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CONSELHO EXECUTIVO Vigésima Sexta Sessão Ordinária 23 27 de Janeiro de 2015 Adis Abeba, Etiópia EX.CL/867(XXVI) Original: Inglês ANÁLISE DO RELATÓRIO DA COMISSÃO SOBRE O APOIO DA UNIÃO AFRICANA AO SURTO DO VÍRUS ÉBOLA NA ÁFRICA OCIDENTAL (ASEOWA) SC13763 AFRICAN UNION UNION AFRICAINE UNIÃO AFRICANA Addis Ababa, Ethiopia P. O. Box 3243 Telephone: 5517 700 Fax: 5517844 Website: www.au.int

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CONSELHO EXECUTIVO Vigésima Sexta Sessão Ordinária 23 – 27 de Janeiro de 2015 Adis Abeba, Etiópia

EX.CL/867(XXVI) Original: Inglês

ANÁLISE DO RELATÓRIO DA COMISSÃO SOBRE O APOIO DA UNIÃO AFRICANA AO SURTO DO VÍRUS ÉBOLA NA ÁFRICA OCIDENTAL

(ASEOWA)

SC13763

AFRICAN UNION

UNION AFRICAINE

UNIÃO AFRICANA

Addis Ababa, Ethiopia P. O. Box 3243 Telephone: 5517 700 Fax: 5517844

Website: www.au.int

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RELATÓRIO DA COMISSÃO SOBRE A DOENÇA DO VÍRUS

ÉBOLA (EVD)

E

A IMPLEMENTAÇÃO DAS DECISÕES DA 16ª SESSÃO

EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO EXECUTIVO SOBRE ÉBOLA

JANEIRO DE 2015

AFRICAN UNION

UNION AFRICAINE

UNIÃO AFRICANA

Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone: 011-551 7700 Fax: 011-551 7844 website : www.au.int

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A. CONTEXTO

Actual Situação sobre a Ébola

1. A situação geral da Doença Provocada pelo Vírus Ébola (EVD) nos três países,

nomeadamente a Libéria, a Sierra Leone e a Guiné continua a ser uma preocupação

de saúde pública, em particular, nas zonas rurais de difícil acesso por parte dos

profissionais de saúde pública, bem como ao longo das fronteiras permeáveis do país

com os seus países vizinhos. A doença espalhou-se recentemente da Guiné para o

Mali, país vizinho. O mapeamento do foco de crise do vírus de ébola nos três países

foi concluído, contudo, continuam a surgir novos casos em novas zonas desses

países. O surto de EVD na África Ocidental não tem precedentes e a situação

deteriorou-se de mal para pior. De acordo à Organização Mundial de Saúde (OMS),

até Dezembro de 2014, registaram-se mais de 18,603 casos reportados de EVD, com

6915 mortes registadas nos oito países afectados, nomeadamente Guiné, Libéria,

Sierra Leone, (países que registam um índice de transmissão extenso e intenso), e a

Nigéria, Senegal, Espanha, e os Estados Unidos da América (países com casos

iniciais ou transmissão localizada), bem como a República Democrática do Congo

(RDC) e o Mali. Até à data da elaboração do presente relatório, a Libéria, a Serra

Leoa, a Guiné e o Mali continuam afectados com a EVD.

2. Contudo, existem alguns sinais encorajadores. A nível dos três países que registam

transmissões extensas e intensas, parece que a transmissão de EVD está a diminuir.

Os relatórios provenientes dos Ministérios da Saúde dos países afectados revelam

que a incidência de casos reportados quanto à Guiné está a fluctuar e quanto à

Libéria está a registar uma baixa. Na Serra Leoa, existem sinais que o aumento na

incidência abrandou, e que a incidência já não esteja a aumentar. O índice de

fatalidade registado nos três países que registaram transmissões intensas entre todos

os casos sobre os quais houve um resultado definitivo atingiu 70%. Quanto ao registo

dos pacientes internados, o índice de fatalidade é de 60% em cada um desses país,

nomeadamente a Guiné e a Serra Leoa, e de 58% no caso da Libéria.

3. No Mali, um total de 8 casos (7 confirmados e 1 por confirmar), incluindo 6 mortes (5

confirmados, e 1 por confirmado), foi registado. Os 7 casos mais recentes ocorreram

em Bamako, a capital do Mali, que não estão relacionados com o primeiro caso de

EVD registado no país, que resultou na morte de uma pessoa na localidade de Kaye,

a 24 de Outubro de 2014. O último caso confirmado apresentou o resultado de

negativo pela segunda vez a 6 de Dezembro de 2014, tendo recebido alta hospitalar a

11 de Dezembro de 2014. Todos os contactos identificados relacionados com o

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primeiro caso e com o surto em Bamako concluíram já o período de

acompanhamento de 21 dias.

4. Os Comités Consultivos Nacionais Interministeriais, os Grupos de Trabalho Nacionais

sobre Ébola de cada país, que funcionam sob a alçada dos Centros de Operações de

Emergência melhoraram significativamente, em termos da resposta multi-agências na

planificação e coordenação de actividades, e, mantém, até à presente data, uma

estreita cooperação entre todos os parceiros participantes.

5. A Nigéria e o Senegal foram declarados isentos de Ébola por parte da OMS em

Outubro de 2014.

6. O mapa a seguir demonstra a distribuição geográfica da totalidade de casos de EVD

novos, confirmados, e por confirmar registados na Guiné, na Libéria, no Mali e na

Sierra Leone.

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Fonte: OMS Figura I: Distribuição Geográfica da totalidade de casos novos, confirmados e por confirmar

7. A 16ª Sessão Extraordinária do Conselho Executivo realizada a 8 de Setembro de

2014, na Sede da CUA em Adis Abeba tomou decisões concretas [Ext/EX.CL/Dec.1

(XVI)] relativamente ao surto de EVD, que centravam-se em respostas unidas,

abrangentes e colectivas. O Conselho Executivo solicitou a Comissão no sentido de

apresentar um relatório de balanço à 26ª Sessão Ordinária do Conselho Executivo a

ter lugar em Janeiro de 2015, relativamente ao Apoio da União Africana ao Surto de

Ébola na África Ocidental (ASEOWA) e à implementação das suas decisões.

8. Na sequência da solicitação feito pelo Conselho, o presente relatório abrange a

implementação das decisões da 16ª Sessão Extraordinária do Conselho Executivo e

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o balanço relativamente ao Apoio da UA a Surto de Ébola na África Ocidental

(ASEOWA), bem como as medidas que estão a ser tomadas pela Comissão para o

reforço dos sistemas de saúde dos países afectados para a situação pós-ébola, bem

como o reforço da capacidade do continente para responder as emergências de

saúde no futuro.

B. IMPLEMENTAÇÃO DAS DECISÕES DA 16ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DO

CONSELHO EXECUTIVO DA UA

Proibições e Restrições de Viagens

9. O Conselho Executivo solicitou a Comissão no sentido de apelar os Estados

Membros a levantar, com urgência, todas as proibições de restrições de viagens e de

respeitar o princípio da livre circulação e exortar que qualquer medida relacionada

com as viagens esteja em conformidade com as recomendações da OMS e da ICAO,

em particular, a triagem adequada.

