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contos… te con amos e mais te acrescentamos! EB1 de Montemor-o-Novo n.º 1 EB1/JI de Santiago do Escoural Bibliotecas Escolares 2009-2010

7 contos te contamos e mais três te acrescentamos

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Livro de contos inéditos baseados nas estruturas do conto tradicional, escrito pelos alunos da EB1 de Montemor-o-Novo n.º 1 e EB1 de Santiago do Escoural no ano letivo 2009-10.

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Page 1: 7 contos te contamos e mais três te acrescentamos

contos…te con amose mais te acrescentamos!

EB1 de Montemor-o-Novo n.º 1EB1/JI de Santiago do Escoural

Bibliotecas Escolares 2009-2010

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A Menina, o Leão e o Lobo …………….. 2

A Jangada …………….…. 3

O Príncipe Hortelão ………..………… 4

A Raposa e a Menina …….….………. 5

A Princesa, a Raposa e o Leão ………… 6

Pinta ……………………….. 7

Pinta ……………………….. 8

As Princesas Irmãs ………………..… 9

A Raposa e o Lobo ……..………… 10

Ó Velha, Conta-me um Conto .……… 11

A Poção Mágica da Mosca Aventureira …. 12

Um Feitiço Poderoso ………….……. 13

Ficha Técnica ……………………….. 14

Índice

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Era uma vez um lavrador pobre que tinha uma filha. Viviam numa casinha feita de paus na floresta.Certo dia, a menina foi lavar a roupa ao rio quando

encontrou um príncipe montado num belo cavalo. Ao ver o sorriso do príncipe e o olhar apaixonado da

menina, uma bruxa que espreitava saltou para o meio dos dois e transformou o príncipe num sapo. Para quebrar o encantamento, a menina tinha de levar o sapo dentro do cântaro até ao palácio e passar por três desafios sem o partir.Passar de uma para outra margem do rio, era o primeiro

desafio a enfrentar. Com a ajuda de uma fada, vieram três passarinhos que a levantaram no ar e pousaram na outra margem.Ultrapassado este obstáculo, a menina deparou com um

leão feroz que a queria comer. Nesta parte da história, a menina enviou-lhe uma pomba, que o leão comeu deliciado. Enquanto o leão se satisfazia com aquele petisco, a menina pôde passar por ele. Escusado serádizer que o leão ficou amigo dela porque ela o alimentou. Por último, a menina teria de passar por um lobo

esfomeado.- Onde vais, menina apetitosa? – perguntou o lobo.- Vou ao palácio levar este cântaro com água à rainha.- Ai não vais não! – respondeu o lobo, sem se deixar

enganar. E pôs-se a afiar o dente.- Eu chamo o meu amigo leão. – ameaçou a menina.- Ah, ah, ah! – riu o animal. – E queres que eu acredite

nisso?!...Ainda o lobo não tinha acabado estas palavras e já se

ouvia uma respiração ofegante atrás de si!... Ao voltar-se, deu de caras com o leão. Muito aflito, o lobo inventou qualquer assunto que tinha para resolver e fugiu a sete pés.E três passos dados e o palácio mesmo à sua frente! A

menina, assim que passou as portas do palácio, viu o seu apaixonado sapo transformar-se de novo em príncipe.O príncipe e a menina, agora princesa, casaram e foram

felizes para sempre. O rei mandou chamar o pai dela que veio viver para o

palácio. Passavam, o rei e o lavrador, alguns serões a jogar xadrez.A bruxa, essa, foi castigada. Também veio para o

palácio, mas para limpar, lavar e esfregar o chão durante mil anos sem dormir.

Resumo:Um lavrador pobre e uma filha viviam na floresta.A filha do lavrador foi lavar ao rio e viu o príncipe. A bruxa transformou o príncipe em sapo. A menina tinha que levar o sapo para o castelo para ele se transformar em príncipe de novo; tinha que o levar no cântaro;passar por 3 desafios; não partir o cântaro.A menina meteu o “sapo” no cântaro.1. Passou o rio a voar com ajuda de 3 passarinhos que a fada lhe enviou.2. Lançou uma pomba ao leão para ele comer.3. Assustou o lobo com o leão.Chegou ao castelo. O sapo voltou a ser príncipe.Casaram e ela tornou-se princesa. Foram felizes para sempre.

