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RELATÓRIO DE ATIVIDADES
CONSELHO DE REGULAÇÃOE CONTROLE SOCIAL – CRCS
Dezembro de 2013/dezembro de 2014
SANEAMENTO BÁSICO
O setor de saneamento básico no Brasil compreende as atividades de
abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem de
águas pluviais urbanas, limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos (Lei 11.445/07, art. 3°).
ÓRGÃOS REGULADORES
A lei nacional determina a criação de órgão técnico neutro de
saneamento municipais, estaduais ou regionais (a exemplo das
agências reguladoras) para regular o setor, ou seja, entre outras
medidas, estabelecer padrões e normas, dispor sobre o controle dos
serviços e tarifas, nos termos do art. 21 e seguintes.
SANEAMENTO BÁSICO REGIONAL
Em atendimento à Lei Federal n° 11.455/07, que prevê que os
municípios são os responsáveis pelo planejamento, regulação e
fiscalização dos serviços de saneamento básico, e que estas
atividades devem ser exercidas de forma autônoma, com a criação
de um órgão distinto, no âmbito da administração direta ou indireta,
diversos municípios da UGRHI-PCJ solicitaram apoio ao Consórcio
Intermunicipal da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos
das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (UGRHI-PCJ) para
viabilizar a criação de um ente regional com estas atribuições.
A UGRHI-PCJ e seus afluentes abrangem uma área de 15.303 km²,
tendo 92,6% de sua extensão localizada no Estado de São Paulo e
7,4% no Estado de Minas Gerais, sendo 45 municípios paulistas e
quatro mineiros integralmente inseridos na bacia e 25 paulistas e um
mineiro, parcialmente inseridos (Figura 1).
Localização da área de estudo: (a) Brasil; (b) Estados de São Paulo e Minas Gerais; (c) UGRHI-PCJ e divisão por sub-bacias e (d) UGRHI-PCJ, divisão por sub-bacias e
municípios
Com o auxílio do Consórcio PCJ, foi então, proposta a criação da
Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos
Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (ARES-PCJ) por meio de um
Protocolo de Intenções. Este consórcio foi viabilizado em agosto de
2010 com o lançamento do Protocolo de Intenções assinado por
prefeitos de diversos municípios.
Este Protocolo de Intenções constituiu a ARES-PCJ na forma de
Consórcio Público, pessoa jurídica de direito público interno, de
natureza autárquica, integrante da administração indireta de todos
os Municípios consorciados, dotada de independência decisória e
autonomia administrativa, orçamentária e financeira e é regida pelo
disposto na Lei federal nº 11.107/05, e respectivo regulamento
(Decreto 7217/10), pela Lei federal nº 11.445/07, pelo Contrato de
Consórcio Público, por seus estatutos, regimentos e demais atos.
Assim, a criação da ARES-PCJ somente foi autorizada, mediante
ratificação, por lei, a ser editada por cada um dos Municípios
participantes do presente Protocolo de Intenções convertendo-o,
dessa forma, em Contrato de Consórcio Público, visando o exercício
de funções de Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento. Até
o momento há 34 municípios consorciados, com leis de ratificação do
Protocolo de Intenções.
A ARES-PCJ atua no âmbito do território dos Municípios integrantes
do consórcio público, nos termos do art. 4º, § 1º, inc. I, da Lei Federal
nº 11.107/05 e com finalidades de regulação e fiscalização dos
serviços públicos de saneamento, mediante gestão associada de
serviços públicos, nos Municípios consorciados. Além do objetivo
principal, focado na regulação e fiscalização dos serviços públicos de
saneamento aos Municípios consorciados, possui também outros
objetivos, como:
realizar a gestão associada de serviços públicos, plena ou
parcialmente, através do exercício das atividades de regulação e
fiscalização de serviços públicos de saneamento básico, aos
Municípios consorciados;
verificar e acompanhar, por parte dos prestadores dos serviços
públicos de saneamento, o cumprimento dos Planos de Saneamento
Básico dos Municípios consorciados;
fixar, reajustar e revisar os valores das taxas, tarifas e outras formas
de contraprestação dos serviços públicos de saneamento básico nos
Municípios consorciados, a fim de assegurar tanto o equilíbrio
econômico-financeiro da prestação desses serviços, bem como a
modicidade das tarifas, mediante mecanismos que induzam a
eficiência dos serviços e que permitam a apropriação social dos
ganhos de produtividade;
homologar, regular e fiscalizar, inclusive as questões tarifárias, os
contratos de prestação de serviços públicos de saneamento básico
nos Municípios consorciados;
prestar serviços de interesse da gestão dos serviços públicos de
saneamento básico aos Municípios consorciados e aos seus
prestadores desses serviços, através de apoio técnico e
administrativo para a organização e criação de órgãos ou entidades
que tenham por finalidade a prestação ou controle de serviços
públicos de saneamento básico; assistência ou assessoria técnica,
administrativa, contábil e jurídica; apoio na implantação de
procedimentos contábeis, administrativos e operacionais; apoio no
desenvolvimento de planos, programas e projetos conjuntos
destinados à mobilização social e educação e conscientização
ambiental voltados às questões relativas ao saneamento básico,
preservação, conservação e proteção do meio ambiente e uso
racional dos recursos naturais;
representar os Municípios consorciados em assuntos de interesses
comuns, em especial relacionados à gestão associada de serviços
públicos de regulação e fiscalização de serviços públicos de
saneamento básico, perante quaisquer órgãos ou entidades de
direito público ou privado, nacionais e internacionais.