10. A Comissão emitiu Notas Verbais e durante as reuniões mensais do CRP e do

Conselho de Paz e de Segurança (CPS) solicitou aos Estados Membros no sentido

de levantarem com urgência todas as proibições e restrições de viagens em

conformidade com a decisão do Conselho Executivo. De igual modo, a Presente da

Comissão enviou cartas aos Chefes de Estado e de Governo, e em reuniões

bilaterais com os mesmos, realçou a necessidade do levantamento de todas as

proibições e restrições de viagem. Apesar disto, alguns Estados Membros ainda

mantém as proibições e restrições de viagens a respeito dos países afectados e seus

nacionais.

11. O Botswana, Camarões, Cabo Verde, Chade, Guiné Equatorial, Gabão, Gâmbia,

Quénia, Maurícias, Namíbia, Rwanda, Seychelles, África do Sul, Sudão do Sul,

tinham imposto restrições de viagem a respeito das pessoas provenientes da Guiné,

Libéria, Serra Leoa, RDC, e da Nigéria. A Mauritânia e o Senegal encerraram também

as suas fronteiras com os países vizinhos. Na altura da elaboração desse relatório, o

Senegal prometeu abrir as suas fronteiras terrestre e marítima com a Guiné.

12. Os Estados Membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC),

nomeadamente Angola, Botswana, República Democrática do Congo (RDC),

Lesotho, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Moçambique, Seychelles, África do Sul,

Swazilândia, Tanzânia, Zâmbia e o Zimbabwe – afirmam que os viajantes

provenientes dos países afectados pela ébola (de acordo com a Organização Mundial

da Saúde [OMS]) seriam monitorizados por 21 dias e que as viagens para os países

membros para fins de qualquer reunião seriam desencorajadas. A SADC não

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disponibilizou quaisquer dados a respeito da forma como os estados membros

realizariam essas triagem e acompanhamento associado, contudo, é provável que os

países seguirão processos individuais. Existem também informações que alguns

países requerem documentação relativa à saúde para fins de entrada.

13. As Companhia Aéreas Asky Airlines baseada no Togo, a Arik Air baseada na Nigéria,

Ethiopian Airlines, Gambia Bird, Kenya Airways, e a Senegal Airlines suspenderam os

seus voos de e para a Guiné, Libéria, Serra Leoa e Conacri na Guiné. A Comissão

manteve diálogos com o Diretor-geral das principais companhias áreas africanas e

com os intervenientes do governo relevantes com vista a assegurar a retomada dos

voos, tendo alcançado realizações modestas.

14. Alguns Estados Membros responderam com o levantamento parcial ou total das

restrições impostas à circulação das pessoas provenientes dos países afectados. Por

exemplo, a Costa do Marfim levantou a proibição dos voos de passageiros de e para

a Guiné, Libéria e Sierra Leone por vias da retomada de voos da Air Côte d'Ivoire.

15. A União Africana deve continuar a trabalhar em torno da questão da estigmatização

que não registou melhorias desde a tomada das Decisões por parte da Reunião do

Conselho Executivo Extraordinária de 8 de Setembro de 2014. A continuação das

proibições de viagens causa estigma e discriminação e constitui uma ameaça à

integração africana, pela qual a União se subscreve.

Os Estados Membros são exortados a contribuir com recursos humanos,

materiais e financeiros para conter a propagação do vírus.

16. A Comissão gostaria de realçar o apoio em recursos humanos, financeiros e materiais

enorme que a resposta de Ébola recebeu por parte dos Estados Membros, que

continuam a manifestar a solidariedade aos países afectados. Importa realçar que os

Estados Membros da ECOWAS contribuíram para o Fundo de Solidariedade da

ECOWAS na luta contra Ébola. O Botswana, o Egipto, a Guiné Equatorial, o Quénia,

a Namíbia e a África do Sul prestaram apoio financeiro ou material directamente aos

países afectados ou através da Comissão e a OMS.

17. Os seguintes Estados Membros contribuíram e ou prometerem disponibilizar à

ASEOWA profissionais de saúde, nomeadamente a Nigéria, a Etiópia, República

Democrática do Congo (RDC); o Quénia, o Uganda, a Tanzânia, o Burundi, o

Ruanda, a Namíbia e a Saharawi. Com base no apoio prestado pelos Estados

Membros, a ASEOWA teria enviado cerca de 1.000 profissionais de saúde para

Libéria, Sierra Leone e Guiné até Janeiro de 2015. A secção a seguir contém

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pormenores relativo à contribuição prestada pelos Estados Membros em termos de

profissionais de saúde.

18. Em adição, a Nigéria e o Uganda disponibilizaram os seus Centros de Tratamento de

Ébola em Lagos, Port Harcourt e Entebbe para fins de evacuação e tratamento de

todos os Profissionais de Saúde Africanos Voluntários que prestam serviços junto da

ASEOWA nos países afetados.

19. Importa referir que os fundos provenientes dos Estados Membros foram essenciais

para o arranque da ASEOWA antes da recepção dos fundos disponibilizados pelos

Parceiros. Incluem 100.000 USD proveniente do Fundo Humanitário da UA e 300.000

USD proveniente de Fundo de Alívio à Seca.

20. A Associação de Funcionários da Comissão contribuiu um montante de 100.000 USD

em prol dos esforços da ASEOWA em curso no espirito de Africanos a ajudar os

Africanos.

Sector Privado de África e Contribuições dos Parceiros Internacionais em prol da

luta contra a Ébola.

21. O Comité Executivo solicitou a Comissão no sentido de trabalhar estreitamente com

os Estados Membros, Comunidades Económicas Regionais (CER), as Organizações

Internacionais e Regionais, os Parceiros de África, o sector público e os demais

intervenientes relevantes no terreno, com vista a mobilizar recursos suficientes para

responder à crise de EVD, no espirito da solidariedade africana e da abordagem

mundial, de um modo devidamente coordenado e transparente, incluindo, através da

partilha de informação sobre os compromissos e contribuições prestadas por vários

parceiros.

Sector Privado de África

22. Por iniciativa da Presidente da Comissão, Sua Excelência Dra. Nkosazanna Dlamini

Zuma, a Comissão organizou uma Mesa Redonda a 8 de Novembro de 2014, em

Adis Abeba, com o apoio do Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD) e da a

Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), e, reuniu os capitães

das indústrias provenientes do sector privado com vista a angariar fundos em prol da

luta contra a EVD em África.

23. Durante a Mesa Redonda Empresarial sobre a Ébola realizada a 8 de Novembro de

2014, a sector privado prometeu oferecer recursos financeiros e outros com vista a

conceder um avanço concertado na luta contra a Ébola. Deste modo, a União

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Africana comprometeu-se em acelerar e expandir o envio de profissionais de saúde

provenientes dos Estados Membros. O evento de angariação de fundos foi

denominado “Africanos a ajudar os africanos”. Um total de 32.6 milhões de USD foi

prometido durante o evento. A Comissão agradece em particular as seguintes

organizações pelas suas contribuições generosas:

24. O Grupo MTN (10 milhões de USD); O Grupo Dangote e Fiduciária (3 milhões de

USD); Econet Wireless (2.5 milhões de USD); Fideicomisso da Família Motsepe (1

milhão de USD); Família Stenbeck (1 milhão de USD); Banco Afrexim (1 milhão de

USD); Coca-Cola Eurasia e África (1 milhão de USD); Grupo de Empresas Vitol e

Vivo Energy (1 milhão de USD); Grupo Quality da Tanzânia (500.000 USD); Grupo

Old Mutual (500.000 de USD); Grupo Nedbank (500.000 de USD); Grupo Barclays

Africa Limitada (500.000 de USD); Banco United Bank de África UBA (US$100,000) e

o Banco Africano para o Desenvolvimento (10 milhões de USD). Em adição, essas

empresas colocaram à disposição da Comissão e da ASEOWA, alguns dos seus

bens no terreno.