A Menina, o Leão e o Lobo

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Era uma vez um lavrador muito pobre que vivia com os seus três filhos numa casinha junto ao rio, mesmo no meio da floresta.Certo dia, um mensageiro passou pela aldeia anunciando:- El-Rei dará a mão da sua filha em casamento àquele que

atravessar o rio e chegar são ao palácio!Para dificultar esta tarefa, uma bruxa escondida nos arbustos

aparece repentinamente com uma gargalhada maléfica:- Como se atravessar o rio bastasse! Disso, todos são

capazes…E acrescentou à bendita tarefa o desafio de os pretendentes

terem que transportar um cântaro de barro na mão…- Ai de quem o deixar cair!... Ah, ah, ah, ah… .Agora era tudo mais difícil, mas nem a maldade da bruxa faria

os rapazes desistir de tentar a sua sorte: casar com a bonita princesa. E lá foram.Dos três filhos do lavrador, o irmão mais velho, atreveu-se a

passar a ponte sem olhar para o piso escorregadio que se lhe deparava. Avançou. Ao terceiro passo… caiu e partiu o cântaro! Vendo o que acontecera ao rapaz, o irmão do meio pensou:- Era o que faltava! Vou desviar-me daquela ponte.Dito isto, atirou-se ao rio com o cântaro na mão. Só tinha que

nadar até à outra margem!... Pois, claro está que não chegou lá! Não pensou que aquele se tratava de um rio e não de uma lagoa. O rio tem corrente; a corrente leva o cântaro e… lá se foi, o cântaro, rio abaixo.O irmão mais novo era, desde sempre, o mais engenhoso. E o

mais responsável, também. Daí que, pensando mais tempo antes de agir (é assim que se deve fazer), observou umas canas na margem do rio e imaginou que se as cortasse e unisse vários bocados, conseguiria construir um meio de transporte que lhe permitisse atravessar o rio com facilidade. Assim fez. Construiu, pacientemente, uma jangada!Valeu ao rapaz ter-se dedicado a pensar antes de agir; como

vale a muito boa gente. Atravessou o rio, desfrutando da paisagem, e alcançou a margem que o levaria, caminhando, ao palácio.- Eis-me aqui, Vossa Majestade. Atravessei o rio com as

dificuldades que a bruxa malvada me impôs. Assim, casarei com a Vossa filha, mas peço-Vos que castigueis a bruxa que tão mal nos quis, a mim e aos meus irmãos. Assim foi. A princesa, ao ver tão belo rapaz, logo se

apaixonou.A bruxa foi trazida para o palácio. Teria a tarefa de lavar e

esfregar o chão para sempre sem nunca parar!...A princesa e o rapaz casaram; ele levava um belo fato de

príncipe na cerimónia; e foram felizes para sempre.

Resumo:Um lavrador pobre e três filhos viviam na floresta.Quem passasse o rio, casava com a princesa.

A bruxa deu um cântaro a cada um.Quem passasse o rio sem partir o cântaro, casava com a princesa.

1. O mais velho foi pela ponte, escorregou e partiu o cântaro.2. O irmão do meio tentou nadar e o cântaro foi na corrente.3. O mais novo cortou canas ao pé do rio; fez uma jangada; passou com o cântaro inteiro. Casou com a princesa.

A Jangada

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Era uma vez um rapaz que era hortelão no castelo onde vivia a princesa.Quando ela lhe passava por perto, ele suspirava de amores.

Estava apaixonado, mas como era pobre, podia apenas imaginar que um dia a princesa reparasse nele.Numa noite de Inverno, o hortelão chegou à janela para

acompanhar uma luz brilhante que apareceu do nada, de repente. «Oh...». Era uma fada! Escusado será dizer que o hortelão correu a pedir-lhe que o transformasse em príncipe.- Meu pobre rapaz. Não tenho poderes para te transformar em

príncipe, a menos que consigas que a princesa se apaixone por ti. Disso, terás tu de te encarregar. Também te garanto que, assim que tenhas o seu amor, te tornarás no mais belo e formoso nobre que alguma vez existiu!Com estas palavras, o hortelão ganhou coragem e energia

para fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para conquistar ajovem menina.A primeira coisa que fez foi mandar-lhe uma folhinha de chá de