A estrutura administrativa da ARES-PCJ é composta por:
Assembleia Geral, Presidência, Agência Reguladora e Conselhos de
Regulação e Controle Social, conforme o seguinte quadro
organizacional:
Organograma de estrutura da Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (ARES-PCJ). Fonte: Site ARES-PCJ (2013).
SANEAMENTO BÁSICO LOCAL
O município de Campinas ratificou o Protocolo de Intenções da
ARES-PCJ por meio da Lei nº 14.241, de 10 de abril de 2012 e por
meio do Decreto nº 17.775, de 22 de novembro de 2012 foi
constituído o Conselho de Regulação e Controle Social – CRCS para
atuar como mecanismo consultivo no âmbito da ARES-PCJ.
CONSELHO DE REGULAÇÃOE CONTROLE SOCIAL –
CRCS
Os Conselhos de Regulação e Controle Social são órgãos consultivos
da ARES-PCJ, criados um em cada Município consorciado, conforme
estabelecido na Resolução ARES-PCJ nº 01, de 21/11/2011,
composto, no que couber, por um representante:
- do titular dos serviços de saneamento básico;
- de órgãos governamentais relacionados ao setor de saneamento
básico;
- dos prestadores de serviços públicos de saneamento básico;
- dos usuários de serviços de saneamento básico;
- de entidades técnicas relacionadas ao setor de saneamento básico;
- organizações da sociedade civil relacionadas ao setor de
saneamento básico;
- órgão de defesa do consumidor;
- do Conselho Municipal de Meio Ambiente.
O Conselho de Regulação e Controle Social – CRCS se constituiu
recentemente em face do Município de Campinas se integrar à
Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos
Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí - ARES-PCJ.
Referido órgão colegiado, de caráter consultivo, foi instituído pelo
Decreto Municipal nº 17.775/12, Portarias nº 78.480/2012 e
83419/2014.
Membros
A primeira gestão do Conselho de Regulação e Controle Social –
CRCS, contou com os seguintes membros, de acordo com a Portaria
nº 78.480/2012, cujo mandato deu-se até novembro de 2014:
Titular dos Serviços de Saneamento Básico:
Titular: Andréa Cristina de Oliveira Struchel Suplente: Sylvia Regina Domingues Teixeira
Órgãos Governamentais Relacionados ao Setor de Saneamento Básico:
Titular: Ivanilda Mendes Suplente: Dinah Teru Tuboi Godin Galbes
Prestadores de Serviços Públicos de Saneamento Básico:
Titular: Paulo Roberto Szligowski Tinel Suplente: Sonia Maria dos Santos Souza
Usuários de Serviços de Saneamento Básico:
Titular: José Lopes Suplente: Vera Ietima Marilza dos Santos
Entidades Técnicas, Organizações da Sociedade Civil e de Defesa do Consumidor Relacionadas ao Setor de Saneamento Básico:
Titular: Francisco José Togni Suplente: Maura Pellegrini Grama
Conselho Municipal de Meio Ambiente:
Titular: Carlos Alexandre Silva Suplente: José Luiz Müller
Após novembro de 2014, uma nova composição foi estabelecida no
referido órgão colegiado, conforme Portaria nº 83419/2014 (que
substituiu a Portaria nº 78.480/2012):
Titular dos Serviços de Saneamento Básico: Titular: Andréa Cristina de Oliveira Struchel Suplente: Marcos Boni
Órgãos Governamentais Relacionados ao Setor de Saneamento Básico:
Titular: Ivanilda Mendes Suplente: Dinah Teru Tuboi Godin Galbes
Prestadores de Serviços Públicos de Saneamento Básico:
Titular: Paulo Roberto Szligowski Tinel Suplente: Luiz Filipe Rodrigues
Usuários de Serviços de Saneamento Básico:
Titular: Jorge Joel de Faria Souza Suplente: Antonio Areias Ferreira
Entidades Técnicas, Organizações da Sociedade Civil e de Defesa do Consumidor Relacionadas ao Setor de Saneamento Básico:
Titular: André Luis Leite Vieira Suplente: Kelly Regina Valvassoura Correia
Conselho Municipal de Meio Ambiente:
Titular: Carlos Alexandre Silva
Suplente: Pia Gerdo Passeto
Principais Trabalhos
Identidade do Conselho
Consolidamos a imagem do Conselho por meio de uma figura
representativa. Para tanto, desenvolvemos, com o auxílio do
Gabinete da SVDS, o logo de identidade digital:
Transparência nas ações
Além dos relatórios anuais (publicados desde 2013), neste ano
demos continuidade aos trabalhos de transparência das ações do
Conselho.
