................................

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

IV - atestado médico, expedido pela Supervisão de Saúde daAdministração Regional, se enquadrando na letra “a”, do § 2°,do artigo 2°;

V - declaração de antecedentes, firmada pelo próprio requerente,e atestada por 2 (duas) testemunhas, devidamente qualificadas;

VI - título de eleitor;

VII - prova de residência no Município de São Paulo há pelomenos 2 (dois) anos.

Art. 6° - Instruído o requerimento na forma do artigo anterior, seráencaminhado à Assessoria de Serviço Social da SEGESP, queopinará quanto às condições de carência de recursos, utilizando-se, se necessário, de elementos da própria Secretaria, ou de outrasunidades da Prefeitura.

Parágrafo único - A situação econômica dos candidatos seráavaliada, após visita domiciliar, a cargo da unidade referida nocaput deste artigo, registrada, ainda, no cadastro do candidato,a respectiva avaliação.

..........................................

CAPÍTULO VIDa Sucessão e da Transferência da Permissão

..........................................

Art. 30 - A transferência da permissão para instalação de bancasde jornais e revistas, obtida através de sorteio, somente seráautorizada àqueles que se enquadrarem nas situações previstasno item II do artigo 2°.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 5 de setembro de 1986.

Jânio da Silva Quadros. Prefeito.

Lei nº 10.205, de 04 de dezembro de 1986

Disciplina a expedição de licença de funcionamento e dá outrasprovidências.

Jânio da Silva Quadros, Prefeito do Município de São Paulo, nostermos do disposto no artigo 26 do Decreto-Lei ComplementarEstadual nº 9, de 31 de dezembro de 1969, sanciona e promulga aseguinte lei:

Art. 1° - Nenhum imóvel poderá ser ocupado ou utilizado parainstalação e funcionamento de atividades comerciais, industriais,institucionais, de prestação de serviços e similares, sem prévialicença de funcionamento expedida pela Prefeitura.

Parágrafo único - A expedição de licença a que se refere esteartigo ficará condicionada ao atendimento, por parte do munícipe,à legislação pertinente em vigor e, em especial, às normas deparcelamento, uso e ocupação do solo, de segurança, higiene,de sossego público, de proteção às crianças, adolescentes,idosos e portadores de deficiência, e de proibição à práticado racismo ou qualquer discriminação atentatória aos direitos egarantias fundamentais. (NR)

- Parágrafo único com redação dada pelo art. 1º da Lei nº11.785, de 26/05/1995.

..........................................

..........................................

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 4 de dezembro de 1986.

Jânio da Silva Quadros. Prefeito.

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Lei nº 10.508, de 04 de maio de 1988

Dispõe sobre a Limpeza nos imóveis, o fechamento de terrenos não edificados e aconstrução de passeios, e dá outras providências.

Jânio da Silva Quadros, Prefeito do Município de São Paulo, nos termos do disposto noartigo 26 do Decreto-Lei Complementar Estadual nº 9, de 31 de dezembro de 1969, sancionae promulga a seguinte lei:

..........................................

Art. 10 - A instalação de mobiliário urbano nos passeios, tais como telefones públicos,caixas de correio, cestos de lixo, bancas de jornais e outros, não deverá bloquear, obstruirou dificultar o acesso de veículos, o livre trânsito dos pedestres, em especial dos deficientesfísicos, nem a visibilidade dos motoristas, na confluência de vias.

Parágrafo único - Qualquer que seja a largura do passeio, dever-se-á respeitar a faixamínima de 0,90m (noventa centímetros), visando a permitir o livre e seguro trânsito depedestres.

..............................................

...............................................

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 4 de maio de 1988.

Jânio da Silva Quadros. Prefeito.

Foto Marco A. Cardelino

Artesanato - AssociaçãoBrasileira de Esclerose Múltipla - ABEM

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Decreto nº 27.505, de 14 de dezembro de 1988

Regulamenta a Lei nº 10.508 de 4 de maio de 1988, que dispõesobre a limpeza nos imóveis, o fechamento de terrenos nãoedificados e a construção de passeios, e dá outras providências

Jânio da Silva Quadros, Prefeito do Município de São Paulo, usandodas atribuições que lhe são conferidas por lei, e nos termos doartigo 26 da Lei nº 10.508, de 4 de maio de 1988, decreta:

.................................

CAPÍTULO IIIDos Passeios

..........................................

Art. 27 - A instalação de mobiliário urbano nos passeios, tais comotelefones públicos, caixas de correio, cestos públicos de lixo,bancas de jornais e outros, não deverá bloquear, obstruir ou dificultaro acesso de veículos, o livre trânsito dos pedestres, em especialdos deficientes físicos, nem a visibilidade dos motoristas, naconfluência de vias.

Parágrafo único - Qualquer que seja a largura do passeio,dever-se-á respeitar a faixa mínima de 0,90 metros, visandopermitir o livre e seguro trânsito de pedestres.

Art. 28 - As concessionárias de serviços público, ou de utilidadepública e as entidades a elas equiparadas são obrigadas a repararos passeios por elas danificados na execução de obras ou serviços

públicos, sob sua responsabilidade.

..........................................

..........................................

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 14 de dezembro de1988.

Jânio da Silva Quadros. Prefeito.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei nº 10.832, de 05 de janeiro de 1990

Determina tratamento prioritário a pessoas portadoras dedeficiências físicas.

Luiza Erundina de Sousa, Prefeita do Município de São Paulo usandodas atribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 12 de dezembrode 1989, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Às pessoas portadoras de deficiências físicas éresguardado tratamento prioritário em cinemas, estádios, circos,teatros, estacionamentos de veículos, locais de competição, casasde espetáculos e similares, nos termos desta Lei.

Art. 2° - Os locais e estabelecimentos referidos no artigo anteriordestinarão, no mínimo, 3% (três) por cento de sua capacidade,para ocupação por deficientes físicos admitida a redução destepercentual em eventos com afluência de público superior a 800(oitocentas) pessoas, conforme for definido em decreto regulamentar.

§ 1º - Os estabelecimentos deverão indicar, através de sinalizaçãoadequada, os locais destinados à ocupação por deficientesfísicos.

§ 2º - Nos espetáculos e apresentações com horário previamentedeterminado para a realização, o tratamento prioritário seráassegurado até 15 (quinze) minutos que antecederem seu início,desde que seja possível compatibilizá-lo com sessão anteriorque esteja ocorrendo.

§ 3° - O ingresso dos deficientes deverá ocorrer através deacesso apropriado, que lhes permita a necessária mobilidade elocomoção.

§ 4° - Nos estacionamentos públicos, as vagas deverão serlocalizadas próximas de sua entrada.

Art. 3° - O Poder Executivo zelara pelo cumprimento desta Lei,cuja violação implicará na sanção pecuniária correspondente a 10(dez) Unidades Fiscais do Município - UFM.

Art. 4° - Para os efeitos desta Lei, consideram-se pessoasportadoras de deficiência física as que sofram dificuldades demobilidade e locomoção, além de outras que venham a ser definidasem decreto regulamentar.

Art. 5° - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60(sessenta) dias.

Art. 6° - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 5 de janeiro de 1990.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei nº 10.880, de 17 de setembro de 1990

Autoriza o Executivo Municipal a criar escolas para criançasportadoras de deficiência mentais, e dá outras providências.

Luiza Erundina de Sousa, Prefeita do Município de são Paulo,usando das atribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 22 de agosto de1990, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Fica o Executivo Municipal autorizado a criar escolas coma finalidade de assistir, educar e orientar crianças portadoras dedeficiências mentais.

Art. 2° - Caberá à Secretaria do Bem-Estar Social, a administraçãodas escolas, que contratará pessoal necessário ao desenvolvimentode tal mister.

Art. 3° - As despesas decorrentes com a execução da presenteLei correrão por conta das verbas orçamentárias próprias.

Art. 4° - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 17 de setembro de1990.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

Lei nº 11.039, de 23 de agosto de 1991

Disciplina o exercício do comércio ou prestação de serviçosambulantes nas vias e logradouros públicos do município de SãoPaulo.

Arnaldo de Abreu Madeira, Presidente da Câmara Municipal deSão Paulo, faz saber que a Câmara Municipal de São Paulo, deacordo com o § 7º do artigo 42 da Lei Orgânica do Município deSão Paulo, promulga a seguinte Lei:

Art. 1° - Fica disciplinado o exercício do comércio ou prestação deserviços ambulantes nas vias e logradouros públicos do Município deSão Paulo, observados os critérios e as disposições instituídos nestaLei.

CAPÍTULO IDa Conceituação e Atribuições

Art. 2° - O comércio e prestação de serviços nas vias e logradourospúblicos poderão ser exercidos, em caráter precário e de formaregular, por profissional autônomo, de acordo com as determinaçõescontidas nesta Lei.

Art. 3° - Considera-se Vendedor ou Prestador de Serviços nas viase logradouros públicos, reconhecido como Ambulante, a pessoafísica, civilmente capaz, que exerça atividade lícita por conta própriaou mediante relação de emprego, desde que devidamenteautorizado pelo Poder Público competente.

Art. 4° - Do ponto de vista da condição pessoal do Ambulante e

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das cominações previstas nesta lei, os Ambulantes ficam divididos nas seguintes categorias:

a) deficiente físico de natureza grave;

b) deficiente físico de capacidade reduzida e sexagenários;

c) egressos do sistema penitenciário e fisicamente capazes. (NR)

- Art. 4º com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 13.635, de 01/09/2003.

§ 1º - Enquadram-se na categoria “A”, as pessoas portadoras de cegueira, paralisia,falta de membros inferiores ou superiores ou outras deficiências que se equiparam,conforme definido no artigo 1º da Lei nº 5.440, de 20 de dezembro de 1957.

§ 2º - Enquadram-se na categoria “B”, as pessoas que, não satisfazendo o disposto noparágrafo anterior, sejam portadoras de deficiências físicas que as impossibilitemde exercer atividades normais de trabalho, atestada por laudo médico expedido porórgão municipal, e, aquelas que, mesmo normais, tenham mais de 60 anos de idade.

§ 3° - Enquadram-se na categoria “C” as pessoas fisicamente capazes que nãosatisfaçam o disposto nos dois parágrafos anteriores, ou sejam regularmente egressasdo sistema penitenciário, após cumprimento de pena de detenção ou reclusão. (NR)

- § 3º acrescentado pelo art. 2º da Lei nº 13.635, de 1º/09/2003.

Art. 5° - Do ponto de vista da forma com que a atividade é exercida, os Ambulantes sãoclassificados como:

a) efetivos;

b) de ponto Móvel;

c) de ponto Fixo.

§ 1º - Efetivos, são os Ambulantes que exercem sua atividade carregando junto aocorpo a sua mercadoria ou equipamento e em circulação.

§ 2º - De ponto Móvel, são os Ambulantes que exercem a sua atividade com o auxíliode veículos automotivos ou não, ou equipamentos desmontáveis e removíveis, parandoem locais permitidos de vias e logradouros públicos.

§ 3° - De ponto Fixo, são os Ambulantes que exercem a sua atividade em barracas nãoremovíveis em locais previamente designados de vias e logradouros públicos.

Art. 6° - Para efeito do que dispõe esta Lei entende-se como:

a) Áreas de Atuação: os bairros do Município de São Paulo onde a atividade forregulamentada;

Deficiente físico trabalhando - Amigos Metroviáriosdos Excepcionais - AME

Foto cedida pela Ame

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

b) Praças de Atuação: logradouros públicos onde a atividade forregulamentada;

c) Ruas de Atuação: as vias públicas onde a atividade forregulamentada;

d) Bolsões de Comércio: áreas de comercialização implantadaspela Prefeitura, através de órgãos competentes, com infra-estrutura adequada, que atenda a objetivo turístico do local e daCidade.

Art. 7° - Fica criada em cada Administração Regional umaComissão Permanente do Ambulante, para regulamentar e controlaresta atividade, obedecida a política geral dada à matéria, constituídapor representantes de Associações e Sindicatos do ComércioAmbulante, de Associações e Sindicatos do Comércio estabelecidoda população através de suas representações organizadas e daAdministração Municipal, sob a coordenação do AdministradorRegional correspondente.

Parágrafo único - As Comissões serão constituídas e regidaspor Ato da Secretaria das Administrações Regionais.

Art. 8° - Compete à Comissão Permanente do Ambulante:

a) indicar as áreas, praças e ruas de atuação e os pontos fixospara o exercício da atividade do Ambulante;

b) indicar os locais para a implantação dos Bolsões de Comércio;

c) relacionar os produtos e serviços a serem comercializados eprestados;

d) dirimir as dúvidas surgidas na aplicação da presente Lei, nasua jurisdição competente.

Art. 9° - Fica delegada ao Administrador Regional ouvida aComissão Permanente do Ambulante, a competência de baixar osatos atinentes ao comércio de Ambulante e à prestação de serviçosem vias e logradouros públicos da sua Região Administrativa, emespecial:

a) a fixação das áreas, praças e ruas de atuação com osrespectivos pontos fixos;

b) a lista de produtos que poderão ser comercializados e osserviços prestados, respeitadas as normas de controle sanitárioe de Saúde Pública;

c) a expedição do respectivo Termo de Permissão de Uso.

Art. 10 - Na fixação dos pontos, praças e ruas de atuação, seráobedecida a seguinte escala de prioridade de uso da via pública:

a) circulação de pedestres e de veículos;

b) estacionamento de pedestres, tais como: pontos de ônibus,filas de cinemas, saídas e entradas de escolas, repartiçõespúblicas, agências bancárias, hospitais, farmácias, cemitériose estabelecimentos assemelhados;

c) paradas de veículos, transportes coletivos, assim consideradosônibus e táxis, veículos de carga e para descarga;

d) preservação de espaços significativos de valores histórico,cultural e cívicos;

e) instalação de equipamentos públicos (orelhão, caixa decorreio, etc...).

Art. 11 - A utilização das vias e logradouros públicos será feitaatravés da Permissão de Uso, a titulo precário, onerado, pessoal eintransferível, que poderá ser revogada a qualquer tempo, a juízoda Administração, sem que assista ao interessado qualquer direitoa indenização.

Parágrafo único - A Administração Regional notificará opermissionário de sua respectiva jurisdição, com prazo não inferiora 30 (trinta) dias, quando da revogação da Permissão de Uso.

Art. 12 - Para exercer a atividade prevista nesta Lei, será cobradopreço público, a ser determinado pela Secretaria dasAdministrações Regionais, de acordo com o valor do metro quadradoda Planta Genérica de Valores.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

CAPÍTULO IIDa Permissão

Art. 13 - A Permissão de Uso é uma outorga unilateral feita peloPoder Público Municipal a pessoas físicas que satisfaçam asdisposições emitidas nesta Lei.

Art. 14 - Os pedidos de Permissão de Uso de que trata esta Lei,deverão ser formalizados através de requerimento dirigido àrespectiva Administração Regional e instruído com os seguintesdocumentos:

a) Cédula de Identidade;

b) comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas doMinistério da Fazenda - CPF;

c) comprovante de inscrição no Cadastro de ContribuintesMobiliário - CCM;

d) atestado de bons antecedentes;

e) comprovante de residência no Município de São Paulo;

f) ficha de saúde, fornecida por Órgão Municipal competente,da qual conste que o interessado não é portador de moléstiacontagiosa, infecto-contagiosa ou repugnante;

g) atestado médico que declare o grau de deficiência física,nos termos da Lei nº 5.440/57, expedido por Órgão Municipalcompetente, quando for o caso.

h) prova de pagamento de contribuição sindical, quando for o caso.

i) certidão provando ser regularmente egresso do sistemapenitenciário, após cumprimento de pena de detenção oureclusão, quando for o caso. (NR)

- Alínea “i” acrescentada pelo art. 3º da Lei nº 13.635, de 01/09/2003.

Art. 15 - Revogado

- Art. 15 revogado pelo art. 1º da Lei nº 11.124, de 26/11/1991.

Art. 16 - Da Permissão de Uso deverá constar obrigatoriamente:

a) nome do permissionário, com foto 2x2;

b) local designado para o exercício da atividade com identificaçãodo Ponto;

c) o número do permissionário;

d) descrição do ramo de atividade;

e) prazo máximo de validade;

f) horário de exercício da atividade;

g) número de processo referente a permissão;

h) nome do auxiliar, quando for o caso.

Art. 17 - Com o objetivo de se criar oportunidade permanente aspessoas que desejam iniciar-se nesta atividade e de se induzir aospermissionários a se prepararem para exercer a atividade formaldo comércio e de seu ramo de negócio, ficam estabelecidos osseguintes prazos máximos para as permissões, sem prejuízo dodisposto no artigo 11 desta Lei e seu parágrafo único:

a) Categoria “A” de Ambulante: 3 (três) anos;

b) Categoria “B” de Ambulante: 2 (dois) anos;

c) Categoria “C” de Ambulante: 1 (um) ano. (NR)

- Parágrafo único do art. 17 suprimido pelo art. 2º da Lei nº

11.124, de 26/11/1991.

Art. 18 - Os pontos fixos e a sua distribuição entre os interessadosserão determinados no âmbito de cada Administração Regional,observando-se a ordem de antigüidade no comércio ambulanteatravés de documento expedido pela Administração Municipal,cabendo aos mais antigos precedência para escolha de ponto fixoe do tipo de equipamento. (NR)

- Art. 18 com redação dada pelo art. 3º da Lei nº 11.124, de 26/11/1991.

§ 1º - Os pontos fixos estabelecidos em cada Regional serãodestinados preferencialmente aos Ambulantes das categorias

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

“A” e “B” definidos nesta lei, até a soma das mesmas alcançaro limite máximo de 2/3 (dois terços) das partes designadas,f icando os pontos remanescentes dest inados aosAmbulantes da categoria “C”, sendo que 1/3 (um terço) destesficam reservados preferencialmente para os egressos dosistema penitenciário. (NR)

- § 1º com redação dada pelo art. 4º da Lei nº 13.635, de 1º/09/2003.

§ 2º - Uma praça, rua de atuação, deverá abrigar sempreambulantes da mesma categoria, já definidas nesta Lei.

Art. 19 - A mudança de local designado, do ponto fixo ou ramo deatividade poderá ser concedida pela Administração Regionalcompetente, mediante requerimento do interessado que deverá serdefinido ou não em prazo de 30 (trinta) dias da data do protocolo dorecebimento.

Parágrafo único - Enquanto aguardar a decisão sobre oseu requerimento, o permissionario deverá continuarexercendo a sua atividade no local inicial, sob pena de perdaou indeferimento.

Art. 20 - A não utilização do Ponto Fixo pelo prazo máximo de 90(noventa) dias, implicará na perda do mesmo, considerado comovago o respectivo Ponto.

Art. 21 - Não havendo pedido de renovação da Permissão,respeitado o parágrafo único do artigo 17 desta Lei, após 90(noventa) dias do seu vencimento, a mesma será consideradaautomaticamente como cancelada.

Art. 22 - As Administrações Regionais, ao regulamentarem aatividade de Ambulante em sua Jurisdição, deverão determinar asvias e logradouros públicos onde será terminantemente proibida asua presença e atuação, dadas as características inadequadasdos mesmos para essas atividades.

CAPÍTULO IIIDo Auxiliar

Art. 23 - Os ambulantes da categoria “A” poderão fazer uso de atédois empregados que os auxiliem enquanto que os da categoria“B” apenas um. Os empregados aqui mencionados serão regidospela legislação em vigor pertinente.

- Art. 23 com redação dada pelo art. 4º da Lei nº 11.124, de 26/11/1991.

Art. 24 - Para o seu registro na respectiva Regional, o auxiliardeverá apresentar os documentos por ela determinada reservado odireito de ser recusado o pedido daqueles que cujos antecedentesnão o recomendem para a atividade.

CAPÍTULO IVDo Equipamento

Art. 25 - No exercício das atividades de Ambulantes, previstas nestaLei, serão permitidos o uso dos seguintes equipamentos:

a) Modelo “A” - desmontáveis e removíveis, com dimensõesmáximas de 1,20mô;

b) Modelo “B” - fixos, com dimensões máximas de 2,00mô.

§ 1º - O modelo “B”, destina-se apenas aos Ambulantes dacategoria “A”, enquanto que o modelo “A”, destina-se a todosos Ambulantes.

§ 2º - Os equipamentos previstos nesta Lei serão padronizadospor portaria da Secretaria das Administrações Regionais,obedecidas as características da área de atuação.

§ 3° - Os Ambulantes de Ponto Móvel independem dapadronização prevista no parágrafo anterior.

Art. 26 - No equipamento do permissionário deverá estar previsto

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local para recipiente de coleta de lixo decorrente da sua atividade, bem como cartão deidentificação em local visível e apropriado.

Art. 27 - A Liberação do Tipo de equipamento para determinada Rua de Atuação deverálevar em conta a restrição de que, após a sua instalação a largura remanescente da calçadano local, não seja inferior a 1,50mô para a circulação de pedestres.

Art. 28 - A distância entre equipamentos deverá obedecer os seguintes critérios:

- Modelo “A” - pelo menos 15 (quinze) metros;

- Modelo “B” - pelo menos 10 (dez) metros.

Parágrafo único - Nas ruas de pedestres poderão, no máximo, ser instalados 20(vinte) equipamentos de modelo, observada a distância de 15 (quinze) metros entre umequipamento e outro. (NR)

- Parágrafo único com redação dada pelo art. 5º da Lei nº 11.124, de 26/11/1991.

Art. 29 - Não poderão ser instalados equipamentos:

a) a menos de 20 (vinte) metros de estações de embarque e desembarque de metrovias,ferrovias, rodovias e aeroportos;

b) a menos de 5 (cinco) metros de pontos ou abrigos de ônibus ou táxis;

c) a menos do 20 (vinte) metros de monumentos e bens tombados;

d) em frente a guias rebaixadas;

e) em frente a portões de acesso a edifícios e repartições públicas, quartéis, hospitais,farmácias, bancos e estabelecimentos assemelhados;

f) a menos de 20 (vinte) metros dos portões de acesso de qualquer estabelecimento deensino; (NR)

- Alínea “f” com redação dada pelo art. 6º da Lei nº 11.124, de 26/11/1991.

g) em frente a estabelecimento que venda o mesmo artigo. (NR)

- Alínea “g” com redação dada pelo art. 7º da Lei nº 11.124, de 26/11/1991.

h) em frente a residências.

Foto cedida pela Associação Cruz Verde

Fisioterapia - Associação Cruz Verde

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO VDos Bolsões de Comércio

Art. 30 - As Administrações Regionais deverão selecionar em Áreasde Atuação de sua Jurisdição, locais disponíveis para implantaçãode Bolsões de Comércio, conforme o que já foi determinadoanteriormente.

Art. 31 - No prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da aprovaçãodesta Lei, a Secretaria das Administrações Regionais com o auxíliodos órgãos competentes da Prefeitura, deverá elaborar e apresentarà Senhora Prefeita, projeto básico de implantação de Bolsões deComércio.

Parágrafo único - A colaboração da iniciativa privada é desejávele permitida, desde que atenda o interesse público.

CAPÍTULO VIDos Deveres e das Proibições

Art. 32 - Além de outras obrigações previstas nesta Lei, são deveresdo Ambulante:

a) portar o Termo de Permissão de Uso, o Cartão de Identificaçãoe outros determinados quando da expedição da Permissão;

b) portar o comprovante de pagamento dos preços públicos ede outros impostos devidos conforme esta Lei e outrasdisposições vigentes;

c) exercer pessoalmente a sua atividade;

d) demonstrar rigorosa higiene pessoal, bem como do seuequipamento;

e) conservar o equipamento dentro das especificações prescritaspela Administração Municipal;

f) vender produtos em bom estado de conservação e de acordo

com a legislação vigente;

g) usar papel adequado para embrulhar os gêneros alimentícios;

h) manter limpo o seu local de trabalho, obedecendo no quecouber o disposto na Lei nº 7.775, de 13 de setembro de 1972;

i) observar irrepreensível compostura e polidez no trato público;

j) respeitar o horário de trabalho determinado pela Administração;

k) afixar sobre as mercadorias, de modo bem visível, a indicaçãode seu preço, observando os tabelamentos existentes;

l) conservar devidamente aferidos os pesos e balanças utilizadosno seu negócio;

m) exibir, quando solicitado pela fiscalização, o documento fiscalde origem relativo aos produtos comercializados;

n) cumprir ordens e instruções emendas do Poder Públicocompetente.

Art. 33 - É proibido aos Ambulantes:

a) ceder a terceiros, a qualquer titulo, a sua Permissão do Uso,Ponto Fixo ou Equipamento;

b) adulterar ou rasurar documentos necessários à sua atividade;

c) comercializar produtos tóxicos, farmacêuticos, inflamáveisou explosivos, fogos de artifício, bebidas alcoólicas, animaisvivos ou embalsamados, relógios, jóias e óculos, e alimentosem desacordo com as normas higiênico sanitárias;

d) comercializar mercadorias ou prestar serviços em desacordocom a sua Permissão.

CAPÍTULO VIIDas Penalidades

Art. 34 - O descumprimento do disposto no artigo 32, até aletra “N”, constitui infração passível de multa a ser determinadapela Administração, podendo chegar até a cassação da

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Permissão de Uso.

CAPÍTULO VIIIDas Disposições Finais

Art. 35 - A Secretaria das Administrações Regionais deverá, noprazo de 45 (quarenta e cinco) dias da aprovação desta Lei, baixarnormas e Ato de Constituição das Comissões previstas nesta Lei.

Art. 36 - Os casos omissos nesta Lei serão solucionados pelaSecretaria das Administrações Regionais, ouvidas as ComissõesPermanentes do Ambulante das Administrações Regionais.

Art. 37 - Durante o prazo concedido no artigo 35 desta Lei, aimplantação das normas estabelecidas na presente Lei ficará soba responsabilidade direta e imediata do Administrador Regional darespectiva Região Administrativa.

Art. 38 - As despesas decorrentes da implantação desta Lei,correrão por conta de dotações orçamentárias próprias.

Art. 39 - O Executivo regulamentará esta Lei, no prazo de 60(sessenta) dias a contar da sua aprovação.

Art. 40 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições anteriores, em especial os Decretos nº27.619, de 4 de janeiro de 1989 e nº 27.660, de 22 de fevereiro de1989.

Câmara Municipal de São Paulo, aos 23 de agosto de 1991.

Arnaldo de Abreu Madeira. Presidente.

Decreto nº 42.600, de 11 de novembro de 2002

Regulamenta a Lei n° 11.039, de 23 de agosto de 1991, quedisciplina o exercício do comércio e a prestação de serviçosambulantes nas vias e logradouros públicos do Município de SãoPaulo, de acordo com o disposto na Lei n° 13.399, de 1º de agostode 2002, que dispôs sobre a criação das Subprefeituras.

Marta Suplicy, Prefeita do Município de São Paulo, no uso dasatribuições que lhe são conferidas por lei,

Considerando a necessidade de adequação da regulamentação daLei n° 11.039, de 23 de agosto de 1991, que disciplina o exercício docomércio e a prestação de serviços ambulantes nas vias e logradourospúblicos do Município de São Paulo, às normas constantes da Lei n°13.399, de 1° de agosto de 2002, que dispôs sobre a criação dasSubprefeituras,

decreta:

CAPÍTULO IDa Conceituação e Atribuições

Art. 1° - O comércio e a prestação de serviços nas vias e logradourospúblicos poderão ser exercidos, em caráter precário e de formaregular, por profissional autônomo, obedecido o disposto na Lei n°11.039, de 23 de agosto de 1991, com as alterações posteriores,neste decreto e nas demais disposições legais e regulamentares.

Art. 2° - Para os efeitos deste decreto, considera-se ambulante apessoa física, civilmente capaz, que exerça atividade lícita por contaprópria ou mediante relação de emprego, desde que devidamenteautorizada pelo Poder Público.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Art. 3° - Quanto à condição física, os ambulantes ficam classificadosnas seguintes categorias:

a) Deficiente físico de Natureza Grave (DFNG);

b) Deficiente físico de Capacidade Reduzida (DFCR) esexagenário;

c) Fisicamente Capaz (FC).

§ 1º - Enquadram-se na categoria “a” as pessoas portadorasde cegueira, paralisia, falta de membros inferiores ousuperiores e outras deficiências equiparáveis, conformedefinido no artigo 1° da Lei n° 5.440, de 20 de dezembro de 1957.

§ 2º - Enquadram-se na categoria “b” as pessoas que, nãoabrangidas pelo disposto no parágrafo anterior, sejamportadoras de deficiências físicas que as impossibilitem deexercer atividades normais de trabalho, atestadas por laudomédico expedido por órgão municipal, e aquelas que, mesmofisicamente capazes, tenham mais de 60 (sessenta) anos deidade.

§ 3° - Enquadram-se na categoria “c” as pessoas fisicamentecapazes.

Art. 4° - Quanto à forma pela qual a atividade é exercida, osambulantes classificam-se em:

a) efetivos - os que exercem suas atividades carregando juntoao corpo a sua mercadoria ou equipamento e em circulação,respeitados os locais permitidos pela respectiva Subprefeitura,segundo critérios de estética e funcionalidade do meio urbanolocal;

b) de ponto móvel - os que exercem suas atividades com auxíliode veículos automotivos, de propulsão humana ou similar, ou,ainda, equipamentos desmontáveis e removíveis, em modelosfixados segundo critérios de estética, funcionalidade e segurançaurbana, parando em locais permitidos pela respectivaSubprefeitura, nas vias e logradouros públicos, observadas asespecificações definidas em lei e neste decreto, no que dizrespeito ao equipamento;

c) de ponto fixo - os que exercem suas atividades em barracasnão removíveis, em locais designados e com equipamentospreviamente determinados pela respectiva Subprefeitura,segundo critérios de estética, funcionalidade e segurançaurbana, observadas as especificações definidas em lei e nestedecreto, no que diz respeito ao equipamento.

Parágrafo único - A permissão aos ambulantes que exerçama sua atividade mediante veículos automotivos deverá serregulamentada por meio de portaria da Secretaria Municipal dasSubprefeituras, ouvida previamente a Secretaria Municipal deTransportes.

Art. 5° - Os ambulantes efetivos, os de ponto móvel e os de pontofixo poderão comercializar produtos alimentícios e não alimentíciosadquiridos legalmente.

Parágrafo único - A comercialização dos produtos alimentíciosserá regulamentada no âmbito de cada Subprefeitura.

CAPÍTULO IIDa Localização da Atividade e Identificação dos

Pontos Fixos e Horário de Funcionamento

Art. 6° - Para os fins deste decreto, os ambulantes poderão exercersuas atividades na forma a ser definida pela Subprefeitura,observadas as diretrizes específicas estabelecidas pela SecretariaMunicipal das Subprefeituras - SMSP em conjunto com a SecretariaMunicipal de Planejamento Urbano - SEMPLA, ouvida a ComissãoPermanente de Ambulantes, nos seguintes locais:

a) Áreas de Atuação - os bairros onde a atividade forregulamentada;

b) Praças de Atuação e Ruas de Atuação - os logradouros evias públicas onde a atividade for regulamentada;

c) Bolsões de Comércio (Shopping Popular) - as áreas decomercialização com real viabilidade econômica para suaimplantação pela Subprefeitura, com infra-estrutura adequada,dotada de equipamentos instalados, lado a lado ou

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separadamente, que atendam objetivos turísticos e urbanísticos do local e da cidade;

d) Bolsões Lineares - as áreas de comercialização com real viabilidade econômica,que poderão ser implantadas em ruas ou praças, dotadas de equipamentos padronizadose individuais.

Art. 7° - Uma vez escolhidas, em cada Subprefeitura, as Áreas de Atuação e, em cadauma, as Praças e Ruas de Atuação, os pontos fixos resultantes da aplicação dos dispositivosda Lei nº 11.039, de 23 de agosto de 1991, serão identificados por códigos numéricos,contendo os seguintes campos de identificação:

a) da Subprefeitura;

b) da Área de Atuação;

c) da Praça ou Rua de Atuação;

d) do Ponto Fixo.

§ 1º - A Secretaria Municipal das Subprefeituras observará a seqüência numérica dasSubprefeituras já estabelecida no campo destinado à identificação constante da alínea“a”.

§ 2º - Cada Subprefeitura estabelecerá a seqüência numérica das Áreas de Atuação e,dentro de cada uma, das Praças e Ruas de Atuação e, dentro destas, dos PontosFixos, criando e mantendo atualizado o registro competente.

Art. 8° - Os ambulantes poderão exercer suas atividades nos horários estabelecidos pelaSubprefeitura, ouvida a respectiva Comissão Permanente de Ambulantes e observada alegislação referente à poluição sonora.

CAPÍTULO IIIDas Comissões Permanentes de Ambulantes

Art. 9° - As Comissões Permanentes de Ambulantes, criadas pelo artigo 7º da Lei nº11.039, de 23 de agosto de 1991, sob a coordenação do Subprefeito, serão constituídaspor:

I - no mínimo 2 (dois) e no máximo 5 (cinco) membros de entidades representativas docomércio estabelecido;

II - no mínimo 2 (dois) e no máximo 5 (cinco) membros de entidades representativas docomércio ambulante, de natureza sindical ou não, que tenham, pelo menos, 70 (setenta)

Foto cedida pela Fundação Dorina Nowill

D. Dorina Nowill

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

associados;

III - no mínimo 3 (três) e no máximo 6 (seis) representantes dasociedade civil ou movimentos populares;

IV - no mínimo 2 (dois) e no máximo 5 (cinco) representantesda Administração Municipal.

§ 1º - Cada membro titular das Comissões Permanentes deAmbulantes terá um suplente da mesma categoria representada.

§ 2º - Os representantes das entidades do comércio estabelecidoe do comércio ambulante deverão comprovar que:

a) são a elas associados ou filiados há, pelo menos, um ano;

b) atuam como comerciantes ou ambulantes;

c) participam de sua diretoria ou foram por ela indicados pararepresentá-las;

d) representam entidades legalmente constituídas.

§ 3° - Na hipótese de existirem várias associaçõesrepresentativas de cada categoria, serão escolhidas as quetiverem maior número de associados ou filiados e, no caso deempate, a mais antiga.

§ 4° - As representações de comerciantes e ambulantes deverãosempre ser paritárias.

Art. 10 - Poderão ser convidados, para as reuniões das ComissõesPermanentes de Ambulantes, representantes da Receita Federal,Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria de Estadoda Fazenda, Ministério Público do Estado e demais órgãosmunicipais, de acordo com a temática em discussão.

Art. 11 - As Comissões Permanentes de Ambulantes contarão comsuporte técnico dos diversos órgãos municipais, em especial dasSecretarias Municipais de Transportes - SMT, de PlanejamentoUrbano - SEMPLA e da Segurança Urbana - SMSU, incluindo aGuarda Civil Metropolitana.

Art. 12 - As Comissões Permanentes de Ambulantes deverão

manifestar-se sobre aspectos relativos ao comércio ambulante emlocais que, devido à sua importância cultural, urbanística, histórica,econômica ou social, estejam englobados na política geral sobre amatéria, compreendendo:

a) Áreas, Praças e Ruas de Atuação;

b) produtos e serviços comercializados e tipos de equipamentosutilizados;

c) expedição dos Termos de Permissão de Uso.

Art. 13 - As Comissões Permanentes de Ambulantes serão regradaspor regimento Interno, a ser expedido pela Secretaria Municipaldas Subprefeituras.

Art. 14 - A participação dos membros das Comissões Permanentesde Ambulantes constituirá serviço público relevante, não gerandodireitos ou benefícios de qualquer natureza.

Art. 15 - As Comissões Permanentes de Ambulantes já constituídase em funcionamento deverão adequar-se às disposições destedecreto.

CAPÍTULO IVDos Critérios de Distribuição dos Pontos

Art. 16 - A distribuição dos pontos será determinada no âmbito decada Subprefeitura, observando-se, pela ordem, os seguintescritérios:

I - condição física;

II - antigüidade no exercício do comércio ambulante, a sercomprovada mediante critérios estabelecidos por ato doSubprefeito.

Art. 17 - Os pontos fixos estabelecidos em cada Área de Atuaçãoserão destinados preferentemente aos ambulantes das categorias

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

“a” e “b”, definidos no artigo 3º deste decreto, até o limite máximode 2/3 (dois terços), ficando o 1/3 (um terço) restante destinadoaos ambulantes da categoria “c”.

Parágrafo único - Não havendo número suficiente deinteressados das categorias “a” e “b”, o total de pontos restantesde cada área de atuação poderá ser preenchido pelosambulantes da categoria “c”.

Art. 18 - Quando o número de ambulantes for superior ao de pontosdisponíveis, a Subprefeitura manterá cadastro dos interessados,divididos por categoria e classificados de acordo com o critério deantigüidade, os quais serão convocados, observada a ordem declassificação, para escolha e ocupação dos pontos que se vagarem.

CAPÍTULO VDa Permissão de Uso

Art. 19 - A atividade de ambulante, qualquer que seja a categoria, sópoderá ser exercida mediante a emissão, pela respectiva Subprefeitura,de Termo de Permissão de Uso, a título precário, oneroso, pessoal eintransferível, podendo ser revogado a qualquer tempo, sem que assistaao interessado qualquer direito à indenização.

Parágrafo único - Todos os Termos de Permissão de Uso(TPUs) emitidos deverão estar disponíveis, para consulta, nosite da Prefeitura do Município de São Paulo.

Art. 20 - Os pedidos de permissão deverão ser instruídos com osdocumentos relacionados no artigo 14 da Lei nº 11.039, de 23 deagosto de 1991, fazendo-se constar do respectivo termo oselementos discriminados no artigo 16 da mesma lei, com asmodificações posteriores.

Art. 21 - As revogações e as cassações de Termos de Permissãode Uso se darão por despacho fundamentado do Subprefeito, ouvidapreviamente a Comissão Permanente de Ambulantes nas hipótesesde cassação.

Art. 22 - Será revogado o Termo de Permissão de Uso concedido aambulante que, sem motivo justificado e aceito pela Subprefeitura,deixar de iniciar a atividade no prazo máximo de 30 (trinta) dias,contados da data de expedição do TPU.

Art. 23 - Revogada a Permissão de Uso, o permissionário seránotificado para a desocupação do local no prazo máximo de 30(trinta) dias.

Art. 24 - O permissionário poderá requerer a mudança do ramo deatividade ou a alteração da localização do ponto fixo, ficando adecisão do pedido a cargo do Subprefeito, no prazo de 30 (trinta)dias, mediante verificação de que a medida não afeta o interessepúblico e ouvida previamente a Comissão Permanente deAmbulantes.

Art. 25 - Os Termos de Permissão de Uso terão os prazos devalidade determinados no artigo 17 da Lei nº 11.039, de 23 deagosto de 1991.

CAPÍTULO VIDa Fixação do Preço Público

Art. 26 - O preço público a ser cobrado pela permissão de usoserá definido por portaria da Secretaria Municipal das Subprefeituras,de acordo com o valor do metro quadrado da Planta Genérica deValores.

CAPÍTULO VIIDo Auxiliar

Art. 27 - Os ambulantes compreendidos na categoria “a” poderãoter até 2 (dois) auxiliares e os ambulantes da categoria “b” apenas1 (um).

Art. 28 - Para registro do auxiliar na Subprefeitura, deverão serapresentados os seguintes documentos:

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

a) requerimento do permissionário indicando o auxiliar;

b) cédula de identidade do auxiliar;

c) ficha de saúde do auxiliar, nos termos do artigo 14, alínea “f”,da Lei nº 11.039, de 23 de agosto de 1991.

CAPÍTULO VIIIDo Equipamento

Art. 29 - Os equipamentos utilizados no exercício da atividade oraregulamentada, além das restrições impostas no Capítulo IV daLei nº 11.039, de 23 de agosto de 1991, com as alteraçõesposteriores, observarão, ainda, as seguintes disposições:

a) não poderão ser instalados sobre calçadas com largura inferiora 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros);

b) não poderão avançar no espaço reservado à circulação depedestres;

c) a face lateral do equipamento, transversal à via pública, nãopoderá exceder a 1,20 m (um metro e vinte centímetros) decomprimento, bem como a área total não poderá ultrapassar1,20 m2 (um metro e vinte centímetros quadrados), noequipamento de modelo “A”, e 2,00 m² (dois metros quadrados),no equipamento do modelo “B”;

d) as mercadorias não poderão ser expostas em área cujaprojeção horizontal seja maior do que a área autorizada para oequipamento;

e) a projeção horizontal da eventual cobertura para proteçãosolar ou de chuva não poderá ultrapassar 110% (cento e dezpor cento) da área autorizada para o equipamento;

f) deverão possuir recipientes adequados para coleta de lixoresultante da atividade;

g) deverão manter o entorno de 5 m² (cinco metros quadrados)em perfeitas condições de higiene, durante e ao final daatividade.

Art. 30 - Fica vedada a instalação de equipamentos:

a) a menos de 5 m (cinco metros) do cruzamento de vias, faixasde travessia de pedestres, pontos de ônibus e de táxis;

b) a menos de 5 m (cinco metros) de equipamentos públicos,tais como hidrantes e válvulas de incêndio, orelhões e cabinestelefônicas, tampas de limpeza de bueiros e poços de visita;

c) a menos de 20 m (vinte metros) de entradas e saídas deestações de metrô e de trem, rodoviárias e aeroportos;

d) a menos de 20 m (vinte metros) de monumentos e benstombados;

e) a menos de 20 m (vinte metros) dos portões de acesso aqualquer estabelecimento de ensino;

f) em frente a estabelecimento que venda o mesmo artigo;

g) em frente a guias rebaixadas;

h) em frente a residências, farmácias, bancos e hotéis;

i) no perímetro de 50 m (cinqüenta metros) de distância, contadosa partir do ponto mais próximo de hospitais, casas de saúde,prontos-socorros e ambulatórios públicos ou particulares;

j) em frente a portões de acesso a edifícios e repartições públicase quartéis.

Art. 31 - O padrão do equipamento para a venda de produtosalimentícios será definido pela Subprefeitura, ouvida a ComissãoPermanente de Ambulantes.

CAPÍTULO IXDos Deveres, Proibições e Penalidades

Art. 32 - Os deveres e proibições a que estão sujeitos ospermissionários são aqueles definidos nos artigos 32 e 33 da Leinº 11.039, de 23 de agosto de 1991.

Art. 33 - Pela inobservância de suas disposições, serão aplicadasas sanções previstas na Lei nº 11.039, de 23 de agosto de 1991,com as alterações introduzidas pelas Leis nº 11.111 e nº 11.112,

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335

ambas de 31 de outubro de 1991.

Art. 34 - Além dos deveres e proibições expressos na lei, não poderão os permissionários:

a) utilizar aparelhos sonoros de qualquer tipo para promover a venda ou divulgação deseus produtos;

b) trabalhar sem camisa;

c) praticar qualquer tipo de jogo no local de trabalho.

Parágrafo único - Os permissionários que infringirem o disposto neste artigo terãoseus Termos de Permissão de Uso revogados.

CAPÍTULO XDa Fiscalização

Art. 35 - A fiscalização do comércio ambulante será regulamentada por portaria da SecretariaMunicipal das Subprefeituras - SMSP.

CAPÍTULO XIDas Disposições Finais

Art. 36 - Os casos omissos serão decididos pelo Subprefeito, ouvidas as ComissõesPermanentes de Ambulantes e, quando for o caso, a Procuradoria Geral do Município.

Art. 37 - Cabe às Subprefeituras e à Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, pormeio de ato conjunto, definir os logradouros públicos nos quais, em razão de sua relevânciahistórica, cultural, econômica ou social, não será permitida, em nenhuma hipótese, aatividade de comércio ambulante.

Art. 38 - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário, em especial o Decreto n° 40.342, de 21 março de 2001.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 11 de novembro de 2002.

Marta Suplicy. Prefeita.

Simone Camargo (atleta) e Lars Grael(secretário) - Sessão Solene na Assembléia

Legislativa de São Paulo em homenagemaos atletas paraolímpicos

Atenas - 2004

Foto Marco A. Cardelino

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336

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei nº 11.056, de 04 de setembro de 1991

Autoriza o Executivo Municipal a celebrar convênios com entidades,reconhecidas como de utilidade pública, que mantenham cursosbásicos ou especiais de alfabetização para criançasexcepcionais.

Luiza Erundina de Sousa, Prefeita do Município de São Paulo,usando das atribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 13 de agosto de1991, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Fica o Executivo Municipal autorizado a celebrar convênioscom entidades civis, sem fins lucrativos e reconhecidas como deutilidade pública, que mantenham cursos básicos ou especiais dealfabetização para crianças excepcionais.

Art. 2° - O Executivo Municipal regulamentará a presente Lei emnoventa dias, a partir da data de sua publicação.

Art. 3° - Revogam-se as disposições em contrário.

Art. 4° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 4 de setembro de 1991.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

Decreto nº 31.384, de 30 de março de 1992

Regulamenta o disposto na Lei nº 11.056, de 4 de setembro de1991, e dá outras providências.

Luiza Erundina de Sousa, Prefeita do Município de São Paulo,usando das atribuições que lhe são conferidas por lei, eConsiderando o disposto no artigo 2º da Lei nº 11.056, de 4 desetembro de 1991, decreta:

Art. 1° - O Executivo Municipal, através da Secretaria Municipal deEducação, celebrará convênios, nos termos da autorização contidano artigo 1º da Lei nº 11.056, de 4 de setembro de 1991.

Art. 2° - As entidades conveniadas deverão apresentar adocumentação solicitada pela Secretaria Municipal de Educação,bem como o plano do trabalho por elas desenvolvido.

Parágrafo único - As equipes que atuam nos projetos jáexistentes na Secretaria Municipal de Educação, referentes aoatendimento às crianças excepcionais, poderão realizar visitasàs entidades conveniadas, opinando sobre a celebração convênioe seu fiel cumprimento.

Art. 3° - Para cumprimento do disposto no artigo 206 e § 1º da Lei Orgânicado Município de São Paulo, a Secretaria Municipal de Educação poderácelebrar convênios com entidades que atendam às criançasexcepcionais, além daquelas autorizadas pelo artigo 1º da Lei oraregulamentada.

Art. 4° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 30 de março de 1992.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

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337

PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei nº 11.065, de 04 de setembro de 1991

Torna obrigatória a adaptação dos estádios desportivos para facilitaro ingresso, locomoção e acomodação dos deficientes físicos,especialmente paraplégicos.

Luiza Erundina de Sousa, Prefeita do Município de São Paulo,usando das atribuições que lhe são conferidas por Lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 13 de agostode 1991, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Torna-se obrigatória a adaptação de todos os estádiosdesportivos localizados no Município, de modo a facilitar o ingresso,locomoção e acomodação de deficientes físicos, especialmenteos paraplégicos.

Art. 2° - A presente Lei será regulamentada por decreto no prazode 90 (noventa) dias a contar da data de sua publicação.

Art. 3° - As despesas com a execução desta Lei correrão porconta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas senecessário.

Art. 4° - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 4 de setembro de 1991.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

Lei nº 11.101, de 29 de outubro de 1991

Dispõe sobre a entrega de livros aos deficientes físicos em suasresidências, para leitura e pesquisa nas Bibliotecas Municipais.

Luiza Erundina de Sousa, Prefeita do Município de São Paulo,usando das atribuições que lhe são conferidas por lei.Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 1º de outubrode 1991, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Fica o Executivo autorizado a criar junto aos setorescirculantes das Bibliotecas Municipais, serviço de envio domiciliarde livros aos deficientes físicos, impossibilitados de locomoção.

§ 1º - Os deficientes físicos beneficiados desse serviço deverãoser cadastrados anualmente junto às bibliotecas, mediantecomprovante médico de impossibilidade de locomoção.

§ 2º - A solicitação dos deficientes poderá ser feita por viatelefônica.

Art. 2° - A entrega dos volumes solicitados poderá ser feita porfuncionários das bibliotecas ou por via postal.

Art. 3° - A utilização do serviço estará sujeita às normas dos serviçosdas respectivas bibliotecas.

Art. 4° - As despesas decorrentes da execução desta Lei, correrãopor conta de dotações orçamentárias específicas.

Art. 5° - O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 180 (centoe oitenta) dias, revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 29 de outubro de 1991.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

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338

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Decreto nº 31.285, de 28 de fevereiro de 1992

Regulamenta a Lei nº 11.101, de 29 de outubro de 1991, que dispõesobre a entrega de livros aos deficientes físicos, em suasresidências, para leitura e pesquisa nas Bibliotecas Municipais, edá outras providências.

Luiza Erundina de Sousa, Prefeita do Município de São Paulo,usando das atribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - Os deficientes físicos impossibilitados de locomoçãopoderão fazer uso do serviço de envio domiciliar de livrospertencentes aos setores circulantes das Bibliotecas Municipais.

Art. 2° - Para se utilizar do serviço a que se refere o artigo anterior,o deficiente físico deverá solicitar o seu cadastramento perante aBiblioteca Municipal mais próxima de sua residência, comprovandosua incapacidade de locomoção por intermédio de atestado médicoexpedido por qualquer unidade oficial de saúde.

§ 1º - Ao providenciar o cadastramento, o beneficiário receberácópia do regulamento interno da unidade cadastrante, apondo oseu ciente.

§ 2º - O cadastro, que será renovado anualmente, conterá onome, endereço e telefone do beneficiário, devendo qualqueralteração nos dados fornecidos ser imediatamente comunicadaà unidade cadastrante.

§ 3° - O beneficiário ou, em caso de incapacidade, seusrepresentantes legais, ficarão responsáveis pela guarda dos livrosrecebidos.

Art. 3° - As Bibliotecas Municipais providenciarão, de acordocom seus regimentos, o controle das solicitações e renovações,bem como estipularão a quantidade e os prazos de entrega e

devolução dos livros.

Art. 4° - Na hipótese de o beneficiário solicitar livros que nãoconstem de seu acervo, a unidade cadastrante deverá providenciá-los, mediante intercâmbio com outra unidade.

Parágrafo único - A inexistência do livro solicitado no acervo dasBibliotecas Municipais deverá ser comunicada ao beneficiário.

Art. 5° - O serviço de entrega domiciliar poderá ser solicitado àunidade em que o beneficiário for cadastrado, por via postal, telefoneou mediante solicitação de um dos seus representantes.

Art. 6° - O serviço de entrega domiciliar será realizado durante ohorário de expediente da unidade cadastrante, por funcionário daunidade, serviço postal ou qualquer outro meio que não implique alocomoção do beneficiário até a biblioteca.

Art. 7° - A devolução do livro deverá ser feita através do funcionárioencarregado da entrega, durante o expediente da unidade cadastrante.

Art. 8° - Qualquer infração às disposições deste Decreto e dosregimentos internos das unidades cadastrantes sujeitará obeneficiário ou seus responsáveis às penalidades previstas em lei.

Art. 9° - As Bibliotecas Municipais deverão adequar seus respectivosregimentos internos aos termos do presente Decreto.

Art. 10 - As despesas com a execução deste Decreto correria porconta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas senecessário.

Art. 11 - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 28 de fevereiro de 1992.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

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Lei nº 11.109, de 31 de outubro de 1991

Institui nos órgãos da Administração Municipal, setor especial para atendimento de idosos,gestantes e portadores de deficiência.

Arnaldo de Abreu Madeira, Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, faz saber quea Câmara Municipal de São Paulo, de acordo com o § 7º do artigo 42 da Lei Orgânica doMunicípio de São Paulo, promulga a seguinte Lei:

Art. 1° - Os órgãos da Administração Municipal Direta, Indireta, Fundacional e Autárquicaficam obrigados a instituir, no âmbito de suas repartições, setor especial que priorize oatendimento de idosos, gestantes e portadores de deficiência.

Parágrafo único - O disposto neste artigo será regulamentado por decreto do PoderExecutivo.

Art. 2° - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

Câmara Municipal de São Paulo, aos 31 de outubro de 1991.

Arnaldo de Abreu Madeira. Presidente.

Foto cedida pela AACD

Atividade artística - Associação de Assistência àCriança Deficiente - AACD

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei nº 11.111, de 31 de outubro de 1991

Altera o valor das multas pela prática de infrações às normasreguladoras do comércio ambulante, e dá outras providências.

Arnaldo de Abreu Madeira, Presidente da Câmara Municipal deSão Paulo, faz saber que a Câmara Municipal de São Paulo, deacordo com o § 7º do artigo 42 da Lei Orgânica do Município deSão Paulo, promulga a seguinte Lei:

Art. 1° - Pela prática de infrações às normas que regulam o comércioambulante, o permissionário sujeitar-se-á à aplicação de multa novalor de 2 (duas) UFM, se a infração for de natureza leve, cobradaem dobro na reincidência.

§ 1º - Considera-se reincidência a prática repetida de qualquerdas seguintes infrações leves:

I - não portar o Termo de Permissão de Uso e comprovante dopagamento do preço público devido;

II - não demonstrar rigorosa higiene pessoal, bem como doequipamento;

III - não conservar o equipamento dentro das especificaçõesprevistas pelo Executivo.

§ 2º - Após a reincidência, persistindo a infração, será revogadaa Permissão de Uso.

Art. 2° - Constituem infrações graves, passíveis de aplicação demulta no valor de 4 (quatro) UFM, como concomitante revogaçãoda permissão de uso:

I - ceder a terceiros, a qualquer título, sua permissão de uso,equipamento ou ponto;

II - adulterar ou rasurar documentos necessários ao exercíciode sua atividade;

III - comercializar produtos tóxicos, farmacêuticos, bebidasalcoólicas, fogos de artifícios, animais vivos ou embalsamadose alimentos em desacordo com as normas higiênico-sanitárias;

IV - comercializar mercadorias ou prestar serviços em desacordocom sua permissão;

V - exercer outra atividade remunerada ou possuir qualquer tipode estabelecimento comercial ou de prestação de serviço.

Art. 3° - O ambulante que tiver suas mercadorias apreendidasdeverá, para conseguir sua liberação, apresentar nota fiscal quecomprove a aquisição e origem das mesmas.

Art. 4° - Sob pena de apreensão de mercadorias e produtos, opermissionário deverá ter consigo, para o exercício de sua atividade,competindo-lhe apresentar, sempre que solicitadas, as notas fiscaisque comprovem a aquisição dos mesmos.

Art. 5° - Os auxiliares de permissionários portadores dedeficiências de natureza grave deverão ser previamentecadastrados na forma que vier a ser definida pelo Executivo.

Art. 6° - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Câmara Municipal de São Paulo, aos 31 de outubro de 1991.

Arnaldo de Abreu Madeira. Presidente.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei nº 11.119, de 08 de novembro de 1991

Dispõe sobre a construção de salas, para cinema e teatro emCentros Comerciais do Município de São Paulo.

Luiza Erundina de Sousa, Prefeita do Município de São Paulo,usando das atribuições que lhe conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 15 de outubrode 1991, decretou e eu promulgo a seguinte lei:

..........................................

Art. 3° - As salas de espetáculo referidas no artigo 1º, deverãoconter locais especiais para deficientes físicos, bem como osacessos, a circulação interna, ou sanitária, os equipamentos e asinalização, para estes, deverão ser elaborados em obediência àsnormais e especificações da ABNT - Associação Brasileira deNormas Técnicas.

..........................................

..........................................

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 8 de novembro de1991.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

Decreto nº 31.335, de 19 de março de 1992

Regulamenta a Lei nº 11.119, de 08 de novembro de 1991, e dáoutras providências.

Luiza Erundina de Sousa, Prefeita do Município de São Paulo,usando das atribuições que lhe são conferidas por lei, e

Considerando o disposto na Lei nº 11.119, de 08 de novembro de1991, decreta:

..........................................

Art. 3° - As salas de espetáculo referidas no artigo 1º, bem comoseus acessos deverão assegurar pleno uso às pessoas portadorasde deficiências físicas, atendendo às especificações da NormaNBR 9050/85, da Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT, em especial quanto a acessos (rampas e portas), circulaçãointerna (corredores, rampas, escadas, corrimão e elevadores),sanitários, equipamentos (bebedouros e telefones) e sinalização.

..........................................

..........................................

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 19 de março de 1992.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei nº 11.228, de 25 de junho de 1992

Dispõe sobre as regras gerais e específicas a serem obedecidasno projeto, licenciamento, execução, manutenção e utilização deobras e edificações, dentro dos limites dos imóveis, revoga a Lei nº8.266, de 20 de junho de 1975, com as alterações adotadas porleis posteriores, e dá outras providências.

Luiza Erundina de Souza, Prefeita do Município de São Paulo,usando das atribuições que lhe são conferidas por lei. Faz saberque a Câmara Municipal, em sessão de 04 de junho de 1992,decretou e eu promulgo a seguinte lei:

Art.1º - Fica aprovado o Código de Obras e Edificações, quedispõe sobre as regras gerais e específicas a seremobedecidas no projeto, licenciamento, execução, manutençãoe utilização das obras e edificações, dentro dos limites dosimóveis, no Município de São Paulo.

Parágrafo único - Integram a presente lei os Capítulos eSeções do Anexo I e tabelas constantes dos Anexos II e IIIassim discriminados:

..........................................

ANEXO ICAPÍTULO 1

Objetivos

Este Código disciplina, no Município de São Paulo, osprocedimentos administrativos e executivos, e as regras gerais eespecíficas a serem obedecidas no projeto, licenciamento,execução, manutenção e utilização de obras, edificações e

equipamentos, dentro dos limites dos imóveis em que se situam,inclusive os destinados ao funcionamento de órgãos ou serviçospúblicos, sem prejuízo do disposto nas legislações estadual e federalpertinentes, no âmbito de suas respectivas competências.

.........................................

ANEXO 8Uso das Edificações

Para efeito das disposições constantes desta Lei, as edificaçõesagrupar-se-ão conforme sua finalidade se assemelhar, no todo ouem parte, a uma ou mais das atividades aqui previstas

...........................................

SEÇÃO 8.3Prestação de Serviços de Saúde

Destinadas à prestação de serviços de assistência à saúde emgeral, inclusive veterinária, com ou sem internação incluindo, dentreoutros, os seguintes tipos:

a) clínicas médica, odontológica, radiológica ou de recuperaçãofísica ou mental;

..........................................

CAPÍTULO 9Componentes, Materiais, Elementos

Construtivos, E Equipamentos

SEÇÃO 9.1Desempenho

..........................................

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9.1.3 - As edificações deverão assegurar condições de acesso, circulação euso por pessoas idosas ou portadoras de deficiências, nos termos da LeiOrgânica do Município de São Paulo.

...........................................

SEÇÃO 9.5Elevadores de Passageiros

.............................................

9.5.3 - Com a finalidade de assegurar o uso por pessoas portadoras dedeficiências físicas, o único ou pelo menos um dos elevadores deverá:

a) estar situado em local a eles acessível;

b) estar situado em nível com o pavimento a que servir ou estar interligado ao mesmopor rampa;

c) ter cabine com dimensões internas mínimas de 1,10m (um metro e dez centímetros)por 1,40m (um metro e quarenta centímetros);

d) ter porta com vão de 0,80m (oitenta centímetros);

e) servir ao estacionamento em que haja previsão de vagas de veículos parapessoas portadoras de deficiências físicas.

..........................................

9.5.3.2 - Com a finalidade de assegurar o uso por pessoas portadoras de deficiênciavisual, os elevadores instalados nos prédios da Cidade de São Paulo, especialmenteos desprovidos de ascensoristas, deverão incluir nas botoeiras de cabina sinalizaçãoem braille, que poderá ser justaposta em material adesivo, até que sejam fabricadasbotoeiras com os dois tipos de sinais. (NR)

- Subitem acrescentado pelo artigo 1º da Lei nº 11.859, de 31/08/1995.

..........................................

Foto cedida pela ABDC

Paraolimpíadas Atenas 2004

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO 11Compartimentos

..........................................

SEÇÃO 11.2Aberturas (Portas e Janelas)

As portas ou janelas terão sua abertura dimensionada nadependência da destinação do compartimento a que servirem, edeverão proporcionar resistência ao fogo, nos casos exigidos,isolamento térmico, isolamento e condicionamento acústicos,estabilidade e impermeabilidade.

11.2.1 - Com a finalidade de assegurar a circulação de pessoasportadoras de deficiências físicas, as portas situadas nas áreascomuns de circulação, bem como as de ingresso à edificação e àsunidades autônomas, terão largura livre mínima de 0,80m (oitentacentímetros).

..........................................

CAPÍTULO 12Circulaçõ e Segurança

.............................................

SEÇÃO 12.3Escadas

De acordo com a sua utilização, as escadas de uso privativo oucoletivo poderão ainda ser classificadas como:

a) restrita, quando privativa, servindo de acesso secundário nasunidades residenciais, ou de acesso destinado a depósito einstalação de equipamentos nas edificações em geral, observandolargura mínima de 0,60m (sessenta centímetros) e vencendo

desnível igual ou inferior a 3,20m (três metros e vinte centímetros).

b) protegida, quando coletiva e considerada para o escoamentoda população em condições especiais de segurança, desdeque atenda os demais requisitos deste Capítulo.

..........................................

12.3.3 - As escadas deverão dispor de corrimão, instalado entre0,80m (oitenta centímetros) e 1,00m (um metro) de alturaconforme as seguintes especificações:

a) apenas de um lado, para escada com largura inferior a1,20m (um metro e vinte centímetros);

b) de ambos os lados, para escada com largura igual ou superiora 1,20m (um metro e vinte centímetros);

c) intermediário quando a largura for igual ou superior a 2,40m(dois metros e quarenta centímetros) de forma a garantir larguramínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para cadalance.