príncipe por um pombo correio. E pôde ver, por entre a folhagem da horta, o rosto surpreendido da princesa e o carinho com que ela agradeceu ao pombo aquela entrega. Quem lhe mandaria chá de príncipe? Só alguém que conhecesse as plantas e que lhe quisesse bem… .O passo seguinte foi deixar à entrada do jardim onde a

princesa costumava passear, alguns legumes suculentos e uma abóbora vistosa em forma de coração. A princesa percebeu que alguém a estimava muito, mas quem seria? E que presente tão fora do normal… Tão apetitosos legumes só podiam ter sido criados com muita dedicação e sabedoria.À terceira, o hortelão pediu a três passarinhos que lhe

costumavam fazer companhia, que cantassem à princesa aquela canção que eles lhe ouviam cantar enquanto tratava da horta. Certamente, já a saberiam de cor. Assim foi.Os três passarinhos chegaram junto da princesa com uma

melodia tão linda e tão bem cantada que a princesa verteu uma lágrima de cristal.- Onde aprendestes essa canção? – Perguntou – Quem vos

ensinou essas notas?E foi nesse momento que o hortelão lhe apareceu. Foi também

nesse momento que as suas vestes se transformaram no mais elegante traje de príncipe. Um príncipe digno de pedir a sua mão em casamento ao rei.Foi um dia muito feliz, o dia do casamento. Houve muitos

convidados, uma mesa farta e música.Os três passarinhos cantaram a marcha nupcial.

Resumo:O hortelão do castelo amava a princesa. Pediu à fada para o transformar em príncipe.A fada disse que o feitiço só acontecia quando a princesa se apaixonasse por ele.1. O hortelão mandou à princesa uma pomba com uma erva para o chá;2. mandou-lhe legumes e uma abóbora em forma de coração;3. mandou 3 passarinhos cantarem-lhe uma melodia que a fez chorar.Quando ela perguntou aos passarinhos quem lhes tinha ensinado a música, o hortelão apareceu e ela logo se apaixonou por ele.O hortelão transformou-se num príncipe;Casaram e foram felizes.

O Príncipe Hortelão

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Era uma vez um rei que tinha um filho príncipe.

Quando o príncipe fez oito anos, os pais ofereceram-lhe um cavalo. Foi o melhor presente que ele podia receber.Uns anos mais tarde, já o príncipe era um homem, ele foi dar

um dos habituais passeios pela beira-rio, no coração da floresta, quando encontrou uma menina que lavava roupa. Apaixonado, o príncipe cantou-lhe uma canção que a fez corar.

A menina sorriu. Nada disseram um ao outro. Quando o sol se escondeu, voltaram para suas casas com o olhar brilhante.A caminho do palácio, cantando sorridente, o príncipe não

podia prever que, de repente, lhe aparecesse uma feia bruxa que os vigiara detrás de um arbusto. Com uma gargalhada maléfica e gestos que ninguém conhece, eis que um feitiço transforma o nobre numa raposa:- Ah, ah, ah! Uh, uh, uh! Ela não saberá que o príncipe és tu!...A bruxa estava certa que o encantamento não se quebraria

porque tal só aconteceria quando ela lhe fizesse uma carícia.Durante os dias que se seguiram, a menina olhava em todas

as direcções quando ia ao rio lavar. Esperava que o seu príncipe lhe aparecesse. Cantarolava a canção que ele lhe tinha cantado. Ficava no ouvido… . Mas nada. Não o via nem ouvia!Valia-lhe, para a consolar, uma tímida raposa que todos os

dias vinha ouvi-la cantar. Parecia gostar da melodia, mas não se aproximava. A menina apreciava a sua companhia, sem nunca suspeitar de quem ela podia realmente ser!Tendo conquistado a simpatia da menina, a raposa pensava

agora em desmascarar-se. Eis que resolve, então, ir ao estábulo e pedir ao seu cavalo que aparecesse no encontro seguinte com a menina. O cavalo assim fez… o que muito fez estranhar a menina. «Como poderia aquela raposa ter trazido o corcel que lhe parecia ser do príncipe? E onde andará o príncipe?». Quando regressou a casa, a menina mal conseguiu dormir de intrigada que estava! Mais estranha ainda, foi a surpresa do dia seguinte. É que,

além do cavalo, havia uma coroa real que a raposa ostentava na sua cabeça. Nessa noite, o sono não veio. Ela quase teve a certeza de ter visto o príncipe em forma de raposa!Ao terceiro dia, chegando ao rio, começando a cantar, sentiu-

se acompanhada na sua melodia por três pequenos pássaros. «Quem ensinaria àqueles pássaros a canção que o príncipe lhe cantou que não… o próprio príncipe?» As certezas de que o príncipe estaria encantado chegaram quando se aproximou de si e dos pássaros, a raposa.- Meu pobre príncipe…Largou uma lágrima e fez-lhe uma festa na cabeça!

