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CONSELHO DE CLASSE: SEU SIGNIFICADO E POSIÇÃO … · Nosso objetivo é, portanto, analisar a representação e o significado político e pedagógico do Conselho de Classe na escola

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CONSELHO DE CLASSE: SEU SIGNIFICADO E POSIÇÃO POLÍTICO PEDAGÓGICA NO CONTEXTO DA ESCOLA

Célia Maria Silva Costa Val1

Zuleika Aparecida Claro Piassa2 RESUMO Este trabalho é resultante de um projeto desenvolvido no Programa de Desenvolvimento Educacional, instituído e gerenciado pela Secretaria de Estado de Educação do Paraná. O tema central foi o Conselho de Classe, que tem sido uma instância que em muito tem incomodado os educadores. Tal incômodo tem sido resultado do constante questionamento de sua real função no processo educativo escolar. Neste sentido, o objetivo deste artigo é abordar teoricamente o Conselho de classe, buscando conceituá-lo, discutir sua posição política e pedagógica no contexto da escola pública e apresentar os resultados da implementação de um projeto de ação em torno da temática em uma escola pública paranaense situada no Município de Londrina. Para tanto foi realizada uma pesquisa de cunho bibliográfico, pautada principalmente nas obras de Dalben (1992 e 2004) e Lima (2004) e em seguida desenvolvida um rol de ações no contexto escolar. O estudo permitiu considerar que o Conselho de classe é um órgão de natureza política na medida em que suas decisões interferem na forma como a escola é representada no contexto maior da sociedade e é também um órgão colegiado de suma importância no processo de organização do trabalho pedagógico, atuando enquanto instância avaliativa coletiva do processo de ensino-aprendizagem desenvolvido pela escola. Palavras-chave: educação; avaliação; instâncias colegiadas.

1 Professora participante do Programa PDE – turma de 2010/2011 –Especialista em Didática Geral, pedagoga do Colégio Estadual Vicente Rijo-Ensino Fundamental, Médio e Profissional. 2 Professora Mestre do Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina – orientadora deste trabalho

CLASS CONNCIL: its meaning and political-pedagogical position in the school context Abstract: This work is the result of a project developed at the Educational Development Program, established and managed by the State Department of Education of Parana. The central theme was the Class Council, which has been an instance that has greatly troubled educators. This nuisance has been the result of theconstant questioning of their actual role in the educational process at school. In this sense, the purpose of this paper is to discuss theoretically the Class Council, seeking to conceptualize it, discuss its position in political and educational context of public schools and present the results of the implementation of an action project around the theme in a public school in the state of Parana located in the city of Londrina. For this purpose we conducted a bibliographical survey, mainly based on the works of Dalben (1992 and 2004) and Lima (2004) and then developed a list of actions in the school context. The study allowed to consider that the Class Council is an organ of a political nature that their decisions interfere with the way the school is represented in the larger context of society and is also a collegiate organ of critical importance in the organization of educational work , acting as collective organ evaluation of the teaching-learning developed by the school. Keywords: education, evaluation, collegiate institutions INTRODUÇÃO

Trabalhando na escola pública, tenho vivenciado inúmeras mudanças

no cenário educacional, dentre elas a reconcepção de velhas práticas e a instalação de

novas formas de realizar a organização do trabalho pedagógico. Em geral estas

mudanças têm ocorrido em função das determinações legais e dos avanços nos

estudos na área de educação. O Conselho de classe, objeto deste estudo entra na

esfera das práticas que estão sendo reconcebidas. Assisti um tempo em que os alunos

temiam que seus nomes fossem objetos de discussão nos conselho de classe e hoje

vemos que ser aprovado para o ano seguinte mediante a chancela deste órgão se

tornou fato comum entre os estudantes.

Neste sentido, colocamos a problemática de nosso estudo: o que

exatamente representa o Conselho de Classe? Qual seu significado político e

pedagógico para a escola? Como são realizados? É possível instalar práticas nestes

conselhos que realmente promovam a qualidade do ensino praticado na escola?

Nosso objetivo é, portanto, analisar a representação e o significado

político e pedagógico do Conselho de Classe na escola pública. Cabe ressaltar que

este artigo é parte integrante do elenco de atividades exigido aos docentes que

participam do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE· – do governo do

Estado do Paraná.

Para a efetivação deste artigo, utilizou-se de uma discussão teórica

pautada nas obras de Dalben (1992; 2004) dentre outros.

O estudo possibilitou considerar que Conselho de classe é um órgão de

natureza política na medida em que suas decisões interferem na forma como a escola é

representada no contexto maior da sociedade e é também um órgão colegiado de suma

importância no processo de organização do trabalho pedagógico, atuando enquanto

instância avaliativa coletiva do processo de ensino-aprendizagem desenvolvido pela

escola.

1 Definindo o Conselho de Classe

Iniciamos nosso texto trazendo uma definição do que vem a ser

Conselho de Classe. Para Rocha (1982, p. 9):

[...] o conselho de classe é uma reunião dos professores de uma turma com múltiplos objetivos; entre outros destacamos: avaliar o aproveitamento dos alunos e da turma como um todo; chega a um conhecimento mais profundo do aluno e promover a interação dos professores e de outros elementos da equipe da escola.