25. Desde a realização da Mesa Redonda de Adis Abeba, a Comissão, com o apoio do

sector privado, lançou em Lagos, Nigéria, a 3 de Dezembro de 2014, a Campanha

“África contra Ébola” de um código de mensagens curtas 7979 (com a excepto de

Chade onde o código é 6969) que abrange 42 países africanos com o objectivo de

angariar pelo menos USD1 por cada assinante que queira contribuir na luta da UA

contra a Ébola. O evento de Lagos foi realizado por ocasião da despedida de cerca

de 250 voluntários de saúde da Nigéria que testemunhou a doação de Equipamento

de Protecção Pessoal (PPEs), telemóveis e lanternas à energia solar para serem

usados pelos voluntários da ASEOWA, em adicção das promessas financeiras

adicionais àquelas feitas a 8 de Novembro de 2014, em Adis Abeba. A Presidente

participou também no lançamento formal do código de mensagens curtas em outros

países Membros, nomeadamente, entre outros, na Etiópia e na África do Sul.

26. A criação de uma estrutura/fundo sob os auspícios da Fundação da União Africana e

gerido pelo Banco Africano para o Desenvolvimento, no qual serão depositadas todas

as doações e angariação de fundos por parte do sector privado em prol desses

esforços. Os fundos canalizados através deste fundo serão usados para apoiar um

corpo de médicos africanos, enviados no quadro do Apoio da União Africana para o

Surto de Ébola na África Ocidental (ASEOWA). Os recursos mobilizados fazem parte

de um programa de médio e longo prazo, incluindo, o estabelecimento de Centros

Africanos para o Controlo e Prevenção de Doenças (CDC Africano) com vista a

reforçar a capacidade de África de lidar com essas emergências de saúde pública no

futuro.

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Parceiros de Desenvolvimento

27. Os Parceiros de Desenvolvimento prometeram apoiar como se segue, a China (2

milhões USD), Noruega (2 milhões de USD), Canada (50.000 USD), Suécia (2

milhões de USD), Japão 3 milhões de USD), EUA (10 milhões de USD); 5 milhões de

UE € e Turquia (1milhões de USD) prometeram apoio ou, honraram as suas

promessas de modo parcial ou total em termos de recursos financeiros e humanos à

ASEOWA.

28. Os pormenores a respeito das promessas de contribuições financeiras ou

contribuições de outra natureza por parte dos Estados Membros, do Sector Privado e

dos Parceiros de Desenvolvimento estão contidos na secção a seguir.

29. A Comissão participa em reuniões semanais do Grupo Principal de Coligação da

Resposta Global contra a Ébola (GERC) com vista a assegurar coordenação

adequada entre os intervenientes no terreno, em particular com a Missão das Nações

Unidas de Resposta de Emergência contra a Ébola (UNMEER). Essa plataforma tem

sido essencial nas actualizações a partir de todas as áreas.

30. A Comissão está também a trabalhar com os parceiros locais nos países afectados no

melhoramento da situação de segurança alimentar através do reforço das

capacidades dos fazendeiros locais. Esse pacote prevê a disponibilização aos

fazendeiros de alguns subsídios para a aquisição de meios agrícolas e a formação

em matéria de segurança alimentar.

Facilitar a expansão do mandato do Fundo da UA de Apoio as Emergências Especiais

de Seca e Fome em África com vista a incluir emergências de saúde pública e outras

calamidades e assegurar o reabastecimento do Fundo da UA de Apoio as Emergências

Especiais de Seca e da Fome esgotado em África.

31. A Comissão foi solicitada a identificar estratégias para o reabastecimento do

Fundo da UA de Apoio às Emergências Especiais de Seca e da Fome esgotado

em África com vista a continuar a prestar apoio aos Estados Membros e a

elaborar critérios específicos para as operações do Fundo.

32. A Comissão iniciou o processo de revisão dos actuais Termos de Referência do

Fundo de Apoio às Emergências Especiais de Seca e Fome (SEAF) em África com

vista a providenciar uma abordagem abrangente às emergências em África. O

Subcomité do CRP sobre SEAF analisará os Termos de Referência revistos durante a

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sua próxima reunião a decorrer em 2015. A Comissão submeterá também propostas

ao Sub Comité do CRP para o reabastecimento do Fundo para análise.

Lista de medidas económicas e financeiras recomendadas

33. A Comissão foi solicitada a elaborar uma lista de medidas económicas e financeiras

recomendadas para serem adoptadas e implementadas aos níveis nacional e

continental em solidariedade com os países directamente afectados bem como

elaborar algumas medidas económicas e financeiras a serem submetidas à

comunidade e as instituições internacionais para apreciação e a aplicação.

34. A Comissão Económica das Nações Unidas para a África (CEA) elaborou um relatório

sobre os Impactos Socioeconómico da Doença Provocada pela Vírus Ébola em

África. O relatório de 86 páginas foi apresentado ao Conselho de Paz e de

Segurança da União Africana e será também apresentado ao Conselho Executivo.

35. O Conselho de Paz e de Segurança por ocasião da sua 478ª Reunião realizada a 19

de Dezembro de 2014, analisou o relatório apresentado pela ECA e solicitou que

fosse harmonizado pelo tripartido CUA, UNECA e AfDB com vista a apresentar o

relatório ao Conselho Executivo durante a sua sessão ordinária de Janeiro de 2015.

Tomar todas as medidas necessárias para o rápido estabelecimento do Centro Africano

para o Controlo e Prevenção de Doenças (CDC Africano) até meados de 2015

36. A Comissão tomou medidas concretas em prol do estabelecimento e do

funcionamento do CDC Africano até meados de 2015. Um relatório separado será

submetido à Conferência através do Conselho Executivo.

Contactos com os Grupos da Comunicação Social e de Advocacia

37. A Comissão foi solicitada a manter contactos com os grupos de comunicação social e

de advocacia, as comunidades locais, as organizações da sociedade civil, redes

sociais, incluindo, os demais intervenientes relevantes sobre as bases para assegurar

a devida comunicação a respeito da EVD à população em geral, e, de modo

abrangente, à comunidade internacional.

38. A Comissão concebeu, e está em vias de implementar, uma estratégia de

comunicações com os seguintes objectivos:

Aumentar a consciencialização pública e definir uma narrativa clara sobre a

resposta da UA à doença de ébola

Divulgar a identidade visual da missão da UA e da sua missão ASEOWA.