Imediatamente, a raposa voltou à sua forma original. Foi o dia mais feliz da vida de ambos!Correram para o palácio e casaram. Escusado será dizer que

foram felizes para sempre!A bruxa, essa, teve umas férias muito longas, agarrada à

esfregona, a limpar as salas do palácio.

Resumo:Um rei tinha um filho príncipe.O príncipe viu uma menina a lavar no rio, apaixonou-se e cantou-lhe uma canção.Uma bruxa transformou o príncipe em raposa; só quando a princesa lhe fizesse uma carícia é que o feitiço se desfazia.Quando a princesa ia ao rio, aparecia a raposa a tentar mostrar-lhe quem era:1. trouxe o seu cavalo (do príncipe); a princesa desconfiou;2. trouxe a coroa; a princesa desconfiou;3. pediu aos pássaros para lhe cantarem uma canção: «Meu pobre príncipe!...» e fez-lhe uma festa.O feitiço quebrou-se.Casaram.O rei mandou que a bruxa trabalhasse mil anos sem dormir, a limpar o castelo.

A Raposa e a Menina

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Era uma vez um rei bondoso que tinha uma filha lindíssima, com longos cabelos negros e uma pele muito branquinha. Enganado, o rei, viúvo desde que a princesa nasceu, casou com uma

mulher que queria ter poder e fortuna, mas que se mostrou muito amável para o impressionar.A princesa, sem maldade, cumpria as ordens daquela rainha

malvada, respeitando-a sempre. Ao contrário, a rainha guardava secreto ódio à princesa e queria ver-se livre dela para que o poder fosse todo seu.Certo dia, tendo aparecido um belo príncipe no palácio para

conversar com o rei, e tendo a rainha visto que a princesa o notara da sua varanda, a rainha, que era bruxa, não perdeu tempo a enfeitiçar um cântaro de água de onde a princesa iria beber. Assim que o fizesse, transformar-se-ia numa pomba. E foi isso mesmo que aconteceu.- Ah, ah, ah… princesa sem sentido!... - disse-lhe, maléfica, a rainha

bruxa – só quando o teu príncipe beber dessa água caberás no teu vestido!... Ah, ah, ah!....Muito triste, a princesa, acreditava que nunca o encantamento se iria

desfazer. Não conseguiria transportar aquele cântaro até aos aposentos do príncipe. Ele não beberia aquela água. E, pensando nisto, desatou a chorar.Não levou muito tempo até criar forças para combater a rainha e

conquistar o seu amor. Era uma pessoa determinada e os seus amigos pássaros aconselharam-na a não desistir. A princesa concebeu um plano. Foi ter com uma raposa a quem pediu que levasse aquele cântaro

que estava no palácio ao príncipe, que ela lhe mostraria um atalho para o ir buscar sem ser vista.- E que me dás tu em troca de tal favor?À pergunta da raposa, a menina respondeu que era ela quem lhe

deixava comida todos os dias junto à horta do castelo para que não comesse as galinhas arriscando a própria vida.Ouvindo isto, a raposa conduziu-se pelo atalho para ir buscar o

cântaro, mas não conseguiu pegar-lhe. Era pesado.Vendo que não podia com o cântaro, a raposa foi à floresta

encaminhar o pedido da princesa ao leão. Claro que só dizendo-lhe que vinha a mando duma linda princesa é que conseguiu que o leão não a comesse. E Assim foi. A raposa indicou o atalho ao leão que foi, de noite, buscar o cântaro para o levar ao príncipe.Chegando junto do príncipe, o leão disse-lhe- Não te assustes, nem me mates, majestade, que eu trago-te um

recado duma linda princesa que, coitada, está encantada.O príncipe ouviu a história e apressou-se a beber daquela água

mesmo no momento em que entra pela janela uma pomba. Envolta em estrelas, a pomba volta à sua forma de princesa. Ao vê-la,

o príncipe fica perdido de amores e vai ao palácio pedir ao rei a sua mão em casamento.O rei ouve a história que a filha tem para lhe contar e cede ao pedido

do jovem príncipe.Não perde tempo a mandar prender a rainha numa casa perdida no

meio do bosque, e parte para o casamento da filha.A festa foi grande, teve música e baile. Os príncipes dançaram,

dançaram… e foram felizes para sempre.