Segundo Dalben (2004), o Conselho de Classe é um espaço em que a

avaliação se dá a partir da realidade, do cotidiano vivido em sala de aula. Constitui um

momento coletivo de rever métodos, encaminhamentos, procedimentos de avaliação e

refletir sobre a totalidade do trabalho educativo da escola. Segundo Guerra (2006, p. 7),

para que tal espaço seja produtivo, professor e coordenadores pedagógicos “precisam

entender que o ensino-aprendizagem requer reflexão e troca de experiências a fim de

que o Conselho de Classe seja um espaço onde se sintam livres para colocar-se, para

expressar suas idéias e pontos de vista.”

Todo professor espera sair do Conselho de Classe vislumbrando novas

possibilidades para traçar estratégias que levem os alunos à aprendizagem dos

conteúdos escolares que ensina.

Espera por mudanças. Nesta perspectiva, Guerra (2006) cita Paulo

Freire que afirma que toda mudança está submetida às dificuldades, que nenhuma

mudança é arbitrária e que ninguém muda porque quer e nem porque assim o sonha,

mas sim porque há uma demanda social para isso. Guerra (2006) nessa direção

completa afirmando que tomando este princípio como base, no Conselho de Classe, a

colaboração, o trabalho coletivo é que o torna pleno de possibilidades, bem como o

empodera na tomada de decisões sobre o processo de ensino-aprendizagem.

Trabalhar em grupo durante o Conselho de Classe é primordial porque trabalhamos com a interação entre os membros da equipe, é possível construir um significado do quanto é relevante a dimensão da construção social do pensamento e do raciocínio em contextos de discussão sobre a avaliação dos alunos. [...] O fio condutor do discurso passa naturalmente de um participante para o outro ou, também pela retomada com o objetivo de acrescentar variações, elaborações, compartilhando experiências. (GUERRA, 2006, p. 11)

Dalben (1992) investiga o Conselho de Classe e um dos aspectos que a

autora registra é o histórico do Conselho de Classe e afirma que esta instância

colegiada surgiu pela necessidade da comunidade escolar de conhecer o aluno em sua

totalidade, auxiliando a assim, o processo avaliativo. Dessa forma, os conselhos

aglutinariam os diferentes olhares dos vários profissionais sobre os mesmos alunos,

possibilitando análises globais em relação aos trabalhos desenvolvidos pelos alunos e a

organização do trabalho pedagógico. Dalben (IDEM) afirma em sua pesquisa que o

Conselho de Classe tem suas raízes históricas no Brasil pela lei 5692/71. Anteriormente

se tem a menção na França em 1945, cujo objetivo era avaliar de forma mais global o

aluno que deveria ingressar no ensino secundário. No Brasil o Conceito aparece em

1958 com o mesmo objetivo, mas não há uma institucionalização da prática do

Conselho de Classe. Somente em 1971, pela referida lei de reformas da educação é

que se têm as primeiras diretrizes pela Resolução 159/72 de Minas Gerais e pelo

parecer 370/72 do mesmo Estado.

Guerra (2006) explica que as concepções de ensino e avaliação desta

época estavam calcadas na necessidade de controle interno do fenômeno pedagógico,

limitando-se à simples legitimação dos resultados trazidos pelos professores. Prática

que em muitas escolas ainda continua corrente, como demonstram vários trabalhos do

próprio Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE)3.

Atualmente, a educação, regida pela Lei de Diretrizes e Bases da

educação Nacional (LDBN) 9394/96 determina a gestão democrática da educação, o

que demanda a instituição de instâncias colegiadas.

Pesquisas realizadas por Dalben (1992) e Fogaro (1998) verificaram-se

que os conselhos de classe expõem os momentos de análise para oralizarem notas e a

avaliação escolar ligadas ao rendimento, a falta de estudo, falta de assiduidade e

interesse por parte dos alunos.

Este evento ocorria numa relação individualizada e de isolamento

profissional que pode ser relacionada com a organização escolar, vinculada a

implantação da lei 5692/71, que se pautava no autoritarismo político do momento, que

excluía a participação de alguns setores da sociedade. Muitas ações ocorridas no

conselho de classe buscavam controlar e racionalizar os nossos motivos e atos

(Bordieu, 1992).

Vasconcelos (2003; 2005,) a avaliação é uma ótima oportunidade para

que os alunos coloquem em prática suas idéias, defendam seus objetivos, e seus

conhecimentos. È o momento para que exponham suas dúvidas, seus problemas, suas

dificuldades para que Neste contexto as concepções de ensino e avaliação estavam

presas na necessidade de controle interno do fenômeno educacional, transmitindo

conteúdos definidos por especialistas e assim, ”justificava-se a prática do conselho de

classe presa à simples legitimação dos resultados já apresentados pelos professores” e

de acordo com Dalben (2004; 37), este problema permanece nos cotidianos escolares,

ainda hoje, mesmo regidos pela lei número 9394/96.

3 O PDE é um programa de formação continuada instituído pelo governo estadual a partir do ano de 2006. Basicamente o programa consiste na dispensa integral do professor por um prazo mínimo de 12 meses e parcial por mais 12 meses. No programa o professor tem cursos de enriquecimento teórico e desenvolve um trabalho de pesquisa que deverá gerar no segundo ano algum tipo de ação transformadora no contexto da escola. Ao final é produzido um material que é socializado via eletrônica na página da Secretaria de Estado de Educação do Paraná.

O conselho de classe “é um órgão colegiados em que” vários

professores das diversas disciplinas, juntamente com os coordenadores pedagógicos,

ou mesmo os supervisores e orientadores educacionais se reúnem para refletir e avaliar

o desempenho pedagógico dos alunos das diversas turmas, séries ou ciclos. “(Dalben,

2004:31), Segundo a autora, o conselho de classe tem como características principais,

a maneira de participação de todos os profissionais da educação atuantes no processo

pedagógico; apresentando como foco do trabalho a avaliação dos alunos”.