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Reforçar a comunicação interna e aumentar o nível de consciencialização entre as

audiências internas

Contribuir em prol da mobilização de recursos

39. No dia 5 de Dezembro de 2014, a Comissão da UA e a Comissão Económica das

Nações Unidas para África (UNECA) uniu esforços com a Agência Africana de

Comunicações (ACA) com o intuito de acolher a 10ª Cimeira Internacional Anual

Africana dos Mídias (AIMS) subordinada ao lema “Mobilização da Comunicação

Social: Reescrever a Narrativa sobre a Ébola Através de Esforços Responsáveis

e Coordenados”. Essa plataforma estratégica tem como objectivo reforçar a

capacidade dos jornalistas que trabalham no foco da crise da EVD na Guiné, Libéria,

e Serra Leoa e encorajar a divulgação de mensagens positivas a respeito de histórias

não divulgadas e de heróis não declarados na luta contra a EVD. A plataforma serve

para conceber e implementar estratégias eficazes e divulgá-las, que possam ajudar

na mudança do quadro negativo. Os jornalistas africanos PODEM divulgar artigos

equilibrados de um continente em vias de desenvolvimento de modo a actuar em

solidariedade, do governo para as comunidades de bases, com vista a derrotar esse

vírus mortal.

C. BALANÇO SOBRE O APOIO DA UNIAO AFRICANA AO SURTO DE EBOLA NA

ÁFRICA OCIDENTAL (ASEOWA)

40. O Conselho de Paz e de Segurança da União Africana, por ocasião da sua 450ª

Reunião realizada em Adis Abeba, a 19 de Agosto de 2014, evocou o Artigo 6 (f) que

refere-se aos aspetos do seu mandato sobre a acção humanitária e a gestão de

calamidades e decidiu que, perante a situação de emergência causada pelo surto de

ébola, autorizar o envio imediato de uma Missão Militar, Civil e Humanitária,

composta por médicos, enfermeiras, paramédico, bem como outros profissionais de

saúde, bem como, pessoal militar, conforme requerido para a eficácia e a protecção

da Missão.

41. A Comissão estabeleceu de imediato um Grupo de Trabalho Estratégico chefiado pelo

Departamento de Assuntos Socais e integrado pelo Departamento de Assuntos

Politicas, o PSOD, o Gabinete do Conselheiro Jurídico, o DIC, o Departamento de

Finanças e de Administração e Recursos Humanos (AHRM). Durante as primeiras 6

semanas, o Grupo de Trabalho reuniu-se diariamente e concedeu à Missão Civil e

Militar orientação de carácter estratégico e outro. Actualmente, o Grupo de Trabalho

reúne-se três vezes por semana e integra também os intervenientes humanitários, as

Agências da ONU e os Parceiros.

42. A Comissão enviou uma Equipa de Avaliação à Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa

de 25 de Agosto a 5 de Setembro de 2014. A equipa de avaliação apresentou um

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relatório de constatações e recomendações chaves que visava orientar o

desdobramento da missão da ASEOWA.

43. Com base no relatório da equipa de avaliação que identificada pormenorizadamente

as enormes lacunas em termos de recursos humanos nos três países mais afetados,

a Comissão lançou também um apelo para voluntários serem enviados aos países

afectados e reconhece e agradece pela resposta da juventude em todo continente

africano que disponibilizou-se, de imediato, para serem enviados como voluntários.

Importa sublinhar os jovens do Uganda, Ruanda, RDC, Congo, Nigéria, e da Etiópia.

A resposta da juventude ao apelo da Comissão, possibilitou que a CUA enviasse 100

voluntários para a Libéria, Serra Leoa e Guiné. Este dado representa o alvo inicial

definido pela ASEOWA quando a resposta da UA iniciou a sua actividade.

44. A Comissão concebeu o Conceito de Operações e de Apoio à Missão Civil, Militar,

Médica – Apoio da União Africana contra o Surto de Ébola na África Ocidental

(ASEOWA). O Conceito de Operação (CONOPs) foi concebido a princípio para 100

pessoal médico, mas, foi revisto para acomodar até 1000 pessoal médico voluntários.

De acordo ao CONOPs revisto, os objectivos estratégicos são:

Objectivos Estratégicos

a. Reforçar a capacidade dos mecanismos nacionais e internacionais de resposta

existentes através da mobilização de, entre outros recursos, apoio político, financeiro e

técnico.

b. Complementar os esforços do apoio humanitário em curso e apoiar os esforços de

coordenação com vista a optimizar a eficiência na resposta.

c. Advocacia que visa apoiar a consciencialização pública e medidas preventivas em todo

o continente africano, e, especificamente nas regiões afectadas.

d. Contribuir no reforço dos sistemas de saúde nos Estados Membros afectados.

45. Com base nos objectivos estratégicos, a ASEOWA possui algumas componentes que

variam desde a mobilização de recursos humanos requeridos para reforçar as

capacidades técnicas dos países para responder, mobilizar apoio financeiro, logístico

e administrativo com vista a sustentar os voluntários enviados, direccionar o apoio

dos Estados membros e dos intervenientes mundiais para a implementação das

actividades de curto e médio prazos bem como os planos de recuperação após ébola

para a criação de sistemas mais fortes e resistentes que restaurariam o ambiente

socioeconómico e cultural dos países afectados e além. Os dados abaixo revelam os

principais componentes do apoio da UA à EVD.

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Figura II: Componente do Apoio da UA

46. A Comissão concebeu uma Estratégia de Comunicação que está a ser implementada

actualmente através da disponibilização de informação pública sobre a resposta e

advocacia de comunicação a nível dos países afectados, dos Estados Membros e da

comunidade internacional. A Estratégia de Comunicação tomou conhecimento da

decisão da Sessão Extraordinária do Conselho Executivo de 8 Setembro de 2014 que

visava manter contactos com os grupos de comunicação social e de advocacia, as

comunidades locais, as organizações da sociedade civil, as redes sociais e os demais

intervenientes relevantes no terreno para assegurar comunicação adequada a

respeito da EVD à população geral e à comunidade internacional de modo geral.

47. O Major-General (Dr.) Julius Oketta do Uganda foi nomeado Chefe da Missão de

ASEOWA. O Chefe da Missão da ASEOWA chegou à Monróvia a 15 de Setembro de

2014, onde foi estabelecida a Sede da ASEOWA. A ASEOWA enviou voluntários para

a Libéria, Serra Leoa e Guiné com três Chefes adjuntos da Missão/Chefe de Equipas

no Local.

48. Na sequência do aumento da demanda de recursos humanos para a saúde como

uma necessidade urgente na resposta ao EVD, a Comissão continuou a manter

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contactos com os Estados Membros em resposta a solicitação através da Decisão do

Conselho Executivo.

49. A Presidente da Comissão enviou cartas à todos os Chefes de Estado e de Governo,

num total de 54, a 13 de Outubro de 2014, no sentido de apelar e solicitar-lhes o

envio à ASEOWA de pelo menos 20 profissionais de saúde, por cada Estado

Membro, com o objectivo de aumentar o número de pessoal para 1080 à disposição

da ASEOWA.

50. Os seguintes Estados-membros contribuíram e/ou prometeram disponibilizar pessoal

médico à ASEOWA, nomeadamente Nigéria, Etiópia, República Democrática do

Congo (RDC); Quénia, Uganda, Tanzânia, Burundi, Rwanda, Namíbia e Saharawi.