Resumo:Um rei com uma filha, casa com uma rainha má.A madrasta ciumenta manda dar água enfeitiçada à princesa que se transforma em pomba. Só quando o príncipe beber daquela água é que o feitiço se desfaz.1. A pomba pede à raposa para levar o cântaro com água ao príncipe; pede para ela não a comer porque é a princesa encantada que a alimenta às escondidas.2. A raposa não pode com o cântaro e pede ao leão que o faça; também pede para ele não a comer porque vem da parte da princesa que o alimenta.3. O leão leva água ao príncipe e pede para ele não o matar porque vem a mando duma linda princesa. O príncipe agradece e bebe.A pomba entra pela janela quando o príncipe bebe e transforma-se na princesa.A princesa conta a história ao rei que manda prender a rainha má.A princesa e o príncipe casam e são felizes para sempre.

A Princesa, a Raposa e o Leão

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Pinta

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Era uma vez um rei que tinha duas filhas gémeas.Certo dia, o rei organizou um baile no palácio. Vieram vários

convidados, entre os quais um belo príncipe. A música ia tocando e os pares iam trocando, até que o nobre

fez par com uma das princesas gémeas, a boa. É que elas eram muito parecidas, apenas sabemos que uma era boa como o Sol e a outra má como as urtigas.O príncipe e a princesa boa dançaram e já não mais trocaram

de par. Parecia que os seus olhares apaixonados não se queriam largar. Quem viu de fora o amor a acontecer foi a gémea má que se

roía de inveja e que só pensava em maldades para fazer à irmã. Desta forma, ao cair da noite, os guardas, a mando da irmã má, prenderam a irmã boa. E não tardou que ela se deslocasse ao palácio do príncipe para lhe lembrar o amor da princesa boa, por quem ela se fazia passar. Na verdade, o príncipe não sabia da existência de gémeas e

ficou tão contente de a ver que logo quis casar com ela.Um dos guardas que prendeu a princesa, cheio de pena dela,

sonhou com uma fada que a libertaria, e acordou a meio da noite na presença de uma fada pequenina como uma ervilha e cheia de luz.- Fada, fadinha, ajuda a princesinha!...E vendo o guarda tão triste, a fada mandou uma pomba à cela

onde a princesa estava trancada, para a ajudar.- Linda pombinha… - pediu-lhe a princesa – vai ao palácio do

príncipe a faz-lhe ver a verdade. Pergunta-lhe se a sua princesa tem olhos meigos.

A pomba partiu. Dizem que a maldade se vê no olhar.Feito isto, o príncipe ficou a pensar que, de facto, depois

daquela noite no baile, nunca mais tinha visto um olhar doce àprincesa.No dia seguinte, outra pomba veio visitá-la. A princesa ao

encará-la, pediu-lhe que fosse perguntar ao príncipe se a sua princesa tinha uma voz suave a falava baixinho. Realmente, a voz da irmã má era aguda e estridente; irritante,

mesmo! O príncipe estranhava todos estes comportamentos que nada pareciam ter a ver com aquela linda menina que ele conhecera no baile. Começava a desconfiar de que a sua noiva era outra que não a que dançara com ele. Mas como explicar as semelhanças?!Ao terceiro dia, à terceira vinda da terceira pomba, o príncipe

ficou tão desconfiado de haver outra princesa que mandou os seus guardas às masmorras para se certificar. É que a pombinha perguntou-lhe declaradamente se ele não suspeitava que a princesa tivesse uma irmã gémea… .Dito e feito. Foram os guardas ao castelo e descobriram uma

linda princesa de olhar meigo e voz suave, presa e já sem forças.O príncipe ficou tão furioso que mandou imediatamente, trocar-

lhes a condição. Assim, a princesa má foi fechada numa cela e cresceram-lhe o cabelo e as unhas até se tornar tão feia como uma bruxa.Depois de refeita, a boa princesinha casou com o nobre

príncipe e foram felizes para todo o sempre.