O processo de avaliação realizado durante o conselho de classe é de

grande relevância, porque irá mediar a construção da avaliação. De acordo com Dalben

(2004) os processos de avaliação utilizados no conselho de classe são muitas vezes

desconsiderados e assim “perde-se de vista a riqueza da perspectiva educativa

presente nas áreas de conhecimento, em seus conteúdos, em suas metodologias e nos

mecanismos de avaliação discente nela produzidos”. (p: 39).

Na maioria das escolas, os alunos ou seus representantes, não

participam, ou melhor, não são convidados a participar do conselho de classe, os

professores muitas vezes se opõem a essa participação.

Estudos realizados por Fidalgo (2003), Alvarez Mendez (1993,2002),

seja possível dar continuidade ao processo de aprendizagem de acordo com as

necessidades dos educandos.

Entendendo que avaliar é uma “atividade crítica de aprendizagem”

(Alvarez Mendez, 1993) é possível compreender que pela avaliação que adquirimos

conhecimentos para organizar a nossa prática educacional:

[...] avaliar é conhecer, é contrastar, é dialogar, é indagar, é argumentar é deliberar, é raciocinar, é aprender. Em termos gerais, realmente comprometidos com a racionalidade prática e crítica, quem valia quer conhecer, valorizar, ponderar, discriminar, discernir, contrastar o valor de uma ação humana, de uma atividade, de um processo de um resultado. Avaliar é construir o conhecimento por vias heurísticas de descobrimento “(Alvarez Mendez,1993:66)

A Deliberação número 07/CEE PARANÁ, 2007) estabelece em relação

aos Conselhos de Classe no seu artigo 7º- que:

“Caberá ao órgão indicado pelo Regimento Escolar, o acompanhamento de avaliação da série, ciclo, grau, ou período, devendo debater e analisar os dados intervenientes na aprendizagem”.

§1º- O órgão será composto, obrigatoriamente, pelos professores, pelo Diretor e pelos profissionais de supervisão e orientação educacional. §2º- É recomendável a participação de um representante dos alunos. §3º-A individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos necessários deverão ser assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação.

De acordo com as referências da Deliberação nº-07/CEE o foco do

conselho de classe deverá ser a aprendizagem do aluno permitindo a participação do

mesmo na busca de soluções das dificuldades apresentadas, culminando em ações

educativas para seu próprio benefício, respeitando o objetivo desse órgão possibilitando

a reorganização do processo ensino /aprendizagem de cada disciplina de acordo com

as dificuldades apresentadas e discutidas na dinâmica e apontamentos do conselho de

classe.

[...] pelos resultados de alunos e alunas também se atribuem à professora [...] o aluno, tornado objeto expõe que a professora, presumidamente sujeita da ação também se torna objeto (...) a professora sabe que ao recortar alunos e alunas, recorta a si mesma, expõe-se, que ao avaliá-los, avalia-se e é avaliada. (ESTEBAN, 2005 p.21 e 22).

Os sucessos e insucessos relacionados ao processo ensino

aprendizagem não deve ser responsabilidade apenas do professor, mas de todo

seguimento do sistema educacional, o papel do professor é ser sujeito direto de

trabalho com o aluno, junto com a equipe pedagógica e a família, que necessita inserir-

se nesse processo como atuante, assumindo sua responsabilidade perante os próprios

filhos. Assim, [...] o professor pessoa sofre as conseqüências de uma sociedade em

profunda mudança (...) a competência para ser professor passa assim por sua

capacidade de acompanhamentos das novas condições de trabalho. “(MOURA. 2001 p.

153)”.

A equipe pedagógica e os docentes precisam ter claro que há

necessidade de adaptações e mudanças para se interagirem com alunos e com as

famílias com o objetivo de viabilizar mudanças e retomar procedimentos para formação

global dos alunos, dando ênfase nos resultados qualitativos em vez de dar maior

significado aos resultados quantitativos.

De acordo com Isabel Alarcão, “A escola como organização, tem de ser

uns sistemas abertos, pensantes e flexíveis. Sistema aberto sobre si mesmo, e aberto à

comunidade em que se insere”.(2007 p. 15). Sendo o conselho de classe uma instância

colegiada na instituição de ensino só se legitimará se for elo de interação entre alunos,

docentes e família, onde alunos e pais colocam seus anseios, expectativas e

dificuldades pertinentes à escola, quando forem divulgados os resultados bimestrais e

finais, após o conselho para se inteirarem dos encaminhamentos que serão dados para

superação das dificuldades e melhoria do processo ensino aprendizagem. A escola

caberá definir estes momentos de participação.

Na gestão democrática, necessariamente a participação do coletivo, é

essencial para que as relações sejam produtivas.

O conselho de classe deverá possibilitar uma análise crítica da

realidade educacional “através da observação de avanços, resolvendo problemas

novos em que o ato de avaliar possa ser fonte de conhecimentos e de novos objetivos a

serem alcançados permanentemente ao longo do processo educativo, ressaltando a

questão da igualdade e da inclusão” (Pernnycook, 2001).