12.3.3.1 - Para auxílio aos deficientes visuais, os corrimãosdas escadas coletivas deverão ser contínuos, sem interrupçãonos patamares, prolongando-se pelo menos 0,30m (trintacentímetros) do início e término da escada.

.............................................

SEÇÃO 12.4Rampas

As rampas terão inclinação máxima de 10% (dez por cento) quandoforem meio de escoamento vertical da edificação, sendo que sempreque a inclinação exceder a 6% (seis por cento) o piso deverá serrevestido com material anti-derrapante.

12.4.1 - Para acesso de pessoas portadoras de deficiênciasfísicas, o imóvel deverá ser, obrigatoriamente, dotado de rampacom largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros)

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

para vencer desnível entre o logradouro público ou área externae o piso correspondente à soleira de ingresso às edificaçõesdestinadas a:

a) local de reunião com mais de 100 (cem) pessoas;

b) qualquer outro uso com mais de 600 (seiscentas) pessoas.

12.4.1.1 - No interior das edificações acima relacionadas, asrampas poderão ser substituídas por elevadores ou meiosmecânicos especiais destinados ao transporte de pessoasportadoras de deficiências físicas.

12.4.1.2 - No início e término das rampas, o piso deverá tertratamento diferenciado, para orientação de pessoas portadorasde deficiências visuais.

...........................................

CAPÍTULO 13Estacionamento

..........................................

SEÇÃO 13.3Espaços de Manobras e Estacionamento

..........................................

Deverão ser previstos espaços de manobra e estacionamento deveículos, de forma que estas operações não sejam executadasnos espaços dos logradouros públicos.

.............................................

13.3.2 - As vagas de estacionamento serão dimensionadas emfunção do tipo de veículo, e os espaços de manobra e acesso

em função do ângulo formado pelo comprimento da vaga e afaixa de acesso, respeitadas as dimensões mínimas conformetabela 13.3.2.

TABELA-13.3.2 - DIMENSÕES DE VAGAS E FAIXA DEACESSO EM METROS

..........................................

13.3.4 - Deverão ser previstas vagas para veículos de pessoasportadoras de deficiências físicas, bem como paramotocicletas, calculadas sobre o mínimo de vagas exigido pelaLPUOS, observando a proporcionalidade fixada na tabela 13.3.4.

OTNEMANOICATSEARAPAGAVEDAXIAF

AGAVÀOSSECA

olucíeVedopiT arutlA arugraL otnemirpmoC º54a0 º09a64

oneuqeP 01,2 00,2 02,4 57,2 05,4

oidéM 01,2 01,2 07,4 57,2 00,5

ednarG 03,2 05,2 05,5 08,3 05,5

etneicifeDocisíF

03,2 05,3 05,5 08,3 05,5

otoM 00,2 00,1 00,2 57,2 57,2

oãhnimaC)TBPt8(eveL

05,3 01,3 00,8 05,4 00,7

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

TABELA 13.3.4 - PORCENTAGEM DE VAGAS DESTINADAS ADEFICIENTES FÍSICOS E MOTOCICLETAS

.............................................

CAPÍTULO 14Instalações Sanitárias

SEÇÃO 14.1Quantificação

..........................................

Os índices para a determinação do número de pessoas serãoos mesmos adotados na tabela de Lotação das Edificações noCapítulo 12, devendo ser descontadas da área bruta daedificação, para este fim, as áreas destinadas à própriainstalação sanitária e garagens de uso exclusivo.

..........................................

14.1.2.8 - Serão obrigatórias instalações sanitárias parapessoas portadoras de deficiências físicas, na relação de3% (três por cento) da proporção estabelecida no item 14.1.2,nos seguintes usos:

a) locais de reunião com mais de 100 (cem) pessoas;

b) qualquer outro uso com mais de 600 (seiscentas) pessoas.

..........................................

SEÇÃO 14.2Dimensionamento

As instalações sanitárias serão dimensionadas em razãodo tipo de peças que contiverem, conforme tabela 14.2.

TABELA 14.2 - DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÕESSANITÁRIAS

..........................................

..........................................

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 25 de junho de 1992.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

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SOCISÍFSATELCICOTOM

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Decreto nº 32.329, de 23 de setembro de 1992

Regulamenta a Lei nº 11.228, de 25 de junho de 1992 - Código de Obras e Edificações,e dá outras providências.

Luiza Erundina de Sousa, Prefeita do Município de São Paulo, usando das atribuiçõesque lhe são conferidas por lei, e

Considerando o disposto no artigo 17 do Código de Obras e Edificações, que determinaprazo para sua regulamentação;

Considerando a necessidade de agrupamento das edificações conforme as finalidadesprevistas no Capítulo 8 do Código de Obras e Edificações;

Considerando a necessidade de adequação das normas administrativas e da delegaçãode competências à nova sistemática imposta pelo Código de Obras e Edificações;

Considerando que os novos documentos criados pelo Código de Obras e Edificaçõesdiferem dos anteriormente emitidos pela Prefeitura, em especial dos mencionados noartigo 20 da Lei nº 10.237, de l7 de dezembro de 1986;

Considerando a necessidade de disciplinamento dos procedimentos fiscais, em razão danova sistemática de atuação;

Considerando, ainda, ser recomendável a representação gráfica das normas técnicasconstantes do Código de Obras e Edificações para o seu bom entendimento,

Decreta:

Disposições Iniciais

Art.1º - Este Decreto delega competências e regulamenta os procedimentos

Foto Roberto Navarro

Atividade artística - Associação Brasileirade Distrofia Muscular - ABDIM

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348

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

administrativos e executivos, e fixa as regras gerais e específicasa serem obedecidas no projeto, licenciamento, execução,manutenção e utilização de obras, edificações, equipamentose mobiliário, dentro dos limites dos imóveis em que se situam,inclusive os destinados ao funcionamento de órgãos ou serviçospúblicos, nos termos do disposto na Lei nº 11.228, de 25 de junhode 1992.

...........................................

Disposições Finais

Art. 23 - A Comissão Especial de Avaliação do Código deObras e Edificações, constituída pelo artigo 16 do COE, serácomposta por representantes - titular e suplente - dos seguintesórgãos e entidades:

a) CEUSO: 4 (quatro)membros;

b) SEHAB: 3 (três) membros;

c) SAR: 3 (três) membros;

d) SEMPLA;

e) SMT;

f) SSO;

g) SVP;

h) SF;

i) SJ;

j) ASBEA: Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura;

k) Centro de Controle de Zoonoses;

l) Conselho Municipal da Pessoa Deficiente;

m) CREA;

n) Federação do Comércio;

o) IAB: Instituto de Arquitetos do Brasil;

p) IE: Instituto de Engenharia;

q) Movimento “Defenda São Paulo”;

r) SASP: Sindicato dos Arquitetos de São Paulo;

s) SEAM: Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Município;

t) SECOVI: Sindicato das Empresas de Compra, Venda,Locação e Administração de Imóveis de São Paulo;

u) SEESP: Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo;

v) SINAENCON: Sindicato Nacional das Empresas de Arquiteturae Engenharia Consultiva;

w) SINDUSCON: Sindicato da Indústria da Construção Civil deGrandes Estruturas no Estado de São Paulo.

..........................................

Art. 27 - Nos termos do parágrafo único do artigo 17 da Lei nº11.228, de 25 de junho de 1992, deverá ser observado o atendimentoàs recomendações das seguintes Normas Técnicas Oficiais daABNT, desde que não disponham em contrário ao estabelecido noCOE:

..........................................

NBR - 9050 - Adequação das Edificações e do Mobiliário Urbanoà Pessoa Deficiente

..........................................

..........................................

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

ANEXOS:..........................................

ANEXO 9Componentes, Materiais, Elementos Construtivos

e Equipamentos

..........................................

SEÇÃO 9.EElevadores de Passageiros

..........................................

9.E.2 - Havendo pelo menos um elevador que atenda ao uso porpessoas portadoras de deficiências físicas, conformeexigência do item 9.5.3 do COE, será permitido, aos demais, aparada em andares alternados, desde que o desnível entre seuacesso e o pavimento seja, no máximo, de 1,50m (um metro ecinqüenta centímetros) vencido através de escada.

............................................

ANEXO 12Circulação e Segurança

..........................................

SEÇÃO 12.CEscadas

12.C.1 - As escadas externas, destinadas a vencer desnívelentre o logradouro público e o pavimento de ingresso daedificação, poderão ocupar os recuos da LPUOS e deverão disporde, pelo menos, um corrimão, instalado entre 0,80m (oitenta

centímetros) e 1,00m (um metro) de altura, de modo a auxiliaros idosos e deficientes visuais, prolongando-se pelo menos0,30m (trinta centímetros) do seu início e término.

..........................................

ANEXO 13Estacionamento

..........................................

SEÇÃO 13.3Espaços de Manobra e Estacionamento

13.C.1 - Nos estacionamentos coletivos, com acesso controlado,o dimensionamento da área de acumulação poderá ser inferiorà porcentagem estabelecida no item 13.3.1 do COE, desdeque seja demonstrado, matematicamente, que a área deacumulação poderá conter, no mínimo, 90% (noventa por cento)da formação de fila provável, em função do volume de veículosna hora de pico de entrada e da capacidade de atendimento doportão de acesso, conforme o tipo de controle.

13.C.2-A - Porcentagem de vagas destinadas a deficientesfísicos ou motocicletas, conforme tabela 13.3.4 do COE seráacrescida, em número de vagas, ao mínimo exigido pela LPUOS,devendo ser demarcadas.

..........................................

ANEXO 17Adaptação Das Edificações Existentes as

Comdições Mínimas de Segurança

..........................................

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

SEÇÃO 17.CEscadas

De acordo com sua utilização, as escadas de uso coletivo poderãoser classificadas como protegidas, e consideradas para oescoamento da população em condições especiais de segurança,desde que atendam aos demais requisitos deste ANEXO.

..........................................

17.C.4 - As escadas deverão dispor de corrimão, instalado entre0,80m (oitenta centímetros) e 1,00m (um metro) de altura,conforme as seguintes especificações:

a) apenas de um lado, para escada com largura inferior a 1,00m(um metro);

b) de ambos os lados, para escada com largura igual ou superiora 1,00m (um metro);

c) intermediário, quando a largura for igual ou superior a 2,40m(dois metros e quarenta centímetros) de forma a garantir larguramínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para cada lance.

17.C.4.1 - Para auxílio aos deficientes visuais, os corrimãosdas escadas coletivas, se possível, deverão ser contínuos, seminterrupção nos patamares, prolongando-se pelo menos 0,30m(trinta centímetros) do início e do término da escada.

..........................................

..........................................

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 23 de setembro de1992.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

Lei nº 11.248, de 1º de outubro de 1992

Dispõe sobre o atendimento preferencial de gestantes, mães comcrianças de colo, idosos e deficientes em estabelecimentoscomerciais, de serviço e similares, e dá outras providências.

Luiza Erundina de Sousa, Prefeita do Município de São Paulo,usando das atribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 3 de setembrode 1992, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Todos os estabelecimentos comerciais, de serviço esimilares do Município de São Paulo darão atendimento preferenciale prioritário a gestantes, mães com crianças de colo, idosos epessoas portadoras de deficiências.

§ 1º - A preferência e a prioridade estabelecidas no caputcompreendem a não sujeição a filas comuns, além de outrasmedidas que tornem ágil e fácil o atendimento e a prestação doserviço.

§ 2º - No caso de serviços bancários o direito assegurado pelapresente Lei aplica-se indistintamente a clientes ou não deserviços da agência bancária.

Art. 2° - Os estabelecimentos comerciais, de serviço e similaresdeverão manter, em local visível de suas dependências, placas comos seguintes dizeres: “Lei Municipal nº.. Mulheres Gestantes, Mãescom Crianças de Colo, Idosos e Pessoas Portadoras deDeficiência têm Atendimento Preferencial”.

Art. 3° - O não cumprimento dos dispositivos desta lei sujeitará osinfratores a multa equivalente a 10.000 (dez mil) UFIR’s, devidasem dobro no caso de reincidência. (NR)

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- Art. 3° com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 13.036, de 18/06/2000.

Art. 4° - Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 30 (trinta) dias, contados dapromulgação.

Art. 5° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições emcontrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, 1º de outubro de 1992.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

Foto Marco A. Cardelino

Artesanato - AssociaçãoBrasileira de Esclerose Múltipla - ABEM

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Decreto nº 32.975, de 28 de janeiro de 1993

Regulamenta a Lei nº 11.248, de 1º de outubro de 1992, que dispõesobre o atendimento preferencial de gestantes, mães com criançasde colo, idosos e deficientes em estabelecimentos comerciais,de serviço e similares, e dá outras providências.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - Todos os estabelecimentos comerciais, prestadores deserviços e aqueles que, embora não enquadrados nessas categoriasde uso, desenvolvam atividades que impliquem atendimento aopúblico, darão tratamento diferenciado a gestantes, mães comcriança de colo, idosos e pessoas portadoras de deficiências.

Art. 2° - O atendimento especial, prescrito no parágrafo anterior,compreenderá:

a) prioridade às pessoas ali especificadas;

b) destinação de espaços e instalações para essa finalidade;

c) garantia de fácil e rápido acesso a esses locais;

d) manutenção de funcionários devidamente informados quantoaos procedimentos a serem adotados nessas ocasiões.

Art. 3° - Os locais destinados ao atendimento das pessoasrelacionadas no artigo 1º deverão estar devidamente sinalizadoscom placas contendo os seguintes dizeres:

“Mulheres Gestantes, Mães com Crianças de Colo, Idosose Pessoas Portadoras de Deficiência têm Atendimento

Preferencial”.

Lei Municipal nº 11.248, de 1º de outubro de 1992.

Art. 4° - As placas indicativas referidas no artigo 3º deverãoapresentar as seguintes características:

a) estar situadas em locais visíveis;

b) ser confeccionadas de forma a possibilitar fácil leitura;

c) conter letras e números com, no mínimo, 3 (três) centímetrosde altura.

Art. 5° - Os estabelecimentos definidos no artigo 1º terão um prazode 30 (trinta) dias, contados da data da publicação deste Decreto,para o atendimento das exigências constantes dos artigos 2º e 3º.

§ 1º - Decorrido o prazo fixado no caput deste artigo, o nãocumprimento do disposto neste Decreto sujeitará os infratoresà multa equivalente a 10 (dez) Unidades de Valor Fiscal doMunicípio de São Paulo - UFM.

§ 2º - A reincidência a que se refere no artigo 3º da Lei nº 11.248,de 1º de outubro de 1992, ficará caracterizada, quando, após30 (trinta) dias da imposição da multa fixada no parágrafo anterior,persistir a desobediência às determinações da lei citada e desteDecreto.

§ 3° - Serão também considerados reincidentes osestabelecimentos que, já tendo recebido a multa definida no §1º, venham, a qualquer tempo, infringir as disposições da Lei nº11.248, de 1º de outubro de 1992, e deste Decreto.

§ 4° - Nas hipóteses de reincidência, será lavrada multaequivalente a 20 (vinte) Unidades de Valor Fiscal do Municípiode São Paulo - UFM.

Art. 6° - A fiscalização do cumprimento das disposições deste Decretoficará a cargo das Supervisões de Uso e Ocupação do Solo dasAdministrações Regionais, através das Unidades de Fiscalização.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Art. 7° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 28 de janeiro de 1993.

Paulo Maluf. Prefeito.

Lei nº 11.250, de 1º de outubro de 1992

Dispõe sobre a isenção de tarifa no sistema de transporte coletivodo Município aos deficientes físicos e mentais, e dá outrasprovidências.

Luiza Erundina de Souza, Prefeita do Município de São Paulo,usando das atribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 9 de setembrode 1992, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Fica autorizada a concessão de isenção de pagamentode tarifa, nas linhas urbanas de ônibus e tróleibus operadas pelaCompanhia Municipal de Transportes Coletivos - CMTC, incluindo-se as linhas dos Sistemas Executivo e Microônibus, e pelasempresas permissionárias, às pessoas portadoras de deficiênciafísica ou mental.

Art. 2° - Nos casos das pessoas portadoras de deficiênciamental, autistas, mongolóides e correlatos, deverá serapresentado laudo médico do Instituto comprovadamenteespecializado na doença, atestando a necessidade deacompanhante, que terá também a gratuidade da tarifa.

Art. 3° - Para o fim específico desta Lei, a CMTC cadastrará osinteressados e fornecerá, gratuitamente, carteira especial deidentificação.

Parágrafo único - As pessoas beneficiadas poderão entrarpela porta da frente do ônibus, ou pela que for adaptada paraesse fim.

Art. 4° - O Executivo regulamentará a presente Lei (Vetado).

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Art. 5° - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, 1º de outubro de 1992.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

Lei nº 11.257, de 7 de outubro de 1992

Autoriza a Prefeitura do Município de São Paulo a implantar o serviçode Rádio-Perua, destinado ao atendimento das pessoasportadoras de deficiência física.

Luiza Erundina de Sousa, Prefeita do Município de São Paulo,usando das atribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal em sessão de 16 de setembrode 1992, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - A Prefeitura do Município de São Paulo fica autorizada aimplantar o serviço de Transporte Público de Passageiro, voltadoao atendimento da pessoa portadora de deficiência física.

Parágrafo único - Denominar-se-á Rádio-Perua o serviçopúblico autorizado neste artigo.

Art. 2° - Caberá à Prefeitura do Município de São Paulo, oplanejamento, a organização, o controle, a fiscalização e a fixaçãoda tarifa do serviço de Rádio-Perua.

Art. 3° - O Serviço de Rádio-Perua será operado com veículoperua ou de tipo similar, desde que garanta conforto e segurançaao passageiro deficiente físico.

§ 1º - Todos es veículos do serviço do Rádio-Perua serãoadaptados com rampas de acesso e presilhas para fixação decadeira de roda;

§ 2º - Todos os veículos deverão contar com rádio paracomunicação com a central telefônica que transmitirá os pedidosdos usuários.

Art. 4° - A operação do serviço de Rádio-Perua dar-se-á sob

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responsabilidade da iniciativa privada, preferencialmente através das cooperativas de táxi.

Art. 5° - Ao motorista do serviço Rádio-Perua caberá, além das obrigações exigidas parao táxi comum, auxiliar o deficiente físico no embarque e desembarque do veículo, garantindoo máximo de conforto e segurança ao usuário.

Art. 6° - A tarifa do serviço de Rádio-Perua será cobrada através de taxímetro de formasemelhante ao táxi comum.

Parágrafo único - A Prefeitura de São Paulo fica autorizada a subsidiar o deficientefísico de baixa renda, de maneira a garantir-lhe o acesso ao serviço de Rádio-Perua.

Art. 7° - A Prefeitura do Município de São Paulo, no primeiro ano de funcionamento doserviço de Rádio-Perua, poderá:

I - estabelecer a real capacidade de operação do serviço;

II - conhecer o perfil sócio-econômico do usuário;

III - conhecer a natureza das viagens, o tempo de deslocamento e a distância percorrida;

IV - detectar possíveis falhas na operação do serviço notadamente no que se refere àsegurança e do conforto do usuário;

V - instituir Projeto-Piloto.

§ 1º - Durante o Projeto-Piloto, o serviço deverá contar, no mínimo, com dez veículos,adaptados conforme dispõe o artigo 3º.

§ 2º - Dar-se-á ampla publicidade ao serviço de Rádio-Perua esclarecendo seu caráterexperimental durante o Projeto-Piloto.

§ 3° - O Projeto-Piloto será desenvolvido e executado por técnicos designados peloExecutivo e contará na coordenação dos trabalhos com, pelo menos, um membro doConselho Municipal da Pessoa Deficiente.

§ 4° - O Projeto-Piloto finalizará com um relatório a ser enviado ao Chefe do Executivoque providenciará, à luz das conclusões do relatório, os ajustes necessários ao plenofuncionamento do serviço Rádio-Perua.

Art. 8° - O Prefeito regulamentará a presente Lei no prazo máximo de 90 (noventa) dias acontar de sua publicação.

Art. 9° - As despesas, decorrentes da execução desta Lei, correrão por conta das dotações

Foto cedida pela Ame

Deficiente visual no micro - Amigos Metroviáriosdos Excepcionais - AME

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 10 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 11 - Revogam-se as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 7 de outubro de 1992.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

Decreto nº 32.223, de 14 de setembro de 1992

Institui, no Sistema de Transporte Individual de Passageiros, porveículos de aluguel providos de taxímetro, à categoria “Perua-Rádio-Táxi”, e dá outras providências.

Luiza Erundina de Sousa, Prefeita do Município de São Paulo,usando das atribuições que lhe são conferidas por lei, e

Considerando o disposto no artigo 1º da Lei nº 7.329, de 11 dejulho de 1969;

considerando o real e indiscutível alcance da proposta de autoriado nobre Vereador Arselino Tatto, a merecer agasalho;

considerando, ainda, a necessidade de oferecer transporte individualadequado às pessoas portadoras de deficiências de locomoção,temporárias ou permanentes, decreta:

Art. 1° - Fica criada, no Sistema de Transporte Individual dePassageiros por veículos de aluguel providos de taxímetro, acategoria “Perua-Rádio-Táxi”, destinada a atender,exclusivamente, às pessoas portadoras de deficiência delocomoção temporárias ou permanentes.

Art. 2° - A prestação do serviço de que trata o artigo anteriordependerá de prévia e expressa autorização da Prefeitura, a qualdeverá constar do Alvará de Estacionamento respectivo e poderáser executada por:

I - Pessoa jurídica legalmente constituída sob a forma deempresa comercial, para a execução do serviço de transportede passageiros por táxi;

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

II - Pessoa física, motorista profissional autônoma, pertencentea cooperativas ou associações de classe.

Parágrafo único - As pessoas referidas no caput deste artigo,que pretenderem explorar o serviço de que trata este Decreto,deverão, obrigatoriamente, possuir autorização do DepartamentoNacional de Telecomunicações - DENTEL, para a instalação,nos veículos, de central de controle e rádio transreceptor.

Art. 3° - O veículo utilizado no serviço de que trata este Decretodeverá apresentar, além dos equipamentos obrigatórios,características específicas, inclusive de identificação, deconformidade com o estabelecido em ato expedido pela SecretariaMunicipal de Transportes - SMT.

Art. 4° - Caberá à Secretaria Municipal de Transportes - SMTfornecer o credenciamento necessário à prestação do serviço deque cuida este Decreto, editar normas e diretrizes indispensáveisà sua efetiva execução e estabelecer os locais privativos deestacionamento.

Art. 5° - O serviço prestado pela categoria “Perua-Rádio-Táxi”terá tarifa específica, estabelecida por ato do Executivo.

Art. 6° - Aplicar-se-á ao serviço de que trata este Decreto,subsidiariamente, e no que couber, a legislação relativa aotransporte individual de passageiros em veículos de aluguel providosde taxímetro.

Art. 7° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 14 de setembro de1992.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

Lei nº 11.315, de 21 de dezembro de 1992

Dispõe sobre o Conselho Municipal da Pessoa Deficiente -CMPD, e dá outras providências.

Luiza Erundina de Sousa, Prefeita do Município de São Paulo,usando das atribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 1 de dezembrode 1992, decretou e eu promulgo a seguinte lei:

Art. 1° - Fica criado o Conselho Municipal da Pessoa Deficiente- CMPD, vinculado à Assessoria de Cidadania e Direitos Humanosda Secretaria do Governo Municipal do Gabinete do Prefeito, queterá como finalidade e competência:

I - Formular e encaminhar propostas junto à Prefeitura doMunicípio de São Paulo, bem como assessorar e acompanhara implementação de políticas de interesse das pessoasportadoras de deficiência;

II - Promover e apoiar atividades que contribuam para a efetivaintegração cultural, econômica, social e política das pessoasportadoras de deficiência, garantindo a representação dessaspessoas em Conselhos Municipais, nas áreas da Saúde,Habitação, Transporte, Educação e outras;

III - Colaborar na defesa dos direitos das pessoas portadorasde deficiências, por todos os meios legais que se fizeremnecessários;

IV - Receber, examinar e efetuar, junto aos órgãos competentes,denúncias acerca de fatos e ocorrências envolvendo práticasdiscriminatórias;

V - Aprovar seu Regimento Interno.

Art. 2° - Para a consecução de seus objetivos, caberá, ainda, ao

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Conselho Municipal da Pessoa Deficiente:

I - Estimular, apoiar e desenvolver estudos e diagnósticos acercadas situações e da problemática das pessoas portadoras dedeficiências, no âmbito do Município de São Paulo;

II - Formular políticas municipais de atendimento à pessoaportadora de deficiência, de forma articulada com asSecretarias ou demais órgãos da Administração Municipalenvolvidos;

III - Traçar diretrizes, em seu campo de atuação, para aAdministração Municipal Direta e Indireta e, de modo subsidiárioe indicativo, para o setor privado;

IV - Elaborar e divulgar, por meios diversos, material sobre asituação econômica, social, política e cultural das pessoasportadoras de deficiência, seus direitos e garantias, assimcomo difundir textos de natureza educativa e denunciar práticas,atos ou meios que, direta ou indiretamente, incentivem ou revelema sua discriminação ou, ainda, restrinjam o seu papel social;

V - Estabelecer, com as Secretarias afins, programas deformação e treinamento dos servidores públicos municipais,objetivando a supressão de práticas discriminatórias nas relaçõesentre os profissionais e entre estes e a população em geral;

VI - Propor, nas áreas que concernem às questões específicas,a celebração de convênios de assessoria das pessoasportadoras de deficiência, com entidades públicas e privadas,sem fins lucrativos;

VII - Elaborar e executar projetos ou programas concernentesàs condições das pessoas portadoras de deficiências que,por sua temática, complexidade ou caráter inovador, nãopossam, de forma imediata, ser incorporados por outrasSecretarias e demais órgãos da Administração Municipal;

VIII - Propor e acompanhar programas ou serviços que, noâmbito da Administração Municipal, sejam destinados aoatendimento das pessoas portadoras de deficiências, atravésde medidas de aperfeiçoamento de coleta de dados parafinalidades de ordem estatística;

IX - Gerenciar os elementos necessários ao desenvolvimentodo trabalho do Conselho.

Art. 3° - O CMPD estrutura-se basicamente através de:

I - Encontros Paulistanos Anuais de Pessoas Deficientes;

II - Encontros Paulistanos Extraordinários de PessoasDeficientes;

III - Reuniões Plenárias Mensais;

IV - Coordenação Geral;

V - Grupos de Trabalho - GTs.

Art. 4° - Anualmente, será realizado, no mês de agosto, o EncontroPaulistano de Pessoas Deficientes, instância máxima dedeliberação do Conselho, para definição ou reavaliação depropostas, questões regimentais e eleição dos membros doConselho e de seus suplentes.

Art. 5° - O Encontro Paulistano Extraordinário de PessoasDeficientes será convocado com a finalidade de decidir sobrequestões não abrangidas pelo Encontro Paulistano, a que se refereo artigo anterior, mas que pela sua importância e emergêncianecessitem de apreciação.

Parágrafo único - O Encontro Paulistano Extraordinário seráconvocado pela Coordenação Geral ou Plenária Mensal com,no mínimo 30 (trinta) dias de antecedência, a contar da data desua realização.

Art. 6° - Será realizada uma Reunião Plenária Mensal,preferencialmente no primeiro sábado dos meses de fevereiro,março, abril, maio, junho, julho, setembro, outubro, novembro edezembro, cuja pauta será definida pela Coordenação Geral, naforma de seu Regimento Interno, com a finalidade de avaliar, propore encaminhar as ações do Conselho, em concordância com asdeliberações dos Encontros Paulistanos de PessoasDeficientes.

Art. 7° - A Coordenação Geral do Conselho Municipal da

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Pessoa Deficiente será composta por 7 (sete) membros, garantida nessa composição aparticipação de pelo menos um deficiente auditivo, um deficiente físico, um deficientevisual, um deficiente mental (ou representante legal, e um deficiente múltiplo (ou seurepresentante legal, além de 7 (sete) suplementes, seguindo-se os critérios de participaçãoda Coordenação Geral.

§ 1º - O Conselho elegerá um de seus membros para exercer a sua Presidência,atribuindo aos demais as funções necessárias ao bom desempenho de suas finalidades.

§ 2º - O mandato dos membros do Conselho será de 2 (dois) anos, permitida arecondução. (NR)

- § 2° com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 12.499, de 10/10/1997.

§ 3° - As funções dos membros do Conselho não serão remuneradas, sendo consideradasserviço público relevante.

§ 4° - Os casos de impedimentos e substituições dos Conselheiros, bem como osmotivos relevantes que possam determinar tais providências, a serem apreciados emreunião ampla, serão disciplinados pelo Regimento Interno do Conselho Municipalda Pessoa Deficiente.

Art. 8° - Os grupos de Trabalho - GTs, serão compostos por:

I - Coordenador;

II - Demais interessados, devidamente cadastrados.

Parágrafo único - As formas de estruturação e composição dos Grupos de Trabalhoserão definidas pelo Regimento Interno do Conselho Municipal da Pessoa Deficiente.

Art. 9° - A Coordenação Geral competirá:

I - Elaborar e definir a programação geral do Conselho Municipal da Pessoa Deficiente;

II - Incentivar e garantir a integração de todas as equipes na definição das diretrizespolíticas e da programação geral do Conselho;

III - Propor a estrutura administrativa do Conselho;

IV - Articular os programas de implantação de Projetos com os Programas das diversasSecretarias, Autarquias e Empresas Municipais;

V - Propor, incentivar, assessorar e acompanhar iniciativas que concernem às questõesdas pessoas portadoras de deficiência;

VI - Elaborar o Regimento Interno do Conselho;

Foto cedida pela Associação Cruz Verde

Fonoaudiologia - Associação Cruz Verde

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

VII - Convocar os Encontros Paulistanos de PessoasDeficientes, anuais e extraordinários, e as Reuniões PlenáriasMensais do Conselho, definindo as pautas concernentes a taiseventos, na forma de seu Regimento Interno.

§ 1º - A convocação de Encontros e Reuniões Plenárias Mensaisserá publicada no Diário Oficial do Município, na forma de Editalde Convocação, podendo ser divulgada em jornais, emissorasde rádio e televisão.

§ 2º - Os Encontros Paulistanos de Pessoas Deficientes eas Reuniões Plenárias Mensais serão abertas à participaçãode todas as pessoas interessadas, nos seguintes termos:

a) direito a voz e voto: todas as pessoas portadoras dedeficiência e representantes legais de deficientes mentais edeficientes múltiplos, residentes no Município de São Paulo,devidamente cadastradas no Conselho Municipal da PessoaDeficiente;

b) direito a voz: todos os demais interessados .

Art. 10 - Aos Grupos de Trabalho - GTs, competirá:

I - Fornecer subsídios às políticas de implantação de projetos edemais políticas de ação de que trata esta lei, na respectivaárea;

II - Participar da programação geral do Conselho;

III - Elaborar estudos, diagnósticos e subsidiar o órgão oficialde divulgação do CMPD, conforme definido pelo seu RegimentoInterno.

Parágrafo único - A atuação dos Grupos de Trabalhocompreenderá as seguintes áreas:

a) transportes;

b) saúde;

c) educação;

d) barreiras arquitetônicas;

e) esportes;

f) barreiras da comunicação;

g) outras que forem estabelecidas.

Art. 11 - A atuação do Conselho Municipal da Pessoa Deficienteterá como base as decisões de Encontros Paulistanos dePessoas Deficientes, não se sobrepondo a elas.

§ 1º - As questões supervenientes serão decididas em ReuniãoPlenária Mensal, convocada pelo Conselho.

§ 2º - Não havendo tempo hábil para a convocação da reunião,nos termos do parágrafo primeiro, o Conselho poderá tomardecisões, submetendo-se à deliberação de uma reunião ampla,que deverá ser convocada no prazo de 7 (sete) dias.

§ 3° - Se o Conselho não convocar a reunião no prazo previstono parágrafo anterior, as Entidades de Deficientes poderãofazê-lo no prazo de 15 (quinze) dias, decorridos os quais aconvocação poderá ser promovida por qualquer pessoaportadora de deficiência, de acordo com o Regimento Internodo Conselho.

Art. 12 - A Assessoria de Cidadania e Direitos Humanos daSecretaria do Governo Municipal propiciará ao Conselho ascondições necessárias ao seu funcionamento, incluindo-se arealização de convênios e a contratação de serviços referentes aintérpretes de sinais para acompanhamento de deficientesauditivos, quando necessário.

Art. 13 - O Conselho poderá manter contato direto com as diversasSecretarias, Autarquias e Empresas Municipais, objetivando o efetivoencaminhamento de suas propostas.

Art. 14 - Das deliberações do Conselho, em suas várias instâncias,serão lavradas atas a serem registradas em livro próprio, naAssessoria de Cidadania e Direitos Humanos - ACDH, da Secretariado Governo Municipal - SGM.

Art. 15 - O Conselho elaborará seu Regimento Interno, que deverá

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

ser aprovado ou alterado em Encontros Paulistanos de PessoasDeficientes, convocados nos termos do artigo 11 desta lei.

Art. 16 - Ao Conselho é vedado servir de intermediário no repassede recursos financeiros de qualquer procedência.

Art. 17 - As despesas decorrentes desta lei correrão por conta dasdotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 18 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 21 de dezembro de1992.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

Decreto nº 36.842, de 08 de maio de 1997

Aprova o Regimento Interno do Conselho Municipal da PessoaDeficiente - CMPD, e dá outras providências.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - Fica aprovado o Regimento Interno do ConselhoMunicipal da Pessoa Deficiente - CMPD, criado pela Lei nº11.315 de 21 de dezembro de 1992, nos termos constantes doAnexo Único integrante deste decreto.

Art. 2° - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 8 de maio de 1997.

Celso Pitta. Prefeito.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

ANEXO ÚNICO INTEGRANTE DO DECRETO Nº 36.842, de 8de maio de 1997.

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO MUNICIPAL DAPESSOA DEFICIENTE - CMPD

Art. 1° - O presente Regimento Interno disciplina o funcionamentodo CONSELHO MUNICIPAL DA PESSOA DEFICIENTE - CMPD,criado pela Lei nº 11.315 de 21 de dezembro de 1992.

CAPÍTULO IDos Encontros Paulistanos Anuiais de Pessoas

Deficientes

Art. 2° - Os Encontros Paulistanos Anuais de Pessoas Deficientesserão realizados no mês de agosto para tratar dos seguintesassuntos:

I - Definição ou reavaliação de propostas e questões regimentais;

II - Eleição dos membros do Conselho e seus suplentes.

Art. 3° - Os Encontros Paulistanos Anuais de PessoasDeficientes serão abertos à participação de todas as pessoasinteressadas na causa dos portadores de deficiência.

Art. 4° - Nos Encontros Paulistanos Anuais de Pessoas Deficientese nas Reuniões Plenárias Mensais terão direito:

I - A voz e voto as pessoas portadoras de deficiência e osrepresentantes legais de deficientes mentais e deficientesmúltiplos cadastrados;

II - À voz os demais interessados.

§ 1º - Os participantes dos Encontros com direito a voto poderãovotar para 7 (sete) vagas de Conselheiros que compõem aCoordenação Geral e para 7 (sete) vagas de suplentes.

§ 2º - Não havendo candidato para as vagas destinadas aos

deficientes, serão elas consideradas livres.

Art. 5° - O regulamento para os Encontros Paulistanos Anuaisde Pessoas Deficientes poderá ser discutido em ReuniõesPlenárias Mensais e aprovado em definitivo no mês de julho.

Art. 6° - A data, o horário e o local dos Encontros PaulistanosAnuais de Pessoas Deficientes bem como das Plenárias Mensaisserão agendados no ano anterior ao de suas realizações.

CAPÍTULO IIDos Encontros Paulistanos Extraordinários de

Pesoas Deficientes

Art. 7° - Os Encontros Paulistanos Extraordinários de PessoasDeficientes somente poderão tratar dos assuntos para os quaisforam convocados.

Art. 8° - Os Encontros Paulistanos Extraordinários serãoconvocados pela Coordenação Geral ou Plenária Mensal, com, nomínimo, 30 dias de antecedência cabendo a ela tomar as seguintesprovidências:

I - Encaminhar a convocação do Encontro para publicação noDiário Oficial do Município (DOM) com antecedência de 7 (sete)dias;

II - Encaminhar comunicação às pessoas cadastradas,informando data, local e pauta do Encontro, com antecedênciade 10 (dez) dias.

CAPÍTULO IIIDas Reuniôes Plenárias Mensais

Art. 9° - As Reuniões Plenárias Mensais serão agendadas pelaCoordenação Geral do Conselho Municipal da PessoaDeficiente, com dia, hora e local, e submetidas à aprovação daPlenária anterior.

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Art. 10 - A mesa coordenadora dos trabalhos de Plenárias Mensais será eleita pelaCoordenação Geral.

Parágrafo único - A abertura da Reunião Plenária Mensal caberá ao Presidente doConselho Municipal da Pessoa Deficiente e na ausência deste, após 30 (trinta)minutos, a qualquer dos Conselheiros presentes.

Art. 11 - As deliberações das Reuniões Plenárias serão aprovadas por maioria simplesdos presentes.

Art. 12 - As Reuniões Plenárias Mensais poderão definir temas para as pautas das plenáriasseguintes.

CAPÍTULO IVDa Coordenação Geral dos Conselheiros

Art. 13 - A Coordenação Geral do Conselho Municipal da Pessoa Deficiente é a instânciade deliberação e de encaminhamento das decisões dos Encontros e das ReuniõesPlenárias Mensais, competindo-lhe:

I - Elaborar e definir a programação geral do Conselho Municipal da Pessoa Deficiente;

II - Incentivar e garantir a integração de todas as equipes na definição das diretrizespolíticas e de programação geral do Conselho;

III - Propor a estrutura administrativa do Conselho;

IV - Articular os programas de implantação de projetos com os programas das diversasSecretarias, Autarquias e Empresas Municipais;

V - Propor, incentivar, assessorar e acompanhar iniciativas que concernem às questõesdas pessoas portadoras de deficiências;

VI - Elaborar o Regimento Interno do Conselho;

VII - Convocar os Encontros Paulistanos de Pessoas Deficientes e as ReuniõesPlenárias Mensais do Conselho, definindo as pautas concernentes a tais encontros, naforma do presente Regimento Interno.

Parágrafo único - A coordenação Geral submeterá a programação das atividades doConselho à Plenária Mensal.

Art. 14 - A Coordenação Geral definirá a pauta das Plenárias Mensais, levando em

André Luís Meheghetti (atleta) e Vital Severino Neto(CBP) - Sessão Solene na Assembléia Legislativa

de São Paulo em homenagemaos atletas paraolímpicos

Foto Marco A. Cardelino

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

consideração as decisões anteriores.

Art. 15 - A Coordenação Geral se reunirá ordinariamente no mínimo3 (três) vezes por mês, guardando entre uma reunião e outra períodoeqüidistante.

Art. 16 - As Reuniões Extraordinárias da Coordenação Geral serãoconvocadas pelo Presidente do Conselho Municipal da PessoaDeficiente ou por maioria absoluta de seus membros.

Art. 17 - O quorum mínimo para deliberação da Coordenação Geralé de 4 (quatro) membros.

Art. 18 - A eleição dos Conselheiros e seus respectivos suplentesdar-se-á por voto secreto em 1 (um) Único turno.

Art. 19 - O mandato dos Conselheiros e suplentes será de 1 (um)ano, com início em 1º de setembro e término em 31 de agosto doano seguinte, permitidas reconduções.

Art. 20 - Anualmente, no dia 1º de setembro, a Coordenação Geralse reunirá extraordinariamente para:

I - Dar posse aos Conselheiros eleitos;

II - Eleger o Presidente do Conselho Municipal da PessoaDeficiente.

Parágrafo único - A Coordenação Geral determinará funçõesaos demais Conselheiros, conforme as necessidades.

Art. 21 - O Presidente do Conselho Municipal da PessoaDeficiente poderá ser substituído, por decisão da maioria absolutada Coordenação Geral, caso não esteja correspondendo às funçõesque lhe foram atribuídas.

Art. 22 - Os Conselheiros que faltarem a 3 (três) reuniõesconsecutivas, ou a 5 (cinco) alternadas, estarão automaticamente

desligados da Coordenação Geral, lavrando-se a respectiva ata.

§ 1º - Na vacância de algum membro da Coordenação Geral,assumirá o respectivo suplente.

§ 2º - Ocorrendo vacância de conselheiro e não havendo suplente,a Coordenação Geral fará remanejamento dos Conselheiros eSuplentes, se necessário, para completar o quadro e manter acomposição original.

§ 3° - Quando devidamente justificadas, por documentaçãocomprobatória, as ausências não serão consideradas para efeitodo parágrafo anterior.

Art. 23 - Compete ao Presidente do Conselho Municipal daPessoa Deficiente:

I - Assinar os documentos emitidos pelo Conselho;

II - Representar o Conselho;

III - Autorizar a reprodução de documentos ;

IV - Definir as tarefas administrativas;

V - Desempenhar outras atribuições que a Coordenação Gerallhe confiar.

Parágrafo único - Na ausência do Presidente, a CoordenaçãoGeral indicará outro Conselheiro para assumir as funções.

CAPÍTULO VDos Grupos de Trabalho - G.T.

Art. 24 - Os Grupos de Trabalho serão formados por iniciativa dosEncontros Paulistanos, das Plenárias Mensais ou da CoordenaçãoGeral e deliberarão sobre os assuntos para os quais foramformados.

Art. 25 - Cada Grupo de Trabalho elegerá um Coordenador que teráas seguintes atribuições:

I - Coordenar as reuniões;

II - Elaborar relatórios de reuniões e entregá-los à Coordenação Geral;

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

III - Comparecer às reuniões da Coordenação Geral quandoconvocado;

IV - Comparecer às reuniões plenárias para prestar as informaçõessobre o andamento do Grupo.

Parágrafo único - Os Grupos de Trabalho decidirão sobre apauta de suas reuniões, informando a Coordenação Geral.

Art. 26 - A Presidência do Conselho Municipal da PessoaDeficiente proporcionará condições necessárias para ofuncionamento dos Grupos de Trabalho.

Art. 27 - Os Grupos de Trabalho são instâncias de participaçãointerna do Conselho Municipal da Pessoa Deficiente, sendo-lhes vedado qualquer contato externo.

Parágrafo único - Se o Grupo necessitar manter contatoexterno, deverá solicitar credenciamento ao Presidente doConselho Municipal da Pessoa Deficiente.

CAPÍTULO VIDa Sede e Seu Funcionamento

Art. 28 - O Conselho Municipal da Pessoa Deficiente terá seufuncionamento subordinado às determinações do artigo 12 da Leinº 11.315, de 21 de dezembro de 1992.

Art. 29 - O Conselho Municipal da Pessoa Deficiente manterácadastro das pessoas portadoras de deficiência.

Parágrafo único - O cadastro de que trata o caput deste artigoserá de uso exclusivo do Conselho, vedada a emissão de cópiasdo mesmo.

CAPÍTULO VIIDa Divulgação

Art. 30 - O Conselho Municipal da Pessoa Deficiente divulgará

mensalmente informativos destinados à sociedade e aosportadores de deficiência.

CAPÍTULO VIIIDo Acesso à Documentação

Art. 31 - A pessoa cadastrada terá direito a acesso à documentaçãodo Conselho, da seguinte forma:

I - Acesso à leitura de toda documentação solicitada, napresença de funcionário;

II - Reprodução de documentos desde que autorizada peloPresidente do Conselho.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei nº 11.326, de 30 de dezembro de 1992

Dispõe sobre o atendimento aos alunos portadores denecessidades especiais.

Luiza Erundina de Souza, Prefeita do Município de São Paulo,usando das atribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 8 de dezembrode 1992, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - A Prefeitura do Município de São Paulo instalará espaçosadequados nas Escolas Municipais para a complementação doatendimento aos alunos portadores de necessidades especiais,através de Centros de Treinamento e Apoio.

§ 1º - Centro de Treinamento e Apoio, é o espaço na Escolaequipado com materiais que permitam receber os alunos comnecessidades especiais oferecendo-lhes retaguarda eatendimentos específicos.

§ 2º - O Centro de Treinamento e Apoio contará com professoresespecializados nas áreas de deficiências:

I - visual;

II - auditiva;

III - mental;

IV - física.

§ 3° - Os Centros de Treinamento e Apoio serão instalados emescolas de fácil acesso de cada região administrativa daSecretaria Municipal de Educação, representada pelos Núcleosde Ação Educativa.

Art. 2° - O atendimento aos portadores de deficiências que,comprovadamente não possam freqüentar classes regulares, será

prestado através de convênio, do poder público com instituiçõessem fins lucrativos (vetado).

Art. 3° - A presente Lei será regulamentada no prazo de 60(sessenta) dias a contar de sua vigência.

Art. 4° - As despesas decorrentes com a execução desta Leicorrerão por conta das dotações orçamentárias próprias.

Art. 5° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 6° - Revogam-se as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 30 de dezembro de1992.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

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Decreto nº 33.793, de 08 de novembro de 1993

Regulamenta a Lei nº 11.326 ,de 30 de dezembro de 1992, e dá outras providências.

Sólon Borges dos Reis, Vice-Prefeito em exercício no cargo de Prefeito do Município deSão Paulo, usando das atribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - A Secretaria Municipal de Educação, quando houver demanda, instalará nasEscolas Municipais de fácil acesso, em cada Núcleo de Ação Educativa - NAE, Centrosde Treinamento e Apoio - CTA, previstos na Lei nº 11.326, de 30 de dezembro de 1992,destinados à complementação de atendimento educacional de alunos portadores denecessidades especiais nas áreas das deficiências visual, auditiva, mental e física.

Art. 2° - Os Centros de Treinamento e Apoio - CTA poderão compreender uma ou maisSalas de Atendimento aos Portadores de necessidades especiais - SAPNE, comequipamentos e materiais pedagógicos específicos, espaço adequado de apoio eacompanhamento pedagógico de retaguarda, paralelo ou não à Classe Comum.

§ 1º - Cada Sala de Atendimento aos Portadores de necessidades especiais - SAPNEatenderá uma única área de deficiência.

§ 2º - Os Centros Públicos de Apoio e Projetos já instalados nas Escolas da Rede Municipal deEnsino serão transformados em Salas de Atendimento aos Portadores de necessidadesespeciais - SAPNE.

Art. 3° - O aluno será considerado portador de necessidades especiais, quando estacondição for caracterizada na avaliação diagnóstica apresentada por equipe multiprofissionalcredenciada nas áreas médica, paramédica, psicossocial e educacional, que recomendeessa forma de atendimento.

§ 1º - Os alunos que, após avaliação, comprovadamente não puderam se utilizar dosrecursos especiais oferecidos pela Rede Municipal de Ensino serão encaminhadospara as vagas disponíveis oferecidas pelas entidades sem fins lucrativos, que mantenhamconvênios com a Secretaria Municipal de Educação.

§ 2º - Os alunos que freqüentarem a Sala de Atendimento aos Portadores de

Reabilitação - Associação de Assistênciaà Criança Deficiente - AACD

Foto cedida pela AACD

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

necessidades especiais - SAPNE do Centro de Treinamentoe Apoio - CTA terão sua participação assegurada na dinâmicageral da Escola.

Art. 4° - O Secretário Municipal de Educação poderá designarprofessores da Rede Municipal de Ensino para atuarem junto à Salade Atendimento aos Portadores de necessidades especiais -SAPNE, sem prejuízo dos direitos e demais vantagens do cargo,obedecida a legislação vigente no que concerne à exigência decapacitação, habilitação e especialização nas diferentes áreas dadeficiência.

Parágrafo único - Os professores que atuarem junto aosCentros de Treinamento e Apoio - CTA, além de desenvolveremas atividades de regência especializada, poderão:

I - desenvolver atividades de orientação familiar que objetivem aintegração desses alunos no meio social;

II - propor o encaminhamento aos órgãos competentes,integrantes ou não da Prefeitura do Município de São Paulo, dealunos que necessitem de atendimentos especializados nasáreas médica, paramédica e psicossocial.

Art. 5° - Os casos, não previstos neste Decreto serão resolvidospela Coordenadoria dos Núcleos de Ação Educativa - CONAE, comprévia manifestação do Secretario Municipal de Educação.

Art. 6° - As despesas decorrentes da execução deste Decretocorrerão por conta das dotações orçamentárias próprias.

Art. 7° - Este Decreto entrara em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 8 de novembro de 1993.

Sólon Borges dos Reis. Vice-Prefeito em exercício no cargo dePrefeito do Município de São Paulo.

Lei nº 11.345, de 14 de abril de 1993

Dispõe sobre a adequação das edificações à pessoa portadorade deficiência, e dá outras providências.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 23 de março de1993, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Passa a integrar o Código de Obras e Edificações doMunicípio com o título próprio de Normas de Adequação dasEdificações à Pessoa Deficiente, a Norma NBR nº 9.050, desetembro de 1985 da Associação Brasileira de Normas Técnicas,para os efeitos de aplicação das disposições especiais parapessoas portadoras de deficiência física previstas na Lei nº11.228, de 25 de junho de 1992.

Art. 2° - Deverão atender o disposto na presente Lei, as edificaçõesque solicitarem, a partir da data de sua publicação, Alvará deAprovação para os seguintes usos:

I - locais de Reunião com mais de 100 (cem) pessoas;

II - qualquer outro uso com mais de 600 (seiscentas) pessoas.

Art. 3° - Aplicam-se as disposições do artigo anterior para osprojetos aprovados, com licença ainda em vigor que independerãode nova aprovação, devendo as alterações ser comunicadas deforma simplificada, apostilando-se o Alvará de Licença.

Art. 4° - Nenhum próprio municipal será edificado, reformado ouampliado, sem que o projeto atenda as disposições desta Lei.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Parágrafo único - A locação de imóveis que se destinem aabrigar as Repartições Públicas, somente ocorrerá apósefetuadas as devidas adaptações para atendimento à pessoaportadora de deficiência, de acordo com as disposições destaLei.

Art. 5° - As edificações existentes que se enquadrem no artigo 2º,terão prazo máximo de 3 (três) anos, a partir da publicação destaLei, para se adaptarem às disposições da mesma, medianteapresentação de projeto e documentação simplificada.

Art. 6° - O descumprimento desta Lei implicará em multa de 50UFM’s mensais, até a comprovação da adequação.

Art. 7° - Nas edificações residenciais das categorias R2-02, R3-01e R3-02, a serem aprovadas de acordo com a Lei nº 11.228, de 25de junho de 1992, será obrigatória a execução de rampa conformeprevisto no item 12.4.1 da referida lei.

Art. 8° - Ficarão isentos do pagamento de Taxas e Emolumentospara Aprovação, os projetos enquadrados nos artigos 3º, 4º e 5ºdesta Lei.

Art. 9° - As despesas decorrentes da execução desta Lei correrãopor conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadasse necessário.

Art. 10 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 14 de abril de 1993.

Paulo Maluf. Prefeito.

Decreto nº 45.122, de 12 de agosto de 2004

Consolida a regulamentação das Leis nº 11.345, de 14 de abril de1993, nº 11.424, de 30 de setembro de 1993, nº 12.815, de 6 deabril de 1999, e nº 12.821, de 7 de abril de 1999, que dispõemsobre a adequação das edificações à acessibilidade daspessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

MARTA SUPLICY. Prefeita do Município de São Paulo, no usodas atribuições que lhe são conferidas por lei,

D E C R E T A:

Art. 1° - As Leis nº 11.345, de 14 de abril de 1993, nº 11.424, de 30de setembro de 1993, nº 12.815, de 6 de abril de 1999, e nº 12.821,de 7 de abril de 1999, que dispõem sobre a adequação dasedificações à acessibilidade das pessoas com deficiênciaou com mobilidade reduzida, ficam regulamentadas, deforma consolidada, nos termos deste decreto.

Art. 2° - Deverão atender às normas de adequação à acessibilidadedas pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida,as edificações, novas ou existentes, destinadas aos seguintesusos:

I - cinemas, teatros, salas de concerto, casas deespetáculos e estabelecimentos bancários, com qualquercapacidade de lotação;

II - locais de reunião, com capacidade para mais de 100(cem) pessoas, destinados a abrigar eventos geradores depúblico, tais como:

a) auditórios;

b) templos religiosos;

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

c) salões de festas ou danças;

d) ginásios ou estádios;

e) recintos para exposições ou leilões;

f) museus;

g) restaurantes, lanchonetes e congêneres;

h) clubes esportivos e recreativos;

III - qualquer outro uso, com capacidade de lotação para maisde 600 (seiscentas) pessoas, tais como:

a) estabelecimentos destinados à prestação de serviços deassistência à saúde, educação e hospedagem;

b) centros de compras - shopping centers;

c) galerias comerciais;

d) supermercados.

Art. 3° - Para a aprovação das edificações residenciais comcategorias de uso R2-02, R3-01 e R3-02, bem como daquelasdestinadas aos usos referidos no artigo 2º deste decreto, seráobrigatória a execução de rampa para vencer o desnível entre ologradouro público ou área externa e o piso correspondente à soleirade ingresso às edificações, com largura mínima de 1,20 m (ummetro e vinte centímetros) e inclinação até a máxima admissívelna NBR 9050 da ABNT.

Art. 4° - Os projetos aprovados, com Alvará de Aprovação ou deExecução ainda em vigor, quando sujeitos às disposições do artigo2º deste decreto, independerão de nova aprovação, mas asalterações do projeto, quando necessárias ao atendimento dasnormas de acessibilidade, deverão ser objeto de projeto modificativo,requerido de forma simplificada às Subprefeituras ou à Secretariada Habitação e Desenvolvimento Urbano - SEHAB, no âmbito desuas competências.

Parágrafo único - O pedido simplificado de aprovação de projetomodificativo deverá ser apresentado pelo proprietário ou possuidordo imóvel, instruído com os seguintes documentos:

I - requerimento padronizado assinado pelo proprietário oupossuidor do imóvel e por profissional habilitado;

II - peças gráficas necessárias ao perfeito entendimento dasobras e/ou serviços a serem executados, em 2 (duas) vias;

III - cópia do Alvará de Aprovação e/ou Alvará de Execução;

IV - cópia do projeto aprovado.

Art. 5° - Recebido o pedido simplificado de que trata o artigo 4ºdeste decreto, o órgão competente, no prazo de 30 (trinta) dias,deferirá o apostilamento do alvará ou emitirá “comunique-se”,formulando as exigências complementares, na forma prevista nalegislação vigente.

§ 1º - O apostilamento do alvará será entregue ao interessadoacompanhado de 1 (uma) via de peças gráficas, vistada pelotécnico responsável pela análise.

§ 2º - O interessado poderá apresentar para autenticação mais3 (três) vias de peças gráficas, ficando dispensado dorecolhimento do preço público.

Art. 6° - Para as edificações existentes, cujos usos se enquadremnos casos previstos no artigo 2º deste decreto, deverá ser requeridoàs Subprefeituras ou a SEHAB, no âmbito de suas competências,o Certificado de Acessibilidade.

§ 1º - O Certificado de Acessibilidade não substitui qualquerdocumento expedido pela Prefeitura do Município de São Paulo,destinado a comprovar a regularidade da edificação, nos termosdo item 7.A.1 da seção 7A do Decreto nº 32.329, de 23 desetembro de 1992.

§ 2º - O pedido de Certificado de Acessibilidade deverá serinstruído com os seguintes documentos:

I - requerimento padronizado assinado pelo proprietário oupossuidor do imóvel e, se for o caso, por profissional habilitado;

II - cópia da notificação-recibo do Imposto Predial e TerritorialUrbano;

III - cópia do comprovante de regularidade da edificação;

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IV - peças gráficas e/ou descritivas necessárias ao perfeito entendimento das obras e/ou serviçosa serem executados ou comprobatórios do atendimento às normas de acessibilidade, em 2(duas) vias.

§ 3° - O Certificado de Acessibilidade deverá ser requerido em processo próprio, préviaou simultaneamente com os pedidos de Auto de Verificação de Segurança, Alvará deFuncionamento para Local de Reunião, Auto de Regularização, Certificado deManutenção do Sistema de Segurança, Auto de Licença de Funcionamento e outrosdocumentos correlatos, instruídos nos termos do § 2º deste artigo.

§ 4° - Quando se tratar de edificação abrangida pela legislação de preservação dopatrimônio histórico, cultural e ambiental, deverá ser apresentada, também, anuênciaprévia dos órgãos competentes.

Art. 7° - Recebido o pedido de Certificado de Acessibilidade, o órgão competente proferirádespacho de deferimento ou emitirá “comunique-se”, formulando as exigênciascomplementares, nos seguintes prazos:

I - em 30 (trinta) dias, no caso do pedido ter sido apresentado de forma independente;

II - nos previstos em legislação específica para a emissão dos outros documentos, nocaso do pedido ter sido requerido simultaneamente com outros documentos, conformedisposto no § 3º do artigo 6º deste decreto.

Art. 8° - Não havendo necessidade de execução de obras e/ou serviços de adaptação daedificação à acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida,o pedido será deferido, expedindo-se o Certificado de Acessibilidade, que será entregue aointeressado, acompanhado de 1 (uma) via de peças gráficas e descritivas, vistada pelotécnico responsável pela análise.

§ 1º - O Certificado de Acessibilidade poderá ser revisto a qualquer tempo, após parecerconclusivo da Comissão Permanente de Acessibilidade - CPA, nos termos do inciso IIdo artigo 4º do Decreto nº 39.651, de 27 de julho de 2000, desde que comprovada ainadequação da edificação à acessibilidade das pessoas com deficiência ou commobilidade reduzida.

§ 2º - O órgão da Administração que emitir o Certificado de Acessibilidade remeterá orespectivo processo, de imediato, a CPA, para a atribuição do Selo de Acessibilidade,de acordo com as disposições do Decreto nº 37.648, de 25 de setembro de 1998.

Art. 9° - Se necessário, a adaptação da edificação à acessibilidade das pessoas comdeficiência ou com mobilidade reduzida, nos termos da legislação específica, seráclassificada, pelo órgão competente, em:

Logotipo do Comitê Paraolímpico Brasileiro

Foto cedida pela ABDC

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372

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

I - adaptação que se limite à execução de obras e/ou serviços;

II - adaptação que exija instalação de equipamentoeletromecânico;

III - caso especial de adaptação, que exija soluçãoparticularizada, aumento de área construída ou similar.

Parágrafo único - A CPA poderá ser solicitada, pelos órgãoscompetentes para a emissão do Certificado de Acessibilidade,para opinar ou emitir parecer técnico sobre o enquadramentona classificação e nas soluções de adaptações a seremexecutadas, conforme disposto no caput deste artigo.

Art. 10 - Aceitas as propostas para a adaptação da edificação àacessibilidade das pessoas com deficiência ou commobilidade reduzida, o órgão competente emitirá Intimaçãopara Execução de Obras e Serviços - IEOS ou Notificação deExigências Complementares - NEC, com prazo de atendimentode até:

I - 180 (cento e oitenta) dias, no caso do inciso I do artigo 9ºdeste decreto;

II - 360 (trezentos e sessenta) dias, no caso dos incisos II e IIIdo artigo 9º deste decreto.

§ 1º - A IEOS ou a NEC será acompanhada de 1 (uma) via daspeças gráficas, vistada pelo técnico responsável pela análise.

§ 2º - Os prazos previstos no caput deste artigo poderão serrenovados, a critério da Administração, 1 (uma) única vez,mediante requerimento devidamente justificado.

Art. 11 - O proprietário ou possuidor do imóvel deverá comunicar aoórgão competente a conclusão das obras e serviços e/ou oatendimento das exigências complementares constantes da IEOSou da NEC.

Art. 12 - Comprovado o atendimento da IEOS ou da NEC, seráexpedido o Certificado de Acessibilidade, observado o dispostono § 1º do artigo 8º deste decreto.

Art. 13 - Estão dispensadas da exigência do Certificado deAcessibilidade, as seguintes edificações:

I - aprovadas nos termos da Lei nº 11.228, de 1992, quando sedestinar aos usos previstos nos incisos II e III do artigo 2º destedecreto;

II - aprovadas nos termos da Lei nº 11.345, de 14 de abril de1993, quando se destinarem aos usos previstos no artigo 3ºdeste decreto;

III - aprovadas nos termos da Lei nº 11.424, de 1993, quando sedestinarem aos usos previstos no inciso I do artigo 2º destedecreto;

IV - que cumpram o disposto no artigo 4º deste decreto.

Parágrafo único - Para as edificações referidas no caput desteartigo, o Certificado de Conclusão terá força de Certificado deAcessibilidade, sem prejuízo do disposto no inciso II do artigo4º do Decreto nº 39.651, de 2000.

Art. 14 - A emissão de Alvará de Funcionamento de Local de Reuniãorelativo a edificações existentes, cujos usos se enquadrem nosincisos I e II do artigo 2º deste decreto, fica vinculada àapresentação do Certificado de Acessibilidade.

Parágrafo único - O Auto de Verificação de Segurança ouCertificado de Manutenção do Sistema de Segurança relativosa edificações existentes, cujos usos se enquadrem no artigo 2ºdeste decreto, somente serão emitidos se comprovado oprotocolamento do pedido de Certificado de Acessibilidade.