51. Até 31 de Dezembro de 2014, a ASEOWA envidou para Libéria, Serra Leoa e Guiné,

um total de 666 voluntários, incluindo 115 voluntários provenientes da ECOWAS ao

abrigo da ASEOWA e 912 até meados de Janeiro de 2015. Com o apoio dos

Estados-membros, a Comissão está em condições atingir o alvo de envio de cerca de

1,000 profissionais de saúde para a Libéria, Serra Leoa e Guiné até finais de Janeiro

de 2015.

Tabela I: Envio de voluntários por parte da ASEOWA

Origem Guiné Sierra Leone Libéria TOTAL

Voluntários da

ASEOWA1

21 32 33 86

Corpo de

Voluntários da

Nigéria

0 110 86 196

CEDEAO2 49 27 39 115

Etiópia 0 101 86 187

RDC 81 0 0 81

TOTAL 151 270 244 665

Quénia 0 ? ? 1973

Voluntários da ? ? ? 50

Voluntários provêm de seguintes países: Burundi, Camarões, Congo, RD Congo, Etiópia, Quénia, Níger, Nigéria, Ruanda, Tanzânia, Uganda e Zimbabwe. 2 O Corpo da CEDEAO inclui pessoal do Benim, Cote d´Ivoire, Gana, Mali, Níger e Nigéria. CEDEAO está pronto para enviar na Sierra Leone e na Guiné. O Mali retirou os seus membros do Corpo da CEDEAO porque estão precisos em casa. 3 O envio de voluntários quenianos será no dia 9 de Janeiro de 2015. Países de envio serão em devido tempo.

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ASEOWA4

Até 15 de Jan de

2015

? ? ? 912

52. Foram iniciados debates em torno do envio de imediato de Corpos de Voluntários

provenientes do Uganda e da Namíbia. Contudo, até à presente data ainda não se

chegou a um acordo a respeito do número de voluntários ou da data exacta para seu

o envio. Durante o mês de Janeiro de 2015, a Comissão manterá contactos com os

demais Estados Membros que prometerem enviar voluntários, nomeadamente o

Ruanda, Burundi, Saharawi, etc.). De igual modo, em Janeiro de 2015, a Comissão

enviará até 50 voluntários recrutados directamente que não fazem parte do grupo de

voluntários em destacamento, ou seja, enviados através da contribuição prestada por

cada Estado Membro.

Ciclo do Envio de Voluntários por parte da ASEOWA

53. O Conceito de Operações reviu (CONOPs) revisto da ASEOWA prevê possuir até 1000

profissionais de saúde no campo, numa base rotativa por um período de seis meses

(Dezembro de 2014 – Maio de 2015), que seja objecto de uma avaliação mediante a

questão se ou não os países afectados são declarados isentos de ébola. O ciclo de envio

de voluntários por parte da ASEOWA está dividido em três fases, nomeadamente o Pré-

envio, o Envio e a Saída ou Rotação, conforme ilustrado abaixo, que contempla o

desenvolvimento de algumas actividades em cada fase.

4 Os voluntários recrutados em bases individuais a partir de todos países, com base em habilidade específicas são precisos nos três países, e para substituir os funcionários cujo ciclo de envio chegou ao fim e com a base ao pedido. Países de implantação serão em devido tempo.

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Figura III: Ciclo de Envio de Voluntários por parte da ASEOWA

Envio de Voluntários para a Guiné, Libéria e Serra Leoa por parte da ASEOWA

54. As Equipas da ASEOWA são enviadas para o terreno pela administração de incidentes de

ébola do governo para apoiar os seis pilares seguintes da resposta conforme adoptado

pelos países:

Gestão de Casos

Gestão da logística

Vigilância e o Rastreamento dos Contactos

Comunicação e informação

Mobilização social

Prestação de Apoio Psicossocial

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Figura IV: Pilares de Resposta pelo ASEOWA

55. O envio de voluntários para o interior do país é feito pela estrutura operacional da

missão da ASEOWA chefiada pelo General (Dr.) Julius Oketta na qualidade de Chefe

da Missão, apoiado por vice-chefe de missão em cada um dos três países. A sede da

Missão de ASEOWA está baseada em Monróvia, Libéria. A estrutura operacional da

ASEOWA integra os Ministérios da Saúde de cada país afectado devido às questões

sobre a necessidade de envio de voluntários, e mantém contactos com as Nações

Unidas, OMS, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos da

América (US CDC), MSF e outras organizações que trabalham no país.

56. A seguir, apresenta-se o envio de voluntários por parte da ASEOWA, até 31 de

Dezembro de 2014, como se segue:

57. Libéria: Os epidemiologistas da ASEOWA enviados para os sete distritos juntamente

ao CDC e OMS para visitar aldeias, montar vigilância, rastreamento dos contactos,

participar na remoção de suspeitas e de restos mortais. A ASEOWA responsabiliza-

se ainda pelo Centro de Tratamento de Ébola (ETU) de 100-camas, MOD1 em

Monróvia desde 29 de Outubro de 2014, com o apoio de uma equipa de cubanos e o

Ministério da Saúde da Libéria. Os médicos da ASEOWA foram enviados com o

objectivo de prestar assistência ao sector de saúde da Libéria no tratamento de

outras doenças não relacionadas com a Ébola e para a reabertura do Hospital

Nacional JFK num ambiente isento de infecção. O Hospital JFK foi encerrado devido

à contaminação de ébola. Com a chegada de mais de HCW, ASEOWA foi

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contemplada com mais um Centro de Tratamento de Ébola (ETU) e para reabertura

de mais hospitais que tinham sido encerrados como consequência da Ébola.

58. Serra Leoa: A equipa da ASEOWA enviada para o Districto de Bombali, Porto Loko e

em outras localidades do Norte e Ocidente de Serra Leoa, que registou novos casos

e sem respostas médicas significativas. A equipa da ASEOWA está dividida em três

subequipas:

o Epidemiologistas: Trabalham com o Ministério da Saúde e o pessoal da CDC

em 5 grupos, na realização de vigilância, rastreamento de contactos, teste de

sangue de suspeitas e gestão de restos mortais.

o Clínicos: Gerem o Centro de Tratamento de Ébola do Reino Unido (UK ETU)

com o apoio dos funcionários do Ministério da Saúde local e do Reino Unido.

o Equipa de Laboratório de 6 pessoas da ASEOWA opera o seu próprio

Laboratório Móvel com o apoio da OMS.

o Técnicos de Laboratórios da ASEOWA: Trabalham nos Centros de

Tratamento de Ébola da Rússia e do Reino Unido, (UK ETU) e laboratórios

móveis.

59. De igual modo, o Governo solicitou a ASEOWA no sentido de gerir o segundo Centro

de Tratamento de Ébola (ETU) situado próximo da fronteira com a Guiné e Serra

Leoa em Koinadugu e enviou uma equipa de avanço. O Governo solicitou também a

ASEOWA no sentido de apoiar na reabertura e na gestão dos estabelecimentos de

saúde pública. A ASEOWA disponibilizou funcionários para apoiar nesse processo e

na formação do pessoal de saúde no país. Por exemplo, no Centro de Tratamento de

Ébola de Bombali (ETU), a ASEOWA está a providenciar cursos de refrescamento

para cerca de 245 enfermeiras no domínio de gestão dos ETU e na gestão de casos.

A ASEOWA tem como objectivo capacitar cerca de 1,560 de enfermeiras locais na

região através da administração de cursos de refrescamento.