2 O significado político e pedagógico do Conselho de Classe

Lima (2004) afirma que as duas grandes estratégias utilizadas pelo

Estado, mediante orientação do Banco Mundial, foram a descentralização e a avaliação

de sistema. A descentralização entra no processo de democratização da educação, que

segundo Lima (2004, p. 30) citando Saes, é definida como um “elenco de possibilidades

objetivas abertas pelo Estado, [...] à ação organizada – divergente ou consensual – dos

membros da classe exploradora, com vistas a intervir de fato no processo decisório

estatal”.

A construção do processo democrático supõe o jogo de forças e de

interesses que se revelam nos espaços decisórios. A escola é um desses espaços e

dentro dela o Conselho de classe acaba se assumindo, também, como uma dessas

possibilidades citadas acima, uma vez que uma de suas características é a tomada de

decisão sobre o futuro escolar dos educandos, decisão esta concentrada nas mãos dos

professores.

A descentralização trouxe às escolas autonomia didático-pedagógica,

levando esta a se responsabilizar por todo o processo de ensino aprendizagem, como

determina a própria LDB 9394/96 em seu artigo12. Por outro lado a política de

avaliação engendrada nos últimos vinte anos tem assumido um caráter mercadológico

na medida em que faz um raqueamento das escolas e determina seu desempenho

cruzando o escore obtido pelos alunos nas avaliações de sistema com os escores de

aprovação das mesmas, gerando uma enorme pressão sobre os professores e

gestores. Veja que o sistema de avaliação não faz pressão sobre o processo, mas sim

sobre o produto final do trabalho escolar. Não se levam em consideração as condições

escolares, as condições materiais e legais sobre as quais alunos e professores se

relacionam para o ensino-aprendizagem. Diante da pressão, o Conselho de classe

acaba se tornando a instância que “corrige” os desvios ocorridos durante o processo,

ou em outras palavras, se muitos alunos não obtiveram escores de desempenho para a

aprovação, para não se sofrer a pressão do sistema com altos índices de reprovação, o

Conselho de Classe acaba sendo usado em muitas escolas para aprovar o que seria

reprovável do ponto de vista da aprendizagem. E por que se reprova no processo e se

aprova no Conselho de classe? Para não ter que explicar onde a escola e seus

professores falharam.

Tal condição cria, por sua vez, diretriz político-pedagógica no trabalho

docente, que não estão escritas, mas que se manifestam na atitude dos alunos e

professores. Muitos alunos deixam de se comprometer com a aprendizagem, pois

acreditam que ao final serão aprovados, mesmo sem a apropriação mínima dos

conteúdos. Muitos professores não se importam em corrigir as falhas deste processo,

pois sabem que ao final o Conselho de classe encobrirá um trabalho feito de forma

insatisfatória. Em outras palavras, a ordem é a aprovação. E a aprendizagem? Acaba

assumindo um caráter secundário. (MENDONÇA, SOUZA E FERREIRA, 2009).

O Conselho de Classe deveria ser antes de tudo, um momento especial

e uma oportunidade para a escola discutir seu trabalho e não um espaço legitimador de

aprovações ou reprovações. Bragagnollo (2004) acentua que tanto uma condição

quanto a outra feita sem critérios significa prejuízo para a formação dos alunos e,

conseqüentemente, tem-se prejuízos para a escola, para a realização do professor e

para a sociedade. Nas palavras do autor:

Sob tais condições e circunstâncias, do posicionamento do professor em relação ao rendimento do aluno, podem ocorrer dois resultados polares e contraditórios, ambos perniciosos ao educando e ao sistema educacional: a aprovação em massa, sem preocupação com aprendizagem – “... é isso que o governo quer... pra que fazer recuperação e perder tempo no final do ano em conselho de classe?” -; ou a reprovação pura e simples – “... só passa quem tirar nota” -, sem considerar avanços, aptidões ou quaisquer peculiaridades e fatores de cunho não cognitivo-formal. (BRAGAGNOLLO, 2004, p. 24)

É imperioso que o Conselho de Classe seja para professores e

comunidade escolar como um todo, mais que um órgão deliberativo, mas um caro

momento em que a escola se debruça sobre si mesma na busca de alternativas para

um trabalho formativo mais eficiente e eficaz mediante uma avaliação da totalidade do

processo em que todos estão inseridos.

Tais reflexões nos levaram a elaborar uma proposta de implementação,

como parte constituinte do PDE.

3 A implementação

Considerando que minha trajetória na escola é bastante antiga, já

conhecia bem o contexto escolar e saber que o Conselho de Classe era um ponto

nevrálgico na escola não foi uma tarefa das mais complicadas. Sendo assim, aplicamos

um questionário inicial a um grupo de professores do Ensino Fundamental

questionando seu conceito sobre o conselho de Classe e quais problemas identificavam

no conselho de classe da Escola. Dos vinte professores que responderam ao

questionário vimos que todos reconhecem o Conselho de Classe como uma instância

avaliativa e colegiada, mas criticam que não há clareza sobre sua real função. Veem o

conselho como um espaço de desabafo do professor ao mesmo tempo uma

oportunidade para “salvar o processo” como afirmou uma das professoras que

responderam a questionário, fazendo referência ao fato de que no Conselho de Classe,

se os alunos não aprenderam ou se os professores não ensinaram tudo se corrige com

uma decisão coletiva de aprovação do aluno, não precisando de maiores explicações.

Repetindo as palavras de Dalben (2004:31), o Conselho de Classe.

[...] é um órgão colegiado em que, vários professores das diversas disciplinas, juntamente com os coordenadores pedagógicos, ou mesmo os supervisores e orientadores educacionais se reúnem para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos alunos das diversas turmas, séries ou ciclos.