Art. 15 - O Auto de Licença de Funcionamento, relativo a edificaçõescujos usos se enquadrem no artigo 2º deste decreto, somenteserá emitido se atendidas as condições de acessibilidade daspessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida,conforme prevê o artigo 9º, inciso VIII, do Decreto nº 41.532, de 20de dezembro de 2001.

Parágrafo único - Do Termo de Consulta de Funcionamento,instituído pelo Decreto nº 41.532, de 2001, deverá constarexpressamente a ressalva estabelecida no caput deste artigo.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Art. 16 - Por ocasião da apresentação do pedido de Certificado deRegularidade de Edificação, emitido nos termos da Lei nº 8.382,de 13 de abril de 1976, ou de Auto de Regularização para edificaçõesexistentes, cujos usos se enquadrem no artigo 2º deste decreto,deverá ser exigido o atendimento das disposições das Leis nº11.345, de 1993, nº 11.424, de 1993, nº 12.815, de 1999, e nº12.821, de 1999, adotando-se os procedimentos previstos nosartigos 10, 11 e 12 deste decreto.

Art. 17 - Todos os próprios municipais que vierem a ser construídos,reformados ou ampliados deverão atender aos dispositivos da Leinº 11.345, de 1993.

§ 1º - A locação de imóveis que se destinem a abrigar repartiçõespúblicas municipais somente ocorrerá após efetuadas asdevidas adaptações à acessibilidade das pessoas comdeficiência ou com mobilidade reduzida, de acordo comas disposições da Lei nº 11.345, de 1993.

§ 2º - Compete a CPA manifestar-se previamente sobre ocumprimento do disposto no caput deste artigo, bem comodirimir eventuais dúvidas sobre a matéria.

Art. 18 - O acesso das pessoas com deficiência ou commobilidade reduzida às dependências destinadas ao público,nas edificações abrangidas por este decreto, deverá ser sinalizadoe identificado pelo Símbolo Internacional de Acesso, instituído pelaLei nº 7.405, de 12 de novembro de 1985.

Art. 19 - O não cumprimento das disposições da Lei nº 11.345, de1993, acarretará a imposição de multa mensal de R$ 3.558,50(três mil, quinhentos e cinqüenta e oito reais e cinqüenta centavos),até a comprovação da adequação da edificação.

Art. 20 - O não cumprimento das disposições da Lei nº 11.424, de1993, alterada pela Lei nº 12.815, de 1999, acarretará a imposiçãode multa diária de R$ 711,70 (setecentos e onze reais e setentacentavos), até a comprovação da adequação da edificação.

Art. 21 - O não cumprimento das disposições da Lei nº 12.821, de1999, acarretará a imposição de multa equivalente a R$ 10.641,00(dez mil, seiscentos e quarenta e um reais), aplicada em dobro,em caso de reincidência.

Art. 22 - Os procedimentos fiscais relativos à aplicação das multasprevistas neste decreto observarão o disposto no Capítulo 6 da Leinº 11.228, de 1992, no que couber.

Parágrafo único - As multas a que se refere este decretoserão atualizadas de acordo com a legislação municipalpertinente.

Art. 23 - Os pedidos enquadrados nos artigos 4º e 17 deste decretoficarão isentos do pagamento de taxas e preços públicos paraaprovação.

Art. 24 - As despesas com a execução deste decreto correrão porconta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas senecessário.

Art. 25 - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogados os Decretos nº 37.649, de 25 de setembro de 1998, e nº38.443, de 7 de outubro de 1999.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 12 de agosto de 2004.

Marta Suplicy. Prefeita.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei nº 11.353, de 22 de abril de 1993

Fica a rede hospitalar do Município de São Paulo obrigada a fornecer,quando necessário, próteses e cadeiras de rodas paradeficientes físicos.

Antônio Sampaio, Presidente da Câmara Municipal de São Paulo,faz saber que a Câmara Municipal de São Paulo de acordo com o§ 7º do artigo 42 da Lei Orgânica do Município de São Paulo,promulga a seguinte Lei:

Art. 1° - A rede hospitalar do Município de São Paulo fica obrigadaa fornecer gratuitamente próteses para deficientes físicos ecadeiras de rodas.

Art. 2° - Para o fornecimento das próteses e cadeiras de rodas,deverá ficar comprovada a necessidade de uso, através de um laudode médico especialista.

Art. 3° - Os benefícios estabelecidos no artigo 1º serão para todosaqueles que tiverem atendimento na Rede Hospitalar Municipal.

Art. 4° - As despesas com a execução da presente Lei correrãopor conta das verbas próprias do orçamento, suplementadas senecessário.

Art. 5° - Esta Lei entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 1994,revogadas as disposições em contrário.

Câmara Municipal de São Paulo, aos 22 de abril de 1993.

Antônio Sampaio. Presidente da Câmara Municipal de São Paulo.

Lei nº 11.369, de 17 de maio de 1993

Cria uma classe especial para alunos excepcionais mentaiseducáveis, a cada nova implantação de Escola Municipal.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por Lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 20 de abril de1993, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Fica o Executivo Municipal obrigado a destinar uma classeespecial para alunos excepcionais deficientes mentaiseducáveis, a cada nova implantação de Escola Municipal.

Art. 2° - Através de regulamentação própria, a Secretaria Municipalde Educação adotará providências para ocupação das classesmencionadas no artigo anterior.

Art. 3° - As despesas decorrentes da implantação desta Lei,correrão por conta de dotações orçamentárias próprias.

Art. 4° - Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 17 de maio de 1993.

Paulo Maluf. Prefeito.

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Lei nº 11.424, de 30 de setembro de 1993

Dispõe sobre o acesso de pessoas deficientes físicas a cinemas, teatros e casas deespetáculos.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando das atribuições que lhe sãoconferidas por lei,

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 2 de setembro de 1993, decretou e eupromulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Ficam os cinemas, teatros, casas de espetáculos e estabelecimentos bancáriosobrigados a garantir o acesso de pessoas portadoras de deficiência física às suasdependências destinadas ao público. (NR)

- Art. 1° com redação dada pelo art. 1º da Lei nº Lei nº 12.815, de 06/04/1999.

§ 1º - Para os efeitos do caput, os acessos aos estabelecimentos de que trata esta leideverão estar sinalizados horizontal e verticalmente, de forma a permitir fácil orientaçãoaos usuários portadores de deficiência física. (NR)

§ 2º - Os cinemas, teatros e casas de espetáculos destinarão assentos e espaçospara estacionamento de cadeiras de roda na platéia, devidamente identificados, emlocais de fácil visualização da programação. (NR)

§ 3° - Os estabelecimentos bancários adequarão o mobiliário de suas agências demodo a eliminar todo e qualquer obstáculo ao atendimento dos portadores dedeficiência física. (NR)

§ 4° - As sinalizações e adequações, previstas nos parágrafos anteriores, respeitarãoos padrões ditados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, para as finalidadesdesta lei. (NR)

Art. 2° - Os estabelecimentos terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados davigência da presente lei, para adaptarem-se a seus termos.

Art. 3° - O Poder Público Municipal não fornecerá alvarás de funcionamento para os novos

Foto Roberto Navarro

Fisoterapia - Associação Brasileirade Distrofia Muscular - ABDIM

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

estabelecimentos, sem antes serem cumpridas as exigênciasprevistas na presente Lei.

Art. 4° - O descumprimento do disposto nesta Lei implicará naaplicação de multa diária de 10 (dez) UFMs.

Art. 5° - O Executivo regulamentará a presente Lei no prazo de 60(sessenta) dias contados de sua publicação.

Art. 6° - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 30 de setembro de1993.

Paulo Maluf. Prefeito.

(*) Vide Decreto regulamentador n° 45.122, de 12/08/2004, na

página 365

Lei nº 11.441, de 12 de novembro de 1993 (*)

Dispõe sobre instalação ou adaptação de box com sanitáriosdestinados aos usuários de cadeiras de rodas.

Sólon Borges dos Reis, vice-prefeito em exercício no cargo deprefeito do Município de São Paulo, usando das atribuições quelhe são feridas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 19 de outubrode 1993, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Fica obrigatória a execução de instalações sanitárias parapessoas portadoras de deficiências físicas nas edificações quetenham recebido alvará de licença para construção anteriormentea vigência da Lei nº 11.228 de 25 de junho de 1992, nos seguintescasos:

I - locais de reunião com mais de 100 (cem) pessoas;

II - qualquer outro uso com mais de 60 (sessenta) pessoas.

§ 1º - A quantidade dessas instalações não poderá ser inferior a3% (três por cento) da proporção estabelecida no item 14.1.2.da Lei nº 11.228, de 25 de junho de 1992.

§ 2º - O prazo para adaptação das edificações será no máximode 180 (cento e oitenta) dias, ficando esta obra caracterizadacomo pequena reforma para efeito do disposto no ítem 3.3 daLei nº 11.228, de 25 de junho de 1992.

§ 3° - O descumprimento ao disposto neste artigo implicará naimposição de multa diária no valor de 5 (cinco) Unidades deValor Fiscal do Município - UFM.

Art. 2° - O Executivo fica obrigado a adaptar os parques públicosdo Município às condições estabelecidas no artigo 1º desta Lei, no

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

prazo máximo de 180 (cento e oitenta dias).

Art. 3° - Os locais em que forem instalados esses compartimentosdeverão ser identificados com as sinalizações de uso internacional.

Art. 4° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadasas disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 12 de novembro de1993.

Sólon Borges dos Reis. Vice-Prefeito em exercício do cargo dePrefeito no Município de São Paulo.

(*) Vide Decreto regulamentador n° 45.122, de 12/08/2004, na

página 365

Lei nº 11.468, de 12 de janeiro de 1994

Dispõe sobre a colocação de assento nas farmácias e drogarias, edá outras providências.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei,

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 22 de dezembrode 1993, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - As farmácias e drogarias deverão ter assentos em suasdependências.

§ 1º - O número de assentos não poderá ser inferior a três porestabelecimento.

§ 2º - Os assentos serão ocupados preferencialmente porpessoas idosas, mulheres grávidas e portadores dedeficiência física, permanente ou não.

Art. 2° - O descumprimento desta Lei acarretará aos infratores asseguintes sanções:

I - advertência;

II - multa;

III - interdição do estabelecimento.

Art. 3° - A multa será aplicada ao infrator reincidente que, após tersido advertido, continua a descumprir esta Lei.

Parágrafo único - O valor da multa será de dez UnidadesFiscais do Município de São Paulo - UFMS.

Art. 4° - A interdição da farmácia ou drogaria será aplicada ao

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

infrator que, após ter sido multado, continua a descumprir esta Lei.

Parágrafo único - A interdição do estabelecimento somenteserá revogada quando o infrator comprovar que a farmácia oudrogaria está em condições de reabrir cumprindo esta Lei.

Art. 5° - O Prefeito regulamentará esta Lei em trinta dias após asua promulgação.

Art. 6° - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 7° - Revogam-se as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 12 de janeiro de 1994.

Paulo Maluf. Prefeito.

Decreto nº 35.070, de 19 de abril de 1995

Regulamenta a Lei nº 11.468, de 12 de janeiro de 1994.

Sólon Borges dos Reis, Vice-Prefeito em exercício no cargo dePrefeito do Município de São Paulo, usando das atribuições quelhe são conferidas por lei,

Decreta:

Art. 1° - As farmácias e drogarias deverão ter, no mínimo, 3 (três)assentos de braço, tamanho padrão, em suas dependências,destinados, preferencialmente, a pessoas idosas, mulheresgrávidas, e portadores de deficiência física permanente ou não.

Art. 2° - Fica concedido prazo de 3 (três) meses, contados da datada publicação deste decreto, para que os estabelecimentos seadaptem às exigências fixadas.

Art. 3° - O não atendimento às disposições deste decreto acarretaráa aplicação das seguintes penalidades:

I - Advertência;

II - Na reincidência, multa de 10 (dez) Unidades Fiscais doMunicípio de São Paulo - UFMs;

III - Após aplicada a multa, se novamente reincidente, interdiçãodo estabelecimento.

Parágrafo único - A aplicação de multa e a adoção dasprovidências cabíveis ao fechamento do estabelecimento serãoprocedidas na forma legal, através de expediente administrativode iniciativa da autoridade fiscalizadora.

Art. 4° - A fiscalização do disposto neste decreto caberá à Secretaria

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Municipal da Saúde - SMS, através das Administrações Regionais de Saúde.

Art. 5° - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 19 de abril de 1995.

Sólon Borges dos Reis. Vice-prefeito em exercício no cargo de Prefeito doMunicípio de São Paulo.

Foto Marco A. Cardelino

Artesanato - AssociaçãoBrasileira de Esclerose Múltipla - ABEM

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei nº 11.506, de 13 de abril de 1994

Dispõe sobre a criação de vagas especiais para estacionamentode veículos dirigidos ou conduzindo pessoas deficientes nasvias públicas municipais, e dá outras providências.

Miguel Colassuono, Presidente da Câmara Municipal de São Paulo,faz saber que a Câmara Municipal de São Paulo, de acordo com oparágrafo 7º do art. 42 da Lei Orgânica do Município de São Paulo,promulga da seguinte lei:

Art. 1° - Fica o Executivo obrigado a criar vagas especiais paraestacionamento de veículos dirigidos ou conduzindo pessoasdeficientes nas vias públicas municipais.

Art. 2° - O Executivo regulamentará a presente lei no prazo de 60(sessenta) dias, a contar da data de sua publicação.

Art. 3° - As despesas decorrentes da presente lei correrão porconta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas senecessário.

Art. 4° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Câmara Municipal de São Paulo, aos 15 de abril de 1994.

Miguel Colassuono. Presidente.

Lei nº 11.602, de 12 de julho de 1994

Autoriza o Executivo a adaptar pelo menos um veículo àsnecessidades das pessoas deficientes físicas em todas as linhasde ônibus da cidade de São Paulo, e dá outras providências.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 15 de junho de1994, decretou e eu promulgo a seguinte lei:

Art. 1° - Fica o Executivo autorizado a manter pelo menos umveículo adaptado às necessidades das pessoas deficientes físicasem todas as linhas de ônibus da cidade de São Paulo.

Art. 2° - Os horários, destes ônibus serão afixados nos pontosiniciais, intermediários e finais, para conhecimento dos usuários.

Art. 3° - O Executivo regulamentará a presente lei, no prazo de 60(sessenta) dias, contados da data de sua publicação.

Art. 4° - As despesas com a execução da presente lei correrão porconta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas senecessário.

Art. 5° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 12 de julho de 1994.

Paulo Maluf. Prefeito.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei nº 11.607, de 13 de julho de 1994

Dispõe sobre a criação de Oficinas Abertas de Trabalho paraensino e profissionalização de deficientes físicos.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 21 de junho de1994, decretou e eu promulgo a seguinte lei:

Art. 1° - Ficam criadas as Oficinas Abertas de Trabalho paraensino e profissionalização de deficientes físicos.

Art. 2° - As Oficinas Abertas de Trabalho serão construídas ouadaptadas em pontos estratégicos do Município, definidos pelocontingente de pessoas com deficiência, por região.

Art. 3° - Tais quantidades observadas no artigo 2º serão definidasatravés do número de inscrições de candidatos interessados.

Art. 4° - Todas as Oficinas Abertas de Trabalho deverão estarequipadas para receber, orientar e profissionalizar todo deficienteregularmente matriculado.

Art. 5° - Em cada Unidade haverá a Seção de EncaminhamentoProfissional, que se encarregará da colocação dos deficientes nomercado de trabalho, dentro dos limites de aceitação.

Art. 6° - Todos os trabalhos realizados pelos deficientesmatriculados reverterão em benefícios destinados a manutenção emelhoria das Oficinas Abertas de Trabalho.

Art. 7° - Nenhuma espécie de serviço executado pelos deficientesserá revertido em remuneração para os mesmos.

Art. 8° - O tempo de permanência nas Oficinas de Trabalho, bemcomo os benefícios a serem revertidos, ficarão a critério do ÓrgãoExecutivo competente bem como os critérios adotados para aavaliação da aptidão dos deficientes.

Art. 9° - O Executivo regulamentará a presente lei até 30 (trinta)dias após a sua publicação.

Art. 10 - As despesas decorrentes desta lei correrão por conta dedotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 11 - Esta lei entrará em vigor 60 (sessenta) dias após suapublicação, revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 13 de julho de 1994.

Paulo Maluf. Prefeito.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Decreto nº 35.824, de 23 de janeiro de 1996

Regulamenta a Lei nº 11.607, de 13 de julho de 1994, que dispõesobre a criação de Oficinas Abertas de Trabalho para ensino eprofissionalização de deficientes físicos.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - As Oficinas Abertas de Trabalho, criadas pela Lei nº 11.607,de 13 de julho de 1994, serão implantadas e coordenadas pelaSecretaria Municipal da Família e Bem-Estar Social - FABES edeverão, para seu funcionamento, estar equipadas para receber,orientar e profissionalizar todo deficiente regularmente matriculado.

§ 1º - Na coordenação das Oficinas Abertas de Trabalho aSecretaria Municipal da Família e Bem-Estar Social - FABESpoderá contar com a participação direta ou indireta de outrosórgãos municipais, bem como de instituições particulares.

§ 2º - Fica a Secretaria Municipal da Família e Bem-Estar Social- FABES autorizada a firmar convênios com entidades sociaiscadastradas, a fim de viabilizar o aporte de recursos humanospara o funcionamento das oficinas de que trata o caput desteartigo.

§ 3° - As atividades desenvolvidas pelas Oficinas Abertas deTrabalho, a concepção do trabalho, as propostas educacionais,o método, o currículo e o conteúdo programático serãoestabelecidos pela Secretaria Municipal da Família e Bem-EstarSocial - FABES.

Art. 2° - Oficinas Abertas de Trabalho são os espaços institucionaisde capacitação e formação profissional, nos quais o aprendizpermanecerá até a conclusão das etapas de aprendizado

estabelecidas para cada oficina, atendido o prazo máximo fixadono artigo 9º deste Decreto.

Parágrafo único - Ficam excluídas desta modalidade asalternativas voltadas para o trabalho protegido, como oficinaprotegida de produção, oficina pedagógica, ou ocupacional.

Art. 3° - Para efeitos deste Decreto, pessoas portadoras dedeficiência são aquelas que, em razão de lesão ou distúrbiofuncional, apresentam qualquer restrição ou incapacidade para odesempenho de atividade considerada normal para um ser humano.

Art. 4° - À Secretaria Municipal da Família e Bem-Estar Social -FABES competirá definir a quantidade, as normas e os critérios defuncionamento das Oficinas Abertas de Trabalho, respeitadas asdiretrizes gerais de sua política de ação fixadas pelo Prefeito.

Art. 5° - As Oficinas Abertas de Trabalho deverão ter seus espaçose equipamentos adaptados, a fim de garantir acesso adequado àspessoas portadoras de deficiência.

Art. 6° - As Oficinas Abertas de Trabalho destinam-se a portadoresde deficiência a partir de 14 (catorze) anos de idade.

Art. 7° - A implantação das Oficinas Abertas de Trabalho obedeceráaos seguintes princípios:

I - equiparação de oportunidades, para garantir o pleno acessodos portadores de deficiência a serviços que possibilitem odesenvolvimento de suas habilidades e potencialidades no campoprofissional, bem como a sua inserção no mercado de trabalho,dentro dos limites de aceitação;

II - integração, para propiciar o convívio e participação daspessoas portadoras de deficiência nas estruturas comunsda sociedade onde vivem e evitar sua segregação ouconfinamento;

III - igualdade de direitos e deveres, para viabilizar a plenaresponsabilidade das pessoas portadoras de deficiência como

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383

PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

membros da sociedade.

Art. 8° - As Oficinas Abertas de Trabalho têm por objetivo:

I - desenvolver programas de orientação aos portadores dedeficiência, visando à formação de atitudes comportamentaispara incrementar as chances de obterem, conservarem eprogredirem no emprego;

II - desenvolver programas de capacitação profissional, visandopropiciar conhecimento técnico e o desenvolvimento dehabilidades específicas;

III - desenvolver programas de colocação no mercado detrabalho, visando ao levantamento de vagas, à intermediação eao acompanhamento no emprego.

Art. 9° - O tempo máximo de permanência das pessoas portadorasde deficiências nas Oficinas Abertas de Trabalho será de 3 (três)anos, cabendo à FABES a definição de critérios de avaliação parao desligamento em prazo inferior.

Art. 10 - As Oficinas de Trabalho deverão contar com recursoshumanos adequados aos objetivos do processo de ensino eaprendizagem, e às características e necessidades especiais dosaprendizes.

Art. 11 - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 23 de janeiro de 1996.

Paulo Maluf. Prefeito.

Lei nº 11.656, de 18 de outubro de 1994

Dispõe sobre a obrigatoriedade de demarcação, pelos postos deserviços e de abastecimento de combustíveis, de faixa parapassagem de pedestres nas calçadas.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que, nos termos do disposto no inciso I do artigo 84 daResolução nº 2/91, a Câmara Municipal de São Paulo decretou eeu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - As calçadas limítrofes dos postos de serviços eabastecimento de combustíveis que servem de acesso a veículosautomotores deverão ser demarcadas, em toda a sua extensão,com faixas para a passagem de pedestres.

Art. 2° - Os postos terão prazo de 60 (sessenta) dias a partir dapublicação desta Lei para se adaptarem ao disposto no artigo 1º.

Art. 3° - Aos infratores desta Lei será aplicada multa de 10 UFM,diariamente, até o seu integral cumprimento.

Art. 4° - O Executivo regulamentará a presente Lei no prazo de 60(sessenta) dias após sua publicação.

Art. 5° - As despesas decorrentes da execução da presente Leicorrerão por conta das dotações orçamentárias próprias,suplementadas se necessário.

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384

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Art. 6° - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 18 de outubro de1994.

Paulo Salim Maluf. Prefeito.

Decreto nº 35.250, de 28 de junho de 1995

Regulamenta a Lei nº 11.656, de 18 de outubro de 1994, que dispõesobre a obrigatoriedade de demarcação, pelos postos de serviçose abastecimento de combustíveis, de faixa para passagem depedestres nas calçadas, e dá outras providências.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - A demarcação das calçadas limítrofes dos postos deserviços e abastecimento de combustíveis de que trata a Lei nº11.656, de 18 de outubro de 1994, deverá ser feita por faixa emtoda a extensão do perímetro do lote voltado para a via pública.

Art. 2° - A faixa de que trata o artigo anterior obedecerá aos seguintesrequisitos:

I - Possuir traço contínuo de 20 cm (vinte centímetros) de largura,conforme desenho constante do Anexo Único, integrante desteDecreto;

II - Ser de cor amarela, nos padrões já adotados para asinalização viária, pelo Departamento de Operação do SistemaViário - DSV (notação MUNSSEL HIGHWAY - 10YR7, 5/14,com tolerância de 10YR6, 5/14 e de 8,5YR7, 5/14);

III - Estar contida na calçada, tendo como uma das bordas olimite do alinhamento do lote, consoante Anexo Único, integrantedeste Decreto;

IV - Ser mantida em bom estado de conservação e limpeza, demodo a garantir sua permanência e visualização;

V - Possibilitar sua percepção pelos deficientes visuais, pormeio de ranhuras, granulações ou qualquer outra textura

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diferenciada, mantendo-se o nível do piso.

Art. 3° - O material a ser empregado para a demarcação da faixa de que trata este Decretodeverá ser:

I - Antiderrapante;

II - Durável;

III - Resistente, quando em contato com resíduos de derivados de petróleo.

Art. 4° - A fiscalização do disposto neste Decreto caberá à Secretaria das AdministraçõesRegionais - SAR.

Parágrafo único - Constatada qualquer irregularidade, será expedida, pelaAdministração Regional competente, intimação aos responsáveis pelos Postos deServiços e de Abastecimento de Combustíveis para, no prazo de 5 (cinco) dias,adequarem o local às normas estabelecidas neste Decreto.

Art. 5° - O não atendimento da intimação prevista no parágrafo único do artigo 4º desteDecreto acarretará a aplicação de multa diária no valor de 10 (dez) Unidades de ValorFiscal do Município de São Paulo - UFM, até a cessação da irregularidade.

Art. 6° - Este Decreto entrará em vigor 30 (trinta) dias a contar de sua publicação, revogadasas disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 28 de junho de 1995.

Paulo Maluf. Prefeito.

Menestréis Cadeirantes

Foto cedida pela CVIAN

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei n° 11.859, de 31 de agosto de 1993

Acrescenta subitem ao item 9.5.3 da Seção 9.5 do Capítulo 9 doAnexo 8 da Lei Municipal n° 11.228, de 25 de junho de 1992.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei,

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 8 de agosto de1995, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - O item 9.5.3 da Seção 9.5 do Capítulo 9 do Anexo 8 da LeiMunicipal n° 11.228, de 25 de junho de 1992, fica acrescido doseguinte subitem:

“9.5.3.2 - Com a finalidade de assegurar o uso por pessoasportadoras de deficiência visual, os elevadores instaladosnos prédios da Cidade de São Paulo, especialmente osdesprovidos de ascensoristas, deverão incluir nas botoeiras decabina sinalização em braille, que poderá ser justaposta emmaterial adesivo, até que sejam fabricadas botoeiras com osdois tipos de sinais.”

Art. 2° - Os edifícios existentes antes da publicação desta Leiterão o prazo máximo de 30 (trinta) meses para se adequarem àscondições nela previstas.

Art. 3° - O Chefe do Poder Executivo regulamentará o disposto napresente Lei no prazo de 90 (noventa) dias.

Art. 4° - As despesas com a execução desta Lei correrão por conta

das dotações orçamentárias próprias, suplementadas senecessário.

Art. 5° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 6°- Revogam-se as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 31 de agosto de 1995.

Paulo Salim Maluf. Prefeito.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei nº 11.987, de 16 de janeiro de 1996

Dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação nos parques doMunicípio de São Paulo, de pelo menos um brinquedo destinadopara crianças portadoras de doenças mentais ou deficiênciafísica, e dá outras providências.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que, nos termos do disposto no inciso I do artigo 84 daResolução nº 2/91, a Câmara Municipal de São Paulo decretou eeu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Todos os parques de diversões localizados no Municípiode São Paulo ficam obrigados a instalar pelo menos um brinquedodestinado às crianças portadoras de doenças mentais oudeficiência física.

Parágrafo único - Os brinquedos mencionados no artigo 1ºdeverão ser criados por pessoal capacitado, que adequará obrinquedo à criança portadora dos problemas acima citados.

Art. 2° - Os parques de diversões terão prazo de 180 (cento eoitenta) dias a partir da data da publicação desta Lei para o seucumprimento.

Art. 3° - O descumprimento dos dispositivos desta Lei implicaráao infrator imposição de multa no valor de 30 (trinta) UFMs (UnidadesFiscais do Município), sendo que em caso de reincidência o valorda multa duplicará.

Art. 4° - As despesas com a execução desta Lei correrão porconta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se

necessário.

Art. 5° - Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 16 de janeiro de 1996.

Paulo Maluf. Prefeito.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei nº 11.992, de 16 de janeiro de 1996

Dispensa a parada dos ônibus urbanos nos pontos normais deparada de embarque e desembarque de passageiros paradesembarque de portadores de deficiência física.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 19 de dezembrode 1995, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Os ônibus coletivos urbanos do Município de São Paulonão precisarão, para desembarque de passageiros portadores dedeficiência física, obedecer às paradas obrigatórias dos pontos,preestabelecidas.

Art. 2° - Os ônibus poderão parar, para desembarque de passageirosnos locais indicados por estes, desde que respeitado o itineráriooriginal da linha.

Art. 3° - As despesas decorrentes com a execução desta Leicorrerão por dotações orçamentárias próprias, suplementadas senecessário.

Art. 4° - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 16 de janeiro de 1996.

Paulo Maluf. Prefeito.

Lei nº 11.995, de 16 de janeiro de 1996

Veda qualquer forma de discriminação no acesso aos elevadoresde todos os edifícios públicos municipais ou particulares,comerciais, industriais e residenciais multifamiliares existentesno município de São Paulo.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando das atribuiçõesque lhe são conferidas por lei. Faz saber que a Câmara Municipal, emsessão de 19 de dezembro de 1995, decretou e eu promulgo a seguinteLei:

Art. 1° - Fica vedada qualquer forma de discriminação em virtudede raça, sexo, cor, origem, condição social, idade, porte oupresença de deficiência e doença não contagiosa por contatosocial no acesso aos elevadores de todos os edifícios públicosmunicipais ou particulares, comerciais, industriais e residenciaismultifamiliares existentes no Município de São Paulo.

Parágrafo único - Os responsáveis legais pela administraçãodos edifícios citados no caput deste artigo ficam autorizados aregulamentar o acesso a esses imóveis, assim como acirculação dentro deles e o uso de suas áreas de uso comum eabertas ao uso público, através de regras gerais e impessoaisnão discriminatórias.

Art. 2° - Fica estabelecido que, para maior conforto, segurança eigualdade entre os usuários, o elevador social é o meio normal detransporte de pessoas que utilizam as dependências dos edifícios,independente do estatuto pelo qual o fazem e desde que nãoestejam deslocando cargas, para as quais podem ser utilizadosos elevadores especiais.

Art. 3° - Para garantir o disposto no artigo 1º, fica determinada a

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obrigatoriedade da colocação de avisos no interior dos edifícios, a fim de se assegurar oconhecimento da presente Lei.

§ 1º - Os avisos de que trata o caput deste artigo devem configurar-se em forma decartaz, placa ou plaqueta com os seguintes dizeres: “É vedada sob pena de multa,qualquer forma de discriminação em virtude de raça, sexo, cor, origem, condição social,idade, porte ou presença de deficiência e doença não contagiosa por contato socialno acesso aos elevadores deste edifício”.

§ 2º - Fica o responsável pelo edifício, administrador ou síndico, conforme for o caso,obrigado no prazo de 60 (sessenta) dias a partir da publicação desta Lei, a colocar naentrada do edifício e de forma bem visível o aviso de que trata o caput deste artigo.

Art. 4° - Recomenda-se ao Poder Municipal desenvolver ações de cunho educativo e decombate à discriminação racial, de cor, sexo, origem, idade, condição social, doença nãocontagiosa por contato social, de porte ou presença de deficiência ou qualquer outro tipode preconceito nos serviços públicos e demais atividades exercidas na cidade, conformeo disposto no artigo 204, I da Constituição Federal e artigo 4º, II, III e IV da Lei Federal nº8.742, de 7 de dezembro de 1993.

Art. 5° - O descumprimento de qualquer dispositivo desta Lei implicará em multa no valorde 30 (trinta) UFMs, aumentada em 100% no caso de reincidência.

Art. 6° - O Poder Executivo regulamentará a presente Lei no prazo máximo de 30 (trinta)dias a contar de sua publicação.

Art. 7° - As eventuais despesas municipais decorrentes da aplicação desta Lei correrãopor conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 8° - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 16 de janeiro de 1996.

Paulo Maluf. Prefeito.

Lucas Martins Maciel (atleta) - Sessão Solenena Assembléia Legislativa de São Pauloem homenagem atletas paraolímpicos

Atenas - 2004 aos

Foto Marco A. Cardelino

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Decreto nº 36.434, de 04 de outubro de 1996

Regulamenta os dispositivos da Lei n° 11.995, de 16 de janeiro de1996, que veda qualquer forma de discriminação no acesso aoselevadores de todos os edifícios públicos municipais ou particulares,comerciais, industriais e residenciais multifamiliares existentes noMunicípio de São Paulo.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei,

Considerando que a Lei n° 11.995, de 16 de janeiro de 1996, vedaqualquer discriminação no acesso aos elevadores dos edifícioslocalizados no Município de São Paulo;

Considerando que a referida Lei institui a obrigatoriedade dacolocação de avisos no interior dos edifícios, a fim de assegurar oconhecimento da norma legal, decreta:

Art. 1° - Em todas as dependências de entrada dos edifícios dequalquer natureza deverão ser colocados, próximos às portas deacesso aos elevadores ou no interior destes, avisos contendo osseguintes dizeres:

“É vedada, sob pena de multa, qualquer forma dediscriminação em virtude de raça, sexo, cor, origem,condição social, idade, porte ou presença de deficiênciae doença não contagiosa por contato social, no acessoaos elevadores deste edifício”.

Parágrafo único - O deslocamento de cargas deverá ser feitoem elevadores especiais, visando garantir a segurança e oconforto de todos os usuários.

Art. 2° - Os avisos mencionados no artigo 1° deste Decreto deverão

ser confeccionados em material durável, para afixaçãopermanente. (NR)

- Art. 2° com redação dada pelo art. 1º do Decreto nº 37.248, de

17/12/1997.

Art. 3° - O responsável legal pelo edifício, administrador ou síndico,deverá providenciar o cumprimento das disposições dos artigosprecedentes, no prazo legal.

Art. 4° - O descumprimento de qualquer dispositivo da Lei n° 11.595,de 16 de janeiro de 1996, e este Decreto implicará imposição demulta no valor de 30 Unidades de Valor Fiscal do Município (UFMs),devidamente convertidas nos termos do Decreto n° 35.854, de 1°de fevereiro de 1996, aumentada em 100% (cem por cento) nocaso de reincidência.

Art. 5° - Cabe à Secretaria das Administrações Regionais - SAR,através das Administrações Regionais - ARs, fiscalizar ocumprimento das disposições deste Decreto.

Art. 6° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 4 de outubro de 1996.

Paulo Maluf. Prefeito.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei nº 12.002, de 23 de janeiro de 1996

Dispõe sobre permissão de uso de passeio público fronteiriço abares, confeitarias, restaurantes, lanchonetes e assemelhados,para colocação de toldos, mesas e cadeiras, e dá outrasprovidências.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que, nos termos do disposto no inciso I do artigo 84 daResolução nº 2/91, a Câmara Municipal de São Paulo decretou eeu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Poderá ser permitido aos bares, confeitarias, restaurantes,lanchonetes e similares, já instalados, ou que venham a instalar-se no Município, o uso do passeio fronteiriço ao estabelecimento,para colocação de toldos, mesas e cadeiras, desde que obedecidasas seguintes condições:

I - a instalação de mobiliário nos passeios não poderá bloquear,obstruir ou dificultar o acesso de veículos, o livre trânsito depedestres, em especial de deficientes físicos, nem avisibilidade dos motoristas, na confluência de vias;

II - qualquer que seja a largura da calçada dever-se-á respeitara faixa mínima de 1,10m (um metro e dez centímetros), parapermitir o livre e seguro trânsito de pedestres.

§ 1º - Excepcionalmente, a critério do órgão competente doExecutivo, os estabelecimentos poderão utilizar os passeiosfronteiriços de seus vizinhos laterais, desde que apresentemautorização expressa dos mesmos e promovam a manutençãoe limpeza da área.

§ 2º - As calçadas objeto da permissão de uso de que trataesta Lei e suas imediações, deverão ser mantidas e conservadas

limpas pelos permissionários.

§ 3° - Fica proibida a colocação, nestas calçadas, deamplificadores, caixas acústicas, alto-falantes ou quaisqueraparelhos que produzam som, bem como quiosques ouestandes de venda.

Art. 2° - O não-cumprimento do disposto no artigo anterior, no todoou em parte, implicará a imposição de multa variável de 20 (vinte) a30 (trinta) UFMs e, em caso de reincidência, além da aplicação damulta, a cassação da permissão, que somente poderá serconcedida novamente após 1 (um) ano.

Art. 3° - (Vetado).

Parágrafo único - Cassada a permissão por infração ourevogada por interesse público, a Prefeitura intimará opermissionário a retirar os equipamentos, no prazo de 30 (trinta)dias, após o que serão apreendidos e removidos.

Art. 4° - Os serviços nas calçadas (vetado) poderão (vetado)estender-se até o horário de fechamento do estabelecimento.

Art. 5° - As despesas com a execução desta Lei correrão porconta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas senecessário.

Art. 6° - O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 30 (trinta)dias a contar de sua publicação.

Art. 7° - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 23 de janeiro de 1996.

Paulo Maluf. Prefeito.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Decreto nº 36.594, de 28 de novembro de 1996

Regulamenta a Lei n°12.002, de 23 de janeiro de 1996, que permitea colocação de mesas, cadeiras e toldos no passeio públicofronteiriço a bares, confeitarias, restaurantes, lanchonetes eassemelhados, e dá outras providências.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - Fica permitido a bares, confeitarias, restaurantes,lanchonetes e estabelecimentos comerciais assemelhados, comfuncionamento autorizado e regularmente instalados no Municípiode São Paulo, o uso do passeio público a eles fronteiriço paracolocação de mesas, cadeiras e toldos.

Art. 2° - A instalação do mobiliário de que trata o artigo anteriordeverá atender às seguintes condições:

I - Reservar uma faixa livre mínima de 1,10m (um metro e dezcentímetros), a ser demarcada em suas extremidades com tintaamarela, na largura de 0,10 (dez centímetros) para suavisualização ao longo do passeio público fronteiriço aosestabelecimentos definidos no art. 1°, visando permitir o acessoe o livre trânsito de pedestres e, em especial, de pessoasportadoras de deficiência física e da terceira idade;

..........................................

§ 1º - Na faixa livre prevista no inciso I deste artigo não poderáse conter qualquer tipo de interferência ou obstáculos,principalmente de equipamentos instalados por concessionárias

públicas, tais como telefones, caixas do correio, postes deiluminação ou lixeiras, placas de sinalizações, semáforos,rampas de acesso destinadas a portadores de deficiênciafísica, acessos a faixas de pedestre, bocas-de-lobo, bancasde jornais e revistas e demais equipamentos autorizados pelaPrefeitura.

..........................................

..........................................

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 28 de novembro de1996.

Paulo Maluf. Prefeito.

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Lei nº 12.037, de 11 de abril de 1996

Dispõe sobre a prioridade para os deficientes no uso das piscinas e outros equipamentosdos clubes municipais.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando das atribuições que lhe sãoconferidas por lei.

Faz saber que, nos termos do disposto no inciso I do artigo 84 da Resolução nº 2/91, aCâmara Municipal de São Paulo decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Torna-se prioritário dentro do Município de São Paulo o uso das piscinas e deoutros equipamentos dos clubes municipais, por parte de deficientes físicos, visuais,auditivos e mentais.

Art. 2° - A freqüência poderá ser feita de forma agrupada, através de entidades ouindividualmente.

Art. 3° - O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar desua publicação.

Art. 4° - As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão por conta das dotaçõesorçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 5° - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 11 de abril de 1996.

Paulo Maluf. Prefeito.

Foto cedida pela AACD

Atividade artística - Associação de Assistência àCriança Deficiente - AACD

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Decreto nº 36.428, de 04 de outubro de 1996

Regulamenta a Lei nº 12.037, de 11 de abril de 1996, que dispõesobre a prioridade para pessoas portadoras de deficiência nouso das piscinas e outros equipamentos dos clubes municipais, edá outras providências.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - Constitui prioridade o uso dos equipamentos esportivose piscinas instalados nos Centros Educacionais e Esportivosda Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação -SEME, por pessoas portadoras de deficiência física, visual,auditiva e mental.

Art. 2° - A freqüência dos portadores de deficiência poderá serfeita individualmente ou de forma agrupada, através de entidades.

Art. 3° - Satisfeitas as condições impostas pela modalidadeesportiva desejada, os portadores de deficiência poderãofreqüentar as turmas de usuários não deficientes.

Art. 4° - Os diretores dos Centros Educacionais e Esportivos deverãoestabelecer regras tendentes a compatibilizar a prioridade de quetrata este Decreto com as aulas ministradas aos usuários nãodeficientes e com os demais eventos promovidos pela unidade.

Art. 5° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 4 de outubro de 1996.

Paulo Maluf. Prefeito.

Lei nº 12.117, de 28 de junho de 1996

Dispõe sobre o rebaixamento de guias e sarjetas para possibilitara travessia de pedestres portadores de deficiências físicas.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 12 de junho de1996, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - O Poder Público Municipal promoverá o rebaixamento deguias e sarjetas em todas as esquinas e faixas de pedestres doMunicípio de São Paulo com a finalidade de possibilitar a travessiade pedestres portadores de deficiências físicas.

Parágrafo único - Para o cumprimento do disposto no caputdeste artigo serão priorizados:

I - terminais rodoviários e ferroviários;

II - serviços de assistência à saúde;

III - serviços educacionais;

IV - praças e centros culturais;

V - centros esportivos;

VI - conjunto habitacionais;

VII - principais vias.

Art. 2° - Os editais da licitação para pavimentação, recapeamento,instalação ou reforma de guias e sarjetas deverão, obrigatoriamente,conter o previsto nesta Lei.

Art. 3° - A partir da entrada em vigor desta Lei, o Executivo deverá

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

manter programa para corrigir a ausência de rebaixamento nasvias existentes.

Parágrafo único - A execução dos rebaixamentos dos pontospriorizados nesta Lei deverá ser realizada no prazo máximo de30 (trinta) meses, a contar da data de sua publicação.

Art. 4° - Os rebaixamentos de guias e sarjetas deverão seridentificados através da colocação de Símbolo Internacional deAcesso, conforme o disposto no inciso XXV do artigo 4º da LeiFederal nº 7.405, de 12 de novembro de 1985.

Art. 5° - O Conselho Municipal da Pessoa Deficiente deveráparticipar da implementação desta Lei, fiscalizando os padrões dequalidade dos rebaixamentos e as prioridades estabelecidas noparágrafo único do artigo 1º.

Art. 6° - As despesas decorrentes da execução desta Lei correrãopor conta das verbas próprias do Orçamento, suplementadas senecessário.

Art. 7° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 28 de junho de 1996.

Paulo Maluf. Prefeito.

Decreto nº 37.031, de 27 de agosto de 1997

Regulamenta a Lei nº 12.117, de 28 de junho de 1996, que dispõesobre o rebaixamento de guias e sarjetas para possibilitar a travessiade pedestres portadores de deficiência

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - O rebaixamento de guias e sarjetas de que trata o artigo1º da Lei nº 12.117, de 28 de junho de 1996, será realizado emtodas as esquinas e faixas de pedestres do Município de São Paulo,com a finalidade de possibilitar a travessia de pedestresportadores de deficiência.

Art. 2° - Cabe à Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano- SEHAB, através da Comissão Permanente de Acessibilidade -CPA, a elaboração de um Programa de Adequação de ViasPúblicas às Necessidades das Pessoas Portadoras deDeficiência, cuja finalidade será, no âmbito das atribuições dareferida Comissão, coordenar e desenvolver plano de implantaçãode rebaixamento de guias e sarjetas, bem assim estabelecerpadrões para a melhoria e adequação das condições de trânsito,acessibilidade e segurança nos logradouros públicos, tendo comoprioritário o acesso a:

I - terminais rodoviários e ferroviários;

II - serviços de assistência à saúde;

III - serviços educacionais;

IV - praças e centros culturais;

V - centros esportivos;

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396

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

VI - conjuntos habitacionais;

VII - principais vias.

Art. 3° - Caberá à Secretaria das Administrações Regionais - SARa execução das obras necessárias ao cumprimento dasdisposições da Lei nº 12.117, de 28 de junho de 1996 e desteDecreto.

Parágrafo único - As obras de que trata este decreto seguirãoo padrão estabelecido pela NBR 9050, da Associação Brasileirade Normas Técnicas - ABNT, suplementada, no que couber,pelas normas baixadas ou referendadas pela ComissãoPermanente de Acessibilidade - CPA.

Art. 4° - A Comissão Permanente de Acessibilidade - CPA poderásolicitar à Secretaria Municipal de Transportes - SMT que, no prazode 60 dias, avalie casos específicos em que o rebaixamento deguia ou sarjeta seja tecnicamente inviável ou exponha o usuárioportador de deficiência a risco.

Parágrafo único - A avaliação deverá ser acompanhada deindicação de alternativa técnica, com projeto executivo, a serreferendado pela Comissão Permanente de Acessibilidade - CPA.

Art. 5° - Os editais de licitação para pavimentação, recapeamento,instalação ou reforma de guias e sarjetas deverão, obrigatoriamente,incluir a execução das obras e dos procedimentos aqui previstos,pelo respectivo órgão responsável, independentemente do Plano aque se refere o artigo 2º do presente Decreto.

Art. 6° - Os rebaixamentos de que tratam este Decreto deverão seridentificados através da colocação do Símbolo Internacional deAcesso, conforme o disposto no inciso XXV do artigo 4º da LeiFederal nº 7.405, de 12 de novembro de 1985.

Parágrafo único - A Comissão Permanente de Acessibilidade- CPA padronizará, nos limites da lei, a forma de identificaçãoprevista no caput deste artigo.

Art. 7° - A Comissão Permanente de Acessibilidade - CPA

constituirá grupo de trabalho específico, com a participação doConselho Municipal da Pessoa Deficiente - CMPD, quefiscalizará os padrões de qualidade dos rebaixamentos e asprioridades estabelecidas no Programa previsto no artigo 2º.

Art. 8° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 27 de agosto de 1997.

Celso Pitta. Prefeito.

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Lei nº 12.155, de 30 de julho de 1996

Autoriza o Executivo a celebrar convênio com a Fundação Dorina Nowill para Cegos, edá outras providências.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando das atribuições que lhe sãoconferidas por lei. Faz saber a Câmara Municipal, em sessão de 16 de julho de 1996,decretou e eu promulgo a seguinte lei:

Art. 1° - Fica o Executivo autorizado a celebrar convênio com a Fundação Dorina Nowillpara Cegos, de acordo com as condições estabelecidas no Anexo único, rubricado peloPresidente da Câmara e pelo Prefeito como parte integrante desta lei.

Art. 2° - As despesas com a execução da presente lei correrão por conta das dotaçõesorçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 3° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições emcontrário, especialmente a Lei nº 9.475, de 28 de maio de 1982.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 30 de julho de 1996.

Paulo Maluf. Prefeito.

Foto cedida pela ABDC

Paraolimpíadas Atenas 2004

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

TERMO DE CONVÊNIO

Convênio que entre si celebram a PREFEITURA DO MUNICÍPIODE SÃO PAULO e a FUNDAÇÃO DORINA NOWILL PARA CEGOS.

Aos dias do mês de.... de 199 , a Prefeitura do Município de SãoPaulo, representada, neste ato, pelo Prefeito, Doutor Paulo Maluf,e a Fundação Dorina Nowill para Cegos, neste ato representadapor sua presidente, Senhora Dorina de Gouvea Nowill, partesdoravante denominadas, respectivamente, PREFEITURA eFUNDAÇÃO, atendida a legislação vigente, firmam o presenteconvênio, nos seguintes termos:

CLÁUSULA PRIMEIRA

A PREFEITURA, através da Secretaria Municipal de Cultura - SMC,concederá à FUNDAÇÃO, subvenção anual no valor de R$200.000,00 (duzentos mil reais), que será atualizado, para osexercícios subseqüentes, pelos multiplicadores adotados na LeiOrçamentária anual, para atendimento das despesas resultantesde sua atividade específica, desenvolvida junto à populaçãodeficiente visual.

CLÁUSULA SEGUNDA

Em contrapartida, a FUNDAÇÃO obriga-se, anualmente, a:

a) editar, em braille, 5 (cinco) títulos inéditos, sendo 2 (dois)indicados pela Biblioteca Braille do Centro Cultural São Paulo e 3(três) pelo Departamento de Bibliotecas Públicas da SecretariaMunicipal de Cultura - SMC;

b) reeditar, em braille, 10 (dez) títulos sugeridos pela SecretariaMunicipal de Cultura - SMC, compreendendo 5 (cinco) obras deliteratura e 5 (cinco) didáticas, devendo desses títulos, 5 (cinco)ser gravados em livro falado para atender o Projeto “Implementaçãodo Acervo de Bibliotecas”;

c) gravar em cassete, 2 (dois) novos títulos de livro falado, indicadospela Secretaria Municipal de Cultura - SMC, além da gravaçãosemanal da revista já trabalhada pela FUNDAÇÃO;

d) fornecer, graciosamente, 1500 (um mil e quinhentas) chapas dereforço de lombada para a Biblioteca Braille do Centro CulturalSão Paulo;

e) fornecer, quando solicitado a título excepcional pela BibliotecaBraille do Centro Cultural São Paulo, qualquer exemplar em“braille” produzido pela FUNDAÇÃO, desde que disponível noestoque;

f) viabilizar o aporte de pessoal capacitado para ministrar cursos avoluntários e interessados, desde que previamente planejados eorganizados, inclusive, com previsão de recursos financeiros, sefor o caso;

g) fornecer sempre que houver interesse ou necessidade, umexemplar de cada edição em braille para os “Núcleos deAtendimento a Dificuldades Visuais”, pertencentes ao Departamentode Bibliotecas, visando alimentar o Projeto “Implementação de Acervode Bibliotecas”.

CLÁUSULA TERCEIRA

As obras e revistas mencionadas na Cláusula anterior serãoutilizadas pelas pessoas portadoras de deficiência visual,através da “Biblioteca Braille do Centro Cultural São Paulo”, e dos“Núcleos de Atendimento a Dificuldades Visuais”, pertencentes aoDepartamento de Bibliotecas.

CLÁUSULA QUARTA

O primeiro pagamento da subvenção referida na Cláusula Primeiraserá efetuado de 1 (uma) única vez, diretamente à FUNDAÇÃO,após a assinatura do presente convênio e emissão da respectivaNota de Empenho, ficando condicionado à aprovação pelaPREFEITURA das contas dos recursos acaso recebidos emexercícios anteriores, e o atendimento à legislação vigente.

SUBCLÁUSULA ÚNICA

Nos exercícios subseqüentes o pagamento será efetivado até 30 dejunho de cada ano, após aprovadas as contas relativas à subvençãopaga no exercício anterior, em função do presente convênio.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

CLÁUSULA QUINTA

As prestações de contas serão efetuadas diretamente pelaFUNDAÇÃO, que se obriga a apresentar os relatórios mensaisde suas atividades, devendo o convênio ser fiscalizado pelaSecretaria Municipal de Cultura - SMC.

CLÁUSULA SEXTA

O presente convênio tem o prazo de 60 (sessenta) meses, podendoser denunciado a qualquer tempo, mediante prévia comunicaçãoepistolar, que não gerará direito a qualquer indenização, e produziráefeitos no exercício seguinte ao de sua efetivação, salvo se ocorreralguma das hipóteses de rescisão previstas na Cláusula Oitava,dolo ou malversação dos recursos financeiros oriundos dasubvenção concedida pela Prefeitura.

CLÁUSULA SÉTIMA

Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio,os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientesdas receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, serãodevolvidas à Prefeitura, no prazo improrrogável de 30 (trinta) diasdo evento, sob pena de instauração da tomada de contas especialdo responsável, providenciada pela autoridade competente.

CLÁUSULA OITAVA

Além das hipóteses previstas em lei, são causas de imediatarescisão, de pleno direito e independente de qualquer providênciajudicial ou extrajudicial, o não cumprimento pela FUNDAÇÃO, dequalquer das obrigações assumidas na Cláusula Segunda desteconvênio, ou ainda, a transferência de sua sede desta Cidade.

CLÁUSULA NONA

As despesas decorrentes da execução deste convênio correrão por contadas dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

CLÁUSULA DÉCIMA

Fica eleito o Foro desta Comarca, com expressa renúncia dequalquer outro, por mais especial ou privilegiado que seja ou venhaa ser, para os procedimentos judiciais oriundos deste convênio.

E por estarem assim ajustadas, lavrou-se este termo em 4 (quatro)vias de igual teor, que vão assinadas pelas partes e testemunhas.

São Paulo, de de 199

Prefeitura do Município de São Paulo

Fundação Dorina Nowill para Cegos

Testemunhas:

1. _________________________

2. _________________________

Data de publicação: 31/07/1996

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei nº 12.360, de 13 de junho de 1997

Dispõe sobre a obrigatoriedade de manutenção de cadeiras derodas dotadas de cesto acondicionador de compras emsupermercados de grande porte, e dá outras providências.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei.Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 15 de maio de1997, decretou e eu promulgo a seguinte lei:

Art. 1° - Ficam obrigados os supermercados de grande porte amanterem a disposição dos seus clientes portadores dedeficiência física, cadeiras de rodas dotadas de cestoacondicionador de compras.

Parágrafo único - O número de cadeiras a que se refere ocaput do presente artigo, deverá ser, no mínimo de 04 (quatro).

Art. 2° - Os infratores receberão uma multa de 100 (cem) UFIRs;no caso de reincidência a multa será o dobro do valor.

Art. 3° - O Executivo regulamentará a presente lei no prazo de 90(noventa) dias, contados de sua publicação.

Art. 4° - As despesas decorrentes da implantação desta lei correrãopor conta de dotações próprias, suplementadas se necessário.

Art. 5° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 13 de junho de 1997.

Celso Pitta. Prefeito.

Lei nº 12.363, de 13 de junho de 1997

Dispõe sobre a obrigatoriedade da utilização de cardápiosimpressos em braille em bares, restaurantes, lanchonetes, hotéise similares, no Município de São Paulo.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 15 de maio de1997, decretou e eu promulgo a seguinte lei:

Art. 1° - Fica instituída a obrigatoriedade da utilização de cardápiosimpressos em braille, em todos os estabelecimentos quecomercializam refeições e lanches, tais como: bares, restaurantes,lanchonetes, hotéis, motéis e similares no Município de São Paulo,de forma a facilitar a consulta de pessoas portadoras dedeficiência visual.

Art. 2° - Na elaboração do cardápio impresso em braille deveráconstar: o nome do prato, todos os ingredientes utilizados no seupreparo e o preço do mesmo.

Art. 3° - Também deverá ser impressa em braille a relação debebidas servidas e os seus respectivos preços.

Art. 4° - Caberá à Secretaria Municipal de Abastecimento - SEMABa orientação técnica-normativa, para implantação e fiscalizaçãodas determinações desta lei.

Art. 5° - As despesas com a execução desta lei correrão por contade dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

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Art. 6° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições emcontrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 13 de junho de 1997.

Celso Pitta. Prefeito.

Foto Roberto Navarro

Trabalho manual - Associação Brasileirade Distrofia Muscular - ABDIM

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Decreto nº 36.999, de 12 de agosto de 1997

Regulamenta a Lei nº 12.363, de 13 de junho de 1997, que dispõesobre a obrigatoriedade da utilização de cardápios impressos embraille, em bares, restaurantes, lanchonetes, hotéis e similares,no Município de São Paulo, e dá outras providências.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - Todos os estabelecimentos localizados no Município deSão Paulo que comercializam refeições e lanches, tais como: bares,restaurantes, lanchonetes, hotéis, motéis e similares, ficamobrigados a apresentar cardápios com a impressão em braille,quando solicitados, com o objetivo de facilitar a consulta porpessoas portadoras de deficiência visual.

Art. 2° - O cardápio e a relação de bebidas servidas devem serimpressos em braille, discriminando os ingredientes utilizados naelaboração de todos os pratos servidos, com seus respectivospreços.

Art. 3° - A fiscalização do atendimento às determinações da Lei nº12.363, de 13 de junho de 1997, caberá à Secretaria Municipal deAbastecimento - SEMAB.

Art. 4° - A Secretaria Municipal de Abastecimento - SEMAB, atravésde seus órgãos técnicos, promoverá a orientação técnica normativanecessária à implantação e fiscalização da Lei nº 12.363, de 13 dejunho de 1997, e do presente Decreto.

Art. 5° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 12 de agosto de 1997.

Celso Pitta. Prefeito

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei nº 12.365, de 13 de junho de 1997

Dispõe sobre a obrigatoriedade de atendimento preferencial adeficientes físicos, idosos e gestantes nos postos de saúde ehospitais municipais.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 15 de maio de1997, decretou e eu promulgo a seguinte lei:

Art. 1° - Fica instituído no âmbito do Município de São Paulo oatendimento preferencial a deficientes físicos, idosos egestantes nos postos de saúde e hospitais municipais.

§ 1º - Os postos de saúde e hospitais deverão instalar guichêsespecíficos para o atendimento das pessoas citadas neste artigo.

§ 2º - Deverá constar na ficha de atendimento desses pacientesa sua condição de deficientes, idosos e gestantes.

Art. 2° - O Poder Executivo regulamentará a presente lei no prazode 30 (trinta) dias, contados a partir de sua publicação.

Art. 3° - As despesas com a execução desta lei correrão por contade dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 4° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 13 de junho de 1997.

Celso Pitta. Prefeito.

Decreto nº 37.030, de 27 de agosto de 1997

Regulamenta a Lei nº 12.365, de 13 de junho de 1997, que dispõesobre a obrigatoriedade de atendimento preferencial adeficientes físicos, idosos e gestantes nos postos de saúde ehospitais municipais, e dá outras providências.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei, Decreta:

Art. 1° - Os serviços e ações de saúde municipais darãoatendimento preferencial aos deficientes físicos, idosos egestantes.

Parágrafo único - Para o atendimento das pessoasdeficientes, haverá guichês específicos com altura de 1,00ma 1,20m do piso.

Art. 2° - Os Postos de Saúde e hospitais municipais serãoedificados, ou reformados os já existentes, de modo a permitir olivre acesso aos usuários, providos de rampas e corredores compiso antiderrapante, corrimãos, portas e elevadores para acessode cadeiras de rodas e equipamentos de apoio em geral.

Parágrafo único - As unidades de atendimento deverão terespaço físico interno suficiente para circulação de cadeiras derodas e equipamentos de apoio em geral; as cadeiras de rodasterão um local especialmente destinado quando não estiveremsendo usadas.

Art. 3° - Cada ponto de serviço terá no mínimo 3 (três) assentos debraço tamanho padrão, em suas dependências, destinados aosdeficientes físicos, idosos e gestantes.

Art. 4° - As unidades de Saúde serão equipadas com bebedouros,

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

telefones e instalações sanitárias apropriados para deficientesfísicos e idosos; os bebedouros e telefones atenderão os requisitosdo Anexo integrante deste decreto.

Art. 5° - Haverá funcionários devidamente informados e treinadosao atendimento da pessoa portadora de deficiência física,idosos e gestantes.

Art. 6° - O acesso aos diversos setores terá placas indicativasvisíveis às pessoas deficientes.

Art. 7° - No estacionamento da Unidade deverá existir a demarcaçãoda vaga com o símbolo internacional do portador de deficiência.

Art. 8° - As regras estabelecidas neste Decreto abrangerão asunidades de saúde do Plano de Atendimento à Saúde - PAS.

Art. 9° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 27 de agosto de 1997.

Celso Pitta. Prefeito.

ANEXO INTEGRANTE DO DECRETO Nº 37.030, DE 27 DEAGOSTO DE 1997

1 - Os bebedouros ficarão em locais de fácil acesso, evitando-sesituá-los em reentrâncias ou nichos; quando embutidos, o espaçodo acesso deve permitir um vão livre de, no mínimo, 0,80m; devemestar instalados a uma altura de 0,90m do piso, conforme figurasabaixo.

2 - Os telefones terão sua parte superior a 1,20m do piso, paraatender às pessoas deficientes, dispostos na forma da figuraabaixo.

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Lei nº 12.368, de 13 de junho de 1997

Dispõe sobre a adequação das unidades esportivas municipais a deficientes, idosos egestantes.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando das atribuições que lhe sãoconferidas por lei.

Faz saber que, nos termos do disposto no inciso I do artigo 84 da Resolução nº 02/91, aCâmara Municipal de São Paulo decretou e eu promulgo a seguinte lei:

Art. 1° - As unidades esportivas municipais, construídas a partir da vigência desta lei,deverão ser adequadas à prática de esportes, recreação e lazer por parte dos portadoresde deficiência, idosos e gestantes.

Parágrafo único - No prazo de 2 (dois) anos a partir da promulgação desta lei, asatuais unidades esportivas municipais deverão adequar-se na forma estabelecida nocaput deste artigo.

Art. 2° - O Poder Executivo regulamentará a presente lei no prazo de 60 (sessenta) dias,contados a partir da data de sua publicação.

Art. 3° - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta de dotaçõesorçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 4° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições emcontrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 13 de junho de 1997.

Celso Pitta. Prefeito.

Foto Marco A. Cardelino

Artesanato - AssociaçãoBrasileira de Esclerose Múltipla - ABEM

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei nº 12.471, de 16 de setembro de 1997

Institui o “Dia do Surdo” no Município de São Paulo.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 20 de agosto de1997, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Fica instituído no Município de São Paulo o “Dia doSurdo”, a ser comemorado, anualmente, no último domingo desetembro.

Art. 2° - Os portadores de deficiência auditiva e demais cidadãosserão convidados a participar das comemorações de que trata oartigo anterior.

Art. 3° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 16 de setembro de1997.

Celso Pitta. Prefeito.

Lei nº 12.492, de 10 de outubro de 1997

Assegura o ingresso de cães guia para deficientes visuais emlocais de uso público ou privado.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei.Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 16 de setembrode 1997, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Fica assegurado ao deficiente visual parcial ou total, odireito de ingressar e permanecer com seu cão condutor em todosos ambientes públicos ou particulares, meios de transportes, ouqualquer local onde necessite.

Art. 2° - As entidades especializadas no adestramento de cãescondutores de deficientes visuais, obrigam-se a fornecerdocumento habilitando o animal e seu usuário, a fornecer documentoresponsabilizando-se por quaisquer danos oriundos de seu usoprevisto nesta Lei.