60. Na Guiné: O Mapeamento realizado ao abrigo dos princípios de orientação da OMS.

Os profissionais de saúde da ASEOWA enviados para a Guiné iniciaram o seu

trabalho em diversas zonas do país após terem beneficiado de um curso de formação

de formadores em Monróvia. O grupo de 81 voluntários da RDC que chegou a 26 de

Dezembro de 2014 foi enviado para o Centro Nacional de Coordenação da Guiné

para trabalhar nos ETUs e no rastreamento de contactos. Esse grupo presta também

formação aos profissionais de saúde da Guiné que a serem empregues pela

ASEOWA.

61. A Comissão continua a mobilizar profissionais de saúde a partir de todo continente

com recurso a redes profissionais e à apelos directos. A Comissão está a receber

reacções por parte de epidemiologistas, enfermeiras, médicos, diversas categorias de

profissionais de saúde, a título individual, incluindo da Diáspora. A resposta por parte

de jovens africanos tem sido enorme.

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62. Registou-se também apoio internacional considerável através da disponibilização de

recursos em termos de infraestruturas, financeiros e de equipamentos, tais como

ETU, Equipamento de Protecção Pessoal (PPEs), Laboratórios Móveis, etc. na luta

contra a doença através da ASEOWA. Nesse sentido, a Comissão agradece os

Governos do Canada, dos EUA, da China, do Japão, da Noruega, da Suécia e a

União Europeia.

Apoio Financeiro & Orçamental prestado à ASEOWA

Apoio Orçamental

63. Quando a ASEOWA foi estabelecida em Agosto de 2014, o orçamento inicial para

apoiar 100 voluntários estimava-se em 35 milhões de USD. Nos termos do Conceito

de Operações (CONOPs) revisto que abrange 1000 voluntários e funções acrescidas

para ajudar na reactivação do sistema de saúde num ambiente isento de infecções, o

orçamento revisto total é de 131.314.963,69. Até 20 de Dezembro de 2014, a

Comissão foi capaz de mobilizar cerca de 54.8 milhões de USD mais 5 milhões de

€ a partir dos Estados-membros, parceiros e do sector privado de África, contudo,

existe um défice de financiamento de mais de 70 milhões de USD.

64. Até 20 de Dezembro de 2014, a Comissão recebeu um total de 12.799.563,23 de

USD proveniente das promessas de contribuição feitas pelos Estados Membros e

Parceiros de Desenvolvimento. Deste montante, um total de 8.996.648,58 de USD

corresponde à despesas, havendo um remanescente de 3.802.914,66 de USD.

Importa sublinhar, que o financiamento disponibilizado por alguns dos parceiros estão

reservados para fins específicos. Por essa razão, existe esse remanescente. De

facto, existe um défice orçamental enorme entre os montantes recebidos de facto, até

à presente data, relativamente aos montantes prometidos. A seguir, apresenta-se os

dados nas Tabelas II, III & IV abaixo.

Tabela II: Resumo relativo ao Saldo do Fundo referente ao Exercício Financeiro de 2014

$ EU

Montante em dinheiro recebido proveniente dos Parceiros de Desenvolvimento e dos Estados Membros até 20 de Dezembro de 2014

12.799.563,23

Despesas incorridas até 20 de Dezembro de 2014 (8.996.648,58)

Saldo do Fundo 3.802.914,65

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Mobilização de recursos

65. A Comissão continua a mobilizar recursos financeiros para a subsistência dos

profissionais de saúde voluntários enviados através da disponibilização de subsídios,

acomodação, refeições, seguro médico e de saúde. A aquisição de equipamento e

meios para facilitar e sustentar o trabalho dos voluntários no campo centrou-se na

estratégia de mobilização de recursos da ASEOWA. Foram mobilizados

financiamentos junto de vários intervenientes, incluindo, os Estados Membros da UA,

da Associação de Funcionários da UA, do Sector Privado de África e dos Parceiros

de Desenvolvimento.

Estados Membros da UA e os Funcionários da UA

66. A Comissão gostaria de realçar o apoio em recursos financeiros, materiais e humanos

que a resposta de ébola recebeu a partir dos Estados Membros, que continuam a

demonstrar solidariedade aos países afectados. Importa salientar que os Estados

Membros da ECOWAS contribuíram para o Fundo de Solidariedade contra a Ébola.

Além disso, alguns países prestaram apoio financeiro ou material directamente aos

países afectados, através da Comissão ou da OMS como se segue. O Botswana

(200.000 de USD), Egipto (apoio material aos países afectados), Guiné Equatorial

(200.000 de USD através da OMS), Quénia (1 milhão de USD para os países

afectados), Namíbia (1 milhão de USD à CUA), e África do Sul (apoio material aos

países afectados).

67. A Tabela III abaixo reflecte as contribuições financeiras destinadas à ASEOWA pagas

directamente à Comissão.

68. Tabela III: Contribuições Financeiras prestadas à Comissão

País Montante Prometido Montante

Recebido*

Botswana $EU 200,000 $EU 170,700

Namíbia $EU 1 milhão $EU 1 milhão

Fundo Humanitário da UA $EU 100,000 $EU 100,000

Fundo da UA junto do AfDB para o Alívio de

Seca

$EU 300,000 $EU 299,994

Associação dos Funcionários da UA $EU 100,000 $EU 100,000

TOTAL $EU 1.7 milhões $EU 1.670694

milhões

* O montante real creditado na conta da CUA após as deduções das cobranças bancarias

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Parceiros de Desenvolvimento

68. Os parceiros de desenvolvimento, incluindo, a Suécia, EUA, China, Noruega e a

Comissão Europeia (CE) prometeram e honram as suas promessas como segue:

Tabela IV: Contribuições Financeiras por Parte dos Parceiros de Desenvolvimento.

Parceiros de

Desenvolvimento

/País

Montante

Prometido

Montante Pago*

EUA US$10 milhões US$1 milhão

China US$2 milhões US$2 milhões

Suécia US$2.7 milhões US$2,640799.86

milhões

Noruega US$2.75

milhões

US$2,559,413.72

milhões

União Europea €5 milhões US$2,928,655.65

milhões

Canada US$50,000 Zero

Japão US$ 3million Zero

Turquia US$1 milhão Zero

TOTAL US$20.05

milhões +

€ 5milhões

US$11,128,869.23

milhões

* O montante real creditado na conta da CUA após as deduções das cobranças bancarias

Tabela V: reflecte as promessas e as contribuições prestadas pelos Estados Membros da

CEDEAO ao Fundo de Solidariedade da CEDEAO.