Observando a falta de fundamentos nas respostas, ou mesmo uma

grande carga de dúvidas resolveu realizar um grupo de estudos com os professores e

pedagogos a fim de discutirmos teoricamente o Conselho de Classe e elaborarmos uma

proposta que pudesse direcionar os novos Conselhos da escola.

Realizamos um total de seis reuniões, em que participaram professores

e pedagogos.

Dando início à implementação, num primeiro momento discorri sobre

minha proposta de trabalho para o PDE, o que foi bastante produtivo porque gerou uma

discussão bastante acalorada e pude perceber que o assunto despertou o interesse dos

participantes. A seguir distribui o texto “conselho de classe seu significado e posição

político pedagógica no contexto da escola”. Este texto foi distribuído para os

participantes para embasamento teórico e solicitei um resumo para discussão no

encontro seguinte.

Nesse encontro cada participante colocou o que para ele era mais

significativo. Reunindo as idéias chegamos à seguinte conclusão que foi registrada em

um texto coletivo feito com a participação de todos do grupo: “o estudo permitiu

considerar que o Conselho de Classe é um órgão de natureza política, na medida em

que suas decisões interferem na forma como a escola é representada no contexto

maior da sociedade e é também um órgão colegiado de suma importância no processo

de organização do trabalho pedagógico, fica aí expresso um fator que pode se traduzir

num grande entrave na política de ensino público: o uso do rendimento, diga-se do

índice de aprovação das escolas como ferramenta política para espelhar a eficiência do

Estado na educação, atuando enquanto instância avaliativa do processo de ensino-

aprendizagem desenvolvido na escola. É também o momento de rever métodos,

encaminhamentos e procedimentos de avaliação e refletir sobre a totalidade do trabalho

avaliativo da escola. É neste espaço que o professor irá refletir sobre sua prática e

trocar experiências.”

Para ser eficaz para o processo de ensino-aprendizagem o Conselho

de Classe deve proporcionar aos professores possibilidades e estratégias que levem o

aluno a aprender, sendo o momento de o professor conhecer melhor seu aluno, pois

geralmente é uma reunião de professores de uma determinada turma com múltiplos

objetivos, entre os quais avaliarem o aproveitamento dos alunos e da turma, deverá

ainda promover a interação dos professores e da equipe pedagógica, com isto

possibilitando a construção do pensamento e do raciocínio em contextos de discussão

sobre a avaliação dos alunos de acordo com as dificuldades apresentadas e discutidas,

buscando encaminhamentos adequados (DALBEN, 2004).

Pensar o Conselho de Classe como sustentáculo do Projeto Político

Pedagógico deveria ser o objetivo a ser atingido nas escolas em todas as fases

ofertadas porque este é o momento único em que a escola deveria debruçar-se sobre si

mesma, buscando compreender os meandros, contradições e condições que

influenciam seu fazer e o desempenho do aluno. Todo professor espera sair do

Conselho de Classe vislumbrando novas possibilidades para traçar estratégias que

levem os alunos à aprendizagem dos conteúdos escolares que ensina.

De acordo com as referências da Deliberação 07/99 do Conselho

Estadual de Educação (PARANÁ, 1999) o foco do Conselho de Classe deverá ser a

aprendizagem do aluno permitindo a participação do mesmo na busca de soluções das

dificuldades apresentadas, culminando em ações educativas para seu próprio benefício,

respeitando o objetivo desse órgão possibilitando a reorganização do processo

ensino/aprendizagem de cada disciplina de acordo com as dificuldades apresentadas e

discutidas na dinâmica e apontamentos do Conselho de Classe. Após esta deliberação

ficaram estabelecidas algumas mudanças, entre elas inovações como: uma

participação mais democrática do aluno, respeitando sua individualidade e domínio dos

conteúdos necessários deve ser assegurado nas decisões sobre o processo de

avaliação. A partir desse ponto começamos a perceber algumas mudanças onde o

aluno deve junto com os professores buscar uma solução para suas dificuldades. A

família também estará inserida nesta mudança, todos devem participar para o sucesso

na aprendizagem melhorando a qualidade de ensino.

Se o Conselho de Classe não for bem conduzido, sem avaliar a própria

prática educativa da escola, salientando apenas os pontos negativos do aluno não

atingirá o objetivo de ser uma instância de avaliação não só da aprendizagem, mas

também institucional. Numa gestão verdadeiramente democrática deverá não focar

somente nas notas para que o aluno passe de ano, e sim diagnosticar a razão das

dificuldades dele, e apontar as mudanças necessárias nos encaminhamentos

pedagógicos para superação das mesmas, além de garantir à equipe pedagógica e aos

professores da escola o direito de estabelecer os princípios, finalidades e objetivos de

seu conselho e dos outros mecanismos para o sucesso do processo enfatizando e

valorizando a aprendizagem efetiva do educando. Segundo Pacieavich (2008), ”em

uma escola onde a gestão democrática é realidade, o Conselho de Classe desempenha

o papel de avaliação dos alunos e de outros e de auto avaliação com o objetivo de

diagnosticar a razão das dificuldades dos alunos e apontar as mudanças necessárias

nos encaminhamentos pedagógicos para dificuldades.”