Parágrafo único - O deficiente visual deverá portar originalou cópia autenticada do documento referido no caput desteartigo, e apresentá-lo sempre que exigido.

Art. 3° - As despesas decorrentes com a implantação desta Leicorrerão por conta de dotações orçamentárias próprias,suplementadas se necessário.

Art. 4° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 10 de outubro de 1997.

Celso Pitta. Prefeito.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei nº 12.495, de 10 de outubro de 1997

Institui no âmbito do Município de São Paulo o “Dia do Lazerpara o Deficiente físico”, e dá outras providências.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 16 de setembrode 1997, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Fica instituído no âmbito do Município de São Paulo o“Dia do Lazer para o Deficiente físico” a ser comemorado no1º sábado, compreendido entre 3 e 10 de dezembro, dentro daSemana da Pessoa Portadora de Deficiência, já regulamentadapelo artigo 1º do Decreto nº 35.161, de 30 de maio de 1995.

Art. 2° - O Poder Executivo regulamentará a presente Lei no prazode 60 (sessenta) dias, contados a partir da data de sua publicação.

Art. 3° - As despesas decorrentes da execução desta Lei correrãopor conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadasse necessário.

Art. 4° - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 10 de outubro de 1997.

Celso Pitta. Prefeito.

Decreto n° 37.484, de 18 de junho de 1998

Regulamenta a Lei nº 12.495, de 10 de outubro de 1997, que instituio “Dia do Lazer para o Deficiente físico”, e dá outrasprovidências.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - O “Dia do Lazer para o Deficiente físico”, instituídopela Lei nº 12.495, de 10 de outubro de 1997, será comemoradono 1° (primeiro) sábado compreendido entre os dias 3 e 10 dedezembro de cada ano, dentro da Semana da Pessoa Portadorade Deficiência, criada pelo Decreto nº 35.161, de 30 de maio de1995.

Art. 2° - As comemorações do “Dia do Lazer para o Deficientefísico” consistirão na realização de jogos amistosos, torneiosrelâmpagos e outras atividades recreativas adaptadas, queproporcionem a integração e o convívio do portador de deficiênciafísica com a população.

Art. 3° - A promoção do evento caberá à Secretaria Municipal deEsportes, Lazer e Recreação - SEME, providenciará, a seu critérioe de acordo com a disponibilidade orçamentária:

I - Ampla divulgação da data e do local das comemoraçõespelo Diário Oficial do Município ou outros meios decomunicação;

II - Transporte adaptado gratuito até o local do evento;

III - Monitores para atuarem no auxílio das atividades elocomoção dos participantes.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Parágrafo único - A Secretaria Municipal de Esportes, Lazer eRecreação - SEME, poderá firmar Termo de Cooperação com ainiciativa privada para a realização do evento, permitida adivulgação institucional, nos termos da legislação vigente.

Art. 4° - As despesas com a execução deste Decreto correrão porconta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas, senecessário.

Art. 5° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 18 de junho de 1998.

Celso Pitta. Prefeito.

Lei nº 12.556, de 08 de janeiro de 1998

Institui o Programa de Saúde Auditiva para crianças no Municípiode São Paulo, e dá outras providências.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 4 de dezembrode 1997, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Fica instituído o Programa de Saúde Auditiva, com oobjetivo de desenvolver ações de promoção, prevenção erecuperação da saúde auditiva das crianças no Município.

Art. 2° - As ações pertinentes ao Programa de Saúde Auditivadevem ser desenvolvidas por equipe interdisciplinar, nos diferentesníveis de atenção à saúde incorporadas ao programa de atençãointegral à saúde da criança.

Art. 3° - São atribuições do Programa de Saúde Auditiva:

I - promover a inserção de suas ações no programa de atençãointegral à saúde a partir das necessidades identificadas em cadaregião, fazendo parte do planejamento local;

II - garantir ações educativas em saúde auditiva, dirigidas aprofissionais da saúde, educadores, pais, responsáveis ecrianças, principalmente sobre questão de promoção, prevençãoe conservação da audição;

III - garantir ações de identificação de perdas auditivas, por meiode triagens em berçários, em especial de alto risco, unidadesde saúde, creches e escolas, de acordo com a realidade

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epidemiológica de cada região;

IV - garantir diagnóstico médico e avaliação audiológica, incluindo indicação e adaptaçãode aparelho de amplificação sonora e individual;

V - garantir terapia fonoaudióloga para as pessoas que necessitarem;

VI - assegurar pela Prefeitura a assistência integral em unidades de atendimentoambulatorial, dotadas dos recursos humanos, físicos e tecnológicos necessários parao atendimento de boa qualidade;

VII - garantir a formação e capacitação dos profissionais de saúde que atuem noprograma;

VIII - garantir a integração das crianças com alteração auditiva e dos seus pais ouresponsáveis nos mais diversos ambientes, evitando situações de discriminação esegregação.

Art. 4° - Para implementar o programa instituído por esta Lei, o Poder Executivo buscaráa ação integrada das várias Secretarias Municipais, cujas competências estejam afetasao Programa, bem como garantirá a participação de técnicos dos Conselhos Regionais,das Associações e de instituições universitárias de ensino das áreas relacionadas, nadefinição das normas de execução deste programa.

Art. 5° - As despesas decorrentes da presente Lei correrão por conta de dotaçõesorçamentárias próprias.

Art. 6° - Esta lei será regulamentada no prazo de 60 (sessenta) dias, contados de suapublicação.

Art. 7° - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 8° - Revogam-se as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 8 de janeiro de 1998, 444º da fundação deSão Paulo.

Celso Pitta. Prefeito.

Foto Marco A. Cardelino

Lars Grael (Secretário), Célia Leão (Deputada) eÁlvaro Lazzarini (TRE) - Sessão Solene na

Assembléia Legislativa de São Pauloem homenagem aos atletas paraolímpicos

Atenas - 2004

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410

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Decreto nº 42.214, de 22 de julho de 2002

Regulamenta a Lei nº 12.556, de 8 de janeiro de 1998, que instituio Programa de Saúde Auditiva para crianças no Município deSão Paulo.

Marta Suplicy, Prefeita do Município de São Paulo, no uso dasatribuições que lhe são conferidas por lei,

decreta:

Art. 1° - O Programa de Saúde Auditiva para crianças noMunicípio de São Paulo será desenvolvido pela Secretaria Municipalda Saúde - SMS.

Art. 2° - A equipe interdisciplinar de que trata o artigo 2º da Lei nº12.556, de 8 de janeiro de 1998, será integrada por Fonoaudiólogos,Médicos especialistas nas áreas de Otorrinolaringologia, Pediatriae Neonatologia, Educadores de Saúde Pública, Assistentes Sociais,Psicólogos e demais profissionais que possam contribuir para odesenvolvimento do Programa.

Art. 3° - O Secretário Municipal da Saúde deverá constituir Grupode Trabalho para a execução do Programa de que trata o artigo 1ºdeste decreto, a ser composto por representantes das seguintesPastas:

I - Secretaria Municipal da Saúde: Fonoaudiólogos e Médicos;

II - Secretaria Municipal de Educação;

III - Secretaria Municipal de Assistência Social.

Parágrafo único - As Secretarias de que tratam os incisos II eIII deste artigo encaminharão à Chefia de Gabinete de SMS, noprazo de 10 (dez) dias a contar da edição deste decreto, o

nome e a qualificação de seus representantes.

Art. 4° - Ao Grupo de Trabalho caberá propor:

I - as atribuições de cada órgão participante;

II - a adoção de metodologias e de dispositivos adequados,visando à implantação do Programa de que trata este decreto;

III - os treinamentos necessários para os profissionais envolvidos;

IV - a realização de convênios com universidades;

V - as ações de divulgação e de educação em saúde;

VI - os recursos materiais e humanos necessários.

Art. 5° - Para a execução do Programa, as Secretarias envolvidasdeverão buscar a participação de técnicos dos ConselhosRegionais, das Associações e das Instituições Universitárias deEnsino.

Art. 6° - O Programa deverá abranger ações de promoção, prevençãoe recuperação da saúde auditiva, especialmente a inclusão davacinação contra rubéola, no Programa de Cobertura Vacinal doMunicípio.

Art. 7° - As ações do Programa deverão estar voltadas aos recém-nascidos e às crianças do Município de São Paulo.

Parágrafo único - As ações direcionadas às crianças recém-nascidas deverão ser realizadas em todas as maternidades ehospitais similares da Rede Pública Municipal e naquelesintegrados no Sistema Único de Saúde.

Art. 8° - A Secretaria Municipal da Saúde deverá estabelecer umsistema de referência e contra-referência para o desenvolvimentodas ações, bem como de informação e acompanhamento dascrianças integrantes do Programa, além de projetos de orientaçãoe educação sobre audição destinados aos profissionais de saúdee à população.

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411

PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Art. 9° - As despesas decorrentes da execução deste decretocorrerão por conta das dotações orçamentárias próprias.

Art. 10 - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 22 de julho de 2002.

Marta Suplicy. Prefeita.

Lei nº 12.561, de 08 de janeiro de 1998

Dispõe sobre a criação de locais específicos, reservadosexclusivamente para deficientes físicos que necessitem decadeiras de rodas para sua locomoção, nos Estádios de Futebol eGinásios Esportivos do Município de São Paulo, e dá outrasprovidências.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando das atribuiçõesque lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 4 de dezembrode 1997, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1° - Os Estádios de Futebol e Ginásios Esportivos do Municípiode São Paulo ficam obrigados a criar e manter locais reservadosexclusivamente para a acomodação de deficientes físicos, quenecessariamente façam uso de cadeiras de rodas na sualocomoção.

Parágrafo único - Deverá ser permitida, também, apermanência, nesse local, do acompanhante do deficientefísico.

Art. 2° - O espaço a ser criado, além de propiciar boas condiçõesde visibilidade, deverá dar fácil acesso àquele tipo de equipamentode locomoção.

Art. 3° - O infrator deverá ser multado em 477 (quatrocentos esetenta e sete) UFIRs, em dobro na reincidência, renováveis a cada30 (trinta) dias.

Art. 4° - Esta Lei deverá ser regulamentada pelo Executivo, no

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412

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data de sua publicação.

Art. 5° - As despesas com a execução desta Lei correrão por contadas dotações orçamentárias próprias, suplementadas senecessário.

Art. 6° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 8 de janeiro de 1998.

Celso Pitta. Prefeito.

Lei nº 12.575, de 24 de março de 1998

Institui o Dia da Pessoa Portadora de Deficiência, e dá outrasprovidências.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que, nos termos do disposto no inciso I do artigo 84 daResolução nº 2/91, a Câmara Municipal de São Paulo decretou eeu promulgo a seguinte lei:

Art. 1° - Fica instituído, no âmbito do Município de São Paulo, oDia da Pessoa Portadora de Deficiência, a ser comemoradoanualmente no dia 3 de dezembro.

Parágrafo único - A data comemorativa instituída nesta leiconstará do calendário oficial de eventos do Município de SãoPaulo.

Art. 2° - O Poder Executivo regulamentará a presente lei, no quecouber, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data de suapublicação.

Art. 3° - As despesas com a execução desta lei correrão por contade dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 4° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 24 de março de 1998.

Celso Pitta. Prefeito.

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Lei nº 12.597, de 16 de abril de 1998

Dispõe sobre a destinação preferencial dos apartamentos localizados nos andares térreosdos edifícios construídos pelo Poder Público Municipal, nos programas de habitação popular,para os deficientes físicos, e dá outras providências.

Nelo Rodolfo, Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, faz saber que a CâmaraMunicipal de São Paulo, de acordo com o parágrafo 7º do artigo 42 da Lei Orgânica doMunicípio de São Paulo, promulga a seguinte Lei:

Art. 1° - Os apartamentos localizados nos andares térreos dos edifícios residenciaismultifamiliares, construídos pelo Poder Público Municipal nos programas de habitaçãopopular, do projeto “Cingapura” e os realizados pela COHAB - Companhia Metropolitana deHabitação, serão destinados, preferencialmente, para os cidadãos que, estandoregularmente inscritos nos citados programas, sejam portadores de deficiência física.

Art. 2° - Os edifícios a que esta lei se refere serão dotados, sempre que possível, derampas de acesso ao andar térreo passíveis de serem utilizadas por deficientes físicos.

Art. 3° - O Poder Executivo regulamentará a presente lei no prazo de 60 (sessenta) dias,a contar de sua publicação.

Art. 4° - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta de dotaçõesorçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 5° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições emcontrário.

Câmara Municipal de São Paulo, 17 de abril de 1998.

Nelo Rodolfo. Presidente.

Foto cedida pela AACD

Fisioterapia - Associação de Assistênciaà Criança Deficiente - AACD

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei nº 12.753, de 4 de novembro de 1998

Institui no município de São Paulo o programa de integração eescolarização de deficientes visuais.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei. Faz saber que, nos termosdo disposto no inciso I do artigo 84 da Resolução nº 2/91, a CâmaraMunicipal de São Paulo decretou e eu promulgo a seguinte lei:

Art. 1° - Fica instituído no Município de São Paulo o Programa deIntegração e Escolarização de Deficientes visuais - PIEDV.

Art. 2° - O PIEDV tem por finalidade a integração do deficientevisual na comunidade através de atividades intelectuais queproporcionem sua participação mais ativa na sociedade.

Art. 3° - A Prefeitura desenvolverá esforços visando:

I - a criação de classes especiais na rede municipal regular deensino para atender educandos portadores de deficiênciavisual;

II - a criação de escolas ou serviços especializados caso aoferta de classes acima mencionada não seja suficiente;

III - o ensino ministrado por professores com especializaçãoadequada para o atendimento dos referidos educandos;

IV - a constante reciclagem dos professores, a fim de serematualizadas as técnicas e recursos educativos.

Art. 4° - O Poder Executivo regulamentará a presente lei no prazo

de 30 (trinta) dias a contar da data de sua publicação.

Art. 5° - As despesas decorrentes da execução desta lei correrãopor conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas senecessário.

Art. 6° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 4 de novembro de1998.

Celso Pitta. Prefeito.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei n° 12.821, de 07 de abril de 1999(*)

Dispõe sobre a obrigatoriedade dos estabelecimentosbancários com acesso único através de porta-giratóriamanterem acesso, em rampa quando for o caso, parapessoas portadoras de deficiência f ísica , que selocomovem em cadeira de rodas, e dá outras providências.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei. Faz saber que aCâmara Municipal, em sessão de 10 de março de 1999,decretou e eu promulgo a seguinte lei:

Art. 1° - No Município de São Paulo, os estabelecimentos bancáriosque têm acesso a seu interior somente através de portas-giratórias,são obrigados a manter acesso, em rampa, quando for o caso,destinado ao uso de pessoas portadoras de deficiência físicaque se locomovem em cadeira de rodas.

Parágrafo único - Na execução do acesso e rampa de quetrata o caput serão observados os critérios técnicos da normaNBR 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Art. 2° - Para implantação dos acessos de que trata esta lei, osestabelecimentos bancários terão o prazo máximo de 120 (centoe vinte) dias contados da data da sanção desta lei.

Art. 3° - O não atendimento das disposições desta lei implicará damulta equivalente a mil UFIRs, cobrada em dobro na reincidência.

Art. 4° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 7 de abril de 1999.

Celso Pitta. Prefeito.

(*) Vide Decreto regulamentador n 45.122, de 12/08/2004, na

página n° 365

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei n° 12.867, de 1º de julho de 1999

Institui e oficializa o campeonato municipal do atleta portadorde deficiência física, e dá outras providências.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei.

Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 15 de junho de1999, decretou e eu promulgo a seguinte lei:

Art. 1° - Fica instituído e oficializado o Campeonato Municipaldo Atleta Portador de Deficiência Física, a ser realizadoanualmente no Município de São Paulo.

Parágrafo único - O Executivo, através de órgão competente,indicará as modalidades esportivas que farão parte docampeonato e organizará o evento, como antecedente epreparatório dos Campeonatos Brasileiro, Panamericano,Paraolímpico e Mundial.

Art. 2° - Por competência delegada, poderá o Executivo firmarconvênios com entidades públicas e particulares, ligadas aosdeficientes, para desenvolvimento adequado da presente lei.

Art. 3° - O Executivo regulamentará a presente lei, no prazo de 90(noventa) dias.

Art. 4° - As despesas decorrentes da execução desta lei, correrãopor conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadasse necessário.

Art. 5° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo,1º de julho de 1999.

Celso Pitta. Prefeito.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto nº 39.879, de 22 de setembro de 2000

Regulamenta a Lei nº 12.867, de 1º de julho de 1999, que institui eoficializa o Campeonato Municipal do Atleta Portador deDeficiência Física, e dá outras providências.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - A Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação -SEME promoverá, anualmente, o Campeonato Municipal doAtleta Portador de Deficiência Física, instituído e oficializadopela Lei nº 12.867, de 1 de julho de 1999.

Art. 2° - O regulamento, a data, os locais de inscrição e derealização e demais condições de participação no CampeonatoMunicipal do Atleta Portador de Deficiência Física serãodivulgados com antecedência mínima de 30 (trinta) dias de seuinício, por meio do Diário Oficial do Município e de outros meios decomunicação, a critério da Secretaria Municipal de Esportes, Lazere Recreação - SEME.

§ 1º - Todas as modalidades esportivas constantes dosCampeonatos Brasileiro, Panamericano, Paraolímpico e Mundialpoderão ser incluídas no evento a que se refere o caput desteartigo.

§ 2º - Os atletas, individualmente ou em equipes, brasileiros ouestrangeiros, filiados ou não a entidades públicas ou privadas,poderão se inscrever em mais de uma das modalidadesesportivas integrantes do evento.

Art. 3° - A Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação -SEME poderá obter patrocínio da iniciativa privada para a realização

do evento, firmando termos de cooperação ou convênio para essafinalidade, permitida a divulgação institucional, nos termos dalegislação vigente.

Art. 4° - As despesas com a execução deste decreto correrão porconta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas, senecessário.

Art. 5° - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 22 de setembro de2000, 447º da fundação de São Paulo.

Celso Pitta. Prefeito

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Lei nº 12.975, de 22 de março de 2000

Dispõe sobre a concessão de meia-entrada para maiores de 65anos e portadores de deficiência nos espetáculos culturais,artísticos e esportivos promovidos ou subsidiados pelo governomunicipal ou órgão da administração indireta.

Armando Mellão Neto, Presidente da Câmara Municipal de SãoPaulo, faz saber que a Câmara Municipal de São Paulo, de acordocom o § 7º do art. 42 da Lei Orgânica do Município de São Paulo,promulga a seguinte lei:

Art. 1° - Será concedido desconto de 50% nos ingressos aosmaiores de 65 anos e portadores de deficiência nos espetáculosculturais, artísticos ou esportivos promovidos ou subsidiados pelogoverno municipal ou órgão da administração indireta.

Art. 2° - A concessão da licença para os espetáculos estarácondicionada a:

1) Concessão de descontos de 50% de que trata o artigo anterior;

2) Acesso facilitado, com eliminação de barreiras arquitetônicas.

Art. 3° - O Executivo regulamentará a presente lei no prazo detrinta dias contados da sua publicação.

Art. 4° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicaçãorevogadas as disposições em contrário.

Câmara Municipal de São Paulo, aos 23 de março de 2000.

Armando Mellão Neto. Presidente.

Lei nº 13.131, de 18 de maio de 2001

Disciplina a criação, propriedade, posse, guarda, uso e transportede cães e gatos no Município de São Paulo.

Marta Suplicy, Prefeita do Município de São Paulo, no uso dasatribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a CâmaraMunicipal, em sessão de 18 de abril de 2001, decretou e eu promulgoa seguinte lei:

Art. 1° - É livre a criação, propriedade, posse, guarda, uso etransporte de cães e gatos de qualquer raça ou sem raça definidano Município de São Paulo, desde que obedecida a legislaçãomunicipal, estadual e federal vigente.

..........................................

Art. 22 - Em estabelecimentos comerciais de quaisquer natureza,a proibição ou liberação da entrada de animais fica a critério dosproprietários ou gerentes dos locais, obedecidas as leis e normasde higiene e saúde.

§ 1º - Os cães guias para deficientes visuais devem ter livreacesso a qualquer estabelecimento, bem como aos meios detransporte público coletivo.

§ 2º - O deficiente visual deve portar sempre documento,original ou sua cópia autêntica, fornecido por entidadeespecializada no adestramento de cães condutores habilitandoo animal e seu usuário.

..........................................

..........................................

Câmara Municipal de São Paulo, 17 de setembro de 2001.

José Eduardo Cardozo. Presidente.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Lei nº 13.224, de 27 de novembro de 2001

Institui a “Semana de Prevenção às Deficiências”, a ser realizada,anualmente, no período de 21 a 28 de agosto, e dá outras providências.

MARTA SUPLICY, Prefeita do Município de São Paulo, no uso dasatribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a CâmaraMunicipal de São Paulo, nos termos do disposto no inciso I doartigo 84 do seu Regimento Interno, decretou e eu promulgo aseguinte lei:

Art. 1º - Fica instituída, no âmbito do Município de São Paulo,a”Semana de Prevenção às Deficiências”, a ser realizada,anualmente, no período de 21 a 28 de agosto.

Parágrafo único - A semana ora instituída passará a constar doCalendário Oficial de Datas e Eventos do Município.

Art. 2º - Durante essa semana serão realizadas palestras ecampanha informativa sobre a prevenção de deficiências.

Art. 3º - O Poder Executivo regulamentará a presente lei no prazode 60 (sessenta) dias, contados a partir da sua publicação.

Art. 4º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrãopor conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadasse necessário.

Art. 5º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 27 de novembro de 2001.

Marta Suplicy. Prefeita.

Decreto nº 42.259, de 6 de agosto de 2002

Regulamenta a Lei nº 13.224, de 27 de novembro de 2001, queinstituiu a “Semana de Prevenção às Deficiências”.

MARTA SUPLICY, Prefeita do Município de São Paulo, no uso dasatribuições que lhe são conferidas por lei,

D E C R E T A:

Art. 1º - A Lei nº 13.224, de 27 de novembro de 2001, que instituiua “Semana de Prevenção às Deficiências”, fica regulamentada nostermos deste decreto.

Art. 2º - A “Semana de Prevenção às Deficiências” será realizada,anualmente, no período de 21 a 28 de agosto, e consistirá dedebates, seminários e palestras, priorizando a prevenção dedeficiências.

Parágrafo único - A prevenção de deficiências a que alude o “caput”deste artigo abrangerá a prevenção primária, que se desenvolvemediante ações de promoção da saúde e de proteção da integridadefísica e psíquica dos cidadãos; a prevenção secundária, mediantedetecção, diagnóstico, prevenção de incapacidades e intervençãoprecoce, e a prevenção terciária, mediante ações destinadas alimitar ou reduzir a deficiência do indivíduo.

Art. 3º - Caberá às Secretarias Municipais, em especial a SecretariaMunicipal da Saúde, a Secretaria Municipal de Educação, aSecretaria Municipal de Assistência Social e a Secretaria Municipalde Esportes, Lazer e Recreação, bem como ao Conselho Municipalda Pessoa Deficiente, a divulgação de informações à população,destacando medidas preventivas das deficiências.

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

Parágrafo único - A divulgação das informações a que se refere o“caput” deste artigo far-se-á mediante a distribuição de folhetos,cartazes e cartilhas, bem como por intermédio dos meios decomunicação, inclusive com a apresentação de vídeos educativose a promoção de eventos culturais correlacionados ao tema.

Art. 4º - Das atividades desenvolvidas na “Semana de Prevençãoàs Deficiências” poderão participar lideranças de movimentos eorganizações de pessoas com deficiências, e seus familiares,visando a obter contribuições com conteúdos específicos.

Art. 5º - A “Semana de Prevenção às Deficiências” deverá abordartodos os tipos de deficiências, sejam as físicas, as mentais, asauditivas, as visuais ou as múltiplas, sejam as de caráter transitórioou permanente, bem como suas causas, considerando os indivíduosnos diferentes ciclos da vida, de forma a garantir, inclusive, aabordagem de especificidades.

Art. 6 º - As atividades da “Semana de Prevenção às Deficiências”deverão se pautar pelas recomendações do Programa de AçãoMundial para as Pessoas com Deficiência, constante da Resoluçãonº 37/52, da Organização das Nações Unidas - ONU, bem comopelas Normas de Equiparação de Oportunidades para Pessoascom Deficiência, constantes da Resolução nº 48/96, da ONU epela Política Nacional de Prevenção das Deficiências.

Art. 7º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 6 de agosto de 2002.

Marta Suplicy. Prefeita.

Lei nº 13.383, de 3 de julho de 2002

Dispõe sobre a concessão de aposentadoria em razão dedoença grave, contagiosa ou incurável, regulamentando o artigo166, inciso I da Lei nº 8.989, 29 de outubro de 1979 e dá outrasprovidências.

Marta Suplicy, Prefeita do Município de São Paulo, no uso dasatribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a CâmaraMunicipal, em sessão de 26 de junho de 2002, decretou e eupromulgo a seguinte lei:

Art. 1° - Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis,para as finalidades do artigo 166, inciso I da Lei nº 8.989/79, todosos distúrbios mentais e comportamentais graves, esclerosemúltipla, distúrbios ósteo-musculares e traumatismosincapacitantes, neoplasia maligna, distúrbios metabólicos graves,Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS, paralisia irreversívele incapacitante, doenças cardiovasculares graves, cegueira posteriorao ingresso no serviço público, doença de Parkinson em estágioinvalidante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estadosavançados do mal de Paget (osteíte deformante), osteomielite,hepatopatia grave, pneumopatia crônica com insuficiênciarespiratória incapacitante, ou outras que lei posterior indicardecorrentes de novas descobertas da medicina.

Art. 2° - O servidor público acometido de quaisquer das patologiasmencionadas no artigo 1º, que o incapacitem definitivamente parao serviço público, será aposentado com proventos integrais.

§ 1º - A constatação da incapacidade será feita por junta médicapericial, constituída por 3 (três) membros e designada peloDiretor do Departamento de Saúde do Trabalhador Municipal -

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Foto cedida pela ABDC

Paraolimpíadas Atenas 2004

DESAT, que homologará o laudo pericial.

§ 2º - Somente será concedida a aposentadoria após parecer favorável da maioria dosmembros componentes da junta médica.

§ 3° - A requerimento do interessado, a decisão da junta referida no parágrafo 1º poderáser revista em grau de recurso, por outra junta médica designada pelo Diretor doDepartamento de Saúde do Trabalhador Municipal - DESAT, constituída por trêsmembros, ficando vedada a participação de quaisquer dos integrantes da junta queemitiu a decisão objeto da revisão.

Art. 3° - Ao servidor que ingressou no serviço público nos termos da Lei nº 11.276, de 12 denovembro de 1992, não será deferida aposentadoria por invalidez em virtude de deficiênciaexistente na data do ingresso, salvo se dela advierem complicações que venham a produzirincapacidade total.

Art. 4° - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta das dotaçõesorçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 5° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições emcontrário, em especial a Lei nº 9.065, de 27 de maio de 1980.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 3 de julho de 2002, 449º da fundação de SãoPaulo.

Marta Suplicy, Prefeita.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei n° 13.398, de 31 de julho de 2002

Dispõe sobre o acesso de pessoas portadoras de deficiência acargos e empregos públicos da Prefeitura do Município de SãoPaulo, nos limites que especifica, e dá outras providências.

Marta Suplicy, Prefeita do Município de São Paulo, no uso dasatribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a CâmaraMunicipal, em sessão de 18 de julho de 2002, decretou e eu promulgoa seguinte lei:

Art. 1° - Às pessoas portadoras de deficiência física, sensorialou mental, nos limites estabelecidos por esta lei, fica asseguradoo direito de se inscreverem nos concursos públicos realizados noâmbito da Prefeitura do Município de São Paulo, para provimentode cargos e empregos públicos, desde que as deficiências sejamcompatíveis com as atribuições destes.

Art. 2° - Para os efeitos desta lei considera-se:

I - deficiência física - a alteração total ou parcial de um oumais segmentos do corpo humano, apresentando-se sob a formade ausência total ou parcial de membros, congênita ou adquirida,ou manifestando-se pela perda ou redução de função física,excluídas as deformidades estéticas e as que não acarretamlimitação da função do segmento corporal envolvido;

II - deficiência sensorial, nas modalidades:

a) visual, como segue:

1 - cegueira - a ausência total de visão ou acuidade visual nãoexcedente a 1/10 (um décimo) pelos optótipos de Snellen, nomelhor olho, após correção ótica, ou campo visual menor ouigual a 20% (vinte por cento), no melhor olho, desde que sem

auxílio de aparelhos que o aumentem;

2 - ambliopia - a insuficiência de acuidade visual, de formairreversível, considerando-se ocorrente a incapacitação quandoa visão se situe na faixa de 1/10 (um décimo) a 3/10 (trêsdécimos) pelos optótipos de Snellen, após correção ótica.

b) auditiva, como segue:

1 - surdez - ausência total de audição ou perda auditiva médiaigual ou superior a 80 (oitenta) decibéis, nas freqüências de 500(quinhentos), 1000 (um mil), 2000 (dois mil) e 4000 (quatro mil)hertz;

2 - baixa acuidade auditiva - perda auditiva média entre 30(trinta) e 80 (oitenta) decibéis, nas freqüências de 500(quinhentos), 1000 (um mil), 2000 (dois mil), 3000 (três mil) e4000 (quatro mil) hertz ou em outras, conforme as atribuições etarefas do cargo ou emprego público as quais alude o artigo 5ºdesta lei, má discriminação vocálica, qual seja, igual ou inferiora 30% (trinta por cento), e conseqüente inadaptação ao uso deprótese auditiva, tomando-se como referência o melhor ouvido.

III - deficiência mental - o funcionamento intelectual inferior àmédia, com manifestação anterior aos dezoito anos de idade eprejuízo da capacidade adaptativa, desde que constatadas,simultaneamente, as seguintes condições:

a) funcionamento intelectual geral situado na faixa de Q.I.(quociente de inteligência) entre 60 e 75, obtido por meio detestes psicométricos padronizados para a população brasileira;

b) revelação de capacidade de independência social eeconômica, refletindo comportamento adaptativo suficiente,próprio do deficiente mental leve, em avaliação por meio deentrevistas e testes projetivos.

Art. 3° - Nos concursos públicos realizados no âmbito da Prefeiturado Município de São Paulo, deverá ser reservado percentual de nomínimo 5% (cinco por cento) e no máximo 10% (dez por cento)dos cargos ou empregos disponibilizados nos respectivos certames,para provimento dentre as pessoas portadoras de deficiências

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423

PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

enquadradas na conformidade desta lei.

§ 1º - O percentual a que se refere o caput será definido pelotitular da Secretaria Municipal responsável pela realização doconcurso, mediante prévia e justificada solicitação da respectivacomissão organizadora.

§ 2º - Na hipótese de a aplicação do percentual resultar númerointeiro e número fracionado, a fração será arredondada para 1(um) cargo, se igual ou superior a 0,5 (cinco décimos).

Art. 4° - O edital do concurso público deverá conter:

I - o número de cargos ou empregos públicos vagosdisponibilizados para o concurso, bem como o percentualcorrespondente à reserva destinada às pessoas portadorasde deficiência;

II - a discriminação das atribuições e tarefas essenciais do cargoou emprego público;

III - a previsão de adaptação das provas, do curso paracapacitação ou formação, quando for o caso, e do estágioprobatório, conforme a deficiência do candidato;

IV - a exigência de apresentação, pelo candidato portador dedeficiência, no ato da inscrição, de declaração descritiva dadeficiência de que é portador, acompanhada de atestado médicoespecificando a espécie e o grau ou nível da deficiência, comexpressa referência ao código correspondente da ClassificaçãoInternacional de Doenças - CID, bem como a sua provável causa.

Art. 5° - O candidato portador de deficiência inscrito emconformidade com esta lei prestará o concurso juntamente com osdemais candidatos, obedecidas às mesmas exigências quanto aosrequisitos para provimento dos cargos ou empregos públicos, aoconteúdo das provas, à avaliação e critérios de aprovação, aoshorários e locais de aplicação das provas e à nota mínimanecessária.

Parágrafo único - Poderão ser requeridas pela pessoaportadora de deficiência, no prazo estabelecido em edital,condições especiais para a realização das provas, ficando a

solicitação sujeita à análise quanto à pertinência e viabilidadede seu atendimento, consistentes em:

a) tratamento diferenciado nos dias de realização das provas,indicando as condições especiais de que necessita;

b) tempo adicional para a realização das provas, com justificativaacompanhada de parecer emitido por especialista na área desua deficiência.

Art. 6° - A publicação do resultado definitivo do concurso públicoserá feita em duas listas, contendo, a primeira, a classificação detodos os candidatos aprovados, inclusive a das pessoasportadoras de deficiência, e, a segunda, apenas a classificaçãodestas últimas.

Parágrafo único - Procedimento semelhante deverá ser adotadoem outras etapas do concurso, inclusive para fins de aplicaçãode critérios de habilitação e de aprovação previstos em edital.

Art. 7° - Serão nomeados, proporcional e concomitantemente, oscandidatos portadores de deficiência e os demais.

§ 1º - As nomeações incidirão, proporcional econcomitantemente, sobre as listas de candidatos aprovadosno concurso geral e específica das pessoas portadoras dedeficiência, observando-se, em relação a esta última, sempre,o percentual de reserva de vagas fixado no respectivo edital.

§ 2º - Se da aplicação do percentual de reserva de vagas sobrea lista específica, resultar número inteiro e número fracionado,observar-se-á o seguinte em relação à parte fracionada:

I - se igual ou superior a 0,5 (cinco décimos), arredondada para1 (um) cargo;

II - se inferior a 0,5 (cinco décimos), considerá-la nas nomeaçõesposteriores, esclarecendo-se tal circunstância por ocasião daocorrência do evento.

§ 3° - Ocorrendo a nomeação do mesmo candidato, inscritonos termos desta lei, simultaneamente nas listas geral eespecífica:

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424

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

I - prevalecerá a nomeação pela lista geral, ficando o candidatoautomaticamente excluído da lista específica;

II - no lugar do candidato excluído, na forma do inciso anterior,será automaticamente nomeado o candidato subseqüente dalista específica, respeitada a ordem de classificação desta.

Art. 8° - Sem prejuízo das exigências aplicáveis aos demaiscandidatos, inclusive a relativa ao exame médico admissional decaráter geral, na forma da legislação específica, o candidatoaprovado em concurso público nos termos desta lei sujeitar-se-á,por ocasião do ingresso, a exame médico específico e à avaliaçãotendente à verificação da compatibilidade da deficiência de que éportador com as atribuições do cargo ou emprego público almejado.

Parágrafo único - Em se tratando de concursos com exigênciade etapa de curso para capacitação e formação, o exame médicoespecífico e a avaliação de compatibilidade poderão serantecipados, conforme for estabelecido em edital.

Art. 9° - A realização do exame médico específico, sob acompetência do Departamento de Saúde do Trabalhador Municipal- DESAT, da Secretaria Municipal de Gestão Pública, tem porobjetivo constatar e descrever a deficiência do candidato, bemassim verificar o seu enquadramento nas categorias e limitesprevistos no artigo 2º desta lei e a sua correspondência com aqueladeclarada no ato de inscrição no concurso público.

§1º - Do resultado do exame médico específico caberá recurso,no prazo de até 3 (três) dias úteis contados do dia seguinte aoda sua publicação, dirigido ao diretor do Departamento de Saúdedo Trabalhador Municipal - DESAT, que designará junta médicapara a realização de novo exame.

§ 2º - A junta médica deverá ser integrada por médico daconfiança do interessado, desde que este assim requeira eindique na petição de interposição do recurso.

§ 3° - O resultado do exame médico específico, inicial e emgrau de recurso, será obrigatoriamente publicado no Diário Oficialdo Município.

§ 4° - Sendo desfavorável o resultado do exame médico

específico, o título de nomeação será tornado insubsistente,voltando o candidato, salvo nos casos de comprovada má-fé, aconcorrer apenas pela lista geral de candidatos aprovados,observando-se a ordem de classificação desta.

Art. 10 - A avaliação da compatibilidade da deficiência constatadano candidato com as atribuições do cargo ou emprego públicoalmejado, se favorável o resultado do exame médico específico,será procedida por comissão multidisciplinar específica, compostade:

I - dois médicos do Departamento de Saúde do TrabalhadorMunicipal - DESAT, da Secretaria Municipal de Gestão Pública,um deles preferentemente atuante na área de medicina dotrabalho;

II - dois titulares do cargo ou emprego público objeto do certame;

III - dois representantes do Conselho Municipal da PessoaDeficiente ou por este indicados;

IV - dois representantes da Secretaria Municipal competentepara a realização do concurso.

§ 1º - A comissão será constituída pelo titular da SecretariaMunicipal competente para a realização do concurso, a partirdas indicações requeridas ao Departamento de Saúde doTrabalhador Municipal - DESAT, da Secretaria Municipal deGestão Pública, à Secretaria na qual se concentre o maiornúmero de ocupantes do cargo ou emprego público objeto docertame, bem assim ao Conselho Municipal da PessoaDeficiente.

§ 2º - À comissão caberá emitir parecer fundamentado econclusivo em cada caso, considerando os seguintes fatores,sem prejuízo de outros julgados necessários:

I - o teor do relatório resultante do exame médico específico;

II - a natureza das atribuições e tarefas essenciais do cargo ouemprego público a desempenhar;

III - a possibilidade de uso, pelo candidato, de equipamento ououtros meios que habitualmente utilize;

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Foto Roberto Navarro

Meninos desenhando - Associação Brasileirade Distrofia Muscular - ABDIM

IV - a Classificação Internacional de Doenças - CID e outros padrões reconhecidosnacional e internacionalmente, quando exigíveis.

§ 3° - Remanescendo dúvidas, poderá a comissão determinar a realização de avaliaçãoprática, consistente no exercício de atividades inerentes ao cargo ou emprego públicoalmejado, com as adaptações que se fizerem necessárias conforme a deficiência docandidato, considerando-se compatível a deficiência se houver aproveitamentosatisfatório de, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) das atividades.

§ 4° - A comissão fará publicar a conclusão da avaliação no Diário Oficial do Município,no prazo de 20 (vinte) dias contados da data da publicação do resultado definitivo doexame médico específico.

Art. 11 - Da decisão da comissão, apenas na hipótese de não ter sido realizada a avaliaçãoprática, caberá recurso fundamentado e documentado dirigido ao titular da Secretariaresponsável pela realização do concurso público, no prazo de 3 (três) dias contados desua publicação.

Parágrafo único - Se acolhido o recurso, será processada a avaliação prática naforma do artigo 10, devendo o resultado ser publicado no prazo de 20 (vinte) dias,contados da data da publicação desse acolhimento.

Art. 12 - Será tornado sem efeito o título de nomeação do candidato cuja deficiência forconsiderada incompatível com as atribuições do cargo ou emprego público almejado.

Art. 13 - Os portadores de processos mórbidos degenerativos ou progressivos, uma vezinstalados, independentemente desses processos acometerem órgãos, membros oufunções, unilateral ou bilateralmente, não serão enquadrados nesta lei.

Art. 14 - A deficiência existente não poderá ser argüida para justificar a readaptaçãofuncional ou a concessão de aposentadoria, salvo se dela advierem complicações quevenham a produzir incapacidade ocupacional parcial ou total.

Art. 15 - Após o ingresso das pessoas portadoras de deficiência no serviço público,ser-lhe-ão asseguradas condições ao exercício das funções para as quais foram aprovadas,bem como para a participação em concursos de acesso.

Art. 16 - Qualquer pessoa poderá, e o servidor público deverá, comunicar ao órgão do

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Ministério Público competente, violações a direitos e garantiasassegurados nesta lei.

Art. 17 - As disposições contidas nesta lei aplicam-se, no quecouber, às autarquias e fundações públicas municipais.

Art. 18 - As despesas com a execução desta lei correrão por contadas dotações orçamentárias próprias, suplementadas senecessário.

Art. 19 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário, especialmente a Lei nº11.276, de 12 de novembro de 1992.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 31 de julho de 2002.

Marta Suplicy. Prefeita.

Lei nº 13.430, de 13 de setembro de 2002

Plano Diretor Estratégico.

MARTA SUPLICY, Prefeita do Município de São Paulo, no uso dasatribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a CâmaraMunicipal, em sessão de 23 de agosto 2002, decretou e eu promulgoa seguinte lei:

..........................................

Art. 22 - As ações do Poder Público devem garantir atransversalidade das políticas de gênero e raça, e as destinadasàs crianças e adolescentes, aos jovens, idosos e pessoasportadoras de necessidades especiais, permeando o conjuntodas políticas sociais e buscando alterar a lógica da desigualdade ediscriminação nas diversas áreas.

..........................................

Art. 26 - Os objetivos, as diretrizes e ações estratégicas previstosneste Plano estão voltados ao conjunto da população do Município,destacando-se a população de baixa renda, as crianças, osadolescentes, os jovens, os idosos, as mulheres, os negros eas pessoas portadoras de necessidades especiais.

..........................................

Art. 32 - São ações estratégicas no campo da Educação:

..........................................

§ 4° - São ações estratégicas para a Educação Especial:

a) promover reformas nas escolas regulares, dotando-as com

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

recursos físicos, materiais, pedagógicos e humanos parao ensino aos portadores de necessidadeseducacionais especiais;

..........................................

Art. 35 - São ações estratégicas no campo da Saúde:

..........................................

X - promover ações para os portadores de necessidadesespeciais nos diferentes níveis de atenção à saúde, visando àmelhoria de qualidade de vida;

..........................................

Art. 37 - São diretrizes da Assistência Social:

..........................................

XIV - o desenvolvimento das potencialidades dos portadoresde necessidades especiais, por meio de sua inserção na vidasocial e econômica;

..........................................

Art. 38 - São ações estratégicas da Assistência Social:

..........................................

§ 4° - São ações estratégicas relativas aos portadores denecessidades especiais:

I - garantir o acesso do portador de necessidadesespeciais a todos os serviços oferecidos pelo PoderPúblico Municipal;

II - oferecer atendimento especializado ao portador denecessidades especiais no âmbito da Assistência Social.

..........................................

Art. 43 - São diretrizes do campo de Esportes, Lazer e Recreação:

II - a garantia do acesso dos portadores denecessidades especiais a todos os equipamentos esportivosmunicipais;

..........................................

Art. 68 - São diretrizes para o Sistema de Drenagem Urbana:

IV - o desenvolvimento de projetos de drenagem que considerem,entre outros aspectos, a mobilidade de pedestres e portadoresde deficiência física, a paisagem urbana e o uso paraatividades de lazer;

..........................................

Art. 81 - São ações estratégicas da Política Habitacional:

..........................................

VI - reservar parcela das unidades habitacionais para oatendimento aos idosos, aos portadores de necessidadesespeciais e à população em situação de rua;

..........................................

Art. 82 - São objetivos da política de Circulação Viária e deTransportes:

..........................................

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

IX - ampliar e melhorar as condições de circulação de pedestrese de grupos específicos, como idosos, portadores dedeficiência especial e crianças;

................................................

Art. 84 - São ações estratégicas da política de Circulação Viária ede Transportes:

..........................................

VI - criar programa de adaptação dos logradouros paramelhorar as condições de circulação de pedestres e degrupos específicos, como idosos, portadores denecessidades especiais e crianças;

VII - promover gradativamente a adequação da frota de transportecoletivo às necessidades de passageiros portadores denecessidades especiais;

VIII - implantar gradativamente semáforos sonoros nos principaiscruzamentos viários da Cidade, para a segurança da locomoçãodos deficientes visuais;

..........................................

..........................................

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 13 de setembro de2002.

Marta Suplicy. Prefeita.

Decreto nº 44.667, de 26 de abril de 2004

Regulamenta as disposições da Lei nº 13.430, de 13 de setembrode 2002, que institui o Plano Diretor Estratégico, relativas às ZonasEspeciais de Interesse Social e aos respectivos Planos deUrbanização, e dispõe sobre normas específicas para a produçãode Empreendimentos de Habitação de Interesse Social, Habitaçãode Interesse Social e Habitação do Mercado Popular.

Marta Suplicy, Prefeita do Município de São Paulo, no uso dasatribuições que lhe são conferidas por lei,

decreta:

..........................................

CAPÍTULO IVDas Habitações de Interesse Social - HIS

..........................................

SEÇÃO IIIDo Conjunto Horizontal

..........................................

Art. 42 - O Conjunto Horizontal com mais de 20 (vinte) unidadesdeverá prever condições de adaptação para uso da populaçãoportadora de deficiência física de, no mínimo, 3% (três porcento) das unidades habitacionais, preferencialmente naquelaslocalizadas junto ao acesso do empreendimento e às áreas comuns.

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Foto Marco A. Cardelino

Artesanato - Associação Brasileira deEsclerose Múltipla - ABEM

Parágrafo único - Deverá ser garantida a acessibilidade para deficientes físicos atodas as áreas de uso comum do conjunto, observada a legislação aplicável à matéria.

..........................................

SEÇÃO IVDo Conjunto Vertical

..........................................

Art. 49 - O Conjunto Vertical deverá prever condições de adaptação para uso dapopulação portadora de deficiência física de, no mínimo, 3% (três por cento) dasunidades habitacionais, preferencialmente naquelas localizadas junto aoacesso do empreendimento e às áreas comuns.

Parágrafo único - Deverá ser garantida a acessibilidade para a população portadorade deficiência física a todas as áreas de uso comum do conjunto, observada alegislação aplicável à matéria.

CAPÍTULO VDo Parcelamento do Solo de Interesse Socila

..........................................

SEÇÃO IIDa Infra-Estrutura, Terraplanagem e Paisagismo

Art. 58 - Os loteamentos destinados a EHIS deverão ser projetados e executados deforma a assegurar as seguintes condições mínimas de infra-estrutura:

..........................................

V - guia rebaixada nos passeios, em todos os cruzamentos, para utilização pordeficientes físicos, de acordo com as normas técnicas em vigor;

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

..........................................

..........................................

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 26 de abril de 2004.

Marta Suplicy. Prefeita.

Lei nº 13.714, de 7 de janeiro de 2004

Dispõe sobre a implantação de dispositivos para instalação deequipamento de telefonia destinado ao uso de pessoas portadorasde deficiência auditiva, deficiência da fala e surdas, em edificaçõesque especifica, e dá outras providências.

MARTA SUPLICY, Prefeita do Município de São Paulo, no uso dasatribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a CâmaraMunicipal, em sessão de 27 de novembro de 2003, decretou e eupromulgo a seguinte lei:

Art. 1° - Em todas as edificações públicas e privadas onde hajaacesso público deverão ser implantados dispositivos quepossibilitem a instalação de equipamento de telefonia para pessoasportadoras de deficiência auditiva, deficiência da fala e surdas.

Parágrafo único - Dentre os usos que caracterizam acessopúblico a edificações se incluem: escolas, hospitais, postos desaúde, estações e terminais de transporte, creches, instituiçõesfinanceiras e prestadoras de serviços, comércio.

Art. 2° - O disposto nesta lei é condição obrigatória para novasconstruções e para reformas em instalações elétricas ou detelefonia, sendo facultativo para os demais casos.

§ 1º - Os dispositivos a que se refere esta lei deverão estar emacordo com as normas técnicas aplicáveis e em condições dereceber a instalação de linha telefônica e de aparelho apropriadoao uso preconizado tão logo contratados os serviços comempresa concessionária de telefonia.

§ 2º - Os equipamentos de telefonia a que se refere esta leideverão estar devidamente certificados pelo órgão federalcompetente.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Art. 3° - A existência efetiva do serviço de comunicação objetivadopor esta lei, será caracterizada pela vinculação dos aparelhos comcentrais de atendimento de voz, através das quais as pessoasportadoras de deficiência auditiva, deficiência da fala e surdaspossam estabelecer o contato com interlocutores usuários deaparelhos-padrão.

Art. 4° - À Prefeitura cabe o apoio institucional de estímulo àinstalação dos dispositivos e equipamentos referidos no artigo 1ºdesta lei, bem como a campanhas voltadas para a conscientizaçãoda população quanto à existência do serviço em suas unidadesadministrativas.

Parágrafo único - Como parte do disposto neste artigo, aPrefeitura definirá o ícone de identificação visual para os locaiscom oferta do serviço.

Art. 5° - Entidades públicas ou privadas poderão propor àAdministração Municipal a celebração de convênios para instalação,operação, conservação e manutenção dos equipamentos e serviçosassociados aos objetivos desta lei.

Art. 6° - A regulamentação desta lei, no que couber, seráestabelecida no prazo de 60 (sessenta) dias da data de suapublicação.

Art. 7° - As despesas decorrentes da execução desta lei correrãopor conta de dotações orçamentárias próprias, se necessáriosuplementadas.

Art. 8° - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadasas disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 7 de janeiro de 2004.

Marta Suplicy, Prefeita.

Lei nº 14.012, de 23 de junho de 2005

Cria o Disque-Informações para o Deficiente Visual, e dá outrasprovidências.

JOSÉ SERRA, Prefeito do Município de São Paulo, no uso dasatribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a CâmaraMunicipal, em sessão de 11 de maio de 2005, decretou e eupromulgo a seguinte lei:

Art. 1º - Fica criado o Disque-Informações para o Deficiente Visual,serviço de atendimento para a divulgação dos cursos e eventosdestinados aos portadores de deficiência visual do Município deSão Paulo.

Art. 2º - O Executivo deverá zelar para que, através das rádios, osnúmeros das linhas telefônicas disponibilizadas para o Disque-Informações para Deficientes Visuais obtenha uma amplapublicidade junto aos portadores de deficiência visual.

Art. 3º - O Executivo regulamentará o disposto nesta lei no prazode 60 (sessenta) dias, a contar da data de sua publicação.

Art. 4º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrãopor conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadasse necessário.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 23 dejunho de 2005.

JOSÉ SERRA, PREFEITO

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei nº 14.073, de 18 de outubro de 2005

Dispõe sobre a criação do Programa Municipal para Cuidar dePolíticas Públicas e Ações Voltadas às Pessoas com DeficiênciaVisual, no âmbito do Município de São Paulo.

JOSÉ SERRA, Prefeito do Município de São Paulo, no uso dasatribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a CâmaraMunicipal, em sessão de 14 de setembro de 2005, decretou e eupromulgo a seguinte lei:

Art. 1º - Fica criado o Programa Municipal para Cuidar de PolíticasPúblicas e Ações Voltadas às Pessoas com Deficiência Visual,com os seguintes objetivos:

I - garantir o acesso, ingresso e permanência da pessoa comdeficiência visual em todos os equipamentos públicos oferecidosà comunidade;

II - desenvolver projetos voltados às necessidades da pessoacom deficiência visual em todas as áreas da administraçãopública municipal direta, indireta e autárquica;

III - garantir, no âmbito municipal, a aplicação da legislaçãofederal e estadual existentes;

IV - (VETADO)

V - garantir aos funcionários públicos com deficiência visual astecnologias assistivas necessárias ao bom desempenho desuas funções;

VI - adequar todas as unidades e espaços públicos de saúde,ensino e cultura para garantir acessibilidade às pessoas comdeficiência visual em todo ambiente interno e externo, incluindoáreas comuns;

VII - garantir a capacitação de recursos humanos para oatendimento das necessidades da pessoa com deficiência visual

nas atividades de esporte, lazer e recreação;

VIII - adaptar e instalar nos espaços de uso público sinalizaçãosonora e tátil, de forma a fornecer a localização de pessoascom deficiência visual, tais como placas indicativas com o nomedas ruas, linhas de ônibus e seus itinerários e principais edifíciosde uso público;

IX - garantir o cumprimento da Lei Municipal n° 13.241/01, art.3º, que institui o sistema de transporte público na cidade eestabelece que todo ele deve ser acessível às pessoas comdeficiências;

X - garantir o rebaixamento de guias e calçadas, conformelegislação vigente;

XI - garantir a fiscalização da construção, manutenção e o bomuso de calçadas, passeios e outros espaços para pedestres,garantindo a eliminação de barreiras e outros elementos queprovoquem impedimento, risco ou dificuldades para a locomoçãode pessoas com deficiência visual.

Art. 2º - Este Programa deverá atingir todas as áreas daadministração pública municipal direta, indireta e autárquica.

Art. 3º - Visando a implantação dos objetivos previstos nesta lei,faculta-se à Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência eMobilidade Reduzida do Município de São Paulo a celebração deconvênios e demais ajustes permitidos pela legislação, inclusivetransferência de numerário e materiais, com entidades privadas eoutras.

Art. 4º - Ao titular da pasta da Secretaria Especial da Pessoa comDeficiência e Mobilidade Reduzida do Município de São Paulocompetirá:

I - nomear equipe de coordenação deste Programa;

II - assinar, representando a Prefeitura Municipal de São Paulo,os convênios, acordos, ajustes e contratos e outrosinstrumentos pertinentes.

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Foto Marco A. Cardelino

Alex Gomes Alves (atleta) - Sessão Solene naAssembléia Legislativa de São Paulo emhomenagem aos atletas paraolímpicos

Atenas - 2004

Art. 5º - As Secretarias Municipais, bem como os demais órgãos e entidades daadministração direta e indireta do Município deverão, sempre que solicitadas, prestar acolaboração necessária para a manutenção deste Programa.

Art. 6º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta de dotaçõesorçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 7º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições emcontrário.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 18 de outubro de 2005.

JOSÉ SERRA, PREFEITO

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Decreto nº 4.883, de 22 de setembro de 1960

Dispõe sobre a criação do Instituto Municipal de Educação deSurdos e dá outras providências.

Art. 1° - Fica autorizado, em caráter provisório, o funcionamentodo Instituto Municipal de Educação de Surdos, diretamentesubordinado à Secretaria de Educação e Cultura.

Art. 2° - O Instituto de que trata o artigo anterior funcionará noprédio localizado no Jardim da Aclimação, no bairro do mesmonome, e promoverá o ensino especializado e profissional decrianças e de adolescentes surdos.

Art. 3° - Para o desenvolvimento do ensino previsto, ficam criadasou ampliadas as séries funcionais de extranumerários-mensalistase funções de extranumerários-diaristas, da forma seguinte.

I - Séries funcionais de extranumerários-mensalista

a) Encarregado de

InstitutoXIV 1

b) Assistente Técnico XII 1

c) Assistente

Administrativo (NR)XII 1

- Redação dada pelo art. 1° do Decreto n° 4.997, de

14/12/1960

d) Professor de Educação

FísicaVIII 2

e) Professor de Cultura

TécnicaX 3

f) Médico

OtorrinolaringologistaXVIII 1

g) Educador Sanitário VIII 1

h) Nutricionista VIII 1

i) Técnico de

ContabilidadeVII 1

j) Professor especializado

na educação de SurdosX 15 (NR)

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

§ 1° - As funções de contínuo, serviçal, zelador, ficamclassificadas na classe “A-1”; as de cozinheiro e de ajudantede cozinheiro, nas classes “D-2” e “C-2”, respectivamente.

§ 2° - Para o provimento das séries funcionais e funções de quetrata o presente artigo, dar-se-á preferência ao pessoal que jávem prestando serviços junto à Escola Municipal de CriançasSurdas, observada, especialmente, sua comprovada habilitaçãona educação de surdos.

§ 3° - O corpo docente do Instituto Municipal de Educação deSurdos, ficará sujeito a regime de férias idêntico ao estabelecidopara o magistério primário municipal, pelo Decreto nº 4.580, de5 de fevereiro de 1960, observadas as respectivas funções, osdemais servidores lotadas no Instituto gozaram férias normaisdo funcionalismo municipal, de acordo com a escala elaboradana forma da lei.(NR)

- § 3º acrescentado pelo art. 1º do Decreto nº 4.997, de 14/12/1960.

Art. 4° - O pessoal integrante do Instituto Municipal de Educaçãode Surdos não poderá servir em qualquer outra unidade da Prefeitura,nem ser comissionado para prestação de serviços junto a entidadesestranhas à Prefeitura Municipal de São Paulo.

Art. 5° - As despesas decorrentes da execução deste Decretocorrerão por conta das dotações consignadas em verbasorçamentárias próprias.

Art. 6° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 22 de setembro de1960.

Adhemar Pereira de Barros. Prefeito.

Decreto nº 16.942, de 08 de outubro de 1980

Dispõe sobre os equipamentos a serem utilizados pelos ambulantesportadores de defeito físico de natureza grave, com área deatuação localizada nos passeios dos logradouros públicos, e dáoutras providências.

Reynaldo Emygdio de Barros, Prefeito do Município de São Paulo,usando das atribuições que lhe são conferidas por lei e, comfundamento nos artigos 39, incisos V e VI; 57, inciso I, letra “f”; 65,§ 3º, todos do Decreto-Lei Complementar Estadual nº 9, de 31 dedezembro de 1969, e na Lei nº 5.440, de 20 de dezembro de 1957,decreta:

Art. 1° - Os equipamentos utilizados pelos ambulantesportadores de defeito físico de natureza grave, com área deatuação localizada nos passeios dos logradouros públicos, deverãoapresentar as seguintes características:

I - dimensões máximas:

a) área de ocupação 2,00 m2;

b) altura 2,20 m;

c) área da cobertura 3,20 m2.

II - confecção em material resistente, liso e impermeável, demodo a permitir lavagem freqüente;

III - pintura em cor única, desde que azul, laranja ou verde;

IV - formato cilíndrico, retangular, oval ou quadrado;

V - rodas que possibilitem fácil deslocamento;

VI - sistema que possibilite total fechamento na ausência doresponsável, ou quando necessário;

VII - recipiente anexo ao equipamento principal, apropriado à

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436

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

coleta do lixo decorrente da atividade.

Parágrafo único - Não serão permitidos equipamentos semas características especificadas neste artigo.

Art. 2° - O disposto no presente Decreto não se aplica às áreasmunicipais integrantes da Praça da Sé e da Esplanada do Carmo,cedidas em permissão de uso à Empresa Municipal de Urbanização- EMURB, através do Decreto nº 16.761, de 7 de julho de 1980.

Art. 3° - Este Decreto entrará em vigor após 60 (sessenta) dias dadata de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 8 de outubro de 1980.

Reynaldo Emygdio de Barros. Prefeito.

Decreto nº 17.261, de 09 de abril de 1981

Dispõe sobre reserva de assento, em ônibus e tróleibus, destinadoao uso preferencial de pessoas portadoras de deficiência física,e dá outras providências.

Reynaldo Emygdio de Barros, Prefeito do Município de São Paulo,usando das atribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - As empresas, concessionárias e contratadas, que realizamo transporte coletivo de passageiros, reservarão, em cada ônibusou tróleibus, em local de fácil acesso, pelo menos um assentodestinado ao uso preferencial de pessoas portadoras dedeficiência física.

Art. 2° - As empresas sinalizarão os referidos assentos, para quesejam facilmente reconhecidos e identificados pelos usuários.

Art. 3° - A sinalização de que trata o artigo anterior deverá obedeceràs normas estabelecidas pela Secretaria Municipal de Transportes.

Art. 4° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 9 de outubro de 1980.

Reynaldo Emygdio de Barros. Prefeito do Município

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto n° 17.593, de 14 de outubro de 1981

Permite, a título precário e remunerado, nas áreas situadas naspontas das feiras livres, a venda de produtos diversos, e dá outrasprovidências.

Reynaldo Emygdio de Barros, Prefeito do Município de São Paulo,usando das atribuições que lhe são conferidas por lei, e

Considerando a necessidade de se coibir a prática do comércioirregular e de se disciplinar o uso das passagens nas feitas livresdo Município,

em toda a sua extensão, a fim de permitir o livre trânsito doconsumidor;

Considerando que, via de regra, essa atividade, não regulamentada,vem sendo exercida por pessoas carentes e sem possibilidade deingresso no mercado de trabalho;

Considerando, finalmente, a necessidade de se manter,integralmente preservados, os direitos dos feirantes tradicionais,decreta:

Art. 1° - Fica permitido, a título precário remunerado, nas pontasde feiras livres, o comércio exercido por deficientes físicos,sexagenários e carentes sócio-econômicos, não-enquadrados nacategoria de feirantes.

Art. 2° - As permissões previstas neste Decreto somente poderãoser outorgadas a pessoas físicas, as quais serão classificadas

como “feirantes de ponta-de-feira”.

Art. 3° - Os equipamentos destinados ao comércio nas pontas-de-feira serão constituídos de tabuleiros descobertos, cuja metragemnão poderá exceder a 1,00 x 1,00 m.

Art. 4° - O preço de utilização de área para essa modalidade decomércio fica fixado em 10% (dez por cento) da Unidade de ValorFiscal do Município de São Paulo - UFM, por trimestre.

Art. 5° - Os permissionários de pontas-de-feira serão enquadradosem grupos de comércio, especificados pela Secretaria dasAdministrações Regionais, que não conflitem com a atividade dosfeirantes.

Art. 6° - Os equipamentos ou mercadorias colocados em localdiverso de que for determinado pela Administração serãoapreendidos e seus responsáveis terão as permissõesdefinitivamente cassadas.

Art. 7° - As condições de outorga e cassação da permissão, oscritérios, para o enquadramento dos interessados nas condiçõesprevistas no artigo 1°, bem como a regulamentação geral daatividade, serão estabelecidos em portaria do Secretário dasAdministrações Regionais.