Com o logo do Conselho, desenvolvemos, com o auxílio do Gabinete
da SVDS, um banner que, conjuntamente com outros Conselhos
Municipais similares (COMDEMA, CONGEAPA), se hospeda na
página da Prefeitura Municipal de Campinas, com o seguinte
endereço eletrônico: http://campinas.sp.gov.br/governo/meio-
ambiente/conselho-regul-controle-social.php, com o seguinte conteúdo:
1 – Convocações das reuniões;
2 – Atas das reuniões (ordinárias e extraordinárias);
3 – Segmentos;
4 – Legislação;
5 – Relatórios e
6 – Contato.
Confira abaixo, os links que dão acesso as informações acima
mencionadas:
Educação Ambiental
Neste ano, o Conselho focou seus trabalhos na elaboração de
material didático para a educação ambiental, especialmente com
vistas ao consumo sustentável e uso racional da água,
principalmente em face da crise hídrica atualmente enfrentada pela
região.
O trabalho desenvolvido, com várias mãos, pelos integrantes do
Conselho (com destaque a Secretaria Municipal do Verde, Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, PROCON, Secretaria
Municipal de Saúde, membros da ARES-CPJ, bem como com intensa
participação da equipe técnica da SVDS e da SANASA), gerou
interesse e culminou em pedido da Agência Reguladora dos Serviços
– ARES PCJ, sob a representação de sua Diretoria Geral, para utilizar
material informativo sobre o uso racional da água tratada em outros
municípios, oportunidade em que ofereceu à referida Agência
Reguladora para impressão e distribuição.
Além da ação de educação ambiental, no âmbito do saneamento
básico, acompanhamos os trabalhos da Prefeitura Municipal de
Campinas no equacionamento da crise hídrica e na elaboração de
vários planos municipais estruturantes e de interface: Plano
Municipal de Saneamento Básico e Plano Municipal de Recursos
Hídricos. Para tanto, contamos com a presença de integrantes do
Conselho nos dois lançamentos oficiais de pacotes da crise hídrica
pelo Poder Executivo Municipal (em 30 de maio e em 30 de outubro
do presente ano), bem como com a participação pessoal nas oficinas
participativas do Plano Municipal de Recursos Hídricos, que se
deram em recortes territoriais estabelecidos por meio da divisão de
bacias hidrográficas da Cidade (Anhumas, Atibaia/Jaguari,
Quilombo, Capivari I e Capivari II). Nesse sentido, na 4ª reunião
ordinária do Conselho, solicitamos prestação de contas da Secretaria
do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável a respeito
dos andamentos, metodologia e resultados dos Planos Municipais a
cargo da Pasta.
REUNIÕES
4ª Reunião Ordinária
Data: 17/12/2014 Local: Salão Atibaia, localizado na Av. da Saudade, nº 500 -Bairro Ponte Preta (SANASA)
Em sua quarta reunião ordinária, a pauta deu-se com aprovação do
reajuste de tarifa de água, esgoto e serviços do Município em função
da inflação acumulada no período e de investimentos em projetos de
melhoria da SANASA, empresa de saneamento municipal.
Também deu-se pela Secretaria do Verde e do Desenvolvimento
Sustentável, por meio da bióloga Isadora Salviano, Coordenadora de
Planejamento e Gestão Ambiental uma apresentação para
esclarecimentos sobre o Plano Municipal de Saneamento Básico e do
Plano de Recursos Hídricos, dada a interface que tais trabalhos de
planejamento ambiental têm com as competências institucionais do
Conselho.
ANDRÉA CRISTINA DE OLIVEIRA STRUCHEL
Presidente do Conselho de Regulação e Controle Social da
ARES PCJ – Município de Campinas