É necessário que todas as pessoas envolvidas no processo

educacional estejam conscientes de que a escola deve ser sempre um espaço de

ensinar e de aprender, mas na realidade da escola investigada constatou-se no

depoimento dos participantes que há, também, alunos que, por razões que merecem

ser investigadas, não estão comprometidos com a aprendizagem e que sabem que no

final de cada ciclo serão aprovados, mesmo sem a apropriação mínima do conteúdo.

Da mesma forma há professores que esperam por esse mesmo resultado. Este é um

quadro a ser revertido nesse contexto, pois se configura uma deformação da função do

Conselho de Classe.

Acredita-se que o Conselho de Classe, ganhará sentido se vier a se

configurar como espaço não só facilitador da análise do desempenho do aluno e, mais

ainda do desempenho da própria escola, de forma conjunta e cooperativa pelos que

integram a organização escolar (professores e outros profissionais, alunos e pais) como

também de proposição de rumos para a ação, que possa significar o verdadeiro papel

do Conselho de Classe na busca de melhores encaminhamentos metodológicos para

superação das perdas no aprendizado do aluno, rompendo-se com as finalidades

classificatória e seletiva a que tem servido.

Deve haver uma intencionalidade comum entre os agentes da

organização escolar, representativa de um projeto coletivo, pois na ausência de um

projeto de trabalho, torna-se uma farsa a existência de um espaço para avaliação global

do aluno pelo conjunto dos profissionais. Portanto ao professor engajado com o

processo cabe buscar parcerias para planejar, executar e avaliar, a fim de construir os

resultados esperados no processo de ensino e aprendizagem com o objetivo de formar

o aluno para ser um sujeito autônomo, crítico, criativo e participativo.

O Conselho de Classe tem a função de associar diferentes análises e

avaliações do trabalho individual e coletivo de professores, equipe pedagógica e

direção, oportunizando condições para análise global do educando.

Dando seqüência ao trabalho, a Professora Geni de Lourdes Perineto

veio expor seu artigo também produzido em 2008 pelo Programa PDE com o título

“Conselho de classe: análise, reflexão e tomada de decisões”, este artigo foi produzido

no sentido de atender às necessidades de formação continuada dos professores da

escola em que a referida professora estava inserida sobre o conselho de Classe. Ela

optou pelo tema por se tratar de uma instância bastante polêmica porque se constitui

num espaço pedagógico onde todos os envolvidos no cotidiano escolar: professores,

alunos, funcionários, pais, direção, equipe pedagógica, devem participar para refletirem

sobre a aprendizagem, o desempenho dos docentes, os resultados das estratégias

empregadas no ensino, as adequações necessárias, a organização curricular, entre

outros aspectos referentes a esse processo, com a finalidade de avaliá-lo coletivamente

e sabemos que as escolas, de um modo geral, não possuem essa prática.

O Projeto foi elaborado a partir de problemas diagnosticados na escola

com o propósito de superá-los, fundamentado por Dalben (1966), Gentilli e Luckesi

(2006), que privilegiam os processos coletivos de reflexão, com práticas docentes

críticas e construtivas, envolveu profissionais dos diversos segmentos da escola,

oportunizando leituras,análises de textos e de dados coletados.

A análise da prática educacional é feita a partir da compreensão da

escola como instituição que sofre as contradições da sociedade capitalista, e ao mesmo

tempo tenta realizar uma função emancipadora. Parte-se da histórica função de

culpabilização dos alunos pelo seu fracasso, atribuída no Conselho de Classe e

relaciona-se com as concepções de aprendizagem expressas pelos professores e pelo

currículo. O desenvolvimento do projeto de intervenção pedagógica da Professora

Perineto ocorreu em fases, indo da exploração do Projeto Político Pedagógico e do

Regimento Escolar, passando por observações sistemáticas da realidade escolar no

que tange a gestão até a implementação das ações previstas. Para finalizar foi

elaborada uma cartilha com orientações sobre Conselho de Classe Integrado com o

objetivo de instrumentalizar a comunidade escolar para aplicá-la com eficiência.

Para que o Conselho de Classe Integrado ocorra, a gestão da escola

deve ser democrática, deverá haver espaços para os diversos segmentos da escola

como: professores, gestores e alunos para refletirem conjuntamente, com a análise dos

diversos profissionais, além de possibilitar o seu desenvolvimento, na própria

capacidade de análise do aluno, do trabalho docente como um todo, numa perspectiva

de autodesenvolvimento e de desenvolvimento de novas metodologias para o

atendimento do discente onde dinamizaria o processo de avaliação, por intermédio da

riqueza das análises múltiplas de seus participantes, e estruturar os trabalhos

pedagógicos de forma coletiva.

O Conselho de Classe é uma instância colegiada da escola, mas não

há legislação em âmbito federal, ou parecer que o delimite e o padronize, cada Estado

da Federação possui práticas e embasamentos legais específicos e cada escola o

adapta de acordo com sua realidade.