Art. 8° - O presente Decreto entrará em vigor na data de suapublicação, revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 14 de outubro de 1981.

Reynaldo Emygdio de Barros. Prefeito.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Decreto nº 21.994, de 10 de março de 1986

Proíbe a localização de vendedores ambulantes na zona central, edá outras providências.

Jânio da Silva Quadros, Prefeito do Município de São Paulo, usandodas atribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - Fica expressamente vedado o comércio ambulante nasáreas e logradouros públicos situados na zona central da Cidade,como configurado no croqui que, rubricado pelo Senhor Prefeitofica fazendo parte integrante do presente Decreto.

Art. 2° - Observada a vedação estabelecida no artigo 1º, e mediantepronunciamento favorável do Conselho Municipal da PessoaDeficiente, poderá ser permitido o exercício do comércio ambulantepor pessoas deficientes físicos e sexagenários em “áreas deatuação” previamente fixadas pelo Executivo.

Parágrafo único - Competirá à Secretaria das AdministraçõesRegionais - SAR, mediante prévia anuência do ConselhoMunicipal da Pessoa Deficiente estabelecer as “áreas deatuação”, atendido o disposto no caput deste artigo para finsde concessão de ponto fixo, sempre em caráter pessoal eintransferível.

Art. 3° - Os permissionários - deficientes físicos e sexagenários- deverão manter nos respectivos pontos o cartão de “AutorizaçãoEspecial”, contendo o “visto” da Prefeitura (Conselho Municipalda Pessoa Deficiente) e a fotografia do beneficiário.

Art. 4° - Ao exercício do comércio ambulante permitido na formaprevista neste Decreto aplicam-se, no que couber, as normas em

vigor pertinentes à matéria.

Art. 5° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 10 de março de 1986.

Jânio da Silva Quadros. Prefeito.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto nº 23.269, de 07 de janeiro de 1987

Dispõe sobre medidas destinadas a assegurar às pessoasdeficientes condições adequadas de participação em concursospúblicos e demais processos seletivos.

Jânio da Silva Quadros, Prefeito do Município de São Paulo, usandodas atribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - Os editais que regem os concursos públicos de ingresso,de transposição ou de seleção para a admissão de servidoresdeverão consignar, expressamente, determinações que propiciemàs pessoas deficientes condições para participar das provas demaneira compatível com a situação física de cada uma.

Art. 2° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 7 de janeiro de 1987.

Jânio da Silva Quadros. Prefeito.

Decreto nº 28.004, de 21 de agosto de 1989

Dispõe sobre a criação, junto à Secretaria dos NegóciosExtraordinários, do Conselho Municipal da Pessoa Deficiente -CMPD, e dá outras providências.

Luiza Erundina de Sousa, Prefeita do Município de São Paulo,usando das atribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - Fica criado, junto à Secretaria dos NegóciosExtraordinários, o Conselho Municipal da Pessoa Deficiente -CMPD, que terá como finalidade:

I - formular e encaminhar propostas ligadas à respectiva áreajunto à Prefeitura do Município de São Paulo, bem como prestarassessoramento e acompanhar a implementação de políticasde interesse da pessoa deficiente;

II - promover atividades que contribuam para a efetiva participaçãode pessoas deficientes na vida comunitária;

III - colaborar na defesa dos direitos das pessoas deficientes,por todos os meios legais que se fizerem necessários.

Parágrafo único - O Conselho Municipal da PessoaDeficiente - CMPD terá seu funcionamento estabelecido emRegimento Interno a ser aprovado pelos seus membros.

Art. 2° - O Conselho Municipal da Pessoa Deficiente - CMPDserá composto por 7 (sete) membros, nomeados pelo Secretáriodo Governo Municipal, garantida nessa composição, a participaçãode pelo menos um deficiente físico, um deficiente visual, umdeficiente auditivo, um deficiente orgânico e um representantede deficiente mental.(NR)

- Art. 2° com redação dada pelo art. 1º do Decreto nº 30.098, de 02/09/1991.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

§ 1º - O Conselho elegerá um de seus membros para exercersua Presidência, atribuindo aos demais as funções necessáriasao bom desempenho de suas finalidades.

§ 2º - O mandato dos membros do Conselho será de 1 (um)ano.

§ 3° - As funções dos membros do Conselho não serãoremuneradas, sendo consideradas de serviço público relevante.

§ 4° - Os casos de impedimentos e substituições dosConselheiros, bem assim os motivos relevantes que possamdeterminar tais providências, a serem apreciados em reuniãoampla, serão disciplinados no Regimento Interno do Conselho.

Art. 3° - A atuação do Conselho Municipal da Pessoa Deficiente- CMPD terá como base as decisões dos Encontros Municipais daPessoa Deficiente, não podendo a elas se sobrepor.

§ 1º - As questões supervenientes deverão ser decididas emreunião ampla, convocada pelo Conselho.

§ 2º - Não havendo tempo hábil para convocação de reunião,nos termos do § 1º , o Conselho poderá tomar decisões,submetendo-as à deliberação de uma reunião ampla, que deveráser convocada no prazo de 7 (sete) dias.

§ 3° - Se o Conselho não convocar a reunião no prazo previstono parágrafo anterior as Entidades de Deficientes poderãofazê-lo no prazo de 15 (quinze) dias, decorridos os quais aconvocação poderá ser promovida por qualquer pessoadeficiente.

Art. 4° - Anualmente será realizado o Encontro Municipal da PessoaDeficiente, para eleição dos membros do Conselho e definição oureavaliação de propostas e, a cada 3 (três) meses, uma reuniãoampla, com caráter de Encontro.

§ 1º - A convocação dos Encontros e Reuniões Amplas seráfeita por carta, divulgada em jornais, emissoras de rádio etelevisão e publicada no “Diário Oficial” do Município.

§ 2º - Os Encontros Municipais e Reuniões Amplas são abertos

à participação de todas as pessoas portadoras de deficiênciacom direito a voz e voto e a todos os demais interessados comdireito a voz.

Art. 5° - A Secretaria dos Negócios Extraordinários propiciará aoConselho as condições materiais e humanas necessárias ao seufuncionamento, considerada a previsão orçamentária.

Art. 6° - O Conselho Municipal da Pessoa Deficiente - CMPDpoderá manter contato direto com as diversas Secretarias e órgãosmunicipais, objetivando o encaminhamento de suas propostas.

Art. 7° - Das deliberações do Conselho Municipal da PessoaDeficiente - CMPD em suas várias instâncias, serão lavradas atasa serem registradas em livro próprio na Secretaria dos NegóciosExtraordinários.

Art. 8° - Ao Conselho Municipal da Pessoa Deficiente - CMPDé vedado servir de intermediário no repasse de recursos financeirosde quaisquer procedências.

Art. 9° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 21 de agosto de 1989.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

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Foto cedida pela AACD

Fisoterapia - Associação de Assistência àCriança Deficiente - AACD

Decreto nº 32.066, de 18 de agosto de 1992

Institui Programa de Atendimento aos Portadores de necessidades especiais, e dáoutras providências.

Luiza Erundina de Sousa, Prefeita do Município de São Paulo, usando das atribuições quelhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - Fica instituído o Programa de Atendimento aos Portadores de necessidadesespeciais, com a criação de Equipes Regionais e Central, integradas por servidores dasSecretarias Municipais de Educação, Bem-Estar Social e Saúde, objetivando o atendimentoaos portadores de necessidades especiais nas creches e escolas municipais, com aparticipação dos Serviços de Saúde.

Art. 2° - Entende-se por necessidades especiais o conjunto de problemas apresentadospelos alunos, decorrentes de deficiências de condições de saúde que os expõem àdiscriminação e exclusão dos equipamentos sociais e do processo pedagógico, exigindopor parte do poder público uma atenção especial, através de ações intersecretarias emultidisciplinares.

Art. 3° - O atendimento aos portadores de necessidades especiais dar-se-á em crechese em classes comuns de escolas municipais, com a retaguarda dos serviços de saúde:Unidades Básicas de Saúde - UBS, ambulatórios especializados e Centros de Convivênciae Cooperativa - CECCO.

§ 1º - As escolas mencionadas no caput deste artigo contarão com Centros Públicosde Apoio e Projetos, vinculados administrativamente às Unidades Escolares epedagogicamente à respectiva Equipe Regional, compostos por professoresespecializados no trabalho com portadores de necessidades especiais, garantido-se a integração dos trabalhos educacionais no plano escolar.

§ 2º - As creches poderão utilizar os serviços dos Centros Públicos de Apoio e Projetos.

§ 3° - Os Serviços de Saúde contarão com equipes multiprofissionais que desenvolverão

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

ações educativas e de promoção à Saúde, diagnóstico médicoe psicológico e acompanhamento terapêutico quando se fizernecessário, cabendo ao Centro de Convivência e Cooperativadesenvolver ações de interação social através de atividadessócio-culturais junto à população alvo do Programa.

§ 4° - Os alunos que participam do Centro de Convivência eCooperativa deverão ser observados em situações lúdicas ouartísticas, intercambiando com professores dos Centros Públicosde Apoio e Projetos e Equipe Regional os registros efetuados eas orientações feitas.

§ 5º - Serão desenvolvidas ações de caráter educativo junto àComunidade de origem dos portadores de necessidadesespeciais, como forma de estímulo à sua participação noPrograma.

Art. 4° - O Secretário Municipal de Educação poderá designarprofessores especializados em deficiência física, mental,auditiva ou visual para atuar junto aos Centros Públicos de Apoioe Projetos, respeitando o seu campo de atuação na área dedocência, sem prejuízo dos direitos e demais vantagens do cargo.

Art. 5° - Ao Centro Público de Apoio e Projeto compete organizar-se , proporcionando atividades especializadas, que facilitem aintegração dos portadores de necessidades especiais emclasses comuns ou creches.

Art. 6° - Os professores que atuam junto aos Centros Públicos deApoio e Projetos, além de desenvolverem atividades de regênciaespecializada, deverão:

I - esclarecer ao Conselho de Escola e aos profissionais da equipeescolar a função dos Centros Públicos de Apoio e Projetos, orientado-os quanto ao seu relacionamento com os alunos e jovens inseridosno Programa;

II - discutir com os pais portadores de necessidades especiaisa proposta educacional, envolvendo-os no processo deintegração de seus filhos na escola;

III - propor e acompanhar juntamente com o CoordenadorPedagógico atividades que visem à interação desses jovens ecrianças com os demais alunos, professores e funcionários daescola;

IV - organizar atividades que possibilitem o conhecimento dosalunos novos do Centro Público de Apoio e Projetos, com aretaguarda da Equipe Regional;

V - encaminhar à Equipe Regional os alunos que necessitamde atendimentos específicos de Unidades Básicas de Saúde -UBS’s e ambulatórios especializados;

VI - acompanhar o desenvolvimento das crianças e jovensintegrados em classes comuns, mantendo a Equipe Regionalinformada;

VII - reunir-se periodicamente com a Equipe Regional paraestudos de caso e acompanhamento do Programa.

Art. 7° - A composição das Equipes Regionais é a seguinte:

I - dos quadros da Secretaria Municipal de Educação:

a) 1 (um) professor, com habilitação em Pedagogia, que acoordenará;

b) 4 (quatro) professores especializados, sendo 1 (um) por áreade deficiência: física, auditiva, mental e visual;

c) 1 (um) servidor administrativo;

d) 1 (um) servidor que atuará como multiplicador de informaçõesem saúde, quando necessário;

e) 1 (um) servente, quando necessário.

II - dos quadros da Secretaria Municipal de Saúde:

a) 1 (um) pediatra;

b) 1 (um) fonoaudiólogo;

c) 1 (um) terapeuta ocupacional;

d) 1 (um) psicólogo;

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

e) 1 (um) fisioterapeuta.

III - dos quadros da Secretaria Municipal do Bem-Estar Social:

a) 1 (um) técnico de nível universitário;

b) 1 (um) assistente social.

§ 1º - Os servidores mencionados no inciso I deste artigodesempenharão as atribuições que lhe forem conferidas por esteDecreto conforme suas respectivas jornadas de trabalho.

§ 2º - Os demais funcionários arrolados nos incisos II e III desteartigo desempenharão as atribuições respectivas, durante umdia de trabalho semanal, que será fixado pela Equipe Regional.

§ 3° - A indicação dos técnicos referidos nos incisos, I, II e IIIserá de competência dos níveis regionais da área de abrangênciade cada Secretaria.

Art. 8° - São atribuições das Equipes Regionais:

I - garantir regionalmente o cumprimento das diretrizes doPrograma;

II - atuar na formação permanente dos profissionais dosequipamentos envolvidos no Programa;

III - mobilizar os recursos humanos e institucionais de saúdeda área para viabilizar o atendimento;

IV - divulgar as atividades desenvolvidas pelo Programa junto àcomunidade local;

V - articular regionalmente entidades da sociedade civil einstituições especializadas para obtenção de apoio ao Programa.

Art. 9° - A implantação das Equipes Regionais ora criadas serágradativa, competindo às Secretarias envolvidas adotar as medidasvisando à sua instalação.

Art. 10 - A Equipe Central intersecretarial será composta derepresentantes das Secretarias envolvidas e do ConselhoMunicipal da Pessoa Deficiente - CMPD.

Art. 11 - São atribuições da Equipe Central:

I - estabelecer normas gerais de funcionamento das EquipesRegionais e do Programa;

II - estabelecer critérios e parâmetros de avaliação das ações aserem desenvolvidas;

III - promover periodicamente a integração das Equipes Regionaispara aprofundamento e troca de experiências;

IV - articular diretrizes e ações desenvolvidas em outras esferasda Administração Municipal, no que se refere à atenção aoPortador de Necessidades Especiais.

Art. 12 - As Secretarias envolvidas adotarão as demais medidasnecessárias à implantação do Programa ora instituído, fixando-asatravés da Portaria Intersecretarial ou Portaria específica.

Art. 13 - As despesas com a execução deste Programa correrãopor conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadasse necessário.

Art. 14 - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário, especialmente o Decretonº 31.341 , de 20 de março de 1992.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 18 de agosto de 1992.

Luiza Erundina de Sousa. Prefeita.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Decreto nº 33.891, de 16 de dezembro de 1993

Institui o Programa de Atendimento aos Portadores denecessidades especiais na Rede Municipal de Ensino, e dá outrasprovidências.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - Fica instituído, no Município de São Paulo, o Programade Atendimento aos Portadores de necessidades especiaisna Rede Municipal de Ensino, com a adoção de ações prioritáriasna área da educação especial, e a criação e ampliação de recursoseducacionais diferenciados.

§ 1º - As ações prioritárias de que trata o caput deste artigovisam implementar atividades, projetos e programas de:

I - divulgação de dados relativos a deficiências, suas necessidadese características, suas formas de atendimento e prevenção, bemcomo sobre os direitos e deveres do portador de deficiência;

II - envolvimento e plena participação, emintercomplementariedade, das famílias, das diferentes instânciasda Secretaria Municipal de Educação, de outros órgãosmunicipais, estaduais, federais, do Conselho Municipal daPessoa Deficiente, de Entidades Conveniadas e Particularessem fins lucrativos, na estruturação desse atendimento na RedeMunicipal de Ensino e no desenvolvimento integral do portadorde necessidades especiais, seja ele portador de deficiência,com distúrbios de aprendizagem, ou superdotado;

III - integração do portador de necessidades especiaisenvolvendo o aspecto físico, funcional e social, com redução dadistância espacial entre esses e outros alunos, e o acesso atodos os recursos educacionais, com a sua assimilação, como

elemento participante e produtivo.

§ 2º - A criação e a ampliação dos recursos educacionaisdiferenciados de que trata este artigo obedecerão ao princípioda hierarquização de atendimento, objetivando colocar osportadores de necessidades especiais em situação que lhesfor mais apropriada, observando-se o princípio da normalizaçãoe da integração na classe regular, quando possível.

Art. 2° - A coordenação e orientação das atividades do Programaficarão vinculadas ao Gabinete do Secretário Municipal deEducação, através de um Grupo Executivo a ser constituídomediante portaria.

Art. 3° - São considerados Portadores de necessidades especiaissob o aspecto educacional, os alunos que apresentem desvio damédia considerada normal para uma faixa etária nos aspectos físicos,sensorial, mental por deficiência ou superdotação, e que necessitemde recursos educativos especiais, para o pleno desenvolvimento desuas potencialidades e integração no meio social.

§ 1º - O aluno será considerado portador de necessidadesespeciais, quando esta condição for caracterizada na avaliaçãodiagnóstica apresentada por equipe multiprofissional credenciadanas áreas médica, paramédica, psicossocial e educacional, querecomende essa forma de atendimento.

§ 2º - A avaliação diagnóstica será abrangente e compreenderáa análise das condições físicas, mentais, psicossociais eeducacionais, visando estabelecer a programação educacionale terapêutica.

Art. 4° - O atendimento educacional terá por objetivo geralproporcionar ao educando portador de necessidades especiaisou diferenciadas a formação necessária ao desenvolvimento de suaspotencialidades como fator de auto-realização, qualificação para otrabalho e exercício consciente da cidadania, através da adoçãode várias alternativas de recursos educacionais especiais.

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Foto cedida pela ABDC

Paraolimpíadas Atenas 2004

Art. 5° - O atendimento educacional, considerado o disposto no § 2º do artigo 3º desteDecreto, será oferecido a alunos:

I - com distúrbio das capacidades básicas de aprendizagem, que apresentem dificuldadesnas áreas perceptivo-motora, da aquisição dos processos de leitura e escrita, do raciocíniológico-matemático e no desenvolvimento sócio-emocional;

II - com deficiência mental leve, que apresentem desempenho intelectual geralsignificativamente abaixo da média, caracterizado pela inadequação do comportamentoadaptativo, de aprendizagem e socialização, que possam ser beneficiados por programascurriculares adaptados às suas condições pessoais;

III - surdos e deficientes auditivos que, pela perda total ou parcial da audição,necessitem de métodos, recursos didáticos e equipamentos especiais para a suaeducação;

IV - deficientes físicos com alterações ortópédicas e/ou neurológicas, que necessitemde métodos, recursos didáticos e equipamentos especiais para sua educação;

V - cegos ou deficientes visuais que, pela perda total ou parcial da visão, necessitem doSistema Braille e/ou de outros métodos, recursos didáticos e equipamentos especiaispara sua educação;

VI - superdotados ou com altas habilidades, que apresentem notável desempenho e/ouelevada potencialidade em qualquer um dos seguintes aspectos, combinados ouisolados: capacidade intelectual, aptidão acadêmica, pensamento criador e produtivo,capacidade de liderança e para as artes e habilidades psicomotoras.

Art. 6° - As unidades escolares da Rede Municipal de Ensino, com vista ao cumprimentodo que dispõe o artigo anterior, contarão com recursos educacionais diferenciados eespeciais, que abrangerão o atendimento na educação infantil, no ensino de 1º e 2º grause na suplência, desde que haja demanda.

§ 1º - Consideram-se recursos diferenciados ou especiais:

a) Classes Comuns, com espaços físicos adequados, equipamentos, materiais eprofessores preparados, a fim de propiciar o atendimento no ensino regular dosPortadores de necessidades especiais;

b) Salas de Apoio Pedagógico - SAP, instaladas nas Unidades Escolares do 1º Grau,funcionando em paralelo à Classe Regular, com equipamento e materiais pedagógicose audiovisuais, como suporte aos alunos que apresentem distúrbios gerais deaprendizagem e aos superdotados, para os quais os recursos peculiares da Sala deAula do Ensino Regular já tenham sido esgotados;

c) Centros de Treinamento e Apoio - CTA, compreendendo Salas de Atendimento aos

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Portadores de necessidades especiais - SAPNE, comequipamento e materiais pedagógicos específicos: são espaçosde apoio e acompanhamento pedagógico paralelos à classecomum, para os portadores de deficiência mental em grauleve e para os portadores de deficiência auditiva, física evisual em níveis leve e moderado e compreendem, também,espaços de apoio e acompanhamento pedagógico não paraleloa classe comum (classe especial), para os portadores denecessidades especiais, que não possam se beneficiar dotrabalho de integração;

d) Centro Municipal de Atendimento Especial - CEMAE,compreendendo as modalidades previstas nas alíneas “b” e .”c”,destinado a atender a alunos portadores de necessidadesespeciais de uma determinada região e que não puderam sebeneficiar de outros recursos de atendimento;

e) Escolas Especiais, somente para os alunos que não possamse beneficiar dos recursos estabelecidos nas alíneas anteriores,incluídas as 5 (cinco) Escolas Municipais de Educação deDeficientes Auditivos, que ficam mantidas.

§ 2º - Os alunos portadores de deficiência ou necessidadesespeciais, ou superdotados, que freqüentarem os recursosespeciais da Rede Municipal de Ensino, terão a sua participaçãoassegurada na dinâmica geral da escola regular, em atividadesem que não haja impedimento real à sua participação.

Art. 7° - Os alunos que, após avaliação, comprovadamente nãopuderem se utilizar dos recursos especiais oferecidos pela RedeMunicipal de Ensino, serão encaminhados para as vagas disponíveisoferecidas pelas entidades sem fins lucrativos, que mantenhamconvênios com a Secretaria Municipal de Educação.

Art. 8° - A Secretaria Municipal de Educação poderá designarprofissionais, dentre os integrantes da Rede Municipal de Ensino,para atuarem junto aos recursos educacionais referidos nas alíneas“b”, “c”, “d”, e “e” do §1º do artigo 6º deste Decreto, sem prejuízodos direitos e demais vantagens do cargo, obedecida a legislaçãovigente no que concerne à exigência de habilitação, especialização

ou capacitação nas diferentes áreas da deficiência.

Art. 9° - A Secretaria Municipal de Educação, através de seusórgãos competentes, diligenciará no sentido de que as novasunidades escolares sejam construídas dentro de padrões queviabilizem o acesso a deficientes físicos, eliminando-se asbarreiras arquitetônicas existentes.

Parágrafo único - Dentro das condições específicas de cadaescola, e na medida das possibilidades, os atuais prédiosescolares, ao serem reformados ou ampliados, deverão adequar-se aos padrões arquitetônicos a que se refere este artigo.

Art. 10 - A Secretaria Municipal de Educação, mediante portaria,baixará normas complementares ao presente Decreto, visando aregulamentação necessária à implementação da EducaçãoEspecial, no âmbito da Rede Municipal de Ensino, estabelecendoinclusive as competências dos órgãos envolvidos.

Art. 11 - As despesas com a execução deste Decreto correrão porconta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas senecessário.

Art. 12 - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 16 de dezembro de1993.

Paulo Maluf. Prefeito.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto n° 35.072, de 20 de abril de 1995

Dispõe sobre as Salas de Leitura nas Escolas Municipais, e dáoutras providências.

Sólon Borges dos Reis, Vice-Prefeito, em exercício no cargo dePrefeito do Município de São Paulo, usando das atribuições quelhe são conferidas por lei, e

Considerando o reenquadramento de cargos e funções dos Quadrosdos Profissionais de Educação levado a efeito pela Lei n° 11.434,de 12 de novembro de 1993, que alterou a Lei n° 11.229, de 26 dejunho de 1992, a qual dispõe sobre o Estatuto do Magistério PúblicoMunicipal;

Considerando a necessidade de reorganizar o funcionamento dasSalas de Leitura, para propiciar o melhor atendimento de todos osturnos e classes das Escolas Municipais;

Considerando ser propósito desta Administração melhorar ofuncionamento das Salas de Leitura para garantir aos escolares oacesso às diferentes fontes de leitura e diversas formas delinguagem, e assim, favorecer o prazer de ler e a ampliação deconhecimentos, decreta:

Art. 1° - Fica autorizada a criação de Sala de Leitura nas EscolasMunicipais de 1° grau, nas Escolas Municipais de Educação Infantile de 1° grau para Deficientes Auditivos - EMEDAS, e nas EscolasMunicipais de 1° e 2° graus, desde que haja condições físicas deinstalação e não implique prejuízo no atendimento na demandaescolar.

Art. 2° - O Secretário Municipal de Educação designará Professor

Titular, efetivo ou estável, eleito pelo Conselho de Escola, paradesempenhar as atribuições de Orientador de Sala de Leitura.

§ 1° - Nas Escolas Municipais de Educação Infantil e de 1° graupara Deficientes Auditivos - EMEDAS, o Professor Titulardesignado para exercer as atribuições de Orientador de Sala deLeitura deverá preencher as condições estabelecidas caputdeste artigo, comprovada a habilitação específica em Educaçãode Deficientes em Audiocomunicação ou cursos deaperfeiçoamento ou especialização em Educação de DeficientesAuditivos de Nível Médio, nos termos da legislação vigente.

§ 2° - O Professor Titular designado nos termos do caput desteartigo ficará subordinado ao Diretor da respectiva Unidade Escolar,recebendo orientação e formação pedagógica da Divisão deOrientação Técnica de 1° e 2° grau - DOT-2, da Diretoria deEducação Técnica, da Superintendência Municipal deEducação, devendo seu trabalho ser avaliado anualmente peloConselho de Escola.

Art. 3° - O módulo de Orientadores de Sala de Leitura em atuaçãonas Unidades Escolares será definido em função do número deturnos, classes e jornada de trabalho, na seguinte conformidade:

I - cada classe em funcionamento na Escola corresponderá a 1(uma) turma a ser atendida em 1 (uma) hora/aula;

II - serão atribuídas ao Orientador de Sala de Leitura todas asturmas do turno escolhido;

III - caso a jornada de trabalho do Orientador de Sala de Leituranão se complete com as turmas do turno escolhido, ser-lhe-ãoobrigatoriamente atribuídas turmas de outros turnos;

IV - completadas as turmas necessárias à jornada de trabalhoserá processada a eleição para tantos Orientadores de Sala deLeitura quantos forem necessários para o atendimento de todasas classes;

V - restando classes sem atendimento, serão oferecidas turmasaos Orientadores de Sala de Leitura a título de Jornada Especialde Hora-Aula Excedente - JEX, conforme legislação vigente;

VI - cumprido o disposto no inciso anterior, se remanescerem

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

classes sem atendimento, será organizado horário alternativoquinzenal para atendimento de todas as classes pelo Orientadorde Sala de Leitura.

Art. 4° - Efetuado o acerto do módulo da Unidade Escolar nostermos deste Decreto, havendo Orientadores de Sala de Leituraem número superior ao necessário, será cessada a designação doque detiver menor tempo na função.

Art. 5° - A Secretaria Municipal de Educação fixará medianteportaria:

I - os procedimentos para escolha do Profissional de Educaçãoque exercerá as atribuições de Orientador de Sala de Leitura,consideradas a proposta pedagógica e a atuação educacionaldesenvolvida;

II - as normas para eleição, classificação, referendo e cessaçãoda designação do Orientador de Sala de Leitura;

III - os critérios para organização do horário da jornada de trabalhodo Orientador de Sala de Leitura;

IV - os objetivos do trabalho, a área de competência e asatividades a serem desenvolvidas pelo Orientador de Sala deLeitura.

Art. 6° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário, especialmente o Decreton° 32.582, de 10 de novembro de 1992.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 20 de abril de 1995.

Sólon Borges dos Reis. Vice-Prefeito em exercício no cargo dePrefeito do Município de São Paulo.

Decreto nº 35.161, de 30 de maio de 1995

Institui a Semana da Pessoa Portadora de Deficiência, e dáoutras providências.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei,

Considerando que a organização das Nações Unidas - ONU,conforme Resolução da Assembléia Geral, aprovada em outubrode 1992, declarou o dia 3 de dezembro como o Dia Internacionaldas Pessoas com Deficiência;

Considerando que a Comissão dos Direitos Humanos das NaçõesUnidas, na Resolução nº 29, de 5 de março de 1993, “apela atodos os Países-Membros para enfatizar a observância do DiaInternacional das Pessoas com Deficiência, com o objetivo deconseguir que as pessoas deficientes desfrutem plena e igualmentedos direitos humanos e da participação na sociedade”;

Considerando que a ONU declarou o dia 10 de dezembro como oDia dos Direitos Humanos;

Considerando que a Prefeitura do Município de São Paulo, atravésde suas Secretarias, possui programas e serviços voltados aoatendimento de necessidades especiais das pessoas comdeficiência, decreta:

Art. 1° - Fica instituída, no Município de São Paulo, a Semana daPessoa Portadora de Deficiência, a ser comemorada,anualmente, de 3 a 10 de dezembro.

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Foto Roberto Navarro

Computação - Associação Brasileirade Distrofia Muscular - ABDIM

Art. 2° - As despesas com a execução deste Decreto correrão por conta das dotaçõesorçamentárias próprias.

Art. 3° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 30 de maio de 1995.

Paulo Maluf. Prefeito.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Decreto nº 36.071, de 09 de maio de 1996

Institui, no Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros doMunicípio de São Paulo, Modalidade Comum, serviço destinado aatender pessoas com mobilidade reduzida, e dá outrasprovidências.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei, e

Considerando os termos da Lei nº 11.037, de 25 de julho de 1991,que dispõe sobre o Sistema Municipal de Transportes Urbanos, eda sua regulamentação, através do Decreto nº 29.945, de 25 dejulho de 1991;

Considerando a necessidade de regulamentar o disposto na Lei nº11.602, de 12 de julho de 1994, de forma a garantir um serviço detransporte público com segurança, conforto e que confira maiorautonomia às pessoas com mobilidade reduzida;

Considerando, ainda, a necessidade de aprimorar os serviços eações que buscam melhorar as oportunidades e condições deacessibilidade para as pessoas que têm grandes prejuízos de suamobilidade, decreta:

Art. 1° - Fica instituído, integrando o Sistema de Transporte Coletivode Passageiros, Modalidade Comum, serviço destinado a atender,exclusivamente, às pessoas portadoras de deficiência motora,mental e múltipla, temporária ou permanente, em alto graude dependência.

Parágrafo único - O serviço regulamentado por este Decretoserá executado conforme normas estabelecidas nos artigos 3ºe seguintes da Lei nº 11.037, de 25 de julho de 1991, passando

a integrar os contratos firmados pela São Paulo Transporte S/Apara a execução da operação no Sistema de Transporte Coletivode Passageiros, Modalidade Comum, e de acordo com aprogramação a ser fixada em função das necessidades edemandas específicas.

Art. 2° - O planejamento, organização, controle e fiscalização doserviço estabelecido por este Decreto serão de competência daSecretaria Municipal de Transportes, que poderá, por ato doSecretário, delegar, total ou parcialmente, sua execução à SãoPaulo Transporte S/A.

Art. 3° - O Serviço será operado com veículos do tipo “van”, peruaou similar, devidamente adaptados para o transporte confortável eseguro de passageiros ambulantes ou semi-ambulantes.

Parágrafo único - A adaptação dos veículos, bem como ascaracterísticas dos equipamentos auxiliares e complementaresnecessários ao serviço, serão definidas em conformidade comas normas vigentes e de acordo com as especificações a seremestabelecidas pela Secretaria Municipal de Transportes.

Art. 4° - Os veículos destinados ao serviço, constituindo frotaespecial integrante dos lotes de serviços, estarão sujeitos, alémdos requisitos peculiares ao serviço, às condições de operação,manutenção e remuneração dos contratos de serviço do Sistemade Transporte Público por Ônibus.

Art. 5° - Serão usuários do serviço de que trata este Decreto, aspessoas portadoras de deficiência física que não apresentemcondições de mobilidade e acessibilidade autônoma aos meios detransporte convencionais ou que manifestam grandes restriçõesao acesso e uso de equipamentos urbanos.

§ 1º - Os usuários deverão ser individualmente reconhecidos,habilitados e cadastrados como clientela potencial do serviço,e terão identificados os seus principais destinos e pólos dasviagens.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

§ 2º - O cadastramento será efetuado pelas Subprefeituras, nostermos definidos pelas Secretarias Municipais de Transportes -SMT e das Subprefeituras - SMSP, com a colaboração doConselho Municipal da Pessoa Deficiente - CMPD e deinstituições e organizações reconhecidamente dedicadas àpromoção de pessoas com mobilidade reduzida. (NR)

- § 2° com redação dada pelo art. 1º do Decreto nº 45.038, de

21/07/2004.

Art. 6° - A Secretaria Municipal de Transportes e a São PauloTransporte S/A deverão estabelecer diretrizes e desenvolver estudospara a implementação de medidas e programas de intervenção naárea de transportes públicos, com o objetivo de buscar a igualdadede condições para a vida independente das pessoas commobilidade reduzida, especialmente em relação à utilização dosseguintes equipamentos urbanos:

I - Sistema de Transporte Acessível - integração entre ossistemas de transporte acessíveis, Sistema de Corredores eTerminais de Integração, linhas de ônibus especiais, e o serviçoora instituído, no âmbito municipal; e, ainda, o sistema deintegração com o transporte metroviário;

II - Veículos acessíveis - adaptação de, no mínimo, 400(quatrocentos) veículos operacionais do Sistema Municipal deTransportes Coletivos, que deverão conter dispositivosapropriados para o embarque, desembarque e viagem confortávele segura de pessoas portadoras de deficiência e restriçõesfísicas;

III - Sistema de Comunicação - adequação dos dispositivos decomunicação sonoros e luminosos às condições dedeficiências sensoriais, auditivas e visuais da população.

Art. 7° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 09 de maio de 1996.

Paulo Maluf. Prefeito.

Decreto nº 36.073, de 09 de maio de 1996

Dispõe sobre a reserva de vaga nos estacionamentos rotativospagos, tipo Zona Azul, para veículos dirigidos ou conduzindopessoas portadoras de deficiência ambulatorial, e dá outrasprovidências.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - Ficam criadas, nos estacionamentos rotativos pagos, tipoZona Azul, vagas rotativas especiais para o estacionamentoexclusivo de veículos dirigidos ou conduzindo pessoas portadorasde deficiência ambulatorial.

Parágrafo único - Para os fins deste Decreto, considera-seportadora de deficiência ambulatorial:

a) a pessoa com incapacidade motora autônoma permanentenos membros inferiores (MMII) ou membros superiores einferiores (MMSS/MMII), que a obrigue a utilizar, temporária oupermanentemente, cadeira de rodas, aparelhagem ortopédicaou próteses;

b) a pessoa com incapacidade motora autônoma decorrente deincapacidade mental.

Art. 2° - A Secretaria Municipal de Transportes - SMT, através doDepartamento de Operação do Sistema Viário - DSV, estabeleceránormas e procedimentos visando à adequação e exeqüibilidade dareserva de vagas de que trata este Decreto.

Art. 3° - As despesas com a execução deste Decreto correrão porconta de dotação orçamentária própria.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Art. 4° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 09 de maio de 1996.

Paulo Maluf. Prefeito.Decreto nº 36.314, de 20 de agosto de 1996

Institui Política de Assistência à Pessoa Portadora deDeficiência, no âmbito da Secretaria Municipal da Família e Bem-Estar Social (FABES); oficializa o Programa de Atendimento aosPortadores de Deficiência (PRODEF), e dá outras providências.

Paulo Maluf, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei, e

Considerando o disposto na Constituição Federal, em seu artigo227, § 1º, inciso II, que preceitua a criação de programa deatendimento aos portadores de deficiência, entre outros;

Considerando os termos da Lei Federal nº 7.853, de 24 de outubro de1989, que estabelece normas que asseguram o pleno exercício dosdireitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiência;

Considerando as disposições do Decreto Federal nº 914, de 6 desetembro de 1993, que institui a Política Nacional para a Integraçãoda Pessoa Portadora de Deficiência; e da Lei Federal nº 8.742, de7 de dezembro de 1993, em seu artigo 2º, inciso IV, que estabelece,como um dos objetivos a habilitação e reabilitação das pessoasportadoras de deficiência e a promoção de sua integração àvida comunitária;

Considerando, também, o disposto na Lei Orgânica do Municípiode São Paulo, em seu antigo 226, que garante à pessoa portadorade deficiência sua inserção na vida social e econômica, atravésde programas de desenvolvimento de suas potencialidades;

Considerando, finalmente, a necessidade de normatizar e orientar

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Foto Marco A. Cardelino

Artesanato - AssociaçãoBrasileira de Esclerose Múltipla - ABEM

a implantação e o desenvolvimento de projetos voltados para esse segmento da populaçãono campo da política social do Município, decreta:

Art. 1° - Fica instituída a Política de Assistência à Pessoa Portadora de Deficiência,no âmbito da Secretaria Municipal da Família e Bem-Estar Social (FABES), consubstanciadano documento anexo, o qual passa a fazer parte integrante deste Decreto.

Art. 2° - Fica oficializado o Programa de Atendimento aos Portadores de Deficiência(PRODEF), implantado na Secretaria Municipal da Família e Bem-Estar Social (FABES),por força da Portaria FABES/GAB nº 105/93, também consubstanciado no documentoreferido no artigo anterior.

Art. 3° - O Programa de Atendimento aos Portadores de Deficiência (PRODEF), daSecretaria Municipal da Família e Bem-Estar Social (FABES), será responsável pelo amploentendimento com as demais Secretarias e órgãos Municipais, Estaduais e Federais ecom a sociedade civil, tendo por finalidade a implantação e a implementação de projetosvoltados para o atendimento dessa parcela da população.

Art. 4° - Caberá ao Programa de Atendimento aos Portadores de Deficiência(PRODEF), com a colaboração do Conselho Municipal da Pessoa Deficiente e deoutras instituições afins, promover o cadastramento das pessoas portadoras dedeficiência motora, mental e múltipla, temporária ou permanente, em alto grau dedependência, nos termos do Decreto nº 36.071, de 9 de maio de 1996.

Art. 5° - As despesas com a execução deste Decreto correrão, neste exercício, por contadas dotações orçamentárias da Secretaria Municipal da Família e Bem-Estar Social(FABES), suplementadas se necessário.

Parágrafo único - A partir do exercício de 1997, e durante os exercícios seguintes,far-se-á constar do Orçamento Municipal os recursos necessários para execução doPrograma de Atendimento aos Portadores de Deficiência (PRODEF).

Art. 6° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

ANEXO INTEGRANTE DO DECRETO Nº 36.314, DE 20 DEAGOSTO DE 1996

Política de Assistência às Pessoas Portadoras de Deficiência ePrograma de Atendimento aos Portadores de Deficiência (PRODEF)

Considerações Iniciais

1 - A Política de Assistência às Pessoas Portadoras deDeficiência é o conjunto de princípios e diretrizes que devemnortear as ações dirigidas e essa parcela da população, na área decompetência da Secretaria Municipal da Família e Bem-Estar Social(FABES).

2 - O Programa de Atendimento aos Portadores de Deficiência(PRODEF) é o conjunto de serviços e atividades que, pautados poraqueles princípios e diretrizes, definem a atuação da FABES noatendimento às necessidades dos portadores de deficiência.

Política de Assistência às Pessoas Portadoras de Deficiência

1 - Princípios

Os princípios adotados pela Política ora instituída são todos aquelesque constam de documentos internacionais referentes aosportadores de deficiência, da Constituição Brasileira de 1988, daLei Federal nº 7.853, de 24 de outubro de 1989 e do Decreto Federalnº 914, de 6 de setembro de 1993, ressaltando-se especialmente:

1.1 - Equiparação de Oportunidades

“Equiparação de Oportunidades é um termo que significa o processoatravés do qual os diversos sistemas da sociedade e do ambiente,tais como serviços, atividades, informações e documentação, sãotornados disponíveis para todos, particularmente para pessoas comdeficiência. O princípio de direitos iguais implica que asnecessidades de cada um e de todos são de igual importância eque essas necessidades devem ser utilizadas como base para oplanejamento das comunidades e que todos os recursos precisamser empregados de tal modo que garantam que cada pessoa tenhaoportunidade igual de participação. Elas devem receber o apoio de

que necessitam dentro das estruturas comuns de educação, saúde,emprego e serviços sociais. Como parte do processo de equiparaçãode oportunidades, devem ser tomadas medidas que auxiliempessoas deficientes a assumir plena responsabilidade comomembros da sociedade. “ (Normas sobre a Equiparação deOportunidades para Pessoas com Deficiência, ONU, 1994)

1.2 - Inclusão Social

“Diferentemente do processo de integração social, em que pessoasdeficientes devem tornar-se aptas a acompanharem a sociedadecomo ela é, a inclusão social constitui um processo bilateral atravésdo qual tanto as pessoas com deficiência se preparam para fazerparte da sociedade quanto a sociedade se modifica para atenderàs necessidades das pessoas portadoras de deficiência. Ainclusão social significa construir uma sociedade para todas aspessoas em todos os setores, ou seja, escolas, locais de trabalho,atividades de lazer, esporte, etc. Uma sociedade inclusiva é aquelaque valoriza a diversidade e aceita a diferença; uma sociedadeinclusiva reexamina constantemente seus processos e serviçospara garantir o exercício dos direitos de todas as pessoas,portadoras ou não de deficiências, a fim de que ninguém sejaexcluído socialmente.” (Diversos Documentos)

1.3 - Participação Plena

“Promoção de medidas eficazes para a realização, por parte daspessoas com deficiência, das metas de participação plena navida e no desenvolvimento social”.

(Programa Mundial de Ação Relativo às Pessoas com Deficiência- ONU - 1983)

1.4 - Vida Independente

“As pessoas com deficiência é que sabem quais são as suasnecessidades por uma melhor qualidade de vida. A cidadania nãodepende tanto do que uma pessoa é capaz de fazer fisicamentequanto das decisões que ela puder tomar. A auto-determinação, aauto-ajuda e a ajuda mútua constituem processos que liberam aspessoas com deficiência para controlar suas vidas. O portadorde deficiência é que deve ter o controle da sua situação e da suavida. Vida independente é um processo que cada usuário ajuda amoldar e não um produto pronto para ser consumidoindistintamente por todos os usuários.” (Conceito de Vida

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Independente - Sassaki, 1993)

2 - Diretrizes

2.1 - Gerais

São diretrizes desta Política:

a) definir programas de atendimento que respondam àsnecessidades e características da população-alvo, levando-se emconta tanto os aspectos qualitativos como os quantitativos;

b) estimular a participação da comunidade na definição e execuçãodos programas de atendimento;

c) desenvolver as ações de forma articulada com os demais órgãospúblicos, entidades sociais e outras instituições da sociedade civil,de forma a evitar sobreposições e potencializar recursos;

d) atuar de forma descentralizada e regionalizada, de modo afavorecer a interação com a população, garantindo-se, contudo, aunidade da política de atendimento;

e) desenvolver sistema de informações técnicas, de maneira asubsidiar a definição/redefinição dos programas de atendimento enortear a implantação de novas alternativas de ação;

f) desenvolver política de pessoal, visando a adequação ecapacitação dos recursos humanos, de acordo com as exigênciasdos programas a serem implementados.

2.2 - Específicas

a) atender a todos os tipos de deficiência;

b) atender a todas as faixas etárias;

c) abordar a questão da deficiência a partir de uma perspectivaglobalizante, definindo ações no campo da prevenção, habilitação,reabilitação, integração, inclusão, proteção e amparo social;

d) estimular, promover e dar suporte técnico à integração e inclusãoda pessoa portadora de deficiência nos diferentes programas eequipamentos da FABES;

e) promover programas de formação de recursos humanos paraatuar no campo da deficiência, no âmbito da FABES;

f) estimular, cooperar e subsidiar tecnicamente iniciativas de outrossetores, públicos ou privados, visando o atendimento da pessoaportadora de deficiência em suas diferentes necessidades;

g) prestar assistência técnica e financeira a entidade e/ou

associações comunitárias que atuem no campo da deficiência,visando a melhoria da qualidade de atendimento;

h) consultar e ensejar a participação dos próprios portadores dedeficiência, especialmente através de suas organizaçõesrepresentativas, na formulação, planejamento e avaliação das açõesdesenvolvidas;

i) desenvolver ações educativas, voltadas principalmente para acomunidade, visando a sensibilização e capacitação das pessoasem geral para o seu papel de agentes no processo de inclusãosocial de crianças, jovens, adultos e idosos portadores dedeficiência;

j) implantar sistema de coleta, sistematização e disseminação deinformações sobre deficiências (legislação, normas internacionais,serviços e recursos disponíveis, tecnologias), apresentando-as deforma acessível para pessoas portadoras de deficiência.

3 - Formas de Atuação

A Política de Assistência aos Portadores de Deficiência seráimplementada através das seguintes formas de atuação:

3.1 - Prestação de serviços, através de atuação direta.

3.2 - Prestação de serviços, através de convênios de assistênciatécnico-financeira com entidades que prestam serviços a pessoasportadoras de deficiência.

3.3 - Ações em parceria: apoio técnico e operacional a projetosdesenvolvidos por outras instituições (públicas ou privadas) nocampo da deficiência.

Programa de Atendimento aos Portadores de Deficiência -PRODEF

É objeto do Programa de Atendimento aos Portadores de Deficiência- PRODEF contribuir para a melhoria das condições de vida dosportadores de deficiência, favorecendo sua integração e inclusãona sociedade.

l - População-AlvoConstituem a população-alvo do Programa crianças, adolescentese adultos portadores de deficiência, provenientes de famíliascuja renda situa-se prioritariamente entre zero e quatro saláriosmínimos.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

2 - Serviços e Atividades

2.1 - Informação e Orientação ao Munícipe Portador deDeficiênciaEste Serviço tem por objetivo informar, orientar e encaminhar apessoa portadora de deficiência, propiciando acesso a serviçose recursos que favoreçam sua integração e inclusão na sociedade.Através deste Serviço procura-se atender também às necessidadesespecíficas e imediatas da pessoa portadora de deficiência emsituação de extrema carência, de forma complementar aos recursosde saúde (aquisição de próteses, órteses e outros equipamentos).

2.2 - Colocação no Mercado de Trabalho

Serviço que tem por objetivo fornecer uma estrutura de apoio àintegração e inclusão da pessoa com deficiência no mercado detrabalho.

2.3 - Reabilitação Social

Serviço desenvolvido através de convênios com entidades que seproponham a oferecer programas de socialização, pré-profissionalização ou profissionalização de pessoas comdeficiência, visando sua integração e inclusão na sociedade.

2.4 - Cadastramento de Usuários do Serviço de AtendimentoEspecial - ATENDE

Apoio técnico operacional ao projeto desenvolvido pela São PauloTransporte S/A - SPTrans, destinado a fornecer transporte parapessoas com deficiência motora severa.

2.5 - PrevençãoTreinamento e sensibilização de funcionários das redes direta econveniada de creches, para detecção e estimulação precoce decrianças que apresentam condições potencialmente propicias àocorrência de deficiência.

2.6 - Ação Comunitária

Mobilização da comunidade para o desenvolvimento de atividadescom utilização da tecnologia simplificada de reabilitação, onde aprópria pessoa deficiente, sua família e respectiva comunidadetêm participação ativa na integração e inclusão destas pessoas.

2.7 - Ação EducativaDesenvolvimento de ações educativas (palestras, seminários,treinamentos, cursos) com o intuito de sensibilizar a sociedade

quanto à problemática e potencialidades da pessoa comdeficiência.

2.8 - InformaçãoLevantamento e cadastro de recursos sociais especializados, bemcomo de legislação pertinente à área da deficiência e de bibliografiaespecializada.

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Foto Marco A. Cardelino

Sessão Solene na Assembléia Legislativade São Paulo em homenagem

aos atletas paraolímpicosAtenas - 2004

Decreto nº 36.834, de 02 de maio de 1997

Disciplina a verificação de sanidade, condição física ou invalidez em interessadosem exercer comércio ou prestação de serviço ambulante em vias ou logradouros públicose parques municipais, ou instalar banca de jornais e revistas em logradouros públicos, edá outras providências.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando das atribuições que lhe sãoconferidas por lei, decreta:

Art. 1° - A condição física ou invalidez, a sanidade física e mental, e a capacidade para oexercício de comércio ou prestação de serviço ambulante ou venda de jornais e revistas deque tratam, respectivamente, o artigo 5º do Decreto nº 36.045, de 29 de abril de 1996, oartigo 14 da Lei nº 11.039, de 23 de agosto de 1991, e o artigo 5º da Lei nº 10.072; de 9 dejunho de 1986, serão comprovadas através de atestado médico, emitido pelas Supervisõesde Saúde da Secretaria das Administrações Regionais - SAR.

Parágrafo único - Para tanto, o interessado deverá comparecer a uma dasAdministrações Regionais elencadas no competente edital, no horário estabelecidopara o atendimento, munido de documento de identidade original em que conste fotografiae impresso para atentado médico expedido pela Associação Paulista de Medicina.

Art. 2° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário, em especial o Decreto nº 27.678, de 1º de março de 1989.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 20 de agosto de 1996.

Paulo Maluf. Prefeito.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Decreto n° 37.648, de 25 de setembro de 1998

Institui o Selo de Acessibilidade, torna obrigatório o seu uso nosbens que especifica, e dá outras providências.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei, Decreta:

Art. 1° - Fica instituído o Selo de Acessibilidade para asedificações, espaços, transportes coletivos, mobiliários eequipamentos urbanos que garantam a acessibilidade às pessoasportadoras de deficiência.

Art. 2° - O Selo de Acessibilidade deverá ser obrigatoriamenteafixado nas edificações a que se referem as Leis n° 11.345, de 14de abril de 1993, e n° 11.424, de 30 de setembro de 1993, quepossuam o Certificado de Acessibilidade.

Art. 3° - O Selo de Acessibilidade para as edificações nãoabrangidas pelo artigo 2° deste decreto, para os espaços,transportes coletivos, mobiliários e equipamentos urbanos, poderáser atribuído por iniciativa da própria Administração ou a pedido,dirigido à Comissão Permanente de Acessibilidade - CPA, pelosproprietários ou responsáveis, ficando sua concessão,obrigatoriamente, vinculada à vistoria prévia.

Art. 4° - O Selo de Acessibilidade será afixado obrigatoriamenteem local de ampla visibilidade e, quando na parte externa dasedificações, preferencialmente junto à entrada principal.

Parágrafo único - O Selo de Acessibilidade, conforme modelosconstantes do Anexo deste decreto, será emitido em duasconfigurações: um modelo para afixação em espaços internos

e outro para afixação na parte externa das edificações ou emoutras localizações externas.

Art. 5° - O Selo de Acessibilidade será emitido pela Secretaria daHabitação e Desenvolvimento Urbano - SEHAB, através daComissão Permanente de Acessibilidade - CPA.

Art. 6° - A qualquer momento, desde que constatada pelaAdministração irregularidade quanto à garantia da acessibilidadepara pessoa portadora de deficiência, o Certificado deAcessibilidade poderá ser cassado e o Selo de Acessibilidaderecolhido, em prejuízo das demais sanções previstas na legislaçãoprópria.

Art. 7° - A relação dos Selos de Acessibilidade emitidos deverá serpublicada, periodicamente, no Diário Oficial do Município.

Art. 8° - A Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano -SEHAB expedirá Portaria, na qual estabelecerá os procedimentospara a atribuição dos Selos de Acessibilidade, pela ComissãoPermanente de Acessibilidade - CPA.

Art. 9° - As despesas decorrentes da execução deste decretocorrerão por conta das dotações orçamentárias próprias.

Art. 10 - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 25 de setembro de1998.

Celso Pitta. Prefeito.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto nº 39.651, de 27 de julho de 2000

Institui a Comissão Permanente de Acessibilidade - CPA, e dáoutras providências.

Celso Pitta, Prefeito do Município de São Paulo, usando dasatribuições que lhe são conferidas por lei, decreta:

Art. 1° - Fica instituída, diretamente subordinada à Secretaria daHabitação e Desenvolvimento Urbano - SEHAB, a COMISSÃOPERMANENTE DE ACESSIBILIDADE - CPA, para a elaboraçãode normas e controle que garantam a acessibilidade para pessoasportadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida aedificações, vias e espaços públicos, transportes, mobiliário eequipamentos urbanos, bem como aos meios de divulgação deinformações e sinalizações relativas à acessibilidade.

Art. 2° - A Comissão ora instituída será integrada por 25 (vinte ecinco) membros designados pelo Prefeito, a saber:

I - Um representante do Gabinete do Prefeito/Secretaria doGoverno Municipal - SGM;

II - Dois representantes da Secretaria da Habitação eDesenvolvimento Urbano - SEHAB;

III - Um representante da Secretaria das AdministraçõesRegionais - SAR;

IV - Um representante da Secretaria de Vias Públicas - SVP;

V - Um representante da Secretaria Municipal de Transportes - SMT;

VI - Um representante da Secretaria Municipal do Verde e doMeio Ambiente - SVMA;

VII - Um representante da Secretaria Municipal de

Assistência Social - SAS;

VIII - Um representante da Secretaria de Serviços e Obras - SSO;

IX - Um representante da Secretaria dos Negócios Jurídicos - SJ;

X - Um representante da Secretaria Municipal de Educação - SME;

XI - Um representante da Secretaria Municipal de Esportes,Lazer e Recreação - SEME;

XII - Um representante da Secretaria Municipal de Cultura - SMC;

XIII - Um representante da Secretaria Municipal de Saúde - SMS;

XIV - Um representante da Companhia de Engenharia de Tráfego- CET;

XV - Um representante da São Paulo Transporte S.A. - SPTrans;

XVI - Um representante da Empresa Municipal de Urbanização- EMURB;

XVII - Um representante do Conselho Municipal da PessoaDeficiente - CMPD;

XVIII - Um representante do Grande Conselho Municipal doIdoso - GCMI;

XIX - Um representante do Centro de Vida Independente deSão Paulo - CVI/SP;

XX - Um representante do Centro de Vida Independente AraciNallin - CVI/Na;

XXI - Um representante do Instituto de Engenharia de São Paulo - IE;

XXII - Um representante do Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB;

XXIII - Um representante do Sindicato da Indústria da ConstruçãoCivil do Estado de São Paulo - SINDUSCON/SP;

XXIV - Um representante do Sindicato das Empresas de Compra,Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais eComerciais de São Paulo - SECOV/SP.

Parágrafo único - Cada representante terá um suplente.

Art. 3° - A Comissão será presidida por um dos representantes da

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano - SEHAB,designado pelo Titular da Pasta.

Art. 4° - Constituem atribuições da Comissão:

I - Elaboração de normas relativas à matéria de sua competência,especialmente propondo planos integrados de acessibilidade,envolvendo a intervenção das várias Secretarias Municipais;

II - Controle da acessibilidade para pessoas portadoras dedeficiência ou com mobilidade reduzida, a saber:

a) exame das irregularidades da edificação, quanto àacessibilidade da pessoa portadora de deficiência;

b) indicação da situação de infração à norma legal e acionamentodas unidades competentes da Prefeitura para aplicação daspenalidades previstas;

III - Apresentação ou análise de propostas de intervenção nasvias públicas, compreendendo sinalização, rebaixamento deguias e regularização do pavimento do passeio público;

IV - Apresentação ou análise de propostas para adaptação dafrota de transporte público, inclusive táxis, de forma a permitir oacesso pela pessoa portadora de deficiência;

V - Providências objetivando à reserva de locais paraestacionamento, na área central e nas áreas de maiorconcentração de comércio e serviços, incluindo áreas deestacionamento controlado - zonas azuis;

VI - Providências visando à garantia para uso de vias de acessorestrito;

VII - Elaboração de programa para cadastramento unificado dapessoa portadora de deficiência;

VIII - Efetivação da cobrança de ações do Poder Público e doparticular, para implementação das normas relativas àacessibilidade, inclusive as definidas pela Comissão;

IX - Análise de proposta de criação de serviços ou programaspúblicos municipais, no que se refere à garantia daacessibilidade.

Art. 5° - Deverão ser objeto de prévio exame da CPA, exclusivamentepara verificação do atendimento da sua acessibilidade por pessoasportadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida:

I - A locação ou a renovação de contratos de locação de imóveisdestinados a abrigar repartições públicas municipais;

II - A construção ou a reforma de edifícios públicos municipais;

III - As obras relativas a vias e espaços públicos municipais;

IV - Proposta de adaptação, aquisição e concessão de veículosde transporte coletivo.

Art. 6° - A CPA divulgará sua atuação, de forma a maximizar oatendimento às normas de acessibilidade.

Art. 7° - A Comissão poderá celebrar Termos de Cooperação Técnicacom entidades nacionais e internacionais de acordo com a legislaçãovigente, para troca de experiências e divulgação de matérias relativasa sua área de atuação.

Art. 8° - A Comissão poderá solicitar a colaboração de servidoresde unidades da Prefeitura, quando necessário à consecução deseus fins.

Art. 9° - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário, especialmente os Decretosnºs 36.072, de 9 de maio de 1996, 36.368, de 6 de setembro de1996, 36.811, de 15 de abril de 1997 e 37.650, de 25 de setembrode 1998.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 27 de julho de 2000.

Celso Pitta. Prefeito.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto nº 45.415, de 18 de outubro de 2004

Estabelece diretrizes para a Política de Atendimento a Crianças,Adolescentes, Jovens e Adultos com NecessidadesEducacionais Especiais no Sistema Municipal de Ensino.

HÉLIO BICUDO, Vice-Prefeito, em exercício no cargo de Prefeitodo Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe sãoconferidas por lei e considerando o disposto nas Leis Federaisnº 8.069, de 13 de julho de 1990, e nº 9.394, de 20 de dezembrode 1996, e na Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de2001,

D E C R E T A:

Art. 1º - A Política de Atendimento a Crianças, Adolescentes,Jovens e Adultos com Necessidades Educacionais Especiais noSistema Municipal de Ensino de São Paulo deverá observar asdiretrizes estabelecidas neste decreto.

Art. 2º - Será assegurada, no Sistema Municipal de Ensino, amatrícula de todo e qualquer educando e educanda nas classescomuns, visto que reconhecida, considerada, respeitada e valorizadaa diversidade humana, ficando vedada qualquer forma dediscriminação, observada a legislação que normatiza osprocedimentos para matrícula.

Parágrafo único - A matrícula no ciclo/ano/agrupamentocorrespondente será efetivada com base na idade cronológicae/ou outros critérios definidos em conjunto com o educando e aeducanda, a família e os profissionais envolvidos no atendimento,com ênfase ao processo de aprendizagem.

Art. 3º - O Sistema Municipal de Ensino, em suas diferentesinstâncias, propiciará condições para atendimento da diversidadede seus educandos e educandas mediante:

I - elaboração de Projeto Político Pedagógico nas UnidadesEducacionais que considere as mobilizações indispensáveis aoatendimento das necessidades educacionais especiais;

II - avaliação pedagógica, no processo de ensino, que identifiqueas necessidades educacionais especiais e reoriente talprocesso;

III - adequação do número de educandos e educandas por classe/agrupamento, quando preciso;

IV - prioridade de acesso em turno que viabilize os atendimentoscomplementares ao seu pleno desenvolvimento;

V - atendimento das necessidades básicas de locomoção,higiene e alimentação de todos que careçam desse apoio,mediante discussão da situação com o próprio aluno, a família,os profissionais da Unidade Educacional, os que realizam oapoio e o acompanhamento à inclusão e os profissionais dasaúde, acionando, se for o caso, as instituições conveniadas eoutras para orientação dos procedimentos a serem adotadospelos profissionais vinculados aos serviços de EducaçãoEspecial e à Comunidade Educativa;

VI - atuação em equipe colaborativa dos profissionais vinculadosaos serviços de Educação Especial e à Comunidade Educativa;

VII - fortalecimento do trabalho coletivo entre os profissionaisda Unidade Educacional;

VIII - estabelecimento de parcerias e ações que incentivem ofortalecimento de condições para que os educandos eeducandas com necessidades educacionais especiais possamparticipar efetivamente da vida social.

Parágrafo único - Considera-se serviços de Educação Especialaqueles prestados em conjunto, ou não, pelo Centro de Formaçãoe Acompanhamento à Inclusão - CEFAI, pelo Professor de Apoio

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

e Acompanhamento à Inclusão - PAAI, pela Sala de Apoio eAcompanhamento à Inclusão - SAAI, ora criados, e pelas 6 (seis)Escolas Municipais de Educação Especial já existentes.

Art. 4º - As crianças, adolescentes, jovens e adultos comnecessidades educacionais especiais regularmente matriculadosserão encaminhados, durante o processo educacional, aos serviçosde Educação Especial quando, após avaliação educacional doprocesso ensino-apredizagem, ficar constatada tal necessidade.

§ 1º - Entende-se por crianças, adolescentes, jovens e adultoscom necessidades educacionais especiais aqueles cujasnecessidades educacionais se relacionem com diferençasdeterminadas, ou não, por deficiências, limitações, condiçõese/ou disfunções no processo de desenvolvimento e altashabilidades/superdotação.

§ 2º - A avaliação educacional do processo ensino-aprendizagemde que trata o caput deste artigo será realizada pelosprofissionais da Unidade Educacional com a participação dafamília, do Supervisor Escolar e de representantes da Diretoriade Orientação Técnico-Pedagógica das Coordenadorias deEducação das Subprefeituras e, se preciso for, dos profissionaisda saúde e de outras instituições.

Art. 5º - O Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão -CEFAI, composto por membros da Diretoria de Orientação Técnico-Pedagógica das Coordenadorias de Educação das Subprefeituras,por Professores de Apoio e Acompanhamento à Inclusão - PAAI epor Supervisores Escolares, é parte integrante das referidasCoordenadorias e será por elas suprido de recursos humanos emateriais que viabilizem e dêem sustentação ao desenvolvimentode seu trabalho no âmbito das Unidades Educacionais, na área deEducação Especial.