Resumo:Um rei tem duas filhas gémeas; uma é má; outra é boa.A princesa boa apaixona-se pelo príncipe no baile.A princesa má manda prender a boa e faz-se passar por ela; casa com o príncipe.A fada manda três pombinhas à cela da princesa boa.1. A princesa boa manda uma pomba perguntar ao príncipe se a sua princesa tem olhos meigos;2. a princesa boa manda outra pomba perguntar ao príncipe se a sua princesa fala baixinho;3. a princesa boa manda outra pomba perguntar ao príncipe se a sua princesa não terá uma irmã gémea.O príncipe não reconhece nada disto na sua princesa e, desconfiado, manda os cavaleiros às masmorras do castelo ver se existe outra princesa; e encontra-a.O príncipe casa com a princesa boa; a má é presa e transforma-se em bruxa.

As Princesas Irmãs

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Era uma vez um rei e uma rainha, felizes porque tinham uma filha princesa linda como a Lua.Certo dia, os reis promoveram um baile no palácio. À hora do

baile, a princesa desceu a escadaria para o salão com um vistoso vestido de seda e cetim, e no meio da sala dançou com um belo e misterioso príncipe por quem se sentiu imediatamente atraída. Dançaram, olhos nos olhos, durante todo o baile… sem se aperceberem que, da janela, espreitava uma bruxa das que odeiam ver pessoas felizes.Quando o baile terminou, o príncipe fazia a viagem de volta ao

seu palácio e, a meio do caminho, saltou de entre os arbustos, a maléfica mulher que o transformou num lobo esfomeado.Não contente, acordou a princesa nos seus aposentos…- Ah, ah, ah… queres casar com o príncipe lobo? Não te coma

ele se te vir por perto… ah, ah, ah!E ditas umas palavras mágicas que não se percebem, também

a princesa ficou transformada num animal; numa raposa.A bruxa acrescentou que depois de ele a comer, havia de ter

sede e ir beber água ao rio. Quando os seus lábios tocassem na água, ele voltaria à sua forma humana e só aí ia perceber que tinha comido a princesa… .Depois de muito chorar, a princesa raposa secou as lágrimas

e, pela manhã, foi ter com o lobo que a quis logo comer.- Espera, não me comas! Sei de uma horta com coelhos

saborosos. Comerás tantos que terás sede.Conseguindo convencer o lobo, a princesa voltou para casa e

esperou que no dia seguinte o lobo já tivesse bebido água do rio e voltado à sua forma.Quando chegou ao coração da floresta, no dia seguinte, o

príncipe ainda vestia a pele do lobo e quis comê-la. Valeu àraposa uma fada que tudo via e que lhe enviou uma pomba. Julgaram, a fada e a princesa, que ao engolir as penas ele necessitasse de água. Mas o lobo, engoliu a pomba de um sótrago e foi embora.A princesa raposa voltou para os seus aposentos e pensou

numa possibilidade de satisfazer o apetite do lobo de forma a que ele precisasse de molhar a boca na água do rio. E lápensou. E resolveu o seguinte…Ao terceiro dia, terceiro encontro. O lobo aparece-lhe com

vontade de a comer.- Ai, lobo, lobo, não me comas! Sei de um rio onde encontrarás

peixe fresquinho que se deixa apanhar. Se nunca experimentaste comer peixe, garanto-te que vais gostar. É tão tenrinho e cheiroso…. Ela falou do peixe de uma tal maneira que o lobo decidiu ir

experimentar sem demoras. Debruçou-se sobre o rio para pescar e, mal tocou com os lábios na água… «puff!»… o feitiço desfez-se num imenso nevoeiro.O príncipe desencantado olhou ternamente para a princesa

desencantada e abraçaram-se para sempre.A bruxa, quando os foi espreitar cheia de más intenções,

tropeçou num galho e ficou pendurada de cabeça para baixo num precipício. Se calhar os feitiços não funcionam quando as bruxas estão a fazer o pino. O certo é que ela ainda hoje lá está, a dizer mal dos seus pecados… .