Para culminar o trabalho a Professora Zuleika Piassa, orientadora deste

artigo, fez uma palestra muito produtiva sobre Conselho de Classe Participativo

destacando a importância da participação de toda comunidade escolar: alunos, pais,

professores, equipe pedagógica, direção no processo. Apresentou também o trabalho

de TCC da aluna do curso de Pedagogia, Andréia Lima Paches, (2011), cujo objetivo foi

analisar o Conselho de Classe de uma escola do município de Londrina, sob a ótica

didática e política. A autora demonstrou através de entrevistas feitas com professores,

alunos, direção, pedagogo como ocorria o Conselho de Classe. O depoimento dos

alunos foi bastante significativo, pois os mesmos demonstraram que sabiam do

processo, mas não como ocorria no âmbito da escola. A maioria acreditava que o

objetivo do processo era apenas aprovar ou reprovar alunos ou para falar de alunos

indisciplinados ou que causavam problemas devido ao mau comportamento. Alguns

demonstraram uma preocupação acentuada se tivessem que passar por este processo

para serem aprovados ou reprovados, outros afirmaram que não se importavam porque

já estavam habituados a passar de ano sempre por conselho. Os professores não

apresentaram, ou melhor, não explicitaram sua intervenção pedagógica para reverter o

fracasso escolar ou melhorar sua prática, por estarem preocupados apenas com a

cultura da nota. Já o diretor da escola, justificou que o “Conselho de Classe deve estar

focado, no processo ensino-aprendizagem, procurando analisar os fatores que causam

o baixo rendimento escolar, ser justo, participativo”. Segundo Lima (2011, p. 56)

“Por sua vez, os pedagogos da referida escola explicaram que Conselho de Classe é;” discutir estratégias para recuperar os alunos com dificuldades de aprendizagem” (pedagogo 01). Já o pedagogo (02) afirmou: “o papel do conselho de classe é avaliativo; avaliar o aluno diagnosticando para retomada de conteúdos; avaliar o professor para rever a metodologia; avaliar o trabalho pedagógico para retomada de ações”.

Para finalizar o0 trabalho sobre Conselho de Classe na escola, foi

elaborada uma ficha de pré-conselho e uma de Conselho de Classe (conforme modelo

anexo), com a finalidade de serem aplicadas no Conselho de Classe do 10 bimestre

deste ano letivo de 2012.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo deste artigo foi apresentar os resultados produzidos em

função da participação no PDE, turma de 2011/2012.

A temática escolhida foi o Conselho de Classe. O trabalho se

desenvolveu em uma fase inicial de natureza teórica em que o objeto de estudo, no

caso o Conselho de Classe, foi investigado a partir do olhar de pesquisadores na área.

Uma primeira descoberta nesta fase é de que há pouco material produzido sobre o

assunto, além de não haver legislação em âmbito Federal, restando instruções de

serviço e orientações produzidas em âmbito local pela Secretaria de Estado de

Educação.

Numa segunda fase, o projeto promoveu uma implementação de ações

na escola. A estratégia escolhida foi do grupo de estudos com professores especialistas

e pedagogos da escola. Participaram: oito pessoas e as discussões permitiram

constatar que ainda há muita especulação sobre a função do Conselho de Classe.

Teoricamente, sabe-se que esta é uma instância colegiada para avaliar o desempenho

dos estudantes, mas também da própria escola, considerando que o processo de

ensino-aprendizagem não é unipolar, ou seja, envolve alunos, professores e demais

sujeitos. No entanto, o cotidiano denuncia uma realidade bem diferente, pois no

depoimento dos participantes evidenciou-se que a pressão política por resultados

positivos leva a escola a tomar o Conselho de Classe como uma “tábua de salvação”,

uma vez que, ao se verificar que o trabalho não foi desenvolvido a contento, uma vez

que os resultados dos alunos evidenciam isso, é possível salvar a imagem da escola

por meio do Conselho de Classe, evitando pressões por parte do Estado e por parte da

comunidade que ainda está muito envolvida na cultura da “nota” e não na cultura do

conhecimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALARCÃO, Isabel (2007). Professores Reflexivos Em Uma Escola Reflexiva 5ª

ALVAREZ MENDEZ, J.M. (1993), La evaluacion como actividade crítica de

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DALBEN, Ângela. I. L. F. (2004) Conselho de classe e avaliação: perspectivas na

gestão pedagógica da escola. Campinas. Papirus.

DALBEN, Ângela. I. L. F. (1992). Trabalho Escolar e Conselho de Classe. Campinas.

Papirus. Ed. São Paulo, Cortez, Coleção Questões da Nossa Época; v. 104.

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GUERRA, M.G.G. Conselho de Classe: que espaço é esse? 2006.233 f. Dissertação

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Católica de São Paulo São Paulo).

LIMA, Andréia Paches. Conselho de Classe: entre a didática e as políticas

educacionais. 2011. 133 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Pedagogia)

Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2011.

LIMA, Antônio Bosco de. Estado, políticas sociais e gestão compartilhada. São Paulo:

Xamã, 2004.

MENDONÇA, Elizabete Medina Coeli, SOUZA Doracy Moraes de e FERREIRA Leda

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MOURA, M.O.de, (1996) A atividade de ensino como unidade formadora, Bolema.Rio

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PENNYCOOK, A. Critical Applied Linguistes a critical introduction .Mahwah, N.J.

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processo de avaliação escolar. 15ª ed. São Paulo. Libertad: 2005. Cadernos

Pedagógicos do Libertad: v.3.

ANEXOS

FICHA DE PRÉ CONSELHO

Colégio Estadual Vicente Rijo-Ensino Fundamental, Médio e

Profissional Aluno: ______________________________________________________________________

Turma:_______________________ Ano letivo_______________________________________

Professor:__________________________Disciplina:_______data:_______________________

Perfil da Turma: _________________________________________________________

Conteúdos trabalhados no bimestre

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

Alunos com dificuldades

de aprendizagem

Conteúdos não apropriados Intervenção

Pedagógica

Obs;

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Londrina,-----------de-------2012 Assinatura: __________________

COLÉGIO ESTADUAL VICENTE RIJO

– ENS. FUNDAMENTAL, M

ÉDIO E PROFISSIONAL

Conselh

o de C

lasse – 1º Bimestre d

o 1º S

emestre d

e 2012 - Turm

a: ______ Bloco O

2 Perfil d

a turm

a:______________________________________________________________________________________________________________________________

ARTE

FÍSICA

GEOGRAFIA

MATEMÁTICA

SOCIOLOGIA

QUÍMICA

Faltoso(a) desinteressado(a); não faz tarefa; indisciplinado; não produz em sala.