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Tabela V: Fundo de Solidariedade da ECOWAS contra a Ébola

País Montante

Prometido

Montante

Pago

Benin US$400,000

Burkina Faso 70M CFA Francs

(US$150,000)

Cabo Verde US$

Costa do Marfim US$ 1 milhão US$1 milhão

Gâmbia US$500,000 US$500,000

Ghana

Guiné

Guiné Bissau

Libéria

Mali US$ 200,000

Niger 100M CFA

(US$200,000)

Nigéria US$4.5 milhões US$3.5milhões

Senegal US$ 1 milhão

Sierra Leone US$250,000

Togo

UEMOA - União

Monetária do

Franco CFA

US$ 4.5 milhões

($1.5milhões

cada para os

países

afectados)

US4.5 milhões

TOTAL US$ US$

O Sector Privado de África

69. A Tabela V abaixo é uma lista das Empresas que prometeram apoio e colocaram à

disposição da Comissão e da ASEOWA, os seus bens no terreno:

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Tabela V: Promessas feitas pelo Sector Privado de África

Empresas Montante

Prometido

Montante

Pago

Grupo MTN US$10 milhões

Grupo Dangote &

Fideicomisso

US$ 3 milhões

Econet Wireless US$ 2.5 milhões

Fideicomisso

Familiar Motsepe

US$ 1 milhão

Família Stenbeck US$ 1 milhão

Banco Afrexim US$1 milhão

Coca Cola Eurasia

& África

US$1 milhão

Grupo Vitol de

Empresas e Vivo

Energy

US$1 milhão

Grupo Old Mutual US$500,000

Grupo Ned Bank US$500,000

Grupo Barclays

África

US$500,000

Grupo Quality da

Tanzania

US$500,000

Banco United Bank

para África (UBA)

US$100,000 to

Banco Africano para

o Desenvolvimento

(AfDB)

US$10 milhões

TOTAL US$32.6

milhões

Campanha de Mensagens Curtas (SMS) Pôr Fim a Ébola

70. Em adição as suas contribuições financeiras, os Operadores de Telecomunicações

reuniram os seus esforços para lançar uma campanha de Mensagens Curtas (SMS)

de código curto com vista a angariar fundos para apoiar a UA e ASEOWA. A

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campanha tem como objectivo permitir que os cidadãos africanos contribuíssem na

luta contra a doença e mobilizar os cidadãos em todo o continente para contribuir na

luta contra a Ébola através do envio de uma mensagem de texto “Stop Ébola” para o

código designado do país 7979 (com a excepção do Chade onde o código é 6969),

para doar até US$ 1. Os fundos angariados serão aplicados no reforço do envio de

profissionais de saúde voluntários.

Tabela VI: Operadores de telemóveis que participam na Campanha de SMS de Solidariedade África contra Ébola por cada país

Países Operadores Código Curto

Benim Etisalat, MTN 7979

Botswana MTN, Orange 7979

Burkina Faso Airtel, Etisalat 7979

Burundi Econet 7979

Camarões MTN, Orange 7979

República Centro Africana

Econet, Etisalat, Orange

7979

Chade Airtel, Millicom 6969

Cote d´Ivoire Etisalat, MTN, Orange

7979

RDC Airtel, Millicom, Vodacom, Orange

7979

Congo Airtel, MTN, Orange

7979

Egipto Orange 7979

Etiópia ET 7979

Gabão Airtel, Etisalat 7979

Ghana

Airtel, Millicom, MTN, Vodafone

7979

Guinéa MTN, Orange 7979

Guinéa-Bissau MTN, Orange 7979

Quénia

Airtel, MTN, Safaricom, Orange

7979

Lesotho

Econet, Vodacom

7979

Libéria MTN 7979

Madagascar Airtel, Orange 7979

Malawi Airtel 7979

Mali Etisalat, Orange 7979

Mauritania Etisalat 7979

Maurícias Orange 7979

Marrocos Etisalat, Orange 7979

Moçambique Vodacom 7979

Namibia MTN 7979

Niger

Airtel, Etisalat, Orange

7979

Nigéria

Airtel, Econet, Etisalat, MTN

7979

Rwanda Airtel, Millicom, 7979

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D. REFORÇO DOS SISTEMAS DE SAÚDE DOS PAÍSES AFECTADOS E DA

CAPACIDADE GERAL DO CONTINENTE PARA RESPONDER A OUTRAS

EMERGENCIAS DE SAÚDE, APÓS O EVD.

71. Nos termos do Conceito de Operações (CONOPs) revisto, a ASEOWA contribui na

reactivação do sistema de saúde num ambiente isento de infecção dos países

afectados no contexto dos esforços contínuos que visam pôr fim a EVD. Nesse

contexto, o Governo da Libéria solicitou a ASEOWA no sentido de reactivar o Hospital

JFK em Monróvia que tinha sido encerrado devido à EVD.

72. A Comissão está a instituir um programa de médio e longo prazo, incluindo, o

estabelecimento do Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC

Africano) em 2015 para reforçar a capacidade de África para lidar com emergências

relacionadas com a saúde pública e futuras ameaças. Um relatório separado sobre o

estabelecimento do CDC africano será submetido ao Conselho Executivo. A

Comissão submeterá propostas no momento oportuno para a transformação da

ASEOWA de modo a constituir o principal Corpo Africano de Voluntários para as

questões de Saúde que poderá ser mobilizado rapidamente no futuro para responder

a emergências de saúde no continente.

CONCLUSÕES

73. O surto de EVD continua a causar um impacto socioeconómico, político e cultural,

não só para os países afectados, como também para todo o continente. O surto

colocou à prova a nossa determinação e resistência enquanto africanos e como

continente. De igual modo, colocou à prova a nossa unidade, solidariedade e o

projecto de integração da União. As mulheres e homens jovens africanos fizeram fase

à situação enquanto os Estados Membros hesitavam e responderam ao apelo da

Comissão para obtenção de voluntários para deslocarem-se e ajudar as nossas irmãs

MTN

Senegal Millicom, Orange 7979

Seychelles Airtel 7979

Sierra Leone Airtel 7979

Africa do Sul Econet, MTN, Vodacom

7979

Sudão Etisalat, MTN 7979

Swazilandia MTN 7979

Tanzânia

Airtel, Etisalat (Zantel), Millicom, Vodacom

7979

Togo Etisalat 7979

Tunisia Orange 7979

Uganda Airtel, MTN, 7979

Zambia Airtel, MTN 7979

Zimbabwe Econet 7979

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e irmãos na Libéria, Serra Leoa e Guiné. Esses jovens estão a desempenhar tarefas

heroicas na linha da frente na luta contra a Ébola. A Comissão manifesta a sua

profunda gratidão a esses jovens e convida a Conferência a fazer o mesmo

através de uma declaração especial de reconhecimento do papel dos jovens do

continente na luta contra a Ébola.

74. Após os constrangimentos enfrentados no princípio, actualmente, nos reencontramos

e estamos a fazer face à situação. Existe ainda muito trabalho pela frente. Todas as

restrições e proibições de viagens impostas aos países afectados pela ébola e o seu

povo devem ser levantadas. Deve-se pôr fim a todas as formas de estigmatização. A

ébola é que deve ser objecto de isolamento ao invés dos países e o seu povo

afectados. A medida que a Conferência reconhece e agradece o apoio e a

solidariedade manifestada pelos Estados-membros é convidada a emitir um

pronunciamento a respeito do levantamento de todas as restrições e a pôr fim a

estigmatização.

75. Apesar do progresso significativo alcançado depois da intervenção internacional,

incluindo, a ASEOWA da UA e as medidas relacionadas, existe ainda a necessidade

de redobrar os esforços, de coordenar, e direccionar todos os esforços para estancar

a propagação de ébola enquanto se mitiga o seu impacto. O surto de EVD expôs a

fragilidade e a fraqueza dos sistemas de saúde de muitos países africanos e a

necessidade de os Estados prepararem-se para as ameaças à saúde pública no

futuro. O Uganda, a RDC e actualmente a Nigéria e o Senegal demonstraram que a

Ébola pode ser derrotada através de preparativos adequados e da liderança política

forte durante o período de emergência. Esses países são convidados a partilhar as

suas experiências com a Conferência.