Art. 6º - Compete ao Professor de Apoio e Acompanhamento àInclusão - PAAI o serviço de apoio e acompanhamento pedagógicoitinerante à Comunidade Educativa, mediante a atuação conjunta

com os educadores da classe comum e a equipe técnica daUnidade Educacional, na organização de práticas que atendam àsnecessidades educacionais especiais dos educandos e educandasdurante o processo de ensino-aprendizagem.

Parágrafo único - O serviço de Educação Especial de quetrata o caput deste artigo será desempenhado por profissionalintegrante da carreira do magistério, com comprovadaespecialização ou habilitação em Educação Especial, a serdesignado no CEFAI de cada Coordenadoria de Educação dasSubprefeituras.

Art. 7º - As Salas de Atendimento aos Portadores de NecessidadesEspeciais - SAPNE ficam transformados em Salas de Apoio eAcompanhamento à Inclusão - SAAI, competindo-lhes o serviçode apoio pedagógico para o trabalho suplementar, complementarou exclusivo voltado aos educandos e educandas comnecessidades educacionais especiais, sendo instaladas emUnidades Educacionais da Rede Municipal de Ensino em queestiverem matriculados, podendo estender-se a alunos de UnidadesEducacionais da Rede Municipal de Ensino onde inexista talatendimento.

Parágrafo único - O serviço de Educação Especial de quetrata o caput deste artigo será desempenhado por profissionalintegrante do Quadro do Magistério Municipal, comcomprovadaespecialização ou habilitação em Educação Especial.” (NR)

- Parágrafo único com redação dada pelo Decreto nº 45.652, de

23/12/2004.

Art. 8º - As 6 (seis) Escolas Municipais de Educação Especialexistentes objetivam o atendimento, em caráter extraordinário, decrianças, adolescentes, jovens e adultos com necessidadeseducacionais especiais cujos pais ou o próprio aluno optaram poresse serviço, nos casos em que se demonstre que a educaçãonas classes comuns não pode satisfazer as necessidadeseducacionais ou sociais desses educandos e educandas.

Art. 9º - Os serviços conveniados de Educação Especial poderão

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

ser prestados por instituições sem fins lucrativos conveniadas coma Secretaria Municipal de Educação, voltadas ao atendimento decrianças, adolescentes, jovens e adultos com necessidadeseducacionais especiais cujos pais ou o próprio aluno optaram poresse serviço, após avaliação do processo ensino-aprendizagem ese comprovado que não podem se beneficiar dos serviços públicosmunicipais de Educação Especial.

Art. 10 - Os serviços de Educação Especial previstos nos artigos6º, 7º, 8º e 9º deste decreto serão oferecidos em caráter transitório,na perspectiva de se garantir a permanência/retorno à classecomum.

Art. 11 - O Sistema Municipal de Ensino promoverá a acessibilidadeaos educandos e educandas com necessidades educacionaisespeciais, conforme normas técnicas em vigor, mediante aeliminação de:

I - barreiras arquitetônicas, incluindo instalações, equipamentose mobiliário;

II - barreiras nas comunicações, oferecendo capacitação aoseducadores e os materiais/equipamentos necessários.

Art. 12 - A Secretaria Municipal de Educação designaráprofissionais de educação que atendam aos requisitos para atuarcomo professor regente de Sala de Apoio e Acompanhamento àInclusão - SAAI e como Professor de Apoio e Acompanhamento àInclusão - PAAI.

Art. 13 - O núcleo responsável pela Educação Especial perante aSecretaria Municipal de Educação será suprido de recursoshumanos e materiais que viabilizem a implantação e implementaçãoda Política ora instituída no âmbito do Município de São Paulo,bem como fixará normas regulamentares complementares,específicas e intersecretariais.

Art. 14 - Ficam mantidas as Salas de Apoio Pedagógico - SAP,instaladas nas Unidades Educacionais do Ensino Fundamental,

como suporte para alunos que apresentem dificuldades deaprendizagem, para os quais tenham sido esgotadas todas asdiferentes formas de organização da ação educativa, até que sejamoportunamente reorganizadas em legislação específica.

Art. 15 - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogado o Decreto nº 33.891, de 16 de dezembro de 1993.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 18 de outubro de 2004.

Hélio Bicudo. Prefeito em Exercício.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Decreto nº 45.552, de 29 de novembro de 2004

Dispõe sobre o Selo de Acessibilidade, instituído pelo Decretonº 37.648, de 25 de setembro de 1998.

HÉLIO BICUDO, Vice-Prefeito, em exercício no cargo de Prefeitodo Município de São Paulo, no uso de suas atribuições que lhesão conferidas por lei,

D E C R E T A:

Art. 1º - O Selo de Acessibilidade, instituído pelo Decreto nº37.648, de 25 de setembro de 1998, para as edificações, espaços,transportes coletivos, mobiliários e equipamentos urbanos quegarantam a acessibilidade às pessoas com deficiência ou commobilidade reduzida, passa a ser disciplinado nos termos destedecreto.

Art. 2º - O Selo de Acessibilidade deverá ser obrigatoriamenteafixado nas edificações a que se referem as Leis nº 11.345, de 14de abril de 1993, nº 11.424, de 30 de setembro de 1993, alteradapela Lei nº 12.815, de 6 de abril de 1999, e nº 12.821, de 7 de abrilde 1999, que possuam o Certificado de Acessibilidade.

Art. 3º - O Selo de Acessibilidade para as edificações nãoabrangidas pelo artigo 2º deste decreto, para os espaços,transportes coletivos, mobiliários e equipamentos urbanos, poderáser atribuído por iniciativa da própria Administração ou a pedido,dirigido à Comissão Permanente de Acessibilidade - CPA, pelosproprietários ou responsáveis, ficando sua concessão,obrigatoriamente, vinculada à vistoria prévia.

Art. 4º - O Selo de Acessibilidade será afixado obrigatoriamente

em local de ampla visibilidade e, quando na parte externa dasedificações, preferencialmente junto à entrada principal. Parágrafoúnico. O Selo de Acessibilidade, conforme modelos constantes dosAnexos I e II deste decreto, será emitido em duas configurações: ummodelo para afixação em espaços internos e outro para afixação naparte externa das edificações ou em outras localizações externas.

Art. 5º - O Selo de Acessibilidade será emitido pela Secretariada Habitação e Desenvolvimento Urbano - SEHAB, por meio daComissão Permanente de Acessibilidade - CPA.

Art. 6º - Na hipótese de ser constatada irregularidade quecomprometa a acessibilidade para pessoas com deficiência ou commobilidade reduzida, a administração poderá, a qualquer tempo,cassar o Certificado de Acessibilidade e recolher o Selo deAcessibilidade, sem prejuízo das demais sanções previstas nalegislação pertinente.

Art. 7º - A relação dos Selos de Acessibilidade emitidos deveráser publicada, periodicamente, no Diário Oficial do Município.

Art. 8º - A Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano -SEHAB expedirá portaria, no prazo máximo de 60 (sessenta) diasda publicação deste decreto, na qual estabelecerá os procedimentospara a atribuição dos Selos de Acessibilidade, pela ComissãoPermanente de Acessibilidade - CPA.

Art. 9º - As despesas decorrentes da execução deste decretocorrerão por conta das dotações orçamentárias próprias.

Art. 10 - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogado o Decreto nº 37.648, de 25 de setembro de 1998.

Prefeitura do Município de São Paulo, aos 29 de novembro de2004.

Hélio Bicudo. Prefeito em Exercício.

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

Decreto nº 45.811, de 1º de abril de 2005

Dispõe sobre a organização da Secretaria Especial da Pessoacom Deficiência e Mobilidade Reduzida - SEPED; altera adenominação e a lotação dos cargos de provimento em comissãoque especifica.

JOSÉ SERRA, Prefeito do Município de São Paulo, no uso dasatribuições que lhe são conferidas por lei,

CONSIDERANDO o disposto nos artigos 61, § 1º, inciso II, alínea“e”, e 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição Federal,

DECRETA:

Art. 1º - A Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência eMobilidade Reduzida - SEPED, prevista no Decreto nº 45.683, de1º de janeiro de 2005, com as alterações introduzidas pelo Decretonº 45.810, de 1º de abril de 2005, fica organizada de acordo comas normas constantes deste decreto

Art. 2º - A Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência eMobilidade Reduzida - SEPED tem por objetivo conduzir açõesgovernamentais voltadas a realizar as articulações entre os órgãose entidades da Prefeitura e entre os diversos setores da sociedade,visando a implementação da política municipal para as pessoascom deficiência e mobilidade reduzida, cabendo-lhe, em especial:

I - assessorar o Prefeito na definição e implantação das políticaspúblicas voltadas às pessoas com deficiência e mobilidadereduzida;

II - estabelecer e manter relações de parcerias com os órgãose entidades da Prefeitura, bem como com as entidades públicasdas outras esferas de governo e com os demais setores dasociedade civil;

III - buscar o suporte técnico necessário para o desenvolvimento,implantação e acompanhamento das políticas propostas peloConselho Municipal da Pessoa com Deficiência;

IV - atuar na implementação descentralizada da políticamunicipal para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida,no âmbito das Subprefeituras;

V - estabelecer e manter relações e parcerias com a iniciativaprivada, visando a inclusão social da pessoa com deficiência emobilidade reduzida.

Art. 3º - A Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência eMobilidade Reduzida - SEPED constitui-se de:

I - Gabinete do Secretário, com :

a) Chefia de Gabinete;

b) Assessoria Técnica;

c) Assessoria de Imprensa;

II - Coordenadoria Geral de Relações InstitucionaisGovernamentais;

III - Coordenadoria Geral de Relações com a Sociedade Civil;

IV - Comissão Permanente de Acessibilidade - CPA;

V - Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência.

Art. 4º - À Assessoria Técnica cabe assessorar o Secretário eosdemais órgãos que compõem a Secretaria nos assuntos denatureza técnico-administrativa, bem como desenvolver estudos eatividades relacionadas à área de atuação da Pasta.

Art. 5º - A Assessoria de Imprensa tem por atribuição prestar

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

apoio especializado ao Secretário e às demais unidadesadministrativas da Pasta.

Art.6º - A Coordenadoria Geral de Relações InstitucionaisGovernamentais tem as seguintes atribuições:

I - estruturar, desenvolver, fomentar e acompanhar as parceriase ações constantes das políticas propostas pelo ConselhoMunicipal da Pessoa com Deficiência, perante os órgãos eentidades da Prefeitura e os demais órgãos ou entidades públicaspertencentes a outras esferas de governo;

II - sensibilizar as Secretarias Municipais em relação àimportância da implementação das políticas públicas de inclusãosocial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida;

III - apresentar as políticas públicas para órgãos e entidades daPrefeitura;

IV - acompanhar e zelar pela boa aplicação das políticasencaminhadas pela Pasta, órgãos e entidades da Prefeitura;

V - interagir com os governos estaduais e federal;

VI - criar métodos de avaliação sobre as condições deacessibilidade no Município em seus diversos aspectos;

VII - desenvolver métodos de avaliação, visando monitorar aimplementação das políticas públicas dos diversos órgãos eentidades da Prefeitura;

VIII - dar respaldo para que a Comissão Permanente deAcessibilidade - CPA possa tecnicamente avaliar projetos deacessibilidade a serem implementados pelo Município;

IX - desenvolver seus trabalhos em sinergia com os órgãos eentidades da Prefeitura, assegurando o desdobramento daspolíticas estabelecidas para as diferentes realidades regionais;

X - buscar indicações de responsáveis pela interlocução comas demais esferas do setor público.

Parágrafo único - A Coordenadoria Geral de RelaçõesInstitucionais Governamentais, para o pleno desenvolvimento

das suas atividades, contará com a colaboração derepresentantes de todas as Secretarias Municipais, indicadospelos respectivos Secretários, para responderem pelos assuntosconcernentes às suas Pastas.

Art. 7º - A Coordenadoria Geral de Relações com a SociedadeCivil tem as seguintes atribuições:

I - realizar a articulação e as parcerias com os diversossegmentos da sociedade civil, partícipes ou interessados nodesenvolvimento de políticas e ações voltadas às pessoas comnecessidades especiais, pessoas portadoras de deficiência ecom mobilidade reduzida;

II - promover a interação da Secretaria com as instituições dasociedade civil organizada;

III - respaldar o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiênciapara garantir o seu bom funcionamento;

IV - receber e encaminhar à Comissão Permanente deAcessibilidade - CPA projetos de acessibilidade da sociedade civil;

V - participar e apoiar o desenvolvimento, estruturação e açõesrealizadas por entidades voltadas à temática, tais comoorganizações não-governamentais - ONGs, fundações e demaisentidades compostas ou organizadas pela sociedade civil,fomentando o desenvolvimento de novos projetos e parcerias;

VI - promover, em parceria com o terceiro setor, as campanhaspúblicas necessárias à ampliação da inclusão social e dosdireitos das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida,fomentando o acesso à mobilidade urbana, à educação dequalidade, ao digno tratamento de saúde e demais direitos queassegurem a plena cidadania.

Art. 8º - Ficam transferidos para a Secretaria Especial da Pessoacom Deficiência e Mobilidade Reduzida os cargos de provimentoem comissão constantes da coluna “Situação Atual” do AnexoÚnico integrante deste decreto, onde se discriminam asdenominações, lotações, referências de vencimento, quantidades,

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PESSOAS PORTADORAS DE (d)EFICIÊNCIA

partes e tabela e formas de provimento, com as alterações e asadequações necessárias, conforme o caso, previstas na sua coluna“Situação Nova”.

§ 1° - Um cargo de Secretário-Adjunto, Ref. DAS-15, transferidopara o Gabinete da Secretaria Municipal de Gestão na condiçãode reserva, nos termos do § 1º do artigo 2º do Decreto nº 45.731,de 22 de fevereiro de 2005, passa a integrar o Anexo Únicodeste decreto.

§ 2° - Um cargo de Chefe de Assessoria Técnica, Ref. DAS-14,fica transferido do Quadro Específico de Cargos de Provimentoem Comissão para a Secretaria Especial da Pessoa comDeficiência e Mobilidade Reduzida, passando a integrar o AnexoÚnico deste decreto.

Art. 9º - Mantidas a referência, quantidade e forma de provimento,os seguintes cargos de provimento em comissão ficam com adenominação alterada, na conformidade do Anexo Único destedecreto:

I - 2 (dois) cargos de Chefe de Assessoria Técnica, Ref. DAS-14, para Coordenador Geral;

II - 1 (um) cargo de Assessor Técnico, Ref. DAS-12, paraSecretário-Executivo;

III - 1 (um) cargo de Administrador de Mercados e Frigorífico I,Ref. DAI-8, para Assistente III;

IV - 2 (dois) cargos de Encarregado de Setor II, Ref. DAI-5, paraAssistente II;

V - 2 (dois) cargos de Administrador de Mini Mercado, Ref. DAI-4,para Assistente I.

Art. 10 - As Assessorias Jurídica, Técnica e Técnico-Legislativa,bem como a Supervisão Geral de Assuntos Administrativos, todasda Secretaria do Governo Municipal, prestarão apoio à SecretariaEspecial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida -SEPED, no âmbito de suas respectivas áreas de atuação.

Art. 11 - As despesas com a execução deste decreto correrão porconta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas senecessário.

Art 12 - Este decreto entrará em vigor na data da sua publicação.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 1º de abrilde 2005, 452º da fundação de São Paulo.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

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Declaração de Salamanca

A DECLARAÇÃO DE SALAMANCASOBRE PRINCÍPIOS, POLÍTICA E PRÁTICA EM

EDUCAÇÃO ESPECIAL

Reconvocando as várias declarações das Nações Unidas queculminaram no documento das Nações Unidas “Regras Padrõessobre Equalização de Oportunidades para Pessoas comDeficiências”, o qual demanda que os Estados assegurem que aeducação de pessoas com deficiências seja parte integrante dosistema educacional.

Notando com satisfação um incremento no envolvimento degovernos, grupos de advocacia, comunidades e pais, e em particularde organizações de pessoas com deficiências, na busca pelamelhoria do acesso à educação para a maioria daqueles cujasnecessidades especiais ainda se encontram desprovidas; ereconhecendo como evidência para tal envolvimento a participaçãoativa do alto nível de representantes e de vários governos, agênciasespecializadas, e organizações inter-governamentais naquelaConferência Mundial.

1. Nós, os delegados da Conferência Mundial de EducaçãoEspecial, representando 88 governos e 25 organizaçõesinternacionais em assembléia aqui em Salamanca, Espanha,entre 7 e 10 de junho de 1994, reafirmamos o nossocompromisso para com a Educação para Todos, reconhecendoa necessidade e urgência do providenciamento de educaçãopara as crianças, jovens e adultos com necessidadeseducacionais especiais dentro do sistema regular de ensino ere-endossamos a Estrutura de Ação em Educação Especial,em que, pelo espírito de cujas provisões e recomendações

governo e organizações sejam guiados.

2. Acreditamos e Proclamamos que:

- toda criança tem direito fundamental à educação, e deve serdada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado deaprendizagem,

- toda criança possui características, interesses, habilidades enecessidades de aprendizagem que são únicas,

- sistemas educacionais deveriam ser designados e programaseducacionais deveriam ser implementados no sentido de se levarem conta a vasta diversidade de tais características enecessidades,

- aqueles com necessidades educacionais especiais devem teracesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro deuma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer a taisnecessidades,

- escolas regulares que possuam tal orientação inclusivaconstituem os meios mais eficazes de combater atitudesdiscriminatórias criando-se comunidades acolhedoras,construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educaçãopara todos; além disso, tais escolas provêem uma educaçãoefetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, emúltima instância, o custo da eficácia de todo o sistemaeducacional.

3. Nós congregamos todos os governos e demandamos que eles:

- atribuam a mais alta prioridade política e financeira aoaprimoramento de seus sistemas educacionais no sentido dese tornarem aptos a incluírem todas as crianças,independentemente de suas diferenças ou dificuldadesindividuais.

- adotem o princípio de educação inclusiva em forma de lei oude política, matriculando todas as crianças em escolas regulares,a menos que existam fortes razões para agir de outra forma.

- desenvolvam projetos de demonstração e encorajem

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intercâmbios em países que possuam experiências deescolarização inclusiva.

- estabeleçam mecanismos participatórios e descentralizadospara planejamento, revisão e avaliação de provisão educacionalpara crianças e adultos com necessidades educacionaisespeciais.

- encorajem e facilitem a participação de pais, comunidades eorganizações de pessoas portadoras de deficiências nosprocessos de planejamento e tomada de decisão concernentesà provisão de serviços para necessidades educacionaisespeciais.

- invistam maiores esforços em estratégias de identificação eintervenção precoces, bem como nos aspectos vocacionais daeducação inclusiva.

- garantam que, no contexto de uma mudança sistêmica,programas de treinamento de professores, tanto em serviçocomo durante a formação, incluam a provisão de educaçãoespecial dentro das escolas inclusivas.

4. Nós também congregamos a comunidade internacional; emparticular, nós congregamos: - governos com programas decooperação internacional, agências financiadoras internacionais,especialmente as responsáveis pela Conferência Mundial emEducação para Todos, UNESCO, UNICEF, UNDP e o BancoMundial:

- a endossar a perspectiva de escolarização inclusiva e apoiar odesenvolvimento da educação especial como parte integrantede todos os programas educacionais;

- As Nações Unidas e suas agências especializadas, emparticular a ILO, WHO, UNESCO e UNICEF:

- a reforçar seus estímulos de cooperação técnica, bem comoreforçar suas cooperações e redes de trabalho para um apoiomais eficaz à já expandida e integrada provisão em educaçãoespecial;

- organizações não-governamentais envolvidas na programação

e entrega de serviço nos países;

- a reforçar sua colaboração com as entidades oficiais nacionaise intensificar o envolvimento crescente delas no planejamento,implementação e avaliação de provisão em educação especialque seja inclusiva;

- UNESCO, enquanto a agência educacional das Nações Unidas;

- a assegurar que educação especial faça parte de todadiscussão que lide com educação para todos em vários foros;

- a mobilizar o apoio de organizações dos profissionais de ensinoem questões relativas ao aprimoramento do treinamento deprofessores no que diz respeito a necessidade educacionaisespeciais.

- a estimular a comunidade acadêmica no sentido de fortalecerpesquisa, redes de trabalho e o estabelecimento de centrosregionais de informação e documentação e da mesma forma, aservir de exemplo em tais atividades e na disseminação dosresultados específicos e dos progressos alcançados em cadapaís no sentido de realizar o que almeja a presente Declaração.

- a mobilizar FUNDOS através da criação (dentro de seu próximoPlanejamento a Médio Prazo. 1996-2000) de um programaextensivo de escolas inclusivas e programas de apoiocomunitário, que permitiriam o lançamento de projetos-pilotoque demonstrassem novas formas de disseminação e odesenvolvimento de indicadores de necessidade e de provisãode educação especial.

5. Por último, expressamos nosso caloroso reconhecimento aogoverna da Espanha e à UNESCO pela organização daConferência e demandamo-lhes realizarem todos os esforçosno sentido de trazer esta Declaração e sua relativa Estrutura deAção da comunidade mundial, especialmente em eventosimportantes tais como o Tratado Mundial de DesenvolvimentoSocial ( em Kopenhagen, em 1995) e a Conferência Mundialsobre a Mulher (em Beijing, e, 1995). Adotada por aclamaçãona cidade de Salamanca, Espanha, neste décimo dia de junhode 1994.

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ESTRUTURA DE AÇÃO EM EDUCAÇÃOESPECIALIntrodução

1. Esta Estrutura de Ação em Educação Especial foi adotadapela conferencia Mundial em Educação Especial organizadapelo governo da Espanha em cooperação com a UNESCO,realizada em Salamanca entre 7 e 10 de junho de 1994. Seuobjetivo é informar sobre políticas e guias ações governamentais,de organizações internacionais ou agências nacionais de auxílio,organizações não-governamentais e outras instituições naimplementação da Declaração de Salamanca sobre princípios,Política e prática em Educação Especial. A Estrutura de Açãobaseia-se fortemente na experiência dos países participantes etambém nas resoluções, recomendações e publicações dosistema das Nações Unidas e outras organizações inter-governamentais, especialmente o documento “Procedimentos-Padrões na Equalização de Oportunidades para pessoasPortadoras de Deficiência” . Tal Estrutura de Ação tambémleva em consideração as propostas, direções e recomendaçõesoriginadas dos cinco seminários regionais preparatórios daConferência Mundial.

2.O direito de cada criança a educação é proclamado naDeclaração Universal de Direitos Humanos e foi fortementereconfirmado pela Declaração Mundial sobre Educação paraTodos. Qualquer pessoa portadora de deficiência tem o direitode expressar seus desejos com relação à sua educação, tantoquanto estes possam ser realizados. Pais possuem o direitoinerente de serem consultados sobre a forma de educação maisapropriadas às necessidades, circunstâncias e aspirações desuas crianças.

3.O princípio que orienta esta Estrutura é o de que escolasdeveriam acomodar todas as crianças independentemente desuas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais,

lingüísticas ou outras. Aquelas deveriam incluir criançasdeficientes e super-dotadas, crianças de rua e que trabalham,crianças de origem remota ou de população nômade, criançaspertencentes a minorias lingüísticas, étnicas ou culturais, ecrianças de outros grupos desavantajados ou marginalizados.Tais condições geram uma variedade de diferentes desafios aossistemas escolares. No contexto desta Estrutura, o termo“necessidades educacionais especiais” refere-se a todas aquelascrianças ou jovens cujas necessidades educacionais especiaisse originam em função de deficiências ou dificuldades deaprendizagem. Muitas crianças experimentam dificuldades deaprendizagem e portanto possuem necessidades educacionaisespeciais em algum ponto durante a sua escolarização. Escolasdevem buscar formas de educar tais crianças bem-sucedidamente, incluindo aquelas que possuam desvantagensseveras. Existe um consenso emergente de que crianças ejovens com necessidades educacionais especiais devam serincluídas em arranjos educacionais feitos para a maioria dascrianças. Isto levou ao conceito de escola inclusiva. O desafioque confronta a escola inclusiva é no que diz respeito aodesenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança e capazde bem-sucedidamente educar todas as crianças, incluindoaquelas que possuam desvantagens severa. O mérito de taisescolas não reside somente no fato de que elas sejam capazesde prover uma educação de alta qualidade a todas as crianças:o estabelecimento de tais escolas é um passo crucial no sentidode modificar atitudes discriminatórias, de criar comunidadesacolhedoras e de desenvolver uma sociedade inclusiva.

4. Educação Especial incorpora os mais do que comprovadosprincípios de uma forte pedagogia da qual todas as criançaspossam se beneficiar. Ela assume que as diferenças humanassão normais e que, em consonância com a aprendizagem deser adaptada às necessidades da criança, ao invés de se adaptara criança às assunções pré-concebidas a respeito do ritmo eda natureza do processo de aprendizagem. Uma pedagogiacentrada na criança é beneficial a todos os estudantes e,consequentemente, à sociedade como um todo. A experiência

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tem demonstrado que tal pedagogia pode consideravelmentereduzir a taxa de desistência e repetência escolar (que são tãocaracterísticas de tantos sistemas educacionais) e ao mesmotempo garantir índices médios mais altos de rendimento escolar.Uma pedagogia centrada na criança pode impedir o desperdíciode recursos e o enfraquecimento de esperanças, tãofreqüentemente conseqüências de uma instrução de baixaqualidade e de uma mentalidade educacional baseada na idéiade que “um tamanho serve a todos”. Escolas centradas nacriança são além do mais a base de treino para uma sociedadebaseada no povo, que respeita tanto as diferenças quanto adignidade de todos os seres humanos. Uma mudança deperspectiva social é imperativa. Por um tempo demasiadamentelongo os problemas das pessoas portadoras de deficiênciastêm sido compostos por uma sociedade que inabilita, que temprestado mais atenção aos impedimentos do que aos potenciaisde tais pessoas.

5. Esta Estrutura de Ação compõe-se das seguintes seções:

I. Novo pensar em educação especial

II. Orientações para a ação em nível nacional:

A. Política e Organização

B. Fatores Relativos à Escola

C. Recrutamento e Treinamento de Educadores

D. Serviços Externos de Apoio

E. Áreas Prioritárias

F. Perspectivas Comunitárias

G. Requerimentos Relativos a Recursos

III. Orientações para ações em níveis regionais einternacionais

6. A tendência em política social durante as duas últimas décadastem sido a de promover integração e participação e de combatera exclusão. Inclusão e participação são essenciais à dignidadehumana e ao desfrutamento e exercício dos direitos humanos.Dentro do campo da educação, isto se reflete no

desenvolvimento de estratégias que procuram promover a genuínaequalização de oportunidades. Experiências em vários paísesdemonstram que a integração de crianças e jovens comnecessidades educacionais especiais é melhor alcançadadentro de escolas inclusivas, que servem a todas as criançasdentro da comunidade. É dentro deste contexto que aquelescom necessidades educacionais especiais podem atingir omáximo progresso educacional e integração social. Ao mesmotempo em que escolas inclusivas provêem um ambiente favorávelà aquisição de igualdade de oportunidades e participação total,o sucesso delas requer um esforço claro, não somente por partedos professores e dos profissionais na escola, mas tambémpor parte dos colegas, pais, famílias e voluntários. A reformadas instituições sociais não constitui somente um tarefa técnica,ela depende, acima de tudo, de convicções, compromisso edisposição dos indivíduos que compõem a sociedade.

7. Principio fundamental da escola inclusiva é o de que todasas crianças devem aprender juntas, sempre que possível,independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças queelas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer eresponder às necessidades diversas de seus alunos,acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem eassegurando uma educação de qualidade à todos através deum currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégiasde ensino, uso de recurso e parceria com as comunidades. Naverdade, deveria existir uma continuidade de serviços e apoioproporcional ao contínuo de necessidades especiaisencontradas dentro da escola.

8. Dentro das escolas inclusivas, crianças com necessidadeseducacionais especiais deveriam receber qualquer suporte extrarequerido para assegurar uma educação efetiva. Educaçãoinclusiva é o modo mais eficaz para construção de solidariedadeentre crianças com necessidades educacionais especiais e seuscolegas. O encaminhamento de crianças a escolas especiaisou a classes especiais ou a sessões especiais dentro da escolaem caráter permanente deveriam constituir exceções, a serrecomendado somente naqueles casos infreqüentes onde fique

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claramente demonstrado que a educação na classe regular sejaincapaz de atender às necessidades educacionais ou sociaisda criança ou quando sejam requisitados em nome do bem-estar da criança ou de outras crianças.

9. A situação com respeito à educação especial variaenormemente de um país a outro. Existem por exemplo, paísesque possuem sistemas de escolas especiais fortementeestabelecidos para aqueles que possuam impedimentosespecíficos. Tais escolas especais podem representar umvalioso recurso para o desenvolvimento de escolas inclusivas.Os profissionais destas instituições especiais possuem nívelde conhecimento necessário à identificação precoce de criançasportadoras de deficiências. Escolas especiais podem servir comocentro de treinamento e de recurso para os profissionais dasescolas regulares. Finalmente, escolas especiais ou unidadesdentro das escolas inclusivas podem continuar a prover aeducação mais adequada a um número relativamente pequenode crianças portadoras de deficiências que não possam seradequadamente atendidas em classes ou escolas regulares.Investimentos em escolas especiais existentes deveriam sercanalizados a este novo e amplificado papel de prover apoioprofissional às escolas regulares no sentido de atender àsnecessidades educacionais especiais. Uma importantecontribuição às escolas regulares que os profissionais dasescolas especiais podem fazer refere-se à provisão de métodose conteúdos curriculares às necessidades individuais dosalunos.

10. Países que possuam poucas ou nenhuma escolas especialseriam em geral, fortemente aconselhados a concentrar seusesforços no desenvolvimento de escolas inclusivas e serviçosespecializados - em especial, provisão de treinamento deprofessores em educação especial e estabelecimento derecursos adequadamente equipados e assessorados, para osquais as escolas pudessem se voltar quando precisassem deapoio - deveriam tornar as escolas aptas a servir à vasta maioriade crianças e jovens. A experiência, principalmente em paísesem desenvolvimento, indica que o alto custo de escolas

especiais significa na prática, que apenas uma pequena minoriade alunos, em geral uma elite urbana, se beneficia delas. Avasta maioria de alunos com necessidades especiais,especialmente nas áreas rurais, é consequentemente, desprovidade serviços. De fato, em muitos países em desenvolvimento,estima-se que menos de um por cento das crianças comnecessidades educacionais especiais são incluídas na provisãoexistente. Além disso, a experiência sugere que escolasinclusivas, servindo a todas as crianças numa comunidade sãomais bem sucedidas em atrair apoio da comunidade e em acharmodos imaginativos e inovadores de uso dos limitados recursosque sejam disponíveis. Planejamento educacional da parte dosgovernos, portanto, deveria ser concentrado em educação paratodas as pessoas, em todas as regiões do país e em todas ascondições econômicas, através de escolas públicas e privadas.

11. Existem milhões de adultos com deficiências e sem acessosequer aos rudimentos de uma educação básica, principalmentenas regiões em desenvolvimento no mundo, justamente porqueno passado uma quantidade relativamente pequena de criançascom deficiências obteve acesso à educação. Portanto, umesforço concentrado é requerido no sentido de se promover aalfabetização e o aprendizado da matemática e de habilidadesbásicas às pessoas portadoras de deficiências através deprogramas de educação de adultos. Também é importante quese reconheça que mulheres têm freqüentemente sidoduplamente desavantajadas, com preconceitos sexuaiscompondo as dificuldades causadas pelas suas deficiências.Mulheres e homens deveriam possuir a mesma influência nodelineamento de programas educacionais e as mesmasoportunidades de se beneficiarem de tais. Esforços especiaisdeveriam ser feitos no sentido de se encorajar a participação demeninas e mulheres com deficiências em programaseducacionais.

12. Esta estrutura pretende ser um guia geral ao planejamentode ação em educação especial. Tal estrutura, evidentemente,não tem meios de dar conta da enorme variedade de situaçõesencontradas nas diferentes regiões e países do mundo e deve

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desta maneira, ser adaptada no sentido ao requerimento ecircunstâncias locais. Para que seja efetiva, ela deve sercomplementada por ações nacionais, regionais e locaisinspirados pelo desejo político e popular de alcançar educaçãopara todos.

II. LINHAS DE AÇÃO EM NÍVEL NACIONALA. POLÍTICA E ORGANIZAÇÃO

17. objetivem atingir educação para todos. Mesmo naquelescasos excepcionais em que crianças sejam colocadas emescolas especiais, a educação dela não precisa ser inteiramentesegregada. Freqüência em regime não-integral nas escolasregulares deveria ser encorajada. Provisões necessárias deveriamtambém ser feitas no sentido de assegurar inclusão de jovens eadultos com necessidade especiais em educação secundáriae superior bem como em programa de treinamento. Atençãoespecial deveria ser dada à garantia da igualdade de acesso eoportunidade para meninas e mulheres portadoras dedeficiências.

18. Atenção especial deveria ser prestada às necessidades dascrianças e jovens com deficiências múltiplas ou severas. Elespossuem os mesmos direitos que outros na comunidade, àobtenção de máxima independência na vida adulta e deveriamser educados neste sentido, ao máximo de seus potenciais.

19. Políticas educacionais deveriam levar em total consideraçãoas diferenças e situações individuais. A importância da linguagemde signos como meio de comunicação entre os surdos, porexemplo, deveria ser reconhecida e provisão deveria ser feita nosentido de garantir que todas as pessoas surdas tenham acessoa educação em sua língua nacional de signos. Devido àsnecessidades particulares de comunicação dos surdos e daspessoas surdas/cegas, a educação deles pode ser maisadequadamente provida em escolas especiais ou classesespeciais e unidades em escolas regulares.

20. Reabilitação comunitária deveria ser desenvolvida como partede uma estratégia global de apoio a uma educaçãofinanceiramente efetiva e treinamento para pessoas comnecessidade educacionais especiais. Reabilitação comunitáriadeveria ser vista como uma abordagem específica dentro dodesenvolvimento da comunidade objetivando a reabilitação,equalização de oportunidades e integração social de todas aspessoas portadoras de deficiências; deveria ser implementadaatravés de esforços combinados entre as pessoas portadorasde deficiências, suas famílias e comunidades e os serviçosapropriados de educação, saúde, bem-estar e vocacional.

21. Ambos os arranjos políticos e de financiamento deveriamencorajar e facilitar o desenvolvimento de escolas inclusivas.Barreiras que impeçam o fluxo de movimento da escola especialpara a regular deveriam ser removidas e uma estruturaadministrativa comum deveria ser organizada. Progresso emdireção à inclusão deveria ser cuidadosamente monitoradoatravés do agrupamento de estatísticas capazes de revelar onúmero de estudantes portadores de deficiências que sebeneficiam dos recursos, know-how e equipamentos direcionadosà educação especial bem como o número de estudantes comnecessidades educacionais especiais matriculados nas escolasregulares.

22. Coordenação entre autoridades educacionais e asresponsáveis pela saúde, trabalho e assistência social deveriaser fortalecida em todos os níveis no sentido de promoverconvergência e complementariedade, Planejamento ecoordenação também deveriam levar em conta o papel real e opotencial que agências semi-públicas e organizações não-governamentais podem ter. Um esforço especial necessita serfeito no sentido de se atrair apoio comunitário à provisão deserviços educacionais especiais.

23. Autoridades nacionais têm a responsabilidade de monitorarfinanciamento externo à educação especial e trabalhando emcooperação com seus parceiros internacionais, assegurar quetal financiamento corresponda às prioridades nacionais e

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políticas que objetivem atingir educação para todos. Agênciasbilaterais e multilaterais de auxílio , por sua parte, deveriamconsiderar cuidadosamente as políticas nacionais com respeitoà educação especial no planejamento e implementação deprogramas em educação e áreas relacionadas.

B. FATORES RELATIVOS À ESCOLA

24. o desenvolvimento de escolas inclusivas que ofereçamserviços a uma grande variedade de alunos em ambas as áreasrurais e urbanas requer a articulação de uma política clara eforte de inclusão junto com provisão financeira adequada - umesforço eficaz de informação pública para combater opreconceito e criar atitudes informadas e positivas - um programaextensivo de orientação e treinamento profissional - e a provisãode serviços de apoio necessários. Mudanças em todos osseguintes aspectos da escolarização, assim como em muitosoutros, são necessárias para a contribuição de escolas inclusivasbem-sucedidas: currículo, prédios, organização escolar,pedagogia, avaliação, pessoal, filosofia da escola e atividadesextra-curriculares.

25. Muitas das mudanças requeridas não se relacionamexclusivamente à inclusão de crianças com necessidadeseducacionais especiais. Elas fazem parte de um reforma maisampla da educação, necessária para o aprimoramento daqualidade e relevância da educação, e para a promoção de níveisde rendimento escolar superiores por parte de todos osestudantes. A Declaração Mundial sobre Educação para Todosenfatizou a necessidade de uma abordagem centrada na criançaobjetivando a garantia de uma escolarização bem-sucedida paratodas as crianças. A adoção de sistemas mais flexíveis eadaptativos, capazes de mais largamente levar em consideraçãoas diferentes necessidades das crianças irá contribuir tanto parao sucesso educacional quanto para a inclusão. As seguintesorientações enfocam pontos a ser considerados na integraçãode crianças com necessidades educacionais especiais em

escolas inclusivas. Flexibilidade Curricular.

26. O currículo deveria ser adaptado às necessidades dascrianças, e não vice-versa. Escolas deveriam, portanto, proveroportunidades curriculares que sejam apropriadas a criança comhabilidades e interesses diferentes.

27. Crianças com necessidades especiais deveriam receberapoio instrucional adicional no contexto do currículo regular, enão de um currículo diferente. O princípio regulador deveria sero de providenciar a mesma educação a todas as crianças, etambém prover assistência adicional e apoio às crianças queassim o requeiram.

28. A aquisição de conhecimento não é somente uma questãode instrução formal e teórica. O conteúdo da educação deveriaser voltado a padrões superiores e às necessidades dosindivíduos com o objetivo de torná-los aptos a participartotalmente no desenvolvimento. O ensino deveria ser relacionadoàs experiências dos alunos e a preocupações práticas no sentidode melhor motivá-los.

29. Para que o progresso da criança seja acompanhado, formasde avaliação deveriam ser revistas. Avaliação formativa deveriaser incorporada no processo educacional regular no sentido demanter alunos e professores informados do controle daaprendizagem adquirida, bem como no sentido de identificardificuldades e auxiliar os alunos a superá-las.

30. Para crianças com necessidades educacionais especiaisuma rede contínua de apoio deveria ser providenciada, comvariação desde a ajuda mínima na classe regular até programasadicionais de apoio à aprendizagem dentro da escola eexpandindo, conforme necessário, à provisão de assistênciadada por professores especializados e pessoal de apoio externo.

31. Tecnologia apropriada e viável deveria ser usada quandonecessário para aprimorar a taxa de sucesso no currículo daescola e para ajudar na comunicação, mobilidade eaprendizagem. Auxílios técnicos podem ser oferecidos de modomais econômico e efetivo se eles forem providos a partir de uma

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associação central em cada localidade, aonde haja know-howque possibilite a conjugação de necessidades individuais eassegure a manutenção.

32. Capacitação deveria ser originada e pesquisa deveria serlevada a cabo em níveis nacional e regional no sentido dedesenvolver sistemas tecnológicos de apoio apropriados àeducação especial. Estados que tenham ratificado o Acordo deFlorença deveriam ser encorajados a usar tal instrumento nosentido de facilitar a livre circulação de materiais e equipamentosàs necessidades das pessoas com deficiências. Da mesmaforma, Estados que ainda não tenham aderido ao Acordo ficamconvidados a assim fazê-lo para que se facilite a livre circulaçãode serviços e bens de natureza educacional e cultural.

Administração da Escola

33. Administradores locais e diretores de escolas podem terum papel significativo quanto a fazer com que as escolasrespondam mais às crianças com necessidades educacionaisespeciais desde de que a eles sejam fornecidos a devidaautonomia e adequado treinamento para que o possam fazê-lo.Eles (administradores e diretores) deveriam ser convidados adesenvolver uma administração com procedimentos maisflexíveis, a reaplicar recursos instrucionais, a diversificar opçõesde aprendizagem, a mobilizar auxílio individual, a oferecer apoioaos alunos experimentando dificuldades e a desenvolver relaçõescom pais e comunidades, Uma administração escolar bemsucedida depende de um envolvimento ativo e reativo deprofessores e do pessoal e do desenvolvimento de cooperaçãoefetiva e de trabalho em grupo no sentido de atender asnecessidades dos estudantes.

34. Diretores de escola têm a responsabilidade especial depromover atitudes positivas através da comunidade escolar evia arranjando uma cooperação efetiva entre professores de classee pessoal de apoio. Arranjos apropriados para o apoio e o exatopapel a ser assumido pelos vários parceiros no processoeducacional deveria ser decidido através de consultoria enegociação.

35. Cada escola deveria ser uma comunidade coletivamenteresponsável pelo sucesso ou fracasso de cada estudante. Ogrupo de educadores, ao invés de professores individualmente,deveria dividir a responsabilidade pela educação de criançascom necessidades especiais. Pais e voluntários deveriam serconvidados assumir participação ativa no trabalho da escola.Professores, no entanto, possuem um papel fundamentalenquanto administradores do processo educacional, apoiandoas crianças através do uso de recursos disponíveis, tanto dentrocomo fora da sala de aula.

Informação e Pesquisa

36. A disseminação de exemplos de boa prática ajudaria oaprimoramento do ensino e aprendizagem. Informação sobreresultados de estudos que sejam relevantes também seriavaliosa. A demonstração de experiência e o desenvolvimento decentros de informação deveriam receber apoio a nível nacional,e o acesso a fontes de informação deveria ser ampliado.

37. A educação especial deveria ser integrada dentro deprogramas de instituições de pesquisa e desenvolvimento e decentros de desenvolvimento curricular. Atenção especial deveriaser prestada nesta área, a pesquisa-ação locando em estratégiasinovadoras de ensino-aprendizagem. professores deveriamparticipar ativamente tanto na ação quanto na reflexão envolvidasem tais investigações. Estudos-piloto e estudos de profundidadedeveriam ser lançados para auxiliar tomadas de decisões e paraprover orientação futura. Tais experimentos e estudos deveriamser levados a cabo numa base de cooperação entre vários países.

C. RECRUTAMENTO E TREINAMENTO DEEDUCADORES

38. Preparação apropriada de todos os educadores constitui-seum fator chave na promoção de progresso no sentido doestabelecimento de escolas inclusivas. As seguintes açõespoderiam ser tomadas. Além disso, a importância do

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recrutamento de professores que possam servir como modelopara crianças portadoras de deficiências torna-se cada vez maisreconhecida.

39. Treinamento pré-profissional deveria fornecer a todos osestudantes de pedagogia de ensino primário ou secundário,orientação positiva frente à deficiência, desta formadesenvolvendo um entendimento daquilo que pode ser alcançadonas escolas através dos serviços de apoio disponíveis nalocalidade. O conhecimento e habilidades requeridas dizemrespeito principalmente à boa prática de ensino e incluem aavaliação de necessidades especiais, adaptação do conteúdocurricular, utilização de tecnologia de assistência,individualização de procedimentos de ensino no sentido deabarcar uma variedade maior de habilidades, etc. Nas escolaspráticas de treinamento de professores, atenção especial deveriaser dada à preparação de todos os professores para queexercitem sua autonomia e apliquem suas habilidades naadaptação do currículo e da instrução no sentido de atender asnecessidades especiais dos alunos, bem como no sentido decolaborar com os especialistas e cooperar com os pais.

40. Um problema recorrente em sistemas educacionais, mesmonaqueles que provêem excelentes serviços para estudantesportadores de deficiências refere-se a falta de modelos paratais estudantes. alunos de educação especial requeremoportunidades de interagir com adultos portadores de deficiênciasque tenham obtido sucesso de forma que eles possam ter umpadrão para seus próprios estilos de vida e aspirações combase em expectativas realistas. Além disso, alunos portadoresde deficiências deveriam ser treinados e providos de exemplosde atribuição de poderes e liderança à deficiência de forma queeles possam auxiliar no modelamento de políticas que irão afetá-los futuramente. Sistemas educacionais deveriam, portanto,basear o recrutamento de professores e outros educadores quepodem e deveriam buscar, para a educação de criançasespeciais, o envolvimento de indivíduos portadores de deficiênciasque sejam bem sucedidos e que provenham da mesma região.

41. As habilidades requeridas para responder as necessidadeseducacionais especiais deveriam ser levadas em consideraçãodurante a avaliação dos estudos e da graduação de professores.

42. Como formar prioritária, materiais escritos deveriam serpreparados e seminários organizados para administradoreslocais, supervisores, diretores e professores, no sentido dedesenvolver suas capacidades de prover liderança nesta área ede aposta e treinar pessoal menos experiente.

43. O menor desafio reside na provisão de treinamento emserviço a todos os professores, levando-se em consideração asvariadas e freqüentemente difíceis condições sob as quais elestrabalham. Treinamento em serviço deveria sempre que possível,ser desenvolvido ao nível da escola e por meio de interação comtreinadores e apoiado por técnicas de educação à distância eoutras técnicas auto-didáticas.

44. Treinamento especializado em educação especial que leveàs qualificações profissionais deveria normalmente ser integradocom ou precedido de treinamento e experiência como uma formaregular de educação de professores para que acomplementariedade e a mobilidade sejam asseguradas.

45. O Treinamento de professores especiais necessita serreconsiderado com a intenção de se lhes habilitar a trabalharem ambientes diferentes e de assumir um papel-chave emprogramas de educação especial. Uma abordagem não-categorizante que embarque todos os tipos de deficiênciasdeveria ser desenvolvida como núcleo comum e anterior àespecialização em uma ou mais áreas específicas dedeficiência.

46. Universidades possuem um papel majoritário no sentido deaconselhamento no processo de desenvolvimento da educaçãoespecial, especialmente no que diz respeito à pesquisa,avaliação, preparação de formadores de professores edesenvolvimento de programas e materiais de treinamento. Redesde trabalho entre universidades e instituições de aprendizagemsuperior em países desenvolvidos e em desenvolvimento deveriam

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ser promovidas. A ligação entre pesquisa e treinamento nestesentido é de grande significado. Também é muito importante oenvolvimento ativo de pessoas portadoras de deficiência empesquisa e em treinamento pata que se assegure que suasperspectivas sejam completamente levadas em consideração.

D. SERVIÇOS EXTERNOS DE APOIO

47. A provisão de serviços de apoio é de fundamental importânciapara o sucesso de políticas educacionais inclusivas. Para quese assegure que, em todos os níveis, serviços externos sejamcolocados à disposição de crianças com necessidadesespeciais, autoridades educacionais deveriam considerar oseguinte:

48. Apoio às escolas regulares deveria ser providenciado tantopelas instituições de treinamento de professores quanto pelotrabalho de campo dos profissionais das escolas especiais. Osúltimos deveriam ser utilizados cada vez mais como centros derecursos para as escolas regulares, oferecendo apoio diretoaquelas crianças com necessidades educacionais especiais.Tanto as instituições de treinamento como as escolas especiaispodem prover o acesso a materiais e equipamentos, bem comoo treinamento em estratégias de instrução que não sejamoferecidas nas escolas regulares.

49. O apoio externo do pessoal de recurso de várias agências,departamentos e instituições, tais como professor-consultor,psicólogos escolares, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais,etc.., deveria ser coordenado em nível local. O agrupamento deescolas tem comprovadamente se constituído numa estratégiaútil na mobilização de recursos educacionais bem como noenvolvimento da comunidade. Grupos de escolas poderiam sercoletivamente responsáveis pela provisão de serviços a alunoscom necessidades educacionais especiais em suas áreas e (atais grupos de escolas) poderia ser dado o espaço necessáriopara alocarem os recursos conforme o requerido. Tais arranjos

também deveriam envolver serviços não educacionais. De fato,a experiência sugere que serviços educacionais se beneficiariamsignificativamente caso maiores esforços fossem feitos paraassegurar o ótimo uso de todo o conhecimento e recursosdisponíveis.

E. ÁREAS PRIORITÁRIAS

50. A integração de crianças e jovens com necessidades edu-cacionais especiais seria mais efetiva e bem-sucedida seconsideração especial fosse dada a planos de desenvolvimentoeducacional nas seguintes áreas: educação infantil, para garantira educabilidade de todas as crianças: transição da educaçãopara a vida adulta do trabalho e educação de meninas.

Educação Infantil

51. O sucesso de escolas inclusivas depende em muito daidentificação precoce, avaliação e estimulação de crianças pré-escolares com necessidades educacionais especiais.Assistência infantil e programas educacionais para crianças atéa idade de 6 anos deveriam ser desenvolvidos e/ou reorientadosno sentido de promover o desenvolvimento físico, intelectual esocial e a prontidão para a escolarização. Tais programaspossuem um grande valor econômico para o indivíduo, a famíliae a sociedade na prevenção do agravamento de condições queinabilitam a criança. Programas neste nível deveriam reconhecero princípio da inclusão e ser desenvolvidos de uma maneiraabrangente, através da combinação de atividades pré-escolarese saúde infantil.

52. Vários países têm adotado políticas em favor da educaçãoinfantil, tanto através do apoio no desenvolvimento de jardins deinfância e pré-escolas, como pela organização de informaçãoàs famílias e de atividades de conscientização em colaboraçãocom serviços comunitários (saúde, cuidados maternos e infantis)com escolas e com associações locais de famílias ou de mulheres.

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Preparação para a Vida Adulta

53. Jovens com necessidades educacionais especiais deveriamser auxiliados no sentido de realizarem uma transição efetivada escola para o trabalho. Escolas deveriam auxiliá-los a setornarem economicamente ativos e provê-los com as habilidadesnecessárias ao cotidiano da vida, oferecendo treinamento emhabilidades que correspondam às demandas sociais e decomunicação e às expectativas da vida adulta. Isto implica emtecnologias adequadas de treinamento, incluindo experiênciasdiretas em situações da vida real, fora da escola. O currículopara estudantes mais maduros e com necessidadeseducacionais especiais deveria incluir programas específicosde transição, apoio de entrada para a educação superior sempreque possível e conseqüente treinamento vocacional que osprepare a funcionar independentemente enquanto membroscontribuintes em suas comunidades e após o término daescolarização. Tais atividades deveria ser levadas a cabo com oenvolvimento ativo de aconselhadores vocacionais, oficinas detrabalho, associações de profissionais, autoridades locais e seusrespectivos serviços e agências.

Educação de Meninas

54. Meninas portadoras de deficiências encontram-se em dupladesvantagem. Um esforço especial se requer no sentido de seprover treinamento e educação para meninas com necessidadeseducacionais especiais. Além de ganhar acesso a escola,meninas portadoras de deficiências deveriam ter acesso àinformação, orientação e modelos que as auxiliem a fazerescolhas realistas e as preparem para desempenharem seusfuturos papéis enquanto mulheres adultas.

Educação de Adultos e Estudos Posteriores

55. Pessoas portadoras de deficiências deveriam receberatenção especial quanto ao desenvolvimento e implementaçãode programas de educação de adultos e de estudos posteriores.Pessoas portadoras de deficiências deveriam receber prioridade

de acesso à tais programas. Cursos especiais também poderiamser desenvolvidos no sentido de atenderem às necessidades econdições de diferentes grupos de adultos portadores dedeficiência.

F. PERSPECTIVAS COMUNITÁRIAS

56. A realização do objetivo de uma educação bem- sucedidade crianças com necessidades educacionais especiais nãoconstitui tarefa somente dos Ministérios de Educação e dasescolas. Ela requer a cooperação das famílias e a mobilizaçãodas comunidades e de organizações voluntárias, assim como oapoio do público em geral. A experiência provida por países ouáreas que têm testemunhado progresso na equalização deoportunidades educacionais para crianças portadoras dedeficiência sugere uma série de lições úteis.

Parceria com os Pais

57. A educação de crianças com necessidades educacionaisespeciais é uma tarefa a ser dividida entre pais e profissionais.Uma atitude positiva da parte dos pais favorece a integraçãoescolar e social. Pais necessitam de apoio para que possamassumir seus papéis de pais de uma criança com necessidadesespeciais. O papel das famílias e dos pais deveria ser aprimoradoatravés da provisão de informação necessária em linguagemclara e simples; ou enfoque na urgência de informação e detreinamento em habilidades paternas constitui uma tarefaimportante em culturas aonde a tradição de escolarização sejapouca.

58. Pais constituem parceiros privilegiados no que concerne asnecessidades especiais de suas crianças, e desta maneira elesdeveriam, o máximo possível, ter a chance de poder escolher otipo de provisão educacional que eles desejam para suascrianças.

59. Uma parceria cooperativa e de apoio entre administradores

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escolares, professores e pais deveria ser desenvolvida e paisdeveriam ser considerados enquanto parceiros ativos nosprocessos de tomada de decisão. Pais deveriam ser encorajadosa participar em atividades educacionais em casa e na escola(aonde eles poderiam observar técnicas efetivas e aprender comoorganizar atividades extra-curriculares), bem como na supervisãoe apoio à aprendizagem de suas crianças.

60. Governos deveriam tomar a liderança na promoção deparceria com os pais, através tanto de declarações políticasquanto legais no que concerne aos direitos paternos. Odesenvolvimento de associações de pais deveria ser promovidae seus representante envolvidos no delineamento eimplementação de programas que visem o aprimoramento daeducação de seus filhos. Organizações de pessoas portadorasde deficiências também deveriam ser consultadas no que dizrespeito ao delineamento e implementação de programas.

Envolvimento da Comunidade

61. A descentralização e o planejamento local favorecem ummaior envolvimento de comunidades na educação e treinamentode pessoas com necessidades educacionais especiais.Administradores locais deveriam encorajar a participação dacomunidade através da garantia de apoio às associaçõesrepresentativas e convidando-as a tomarem parte no processode tomada de decisões. Com este objetivo em vista, mobilizandoe monitorando mecanismos formados pela administração civillocal, pelas autoridades de desenvolvimento educacional e desaúde, líderes comunitários e organizações voluntárias deveriamestar estabelecidos em áreas geográficas suficientementepequenas para assegurar uma participação comunitáriasignificativa.

62. O envolvimento comunitário deveria ser buscado no sentidode suplementar atividades na escola, de prover auxílio naconcretização de deveres de casa e de compensar a falta deapoio familiar. Neste sentido, o papel das associações de bairrodeveria ser mencionado no sentido de que tais forneçam espaçosdisponíveis, como também o papel das associações de famílias,

de clubes e movimentos de jovens, e o papel potencial daspessoas idosas e outros voluntários incluindo pessoas portadorasde deficiências em programas tanto dentro como fora da escola.

63. Sempre que ação de reabilitação comunitária seja providapor iniciativa externa, cabe à comunidade decidir se o programase tornará parte das atividades de desenvolvimento dacomunidade. Aos vários parceiros na comunidade, incluindoorganizações de pessoas portadoras de deficiência e outrasorganizações não-governamentais deveria ser dada a devidaautonomia para se tornarem responsáveis pelo programa.Sempre que apropriado, agências governamentais em níveisnacional e local também deveriam prestar apoio.

O Papel das Organizações Voluntárias

64. Uma vez que organizações voluntárias e não- governamentaispossuem maior liberdade para agir e podem responder maisprontamente às necessidades expressas, elas deveriam serapoiadas no desenvolvimento de novas idéias e no trabalhopioneiro de inovação de métodos de entrega de serviços. Taisorganizações podem desempenhar o papel fundamental deinovadores e catalizadores e expandir a variedade de programasdisponíveis à comunidade.

65. Organizações de pessoas portadoras de deficiências - ouseja, aquelas que possuam influência decisiva deveriam serconvidadas a tomar parte ativa na identificação de necessidades,expressando sua opinião a respeito de prioridades, administrandoserviços, avaliando desempenho e defendendo mudanças.

Conscientização Pública

66. Políticos em todos os níveis, incluindo o nível da escola,deveriam regularmente reafirmar seu compromisso para com ainclusão e promover atitudes positivas entre as crianças,professores e público em geral, no que diz respeito aos quepossuem necessidades educacionais especiais.

67. A mídia possui um papel fundamental na promoção deatitudes positivas frente a integração de pessoas portadoras dedeficiência na sociedade. Superando preconceitos e má

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informação, e difundindo um maior otimismo e imaginação sobreas capacidades das pessoas portadoras de deficiência. A mídiatambém pode promover atitudes positivas em empregadores comrelação ao emprego de pessoas portadoras de deficiência. Amídia deveria acostumar-se a informar o público a respeito denovas abordagens em educação, particularmente no que dizrespeito à provisão em educação especial nas escolas regulares,através da popularização de exemplos de boa prática eexperiências bem-sucedidas.

G. REQUERIMENTOS RELATIVOS A RECURSOS

68. O desenvolvimento de escolas inclusivas como o modo maisefetivo de atingir a educação para todos deve ser reconhecidocomo uma política governamental chave e dado o devido privilégiona pauta de desenvolvimento da nação. É somente destamaneira que os recursos adequados podem ser obtidos.Mudanças nas políticas e prioridades podem acabar sendoinefetivas a menos que um mínimo de recursos requeridos sejaprovidenciado. O compromisso político é necessário, tanto anível nacional como comunitário. Para que se obtenha recursosadicionais e para que se re-empregue os recursos já existentes.Ao mesmo tempo em que as comunidades devem desempenharo papel- chave de desenvolver escolas inclusivas, apoio eencorajamento aos governos também são essenciais aodesenvolvimento efetivo de soluções viáveis.

69.A distribuição de recursos às escolas deveria realisticamentelevar em consideração as diferenças em gastos no sentido dese prover educação apropriada para todas as crianças quepossuem habilidades diferentes. Um começo realista poderiaser o de apoiar aquelas escolas que desejam promover umaeducação inclusiva e o lançamento de projetos-piloto em algumasáreas com vistas a adquirir o conhecimento necessário para aexpansão e generalização progressivas. No processo degeneralização da educação inclusiva, o nível de suporte e de

especialização deverá corresponder à natureza da demanda.

70. Recursos também devem ser alocados no sentido de apoiarserviços de treinamento de professores regulares de provisãode centros de recursos, de professores especiais ou professores-recursos. Ajuda técnica apropriada para assegurar a operaçãobem-sucedida de um sistema educacional integrador, tambémdeve ser providenciada. Abordagens integradoras deveriam,portanto, estar ligadas ao desenvolvimento de serviços de apoioem níveis nacional e local.

71. Um modo efetivo de maximizar o impacto refere-se a uniãode recursos humanos institucionais, logísticos, materiais efinanceiros dos vários departamentos ministeriais (Educação,Saúde, Bem- Estar-Social, Trabalho, Juventude, etc.), dasautoridades locais e territoriais e de outras instituiçõesespecializadas. A combinação de uma abordagem tanto socialquanto educacional no que se refere à educação especialrequererá estruturas de gerenciamento efetivas que capacitemos vários serviços a cooperar tanto em nível local quanto emnível nacional e que permitam que autoridades públicas ecorporações juntem esforços.

III. ORIENTAÇÕES PARA AÇÕES EM NÍVEISREGIONAIS E INTERNACIONAIS

72. Cooperação internacional entre organizações governamentaise não-governamentais, regionais e inter-regionais, podem terum papel muito importante no apoio ao movimento frente aescolas inclusivas. Com base em experiências anteriores nestaárea, organizações internacionais, inter-governamentais e não-governamentais, bem como agências doadoras bilaterais,poderiam considerar a união de seus esforços na implementaçãodas seguintes abordagens estratégicas.

73. Assistência técnica deveria ser direcionada a áreasestratégicas de intervenção com um efeito multiplicador,especialmente em países em desenvolvimento. Uma tarefa

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importante para a cooperação internacional reside no apoio nolançamento de projetos-piloto que objetivem testar abordagense originar capacitação.

74. A organização de parcerias regionais ou de parcerias entrepaíses com abordagens semelhantes no tocante à educaçãoespecial poderia resultar no planejamento de atividades conjuntassob os auspícios de mecanismos de cooperação regional ousub-regional. Tais atividades deveriam ser delineadas com vistasa levar vantagens sobre as economias da escala, a basear-sena experiência de países participantes, e a aprimorar odesenvolvimento das capacidades nacionais.

75. Uma missão prioritária das organizações internacionais efacilitação do intercâmbio de dados e a informação e resultadosde programas-piloto em educação especial entre países eregiões. O colecionamento de indicadores de progresso quesejam comparáveis a respeito de educação inclusiva e deemprego deveria se tornar parte de um banco mundial de dadossobre educação. Pontos de enfoque podem ser estabelecidosem centros sub-regionais para que se facilite o intercâmbio deinformações. As estruturas existentes em nível regional einternacional deveriam ser fortalecidas e suas atividadesestendidas a campos tais como política, programação,treinamento de pessoal e avaliação.

76. Uma alta percentagem de deficiência constitui resultadodireto da falta de informação, pobreza e baixos padrões de saúde.À medida que o prevalecimento de deficiências em termos domundo em geral aumenta em número, particularmente nos paísesem desenvolvimento, deveria haver uma ação conjuntainternacional em estreita colaboração com esforços nacionais,no sentido de se prevenir as causas de deficiências através daeducação a qual, por, sua vez, reduziria a incidência e oprevalecimento de deficiências, portanto, reduzindo ainda maisas demandas sobre os limitados recursos humanos e financeirosde dados países.