Intervenções realizadas

Faltoso(a) desinteressado(a); não faz tarefa; indisciplinado; não produz em sala.

Intervenções realizadas

Faltoso(a) desinteressado(a); não faz tarefa; indisciplinado; não produz em sala.

Intervenções realizadas

Faltoso(a) desinteressado(a); não faz tarefa; indisciplinado; não produz em sala.

Intervenções realizadas

Faltoso(a) desinteressado(a); não faz tarefa; indisciplinado; não produz em sala.

Intervenções realizadas

Faltoso(a) desinteressado(a); não faz tarefa; indisciplinado; não produz em sala.

Intervenções realizadas

Oportunizei trabalhos em grupo e atividades variadas; fiz uso das tecnologias existentes e de materiais específicos de arte

Estimulei a criatividade e revisei os conteúdos não apropriados;

Oportunizei atividades variadas; de diferentes formas; estimulei pesquisas e aulas práticas com experiências

Proporcionei aulas no laboratório e retomei os conteúdos não assimilados

Oportunizei trabalhos em grupo com atividades variadas; fiz uso de globo e mapas; e estimulei curiosidades

Estimulei pesquisas teóricas e aulas práticas a campo

Oportunizei trabalhos individual e em grupo com atividades variadas; proporcionei atividades com progressão gradual das dificuldades

elaborei atividades de raciocínio lógico e contextualizadas; trabalhei com gráficos e figuras geométricas

Oportunizei trabalhos em grupo; incentivei pesquisas teóricas; dei oportunidade para análise e reflexões dos assuntos estudados

Revisei os conteúdos não apropriados; e proporcionei leituras de fontes diversas

Oportunizei atividades variadas; de diferentes formas; utilizei o laboratório para as aulas práticas; estimulei pesquisas teóricas

Proporcionei atividades com recuperação dos conteúdos não apropriadados

Aluno(a)

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

Observações im

portantes ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Assinatura por extenso dos professores das disciplinas abaixo

Biologia

História

Ed. Física

Ling.Portuguesa

Supervisão

Filosofia

L.E

.M-Inglês

Direção A

ux.

Londrina. ______ de ____________________ de 2012

COLÉGIO ESTADUAL VICENTE RIJO

– ENS. FUNDAMENTAL, M

ÉDIO E PROFISSIONAL

Conselh

o de C

lasse – 1º Bimestre d

o 1º S

emestre d

e 2012 - Turm

a: ______ Bloco O

1 Perfil d

a turm

a:_______________________________________________________________________________________________________________________________

BIOLOGIA

ED. FÍSIC

A

FILOSOFIA

HISTÓ

RIA

L.E.M - IN

GLÊS

LÍNGUA PO

RTUGUESA

Faltoso(a) desinteressado(a); não faz tarefa; indisciplinado; não produz em sala.

Intervenções realizadasFaltoso(a) desinteressado(a); não faz tarefa; indisciplinado; não produz em sala. Intervenções realizadasFaltoso(a) desinteressado(a); não faz tarefa; indisciplinado; não produz em sala.

Intervenções realizadasFaltoso(a) desinteressado(a); não faz tarefa; indisciplinado; não produz em sala.

Intervenções realizadas

Faltoso(a) desinteressado(a); não faz tarefa; indisciplinado; não produz em sala.

Intervenções realizadasFaltoso(a) desinteressado(a); não faz tarefa; indisciplinado; não produz em sala.

Intervenções realizadas

Oportunizei trabalhos em grupo e atividades variadas; fiz uso das tecnologias existentes e laboratórios e visitas externas

Estimulei reflexões sobre os conteúdos estudados; revisei os conteúdos não apropriados;

Oportunizei atividades variadas; e coletivas; estimulei pesquisas teóricas;

Incentivei práticas esportivas das diversas modalidades trabalhadas

Oportunizei trabalhos em grupo e atividades variadas de reflexão análise e julgamento.

Estimulei comentários sobre as leituras, proporcionei debates e socialializei trocas de experiências

Oportunizei trabalhos em grupo e atividades variadas; fiz uso das tecnologias existentes ;

Trabalhei atividades diferenciadas e complementares para fixação e reforço de conteúdos; utilizei fontes históricas nas aulas

Oportunizei trabalhos em grupo e atividades variadas; fiz uso do dicionário; estimulei conversação

Revisei os conteúdos não apropriados; e incentivei a pesquisa e produção e interpretação de texto

Estimulei comentários sobre leituras provocando discussões e reflexão sobre o que leram; proporcionei atividades diferenciadas de leitura e interpretação de variados textos

Proporcionei atividades de produção textos individual e em grupo.

Aluno(a)

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

11

12

Observações im

portantes ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Assinatura por extenso dos professores das disciplinas abaixo

Biologia

História

Ed. Física

Ling.Portuguesa

Supervisão

Filosofia

L.E

.M-Inglês

Direção A

ux.

Londrina. ______ de ____________________ de 2012