76. Em adição, a Conferência é convidada a apoiar o papel crucial da Comissão na

coordenação da resposta de África através da ASEOWA e de mobilizar o apoio da

comunidade internacional. Deve-se reconhecer o papel dos Parceiros de

Desenvolvimento na disponibilização de apoio financeiro e material aos países

afectados e a Comissão.

77. O plano e estratégia principal da UA é o de erguer sistemas de saúde mais

resistentes e sustentáveis a médio e longo prazo após a Ébola. A Comissão continua

a facilitar o reforço da capacidade dos Estados Membros de implementar de modo

eficaz o Regulamento Internacional relativo à Saúde (2005) e ser capaz de preparar-

se adequadamente para as ameaças a saúde pública no futuro. Nesse contexto, a

Conferencia é convidada a ponderar e aprovar o plano submetido pela Comissão

para o estabelecimento e arranque dos Centros Africanos de Controlo e Prevenção

de Doenças (CDC Africano) em 2015.

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EX.CL/867(XXVI) Adenda

ADENDA

AO

RELATÓRIO DA COMISSÃO SOBRE A DOENÇA CAUSADA

PELO VÍRUS DO ÉBOLA (DVE)

E

A IMPLEMENTAÇÃO DAS DECISÕES DA 16.ª SESSÃO

EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO EXECUTIVO SOBRE O ÉBOLA

JANEIRO DE 2015

AFRICAN UNION

UNION AFRICAINE

UNIÃO AFRICANA

Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone: 011-551 7700 Fax: 011-551 7844 website : www.au.int

Page 29: CONSELHO EXECUTIVO 23 EX.CL/867(XXVI)...CONSELHO EXECUTIVO Vigésima Sexta Sessão Ordinária 23 – 27 de Janeiro de 2015 Adis Abeba, Etiópia EX.CL/867(XXVI) Original: Inglês ANÁLISE

EX.CL/867(XXVI) Adenda

Pág. 1

ENVIO DE PESSOAL DA ÁREA DA SAÚDE NO ÂMBITO DO ASEOWA

Tabela I: Envio de pessoal da área da saúde no âmbito do ASEOWA - até 22 de Janeiro de 2015.

Origem Guiné Sierra Leone Libéria TOTAL

Voluntários Directos1 21 32 33 86

Nigéria 0 110 86 196

Etiópia 0 101 86 187

RDC 81 0 0 81

Quénia 0 75 95 170

TOTAL 102 318 300 720*

CEDEAO2 49 27 39 115

Total + CEDEAO 151 345 339 835

* Este número não inclui os voluntários recrutados localmente na Libéria, Sierra Leone e Guiné no âmbito do

ASEOWA

O envio de cerca de 40 voluntários sul-africanos está agendado para a primeira

semana de Fevereiro de 2015. O processo de envolvimento de cerca de 300

voluntários locais na Guiné está na fase final. A Comissão está em vias de alcançar a

meta de 1.000 agentes da saúde.

Apoio Financeiro aos Países Afectados – Actualização

Mauritânia doou um total de 1.2 milhão $EU, distribuído como se segue: Libéria

400.000,00 $EU; Guiné, 400.000,00 $EU; e Sierra Leone, 400.000,00 $EU

Apoio Financeiro & Orçamental para o ASEOWA

Mobilização de Recursos

Tabela IV: Contribuições Financeiras pelos Parceiros de Desenvolvimento – Actualização

Parceiro de

Desenvolvimento/País

Montante

Prometido

Montante

Desembolsado*

EUA 10 Milhão

$EU

4 Milhões $EU

China 2 Milhões

$EU

2 Milhões $EU

1 Estes são Voluntários individuais que responderam ao apelo lançado pela CUA em Agosto e Setembro de 2014 e não foram

destacados pelos Estados-membros. São provenientes dos seguintes países: Burundi, Camarões, Congo, República

Democrática do Congo, Etiópia, Quénia, Níger, Nigéria, Ruanda, Tanzânia, Uganda e Zimbabwe. 2 O corpo médico da CEDEAO inclui pessoal de Benim, Cote D’Ivoire, Gana, Mali, Níger e Nigéria. Mali retirou os seus

membros do corpo médico da CEDEAO porque são necessários no país.

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EX.CL/867(XXVI) Adenda

Pág. 2

Suécia 2.7 Milhões

$EU

2,640799.86

Milhões $EU

Noruega 2.75

Milhões

$EU

2,559,413.72

Milhões $EU

União Europeia 5 Milhões

de Euros

2,928,655.65

Milhões $EU

Canadá 50,000 $EU Nenhum

Japão 3 Milhões

$EU

Nenhum

Turquia 1 Milhão

$EU

Nenhum

TOTAL 20.05

Milhões

$EU + 5

Milhões de

Euros

14,128,869.23

Milhões $EU

* Montante real creditado na Conta bancária da CUA após a dedução das despesas bancárias

Tabela V: Fundo de Solidariedade da CEDEAO de Combate ao Ébola – Actualização

País Montante

Prometido

Montante

Desembolsado

Benim 400,000 $EU

Burkina Faso 70 Milhões

Francos CFA

(150,000 $EU)

Cabo Verde $EU

Cote d’Ivoire 1 Milhão $EU 1 Milhão $EU

Gâmbia 500,000 $EU 500,000 $EU

Gana

Guiné

Guiné Bissau

Libéria

Mali 200,000 $EU

Níger 100 Milhões CFA

(200,000 $EU)

100M CFA

(200,000$EU)

Nigéria 4.5 Milhões $EU 3.5 Milhões $EU

Senegal 1 Milhão $EU

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EX.CL/867(XXVI) Adenda

Pág. 3

Sierra Leone 250,000 $EU

Togo

UEMOA – Franco

CFA (União

Monetária)

4.5 Milhões $EU

(1.5 Milhões $EU

para cada país

afectado)

4.5 Milhões $EU

TOTAL $EU $EU

Sector Privado Africano

Tabela V: Promessas feitas pelo Sector Privado Africano – Actualização

Empresa Montante

Prometido

Montante

Desembolsado

MTN Group 10 Milhões $EU 10 Milhões $EU

Dangote Group &

Trust

3 Milhões $EU 3 Milhões $EU

Econet Wireless 2.5 Milhões $EU 2.5 Milhões $EU

Motsepe Family Trust 1 Milhão $EU 1 Milhão $EU

Stenbeck Family 1 Milhão $EU 1 Milhão $EU

Afrexim Bank 1 Milhão $EU

Coca Cola Eurasia &

Africa

1 Milhão $EU

Vitol Group of

Companies and Vivo

Energy

1 Milhão $EU

Old Mutual Group 500,000 $EU 500,000 $EU

Ned Bank Group 500,000 $EU

Barclays Africa Group 500,000 $EU 500,000 $EU

Quality Group of

Tanzania

500,000 $EU 500,000 $EU

United Bank for Africa

(UBA)

100,000 $EU

Banco Africano de

Desenvolvimento

(BAD)

10 Milhões $EU

TOTAL 32.6 Milhões

$EU

19 Milhões $EU