Resumo:Num baile no palácio, a princesa vê um príncipe e apaixona-se.Uma bruxa transforma o príncipe em lobo e a princesa em raposa; o príncipe tem que beber água do rio para o feitiço se desfazer.1. A raposa vai á floresta; o lobo quer comê-la; ela diz-lhe onde há uma horta com coelhos saborosos; o lobo vai ver deles;2. a raposa vai à floresta; o lobo quer comê-la; ela solta-lhe uma pomba saborosa; o lobo não a come;3. a raposa vai à floresta; o lobo quer comê-la; ela leva-o a um rio onde há peixe saboroso. Ao tocar com os lábios na água, quebra-se o encantamento.O lobo vê uma princesa linda e apaixona-se; casam e são felizes para sempre.A bruxa é castigada.

A Raposa e o Lobo

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Esta é uma nova história, que nos fala de um Sapo, de um Dragão, de uma Velha, muito velha, de longos cabelos, roupa suja, de mau hálito, pois come cebola ao pequeno-almoço e não lava os dentes; fala-nos de um Pescador que pesca tudo, até um jovem golfinho, mas no final é pescado pela Velha!Um Golfinho azul e roxo fica preso nas manhosas redes do Pescador. Mas um

amigo Dragão, de grande crista vermelha, quatro asas, com as suas duas fortes caudas salva-o. O Sapo é rápido e tem oito patas, tem medo da Velha, e a Velha tem medo do

sapo; a Velha foge do Sapo e o Sapo foge da Velha; fica preso numa teia de aranha, muito espessa e bem feita, a melhor daquelas paragens. Eis que o herói de serviço - o Dragão - queima a teia de aranha e salva-o. Nesta história também há um Cavalo malhado, de crina preta, é alto e na testa

tem um sinal branco. O Cavalo não foge de ninguém, mas fica preso na lama. O herói é o mesmo?! O Dragão, com a força das suas asas, salva o Cavalo.A Velha muito velha, no entanto, não era má velha; o que ela tinha era pena de

viver sozinha. À noitinha, friorenta, pouco dormia. Numa dessas noites frias, a Velha corria, corria, mas não aquecia; até que

encontrou o Pescador sozinho a pescar. Foi amor à primeira vista! Juntou-se a ele na pescaria. Talvez pelo frio ou num impulso de paixão, chegou-se, chegou-se e chegou-

se… o Pescador afastou-se, afastou-se … zás catrapus!… Caí nas águas frias do mar. A Velha muito velha, assustadíssima, eis que depressa pesca o Pescador!

Ó Velha, Conta-me um Conto

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Era uma vez uma Rã-Princesa, ou melhor, uma princesa enfeitiçada e um Príncipe-Sapo encantado.

O poderoso feitiço foi lançado por um Cavalo desconcertado e um Porco pouco asseado.

O motivo? O de sempre! Julgam-se apaixonados pela princesa, o amor não é correspondido e, com maldade, um feitiço se faz. No caldeirão misturam, com muito rancor, amoras do dia, ovos de avestruz, três nozes e perninhas de rã o quanto baste.

«Zás catrapás! Eis que o feitiço se faz.»Quis, a Sorte, encontrar-se com a Rã–Princesa e o Príncipe–Sapo.

Na lagoa, conheceram a Mosca Voadora Sabichona; sabichona porque já tinha dado a volta ao Mundo três vezes! Secretamente, sem revelar os ingredientes, esta cozinhou uma poção mágica, um contra-feitiço.

«Zás catrapás! Eis que o feitiço se desfaz.»A princesa já não é rã, o príncipe também foi desencantado, por isso casam-se.

O Cavalo e o Porco, curiosos, espreitam o caldeirão. Num grande turbilhão, tombam e provam a poção mágica. Imagine-se… em bons são transformados!Estes aprendem a lição:

«Devemos aceitar a decisão dos outros por mais que isso nos custe.»