77. Assistências técnica e internacional à educação especialderivam-se de variadas fontes. Portanto, torna-se essencial que

se garanta coerência e complementaridade entre organizaçõesdo sistema das Nações Unidas e outras agências que prestamassistência nesta área.

78. Cooperação internacional deveria fornecer apoio a semináriosde treinamento avançado para administradores e outrosespecialistas em nível regional e reforçar a cooperação entreuniversidades e instituições de treinamento em países diferentespara a condução de estudos comparativos bem como para apublicação de referências documentárias e de materiaisinstrutivos.

79. A Cooperação internacional deveria auxiliar nodesenvolvimento de associações regionais e internacionais deprofissionais envolvidos com o aperfeiçoamento da educaçãoespecial e deveria apoiar a criação e disseminação de folhetinse publicações, bem como a organização de conferências eencontros regionais.

80. Encontros regionais e internacionais englobando questõesrelativas à educação deveriam garantir que necessidadeseducacionais especiais fossem incluídas como parte integrantedo debate, e não somente como uma questão em separado.Como modo de exemplo concreto, a questão da educaçãoespecial deveria fazer parte da pauta de conferência ministeriaisregionais organizadas pela UNESCO e por outras agências inter-governamentais.

81. Cooperação internacional técnica e agências definanciamento envolvidas em iniciativas de apoio edesenvolvimento da Educação para Todos deveriam assegurarque a educação especial seja uma parte integrante de todos osprojetos em desenvolvimento.

82. Coordenação internacional deveria existir no sentido de apoiarespecificações de acessibilidade universal da tecnologia dacomunicação subjacente à estrutura emergente da informação.

83. Esta Estrutura de Ação foi aprovada por aclamação apósdiscussão e emenda na sessão Plenária da Conferência de 10de junho de 1994. Ela tem o objetivo de guiar os Estados

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Membros e organizações governamentais e não-governamentaisna implementação da Declaração de Salamanca sobre Princípios, Política e Prática em Educação Especial.

Procedimentos-Padrões das Nações Unidas para aEqualização de Oportunidades para Pessoas Portadoras deDeficiências, A/RES/48/96, Resolução das Nações Unidasadotada em Assembléia Geral.

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DAS PESSOASDEFICIENTES

Resolução aprovada pela Assembléia Geral daOrganização das Nações Unidas em 09/12/75

A Assembléia Geral

Consciente da promessa feita pelos Estados Membros na Cartadas Nações Unidas no sentido de desenvolver ação conjunta eseparada, em cooperação com a Organização, para promoverpadrões mais altos de vida, pleno emprego e condições dedesenvolvimento e progresso econômico e social,

Reafirmando, sua fé nos direitos humanos, nas liberdadesfundamentais e nos princípios de paz, de dignidade e valor dapessoa humana e de justiça social proclamada na carta,

Recordando os princípios da Declaração Universal dos DireitosHumanos, dos Acordos Internacionais dos Direitos Humanos, daDeclaração dos Direitos da Criança e da Declaração dos Direitosdas Pessoas Mentalmente Retardadas, bem como os padrões jáestabelecidos para o progresso social nas constituições,convenções, recomendações e resoluções da OrganizaçãoInternacional do Trabalho, da Organização Educacional, Científicae Cultural das Nações Unidas, do Fundo da Criança das NaçõesUnidas e outras organizações afins.

Lembrando também a resolução 1921 (LVIII) de 6 de maio de1975, do Conselho Econômico e Social, sobre prevenção dadeficiência e reabilitação de pessoas deficientes,

Enfatizando que a Declaração sobre o Desenvolvimento eProgresso Social proclamou a necessidade de proteger os direitose assegurar o bem-estar e reabilitação daqueles que estão em

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dos Direitos das Pessoas Mentalmente Retardadas (*) aplica-se a qualquer possível limitação ou supressão destes direitospara as pessoas mentalmente deficientes.

(*)O parágrafo 7 da Declaração dos Direitos das Pessoas

Mentalmente Retardadas estabelece: “Sempre que pessoas

mentalmente retardadas forem incapazes devido à gravidade de

sua deficiência de exercer todos os seus direitos de um modo

significativo ou que se torne necessário restringir ou denegar

alguns ou todos estes direitos, o procedimento usado para tal

restrição ou denegação de direitos deve conter salvaguardas legais

adequadas contra qualquer forma de abuso. Este procedimento

deve ser baseado em uma avaliação da capacidade social da pessoa

mentalmente retardada, por parte de especialistas e deve ser

submetido à revisão periódicas e ao direito de apelo a autoridades

superiores”.

5 - As pessoas deficientes têm direito a medidas que visemcapacitá-las a tornarem-se tão autoconfiantes quanto possível.

6 - As pessoas deficientes têm direito a tratamento médico,psicológico e funcional, incluindo-se aí aparelhos protéticos eortóticos, à reabilitação médica e social, educação, treinamentovocacional e reabilitação, assistência, aconselhamento, serviçosde colocação e outros serviços que lhes possibilitem o máximodesenvolvimento de sua capacidade e habilidades e que aceleremo processo de sua integração social.

7 - As pessoas deficientes têm direito à segurança econômicae social e a um nível de vida decente e, de acordo com suascapacidades, a obter e manter um emprego ou desenvolveratividades úteis, produtivas e remuneradas e a participar dossindicatos.

8 - As pessoas deficientes têm direito de ter suas necessidadeespeciais levadas em consideração em todos os estágios deplanejamento econômico e social.

9 - As pessoas deficientes têm direito de viver com suas famíliasou com pais adotivos e de participar de todas as atividadessociais, criativas e recreativas. Nenhuma pessoa deficiente será

desvantagem física ou mental,

Tendo em vista a necessidade de prevenir deficiências físicas ementais e de prestar assistência às pessoas deficientes para queelas possam desenvolver suas habilidades nos mais variadoscampos de atividades e para promover portanto quanto possível,sua integração na vida normal,

Consciente de que determinados países, em seus atual estágio dedesenvolvimento, podem, desenvolver apenas limitados esforçospara este fim.

PROCLAMA esta Declaração dos Direitos das PessoasDeficientes e apela à ação nacional e internacional paraassegurar que ela seja utilizada como base comum dereferência para a proteção destes direitos:

1 - O termo “pessoas deficientes” refere-se a qualquer pessoaincapaz de assegurar por si mesma, total ou parcialmente, asnecessidades de uma vida individual ou social normal, emdecorrência de uma deficiência, congênita ou não, em suascapacidades físicas ou mentais.

2 - As pessoas deficientes gozarão de todos os diretosestabelecidos a seguir nesta Declaração. Estes direitos serãogarantidos a todas as pessoas deficientes sem nenhumaexceção e sem qualquer distinção ou discriminação com baseem raça, cor, sexo, língua, religião, opiniões políticas ou outras,origem social ou nacional, estado de saúde, nascimento ouqualquer outra situação que diga respeito ao próprio deficienteou a sua família.

3 - As pessoas deficientes têm o direito inerente de respeitopor sua dignidade humana. As pessoas deficientes, qualquerque seja a origem, natureza e gravidade de suas deficiências,têm os mesmos direitos fundamentais que seus concidadãosda mesma idade, o que implica, antes de tudo, o direito dedesfrutar de uma vida decente, tão normal e plena quantopossível.

4 - As pessoas deficientes têm os mesmos direitos civis epolíticos que outros seres humanos: o parágrafo 7 da Declaração

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submetida, em sua residência, a tratamento diferencial, alémdaquele requerido por sua condição ou necessidade derecuperação. Se a permanência de uma pessoa deficiente emum estabelecimento especializado for indispensável, o ambientee as condições de vida nesse lugar devem ser, tanto quantopossível, próximos da vida normal de pessoas de sua idade.

10 - As pessoas deficientes deverão ser protegidas contra todaexploração, todos os regulamentos e tratamentos de naturezadiscriminatória, abusiva ou degradante.

11 - As pessoas deficientes deverão poder valer-se de assistêncialegal qualificada quando tal assistência for indispensável para aproteção de suas pessoas e propriedades. Se forem instituídasmedidas judiciais contra elas, o procedimento legal aplicadodeverá levar em consideração sua condição física e mental.

12 - As organizações de pessoas deficientes poderão serconsultadas com proveito em todos os assuntos referentes aosdireitos de pessoas deficientes.

13 - As pessoas deficientes, suas famílias e comunidadesdeverão ser plenamente informadas por todos os meiosapropriados, sobre os direitos contidos nesta Declaração.

Resolução adotada pela Assembléia Geral da Nações Unidas9 de dezembro de 1975 Comitê Social Humanitário e Cultural

CARTA PARA O TERCEIRO MILÊNIO

Esta Carta foi aprovada no dia 9 de setembro de 1999, emLondres, Grã-Bretanha, pela Assembléia Governativa daREHABILITATION INTERNATIONAL, estando Arthur O’Reillyna Presidência e David Henderson na Secretaria Geral.

A tradução foi feita do original em inglês pelo consultor de inclusãoRomeu Kazumi Sassaki

Nós entramos no Terceiro Milênio determinados a que os direitoshumanos de cada pessoa em qualquer sociedade devam serreconhecidos e protegidos. Esta Carta é proclamada paratransformar esta visão em realidade.

Os direitos humanos básicos são ainda rotineiramente negados asegmentos inteiros da população mundial, nos quais se encontrammuitos dos 600 milhões de crianças, mulheres e homens que têmdeficiência. Nós buscamos um mundo onde as oportunidades iguaispara pessoas com deficiência se tornem uma conseqüência naturalde políticas e leis sábias que apóiem o acesso a, e a plena inclusão,em todos os aspectos da sociedade.

O progresso científico e social no século 20 aumentou acompreensão sobre o valor único e inviolável de cada vida. Contudo,a ignorância, o preconceito, a superstição e o medo ainda dominamgrande parte das respostas da sociedade à deficiência. No TerceiroMilênio, nós precisamos aceitar a deficiência como uma partecomum da variada condição humana. Estatisticamente, pelo menos10% de qualquer sociedade nascem com ou adquirem umadeficiência; e aproximadamente uma em cada quatro famílias possuiuma pessoa com deficiência.

Nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, nos hemisfériosnorte e sul do planeta, a segregação e a marginalização têm

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Todas as nações devem ter programas contínuos e de âmbitonacional para reduzir ou prevenir qualquer risco que possa causarimpedimento, deficiência ou incapacidade, bem como programasde intervenção precoce para crianças e adultos que se tornaremdeficientes.

Todas as pessoas com deficiência devem ter acesso ao tratamento,à informação sobre técnicas de auto-ajuda e, se necessário, àprovisão de tecnologias assistivas e apropriadas.

Cada pessoa com deficiência e cada família que tenha uma pessoadeficiente devem receber os serviços de reabilitação necessários àotimização do seu bem-estar mental, físico e funcional, assimassegurando a capacidade dessas pessoas para administraremsua vida com independência, como o fazem quaisquer outroscidadãos.

Pessoas com deficiência devem ter um papel central noplanejamento de programas de apoio à sua reabilitação; e asorganizações de pessoas com deficiência devem ser empoderadascom os recursos necessários para compartilhar a responsabilidadeno planejamento nacional voltado à reabilitação e à vidaindependente.

A reabilitação baseada na comunidade deve ser amplamentepromovida nos níveis nacional e internacional como uma forma viávele sustentável de prover serviços.

Cada nação precisa desenvolver, com a participação deorganizações de e para pessoas com deficiência, um planoabrangente que tenha metas e cronogramas claramente definidospara fins de implementação dos objetivos expressos nesta Carta.

Esta Carta apela aos Países-Membros para que apóiem apromulgação de uma Convenção das Nações Unidas sobre osDireitos das Pessoas com Deficiência como uma estratégia-chavepara o atingimento destes objetivos.

No Terceiro Milênio, a meta de todas as nações precisa ser a deevoluírem para sociedades que protejam os direitos das pessoascom deficiência mediante o apoio ao pleno empoderamento e

colocado pessoas com deficiência no nível mais baixo da escalasócio-econômica. No século 21, nós precisamos insistir nosmesmos direitos humanos e civis tanto para pessoas comdeficiência como para quaisquer outras pessoas.

O século 20 demonstrou que, com inventividade e engenhosidade,é possível estender o acesso a todos os recursos da comunidadeambientes físicos, sociais e culturais, transporte, informação,tecnologia, meios de comunicação, educação, justiça, serviçopúblico, emprego, esporte e recreação, votação e oração. No século21, nós precisamos estender este acesso que poucos têm paramuitos, eliminando todas as barreiras ambientais, eletrônicas eatitudinais que se anteponham à plena inclusão deles na vidacomunitária. Com este acesso poderão advir o estímulo àparticipação e à liderança, o calor da amizade, as glórias da afeiçãocompartilhada e as belezas da Terra e do Universo.

A cada minuto, diariamente, mais e mais crianças e adultos estãosendo acrescentados ao número de pessoas cujas deficiênciasresultam do fracasso na prevenção das doenças evitáveis e dofracasso no tratamento das condições tratáveis. A imunização globale as outras estratégias de prevenção não mais são aspirações;elas são possibilidades práticas e economicamente viáveis. O queé necessário é a vontade política, principalmente de governos, paraacabarmos com esta afronta à humanidade.

Os avanços tecnológicos estão teoricamente colocando, sob ocontrole humano, a manipulação dos componentes genéticos davida. Isto apresenta novas dimensões éticas ao diálogo internacionalsobre a prevenção de deficiências. No Terceiro Milênio, nósprecisamos criar políticas sensíveis que respeitem tanto a dignidadede todas as pessoas como os inerentes benefícios e harmoniaderivados da ampla diversidade existente entre elas.

Programas internacionais de assistência ao desenvolvimentoeconômico e social devem exigir padrões mínimos de acessibilidadeem todos os projetos de infra-estrutura, inclusive de tecnologia ecomunicações, a fim de assegurarem que as pessoas comdeficiência sejam plenamente incluídas na vida de suascomunidades.

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inclusão delas em todos os aspectos da vida. Por estas razões, aCARTA PARA O TERCEIRO MILÊNIO é proclamada para que todaa humanidade entre em ação, na convicção de que a implementaçãodestes objetivos constitui uma responsabilidade primordial de cadagoverno e de todas as organizações não-governamentais einternacionais relevantes.

DIA INTERNACIONAL DAS PESSOAS COMDEFICIÊNCIA

A 37ª Sessão Plenária Especial sobre Deficiência da AssembléiaGeral da Organização das Nações Unidas, realizada em 14 deoutubro de 1992, em comemoração ao término da Década, adotouo dia 3 de dezembro como Dia Internacional das Pessoascom Deficiência, por meio da resolução A/RES/47/3. Com esteato, a Assembléia considera que ainda falta muito para se resolveros problemas dos deficientes, que não pode ser deixado de ladopelas Nações Unidas.

A data escolhida coincide com o dia da adoção do Programa deAção Mundial para as Pessoas com Deficiência pela AssembléiaGeral da ONU, em 1982. As entidades mundiais da área esperamque com a criação do Dia Internacional todos os países passem acomemorar a data, gerando conscientização, compromisso e açõesque transformem a situação dos deficientes no mundo. O sucessoda iniciativa vai depender diretamente do envolvimento dacomunidade de portadores de deficiência que devem estabelecerestratégias para manter o tema em evidência.

IDÉIAS PRÁTICASEM APOIO AO 3 DE DEZEMBRO:

Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

Um dia para promover os Direitos Humanos de todas as pessoasportadoras de deficiência

Este documento foi preparado por Agnes Fletcher, publicadooriginalmente em inglês por Disability Awareness in Action/DisabledPeoples’ Internacional. A edição em português foi traduzida por

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e habilidades e assegurarmo-nos de que eles serão respeitados.

Quais são os objetivos do Dia Internacional

Os eventos para marcar o Dia Internacional devem:- envolver as pessoas com deficiência e suas organizações;

- celebrar nossa experiência e perícia;

- conscientizar sobre assuntos de deficiência;

- promover os direitos humanos de todas as pessoas portadorasde deficiência.

Os objetivos de longo prazo incluem:- conquistar oportunidades iguais às de pessoas não portadorasde deficiência.

- garantir que pessoas com deficiência possam participarplenamente da vida da comunidade.

- assegurar que pessoas deficientes tenham voz em programase políticas que afetam nossa vida.

- eliminar a violação de nossos direitos humanos.

QUESTÕES

Eis algumas das questões nas quais devemos nos concentrar:

Reabilitação - que seja adequada às nossas necessidades eque garanta participação e independência.

Acesso - à moradia decente e pagável e a todos os novosedifícios e recintos públicos e também a alterações feitas durantea reforma de edifícios antigos.

Transporte - cujos serviços sejam acessíveis a todas aspessoas e não uma medida separada.

Educação - que seja integrada e com apoio, se necessário.

Emprego - acessível e com igualdade de remuneração econdições.

Informação - disponível também em meios de comunicação

Romeu Kazumi Sassaki e publicada pelo PRODEF-Programa deAtendimento aos Portadores de Deficiência, Secretaria Municipalde Assistência Social, da cidade de São Paulo e pela APADE-Associação de Pais e Amigos de Portadores de Deficiência.

Do que se trata

Na Sessão Plenária Especial da Assembléia Geral das NaçõesUnidas para Pessoas com Deficiência (1983-1992), foi aprovadauma resolução que declara o dia 3 de dezembro de cada anocomo o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.

A comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas pelaResolução 1993/29 de 5 de março de 1993:

“Apela a todos os Países - Membros que enfatizem a observânciado Dia Internacional (...) a fim de que as pessoas com deficiênciadesfrutem plena e igualmente dos direitos humanos e participemna sociedade (...)”

O nosso Dia

Esse documento foi projetado para dar apoio ao trabalho dasorganizações das pessoas deficientes na observância e celebraçãodo Dia Internacional. Este é o Nosso Dia e podemos utilizá-lo parapromover nossas organizações e os direitos das pessoas comdeficiência no mundo inteiro - nos níveis local, nacional, regional einternacional. Ele pode ser também uma oportunidade para estimulardebate sobre os assuntos de deficiência em geral e tornar públicosos programas, as políticas e as leis boas e más.

Nós temos valor

Muitos de nós ouviram durante anos que as nossas vidas têmpouco valor. Mas a verdade é que as nossas necessidades sãoimportantes, as nossas habilidades e experiências são de enormevalor para a comunidade, a sociedade, o mundo.

Nós temos direitos, necessidades e habilidades como quaisqueroutras pessoas.

Daqui para frente nós teremos o nosso Dia Internacional todos osanos para falarmos ao mundo sobre esses direitos, necessidades

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acessíveis a pessoas com deficiência visual ou auditiva.

Influência - sobre programas e políticas que nos afetam.

Juntos somos fortes

LEMBRETE

Sozinho, ninguém consegue mudar muita coisa. Juntando-nos em organizações e apresentando-nos como membros fortes econtribuintes na comunidade e possuidores de necessidades e habilidades e direitos, nós - as pessoas com deficiência -

podemos influenciar a sociedade em que vivemos.

O QUE É A DEFICIÊNCIA?

Explicações sobre a deficiência

Em todo o mundo, as pessoas deficientes estão entre os maispobres dos pobres, vivendo vidas de desvantagem e privação. Porquê?

Tradicionalmente, a deficiência tem sido vista como um “problema”do indivíduo e, por isso, o próprio indivíduo teria que se adaptar àsociedade ou ele teria que ser mudado por profissionais através dareabilitação ou cura.

Hoje, as pessoas portadoras de deficiência e suas organizaçõesdescrevem, a partir de suas experiências, como as barreiraseconômicas e sociais têm obstruído a participação plena daspessoas portadoras de deficiência na sociedade.

Estas barreiras estão espalhadas a tal ponto que nos impedem degarantir uma boa qualidade de vida para nós mesmos.

Esta explicação é conhecida como o modelo social da deficiência,porque focaliza os ambientes e barreiras incapacitantes dasociedade e não as pessoas deficientes. O modelo social foi

formulado por pessoas com deficiência e agora vem sendo aceitotambém por profissionais não-deficientes. Ele enfatiza os direitoshumanos e a equiparação de oportunidades.

Promover esta forma de pensamento sobre a deficiência é oque pretende o Dia Internacional.

Encontrando soluções

O novo desafio consiste em que pessoas deficientes e formuladoresde políticas compartilhem suas perícias e decidam sobre soluçõesalternativas para o “problema” da deficiência, soluções estasbaseadas na remoção das barreiras da sociedade e na plenaintegração e que ensejem às pessoas com deficiência umaparticipação plena e igualitária na sociedade.

Enfatizando direitos, não a caridadeExistem ainda muitas pessoas que não entendem que:

- a deficiência é uma questão de direitos humanos;

- as violações contra os direitos humanos das pessoasdeficientes ocorrem diariamente em todos os países do mundo;

- estas violações estão institucionalizadas nos sistemasadministrativos de cada país.

Vocês encontrarão, aqui neste documento, alguns fatos e númerossobre a natureza global da deficiência e alguns exemplosespecíficos de violação ocorridos em diversos países.

Cabe à organização onde vocês atuam identificar as violaçõesespecíficas com que se defrontam os membros e fazer com que acomunidade inteira conheça essas violações.

OS NOSSOS DIREITOS HUMANOS

Os direitos humanos incluem direitos civis, políticos, econômicos,sociais, culturais e de desenvolvimento.

Os direitos civis e políticos incluem os direitos:

- à vida;

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- à liberdade de expressão;

- a um julgamento justo;

- à proteção contra tortura e violência.

Os direitos econômicos, sociais e culturais incluem osdireitos:

- ao trabalho em condições justas e favoráveis

- à proteção social

- a um adequado padrão de vida

- aos padrões mais altos possíveis de saúde física e mental

- à educação

- ao usufruto dos benefícios da liberdade cultura e do progressocientífico

Os direitos de desenvolvimento são os direitos das nações:

- ao desenvolvimento

- à autonomia econômica

- à paz e segurança

Estes direitos acham-se definidos em muitos documentosinternacionais de direitos humanos. Eles se aplicam a todos osindivíduos, independentemente de sexo, raça, língua, religião oudeficiência física, mental, sensorial, etc).

Estes são os nossos direitos.

Precisamos fazer com que eles sejam respeitados.

Direitos Humanos. Conheça-os. Exija-os.

(Lema da Conferência Mundial de Direitos Humanos, Viena,Áustria, junho de 1993).

Existem vários documentos internacionais específicos parapessoas deficientes:

- Declaração dos Direitos das Pessoas com Deficiência Mental(ONU)

- Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes (ONU)

- Programa Mundial de Ação relativo a Pessoas com Deficiência(ONU)

As duas declarações definem os nossos direitos:

- de desfrutar uma vida decente, com a nossa dignidaderespeitada

- ao tratamento médico, psicológico e funcional.

- à reabilitação física e social, educação, treinamento ereabilitação profissionais, aparelhos, aconselhamento, serviçode colocação e outros serviços que nos possibilitemdesenvolver ao máximo nossas capacidades e habilidades eacelerem o processo de nossa integração ou reintegraçãosocial.

- à segurança econômica e social e a um nível de vida decente.

- ao emprego ou ocupação produtiva e filiação a sindicatos detrabalhadores.

- de ter necessidades consideradas em todas as etapas doplanejamento econômico e social.

- de viver com nossas famílias e participar em todas as atividadessociais, criativas e recreativas.

- à proteção contra qualquer exploração e todo tratamentodiscriminatório, abusivo ou degradante.

O Programa Mundial de Ações relativo a Pessoas com Deficiênciaé o documento da ONU sobre política na questão da deficiência.

Os efeitos do Programa Mundial de Ação são:

- a prevenção de impedimentos evitáveis.

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- a reabilitação para possibilitar que as pessoas deficientes façamo mais possível.

- a equiparação de oportunidades

PASSANDO PARA AÇÃO

Conscientizando o público

O objetivo principal do Dia Internacional é o de conscientizar apopulação a respeito das questões relacionadas à deficiência.Uma das maneiras mais simples de fazer isso consiste em falarcom as pessoas. Conversando com alguém sobre vocês - o seudia-a-dia, os seus pensamentos e sentimentos - vocês facilitam acompreensão dele a seu respeito. Se cada um de nós falar àspessoas a respeito de como a sociedade nos incapacita, nóspoderemos avançar muito na direção da conscientização e damudança de atitudes sobre a deficiência.

Mudando as atitudesPara ajudar a mudar atitudes, é também importante juntarmo-nosa outras pessoas deficientes. Organizando eventos aos quais acomunidade local seja convidada, apareceremos como partici-pantes ativos na sociedade - com idéias, habilidades, necessida-des e direitos.

Direitos, sim; caridade, não

É muito importante certificarmo-nos de que o nosso Dia não sejautilizado como uma ocasião que reforce estereótipos tradicionais(pessoas deficientes tidas como passivos alvos da caridade e daajuda). Muitos de nós estamos habituados a ter a maior parte denossa vida controlada por outras pessoas. Precisamos não permitirque isso continue assim. Nós precisamos assumir o controle donosso Dia. Apenas as pessoas portadoras de deficiência devem decidircomo celebrar o Dia Internacional. Organizações não governamentaisinternacionais concordaram que a ênfase do Dia Internacional devaser em direitos humanos, não em caridade, e isso foi apoiado emresolução da ONU.

O que fazer

Plano de Ação

Juntem-se a outras pessoas com deficiência. Evolvam formuladoresde políticas, profissionais e a mídia.

Tornem públicas as questões e soluções relativas a deficiência

Apontem como as mudanças beneficiarão a todos.

ALGUMAS IDÉIAS PARA AÇÃO

Sugestões

Arranjem para que programas de rádio locais, com perguntas aovivo pelo telefone, estimulem a comunidade a debater sobre asquestões da deficiência, mudar visões estereotipadas sobrepessoas deficientes e promover soluções que beneficiem a todos.

Programas de TV, tais como os noticiários e os talk shows, poderiamser apresentados por pessoa deficiente, no próprio Dia. Pequenasalterações na rotina podem ter um imenso impacto.

Poderia uma autoridade local encomendar um trabalho artístico deuma pessoa deficiente para celebrar o Dia?

Que tal umas preleções a cargo de pessoas deficientes em locaisreligiosos na semana do dia 3 de dezembro?

Anunciem uma vigília de 24 horas (encontro para meditação emambiente calmo e silencioso) dentro de um edifício público. Convidemo povo a comparecer e lá permanecer por algumas horas e talvezassinar uma Moção de Compromisso ao Programa Mundial de Açãorelativo a Pessoa com Deficiência. (Peçam um exemplar da moção àDisability Awareness in Action (DAA), 11 Belgrave Road, LondonSW1V 1RB, Grã-Betanha)

Talvez vocês possam conseguir, a preço reduzido ou sem custo,um anúncio sobre o Dia Internacional em jornais locais.

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QUE TAL O TEMPO

Em algumas partes do mundo, o dia 3 de dezembro será provavelmenteum bom dia para as pessoas estarem ao ar livre. Em outras partes,contudo, o dia poderá ser muito quente ou muito cinzento, frio, chuvosoou com muita neve.

É importante pensar sobre isso quando planejar eventos. Se forinconveniente levar o público à rua devido à temperatura, então umevento abrigado será melhor. Pois é mais provável que as pessoascompareçam a uma reunião pública em recinto interno, talvez combebidas quentes ou algo parecido.

REALIZAÇÃO DE EVENTOS

Líderes

Existem muitos eventos diferentes que podem divulgar o trabalho ecomemorar o Dia Internacional - reuniões comunitárias, debates,desfiles, tribunais em recintos públicos, concertos, eventosdesportivos e artísticos integrados, vigílias.

Se vocês forem organizar um evento, convidem um líder oucelebridade local para fazer a abertura oficial na condição deconvidado de honra. Isto fará com que muitas pessoas seinteressem pelo evento. Assim é mais provável que vocêsconseguiram cobertura da mídia.

Leituras públicas

Vocês poderiam organizar uma sessão de leitura pública(simultaneamente com interpretação na língua de sinais) a ser feitapor pessoas deficientes a respeito de experiências de vida,complementando o evento com exibição de filmes e vídeos. Dentreas pessoas que irão ler, devem ser incluídos homens e mulheres

de diferentes idades, raças e tipos de deficiência.

Compromisso político e apoio comunitário

Vocês podiam solicitar ao governador ou prefeito para assinar umaMoção de Compromisso ao Programa Mundial de Ação relativo aPessoas com Deficiência (Um exemplar está disponível na DAA ena Disabled People International). Isto poderia ser combinado comuma vigília durante a qual a população da sua comunidadecompareceria e assinaria a Moção de Compromisso.

Antes de convidar oficialmente o governador ou prefeito para assinara moção, conversem com secretários estaduais ou municipais efuncionários públicos de alto escalão a fim de conseguir o apoiodeles. Qualquer carta dirigida ao governador ou ao prefeito passaprimeiro por funcionários de primeiro escalão.

Informem essas autoridades que outros governadores e prefeitosde outras partes do mundo assinaram moções semelhantes e quehaverá reconhecimento internacional da assinatura deles naAssembléia Geral da Nações Unidas.

Demonstrações públicas

Vocês podem fazer uma demonstração pública das suas opiniõessobre a questão da deficiência para marcar o Dia Internacional. Elapode consistir de uma passeata ao longo de uma avenida principalda cidade, ostentando faixas e bandeiras feitas em casa para queos transeuntes possam ver quais são as questões. Este tipo deato precisa ser cuidadosamente planejado para que ocorra bem ecom segurança. Vocês necessitam:

- considerar se este ato é apropriado.

- informar as autoridades.

- planejar o evento cuidadosamente.

- conseguir que algumas pessoas com deficiência atuem como organizadores do ato.

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Idéias

SUGESTÕES DE EVENTOS - Teatro de rua focalizando temas de deficiência.

- Comes e bebes com debates sobre os temas.

- Exposições de obras artísticas produzidas por pessoas deficientes.

- Competições sobre acessibilidade com prêmios para melhorou pior.

- Conferências e workshop para a mídia ou o público.

- Dias de solidariedade com outros grupos religiosos, políticosou comunitários.

- Competição para crianças sobre moradias acessíveis sobre,por exemplo, quem constrói a rampa mais simples?

- Dias de integração, com crianças de uma escola comum quevisitam uma escola especial.

- Eventos integrados inserindo esporte ou dança.

Publicidade

Qualquer que seja o evento, a publicidade é vital para que as pessoasportadoras de deficiência e outras saibam o que está acontecendo

Elaborem folhetos com a programação do evento e distribuam cópiasem locais onde as pessoas deficientes possam vê-las.

Escrevam uma carta para a coluna de leitores de jornais locaisconvidando pessoas deficientes a comparecerem ao evento.

Anunciem o evento nas emissoras de rádio locais.

USANDO A MÍDIA

O poder da mídia

Uma das formas mais rápidas e eficazes de conscientizar aspessoas sobre a questão da deficiência é a mídia. Através de jornais,revistas, rádio e televisão, nós podemos fazer com que as pessoas

saibam a respeito desta questão, do Dia Internacional e de nossoseventos.

Tentem saber quem é quem na mídia, lendo jornais, ouvindoprogramas de rádio, perguntando às pessoas.

Procurem identificar quais jornalistas e produtores de programasvocês poderiam abordar.

Enviem press releases (materiais e boletins informativos) parajornais e emissoras de rádio e televisão, fazendo-os chegar pelomenos três dias (mas de preferência uma semana antes do eventoplanejado). Certifique-se de que a mídia compreende a importânciado Dia Internacional e de que o Dia foi proclamado pela ONU e estásendo celebrado em todo o mundo. O Dia Internacional não constaainda do calendário regular de eventos, calendário esse que ajudaos profissionais da mídia a planejar matérias ao longo do ano.Portanto, precisamos envidar um grande esforço nos primeiros anospara implementar o Dia.

Histórias locais para a mídia local

Se vocês estão concentrados na mídia local, forneçam aosjornalistas de rádio, televisão e imprensa escrita casos dediscriminação ocorridos localmente. Por exemplo, lojas inacessíveis,pessoas impedidas de entrarem em restaurantes, cinemas, empregose escolas. Uma história pessoal sempre sensibiliza a mídia.

Contudo, devemos relembrar que as imagens estereotipadastradicionais a respeito da pessoa deficiente têm sido uma importantebarreira contra a compreensão das questões da deficiência porparte do grande público e dos formuladores de políticas.

As estruturas e atitudes da sociedade são o problema

LEMBRETE Sempre que vocês lidarem com jornalistas, estimule-os

a focalizar os problemas e soluções sociais e nãoos individuais - não nas deficiências e sim nas barreiras

sociais que impossibilitam a participação daspessoas deficientes.

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Transformem em temas os obstáculos e discriminações que aspessoas com deficiência enfrentam no dia-a-dia: barreirasarquitetônicas e de comunicação e atitudes da sociedade paracom as deficiências.

Direitos, não a caridade,

Respeito, não a piedade.

Palavras e fotos: imagens da deficiência

Surgiram estas diretrizes aos profissionais da mídia:

Usem palavras que enfatizem igualdade e participação ativa.

Evitem linguagem que nos retrate como indivíduos trágicos ouvítimas dignas de piedade, necessitando caridade e desesperadosem busca de cura.

As pessoas deficientes devem falar por si mesmas e atuar comoapresentadores de programas.

Programas de televisão devem ter legendas para alcançar pessoassurdas. Façam com que as mensagens principais sejam audíveispara pessoas com deficiência visual.

Mostrem pessoas deficientes portadores de uma ampla gama deinteresses, habilidades e estilos de vida. Mostrem homens emulheres, de todas as idades e características raciais e comdeficiências diversas.

Não empreguem atores ou atrizes sem deficiência paradesempenharem papéis de pessoas deficientes em filmes de cinemaou na televisão.

Certifique-se de que as pessoas portadoras de deficiência sejamretratadas da mesma forma que as pessoas não deficientes.

ACESSO À INFORMAÇÃO E AO MEIO FÍSICO

Mídia alternativa

Procurem assegurar-se de que todas as publicações e

apresentações relativas ao Dia Internacional estejam disponíveis atoda a população -incluindo pessoas com deficiência visual, auditivaou mental.

Isto pode tornar-se dispendioso, mas existem maneiras de fazê-loa custo baixo - emprestando equipamentos, contando comvoluntários ou obtendo patrocinadores.

Palavra escrita

O material escrito deve estar disponível em:

Grandes caracteres. Pelo menos no tamanho 16 ou 18.

Em fitas de áudio e vídeo. Quando gravarem, falem clareza. Tentemfazer com que aquilo que vocês disserem fique interessante. Incluamtítulos e cabeçalhos, descrevam as imagens e certifiquem-se deque quaisquer números, tais como estatísticas, sejamapresentados com bastante clareza.

Em braile. Uma organização de ou para pessoas cegas saberáquem pode fazer isto para vocês.

Escrevam em linguagem simples, sem os desnecessáriospalavreados longos. As imagens também podem ajudar aexplicar.

Em reuniões ou eventos, apresentem ou distribuam materialimpresso, mas ao mesmo tempo leiam-no em voz alta.

Palavra falada

Quando falarem com alguém que tenha deficiência auditiva:

- Fiquem de frente para ele enquanto falam.

- Não cubram sua boca com as mãos.

- Falem com clareza, nem muito vagarosamente nem muito rapidamente.

Se alguma pessoa utiliza a língua de sinais, providenciem umintérprete.

Certifique-se de que a iluminação é suficiente para que os rostosde oradores e intérpretes possam ser vistos.

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Acesso ao meio físico

Considerem o acesso físico. Vocês necessitam rampas? Ossanitários são acessíveis? Alguém tem qualquer outra necessidade,por exemplo, uma tomada para o aparelho de respirar?

Procurem assegurar-se de que as salas e outros locais de reuniãosejam declarados áreas para não fumantes, pelo menos durante oDia Internacional. Muitas pessoas são seriamente prejudicadaspela fumaça, o que torna mais graves as suas deficiências.

Se vocês fumam, lembre-se de que ao fumarem vocês estãoexcluindo alguém da participação em reuniões. Todos nós sabemoso que isso significa.

Talvez uma sala possa ser reservada para os fumantes, se isso forabsolutamente necessário.

AVALIANDO VIOLAÇÕES

Definindo violações de direitos humanos

É importante que a sua organização defina as violações.

Se um usuário de cadeira de rodas deseja comparecer a um eventopúblico (social, cultural ou político) e ele não puder adentrar o localdo evento porque o edifício não é acessível, um direito dele enquantocidadão foi violado.

Uma pessoa cega, interessada em participar de um debate públicomas sem acesso visual a um jornal no qual se baseiam asdiscussões, está em situação semelhante.

Presos sem cometerem crime nenhum

A institucionalização é uma das formas mais graves e comuns deexclusão e violação. A liberdade de associação fica limitada. Aprivacidade não existe. Freqüentemente as pessoas são impedidasde casar, ter filhos e votar. Em muitos casos, a institucionalização,nas palavras de muitos documentos internacionais de direitos

humanos, configura um “tratamento cruel, desumano e degradante”.

Lista de checagem sobre acessibilidade

Áreas para serem checadas:

Moradia. Existem casos acessíveis em quantidadesuficiente?

Transporte. As pessoas deficientes conseguem entrar nosveículos e instalar-se livremente?

Educação. Todas as escolas locais são acessíveis?

Emprego. Os principais locais de trabalho são acessíveis?

Como são as atitudes dos empregadores? Os salários sãoos mesmos dos trabalhadores não deficientes?

Edifícios públicos. São acessíveis os prédios municipais,restaurantes, cinemas, teatro, bibliotecas, hotéis e recintosdesportivos?

Atitudes. O que os lojistas locais, líderes religiosos,crianças, professores, políticos e profissionais da mídiapensam sobre pessoas deficientes? Como eles definem adeficiência?

Saber é poder

É importante conhecer a situação antes de tentar mudar as coisas.

Quanto mais vocês puderem descobrir - fatos e números - melhorpara suas campanhas.

EXEMPLOS DE VIOLAÇÃO

Visão global

Existem 500 milhões de pessoas deficientes no mundo - um décimoda raça humana. E 80% das pessoas com deficiência vivem empaíses em desenvolvimento. Um terço desses 80% é composto de

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crianças. Nos países em desenvolvimento, 80% das pessoasportadoras de deficiência vivem em zonas rurais.

Em todas as partes, pessoas deficientes estão entre os mais pobresdos pobres. A elas são negados o acesso a edifícios, a informação,a independência, oportunidades, a escolha de opções e o controlesobre a própria vida.

Estima-se que está entre 85 a 114 milhões o número de mulherese meninas submetidas à mutilação genital, o que pode levar àdeficiências severas, à infertilidade e até a morte. A cada dia, pelomenos 6.000 meninas correm esse risco.

Prevenção

- Pelo menos um terço de todas as deficiências poderia ter sido evitado ou curado.

- 300.000 crianças ainda são atingidas pela pólio a cada ano.

- A desnutrição causa deficiência em 1 milhão de pessoas porano.

- 20 milhões de pessoas cegas poderiam ter sua visãorecuperada com cirurgias de catarata.

Reabilitação

Em alguns países, 90% das crianças deficientes não sobreviverãoalém dos 20 anos de idade e 90% das crianças com deficiênciamental não sobreviverão além dos 5 anos de idade.

A Organização Mundial de Saúde estima que 98% das pessoasdeficientes em países em desenvolvimento são totalmentenegligenciados. A maioria dos países não possui sistema gratuitode cuidados médicos ou de seguridade social.

Segregação e discriminação

60% das pessoas deficientes americanas, canadenses e britânicastêm renda a baixo da linha da pobreza.

Em países em desenvolvimento, é extremamente improvável queas crianças deficientes recebam educação e mais tarde encontrememprego.

Em países desenvolvidos, a maioria das crianças deficientes recebe

educação segregada e de nível acadêmico abaixo do nível alcançadonas escolas comuns, e tem probabilidade duas vezes maior deficar desempregada na idade adulta.

De acordo com a Organização Mundial do Trabalho, a taxa dedesemprego entre as pessoas com deficiência é de 2 ou 3 vezesmais alta do que entre as pessoas sem deficiência.

Nenhum país possui sistemas de transporte plenamente acessíveise apenas alguns países aprovaram leis pertinentes a logradourospúblicos acessíveis.

Em muitos países, pessoas deficientes não podem votar, casar ouherdar propriedades. Às vezes, pessoas que não conseguemexpressar-se oralmente ou por escrito são consideradas legalmenteincapazes, embora existam outros meios de comunicação, comopor exemplo a língua de sinais.

Em alguns países da América Latina, pessoas cegas não podemvotar ou se candidatar à eleição, sob a alegação de que é difícil paraelas votarem com responsabilidade ou guardarem o segredo do voto.

A deficiência é particularmente prejudicial para mulheres, crianças,negros, idosos, refugiados e outros grupos que experienciam adiscriminação. Estas pessoas experienciam discriminação duplaou até tripla.

DETALHES DE VIOLAÇÃO EM ALGUNS PAÍSES

Abaixo encontram-se alguns detalhes específicos de violação.Todavia, deve ficar enfatizado que nenhum país em todo mundoapóia plenamente os direitos humanos das pessoas comdeficiência.

Afeganistão

Estimativamente, 2 milhões de afeganes têm algum tipo dedeficiência. Estima-se que a cada ano outras 100 pessoas setornam deficientes em conseqüência de doenças e explosão decampos minados.

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No final do ano de 1990, pelo menos 50.000 afeganes tiveram umou mais membros amputados. Cerca de 40.000 afeganesreceberam membros artificiais e outros 7.500 estão na lista deespera. Dezenas de milhões de outros afeganes tiveram lesões,tais como a perda de visão ou audição e lesão cerebral. OAfeganistão registra um alto índice de lesões devidas a doenças,guerras e acidentes e falta de serviços de cuidados básicos desaúde. O trauma de uma guerra, prolongada atinge inevitavelmentea saúde mental dos habitantes.

África do Sul

A cada dia, pessoas morrem por violência. Para cada morte, 3pessoas adquirem lesões permanentes. De cada 3 mulheres, umaserá estuprada. De cada 4 crianças, uma é sexualmente agredida.Mulheres deficientes e crianças deficientes são particularmentevulneráveis. 50% das crianças deficientes nunca foram à escola.70% das pessoas com deficiência nunca tiveram um emprego.

Alemanha (1)

Desde 1989, uma campanha cruel de violência e intimidação contrapessoas deficientes na Alemanha ganhou força, paralelamente comataques contra outros grupos minoritários.

Instituições residenciais para pessoas deficientes foram alvo debombas incendiárias. Pessoas com deficiência foram expulsasdas praias do Mar Norte. Crianças com deficiência têm sidoimpedidas de participar de vagas escolares. Recentemente, umhomem idoso portador de cegueira foi brutalmente espancado emorreu a caminho do hospital. Crianças com deficiência auditiva,em idade escolar, foram barbaramente espancadas por desordeirosque as viram usando a língua de sinais.

Usuários de cadeira de rodas foram alvo de cuspidas eespancamentos e ouviram o aviso: “Na época de Hitler vocês seriamenviados à câmara de gás.” O aviso fazia sentido: “A Solução Final”significava a morte de milhares de pessoas deficientes.

Alemanha (2)

No outono de 1992, um juiz da cidade de Flensburg concedeu aum casal de turistas o reembolso de 10% das despesas de viagem,

sob a alegação de que eles tiveram que fazer refeições no restaurantede um hotel onde um grupo de pessoas deficientes também comia.

Bélgica

Mais de 3.000 deficientes continuam sendo erroneamente mantidosem instituições destinadas a pessoas que têm problemas de saúdemental.

Bósnia- Herzegóvina

Do número total de feridos na guerra, mais de 60% são civis. Destes,40% foram feridos severamente e ficaram com lesões permanentes.No total, cerca de 160.000 pessoas foram feridas. A maioria delastem lesões neurológicas e ortopédicas permanentes. Como sãorefugiados, estas pessoas não têm direito a cirurgias e serviços dereabilitação. Algumas delas foram submetidas à tortura e violênciaenquanto prisioneiras de guerra. Milhares de mulheres foramestupradas e traumatizadas através do exílio forçado e da destruiçãodas casas, além de presenciarem o assassinato de maridos e filhos

Camboja

A cada mês, cerca de 200 pessoas são atingidas pela explosão deminas enterradas por todo interior do país durante a guerra. Dezenasde milhares de pessoas ficaram deficientes em conseqüência desérias lesões de guerra, desde 1970.

El Salvador

No dia 20 de maio de 1993, em San Salvador, a polícia de segurançadisparou com rifles automáticos sobre um grupo de 5.000 pessoasdeficientes que faziam passeata em prol de cuidados médicos eoutros benefícios.

Três pessoas com deficiências foram mortas e outras 10 a 15pessoas deficientes ficaram feridas. Cerca de 30 pessoas foramdetidas, incluindo 2 em cadeira de rodas que foram arrastadas aolongo das ruas pela polícia.

Europa

Mais de 500 pessoas foram atacadas e ficaram com lesões, muitaspermanentemente, quando procuravam asilo político na Europa,em 1993.

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Filipinas

Estima-se que cerca de 70% das mulheres, na região de cordilheiradas Filipinas, têm severos sintomas clínicos de insuficiência deiodo. É provável que as crianças nascidas dessas mulheres venhama ter deficiências físicas e mentais, aprendizagem lenta,coordenação motora precária, pouco crescimento e surdez nervosa.Em alguns lugares, de cada 5 crianças, uma nasce com deficiênciamental.

Grã Bretanha

Um homem portador de deficiência mental foi condenado por estuproe homicídio, após uma “confissão”. Ele cumpriu 16 anos de umapena perpétua quando foi absolvido em apelação. Evidênciacientifica disponível, mas não utilizada no julgamento, provou queé impossível para ele ter cometido o crime.

Na Grã-Bretanha, de cada 10 pessoas, uma é deficiente e, noentanto, os portadores de deficiência compreendem apenas 0,3%de toda a população universitária.

Grã-Bretanha e Estados Unidos da América

Na Grã-Bretanha e nos EUA, 65% das pessoas com deficiênciavivem abaixo da linha da pobreza e têm probabilidade 2 vezes maiorde ficarem desempregadas em relação a qualquer outro grupopopulacional.

Grécia

Desde 1990, a situação na Ilha de Leros, na Grécia, é amplamenteconhecida - pessoas com deficiência mental e pessoas comproblemas de saúde mental foram colocadas em um mesmo grupo,sem privacidade, sem roupas adequadas, sem higiene oualimentação.

Um outro caso, o do Instituto Daphne, pode ser até pior. Mas oacesso ao caso foi proibido.

Holanda

Na Holanda, recentemente, um juiz declarou que uma pessoadeficiente não era igual ao restante da população geral e que, por

isso, ela não poderia esperar tratamento igual. Esta pessoadeficiente estava apresentando no tribunal uma queixa dediscriminação contra a Estrada de Ferro Holandesa.

Japão

350.000 pessoas com problemas de saúde mental estãohospitalizadas, a maioria das quais por dez anos ou mais. Mais de50% delas estão em alas de confinamento. A grande maioria delasfoi compulsoriamente detida por recomendação das próprias famíliasou de gabinetes de prefeituras locais.

A legislação tutelar assegura que pessoas que deixam o hospitalsejam controladas pelo resto da vida. O egresso permanece sob aresponsabilidade legal da própria família ou da prefeitura local.

A discriminação no emprego é quase total para egressospsiquiátricos e leis nacionais os impedem de exercer ocupaçõesna medicina e como cabeleireiros. Algumas províncias têmregulamentos de utilizar banheiros públicos e outros edifíciospúblicos.

Malásia

No Hospital Hope Of Glory, em Selangor, 100 pessoas deficientescom idade que vão de 15 a 25 anos, estão amarradas às camas,que não têm colchões, e ficam chafurdadas na própria imundice esão lavadas com jatos d’água.

ORGANIZAÇÕES PERTINENTES À DEFICIÊNCIA

Disabled Peoples’ International (DPI) defende os direitos daspessoas portadoras de deficiência. Sua filosofia consiste emigualdade em todas as sociedades do mundo. A rede da DPI possuimais de 100 membros que são organizações nacionais, das quaismais da metade em países em desenvolvimento. A DPI tem statusconsultivo junto à Organização das Nações Unidas (ONU).

IMPACT é uma iniciativa internacional contra deficiências evitáveis,lançadas pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

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(PNUD), Organização Mundial de Saúde (OMS) e fundo das NaçõesUnidas para a Infância (UNICEF). O escritório internacional emGenebra coordena fundações nacionais do IMPACT em váriospaíses em desenvolvimento e meios de comunicação em massa,as fundações ajudam a iniciar medidas de baixo custo paracombater deficiências.

Inclusion International (International Leage of Societies of Personswith Mental Handicap é a única organização que fala pelos 40milhões de portadores de deficiência mental no mundo, suas famíliase as pessoas que trabalham junto a eles. A entidade inclui 100organizações espalhadas em 67 países e existe para ajudar seusmembros a atingir seus respectivos objetivos em respostas àsnecessidades locais. A Inclusion International tem status consultivojunto à ONU.

Reabilitation International é uma federação de 145 organizaçõesem 82 países, que desenvolve programas destinadas a ajudarpessoas com deficiência e todos aqueles que trabalham naprevenção, reabilitação e integração.

Word Blind Union (WBU) é constituída por representantes de120 organizações nacionais de pessoas com deficiência visual epor entidades que as atendem. As pessoas deficientescompartilham do controle da WBU. A meta da WBU é a equiparaçãode oportunidades e participação plena para pessoas portadoras dedeficiência . A WBU tem status consultivo junto a ONU.

World Federation of the Deaf (WFD) é uma organizaçãointernacional de associações nacionais de surdos. A WFD foiestabelecida em 1951 e se dedica à participação plena e igualdadede direitos das pessoas com deficiência auditiva. A WFD tem statusconsultivo junto a ONU.

ENDEREÇOSDisability Awareness in Action (DAA). 11 Belgrave Road, LondonSW1V 1RB (Grã-Bretanha). Tel: + 44 71 834 0477.Fax: + 44 71 821 9812.

Disabled Peoples’ International (DPI). 101-7 Evergreen,Winnipeg, R3L. 2T3 (Canadá). Tel + 204 287 8010. Fax: + 204 2878175.

Economic and Social Commission for Asia and the Pacific(ESCAP). United Nations Building. Rajdamnern Avenue, Bangkok10200 (Tailândia). Tel + 66 2 282 9161. Fax: + 66 2 282 9662.

Economic and Social Commission for West - em Asia (ESCWA).P.O. Box. 927115, Amman (Jordânia). Tel + 962 6 694 351. Fax: +962 6 694 980 82.

Economic Commission for Africa (ECA). P.O. Box 3001, AddisAbeba (Etiópia). Tel: + 251 1 517 200.

Economic Commission for Europe (ECE). Palais des Nations,1211 Geneva 10 (Suíça). Tel: + 41 22 73460 11. Fax: + 41 22 739825

IMPACT, c/o WHO. Room 1.225,20 Avenue Appia, CH-1211, Geneva27 (Suíça). Tel: + 41 22 791 3733. Fax: + 41 22 792 0746.

Inclusion International League of Societies with MentalHandicap - ILSMH). 248 Avenue Louise, bte. 17 Brussels, B-1050(Bélgica). Tel. + 32 2 647 6180. Fax: + 32 2 647 2969.

Reabilitation International. 25 East 21 st Street. New York, NY10010 (EUA). Tel: + 212 420 1500. Fax: + 212 505 0871.

United Nations Centre for Human Rights. 8-14 Avenue de lapaix, CH- 1211, Geneva 10 (Suíça). Tel + 41 22 907 1234. Fax: +41 22 917 0123.

Word Blind Union. 224 Creat Portand Street, London W1N 6AA(Grã-Bretanha). Tel: + 44 71 388 1266. Fax: + 44 71 388 1266.Fax: - 44 71 383 -0508.

World Federation of the Deaf. P.O. Box. 65, SF -00401 Helsinki(Finlândia). Tel: + 358 0 58031. Fax + 358 0 580 3770.

Uma lista mais completa de endereços internacionais eregionais está disponível na DAA e no PRODEF.

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POSFÁCIO À EDIÇÃO BRASILEIRA

Em novembro de 1994, a convite do prof. Adail Vettorazzo,Secretario Municipal da Família e Bem Estar Social (FABES) daPrefeitura de São Paulo, esteve na Capital paulista o sr. MamadouBarry, Chefe da Disabled Persons Unit da Divisão de Política eDesenvolvimento social da ONU, com a finalidade de proferir aPalestra Magna de Abertura do I Simpósio de Equiparação deOportunidades para pessoas com Deficiência - I SIMPEQ.

Nessa mesma ocasião, ao tomar conhecimento dos objetivos doPRODEF - Programa de Atendimento aos Portadores de Deficiênciada FABES, o sr Mamadou Barry mencionou a existência dodocumento “Information Kit to Suport the International Day ofDisabled Persons: 3 December, a Day to Promote the Human Rightsof All Disabled People”. Em seguida , o PRODEF solicitou ao Centrode Informações das Nações Unidas um exemplar desse documento,no que foi atendido de imediato.

Dada a extrema utilidade do documento, o PRODEF escreveu àDisability Awareness in Action (DAA) responsável pela edição dodocumento, solicitando autorização para fazer a tradução do mesmopara a língua portuguesa. E, ao mesmo tempo, enviou ao PRODEFdez exemplares da edição em português, lamentando aimpossibilidade de enviar outros exemplares mas deixando a critériodo PRODEF uma solução para que o documento fosse disseminadoum maior número de destinatário.

Na leitura do texto, porém, constatou-se que a tradução foi realizadana versão lusitana da língua portuguesa. Como se sabe, existeuma enorme diferença no significado de muitas palavras eexpressões idiomáticas entre o português do Brasil e o portuguêsde Portugal. Existem também diferenças importantes no modo degrafar e acentuar palavras. E tudo isso contribui para desestimulara leitura do texto e/ou comprometer o entendimento por parte doleitor brasileiro.

Assim sendo, decidiu o PRODEF fazer uma tradução suadiretamente do texto original inglês. E para realizar essa tarefa, foiincumbido o sr Romeu Kazumi Sassaki, profissional com longaexperiência em trabalhos de tradução no campo da deficiência.

Em seqüência o PRODEF procurou a ajuda da APADE, Associaçãode Pais e Amigos de Portadores de Deficiência da Eletropaulo nosentido de tornar realidade a publicação deste documento. AAPADE, concordando com a importância da divulgação de tãoimportante texto, solicitou à alta direção da ELETROPAULO -Eletricidade de São Paulo S.A. que imprimisse o presentedocumento, no que foi prontamente atendida. A Secretaria Municipalda Família e Bem-Estar Social, da Prefeitura de São Paulo, porintermédio do PRODEF AGRADECE à Eletropaulo por estavaliosíssima colaboração e à APADE pela intercedência.

Quanto à observância do Dia Internacional das Pessoas comdeficiência em nosso país, quatro fatos merecem registro.

- A Câmara Municipal de São Bernardo do Campo, no Estado deSão Paulo, aprovou em 27-8-93 a Resolução Nº 1.199 que dispõesobre a realização de sessão solene em comemoração ao DiaInternacional, anualmente no mês de dezembro e de preferênciano dia 3. Ela já realizou tal solenidade em 1993 e 1994.

- O Prefeito do Município de São Paulo, por iniciativa da Secretariada Família e Bem-Estar Social, assinou em 30-5-95 o Decreto Nº35.161, que institui a Semana da Pessoa Portadora de Deficiência,a ser comemorada, anualmente de 3 a 10 de dezembro. Nasconsiderações, o Decreto justifica o dia 3 por ser o Dia Internacionaldas Pessoas com Deficiência e o dia 10 por ser o dia dos DireitosHumanos.

Nota do Tradutor: Vocês podem saber mais sobre os direitoshumanos através do Centro de Informação das Nações Unidas,com endereço no Palácio Itamaraty 196, Av Marechal Floriano,196, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20080-002, TEL. (021) 253-2211 efax (021) 233-5753. Ou contatando a Disabled Persons Unit, RoomDC2-1302, DSPD/DPCSD, 2 United Nations Plaza, New York, NY10017, EUA, tel. (212) 963-3897 e fax (212) 963-3062.

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Trechos de alguns documentos sobre direitos humanos derelevância particular para pessoas deficientes encontram-se napublicação Consultation and Influence, edição nº 2 da série DAAResource Kit (Disponível em inglês ou espanhol no endereço daDisability Awareness in Action.

Documentos Nacionais e Internacionais Geradosa Partir de Encontros e Conferências

Declaração de Dakar -Texto adotado pela Cúpula Mundial deEducação

Declaração da Guatemala - Convenção interamericana para aeliminação de todas as formas de discriminação contra as pessoascom deficiência

Conferência Internacional do Trabalho - Convenção 159 -Convenção sobre Reabilitação Profissional e Emprego de PessoasDeficientes

Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes - Resoluçãoaprovada pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidasem 09/12/75

Declaração internacional de Montreal sobre inclusão -Aprovada em 5 de junho de 2001 pelo Congresso Internacional “Sociedade Inclusiva”, realizado em Montreal, Canadá

Declaração de Verona - Documento foi aprovado em Verona, Itália,em congresso europeu sobre o envelhecimento de pessoas comdeficiência

Declaração de Quito - Documento elaborado durante o Seminárioe Oficina Regional das Américas

Vida Independente e Meios de Vida Sustentáveis -Pronunciamento divulgado em 3 de dezembro de 2002 -Organização Internacional do Trabalho

Declaração de Pequim - Sobre os Direitos das Pessoas comDeficiência no Novo Século

Declaração de Manágua - Documento prega sociedade baseadana eqüidade, na justiça, na igualdade e na interdependência

Declaração de Cave Hill - Adotada durante Programa Regional de

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Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras deDeficiência - Assembléia Geral - Vigésimo Nono Período Ordináriode Sessões - 06 de junho de 1999 AG/doc. 3826/99, Guatemala,28 de maio de 1999

Capacitação de Líderes, da Organização Mundial de Pessoas comDeficiência

Declaración de Cartagena de Indias - A conferência aconteceuem 1992, na Colômbia

Declaração de Madri - 2002 - Aprovada em Madri, Espanha, em23 de março de 2002, no Congresso Europeu de Pessoas comDeficiência, comemorando a proclamação de 2003 como o AnoEuropeu das Pessoas com Deficiência

Declaração de Sapporo - Aprovada no dia 18 de outubro de 2002por 3.000 pessoas, em sua maioria com deficiência, representando109 países, na 6ª Assembléia Mundial da Disabled Peoples’International - DPI, em Sapporo, Japão

Declaração de Caracas - Elaborada durante a Primeira Conferênciada Rede Ibero- Americana de Organizações Não-Governamentaisde Pessoas com Deficiência e suas Famílias

Declaração de Washington - A Conferência de Cúpula -Perspectivas Globais sobre Vida Independente para o PróximoMilênio- foi realizada de 21 a 25 de setembro de 1999, emWashington

Declaração dos Direitos do Deficiente Mental - Proclamadapela Assembléia Geral das Nações Unidas em 20 de dezembro de1971

Convenção Sobre Reabilitação Profissional e Emprego dePessoas Deficientes - Convocada em Genebra pelo Conselho deAdministração do Escritório Internacional do Trabalho e realizadanessa cidade em 1º de junho de 1983, em sua sexagésima nonareunião

Programa de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência- O Programa de Ação Mundial para as pessoas com Deficiênciafoi aprovado pela Assembléia Geral das Nações Unidas em seutrigésimo sétimo período de sessões, pela Resolução 37/52, de 3de dezembro de 1982.

Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

ENDEREÇOS INTERESSANTES

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ENDEREÇOS INTERESSANTES

AACD - Associação de Assistência à Criança Deficientehttp://www.aacd.org.brFundador: Dr. Renato da Costa BonfimMissão: “Tratar, reabilitar e reintegrar à sociedade crianças,adolescentes e adultos portadores de deficiência física”.Contato: [email protected]: (11) 5576-0847

AADF - Associação de Assistência ao Deficiente Físicohttp://www.aadf.org.brA elevação da auto-estima e autoconfiança do portador de deficiênciaé um dos principais pontos que a AADF trabalha.Contato: [email protected].: Rua Independência, 230 - V. Odilon - Ourinhos SP - CEP:19905-145Telefone: (14) 3322-3524

ABAD - Associação Beneficente de Assistência aoDeficiente - Praia Grandehttp://www.praiagrande.com.br/abad/Fundada em 1989, a A.B.A.D. é uma associação beneficente semfins lucrativos que presta assistência aos deficientes físicos, emespecial àqueles com graves limitações motoras. Foi idealizada efundada por pessoas portadoras de deficiência que hoje a dirigemjuntamente com pessoas não-deficientes.Objetivo: Prestar assistência e auxílio aos deficientes,principalmente àqueles que já passaram pelo processo dereabilitação mas que devido a dependência física causada pelalimitação motora, sempre estão na pendência dos cuidados e daajuda de alguém.Contato: através do canal “FALE CONOSCO”

ABDIM - Associação Brasileira de Distrofia Muscularhttp://www.abdim.org.brAtuação do Serviço Social: Atua diretamente com os grupos de

pais, cuidadores e/ou responsáveis pelos portadores de DistrofiaMuscular, que participam semanalmente do atendimento na ABDIM.End.: Rua Engenheiro Teixeira Soares, 715 - Butantã - São Paulo- SP - CEP:05505-030Tel.: (11) 3814-8562Contato: [email protected]

ABEM - Associação Brasileira de Esclerose Múltiplahttp://www.abem.org.br/index2.htmlA história da ABEM teve início a partir da estréia da peça, em SãoPaulo, ‘Dueto para Um Só’, de Tom Kempinski, no Teatro RuthEscobar, em 1984, estrelada pelos atores Othon Bastos e MarthaOverbeck. O texto retratava a história da vida da violoncelista inglesaJacqueline Du Pré, um dos maiores expoentes da música nosúltimos anos, casada com o maestro Daniel Baremboim e que foiobrigada a abandonar a arte aos 28 anos, ao ser acometida pelaEsclerose Múltipla (E.M.). Impossibilitada de tocar, passou osúltimos anos de sua vida dando aulas de violoncelo, tendo falecidoem 1988. Foi ao final da peça ‘Dueto para Um Só’, à saída doteatro Ruth Escobar, que os portadores de esclerose múltipla seidentificaram pelo uso da bengala ou cadeira de rodas. Esse foi ocaso de Ana Maria Almeida Amarante Levy e Dr. Renato Basile, jáfalecido.Desse encontro surgiu a idéia de criar a ABEM, o queaconteceu em julho de 1984.Contato: [email protected].: Rua Indianópolis, 2752 - São Paulo-SPFax: (11) 5587-6050

Acercadavidahttp://www.acercadavida.com.brPágina de Flavia Maria de Paiva Vital. É um site sobre Vida,Experiências, Depoimentos e Informações. É Consultora Internade Gestão da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo,Presidente do Centro de Vida Independente Araci Nallin,Investigadora do Centro Internacional para Reabilitação e participade uma lista de discussão na internet, a Lista Porta de Acesso.E-mail: [email protected]

Acesso Comum, Um Ambiente para Todoshttp://www.welcome.to/acessibilidadePROJETOS e recomendações relevantes na produção de ambientesacessíveis à mais ampla faixa de usuários, e que incorporem a

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perspectiva de inclusão das pessoas com necessidades especiais.Contato: [email protected]

ADEVA - Associação de Deficientes Visuais e Amigoshttp://www.adeva.org.brA Associação de Deficientes Visuais e Amigos - Adeva é umaorganização da sociedade civil de interesse público, apartidária,sem fins lucrativos, atuante em São Paulo e em cidades próximas.Conta com associados deficientes visuais e não-deficientes queparticipam com igualdade de direitos e deveres. Sua diretoriaexecutiva é eleita por um período de três anos por meio deassembléia de todos os associados. A Adeva mantém seus projetospor meio da colaboração de associados-contribuintes, de doações/patrocínios, de parcerias, da receita de eventos e da produção deimpressos em Braille.Contato: [email protected].: (11) 3152-5761/3151-4125

ALÔ-HELP Você não está sozinhohttp://www.alohelp.com.brAlôHelp é o mais moderno conceito de homecare do mundo queagora está disponível no Brasil. É necessário apenas apertar umbotão para contatar familiares, vizinhos e acionar serviços deemergência.Contato: [email protected].: Rua Turiassú, 390 cj. 154 - Perdizes - São Paulo/SP 05005-000Tel.: (11) 3868-3885

AMA - Associação de Amigos do Autistahttp://www.ama.org.brMissão: Proporcionar à pessoa autista uma vida digna: trabalho,saúde, lazer e integração à sociedade.Oferecer à família da pessoa autista instrumentos para a convivênciano lar e em sociedade.Promover e incentivar pesquisas sobre o autismo, difundindo oconhecimento acumulado.Ends:Sítio Nova Esperança - Rua Henrique Reimberg, 1015, ParelheirosTel.:(11) 5920-8995CRI - Centro de Reabilitação Infantil (Cambuci) - Rua do Lavapés,

1123 CambuciTel.:(11) 3272-8822

AME - Amigos Metroviários dos Excepcionaishttp://www.ame-sp.org.brA AME foi fundada em agosto de 1990, a partir de iniciativa dosmetroviários de São Paulo, amigos e pais de pessoas portadorasde deficiência. Caracteriza-se como organização da sociedade civil,sem fins lucrativos. Foi declarada entidade de Utilidade PúblicaMunicipal, Estadual e Federal.Possui como Missão a reabilitação e inclusão de pessoasportadoras de deficiência, subsidiando-as para que usufruam deigualdade de oportunidades sociais e exercício pleno de suacidadania.Contato: [email protected].: Rua Dr. Miguel Vieira Ferreira, 69 - Tatuapé, São Paulo, SP,BrasilCEP: 03071-080Tel./Fax.: (11) 6942.7354

Anjos dos Deficienteshttp://www.anjosdosdeficietnes.hpg.iq.com.br/index.htmlO objetivo é auxiliar o portador de deficiência física a reintegrar-seà sociedade com base em pesquisas e experiência própria, levamosinformações para melhorar a qualidade de vida do deficiente.E-mail: [email protected]

APABB - Associação de Pais e Amigas de PessoasPortadoras de Deficiência dos Funcionários do Banco doBrasilhttp://www.apabb.com.brVisão: Tornar-se referência no acolhimento da pessoa comdeficiência e sua família, bem como na defesa de seus direitos,contribuindo com sua inclusão social e melhoria de sua qualidadede vida.Contato: [email protected].: Rua Líbero Badaró, 568, 11° São Paulo - SPTel.: (11) 3107-5527 / 3106-8714

APACSP - Associação dos Pais e Amigos da Criança comDeficiência Neuro-motorahttp://www.apacsp.com.br

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A APAC - Associação dos Pais e Amigos da Criança com DeficiênciaNeuro-motora, fundada em outubro de 1996, é uma sociedade civil,sem fins lucrativos. Sua missão, a de criar condições paradesenvolver um trabalho terapêutico-educacional para crianças ejovens com deficiência neuro-motora, vem sendo cumprida mediantea colaboração de pessoas físicas e jurídicas, contando hoje comaproximadamente 400 associados.End.:Rua Arapiraca, 386 Vila Madalena - CEP 05443-020 - São Paulo -SPTel/Fax.: (11) 3814.7369Artistas com Deficiênciahttp://www.geocities.com/soho/atrium/6600http://www.geocities.com/artevitalhttp://fly.to/artevitalContato: [email protected] criado e mantido por (c) Sergio Milani

ABSL - Associação Beneficente São Lucashttp://www.associacaosaolucas.org.brEsta Associação, na forma do seu Estatuto Social, tem por objetivoprestar assistência a pessoas portadoras de necessidadesespeciais, de qualquer idade, dentro de uma concepção holísticade saúde ( física, mental , social e psicológica)Contato: [email protected].: Rua Madre Cândida Maria de Jesus, 33 - CEP - 12912-370- Bragança Paulista - SPTel.: (11) 4033 7934

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicaswww.abnt.org.brFundada em 1940, a ABNT - Associação Brasileira de NormasTécnicas - é o órgão responsável pela normalização técnica nopaís, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológicobrasileiro. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecidacomo Fórum Nacional de Normalização - ÚNICO - através daResolução n.º 07 do CONMETRO, de 24.08.1992.

ADD - Associação Desportiva para Deficienteshttp://www.add.org.br/index.aspCriada em 1996 sob os ideais do professor de educação físicaSteven Dubner e da administradora Eliane Miada, a ADD é uma

entidade sem fins lucrativos que promove a integração do deficientefísico na sociedade por meio do esporte adaptado.Contato: através do canal FALE CONOSCOEnd.: Avenida Jandira, 1111 - Planalto Paulista - São Paulo, SP -CEP 04080-006Tel.: (11) 5052-9944

Associação de Convivência Novo Tempohttp://www.assnovotempo.com.brA Associação de Convivência Novo Tempo é uma instituição civil,sem fins lucrativos, formada por pais de pessoas portadoras dedeficiência. Sua sede está localizada a 130 km de São Paulo, nacidade de Araçoiaba da Serra, e funciona em regime de residência,com permanência vitalícia, e também em regime semi-internato.Apresenta capacidade para 36 residentes e 44 semi-internos.End.: Estrada Municipal, 393 - CEP 18190-000 - Caixa Postal 78Araçoiaba da Serra - SPContato: [email protected] 114.5 da Rodovia Raposo TavaresTel./Fax: (0xx15) 3281-1969/3281-2306

AJA - Associação Jovem Aprendizhttp://www.aja.org.brA AJA é uma OSCIP: Organização Social de Interesse Público,com registro no Ministério da Justiça, fundada em 1995 e sediadaem Brasília, DF. A AJA promove ações para a inclusão social eeconômica das pessoas com e sem deficiência, por meio dautilização da tecnologia de informação para a geração de trabalhoe renda.Contato: [email protected].: Caixa Postal 10570 - Lago Sul - Brasília, DF 71620-980 -BrasilTel.: (61) 427 0140Fax: (61) 427 0139

ANDEF - Associação Niteroiense dos Deficientes Físicoswww.andef.org.brA Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (ANDEF) é umaorganização não-governamental, fundada em 1981, com o propósitode desenvolver ações de garantia e promoção de direitos daspessoas portadoras de deficiência física. Sem fins lucrativos, filiação

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religiosa ou partidária, a Andef é reconhecida nacional einternacionalmente como uma das maiores entidades derepresentação do segmento que atua.End.: Estrada Velha de Maricá, 4830 - Niterói - RJ • Cep 24230-000Telefax: (21) 2718-7580

APPP - Associação Pós-Polio de Portugalwww.geocities.com/hotspring/resort/4652Contato: pos_pó[email protected] / [email protected].: Apartado 2089 - 7001-901 Évora - Portugal

Audioteca Sal & Luzhttp://www.audioteca.com.brA Audioteca Sal e Luz é um projeto de utilidade pública, que visaproporcionar a pessoas cegas e deficientes visuais acesso àcultura, à educação e à informação produzindo e emprestando livrosgravados em fitas K7, atuando em todo território nacional. Esteserviço, restrito apenas aos portadores de deficiência visual,inscritos e cadastrados na Instituição, é regulamentado por duasLeis: 1 - Lei de Definições e Incapacidades (Decreto No 3.298, de20/12/99); 2 - Lei de Isenção do Direito Autoral (Lei 9.610, de 19/02/1998).End.: Rua da Constituição,14, Sobreloja, Rio de Janeiro - RJ - CEP20060-010Tel.: 0(xx) 21 2221-8190 ou 2221-7154 (telefax)Contato:[email protected] de Auto Desempenhohttp://www.geocities.com/heartland/village/8635E-mail: [email protected]

Bengala Legalwww.bengalalegal.com.brMarco Antonio de Queiroz é conhecido também como MAQ (letrasiniciais do meu nome completo). Possui algumas característicaspessoais que não são comuns à maioria das pessoas: é diabético,cego, transplantado renal e do pâncreas. Essa página estarápreenchida com esses e mais assuntos semelhantes. É autor dolivro “Sopro no Corpo” publicado em 1986 pela Editora Rocco. Trata-se de uma autobiografia onde escreve a respeito de cegueira,diabetes, drogas e outras coisas que aconteceram em sua vida.”E-mail: [email protected]

Campanha Seja um Voluntáriowww.voluntarios.com.br“Seja um voluntário” é um serviço comunitário oferecido àcomunidade pela: DPaschoal, 3M. “Seja um Voluntário” é umserviço comunitário que tem como objetivo auxiliar 83 milhões debrasileiros que querem ser voluntários a encontrarem uma entidadeou causa de seu interesse e ajudar mais de 4.100 entidades aconseguir voluntários.Carpe Diemhttp://www.carpediem.com.brA Associação Carpe Diem tem como meta buscar oportunidadesde realização pessoal para as pessoas portadoras de deficiênciaintelectual, de tal forma que possam construir e colocar em práticao seu Projeto de Vida, seja no lazer, na área cultural ou artística,como voluntário, ou inserido no mundo do trabalho.End.: Rua Pintassilgo, 463 - Moema - São Paulo - BrasilTel: (011) 5093-1888E-mail: [email protected]

CEDIPOD - Centro de Documentação e Informação doPortador de Deficiênciahttp://www.cedipod.org.brO CEDIPOD - Centro de Documentação e Informação do Portadorde Deficiência, é uma entidade civil, sem fins lucrativos e foi criadoem 1990 a partir da constatação da falta de uma entidadeespecializada na coleta, organização e divulgação de informaçõessobre pessoas portadoras de deficiência.A proposta de trabalho está voltada para a criação de materialinformativo para as entidades de pessoas portadoras de deficiênciae para a sociedade. Nossas áreas principais de trabalho são:Legislação (Direitos Civis), Eliminação de Barreiras Arquitetônicas,Transportes, Comunicação e Participação Social.End.: Av. São João,1588, Ap. 138 - CEP 01211-000 São Paulo - SPTel.: (11) 3334-1324E-mail: [email protected]

CERTIC - Centro de Engenharia de Reabilitação emTecnologias de Informação e Comunicaçãohttp://www.acessibilidade.net/Este sítio destina-se a todos os que desejam facilitar o acesso aocomputador, ao software e à Internet a pessoas com deficiência,

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através de tecnologias de acesso e técnicas de concepção desoftware e de conteúdos web acessíveis.End.: UTAD/Edifício de Engenharias II, Apartado 1013 - 5000-911Vila Real - PortugalContacto: Francisco Godinho - E-mail: [email protected]: 259 350 376 (UTAD - Engenharias II)

CVIAN - Centro de Vida Independente Araci Nallinhttp://cvian.sites.uol.com.br/index.htmlFundado em 27 de abril de 1996, o Centro de Vida IndependenteAraci Nallin (CVI-AN) é uma organização não-governamental, semfins lucrativos, idealizada, gerida e constituída por pessoasdeficientes e não deficientes.A missão do CVI-AN é contribuir para a inclusão social edesenvolvimento individual das pessoas com deficiência, oferecendoserviços e informações para que - mesmo aquelas com limitaçõesmuito severas - conquistem mais autonomia nas suas atividadesda vida diária e mais independência pessoal, tomando suas própriasdecisões, assumindo as responsabilidades por essas escolhas eo controle de suas vidas.End.: Rua Benedito Juarez, 70E-mail:[email protected]

CVI - Centro de Vida Independente de Campinaswww.cvicampinas.com.brRelação de todos os CVIs do Brasil.E-mail: [email protected]

CVI - Centro de Vida Independente de Maringáwww.cvi-maringa.org.br Um Centro de Vida Independente - CVI - é um tipo de organizaçãonão-governamental (ONG) que procura e encontra meios demelhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência, fazendocom que se tornem agentes, independentes.E-mail: [email protected]

CVI - Centro de Vida Independente do Rio de Janeiro-RJhttp://www.alternex.com.br/~cvirj/O CVI-RIO está passando por uma fase de ampliação eaprimoramento de seus serviços, dentro de uma programa dequalidade total, sem perder de vista nossa missão: “promover ofortalecimento pessoal e a inclusão social dos indivíduos portadores

de deficiência”. Para cumpri-la buscamos sempre atender ademanda de nosso público alvo, naquelas atividades não oferecidaspor outros meios disponíveis na comunidade. Nosso perfil inovadortem criado conceitos e serviços que contribuem para atransformação da realidade das pessoas com deficiência no nossopaís. Prestamos atendimento gratuito à comunidade e nãopossuímos fins lucrativos, sendo reconhecidos como entidade deutilidade pública.End.: Rua Marquês de São Vicente, 225 / Estacionamento da PUC(Ao lado do Planetário da Gávea) - Cep. 22451-041 - Rio de Janeiro- RJ - BrasilTel: 55(021) 512-1088 // Fax: 55(021) 239-2541E-mails: [email protected] // [email protected]

CIADEF - Centro Interativo de Apoio ao Deficiente Físicohttp://www.rionet.com.br/%7Efreedom/Artemio Filho criou o site CIADEF(Centro Interativo de Apoio aoDeficiente Físico), há alguns anos atrás por acreditar que a Interneté uma enorme ferramenta de Informação, e que muitos dosproblemas, dúvidas do Portador de Deficiência Física (PDF) podemser solucionadas através da troca de experiências entre os própriosDeficientes.Tel.: (0xx21) 3393-6439 / 3353-0117E-mail: [email protected]

Clic Deficiênciahttp://www.clicdeficiencia.com.brEsse portal nasceu da união de três núcleos de educação especial,ASA, Interação e Projeto, situadas na zona sul de São Paulo , queatendem portadores de necessidades especiais. O objetivo écentralizar informações dos recursos disponíveis na área para queos profissionais possam divulgar o seu trabalho e as pessoasinteressadas possam localizar o atendimento que procuram.ASA:End.: Rua Santa Verônica, 188 - Brooklin - SPTel.: 0XX11 5506-7006Interação:End.: Rua Luisiânia, 185 - Brooklin - SPTel.: 0XX11 241-0084Projeto:

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End.: Rua Geórgia, 1051 - Brooklin - SPTel.: 0xx11 543-7954

CORDE - Coordenadoria Nacional para a Integração daPessoa Portadora de Deficiênciahttp.mj.gov.br/sedh/dopdh/dopdh.htmA Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadorade Deficiência é o órgão do Departamento de Promoção dos DireitosHumanos da Secretaria de Estado dos Direitos Humanosresponsável pela gestão de políticas voltadas para integração dapessoa portadora de deficiência, tendo como eixo focal a defesade direitos e a promoção da cidadania.End.: Esplanada dos Ministérios - Bloco T - Anexo II - 2º Andar -Sala 206 - Brasília - DF - Cep: 70.064-900Tel.: (0xx61) 226-0501 / 429-3684Fax: (0xx61) 225-0440E-mail: [email protected]

CPA - Comissão Permanente de Acessibilidadehttp://www.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/habitacao/departamentos/0007A Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA)tem como um deseus objetivos criar publicações a fim de facilitar a troca deconhecimento entre a população. Tornar São Paulo uma cidadecom acessibilidade total só será possível com o apoio de toda asociedade e para isso devem-se instituir programas efetivos deeliminação de barreiras arquitetônicas, visando o planejamento dasedificações, vias públicas, mobiliários urbanos e transportes,criando, assim, condições que igualem as oportunidades econcedam autonomia e inclusão social das pessoas portadorasde deficiência.Tel.: (11) 3242-9620Agendamento de consulta: de segunda a sexta-feira, das 9h às18h, na rua São Bento, 405 - 19º andar - Sala 191-B. Ou pelo e-mail [email protected]

Cruz Verde - Associação Cruz Verdehttp://www.cruzverde.org.br/ A Associação Cruz Verde foi fundada em 8 de dezembro de 1959por um grupo de pessoas sensibilizadas com o problema dascrianças excepcionais graves, portadoras de paralisia cerebral,

algumas abandonadas pelas suas famílias.End.: Rua Dr. Diogo de Faria, 695 - Vila Clementino - São Paulo,Brasil.- Cep: 04037-002Fone/Fax: (11) 5579-7335/5083-0341E-mail: [email protected]

Compadres - Conselho Mundial de Pais e Amigos doDeficiente Visualhttp.www.compadres.org.brÉ uma rede de informação sobre deficiência visual. Criado em 1997,sua missão é garantir o acesso a toda e qualquer informação sobredeficiência visual .Tem como objetivo assegurar a autonomia,independência e plena inclusão das pessoas com deficiência visualna comunidade, promovendo e facilitando a igualdade deoportunidades de acesso a serviços, educação, trabalho, lazer ecultura.Compadres tem um espaço reservado para que os pais se juntem,troquem informações e experiências, discutam e busquem soluçõescoletivas.End.: R. Brigadeiro Galvão, 682 Barra Funda São Paulo - SP 01154-000.Tel.: (11) 3660-6418 / 3666-3532.E-mail: [email protected]

Curso de HTML para Deficiente Visuais Aulas e Dicashttp://www.geocities.com/aulas_html/Aulas preparadas para um curso de html básico ministrado no Serprodo Rio de Janeiro, por Marco Antonio de Queiroz, a partir de 19/03/2001, especialmente para cegos e pessoas de baixa visão. Asaulas estão também em formato txt e podem ser lidas no própriolink ou serem salvas pelo webvox ou qualquer browser de usocorrente. O pré-requisito único desse curso para iniciantes é sabernavegar pela web.

Dedos dos Péshttp://www.truenet.com.br/ronaldo/Ronaldo Correia JuniorDedos dos Pés é um ELO EFICIENTE da corrente para um mundomelhor!

Deficiente Eficientehttp://www.deficienteeficiente.com.br

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O DEFICIENTE EFICIENTE contribui, de forma permanente, coma cidadania de todas as Pessoas com Direitos Especiais no Brasil.Um site CIDADÃO 100% acessibilidade !E-mail:[email protected];[email protected] Visualhttp://www.deficientevisual.org.brA missão do grupo é promover as ações que se fizerem necessárias,para capacitar no uso da microinformática e empregar o maiornúmero possível de Deficientes Visuais em todo o Brasil.Contato: através do canal FALE CONOSCODeficienteshttp://www.geocities.com/hotsprings/7455/Adriana MelloEmail: [email protected]

Defnethttp://www.defnet.org.brFundador: Dr. Jorge Márcio Pereira de Andrade“GeoOrgos/DefNet”, também denominado Centro de Informática eInformações sobre Paralisias Cerebrais, é uma associação de paisde crianças portadoras de paralisia cerebral e outras múltiplasdeficiências, bem como de adultos com os mesmos déficits, dosespecialistas ligados às mesmas e ainda dos parentes e amigosdestes portadores de Distúrbios de Eficiência Física (DEF). Estaassociação caracteriza-se pela filantropia, pelo direito privado, enão visa auferir lucros para seus associados.E-mail: [email protected]

Disability Worldhttp://www.disabilityworld.org/About Disability WorldDisability World is a new web-zine dedicated to advancing anexchange of information and research about the internationalindependent living movement of people with disabilities. The web-zine is the heart of a larger project, IDEAS for the New Millennium,funded in 1999 by the National Institute on Disability andRehabilitation Research as a five-year project.Web-zine PersonnelBarbara Duncan (RI), responsible for content in English - e-mail:[email protected]

Rosangela Berman-Bieler (IID), responsible for content in Spanishand related to Latin America - e-mail: [email protected]

DisAbility and Healthhttp://www.cdc.gov.ncbddd/dh/Welcome to the home page of the Disability and Health Team. Weare part of the new National Center on Birth Defects andDevelopmental Disabilities at the Centers for Disease Control andPrevention (CDC) located in Atlanta, Georgia. Our focus is promotingthe health of people who are living with disabilities. This Web site isdedicated to describing that work and sharing public healthinformation resources.Contact the Disability and Health TeamDivision of Human Development and DisabilityCDC/National Center on Birth Defects and DevelopmentalDisabilities1600 Clifton RoadMail Stop E-88Atlanta, Georgia 30333FAX 404.498.3060TDD 404.498.3049

Dr. Visão - O Portal da Oftalmologiahttp://www.drvisao.com.br/Desenvolver o maior portal na área oftalmológica , que permita livrerelacionamento Médico-Médico e Médico-Comunidade, visando atroca de informações e educação da população, ressaltandocriteriosamente todas as possibilidades de cura e prevenção daoftalmologia, aliadas a complexidade dos procedimentosoftalmológicos e o valor do ato médico.End.: Rua Itapeva, 187 - Bela Vista - 01332-000 - São Paulo - SP- BrasilTel.: 3263-0556E-mail: [email protected]

Em Péhttp://suzanaf.sites.uol.com.br/index.htmEm Pé é uma revista on-line dirigida ao amputado, sua família eprofissionais da área. Há uma avalanche de matérias sobre o temana Europa e na América do Norte. Algumas serão comentadas outraduzidas aqui. No mínimo, o que acontece lá fora nos serve deguia para nossas buscas, além de nos dar a certeza de que a

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realidade do amputado é mais comum do que parece. O objetivoprincipal, porém, é conhecer melhor a nossa realidade parapodermos implementar transformações aqui no nosso Brasil. Siteelaborado por Suzana Fonseca.E-mail:[email protected]

Entre Amigos - Rede de Informações sobre Deficiênciahttp://www.entreamigos.com.brCentral de Atendimento Direto - (11) 5082-3501

Farol da Deficiênciahttp://www.setemares.terravista.pt/meco/1728Site português cuja pesquisa sobre o assunto se realiza atravésdo diretório Terravista, canal saúde.

Federação de basquete em Cadeira de Rodas do Estado doRio de Janeirohttp://www.fbcrerj.org.brPágina da Federação de Basquetebol em Cadeira de Rodas doEstado do Rio de Janeiro, Entidade sem fins lucrativos destinada apromover a prática do basquetebol em cadeira de rodas para pessoasamputadas, portadoras de deficência física e seqüelas de pólio,bem como promover sua reintegração à sociedade através deatividades sócio-cultural-desportivas. Fundada dia 10 de junho de1999, sob Presidência do Prof. Sergio CastroE-mail: [email protected]

FENEIS - Federação Nacional de Educação e Integraçãodos Surdoshttp://www.feneis.com.brA FENEIS como entidade filantrópica, de cunho civil e sem finslucrativos, trabalha para representar as pessoas surdas, tendocaráter educacional, assistencial e sócio-cultural. Uma das suasprincipais bandeiras é o reconhecimento da cultura surda perantea sociedade.Rio de janeiroEnd.: Rua Major Ávila, 379 - Tijuca - Rio de Janeiro-RJ - CEP 20511-140E-mails: (Informações Gerais): [email protected] HorizonteRua Albita, 144 - Cruzeiro - Belo Horizonte-MG - CEP 30310-160Telefax: (21) 3225-0088

E-mail: [email protected]ão PauloRua Padre Machado, 293 - Vila Mariana - São Paulo-SP - CEP04127-000Tel.:(11) 5575-5882E-mail: [email protected] AlegreRua Castro Alves, 442 - Rio Branco - Porto Alegre -RS - CEP 90430-130Tel: (51) 3321-4244Fax: (51) 3321-4334E-mail: [email protected]íliaNovo End.: SCS Qd. 01 - Edifício Márcia, Bloco L - sala 712 -Brasília-DF - CEP 70300-500Telefax:(61) 224-1677E-mail: [email protected], [email protected], [email protected] ou [email protected]ófilo OtoniEnd.:Rua Dr. João Antonio, 115 - Centro - Teófilo Otoni-MG - CEP39800-016Telefax: (33) 3521-0233E-mail: [email protected].:Av Bezerra de Menezes, 549 - São Gerardo - Fortaleza -CE -CEP 60325-000Telefax: (85) 223-0152E-mail: [email protected].:Rua E 15, nº 29 - Conjunto Promorar Alvorada II - (Próximo aoPalácio Federal) - Manaus -AM - CEP 69043-000Telefax: (92) 656-0551CuritibaEnd.:Rua Eduardo Sprada, 1250 - Campo Comprido - Curitiba -PR- 81210-210Tel: (41) 228-2854Fax: (41) 332-6714E-mail: [email protected]

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End.:Av. Guararapes, 178 -sala 320 - Santo Antônio - Recife-PE -CEP 50010-000 }Telefax: (81) 3223-0502E-mail:[email protected] ou [email protected]

Fundação Abrinqhttp://www.fundabrinq.org.brSomos uma organização ‘amiga da criança’, sem fins lucrativos,que nasceu em 1990, ano da promulgação do Estatuto da Criançae do Adolescente.Nossa missão: Promover a defesa dos direitos e o exercício dacidadania da criança e do adolescente.Nosso embasamento: Todo o trabalho da Fundação Abrinq é pautadopela Convenção Internacional dos Direitos da Criança (ONU, 1989),Constituição Federal Brasileira (1988) e Estatuto da Criança e doAdolescente (1990).End.: Rua Lisboa, 224 - Jd. AméricaTel.: (11) 3069-0699/3083-0654/3083-0607Contato: através do canal FALE CONOSCO

Fundação Dorina Nowillhttp://www.fundacaodorina.org.brA Fundação Dorina Nowill, além de oferecer programas detratamento aos deficientes visuais, também proporciona o acessoà cultura e informação através dos serviços que presta gratuitamentepara os deficientes visuais de baixa renda.O catálogo geral de títulos publicados para pessoas com deficiênciavisual, tem por objetivo reunir o maior número de publicações embraille e livro falado, disponíveis em acervos públicos e privadosevitando assim duplicatas desnecessárias, propiciando a ampliaçãodo número de publicações e facilitando a localização das obras.Sua criação foi possível graças a Comissão formadas pelasentidades: Centro Cultural São Paulo/ Biblioteca Braille, FundaçãoDorina Nowill para Cegos, Instituto de Cegos Padre Chico, Laramara,Senai de Itu, USP/ RetinaEnd.: Rua Doutor Diogo de Faria, 558 Cep 04037-001. São Paulo.Fone: 5087-0999 Fax: 5087-0977.

Fundação Selmawww.fund-selma.org.brEnd.: Rua Conceição Marcondes da Silva, 170 - São Paulo -SP

Tel.: (11) 5543-3853

Gente Cientehttp://www.genteciente.com.brO jornal Gente Ciente, fundado em Abril de 1998, tem como propostabásica em suas atividades, levar a todo cidadão portador dedeficiência, as informações de que ele precisa para a constantebusca e manutenção de sua cidadania.End.: Rua Dona Luísa de Gusmão, 555 / Sala 5 - Taquaral - Campinas -SP.Tel.: (19) 3296-5657Fax: (19) 3295-2070E-mail: [email protected]

Guia - Grupo Português pelas Iniciativas em Acessibilidadehttp://guia.utad.pt/Esta Base de Dados apresenta produtos que possibilitam, oufacilitam, às pessoas com necessidades especiais, o acesso aocomputador como meio de comunicação e acesso à informação,trabalho, lazer, etc.

Guia da Filantropiahttp://www.filantropia.com.brA Kanitz & Associados é uma empresa de consultoria, eventos epalestras.Como parte da responsabilidade social dos seus sóciose funcionários, prestamos consultoria gratuita a empresas quequeiram ajudar o Terceiro Setor.End.: Rua Padre Garcia Velho, 73 cj 81 - Pinheiros - CEP 05421-030 São Paulo - SPTel/Fax: (0xx11) 3816-5700 - Falar com LeilaE-mails:[email protected]@[email protected],[email protected]

Handicap Internationalhttp://www.handicap-international.orgNos engagements: Prévenir, réparer, accompagner et intervenir enurgence...Des programmes pluridisciplinaires pour améliorer les conditionsde vie des personnes en situation de handicap ou de vulnérabilité.14, av. Berthelot - 69361 Lyon Cedex 07 - FranceTél. : + 33 (0) 4 78 69 79 79 • Fax : + 33 (0) 4 78 69 79 94

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E-mail:[email protected]ática na Educação Especialhttp://www.niee.ufrgs.br

O NIEE - Núcleo de Informática na Educação EspecialFoi criado com a transformação do CIES/EDUCOM, que ao longodos últimos 13 anos desenvolveu experiências; pesquisas; softwarese formação de recursos humanos na área de Informática naEducação Geral e Especial.

End.:AV. Paulo Gama, s/n Prédio 12201 - Sala 308 CEP 90046-900 Porto Alegre/RS BrasilFone/Fax: + 55 ** 51 316 3269

INFORMÁTICA & INGLÊS PARA PESSOAS COMNECESSIDADES ESPECIAIShttp://geocities.yahoo.com.br/rmbecco/especial.htmlObjetivo: Promover o desenvolvimento do educando nos âmbitoscognitivo, motor, emocional, social e profissionalizante, tendosempre em vista as necessidades da clientela.INFORMÁTICAO aprendizado de informática tem o papel de promover troca deexperiências, colocando todos os usuários dentro da linguagematual.INGLÊSO aprendizado desta língua não restringe seu objetivo apenas àconversação, mas abrange também recursos lingüísticos para omelhor entendimento do mundo globalizadoEnd.: Av. Senador Virgílio Távora, nº 1701.- Sala: 1403 - Aldeota -CE -CEP: 60170-251Fone: (85)224-7361

Instituto Benjamin Constanthttp://www.ibcnet.org.br/O Instituto Benjamin Constant foi criado pelo Imperador D. Pedro IIatravés do Decreto Imperial n.º 1.428, de 12 de setembro de 1854,tendo sido inaugurado, solenemente, no dia 17 de setembro domesmo ano, na presença do Imperador, da Imperatriz e de todo oMinistério, com o nome de Imperial Instituto dos Meninos Cegos.Este foi o primeiro passo concreto no Brasil para garantir ao cegoo direito à cidadania.

Estruturando-se de acordo com os objetivos a alcançar, o ImperialInstituto dos Meninos Cegos foi pouco-a-pouco derrubandopreconceitos e fez ver que a educação das pessoas cegas não erautopia, bem como a profissionalização. O instituto BenjaminConstant foi criado pelo Imperador D. Pedro II através do DecretoImperial n.º 1.428, de 12 de setembro de 1854, tendo sidoinaugurado, solenemente, no dia 17 de setembro do mesmo ano,na presença do Imperador, da Imperatriz e de todo o Ministério,com o nome de Imperial Instituto dos Meninos Cegos. Este foi oprimeiro passo concreto no Brasil para garantir ao cego o direito àcidadania.Estruturando-se de acordo com os objetivos a alcançar, o ImperialInstituto dos Meninos Cegos foi pouco-a-pouco derrubandopreconceitos e fez ver que a educação das pessoas cegas não erautopia, bem como a profissionalização.End.: Avenida Pasteur, 350 / 368 - Urca - Rio de Janeiro - RJ -BrasilCEP: 22240-290Tels.: (0XX21) 2543-1180 e 2295-4498Fax: (0XX21) 2543-2305E-mail: [email protected], [email protected],[email protected]

Instituto de Cegos “Padre Chico”http://www.padrechico.org.br/Objetivo: continuar propiciando ao INSTITUTO DE CEGOS “ PADRECHICO “ as condições necessárias para que possa cumprir sempree com êxito, a elevada missão que lhe foi destinada : EDUCAR EINSTRUIR A CRIANÇA CEGA. É através da prestação dessesserviços e do desenvolvimento de suas várias atividades que oINSTITUTO DE CEGOS “ PADRE CHICO “ vai concretizando seusprogramas, procurando acima de tudo, corresponder aos desejosdaqueles que vêm prestigiando o seu desempenho com a suainestimável confiança.End.: Rua Moreira de Godoi, 456 - Ipiranga - SP - CEP 04266-060- Tel. (0XX11) 274-4611 - FAX (0XX11) 274-4132E-mail: [email protected]

Instituto Nacional de Educação de Surdoshttp://www.ines.org.br/O Instituto Nacional de Educação de Surdos - INES, órgão do

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Ministério da Educação - MEC, tem como missão institucional aprodução, o desenvolvimento e a divulgação de conhecimentoscientíficos e tecnológicos na área da surdez em todo o territórionacional, bem como subsidiar a Política Nacional de Educação,na perspectiva de promover e assegurar o desenvolvimento globalda pessoa surda, sua plena socialização e o respeito as suasdiferenças.O INES atende em torno de 600 alunos, da Educação Infantil até oEnsino Médio. A arte e o esporte completam o atendimentodiferenciado do INES aos seus alunos. O ensino profissionalizantee os estágios remunerados ajudam a inserir o surdo no mercadode trabalho. O Instituto também apóia o ensino e a pesquisa denovas metodologias para serem aplicadas no ensino da pessoasurda e ainda atende a comunidade e os alunos nas áreas defonoaudiologia, psicologia e assistência social.E-mail: [email protected]

Laramara- Associação Brasileira de Assistência aodeficiente visualhttp://www.laramara.org.br/Centro de referência no trabalho em parceria com a família, escolae comunidade para a promoção do processo de desenvolvimento,aprendizagem e inclusão da pessoa com deficiência visual: cegos,baixa-visão ou múltipla deficiência. Foi criada em 7 de setembrode 1991, visando apoiar a inclusão da pessoa com deficiência visualna sociedade. É um espaço de referência e excelência nodiagnóstico e habilitação de crianças e jovens vindos de todo oBrasil para avaliação oftalmológica, avaliação funcional da visão edo desenvolvimento integral.End.: Rua Conselheiro Brotero 338 - Cep 01154-000 - São Paulo -SPFone (11) 3826-3744/3824-6611E-mail: [email protected]

Lerparaver: O portal da Visão Diferentehttp://www.lerparaver.com/index.htmlEste portal destina-se a pessoas portadoras de deficiência e estáconcebido de forma a facilitar a navegação por qualquer pessoa,nomeadamente cegos e amblíopes.Aqui poderá encontrar notícias, informações úteis, direitos ebenefícios, ligações a páginas, e transferência de ficheiros.

Pretende-se assim conjugar de uma forma simples informação quese encontra dispersa e que se torna difícil de encontrar no imensomundo que é a Internet.A lerparaver faz parte do Elo Eficiente, um elo de sites e páginassobre deficiências em língua portuguesa.

Lincolnshire Post-Polio Networkhttp://www.ott.zynet.co.uk/polio/lincolnshire/index.htmlThe core of this site is an online library of well over one hundred fulltext articles on Post-Polio conditions, many from peer reviewedmedical journals. The library is catalogued to assist reading. Acategorised directory of Polio resources is also provided with everyentry having a description. The bi-monthly LincPIN Post-Polioinformation newsletters are available in the Networking section.Information - Helpline (Phone) 01522 888601Information Helpline (Email) [email protected]

Língua Brasileira de Sinaishttp://www.libras.org.br/AJA - Associação do Jovem Aprendiz - é uma OSCIP: OrganizaçãoSocial de Interesse Público, com registro no Ministério da Justiça,fundada em 1995 e sediada em Brasília, DF. Promove ações paraa inclusão social e econômica das pessoas surdas e ouvintes, pormeio da utilização da tecnologia de informação para a geração detrabalho e renda.Tel.: (61) 427 0140Fax:(61) 427 0139

Lista DV-Delphi para Deficientes Visuaishttp://www.geocities.com/vv_delphi/A dvdelphi é uma lista de pessoas voltadas para o estudo dalinguagem Delphi, objetivando trocar informações de como utilizá-la através de teclas de atalho e softwares voltados aos DeficientesVisuais (DV).Para subscrever-se: [email protected] escrever para a lista, depois de inscrito, o endereço é:[email protected].

Lista de Discussão sobre Lesão Cerebralhttp://br.groups.yahoo.com/group/lesaocerebral/Descrição :Troca de informações entre pais, profissionais e

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portadores de lesões ou paralisia cerebral.Enviar mensagem: [email protected]:[email protected]ário da lista: [email protected]ério da Educaçãohttp://www.mec.gov.br/nivemod/educesp.shtm

A Seesp -Secretaria de Educação Especial - presta assistência financeira aprojetos educacionais visando ampliar e melhorar a oferta deatendimento educacional aos alunos com necessidadeseducacionais especiais. As normas para assistência financeira aprogramas e projetos educacionais são editadas, anualmente, peloConselho Deliberativo do Fundo Nacional de Desenvolvimento daEducação (FNDE), que estabelece os critérios e parâmetros paraa concessão de apoio à execução de ações voltadas àimplementação e desenvolvimento da Educação Especial.

Ministério Público do Trabalhohttp://www.pgt.mpt.gov.br/trab_inf/mpt/atuacao.htmlO Ministério Público do Trabalho atua sempre que recebe denúnciaou tem conhecimento de que há exploração do trabalho de criançase/ou adolescentes.“Art. 83 - Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercíciodas seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho:V - propor as ações necessárias à defesa dos direitos e interessesdos menores, incapazes e índios, decorrentes das relações detrabalho;”

Muito Especialhttp://www.muitoespecial.com.br/O Instituto Muito Especial é uma Organização da Sociedade Civilde Interesse Público(OSCIP), que trabalha para contribuir com acompleta inclusão social e profissional das pessoas Portadorasde Necessidades Especiais (PNEs) e a preparar as organizaçõesa lidarem com a diversidade.Dúvidas ou sugestões na seção “Contato”

Nossa Turma - Lazer Programadohttp://www.nossaturma.com/O objetivo de Nossa Turma - Lazer Programado. é, através do turismoespecializado, realizando passeios, encontros e viagens, agir como

catalisador, promovendo a integração entre os participantes eampliando assim seu círculo de amizades. Para que haja um melhoraproveitamento do próprio grupo, tenho como população alvo,pessoas com distúrbios de aprendizagem, portadores de deficiênciamental leve e moderada (com autonomia para alimentação ecuidados pessoais, sem limite de idade)Tel.: (011) 5548-0786 / celular (011) 9963-4045E-mail: [email protected]

Novo Horizonte- Centro TEACCH Novo Horizontehttp://www.geocities.com/dzc_99/O TEACCH (Treatment and Education of Autistic and RelatedCommunication Handicapped Children) teve sua origem, em 1966,nos Estados Unidos, na Universidade da Carolina do Norte, Escolade Medicina, Divisão de Psiquiatria, resultado de exaustivos estudose pesquisa do Dr. Eric Schopler e colaboradores. Desde então, aDivisão TEACCH tem servido como modelo internacional para aestruturação de locais de atendimento a indivíduos autistas,operando em seis centros regionais na Carolina do Norte,abrangendo áreas como avaliação, desenvolvimento de curriculumindividualizado, treinamento de habilidades sociais, treinamento deatividades vocacionais, aconselhamento para pais e formação sobreo programa TEACCH a profissionais da área. Os princípios desteprograma buscam associar técnicas comportamentais ao estudoda psicolingüística.End.: Rua Machado de Assis, 945. J. Botânico - Porto Alegre / RS- CEP 90620-260Tel./Fax: 51- 3336 8238E-mail: [email protected]

Núcleo de Integração Luz e Solhttp://www.nucleoluzdosol.com.br/Estamos atualizando nossa home-page , aguardem novidades.Novo End. : Estrada Tocantins , n.776, Jardim Estância Brasil -Atibaia - S.P. - CEP: 12940-000Tels.: (011) 4415-2800 / 4415-1681/ 4415-2800E-mail: [email protected]

Olimpíadas Especiais Brasilhttp://www.clubeescola01.hpg.ig.com.brFundada em 1990, a associação Olimpíadas Especiais Brasil, hojeoferece treinamento esportivo e competições para 18.000 portadores

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de deficiência mental. Ela está presente em doze estados brasileiros,que são: Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco,Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, SantaCatarina, São Paulo e o D.F. (onde funciona o Clube Escola 01).São oferecidas doze modalidades esportivas para o doente mental:Atletismo, Basquetebol, Bocha, Futebol, Ginástica Olímpica,G.R.D.,Handebol, Hóquei sobre o piso, Natação, Patinação de Velocidadesobre o gelo, Patinação de velocidade sobre rodas e Tênis decampo. Desde 1990,vem realizando os jogos estaduais e nacionais.A cada 2 anos o Brasil participa dos jogos mundiais organizadospela SPECIAL OLYMPICS INTERNACIONAL.Olimpíadas Especiais é uma organização mundial, sem finslucrativos que visa melhorar a vida das pessoas portadores dedeficiência mental através da prática esportiva.E-mail: [email protected]

Osteogênesis Imperfectahttp://www.aguaforte.com/index.htmlA Aguaforte é uma empresa de assessoria em assuntos ligados àInternet como meio de apresentação de serviços e idéias. Aconstrução, divulgação e manutenção de sites comerciais,institucionais ou pessoais é o nosso negócio. A diferença daAguaforte em relação a outras empresas é que nós disponibilizamosespaço e serviços num Lque considera as necessidades especiaisde cada cliente, adequando a elas nossos serviços e preços. Osclientes da Aguaforte podem, por esta razão, ser de qualquertamanho, pois seu investimento na publicidade via Internet seráproporcional aos seus interesses imediatos. Site criado e mantidopor Rita Amaral - 1998E-mail: [email protected] / [email protected]

Pintando com a Bocahttp://www.pintando com a boca.kit.net/Entre em contato para informações e adquirir os produtos.Tel: 55(11) 4412 1361Fax: 55(11) 4413 4343E-mail: [email protected] on line - icq# 211677338

Portal do Voluntárioshttp://www.portaldovoluntario.org.br/

O Portal do Voluntário é um site com conteúdos, experiências eoportunidades de ação voluntária. Voluntariado é um ato do coraçãoe uma virtude cívica. Toda pessoa tem capacidades, talentos edons que podem ser compartilhados. A ação cidadã para o bemcomum está na base de uma sociedade mais participativa eresponsável.Lançado em 05 de dezembro de 2000, para comemorar o início doAno Internacional do Voluntário da ONU, o Portal do Voluntário foilançado através de uma parceria entre o Programa Voluntários daComunitas, IBM e TV Globo.Contato: Seção “Fale conosco”

Prêmio Bem Eficientehttp://www.melhores.com.br/O objetivo do Prêmio Bem Eficiente é prestar justa homenagem àsentidades do Brasil, divulgando sua eficiência e seriedade a fim deatrair maior atenção e empenho do setor privado à causa social.

Projeto Caleidoscópiohttp://www.caleidoscopio.aleph.com.br/Trata-se de um projeto que defende uma educação de qualidade,que não exclui os diferentes. Seu símbolo é um caleidoscópio porqueeste instrumento traduz o que é a escola para todos: um espaçodinâmico, que se constrói na diversidade de seus elementos -pedrinhas de todas as cores, formas e tamanhos...

Projeto Florescer(I Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade)http://www2.uol.com.br/riopretoregional/projetos/florescerA distância que separa o portador de deficiência da prática de suaplena cidadania é enorme. A solução que deveria ser simples, frutoda eliminação das barreiras, parece nunca chegar. O Projeto Caronapercorre esta distância todos os dias desenvolvendo um incansáveltrabalho de inclusão integral do deficiente em todas as atividadescotidianas, considerando o pleno exercício da cidadania.

Projeto Carona - Gente especializada em tirar genteespecial de casahttp://www.projetocarona.com.br/A distância que separa o portador de deficiência da prática de suaplena cidadania é enorme. A solução que deveria simples, fruto da

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eliminação das barreiras, parece nunca chegar. Projeto Caronapercorre esta distância todos os dias desenvolvendo um incansáveltrabalho de inclusão integral do deficiente em todas as atividadescotidianas, considerando o pleno exercício da cidadania.End.: Travessa Domingos Assunção, 57 - Pinheiros - São Paulo-SPTel./Fax: (11) 3814-4162E-mail: [email protected]

Programa “Informática na Educação Especial” do CRPD: OAluno Construindo sua Autonomiahttp://infoesp.vilabol.uol.com.br/index.htmlO Programa “Informática na Educação Especial” do Centro deReabilitação e Prevenção de Deficiências (CRPD), unidade dasObras Sociais Irmã Dulce, foi implantado em outubro de 1993 emSalvador-Bahia, atendendo, inicialmente, somente a alunosresidentes no CRPD.O Programa “Informática na Educação Especial” do Centro deReabilitação e Prevenção de Deficiências (CRPD), unidade dasObras Sociais Irmã Dulce, tem como missão promover, utilizandoos recursos de um ambiente computacional e telemático, odesenvolvimento das potencialidades cognitivas de alunos comnecessidades educacionais especiais, entendidos como sujeitosdo seu processo de aprendizagem e construção de seusconhecimentos. E, com isso, torná-los mais autônomos noequacionamento e solução dos próprios problemas, utilizando demaneira eficaz seu raciocínio lógico-dedutivo, capacitando-os a umamelhor interação com as pessoas e com seu meio, além de, emalguns casos, prepará-los para um trabalho efetivo.End.: Av. Bonfim, 161 - Roma - CEP: 40.420-000 - Salvador - BAHIA- BRASILTel: (71) 310-1265 / Fax: (71) 310-1180E-mail: [email protected]

Rede SACIhttp://www.saci.org.br/A Rede SACI atua como facilitadora da comunicação e da difusãode informações sobre deficiência, visando a estimular a inclusãosocial, a melhoria da qualidade de vida e o exercício da cidadaniadas pessoas com deficiência. A Rede SACI é uma realização daCoordenadoria Executiva de Cooperação Universitária e de AtividadesEspeciais da Universidade de São Paulo (CECAE-USP), da Rede

Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), do Amankay Instituto deEstudos e Pesquisa, e do Núcleo de Computação Eletrônica daUniversidade Federal do Rio de Janeiro (NCE-UFRJ). Conta com oapoio da Fundação Telefônica e da Vitae.End.:Av Prof. Luciano Gualberto trav.J, 374, térreo sala 10 - CidadeUniversitária - 05508-900 - São Paulo - SPTel: (11) 3091.4155 / 4370E-mail (Assuntos gerais): [email protected].: (11) 3091-4370E-mail: Equipe Atende: [email protected].: (11) 3091-4371 - horário comercial

Rehabilitation Internationhttp://www.rehab-international.org/Rehabilitation International is a worldwide network of people withdisabilities, service providers and government agencies workingtogether to improve the quality of life for disabled people and theirfamilies. Founded in 1922, it now has more than 200 memberorganizations in 90 nations.Contact: 25 East 21 Street, New York, NY 10010Tel.: 212-420-1500, Fax: 212-505-0871E-mail:[email protected]

Rodas em Movimentoshttp://www.rodasemmovimento.org/A nossa Companhia surgiu da vontade de um grupo de levar até aspessoas uma forma diferente de arte e derrubar definitivamente opreconceito e as barreiras sociais e culturais através da dança.Nossos bailarinos mostram como são capazes e o quanto podeser bonito e harmonioso a sincronia da dança em cadeira de rodas,com pessoas portadoras e não portadoras de deficiência física.Para contratar a dupla para shows, eventos, palestras ou patrocinarnossa companhia, envie-nos um E-MAIL, ou entre em contato pelotelefone (21) 99616187(RJ) com Cláudio Pousa.Rotatry Clubhttp://www.rotaryint.com.brA Fundação Rotária do Rotary International é a principal organizaçãonão governamental sem fins lucrativos do mundo, promovendo apaz e a compreensão mundial através de programas internacionaishumanitários, educacionais e de intercâmbio cultural.End.: Rua Tagipurú, 209 - CEP 01156-000 - São Paulo - SP -

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Fones: (55 11) 3826-2966 - Fax: (55 11) 3667-6575

Sebastião Salgadohttp://www.terra.com.br/sebastiaosalgado/“Sebastião Salgado acaba de concluir um projeto que consistiuem documentar a campanha mundial para a erradicação dapoliomielite, uma doença que praticamente desapareceu nos paísesmais ricos mas continua a aleijar e matar milhares de crianças eadultos em países em desenvolvimento. Os principais parceirosmundiais desta campanha são o UNICEF, a OMS (OrganizaçãoMundial de Saúde), os Centros Norte-americanos de Controle ePrevenção de Doenças, o Rotary Internacional e laboratóriosprivados tais como o Aventis Pasteur.Sebastião Salgado esteve na Somália, no Sudão, na Índia, no Congoe no Paquistão, onde fez a cobertura da maciça campanha devacinação para a imunização contra a poliomielite.”Estas são as organizações com as quais Sebastião Salgadotrabalha. Para fazer trabalho voluntário ou contribuições financeiras,contate a organização diretamente.UN High Commissioner for Refugees / International Organization ofMigration / Médecins Sans Frontières / UNICEF / Christian Aid(UK) / Save the Children / Norwegian People’s Aid / Frères desHommes / Comité Catholique Contre la Faim et pour leDéveloppement / Reporters sans Frontières /Ligue del’Enseignement / Movimento dos

Trabalhadores Rurais Sem TerraSecretaria do Emprego e Relações do trabalhohttp://www.emprego.sp.gov.br/Objetivo: O Programa de Apoio à Pessoa Portadora de Deficiênciafoi criado com o objetivo de proporcionar aos trabalhadores, aobtenção e a manutenção do emprego, bem como, atuar nasrelações de trabalho entre o empregador e o empregado, naqualificação profissional dos deficientes, na orientação para oemprego, no empreendimento de ações e eventos que visem ampliare garantir a inclusão desta população na sociedade. O PADEF,através de parcerias com ONGs, órgãos públicos, instituições eempresas privadas, organiza e promove cursos de qualificaçãoprofissional para deficientes, baseado na demanda exigida pelomercado de trabalho. Atua ainda, no apoio a elaboração e execução

de projetos e programas voltados para a informação do meioempresarial e da sociedade em geral sobre as questões pertinentesa construção de uma consciência que permita a empregabilidadee o pleno desenvolvimento da cidadania.End.: Rua Boa Vista, nº 170 no Edifício Cidade ITelefone: PADEF - (11) 3337-0502

Sentidoshttp://www.sentidos.com.br/O site Sentidos está lançando uma novidade que vai ajudar aspessoas com deficiência em sua colocação no mercado de trabalho.Desde que o canal Mercado de Trabalho entrou no ar, recebeumensagens de diversas empresas que estão em busca decandidatos para preencher vagas disponíveis em seu quadro defuncionários. Por esse motivo, foi desenvolvida uma nova área nosite onde você poderá inserir e atualizar gratuitamente seu currículo,para que ele possa ser acessado futuramente pelas empresasinteressadas.Contato: Seção “Fale Conosco”

Síndrome de Downhttp://www.ecof.org.brO Projeto Roma visa a inclusão total das crianças com Síndromede Down na escola regular e na sociedade, do ponto de vista:-Físico e social, com a participação da criança em todas asatividades escolares;-Social, com a aceitação da criança pela comunidade escolar epela sociedade, permitindo seu desenvolvimento global e suaparticipação em um grupo e uma cultura;-Pedagógico, abrindo a possibilidade da criança realizar as mesmasou semelhantes atividades pedagógicas das outras crianças.E-mail: [email protected]índrome de Prader Willihttp://br.groups.yahoo.com/group/Prader-Willi-Br/Este grupo propõe colocar em contato entre si familias e amigosde portadores da Síndrome de Prader Willi. Um espaço para trocar-partilhar-discutir informações, experiência e sentimentosE-mail : [email protected]ção Nacional da Síndrome de Prader Willi *http://geocities.yahoo.com.br/prader_willi_br/E-mail: [email protected]

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Síndrome de Willianshttp://planeta.terra.com.br/saude/swbrasilSite oficial da Associação Brasileira da Síndrome de WilliamsA Síndrome de Williams é uma rara desordem genéticafreqüentemente não diagnosticada. Não é transmitidageneticamente. Não tem causas ambientais, médicas ou influênciade fatores psicossociais. Tem impacto sobre diversas áreas dodesenvolvimento, incluindo a cognitiva, comportamental e motora.Estima-se que 1 em cada 20.000 crianças nasçam com SW.End.: conferir no site os diversos endereços relacionados,localizados em diferentes Estados brasileiros.

Sobanahttp://www.sobama.org.br/A SOBAMA, Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada,fundada em 09 de dezembro de 1994, na cidade de São Paulo, éuma sociedade civil de caráter científico e educacional sem finslucrativos, com personalidade jurídica própria que visa o progressodos estudos da atividade motora adaptada em todas as suas áreas.A atividade motora adaptada corresponde a um conjunto de atosintencionais que visam melhorar e promover a capacidade para omovimento considerando-se as diferenças individuais e asdispacidades em contextos inclusivos ou não.E-mail: [email protected]

Sociedade Brasileira de Mergulho Adaptadohttp://intervox.nce.ufrj.br/~sbma/A Sociedade Brasileira de Mergulho Adaptado - SBMA, fruto daHandicapped Scuba Association International (HSA-INTERNATIONAL), que é referência mundial na área de MergulhoAutônomo Recreativo Adaptado e que chegou ao Brasil em 1991,tornou-se em setembro de 1998, durante o primeiro EncontroNacional de Mergulho Adaptado, o primeiro e único Centro deTreinamento da HSA no Brasil e na América Latina: CENTRO DETREINAMENTO HSA BRASIL.Tel./Fax: (55) (0xx21) 2287-0623E-mail: [email protected]

Somos todos iguaishttp://www.inclusao.com.br/O primeiro grande desafio surgiu a partir da demanda de um projeto

de inclusão que nas palavras de Ture Jonsson seria o direito dacidadania de crianças com deficiências frequentarem a mesmaclasse com seus pares normaisO livro Somos Todos Iguais é o resultado de três anos de pesquisase dois de prática com Grupinhos Terapêuticos, programadesenvolvido pela psicóloga Itamar Marcondes Farah, na crecheCoepe/ Naia ,como uma das estratégias de suporte para o processode inclusão, com crianças de 04 à 07 anos.Para adquirir o livro: (11) 5575.8444 - Noemi ou nas livrarias.CORTEZ (PUC) R. Bartira, 317 - Perdizes ao lado da PUC/SP -(11) 3873-7111

Sorrihttp://www.sorri.com.br/A SORRI-BRASIL tem por finalidade favorecer o desenvolvimentopessoal e profissional e a inclusão social de pessoas comdeficiência física, mental, auditiva, visual e portadores dehanseníase, atuando, prioritariamente, em regime de parceria comas SORRIs locais e com pessoas, grupos, órgãos governamentaise não governamentais e entidades congêneres.End.: Rua Benito Juarez, 70 - Vila Mariana - CEP 04018-060 - SãoPaulo - SPTel.: (011) 5082-3502 / 5082-3501E-mail: [email protected]

SSD - SOCIEDADE SÍNDROME DE DOWNhttp://www.ssd.org.br/A SOCIEDADE SÍNDROME DE DOWN é uma organização semfins lucrativos, fundada por pais e responsáveis de portadores dedeficiências mentais. Foi organizada com o objetivo e intuito defazer a sociedade perceber o potencial e da real necessidade dese criar espaços educacionais e profissionalizantes que permitamabsorção pelo mercado de trabalho.Sede Provisória: Rua Vitorino Fernandes 275E-mail: [email protected]

Terra Eletrônicahttp://www.terraeletronica.com.br/A TERRA ELETRÔNICA usando tecnologia ; criatividade e aexperiência de décadas em projetos eletrônicos, concentrouesforços no desenvolvimento de acessórios e equipamentoseletrônicos especialíssimos, que permitem ao deficiente físico

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(motor, visual ou da fala) o acesso a recursos eletrônicos e deinformática que melhoram em muito a chamada qualidade de vida,bem como facilitam o processo participativo. Alguns dessesequipamentos são inéditos em termos mundiais, foram patenteadospor TERRA e são recomendados por entidades, profissionais eusuários das áreas correlatas.Tel/Fax: (0xx12) 3916-5025 / 3917-1020E-mail:[email protected]

Universidade Federal do Paranáhttp://www.prograd.ufpr.br/%7Epne/O grupo de trabalho da UFPR, sobre Portadores de NecessidadesEspeciais reúne os representantes indicados pelos nove setores epela Escola Técnica da Universidade. Tem por objetivo discutir,elaborar, propôr e assessorar a implementação de ações que venhama contemplar a inclusão formal ou informal da temática no âmbitodos cursos de graduação, bem como incentivar e promover atividadesextensionistas e de pesquisa, voltadas para a formação deprofissionais capacitados a trabalhar nas mais variadas áreas deconhecimento, em relação a demanda de pessoas portadoras denecessidades especiais.Tel.: (41) 310-2668 - Fax: (41) 310-2759E-mail: [email protected]

Visão Subnormalhttp://www.subnormalvisao.com.br/Site sobre o trabalho desenvolvido pela Prof. Maria da Graça FrancaCorsi, especializada em eficiência visual com extensão universitáriapela PUC-SP, pós -graduada em educação do excepcional epsicopedagogia sua contribuição é expressiva no atendimento diretoao indivíduo.End.s: conferir no site os diversos End.s relacionados, localizadosem diferentes Estados brasileiros.Tel.: (XX11) 3209-5857E-mail: [email protected]

Women With DisAbilityhttp://www.4woman.org/wwd/index.htmWelcome to the National Women’s Health Information Center. Thiswebsite and toll-free call center were created to provide FREE,reliable health information for women everywhere. Browse ourdatabase for great resources or take a look through our Special

Sections on topic areas like heart disease, disabilities andpregnancy. We’re constantly updating our site so please checkback often.End.: 8550 Arlington Blvd., Suite 300, Fairfax, VA 22031Tel.: 1-800-994-WOMAN (1-800-994-9662) or 1-888-220-5446

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

DATAS COMEMORATIVAS

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DATAS COMEMORATIVAS

03/12 - Dia Internacional do Deficiente Físico

FEDERAL

Dia do Surdo-Mudo - 13/02

Dia Do Excepcional - 22/08

Dia Nacional de Luta dos Portadores de Deficiência - 21/09

Dia do Deficiente Físico - 11/10

Dia Nacional das APAEs - 11/12

Dia do Cego - 13/12

ESTADUAL

Dia do Deficiente Físico / Dia do Policial-Militar Portador deDeficiência - 11/10

Dia do Deficiente Auditivo - Último domingo de setembro

Dia Estadual de Luta das Pessoas Portadoras de Deficiência -21/09

Dia Estadual de Combate às Barreiras às Pessoas Portadorasde Deficiência - 03/12

Semana de Prevenção Contra a Cegueira - Terceira semana deagosto

Semana de Prevenção das Deficiências - 21 a 28/08

Semana de Prevenção das Deficiências de Visão - Semana naqual se inclui o dia 07/05

MUNICIPAL

Dia do Surdo - Último domingo de setembro

Dia da Pessoa Portadora de Deficiência - 03/12

Dia do Lazer para o Deficiente Físico - 1° sábadocompreendido entre 3 e 10/12

Semana da Pessoa Portadora de Deficuiência - 3 a 10/12

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