A Poção Mágica da Mosca Aventureira

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Page 14: 7 contos te contamos e mais três te acrescentamos

Esta história passou-se há muitos, muitos anos atrás… numa Terra de extensos campos floridos, salpicada de árvores muito altas, não muito distante de nós.Uma Bruxa com uma gorda verruga no nariz, de cabelo encaracolado preto e bem curto, escondido por um

mal cheiroso chapéu preto em forma de cone, vivia quase só; quase, porque tinha como companhia um velho Gato preto, tão velho que já não falava “mianês”, só pensava em comer o Rato e o Rato pensava em comer comida de rato… nisto o Gato fugia atrás do Rato e o Rato fugia do Gato. Mesmo juntinho a si, vivia uma Menina alta de olhos azuis, cabelo castanho liso, magra - muito feliz -,

rodeada pela sua família. Em noites de Lua Cheia, a Bruxa aproximava-se da casa da Menina e espreitava pela fechadura da porta. A inveja da felicidade da Menina era tanta que chegava a ficar “verde de inveja” e, com isto, mais feia ficava. Foi numa dessas noites de Lua Cheia que, verdinha com inveja da cabeça aos pés, cheiíssima de malvadez,

lançou um poderoso feitiço, habilidosamente confeccionado com: meia pitada de sal lunar, pão mascado com pastilha elástica, macacos secos do nariz, patinhas de rã… findado com dente cru de alho. Todos foram transformados em plantas; todos menos a Menina. O poderoso feitiço reflectiu-se no espelho de

água do medalhão que ela sempre trouxera ao pescoço. Uma rica herança da sua avó materna. Pobre família! Num campo florido, perfumado, com árvores muito altas, a família foi plantada. Mas não eram

quaisquer plantas, estas eram tão malcheirosas que o seu mau cheiro provocava cócegas no nariz, muito “picosas”, sem dúvida que eram plantas pouco interessantes! Contudo, a Bruxa tinha remorsos, por isso, no final de todas as tardes, visitava as plantas enfeitiçadas, ficava

triste, mas nunca chorava. Já as plantas enfeitiçadas, lágrimas vertiam. A Menina não foi transformada numa planta, mas perdeu a memória e desorientou-se. Quem a encontrou foi

um Mágico bondoso, que cuidou dela com todo o carinho do Mundo. Um Príncipe que de todos gostava de cuidar, desta história ouviu falar. Este Príncipe Desencantado era loiro,

de olhos azuis, mas não era um príncipe tradicional; em vez de robusta armadura, usava jeans. O seu amicíssimo Dragão, “dragonava”. Este era o seu melhor amigo. Se ao príncipe doía a cabeça, o Dragão sentia o mesmo. Uma vez, o príncipe teve uma unha encravada que doía, doía … e não é que o Dragão sentiu o mesmo?!O Príncipe queria muito ajudar a menina e a sua família, mas tinha receio da bruxa má. Pensou, pensou,

pensou… e encontrou uma estratégia. Voando no seu dragão, pousou na floresta em frente à casa da bruxa. Bateu ligeiramente na porta. A Bruxa (muito feia) e com ar de poucos amigos surgiu na sua frente.- Bom dia, linda senhora. Poderia dar-me um pouco da sua atenção?Espantada com tamanha gentileza (nunca tinha sido elogiada na vida), a Bruxa recebeu-o na sua temerosa

casa. Beberam chá de príncipe, conversaram sobre a vida e, por fim, o rapaz disse-lhe a razão da sua visita.Comovida com a sinceridade do Príncipe, pela primeira vez, decidiu praticar o Bem.Com a ajuda deste jovem Príncipe, a Bruxa, muito arrependida, elabora um contra-feitiço com muito rigor.

Mas, estranhamente, não resulta!... Fica desconsolada e chora. Eis que as suas lágrimas foram a solução para o problema. A Bruxa, o Mágico, a Menina e a sua família, o Príncipe e o seu Dragão ainda hoje são muito amigos. E a

Bruxa já não se sente só. A Bruxa Má não era verdadeiramente má; tinha era inveja de a Menina ser tão feliz com a sua família. A

inveja é um sentimento menos bom. Mas agora, com tantos amigos, também ela era feliz. Até ficou “bonita”!

Um Feitiço Poderoso

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Neste livro participaram, através de actividades de escrita criativa, ilustração, composição e edição de imagem, em contexto de biblioteca escolar, todos os alunos das seguintes turmas…

EB1 de Montemor-o-Novo n.º 11.º ano A 2.º ano D 3.º ano G 4.º ano I1.º ano B 2.º ano E 4.º ano J1.º ano C 2.º ano F 3.º ano H 4.º ano L

EB1 de Santiago do EscouralTurma A Turma B

JI de Santiago do EscouralTurma única

Ficha Técnica

http://textopontotexto.blogspot.com/Também em…

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Bibliotecas Escolares 2009-2010